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MANEJO DE TOXICIDADE GASTROINTESTINAL EM CÂNCER DE PULMÃO
Dra. Samira Mascarenhas
Oncologista Clínica do Núcleo de Oncologia da Bahia . Membro do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT).
Participo de estudos clínicos patrocinados pelas empresas: Roche, Pfizer, BMS, MSD, AMGEN
Samira Mascarenhas CRM:BA-16324
Participo como speaker de eventos das empresas: Pfizer, BMS, BI, Roche
Participei como membro do Advisory Board das empresas:
Roche, BI, MSD, AZ
Diarreia Manifestações
• Perda da consistência das fezes
• Aumento da frequência dos movimentos
• Flatulência
• Desidratação
• Distúrbio hidroleletrolítico
• Infecção secundária
• ATENÇÃO: febre, tontura ou dor abdominal
LL7: resumo dos Eventos Adversos
Paz-Ares L et al. Ann Oncol (2017) 28 (2): 270-77
Afatinibe, 160 N (%)
Gefitinibe, 159 N (%)
Qualquer EA 158 (98.8) 159 (100.0)
EAs relacionados a medicação 156 (97.5) 153 (96.2)
EAs levando a redução de dose 67 (41.9)# 3 (1.9)**
EAs levando a descontinuação 10 (6.3) 10 (6.3)
EAs graves 71 (44.4) 59 (37.1)
EAs relacionados graves 17 (10.6) 7 (4.4)
EAs fatais 0 1 (0.6)*
*Insuficiência hepática (reportados como casos DILI) #Alteração de dose para Afatinibe conforme bula. **Alteração de dose para Gefitinibe não é descrita em bula
LL7: Modificações de dose afatinibe
40 mg para 30 mg
30 mg para 20mg
Reduções de dose N=160 n (%) 63 (39.4) 21 (13.1)
Asiáticos (n=94) 27 (28.7) 5 (5.3)
Não asiáticos (n=66) 36 (54.5) 16 (24.2)
50 mg 40 mg 30 mg 20 mg
Dose na descontinuação do estudo*; n(%)
4 (2.5) 85 (53.1) 35 (21.9) 16 (10)
Asiáticos (n=94) 3 (3.2) 62 (66.0) 17 (18.1) 4 (4.3)
Não asiáticos (n=66) 1 (1.5) 23 (34.8) 18 (27.3) 12 (18.2)
*20 (12.5%) pacientes ainda em uso de afatinibe no momento da análise
Hirsh V JCO 34, 2016 (suppl; abstr 9046)
HEPATOTOXICIDADE
• Lesão Hepática Direta
• Potencialização de doença hepática prévia
• Manifestação Clínica
- Assintomática
- Semelhante Hepatite aguda Viral
Ajuste de dose
• Individualização
• Atenção:
- Crizotinibe
- Ceritinibe
- Alectinibe
- Gefinibe
- Erlotinibe
Mucosite
• 20-40% dos pacientes em QT
• 30-40% terapia alvo
• Condições predisponentes:
- Má higiene oral
- Cáries e patologias periapical
- Doença periodontal
Recomendações
• Profilaxia
• Crioterapia
• Laserterapia
• Glutamina
• Solução de dexametasona (0,5mg/5ml)
• Controle álgico
Náusea e Vômitos
• O risco de êmese em pessoas recebendo quimioterapia de moderado a
alto potencial de emetogenicidade geralmente dura 4 dias.
• Excluir outras causas: -Obstipação/ suboclusão intestinal / Gastroparesia - Uremia - Metástase SNC - Uremia - DHE - Outras drogas concomitantes: opióides - Psicológicas: ansiedade/antecipatória
Náusea e Vômitos
Classificação1: - Aguda (0-24 horas após quimioterapia) - Tardia (24-120 horas após quimioterapia) - Pode durar até 6 dias - Incidência sem tratamento 20%-90% - Antecipatória - Até 25% das pacientes até o quarto ciclo – É uma resposta condicionada, só ocorre caso haja experiência negativa prévia.²
Potenciais problemas: - Desidratação e DHE¹,³ - Impacto negativo na qualidade de vida⁴,⁵ - Hospitalização⁶
1. American Society of Health-System Pharmacists. Am J Health Syst Pharm. 1999;56:729-764. 2. Aapro MS, et al. Support Care Cancer. 2005;13:117-121. 3. Hesketh PJ. Cancer Invest. 2000;18:163-173. 4. Lindley CM, et al. Qual Life Res. 1992;1:331-340. 5. O’Brien BJ, et al. Can Med Assoc J. 1993;149:296-302. 6. Grunberg SM, et al. J Natl Cancer Inst. 1988;80:864-868.
Fatores de risco
Fatores relacionados ao paciente¹: - Jovem - Mulher - Ausência de história prévia de alcoolismo - Experiência prévia de náusea/vômitos induzidos por quimioterapia - Ansiedade
Fatores relacionados ao tratamento¹,²: - Regimes quimioterápicos de moderado a alto potencial emetogênico - Alta dose de drogas
1. Gregory RE, et al. Drugs. 1998;55:173-189. 2. Hesketh PJ, et al. J Clin Oncol. 1997;15:103-109
1960 1970 1980 1990 2000 2002 2004
Fenotiazinas: primeiro agente a demonstrar atividade anti-emética
Metoclopramida em altas doses: melhor efeito anti-emético
Terapia combinada: adição do corticoide otimizando o controle
Primeiro estudo com antagosnistas 5HT3
Introdução dos antagonistas de 5-HT3 na prática clínica
Novas classes de droga: antagonistas de NK-1
Aprepitanto: Março 2003
Palonosetrona: Julho 2003
Marcos Históricos do Tratamento da Êmese
Padrões de Vômitos:
Martin M. Oncology. 1996;53(suppl 1): 26-31.
Cisplatina vs. Ciclofosfamida e Carboplatina
Cisplatina
Ciclofosfamida/Carboplatina
Inte
nsit
y o
f E
mesis
0 1 2 3 4 5
Days
Percepção X Realidade:
Grunberg S. Cancer. 2004;100:2261-2268.
Incidência de Náusea e Vômitos 2001-2002
24
13
24
15
37
13
52
28
0
10
20
30
40
50
60
70
Náusea Aguda Vômito Agudo Náusea Tardia Vômito Tardio
Percepção do médico
Percepção do paciente
Toxicidade Imunoterapia
• Efeitos Colaterais são completamente diferentes de outras terapias e
relacionados ao mecanismo de ação da droga.
• Importante reconhecimento precoce.
• Uso com cautela em pacientes com doença autoimune.
• Estamos aprendendo, seguir recomendações, notificar farmacovigilância
Toxicidades Imunomediadas
Comuns - Fadiga - Rash - Diarreia
Tratamento com esteroides precoce, reduzir lentamente
- Hepatite/Alt enzimas hepáticas
- Endocrinológicas
Infrequentes- Pneumonite
Toxicidade severas são incomuns
Reações Adversas
Leve (G1) Moderado (G2) Grave (G3/4)
Corticoesteróides VO -Prednisona
-1mg/kg -Retirada lenta (30+ dias)
Segue Adia a próxima dose até que melhore
Graduação da Toxicidade
Melhor Persiste Persiste ou
Piora