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MAIO 2009 JORNAL DA APAFERJ 1 · de urgente coordenação, por-que não se adequa ao moderno ... dutivo um só modelo rescisório, enxuto, sumário, sem alter-nativas ou margem a

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JORNAL DA APAFERJ 1MAIO 2009

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JORNAL DA APAFERJ2 MAIO 2009

Márcio AlemanyPresidente

MENSAGEM DO PRESIDENTE

A APAFERJ busca cons-tantemente atualizar seu sitecom as informações de inte-resse para todos os seus as-sociados e Advocacia Pública.Continuamos a cobrançapara estreitar os prazos paraas reuniões do Forum Na-cional, com a idéia da for-mação de uma ConfederaçãoNacional, que reúna todas asassociações hoje em númerode sete. O Forum Nacionaldeve ser mantido para que,acima de todas, possa realizaras atividades supletivas decoordenação e dirimir aspossíveis dúvidas que pos-sam advir, para a melhor con-dução de toda programaçãode interesse. A APAFERJestá em vias de estabelecerconvênios para implantarseu projeto de cursos pró-advocacia pública em nossa

Cidade. Tal atividade inicial-mente cuidará de programa dereciclagem profissional, comlistagem a ser escolhida, obser-vando-se as sugestões e re-clamos dos advogados públicosengajados na seleção. Pre-tendemos, assim, em mala di-reta, encaminhar pesquisa quepossibilite o melhor acerto paraesses indicativos. Por premissa,ninguém deve ficar de fora paracolaborar com sugestões eopiniões para elaboração desseprojeto. As demais Associaçõestambém deverão ser ouvidas. AAPAFERJ já deu os primeirospassos para o acerto com o ASACLUBE. Como muitos já ti-veram conhecimento através denosso Jornal e dos informes dasreuniões de todas as terças-feiras – às 18:30h. - “Compa-reçam todos”, pois nossas portasestarão sempre abertas -estamos nos associando ao ASACLUBE que é uma entidadeconveniada pelo Forum Na-cional para atendimento a todos

associados da nossa APAFERJpara cobertura de outros tantosconvênios que nos propor-cionarão constantes descontospromocionais para diversascompras, no atacado ou novarejo, nas mensalidades es-colares, nas creches, na comprade veículos, nos empréstimospessoais, nas aquisições da casaprópria, no tratamento odon-tológico, nas viagens, pas-sagens aéreas, hotelaria, res-taurantes, salões de beleza,conserto de veículos, segurospessoais, de automóveis etc... AAPAFERJ com essa associaçãoestabelecerá uma nova fase emsua programação, diretamenteligada aos interesses de seusassociados e de seus familiares.VENHA PARA A APAFERJ –ASSOCIE-SE – USUFRUA DENOSSO CONVIVIO E DENOSSA EXPERIÊNCIA DELUTAS EM PRÓL DO AD-VOGADO PÚBLICO E DETODA ADVOCACIA PÚBLI-CA – AFINAL, SÃO QUASE

TRINTA ANOS DE EXIS-TÊNCIA, COLABORANDONA CONSTRUÇÃO DEUMA ADVOCACIA PARA ACIDADANIA! - A APAFERJmanifesta com entusiasmoseus parabéns à Escola daAdvocacia da AGU, condu-zida com competência peloDr. Mauro Hauschild e suabrilhante equipe. A realiza-ção do II Seminário Nacionalem nossa Cidade, nos dias 20/22 do corrente mês, na sededa nossa OAB/RJ, que nosacolheu com grandeza emsuas dependências, foi provainconteste do desejo de acertodo Ministro José AntônioDias Toffoli. A atuação doAdvogado Público e Conse-lheiro da OAB/RJ, Dr. CarlosJosé Guimarães, do Dr.Marcos Couto, Procurador-Geral Federal no Rio deJaneiro e da ProcuradoraFederal, Dra. Patrícia Gomes,concedeu eficácia e muitobrilho ao evento.

Boas notícias

Trabalhador pode ingressarna Justiça mesmo sem tentarconciliação prévia, decidiu oSupremo Tribunal Federal(STJ). De acordo com o Plenárioda corte, as demandas traba-lhistas podem ser submetidas aoPoder Judiciário mesmo noscasos em que não passaram pelacomissão responsável porpromover os acordos. Para osministros, esse entendimentopreserva o direito universal doscidadãos de acesso à Justiça.

A decisão é liminar e vale atéo julgamento final da matéria. Seorigina da apreciação de duasações diretas de inconstitu-

cionalidade (Adins 2139 e 2160)ajuizadas por quatro partidospolíticos e pela ConfederaçãoNacional dos Trabalhadores doComércio (CNTC). Tanto aconfederação quanto o PC do B,o PSB, e PT e o PDT argumen-taram que a regra da CLT repre-sentava um limite à liberdade deescolha da via mais convenientepara submeter eventuais de-mandas trabalhistas.

Sete ministros deferiram opedido de liminar feito nas açõespara dar interpretação conformea Constituição Federal ao artigo625-D da CLT (Consolidação dasLeis do Trabalho), que obrigava

o trabalhador a primeiro procu-rar a conciliação no caso de ademanda trabalhista ocorrer emlocal que conte com uma comis-são de conciliação, seja na em-presa ou no sindicato da cate-goria. Com isso, o empregadopode escolher entre a conciliaçãoe ingressar com reclamaçãotrabalhista.

VOTOS. No julgamento, pre-valeceram os votos dos ministrosJoaquim Barbosa e Carlos AyresBritto. Segundo Barbosa, mantera regra do 625-D da CLT seminterpretação conforme a Cons-tituição representaria uma “sé-

ria restrição do direito de acesso

à Justiça para os trabalhadores”.Para Ayres Britto, a solução dadapelo Plenário “estimula a con-

ciliação e mantém uma tradição

da Justiça Trabalhista de tentar

a conciliação, sem sacrificar o

direito universal de acesso à

jurisdição (pelos cidadãos)”.Ele lembrou voto do ministro

Marco Aurélio Mello no sentidode que, quando a Constituiçãoquer excluir uma demanda docampo de apreciação do Judi-ciário, ela o faz de formaexpressa, como ocorre, porexemplo, na área desportiva.

Ação não depende de conciliação prévia

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JORNAL DA APAFERJ 3MAIO 2009

Milton PinheiroProcurador Federal

Num momento em que aforte crise sócio-econômicomexeu, profundamente, com osistema capitalista e as leistrabalhistas podem voltar aser discutidas, a nossa Justiçado Trabalho ainda atua comoscilações no contrato laboral,impondo-se, assim, estudospara a sua filosofia posterior.

Com efeito, a linha filosóficada justiça trabalhista precisade urgente coordenação, por-que não se adequa ao modernosistema de prestação juris-dicional e corre o risco deperder credibilidade junto àcomunidade jurídica mundial.De nada adianta funcionarcomo justiça e cor social, se asdecisões se pautam no direitoda toga vetusta, unilateral,cartorial, que desperta arejeição da sociedade empre-gadora, que há muito clamapor uma nova ordem jurídicano campo laboral. A JT parafuncionar obriga o Estado àmanutenção de uma grandiosamáquina de prestação juris-dicional, responsável por cer-ca de 26% dos recursos des-tinados pela União atual-mente ao jurisdicionado bra-sileiro. Em contrapartida, nãooferece resultados satisfa-tórios para o empregado ou oempregador. Só para se teruma idéia dessa anômala or-ganização, o seu âmago de fun-dação, para harmonizar e ga-rantir a estabilidade de capi-tal/trabalho, exige, entre ou-tros, três tipos diretos pararescisão do contrato laboral: a)a rescisão desassistida deadvogados, se o prazo é infe-

rior a um ano, ou quando o em-pregado concordar com a contarescisória homologando com oempregador ou realizada na sedede Delegacia Regional doTrabalho, cuja chancela homo-loga a rescisão; b) se existir or-ganizada na categoria profis-sional Comissão de ConciliaçãoPrévia – CCP, ainda assistidapelo sindicato da categoria,quando o período laborado forsuperior a um ano, podendoassim ser submetido à CCP; c) e,por último, um terceiro tiporescisório: a Ação de Consignaçãoem Pagamento (ACP), que éproposta em juízo trabalhista(JT), depositado pelo empre-gador o valor da rescisão e asrespectivas guias do INSS eFGTS. Neste último, se a res-cisão não for aceita em audiência,poderá ser convencionado pelojuízo um acordo entre as partes.Frustrada a conciliação, o em-pregado, através de advogado oudo sindicato da sua categoria,pode entrar com ação própriapleiteando o que entende serjusto, que será anexado à CCP.Neste capítulo dá para avaliar asdificuldades de ordem legal queempregado e empregador en-contram para rescindir o con-trato de trabalho, quando, a bemda verdade, seria mais pro-dutivo um só modelo rescisório,enxuto, sumário, sem alter-nativas ou margem a malaba-rismos no campo jurídico, umasituação de litígio próxima doque ocorre nos Juizados Espe-ciais no Brasil e nos contratos detrabalho de quase 90% dospaíses.

Por outro lado, a simplesalegação de que não recebeu acitação postal da Justiça doTrabalho não basta para afastara revelia aplicada ao réu. É esteo teor de decisão da 4ª. Turma doTRT/MG, ao manter a pena deconfissão aplicada em a umreclamado que não compareceuà audiência inicial, nem justi-

ficou a sua ausência. Segundoexplica o relator do recurso, oart. 774 da CLT estabelece que,“caso não seja encontrado o

destinatário ou haja recusa de

recebimento, o Correio deverá

devolver a notificação postal ao

Tribunal de origem, sob pena de

responsabilidade do servidor.

Assim, a presunção é a de que se

não houve devolução, a entrega

tenha sido efetivada no prazo de

48 horas depois de expedida” –completa. Sob o argumento deque não havia nos autos qualquercomprovante de recebimento dacitação, o reclamado pedia acassação da sentença e o retornodos autos à origem para que fossedesignada nova audiência,entendendo que houve des-respeito ao princípio constitu-cional do devido processo legal,do contraditório e da ampla

A Filosofia da JT no Contrato Laboral

� Trabalho na crise: prelúdio de retrocesso? Como a legislação poderianão ficar ao lado do mais fraco no país das desigualdades?...

� Oligarquias em qualquer parte do mundo, é sofrer crítica... Mas nãoacaba!

� A luz de 2010 é mais forte que a do Sol. “Ilumina a todos” com amesma intensidade. Não haverá “caminho escuro”!

� “O Brasil esta bem para a crise”, disse o ex-presidente FHC,falando sobre a economia brasileira. (JB de março).

� Remédios falsos: Uma crise sem perdão...� O presidente Obama dos EUA: “O Brasil já é uma potência

financeira”, disse no Forum de Trinidad e Tobago.� Também no Forum Caribenho: “O mundo precisa de novos rumos

econômicos”.� Forum de Londres – “A nova ordem financeira do mundo” O

modelo de 1929 está superado. O FMI e o Banco Mundial, fundadosem 45 e outros bancos grandes do mundo são modelos superados,disse o Forum Mundial de Londres.

� A democracia brasileira e seus inimigos. A desejada transparência,infelizmente, conseguiu banalizar a corrupção (JB/Abril).

� Excelentes os artigos de Miriam Leitão no Globo de abril: “Consensode Londres” e “Retorno Lento”. As fantasias que lemos na mídiaestão bem “retratadas”. Vale a pena ler.

� São Paulo tem mais “sinais de rua” que o Rio, mas multa 45%menos que o Detran carioca. Explica-se: O sinal Amarelo lá dura 4segundos. O daqui apenas 2 segundos. A “bondade” carioca temcomo consequência que os assaltos nos sinais são em maior número,as ruas “são melhor asfaltadas”, as “escolas públicas” são umprimor de “eficiência” e o trânsito “muito bem organizado”. Enfim,tudo a conferir... num mundo de “bondade”...

defesa. Ele alegou tambémque, se havia por parte dojuízo apenas presunção daentrega, deveria ter sido de-terminada nova citação comaviso de recebimento. Mas ojuiz destacou que essa pre-sunção poderia ser derru-bada pelo destinatário, ca-bendo a este o ônus de pro-var que não recebeu a inti-mação judicial pelos correios,a teor da Súmula 16, do TST.Como, no caso, o reclamadonão trouxe qualquer provadas alegações, a Turma man-teve a decisão de primeirograu, que aplicou ao réu apena de confissão quanto àmatéria de fato, condenando-o ao pagamento de todas asparcelas requeridas peloreclamante na ação traba-lhista.

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JORNAL DA APAFERJ4 MAIO 2009

Continuação

SÚMULA Nº 10, DE 19 DEABRIL DE 2002*Republicada no DOU, Seção I, de26/07, 27/07 e 28/07/2004

“Não está sujeita a recurso adecisão judicial que entenderincabível a remessa necessária nosembargos à execução de títulojudicial opostos pela FazendaPública, ressalvadas aquelas quejulgarem a liquidação por arbitra-mento ou artigo, nas execuções desentenças ilíquidas.”

REFERÊNCIAS:Legislação: Código de Processo

Civil (arts. 475, inciso I, 520, incisoV, e 585, inciso VI); Lei n° 2.770,de 4.5.56 (art. 3°, com a redaçãodada pela Lei n° 6.071, de3.7.1974), e Lei n° 9.469, de10.7.1997 (art. 10).

Jurisprudência: SuperiorTribunal de Justiça: ERESP’s nos241.875/SC, 258.097/RS, 233.630/RS e 226.156-SP (Corte Especial);

ERESP nº 226.551/PR (TerceiraSeção); RESP nº 223.083/PR(Segunda Turma).

(*)Redação alterada pelo AtoAGU de 19 de julho de 2004.SÚMULA Nº 11, DE 19 DEABRIL DE 2002*Republicada no DOU, Seção I, de26/07, 27/07 e 28/07/2004

“A faculdade, prevista no art.557 do CPC, de se negar segui-mento, monocraticamente, arecurso manifestamente inadmis-sível, improcedente, prejudicado ouem confronto com súmula ou comjurisprudência dominante dorespectivo tribunal, do SupremoTribunal Federal, ou dos TribunaisSuperiores, alcança também aremessa necessária.”

(NR)REFERÊNCIAS:Legislação: Código de Processo

Civil (arts. 475, 496 e 557).JURISPRUDÊNCIA: Superior

Tribunal de Justiça: EREsp258.881/RS (Corte Especial); REsp190.096/DF (Sexta Turma); REsp’snºs 205.342/SP e 2206.621/RS(Primeira Turma); REsp 156.311/BA (Segunda Turma).

(*) Redação alterada pelo Atode 19 de julho de 2004.

SÚMULA Nº 12, DE 19 DEABRIL DE 2002*Republicada no DOU, Seção I, de26/07, 27/07 e 28/07/2004

“É facultado ao segurado ajuizaração contra a instituição previ-denciária perante o Juízo Federaldo seu domicílio ou nas VarasFederais da capital do Estado-membro.”

REFERÊNCIAS:Legislação: Constituição de 1988

(art. 109).Jurisprudência: Supremo Tri-

bunal Federal: RE’ nº 285.936/RS(Primeira Turma); RE nº 288.271/RS, AGRGRE nº 292.066/RS eAGRGRE nº 288.271/RS (SegundaTurma); RE nº 293.246/RS (Tri-bunal Pleno) e Súmula nº 689.

(*) Redação alterada pelo Atode 19 de julho de 2004.SÚMULA Nº 13, DE 19 DEABRIL DE 2002*Republicada no DOU de 08/02, 09/02 e 12/02/2007

“A multa fiscal moratória, porconstituir pena administrativa, nãose inclui no crédito habilitado emfalência regida pela legislaçãoanterior à Lei nº 11.101, de 9 defevereiro de 2005.”

REFERÊNCIAS:Legislação: Lei nº 11.101, de

9.2.2005 (art. 83, VII, e 192), eDecreto nº 6.042, de 12.2.2007(altera o art. 239, § 9º, do Decretonº 3.048, de 6.5.1999).

Jurisprudência: Supremo Tri-bunal Federal: Súmula N° 565.Superior Tribunal de Justiça:EREsp 208.107/PR (PrimeiraSeção); REsp 255.678/SP e312.534/RS e AGREsp 422.760/PR(Primeira Turma); REsp 235.396/SC e 315.912/RS e AGA 347.496/RS (Segunda Turma).

(*) Redação alterada pelo Atode 06 de fevereiro de 2007.SÚMULA Nº 14, DE 19 DEABRIL DE 2002*Republicada no DOU de 08/02, 09/02 e 12/02/2007

“Aplica-se apenas a taxa SELIC,em substituição à correção mone-tária e juros, a partir de 1º de ja-neiro de 1996, nas compensações ourestituições de contribuiçõesprevidenciárias.”

REFERÊNCIAS:

Legislação: Lei nº 8.212, de24.7.1991 (art. 89), e Lei nº 9.250,de 26.12.1995 (art. 39). Juris-prudência: Superior Tribunal deJustiça: AEREsp 199.643/SP(Primeira Seção); REsp 308.176/PRe 267.847/SC (Primeira Turma);REsp 205.092/SP, 414.960/SC,460.644/SP e 246.962/RS (SegundaTurma).

(*) Redação alterada pelo Atode 06 de fevereiro de 2007.SÚMULA Nº 15, DE 16 DEOUTUBRO DE 2002*Republicada no DOU, Seção I, de20/10, 21/10 e 22/10/2008

I - A súmula nº 15 da Advocacia-Geral da União passa a vigorar coma seguinte redação:

“A suspeita de fraude na con-cessão de benefício previdenciárionão enseja, de plano, a sua sus-pensão ou cancelamento, masdependerá de apuração em proce-dimento administrativo, observadosos princípios do contraditório e daampla defesa.”

REFERÊNCIAS:Legislação Pertinente: art. 179

do Decreto nº 3.048, de 6 de maiode 1999, com a redação dada pelosDecretos nºs 4.729, de 09 de

junho de 2003 e 5.699, de 13 defevereiro de 2006.

Precedentes: Superior Tribunalde Justiça: RESP’s nºs 172.869-SP;172.252-SP; 210.038-SP; 149.205-SP (Quinta Turma); RESP’s nºs:174.435-SP; 140.766-PE (SextaTurma).

(*)Redação alterada pelo Atode 16 de outubro de 2008.SÚMULA Nº 16, DE 19 DEJUNHO DE 2002*Republicada no DOU, Seção I, de26/07, 27/07 e 28/07/2004

“O servidor estável investido emcargo público federal, em virtude dehabilitação em concurso público,poderá desistir do estágio probatórioa que é submetido com apoio no art.20 da Lei nº 8.112, de 11 dedezembro de 1990, e ser recondu-zido ao cargo inacumulável de quefoi exonerado, a pedido.”

REFERÊNCIAS:Legislação: Lei n° 8.112, de

20.12.1990 (arts. 20 e 29)Outros: Informações n° AGU/

WM-11/2002, adotadas pelo Advo-

gado-Geral da União e enca-minhadas ao Supremo TribunalFederal com a Mensagem n° 471,de 13.6.2002, do Presidente daRepública.

Jurisprudência: Supremo Tri-bunal Federal - Mandados de Se-gurança nos 22933/DF, 23577/DFe 24271/DF (Tribunal Pleno).Superior Tribunal de Justiça: Man-dado de Segurança nº 8339/DF(Terceira Seção)

(*)Redação alterada pelo Atode 19 de julho de 2004.SÚMULA Nº 17, DE 19 DEJUNHO DE 2002*Republicada no DOU de 08/02, 09/02 e 12/02/2007

“Suspensa a exigibilidade docrédito pelo parcelamento conce-dido, sem a exigência de garantia,esta não pode ser imposta comocondição para o fornecimento dacertidão positiva de débito comefeito de negativa, estando regularo parcelamento da dívida, com ocumprimento, no prazo, das obri-gações assumidas pelo contri-buinte.”

REFERÊNCIA:LEGISLAÇÃO: Código Tribu-

tário Nacional (arts. 205 e 206), eLei n° 8.212, de 24.7.1991 (art. 47)JURISPRUDÊNCIA: SuperiorTribunal de Justiça: RESP 95.889/SP, AGREESP, 247.402/PR E328.804/SC (PRIMEIRA TURMA);RESP 227.306/SC, AGA 211.251/PR, 310.429/MG E 333.133/SP(SEGUNDA TURMA).

(*)Redação alterada pelo Atode 6 de fevereiro de 2007.SÚMULA Nº 18, DE 19 DEJUNHO DE 2002

Publicada no DOU, Seção I, de28/06, 1º/07 e 02/07/2002 “Da deci-são judicial que determinar a con-cessão de Certidão Negativa de Dé-bito (CND), em face da inexistênciade crédito tributário constituído,não se interporá recurso.”

JURISPRUDÊNCIA: SuperiorTribunal de Justiça: EREsp’s nºs180.771/PR e 202.830/RS (PrimeiraSeção); AGREesp nº 303.357/RS(Primeira Turma); AGREsp nº255.749/RS (Segunda Turma).

Continua.

JOSÉ ANTONIO DIASTOFFOLI

AGU consolida as súmulas em vigor

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JORNAL DA APAFERJ 5MAIO 2009

Allan SoaresP r o c u r a d o rFederal

Vi, pela televisão, o resul-tado da reconstituição de umrosto deformado pela vio-lência do marido, que, mes-mo após várias cirurgias eum dificílimo transplante, e-videnciava a agressão so-frida.

Isso levou-me a retomarum artigo, que começara aescrever antes de viajar, como qual pretendia homena-gear o Dia da Mulher.

A subalternidade femi-nina data do início dos tem-pos, quando lhe competia ocultivo da terra, o transporteda alimentação e das ru-dimentares armas mascu-linas.

Na Grécia, além dessastarefas, eram objeto de sacri-fícios e, quando cativas,trabalhavam duramente.

O Império Inca colocou asmulheres, praticamente,como escravas, obrigando-asa tarefas de transporte decargas, preparação de cal-çados e tecidos, sem qual-quer alternativa.

Na Idade Média, períodoque se estendeu da queda doImpério Romano até aderrubada deConstantinopla (1453), elasprestavam seus serviços nasoficinas das corporações e emduros trabalhos em conven-tos, sempre com a remune-ração suficiente apenas parasuas sobrevidas.

Entre nós, as indígenasnão tinham melhor sorte:carregavam a comida, ar-mas, lenha e água, além deterem de trabalhar em todas

as tarefas relativas ao campo.Certamente, a maior explo-

ração do trabalho feminino foifeita com o advento da Re-volução Industrial, de início, naInglaterra, por volta de 1760.Com ela, foi trocada a mão-de-obra manual pela tecnologia,com a formação de grandesconglomerados industriais.Inicialmente, essa Revoluçãopermitiu aos homens a ocupa-ção de atividades consideradasfemininas, mas, grande partedelas acabou por recuperarsuas antigas tarefas por suasubmissão e custo ínfimo.

A jornada de trabalho era de16 horas, os estabelecimentosfabris mais se assemelhavam aprisões, sem higiene ou ventila-ção, destruindo a saúde dastrabalhadoras.

Se o trabalho do menor foilimitado a 12 horas, em 1802,pela Lei de Peel, a primeiraproteção para a mulher só veiomais de um século depois, em1905, quando a Conferência deBerna vedou o trabalho notur-no das mulheres. Todavia, ogrande destaque nessa luta,como explicitou o Jornal daAPAFERJ, foi em 1908, quandooperárias têxteis fizeram aprimeira greve feminina, tendoos empregadores ateado fogonas fábricas, onde, para fugir darepressão policial, elas sehaviam abrigado. Esse foi omotivo pelo qual o Congressodas Mulheres, em Copenhague,instituiu 8 de março como o DiaInternacional da Mulher.

Atualmente, a Lei Maiorgarantiu a igualdade de direitos

e obrigações para ambos ossexos, vedando qualquer “di-ferença de salários, de exercíciode funções e de critério de ad-missão por motivo de sexo,idade, cor ou estado civil.” (art.7º, inciso XXX).

Cabe ressaltar que essaigualdade jurídica não pode servista como revocatória dasmedidas legislativas de prote-ção ao trabalho feminino comfundamento nas diferençasbiológicas, principalmenteporque essa previsão constitu-cional de igualdade carece decompleta eficácia.

Abordando, agora, um outroprisma, se os antigos historia-dores não fossem todos homens,possivelmente poderiamter registrado legendashistóricas femininas ereformistas. Elas nãovisavam a destruição domundo, mas consertá-lo.Por exemplo: Antígona,que lutou para sepultar oirmão morto, em rito in-dispensável à paz de suaestirpe, Joana D’Arc,além de ser a primeiravoz protestante noOcidente, como notouBernard Shaw, deuorigem à concepção daFrança como nação.

Também no ballet ena ópera, não há re-gistro histórico de ho-mens – o mais próximofoi Nureyev – quetenham igualadoTamara Karsavina,Maya Plisetskaya,Natalia Markova,

Claudia Muzio, Callas,Birgit Nilsson. Superado,nenhum!

Por fim, na música po-pular, igualmente, não hátermo de comparação, por-que, nem mesmo Sinatra, po-de-se comparar a BillieHoliday, Ella Fitzgerald,Sara Vaughan, JudyGarland, Edith Piaf, ElizethCardoso ou Ellis Regina.

No início deste artigo,escrevi que a violência, quedeformou um rosto feminino,levou-me a retomar esteartigo sobre o Dia Interna-cional da Mulher.

Porém, outra mulher –Célia –, sozinha, justificariao resgate desse tema: Hátrinta anos, com firme ter-nura e rara suavidade, elaequilibra e dá sentido àminha vida.

Mulher“Sua voz foi sempre suave, meiga e baixa,uma coisa excelente na mulher.”

(Shakespeare)

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JORNAL DA APAFERJ6 MAIO 2009

Antonio C. Calmon N. da GamaDiretor de Divulgação da APAFERJ

Fatos . Fatos . Fatos . Fatos . Fatos .Fatos . Fatos . Fatos . Fatos . Fatos .FlashFlash

REUNIÃO DE TRABALHOA PRF da 2ª Região realizou, no

dias 18 e 19 de maio, reunião de tra-balho, na sede da Representação daEscola da AGU no Rio de Janeiro/RJ, localizada na rua da Assembléia,nº 77 – 13º andar, Centro. A aberturado encontro contou com a presençado Sub-Procurador-Geral Federal,Dr. Marcelo da Silva Freitas; Dr.Marcos da Silva Couto, Procurador-Regional Federal da 2ª Região; Dr.Adler Arnaximandro de Cruz e Alvese Dra. Maria Beatriz Scaravaglionetodos pertencentes á PGF, queteceram considerações sobre o orga-nograma, mapeamento e projeto dereestruturação da Procuradoria-Ge-ral Federal e seus Órgãos de Exe-cução.

SEMINÁRIOA Escola da Advocacia-Geral da

União promoveu, de 20 a 22 de maio,o II Seminário Regional da AdvocaciaPública Federal da 2ª Região. Oconclave foi realizado no PlenárioEvandro Lins e Silva da OAB/RJ, naAv. Marechal Câmara, e teve comopúblico alvo Advogados da União,Procuradores Federais, Procura-dores da Fazenda Nacional eocupantes de cargos de direção eassessoramento da AGU.

SEMINÁRIO IEntre os temas abordados desta-

camos: A AGU e a Gestão Estra-tégica que teve como condutores dopainel o Dr. Evandro Lins e Dra.Adriane dos Santos pertencente aoNúcleo de Gestão Estratégica daAGU; A Ouvidoria e a AgendaAmbiental na AGU, expositoras: Dra.Maria Augusta Soares de OliveiraFerreira, Advogada da União e ÉrikaPires Ramos, Procuradora Federal ;A Experiência da Conciliação,expositora Dra. Hélia Maria deOliveira Bettero, Diretora da Câmarade Conciliação e Arbitragem da

Administração Federal.

SEMINÁRIO IIO PAINEL A AGU E AS POLÍ-

TICAS PÚBLICAS contou com aparticipação de representantes dequase todas as Associações de Classeda Advocacia Pública a saber: APBC- Dra. Adriana Teixeira de Toledo;UNAUNI – Dr. André Gustavo deAlcântara; ANPPREV, Dr. Mario deOliveira, UNAFE – Dra. Raquel Mottade Macedo; APAFERJ/ANPAF- Dr.José Marcio Alemany e ANAJUR-Alba Regina de Jesus. Todos tiverama oportunidade de tecer consideraçõessobre as políticas públicas e atuaçãodo Fórum Nacional que congrega taisorganismos.

ENCERRAMENTOO encerramento do Seminário, que

ocorreu no dia 22 de maio, contou coma participação do Advogado-Geral daUnião, Ministro José Antonio DiasToffoli, que aproveitou a vinda ao Riode Janeiro para inauguração da novasede regional da EAGU - Escola daAdvocacia Geral da União, sita na ruada Assembléia, 77 – 13º andar –Centro. Em seu pronunciamento oMinistro abordou o desenvolvimento,conquistas e avanços da AGU nadefesa dos interesses da União.

ENCONTROO Vice-Presidente da APAFERJ,

Dr. Rosemiro Robinson Silva Junior,juntamente com o Presidente doMOSAP, Dr. Edson Haubert, parti-cipou do Encontro Nacional dosServidores do Judiciário, ocorrido nosdias 12 e 13 de maio, no Hotel Nacionalem Brasília-DF. O evento foi promo-vido pela Federação Nacional dosServidores do Poder Judiciário dosEstados e Distrito Federal.

EXEMPLO DE ECONOMIAA Procuradoria Seccional Federal

(PSF) de Niterói (RJ) impediu que aJustiça determinasse o pagamentoindevido a beneficiária do INSS decerca de R$ 1,2 milhão, correspondentea parcelas atrasadas de auxílio-acidente. O TJ/RJ acolheu a tese daPSF, que recorreu da decisão da 9ª VC

de Niterói, que havia determinado opagamento.

SESSÃO SOLENEAconteceu no dia 15 de maio, na

sede do TRF-2ª, Sessão Solene deHomenagem à Posse dos novos De-sembargadores Federais. A cerimôniaocorreu no Salão Nobre do Tribunal.Entre os homenageados citamos a Dra.Salete Macaloi e Dr.Guilherme CalmonNogueira da Gama. Presentes à sole-nidade autoridades dos três Poderes efamiliares dos homena-geados.

HONORIS CAUSAO Advogado-Geral da União,

Ministro José Antonio Dias Toffoli, apósproferir palestra no II SeminárioRegional da Advocacia Pública na 2ªRegião, foi agraciado pelo Presidenteda OAB/RJ, Dr. Wadith Damus Filho,com o título de Doutor Honoris Causada Escola Superior da Advocacia daOAB/RJ.

PROJETO DE LEICOMPLEMENTAR

A APAFERJ promoverá, no mês de

junho, sessão extraordinária des-tinada a ouvir dos seus Associadossugestões sobre o anteprojeto deLei Complementar que dispõe sobrea organização e o funcionamento daAdvocacia-Geral da União e defineseus órgãos, atividades e compe-tências. Maiores detalhe no sitewww.apaferj.org.br. Não deixe decomparecer, pois a sua participaçãoé muito importante.

NOMEAÇÃONomeado pelo governador do

Estado do Espírito Santo, PauloHartung, para ocupar a vaga deDesembargador no TJ-ES, destinadaao MP daquele Estado (quintoconstitucional), o Dr. José PauloCalmon Nogueira da Gama.

A posse acontecerá no dia 2 dejunho. Lá estarei representando aDiretoria da APAFERJ e desejar aonovo Desembargador pleno êxito nanova função, que, tenho certeza,será desempenhada com o mesmodenodo que o destacou à frente daProcuradoria de Justiça daqueleEstado.

Visita à Procuradoria-Geral de Justiça/ESDa esquerda para a direita Dr. Francisco Calmon Ferreira da Silva,Advogado, escritor e jornalista; Dr. Antonio C. Calmon N. da Gama,Procurador Federal e Diretor de Comunicação da APAFERJ; Dr.Cláudio Soares Lopes, Procurador-Geral da Justiça do Estado do Riode Janeiro e Dr. José Paulo Calmon Nogueira da Gama,Desembargador do TJ/ES.

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JORNAL DA APAFERJ 7MAIO 2009

Realizou-se nos dias 20 a 22 docorrente mês, no Plenário Evan-dro Lins e Silva, na sede da OABna Cidade do Rio de Janeiro, o IISeminário Regional da Advo-cacia Pública Federal – 2ª Região.

O evento reuniu os mais im-portantes nomes da AdvocaciaPública do Brasil, debatendo-sevariados temas, tirando dúvidase principalmente fazendo reivin-dicações em prol da categoria.

Dentre os debatedores se des-tacaram o Ministro-Chefe daAGU, Dr. José Antonio DiasToffoli, o Advogado-Geral daUnião – substituto, Dr. Evandro

Costa da Gama, Dra. Grace Ma-ria Fernandes Mendonça, Se-cretária-Geral do Contencioso,Luiz Inácio Lucena Adams,Procurador-Geral da FazendaNacional, Aldemario AraujoCastro, Corregedor-Geral daAdvocacia da União e GabrielFelipe de Souza, Ouvidor-Geralda AGU.

Encerrando o primeiro dia dedebates, falou o anfitrião, oPresidente da OAB/RJ, Dr. WadihDamous Filho, que agradeceu apresença de todos. O segundo diacontou com o mesmo brilho do diaanterior e teve o seu realce no

II Seminário Regional daADVOCACIA PÚBLICA FEDERAL

PEC 555/2006Esperança Renovada

Os servidores aposentados eos pensionistas da Câmara dosDeputados estão diante de umanova possibilidade para recu-perar a isenção da contribuiçãopara a Previdência Social.

Tramita na Câmara dos De-putados a Proposta de Emendaà Constituição (PEC) nº. 555 de2006, de autoria do ex-deputadoCarlos Mota (PSB-MG), queprevê a extinção da cobrança dacontribuição previdenciária dosservidores públicos que se apo-sentaram antes da edição da E-menda à Constituição 41, de2003. O texto é o seguinte:

“Proposta de Emenda à

Constituição nº. 555, de 2006.

[...]

Art. 1º. Fica revogado o art. 4º.

da Emenda Constitucional nº. 41,

de 2003.

Art. 2º. Esta Emenda Constitu-

cional entra em vigor na data de

sua publicação, retroagindo seus

efeitos a 1º. de janeiro de 2004".

A admissibilidade da PEC foiaprovada na Comissão de Cons-tituição e Justiça com o parecerdo Deputado Arnaldo Faria deSá (PTB-SP). Em novembro de2007, por Ato do então Pre-sidente da Câmara dos Depu-tados, Arlindo Chinaglia, foicriada a Comissão Especial paraanalisar o mérito da matéria.

No momento, essa Comissãoestá na fase de constituição me-diante a indicação de Deputadospor parte dos Líderes Parti-dários. Após as indicações dar-se-á a instalação por ato própriodo Senhor Presidente, DeputadoMichel Temer.

O Congresso Nacional teráoportunidade de rever a injustiçacometida contra os servidoresaposentados e pensionistas, quejá haviam dado sua contribuiçãodurante todo o seu tempo de ser-viço na ativa, participado, assim,diretamente, da constituição doFundo Previdenciário. Na ver-

dade, o estabelecimento decontribuição previdenciária so-bre os proventos do servidor jáaposentado representa, aoarrepio da Carta Magna, umaviolação do ato jurídico perfeitoe do direito adquirido.

A Associação continuarávigilante, juntamente com outrasentidades interessadas e re-presentativas dos servidores,como o Sindilegis e o MOSAP.Acompanhará passo a passo atrami-tação da proposta, farácontatos com os Deputadosmembros da Comissão e, quandopreciso, convocará os colegasaposentados e pensionistas paracom-parecerem às reuniões noesforço em torno da aprovaçãoda matéria.

Outras Propostas de Emendaà Constituição do interesse doservidor aposentado e pen-sionista tramitam nas duasCasas do Congresso. Entre elas,destacamos:

– PEC nº. 36, de 2008, de au-toria do Senador Paulo Paim, que“estende o direito à paridade àspensões que derivaram dosproventos dos servidores jáaposentados ou com direito àaposentadoria quando da ediçãoda Emenda Constitucional nº. 41,de 2003”.

– PEC nº. 270, de 2008, da De-putada Andréia Zito, que “acres-centa art. 96 ao Ato das Dis-posições Constitucionais Transi-tórias” – resgatando, para os ser-vidores federais, estaduais e mu-nicipais aposentados por inva-lidez permanente e para aquelesque por esse instituto venham ase aposentar, o direito aos pro-ventos integrais com paridade.

Estaremos presentes noacompanhamento dessas maté-rias, mantendo a classe beminformada.

Roberto de M. Guimarães

Presidente da ASA-CD

painel “A AGU e as Políticas

Públicas”, em que um dosprincipais palestrantes foi o Dr.Jose Marcio Alemany, Presidenteda APAFERJ e representante daANPAF, que, de forma eloquente,entusiasmou a platéia, quando fezuma análise sobre o valor da AGUpara a sociedade.

No último dia do Seminário, oprincipal expositor foi o Advo-gado-Geral da União, MinistroJosé Antonio Dias Toffoli que, deforma objetiva e clara, dissertousobre “As atuais conquistas da

AGU”.No auditório estavam pre-

sentes os Drs. Rosemiro Ro-binson Silva Junior, Vice-Pre-sidente da APAFERJ, FernandoCarneiro, Conselheiro daAPAFERJ, Carlos Alberto Mam-brini, Diretor Cultural daAPAFERJ, Fernando Ferreirade Mello, Diretor Financeiro daAPAFERJ, Antonio CarlosCalmon Nogueira da Gama,Diretor de Comunicação daAPAFERJ, Tomaz José de Souza,Conselheiro da APAFERJ,Miguel Carlos Melgaço Paschoal,Diretor Administrativo daAPAFERJ e demais membros deAssociações congêneres.

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JORNAL DA APAFERJ8 MAIO 2009JORNAL DA APAFERJ8 ABRIL 2009

II Seminário ADVOCACIA PÚB

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JORNAL DA APAFERJ 9MAIO 2009 JORNAL DA APAFERJ 9ABRIL 2009

Regional daBLICA FEDERAL

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JORNAL DA APAFERJ10 MAIO 2009

Ofício APAFERJ nº. 029/91Rio de Janeiro, 30 de julho de1991

Do: Presidente da APAFERJAo: Exmo. Sr. Presidente daOAB/RJDr. Sergio Zveiter

Referência: TRIBUNA DOADVO-GADO – Edição Extra –1991

Senhor Presidente,Tenho a satisfação de sub-

meter à elevada apreciação deV.Exª, com base no artigo 6º infine do Regimento Especial, aanexa proposta de emenda aoParágrafo 2º. do artigo 3º, doAnteprojeto do novo Estatuto daAdvocacia e da OAB, acom-panhada da JUSTIFICATIVAcabível.

2 - Por oportuno, fico à in-teira disposição de V. Exª paraprestar quaisquer esclare-cimentos complementares queentender necessários, aplau-dindo, desde logo, a louváveliniciativa de renovação estatu-tária, na convicção de que o

sucesso da empreitada bene-ficiará não somente a laboriosaClasse dos Advogados, mas –fundamentalmente – os que têmfome e sede de Justiça, lamenta-velmente ainda tão numerosos edesprotegidos.

Valho-me do ensejo paraapresentar a V.Exª. os meus pro-testos da mais elevada estima edistinta consideração.

Rosemiro Robinson Silva

Junior

Presidente

EMENDA

O parágrafo 2º. do Art. 3º pas-sará a ter a seguinte redação:

“Parágrafo 2º - Exercem ativi-

dade de advocacia e sujeitam-se

ao regime desta lei, inclusive

para inscrição obrigatória, além

do regime próprio a que se

subordinam, os integrantes da

Advocacia-Geral da União e dos

seus órgãos vinculados, da

Procuradoria da Fazenda Na-

cional, da Defensoria Pública e

das Procuradorias e Consultorias

Jurídicas dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municípios”.

JUSTIFICATIVA

Consoante consta do Projetode Lei Complementar da LeiOrgânica da Advocacia-Geral daUnião, encaminhado pelo Sr.Consultor-Geral da República aoSr. Presidente da República,através da Exposição de Motivosnº. 01 de 1º.03.91, os órgãosjurídicos das Autarquias Fede-rais, das Fundações Públicas, dasEmpresas Públicas, das Socie-dades de Economia Mista e dasdemais entidades controladas,direta ou indiretamente, pelaUnião, funcionarão como ÓrgãoVinculados à Advocacia-Geral daUnião, nos termos do previsto noartigo 131 caput da ConstituiçãoFederal.

2 - Nessas condições, semantida a atual redação dodispositivo objeto da presenteemenda, estariam ex-cluídos doregime legal a ser esta-belecido,bem como desobrigados deinscrição na OAB, situaçãoabsolutamente inaceitável, porprejudicial aos interesses do

órgão máximo dos Advogados.3 - Outrossim, no caso espe-

cífico das Procuradorias e Depar-tamentos Jurídicos das Autar-quias Federais, peço vênia parareportar-me ao artigo 29 do Atodas Disposições ConstitucionaisTransitórias da vigente CartaMagna e à Lei nº. 2.123/53, oprimeiro colocando aqueles ór-gãos jurídicos em pé de igualdadecom o Ministério Público Federale a Procuradoria-Geral daFazenda Nacional, e a segundaassegurando aos Procuradoresde Autarquias Federais os mes-mos direitos, deveres e prerro-gativas deferidos aos membrosdo Ministério Público da União.

4 - Por todos esses funda-mentos, julgo que a emenda oraproposta, a par de suprir irrecu-sável lacuna, melhor atenderá,por explícita e abrangente, aossuperiores interesses da nobreClasse dos Advogados, quecorporificam a veneranda egloriosa ordem dos Advogados doBrasil.

Sub censura

Rosemiro Robinson Silva Junior

Presidente da APAFERJ

UM REGISTRO HISTÓRICOProposta de Emenda ao Anteprojeto do novo Estatuto da Advocacia e da OAB

O governo federal, por meiodo Ministério do Planejamento,vai fazer um recadastramento decerca de 606 mil servidores ina-tivos e pensionistas das adminis-trações direta e indireta. A pre-visão inicial é a de que o proce-dimento tenha início em julho. Oobjetivo é saber quem são e onde

estão essas pessoas, além de or-ganizar o cadastro da União eidentificar pagamentos indevi-dos, que deverão ser cortados.

Do total de ex-funcionários epensionistas que serão recadas-trados, 362 mil são aposentadose 244 mil recebem pensão. Ini-cialmente, os servidores da ativaficarão de fora, já que estão dia-riamente nas repartições e, porisso, têm seus dados atualizadosconstantemente pelos setores deRecursos Humanos dos órgãosde lotação.

Segundo o ministro do Plane-jamento, Paulo Bernardo, esse

tipo de levantamento está pre-visto no Estatuto do ServidorPúblico (Lei 8.112/1990), mas nãoé feito há vários anos. Ele afir-mou ainda que medidas comoessa ajudam a economizar recur-sos.

No último relatório de ava-liação, por exemplo, a previsãode gastos com pessoal foi re-duzida em R$ 1,45 bilhão, emrazão das auditorias e doscruzamentos de dados realizadosrecentemente.

Para ajudar o servidor públicoa entender como será o reca-dastramento, o governo federal

pretende lançar uma ampla cam-panha de divulgação do pro-cedimento.

Modelo do INSS

É quase certo que o censoseguirá o modelo do último reca-dastramento dos segurados doINSS, realizado entre 2005 e2007. Na época, os beneficiáriosda Previdência Social atualiza-ram seus dados no próprio bancoonde recebiam os pagamentos.No caso do funcionalismo, seránecessário apresentar algunsdocumentos, mas o Planeja-mento ainda não decidiu quais.

Censo para Inativos e Pensionistas da UniãoProcedimento para606 mil pessoasdeverá ter início nomês de julho

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JORNAL DA APAFERJ 11MAIO 2009

Carmen Lucia VieiraRamos LimaProcuradora Federal

Alguns aforismos (atribuí-dos ao grande Millor Fer-nandes):

- Mesmo um político es-perto, em momentos de es-perteza, pode cometer umasinceridade.

- Um político profissionalteme mais a claridade do quea escuridão.

Segue uma pequena his-tória de cunho verídico:

- Era uma vez um padre ho-landês que viveu muito tempo emBordeaux (França) e era párocoperto de Marseille (França).Falava fluentemente latim(ressuscitava maravilhosamentetal língua), francês (de Bordeaux,com r simples, não carregado),italiano, alemão e, claro, ho-landês. Chamava-se Padre A-mando Geertz e, secularmente,Alberto. Em todos os seus ani-versários se dava a conhecercomo Alberto, principalmentepara os seus alunos ginasianos.Nos seus aniversários, contavasempre uma história da sua vidae, então, sempre enfatizava que,diferentemente dos países la-tinos, quando acontecia um aci-dente na Europa, o cidadão per-guntava primeiro sobre o danocausado à coisa, ao bem, paradepois perguntar sobre o nº. deacidentados, possíveis mortes,etc. Era uma maneira de serecordar da sua origem e mostrarque os latinos são mais emotivosdo que racionais (ele o dizia).Prestava seus serviços religiososem uma paróquia com algunsdistritos e era professor noColégio Estadual local. Eraobedecido, ou por outra, temido.Andava de batina preta e abo-minava banhos. Fumava comouma chaminé, a todo vapor. Eraum esteio da Educação naquelaregião. Era também o Chefe deDisciplina Escolar. Um eruditocurioso dos costumes locais, cujoprato preferido, em todos os seusaniversários, era arroz docebranco. Falava português commuito sotaque francês. As missaseram em latim. As aulas defrancês em francês e as de latimeram entremeadas: latino-portuguesas.

Padre Amando encontroualimento para a sua curiosidadelinguistica em jogos de palavras

(tabuleiro e letras: mexe-mexe).A parceira de jogo era umaadolescente que trabalhava emCartório, o Pároco, nos horá-rios vagos, fazia o seu ponto lá,no Cartório, para jogar com aadolescente que, por sinal, erasua aluna. Não gostava de per-der, aquele personagem eclético.Porém, o seu vocabulário ficavaa dever, quando o jogo era emportuguês. Um dia, no auge deum impasse, foi agravado pelaadversária, pelo uso indevido deoutro idioma. Pediu permissão,saiu, deixando o jogo em so-brestado. Quando retornou fez asua jogada com a palavra “venia”(latim: venia-ae= favor, graça). Asua adversária ficou chocada como descaramento: afinal o Párocoestava apelando mal! O jogo eraem português e o Reverendo es-tava tentando confundir a adoles-cente, usando de artifícios, coisaimprópria à autoridade de queestava investido e, mesmo poruma simples questão de caráter,de valor. Queria ele ganhar ojogo, daí usou o aforismo “Osladinos existem para ensinar osbobos a viverem”. A adversária -em respeito ao dito popular-sugeriu-lhe a possibilidade detrocar a letra v pela letra t, for-mando a palavra tenia (portu-guês: lombriga, verme intes-tinal) caso ele tivesse a letra t.Curioso, pois, não conhecia apalavra e, por ter a letra t, entrouem acordo. Ao fazê-lo, opor-tunizou à adversária finalizar ojogo com todas as suas letras,formando a palavra arritmia. OPároco levantou-se, dizendo quehavia sido induzido a entregar ojogo. Porém, ao analisar prefixos,etc, da palavra usada pela adver-sária, riu e saiu dizendo que eraum vocábulo da Medicina, usadoem sentido restrito, e difícil paraele. Ora, o que o Pároco tinha

era dificuldade na compreen-são do vocábulo na suas for-mas metafóricas, tais comofalta de ritmo ou oportunismoou desarmonia em leitura e/ou compreensão quer nosentido puramente semântico,quer no sentido moral/ ético/estético. E tantas outrasinferências em que arritmiapode ser encontrada...

O jogo deles durou váriosanos. O Reverendo ensinava,pois, era um Professor, masaprendia também, pelos sábioscaminhos da vida.

Quantos há, aproveitadoresda leitura de entrelinhas daspáginas da vida? Leitores tor-tuosos da palavra, criadores decaudalosos processos judiciais,administrativos, para quem aesperteza vale mais do quevidas?

A Justiça é cega. Pegandocarona no pôquer: já se disse queo pôquer é cruel, não hácompaixão para quem o joga.Daí, cabe aos caminhantes doDireito não tornar a Justiçainatingível. É cega para serjusta. Pode ser mais rápida, seo processo não for confuso/confundido de propósito. Éequilibrada se não forem usadospesos sobressalentes nos pratosda sua balança (recursosextemporâneos, procrastina-tórios). Equanimidade, respei-to, sinceridade, destemor, har-monia, arte, e a utilização doque seja a expres-são do real everdadeiro são só alguns va-lores que podem tornar o com-bate evitável nos tribunais epassível de solução em belos eexpressivos acordos.

A Justiça é cega, porém,quem a defende dificilmen-te não está impregnado deemoção. Faz parte da naturezahumana.

Nas entrelinhas da vida.

Reflexões:

- Neste mundo depecadores, o homem é umestudante: de valores? Deamores? De desamores?

- A história dos homenspode ser lida na históriadas coisas, mesmo dasmais insignificantes.

- A harmonia, virtudepreciosa, pode serencontrada tanto no caos,no grotesco, quanto naprecisão sonora de umverso, na eloquencia de umorador, na magnificênciade uma obra, emconstruções populares ouburguesas. No ritmo.

- Nas ondulações de umalesma, no caminhar de umacentopéia, pode-seobservar também o estiloOscar Niemeyer. Nãosomente no corpo de umamulher...

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JORNAL DA APAFERJ12 MAIO 2009

Ele foi um dos maiores Juristasbrasileiro da sua época e comparadoaos melhores do mundo.

Como todo gênio, não gostava dehomenagens e bajulações. Pouco seausentou da sua Cachoeira, na Bahia,a não ser para estudar ou prestaralguma colaboração ao governo. Comose diz hoje, Teixeira de Freitas nãogostava de holofotes.

Por esta razão, este grande Juristapouco é conhecido pela nova geração,e no Rio de Janeiro raras homenagenslhe são prestadas, excetuando um bustoem frente à OAB, no Centro do Rio,onde milhares de pessoas passam e nãolevantam os olhos para reverenciar ogrande mestre.

Augusto Teixeira de Freitas,formado pela Faculdade de Direito deOlinda — atual Faculdade de Direitodo Recife, foi o responsável pelaextraordinária Consolidação das LeisCivis brasileiras, de 1855, e autor daprimeira e mais impressionante tentativade Codificação Civil que o Brasil já vira:seu Esboço de Código Civil é umaobra colossal de mais de 4.000dispositivos, que influenciou não só ostrabalhos posteriores no Brasil, queresultariam no Código Civil brasileirode 1916, mas também na Argentina, noParaguai e no Uruguai.

É no campo do Direito, personagemímpar. A sua atuação, como jurista, sefez sentir em vários países americanose, até mesmo, europeus.

A vocação de Teixeira de Freitaspara o estudo e a compreensão doDireito é singular e surpreendente.Freitas nasceu em Cachoeiras, naBahia, em 19 de agosto de 1816, efaleceu em Niterói, em 12 de dezembrode 1883. Foram seus pais: AntônioTeixeira de Freitas Barbosa eFelicidade de Santa Rosa de LimaTeixeira, barão e baronesa de ltaparica.

Quando Teixeira de Freitas começouos seus estudos sobre matéria jurídica,o Brasil não possuía qualquer ambientejurídico próprio. As Faculdades de SãoPaulo e de Olinda, criadas ao mesmotempo, tinham, apenas, cinco anos deexistência; as nossas leis civis, todaselas, eram calcadas na legislaçãoportuguesa, principalmente nas Or-denações do Reino; os livros sobreassunto jurídico, de autores nacionais,praticamente não existiam; os tribunais

locais julgavam à maneira dos tribunaisportugueses; a troca de idéias entre osestudiosos era a mais limitada que sepossa imaginar.

Pois bem, apesar de todas essasdeficiências, ele, com a sua inexcedívelvocação jurídica, conseguiu aprimoraros seus conhecimentos, projetando-se,quase que imediatamente após aconclusão do seu curso, como juristaexímio.

No museu do Instituto dos Advo-gados Brasileiros, encontra-se o diplo-ma de Augusto Teixeira de Freitas,obtido em 1837. O diploma se acha emperfeitas condições de conservação.Nenhum sinal de deteriorização pelotempo. É uma peça rara.

Depois de se tornar advogado de fa-ma e de ter sido presidente do Institutodos Advogados Brasileiros, de que foium dos fundadores, elaborou a sua maisimportante obra, ou seja, a Consoli-dação das Leis Civis, conseqüênciado contrato que celebrou com o governoimperial, em 15 de fevereiro de 1855.Logo após, publicou os Aditamentos àConsolidação, que é um complementoda sua grandiosa obra.

Animados pelo êxito obtido com aConsolidação das Leis Civis, o im-perador D. Pedro II e o seu ministroda Justiça, José Tomás Nabuco deAraújo, pensaram em dotar o Impériode um Código Civil e por isso firmaram,em 10 de janeiro de 1859, um contratocom Augusto Teixeira de Freitas, noqual o grande civilista se obrigava aentregar o trabalho concluído até o dia31 de dezembro de 1862.

O gênio jurídico de Freitas permitiu-lhe apresentar o que ele mesmo classi-ficou de um Esboço do Código Civil.Nesse trabalho, incluiu Freitas toda alegislação civil, inclusive a parteregulada pelo Código Comercial.

Com a inclusão da parte referenteao Código Comercial, o Esboço eracomposto de 4.908 artigos. A obra deFreitas sofreu muitas contestações. Oautor foi alvo de críticas e atingido poragravos de tal ordem, que, somados aocansaço com os inúmeros estudos paraa realização do trabalho, lhe turvarama lucidez, tornando-o insano mental-mente.

Somente decorridos cinqüenta ecinco anos após as tentativas dos emi-nentes juristas Nabuco de Araújo, Fe-

lício dos Santos e Coelho Rodrigues,conseguiu Clóvis Beviláqua ver apro-vado, pelo Legislativo e pelo Executivo,o seu projeto do Código Civil Brasileirono qual, diferentemente do que tinha si-do feito por Augusto Teixeira de Freitasem seu Esboço, não foi incluída a partereferente ao Código Comercial. O Es-boço, no entanto, somado à obra gigan-tesca da Consolidação, era trabalhode gênio.

Com os seus estudos e trabalhosjurídicos, Teixeira de Freitas passou aser reconhecido em toda a América. AArgentina, o Paraguai, o Uruguai, eseus próprios juristas confessam, usa-ram a obra de Freitas para servir debase à elaboração dos seus Códigos.Outras nações serviram-se das produ-ções de Freitas na preparação dosCódigos reguladores da vida civil de ca-da uma. Os Códigos posteriores à obrade Freitas, como os da Alemanha,Suíça, Rússia e Itália, sofreram a suainfluência.

A admiração por Teixeira de Freitasno Brasil e nas Américas é imensa. Háum momento em que se consegue oclímax do culto a Teixeira de Freitasno Brasil. Foi em sessão realizada noInstituto dos Advogados Brasileiros, emhomenagem ao Centenário de Freitase em que foi orador oficial ClóvisBeviláqua. Homenageava-se AugustoTeixeira de Freitas, presidia à sessãoRui Barbosa e era orador oficial dasolenidade Clóvis Beviláqua.

Naquela ocasião, disse Rui Bar-bosa, na Presidência do Instituto dosAdvogados Brasileiros, da Cadeira deMontezuma: “Para falar sobre o maiorcivilista morto, concedo a palavra aomaior civilista vivo.”

Ressalte-se a grandeza de Rui.Após ter polemizado com ClóvisBeviláqua de forma determinada,inclusive tendo escrito a célebre Ré-plica, reconhecendo o seu grande valorde jurista, proclama, ser Clóvis o maiorcivilista brasileiro vivo.

Palavras dos mestres sobre Teixeirade Freitas: O professor Guilherme L.Allende, catedrático de Direito Civil daUniversidade de Buenos Aires, falandosobre o gênio de Freitas, disse:

...Cachoeira pode dizer a orgu-lhosas cidades americanas: Nãotenho tuas universidades, mas, emcompensação, aqui nasceu Freitas,

que vale – quem sabe – por muitasuniversidades.

E elas inclinam a fronte.E como deixar de incliná-la, se o

seu nome representa o gênio jurídicoem toda a sua magnitude e esplen-dor? Tanto assim que se, ao invés deno século XIX, houvesse nascido nosprimórdios da nossa era, e os homensdo Lácio tivessem conhecido seupensamento, da lei de Citas nãoteriam constado cinco nomes, senãoseis. A orgulhosa e altiva Europa, aquem tanto devemos, deve, porém,olhar mais para a América Latina;deve aprender, por exemplo, quedesde a queda do Império Romano,apesar dos séculos transcorridos, elanão produziu um gênio jurídicomaior que Freitas, e que, paraigualá-lo, precisou misturar sanguealemão e francês em solo alemão...”

(Placa inaugurada na cidade deCachoeira, Bahia, em 27 de no-vembro de 1977, no Fórum, antigacasa de Teixeira de Freitas).

O eminente e saudoso ProfessorHaroldo Valladão assim falou a respeitode Augusto Teixeira de Freitas:

“Pois bem, o genial Freitas con-cebeu um sistema original e pro-fundo de Direito InternacionalPrivado, que corporificou no seumaravilhoso Esboço podendo van-gloriar-se de ter produzido o pri-meiro projeto orgânico e com basecientífica de legislação sobreconflitos de leis, quer nas Américas,quer no Mundo”.

Na opinião de Haroldo Valladão,Freitas foi pioneiro em matéria deDireito Internacional Privado, em todoo mundo. É de se ressaltar que Valladãoera um internacionalista respeitado eadmirado em todos os países.

Carlos Alberto Pereira de AraújoJornalista

Teixeira de Freitas, O Mestre do Direito

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JORNAL DA APAFERJ 13MAIO 2009

Ney MachadoProcurador Federal, Professorda UFF e Membro do IAB.

Vivemos numa sociedadecarente e sedenta de reformastanto na esfera administrativa,como, principalmente, política.

A falta das apontadasreformas põe em risco osprincípios fundamentaisdispostos no artigo 1º da CartaPolítica.

Impõe-se, assim, que asociedade, com seu poder depressão, demonstre e imponha asreformas tão necessárias aoprocesso democrático, conside-rando que na questão políticaobserva-se, sem qualquer dúvidaou hesitação, que nossos partidoscuidam mais de resultadoseleitorais e não da matériarelativa aos Poderes do Estado.

Positivada a importância daspontuadas reformas, registre-se,também, que as mesmas sejamancoradas nos valores éticos emorais, pois sem tais valores oEstado Democrático de Direito

torna-se inconcebível e letárgico.Observa-se, por outro lado,

que o tecido social ao longo dotempo, transformou-se em ví-tima de um falso e perigosoproselitismo, bafejado comdiversas vozes agressivas eilusórias, tais como:

“Que se lixe a opinião pública”.Tais posturas, além de

atropelar os limites do razoável,geram a insegurança jurídica esocial.

Nessa ordem de idéias édeveras estranho que, tendosurgido tantos trabalhos ver-sando sobre tais reformas, até a

presente data não foram asmesmas alcançadas.

Não devemos esquecer que,além da pressão social, aimprensa livre, sobretudo atelevisão, com programasadequados, não só chamandoa atenção para o grandepúblico, mas dando noçõestécnicas para o devidoconhecimento da coletivi-dade, é de vital importância.

Oxalá que o interessepúblico, razão de ser doEstado, atrelado às vozes dasruas, encontre o verdadeirodestino da Democracia.

As necessárias reformas

O Conselho Nacional deJustiça (CNJ) autorizou que omesmo juiz presida, simulta-neamente, dois tribunais do júri.O procedimento vem sendo usa-do pelo Tribunal Popular do Júrida Comarca de Campo Grandepara acelerar os julgamentos. Deacordo com o CNJ, não há ilega-lidade. O procedimento é possí-vel porque, ao presidir dois julga-mentos ao mesmo tempo, o juiz,fica presente a uma das sessõese acompanha a outra com oauxílio de uma câmera.

O caso foi levado ao CNJ emdezembro do ano passado pelaOrdem dos Advogados do Brasil(OAB) de Mato Grosso do Sul. Aseccional formulou uma consultaao Conselho com base em umparecer feito pela assessoriajurídica da entidade, questio-nando o comportamento do juizAluizio Pereira dos Santos.Desde 2006, o magistrado jápresidiu 226 sessões, em paressimultâneos, na 2ª Vara doTribunal do Júri de Campo Gran-de. Presente a uma delas, a outraé assistida por meio de um tele-visor. Um escrivão, um assessorjurídico, um analista judiciário e

dois oficiais de Justiça auxiliamos trabalhos em lugar do magis-trado, mas o comando perma-nece sob sua responsabilidade. Ojuiz afirma que a medida permi-tiu que a pauta de julgamentosfosse colocada “rigorosamente em

dia”.Para a OAB de Mato Grosso

do Sul, os júris simultâneosferem princípios constitucionaise podem abrir precedentes paraque as sessões virem de cabeçapara baixo.

Em resposta à ação, o Tribu-nal de Justiça de Mato Grosso doSaul justificou que a medida foitomada para contornar amorosidade da tramitação deprocessos, uma vez que o estadotem “a maior população carce-

rária do País”.Segundo o tribunal, somente

casos simples e que não tenham“vários réus, vítimas ou teste-

munhas” são agendados dessaforma. “Na eventualidade de

algum incidente, caso não esteja

presente, chama-se o juiz para

resolver o impasse, o que se faz

imediatamente, tudo gravado por

estenotipia”, afirmou Aluizio dosSantos.

Depois da decisão definitiva doSupremo Tribunal Federal (STJ),a 8ª. Turma do Tribunal Superiordo Trabalho (TST) declarou aincompetência da Justiça doTrabalho para julgar conflitosentre servidores temporários e aAdministração Pública. O STFdecidiu que nos caso de contra-tação temporária prevista emregime especial e em lei própria,a responsabilidade pelo caso é daJustiça comum. Com esse enten-dimento, a 8ª. Turma do TST sedeclarou incompetente para ana-lisar ação relativa ao FGTS deuma servidora temporária doEstado do Espírito Santo.

Com nova orientação, a 8ª.Turma reformou o acórdão doTribunal Regional do Trabalhoda 17ª. Região (ES) e determinoua remessa do processo à Justiçaestadual. A ministra Dora Mariada Costa, relatora do Recurso deRevista, destacou que, ainda que“a pretensão se refira a direitostrabalhistas, e a causa de pedirindique relação de empregodecorrente de suposta irregula-ridade na contratação temporá-ria – prorrogação indevida docontrato de forma expressa outácita –, não se modifica a na-tureza ou jurídico-administrativodo vínculo estabelecido original-mente entre o trabalhador e o po-

der público”.A mudança de entendimento

ocorreu a partir do julgamentodo Recurso Extraordinário573.202, em agosto de 2008, peloPlenário do STF. Nessa decisão,conforme esclareceu a ministraDora, o STF estabeleceu que acausa instaurada por servidortemporário contratado pelo entepúblico por regime especialprevisto em lei municipal ouestadual, de acordo com os ar-tigos 114 e 37, inciso IX, da Cons-tituição Federal, sempre será decompetência da Justiça Comum.O inciso IX do artigo 37 permitea contratação por tempo deter-minado para atender a neces-sidade temporária de excepcio-nal interesse público.

Essa foi a argumentaçãoutilizada pelo Estado do EspíritoSanto, que vinha desde o inícioquestionando a competência daJustiça do Trabalho para anali-sar a questão. Segundo a defesado estado, a relação estabelecidaera de contratação de naturezaadministrativa, decorrente de leiespecial. A alegação é de quehavia, no caso, relação de índoleinstitucional, de cunho jurídico-administrativo, e não contratual.Por isso, a defesa sustentou quenão era cabível a apreciação pelaJustiça Trabalhista.

CNJ:

Juiz pode presidir dois júrisTST não julga contrato temporário

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JORNAL DA APAFERJ14 MAIO 2009

ANIVERSARIANTE DO MÊS

Nosso associado, Dr. Rômulo Luiz de Souza, aniversariante do mês,corta o bolo, cercado pela admiração e carinho de suas colegas.

A V I S O

INFORME A MUDANÇA DE ENDEREÇO

Mensalmente, inúmeros exemplares do Jornalda APAFERJ são devolvidos, porque os associadosmudaram de endereço e nada comunicaram a estaAssociação.

Assim, com a finalidade de, pelo menos, reduziro índice de devoluções, solicitamos aos associadosinformar à APAFERJ a eventual mudança deendereço e também do telefone, mantendo atualizadaa ficha cadastral e assegurando o regularrecebimento do Jornal da APAFERJ e dacorrespondência social.

Atenciosamente,

Miguel Carlos Melgaço PaschoalDiretor Administrativo

AMOR FILIAL

Boa noite, mamãe, quanta saudade

Dos tempos de remota meninice.

Vejo seu rosto repleto de bondade

Ouço sua voz a espargir meiguice.

Parti em busca da Felicidade,

Tão ilusória, como alguém já disse.

A Primavera se foi com a mocidade

E hoje estou no Outono da velhice.

Mas nunca me esqueci da mãe

amada

E, insone, nesta fria madrugada,

Procuro reviver o meu Passado.

Vou caminhando pela longa

estrada,

Eu tinha tudo e agora sem nada,

Sinto-me só, perdido, abandonado!

R. Robinson S. Junior

HOMENAGEM AO DIA DAS MÃES

Colega Procurador,visite a sua Associação.

A APAFERJ está localizada nocentro do Rio de Janeiro.

Dispomos de uma bibliotecatotalmente informatizada.

Venha saborear um cafezinhocom biscoitos, mas

principalmente venha revervelhos companheiros.

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JORNAL DA APAFERJ 15MAIO 2009

ANIVERSARIANTES junho

D I R E T O R I APRESIDENTE - José Marcio Araujode AlemanyVICE-PRESIDENTE - RosemiroRobinson Silva JuniorDIRETOR ADMINISTRATIVO -Miguel Carlos Melgaço PaschoalDIRETOR ADMINISTRATIVOADJUNTO - Maria AuxiliadoraCalixtoDIRETOR FINANCEIRO - FernandoFerreira de MelloDIRETOR FINANCEIRO ADJUNTO- Dudley de Barros Barreto FilhoDIRETOR JURÍDICO - Hélio ArrudaDIRETOR CULTURAL - CarlosAlberto MambriniDIRETOR DE COMUNICAÇÃO -Antonio Carlos Calmon N. da GamaDIRETOR DE PATRIMÔNIO - Celinade Souza LiraDIRETOR SOCIAL - GracemilAntonio dos Santos

CONSELHO DELIBERATIVONATOS:1. WAGNER CALVALCANTI DEALBUQUERQUE2. ROSEMIRO ROBINSON SILVAJUNIOR3. HUGO FERNANDES

TITULARES:1. FRANCISCO PEDALINO COSTA2. LUIZ CARLOS DE ARAUJO3. ALLAM CHERÉM SOARES

A P A F E R JRua Álvaro Alvim, 21/2º andar CEP: 20031-010

Centro - Rio de Janeiro - Sede Própriae-mail: [email protected]

portal: www.apaferj.org.brTel/Fax: (21)2532-0747 / 2240-2420 / 2524-6729

Jornal da APAFERJEditor Responsável: Milton Pinheiro - Reg. Prof. 5485Corpo Editorial: Hugo Fernandes, Rosemiro Robinson Silva Junior,Fernando Ferreira de Mello, Carlos Alberto Mambrini, Miguel CarlosPaschoal, Antonio Calmon da GamaSupervisão Geral: José Márcio Araújo de AlemanySupervisão Gráfica: Carlos Alberto Pereira de AraújoReg. Prof.: 16.783Editoração e Arte: Jane Fonseca - [email protected]ão: TipológicaTiragem: 2.500 exemplares

Distribuição mensal gratuita.Os artigos assinados

são de exclusiva responsabilidade dos autores

4. FERNANDO CARNEIRO5. EMYGDIO LOPES BEZERRANETTO6. EDSON DE PAULA E SILVA7.SYLVIO MAURICIO FERNANDES8. TOMAZ JOSÉ DE SOUZA9. SYLVIO TAVARES FERREIRA10. PEDRO PAULO PEREIRA DOSANJOS11.MARIA DE LOURDES CALDEIRA12. MARILIA RUAS13. IVONE SÁ CHAVES14. NEWTON JANOTE FILHO15. JOSÉ PIRES DE SÁ

SUPLENTES:1. ROSA MARIA RODRIGUESMOTTA2. MARIA LUCIA DOS SANTOS DESOUZA3. PETRÓNIO LIMA CORDEIRO4. LUIZ CARLOS DE SÁ PEIXOTOUCHÔA

CONSELHO FISCALTITULARES:1. JOSÉ CARLOS DAMAS2. JOSÉ SALVADOR IÓRIO3. WALDYR TAVARES FERREIRA

SUPLENTES:1. JOSÉ RUBENS RAYOL LOPES2. EUNICE RUBIM DE MOURA3. MARIA CONCEIÇÃO FERREIRADE MEDEIROS

As matérias contidas neste jornal poderão ser publicadas,desde que citadas as fontes.

Com a sua presença haverá mais alegria e confraternização.COMPAREÇA.

No próximo dia 30 de junho vamos fazer uma festapara comemorar o seu aniversário

01 HELENA NICOLAUSPYRIDES - INSS01 LENY MACHADO - AGU01 MARIA JOSÉ ROCHA - M.TRANSP02 DANIEL GUARANY - INSS02 WALDIR DE OLIVEIRAJOAQUIM - M. SAÚDE03 ALEXANDRINA Mª. DE A. EARAÚJO - INPI03 ALZIRA MATOS OLIVEIRA DASILVA - UFRJ03 ANNIBAL TEIXEIRA DENOVAES - M. TRANSP03 ELIR DE ARAÚJO - MPAS03 LIDIA MARIA DELDUQUEGEVEGIR - AGU09 MARLENE DA ROCHA B.MERQUIOR - INSS04 LACY SALGADO L.FONSECA - EMBRATUR04 PAULO CESAR DE SOUZA -INSS05 MILTON LEAL DA SILVA - M.SAÚDE06 FRANCISCO CARRILHO DESOUZA - INPI06 MARLY BARROSO PEREIRA- UFRJ08 ROBERTO CANDIDO A.DEC. TOSTES - AGU09 EDMUNDO RAMONGOGENURI - INSS09 GONÇALO VERONESE M.VIANNA - AGU11 ANITA GILZ DE SOUZACARVALHO - IBAMA11 GERSON ANTONIOFONSECA - EMBRATUR12 EUTÍMIA DE MELLO SERRA- M. SAÚDE12 ROBERTO DA CUNHAFORTES - INCRA13 REYNALDO LACERDA DE S.GAYOSO - INSS15 JOSÉ FRANCO CORREA -

AGU16 ROBERTO MANHÃESCOUTINHO - M. TRANSP16 THEOMAR DE LUCCA -INCRA17 HERCÍLIA BRUNO PINTO -M. TRANSP18 GIUSEPPINA PANZABRUNO - AGU19 JORGE LUIZ SIMMER - AGU20 MIGUEL CARLOS M.PASCHOAL - INMETRO20 RONALDO DE ARAÚJOMENDES - INSS21 ELZA CARAVANA GUELMAN- INCRA21 WELLINGTON RIBEIRO DEQUEIROZ - MPAS22 CARLOS DE OLIVEIRA LIMA- INSS22 ELIAS JORGE DA COSTAISSA - M. SAÚDE22 PLÍNIO PEIXOTO - INSS23 DIOGO ALVAREZ TRISTÃO- AGU23 NEUSA CUNHA - INSS24 FERNANDO FERREIRA DEMELLO - M. FAZ.25 ÁLVARO MARTINSBISNETTO - INPI26 HELENA ALBUQUERQUE A.NETO - INSS26 NILSON ALVES DECASTRO - AGU27 GERALDO GOMES DASILVA - M. SAÚDE27 SIRLEY TENÓRIO DE A.MACHADO - MPAS28 JOSÉ MESQUITA SANTOS- M. FAZ29 JOSÉ MIGUEL LUZCARVALHO - SUSEP29 MARISA SCHLESINGER -FUNARTE29 PEDRO PAULO PEREIRADOS ANJOS - INSS

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JORNAL DA APAFERJ16 MAIO 2009

PEÇO A PALAVRA

Rosemiro RobinsonS. JuniorVice-Presidente

Contaram-me que distinto e curiosovisitante, o Dr. Tomé Victoriano dosSantos, foi à sede da APAFERJ, a CASADO PROCURADOR e, lá chegando, pediuautorização para compulsar os arquivos ea coletânea do Jornal da APAFERJ, com afinalidade de dissipar dúvidas a respeito daverdadeira origem da MP nº. 2.048, de29.06.00, publicada no Diário Oficial daUnião de 30.06.00.

Acolhida a sua pretensão, Dr. Tomé viu,em lugar de destaque, o ESTUDO ANPAFN°. 05/99, relativo à alteração da LeiComplementar n°. 73/93, propondo aCRIAÇÃO DA PROCURADORIA-GERAL FEDERAL, e contendo bemfundamentada EXPOSIÇÃO DE MO-TIVOS, datada de 03.05.99, elaborada peloDr. Ayrthon Santana Vieira, 1°. Vice-Presidente da ANPAF e Coordenador daComissão de Estudos, com a valiosacolaboração do Dr. Ricardo BuarqueFranco Neto, Secretário-Geral da ANPAF,seguindo-se a concordância e as assinaturasdo Dr. Roberto Giffoni, Presidente daANPAF, Dr. Hugo Fernandes, Presidenteda APAFERJ (entidade mater) e Dr.Carlos Domingos da Mota Coelho,Presidente da ANPPREV.

Enquanto lia o bem lançado texto doDr. Ayrthon, relembrou Dr. Tomé osingentes esforços feitos pela ANPAF/APAFEPJ no sentido de obter a melhoriaremuneratória em favor dos associadosque não pertenciam ao INSS, à SUSEP, aoBANCO CENTRAL e à CVM, o queculminou com a promulgação da Lei n°.9.651/98, que criou a GFJ e a GP, aindana gestão do Dr. Geraldo Magela daCruz Quintão, Advogado-Geral da União,cujo nome não deve ser esquecido.

Em seguida, o Dr. Tomé leu, no Jornalda APAFERJ n°.161, Fev/99, a manchete:

“AGU Aprova Parecer da APAFERJ”,esclarecendo a matéria que, Parecer do Dr.Rosemiro Robinson Silva Junior, DiretorJurídico da APAFERJ, aprovado por seuPresidente, Dr. Hugo Fernandes, foisubmetido ao Advogado-Geral da União,Dr. Geraldo Magela da Cruz Quintão,tendo este emitido o Parecer n°. GQ-186,de 03.02.99, acolhendo a NOTAN.AGU/WM-2/99, Parecer aprovado peloPresidente da República, conformedespacho publicado in D.O.U. de 05.02.99.

A AGU, a par de concordar com a tesedefendida pela APAFERJ, no sentido de serdevido ao Dr. Anselmo VasconcelosCabral dos Santos, Assistente Jurídicolotado e em exercício na Escola Federalde Engenharia de Itajubá-EFEI, em MinasGerais, o pagamento da Gratificação deDesempenho de Função Essencial à Jus-tiça-GFJ, prevista na Lei n°. 9.561/98,sugeriu a individualização das atividadesjurídicas e a eliminação da desnecessáriadiversidade de nomenclaturas, entendi-mento que, aprovado pelo Sr. Presidenteda República, firmou jurisprudênciaadministrativa com vistas a possibilitar adenominação única:

PROCURADOR FEDERAL, abran-gendo os integrantes dos Orgãos Jurídicosdas Autarquias e Fundações PúblicasFederais.

Prosseguindo em sua pesquisa, Dr.Tomé leu a manchete no Jornal daAPAFERJ nº. 166 Jul/99: “Proposta daProcuradoria Federal é Apresentada aoAdvogado-Geral”, encimando o seguintetexto:

“Em audiência conjunta, no último dia14 de julho, em Brasilia, os Presidentes daANPAF, APAFERJ e ANPPREV fizeramentrega ao Advogado-Geral da União, Dr.Geraldo Magela da Cruz Quintão, deproposta de alteração da Lei Complementarn°. 73/93 (Lei Orgânica da AGU), que emlinhas gerais objetiva o fortalecimento daInstituição desde a sua definição, com-petência e representatividade até o esta-belecimento de garantias e prerrogativasaos seus membros e integrantes.”

Logo em seguida, o Dr. Tomé leu amanchete do Jornal da APAFERJ n°. 167Ago/99: “Marco Maciel recebe a ANPAFe a APAFERJ”, e a chamada de capa:

“Membros das Diretorias da ANPAF eAPAFERJ foram recebidos em audiência,no último dia 13 de agosto, pelo Vice-Presidente da República, Dr. MarcoMaciel, que renovou o seu apreço pelaclasse de Procuradores e AdvogadosFederais, dos quais veio a receber o títulode BENEMÉRITO da Entidade Nacional,

concedido por resolução da Assembléia-Geral realizada no ano passado.

Estiveram presentes à audiência ospresidentes da ANPAF, Roberto EduardoGiffoni, da APAFERJ, Hugo Fernandes, doConselho Representativo da ANPAF, EdmarLuis da Costa, da APBC, Erick Wolff enumerosos outros dirigentes das entidadesde classe dos Procuradores e AdvogadosFederais.”

Leu outra manchete no Jornal daAPAFERJ nº. 170 Nov/99: “Apoio aGratificação de Função” e, a seguir, amatéria: “Segue firme a atuação das Di-retorias Executivas da ANPAF, APAFERJe de suas bases associativas, com o apoiodas principais lideranças do CongressoNacional, em torno da nossa proposta dealinhamento da Gratificação de FunçãoEssencial à Justiça - GFJ, objeto do OficioANPAF n°. 129/99, que estabelece oequilíbrio remuneratório com as carreirasdo Grupo Fiscalização, contempladaspelas MPs 1.915 e 1.915-1, de junho ejulho deste ano”.

Viu no Jornal da APAFERJ n°. 173 Fev/00: “Comissão vai propor aperfei-çoamento da AGU”. E em seguida: “OAdvogado-Geral da União, Dr. GilmarFerreira Mendes, constituiu Comissão,presidida pela Dra. Maria Jovitas WolneyValente, Secretária-Geral de Consultoria,destinada a apresentar estudo visando aoaperfeiçoamento e à adequação às neces-sidades reais desta Instituição, do texto daLei Complementar n°. 73, de 10 defevereiro de 1993, que institui a LeiOrgânica da Advocacia-Geral da Uniãoe dá outras providências, no qual secontenha propostas objetivas, de alteraçõesjulgadas necessárias”.

Os demais membros da Comissão –que terá 30 dias para apresentar propostas– são:Ana Valéria de Andrade Rabelo (Advo-gada da União), Rodrigo Pereira de Mello(Procurador da Fazenda Nacional), CarlosAntônio Souza (Assistente Jurídico) e CéliaMaria Cavalcanti Ribeiro (ProcuradoraAutárquica).

A ANPAF e a APAFERJ oferecerãosubsídios ao aperfeiçoamento da LeiOrgânica, fruto de estudos realizados aolongo dos últimos anos e objetivandofortalecer a Instituição.

OBS. A Portaria do Dr. Advogado-Geral da União foi publicada no D.O.U. de11.02.00.

Olhou o Jornal da APAFERJ nº. 174Mar/00, com a manchete: “AGU terá Co-ordenadoria dos Orgãos Vinculados” e amatéria: “Com a introdução de artigo na

MP n°. 1.984-15, de 09.03.00, o GovernoFederal criou, junto ao Gabinete doAdvogado-Geral da União, a Coor-denadoria dos Orgãos Vinculados. Trata-se de Orgão destinado a auxiliar o Ad-vogado-Geral na orientação normativa esupervisão técnica dos órgãos jurídicos dasautarquias e fundações federais.” E mais:“A ANPAF já apresentou sua colaboraçãoà Comissão (v. Jornal da APAFERJ nº.173 Fev/00), na forma do estudo n°. 05/98, que preconiza o fortalecimento daInstituição e a criação da Procuradoria-Geral Federal.”

Dr. Tomé leu no Jornal da APAFERJnº. 176 Mai/00: “Estruturação dasCarreiras Jurídicas do Poder Executivo”.E em seguida: “A conveniência de es-truturar as carreiras jurídicas do PoderExecutivo, foi manifestada à ANPAF e àAPAFERJ pela Advocacia- Geral daUnião, recentemente, nas palavras doAdvogado-Geral da União: “para corrigirdistorções e estimular os profissionais apermanecerem nos respectivos quadros daAdministração Pública”.

Quando terminou sua atenta e pacientepesquisa, percebeu o Dr. Tomé que, emalguns minutos, obtivera clara e abrangentevisão de muitos e ásperos anos de exaus-tivos estudos e incansável esforço de-senvolvidos por dedicados e competentesintegrantes da ANPAF e da APAFERJ, cujoincessante trabalho veio a ser, agora,parcialmente recompensado, mercê daedição da Medida Provisória n°. 2.048, de29 de junho de 2000, publicada no DiárioOficial da União de 30 de junho de 2000,que cria a Carreira de PROCURADORFEDERAL, restabelece as Categorias,altera os padrões remuneratórios e dáoutras providências.

Dr. Tomé se levantou, cumprimentouos colegas da APAFERJ e disse: —Inegável é admitir-se que muito foirealizado, mas muito ainda há a realizar:obter-se a transformação em lei da MP no.2048, escoimada de algumas imperfeições,definir-se o teto remuneratório, fixar-se osubsídio e ultimar-se a revisão da LeiComplementar n°. 73/93. Trata-se,evidentemente, de trabalho ciclópico ecomplexo, que, exigirá, em grauparoxístico, coragem, vontade eobstinação. Contudo, depois do que li epresenciei, eu acredito na vitória total.Dirigiu-se ao elevador e, parafraseando omonumental Winston Churchill, eledeclarou solenemente: “Nunca, na históriado Serviço Jurídico das Autarquias eFundações Federais, tantos deveram tantoa tão poucos”!

Breve história de uma grande conquista

Veritas saepe

examinata magis

elucescit

“A verdade muitas vezes

examinada brilha mais”