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1 MACROECONOMIA PARA CONCURSOS Prof. Daniel da Mata Apostila – GESTOR MACROECONOMIA PARA CONCURSOS Contas Nacionais Prof. Daniel da Mata Divisão da Teoria Econômica O que é Microeconomia? Estudo das escolhas dos indivíduos, firmas e governo e como tais escolhas criam mercados O que é Macroeconomia? Estudo dos agregados econômicos: Produto Interno Bruto (PIB), investimento, nível geral de preços... A macroeconomia utiliza os fundamentos da microeconomia Em alguns modelos, essa interação é clara Em outros modelos, a microeconomia está implícita na análise macroeconômica Vamos iniciar o Estudo da Macroeconomia Objetivos da Economia Crescimento econômico Pleno Emprego Estabilidade dos Preços Eficiência Distribuição eqüitativa da renda Macroeconomia Macroeconomia de curto prazo Flutuações econômicas Macroeconomia de longo prazo Crescimento econômico Conceitos Básicos da Macroeconomia Os economistas usam diferentes tipos de dados para medir a performance de uma economia. Três variáveis macroeconômicas são especialmente importantes: (a) Produto Interno Bruto (b) Taxa de Inflação (c) Taxa de Desemprego

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MACROECONOMIA PARA CONCURSOS

Prof. Daniel da Mata

Apostila – GESTOR

MACROECONOMIA PARA CONCURSOS

Contas Nacionais

Prof. Daniel da Mata

Divisão da Teoria Econômica

� O que é Microeconomia ?� Estudo das escolhas dos indivíduos, firmas e governo e

como tais escolhas criam mercados

� O que é Macroeconomia ?� Estudo dos agregados econômicos: Produto Interno

Bruto (PIB), investimento, nível geral de preços...� A macroeconomia utiliza os fundamentos da

microeconomia� Em alguns modelos, essa interação é clara� Em outros modelos, a microeconomia está implícita na

análise macroeconômica � Vamos iniciar o Estudo da Macroeconomia

Objetivos da Economia

� Crescimento econômico

� Pleno Emprego

� Estabilidade dos Preços

� Eficiência

� Distribuição eqüitativa da renda

Macroeconomia

� Macroeconomia de curto prazo�Flutuações econômicas

� Macroeconomia de longo prazo�Crescimento econômico

Conceitos Básicos da Macroeconomia

� Os economistas usam diferentes tipos de dados para medir a performance de uma economia.

� Três variáveis macroeconômicas são especialmente importantes:

(a) Produto Interno Bruto(b) Taxa de Inflação(c) Taxa de Desemprego

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Variável Estoque e Variável Fluxo

� Estoque vs. Fluxo� Estoque: quantidade medida em um determinado ponto

no tempo� Fluxo: quantidade medida por unidade de tempo

� Exemplos: � Riqueza (estoque), renda (fluxo)� Número de pessoas empregada (estoque), número de

pessoas que estão sendo demitidas (fluxo)� Quantidade de capital (estoque); quantidade de

investimento (fluxo)� Dívida do governo (estoque); déficit orçamentário (fluxo)� Passivo externo líquido (estoque) e déficit externo (fluxo)

BACEN (1998)� Na teoria econômica, muitas vezes é oportuno classificar as

variáveis como sendo do tipo “estoque” ou “fluxo”. Tomando como caso os conceitos de dívida e déficit público, pode-se dizer que:

(a) a dívida pública pode ser considerada como uma variável do tipo “fluxo”, enquanto que o déficit público pode ser considerado como uma variável do tipo estoque

(b) a dívida pública pode ser considerada como uma variável do tipo “estoque”, enquanto o déficit público pode ser considerado como uma variável do tipo “fluxo”

(c) tanto a dívida pública quanto o déficit público são variáveis “fluxo”

(d) tanto a dívida pública quanto o déficit público são variáveis “estoque”

(e) dependendo do enfoque, tanto o déficit quanto a dívida pública podem ser considerados variáveis “estoque” ou variáveis “fluxo”

� Resp.: Alternativa “b”.

MARE (1999)� Com relação aos conceitos de variável estoque e variável fluxo,

pode-se afirmar que(A) déficit público é necessariamente uma variável fluxo, ao passo

que a dívida pública é necessariamente uma variável estoque.(B) o déficit público é uma variável fluxo e nada se pode afirmar

quanto a dívida pública.(C) o déficit público, por ser independente da variável tempo, é

necessariamente uma variável estoque.(D) dependendo do modelo, a classificação do déficit e dívida

pública nos conceitos de variável estoque e fluxo podem ser alteradas.

(E) as variáveis déficit e dívida pública, só podem ser classificadas num único conceito: ou ambas são variáveis estoque ou ambas são variáveis fluxo.

� Resp.: Alternativa “a”

AFRF (2000)� Pode-se dividir as variáveis macroeconômicas em duas categorias:

variáveis “estoque” e variáveis “fluxo”. Assim, podemos afirmar que: (a) a renda agregada, o investimento agregado, o consumo agregado e o

déficit orçamentário são variáveis “fluxo”, ao passo que a dívida do governo e a quantidade de capital na economia são variáveis “estoque”

(b) a renda agregada, o investimento agregado, o consumo agregado e o déficit orçamentário são variáveis “estoque”, ao passo que a dívida do governo e a quantidade de capital na economia são variáveis “fluxo”

(c) a renda agregada, o investimento agregado, o consumo agregado e a dívida pública são variáveis “fluxo”, ao passo que o déficit orçamentário e a quantidade de capital na economia são variáveis “estoque”

(d) o investimento agregado, o consumo agregado e a dívida pública são variáveis “fluxo”, ao passo que a renda agregada, o déficit orçamentário e a quantidade de capital na economia são variáveis “estoque”

(e) a renda agregada e o déficit orçamentário são variáveis “fluxo”, ao passo que, o consumo agregado, o investimento agregado, a dívida do governo e a quantidade de capital na economia são variáveis “estoque”.

� Resp.: Alternativa “a”

Agentes Econômicos

� Os agentes econômicos são aqueles que atuam na economia

� Quem são os agentes econômicos?� Famílias (fornecem fatores de produção e comprar bens

e serviços)� Empresas (compram os fatores de produção e vendem

bens e serviços)� Governo (emprega fatores de produção e presta serviços

públicos)� Resto do Mundo ou Setor Externo (compreende todas as

entidades externa a uma economia)� Eles formam o fluxo monetário (remuneração dos

fatores) e o fluxo real (produção)

PRINCÍPIOS DE CONTABILIDAE NACIONAL

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Contabilidade Nacional

� Definição:�Organização das transações econômicas

reais realizadas pelas economias em determinado período de tempo

� Passo importante para aprender como muitas variáveis macroeconômicas são determinadas

Principais conceitos Macroeconômicos

� PRODUTO (P)� Valor em unidades monetárias dos bens e serviços finais

produzidos por uma economia em um determinado período de tempo

� O termo “unidades monetárias” é importante, pois fornece um meio de agregar os bens e serviços finais produzidos na economia� Imagine como iríamos agregar chapas de aço, sucos de laranja e

cortes de cabelo� O termo “período de tempo” merece destaque,

� Uma vez que o produto e todos os seus componentes são variáveis de fluxo

� O termo “bens e serviços finais” também é relevante� Evita a chamada dupla contagem (super-estimação da produção)� Portanto, os bens intermediários não são contabilizados no Produto

� RENDA (R ou Y)� É a remuneração dos fatores de produção

na forma de salários, aluguéis, juros e lucros�Salários (capital humano), aluguéis (capital

físico), juros (capital financeiro) e lucros (capital empresarial)

� Royalties e patentes também entram no conceito de renda�Remuneram a tecnologia ou o capital

tecnológico

Principais conceitos Macroeconômicos

� CONSUMO (C)

� Valor dos bens e serviços adquiridos pelos indivíduos para atender suas preferências

� Pode-se dividir o consumo em consumo de:� Bens duráveis (geladeira, carros, etc.)� Bens não-duráveis (alimentação, roupas, etc.)� Serviços (dentista, fisioterapeuta, transporte, etc.)

Principais conceitos Macroeconômicos

� POUPANÇA (S)� É a parcela da renda que não foi consumida� É o excesso da renda sobre o consumo

� Isto é: S = Y - C

Principais conceitos Macroeconômicos

� INVESTIMENTO (I) ou Taxa de Acumulação do Capital� É o aumento do estoque físico do capital� Classifica-se em:

� Equipamentos (máquinas, ferramentas, etc.)� Edificações (prédios, galpões, etc.)� Estoques

� Logo, o investimento é igual a soma da formação bruta de capital fixo (soma dos investimentos em capital fixo, tais como máquinas, equipamentos e investimentos na construção civil) e da variação dos estoques

� I = FBKF + ∆E� FBKP = Formação Bruta de Capital Fixo� ∆E = Variação no estoque

Principais conceitos Macroeconômicos

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SEAD-PRODEPA (2004)

� Avalie a assertiva:� “Os gastos com investimento, que são relevantes

para o cálculo da despesa agregada, englobam tanto a compra de máquinas e equipamentos pelas firmas privadas, como as despesas com aquisições de ações de empresas pelos clientes de corretoras de valores”

� Resp.: Errado. Compra de títulos e ações de empresas já existentes não significa aumento do estoque de capital físico. Ações são aplicações financeiras.

� GASTOS DO GOVERNO (G)� Despesas com os salários dos funcionários públicos e com

compras do governo (educação, saúde, etc.)

� TRANSFERÊNCIAS GOVERNAMENTAIS (Transf)� Recursos que o Governo transfere a entes privados sem

receber bens e serviços em troca� Transferências a pessoas (aposentadorias, bolsa-família,

etc.)� Transferências a empresas (recursos para empresas)

� Imposto diretos negativos

Principais conceitos Macroeconômicos

� SUBSÍDIOS (Sub)� É quando o governo financia parte do

custo de produção de certos produtos� O objetivo do subsídio é baratear o preço

de algum produto físico ao consumidor final

� Impostos indiretos negativos

Principais conceitos Macroeconômicos� IMPOSTOS DIRETOS (ID)� Impostos recolhidos diretamente pelo contribuinte� Impostos diretos incluem os impostos sobre a renda,

patrimônio, etc.

� IMPOSTOS INDIRETOS (II)� Impostos em que o último consumidor na cadeia suporta a

carga� Os impostos indiretos recaem sobre bens e serviços a serem

vendidos

� OUTRAS RECEITAS CORRENTES (LÍQUIDAS) DO GOVERNO (ORG)

� Receitas oriundas de aluguéis dos imóveis da união e das participações acionárias da União

Principais conceitos Macroeconômicos

� RECEITA LÍQUIDA DO GOVERNO (RLG)

� Definida como a soma dos impostos diretos (ID) mais impostos indiretos (II) mais outras receitas do governo (ORG), subtraída dos subsídios (sub) e das transferências (transf)

� RLG = II + ID + ORG – sub - transf

Principais conceitos Macroeconômicos

� EXPORTAÇÕES DE BENS E SERVIÇOS (X)� São bens e serviços vendidos ao exterior

� IMPORTAÇÃO DE BENS E SERVIÇOS (M)� São bens e serviços comprados do exterior

� EXPORTAÇÕES LÍQUIDAS (NX)� É o excesso de exportações sobre importações� NX = X - M

Principais conceitos Macroeconômicos

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� Em economia, é importante a distinção entre equação e identidade

� A identidade é uma relação decorrente da própria definição� São válidas em todos os casos (“as identidades são sempre

verdadeiras”)� A identidade é indicada pelo símbolo de três barras (≡)

� Uma equação contém alguma hipótese sobre o comportamento da economia� É fácil lembrar para o caso da equação de demanda de mercado� Várias hipóteses foram assumidas na sua construção e ela simboliza

uma relação que pode ser testada empiricamente

� A identidade A ≡ B diz que A sempre assume o valor B� Na equação A = B, A pode ou não se verificar empiricamente

igual a B

Identidades Macroeconômicas Básicas

� IDENTIDADE 1� RENDA ≡ PRODUTO ≡ DESPESA� Um produto de valor X requer uma despesa no valor X para

comprá-lo. O que é produzido é revertido em pagamento dos fatores de produção

� O valor X pode ser R$ 1 ou R$ 1 trilhão

� IDENTIDADE 2� POUPANÇA ≡ INVESTIMENTO� O investimento é idêntico às poupanças privadas (SP), do

governo (SG) e externa (SE)� I = SP + SG + SE

� IP+ IG = SP + SG + SE

Identidades Macroeconômicas Básicas

Poupança doméstica ou interna: SP + SG

ACE/MDIC (2001)

� Avalie a assertiva:“Se, em um determinado ano, na indústria

automobilística, ocorreu um aumento considerável nos estoques de carros que não haviam sido vendidos, conseqüentemente, nesse ano, a renda total na economia excedeu a despesa total com bens e serviços.”

� Resp.: Errado. É só lembrar que despesa total e renda total fazem parte de uma identidade.

� Produto Interno vs. Produto Nacional� Definição: Renda Enviada ao Exterior (RE)

� Composta pela soma das despesas do balanço de serviços de fatores (BSF) e donativos cedidos (Donativos Enviados)

� Lucros, donativos, juros, rendas do trabalho, etc. enviados e pagos ao exterior

� É a parcela da produção interna de um país que não pertence aos residentes do país

� Definição: Renda Recebida do Exterior (RR)� Composta pela soma das receitas do balanço de serviços de fatores

(BSF) e donativos recebidos (Donativos Enviados)� Lucros, donativos, juros, rendas do trabalho, etc. recebidos do exterior� Renda recebida da produção de empresas brasileiras no exterior

Os Conceitos de Produto (P)

� Produto Interno vs. Produto Nacional� Definição: Renda Líquida Enviada ao Exterior

(RLE)� Diferença entre Renda Enviada ao Exterior (RE) e Renda

Recebia do Exterior (RR)� Interpretação: diferença entre o que é pago pela utilização

de fatores de produção que pertencem a não-residentes e o que é recebido do exterior por uso de fatores de produção dos residentes

� Se RLE > 0, então o país envia mais renda do que recebe

� Qual seria a definição de Renda Líquida Recebida do Exterior?

Os Conceitos de Produto (P)

� Produto Interno vs. Produto Nacional� O Produto Interno inclui a Renda Enviada (RE)

e exclui a Renda Recebida (RR)�Então, o lucro de multinacionais que produzem no

Brasil entra no cálculo do Produto Interno�Enquanto que exclui os lucros de empresas

brasileiras sediadas no exterior

� Produto Interno é a produção realizada no país

Os Conceitos de Produto (P)

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� Produto Interno vs. Produto Nacional� O Produto Nacional inclui a Renda Recebida (RR) e

exclui a Renda Enviada (RE)� Então, o lucro de multinacionais que produzem no Brasil

não entra no cálculo do Produto Nacional� Inclui os lucros de empresas brasileiras sediadas no

exterior

� Produto Nacional é a produção do país, que pertence ao país, independente de onde é realizada

Os Conceitos de Produto (P)

� Produto Interno vs. Produto Nacional� Se RLE é positivo (RE é maior do que RR),

então o Produto Interno é maior do que o Produto Nacional

� E no Brasil, o que é maior? O Produto Interno ou o Produto Nacional?

� É válido ressaltar que em uma economia fechada, Produto Interno e Produto Nacional são iguais

Os Conceitos de Produto (P)

� Produto Bruto vs. Produto Líquido� A diferença entre produto bruto e produto

líquido é a depreciação� O produto bruto inclui, enquanto que o líquido

exclui a depreciação� Como a depreciação é sempre positiva, o

produto bruto é sempre superior ao produto líquido

� O que é o PIB (Produto Interno Bruto)?�PIB vs. PIL�PNB vs. PNL

Os Conceitos de Produto (P)

� Produto a Preço de Mercado vs. Produto a Custo de Fatores

� Produto a Preço de Mercado (pm)� É o produto que inclui os impostos indiretos, mas não

inclui os subsídios

� Produto a Custo de Fatores (cf) � É o produto que não inclui os impostos indiretos e inclui

os subsídios

� A diferença entre o Produto a Preço de Mercado e o Produto a Custo de Fatores são os impostos e os subsídios

Os Conceitos de Produto (P)

Os Conceitos de Produto (P)� O que é PNLcf?

� Inclui a Renda Recebida� Não computa a Renda Enviada� Exclui a Depreciação� Inclui subsídios� Exclui Impostos Indiretos

� O que é então o PIBpm?� Inclui a Renda Enviada� Exclui a Renda Recebida� Inclui Depreciação� Inclui Impostos Indiretos� Exclui Subsídios

TCU (2000)� “O que difere o Produto Interno Bruto do Produto Nacional

Bruto é:(a) a depreciação dos investimentos estrangeiros realizados no

país(b) renda líquida enviada ou recebida do exterior(c) saldo da balança comercial(d) as importações(e) o saldo do Balanço de Pagamentos”.

� Resp.: Alternativa “b”. O que difere os conceitos é a Renda Recebida e a Renda Enviada ao Exterior. Ou seja, a Renda Líquida Enviada ou Recebida do Exterior

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ACE/MDIC (1998)� Identifique a transação ou atividade abaixo que não seria

computada nos cálculos das contas nacionais e do Produto Interno Bruto.

a) a construção de uma estação de tratamento de água municipalb) o salário de um deputado federalc) a compra de um novo aparelho de televisãod) a compra de um pedaço de terrae) um decréscimo nos estoques do comércio

� Resp.: Alternativa “d”. Só entra no cálculo das várias definições de Produto o que foi efetivamente produzido durante o ano (ou período de referência do cálculo do produto). A compra de um pedaço de terra é um bem já “existente”. As demais alternativas mostram bens produzidos durante o período de mensuração do Produto.

Identidades e Conceitos de Produto

� Devido à identidade entre produto, renda e despesa:

� PIBpm = RIBpm = DIBpm� PNLcf = RNLcf = DNLcf� PILpm = RILpm = DILpm

Conversão entre os Diversos Conceitos de Agregados

� Produto Interno � Produto Nacional�Subtrair a RLE

� Produto Bruto � Produto Líquido�Subtrair a Depreciação

� Produto a Preço de Mercado � Produto a Custo de Fator�Subtrair os impostos indiretos e somar os

subsídios

AFPs (2002)� Considere os seguintes dados:Produto Interno Bruto a custo de fatores = 1.000Renda enviada ao exterior = 100Renda recebida do exterior = 50Impostos indiretos = 150Subsídios = 50Depreciação = 30� Com base nessas informações, o Produto Nacional Bruto a custo

de fatores e a Renda Nacional Líquida a preços de mercado são, respectivamente:

a) 1.250 e 1.050b) 1.120 e 1.050c) 950 e 1.250d) 950 e 1.020e) 1.250 e 1.120

Resp.:� Para se obter o PNBcf a partir do PIBcf, basta

subtrair o RLE do último. Isto é: PIBcf – RLE = 1000-50 = 950 = PNBcf

� Então estamos agora entre as alternativas “c” e “d”.� Sabemos que o PNLpm = RNLpm. Então temos

que achar o PNLpm a partir do PNBcf. Basta subtrair a depreciação (para tornar “líquido”), adicionar os impostos indiretos e subtrair os subsídios (para transformar em “preços de mercados”).

� Então: PNBcf – Depreciação + II – Sub = 1020� Alternativa “d” é a resposta final.

As três óticas do PIB

� Como os conceitos de renda, despesa e produto são idênticos, pode-se calcular o valor do PIBpm por três caminhos distintos:� (a) ótica da despesa

� Somas todas as despesas realizadas pelos agentes econômicos

� (b) ótica do produto (que se analisa de duas maneiras)� Somar todos os bens e serviços finais

� (c) ótica da renda� Somar todas as remunerações pagas aos agentes econômicos

� O resultado encontrado deve ter o mesmo valor numérico

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As três óticas do PIB

� Ótica do Produto :� (a) PIBpm = (Produção total de bens e serviços)

– (produção intermediária)� (b) PIBpm = soma dos valores adicionados de

todos os setores da economia� Defini-se valor adicionado como sendo igual ao valor

bruto da produção ou valor total da produção (VBP) menos o consumo de bens intermediários

� VA = VBP – consumo de bens e serviços intermediários

AFPS (2002)

� Considere uma economia hipotética que só produza um bem final: pão. Suponha as seguintes atividades e transações num determinado período de tempo:

• O setor S produziu sementes no valor de 200 e vendeu para o setor T;• O setor T produziu trigo no valor de 1.500, vendeu uma parcela

equivalente a 1.000 para o setor F e estocou o restante;• O setor F produziu farinha no valor de 1.300;• O setor P produziu pães no valor de 1.600 e vendeu-os aos

consumidores finais.Com base nessas informações, o produto agregado dessa economia

foi, no período, de:� a) 1.600 b) 2.100 c) 3.000 d) 4.600 e) 3.600

Resp.:

� De acordo com a tabela abaixo, o VBP é 4600 e o consumo intermediário é igual a 2500.

� Então o VA é 2100. A alternativa “b” é a correta

ProdutoValor Bruno da Produção

Consumo Intermediário

Valor adicionado

Semente (setor S) 200 0 200Tribo (setor T) 1500 200 1300Farinha (setor F) 1300 1000 300Pão (setor P) 1600 1300 300Total 4600 2500 2100

As três óticas do PIB� Ótica da Despesa :� A despesa agregada é o destino da produção, isto

é, as fontes que adquirem a produção� São os gastos que os agentes realizam para

comprar a produção� A despesa total é a soma do consumo das famílias

(C) + investimento das empresas (I) + gastos do governo (G) + setor externo sob forma de exportações líquidas (NX=X-M)

� Isto é:�D = C + I+ G + X - M

Bens e serviços não-fatores

As três óticas do PIB� Ótica da Renda :

� A renda é a remuneração dos fatores de produção

� O PIB na ótica da renda é dado pela soma de todas as remunerações pagas aos agentes econômicos em um determinado ano, ou seja:� PIBpm = salários + aluguéis + juros + lucros distribuídos

+ lucros retidos+ ...� Se é produto interno, temos que somar as depreciações

� Se é preços de mercado, temos que soma os impostos indiretos e subtrair os subsídios

� Existem outros componentes, mas poucos importantes para as questões

As três óticas do PIB

� Componentes da Renda Nacional:�O importante são as remunerações dos

fatores de produção!

� Renda Nacional = (salários + aluguéis + juros + lucros distribuídos) a pessoas + lucros retidos + ...� ...+ Impostos diretos das empresas –

transferências a empresas + ORG

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As três óticas do PIB

� Renda pessoal = Renda nacional – “itens relativos a empresas” + itens que pertencem a pessoas (e que não remuneram fatores de produção)

� Componentes da Renda Pessoal� (salários + aluguéis + juros + lucros distribuídos) a

pessoas + transferências a pessoa + juros pagos pelo Governo a pessoas + juros pagos por pessoas a pessoa

� Renda Pessoal Disponível (RPD)� É o que realmente “sobra” para as pessoas, isto é, temos

que descontar os impostos do governo� RPD = Renda Pessoal – Impostos Diretos das pessoas

APO/MPOG (2002)� Com relação ao processo de mensuração do produto agregado,

é correto afirmar que:a) as importações, por serem consideradas como componentes da

oferta agregada, entram no cálculo do produto agregado.b) a chamada dupla contagem é um problema que ocorre quando

um determinado bem final é computado duas vezes no produto agregado.

c) o valor do produto agregado é considerado como "variável estoque".

d) no valor do produto agregado, não são consideradas atividades econômicas do governo, cujos valores são computados separadamente.

e) nem todo bem cujo valor entra no cálculo do produto é um bem final por natureza.

Resp.:

� (a) Errado. As importações são componentes da demanda agregada (despesa agregada)

� (b) Dupla contagem é quando um bem intermediário é computado duas vezes no produto agregado. Errado

� (c) Incorreto. Produto é uma variável fluxo� (d) As atividades econômicas do governo entram sim

no cálculo do produto agregado. Alternativa incorreta.� (e) Suponha que um bem intermediário foi produzido e

estocado. Ele não é um bem final e entra no cálculo do produto, na forma de investimento (variação dos estoques).

Ministério das Cidades (2005)

� “Na medida do PIB, as importações do país:(a) não entram no cálculo, pois são produzidas no país(b) são contabilizadas com sinal positivo, pois são

utilizadas na produção de outros bens(c) são contabilizadas, pois o PIB inclui a produção no

exterior(d) são contabilizadas com sinal negativo, por estarem

incorporadas nos demais componentes do PIB(e) não entram no cálculo, pois o PIB é medido pelo

valor adicionado� Resp.: Alternativa “d”

BACEN (2001)� Considere a seguinte equação:Y = C + I + G + (X - M),onde C = consumo agregado; I = investimento agregado; e G = os

gastos do governo. Com base nestas informações, podemos afirmar que:

a) se Y = Produto Interno Bruto, (X - M) = saldo do balanço de pagamentos em transações correntes

b) se Y = Produto Interno Bruto, (X - M) = déficit na balança comercial

c) se Y = Produto Interno Bruto, (X - M) = superávit na balança comercial

d) se Y = Produto Nacional Bruto, (X - M) = saldo total do balanço de pagamentos

e) se Y = Produto Interno Bruto, (X - M) = exportações menos importações de bens e serviços não fatores

� Resp.: Alternativa “e”. X é exportação de bens e serviços não-fatores e M a importação de bens e serviços não-fatores.

O PIB Nominal

� O Produto Interno Bruto (PIB) Nominal (em moeda corrente ou preços correntes) é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos na economia (dentro do território nacional) durante determinado período de tempo

� O PIB Real é medido em preços constantes�Ou seja, é ajustado pelo inflação�É o aumento da produção real�Devemos utilizar um “deflator” para obter o PIB real

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AFC (2005)� Com relação ao conceito de produto agregado, é incorreto

afirmar quea) o produto agregado a preços de mercado é necessariamente

maior do que o produto agregado a custos de fatores.b) o produto agregado pode ser considerado como uma “variável

fluxo”.c) é possível uma elevação do produto agregado nominal junto

com uma queda no produto agregado real.d) o produto agregado pode ser entendido como a renda agregada

da economia.e) o produto interno bruto pode ser menor do que o produto

nacional bruto.� Resp.: Alternativa “a”. A relação entre as magnitudes do produto

a preços de mercado e o produto a custos de fatores irá depender dos impostos e dos subsídios. O subsídio pode ser maior do que o imposto e vice-versa.

BNB (2006)� O produto nacional de um país, medido a preços

constantes, aumentou consideravelmente em dois anos. Isso significa que:

a) a economia cresceu devido apenas ao aumento de preços.

b) o investimento real entre os dois anos diminuiu.c) ocorreu um incremento real da produção.d) a inflação permaneceu inalterada.e) nada se pode afirmar sem o conhecimento do

comportamento da inflação.

� Resp.: Alternativa “c”. Se o PIB real aumentou, quer dizer que houve um aumento da produção da economia.

AFRF (2002)� Suponha uma economia que só produza dois bens finais (A e B).

Considere os dados a seguir:Bem A Bem B

quantidade preço quantidade preçoPeríodo1 10 5 12 6Período 2 10 7 10 9� Com base nestes dados, é incorreto afirmar que:a) o produto nominal do período 2 foi maior do que o produto nominal do

período 1.b) o crescimento do produto nominal entre os períodos 1 e 2 for de,

aproximadamente, 31%.c) não houve crescimento do produto real entre os períodos 1 e 2,

considerando o índice de Laspeyres de preço.d) a inflação desta economia medida pelo índice de Laspeyres de preço foi

de 30%.e) não houve crescimento do produto real, entre os períodos 1 e 2,

considerando o índice de Fisher.

Resp.:� (a) Para calcular o produto nominal do período 1, bastar somar duas

expressões: (1) a multiplicação da quantidade produzida do bem 1 pelo seu preço e (2) a multiplicação da quantidade do bem 2 pelo seu preço. Isto é: P1 = 10*5 + 12*6 = 122, Para o período 2, temos que P2 = 10*7 + 10*9 = 160. Portanto, o produto nominal no período 2 é maior.

� (b) O crescimento do produto nominal é dado por: (P2-P1)/P1 = 38/122 = 0,2533 ou seja 31,15. O que é aproximadamente 31%. A alternativa está correta.

� (c) O índice de Laspeyres de preço é igual a:

Portanto, o PIB real no segundo período é, utilizando o índice de preços de Laspeyres como deflator: 160/1,46 = 109. Neste caso, não houve crescimento do PIB real, já que ele saiu de 122 para 109.

459,1122

178

12*610*5

12*910*71111

1212

==++=

++=

BBAA

BBAAL qpqp

qpqpI

Resp.: - cont.� (d) Vimos no item anterior que o índice de preços de Laspeyres foi igual

a 1,459. O que quer dizer uma inflação de 46% no período. Alternativa “d” está incorreta.

� (e) Para calcularmos o índice de Fisher, é necessário primeiro calcular o índice de preço de Paasche.

� Fisher é igual à média geométrica de Laspeyres e de Paasche:

� Como o índice é bem similar ao de Laspeyres, podemos utilizar os resultados da letra “c” e afirmar que não houve crescimento do PIB real utilizando também o índice de Fisher

454,1110

160

10*610*5

10*910*72121

2222

==++=

++=

BBAA

BBAAP qpqp

qpqpI

46,14545,146,1 ≈×=×= PLF III

SENADO (2002)

� Considerando que o PIB nominal de 2000 foi superior ao PIB nominal verificado em 1999, é correto concluir que houve aumento da produção nesse período.

� Resp.: Errado. Um aumento no PIB nominal pode ocorrer devido a aumento do nível de preços. Em outras palavras, um aumento do PIB nominal pode ocorrer sem aumento da produção real da economia.

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11

AFRF (2000)

� Considere uma economia hipotética que produza apenas 3 bens finais: arroz, feijão e carne, cujos preços (em unidades monetárias) e quantidades (em unidades físicas), para os períodos 1 e 2, encontram-se na tabela a seguir:

AFRF (2000)� Considerando que a inflação utilizada para o cálculo do Produto Real

Agregado desta economia foi de 59,79% entre os dois períodos, podemos afirmar que:

a) o Produto Nominal cresceu 17,76% enquanto o Produto Real cresceu apenas 2,26%.

b) o Produto Nominal cresceu 12,32% ao passo que não houve alteração no Produto Real.

c) o Produto Nominal cresceu 17,76% ao passo que o Produto Real caiu 26,26%.

d) o Produto Nominal cresceu 15,15% ao passo que o Produto Real caiu 42,03%.

e) o Produto Nominal cresceu 15,15% ao passo que o Produto Real caiu 59,79%.

� Resp.: Alternativa “c”

Produto Potencial vs. Produto Efetivo� Produto Potencial : possível trajetória do PIB

real se todos os recursos disponíveis fossem plenamente empregados

� Produto Efetivo : é o que realmente se produz em um dado período de tempo

� A diferença entre o PIB potencial e o PIB efetivo é conhecida como hiato do produto

� Um hiato negativo ou inflacionário indica um excesso de utilização dos fatores de produção� Vamos ver no curso que essa situação é quando

a demanda agregada é superior à oferta agregada

ACE/MDIC (2001)

� Avalie a assertiva:“Durante os períodos de expansão econômica, o produto interno bruto pode, temporariamente, exceder o produto potencial.”

� Resp.: Correto. O PIB efetivo flutua em torno do PIB potencial. Então o PIB efetivo pode exceder temporariamente o PIB potencial. Essa situação é conhecida como hiato negativo ou inflacionário

BNB (2006)� O hiato de produto (diferença entre o produto

potencial e o efetivo) é positivo quando:a) a economia atinge o pleno emprego.b) a economia supera o produto de pleno emprego.c) parte dos fatores de produção está sendo

subutilizado.d) o nível de utilização da capacidade instalada é

pleno.e) verifica-se ausência de capacidade ociosa.

� Resp.: Alternativa “c”

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12

Lei de Okun

� Expressa a relação entre crescimento e variações na taxa de desemprego, ou seja, a relação entre hiato de produto e taxa de desemprego� A lei afirma que o desemprego declina se o crescimento

estiver acima da taxa tendencial de 2,3%

� A lei de Okun resume a relação entre crescimento e a variação na taxa de desemprego.� Altas taxas de crescimento causam queda na taxa de

desemprego� E vice-versa.

GESTOR/MPOG (2002)

� A relação entre crescimento e variações na taxa de desemprego é conhecida como:

a) Lei de Wagnerb) Lei de Okunc) Lei de Walrasd) Lei de Saye) Lei de Gresham

� Resp.: Alternativa “b”

GESTOR/MPOG (2005)� Um dos importantes “pressupostos” utilizado na análise entre inflação e

desemprego é conhecido na literatura como “Lei de Okun” e relaciona a taxa de desemprego com a taxa de crescimento do produto. Considerando gyt = taxa de crescimento do produto no período t, ut e ut-1as taxas de desemprego nos períodos t e t-1 respectivamente e go a taxa “normal” de crescimento da economia, não está de acordo com a Lei de Okun:

a) gyt = go => ut = ut-1

b) gyt > go => ut < ut-1

c) gyt < go => ut > ut-1

d) ut - ut-1 = β.(gyt - go); β > 0e) a Lei de Okun permite a passagem da oferta agregada de curto prazo

para a curva de Phillips

� Resp.: A alternativa “d” diz que o desemprego é maior quando o crescimento está acima da taxa natural (é só notar que o “beta” é positivo), o que claramente está em desacordo com a lei de Okun.

Déficits Gêmeos

� Relação entre déficit orçamentário e saldo em conta-corrente de um país�Conhecida como hipótese dos déficits gêmeos

� Déficit público é a diferença entre investimento governamental e poupança do governo em conta-corrente�Ou, de forma mais simples, é o excesso do

investimento público sobre a poupança pública

�Déficit = I - S

AFRF (2000)� Considere:Ipr = investimento privadoIpu = investimento públicoSpr = poupança privadaSg = poupança do governoSe = poupança externa� Com base nas identidades macroeconômicas fundamentais,

pode-se afirmar que:a) Ipr + Ipu = Spr + Sgb) déficit público = Spr - Ipr + Sec) Ipr + Ipu + Se = Spr + Sgd) déficit público = Spr + Ipr + See) Ipr = Spr + Se

Resp.

� Sabemos que uma das identidades fundamentais é a que o investimento é idêntico a poupança

� Então, Ipr + Ipu ≡ Spr + Sg + Se

� Reagrupando a expressão, temos que:

Ipu - Sg ≡ Spr - Ipr + Se

� Tem-se que Ipu – Sg é equivalente ao déficit público. Portanto,

� Déficit público ≡ Spr - Ipr + Se� A resposta correta é a alternativa “b”

Page 13: Macro Eco No Mia Para Concursos Apostila Gestor 20100705143635

13

Déficits Gêmeos

� A questão anterior mostra que o déficit público é financiado pelo excesso de poupança do setor privado sobre o investimento privado e pela poupança externa (que corresponde a um déficit no Balanço de Transações Correntes)

� Déficit público ≡ Spr - Ipr + Se� Déficit público ≡ Excesso de Spr + Se

Déficits Gêmeos

� Supondo que a poupança privada equivale ao investimento privado, tem-se o resultados dos déficits gêmeos

� Spr =~ Ipr �

� Déficit público =~ Se

AFC (2000)� A partir das identidades macroeconômicas básicas, pode-se

estabelecer uma relação entre déficit orçamentário do governo e o saldo em conta corrente de um país. A partir dessa relação, assinale a opção correta.

a) Alterações no déficit orçamentário do governo somente causam mudanças no saldo em transações correntes do país se tais alterações decorrem exclusivamente de alterações nos investimentos públicos e desde que a diferença entre poupança e investimento privado permaneça constante.

b) Uma redução do déficit orçamentário do governo, independentemente de ocorrerem ou não variações na diferença entre poupança e investimento privado, melhora o saldo em transações correntes do país.

AFC (2000) – Cont.c) Uma redução do déficit orçamentário do governo melhora o

saldo em transações correntes do país, desde que a diferença entre poupança e investimento privado permaneça constante.

d) Alterações no déficit orçamentário do governo somente causam mudanças no saldo em transações correntes do país se tais alterações decorrem exclusivamente de alterações nos investimentos públicos, independentemente de ocorrerem ou não variações na diferença entre poupança e investimento privado.

e) Alterações no déficit orçamentário do governo somente causam mudanças no saldo em transações correntes do país se tais alterações decorrem exclusivamente de alterações na poupança do governo e desde que a diferença entre poupança e investimento privado permaneça constante.

� Resp.: Alternativa “c”

MPU (2004)

� Um déficit em transações correntes pode ser considerado como

a) poupança interna.b) despoupança externa.c) poupança externa.d) despoupança interna.e) despoupança do governo.

� Resp.: Alternativa “c”

APO/MPOG (2005)� Considere os seguintes dados:Investimento privado = 300Poupança privada = 300Investimento público = 200Poupança do governo = 100� Com base nessas informações e considerando as identidades

macroeconômicas básicas, a economia apresentaa) um déficit em transações correntes de 100 e um superávit público

de 100.b) um superávit em transações correntes de 100 e um déficit público

de 100.c) um déficit em transações correntes de 100 e um déficit público de

100.d) um déficit em transações correntes de 100 e um déficit público

nulo.e) um déficit em transações correntes nulo e um superávit público de

100.

Page 14: Macro Eco No Mia Para Concursos Apostila Gestor 20100705143635

14

Resp.: � O déficit publico é definido como (Ipu - Sg) = (200 –

100) = 100

� Sabemos que I = S ou � Ipr + Ipu = Spr + Sg + Se� “Se” é a poupança externa ou o déficit em transações

correntes� Então: Se = (Ipr – Spr) + (Ipu – Sg)� Se = (300 – 300) + (200 – 100) = 100

� A resposta é então déficit em transações correntes igual a 100 e déficit público igual a 100. Alternativa “c”

Ótica das Injeções e dos Vazamentos

� Vazamentos (S + T + M)� Recursos que deixam de fluir para empresas e famílias

� Injeções (I + G + X)� Representam a demanda de outros agentes econômicos

� Se:� Injeções > vazamentos: renda nacional está crescendo� Injeções < vazamentos: renda nacional está em queda� Injeções = vazamentos: renda nacional está em equilíbrio

estacionário

Ótica das Injeções e dos Vazamentos� Tome S + T + M = I + G + X �

�(S - I) + (T - G) = (X - M)

� Se X – M > 0 ou X > M �� superávit do setor privado (S - I)>0 e/ou

superávit no governo (T – G) > 0�� O que representa uma poupança externa

negativa (-Se)

� Se X – M < 0 ou X < M �� O que representa uma poupança externa

positiva (+Se)

Absorção Interna

� Definição: A = C + I + G� A diferença entre a absorção interna e o

produto é devido às exportações (X) e às importações (M)

� Se o PIB for maior que absorção, isto quer dizer que há superávit comercial (NX>0)

� No caso oposto, se o PIB for menor que a absorção, há uma necessidade de produtos produzidos no exterior

Carga Tributária

� Carga tributária bruta (CTB) = total de tributos arrecadados no país

� É também conhecida como a receita tributária do governo

� Carga tributária líquida (CTL) = carga tributária menos transferências do governo

100)( ×++=

PIBpm

CPFIIIDCTB

Contribuições Parafiscais (COFINS, PIS, CSLL, INSS)

100))()( ×+−+−=

PIBpm

CPFsubIItransfIDCTL

AFPS (2002)� Considere os seguintes dados:Poupança líquida = 100Depreciação = 5Variação de estoques = 50� Com base nessas informações e considerando uma

economia fechada e sem governo, a formação bruta de capital fixo e a poupança bruta total são, respectivamente:

a)100 e 105b) 55 e 105c) 50 e 100d) 50 e 105e) 50 e 50

Page 15: Macro Eco No Mia Para Concursos Apostila Gestor 20100705143635

15

Resp.:

� “O bruto é sempre o liquido mais a depreciação”. Isso vale também para a poupança. A poupança bruta (ou simplesmente S) é igual a :

� S = SL + depreciação = 100 + 5� Sabemos que pela identidade fundamental: I = S

� Lembrar que estamos trabalhando com uma economia fechada e em governo

� O investimento é equivalente a:� I = FBKF + ∆e

� Ou seja, FBKF= I – ∆e = 105 – 50 = 55� A resposta é então a alternativa “b”.

APO/MPOG (2003)� Considere os seguintes dados para uma economia

hipotética• renda nacional líquida: 1000• depreciação: 30• consumo pessoal: 670• variação de estoques: 30Com base nestas informações e considerando as

identidades macroeconômicas básicas que decorrem de um sistema de contas nacionais para uma economia fechada e sem governo, podemos afirmar que a formação bruta de capital fixo nesta economia é de:

a) 300 b) 330 c) 370 d) 400 e) 430

Resp.:

� Temos que calcular a renda nacional bruta� RNB = RNL + Depreciação = 1000 + 30 = 1030� Como estamos em uma economia fechada e sem

governo, Y = C + I� Pela identidade sabemos que a renda equivale a

despesa, logo� Y = RNB = C + I .:

� I = RNB – C = 1030 – 677 = 360

� Por fim, I = FBKF + ∆e .: FBKF= I – ∆e = 360 – 30 = 330

� Resp.: Alternativa “b”

APO/MPOG (2002)� Considere os seguintes dados, em unidades monetárias num

determinado período de tempo:poupança líquida do setor privado: 100;depreciação: 10;déficit do balanço de pagamentos em transações correntes: 50;saldo do governo em conta corrente: 30;variação de estoques: 30.� Com base nestes valores e considerando as identidades

macroeconômicas básicas, é correto afirmar que a formação bruta de capital fixo, o investimento bruto total e a poupança bruta total são iguais a, respectivamente:

a) 160, 190 e 190 b) 130, 160 e 160 c) 130, 140 e 150d) 160, 160 e 160 e) 120, 160 e 160

Resp.:

� Tem-se que a poupança privada bruta é: Spr = Slpr + Depreciação = 100 + 10 = 110

� Uma das identidades fundamentais� I = S = Spr + Sg + Se� I = S = 110 + 30 + 50 = 190

� Por fim, I = FBKF + ∆e .: FBKF= I – ∆e = 190 – 30 = 160

� Logo FBKF = 160; I = 190 e S = 190� Resp.: Alternativa “a”

AFC (2000)� Com relação aos conceitos de produto agregado, podemos

afirmar quea) o produto bruto é necessariamente maior do que o produto

líquido; o produto nacional pode ser maior ou menor do que o produto interno e o produto a custo de fatores pode ser maior ou menor do que o produto a preços de mercado

b) o produto nacional é necessariamente maior do que o produto interno; o produto bruto é necessariamente maior do que o produto líquido; e o produto a preços de mercado é necessariamente maior do que o produto a custo de fatores

c) o produto a preços de mercado é necessariamente maior do que o produto a custo de fatores; o produto interno é necessariamente maior do que o produto nacional; e o produto bruto é necessariamente maior do que o produto líquido

Page 16: Macro Eco No Mia Para Concursos Apostila Gestor 20100705143635

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AFC (2000) – cont.d) o produto bruto é necessariamente maior do que o produto líquido;

o produto interno é necessariamente maior do que o produto nacional; e o produto a preços de mercados pode ser maior ou menor do que o produto a custo de fatores

e) o produto interno é necessariamente maior do que o produto nacional; o produto líquido pode ser maior ou menor do que o produto bruto; e o produto a custo de fatores pode ser maior ou menor do que o produto a preços de mercado

� Resp.: Vamos por partes. O produto bruto é necessariamente maior do que o produto líquido, visto que é o último mais a depreciação. Ademais, o produto nacional pode ser maior ou menor do que o produto interno, a depender do sinal da receita líquida enviada ao exterior (que pode ser positiva ou negativa. E, por fim, e o produto a custo de fatores pode ser maior ou menor do que o produto a preços de mercado (a depender da magnitude dos impostos indiretos e dos subsídios). Alternativa “a” é a resposta.

MPU (2004)� Considere os seguintes dados para uma economia fechada e sem

governo.Salários = 400 Lucros = 300Juros = 200 Aluguéis = 100Consumo pessoal = 500 Variação de estoques = 100Depreciação = 50� Com base nessas informações, a formação bruta de capital fixo e

a renda nacional bruta são, respectivamente,a) 500 e 1050.b) 400 e 1000.c) 450 e 1000.d) 400 e 1050.e) 450 e 1050.

Resp.: � O PIB pela ótica da renda é dado por: salários +

aluguéis + juros + lucros + depreciação = 400 + 100 + 200 + 300 + 50 = 1050

� PIB = RNB como não existe setor externo

� RNB = C + I (já que não existe governo e setor externo)

� I = RNB – C = 1050 – 500 = 550� Por fim, I = FBKF + ∆e .: FBKF= I – ∆e = 550 –

100 = 450

� Resp.: Alternativa “e”

APO/MPOG (2002)� Com base nas identidades macroeconômicas básicas, é correto

afirmar que:a) no Brasil, o produto nacional bruto é maior do que o produto

interno bruto.b) se o país obteve um saldo positivo no saldo do balanço de

serviços de fatores, então o produto nacional bruto será maior do que o produto interno bruto.

c) se o saldo em transações correntes for nulo, o produto nacional bruto será igual ao produto interno bruto.

d) se o saldo total do balanço de pagamentos for positivo, então o produto nacional bruto será maior do que o produto interno bruto.

e) independente das contas externas do país, o produto interno bruto é necessariamente maior do que o produto nacional bruto.

� Resp.: Alternativa “b”

AFRF (2002)� Considere um sistema de contas nacionais para uma

economia aberta sem governo. Suponha os seguintes dados:

Importações de bens e serviços não fatores = 100Renda líquida enviada ao exterior = 50Renda nacional líquida = 1.000Depreciação = 5Exportações de bens e serviços não fatores = 200Consumo pessoal = 500Variação de estoques = 80

Com base nessas informações, é correto afirmar que a formação bruta de capital fixo é igual a:

a) 375 b) 275 c) 430 d) 330 e) 150

Resp.:� Temos que I = FBKF + ∆e. Precisamos saber o valor dos

investimentos (I) para saber o resultado da questão.� Mas como fazer isso? É só olhar os dados da questão e

pensar no PIB da ótica da despesa:� PIB = C + I + X – M (em uma economia sem governo)

� O PIB é igual a PIL + depreciação (ou a RIL + depreciação)� Por sua vez, o PIL é igual a PNL + renda líquida enviada ao exterior

(ou a RNL + renda líquida enviada ao exterior)� Estas duas informações nos dizem que o:

� PIB = RNL + RLE + depreciação� Ou seja:� PIB = 1000 + 50 + 5 = 1055

� Como PIB = C + I + G + X – M, temos� 1055 = 500 + I + 200 – 100� I = 455

� Logo, I = FBKF + ∆e � 455 = FBKF + 80� FBKF = 375

� Alternativa “a” é a resposta

Page 17: Macro Eco No Mia Para Concursos Apostila Gestor 20100705143635

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ACE/MDIC (2002)

� Considere uma economia hipotética com os seguintes dados:

• Exportações de bens e serviços não fatores = 300;• Importações de bens e serviços não fatores = 100;• Renda recebida do exterior = 50;• Renda enviada ao exterior = 650;• Poupança interna líquida = 200;• Variação de estoques = 100;• Depreciação = 50.

ACE/MDIC (2002) – cont.

� Com base nestes dados, a poupança externa e a formação bruta de capital fixo desta economia são, respectivamente:

a) 400 e 450b) 400 e 550c) 350 e 500d) 300 e 450e) 300 e 650

� Resp.: “b”

Resp.:� Sabemos que a poupança externa é equivalente ao déficit

das transações correntes:� Poupança externa = transações correntes = fluxo de bens e

serviços + fluxo de renda� Ou seja:

� Transações Correntes = X – M (bens e serviços) + RR – RE (renda)� Transações Correntes = 300 – 100 + 50 – 650 = – 400 � Logo Se = – Transações Correntes = – ( – 400) = 400

� Mais uma vez, I = FBKF + ∆e � O investimento corresponde à poupança interna bruta (Sd =

Spr + Sg) mais a poupança externa, ou seja� A poupança interna bruto é igual a poupança interna líquida mais

depreciação� I = Sd + Se = (SL + depreciação) + Se = (200 + 50) + 400 = 650� Portanto: FBKF = I – ∆e = 650 – 100 = 550.

� A resposta é então a alternativa “b”

ENAP (2006)� Com base nos conceitos macroeconômicos é incorreto afirmar quea) se os subsídios forem iguais a zero, na existência de impostos

indiretos, o Produto Interno Bruto a custo de fatores será menor do que o Produto Interno Bruto a preços de mercado.

b) a diferença entre o Produto Interno Bruto e o Produto Nacional Bruto depende do sinal do saldo da conta de renda líquida enviada ao exterior.

c) a dívida pública como percentual do Produto Interno Bruto não pode ser superior a 100%.

d) considerando que a depreciação é sempre positiva, o Produto Interno Bruto é necessariamente maior do que o Produto Interno Líquido.

e) o Produto Interno Bruto pode ser considerado o que se denomina variável fluxo.

� Resp.: Não vimos ainda com detalhes o conceito de dívida pública, mas com o que estudamos até agora podemos ver que cada uma das alternativas (a), (b), (d) e (e) está correta. Portanto, a alternativa (c) está incorreta (para ser preciso, a dívida pública pode, em tese, ser qualquer valor maior do que zero).

TABELAS DE USOS E RECURSOS E CONTAS ECONÔMICAS INTEGRADAS

� Componentes da metodologia das Contas Nacionais

� Tabelas de Usos e Recursos (TRU) apresenta a oferta total da economia como o somatório da produção de bens e serviços e, simultaneamente, como somatório do consumo intermediário e da demanda final

� As Contas Econômicas Integradas ( CEIs) correspondem ao conjunto de quatro contas do sistema anterior e são apresentadas como base em três grandes grupos� Substitui-se as tradicionais colunas de débito e crédito pelas colunas

de usos (aplicação dos recursos) e recursos (origem dos recursos

CONTAS ECONÔMICAS INTEGRADAS

� Primeiro Grupo: Conta de Bens e Serviços�Recursos: Produto (cf) + Impostos sobre Produtos+

Importações

�Usos: Consumo Final + Consumo Intermediário + Investimentos + Exportações

� Isto é: P + Impostos + M = Ci + Cf + I + X

Page 18: Macro Eco No Mia Para Concursos Apostila Gestor 20100705143635

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GESTOR/MPOG (2003)

� Considere os seguintes dados extraídos da Conta de Bens e Serviços do Sistema de Contas Econômicas Integradas:

• Produção: 1.323.410.847• Importação de bens e serviços: 69.310.584• Impostos sobre produtos: 83.920.429• Consumo intermediário: 628.444.549• Consumo final: 630.813.704• Variação de estoques: 12.903.180• Exportação de bens e serviços: 54.430.127� Com base nessas informações, é correto afirmar que a

formação bruta de capital fixo é igual a:a) 150.050.300 b) 66.129.871 c) 233.970.729d) 100.540.580 e) 200.000.000

Resp.:� É uma questão que envolve o conceito de Conta de

Bens e Serviços

� Neste caso, temos que somar e igualar

� (a) os recursos: Produto (cf) + Impostos sobre Produtos+ Importações

� E (b) os usos: Consumo Final + Consumo Intermediário + Investimentos + Exportações

� Isto é: P + Impostos + M = Ci + Cf + I + X

� A formação bruta de capital fixo vem do componente investimento

Resp.:

Recursos Operações e Saldos Usos1.323.410.847 Produção

69.310.584 Importação de Bens e Serviços83.920.429 Impostos sobre produtos

Consumo Intermediário 628.444.549Consumo Final 630.813.704

Formação Bruta de Capital Fixo ?Variação de Estoques 12.903.180

Exportação de Bens e Serviços 54.430.8601.476.641.860 Total 1.476.641.860

� A tabela abaixo sistematiza o cálculo a ser feito:

� P + Impostos + M = Ci + Cf + I + X� 1.323.410.847 + 83.920.429 + 69.310.584 = 628.444.549 +

630.813.704 + (FBKF + 12.903.180) + 54.430.127

� FBKF = 150.050.300.

� Resp.: Alternativa “a”.

GESTOR/MPOG (2005)

� Considere os seguintes dados de um sistema de contas nacionais que segue a metodologia do sistema adotado no Brasil, em unidades monetárias:

Produção = 1.300Importação de bens e serviços = 70Impostos sobre produtos = 85Consumo intermediário = 607Consumo final = 630Variação de estoques = 13Exportações de bens e serviços = 55

Com base nessas informações, a formação bruta de capital fixo é igual a:

a) 150 b) 100 c) 50 d) 200 e) 250

Resp.:

� A questão é idêntica à anterior, só que com menos exigência de álgebra

� A tabela abaixo resumo os números do problema

Recursos Operações e Saldos Usos1300 Produção70 Importação de Bens e Serviços85 Impostos sobre produtos

Consumo Intermediário 607Consumo Final 630

Formação Bruta de Capital Fixo ?Variação de Estoques 13

Exportação de Bens e Serviços 551455 Total 1455

Resp.:

� P + Impostos + M = Ci + Cf + I + X�1300 + 70 + 85 = 607 + 630 + (FBKF + 13) + 55

� FBKF = 1455 – 1305 = 150� Resp.: Alternativa “a”.

Page 19: Macro Eco No Mia Para Concursos Apostila Gestor 20100705143635

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APO/MPOG (2005)� Considere os seguintes dados de um sistema de contas

nacionais, que segue a metodologia do sistema adotado no Brasil, em unidades monetárias:

Produção = 1200Importação de bens e serviços = 60Impostos sobre produtos = 70Consumo final = 600Formação bruta de capital fixo = 100Variação de estoques = 10Exportações de bens e serviços = 120� Com base nessas informações, o consumo intermediário é

igual a: a) 500 b) 400 c) 450 d) 550 e) 600

Resp.:

� P + Impostos + M = Ci + Cf + I + X�1200 + 70 + 60 = Ci + 600 + (100 + 10) + 120

�Ci = 1330 – 830 = 500

� Alternativa “a”

CONTAS ECONÔMICAS INTEGRADAS

� Segundo Grupo é constituído de três contas:� (a) Conta de produção

� Valor Bruto da Produção = Consumo Intermediário + Produto Interno Bruto

� (b) Conta de Renda� Identidades sobre conceitos de renda

� (c) Conta de Acumulação� Trabalha diretamente com a identidade investimento/ poupança � Estima a necessidade ou capacidade de financiamento do país� O sinal negativo do saldo (poupança doméstica - investimento

doméstico) mostra que houve a complementação com poupança externa no ano em questão

GESTOR/MPOG (2003)� Considere os seguintes dados extraídos da Conta de

Produção do Sistema de Contas Econômicas Integradas:• Produção: 1.323.410.847• Produto Interno Bruto: 778.886.727• Imposto de importação: 4.183.987• Demais impostos sobre produtos: 79.736.442� Com base nestas informações, é correto afirmar que o

consumo intermediário é de:a) 628.444.549b) 632.628.536c) 600.000.000d) 595.484.200e) 550.000.003

Resp.: � É uma questão sobre a conta de produção

� Como derivamos a conta de produção?� É bem simples. Sabemos que pela conta de bens e

serviços� P + Impostos + M = Ci + Cf + I + X� O consumo final (Cf) agrupa o consumo das famílias (C) e o do

governo (G)

� E que o PIB pela ótica da despesa:� PIB = C + I + G + X – M

� Assim, P + Impostos = Ci + PIB� Ou: PIB = P + Impostos - Ci

Resp.:

� Portanto, a resolução da questão fica:� P + Impostos = Ci + PIB

�1.323.410.847 + (4.183.987 + 79.736.442) = Ci + 778.886.727

� Logo “Ci” = 1.407.331.276 – 778.886.727�Ci = 628.44.549

� A alternativa correta é a “a”

Page 20: Macro Eco No Mia Para Concursos Apostila Gestor 20100705143635

20

AFRF (2002)� No ano de 2000, a conta de produção do sistema de

contas nacionais no Brasil apresentou os seguintes dados (em R$ 1.000.000):

Produção: 1.979.057Consumo Intermediário: 1.011.751Impostos sobre produto: 119.394Imposto sobre importação: 8.430Produto Interno Bruto: 1.086.700� Com base nestas informações, o item da conta

“demais impostos sobre produto” foi de:

a)839.482 b)74.949 c)110.964 d)128.364 e)66.519

Resp.:

� É uma questão sobre a conta de produção

� P + Impostos = Ci + PIB� 1.979.057 + (Impostos) = 1.011.751 + 1.086.700

� Impostos = 119.394

� Impostos totais = impostos sobre importações + “demais impostos sobre produto”� “demais impostos sobre produto” = 119.394 - 8.430 =

110.964

� A alternativa correta é a “c”

AFRF (2002)� No ano de 1999, a conta de capital do sistema de

contas nacionais no Brasil apresentou os seguintes dados (em R$ 1.000.000):

Poupança bruta: 149.491Formação bruta de capital fixo: 184.087Variação de estoques: 11.314Transferências de capital enviada ao resto do mundo: 29Transferências de capital recebida do resto do mundo: 91

� Com base nessas informações, é correto afirmar que a necessidade de financiamento foi igual a:

a) 34.566 b) 45.848 c) 80.414 d) 11.282 e) 195.401

Resp.:

� É uma questão de Conta de Acumulação .� Vamos então utilizar a identidade entre poupança e

investimento� O investimento é dado por: FBKF + ∆e

� I = 184.087+11.314 = 195.401.� A questão diz que a economia recebeu transferência positiva

de capital (91-29 = 62) e tem poupança interna bruta de 149.491.

� Claramente a poupança interna mais as transferências são menores do que o investimento.� O que significa necessidade de financiamento do país� Tal necessidade é na magnitude de (149.491 + 62 - 195.401) =

45.848.� A resposta é a letra “b”

CONTAS ECONÔMICAS INTEGRADAS

� Terceiro Grupo é constituído das contas relativas ao resto do mundo:�Chamada de Conta de Operações Correntes

com o Mundo �Quais os usos e recursos dessa conta?�Usos: Exportações, Rendas enviadas ao

exterior, transferências correntes enviadas, etc. �Recursos: Importações, Rendas externas

recebidas, transferências correntes recebidas, etc.

QUESTÕES EXTRAS

Page 21: Macro Eco No Mia Para Concursos Apostila Gestor 20100705143635

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GESTOR/MPOG (2008)� Considere os seguintes dados para uma economia

hipotética:Investimento privado: 200;Poupança privada: 100;Poupança do governo: 50;Déficit em transações correntes: 100.� Com base nestas informações e considerando as

identidades macroeconômicas básicas, pode-se afirmar que o investimento público e o déficit público são, respectivamente,

a) zero e 50.b) 50 e 50.c) 50 e zero.d) zero e zero.e) 50 e 100.

Resp.:� A partir da identidade I = S, temos que

� Ipr + Ipu = Spr + Sg + Se

� Sabemos que a poupança externa é igual ao déficit de transações correntes, logo:� 200 + Ipu = 100 + 50 + 100� Ipu = 50

� O déficit público é igual ao investimento público menos a poupança do governo, isto é:� Dg = Ipu – Sg = 50 - 50 � Dg = 0 � não há déficit público

� Alternativa “c” está correta.

APO/MPOG (2008)

� “No que diz respeito a agregados macroeconômicos e identidades contábeis, pode-se afirmar que os principais agregados derivados das contas nacionais são as medidas de Produto, Renda e Despesa. Assinale a única opção falsa no que se refere a agregados macroeconômicos.

a) As medidas de Produto, Renda e Despesa, universalmente utilizadas, representam sínteses do esforço produtivo de um país em um determinado período de tempo, revelando várias etapas da atividade produtiva.

b) O Produto Interno Bruto (PIB) per capita é uma medida que se obtém dividindo-se o PIB do ano pela população residente no mesmo período.

c) O PIB per capita é um bom indicador de bem-estar da população residente no mesmo período.

d) A Renda Nacional Bruta é o agregado que considera o valor adicionado gerado por fatores de produção de propriedade de residentes.

e) O PIB, avaliado pela ótica do produto, mede o total do valor adicionado produzido por firmas operando no país, independentemente da origem do seu capital.”

Resp.:

� O PIB per capita é um indicador da produção por pessoa na economia, não englobando outros aspectos importantes como bem-estar, qualidade de vida, entre outros.

� Alternativa “c” está incorreta

ACE/MDIC (1998)� Uma economia produz apenas três bens, A, B e C. A tabela abaixo

mostra as quantidades produzidas e os preços unitários de cada um destes bens nos anos de 1996 e 1997:

1996 1997Bem Quant. Preço Quant. Preço

A 100 $ 1 110 $ 1B 200 $ 3 200 $ 3C 150 $ 2 100 $ 4

� Neste contexto, indique a resposta correta.a) Tomando 1996 como ano-base, o PIB real desta economia cresceu $110 entre

1996 e 1997.b) Tomando 1997 como ano-base, o PIB real desta economia cresceu $110 entre

1996 e 1997.c) Tomando 1996 como ano-base, o PIB real desta economia decresceu $90 entre

1996 e 1997.d) Tomando 1997 como ano-base, o PIB nominal desta economia cresceu $10 entre

1996 e 1997.e) Tomando 1996 como ano-base, o PIB nominal desta economia decresceu $110

entre 1996 e 1997

Resp.:

� PIB Real nos períodos 1 e 2:

� Período 1:

� Período 2:

� Houve um decréscimo de R$ 90 no PIB real

� Resp.: Alternativa “c”

910)1002()2003()1101(

1000)1502()2003()1001(

=×+×+×=

=×+×+×=

ii

ii

QP

QP

Page 22: Macro Eco No Mia Para Concursos Apostila Gestor 20100705143635

22

ACE/TCU (2002)� Considere os seguintes dados para uma economia aberta e sem

governo, num determinado período de tempo e em unidades monetárias:

Poupança líquida do setor privado: 100Depreciação: 10Variação de estoques: 40Formação bruta de capital fixo: 120� Com base nestes dados e considerando um sistema de contas

nacionais, é correto afirmar que, no período, o saldo do balanço de pagamentos em transações correntes foi:

a) superavitário no valor de 40.b) superavitário no valor de 50.c) deficitário no valor de 40.d) deficitário no valor de 50.e) nulo.

� Resp.: Alternativa “d”

Resp.:� I = S .: Ipr + Ipu = Spr + Sg + Se� Queremos identificar o valor da poupança externa

Se, que equivale ao déficit em transações correntes.� Como a economia é sem governo, Ipu e Sg são iguais a

zero.� Sabemos que Ipr = FBKF + ∆e = 120 + 40 = 160

� E que Spr = Sl + depreciação = 100+ 10 = 110 � Então:

� Ipr = Spr + Se� 160 = 110 + Se .: Se = 50

� Déficit em transações correntes igual a 50. Resposta letra “d”

ENAP (2006)� Considere os seguintes dados extraídos da conta de bens

e serviços de um sistema de contas nacionais que segue a metodologia adotada no Brasil:

Produção = 6000Importação de bens e serviços = 250Impostos sobre produto = 550Consumo intermediário = 2850Formação bruta de capital fixo = 430Variação de estoques = 25Exportação de bens e serviços = 235� Com base nesses dados, o consumo final foi dea) 2890. b) 3010. c) 3285. d) 3005. e) 3260.

Resp.:

� P + Impostos + M = Ci + Cf + I + X�6000 + 550 + 250 = 2850 + Cf + (430 + 25) +

235

�Cf = 6800 – 3540 = 3260

� Alternativa “e”

ESAF/Analista de Planejamento e Orçamento/2003

� Considere os seguintes dados de um sistema de contas nacionais, que segue a metodologia do sistema adotado no Brasil, em unidades monetárias:

Produção = 1200Importação de bens e serviços = 60

Impostos sobre produtos = 70Consumo final = 600Formação bruta de capital fixo = 100Variação de estoques = 10Exportações de bens e serviços = 120

� Com base nessas informações, o consumo intermediário é igual a:a) 500 b) 400 c) 450 d) 550 e) 600� Resp.: Alternativa “a”

MACROECONOMIA PARA CONCURSOS

Balanço de Pagamento

Prof. Daniel da Mata

Page 23: Macro Eco No Mia Para Concursos Apostila Gestor 20100705143635

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Balanço de Pagamentos

� Balanço de Pagamentos (BP) é o registrosistemático das transações entre residentes e não-residentes de um país durante determinado período de tempo� Registro contábil de todas as transações de um país com

o resto do mundo

� No Brasil, é elaborado pelo Banco Central� É importante frisar que só são registrados no

Balanço de Pagamentos transações entre residentes e não-residentes� Transações entre residentes não são contabilizadas no

Balanço de Pagamentos

Residentes1. Pessoas físicas, nacionais ou não, cujo centro de

interesse é o pais� Ex.: indivíduos que vivem permanentemente no país

(incluindo estrangeiros que trabalham no país)2. Pessoas jurídicas de direito privado sediadas no

país� Ex.: empresas nacionais e multinacionais instaladas no

país3. Embaixadas do país no mundo

� Ex.: Embaixada Brasileira em Roma4. Pessoas jurídicas de direito público sediadas no

país� Órgãos dos Poderes em nível estadual

Não-Residentes1. Pessoas físicas, nacionais ou não, cujo

centro de interesse não é o pais� Ex.: Turista estrangeiro no país

2. Pessoas jurídicas de direito privado instaladas fora do país

� Ex.: filial da Gerdau no Chile

3. Embaixadas estrangeiras no país � Ex.: Embaixada da China em Brasília

4. Pessoas jurídicas de direito público de outros países

ACE/MDIC (2002)� Tomando como caso o Brasil, não é considerado como

residente para efeito de pagamento no balanço de pagamentos

a) embaixadas brasileiras no exterior.b) empresas multinacionais instaladas no Brasil.c) turistas brasileiros no exterior.d) instituições norte-americanas de ensino instaladas no Brasil.e) filiais de empresas brasileiras no exterior.

� Resp.: Alternativa “e”. Pessoas jurídicas de direito privado instaladas fora do país são consideradas não-residentes, não importando se tal empresa é brasileira ou não.

Como é realizada o pagamento das transações entre residentes e não residentes?

� Basicamente, de 4 formas:(a) Haveres a Curto Prazo no Exterior

� Liquidez imediata: moeda forte, títulos de curto prazo� Principal meio de pagamento internacional

(b) Ouro Monetário� É o ouro em poder do Banco Central. É aceito como pagamento nas

transações do comércio internacional(c) Posição das Reservas no Fundo Monetário Internacional

(FMI)� Cota-parte de cada país membro� É considerado um empréstimo quando um país retirar recursos

superiores a sua cota-parte, feito para regularizar um déficit no saldo do Balanço de Pagamentos

� (d) Direito Especial de Saque (DES)� Moeda escritural, criada pelo FMI, para fazer pagamentos e

recebimentos entre Bancos Centrais dos países

Estrutura do Balanço de Pagamentos (antiga!)

� A estrutura antiga é útil como introdução, visto que a maioria dos conceitos permanecem iguais� E esses conceitos são cobrados em concursos

1. BALANÇO COMERCIAL (Valor FOB)� Saldo líquido entre exportação de bens e importações de

bens

2. BALANÇO DE SERVIÇOS� Saldo líquido entre serviços prestados por residentes a

não-residentes e despesas com serviços prestados por não-residentes a residentes.

Page 24: Macro Eco No Mia Para Concursos Apostila Gestor 20100705143635

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Estrutura do Balanço de Pagamentos (antiga!)

� BALANÇO DE SERVIÇOS� Balanço de serviços não-fatores

� Viagens internacionais� Fretes� Seguros� Serviços governamentais� Outros serviços não-fatores

� Balanço de serviços fatores� Renda do Capital (juros e lucros)� Renda do Trabalho� Outros serviços fatores (royalties, patentes, etc.)

Estrutura do Balanço de Pagamentos (antiga!)

3. TRANSFERÊNCIAS UNILATERAIS (DONATIVOS)

� Saldo líquido entre receitas de donativos e despesas de donativos cedidos

� Incluem as remessas de imigrantes e reparações de guerras

4. SALDO EM TRANSAÇÃO CORRENTE (OU CONTA CORRENTE) DO BP = 1 + 2 + 3� É a soma dos itens anteriores

�T = BC + BS + TU

Estrutura do Balanço de Pagamentos (antiga!)

5. MOVIMENTO DE CAPITAIS AUTÔNOMOS� Capitais que livremente entram ou saem do

país� Investimentos Diretos�Empréstimos e Financiamentos�Amortização�Reinvestimento�Refinanciamento�Capitais a Curto Prazo

Estrutura do Balanço de Pagamentos (antiga!)

6. ERROS E OMISSÕES� Conta de ajuste dos débitos e créditos

7. SALDO TOTAL DO BALANÇO DE PAGAMENTOS = 4 + 5 + 6

� Soma do Saldo em Conta-Corrente (T), Capitais Autônomos (Ka) e Erros e Omissões (EO)

� BP = T + Ka + EO

Estrutura do Balanço de Pagamentos (antiga!)

8. MOVIMENTO DE CAPITAIS COMPENSATÓRIOS (Demonstrativo de Resultado)

� Contas de Caixas� Haveres� Ouro Monetário� DES� Reservas do FMI

� Empréstimos de regularização

� Atrasos

Em suma:1. BC (Balança Comercial)2. BS (Balança de Serviços)3. TU (Transferências Unilaterais)4. T (Saldo em Transações Correntes)

� T = BC + BS + TU

5. Ka (Capitais Autônomos)6. EO (Erros e Omissões)7. B (Saldo do Balanço de Pagamentos)

� B = T + Ka + EO

8. Kc (Capitais Compensatórios)� 8.1 Contas de Caixa: haveres, ouro monetário, DES, reservas do FMI� 8.2 ER (empréstimos de regularização)� 8.3 A (Atrasados)

Page 25: Macro Eco No Mia Para Concursos Apostila Gestor 20100705143635

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MRE (2004)� “Quando nisseis brasileiros que trabalham no

Japão remetem parte de suas economias a seus familiares, no Brasil, essa transação é registrada como uma transferência unilateral e constitui parte integrante da conta de transações correntes.”

� Resp.: Correto. Vimos que os donativos são registrados como transferência unilateral, parte da balança de transações correntes

MPU (2004)

� Não é registrado no balanço de serviços o(a)a) remessa de lucros.b) amortização de empréstimos.c) pagamento de fretes.d) pagamento de seguro de transportes de

mercadorias.e) recebimento de juros de empréstimos.

� Resp.: Alternativa “b”. Amortização é computada na conta de movimento de capitais autônomos

AFPS (2002)

� Considere as seguintes informações:Saldo da balança comercial: déficit de 100;Saldo da balança de serviços: déficit de 200;Saldo em transações correntes: déficit de 250;Saldo total do balanço de pagamentos: superávit de 50.� Com base nessas informações, o saldo das “transferências

unilaterais” e do “movimento de capitais autônomos” foram, respectivamente:

a) + 50 e + 300b) – 50 e – 300c) + 30 e – 330d) – 30 e + 330e) – 30 e – 300

Resp.: � Sabemos que o saldo de transações correntes corresponde

a soma do balanço comercial, do de serviços e das transferências unilaterais� T = BC + BS + TU

� Logo: � TU = T – BC – BS = (-250) – (-100) – (-200) = +50

� Temos também que o saldo da balança de pagamentos é equivalente ao saldo das transações correntes + capitais autônomos + erros e omissões� B = T + Ka + EO� A questão estipula que não há erros e omissões

� Portanto:� Ka = B – Ta = +50 – (-250) = + 300

� Resp.: Alternativa “a”

Classificação das Contas do BP

� Os registros contábeis do Balanço de Pagamentos são elaborados dentro do princípio das partidas dobradas�Crédito em uma conta corresponde a débito em

outra

� Visando a homogeneização entre os diversos países, o BP é expresso em apenas uma divisa padrão (dólar)

Classificação das Contas do BP

� As contas de Ativo (bens e direitos) representam uma aplicação de recursos e possuem natureza devedora

� As contas de Passivo (obrigações) representam a origem dos recursos e possuem natureza credora

� Divide-se as contas do BP em dois tipos:�Contas operacionais�Contas de caixa

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Classificação das Contas do BP� Contas Operacionais (fatos geradores)

� Entrada de divisas tem sinal positivo (+)!� Saída de divisas tem sinal negativo (-)!

� Exportação� Importação� Investimentos � Transferências unilaterais� Amortização� Etc.

� Contas de Caixa (movimento de meio de pagamentos)� Entrada de divisas (uma receita) tem sinal negativo (-), isto é, diminuem

as obrigação� Saída de divisas tem sinal positivo (+)

� Haveres� Ouro Monetário� Direitos especiais de saque (DES)� Reservas do FMI

Classificação das Contas do BP

Contas Operacionais Contas de caixa

Receita: entrada de divisas (ou de reservas)

Crédito (+) Débito (-)

Despesa: saída de divisas (de reservas)

Débito (-) Crédito (+)

Tipos de Contas

Classificação das Contas do BP� Exemplos de entrada de divisas

� Exportação de bens� Receitas de viagens internacionais� Receitas de fretes� Receitas com juros da dívida externa� Receitas com rendas do trabalho� Receitas com lucros recebidos� Entrada de investimentos diretos� Amortizações recebidas

� Em suma, representam:� Uma entrada de divisas e as contas operacionais devem ser

creditadas (+)� Um aumento do saldo em alguma conta de caixa, que devem ser

debitadas (diminuição das obrigações)

Classificação das Contas do BP� Exemplos de saída de divisas

� Importação de bens� Despesas de viagens internacionais� Despesas de fretes� Despesas com juros da dívida externa� Despesas com rendas do trabalho� Despesas com lucros recebidos� Saída de investimentos diretos� Paramentos de amortizações

� Em suma, representam:� Uma saída de divisas e as contas operacionais devem ser debitadas

(-)� Uma diminuição do saldo em alguma conta de caixa, que devem ser

creditadas (aumento das obrigações)

Classificação das Contas do BP� No BP, podemos encontrar três gêneros de lançamento

� (a) O lançamento é feito em uma conta operacional e a respectiva contrapartida contábil é feita em uma conta de caixa

� (b) o lançamento e a respectiva contrapartida contábil são ambos registrados em contas operacionais

� (c) O lançamento e a contrapartida são ambos registrados em contas de caixa

� No próximo slide vamos ver alguns exemplos de lançamentos no BP

� Notar que as contas de caixa possuem subcontas utilizadas para lançamentos de ajustes� Valorização e desvalorização� Monetização e desmonetização� Alocação (compras) e cancelamentos (venda) de DES� Variação total de haveres, ouro monetário, DES e reservas do FMI

Exemplos de Lançamentos no BP� Exportação de Mercadorias

� O Brasil exporta mercadorias no valor de 100 e recebe em moeda forte

� Exportação: +100� Haveres: -100

� Exportação de Bens� O Brasil exporta bens no valor de 100 e recebe metade em moeda

forte e metade em DES� Exportação: +100� Haveres: -50� DES: -50

� Importação de Bens� O Brasil importa bens no valor de 100 e paga metade em moeda

forte e metade em ouro� Importação: -100� Haveres: +50� Ouro monetário: +50

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Exemplos de Lançamentos no BP� Vamos praticar um pouco!� Permuta de mercadorias*

� O Brasil importa automóveis no valor de 100 pagando com madeira� Importação: -100� Exportação: +100

� Pagamento de juros da dívida externa� O Brasil paga juros da sua dívida externa no valor de 100, metade

com reservas do FMI e metade em moeda forte� Juros: -100� Haveres: +50� Reserva do FMI: +50

� Recebimento de juros da dívida externa� O Brasil recebe da Bolívia juros da dívida externa boliviana no

valor de 100 em moeda forte� Juros: +100� Haveres: -100

Exemplos de Lançamentos no BP� Recebimento de lucros

� Uma empresa brasileira recebe de sua filial no exterior lucros no total de 10

� Lucros: +10� Haveres: -10

� Envio de lucros� Uma multinacional estrangeira residente no Brasil envia

para exterior 20� Lucros: -20� Haveres: +20

� Pagamento de fretes� A Petrobrás paga frete de navio petroleiro no valor de 100

à vista� Fretes: -100� Haveres: +100

Exemplos de Lançamentos no BP� Pagamento de seguro

� Residente para prêmio a seguradora no exterior no valor de 20� Seguros: -20� Haveres: +20

� Receitas de renda do trabalho� Trabalhador presta serviço à embaixada americana em Brasília, no

valor de 10� Rendas do trabalho: +10� Haveres: -10

� Recebimento de donativos em moeda forte*� Uma ONG brasileira recebe de uma organização estrangeira 1

milhão de dólares� Transferência unilaterais: + US$ 1 milhão� Haveres: - US$ 1 milhão

Exemplos de Lançamentos no BP� Recebimento de donativos em mercadoria*

� Uma ONG brasileira recebe de uma organização estrangeira 1 milhão de dólares em remédios

� Transferência unilaterais: + US$ 1 milhão� Importação: - US$ 1 milhão

� Doação em mercadoria� O país doa 1 milhão de dólares em remédios e alimentos para

socorrer vítimas de um terremoto na China� Transferência unilaterais: - US$ 1 milhão� Exportação: + US$ 1 milhão

� Envio de remessa de imigrantes� Familiares enviam para um parente dos EUA um valor de 3� Transferências unilaterais: - 3� Haveres: +3

Exemplos de Lançamentos no BP� Migração*

� Um brasileiro retorno ao país e traz bens no valor de 2, direitos no valor de 3 e obrigações no valor de 4

� Transferências Unilaterais: (+2) + (+3) + (-4) = +1� Importação: -2� Empréstimos: (-3) + (+4) = +1

� Migração*� Um brasileiro, ao emigrar para outro país, leva consigo bens no valor

de 2, direitos no valor de 3 e obrigações no valor de 4� Transferências unilaterais: (-2) + (-3) + (+4) = -1� Exportações: +2� Empréstimos: (+3) + (-4) = -1

� Aquisição de propriedade no exterior por parte de residentes� Um brasileiro compra uma residência em Miami por 4� Investimento Direto: -4� Haveres: +4

Exemplos de Lançamentos no BP� Entrada de investimentos diretos sob forma de participação

acionária� Um americano compra ações no Brasil no valor de 20� Investimento direto: +20� Haveres: -20

� Saída (pagamento) de investimentos diretos (de risco)� Residentes no país investem 20 no exterior� Investimento direto: -20� Haveres: +20

� Entrada de investimentos diretos sem cobertura cambial*� Ingressam no país, sob forma de investimento direto, máquinas e

equipamentos no valor de 3� Investimento direto: +3� Importação: -3

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Exemplos de Lançamentos no BP� Saída de investimentos diretos sem cobertura cambial

� Saem no país, sob forma de investimento direto, máquinas e equipamentos no valor de 3

� Investimento direto: -3� Exportação: +3

� Recebimento de empréstimos de não-residentes� Residentes no país obtêm um empréstimo de não-residente� Empréstimos/financiamentos: +10� Haveres: -10

� Pagamento de amortização� O Brasil amortiza parte do principal da sua dívida no valor de 10� Amortização:-10� Haveres: +10

Exemplos de Lançamentos no BP� Reinvestimento

� Uma multinacional reinveste 10 no país� Reinvestimentos: +10� Lucro: -10

� Refinanciamento� O Brasil refinancia parte de sua dívida no valor de 10� Refinanciamento: +10� Juros (refinanciados): -10

� Atrasados� O país deixa de pagar juros no valor de 10� Juros: -10� Atrasados: +10

Exemplos de Lançamentos no BP� Atrasados

� Vencem fretes no valor de 10. O país paga 8, sendo metade em moeda forte e metade em DES

� Fretes: -10� Haveres: +4� DES:+4� Atrasados: +2

� Monetização no mercado interno� O Banco Central compra ouro de garimpeiros no valor de 10� Variação total de ouro monetário: +10� Contrapartida para desmonetização: -10

� Desmonetização no mercado externo� O Banco Central vende ouro no exterior diminuindo suas reservas no valor

de 10� Variação total de ouro monetário: -10� Contrapartida para desmonetização: +10� Exportação: +10� Haveres: -10

Exemplos de Lançamentos no BP

� Importação de ouro não-monetário�Uma indústria no Brasil compra ouro no exterior

para utilizar como insumo na linha de produção� Importação: -10�Haveres: +10

� Exportação de ouro não-monetário�Um artista na França compra ouro do Brasil para

utilizar nas suas criações�Exportações: +10�Haveres: -10

MPU (2004)� No balanço de pagamentos, os lucros reinvestidos têm

como lançamentoa) débito na conta rendas de capital e crédito na conta caixa.b) débito na conta rendas de capital e crédito na mesma

conta.c) crédito na conta reinvestimentos e débito na mesma conta.d) débito na conta rendas de capital e crédito na conta

reinvestimentos.e) crédito na conta rendas de capital e débito na conta caixa.

� Resp.: Alternativa “d”, conforme estudamos nos slides anteriores

APO (2002)� Com base no balanço de pagamentos, é correto afirmar que:a) o saldo dos movimentos de capitais autônomos tem que ser

necessariamente igual ao saldo do balanço de pagamentos em transações correntes.

b) as transferências unilaterais têm como única contrapartida de lançamento a balança comercial.

c) o saldo total do balanço de pagamentos é necessariamente igual a zero.

d) os lucros reinvestidos são lançados com sinal positivo nos movimentos de capitais e com sinal negativo no balanço de serviços.

e) as amortizações fazem parte do balanço de serviço.

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Resp.:� (a) Errado. Sabemos que B = T + Ka + EO e, portanto, T não

tem que ser igual a Ka� (b) Errado. As transferências unilaterais podem ter como

contrapartida haveres, no caso de donativos em dólares� (c) Errado. B = T + Ka + EO e pode ser maior, igual ou

menor que zero� (d) Quando residentes no exterior decidem reinvestir os

lucros no país, a operação entre como débito no balanço de serviço de fatores e como crédito os investimentos diretos ou reinvestimentos (balanço de capitais autônomos). A resposta está correta.

� (e) Errado. Amortizações fazem parte do balanço de capitais autônomos

Variação das reservas internacionais

� A variação das reservas internacionais é dada pela equação

� B = Saldo Total do BP; ER = empréstimos de regularização; A = Atrasados; C = Saldo de contrapartidas

� Se ∆RES é positiva indica um aumento das reservas internacionais

� Uma outra maneira de calcular a variação das reservas é através da fórmula

� C = Saldo de contrapartidas� Se ∆RES é negativa indica um aumento das reservas internacionais

CAERBPRES +++=∆

CCaixaContadaSaldoRES +=∆ )___(

BACEN (2002)� Considere as seguintes operações entre residentes e não residentes de

um país, num determinado período de tempo, em milhões de dólares:• o país exporta mercadorias no valor de 500, recebendo a vista;• o país importa mercadorias no valor de 400, pagando a vista;• o país paga 100 a vista, referente a juros, lucros e aluguéis;• o país amortiza empréstimo no valor de 100; • ingressam no país máquinas e equipamentos no valor de 100 sob a

forma de investimentos diretos;• ingressam no país 50 sob a forma de capitais de curto prazo;• o país realiza doação de medicamentos no valor de 30.� Com base nestas informações, pode-se afirmar que as reservas do

país, no período:a) tiveram uma elevação de 100 milhões de dólares.b) tiveram uma elevação de 50 milhões de dólares.c) tiveram uma redução de 100 milhões de dólares.d) tiveram uma redução de 50 milhões de dólares.e) não sofreram alterações

Resp.:� Vamos ver o impacto de cada operação:

� (i) Exportação: BC = +500� (ii) Importações: BC = -400� (iii) Pagamento de juros, lucros e aluguéis: BSF = -100� (iv) Amortização: Capitais Autônomos= -100� (v) Investimento direto: (a) Capitais Autônomos= +100 e

(b) Importações BC = -100� (vi) Capitais de curto prazo: Capitais autônomos: +50 � (vii) Doação de medicamentos: (a) TU = -30 e (b)

Exportações BC =+30

Resp.:� Agora, cada uma das contas:� 1. Balanço comercial = (+500(i) + (-400)(ii) + (-100)(v) + (30)(vii)) =

+30� 2. Balanço de serviços = -100

� Fatores (BSF): -100(iii) = -100� Transferências Unilaterais: -30(vii)

� Saldo em conta corrente: � T = +30 – 100 + -20 = -100

� Capitais autônomos: +50� Amortização: -100(iv)

� Investimento direto: +100(v)

� Capitais de curto prazo: +50(vi)

� Erros e Omissões: 0� Salto total do BP = (-100)+ 50 + 0 = (-50)� Variação “física” das reservas = -50� A resposta é então a alternativa “d”

AFPS (2002)� Considere os seguintes lançamentos entre residentes e não-

residentes de um país, num determinado período de tempo (em unidades monetárias):

(a) o país exporta 500, recebendo a vista;(b) o país importa 300, pagando a vista;(c) ingressam no país, sob a forma de investimentos diretos, 100 em

equipamentos;(d) o país paga 50 de juros e lucros;(e) o país paga amortizações no valor de 100;(f) ingressam no país 350, sob a forma de capitais de curto prazo;(g) o país paga fretes no valor de 70.Com base nessas informações e supondo a ausência de erros e

omissões, os saldos em transações correntes e do balanço de pagamentos são, respectivamente:

a) – 20 e + 150 b) – 20 e + 20 c) – 20 e + 330 d) – 40 e + 330e) – 40 e + 40

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Resp.:� O saldo de transações correntes corresponde a soma do balanço

comercial, do de serviços e das transferências unilaterais� É válido lembrar que os 100 de equipamentos também entram como

importação� T = BC + BS + TU� BC = (500(a)-300(b)-100(c)) = 100� BS = (-50(d) + (-70(g))) = -120� TU = 0� T = 100 – 120 = -20

� O saldo da balança de pagamentos é equivalente ao saldo das transações correntes + capitais autônomos + erros e omissões� B = T + Ka + EO� T = -20� Ka = InvDireto + Amort + Kcp = (+100(c)) + (-100(e)) + (+350(f))=+350� EO = 0� BP = (-20) + (+350) = +330

� A resposta é então a alternativa “c”

BNDES (2008)� Na conta de transações correntes do balanço de

pagamentos do país, entre outros itens, registram-se as(os)(A) exportações e os investimentos estrangeiros que trazem

divisas para o país.(B) exportações e as importações de mercadorias feitas pelos

residentes no país.(C) variações das reservas internacionais no Banco Central.(D) empréstimos e os financiamentos de longo prazo.(E) pagamentos de juros e de amortizações de capital

recebidos do exterior.� Resp.: As transações correntes incluem o balaço comercial,

o de serviços e as transferências unilaterais. Alternativa “b” inclui os dois componentes do balanço comercial e está, como resultado, correta.

ACE/MDIC (2002)� Com relação ao balanço de pagamentos, é incorreto afirmar

que:a) um déficit na balança de serviços não necessariamente

implica um déficit em transações correntes.b) entradas de mercadorias no país são, necessariamente,

consideradas como importações.c) se o país não possui reservas, um déficit em transações

correntes tem que ser necessariamente financiado com movimentos de capitais autônomos.

d) os investimentos diretos são considerados como item dos movimentos de capitais autônomos.

e) se, em valor absoluto, o déficit em transações correntes é igual ao superávit no movimento de capitais autônomos, então, na ausência de erros e omissões, o saldo total do balanço de pagamentos será nulo.

Resp.: � (a) Verdadeiro. Em países com muitas empresas

multinacionais, o balanço de serviços é deficitário. O balanço comercial pode compensar esse déficit ou não. As transferências unilaterais pode ter efeito similar

� (b) Verdadeiro. Toda entrada de mercadoria corresponde a um débito na conta de importação

� (c) Falso. O déficit pode ser financiado por exemplo com venda de ouro monetário ou por empréstimos do FMI

� (d) Verdadeiro. Os capitais autônomos são compostos por investimentos diretos, amortizações e empréstimos

� (e) Verdadeiro. Na ausência de erros e omissões, um saldo nulo do BP equivale a um déficit em transações correntes igual ao superávit no movimento de capitais autônomos

AFRF (2002)� Com relação ao balanço de pagamentos, é incorreto afirmar

que:a) as exportações de empresas multinacionais instaladas no

Brasil são computadas na balança comercial do país.b) os investimentos diretos fazem parte dos chamados

movimentos de capitais autônomos.c) o saldo da conta “transferências unilaterais” faz parte do

saldo do balanço de pagamentos em transações correntes.d) o saldo total do balanço de pagamentos não é

necessariamente nulo.e) as chamadas rendas de capital fazem parte do denominado

balanço de serviços não fatores.

� Resp.: Alternativa “e”. Na verdade, rendas de capital fazem parte do balanço de serviços fatores, já que são as remunerações do fator de produção capital.

PRINCIPAIS IDENTIDADES DO BALANÇO DE PAGAMENTOS (BP)

� 1. T = BC + BS + TU� Saldo de transações em conta correntes (T) é igual à

soma do balanço de comercial (BC), como balanço de serviços (BS) e das transferências unilaterais.

� 2. BP = T + Ka + EO� Saldo do Balanço de Pagamentos (BP) é igual à soma do

saldo das transações em conta correntes (T), mais capitais autônomos (Ka), mais erros e omissões (EO)

� 3. Kc = CC + ER + A� O capital compensatório (Kc) – demonstrativo do resultado

– é igual a soma da conta de caixa (CC) mais empréstimos de regularização (ER) e de atrasados (A)

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PRINCIPAIS IDENTIDADES DO BALANÇO DE PAGAMENTOS (BP)

� 4. T + Ka + Kc = 0 (Salvo erros e omissões)� Saldo de transações em conta corrente (T) mais capitais

autônomos (Ka) mais capital compensatório (Kc) é zero, considerando erros e omissões inexistentes

� 5. T = - (Ka + Kc), considerando EO = 0� Saldo de transações em conta corrente (T) é igual à soma

de capitais autônomos (Ka) mais capital compensatório (Kc), com sinal trocado, considerando erros e omissões nulo.

� 6. BP + Kc = 0� A soma do saldo do BP e capital compensatório (Kc) é

zero

PRINCIPAIS IDENTIDADES DO BALANÇO DE PAGAMENTOS (BP)

� 7. B = -Kc�O saldo do BP igual o capital compensatório (Kc)

com sinal trocado

� 8. T + Ka + Kc + EO = 0 �No caso de existência de erros e omissões, o

saldo de transações em conta corrente (T) mais capitais autônomos (Ka) mais capital compensatório (Kc) mais erros e omissões (EO) é zero

INFRAERO (2004)� No balanço de pagamentos de um país, um déficit em

transações correntes pode ser resolvido, dentre outros meios, por superávit:

a) na balança comercial;b) na conta de capitais;c) em transferências unilaterais;d) na conta de royalties;e) nos gastos de turismo, transportes e seguros.

� Resp.: Alternativa “b”. É só lembrar da que o balanço de pagamentos é composto pelo saldo de transações e pelo conta de capitais autônomos (considerando que não há erros e omissões). Se o saldo das transações correntes é deficitário, para compensá-lo é necessário uma superávit na conta de capitais. É interessante notar que as demais alternativas da questão são subcontas do saldo de transações correntes

AFRF (2000)� Considere os seguintes dados que refletem as

relações de uma economia hipotética com o resto do mundo, num determinado período de tempo, em unidades monetárias

(i) exportações com pagamento à vista: 100;(ii) importações com pagamento à vista: 50;(iii) entrada de investimento direto externo sob forma

de máquinas e equipamentos: 200(iv) pagamento de juros de empréstimos, remessa de

lucros e pagamento de aluguéis: 80 (v) amortização de empréstimos: 50

AFRF (2000) – cont.� Pode-se afirmar que: (a) o saldo da balança comercial é de +50; o saldo da balança

de serviços é de -130; o saldo de transações correntes é de -230; e o saldo total do balanço de pagamentos é de -80.

(b) o saldo da balança comercial é de +50; o saldo da balança de serviços é de -80; o saldo de transações correntes é de -230; e o saldo total do balanço de pagamentos é de -80.

(c) o saldo da balança comercial é de -150; o saldo da balança de serviços é de -130; o saldo de transações correntes é de -230; e o saldo total do balanço de pagamentos é de -80.

(d) o saldo da balança comercial é de -150; o saldo da balança de serviços é de -80; o saldo de transações correntes é de +230; e o saldo total do balanço de pagamentos é de -80.

(e) o saldo da balança comercial é de -150; o saldo da balança de serviços é de -80; o saldo de transações correntes é de -230; e o saldo total do balanço de pagamentos é de -80.

Resp.:� Vamos ver cada uma das contas:� 1. Balanço comercial = (+100(i) + (-50)(ii)) + (-200)(iii)

� BC = -150� 2. Balanço de serviços = -80

� Juros, lucros e aluguéis = -80(iv)

� Transferências Unilaterais: 0� Saldo em conta corrente:

� T = -150 – 80 – 0 = -230� Capitais autônomos: +150

� Amortização: -50(v)

� Investimento direto: + 200(iii)

� Erros e Omissões: 0� Salto total do BP = (-230)+ 150 + 0 = (-80)� Capitais compensatórios = +80� A resposta é portanto a opção “e”.

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ACE/MDIC (2001)� Diga se cada alternativa é verdadeira (V) ou falsa (F):“Os saldos relevantes para o balanço de pagamentos incluem os

saldos(a) de empréstimos em moeda e de amortização da dívida externa.(b) da balança comercial e do balanço de pagamentos.(c) de transferências unilaterais.(d) da conta de capitais, da conta de serviços e da conta-corrente.(e) comercial e de viagens internacionais.”

� Resp.: Estudamos cada um dos saldos ou balanços referentes ao balanço de pagamentos: comercial, serviços, transferências unilaterais, conta-corrente e capitais autônomos. É direto identificar se a alternativa está correta ou não:

(a) Errada (empréstimos e amortização fazem parte de capitais autônomos)

(b) , (c) e (d) estão Corretas(e) Errada (por conta de viagens internacionais)

Forma Alternativa de apresentar o Balanço de Pagamentos

� Vamos agora relacionar o BP ao que estudamos de Contas Nacionais

� EXPORTAÇÃO DE BENS E SERVIÇOS NÃO-FATORES (XNF)� XNF = Exportação de bens + receitas do BSNF

� IMPORTAÇÃO DE BENS E SERVIÇOS NÃO-FATORES (MNF)� MNF = Importação de bens + despesas do BSNF

� O excesso de exportações de bens e serviços não-fatores sobre as importações de serviços não-fatores é chamada de transferência líquida de recursos para o exterior (H)� H = XNF - MNF

Forma Alternativa de apresentar o Balanço de Pagamentos

� Renda Líquida Enviada ao Exterior (RLE)�RLE = -(BSF + TU)

� RENDA RECEBIDA (RR) DO EXTERIOR�RR = receitas do BSF + receitas de TU

� RENDA ENVIADA (RE) AO EXTERIOR�RE = despesas do BSF + despesas de TU

� Portanto, RLE = RE - RR

Forma Alternativa de apresentar o Balanço de Pagamentos

� Sabemos que T = BC + BS + TU�Ou: T = BC + BNSF + BSF + TU

� Ou seja, T = H - RLE � Sabemos que a poupança externa (Se) é

equivalente ao déficit em transações em conta corrente (T)

� Em outras palavras: �Se = -T = -(H – RLE) = -(BC + BS + TU)

ENAP (2006)� Considere os seguintes dados:Exportações de bens e serviços não fatores = 200;Déficit do balanço de pagamentos em transações correntes =

100;Importação de bens e serviços não fatores = 100.� Com base nessas informações, é correto afirmar quea) a renda líquida recebida do exterior foi de 100.b) a renda líquida recebida do exterior foi de 200.c) a renda líquida enviada ao exterior foi de 100.d) a renda líquida enviada ao exterior foi de 200.e) a renda enviada ao exterior = renda recebida do exterior.

Resp.:

� Vimos que o saldo em transações correntes é igual a diferença entre a transferência líquida de recursos para o exterior (H) e a renda líquida enviada ao exterior (RLE)� T = H - RLE Logo: �-100 = (200 – 100) – RLE� RLE = 200�Resp.: Alternativa “d”

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GESTOR/MPOG (2008)� Considere os seguintes dados, extraídos de um sistema de

contas nacionais de uma economia hipotética:Exportações de bens e serviços não fatores: 100;Importações de bens e serviços não fatores: 200;Renda líquida enviada ao exterior: 50;Variação de estoques: 50;Formação bruta de capital fixo: 260;Depreciação: 10;Saldo do governo em conta corrente: 50.� Com base nestas informações, é correto afirmar que a

poupança externa e a poupança líquida do setor privado são respectivamente:

a) 50 e 50. b) 100 e 150.c) 50 e 100. d) 100 e 50.e) 150 e 100.

Resp.:� A poupança externa é igual ao déficit em

transações correntes:� T = H – RLE = (100-200) – (50) = -150� A poupança externa é então igual a 150.

� O investimento total é igual a � I = FBKF + ∆e = 260+50=310� Sabemos que o investimento total é idêntico à soma das

poupanças privadas, pública e externa� I = Spr + Sg + Se� 310 = Spr + 50 + 150 � Spr = 110� A poupança privada bruta é 110, a líquida é então a

bruta menos a depreciação:� Spr(líquida) = Spr – depr = 110 – 10 = 100

� Resp.: Alternativa “e”.

NOVA METODOLOGIA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS

� Adotada a partir de 2001� Baseada no Manual de Balanço de

Pagamentos do FMI (BPM5) de 1993� A nova metodologia é bem similar à

nomenclatura do Sistema de Contas Nacionais

Apresentação das Contas� Conta-Corrente ou Transações Correntes (TC)

�Balança Comercial (BC)

�Balança de Serviços (BS)� Equivalente aos serviços não-fatores da velha

metodologia

�Balanço de Rendas (BR)

�Transferências unilaterais correntes (TUR)

� Conta de Capital e Financeira (CCF)�Conta de Capital (CC)

�Conta Financeira (CF)

� Erros e Omissões (EO)

Apresentação das Contas� Conta-Corrente: TC = BC + BS + BR +TUR

� Balanço comercial e de serviços (BC + BS)� Bens / Mercadorias� Serviços

� Renda (BR)� Transferências unilaterais (TUR)

� Conta de Capital e Financeira: CCF = CC + CF� Conta de Capital (CC)

� Transferências de capital� Conta Financeira (CF)

� Investimento direto, investimento em carteira, derivativos e outros investimentos

� Saldo do Balanço de Pagamentos: TC + CCF + EO� Reservas Internacionais: ∆Res = -(TC+CCF+EO)

Alterações no Balanço de Pagamentos

� (a) Distinção, na conta-corrente, entre bens, serviços, renda e transferências correntes, com ênfase no maior detalhamento dos serviços� A conta-corrente foi redefinida com exclusão de algumas transações,

que passaram a integrar as novas contas de capital e financeira� (b) Introdução da “conta capital”, que incluí as transferências

unilaterais de patrimônio de imigrantes� As transferências unilaterais correntes, relativas a consumo, ainda

permanecem na conta-corrente� A conta capital também engloba a cessão de marcas e patentes

� (c) Introdução da “conta financeira”, em substituição à antiga conta de capitais. � Para registrar transações referentes à formação de ativos e passivos,

como investimento direto, investimento em carteira, derivativo e outros investimentos

� A conta financeira foi estruturada para evidenciar a formação de ativos e passivos externos, como investimento direto, investimento em carteira, derivativos e outros investimentos

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Alterações no Balanço de Pagamentos

� (d) Empréstimos intercompanhia incluídos nos item investimentos diretos

� (e) Realocação de itens relativos a investimentos financeiros para a conta de “investimentos em carteiras”

� (f) Registro de derivativos financeiros na conta financeira, anteriormente alocados na conta de serviços e de capitais de curto prazo

� (g) Estruturação da conta de “rendas” para detalhar as receitas e despesas em cada modalidade de ativos e passivos da conta financeira

GESTOR (2003)� A partir de janeiro de 2001, o Banco Central do Brasil passou a divulgar

o balanço de pagamentos de acordo com a metodologia contida no Manual de Balanço de Pagamentos do Fundo Monetário Internacional. Não faz parte das alterações introduzidas na nova apresentação:

a) introdução, na conta corrente, de clara distinção entre bens, serviços, renda e transferências correntes, com ênfase no maior detalhamento na classificação dos serviços.

b) introdução da "conta de capitais" em substituição à antiga "conta financeira".

c) estruturação da "conta de rendas" de forma a evidenciar as receitas e despesas geradas por cada uma das modalidades de ativos e passivos externos contidas na conta financeira.

d) inclusão, no item investimentos diretos, dos empréstimos intercompanhias.

e) reclassificação de todos os instrumentos de portfolio, inclusive bônus, notes e commercial papers, para a conta de investimentos em carteira.

Resp.: Vimos que, na verdade, houve foi a introdução da conta financeira e que a conta de capitais é a antiga nomenclatura. A alternativa “b” está incorreta

ENAP (2006)� Sejam:BP = saldo total do balanço de pagamentos;R = variação das reservas;TC = saldo em transações correntes;MC = soma do resultado dos movimentos de capitais.� Considerando a nova metodologia do balanço de

pagamentos, é incorreto afirmar quea) BP = - R.b) BP + R = 0.c) TC + MC = R.d) se BP = 0 então R = 0.e) TC = -( MC + R).

� Resp.: Alternativa “c”

ENAP (2006)� Faz parte da conta de movimento de capitais na

nova metodologia do Balanço de pagamentos, exceto,

a) empréstimos de regularização.b) investimentos diretos.c) amortização de empréstimos.d) capitais de curto prazo.e) remessa de lucros.

� Resp. Alternativa “e”. Lucro é renda de fator de produção e não renda financeira. Portanto, está na conta-corrente e não na conta de capital e financeira

BACEN (2002)� A partir de 2001, o Banco Central do Brasil introduziu

algumas importantes alterações no balanço de pagamentos. Entre estas alterações, destaca-se:

a) a exclusão da conta “reinvestimentos” dos movimentos de capitais autônomos.

b) a inclusão do item “amortizações” na conta de serviços de fatores.

c) a introdução da “conta financeira”, em substituição à antiga conta de capitais, para registrar as transações relativas à formação de ativos e passivos externos.

d) a inclusão das transferências unilaterais na conta de investimentos diretos.

e) a retirada do item de investimentos diretos dos empréstimos intercompanhias.

� Resp.: A única alternativa correta é a “c”.

Usos e Fontes� Usos:

�Balança comercial�Serviços e renda�Transferências unilaterais correntes�+ Amortizações

� Único item da conta de capital e financeira que entra como uso

� Fontes:�Conta capital (transferências unilaterais de

capital)�Conta financeira (investimentos direto,

investimentos financeiros, etc.)

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GESTOR (2003)

� O desempenho das contas externas pode ser avaliado a partir da denominada "tabela de usos e fontes". Constituem usos:

a) os desembolsos de médio e longo prazosb) a conta de capitalc) a balança comerciald) os investimentos estrangeiros diretose) os investimentos em papéis domésticos de longo

prazo

� Resp.: Alternativa “c”

BACEN (2002)

� No Brasil, as operações entre residentes e não-residentes têm sido apresentadas sob a forma de “usos e fontes de recursos”. Não faz(em) parte dos denominados “usos”:

a) ativos brasileiros no exteriorb) balança comercialc) serviços e rendasd) transferências unilaterais correntese) amortizações de médio e longo prazo

� Resp.: Alternativa “a”

QUESTÕES EXTRAS

SENADO (2002)� “O balanço de pagamento registra, de forma detalhada, a

composição da conta-corrente e das várias transações que a financiam. Nesse contexto, julgue os itens a seguir.

1. Quando um brasileiro compra livros e CDs na livraria virtual sediada no exterior, essa transação é registrada na conta de capital do balanço de pagamentos brasileiro.

2. Ceteris paribus, a recessão econômica que está ocorrendo nos EUA, ao contribuir para aumentar as exportações líquidas, tende a reduzir o déficit no balanço comercial norte-americano.

3. As doações feitas pelo governo brasileiro aos refugiados afegãos são debitadas no balanço das transações correntes.

4. Quando a poupança doméstica é superior ao investimento doméstico, a economia apresenta um déficit no balanço comercial.

5. O desequilíbrio das contas públicas reduz a poupança doméstica, aumenta as taxas de juros e deprecia a moeda nacional, produzindo, assim, déficits externos recorrentes.”

Resp.:� 1. Errado. Tal transação é registrada na balança comercial,

ou seja, nas transações correntes� 2. Certo. A recessão norte-americana tende a reduzir as

importações (e aumentar as exportações líquidas), o que acarreta em uma diminuição do déficit comercial

� 3. Certo. Doações são debitadas na conta transferências unilaterais.

� 4. Errado. É só lembrar da identidade investimento-poupança na contabilidade nacional. Quando a poupança doméstica é maior do que o investimento interno, há um superávit de transações correntes.

� 5. Errado. Um aumento das taxas de juros domésticas irá atrair capital estrangeiro. Desta forma, haverá mais moeda estrangeira para um mesmo estoque de moeda nacional. A moeda nacional irá, na verdade, se apreciar.

ACE/MDIC (2002)

� Considere que tenham ocorrido apenas as seguintes operações nas contas de transações correntes, operações essas realizadas entre residentes e não-residentes de um país, em um determinado período de tempo, em unidades monetárias:

(1) o país exporta mercadorias no valor de 500, recebendo a vista;

(2) o país importa mercadorias no valor de 400, pagando a vista;

(3) o país realiza doação de medicamentos no valor de 150;(4) o país paga 300 a vista referente a juros e lucros;(5) o país paga 50 a vista referente a fretes.

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ACE/MDIC (2002) – cont.

� Com base nessas informações e supondo que a conta de erros e omissões tenha saldo nulo, é incorreto afirmar que, no período considerado:

a) o balanço de serviços apresentou déficit de 350.b) o saldo da balança comercial apresentou superávit de 100.c) o saldo do item “transferências unilaterais” foi deficitário em

150.d) o país apresentou déficit em transações correntes.e) para que o país apresente um saldo nulo do balanço de

pagamentos, o ingresso líquido de recursos na conta de movimento de capitais deverá ser de 250.

Resp.:� Vamos ver cada uma das contas:� 1. Balanço comercial = (+500(1) + (+150)(3)) – (-400)(2)

� BC = +250

� 2. Balanço de serviços = -350� Fretes = -50(5)

� Juros e lucros = -300(4)

� Transferências Unilaterais: -150(3)

� Saldo em conta corrente: � T = 250 – 350 – 150 = -250

� Capitais autônomos: 0� Erros e Omissões: 0� Salto total do BP = (-250)+ 0 + 0 = (-250)� Capitais compensatórios = +250� A resposta é portanto a opção “b”.

MARE (1999)� Considere que um país tenha realizado ao longo do ano as seguintes

transações com o exterior (em unidades monetárias):(i) Amortização de dívida 90(ii) Exportação de soja 400(iii) Importações de petróleo 200(iv) Lucro reinvestido 60(v) Obtenção de empréstimos externos 200(vi) Pagamento de fretes e seguros 50(vii) Pagamento de juros da dívida externa 100(viii) Refinanciamento de juros 40(ix) Remessa de lucros 20� Assim, tem-se que:(A) a renda líquida enviada ao exterior é igual a 220.(B) o saldo da conta de capitais autônomos é igual a 110.(C) a variação de reservas é positiva e igual a 70.(D) o saldo em transações correntes é igual a 30.(E) a transferência líquida de recursos ao exterior é igual a 100.

Resp.:� Vamos ver o impacto de cada operação:

� (i) Amortização de dívida: Capitais autônomos = -90� (ii) Exportação de soja: BC = +400� (iii) Importações de petróleo: BC = -200� (iv) Lucro reinvestido: (a) Capitais autônomos = + 60 (b)

BSF = -60� (v) Obtenção de empréstimos externos: Capitais

Autônomos: +200� (vi) Pagamento de fretes e seguros: BSNF: -50� (vii) Pagamento de juros da dívida externa: BSF: -100� (viii) Refinanciamento de juros: (a) Capitais autônomos:

+40 (b) BSF: -40� (ix) Remessa de lucros: BSF: -20

Resp.:� Agora, cada uma das contas:� 1. Balanço comercial = (+400(ii) + (-200)(iii))= +200� 2. Balanço de serviços = -270

� Fatores (BSF): -60(iv) -100(vii) -40(viii) -20(ix) = -220� Não-Fatores (BSNF) = -50(vi)

� Transferências Unilaterais: 0� Saldo em conta corrente:

� T = +200 – 270 + 0 = -70� Capitais autônomos: +210

� Amortização: -90(i)

� Lucro reinvestido: +60(iv)

� Refinanciamento de juros: +40(viii)

� Empréstimo: + 200(v)

� Erros e Omissões: 0� Salto total do BP = (-70)+ 210 + 0 = (+140)� Capitais compensatórios = -140� A resposta é portanto a opção “e”.

Resp.:� (a) A renda líquida enviada ao exterior é igual ao (negativo

do) saldo do balanço de serviços fatores e das transferências unilaterais� RLE = - (BSF + TU)� Não há transferências unilaterais de acordo com os dados da

questão� RLE = - (BSF) = - (-220) = +220� A alternativa está correta!

� (b) Capitais autônomos= +210 � (c) A variação das reservas é igual ao saldo do balanço de

pagamentos: ∆Res = BP = +140. � (d) O saldo das transações em conta-corrente é igual a -70� (e) Vimos que a transferência líquida de recursos é

equivalente ao saldo comercial (+200)� Resp.: Alternativa “a”

Page 37: Macro Eco No Mia Para Concursos Apostila Gestor 20100705143635

37

ACE/TCU (2002)� Com base no balanço de pagamentos, é incorreto afirmar que:a) o saldo positivo no balanço de pagamentos num determinado período

é necessariamente igual ao volume de reservas em moeda estrangeira do país nesse período.

b) os serviços de fatores correspondem aos pagamentos ou recebimentos em função da utilização dos fatores de produção.

c) as amortizações de empréstimos fazem parte dos movimentos de capitais autônomos.

d) o pagamento de juros sobre empréstimos são registrados na balança de serviços.

e) uma transferência unilateral realizada em mercadoria tem necessariamente como contrapartida lançamento na balança comercial.

� Resp.: Alternativa “a”. O Saldo do Balanço de Pagamentos corresponde à variação das reservas (i.e., ao fluxo) e não ao volume de reserva (i.e., ao estoque).

ACE/MDIC (2002)� Considere os seguintes dados (em unidades monetárias, em

um determinado período de tempo):• Saldo da balança comercial: déficit de 100 • Saldo em transações correntes: déficit de 300• Saldo total do balanço de pagamentos: superávit de 500

Considerando a ausência de lançamento nas contas de "transferências unilaterais" e "erros e omissões”, pode-se concluir que o saldo do balanço de serviços e o saldo do movimento de capitais autônomos foram, respectivamente:

� a) - 100 e + 800� b) + 100 e + 800� c) - 200 e + 500� d) + 200 e + 500� e) - 200 e + 800

Resp.: � A resposta é a alternativa “e”� O saldo de transações correntes corresponde a

soma do balanço comercial, do de serviços e das transferências unilaterais� T = BC + BS + TU� Tu = 0� Logo: BS = T – BC = (-300) – (-100) = (-200)

� O saldo da balança de pagamentos é equivalente ao saldo das transações correntes + capitais autônomos + erros e omissões� B = T + Ka + EO� EO = 0� Logo: Ka = B – T = (+500) – (-300) = (+800)

BNDES (2008)� “Os residentes de certo país recebem liquidamente renda do

exterior. Então, necessariamente,(A) o país tem déficit no balanço comercial.(B) o país está atraindo investimentos externos.(C) o PNB do país é maior que seu PIB.(D) a taxa de juros doméstica está muito baixa.(E) ocorrerá uma valorização da taxa de câmbio.”

� Resp.: Sabemos que o conceito de renda líquida enviada (RLE) está relacionado ao balanço de serviços e às transferências unilaterais. Portanto podemos eliminar as letras (a) e (b) já que tratam do balanço comercial e de capitais autônomos. A taxa de juros atrai investimento direto e não renda, então a alternativa (d) está errada. A entrada líquida de renda acarreta em uma valorização cambial sim, mas temos que considerar o movimento de capitais autônomos para determinar se haverá valorização ou não da taxa de câmbio. A alternativa (e) está incorreta. Por fim, sabemos que quando a renda líquida recebida é maior que zero, então a produção nacional (incluindo empresas brasileiras no exterior) é maior do que a produção interna. Portanto, a opção (c) é a correta.

AFRF (2002)� No balanço de pagamentos brasileiro, as rendas auferidas com

a realização de investimentos e com a remuneração de empréstimos e aplicações financeiras no exterior são registradas:

a) com sinal positivo na rubrica Serviços da conta de transações correntes.

b) com sinal negativo na rubrica de operações de longo prazo da conta de capitais.

c) com sinal positivo na rubrica transferências unilaterais da conta de transações correntes.

d) com sinal positivo na rubrica de operações de curto prazo da conta de capitais.

e) com sinal negativo na rubrica de operações de curto prazo da conta de capitais.

� Resp.: Alternativa “a”

IRBr/MRE (2008)� A tabela a seguir apresenta dados em

unidades monetárias (u.m.) do país Alfa em determinado ano.

� As transações do país Alfa com o resto do mundo nesse mesmo ano são mostradas na tabela seguinte.

� Com base nessa situação hipotética, julgue (C ou E) os itens que se seguem.

1. ( ) As poupanças dos residentes no país Alfa foram capazes de financiar todo o investimento realizado por esse país no ano considerado.

2. ( ) No ano considerado, a Renda Nacional de Alfa foi superior à Renda Interna Bruta desse país.

3. ( ) No ano considerado, a Renda Nacional de Alfa foi inferior à Renda Disponível Bruta desse país.

4. ( ) O Produto Interno Bruto (PIB) de Alfa, no ano considerado, foi igual a 475 u. m.

Page 38: Macro Eco No Mia Para Concursos Apostila Gestor 20100705143635

38

Resp.:� 1. Errado. Nessa economia, há déficit em transações

correntes e, portanto, o uso de poupança externa para o financiamento� T = BC + BS + TU � T = (+20 – 40) + (-10) + (+5) = -25

� 2. Errado. A diferença entre renda nacional e renda interna é dada pela receita enviada ao exterior� RI – RLE = RN� A RLE é igual a –(BSF e TU) =-(-10 +5) = +5� Portanto, a renda nacional é inferior à renda interna

� 3. RDB = RNB + TUR� 4. Certo. Temos que achar primeiro o investimento:

� I = S .: I = Spr + Spu + Se = Sdoméstica + Se = 120 + 25 = 145� PIB = C + I + G + NX = 250 + 100 + 145 – 20 = 475

MACROECONOMIA PARA CONCURSOS

Sistema Monetário

Prof. Daniel da Mata

SISTEMA MONETÁRIO E OFERTA MONETÁRIA

Moeda� História da moeda� Funções da moeda

� Meio de troca� Unidade de valor� Reserva de valor

� Tipos de moeda� Moeda fiduciária: moeda manual ou corrente� Moeda escritural: moeda bancária ou contábil

� Cheque não é moeda, é uma ordem de pagamento a visa da moeda escritural que são os depósitos em conta-corrente dos bancos comerciais

� Instituições capazes de criar moeda� Banco Central: cria moeda fiduciária� Bancos Comerciais: criam moeda escritural

APO/MARE (1999)� Pode-se afirmar que a moeda é:(A) o estoque de todos os ativos de uma economia, o qual é

usado para escambo.(B) a quantidade de reais em posse dos agentes econômicos,

somente.(C) uma reserva de valor, somente.(D) uma reserva de valor, um meio de troca e um “numerário”

(uma unidade de conta).(E) o estoque das aplicações financeiras de curto-prazo, com

liqüidez elevada, somente

� Resp.: A alternativa “d” reflete exatamente as três funções da moeda e está correta.

AFRF (2002)� A moeda cumpre funções essenciais ao funcionamento das

economias. Entre essas, destacam-se:a) evitar riscos financeiros, intermediar transações comerciais e

financeiras e nominar preços de bens, serviços e de outros ativos financeiros.

b) servir como meio de pagamento, servir como unidade de conta e como reserva de valor.

c) prover lastro a outros ativos, nominar preços de bens e serviços e intermediar transações comerciais e financeiras.

d) servir como reserva de valor, prover poder de compra e lastrear outros ativos monetários e financeiros.

e) assegurar a liquidez de outros ativos financeiros, servir como meio de pagamento e fornecer parâmetro para a determinação do valor de bens, serviços e de outros ativos monetários.

� Resp.: Alternativa “b”

Page 39: Macro Eco No Mia Para Concursos Apostila Gestor 20100705143635

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Banco Central e Política Monetária� Autoridade monetária� Funções clássicas do Banco Central

� Emissor de papel-moeda� Banqueiro dos bancos comerciais� Banqueiro do Tesouro Nacional� Depositário das reservas internacionais

� Instrumentos de política monetária para controle da liquidez� Recolhimento compulsório

� Depósitos à vista que devem ser compulsoriamente recolhidos junto ao Banco Central

� Redesconto� Empréstimos do Banco Central a banco comerciais

� Operações de mercado aberto (open market)� Transações com títulos públicos

SENADO (2002)

� Avalie a assertiva:

� “Entre as funções do Banco Central do Brasil (BACEN), listam-se a emissão de papel moeda, a realização de operações de redesconto, a administração das reservas cambiais, a fiscalização das bolsas de valores e a regulação do crédito e das taxas de juros.”

� Resp.: Errado. Quem fiscaliza as bolsas de valores é a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Moeda� Papel-Moeda Emitido (PME)

� Total de moeda legal existente� Essa moeda legal pode estar nas mãos do (a) público,

(b) na caixa dos bancos comerciais ou (c) na caixa do Banco Central

� Papel Moeda em Circulação (PMC)� Igual ao papel-moeda emitido menos o caixa em moeda

corrente do Banco Central

� Papel-Moeda em Poder do Público (PMPP)� Igual ao Papel moeda em circulação menos o caixa dos

bancos comerciais� PMPP = PMC – caixa dos bancos comerciais

Moeda� Encaixe Total (ET)

� Caixa dos bancos comerciais + depósitos compulsórios + depósitos voluntários

� Caixa dos bancos comerciais: papel moeda em poder dos bancos comerciais

� Depósitos compulsórios: recolhimentos obrigatório junto ao Banco Central que determina um percentual de depósitos a vista que deve ser diariamente e obrigatoriamente recolhidos

� Depósitos voluntários: recolhimentos junto ao Banco Central para fazer frente a uma eventual posição negativa

� Reservas bancárias (RB)� Reservas compulsórias + reservas voluntárias� Portanto:� ET = (caixa dos bancos comerciais) + RB

Moeda� Base monetária (B)

� É o passivo monetário do Banco Central, as obrigações monetárias do Banco Central

� B = PMPP + ET

� Meios de pagamento (M ou M1)� É o passivo monetário do Sistema Bancário (Banco

Central + bancos comerciais)� Os meios de pagamento são a moeda fiduciária (papel

moeda) + a moeda escritural (depósitos à vista)� M = PMPP + DVBC

� DVBC = depósito à vista nos bancos comerciais

IRB (2004)� Segundo a atual configuração do Sistema

Financeiro Nacional, não entra(m) na classificação de instituição financeira captadora de depósito a vista:

a) as caixas econômicas.

b) os bancos múltiplos com carteira comercial.

c) os bancos comerciais.d) as sociedades de crédito imobiliário.

e) o Banco do Brasil.

� Resp.: Alternativa “d”

Page 40: Macro Eco No Mia Para Concursos Apostila Gestor 20100705143635

40

MPU (2004)� Considereα1 = papel-moeda em poder do público/M1,α2 = depósitos a vista/M1.� É incorreto afirmar quea) se α1 > 0,5, então α2 < 0,5.b) se α1 = α2, então α1 + α2 = 0.c) se α2 = 0, então α1 = 1.d) α1 = 1 - α2.e) α1 não pode ser negativo.

� Resp.: M1 é a soma do papel-moeda em poder do público mais depósitos a vista. Então soma entre α1 (papel-moeda em poder do público/M1) e α2 (depósitos a vista/M1) deve ser igual a 1. Portanto, a única alternativa que viola esta condição é a “b”.

PETROBRÁS (2004)

� Avalie a assertiva:

� “A magnitude das operações de crédito efetuadas pelos bancos comerciais brasileiros depende das exigências de recolhimentos compulsórios junto ao Banco Central.”

� Resp.: Correto. Os bancos comerciais só podem realizar empréstimos com recursos que não estão no depósito compulsório, instrumento de política monetária do Banco Central.

M1, M2, M3 ou M4?� São os conceitos de meios de pagamento ampliados � Houve uma mudança de critério de ordenamento de seus

componentes:� Antes: grau de liquidez� Novo critério: definição a partir seus sistemas emissores

� M1 é gerado pelas instituições emissoras de haveres estritamente monetários

� M2 corresponde ao M1 e às demais emissões de alta liquidez realizadas primariamente no mercado interno por instituições depositárias� Instituições que realizam multiplicação de crédito

� M3, por sua vez, é composto pelo M2 e captações internas por intermédio dos fundos de renda fixa e das carteiras de títulos registrados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic).

� M4 engloba o M3 e os títulos públicos de alta liquidez.

M1, M2, M3 ou M4?

� Em resumo:�M2 = M1 + depósitos especiais remunerados +

depósitos de poupança + títulos emitidos por instituições depositárias.

�M3 = M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações compromissadas registradas no Selic

�M4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez

IRB (2004)� De acordo com a nova reformulação conceitual e

metodológica efetuada pelo Banco Central do Brasil, em relação aos meios de pagamentos oficiais, é correto afirmar que o denominado "M1":

a) inclui os títulos públicos de alta liquidez.b) é gerado por instituição emissora de haveres estritamente

monetários.c) é igual à base monetária mais "papel-moeda em poder do

público".d) inclui as operações compromissadas registradas no Selic.e) inclui cotas de fundos de renda fixa.

� Resp.: Alternativa “b”

GESTOR (2008)� Considerando a definição de meios de pagamentos adotada

no Brasil, é incorreto afirmar que:a) o M1 engloba o papel-moeda em poder do público.b) o M2 engloba os depósitos para investimento e as emissões

de alta liquidez realizadas primariamente no mercado interno por instituições depositárias.

c) o papel-moeda em poder do público é resultado da diferença entre papel-moeda emitido pelo Banco Central do Brasil e as disponibilidades de caixa do sistema bancário.

d) o M3 inclui as captações internas por intermédio dos fundos de renda fixa.

e) o M3 engloba os títulos públicos de alta liquidez.� Resp.: Alternativa “e”

Page 41: Macro Eco No Mia Para Concursos Apostila Gestor 20100705143635

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Multiplicador dos Meios de Pagamento

� A relação entre a base monetária e os meios de pagamento é dada pelo multiplicador monetário

� M = mB� M = Meios de pagamento� B = Base monetária� m = multiplicador dos meios de pagamentos

� Temos que comparar os componentes de B e M:� B = PMPP + ET� M = PMPP + DVBC� DVBC > ET (os bancos não podem ter mais moeda do que o restante

da economia)� Para cada unidade monetária emitida pelo Banco Central

(que faz parte da base monetária), os bancos comerciais pode criar moeda escritural através de empréstimos.� Portanto os Meios de Pagamento (M) são maiores do que a Base

monetária (B)

Multiplicador dos Meios de Pagamento

� O multiplicador monetário é maior do que 1

� ou

� Defina

� Notar que c + d1 = 1

� Vamos mostrar que

B

Mm =

)1(1

1

1 Rdm

−−=

mBM =

DVBC

ETR

M

DVBCd

M

PMPPc === ;; 1

AFRF (2003)� Considerec: papel-moeda em poder do público/meios de pagamentosd: depósitos a vista nos bancos comerciais/meios de pagamentosR: encaixe total dos bancos comerciais/depósitos a vista nos bancos

comerciaism = multiplicador dos meios de pagamentos em relação à base

monetáriaCom base nestas informações, é incorreto afirmar que, tudo o mais

constante:a) quanto maior d, maior será mb) quanto maior c, menor será dc) quanto menor c, menor será md) quanto menor R, maior será me) c + d > c, se d for ≠ 0

� Resp.: Alternativa “c”

Resp.:� Podemos resolver a questão pela fórmula do multiplicador ou

por intuição via os conceitos aprendidos� (a) Quanto maior o número de depósitos à vista, maior a

possibilidade de criação de moeda escritural e maior o multiplicador. Verdadeiro

� (b) Por outro lado, quando maior a quantidade de papel-moeda, menor a de depósitos à vista e menor o multiplicador. Verdadeiro

� (c) Falso. Vimos na alternativa (b) que é exatamente o contrário

� (d) Um R menor significa um maior número de depósitos à vista, o que aumenta o multiplicador

� (e) Os meios de pagamentos são compostos por papel-moeda e depósitos à vista, então se houver depósitos à vista, a soma papel-moeda e depósitos à vista é superior ao número de papel-moeda.

AFPS (2002)

� Considere os seguintes dados:m = 4/3R = 0,5Onde m = multiplicador dos meios de pagamento em

relação à base monetáriaR = encaixes totais dos bancos comerciais/depósitos

a vista� Com base nessas informações, pode-se afirmar

que o coeficiente “papel-moeda em poder do público/ M1” é igual a:

a) 0,2 b) 0,3 c) 0,4 d) 0,5 e) 0,7

Resp.: � O multiplicador é definido pela razão entre os meios

de pagamento (M) e a base monetária (B)� A questão pede o valor de “c” (papel-moeda em

poder do público/ M1). Podemos obter o valor de “c” a partir de: c + d1 = 1

� Precisamos então achar o valor de d1

� Isto é possível a partir da fórmula do multiplicador:

� Resp.: Alternativa “d”

5,05,0;)5,01(1

1

3

4;

)1(1

11

11

==−−

=−−

= cddRd

m

Page 42: Macro Eco No Mia Para Concursos Apostila Gestor 20100705143635

42

ACE/MDIC (2002)� Com base nos conceitos de base monetária, M1 e

multiplicador, é incorreto afirmar quea) define-se M1 como sendo papel moeda em poder do

público mais depósitos a vista nos bancos comerciais.b) define-se base monetária como papel moeda em poder do

público mais encaixes totais dos bancos comerciais.c) apesar de o Banco Central não controlar M1, ele possui

total controle sobre a base monetária.d) o valor de M1/Base é conhecido como multiplicador dos

meios de pagamento em relação à base monetária.e) o multiplicador não pode ser negativo.

� Resp.: O Banco Central tem controle sim sobre o M1, via os instrumentos de controle monetário. A alternativa “c” está errada

MPU (2004)

� Considerec = papel-moeda em poder do público/M;d = depósitos a vista nos bancos comerciais/M,R = encaixe total dos bancos comerciais/depósitos a vista nos

bancos comerciais.Sabendo que c = d e que R = 0,25, o valor do multiplicador da

base monetária em relação aos meios de pagamentos será de, aproximadamente,

a) 1,6000.b) 1,9600.c) 1,5436.d) 1,1100.e) 1,2500.

Resp.:� Sabemos que c + d1 = 1

� Se c = d1 , então d1 = 0,5

� Utilizando a fórmula do multiplicador

� A resposta é o item “a”

6,1;)25,01(5,01

1;

)1(1

1

1

=−−

=−−

= mmRd

m

ACE/MDIC (2002)

� ConsidereM1/Base monetária = 1,481481;papel moeda em poder do público/M1 = 0,35.Com base nestas afirmações, pode-se

afirmar que a proporção "encaixes totais dos bancos comerciais/ depósitos a vista dos bancos comerciais” será de:

a) 0,5 b) 0,8 c) 0,3 d) 0,2 e) 0,7

Resp.: � Alternativa “a”� O multiplicador é definido pela razão entre os meios de

pagamento (M) e a base monetária (B), que é igual portanto a 1,481481.

� A questão pede o valor de “R” (encaixes totais dos bancos comerciais/ depósitos a vista dos bancos comerciais).

� Para poder aplicar a fórmula do multiplicador, precisamos então achar o valor de d1.

� Podemos obter o valor de “c” a partir de: c + d1 = 1

� 0,35 + d1 = 1; d1 = 0,65

� A partir da fórmula do multiplicador:

5,0;)1(65,01

1481481,1;

)1(1

1

1

=−−

=−−

= RRRd

m

MRE (2004)

� Julgue o item a seguir, como verdadeiro ou falto“Aumentos nos coeficientes de encaixe compulsório, por

interferirem diretamente no nível de reservas bancárias, reduzem o efeito multiplicador e, consequentemente, a liquidez da economia.”

� Resp.: Verdadeiro. Um aumento na relação depósito compulsório no Banco Central / depósitos à vista irá aumentar o nível de reservas bancárias. Como resultado, o multiplicador monetário irá diminuir:

mDVBC

ETRrrrETr ⇒↓↑=⇒↑↑++==↑↑ 3213

Page 43: Macro Eco No Mia Para Concursos Apostila Gestor 20100705143635

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MPU (2004)

� Considere as seguintes informações.c = papel-moeda em poder do público/Md = depósitos a vista nos bancos comerciais/MR = encaixe total dos bancos comerciais/depósitos a vista nos

bancos comerciaisM = meios de pagamentosB = base monetária� Com base nessas informações, é incorreto afirmar quea) se R > 0 e c <1, então M > B.b) M = c.M + d.M.c) B = c.M + R.d.M.d) M/B > 1.e) se d = 0, B = 0.

Resp.:� (a) A partir da fórmula do multiplicador,

é fácil verificar que se R > 0 e d<1, uma vez que c + d = 1, que o multiplicador m é maior do que 1

� Como M = mB, tem-se que M > B

� (b) M = PMPP + DV �

� (c) B = PMPP + ET �

� (d) Como M = mB, então m = M/B. Uma vez que m>1, logo M/B>1

� (e) Utilizando o resultado da opção (c), Se d = 0, então B = cM e a alternativa está incorreta.

)1(1

1

1 Rdm

−−=

dMcMMM

DVM

M

PMPPM +=×+×=

RdMcMMM

DV

DV

ETM

M

PMPPB +=×+×=

RdMcMB +=

MARE (1999)� Considerando o multiplicador dos meios de pagamentos em relação a

base monetária, pode-se afirmar que(A) seu valor depende do comportamento dos agentes em relação a forma

com que eles guardam meios de pagamentos.(B) dependendo do valor dos parâmetros que fazem parte do seu cálculo,

é um número que pode assumir valores negativos.(C) não pode ter seu valor reduzido pelo Banco Central, já que depende do

comportamento dos bancos.(D) tende a ser constante ao longo do tempo.(E) independe dos encaixes voluntários mantidos pelos bancos.

� Resp.: Alternativa “a” está correta visto que se a magnitude do multiplicador depende de c (PMPP/M). Se as pessoas tiverem posse de uma menor quantidade de papel-moeda, o multiplicador aumenta

� Vimos que o (b) multiplicador nunca é negativo, (c) que o Banco Central pode alterar o recolhimento do compulsório e mudar o valor do multiplicador, (d) que o multiplicador pode sim se alterar ao longo do tempo e (e) os encaixes voluntários interferem na criação de meios de pagamento

SENADO (2002)

� Avalie a assertiva:

� “Quando a razão reserva-depósito é reduzida, o multiplicador monetário eleva-se, contribuindo, assim, para a expansão do estoque monetário”.

� Resp.: Correto. Uma diminuição das reservas possibilita uma maior criação de meios de pagamentos, ou seja, um maior multiplicador monetário.

As contas do sistema monetário

� Balancete consolidado do Banco Central� Balancete consolidado sintético do Banco

Central� Balancete de um Banco Comercial� Balancete consolidado do Sistema

Monetário

Balancete consolidado do Banco Central

Ativo Passivo

Reservas Internacionais

Empréstimos ao Tesouro Nacionais

Redesconto e outros empréstimos aos bancos comerciais

Títulos públicos federais

Empréstimos ao setor privado

Imobilizado

Aplicações especiais

Outras aplicações

Saldo do papel-moeda emitido

Depósitos do Tesouro Nacional

Depósitos de Bancos comerciais

- Voluntários

- Compulsórios

Empréstimos externos

Demais exigibilidades

Page 44: Macro Eco No Mia Para Concursos Apostila Gestor 20100705143635

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Balancete consolidado do Banco Central

� Notar que o balancete consolidado do Banco Central reflete suas funções clássicas�Emissor de papel-moeda

�Banqueiro do Tesouro Nacional

�Banqueiro dos bancos comerciais

�Depositário das reservas internacionais

AFRF (2000)� São consideradas operações ativas do Banco Central:a) alterações nas reservas internacionais, operações de

redescontos, empréstimos ao Tesouro Nacional, compra de títulos públicos federais

b) alterações nas reservas internacionais, operações de redescontos, empréstimos ao Tesouro Nacional, alteração dos impostos nas operações financeiras

c) alterações nas reservas internacionais, operações de redescontos, empréstimos ao Tesouro Nacional, alterações dos impostos nos mercados de capitais

d) alterações nas reservas internacionais, alterações na taxa de câmbio, operações de redescontos, empréstimos ao Tesouro Nacional

e) alterações nas reservas internacionais, operações de redescontos, alterações no Imposto sobre Operações Financeiras

� Resp.: Opção “a“

Balancete consolidado Sintético do Banco Central

Ativo PassivoReservas Internacionais

Empréstimos ao Tesouro Nacionais

Redesconto e outros empréstimos aos bancos comerciais

Títulos públicos federais

Empréstimos ao setor privado

Imobilizado

Aplicações especiais

Outras aplicações

Base Monetária (passivo monetário)Papel-moeda em poder do públicoEncaixes totais dos bancos comerciais

Depósitos de Bancos comerciais- Voluntários- Compulsórios

Recursos Não-Monetários (passivo não-monetário)Depósitos do Tesouro NacionalEmpréstimos externosDemais exigibilidades

MPU (2004)

� Não faz parte do ativo do balancete sintético do Banco Central

a) redescontos.b) reservas internacionais.c) empréstimos ao setor privado.d) recursos externos.

e) empréstimos aos bancos comerciais.� Resp.: Alternativa “d”

Balancete de um Banco Comercial

Ativo PassivoEncaixes em moeda corrente

Depósitos nas autoridades monetárias

- Voluntários- Compulsórios

Empréstimos ao setor privado

Empréstimos a órgãos públicos

Títulos públicos e particulares

Ativo permanentes

Demais aplicações

Depósitos à vista

Depósitos à prazo

Empréstimos externos

Redescontos

Demais exigibilidades

Recursos próprios (Patrimônio Líquido)

MPU (2004)� Não faz parte do ativo do balancete consolidado

dos bancos comerciaisa) encaixes voluntários junto ao Banco Central.b) encaixes em moeda corrente.c) depósitos a prazo.d) encaixes compulsórios junto ao banco central.e) títulos públicos.

� Resp.: Alternativa “c”. Os depósitos a prazo são obrigações dos bancos comerciais e fazem parte do Passivo.

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45

AFRF (2003)� Não fazem parte do ativo do balancete consolidado dos

bancos comerciais a) os encaixes em moeda corrente.b) os redescontos e demais recursos provenientes do Banco

Central.c) os empréstimos ao setor público.d) os empréstimos ao setor privado.e) os títulos privados.

� Resp.: Alternativa “b”. “Redescontos e demais recursos provenientes do Banco Central” são obrigações dos bancos comerciais perante o Banco Central e, portanto, fazem parte do passivo

Balancete consolidado do Sistema Monetário

Ativo Passivo

Aplicações dos Bancos Comerciais

Empréstimos ao setor privado

Títulos públicos e particulares

Aplicações do Banco CentralReservas InternacionaisEmpréstimos ao Tesouro NacionaisTítulos públicos federaisEmpréstimos ao setor privadoEmpréstimos aos Governos Estaduais,

Municipais, Autarquias e Outras Entidades Públicas

Aplicações especiais

Meios de pagamentosPapel-moeda em poder do públicoDepósitos de Bancos comerciais

Recursos Não-Monetários dos Bancos ComerciaisDepósitos a prazoSaldo líquido das demais contas

Recursos Não-Monetários do Banco CentralDepósitos do Tesouro NacionalEmpréstimos externosDemais exigibilidadesSaldo líquido das demais contas

AFPS (2002)

� Considerando o balancete consolidado do sistema monetário, são considerado(as) como itens do passivo não monetário do Banco Central:

a) reservas internacionais e aplicações em títulos públicos.b) empréstimos ao Tesouro Nacional e reservas

internacionais.c) depósitos do Tesouro Nacional e recursos externos.d) base monetária e papel-moeda em poder do público.e) encaixes compulsórios dos bancos comerciais e

depósitos a prazo.� Resp.: Alternativa “c”

Transações que criam base monetárias

� Aumento das operações ativas do Banco Central

� Diminuição do passivo não-monetário do Banco Central

Transações que destroem base monetárias� Diminuição das operações ativas do Banco

Central

� Aumento do passivo não-monetário do Banco Central

Transações que criam meios de pagamento� Aumento das operações ativas do Sistema

Bancário (Banco Central + Bancos Comerciais)

� Diminuição do passivo não-monetário do Sistema Bancário (Banco Central + Bancos Comerciais)

Transações que destroem M1� Diminuição das operações ativas do Sistema

Bancário (Banco Central + Bancos Comerciais)

� Aumento do passivo não-monetário do Sistema Bancário (Banco Central + Bancos Comerciais)

Transações que criam/destroem meios de pagamento (liquidez)

� Transações entre o setor bancário e o setor não bancário (o público)�Criação: Banco comercial compra títulos da

dívida pública em posse do público�Destruição: O público paga um empréstimo

contraído no sistema bancário

� Transações que não criam meios de pagamentos�Realizadas somente entre agentes monetários�Realizadas entre agentes não monetários

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MPU (2004)� Na ausência de alterações nos recursos não-monetários do

passivo do balancete sintético do Banco Central, são fatores que tendem a elevar a base monetária, exceto

a) compra de dólares no mercado cambial.b) elevação dos empréstimos aos bancos comerciais.c) elevação dos empréstimos ao setor privado.d) compra de títulos.e) redução dos redescontos.

� Resp.: Alternativa “e”. Operações ativas do Banco Central criam base monetária. O único item que corresponde a uma operação ativa que diminui a base monetária é o item “e”.

OFERTA MONETÁRIA

� A oferta monetária é representada pelo M (ou M1)!

� Portanto:(a) A oferta de moeda é proporcional à base monetária(b) E o Banco Central influi na oferta monetária com os

seus instrumentos� Mercado aberto: vender títulos diminui oferta monetária� Reservas compulsórias: aumentar a taxa de reserva

diminui a oferta monetária� Redesconto: quanto maior a taxa de redesconto, menor

a oferta monetária

AFRF (2000)� São fatores que tendem a elevar a oferta monetária na economia:a) redução das reservas internacionais do país; concessão, por parte

do Banco Central, de empréstimos aos bancos comerciais; venda de títulos públicos pelo Banco Central

b) redução das reservas internacionais do país; concessão, por parte do Banco Central, de empréstimos aos bancos comerciais; compra de títulos públicos pelo Banco Central

c) elevação das reservas internacionais do país; concessão, por parte do Banco Central, de empréstimos aos bancos comerciais; venda de títulos públicos pelo Banco Central

d) elevação das reservas internacionais do país; concessão, por parte do Banco Central, de empréstimos aos bancos comerciais; compra de títulos públicos pelo Banco Central

e) elevação das reservas internacionais do país; recebimento, pelo Banco Central, de empréstimos concedidos ao setor privado; venda de títulos públicos pelo Banco Central

� Resp.: “d“

ACE/MDIC (2001)� O estudo dos fenômenos monetários é fundamental para a

explicação dos problemas econômicos. Utilizando os conceitos essenciais da teoria monetária, julgue os itens a seguir.

(a) Em determinada economia, o aumento da razão moeda-depósito conduz a uma redução do multiplicador monetário somente se a proporção de reservas nessa economia for inferior à unidade.

(d) Uma redução na taxa de redesconto aumenta a oferta de moeda porque conduz a uma expansão da base monetária.

(e) Com a supressão da conta-movimento, o Banco do Brasil S.A. deixou de fazer parte das instituições caracterizadas como autoridades monetárias.

Resp.:� (a) Correto. Um aumento das reservas acarreta em uma

diminuição da possibilidade de geração de moeda bancária e reduz, portanto, o multiplicador monetário

� (d) Errado. Uma redução da taxa de redesconto reverbera, na verdade, em uma expansão dos meios de pagamento.

� (e) Certo. Até março de 1987, o Banco do Brasil também era autoridade monetária (mista, funções de banco central e funções de banco comercial. Existia uma “conta movimento” que interligava as operações do Banco Central com o Banco do Brasil. Hoje o Banco do Brasil é só tem funções de um banco comercial

QUESTÕES EXTRAS

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BACEN (2001)� Considere os seguintes dados:- papel moeda em poder do público/M1 = 0,3;- encaixe total dos bancos comerciais/depósitos a vista nos bancos comerciais = 0,3.� Com base nestas informações, pode-se afirmar que:a) um aumento de 30% na relação “depósitos a vista nos bancos

comerciais/M1” resulta em um aumento vde aproximadamente 19,830% no multiplicador bancário.

b) um aumento de 25% na relação “depósitos a vista nos bancos comerciais/M1” resulta em um aumento de aproximadamente 21,687% no multiplicador bancário.

c) um aumento de 20% na relação “depósitos a vista nos bancos comerciais/M1” resulta em um aumento de aproximadamente 23,786% no multiplicador bancário.

d) um aumento de 10% na relação “encaixe total dos bancos comerciais/depósitos a vista nos bancos comerciais” implica uma redução de aproximadamente 8,750% no multiplicador bancário.

e) um aumento de 15% na relação “encaixe total dos bancos comerciais/depósitos a vista nos bancos comerciai”c”s” implica uma redução de aproximadamente 9,102% no multiplicador bancário.

� Resp.: Alternativa “c”

ENAP (2006)� Considerando os conceitos relacionados com os meios de

pagamentos e multiplicador dos meios de pagamentos em relação à base monetária, é incorreto afirmar que

a) quanto maior for a proporção (papel moeda em poder do público/M1) menor será o multiplicador.

b) a base monetária é definida como a soma entre o papel moeda em poder do público mais os encaixes totais dos bancos comerciais.

c) quanto maior for a proporção (encaixes totais/depósitos a vista) menor será o multiplicador.

d) os bancos comerciais podem elevar a liquidez da economia; a liquidez pode também ser influenciada pelo comportamento das pessoas em relação ao percentual de M1 que elas querem manter nos bancos.

e) se não existissem bancos comerciais, o valor do multiplicador seria zero.

� Resp.: Alternativa “e”

BACEN (2001)� No que diz respeito à capacidade da autoridade monetária em

controlar a liquidez da economia, é correto afirmar que:a) se as pessoas carregam os meios de pagamento apenas sob a forma

de papel-moeda em poder do público, o valor do multiplicador bancário será nulo.

b) se as pessoas carregam os meios de pagamento apenas sob a forma de papel-moeda em poder do público, uma unidade adicional de base monetária dará origem a uma unidade adicional de M1.

c) se as pessoas carregam 50% dos meios de pagamento sob a forma de papel-moeda em poder do público, uma unidade adicional de base monetária dará origem a 2,5 unidades adicionais de meios de pagamento.

d) se os recolhimentos totais dos bancos comerciais forem 100% dos depósitos a vista, o valor do multiplicador bancário será nulo.

e) se as pessoas mantêm 100% dos meios de pagamento sob a forma de depósitos a vista, a fórmula do multiplicador torna-se incorreta como forma de medição da relação entre M1 e base monetária.

� Resp.: Alternativa “b”

BNDES (2002)� Analise as proposições a seguir:I. O valor do multiplicador monetário é uma função direta da proporção das

reservas dos bancos comerciais em relação a seus depósitos à vista.II. Se a taxa de câmbio for fixa e a procura pela divisa estrangeira aumentar,

a base monetária e o nível de reservas internacionais irão diminuir.III. A demanda de moeda é uma função direta da taxa nominal de juros da

economia.IV. Um dos instrumentos adequados para o Banco Central reduzir a oferta de

moeda é a elevação da taxa de redesconto.� Pode-se afirmar que(A) a proposição I é a única correta.(B) as proposições II e III estão corretas.(C) a proposição II é a única correta.(D) as proposições I e III estão incorretas.(E) a proposição IV está incorreta.� Resp.: Alternativa “d”. A proposição I e III estão erradas (há uma relação

inversa entre reservas e multiplicador monetário; a demanda por moeda é uma função inversa da taxa nominal de juros).

MACROECONOMIA PARA CONCURSOS

Déficit e Dívida Pública

Prof. Daniel da Mata

TÓPICOS EM POLÍTICA FISCAL

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Déficit Público� Necessidade de financiamento do setor público:

resultado das contas públicas� Déficit vs. Superávit� Variáveis “fluxo”

� Conceitos de déficit/superávit público� Primário: Despesas não-financeiras menos receitas não-

financeiras� Despesas e receitas excluindo serviços da dívida pública

(principalmente juros)� Nominal: conceito mais amplo, que leva em conta os

gastos com juros da dívida� Despesas totais menos receita total

� Operacional: é simplesmente o déficit nominal “deflacionado”

� Conceito nominal – correção monetária

Dívida Pública� Dívida Pública

� É a soma dos déficits públicos � É o resultado de déficit públicos de governos passados� Variável estoque

� Razão Dívida/PIB� Importante indicador de política macroeconômica� Como a razão dívida/PIB aumenta?

� O que aumenta a dívida? � Diminuição do PIB

� A dívida por ser maior que o PIB de um país� Exemplo: Itália

ACE/MDIC (2002)

� Com relação aos conceitos de déficit e dívida pública, é incorreto afirmar que:

a) o fato de os impostos serem maiores do que os gastos públicos não financeiros não garante uma redução na proporção dívida pública/PIB

b) o déficit público pode ser considerado como "variável fluxo"c) a dívida pública pode ser considerada como "variável

estoque"d) a proporção dívida pública/PIB não pode ser maior do que 1e) quanto maiores forem as taxas nominais dos títulos

públicos, maior deverá ser a necessidade de financiamento do setor público em seu conceito nominal

� Resp.: Alternativa “d”

ACE/MDIC (2001)� “A razão da dívida pública em relação ao PNB, que

mensura a magnitude da dívida relativa ao tamanho da economia, diminui quando a taxa de crescimento da economia se eleva e quando o superávit primário aumenta”.

� Resp.: O gabarito da questão diz que o item é “correto”. O aumento da taxa de crescimento econômico reduz sim a razão dívida/PNB. Um aumento do superávit primário acarreta em uma maior possibilidade de pagamento da dívida, mas podemos ter um superávit primário conjunto a um déficit nominal, o que ocasiona um aumento da dívida. Notar que a questão do slide anterior (ACE/MDIC 2002, letra “a”) diz que um superávit primário não é suficiente para reduzir a razão dívida/PIB.

APO/MPOG (2002)� Considere:G = total de gastos não-financeiros do governo;

T = total da arrecadação não-financeira do governo;B = estoque da dívida pública;

i = taxa nominal de juros;r = taxa real de juros;Dcn = déficit público conceito nominal;

Dco = déficit público conceito operacional;D = déficit primário.

� Com base nestas informações, é correto afirmar que:a) Dcn = G – T + i.Bb) Dcn = G – (T + i.B)c) Dco = G – (T + r.B)

d) D = G – i.Be) Dco = G – r.B

Resp.:

� Alternativa “a”

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ACE/MDIC (2001)

� “No Brasil, durante a última década, ocorreu um aumento substancial da dívida pública dos estados e municípios, provocado pelos déficits elevados desses governos subnacionais.”

� Resp.: Correto. Sabemos que um maior déficit ocasiona um maior acúmulo de dívida. No Brasil, na década de 1990, os governos subnacionais ocorreram em elevados déficits fiscais.

GESTOR/MPOG (2008)� Considere a seguinte definição:� “A necessidade de financiamento do setor público - resultado

nominal sem desvalorização cambial - corresponde à variação _________ dos saldos da dívida líquida, _________ os ajustes patrimoniais efetuados no período (privatizações e reconhecimento de dívidas). _________, ainda, o impacto da variação cambial sobre a dívida externa e sobre a dívida _________ interna indexada à moeda estrangeira (ajuste metodológico).”

� Completam corretamente a definição acima as seguintes palavras, respectivamente:

a) nominal, incluídos, Inclui, mobiliáriab) real, deduzidos, Inclui, líquidac) real, deduzidos, Inclui, mobiliáriad) nominal, deduzidos, Exclui, mobiliáriae) nominal, incluídos, Inclui, bruta

Resp.:

� Alternativa “d”MACROECONOMIA PARA CONCURSOS

Questões Recentes

Prof. Daniel da Mata

APOF – SEFAZ/SP – ESAF – 2009

� As contas do Balanço de Pagamentos contêm os fluxos de moeda para dentro e para fora de um país e fornecem informações sobre as relações comerciais entre os países. Com relação ao Balanço de Pagamentos, indique a opção falsa.

a) O Balanço Comercial corresponde ao saldo das exportações sobre as importações.

b) O Balanço de Transações Correntes, quando superavitário, indica que o país está recebendo recursos que podem ser utilizados no pagamento de compromissos assumidos anteriormente.

c) O Balanço de Serviços e Rendas representa as negociações internacionais dos chamados bens invisíveis e os rendimentos de investimentos e do trabalho.

d) Os principais fatores que determinam o saldo do Balanço Comercial são: o nível de renda da economia e do resto do mundo, a taxa de câmbio e os termos de troca.

e) As transações do Balanço de Serviços e Rendas são as transações que afetam diretamente a Renda Nacional.

� Resp: Alternativa “e”

� O objetivo da Contabilidade Nacional é fornecer uma aferição macroscópica do desempenho real de uma economia em determinado período de tempo: quanto ela produz, quanto consome, quanto investe, como o investimento é financiado, quais as remunerações dos fatores de produção. Assim, baseado nos conceitos de Contas Nacionais, não se pode dizer que:

a) a Renda Nacional é igual ao Produto Nacional Líquido, a preço de mercado.

b) o Investimento corresponde ao acréscimo de estoque físico de capital, compreendendo a formação de capital fixo mais a variação de estoques.

c) a Renda Disponível do Setor Público corresponde ao total da arrecadação fiscal, deduzidos os subsídios e as transferências ao setor privado.

d) a diferença entre a renda líquida enviada ao exterior e o saldo das importações e exportações de bens e serviços não-fatores é chamada de Poupança Externa (Se).

e) o Produto afere o valor total da produção da economia em determinado período de tempo.

� Resp: Alternativa “a”

APOF – SEFAZ/SP – ESAF – 2009

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ANA – ESAF – 2009� Considere os seguintes dados macroeconômicos:Produção bruta total = 2.500Importação de bens e serviços = 180Impostos sobre produtos = 140Consumo Intermediário = 1.300Consumo Final = 1.000Formação Bruta de Capital Fixo = 250Variação de estoques = 20� Considerando as identidades macroeconômicas básicas, pode-se afirmar

que as exportações de bens e serviços e o Produto Interno Bruto são, respectivamente:

a) 250 e 1.340b) 250 e 1,250c) 350 e 1.340d) 350 e 1.250e) 250 e 1.450

� Resp.: Alternativa “a”

ANA – ESAF – 2009

Resp: Alternativa “e”

AFC/STN – ESAF – 2008� Considere os seguintes dados, em unidades monetárias, referentes a uma economia

hipotética:● Consumo do Governo: 200● Transferências realizadas pelo Governo: 100● Subsídios: 20● Impostos Diretos: 300● Impostos Indiretos: 400● Outras Receitas Correntes do Governo: 120● Exportações de bens e serviços: 100● Importações de bens e serviços: 200● Renda Líquida Enviada ao Exterior: 100● Variação de Estoques: 100● Poupança Bruta do Setor Privado: 200� Com base nessas informações, e considerando as identidades macroeconômicas

básicas, é correto afirmar que a formação bruta de capital fixo é igual a:a) 950b) 900c) 700d) 750e) 800� Resp: Alternativa “e”

GESTOR – MPOG – 2008 – ESAF� A partir do início deste século, o Banco Central do Brasil passou a

divulgar o balanço de pagamentos com nova metodologia. Pode-se considerar as seguintes alterações em relação à metodologia anterior, exceto a:

a) exclusão, no item investimentos diretos, dos empréstimos intercompanhias, de qualquer prazo, nas modalidades de empréstimos diretos e colocação de títulos.

b) introdução, na conta corrente, de clara distinção entre bens, serviços, renda e transferências correntes, com ênfase no maior detalhamento na classificação de serviços.

c) estruturação da conta de rendas de forma a evidenciar as receitas e despesas geradas por cada uma das modalidades de ativos e passivos externos contidas na conta financeira.

d) inclusão da “conta financeira”, em substituição à antiga conta de capitais.

e) reclassificação de todos os instrumentos de portfolio, inclusive bônus, notes e commercial papers, para a conta de investimento em carteira.

� Resp: Alternativa “a”

APO – MPOG – 2008 – ESAF� No que diz respeito a agregados macroeconômicos e identidades

contábeis, pode-se afirmar que os principais agregados derivados das contas nacionais são as medidas de Produto, Renda e Despesa. Assinale a única opção falsa no que se refere a agregados macroeconômicos.

a) As medidas de Produto, Renda e Despesa, universalmente utilizadas, representam sínteses do esforço produtivo de um país em um determinado período de tempo, revelando várias etapas da atividade produtiva.

b) O Produto Interno Bruto (PIB) per capita é uma medida que se obtém dividindo-se o PIB do ano pela população residente no mesmo período.

c) O PIB per capita é um bom indicador de bem-estar da população residente no mesmo período.

d) A Renda Nacional Bruta é o agregado que considera o valor adicionado gerado por fatores de produção de propriedade de residentes.

e) O PIB, avaliado pela ótica do produto, mede o total do valor adicionado produzido por firmas operando no país, independentemente da origem do seu capital.

� Resp: Alternativa “c”

APO – MPOG – 2008 – ESAF� Pode-se afirmar que o Balanço de Pagamentos de um país é um

resumo contábil das transações econômicas que este país faz com o resto do mundo, durante certo período de tempo. No que tange a Balanço de Pagamentos, assinale a única opção falsa.

a) Na contabilização dos registros das transações efetuadas, adota-se o método das partidas dobradas.

b) Sob a ótica do Balanço de Pagamentos, as transações internacionais podem ser de duas espécies: as transações autônomas e as transações compensatórias.

c) O Brasil, ao longo de muitos anos, apresentou déficit na conta de transações correntes, que tinha que ser financiada por meio da entrada de capitais, levando ao aumento da divisa externa do país.

d) O déficit em conta corrente do Balanço de Pagamentos corresponde à poupança interna da economia, isto é, à diferença entre investimento e poupança interna na conta de capital do sistema de Contas Nacionais.

e) Os fluxos do Balanço de Pagamentos afetam a posição internacional de investimentos do país.

� Resp: Alternativa “d”

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ESAF/Economista/MPOG/2006

� Faz parte da conta de movimento de capitais na nova metodologia do Balanço de pagamentos, exceto,

a) empréstimos de regularização.

b) investimentos diretos.

c) amortização de empréstimos.

d) capitais de curto prazo.

e) remessa de lucros.

� Resp: Alternativa “e”

� Com relação aos meios de pagamentos adotados no Brasil, é incorreto afirmar que

a) M1 é igual papel moeda em poder do público + depósitos a vista.

b) o M2 inclui as operações compromissadas registradas no Selic.

c) M2 inclui os depósitos especiais remunerados.d) o M1 é o agregado monetário de maior liquidez.

e) o M4 inclui os títulos públicos de alta liquidez.

� Resp.: Alternativa “b”

ESAF/Economista/MPOG/2006

GESTOR (2009)� Considere os seguintes dados extraídos de um Sistema de Contas

Nacionais, em unidades monetárias:Produto Interno Bruto: 1.162;Remuneração dos empregados: 450;

Rendimento misto bruto (rendimento de autônomos): 150;Impostos sobre a produção e importação: 170;Subsídios à produção e importação: 8;Despesa de consumo final: 900;

Exportação de bens e serviços: 100; Importação de bens e serviços: 38.� Com base nessas informações, os valores para a formação bruta de

capital fixo e para o excedente operacional bruto serão, respectivamente,a) 300 e 362 b) 200 e 450c) 400 e 200 d) 200 e 400

e) 200 e 262

= RE

= RA

= IPI

= Subs

= CF

= X

= M

= PIB

GESTOR (2009) – Resp.:� PIB = C + I + G + X – M � PIB = CF + I + X – M

� 1162 = 900 + I + 100 – 38� I = 200. � I = FBKF + ∆e .: ∆e não foi fornecida pela questão� FBKF = 200

� PIB = RE + EOBRA + (IPI – Subs)� 1162 = 450 + EOBRA + (170 – 8)� EOBRA = 550

� EOBRA = EOB + RA� EOB =EOBRA –RA� EOB = 550 – 150� EOB = 400

� Resp.: Alternativa “d”

GESTOR (2009)� Considere os seguintes dados extraídos de um Sistema de Contas

Nacionais extraídas das contas de produção de renda:Produção: 2.500;Impostos sobre produtos: 150;Produto Interno Bruto: 1.300;Impostos sobre a produção e de importação: 240;Subsídios à produção: zero;Excedente operacional bruto, inclusive rendimento de autônomos: 625.� Com base nessas informações, é correto afirmar que o consumo

intermediário e a remuneração dos empregados são, respectivamente:

a) 1.350 e 440 b) 1.350 e 435c) 1.200 e 410d) 1.200 e 440e) 1.300 e 500

= VBP

= ISP

= PIB

= IPI

= Subs

= EOBRA

GESTOR (2009) – Resp.:

� PIB = VBP – CI + ISP� 1300 = 2500 – CI + 150� CI = 1350

� PIB = RE + EOBRA + (IPI – Subs)� 1300 = RE + 625 + (240 – 0)� RE = 435

� Resp.: Alternativa “b”

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� Considere os seguintes coeficientes de comportamento monetário:

c = (papel moeda em poder do público) ÷ M1d = (depósitos a vista do público nos bancos comerciais) ÷ M1R = (encaixes totais dos bancos comerciais) ÷ depósitos a vista� Considerando M1 = meios de pagamentos e B = base

monetária, é correto afirmar que:a) B = c.R + R. M1, desde que “d” e “R” sejam positivosb) se “d” = 0, então M1÷B será igual a zeroc) quanto maior “c”, maior tende a ser o multiplicador dos

meios de pagamentos em relação à base monetária.d) quanto maior “R”, maior tende a ser M1÷Be) dado que 0<”c”<1 e “c” + “d” = 1, então M1 é maior do que

B.� Resp.: Alternativa “e”

AFC/STN – ESAF – 2008 GESTOR (2009)� Com relação ao Déficit Público, uma das afirmações a

seguir é falsa. Identifique-a.a) O governo pode financiar seu déficit por meio de recursos

extrafiscais.b) O déficit de caixa omite as parcelas do financiamento do

setor público externo e do resto do sistema bancário, bem como de fornecedores e empreiteiros.

c) No cálculo do déficit público, segundo o conceito operacional, incluem-se as despesas com a correção monetária e cambial pagas sobre a dívida.

d) O déficit total indica o fluxo líquido de novos financiamentos, obtidos ao longo de um ano pelo setor público não financeiro, nas três esferas de governo e administrações.

e) A apuração do déficit pelo método “abaixo da linha” mede o tamanho do déficit pelo lado do financiamento.

� Alternativa “c”

GESTOR (2009)� Considere os seguintes saldos, em unidades monetárias, para as contas dos

Balanços de Pagamentos:Balanço comercial: - 700;Balanço de serviços: - 7.000;Balanço de rendas: - 18.000;Transferências unilaterais: + 1.500;Conta Capital: + 300;Investimento Direto: + 30.500;Investimento em Carteira: + 7.000;Derivativos: - 200;Outros investimentos na conta financeira = -18.000;Erros e omissões: + 2.500.� Considerando esses lançamentos, é correto afirmar que a conta Haveres da

Autoridade Monetária apresentou saldo de:a) + 2.000b) – 2.100c) – 2.900d) zeroe) + 2.100

Resp.: Alternativa “e”

GESTOR (2009)� Considere os seguintes coeficientes de comportamento

monetário:M1 = meios de pagamentosc = (papel-moeda em poder do público/M1)d = (depósitos a vista nos bancos comerciais/M1)R = (encaixes totais dos bancos comerciais/depósitos a vista nos

bancos comerciais)� Considerando que c = d/3 e R = 0,3, o valor do multiplicador da

base monetária será de, aproximadamente,a) 2,105b) 3,103c) 1,290d) 1,600e) 2,990

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� Resp.: Alternativa “a”

GESTOR (2009)

� Em relação aos conceitos relacionados a uma economia monetária, é incorreto afirmar que:

a) os bancos podem alterar o multiplicador bancário alterando os seus recolhimentos voluntários junto ao Banco Central.

b) alterando os recolhimentos compulsórios, o Banco Central consegue controlar os coeficientes de comportamento bancário “c” e “d”.

c) um banco cria meios de pagamentos quando compra bens ou serviços do público pagando com moeda corrente.

d) o valor do multiplicador da base monetária pode se alterar independente das intenções do Banco Central.

e) quanto maior o coeficiente “papel moeda em poder do público/M1”, menor será o multiplicador da base monetária.

� Resp.: Alternativa “b”

AFRF (2009)� Considere as seguintes informações extraídas de um

sistema de contas nacionais, em unidades monetárias:Poupança privada: 300Investimento privado: 200Poupança externa: 100Investimento público: 300� Com base nessas informações, pode-se considerar que a

poupança do governo foi:a) de 200 e o superávit público foi de 100.b) de 100 e o défi cit público foi de 200.c) negativa e o défi cit público foi nulo.d) de 100 e o superávit público foi de 200.e) igual ao défi cit público.

� Resp.: Alternativa “b”

AFRF (2009)� Considere a seguinte identidade macroeconômica básica:Y = C + I + G + (X – M)� onde C = consumo agregado;I = investimento agregado; eG = gastos do governo.� Para que Y represente a Renda Nacional, (X – M) deverá

representar o saldo:a) da balança comercial.b) total do balanço de pagamentos.c) da balança comercial mais o saldo da conta de turismo.d) da balança comercial mais o saldo da conta de serviços.e) do balanço de pagamentos em transações correntes.

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� Resp.: Alternativa “e”

APO/MPOG (2010)

� Assinale a opção incorreta com relação à Teoria Econômica.a) A hipótese coeteris paribus é fundamental para o entendimento da

microeconomia.b) A utilidade representa o grau de satisfação ou bem-estar que os

consumidores atribuem a bens e serviços que podem adquirir no mercado.

c) A macroeconomia trata os mercados de forma global.d) Oferta é a quantidade de determinado bem ou serviço que os

consumidores desejam adquirir, em um dado período, dada a sua renda, seus gastos e o preço de mercado.

e) A Curva de Phillips mostra o tradeoff entre a infl ação e desemprego, no curto prazo.

� Resp.: Alternativa “d”

APO/MPOG (2010)� A diferença entre Renda Nacional Bruta e Renda

Interna Bruta é que a segunda não inclui:a) o valor das importações.b) o valor dos investimentos realizados no país por

empresas estrangeiras.c) o saldo da balança comercial do país.d) o valor da renda líquida de fatores externos.e) o valor das exportações.

Resp.: Alternativa “d”

APO/MPOG (2010)� Quanto ao balanço de pagamentos de um país, sabe-se que:a) o saldo total do balanço de pagamentos é igual à soma da balança

comercial com o balanço de serviços e rendas e as transferências unilaterais correntes, salvo erros e omissões.

b) o saldo das transações correntes, se positivo (superávit), implica redução em igual medida do endividamento externo bruto, no período.

c) o saldo total do balanço de pagamentos é igual à soma da balança comercial com a conta de serviços e rendas, salvo erros e omissões.

d) a conta Capital e Financeira iguala (com sinal trocado) o saldo total do balanço de pagamentos.

e) a conta Capital e Financeira iguala (com o sinal trocado) o saldo de transações correntes, salvo erros e omissões.

Resp.: Anulada

APO/MPOG (2010)� Com relação ao Déficit Público, Dívida Pública e Necessidade de

Financiamento do Setor Público, aponte a opção incorreta.a) O déficit público é uma medida de caixa, ou seja, a mensuração

deve ser feita em relação a determinado período de tempo.b) O governo pode financiar seu déficit pela emissão de moeda e

também por meio da venda de títulos da dívida pública ao setor privado.

c) O desempenho fiscal pode ser mensurado pelo déficit primário, que é dado pela diferença entre receitas e despesas nãofinanceiras.

d) A Necessidade de Financiamento do Setor Público corresponde ao conceito de déficit nominal apurado pelo critério “acima da linha”.

e) A Dívida Fiscal Líquida (DFL) é dada pela diferença entre a Dívida Líquida do Setor Público e o ajuste patrimonial.

� Resp.: Alternativa “a”