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Publicidade Este suplemento faz parte integrante do Jornal de Negócios nº 3297, de 21 de Julho de 2016, e não pode ser vendido separadamente. Mais eficiência para ganhar competitividade Governo vai apoiar casos exemplares Dicas para baixar consumos BPI vai disponibilizar financiamento Inês Lourenço

Maiseficiência paraganhar competitividadecofinaeventos.pt/seminarioedp/wp-content/uploads/sites/...toconsumidores”,oquesignifica queécrucialtercapacidadepara “responder”aosdesafios,“anteci-par”necessidadese“facilitar”solu-çõesparahabilitarosconsumidores

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Este suplemento faz parte integrante do Jornal de Negócios nº 3297,de 21 de Julho de 2016, e não pode ser vendido separadamente.

Mais eficiênciapara ganharcompetitividade

Governo vai apoiar casos exemplaresDicas para baixar consumosBPI vai disponibilizar financiamento

Inês Lourenço

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QUINTA-FEIRA|

21 JUL 2016

Seminário “A Gestãode Energianas PME”,quedecorreuem14deJulho no museu

Oriente, foi o mote para que o se-cretário de Estado da Indústria,João Vasconcelos, revelasse que“uma das grandes preocupaçõesque nos foimanifestadapelas em-presas é anecessidade de medidasde redução dos custos de energiaedepromoçãodaeficiênciaenergé-tica”.

Neste evento organizado emparceirapelaEDPepeloNegócios,o governante recordou que na to-madade posse do actualGoverno,oprimeiro-ministro,AntónioCos-ta, “propôs umtriplo desígnio quetemorientado todaanossaactua-ção: mais crescimento, melhoremprego, maior igualdade”.

Peloseulado,oeconomistaVí-tor Bento, presidente da SIBS,apontou a “aquisição de eficiên-cia”, a par com a “racionalizaçãoeconómica e aquisição de escala”,como factores que podem permi-tiràspequenasemédiasempresas(PME)“darsaltosqualificativosdaprodutividade média do país semqueparaissotenhamosquedesco-

brir alua”.Na mesma linha e olhando

para opções existentes no nossoplaneta, João Vasconcelos salien-tou que “a energia é um factor de-terminante para a competitivida-de das nossas empresas e, destemodo, parao crescimento daeco-nomia e criação de emprego”. Aeficiência energética assume-se,portanto, como factor primordialparao reforço dacompetitividadedas empresas, em especial dasPME.

Mudar os padrõesde consumoOantigodirectorgeraldaStart

Up Lisboa notou que nesta alturajá existem, da parte do Governo,“iniciativas de operacionalizaçãoealargamentodatarifasocial,bemcomo aredução dos preços daele-

tricidade e do gás natural”, subli-nhando,porém,queháoutra“par-te importante” e que passa “pelolado da quantidade de energia, ouseja, pela redução dos consumosde energia”.

João Vasconcelos identifica omelhorcaminhoparaalcançaresseobjectivo: “Amudançade padrõesdeconsumo,saberutilizarmelhora energia e evitar desperdícios”.Neste sentido, o secretário de Es-tadorevelouqueaonívelgoverna-mentalserãoapoiados“casosdees-tudo exemplares ao nível da efi-ciência energética”, dando comoexemplo“oProgramaOperacionalSustentabilidade e Eficiência noUso de Recursos (POSEUR), noâmbito do Portugal 2020”.

Vasconcelos falou ainda noPlano de Promoção da Eficiênciano Consumo de EnergiaEléctricapara2017e 2018, “cujo objectivo éincentivarapoupançade energia”(candidaturasnovalorglobalde32milhões de euros). Abordouaindao Fundo de Eficiência Energéticae o Fundo de Apoio à Inovação,que temtambémumavertente deeficiênciaenergética(1,85milhõesde euros), emparticularnaindús-tria e no turismo”. Há também “oobjectivo de garantir a execuçãodos fundos comunitários do Por-tugal2020respeitantesamedidasde eficiência energética, que as-cendemacercade 800 milhões deeuros”.

Comeste conjunto de iniciati-vasoExecutivopretende,dizJoãoVasconcelos, promover a eficiên-cia energética “sem a qual não épossível termos uma economiamais competitiva e mais eficienteno uso dos seus recursos”.

Vasconcelos referiu que alémdestas medidas, haverá tambémuma aposta na “digitalização daeconomia”, destacando o “fundoparaapoiarasempresasnaaquisi-ção de serviços de informatizaçãoe conectividade dos processos deprodução, na inovação de proces-sos e produtos através do recursoàCloud, de Business Intelligence,dee-Commerceedemarketingdi-gital e no reforço dacoberturadasredes digitais”, com as quais o Go-verno espera apoiar “12 mil em-presas nasuadigitalização”.

PME precisam ganharescala

Na sua intervenção, Vítor Bentosustentou que as PME precisamganharescalaeaumentarosníveisde produtividade de forma a po-tenciarem o crescimento da eco-nomia portuguesa: “A dimensãodo nosso tecido empresarial é umdos nossos problemas, porque aeficiência depende de escala, deoptimização de processos”. É porissoqueVítorBentoconsideraquenão são precisas grandes inven-ções, antes “fazer o que hoje faze-mos, mas fazer muito melhor”.�

João Vasconcelos, secretário de Estadoda Indústria e Vítor Bento, presidenteda SIBS, coincidem na análise sobrea importância de as PME adquiriremmelhores níveis de produtividade.

DAVID [email protected]ÊS LOURENÇOFotografias

O

A competividadedas PME tambémpassa pela eficiência

NEGÓCIOS INICIATIVAS Gestão da Energia nas PME

Secretário deEstado detalhouos apoios àeficiênciaenergéticadisponíveisnos fundos.

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SUPLEMENTO|

III

O Seminário “A Gestão de Energia nas PME” contou com a presença do

secretário de Estado da Indústria, João Vanconcelos, e do presidente da

SIBS, Vítor Bento. O auditório do Museu do Oriente, em Lisboa, encheu.

A energia é um factordeterminante paraa competitividadedas nossas empresase, deste modo,para o crescimentoda economiae criaçãode emprego.

A mudança de padrõesde consumo, saberutilizar melhor aenergia e evitardesperdícios[contribuem para a]redução dos consumosde energia.

Sem [eficiênciaenergética] não épossível termos umaeconomia maiscompetitiva e umuso mais eficientedos seus recursos.JOÃO VASCONCELOSSecretário de Estado da Indústria

Aquisição deeficiência,(…) racionalizaçãoeconómica e aquisiçãode escala [são factoresque podem garantiràs PME] dar saltosqualificativos daprodutividade média.

[Para aumentar aprodutividade dotecido empresarialprecisamos] fazer oque hoje fazemos, masfazer muito melhor.VÍTOR BENTOPresidente da SIBS

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QUINTA-FEIRA|

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Pedro Neves Ferreira e António Coutinho, ambos da EDP, falaram sobre o impacto das poli

NEGÓCIOS INICIATIVAS Gestão de Energia nas PME

Com a generalidade das empresas no mercado liberalizado,a redução da factura energética passa cada vez mais peloenfoque na redução de consumos.

Reduzir a facturapela quantidade

presença das empre-sas portuguesas nomercado liberalizadode energia já é uma

realidade, pelo que a redução dafactura energética para o tecidoempresarialnacional, emespecialparaaspequenasemédiasempre-sas (PME), obriga a que se olhecadavez mais paraaquantidade.

António Coutinho, engenhei-ro e administrador da EDP Co-mercial, sublinhou precisamenteestaideiadurante o Seminário “AGestão de Energia nas PME”, quedecorreu no dia 14 de Julho noMuseu do Oriente, em Lisboa.“Quando andamos no mercado àprocura do melhor preço, as dife-renças de preço entre fornecedo-res começam a não ser muito si-gnificativas”, afirmou AntónioCoutinhoquegaranteserestaaal-tura “em que devemos olhar paraacomponente daquantidade”.

Este administrador da EDPComercialsublinhaqueenquantodo lado do preço “podemos redu-zir a nossa factura em 1%, 2%, ou3%, quando falamos na quantida-de podemos estarafalarem redu-ções de 30%”.

Desde logo António Coutinhoapontaqueoprimeiropasso“paraactuarnaquantidadepassapornosconhecermos enquanto consumi-dores”, para depois realçar que“existem oportunidades para asPME produzirem a sua própriaenergia,eaEDP estarácáparaaju-darnesseprocessocomváriasmo-dalidadescontratuais”.Atéporque,

defendeesteengenheiro,éimpor-tantequeotecidoempresarialper-cebaquemuitasdaspossibilidadesde melhoria ao nível da eficiênciaenergética estão dentro das pró-prias instalações das empresas.

Já Pedro Neves Ferreira, di-rectordeplaneamentoenergéticodaEDP,lembraque“osobjectivosdepolíticaenergéticaeuropeiaim-plicam a descarbonização massi-va do sector eléctrico”, descarbo-nizaçãoestaqueestáaobrigarare-pensar “toda a estrutura de mer-cado, quer do mercado grossista,quer do mercado retalhista”.

E se no mercado grossista adescarbonizaçãoimplicauma“re-visão do desenho de mercado as-senteemmecanismosconcorren-ciais para contratação de longoprazo”, ao nívelretalhistaé neces-sária uma “estrutura tarifáriaadaptada à nova realidade de cus-tos fixos, eliminando distorções epromovendo aelectrificação”, ex-plicaPedro Neves Ferreira.

O director de planeamentoenergético daEDP destacaalgunselementos decisivos para o au-mento dacomponente fixadafac-turaenergéticacomo aexistênciade um “mecanismo estruturalpara alinhar os custos do sistemacom o sinal de preço ao consumi-dor final”, ou um “desenho tarifá-rio conducente a uma maior elec-trificaçãodoconsumo,promoven-do assim a eficiência energética eadescarbonização daeconomia”.

Por fim, Pedro Neves Ferrei-raapontaum importante desafiode forma a aumentar a eficiênciaenergéticae que passapelo “aper-feiçoamento dos actuais merca-dos”, mediante a promoção deuma “integração cada vez maiorentre mercados transfronteri-ços”. �

DAVID [email protected]

A

Quando andamosno mercado àprocura do melhorpreço,as diferenças depreço entrefornecedorescomeçam a não sermuito significativas.

[Do lado do preço]podemos reduzir anossa factura em1%, 2%, ou 3%,[mas] quandofalamos naquantidadepodemos estar afalar em reduçõesde 30%”.ANTÓNIO COUTINHOAdministrador da EDPComercial

[É necessária uma]estrutura tarifáriaadaptada à novarealidade de custosfixos, eliminandodistorções epromovendo aeletrificação.PEDRO NEVES FERREIRADirector de planeamentoestratégico da EDP

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SUPLEMENTO|

V

iticas energéticas na energia das PME.

Inês Lourenço

CONSULTARAS FACTURASO primeiro passo para reduzir afactura energética (tanto das em-presas como das famílias) passapor consultar a factura detalhada.Porque como explica António Cou-tinho, administrador da EDP Co-mercial, “para actuar na quantida-de é preciso conhecermo-nos en-quanto consumidores”. Conhecer,por exemplo, os dias e horas emque o consumo energético é maiorpode contribuir para uma gestãoenergética mais eficaz. Analisar aevolução dos consumos permitetambém fazer uma melhor gestãodos mesmos.

POSSIBILIDADESDENTRODA EMPRESAA partir do momento em que umadeterminada empresa conhece aforma como consome energia,deve procurar internamente for-mas de optimizar os consumos. Aopção pela melhor tecnologia dis-ponível no que diz respeito àslâmpadas é uma forma de garan-tir um consumo mais eficiente.Por outro lado, assegurar umailuminação eficiente tambémcontribui para a melhoria da ima-gem da mesma.

RECURSOA ENERGIASRENOVÁVEISRecorrer a energias renováveiscomo a instalação de painéis sola-res garante um autoconsumoenergético e consequente reduçãoda factura de energia. E quantomaior for este autoconsumo maioré a rentabilidade do investimentofeito. Garante ainda uma imagemamiga do ambiente à empresa, oque poderá favorecer o seu posi-cionamento em termos de merca-do, uma vez que há cada vez maisclientes a valorizarem as empre-sas que funcionam de forma sus-tentável.

OPTIMIZAÇÃO DAPOTÊNCIA CONTRATADAA adequação da potência contrata-da às reais necessidades de umaempresa (ou de uma família) é tam-bém uma forma de optimizar o con-sumo energético.

SUBSTITUIRPROTEÇÕESDAS LUMINÁRIASA substituição das protecções dasluminárias, bem como a mera lim-peza das mesmas, garante umamelhor e mais eficiente ilumina-ção. O que pode até permitir redu-zir a intensidade das luzes sem queo grau de iluminação seja penali-zado.

SISTEMASDE CONTROLODE ILUMINAÇÃOO recurso aeste tipo de sistemapos-sibilita, por exemplo, programar di-ferentes níveis de iluminação emfunção das horas ou das divisões, oque acabará por se reflectir numaoptimização da gestão dos consu-mos.

MANUTENÇÃODE EQUIPAMENTOSAssegurar que os equipamentos es-tão a funcionara 100% garante queos mesmos mantêm um consumoeficiente. Pelo contrário, se os equi-pamentos não estiverem atrabalharna plenitude das suas capacidades,isso acabará por se repercutir numaumento do consumo energético.

APROVEITAMENTODA LUZ SOLAREstudar a melhor forma de aprovei-tar a luz solar/natural é uma formade diminuira dependência relativa-mente à luz artificial.

DIGITALIZAÇÃODA RELAÇÃOApostar na digitalização da relaçãocom o fornecedorde energia permi-te uma melhor, mais rápida e efi-ciente gestão dos consumos.

Mais do que o preço, as empresas poderão reduziro peso dos custos comenergia prestando maior atenção à componente da quantidade. Conhe-cer a forma como se consome energia é um factor determinante.

TOME NOTA

Dicas para reduzira conta da luz

Dois casospráticos decomo baixaros custoscom a energia

ABiogama, umaempresaespeciali-zadanaproduçãoecomercializaçãode granulado de borracha recicladaa partir de pneus inutilizáveis, e aQuinta Nova de Benfica, empresaque se dedica à produção em largaescalade produtos agrícolas, estive-ram no Seminário “A Gestão deEnergianas PME” enquanto exem-plos de sucesso naredução dafactu-raenergética.

Através da oferta disponibiliza-da pela EDP, ambas as empresasmelhoraramasuaeficiênciaenergé-tica, traduzidaem menores custos.

A Biogama fê-lo recorrendo aoserviço gratuito “Gestão de Consu-mos Light” destinado a empresas,que lhe garantiu “acesso aos dadosdoconsumoecruzardadosparame-lhorar a eficiência energética”, ex-plicou Pedro Barros, director deprodução daBiogama.

Já a Quinta Nova de Benfica re-correu às soluções de energia solarfornecidas pela EDP para “proverenergia para os sistemas de rega”.João Mascarenhas, gestor da em-presa, notou que através dainstala-çãodepainéissolares,“em2015pro-duzimos um terço da energia queconsumimos”, salientando aindaque a energia solar produzida per-mitiureduzirparametadeovalordafacturaenergética.

JáJoão Paulo Calau, daADENE(Agência para a Energia), fez ques-tão de sublinhar a possibilidade ac-tualqueasempresastêmde“produ-zirenergiaque é auto-consumida” ede a“injectarem narede”.� DS

Painéis solarespermitiram baixarpara metadea facturaenergéticada Quinta Novade Benfica.

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um painel em que sedebateu “A Competi-tividade das PME”,Maria Celeste Haga-

tong, administradorado BPI, sus-tentou que para garantir a capita-lização das empresas portuguesasé fundamental, “antes de tudo, terempresas o mais eficientes possí-vel”. No âmbito do Seminário “AGestão de Energia nas PME” quedecorreunomuseudoOriente,emLisboa,nopassadodia14deJulho,MiguelStilwellde Andrade, presi-dentedaEDPComercial,reconhe-ceu que “ainda há muito espaçopara trabalhar a componente daeficiência energética” do tecidoempresarial nacional.

Apesar de considerar que estaáreanãoéamaisdecisivaparaore-forçodacompetitividadedasPME,Stilwell de Andrade garante que“podetrabalhar-seestaárea”eque“poraíseconsigareduziressacom-ponente dos custos”. Celeste Ha-gatongsalientou queaeficiênciaéumpassoimportanteparaarenta-bilidade.Ehavendorentabilidade,“apartirdaíofinanciamentonãoéproblema”. A administradora doBPI notou que “até hoje” o bancolideradoporFernandoUlrich“não

deixou de financiar um projectoquesejabom”.Aesterespeito,Car-los Cardoso, vice-presidente daConfederaçãoEmpresarialdePor-tugal (CIP), refere que em 2016 severificaqueapressãosobreasPME“atenuou um bocadinho” e que“começamos a notar intenções deinvestimento”, embora ainda nãosepossadizer“queestamosperan-te um incremento significativo dasaúde das PME”.

Poroutrolado,opresidentedaEDP Comercial avisa que “quan-do falamos do tema da energia,convémolhartambémparaacom-

ponente de combustíveis e gás”porque“aelectricidadenãoé,paraas PME, a componente decisivaem termos de competitividade”.Stilwell de Andrade reconhece,contudo,que“háumasériedeme-didasquesepodemtomarparare-forçar a competitividade dasPME” e salientaque “háprojectosde eficiênciaenergéticaque preci-sam ser financiados”.

Sobreestaquestão,CelesteHa-gatongsalientaque“nãotemospro-jectosparafinanciar”,explicandodeseguidaque“oproblemaéqueparaos bancos para emprestarem di-

nheiroàsempresas,estastêmdeserrentáveis”.Paraestaadministrado-radoBPIéfundamentalque-tam-bémparagarantirummaiorcresci-mentodaeconomiaportuguesa-asempresas consigam ter “uma di-mensãomaior”:“Temosdeteroob-jectivodetermuitasmédiasempre-sasenãomuitasPME”,resumiu.

Mas Celeste Hagatong nãoquis deixarpassaraoportunidadepara “dar uma novidade em pri-meira mão” e que passa por umaparceria,“queestamosafinalizar”,entre a EDP e o BPI “que tem porobjectivofinanciaractividadespri-

vadas tendo em vista a eficiênciaenergética”. Trata-se de uma “li-nha de 50 milhões de euros” en-quadradaatravésdeumprogramagerido pelo Banco Europeude In-vestimento (BEI), comfundos co-munitários.

Solar “é o futuro”A aposta nas energias renová-

veis, em especial na energia solar,surge como uma alternativa queparece consensual de forma a in-crementar a competitividade dasempresas.CarlosCardoso,acredi-taque, “àpartida, o sectorfotovol-

DAVID [email protected]

N

Rentabilidade, o segredodo financiamento

O último painel contou com a participação de Carlos Cardoso, da CIP, Celeste Hagatong, do BPI e Stilwell de Andrade, da EDP.

NEGÓCIOS INICIATIVAS Gestão de Energia nas PME

A eficiência é amigada rentabilidade,essencial para queas PME possamter acesso afinanciamento.O BPI vai ter umalinha de 50 milhõespara projectosde eficiênciaenergética.

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SUPLEMENTO|

VII

O consumidor pósrevolução digital e aresposta das empresas

ParaFredericoCosta,IndustryHeaddo Google em Portugal, a revoluçãodigital trouxe consigo um novo con-sumidor digital com característicasespecíficaseàsquaisasempresasde-vemtentarresponder.

Arevoluçãodigitalcomeçaporsedefinirpelo“acessodemocratizadoàinformação”,explicaFredericoCos-ta, que acrescentaaindaduas outrascaracterísticasdestarevoluçãoaindaem curso: “a diminuição dos custosde armazenamento e a conectivida-detotal”.OIndustryHeaddoGooglenota que o número de pessoas utili-zadorasdeinternetem2014erainfe-rior a 3.000 milhões, número quedeve subir para 5.000 milhões no fi-nal de 2016. Sendo que “em 2020quasetodaapopulaçãoteráacessofa-cilitado aumsmartphone”.

NaapresentaçãofeitanoSeminá-

rio “AGestão de Energia nas PME”,Frederico Costaidentificou “quatrotendências-chave darevolução digi-tal”. Aprimeiraconsiste num “novoconsumidordigital” que está“hiper-informado”esecaracterizaporestarsempre“conectado,ocupadoeporde-ter altas expectativas”. No entanto,

apesardeserglobal,arevoluçãodigi-tal caracteriza-se por umautilizaçãodainternetemqueo“acessoeutiliza-ção é cada vez mais pessoal e local”.Esta revolução consiste ainda numritmodemudançaaceleradadomer-cado enumaculturaempresarialcadavez mais focadanatentativade satis-fazerascadavezmaisabrangentesne-cessidadesdosconsumidores.

Para que as empresas, designa-damente as PME, possam corres-ponderaosdesafiostrazidospelare-volução digital Frederico Costaafiança que “a principal questão équetodosestamosamudarenquan-to consumidores”, o que significaque é crucial ter capacidade para“responder” aos desafios, “anteci-par” necessidades e “facilitar” solu-çõesparahabilitarosconsumidoresaentrar em acção.� DAVID SANTIAGO

“O site deve estarno centro da estratégia”

No entender de André Novais dePaula, director de estratégia criati-vaemarketingdigitalnaDirectiMe-dia, “o site deve estar no centro daestratégia digital de uma empresa”.E asseguraque isso “ajudaadarcre-dibilidade ànossaempresa”.

Novais de Paulaconsideraque apresença empresarial nas redes so-ciais é também muito importante.Contudo lembra que hoje “fala-semuito sobre redes sociais, mas o sitetem sido um pouco negligenciado”.O também professor do IPAM con-sideraque isso é um erro porque é osite“quenosajudaaserencontrado,quepermiteaosnossosclientesefu-turos clientes saberem o que faze-mos, como o fazemos e como é que

os podemos ajudar”. No fundo, No-vais de Paula lembra que “o site énosso” e as redes sociais não.

“Quando alguém faz uma pes-quisa, se nós não somos relevantespara os motores de busca simples-

mente não vamos serencontrados”.Este especialistaemmarketingavi-sa também que as empresas preci-sam estar preparadas para “a reali-dade mobile”, o que exige sites res-ponsivos às diversas plataformas.

Ainda assim, as “redes sociaissão extremamente importantes,principalmente se queremos ter egerir a nossa comunidade”. Comotal, André Novais de Paula defendeque para uma determinada empre-sa fazer uma boa gestão da sua pre-sençanasredessociaisépreciso“co-nhecer o target (alvo)” para depois“definir uma estratégia” em quemais do que vender a empresa devepreocupar-se em “envolver” osclientes ou potenciais clientes.� DS

Inês Lourenço

Antes de tudo,[precisamos de] terempresas o maiseficientes possível.

Temos de ter oobjectivo de termuitas médiasempresas e nãomuitas PME.MARIA CELESTE HAGATONGAdministradora do BPI

Ainda há muitoespaço paratrabalhar acomponenteda eficiênciaenergética.

Há projectosde eficiênciaenergética queprecisam serfinanciados.MIGUEL STILWELL

DE ANDRADEPresidente da EDP Comercial

[Ainda não]estamos peranteum incrementosignificativo dasaúde das PME.CARLOS CARDOSOVice-presidente da CIP

taico tem um futuro muito pro-missor”eavisaque“temosdepen-sar na energia fotovoltaica comoenergiade substituição”. Names-malinha,opresidentedaEDPCo-mercial concorda ao dizer que aenergiasolar “é o futuro”.

Stilwell de Andrade reforça aideia de que para alcançar umamaior eficiência energética e con-sequentereduçãodafactura,ainda“hámuitotrabalhoafazer”,princi-palmente do lado da quantidade,área em que Portugal está muitoatrasado quando comparado com“Espanhae aUnião Europeia”.�

A revolução digital em curso implica mudanças no perfildos consumidores. Frederico Costa explica que o novoconsumidor digital é, acima de tudo, hiper-informado.

FREDERICO COSTAIndustry Head do Google

ANDRÉ NOVAIS DE PAULADirector na DirectiMedia

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QUINTA-FEIRA|

21 JUL 2016

O secretário de Estado da Indústria, João

Vasconcelos (em cima), à conversa com o

director do Negócios, Raul Vaz, foi um dos

oradores do seminário “A Gestão de Energia

nas PME”, que decorreu no Museu do Oriente.

Os participantes puderam usufruir do terraço

com vista para o rio, fazer um “test drive” num

veículo eléctrico e ainda conhecer algumas das

ofertas comerciais da EDP destinadas ao sector

empresarial.

Inês Lourenço

NEGÓCIOS INICIATIVAS Gestão da Energia nas PME

O Museudo Oriente recebeu,no dia 14 de Julho,um semináriodedicado às PMEe à eficiênciano consumode energia.Promovido pelaEDP, em parceriacom o Negócios,o encontro contoucom a participaçãodo secretário deEstado da indústria,o presidente daSIBS, responsáveisda EDP Comerciale representantesde pequenas emédias empresas.

Um seminário sobo lema da eficiência