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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CAMPUS CURITIBA DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE MECÂNICA VINICIUS WISTUBA TROCADORES DE CALOR DO TIPO PLACAS

M52 - Trocadores de Calor Tipo Placas

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Page 1: M52 - Trocadores de Calor Tipo Placas

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

CAMPUS CURITIBA

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE MECÂNICA

VINICIUS WISTUBA

TROCADORES DE CALOR DO TIPO PLACAS

CURITIBA

NOVEMBRO - 2010

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VINICIUS WISTUBA

TROCADORES DE CALOR TIPO PLACAS

Trabalho apresentado como requisito

parcial à aprovação na disciplina de

máquinas térmicas do curso técnico em

mecânica, ministrado pelo Prof. Ivan

Darwiche Rabelo, do Departamento

Acadêmico de Mecânica, do Campus

Curitiba, da Universidade Tecnológica

Federal do Paraná.

CURITIBA

NOVEMBRO - 2010

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Diferentes tipos de placas..........................................................................06

Figura 2: Representação de um PHE com suas entradas e saídas..........................07

Figura 3: Componentes do trocador de calor tipo plca..............................................08

Figura 4: Diferença quanto a forma...........................................................................09

Figura 5: Placa soldada.............................................................................................10

Figura 6: Placa semi soldada.....................................................................................10

Figura 7: Placa de Grafite..........................................................................................10

Figura 8: Placa de Canal Largo.................................................................................11

Figura 9: Placa Dupla................................................................................................11

Page 4: M52 - Trocadores de Calor Tipo Placas

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS

LISTA DE TABELAS

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 052 TROCADORES DE CALOR DE PLACAS (PHE) 06

2.1 Descrição dos equipamentos 09

2.2 Placas 09

2.2.1 Placa Soldada 09

2.2.2 Placa semi soldada 10

2.2.3 Placa de Grafite 10

2.2.4 Placa de canal largo 10

2.2.5 Placa Dupla 11

3 VANTAGENS E DESVANTAGENS 123.1 Principais vantagens do PHE 12

3.2.1 Limpeza 12

3.2.2 Flexibilidade 12

3.2.3 Econiomia 12

3.2.4 Rendimento térmico 12

3.2.5 Turbulência 12

3.2.6 Vazamento nas gaxetas 13

3.2 Principais desvantagens do PHE 13

3.2.1 Temperatura 13

3.2.2 Perda de carga 13

3.2.3 Mudança de fase 13

3.2.4 Fluidos 14

2.2.5 Vazamento nas placas 14

2.2.5 Dimensionamento 14

4 CONCLUSÕES 15REFERÊNCIA 16

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1 INTRODUÇÃO

A busca por trocadores de calor cada vez mais compactos não é recente, à anos as

industrias, principalmente aeroespaciale automotiva, buscam trocadores de calor

mais compactos, com alto rendimento e que sejam baratos. Nessas industrias torna-

se necessário o uso de trocadores de calor de placas.

O termo trocador de calor por placas, ou Plate Heat Exchanger (PHE) é

geralmente confundido com um grupo específico de tracadores de calor de placas,

os trocadores de placas de gaxeta. Entretanto existem mais tipos de trocadores do

tipo placas além dos gaxetados, com diferentes tipos de vedação, utilizados para

diferentes aplicações, como veremos na sequência.

Os PHEs foram introduzidos comercialmente na década de 30 para atender às

exigências de higiene e limpeza das industrias alimentícias e farmacêuticas, pois

eles podem ser facilmente desmontados, limpos e inspecionados. Entretanto,

contínuos aperfeiçoamentos tecnológicos tornaram o PHE um forte concorrente aos

tradicionais trocadores de casco-e-tubos ou duplo-tubo em várias outras aplicações

industriais, devido ao seu tamanho compacto. Atualmente os PHEs são

extensamente empregados em diversos processos de troca térmica entre líquidos

com pressões e temperaturas moderadas (até 1,5 MPa e 150 oC) quando se deseja

alta eficiência térmica.

Nesse trabalho serão descritos, em detalhes, os componentes e os tipos de

trocadores de calor tipo placa, mostrando as características de cada um, assim

como suas aplicações e suas vantagens.

O principio básico dos PHE’s é promover a troca de calor entre dois tipos de

fluídos, um quente e outro resfriado, passando-os por placas com diversos canais,

geralmente angulados, promovendo uma grande turbulência dos fluídos, resultando

numa maior eficiência.

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2 TROCADORES DE CALOR DE PLACAS

Os primeiros trocadores de calor de placas surgirão para a pasteurização de

leite. Eles são amplamente utilizado nas industrias de aliomentos e moderadamente

utilizados nas industrias químicas.

A patente desse tipo de trocador de calor peretence à Ralf Blumgren, antigo

colaborador da Alfa Laval, empresa sueca criada pelo grande engenheiro Gustaf de

Laval.

Esses trocadores de calor consistem de diversas placas prensadas,

aparafusadas, incluindo uma placa rigida no fim para conter a pressão.

Figura 1. Diferentes tipos de placas

Para entender o funcionamento de um trocador de calor de placas é preciso

entender os caminho que são percorridos pelos fluídos durente o processo.

Existem diferentes meios pelos quaios o fluído pode percorrer, dependendo da

configuração das placas escolhidas, mas basicamente existem 4 tubos de entrada,

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dois para entrada e saída de fluidos aquecidos e dois para entrada e saída de

fluídos frio e resfriado, como mostra a figura abaixo.

Figura 2. Representação de um PHE

Após a entrada dos fluídos, um quente e outro frio, eles cruzam as placas

separados um do outro. Esse movimento, aliado ao alto grau de turbulência nos

canais, faz com que haja uma grande troca de

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2.1 Descrição dos equipamentos

A seguir serão apresentados os componentes básicos de um trocador de calor

de placa.

Figura 3. Componentes de trocador

2.2 Variações de placas

Sendo o principal componente do trocador de calor, a configuração utilizada da

placa e seu acabamento são os parâmetros que vão assegurar um melhor

desenpenho para cada tipo de processo.

2.2.1 Variação quanto a forma

As Variações mais utilizadas são as chamadas “washboard” (tábua de lavar)

ou as “chevron”. As washboard possuem sulcos retos com espaçamentos de uma

canaleta à outra, permitindo o escoamento, já as chevrons possuem um formato em

“V”, que, ao intercalada com outra placa chevron, permite um escoamento sem

muita perda de carga.

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Figura 4. Diferença quanto a forma.

2.3 Variação quanto ao material e acabamento

2.3.1 Placas soldadas

Figura 5. Placa soldada

As placas completamente soldadas ampliam suas limitações de temperatura e

pressão até 350°C (650°F) e 40 bar 625 psig.

2.3.2 Placas semi-soldada

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Figura 6. Placa Semi soldada

Os canais soldados para fluido de processo permitem o trabalho com

substâncias agressivas e ampliam a faixa de pressão. A exposição das gaxetas é

mínima no lado soldado.

2.3.3 Diabon Graphite® não metálicas

Figura 7. Placa de Grafite

Feitas de um composto de grafite fundido e fluoroplástico, esta unidade oferece

excelente resistência ao ácido clorídrico (AlCl3) e outros fluidos corrosivos.

Diferentemente do grafite tradicional, o Diabon F® não possui porosidade nem

permeabilidade. Resiste a rachaduras e rupturas.

2.3.4 Placa de canal largo

Figura 8. Placa de Canal Largo

Com canais de 12 mm, esta placa é ideal para fluídos que contêm fibras ou

material particulado, o que evita o entupimento.

2.3.5 Placas duplas

Figura 9. Placas Duplas

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Composto de placas prensadas simultaneamente e soldadas a laser. Extrema

segurança contra a mistura dos fluídos e contaminação.

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3 VANTAGENS E DESVANTAGENS

Mesmo sendo um trocador versátil, compacto e de alta eficiência térmica, o

PHE possui limitações de operação impostas pelo uso de gaxetas na sua grande

maioria. A seguir são apresentadas as principais vantagens e desvantagens deste

tipo de trocador de calor.

3.1 Principais Vantagens dos PHEs

3.1.1 Limpeza

Como o PHE é desmontável, é possível limpar e inspecionar todas as partes

em contato com os fluidos. No processamento de produtos alimentícios ou

farmacêuticos esta característica é fundamental.

3.1.2 Flexibilidade

Os PHEs são muito flexíveis; adicionando ou removendo placas eles podem

ser redimensionados para novas condições de processo. A área de troca térmica de

um PHE pode variar entre 0,1 e 2500 m2 dependendo do tipo e do número de

placas.

3.1.3 Economia

Como os PHEs são compactos, podem ser usados materiais mais nobres na

fabricação das placas, o que seria proibitivo em trocadores mais robustos como o

casco-e-tubos. O espaço para instalação é também bastante reduzido para os

PHEs. Um mesmo pedestal pode até acomodar mais de uma seção de troca térmica

utilizando placas especiais chamadas “grades conectoras”, essenciais nos

processos de pasteurização onde o fluido de processo é aquecido e depois resfriado

no mesmo trocador.

3.1.4 Rendimento Térmico

Os PHEs são trocadores de alta eficiência térmica, sendo possível obter

diferenças de temperatura de até 1 oC entre os fluidos.

3.1.5 Turbulência

As placas corrugadas aumentam a turbulência do escoamento dentro dos

canais. Desta forma, é possível obter o regime turbulento de escoamento com

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valores de número de Reynolds da ordem de 20 a 400 dependendo do tipo de placa

(vale lembrar que o valor mínimo de Reynolds para escoamento turbulento em tubos

lisos é 2.300). A turbulência também reduz a formação de incrustações pois mantém

os sólidos em suspensão. Os fatores de incrustação (fouling factors) para os PHEs

são aproximadamente dez vezes menores daqueles adotados para os trocadores

casco-e-tubos.

3.1.6 Vazamentos nas gaxetas

As gaxetas possuem respiros que impedem que os fluidos se misturem no caso

de alguma falha, o que também facilita a localização de vazamentos.

3.2 Principais Desvantagens dos PHEs

Pressão: pressões superiores a 1,5 MPa não são toleradas, pois ocasionam

vazamentos nas gaxetas. Existe a possibilidade de soldar as placas umas às outras

para operar sob altas pressões, como nos trocadores a placas brazados, mas o PHE

perde a sua flexibilidade e não pode mais ser limpo internamente.

3.2.1 Temperatura

Para que o PHE possa trabalhar acima de 150 oC é necessário o uso de

gaxetas especiais, pois as de material elastomérico não suportam tal condição.

3.2.2 Perda de Carga

Devido às placas corrugadas e ao pequeno espaço de escoamento entre elas,

a perda de carga por atrito é alta, o que eleva os custos de bombeamento. Para

diminuir a perda de carga pode-se aumentar o número de passagens por passe para

que o fluxo seja dividido em um número maior de canais. Desta forma a velocidade

de escoamento dentro dos canais será menor, reduzindo o fator de atrito. Todavia,

isto também reduzirá o coeficiente convectivo de troca térmica e a eficiência do

trocador.

3.2.3 Mudança de Fase

Em casos especiais os PHEs podem ser usados em operações de

condensação ou de evaporação, mas eles não são recomendados para gases e

vapores devido ao espaço reduzido dentro dos canais e às limitações de pressão.

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3.2.4 Fluidos

O processamento de fluidos de alta viscosidade ou contendo materiais fibrosos

não é recomendado por causa da alta perda de carga e de problemas de

distribuições de fluxo dentro do PHE. Deve-se verificar ainda a compatibilidade entre

os fluidos e o material de fabricação das gaxetas.

3.2.5 Vazamentos nas placas

A fricção entre placas pode desgastar o metal e formar pequenos furos de

difícil localização. Como precaução, é aconselhável pressurizar o fluido de processo

para que, no caso de vazamento na placa, o fluido de utilidade não o contamine.

3.2.6 Dimensionamento

Os métodos rigorosos de dimensionamento dos PHEs ainda são propriedade

dos fabricantes e são específicos aos modelos comercializados. Em contrapartida,

métodos genéricos de dimensionamento para trocadores casco-e-tubos ou duplo-

tubo encontram-se disponíveis na literatura aberta. Recentemente os presentes

autores apresentaram uma metodologia para a seleção da configuração ótima no

projeto de PHEs.

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4 CONCLUSÕES

Mesmo com uma gama tão grande de possibilidades para se trabalhar com os

trocadores de calor do tipo placa, a maior dificuldade está na hora de projetá-los,

pois as empresas que os fabricam dificultam o acesso às informações necessárias

para para o dimensionamento e configuração dos mesmos.

Em contra partida observamos o crescente avanço que esse mercado tem pela

frente, costando que a cada dia o conhecimento sobre materiais poliméricos cresce

e as tecnologias de novos materiais avançam cada vez mais.

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REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Informação e

documentação- Trabalhos Acadêmicos – Apresentação: NBR 14724. Rio

de Janeiro, 2002. 6 p.

HESSELGREAVES, J.E. Pergamon. Compact Heat Exchangers – Selection,

Design and Operation . 2001.

GUT, JORGE A.W. & PINTO,  JOSÉ M. Conhecendo os Trocadores

de Calor a Placas. http://www.hottopos.com/regeq11/gut.htm (Acesso em 11

de novembro de 2011).

GUT, J.A.W. & PINTO,  J.M. A screening method for the optimal selection

of plate heat exchanger configurations. Brazilian Journal of Chemical

Engineering, 27 de Maio de 2002.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central. Normas para

apresentações de trabalhos: gráficos. Curitiba: Editora da UFPR, 2000. v. 10.