MANEJO E PRODUÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS

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  • 7/22/2019 MANEJO E PRODUO DE PLANTAS MEDICINAIS

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    UNIVERSIDADE DE SO PAULOEscola Superior de AgriculturaLuz de Queiroz

    Departamento de Produo Vegetal

    Relatrio do Estgio Supervisionado Produo Vegetal-

    II: MANEJO E PRODUO DE PLANTAS MEDICINAIS EAROMTICAS

    Orientador:Prof. Dr.Keigo Minami

    Aluno:Srgio Antonio Barraca

    Piracicaba, Julho de 1999

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    AS PLANTAS MEDICINAIS - UM BREVE HISTRICOTexto deMIRANDA (1998)

    O Senhor produziu da terra os medicamentos; o homem sensato no os

    desprezar, aconselha o Eclesistico, 39, 4; no entanto, muito antes desta aluso no textosagrado fitoterapia, ou medicao pelas plantas, j fora criado, divulgado e transmitido,

    entre as mais antigas civilizaes conhecidas, o hbito de recorrer s virtudes curativas

    de certos vegetais; pode afirmar-se que se trata de uma das primeiras manifestaes do

    antiqussimo esforo do homem para compreender e utilizar a Natureza como rplica a

    uma das suas mais antigas preocupaes; a que originada pela doena e pelo

    sofrimento.

    admirvel que todas as civilizaes, em todos os Continentes, tenham

    desenvolvido, a par da domesticao e da cultura das plantas para fins alimentares, a

    pesquisa das suas virtudes teraputicas. Mas talvez ainda mais admirvel que este

    conjunto de conhecimentos tenha subsistido durante milnios, aprofundando-se e

    diversificando-se, sem nunca, porm, cair totalmente no esquecimento.

    A utilizao das propriedades do pio obtido da dormideira ( Digitalis lanata), 4

    mil anos antes de se conhecer o processo de extrao da morfina, , sob esse ponto de

    vista, bem significativa da perenidade destes conhecimentos, que durante muito tempo

    permaneceram empricos, e que, desde h alguns sculos, o processo das cincias

    modernas tornou mais rigorosos.

    Mesmo atualmente, apesar do espetacular desenvolvimento da quimioterapia, a

    fitoterapia continua a ser muito utilizada, readquirindo at um certo crdito desde que

    foram divulgadas as conseqncias, por vezes nefastas, do abuso dos compostos

    qumicos.

    Para se ter uma viso de conjunto do progresso dos conhecimentos humanos

    referentes s plantas medicinais, devem distinguir-se 3 grandes perodos. Durante asAntigidades Egpcias, Grega e Romana acumulam-se numerosos conhecimentos

    empricos que sero transmitidos, especialmente por intermdio dos rabes, aos herdeiros

    europeus dessas civilizaes desaparecidas.

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    Finalmente no final do sculo XVIII, o progresso muito rpido das cincias

    modernas veio enriquecer e diversificar em propores extraordinrias os conhecimentos

    sobre as plantas, os quais atualmente se apoiam em cincias to variadas como a

    Paleontologia, a Geografia, a Citologia, a Gentica, a Histologia, e a Bioqumica.

    Tambm podemos observar o conhecimento progressivamente adquirido das

    regras de dosagens especficas para cada droga; esta prtica ampliou-se ao fabrico e

    administrao de todos os remdios e pode-se afirmar que nasceu assim a receita mdica

    e a

    respectiva posologia.

    Estes conhecimentos mdicos iniciados no antigo Egito, divulgaram-se

    nomeadamente na Mesopotmia. Em 1924, o doutor Reginald Campbell Thompson, do

    Museu Britnico, conseguiu identificar 250 vegetais, mineiras e substncias diversas

    cujas

    virtudes teraputicas, os mdicos Babilnios haviam utilizado, especialmente a beladona,

    administrada contra os espasmos, a tosse e a asma; os pergaminhos da Mesopotmia

    mencionam o cnhamo indiano, ao qual se reconhecem propriedades analgsica que se

    receita para bronquite reumatismo e insnia.

    O longo perodo que se seguiu no Ocidente, a queda do Imprio Romano,

    designado universalmente por Idade Mdia, no foi exatamente uma poca caracterizadapor rpidos progressos cientficos. Os domnios da cincia, da magia e da feitiaria,

    tendem freqentemente a confundir-se; drogas como meimendro-negro, a beladona e a

    mandrgora, sero consideradas como plantas de origem diablica.

    Assim Joana d Arc ser acusada de atormentar os ingleses pela fora e virtude

    mgica de uma raiz de mandrgora escondida sob a couraa. Contudo no possvel

    acreditar que na Idade Mdia se perderam completamente os conhecimento adquiridos

    durante os milnios precedentes.

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    O desenvolvimento das rotas martimas coloca efetivamente a Europa no centro

    do mundo, os produtos dos pases longnquos abundam e entre eles as plantas at a

    desconhecidas, com virtudes por vezes surpreendentes os conquistadores suportaram eles

    prprios a experincia das propriedades mortais do curare; a casca de quina utilizada

    para baixar a temperatura nas febres paldicas muito antes de se ter conhecimento de

    como dela se extrair a quinina; a Amrica d ainda a conhecer as virtudes anestsicas e

    estimulantes da folha de coca. No encalce dos descobridores prosseguem os

    exploradores, missionrios como o padre Plumier, botnicos como Tournefort, que, em

    1792, regressa do Oriente com 1356 plantas ento desconhecidas na Europa.

    Finalmente, os esforos de classificao culminam em 1735 com a publicao do

    SYSTEMA NATURAE, de Lineu. O grande naturalista sueco adota como princpio de

    distinao e classificao a distribuio dos rgos sexuais nas flores e as caractersticas

    dos rgos masculinos, os estames. Para ele, os dois grandes ramos em que se divide o

    reino vegetal so o das Criptognicas, em que os estames e o pistilo so invisveis a olho

    nu, e o das

    Fanerogmicas, em que estes so visveis. Dentro destas ltimas, por sua vez,

    estabelecem-se 23 classes, segundo critrios morfolgicos. Depois de Lineu, os trabalhos

    dos irmos Jussieu, Josseph, Antoine e Bernard, bem como os de seu sobrinho, Antoine

    Laurent de Jucieu, desenvolveram ulteriormente a botnica descritiva e contribuiram parao aperfeioamento da classificao sistemtica, sem terem esgotado todas as suas

    possibilidades.

    Se fizer uma retrospectiva do caminho percorrido desde as primeiras receitas

    conhecidas da poca da sexta dinastia Egpcia, verificar-se- que foi uma longa

    caminhada; contudo, comprovar-se- que ela sempre se desenvolveu na mesma direo,

    sem mudanas radicais. O catlogo das plantas medicinais enriqueceu-se, a descrio das

    caractersticas dos simples e a indicao de suas utilizaes foram aprofundadas, a

    classificao das suas espcies foi feita com base cientfica.

    A medicina pelas plantas: um longo percurso que no est ainda prximo do fim...

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    INTRODUO AS PLANTAS MEDICINAIS E AROMTICAS

    MARTINS (1995) cita, que o uso de plantas medicinais pela populao mundial

    tem sido muito significativo nos ltimos tempos. Dados da Organizao Mundial de

    Sade (OMS) mostram que cerca de 80% da populao mundial fez o uso de algum tipo

    de erva na busca de alvio de alguma sintomatologia dolorosa ou desagradvel. Desse

    total, pelo menos 30% deu-se por indicao mdica.

    A utilizao de plantas medicinais, tem inclusive recebido incentivos da prpria

    OMS. So muitos os fatores que vm colaborando no desenvolvimento de prticas de

    sade que incluam plantas medicinais, principalmente econmicos e sociais. Entretanto

    segundo FURLAN (1998),ainda hoje persiste um ar de mistrio quando utilizamos estas

    plantas, principalmente em virtude das suas relaes com a mitologia.

    "As plantas medicinais brasileiras no curam apenas, fazem milagres". Com esta

    clebre frase, Von Martius definiu bem a capacidade de nossas ervas medicinais. bem

    provvel que das cerca de 200.000 espcies vegetais que possam existir no Brasil, na

    opinio de alguns autores, pelo menos a metade pode ter alguma propriedade terapeutica

    til populao, mas nem 1% dessas espcies com potencial foi motivo de estudos

    adequados. As pesquisas com estas espcies devem receber apoio total do poder pblico,

    pois, alm do fator econmico, h que se destacar a importncia para a segurana

    nacional e preservao dos ecossistemas onde existam tais espcies - MARTINS (1995).

    Ainda segundo MARTINS (1995), muitas substncias exclusivas de plantas

    brasileiras encontram-se patenteadas por empresas ou rgos governamentais

    estrangeiros, porque a pesquisa nacional no recebe o devido apoio. Hoje em dia, o custo

    para desenvolver medicamentos sintticos ou semissintticos muito elevado e tem se

    mostrado pouco frutfero.

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    Os trabalhos de pesquisa com plantas medicinais, via de regra, originam

    medicamentos em menor tempo, com custos muitas vezes inferior e, consequentemente,

    mais acessveis populao, que, em geral, encontra-se sem quaisquer condies

    financeiras de arcar com os custos elevados da aquisio de medicamentos que possam

    ser utilizados como parte do atendimento das necessidades primrias de sade,

    principalmente porque na maioria da vezes as matrias primas utilizadas na fabricao

    desses medicamentos so importadas. Por esses motivos ou pela deficncia da rede

    pblica de assistncia primria de sade, cerca de 80% da populao brasileira no tem

    acesso aos medicamentos ditos essenciais.

    Outro ponto a se observar, segundo FURLAM (1998), que dever contribuir

    para uma maior ateno na rea de cultivo o fato de que cerca de 30% dos US$ 300

    bilhes referentes ao mercado de medicamentos so relacionados aos produtos obtidos

    de vegetais.

    Voltando a MARTINS (1995), as plantas medicinais, que tm avaliadas a sua

    eficincia teraputica e a toxicologia ou segurana do uso, dentre outros aspectos, esto

    cientificamente aprovadas a serem utilizadas pela populao nas suas necessidades

    bsicas de sade, em funo da facilidade de acesso, do baixo custo e da compatibilidade

    cultural com as tradies populares. Uma vez que as plantas medicinais so classificadas

    como produtos naturais, a lei permite que sejam comercializadas livremente, alm depoderem ser cultivadas por aqueles que disponham de condies mnimas necessrias.

    Com isto, facilitada a automedicao orientada nos casos considerados mais simples e

    corriqueiros de uma comunidade, o que reduz a procura pelos profissionais de sade,

    facilitando e reduzindo ainda mais o custo do servio de sade pblica.

    Segundo ACCORSI (1994), alm da medicina popular existem inmeras outras

    alternativas teraputicas, algumas muito antigas e outras mais contemporneas. Entre

    elas, citamos: Acunpuntura, Algoterapia, Balneoterapia, Climatoterapia, Diettica, Doin,

    Ergoterapia, Fitoterapia, Hidroterapia, Homeopatia, Macrobitica, Massoterapia,

    Oligoterapia, Talasoterapia, Vertebroterapia, Probitica, etc. Atualmente, as plantas

    medicinais so estudadas cientificamente pela Fitoterapia, que explica, luz da

    Fitoqumica, a razo porque as plantas curam.

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    PARTE I - OS PRNCIPIOS ATIVOS

    Substncias, Frmacos e Metasbolismo Secundrio das Plantas Medicinais

    ROCHA (1998) cita que aps a srie de transformaes tecnolgicas que faz da

    planta medicinal uma droga vegetal, esta contm um certo nmero de substncias que, na

    maior parte dos casos, agem sobre o organismo humano. a fitoqumica (qumica dos

    vegetais), que se encarrega de estudar estas substncias ativas, a sua estrutura, a sua

    distribuio na planta, as suas modificaes e os processos de transformao que se

    produzem no decurso da vida da planta, durante a preparao do remdio vegetal e noperodo de armazenagem. A fitoqumica est em estreita ligao com a farmacologia

    (estudos dos efeitos das substncias medicinais sobre o organismo humano, do

    mecanismo e da velocidade da sua ao, do processo de absoro e eliminao, das suas

    indicaes, isto , do uso contra determinadas doenas). A farmacologia, por seu lado,

    indissocivel da medicina clnica.

    Ainda segundo ROCHA (1998), as substncias ativas das plantas medicinais so

    de dois tipos: os produtos do metabolismo primrio (essencialmente sacardeos),substncias indispensveis vida da planta que se formam em todas as plantas verdes

    graas fotossntese; o segundo tipo de substncias composto pelos produtos do

    metabolismo secundrio, ou seja, processos que resultam essencialmente da

    assimilao do azoto (nitrognio amnico). Estes produtos parecem freqentemente ser

    inteis a planta, mas os seus efeitos teraputicos, em contrapartida, so notveis. Trata-se

    designadamente de leos essenciais (ou essncias naturais), resinas, alcalides como os

    do pio.

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    Geralmente, estas substncias no se encontram na planta em estado puro, mas

    sob a forma de complexos, cujos diferentes componentes se completam e reforam na sua

    ao sobre o organismo. No entanto, mesmo quando a planta medicinal s contm uma

    substncia ativa, esta tem sobre o organismo humano um efeito mais benfico que o

    produzido pela mesma substncia obtida por sntese qumica.

    Esta propriedade apresenta um grande interesse para a fitoterapia, tratamento

    atravs das plantas ou das substncias de origem vegetal. A substncia ativa no

    unicamente um composto qumico, mas apresenta tambm um equilbrio fisiolgico,

    mais bem assimilada pelo organismo e no provoca efeitos nocivos. nisso que reside a

    grande vantagem da medicina natural.

    Segundo ACCORSI (1994), os laboratrios farmacuticos de manipulao

    preparam os produtos fitoterpicos com os princpios ativos extrados das plantas

    medicinais. Quando os princpios ativos causam intoxicaes no homem ou em animais,

    as plantas so denominadas venenosas ou txicas. A nica distino entre plantas

    medicinais e plantas txicas est nos efeitos, no organismo, dos seus princpios ativos. Os

    principos ativos so extrados dos orgos das plantas pelos mtodos indicados pela

    farmacologia, com os quais preparam os remdios vegetais ou fitoterpicos.

    Pode citar-se como exemplo o pio, ltex seco das cpsulas da dormideira

    (Papaver somniferum ou papoula-dormideira), contendo, entre muitas substncias, umgrande nmero de alcalides importantes. Cada alcalide isolado tem uma ao

    totalmente diferente do pio no seu conjunto e provoca, no organismo humano, efeitos

    especficos, tpicos e originais (efeitos farmacolgicos). O mesmo se passa com os

    glucosdeos da digital.

    Toda uma srie de mtodos modernos permitem por em evidncia a presena nos

    vegetais de determinadas substncias.

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    Em primeiro lugar, o estudo microscpico, relativo estrutura anatmica e

    morfolgica do corpo vegetal (atlas microscpicos das drogas vegetais), depois os

    mtodos fsicos, como a microsublimao, que consiste em aquecer uma pequena

    quantidade de droga e fixar sobre um vidro as emanaes, que so em seguida analisadas

    atravs de mtodos qumicos. Certas substncias podem ser detectadas pela sua

    fluorescncia quando iluminadas por uma lmpada de mercrio.

    As tcnicas especiais da qumica qualitativa e quantitativa permitem tambm

    despistar a presena de determinada substncia. Estes mtodos so descritos em artigos

    especializados, obedecem a normas estabelecidas a nvel nacional e s exigncias

    relativas a qualidade das plantas medicinais.

    A natureza qumica da droga determinada pelo seu teor em substncias

    pertencentes aos seguintes Grupos Principais: alcalides, glucosdeos, saponinas,

    princpios amargos, taninos, substncias aromticas, leos essenciais e terpenos,

    leos gordos, glucoquininas, mucilagens vegetais, hormonas e anti-spticos vegetais -

    ROCHA (1998)

    Em sntese, Segundo FURLAM (1998), uma planta classificada como medicinal

    por possuir susbstncias que tm ao farmacolgica. Estas substncias so denominadas

    de princpios ativos e, na maioria das vezes, no se sabe quais destes realmente esto

    atuando.

    Quadro I - PRINCIPIOS ATIVOS ( ilustrativo )

    ALCALIDES Atuam no sistema nervoso central (calmante, sedativo,estimulante, anestsico,analgsicos). Alguns podem ser cancergenos e outros antitumorais. Ex.: Cafena do cafe guaran, teobromina do cacau, pilocarpina do jaborandi, etc.

    MUCILAGENS Cicatrizante, antinflamatrio, laxativo, expectorante e antiespasmdico.Ex.: babosa econfrei.

    FLAVONIDES Antinflamatrio, fortalece os vasos capilares, antiesclertico, anti-dematoso, dilatador decoronrias, espasmoltico, antihepatotxico, colertico e antimicrobiano. Ex.: rutina (emarruda e favela).

    TANINOS Adistringentes e antimicrobianos (antidiarrico). Precipitam protenas. Ex.: barbatimao egoiabeira.

    LEOSESSENCIAIS

    Bactericida, antivirtico, cicatrizante, analgsico, relaxante, expectorante eantiespasmdico. Ex.: mentol nas hortels, timol no tomilho e alecrim pimenta, ascaridolna erva-de-santa-maria, etc.

    Fonte: Adaptado de MARTINS (1995)

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    Alcalides

    Os alcalides so compostos azotados ( nitrognio amnico ) complexos, de

    natureza bsica ( alcalina ), capazes de produzir geralmente poderosos efeitos

    fisiolgicos. So, na maior parte dos casos, venenos vegetais muito ativos, dotados deuma ao especfica.

    Segundo MARTINS (1995), podem ter colorao amarela, roxa ou incolor. Nas

    clulas vegetais esto nos vacolos. Quando na forma de sais, encontram-se nas paredes

    celulares. Localizam-se nas folhas, sementes, razese nos caules.

    A medicina emprega-os normalmente em estado puro e o seu verdadeiro valor

    apenas se releva quando usados adequadamente pelo mdico. Segundo a sua composio

    qumica e, sobretudo, a sua estrutura molecular, os alcalides podem ser divididos emvrios grupos. Encontraremos na parte descritiva vegetais contendo:

    Quadro II - ALCALIDES

    Fenilalaninas capsicina da pimenta, colquicina ou colchichina do clquico(Colchium autumnale).

    Alcalides isoquinoleicos morfina, etilmorfina, codena e papaverina contidas no pio dadormideira ou papoula-dormideira(Papaver somniferum).

    alcalides indlicos ergometrina, ergotamina, ergotoxina da cravagem dos cereais

    Alcalides quinoleicos: caule folhoso da arruda comum (Ruta graveolens)

    Alcalides piridnicos epiperidnicos

    ricinina do rcino (Ricinus communis), trigonelina do feno-grego,conina (veneno violento) da cicuta (Coniummaculatum)

    Alcalides derivados dotropano

    escopolamina e atropina da beladona (Atropa belladonna)

    Alcalides esterides raiz do veratro (Veratro viride), doce-amarga (Solanum dulcamara),aconito (Aconitum napellus - aconitina).

    Fonte: Adaptado de Rocha (1998)

    Ainda segundo MARTINS (1995), sua concentrao pode variar muito durante o

    ano, podendo, em certas pocas, estar restritos somente a determinados rgos. Apenas

    10 a 15 % das plantas conhecidas apresentam alcalides em sua constituio. So

    distribudos em 15 grupos conforme sua origem bioqumica ou semelhana estrutural.

    No so bem definidas suas funes dentro da planta, mas acredita-se que os

    alcalides sirvam como reserva para sntese de protenas; proteo contra insetos e

    animais herbvoros;

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    Glucosdeos

    ROCHA (1998) cita que, os glucosdeos so produtos do metabolismo secundrio

    das plantas. Compem-se de duas partes. Uma contm acar, por exemplo a glucose, e

    geralmente inativa, embora favorea a solubilidade do glucosdeo, a sua absoro e

    mesmo o seu transporte para determinado rgo. O efeito teraputico determinado pela

    segunda parte, a mais ativa, designada aglcono. Segundo a composio qumica,

    distinguem-se vrios grupos de glucosdeos:

    1.Tioglucosdeos: contm enxofre organicamente ligado e so caractersticos, por

    exemplo, da famlia das brassicceas. Nestas plantas so acompanhados de uma enzima,

    a mirosinase, cuja ao os decompe em glucose e em isotiocianatos (rbano silvestre,

    gros de mostarda branca ou mostarda preta, sementes de capuchinha).

    2.Glucosdeos derivados do cido ciandrico, formados por um composto

    ciandrico ligado a um acar. A ao enzimtica decompe-nos (muitas vezes na saliva

    humana) em cido ciandrico livre, que um veneno (amndoas amargas, flor de

    sabugueiro e de abrunheiro-bravo, folhas de cerejeira ).

    3.Glucosdeos antraquinnicos, que so geralmente pigmentos cristalinos

    bastante lbeis. Tm uma ao laxativa 6 a 8 horas aps a sua absoro (rizoma do

    ruibarbo, casca do amieiro).

    4.Cardioglucosdeos(glucosdeos da digital), substncias muito importantes que

    regulam a atividade cardaca em doses infinitesimais. Conforme a sua estrutura qumica,

    so divididos em cardenlidos (digitais, adonis, junquilho) e em bufadienis (raiz de

    helboro).

    5.Glucosdeos fenlicos, que pertencem a um grupo de substncias com efeitos e

    freqentemente tambm um aroma muito caracterstico. So por isso classificadas entre

    as substncias aromticas (derivados saliclicos da casca de salgueiro, da ulmria e dos

    brotos do choupo; arbutina e metilarbutina das folhas de medronheiro, de airela, de urze).Segundo MARTINS (1995), o glicosdeo cardioativo presente na dedaleira (

    Digitalis lanataeD. purpurea), a digitoxina, a mais importante deste grupo.

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    Saponinas

    ROCHA (1998) cita que, as saponinas ou hetereosdeos, so muito comuns nas

    plantas medicinais. Do ponto de vista qumico, caracterizam-se igualmente por um

    radical glucdico (glucose, galactose) ligado a um radical aglcono. A sua propriedade

    fsica principal reduzir fortemente a tenso superficial da gua. Todas as saponinas so

    fortemente espumosas e constituem excelentes emulsionantes. Tm uma outra

    propriedade caracterstica: proporcionam a hemlise dos glbulos vermelhos

    (eritrcitos), isto , libertam a sua hemoglobina, o que explica o efeito txico de algumas

    delas, tornando-as imprprias para consumo.

    As saponinas irritam as mucosas, provocam um relaxamento intestinal, aumentam

    as secrees mucosas dos brnquios (so expectorantes): flor de verbasco, raiz de alcauz

    e de saponria. So tambm usadas como diurticos e desinfetantes das vias urinrias

    (caule folhoso da herniria, folha de btula, raiz de resta-boi). A clebre raiz de ginseng

    (Panaxginseng), originria da China, da Coria e das regies extremo-orientais da Unio

    Sovitica, igualmente rica em saponinas.

    Segundo MARTINS (1995), as saponinas so importantes substncias utilizadas

    na fabricao de cortisona ( antiinflamatrio ) e de hormnios sexuais.

    Princpios amargos

    ROCHA (1998) cita que estas substncias apresentam um gosto amargo, excitam

    as clulas gustativas, estimulam o apetite e aumentam a secreo dos sucos gstricos. A

    farmacologia agrupa, sob o nome de princpios amargos, as substncias vegetais

    terpnicas susceptveis de libertar azuleno, assim como glucosdeos de diversas

    estruturas bioqumicas. O primeiro grupo engloba, por exemplo, os sucos amargos do

    absinto e do cardo-santo. O segundo grupo o mais comum: rene os sucos das

    gencianceas (genciana, triflio), da centurea, etc.

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    Taninos

    ROCHA (1998) cita que estas substncias de composio qumica varivel

    apresentam uma caracterstica comum: a capacidade de coagular as albuminas, os metais

    pesados e os alcalides. So hidrossolveis. O seu interesse medicinal reside

    essencialmente na sua natureza adstringente: possuem a propriedade de coagular as

    albuminas das mucosas e dos tecidos, criando assim uma camada de coagulao isoladora

    e protetora, cujo efeito reduzir a irritabilidade e a dor, deter os pequenos derrames de

    sangue.

    As decoces e as outras preparaes base de drogas ricas em taninos so

    usadas, na maior parte dos casos, externamente contra as inflamaes da cavidade bucal,

    os catarros, a bronquite, as hemorragias locais, as queimaduras e as frieiras, as feridas, as

    inflamaes drmicas, as hemorridas e a transpirao excessiva.

    No uso interno, so teis em caso de catarro intestinal, diarria, afeces da

    vescula, assim como antdoto nos envenenamentos por alcalides vegetais.

    O cido tnico, tirado das galhas do carvalho, freqentemente usado em

    farmcia. Emprega-se igualmente a casca de carvalho (carvalho de Inverno ou carvalho

    de Vero), as folhas de nogueira, as folhas e os frutos de mirtilo, as folhas de

    framboeseiro, de espinheiro, as cimeiras de agrimnia, a raiz da sete-em-rama, a raiz de

    bistorta, de pimpinela, etc.

    As substncias aromticas

    Segundo ROCHA (1998), fazem parte deste grupo um certo nmero de

    substncias, freqentes nas drogas vegetais, de composio e ao por vezes muito

    variveis. Podem estar associadas na planta a outras substncias ativas. neste grupo que

    encontramos, nomeadamente, os glucosdeos fenlicos, ou os derivados do

    fenilpropano, como as cumarinas de perfume caracterstico. Os caules folhosos do

    meliloto, da asprula odorfera, so ricos em cumarina. As hidroxicumarinas apresentam

    igualmente interesse farmacutico.

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    A esculina, contida na casca do castanheiro-da-ndia, tem os mesmos efeitos que a

    vitamina P, aumenta a resistncia dos vasos sanguneos e por isso til no tratamento das

    hemorridas e das varizes (com arutina). Alm disso, absorve os raios ultravioletas

    (filtros solares, cremes protetores). A casca da brionia (Cortex viburni) contm

    igualmente hidroxicumarinas. A anglica oficinal ( Angelica archangelica ) contm

    furocumarinas.

    Um segundo grupo de substncias aromticas constitudo pelos produtos de

    condensao das molculas de cido actico ativado (acetogeninas). a este grupo que

    pertencem os flavonides, substncias fenlicas, entre as quais a mais importante, do

    ponto de vista teraputico, a rutina, que exerce, como a esculina, uma ao favorvel

    sobre as paredes dos capilares. A rutina extrada da arruda, mas tambm do trigo

    mourisco e da sfora.

    As folhas e flores do espinheiro alvar, assim como as bagas do mesmo arbusto,

    contm flavonides freqentemente usados.

    Uma outra droga importante, tanto para a medicina popular como para a medicina

    oficial, e contendo, a par das substncias flavonides, uma srie de outros produtos, a

    flor ou a baga do sabugueiro negro.

    A flor da tlia um outro remdio muito apreciado. Citemos tambm o caule

    folhoso da milfurada, a perptua-das-areias, a antenria. O cardo-leiteiro, rico emsubstncias importantes do grupo das flavolignanes, eficazes contra as doenas do fgado

    e as hepatites, objeto de estudos particularmente atentos desde h algum tempo. As

    substncias ativas do cnhamo, as naftoquinonas das folhas de nogueira, os compostos

    contidos na drosera pertencem igualmente ao grupo das plantas aromticas.

    Os leos essenciais (essncias naturais) e os terpenos

    Segundo ROCHA (1998), os leos essenciais so lquidos volteis, refringentes,de odor caracterstico. Formam-se num grande nmero de plantas como subprodutos do

    metabolismo secundrio. Os vegetais so mais ricos em essncias quando o tempo

    estvel, quente: ser ento a melhor altura para colh-los.

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    Estes leos acumulam-se em certos tecidos no seio das clulas ou de reservatrios

    de essncia, sob a epiderme dos plos, das glndulas ou nos espaos intracelulares. O

    controle microscpico da qualidade dos leos essenciais revela-nos que essas clulas

    esto dispostas em formaes caractersticas.

    Os leos essenciais so extrados de plantas frescas ou secas mediante destilao

    por vapor de gua, extrao pura e simples ou outras tcnicas (por presso, por absoro

    de gorduras em perfumaria, etc.)

    Do ponto de vista qumico, trata-se de misturas extremamente complexas. A

    medicina recorre freqentemente a substncias extradas dos leos essenciais (mentol,

    cnfora).

    O uso farmacutico dos leos essenciais fundamenta-se nas suas propriedades

    fisiolgicas: o perfume e o gosto (corrigentia); o efeito irritante sobre a pele e as

    mucosas (derivantia); as propriedades desinfetantes e a ao bactericida. A essncia de

    anis, de funcho, etc. (Oleum anisi, Oleum foeniculi) so muitas vezes usadas como

    expectorantes, pois so eliminadas pelos pulmes e desinfetam assim diretamente as vias

    respiratrias, libertando as mucosidades. So usadas tambm em gargarejos, inalaes e

    gotas nasais. A sua absoro facilita os processos digestivos; atuam como estomacais,

    colagogos e carminativos. A maior parte das plantas com essncias so usadas como

    aromatizantes (chicria, funcho, anis, manjerona, tomilho, serpo, orgo).O efeito de irritar a pele aproveitado atravs de aplicaes externas anti-

    reumatismais. Os linimentos contm quer substncias extradas dos leos essenciais

    (mentol, cnfora), quer essncias de menta, de alecrim, de lavanda e de terebentina,

    verificando-se, na maior parte dos casos, uma mistura de todos estes produtos.

    As essncias naturais devem ser conservadas, bem como as plantas que as

    contm, em recipientes bem fechados ao abrigo da luz. As essncias oxidam-se

    rapidamente luz e ao ar, polimerizam-se, transformam-se em resinas e perdem o odor e

    a ao que as caracterizam.

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    Entre as numerosas essncias naturais que entram na composio de muitos

    remdios naturais, citamos pelo menos a essncia de anis (Oleum anisi), de funcho

    (Oleum foeniculi), de lavanda (Oleum lavandulae), de hortel-pimenta (Oleum menthae

    piperitae) e o mentol que esta fornece, de tomilho e o respectivo timol, assim como o seu

    carvacrol, que um excelente desinfetante.

    Os leos essenciais compem-se sobretudo de terpenos, produtos volteis

    freqentemente misturados com outras substncias. A tanchagem contm uma elevada

    percentagem de terpeno.

    Segundo FAHN (1979) inGLORIA (1994), os terpenos representam o grupo mais

    importante de substncias qumicas secretadas sendo derivadas do isopropeno ( unidade

    ramificada de 5 carbonos ) e classificados de acordo com o nmero mnimo dessas

    unidades presentes na molcula. Os terpenos fornecem matria prima para uma grande

    variedade de indstrias: isto , produtos de resinas para papis e texteis, aglutinantes

    usados no preparo de inseticidas, antisspticos, produtos farmacuticos, perfumes e

    condimentos.

    Os leos gordos

    Segundo ROCHA (1998), so leos vegetais lquidos temperatura ambiente. O

    frio torna-os turvos e os faz coagular, so insolveis na gua, mas solveis em solventes

    orgnicos (clorofrmio, acetona, por exemplo). Entre os leos no sicativos, pode citar-se

    o azeite e o leo de amndoas, entre os semi-sicativos, o leo de amendoim, de girassol e

    de colza. O leo de linho e de papola so sicativos. O leo de rcino fortemente laxante.

    Os leos gordos so correntemente utilizados tanto no fabrico de remdios como para

    fins alimentares e industriais.

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    As glucoquininas (insulinas vegetais)

    ROCHA (1998) cita que so substncias que tm influncia sobre a glicemia; so

    tambm chamadas fito-insulinas. Existem nos vegetais seguintes: vagem de feijo sem

    sementes, cimeiras de galega, folhas de mirtilo. Estas plantas secas entram na

    composio de tisanas antidiabticas usadas no tratamento complementar do diabtico.

    As mucilagens vegetais

    Segundo ROCHA (1998), so misturas amorfas de polissacardeos que formam na

    presena de gua sistemas coloidais fortemente viscosos. Com gua fria, as mucilagens

    engrossam e formam gels, com gua quente dissolvem-se e formam solues coloidais

    que se gelificam de novo ao arrefecer. Nas plantas, estas substncias servem de

    reservatrios, sobretudo pela sua capacidade de reter a gua. Nas infuses e decoces, as

    mucilagens das plantas medicinais tm como efeito reduzir a irritao quer fsica quer

    qumica. Exercem assim uma ao favorvel contra as inflamaes das mucosas,

    especialmente as das vias respiratrias e digestivas, atenuam as dores das contuses,

    amaciam a pele quando so aplicados cataplasmas.

    Reduzem o peristaltismo intestinal, e o seu efeito de absoro age favoravelmente

    em casos de diarria. So usadas abundantemente como emulsionantes (carraguinatos,

    extrados das algas marinhas).

    As plantas mucilaginosas so usadas quer isoladamente quer em misturas de

    infuses. Citemos, por exemplo, a folha e a raiz da altia, a flor da malva e a folha da

    mesma planta, a flor da malva-rosa, a folha e a flor da tussilagem, a semente dofeno-

    grego, a semente do linho, etc.

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    As pectinas pertencem igualmente a este grupo: trata-se, com efeito, de

    polissacardeos que formam gels como as mucilagens. As pectinas existem em numerosos

    frutos e so particularmente abundantes nos sumos de frutas e legumes: sumo de ma,

    de beterraba, de cenoura. As pectinas so usadas nas curas de frutos e no tratamento das

    diarrias.

    Segundo GLRIA (1994), a distribuio da mucilagem geral entre os vegetais

    sendo secretada atravs de diferentes estruturas: idioblastos, tricomas, colteres, ductos e

    cavidades ( normais ou traumticos ). Vrias plantas utilizadas para fins medicinais so

    ricas em mucilagem, entre elas, a babosa (Aloe socrotina) e o guaco (Mirkania

    glomerata).

    Segundo MARTINS (1995), quando submetidas fervura prolongada, as

    mucilagens so degradadas em acares, reduzindo ou eliminado sua atividade

    teraputica.

    As hormonas vegetais (fito-hormonas)

    Segundo ROCHA (1998), so substncias de composio qumica muito

    complexa, geralmente biocatalisadores que atuam sobre o crescimento e as trocas

    metablicas (biostimulantes). Existem, por exemplo, no lpulo, no anis, na salvia, na

    sorveira, na altia, na bolsa-de-pastor, na aveia e na cenoura.

    Os anti-spticos vegetais

    Segundo ROCHA (1998), so substncias antibiticas produzidas pelos vegetais

    superiores, exercendo uma ao antimicrobiana de largo espectro, na maior parte dos

    casos instveis e volteis. Atuam mesmo em aerossol, por via respiratria. Existem no

    alho, na cebola, na mostarda, no rbano silvestre, no sabugueiro, no zimbro, no pinheiro,

    na tanchagem, etc. Continuam a ser estudadas nos nossos dias.

  • 7/22/2019 MANEJO E PRODUO DE PLANTAS MEDICINAIS

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    PARTE II - RELATO DAS ATIVIDADES REALIZADAS E DISCUSSES

    Dentro do Programa de Estgios Supervisionado criado pela ESALQ com a

    importante iniciativa de melhor aprimoramento tcnico de seus alunos, matriculei-me nadisciplina de Estgio Supevisionado em Horticultura II, hoje como Produo Vegetal II (

    seguido aps o trmino em Horticultura I, realizado junto Cooperativa Agropecuria

    Holambra, abordando a Produo e Comercializao no ramo da Floricultura ), com

    enfoque: Ao Estudo do Manejo e Produo de Plantas Medicinais e Aromticas,

    considerando meu extremo interesse pelo assunto aps ter cursado a disciplina de

    Produo de Plantas Medicinais e Aromticas. Este Estgio foi supervisionado pelo

    Professor Dr. Keigo Minami, cujo orientao e aconselhamentos prticos foram

    extremamente valiosos.

    A proposta de trabalho foi no sentido de manejarmos essas plantas, onde a gama

    de informaes sobre as corretas tcnicas de produo para nosso pas ainda so muito

    precrias e quando muito, resumimem-se a descries de usos tpicos e conduo em

    pequena escala ( jardins e hortas ), quando mencionadas em larga escala, praticamente

    resumem-se ao extrativismo. O extrativismo realmente uma forma rentvel,

    principalmente com a exportao, porm cabe ressaltar o lado malfico de tal prtica

    quando realizado de forma errnea e no sistemtica; atentemos ao caso da Ipeca, por

    exemplo, que praticamente desapareceu de nosso territrio devido a essa prtica. Outro

    ponto, seria a possibilidade de suporte tcnico ( monitoria ) durante o perodo deste

    estgio, junto aos alunos da Disciplina de Produo de Plantas Medicinais e Aromticas

    Ministrada pelo Professor Dr.Keigo Minami no primeiro semestre de 1999.

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    1. Manejo e Reconhecimento da Coleo de Plantas Medicinais e Aromticas do

    Departamento ( Horta ).

    Este trabalho consistiu no simples levantamento das plantas que possuamos na

    Horta e consequente manejo das mesmas. Assim, encontramos:

    Alecrim ( um canteiro de 20 m por 1,5 m de largura, plantados no espaamento

    de 80 cm entre linhas e 50 cm entre plantas );

    Tomilho( um canterio de 20 m por 1,5 m de largura, no espaamento de 50 cm

    entre plantas e 30 cm entre plantas);

    Manjerico( um canterio de 20 m por 1,5 m de largura, no espaamento de 50

    cm entre plantas e 30 cm entre plantas);

    Slvia ( um canterio de 10 m por 1,5 m de largura, no espaamento de 50 cm

    entre plantas e 40 cm entre plantas);

    Calndula ( dois canterio de 20 m por 1,5 m de largura, no espaamento de 40

    cm entre plantas e 35 cm entre plantas);

    Plantas do Quadro III, estavam distribuidas em alguns canterios ou isoladas

    em pequenos grupos, sem um espaamento determinado:

    Quadro III - LEVANTAMENTO DE PLANTAS DA HORTA

    Alfavaco ( Ocimum gratissimum) Funcho ( Foeniculum vulgare)

    Artemsia (Artemisia annum) Groselheira (Rhibus spp? )Blsamo ( Cotyledon orbiculata) Losna ( Artemisia absinthium)Bardana (Arctium lappa) Louro (Laurus nobilis)Boldos ( do chile, chins, falso ) Macelinha (Achyrocline satureioides)Cnfora (Artemisia camphorata) Manjerona ( Origanum marjorana)Capim-Guin (Petiveria alliacea) Maca (Leonurus sibiricus) ou RubimCapim-Limo ( Cybopogon citratus) Mentas (Mentha spp)Carqueja (Bacharis trimera) Mil Folhas (Achillea millefolium)Cidreira (Lippia alba) Sabugueiro (Sambucus australis)Hortel do Norte ( Coleus amboinicus) Tanchagem (Plantago sp)

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    As plantas como o Alecrim, que j estavam em seu espaamento adequado de

    plantio ( porm no estdio juvenil ), realizamos mondas, capinas e adubao de

    cobertura.

    No caso do Alecrim realizamos 3 adubaes de cobertura com uria na

    dosagem de 30 g / planta a cada 3 semanas em mdia. O canteiro havia sido instalado em

    08/08/1998 atravs da propagao por estacas feitas em bandejas de isopor ( 128 clulas

    ), utilizando-se vermiculita como substrato. Essas mudas tinham cerca de 2 meses e meio

    de idade ( ficou esse perodo em nossa estufa de produo de mudas ).

    A planta adapatou-se muito bem ao nosso solo ( terra roxa estruturada ), sendo

    que o canterio que est atualmente, era utilizado para culturas olercolas em geral,

    principalmente rotao com salsinha e cebolinha.

    Geralmente recomenda-se no caso do alecrim, colhermos seus ramos partir de 6

    meses aps o plantio ( vide FURLAN (1998) ). O que observamos com o nosso Alecrim,

    foi um adiantamento deste ponto de colheita, sendo que o mesmo foi utilizado como

    matriz para produo de boas mudas, isso com 5 meses de idade.

    Fizemos pequenas retiradas de material ( ramos ) e as plantas reagiram muito

    bem, com excelente emisso de novos ramos e vigoroso desenvolvimento das plantas. O

    manejo de limpeza destes canteiros foi pouco, pois a planta apresentou excelente

    competitividade com as daninhas, mesmo assim observamos a presena de: capim p-de-galinha, beldroega, pico preto, capim marmelada, outras sem significao.

    Segundo FURLAN (1998), o rendimento do alecrim de 1,82 ton / matria seca /

    ha; infelismente no medimos nosso rendimento.

    No caso do Tomilho realizamos 2 adubaes de cobertura com a formulao de

    adubo 10 - 10 - 10 e uma com ria. A adubao com uria foi realizada aps 20 dias do

    plantio, as adubaes subsequentes foram realizadas com um ms de intervalo entre elas,

    e iniciadas 15 dias aps a adubao com uria. Todas as doses utilizadas foram de 30 g /

    planta.

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    O canteiro foi instalado no final de Setembro de 1998, atravs da formao de

    mudas via semente em bandeja de isopor ( 200 clulas ), e utilizando-se de substrato

    comercial tipo PlantMax - III da EUCATEX.

    O tomilho enfrentou graves problemas de competio com daninhas, foi preciso

    um controle ( capinas e mondas ) constantes. Foi observado a presena das daninhas:

    beldroega ( alta infesetao ), pico preto, pico branco, capim p-de-galinha, capim

    marmelada, capim colcho, leitero, erva-de-santa-maria, capim carrapicho, fedegoso (

    poucas plantas ). Este canteiro estava ocupado anteriormente por cebola, permanecendo

    um certo tempo abandonado. Com a primeira adubao e principalmente na poca das

    guas, sofreu grande competitividade.

    Observamos que o tomilho demora para ocupar o canteiro, tem crescimento ereto,

    prostando-se um pouco quando a planta fica adulta. A parte que se prosta ao cho fica

    impraticvel colheita ( junta muita terra e talvez o nosso solo no seja o mais indicado

    para essa cultura ). O interessante, que os ramos que se prostam ( bem encostados ao

    cho ) criam razes e as folhas secam ( torna-se uma boa muda para propagao ). Este

    canteiro tambm serviu de matrizeiro para outras mudas propagadas por estaca,

    apresentando um bom pegamento.

    Segundo FURLAN (1998), essa planta dificilmente fornece 2 colheitas ao ano,

    tendo um rendimento de matria seca de 0,8 a 1,2 ton / ha ( podendo ser de folhas esumidades floridas ) e 20 a 25 Kg de leo essencial / ha. O que observamos foi que

    realmente esta planta tem uma rebrota de ramos lenta, apesar de ter fornecido plantas

    vigorosas. Segundo VON HERTWIG (1991), o tomilho um subarbusto perene de 15 a

    50 cm de altura, e realmente obtemos plantas dessa ordem de altura.

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    No caso do Manjerico realizamos a mesma sequncia de adubao do Alecrim

    ( mais 2 coberturas ao invs de 3 ). O manjerico uma planta que responde muito

    adubao nitrogenada, desenvolvendo-se muito bem quanto a produo de massa verde;

    um ponto a questionarmos e vereficarmos, o quanto essas adubaes nitrogenadas

    interferem na produo quantitativa e qualitativa de leo essencial. Talvez, esse relao

    possa ser marcante se atentarmos que determinadas plantas produzem muito mais

    princpios ativos ( tambm leo essencial ) quando submetidas ao stress, como

    exemplo, sabe-se que a babosa ( Aloe vera ) tm um aumento significativo em teor de

    princpios ativos se submetida a um stress hdrico cerca de um ms antes de sua

    colheita. uma caracterstica significante desta xerfita, e certamente corresponde a uma

    estratgia de sobrevivncia hostilidade do ambiente.

    O manjerico plantado foi obtido previamente de mudas feitas em bandeja de

    isopor e com substrato comercial, utilizando-se de sementes compradas ( importadas e

    que mostraram grande efetividade em nosso clima ). Um aspecto a se observar quanto

    ao fotoperodo, apesar da excelente adaptabilidade ( plantas vigorosas e produo de

    sementes viveis em grande quantidade ) planta extremamente suceptvel a emisso

    das sumidades florais ( espiguetas ). Isso observamos at durante a fase de produo das

    mudas, ou seja, plantas com menos de 2 meses emitindo sumidades florais e ainda nas

    bandejas.O manjerico assim como o tomilho, sofre enorme competio de plantas

    daninhas at a fase de fechamento do canteiro ( este fechamento rpido, cerca de 3

    semanas aps o plantio ). Ento, devemos trabalhar com cobertura morta como manejo

    para controle das daninhas, o que evitaria a constante capina e monda da cultura. Com

    certeza adubao foi responsvel tambm pela grande competitivadade das plantas

    daninhas: maria-pretinha, beldroega, pico branco ( grande infesto e na minha opinio,

    pode ser um grande problema para os produtores que tenham suas reas produtivas

    infestadas com a mesma ), serralha, bela-emlia, capim colcho, leitero, mentrasto, rubim

    e azedinha ( Oxalis dippei).

    Foi observado um ataque at razovel ( obrigando reposio de plantas ) de

    formigas cortadeiras, isso na poca do plantio das mudas.

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    O manjerico uma planta que os apicultores utilizam devido ao grande atrativo

    que proporciona s abelhas, quando a planta est florida, sendo tambm indicada para

    afastar insetos de algumas culturas. O que foi observado que realmente a planta alm da

    atrao das abelhas, muitos insetos ficam sobre a saia da planta, principalmente na parte

    da manh e ao entardecer.

    Esta planta junto da calndula, foram bastante utilizadas para outras observaes

    que sero descritas em outras atividades, alm de pequenos experimentos prticos.

    No caso da Calndula no realizamos adubaes, apenas colhemos suas vrias

    floradas, sementes que tambm so produzidas em grande quantidade. As plantas

    uitlizadas foram provenientes de sementes importadas, que formaram mudas no mesmo

    sistema de produo do manjerico. Quanto as floradas no colhemos todas, mais quanto

    mais corta-se as flores mais botes abriam-se, e pelo que notamos as sementes compradas

    correspondia a um mix de variedades, pois observamos notadamente, flores bem

    alaranjadas e flores em tonalidades amarelas, isso em plantas separadas.

    Com a chegada das chuvas aps Fevereiro, notamos uma diminuio significativa

    na produo de flores e um certo definhamento das plantas em geral. As flores colhidas

    foram secas em estufa de secagem ( 3 dias com T emperatura de 65 C ) e armazenadas

    em sacos de plsticos e protegidos da luz.Colhemos apenas as flores, mas na utilizao para o fabrico de pomadas,

    comum utilizar a planta inteira ( sem as razes ).

    No caso da Slvia adubamos apenas uma vez com uria, com 30 g / planta

    quinze dias aps o plantio das mudas, que foram obtidas via semente utilizando-se da

    mesma metodologia do manjerico.

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    A slvia apresentou alguns problemas de solo ( morte de plantas devido ao mofo

    branco no colo das plantas) devido o nosso solo no ser o ideal para essa planta ( retm

    muita umidade ). A planta floresceu no final de Maro, porm as sementes eram

    inviveis ( todas chochas ) provavelmente devido ao calor. Certamente essa planta

    destinada a produo em solos que retanham pouca umidade; em regies de clima no

    muito amno ( originria do mediterrneo ). Contudo, a planta mostrou uma boa

    aclimatao e produzindo plantas vigorosas.

    Realizamos algumas coletas das folhas da slvia para serem secas em estufa no

    mesmo procedimento realizado para as flores da calndula. Coletamos as folhas de

    diversas formas: recepa total da planta ( apresentou baixa rebrota e at morte de algumas

    plantas ); coleta das folhas das bordas das rosetas, mostrando boa rebrota e boa adaptao

    da planta; corte parcias de um pedao da roseta e tambm mostrou boa rebrota. O

    importante da colheita da slvia, pelo observado, tentar cortar sempre as folhas mais

    velhas que ficam nas extremidades das rosetas.

    No observamos competio significativa de plantas daninhas, sendo que as

    capinas e mondas ficaram restritas a fase inicial de pegamento das plantas, aps o plantio.

    O restante das plantas citadas no Quadro- III, foram trabalhadas em outras

    atividades que ainda sero descritas. Algumas delas, coletamos apenas sementes efizemos alguns testes de propagao.

    2. Produo de Mudas Para Disciplina De Produo de Plantas Medicinais e

    Aromticas ( Bandejas, Estufas e Floating ).

    Uma das propostas pensadas para a segunda turma da Disciplina de Plantas

    Medicinais e Aromticas, era da conduo de pequenos experimentos para obteno e

    comparao de dados quanto produo das de algumas plantas. Assim, foi realizado a

    produo de mudas de : calndula, manjerico, alecrim, tomilho; com 7 bandejas de cada

    planta.

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    Parte foi propagada via estaca: tomilho e alecrim; e outras via semente: calndula

    e manjerico. As bandejas de alecrim, foi utilizado vermiculita como susbstrato e a

    bandeja de isospor de 128 clulas; para o restante foi utlizado bandeja de isopor de 240

    clulas e substrato comercial da PLANTMAX. Essa atividade foi realizada entre os dias

    26 ao 28 / 01 / 1999. Aps um ms foram conduzidas at um floating ( construido com

    tijolos, areia no cho base, plstico preto ) com cerca de 15 cm de profundidade. O

    floating foi preenchido com gua at a altura de 10 cm, sendo diludo aps isso, o

    adubo 20-20-20 ( concentrado ) na proporo de 1 g / litro.

    A inteno da utilizao dess sistema era de conseguirmos um adiantamento nas

    mudas ( manjerico e calndula ) e uma certa uniformidade, com mudas mais vigorosas.

    Infelizmente no foi bem isso o que aconteceu:

    As bandejas de calndula ficaram com excesso de umidade e acabaram

    morrendo quase todas as plantas. Essas plantas foram amarelecendo e apresentando um

    degeneramento gradativo do seu tecido ( observou-se um certo liquefao dos tecidos,

    provavelmente devido ao ataque de alguma bactria ). Acredito que o maior problema foi

    quanto ao substrato utilizado.

    As bandejas de manjerico, tiveram suas mudas estioladas, com certeza pelo

    excesso da dose da frmula utilizada. Perdemos algumas plantas com excesso de

    umidade tambm, mas no apresentou sintomas de doena.

    3. Colheita de Sementes de Algumas Plantas e Seu Beneficiamento.

    Com o decorrer das vrias atividades ocorridas, tambm fui coletando sementes

    de algumas plantas: funcho, manjerico, calndula, artemisia e alfavaco. As sementes de

    artemisia e funcho, so fceis de se beneficiar. Coletava suas sumidades floridas secas (

    seus captulos ) e armazenava em sacos plsticos. Para o funcho, numa secagem ao sol,

    que elas vo se soltando dos captulos; neste ponto podemos bater as sementes num

    anteparo ou peneira que as sementes se desprenderam com facilidade e depois basta

    selecionar as melhores sementes.

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    As sementes da artemisia, desprendem-se facilmente dos seus casptulos, ento

    devemos esperar o ponto correto de secagem e com uso de anteparos, separar as

    sementes. As sementes so muito pequenas, iguais as sementes da camomila. Segundo

    FURLAM ( 1998 ), a camomila tm em uma grama cerca de 10.000 sementes, o que

    provavelmente deva valer para o caso da artemisia.

    As sementes de manjerico e do alfavaco tambm so colhidas quando as suas

    espiguetas esto secas ( facilmente observvel na planta, pois os ramos que as possuem,

    tambm secam ). Seu beneficiamento decorre da utilizao de um conjunto de peneiras;

    uma grossa para podermos separam as sumidades das espiguetas das sementes, sendo que

    a mesma pode possuir um clivo grosso ( retirada da parte mais grosseira ). Depois,

    sobram muitas sementes, bastante p e pequenas parte das espiguetas. Este ponto mais

    complicados, temos sementes de vrios tamanhos e muito leves, e portanto difceis de

    separao. A melhor opao separar as sementes maiores com ajuda de um conjunto de

    peneiras.

    As sementes de calndula so mais fceis de separao devido ao seu grande

    tamanho. Podemos utilizar apenas uma peneira de arame de clivo grosso, pois ser

    suficiente para separao das sementes da sumidades floridas secas.

    Vale lembrar que devemos acondicionar bem as semente em embalagens

    hermticas, protegidas da luz solar e se possvel em baixas temperaturas e com umidadecontrolada.

    4. Idealizao e Planejamento da Nossa Coleo de Plantas.

    Uma das idias quanto ao espao destinado as nossas plantas medicinais e

    aromticas na horta, era da execuo de uma coleo. As plantas ficariam alocadas num

    nmero de quatro ou cinco por canteiro de 20 m, separadas por madeiras e identificadas

    por placas com seu nome comum, cientfico e famlia.

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    Para tal atividade haviamos separado os canteiros de alvenaria existentes na horta,

    os quais j estavam repletos de plantas medicinais, mais de forma no ordenada. A

    inteno era de propagarmos essas plantas e organiz-las, sendo que as mesmas serviriam

    de futuros matrizeiros para nossos experimentos.

    Realizamos algumas tentativas, mais essa atividade ficou em segundo plano, mas

    mesmo assim foram colocadas algumas placas com experincia e realizados alguns

    canteiros. Assim colocamos um canteiro manjerona e manjerico; identificamos com

    placas os canteiros de alecrim, tomilho e manjerona / manjerico.

    Entendo que este trabalho importanto e que posteriormente deva ser realizado.

    5. Canteiro de Erva-Cidreira (Lippia alba)

    A realizao deste canteiro enquadra dentro da proposta do item anteriormente

    discutido. Separamos e preparamos parte de um dos canteiros de alvenaria e plantamos a

    erva-cidreira num espaamente de 35 cm entre plantas e 35 cm entre linhas. Na realidade

    esta prtica no tm nada de novo, porm o inesperado foi o comportamento das plantas;

    parte delas desenvolveram-se muito bem e parte no. Aps algumas explanaes, a

    prpria planta nos deu a resposta: parte do canteiro recebia sombreamento na maior parte

    da tarde e a outra parte ficava direto a pleno sol; portanto vimos que a planta no se

    desenvolve muito bem se ficar a pleno sol durante todo o dia ( planta de meia-sombra).

    6. Teste de Germinao com Calndula e Manjerico

    Com a obteno de sementes dos canteiros manejados, resolvemos analisar e

    testar a taxa de germinao do lote que obtivemos. Este teste foram realizados no

    Departamento de Sementes, onde seguimos as normas padres de teste para essas

    sementes.

    Basicamente os testes consistiam na alocao das sementes em recipientes

    chamados de GERBOX ( especificos para testes de germinao ). O fundo destes

    recipientes eram forrados com papel filtro n2 ( tambm especfico para os GERBOX ),

    sendo que os mesmos j possuiam marcas especficas para alocao das sementes.

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    Cada tratamento, continha quatro repeties ( A, B, C e D ). Os tratamentos

    consistiam da embebio de um volume especfico de soluo de KNO3 e gua ( o

    volume funo do peso do papel filtro ). Depois os GERBOX eram vedados e

    colocados numa cmara de germinao com T= 42 C por 14 dias.

    O teste exigia duas contagens das sementes quanto as plantas germinadas

    normais, plantas germinadas anormais e plantas mortas; uma contagem feita ao stimo

    dia e a segunda ao dcimo quarto dia.

    Repetimos este teste duas vezes nos mesmos padres em datas distintas. Os

    resultados comentrios e discusses sero apresentados num outro trabalho e no neste

    relatrio, onde o enfoque quanto s atividades realizadas.

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    7. Levantamento Bibliogrfico e Sites de Interesse.

    Esta foi umas das atividades que fui realizando com o decorrer do estgio em

    funo da pequena gama de recursos bibliogrficos existentes. Existem muitas

    informaes que devemos desconfiar e comparar com outras fontes, mas o intuito deste

    trabalho era de tentar reunir a maior quantidade de informaes possveis. Assim temos:

    SITE URL http:// www. ( complemento abaixo )Babosa geocities.com/HotSprings/1691/index.html

    Babosa cfsan.fda.gov/cos_toc.html

    Babosa csdl.tamu.edu/FLORA/newgate/cronag.htm

    Babosa aloe_spectrum.com/html/body_aloe.htm

    Babosa advmfg.co.za/andrew/ewt/traffic/news_traffic/books_aloe.html

    Babosa guiaholistica.com/fito3es.htm

    Slvia wholeherb.com/ID/HG206B.HTM

    Slvia sbherbals.com/1297HotM.htmlSlvia vg.com/vg/timelife/cg/Books/E10/Html/E10074x%2E.html

    Slvia sequentialhealing.com/herbs/sage.html

    Slvia gardenguides.com/herbs/sage.htm

    Slvia area-39.com/health/sage.htm

    Slvia apv.ethz.ch/salvia%20officinalis/

    Slvia geocities.com/RainForest/Vines/7025/salvia_officinalis.html

    Slvia hort.purdue.edu/newcrop/procedings1993/V2_620.html

    Slvia jacoly.com/herb_s.htm

    Slvia csdl.tamu.edu/FLORA/Mi01/

    Gerais chili.rt66.com/hRbmoore/Gerais cpqba.unicamp.com.br/

    Gerais (babosa) gothica.com/IASC/index.html

    Gerais cotianet.com.br/eco/herb/fichas.htm

    Gerais FAO.org/

    Gerais USDA.gov/

    Gerais cgi.pathfinder.com/cgi_bin

    Gerais bubblemouth.pathfinder.com/

    Gerais botanical.com

    Gerais healthcentre.org.UK/hc/alternatives/herbal_monographs/

    Existem muitos outros sites, mas a partir destes podemos acessar muitos outros e

    portanto no compensa ficar citando aqui. Quanto aos livros, a maioria foi utilizada e ser

    citada na bibliografia.

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    8. Pesquisa SobreAloe spp: Levantamento Bibliogrfico.

    Esta atividade foi realizada com o intuito de levantarmos todas as informaes

    possveis sobre Aloe spp, devido a possibilidade da viabilidade de projetos com esta

    planta que segundo nossas expectativas, poderia ser muito promissor. Esse levantamento

    ser apresentado resumidamente como apndice deste trabalho.

    9. Apoio s Aulas Prticas da Disciplina de Produo de Plantas Medicinais e

    Aromticas.

    Dentro das atividades realizadas tambm pude acompanhar e ajudar nas aulas

    prticas quanto a testes realizados, prticas, visitas, entre outros. As principais atividades

    sero apresentadas a seguir e estaro explicadas no apndice:

    Aula de Montagem dos Experimentos na ESALQ.

    Aula de Montagem dos Experimentos na UNIMEP.

    Aula de Propagao de Plantas I.

    Aula de Propagao de Plantas II.

    Aula de Processamento das Ervas Medicinais e Aromticas.

    Aula Anlise Sensorial.

    10. Teste de Secagem de Ervas Aromticas.Hoje em dia muitas pessoas passaram a utilizar de ervas aromticas desidratadas,

    porisso resolvi desidratar algumas ervas para teste de produto. As ervas utilizadas foram

    salsinha, cebolinha e tomilho.

    A salsinha e cebolinha foram picotadas em pequenos tamanhos ( cerca de 3 cm ) e

    alocadas em bandejas, devidamente preparadas. Depois foram levadas para a estufa, onde

    permaneceram por trs dias 60 C. Recomenda-se no ultrapassar a 42 C de

    temperatura para no perdemos e no degradarmos substncias volteis e de baixaestabilidade ao calor; porm este teste queramos averiguar aparncia do produto final e

    quanto o mesmo perderia de suas carctersticas organolpticas.

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    A salsinha e cebolinha perderam em muito a colorao esverdeada, o aroma ficou

    bem forte e caracterstico ( porm deve-se ter perdido quase todos os compostos volteis,

    principalmente os leos essenciais ).

    No caso tomilho secamos seus ramos como haviam sido colhidos no campo e

    procedemos com o mesmo mtodo de secagem. O tomilho perdeu muito do seu cheiro

    caracterstico e ficou meio amarelado.

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    PARTE III - CONCLUSES, BIBLIOGRAFIAS E APNDICES

    O tema Plantas Medicinais e Aromticas complexo. Envolve muitos

    profissionais, muitos conceitos que extravasam o mbito agronmico e porisso, temos de

    ter muito cuidado com o que fazemos e onde atuamos.

    Atualmente a babosa (Aloe spp ), espelha um pouco da realidade desta rea. De

    um lado profissionais srios tentando estudar a planta, conhec-la no seu ntimo para que

    possamos utiliz-la da forma mais correta e para os fins adequados; do outro pessoas a

    receitar milagres, como se a planta assim fosse: verdadeiramente, um abuso da

    desinformao das pessoas, levando-as at o limite do risco e a ter outros problemas que

    ela mesmo desconhece.

    A proposta deste trabalho reside basicamente na idia de que temos uma demanda

    enorme destas plantas, sejam aromticas ou medicinais, mas que devido a gama de

    desinformaes em veiculao, exige e necessita de estudos profundos desde do

    reconhecimento correto das plantas, sua manipulao adequada, at o consumo final.

    Temos que desvendar conceitos bsicos das prticas agronmicas, que nos

    permita obtermos escala e qualidade. Com certeza para o produtor que atingir este nvel,

    obter retornos significativos e animadores; a de se considerar a necessidade de poucaterra agriculturvel para tal.

    Hoje temos falta de veculos de informaes adequadas s prticas agronmicas e

    profissionais que consiguam unir esta verdadeira colcha de retalhos. Na minha opinio,

    as pesquisas tm muito a caminhar, muito a retornar aos produtores e sem dvida alguma,

    com o enorme potncial que o Brasil tm, de criarmos um ramo da agricultura forte e

    extremamente rentvel. Temos que unir os elos da corrente, juntar esforos dos

    diferentes profissionais envolvidos com o tema, e criar a cadeia das Plantas Medicinais

    e Aromticas.

    Contudo, foi extremamente valiosa esta oportunidade, para na verdade iniciar um

    trabalho extenso e infindvel, mas extremamente apaixonante pelo prprio tema.

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    BIBLIOGRAFIA

    ACCORSI, WALTER RADAMS..Programa de Plantas Medicinais e

    Fitoterapia: Medicina Popular e Fitoterapia. Edio Cursos Agrozootcnicos ESALQ-USP. Piracicaba. So Paulo. 1994. 81p.

    BORNHAUSEN, ROSY L.. As Ervas do Stio: Histria, Magia, Sade, Culinriae Cosmtica. Editora M.A.S. . So Paulo.1993.-p

    CASTRO, LUS OSRIO; VERA MARIA CHEMALE. Plantas MedicinaisCondimentares e Aromticas: Descrio e Cultivo.Editora Agropecuria.SoPaulo.1995.-p

    CORREA JR, CIRINO; LIN CHAU MING; MARIANE CHRISTINA

    SCHEFFER. Cultivo de Plantas Medicinais, Condimentares e Aromticas. EditoraFUNEP-Jaboticabal. So Paulo. 1994.-p

    CROW, W. B. .Propriedades Ocultas das Ervas e Plantas. Editora HEMUS. SoPaulo.1993.-p

    FURLAN, MARCOS ROBERTO. Cultivo de Plantas Medicinais. ColeoAgroindstria, 13. Edio SEBRAE - Cuiab. Mato Grosso.1998.137p.

    FURLAN, MARCOS ROBERTO. Ervas e Temperos: Cultivo eComercializao. Coleo Agroindstria, 15. Edio SEBRAE - Cuiab. Mato

    Grosso.1998.128p.

    GIACOMETTI, DALMO C. . Ervas Condimentares e Especiarias. EditoraNOBEL. So Paulo.1989.-p

    GLRIA, BEATRIZ APPEZZATO DA. Programa de Plantas Medicinais eFitoterapia: Estruturas Secretoras nos Vegetais Superiores. Edio CursosAgrozootcnicos ESALQ-USP. Piracicaba. So Paulo. 1994. 81p.

    JACOBS, BETTY E. M. .Ervas: Como Cultivar e Utilizar com Sucesso. EditoraNOBEL. So Paulo.1998.-p

    MARANCA, GUIDO.Plantas Aromticas na Alimentao. Editora NOBEL. SoPaulo.1986.-p

    MARTINS, ERNANE RONIE... [et al] . Plantas Medicinais. Edio ImprensaUniversitria - UFV. Viosa. Minas Gerais. 1995. 220p.

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    MIRANDA, PEDRO. Segredos e Virtudes das Plantas Medicinais. Internet.

    1998.URL: http//www.winbr.com/abc/medicina.htm.

    ROCHA, MARCO AURLIO.Fitoterapia. Internet. 1998.URL: http//www.geocities.com/Athens/Parthenon/5140/Substveg.htm

    RUDDER, E. A. MAURY CHANTAL DE. Enciclopdia Compacta da CuraPelas Plantas Medicinais. Editora RIDEL. Santa Terezinha. So Paulo. 1998. 504p.

    STASI, LUS CLADIO DI.Plantas Medicinais: Arte e Cincia, Um Guia deEstudos Interdiciplinares.Editora FUNEP-Botucatu .So Paulo.1996. -p.

    VON HERTWIG, IGOR FRANSCISCO. Plantas Aromticas e Medicinais.Editora ICONE. So Paulo. 1991. 414p.

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    APNDICE: TABELAS, GRFICOS E OUTROS

    Aula de Montagem dos Experimentos na ESALQ.

    Aula de Montagem dos Experimentos na UNIMEP.2 Aula Prtica ( 01/03/1999 ): UNIMEP

    Nome da Planta Manjerico (Ocimum basilicum)Famlia Labiatae (Oriente Mdio e Norte da frica )Propagao Estacas de galho e sementes.Semente ~ 700 / grama .Solo Adapta-se melhor a solos argilo-arenosos, com bastante matria orgnica e

    bem drenado.Clima A Planta prefere locais ensolarados e regies mais frias cultivado como

    anual, e nas mais quentes como perene. No tolera geadas e ventoAltura 0,50 a 0,80 m

    Espaamento 0,50 entre linhas e 0,30 m entre plantas.Tratos Culturais Irrigao at o pegamento da planta, capinas , mndoas e poda dasinflorescncias para que a planta possa desenvolver massa verde.

    Parte Prtica : Experimento de AdubaoEste experimento pretende averiguar a influncia das diferentes doses de

    Nitrognio na cultura de Manjerico ( Ocimum basilicum ) :Temos 3 Tratamentos representados pelas seguintes doses de Nitrognio: 0, 30

    e 60 g/m( a adubao de 60 g deve ser parcelada em duas vezes ).Utilizar o espaamento de 50 cm entre linhas e 30 cm entre plantas. Temos 4 Repeties e portanto, um total de 12 parcelas que devero ser

    identificadas ( com letra ou nmero que represente a dose de nitrognio correspondente,o qual obtido por meio de sorteio ).Utilizar 10 plantas por parcela ( Total de 120 mudas ). A primeira adubao deve ser realizada quinze dias aps o plantio, ou seja,

    dose nica para as parcelas que recebero 30 g e meia dose ( 30 g ) para as parcelas querecebero 60 g. Quinze depois realizar a segunda adubao nas parcelas de 60 g.

    Conduo da CulturaO grupo dever realizar as prticas culturais relevantes a cultura.Observar o desenvolvimento da cultura:

    - Ver qual cultura se estabeleceu primeiro;

    - Qual sofreu maior concorrncia de plantas invasoras e em qual fase dacultura;

    - Acompanhar o crescimento das plantas das parcelas ( obter altura mdia dasplantas por parcela semanalmente ).

    - Relatar ataques de pragas e/ou doenas;- Outras observaes relevantes.

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    2 Aula Prtica ( 01/03/1999 ): UNIMEP

    Nome da Planta Alecrim (Rosmarinus officinalis)Famlia Labiatae ( originrio do Mediterrneo )

    Propagao Estacas de galho e sementes.Semente ~ 1000 / grama .Solo Fazer correo com calcrio quando necessrio e devem ser bem drenados.

    O alecrim no exigente quanto a fertilidade do solo,responde adubao.Clima Planta de Clima Temperado-brando, gosta locais ensolaradosAltura 1,50 mEspaamento 0,80 a 1,00 m entre linhas e 0,50 a 0,80 m entre plantas.Tratos Culturais Reposio das falhas de plantio, revolvimento do solo e capinas eventuais..

    Parte Prtica : Experimento de Espaamento

    Este experimento pretende averiguar a influncia dos diferentes espaamentos nacultura de Alecrim (Rosmarinus officinalis ) :Temos 3 Tratamentos representados pelos seguintes espaamentos entre linhas:

    0,70 m, 1,00 m e 1,30 m; e espaamento fixo entre plantas de 0,50 m. Temos 4 Repeties e portanto, um total de 12 parcelas que devero ser

    identificadas ( com letra ou nmero que represente o espaamento correspondente, o qualobtido por meio de sorteio ).

    Utilizar 10 plantas por parcela ( Total de 120 mudas ).As mudas foram feitas em 26 / 01, ficaram em regime intermitente de irrigao

    ( nebulizao com fogger ). Foi utilizado IBA para um melhor pegamento.

    Conduo da Cultura

    O grupo dever realizar as prticas culturais relevantes a cultura.Observar o desenvolvimento da cultura:

    - Ver qual cultura se estabeleceu primeiro;- Qual sofreu maior concorrncia de plantas invasoras e em qual fase da

    cultura;- Acompanhar o crescimento das plantas das parcelas ( obter altura mdia das

    plantas por parcela semanalmente ).- Relatar ataques de pragas e/ou doenas;- Outras observaes relevantes.

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    2 Aula Prtica ( 01/03/1999 ): UNIMEP

    Nome da Planta Tomilho (Thymus vulgaris )Famlia Labiatae ( originrio do Mediterrneo )

    Propagao Estacas de galho, sementes e diviso de touceiraSemente ~ 4000 / grama ( germinao em quinze dias )Solo Evitar solos muito argiloso devido reteno de guaClima Planta de Clima Temperado, de locais de maior altitude e frio amno.

    Prefere locais ensolarados e no se desenvolve bem sombra.Altura 40 cmEspaamento 30 a 50 cm entre linhas e 20 a 30 cm entre plantas.Tratos Culturais Capina, mndoas e/ou uso de bagacinho de cana.

    Parte Prtica : Experimento de Adubao

    Este experimento pretende averiguar a influncia das diferentes doses deNitrognio na cultura de Tomilho ( Thymus vulgaris ) :Temos 3 Tratamentos representados pelas seguintes doses de Nitrognio: 0, 30

    e 60 g/m( a adubao de 60 g deve ser parcelada em duas vezes ).Utilizar o espaamento de 50 cm entre linhas e 30 cm entre plantas. Temos 4 Repeties e portanto, um total de 12 parcelas que devero ser

    identificadas ( com letra ou nmero que represente a dose de nitrognio correspondente,o qual obtido por meio de sorteio ).

    Utilizar 10 plantas por parcela ( Total de 120 mudas ).As mudas foram feitas em 26 / 01, ficaram em regime intermitente de irrigao

    ( nebulizao com fogger ). Foi utilizado IBA para um melhor pegamento.

    A primeira adubao deve ser realizada quinze dias aps o plantio, ou seja,dose nica para as parcelas que recebero 30 g e meia dose ( 30 g ) para as parcelas querecebero 60 g. Quinze depois realizar a segunda adubao nas parcelas de 60 g.

    Conduo da Cultura

    O grupo dever realizar as prticas culturais relevantes a cultura.Observar o desenvolvimento da cultura:

    - Ver qual cultura se estabeleceu primeiro;- Qual sofreu maior concorrncia de plantas invasoras e em qual fase da

    cultura;

    - Acompanhar o crescimento das plantas das parcelas ( obter altura mdia dasplantas por parcela semanalmente ).

    - Relatar ataques de pragas e/ou doenas;- Outras observaes relevantes.

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    2 Aula Prtica ( 01/03/1999 ): UNIMEP

    Nome da Planta Tomilho (Thymus vulgaris )Famlia Labiatae ( originrio do Mediterrneo )

    Propagao Estacas de galho, sementes e diviso de touceiraSemente ~ 4000 / grama ( germinao em quinze dias )Solo Evitar solos muito argiloso devido reteno de guaClima Planta de Clima Temperado, de locais de maior altitude e frio amno.

    Prefere locais ensolarados e no se desenvolve bem sombra.Altura 40 cmEspaamento 30 a 50 cm entre linhas e 20 a 30 cm entre plantas.Tratos Culturais Capina, mndoas e/ou uso de bagacinho de cana.

    Parte Prtica : Experimento de Espaamento

    Este experimento pretende averiguar a influncia dos diferentes espaamentos nacultura de Tomilho ( Thymus vulgaris ) :Temos 3 Tratamentos representados pelos seguintes espaamentos entre linhas:

    20cm, 40 cm e 60 cm; e espaamento fixo entre plantas de 30 cm. Temos 4 Repeties e portanto, um total de 12 parcelas que devero ser

    identificadas ( com letra ou nmero que represente o espaamento correspondente, o qualobtido por meio de sorteio ).

    Utilizar 10 plantas por parcela ( Total de 120 mudas ).As mudas foram feitas em 26 / 01, ficaram em regime intermitente de irrigao

    ( nebulizao com fogger ). Foi utilizado IBA para um melhor pegamento.

    Conduo da Cultura

    O grupo dever realizar as prticas culturais relevantes a cultura.Observar o desenvolvimento da cultura:

    - Ver qual cultura se estabeleceu primeiro;- Qual sofreu maior concorrncia de plantas invasoras e em qual fase da

    cultura;- Acompanhar o crescimento das plantas das parcelas ( obter altura mdia das

    plantas por parcela semanalmente ).- Relatar ataques de pragas e/ou doenas;- Outras observaes relevantes.

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    Aula de Propagao de Plantas I.

    Aula de Propagao de Plantas II.

    Esta aula consistiu na propagao via sementes de algumas culturas: Aneto,

    Coentro, Manjerico, Camomila, Manjerona e Segurelha. O propsito desta aula alm da

    prtica de propagao dessas espcies, era o posterior envasamento das mesmas em

    sacos plsticos ( prprio para mudas ), tentando reproduzir umas das prticas comuns a

    quem trabalha com produo de mudas.

    Esta etapa de envasamento, foi realizada cerca de 40 dias aps o plantio em

    bandejas de isopor. Para o envasamento utilizamos sustrato tipo PLANTMAX .

    A seguir temos as fichas de algumas dessas plantas:

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    Coriandrum sativum

    HistricoCultivado h mais de trs mil anos, o Coentro j mencionado nos textos em

    Snscrito, nos papiros Egpcios, alm da Bblia, onde o "Man" comparado s sementesdo Coentro. Os chineses acreditavam nos poderes de imortalizao do Coentro e na IdadeMdia era colocado em poes de amor como afrodisaco. Foi trazido Europa pelos

    romanos, que misturavam o Coentro com vinagre para conservar a carne.

    Como produzidoEsta erva anual da famlia das umbelferas, pode ser produzida em semeadura

    direta em canteiros de solo frtil ( devidamente corrigido ) e bem drenado. Sabe-se queuma adubao mineral com nitrognio pode interferir de forma prejudicial quanto aproduo de princpios ativos, apesar de promover aumento de massa. O uso adequado dedoses de fsforo, pode causar efeito inverso ao do nitrognio, ou seja, promover aumentoda produo de princpios ativos.

    A produo pode tambm ser realizada em bandejas e com a utilizao desubstrato comercial, utilizando-se de controle da irrigao ( asperso ) e dos fatores

    ambientais ( temperatura, umidade, etc ).

    Uso culinrioMuito conhecido da cozinha brasileira, em especial da cozinha do Norte e

    Nordeste, o Coentro tem um aroma especial que combina muito com pratos de frutos domar na forma de marinadas e caldos de peixe. Faz parte do famoso molho "curry".

    Uso teraputicoO ch de Coentro indicado para aliviar dores de estmago. Compressas feitas

    com as suas folhas do alvio a inflamaes e dores nas juntas.

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    Satureja hortensis

    HistricoO uso da Segurelha remonta h mais de dois mil anos, onde j era usada como

    tempero por gregos e romanos. O termo em latin satureja significa stiro emreferncia aos seres mitolgicos stiros, que eram metade homem e metade bode, osquais dominavam a utilizao destas ervas para exarcebar ou reprimir os seus intintos.

    Conhecida por seus poderes afrodisacos, tambm era usada como anti-spticono combate s pragas. De origem Mediterrnea, foi levada pelos romanos para o Norte daEuropa, de onde espalhou-se pelo mundo como importante especiaria. tema de vriospoemas, de Virglio a Shakespeare.

    Como produzidaA segurelha, erva anual que atinge cerca de 30 cm de altura, pode ser produzida

    em canteiros devidamente preparados ( canterios comuns jardinagem, com bom teor dematria orgnica e de boa drenagem) usando-se de semeadura direta com espaamento de30 cm entre fileiras. Aps a emerso das plntulas, deve-se realizar um desbaste dasmesmas, de forma a termos o espaamento de 10 a 15 cm entre plantas.

    A produo dentro de estufas, realizada por semeadura em bandejas de isoporcom substrato comercial de boa qualidade, utilizando-se de sistema de irrigaorigorosamente controlado ( asperso ) e no caso da produo de estacas, com fogger emregime intermitente e nas condies e ambiente ideais para o desenvolvimento da planta.A produo em bandejas altamente vantajosa pela no execuo do desbaste e obtenode mudas sadias. Esta erva desenvolve-se bem a pleno sol e prefere solos com pH emtorno de 6.8, portanto recomendvel uma anlise de solo e uma posterior correo casonecessrio.

    Uso culinrioAlm de ser bom digestivo, muito usada para acompanhar o feijo, dando

    sabor a legumes, carnes, peixes, fgado e sopas. parte essencial dos famosos FinesHerbes e Herbes de Provence (temperos franceses com vrias ervas).

    Uso teraputicoCom poderes para estimular os sentidos, a Segurelha recomendada

    especialmente para ativar o apetite e nos casos de clicas e indigesto. um anti-spticoconhecido para o tratamento de picadas de insetos.

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    Alfavaca ou Manjerico

    Lendas e Mitos: a erva das fbulas Na Idade Mdia acreditava-se que um ramo de alfavacanum recipiente espantava escorpies.Oriundo da ndia, o manjerico grande veneradocomo planta imbuda de essncia divina (consagrada a Krishna e Vishnu), por isso osindianos o escolheram para fazerem sobre a erva os juramentos em tribunal; alm dissoela colocada no peito dos mortos para servir de passaporte para o paraso. Encontrou-semanjerico grande em volta do tmulo de Cristo depois da ressurreio, por isso algumasigrejas ortodoxas o usam para preparar a gua benta e tm vasos embaixo dos altares.

    Em Creta, o manjerico simbolizava o amor banhado com lgrimas e na Itlia usado como prova de amor. Plantadas nos tmulos, os hindus acreditavam ser opassaporte para o paraso. Em Minas gerais era usado nos velrios por causa do seu

    cheiro. Na Itlia oferece-se o manjerico como prova de fidelidade pessoa amada. NoHaiti acompanha a deusa pag do amor, Erzulie, como uma poderosa proteo e ascamponesas mexicanas nuitas vezes trazem-no no bolso para atrarem o olhar de algumeventual apaixonado.

    Outras espcies:Manjerico de folha mida ou de santa cruz : O. minimumManjerico de folha crespa: O. crispumManjerico de folha roxa: O. purpureumAlfavaco : O. graissimun.

    Propriedades Medicinal:As folhas so ricas em vitamina A e C, alm de ter vitaminas B (1,2 e 3) e so

    uma fonte de minerais (clcio, fsforo e ferro); so sudorferas e diurticas, indicadaspara os casos de ardor ao urinar. Bom para compressas nos bicos doloridos das lactantes.Auxilia na boa circulao, pele, dores reumticas, tosse e resfriados. Ajuda fazer adigesto. Afasta fadiga. Bom para aftas. D excelente pomada antibacteriana.

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    Fitoterpicos: Alguns Dados de Mercado

    URL: http://www.bdt.org.br/~marinez/padct.bio/cap10/eloint.html

    Eloi S. Garcia - FIOCRUZ ([email protected])

    Tabela 1. CLASSIFICAO1.1. Produtos naturais de origem vegetal quimicamente definidos cujo uso

    principal medicinal (*tambm disponveis por via sinttica)AlonaAtropinaCodeinaDigitoxinaDigoxinaEmetinaEscopolamina (Hioscina)MorfinaPilocarpinaQuercetinaQuinidinaReserpinaRutinab-SitosterolTeofilina*VimblastinaVincristina

    1.2. Produtos naturais de origem vegetal quimicamente definidos empregados namedicina mas cujo uso principal outro que medicinalBromelainaCafena*Cumarina*PapanaQuininaTeobromina

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    1.3. Produtos naturais de origem vegetal no definidos quimicamente cujo usoprincipal medicinal, formulao farmacutica ou cosmtico/alimentcio comimplicaes medicinais e que so comercializados mundialmente por longo tempoAgar-agarAlcauz , Glycirrhiza glabra

    glicirrizinaextrato de alcauzAlcauz brasileiro, extrato da raiz, Periandra dulcisAlfarroba (p ou farinha para a indstria farmacutica)Aloes, extrato ou gel, e AlonaAssa fetida, resina da raiz, Ferula foetida ou F. asa-foetidaBlsamo de PeruBlsamo de ToluCapim limo, leo essencial, Cymbopogon citratusCastanha-do-par, leo da sementeCatharanthus roseus ou Vinca rosea, extrato da raiz

    Copaba, leo ou balsamoCopal (podendo ser de outros gneros que no Copaifera)Cumaru, extratoCumaru, favas ou sementes (Tonka beans)Datura sp., sucoDigital, extratoEucalipto, leo essencialGuaran, extrato ou solvelIpeca, raizIp roxo ou pau d'arco, extratoJalapa, resina ou p

    Noz-de-kola, p de semente, Cola acuminata, C. nitidapio, resina da cpsula, Papaver somniferumPfaffia paniculata, extratoTaiuia, p de raiz, Cayaponia tayuyaYoimbina, casca rasurada, ?

    1.4. Produtos naturais de origem vegetal, no definidos quimicamente,empregados na medicina mas cujo uso principal outro que medicinal e que socomercializados mundialmente por longo tempo

    Musgo de irlanda ou carrageenan ou hipnean

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    1.5. Plantas usadas e comercializadas in natura no Brasil e no exterior e que tmuso medicinal. (Em alguns casos a espcie empregada no exterior difere daquelamais usada no Brasil embora o nome comum possa ser o mesmo).

    Abacateiro, folhas, Persea americanaAbsinto/losna, folhas e flor, Artemisia absinthium

    Abutua/ parreira brava, raiz, caule, Chondodendron platyphyllumAgrimnia, Agrimonia eupatoriaAlcachofra, folhas, Cynara scolymusAlecrim-do-norte, fruto, Vitex agnus-castusAlho, bulbo, Allium sativumAloes, folha, Aloe barbadensisAnglica, raiz, Angelica archangelicaAngico, folhas (?), Piptadenia colubrinaAniz, semente, Pimpinella anisumArnica, flor, Arnica montanaAroeira, folhas, casca, Schinus terebinthifolius

    Arruda, Ruta graveolensBaicuru, folhas, Statice brasiliensisBeladona, fruto, Atropa belladonaBonina, folha, Bellis perennisCambar branco, folhas, Lantana camaraCambu, casca e lenho, Piptadenia colubrinaCamomila, flor, Matricaria camomillaCnhamo-do-canad, raiz, Apocynum cannabinumCapuz-de-frade, tbero, Aconitum napellusCardamomo, fruto, Elettaria cardamomumCaroba, raiz, (?)

    Carqueja, Baccharis trimera, B. stenocephala, B.gaudichaudiana, B. TripteraCascara sagrada, casca, Rhamnus purshianaCastanha-da-ndia, Aesculus hippocastanum (Hippocastanum vulgare)Catuaba, Erythroxylum catuabaChapeu de couro, Echinodorus muricatus ou E.macrophyllusDigital "droga" (droga quer dizer vegetal seco), Digitalis lanataErva-de-bicho, Polygonum hidropiper (seg. Meira Penna e Cruz mas poderia ser uma

    devrias espcies antelmnticas)Erva-de-bugre, folhas, Casearia sylvestrisErva-prncipe, no identificada

    Espinheira santa, Maytenus ilicifoliaGengibre, rizoma, Zingiber officinaleGinseng, Panax ginseng e outras espcies de Panax, and Siberian ginseng,

    Eleutherococcus senticosusGuaatonga, folhas, (?)Hortel-pimenta, folhas, Mentha piperitaIpeca, raiz, Cephaelis ipecacuanha

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    Ip roxo ou pau d'arco, casca, Tabebuia avellanedae, T. heptaphylla, T. Impetiginosa eoutrasJaborandi, folha, Pilocarpus jaborandi, P. microphyllusJagube, ch, (?)

    Jambolo, fruto, Syzigium jambolanumJapecanga, casca, Smilax japecangaJatob, casca triturada, Hymenea courbarilLosna, folha, Artemisia absinthiumMalva branca ou malvasco, Althaea officinalisMaracuj, folhaMarapuama ou muirapuama, caule, casca, raiz, Ptychopetalum olacoides ou P.

    uncinatumMate, folhas rasuradas, Ilex paraguariensisMelo-de-So-Caetano, frutos, Momordica charanthiaMil-folhas, flor, Achillea millefolium

    Mil-homens, raiz e caule, Aristolochia arenata e outras espciesMutamba, (?)Pacov, raiz e semente, Alpinia speciosaPata-de-Vaca, folhas, Bauhinia forficataPau-ferro, casca, Apuleia ferrea ou Caesalpinia ferreaPau-pereira, casca, Geissospermum laevePedra-um-caa, Myrcia sphaerocarpaPfaffia, Pfaffia paniculata, pQuassia, folha e madeira, Quassia amaraQuebra-pedra, planta inteira, Phyllanthus niruriVelamen-do-campo, raiz e folhas, Croton campestris

    Vinca minor, folha

    1.6. Plantas usados e comercializados in natura no Brasil e no exterior, as quaistm

    uso medicinal, mas cujo uso principal outro

    Aipo, parte area, raiz, Apium graveolensAspargo, Asparagus officinalisCaju, casca, flor e semente, Anacardium occidentaleGuaran, semente ou p de semente, Paullinia cupanaUrucum, sementes, Bixa orellana

    1.7. Produtos naturais quimicamente definidos cujo uso ou comrcio principalmente no pas mas que eventualmente comeam a atrair ateno doexterior

    Lapachol

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    1.8. Produtos naturais de origem vegetal no definidos quimicamente cujo usoprincipal medicinal, formulao farmacutica ou cosmtico/alimentcio comimplicaes medicinais cujo uso ou comrcio principalmente no pas e queeventualmente comeam a atrair ateno do exterior

    Andiroba, leo da semente, Carapa guianenseJatob ou Jutaicica, resina do tronco, Hymenea courbaril

    1.9. Plantas usadas e comercializadas in natura no Brasil mas aparentemente nono exterior e que tm uso medicinal.

    Andiroba, sementes (amndoa), Carapa guyanenseAngico, casca, Piptadenia colubrinaBarbatimo (1), casca, Stryphnodendron barbatiman, S. guyanense var. Floribunda,S.microstachyum

    Barbatimo (2) Jacaranda brasilianaBarbatimo (3) Vaitarea macrocarpa

    1.10. Produtos naturais no discriminados, includos nas categorias aromtico,medicinal, txico ou corante (Comrcio ou Produo interna)

    2. Exportao:Tabela 2. IMPORTAO

    Produto Valor Peso, t=ton US$1.000

    Classe 1.1 1977 1978 1979 1981 1982 1983 1977 1978 1979 1981

    Aloina 3,6 2,2 1,9 - - - 44 29 22 - Atropina 0,07 0,1 0,3 - - - - 16 40 87

    Codeina - - - - 0,6 - - - - -

    Digitoxina 0,009 0,024 0,032 0,008 0,026 0,006 29 125 180 50

    Digoxina - - - 0,036 0,013 - - - - 212

    Emetina 0,002

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    Produto Peso, t=ton Valor, US$1,000

    Classe 1.2 1977 1978 1979 1977 1978 1979

    Bromelina 3,7 2,9 1,7 185 1 32 77

    Cafena* 196 167 235 147 1657 2429

    Cumarina* ~45 38 - ~450 399 -Papana 15,4 9,7 10,6 477 684 627

    Teobromina* 1,8 1,0 1,2 16 17 17

    Classe 1.3 1977 1978 1979 1977 1978 1979

    Alcauz 51 84 168 49 76 129

    glicirrizina 0,7 0,4 2 336 39 166

    extrato raiz Glycyrrhiza glabra 24 23 44 63 78 157

    Alfarroba 12 2,6 0,7 24 7 32

    Aloes 15 12 - 29 17 -

    Arruda, leo 0.01 0.02 - 0.3 0.6 -

    Blsamo de Peru 5 5,6 3,2 64 73 37

    Blsamo de Tolu 2 2 1,6 23 18 13Camomila, flor extrato 0,08 0,01