Manual Boa Pratica

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  • 1Manual da

    Boa Prtica Urolgica

    Orientaes Bsicas Voltadas para o Pblico em Geral

  • 2A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU)

    congrega mais de quatro mil urologistas

    dentre os mdicos que atuam na urologia

    brasileira. Isso corresponde em torno de 90%

    dos profissionais urologistas brasileiros.

    A SBU a maior entidade de Urologia

    na Amrica Latina e a terceira maior

    no mundo.

    A SBU uma entidade de especialidade

    mdica que representa a atividade urolgica

    no pas desde 1926, portanto h mais de 80

    anos. O patrono da SBU o ex-presidente da

    Repblica Juscelino Kubitschek de Oliveira,

    mdico urologista e grande estadista.

    Nessa cartilha, de alcance nacional, voc vai

    aprender um pouco mais dessa especialidade

    maravilhosa, muito alm dos mistrios e

    mitos que a cercam e dos problemas ntimos

    que ela trata. Vai conhecer um pouquinho

    mais sobre a Urologia e constatar por que

    seus profissionais so to apaixonados por

    ela, quanto JK tambm o foi.

    Juscelino Kubitschek de Oliveira

  • 1Diretoria Binio 2008/2009

    Presidente Jos Carlos de Almeida - DF

    Vice-Presidente Jurandir Raimon Costa - MG

    Secretrio-Geral Geraldo Di Biase Filho - RJ

    1o Secretrio Andr Guilherme L. da C. Cavalcanti - RJ

    2o Secretrio Pedro Cortado - SP

    3o Secretrio Jos de Ribamar R.Calixto - MA

    1o Tesoureiro Luciano Alves Favorito - RJ

    2o Tesoureiro Hans Joachim Barg - SC

    3o Tesoureiro Ney Clayton Bueno Barbosa - GO

    Bibliotecrio Henrique da Costa Rodrigues - RJ

    Ficha Tcnica

    Organizador

    Homero Guidi

    Editor

    Jos Carlos de Almeida

    Projeto grfico e diagramao

    Lado a Lado Comunicao e Marketing

    Reviso

    Aline Thomaz - MTB 25937/RJ

    Tiragem

    500 mil exemplares

    Apoio:

  • Ao finalizarmos este manual, acreditamos ter complementado uma lacuna que existia entre a especialidade urolgica e a populao em geral.

    Nosso pas ainda apresenta grande carncia de informao preventiva em sade e esta deficincia provoca grande prejuzo social. Portanto, a direto-ria atual da Sociedade Brasileira de Urologia se sente gratificada e agrade-ce a todos que colaboraram para a concretizao deste material educativo. No texto foi utilizada uma linguagem de fcil entendimento, cujo maior obje-tivo tornar este manual uma fonte de consulta til.

    Caso este trabalho oferea as condies para que a comunidade em geral entenda melhor o universo de ao do urologista e como esse importante profissional mdico poder ajudar a criana, o adolescente, o adulto e o idoso de ambos os gneros, estaremos felizes.

    Boa Leitura!

    Jos Carlos de AlmeidaPresidente da SBU Nacional

    Palavra do Presidente da SBU

  • Sumrio

    I. O que o (a) urologista faz? 5

    II. A SBU no recomenda 9

    III. A SBU recomenda 12

    IV. Conhea o nome dos rgos urinrios e genitais masculinos 17

    V. Concluso 20

  • 4UROLOGIA TICASaiba o que seu urologista pode fazer por voc

    Ao ler este documento, voc entender melhor as funes, limites e recomendaes que fazem parte da boa prtica urolgica. Ao conhecer um pouquinho mais do universo urolgico, certamente estar fazendo parte de um grupo de pessoas mais conscientes sobre as indicaes e procedimentos urolgicos. Com certeza este conhecimento oferecer mais proteo a voc, aos seus amigos e

    aos seus familiares.

    Boa leitura!

  • 5Bexiga

    Uretra

    RinsA Urologia uma especialidade mdica de atuao clnica e cirrgica que diagnostica, trata e previne doenas que envolvem os rgos urinrios de homens e mulheres e tambm dos rgos genitais masculinos e suas funes.

    No uma especialidade que trata somente de homens, porque as mulheres e crianas tambm tm rins, bexiga, uretra (o canal do xixi), ou seja, o trato urinrio (conjunto de rgos relacionados com a produo, transporte, armazenamento e eliminao da urina que existe nos dois sexos).

    Os rgos genitais masculinos englobam o pnis, os testculos, a prstata e a vescula seminal. Os rgos genitais femininos so objetos da Ginecologia (tero, ovrios, vagina, vulva e mamas).

    Atuao clnica e cirrgica significa que o urologista, alm de tratar daquelas doenas que necessitam de medicamentos, tambm opera os casos em que o tratamento envolve cirurgia dos rgos urinrios e genitais.

    As figuras ao lado mostram a grande extenso de rgos que esto sob os cuidados da Urologia.

    I. O que o (a) urologista faz?

    Bexiga

    Prstata

    Uretra

    Pnis

    Testculos

    Vulva

    Bexiga

    Uretra

    Ovrio

    tero

    VaginaVulva

  • 6Doenas comuns

    A relao de doenas mais comuns tambm grande. As mais conhecidas so as pedras urinrias (tambm conhecidas tecnicamente como clculos ou litase urinria) e as doenas da prstata (tanto o crescimento benigno quanto o cncer).

    Mas a lista muito maior. Tumores de rim, de testculo, de bexiga, de suprarrenal (uma glndula pequenininha que fica em cima de cada um dos nossos rins). Problemas de disfuno ertil e sexual masculina, problemas de fertilidade do homem, perda de urina (a chamada incontinncia urinria), malformaes dos genitais e do trato urinrio na criana, testculos que no descem para o escroto (tecnicamente a criptorquidia), traumatismos de pnis, testculo e mesmo acidentes que envolvam os rgos que foram citados. Tudo isso faz parte da Urologia.

    Cirurgias muito conhecidas, como a de fimose e a de vasectomia (para no ter mais filhos), se juntam com outras menos conhecidas como algumas cirurgias envolvendo os ureteres (tubinhos que transportam o xixi do rim para a bexiga), cirurgias de varicocele (varizes das veias testiculares), cirurgias de correo de deformidades penianas, vrias cirurgias por via endoscpica (entrando pelo canal do xixi e atingindo at os rins) ou por via laparoscpica, atravs de pequenos orifcios na barriga (abdmen).

    Clculos renais

  • 7A funo dos rins

    Os rins so rgos de grande importncia no organismo humano e so responsveis pela manuteno do equilbrio orgnico atravs da filtrao do sangue, ao retirar deste as impurezas que devem ser eliminadas pela urina. Quando os rins esto debilitados, deixando de filtrar o sangue, pode ser necessrio um transplante renal. Dentre as funes do urologista citadas acima tambm est o transplante renal, uma cirurgia delicada e um dos mais importantes tratamentos para o paciente com insuficincia renal.

    A Urologia foi a especialidade pioneira a utilizar a endoscopia ainda no sculo XIX! Tudo o que existe hoje se desenvolveu a partir dos equipamentos endoscpicos urolgicos que, no incio, serviam para tratar problemas na bexiga e prstata, sem cortes cirrgicos. J no incio do sculo passado os urologistas no apenas olhavam por dentro mas j operavam por dentro. Eram as cirurgias para tratar o crescimento da prstata que fechava a uretra e os problemas da bexiga (tumores e clculos). O pioneirismo da especialidade na parte tecnolgica no parou por a.

    A Urologia foi uma das primeiras especialidades a utilizar as tcnicas de laparoscopia na dcada de 70 e 80 do sculo passado na localizao de testculos abdominais. Foi pioneira no uso de diferentes LASERs, com grande evoluo de vrios tipos no tratamento de tumores, pedras e problemas prostticos. O refinamento da endoscopia fez progredir o uso do ultrassom como mtodo de fragmentao dos clculos, assim como as ondas eletro-hidrulicas que compem as famosas mquinas de quebrar pedras.

    Cirurgia endoscpica

  • 8A Urologia atualmente uma das especialidades mais envolvidas com a cirurgia robtica e uso de clulas-tronco, estimuladores eltricos, sem contar com as prteses penianas, os transplantes renais e uma enorme lista de outros procedimentos modernos e de alta tecnologia utilizados na medicina moderna.

    Como se tornar urologista?

    A formao de um Urologista envolve muito estudo. Alm dos seis anos da Faculdade de Medicina so mais cinco anos, no mnimo, de Residncia Mdica, com dois anos de cirurgia geral e trs ou mais anos de aprendizado urolgico. Depois disso tudo, o Urologista ainda presta algumas provas rigorosas para a obteno do Ttulo de Especialista. Este ttulo de especialista concedido pela Sociedade Brasileira de Urologia.

    Os especialistas brasileiros elevam a Urologia nacional a um patamar de grande respeito na comunidade urolgica mundial. O que , ao mesmo tempo, uma grande honra e uma grande responsabilidade. A SBU e cada um deles, por todo o Brasil, devem zelar pela excelncia e seriedade da nossa especialidade junto pessoa mais importante nesse processo todo: voc, o nosso paciente.

  • 9Em funo da responsabilidade de oferecer aos brasileiros uma Urologia ao mesmo tempo moderna e tica, a Sociedade Brasileira de Urologia elaborou essa pequena cartilha. Alguns assuntos, principalmente aqueles relacionados com a sexualidade, podem virar alvo fcil de prticas e procedimentos no totalmente justificados ou embasados cientificamente. So tratamentos sem eficcia, que ainda no foram comprovados e/ou testados no seu benefcio e risco. Cuidado com as propagandas enganosas!

    O carter ntimo desses assuntos colabora para que os pacientes possam se tornar vtimas passivas e silenciosas dessas prticas inadequadas e que podem gerar danos irreversveis.

    O melhor remdio e a melhor preveno contra esse fato o conhecimento.

    Conhecer o que comprovado, o que j foi testado e aprovado, seus riscos e benefcios, o meio mais fcil de se evitar o engodo e a tapeao que, infelizmente, podem ocorrer.

    Certos procedimentos, mesmo que sabidamente no aprovados e ainda em carter experimental, so

    II. A SBU no recomenda

  • 10

    muitas vezes alardeados nas revistas, jornais, rdio, televiso e internet com finalidades puramente comerciais. Cumprindo seu papel e considerando o atual estado de conhecimento, a Sociedade Brasileira de Urologia lista abaixo os procedimentos com os quais NO CONCORDA E NO RECOMENDA:

    1. Cirurgias de aumento peniano, indicadas de forma indiscriminada

    2. Anestsicos locais para controle da ejaculao precoce

    3. Cirurgias para controle da ejaculao precoce. As chamadas neurotripsias

    4. Tratamento com injees dentro do pnis em pacientes jovens com o objetivo de tratar a ejaculao precoce

    5. Injees de produtos no pnis para aumentar o dimetro peniano

    6. Curas, anncios e tratamentos milagrosos para os problemas de impotncia masculina

    Na sua funo educativa a SBU ainda quer ajudar os pacientes e todo o pblico leigo a saber ler, ver ou ouvir uma notcia a respeito dos progressos que se fazem na Medicina.

    Existe uma distncia muito grande entre um conhecimento que s vezes demonstrado em cobaias ou mesmo no laboratrio ou com um nmero pequeno de pacientes voluntrios e a sua efetiva colocao em prtica.

    O cidado, mesmo o mais otimista possvel, deve entender que o processo que vai da descoberta de um novo medicamento at

    o balco da farmcia um processo bastante longo, cercado de cuidados para testar a sua segurana e eficcia. Infelizmente de cada 1.000 ou 10.000 substncias promissoras, com potencial no tratamento de alguma doena,

  • 11

    apenas 1 ou s vezes nenhuma consegue chegar ao estado final de comercializao com seu uso seguro. Raras vezes, ainda, so precisos vrios e vrios anos para se identificar algum risco que no se manifesta, antes que o uso de um medicamento X seja usado por milhes e milhes de pessoas, levando at a retirada do medicamento ou restringindo muito o seu uso. Um outro ponto de interesse para o cidado que no existe nenhum medicamento, nenhum procedimento que no envolva riscos e benefcios. Seu urologista e a SBU investem muito em atualizao na especialidade, principalmente para discutir as experincias que vo se acumulando e demonstrando o que melhor para os pacientes e mais eficaz para cada doena. Toda novidade mdica vista sempre com olhos crticos e reservas at que os trabalhos e testes se multipliquem e mostrem a eficcia e, principalmente, os riscos e efeitos colaterais. Nem sempre existe apenas um caminho, mas tenha certeza de que seu urologista conhece todos e pode discuti-los com voc. Ao indicar um caminho, uma cirurgia ou um medicamento, muitas vezes mais importante conhecer os riscos e efeitos colaterais do que simplesmente o que pode ser usado, mesmo de mais moderno naquela doena ou situao.

  • 12

    Talvez essa cartilha virasse um livro daqueles bem pesados se ns fossemos listar e discutir tudo que, felizmente, tem uma base cientfica bem estabelecida para ser usado como tratamento das inmeras doenas urolgicas. Alguns, contudo, podem ser listados e podem lhe ajudar no seu dia-a-dia e no de seus familiares:

    Na infncia e na adolescncia

    O cuidado urolgico comea no nascimento, pois nesta ocasio deve-se estar atendo formao genital da criana e qualquer alterao poder requerer a atuao do urologista. Testculos fora da bolsa, gua que aumenta o volume da bolsa (hidrocele), alteraes da uretra e do prprio pnis.

    Na adolescncia, uma poca de transformao do organismo masculino, importante acompanhar essas transformaes. recomendvel o adolescente aprender a fazer a palpao dos testculos e saber se

    algo estranho est acontecendo. Veias dilatadas e o endurecimento do

    testculo merecem a avaliao do urologista. Nesta hora importante o jovem aprender a fazer higiene genital e se prevenir das Doenas Sexualmente Transmissveis.

    A preveno a chave do sucesso!

    As doenas sexualmente transmissveis andam lado a lado com a atividade

    sexual. Provavelmente elas s vo desaparecer se um dia acabarem as

    relaes sexuais. Voc talvez j tenha aprendido tudo sobre elas, mas pense

    III. A SBU recomenda

  • 13

    em seu filho adolescente. No deixe que ele aprenda por experincia prpria ou tenha um professor naquele amigo mais saidinho. Logo voc, que tem se esmerado (e investido!) tanto na educao dos seus filhos, vai descuidar desse aspecto?

    Alm de um canal de comunicao com o urologista, sem eventuais barreiras e vergonhas que possam existir, saiba que h algumas doenas na adolescncia que podem ser tratadas e evitar uma srie de problemas futuros: desde uma simples fimose ou excesso de prepcio que interfere negativamente no incio das atividades sexuais do garoto, passando por uma varicocele que pode influenciar negativamente a fertilidade quando ele for um adulto jovem, na poca dos seus netos, e mesmo alguns tumores de testculo, atrofias testiculares, etc.

    Se voc tem uma filha adolescente que j menstruou, pode ter certeza de que sua esposa j a levou ao ginecologista. Seu filho tambm merece um acompanhamento nesse sentido.

    O homem adultoNo incomum os homens terem alteraes na rea de Urologia. Dvidas sobre a qualidade ertil, tamanho peniano, melhora do desempenho sexual e preveno de doenas permeiam o universo masculino. No sofra calado! A orientao do urologista poder desfazer mitos e interrogaes, inclusive evitando tratamentos e orientaes amadoras que podem mais prejudicar do que ajudar.

    A prstataA preveno do cncer de prstata nos homens acima de 45 anos de idade recomendvel. Em famlias onde existe a ocorrncia do cncer de prstata, os homens devem comear essa avaliao anual aos 40 anos.

  • 14

    A descoberta das doenas nas suas fases iniciais continua sendo o melhor tratamento da doena. Cncer e outras doenas descobertas tardiamente, geralmente no podem mais ser tratadas plenamente e os resultados no so to bons, quando comparados com o paciente tratado no incio do problema.

    As cirurgias para a prstata no se aplicam apenas aos casos de cncer. A prstata tambm apresenta um tipo de crescimento benigno, aps os 40 anos, que pode apertar

    ou fechar o canal do xixi (a uretra). s vezes isso precisa ser consertado com cirurgia, s vezes isso pode ser tratado com remdios, sem necessidade de cirurgia. Ao avaliar periodicamente sua prstata, seu urologista no estar fazendo apenas a preveno do cncer, mas tambm estar atento a essa Hipertrofia Benigna e sua repercusso na sua mico (no padro do seu xixi), se voc est esvaziando a bexiga completamente ou deixando urina na bexiga sem ser eliminada.

    Perda urinriaPerda urinria (incontinncia urinria) muito comum nos homens e mulheres idosas no um fato normal do envelhecimento e tem cura na quase totalidade das vezes. O urologista cirurgio exmio nessa rea. Historicamente os grandes avanos nesse sentido estiveram dentro da especialidade urolgica,tanto na incontinncia (o nome tcnico da perda urinria) masculina quanto feminina, em adultos e crianas.

    Infeco urinriaA infeco urinria (ou cistite infeco da bexiga) pode ser uma coisa bastante comum e sem grandes problemas nos outros rgos urinrios, mas existe uma

  • 15

    porcentagem importante, geralmente quando a infeco se repete, em que h necessidade de uma avaliao do urologista para verificar se os outros rgosno so a causa dessa infeco que no melhora. Muitas vezes essa infeco um fator secundrio a outras doenas urinrias mais graves que, enquanto no tratadas, no permitiro o fim das infeces urinrias.

    Pedra nos rinsAs pedras urinrias tiveram um progresso muito grande no seu tratamento. O arsenalcontra as pedras hoje em dia enorme. como se tivssemos desde um mssil atmico at um simples alfinete especial. Aqui o segredo no est em usar o mssil sempre, mas em usar o mnimo necessrio para resolver o problema.

    A impotncia sexualAs drogas contra a impotncia (que hoje chamamos de disfuno ertil) revolucionaram esse problema que aflige quase metade dos homens adultos. Se voc tem esse problema, em maior ou menor grau, no adianta simplesmente se dirigir farmcia e comprar o mesmo medicamento que seu amigo usou. Com certeza, existe uma chance enorme de voc no ter exatamente o mesmo problema que o seu amigo, ou no apresentar a mesma resposta que ele, seja na eficcia, seja nos efeitos colaterais. E se a droga no funcionar, certamente no vai ser seu amigo quem vai resolver o problema e nem voc deve se resignar como um caso perdido. Procure o seu urologista, existe muito mais conhecimento, que pode lhe ser til, alm de simplesmente tomar os mesmos remdios que todo mundo toma.

    Fique atento pois a disfuno ertil tem forte relao com doenas coronarianas e diabetes.

  • 16

    Hormnio masculino e sua importnciaOutro assunto que muitas vezes provoca algum entendimento equivocado a queda de hormnio masculino e a possibilidade de sua reposio. Todo homem tem uma queda gradual do hormnio masculino (testosterona) e em algum momento da vida poder ser necessrio sua reposio atravs de gel ou mesmo injees. O mesmo acontece com as mulheres. Mas, no caso, a reposio do hormnio feminino, a progesterona. Os sintomas de nveis hormonais baixos no homem so, dentre outros: irritabilidade, alterao frequente do humor, perda de massa muscular, apatia, desinteresse para a atividade sexual, distrbios da ereo e depresso. Caso o homem apresente estes sintomas prudente fazer as dosagens de testosterona e avaliar, de forma individualizada, a possibilidade de reposio hormonal. A reposio no deve ser feita de forma indiscriminada, pois poder gerar riscos, principalmente nos homens com alguma suspeita de cncer de prstata ou PSA elevado. Em casos onde a reposio hormonal est indicada ocorre um grande benefcio ao paciente e uma expressiva melhora na qualidade de vida.

    Sangue na urinaUm dos sintomas mais dramticos para o cidado comum ver sangue na sua urina. uma situao de alarme que deve ser vista por um urologista. Muitas so as causas

    de sangramento na urina: s vezes pode ser apenas uma infeco severa em que o sangramento acompanhado de dor ao fazer xixi; noutras pode ser um tumor de bexiga ou de qualquer outra parte da via excretora (a chamada tubulao entre o rim, onde o xixi produzido, e o canal da uretra por onde ele sai para o exterior). Muitos tumores de bexiga sangram bastante sem que haja dor ao fazer o xixi, exceto se houver cogulos junto com a urina. Tambm pode haver sangramento quando outras doenas atingem a bexiga (endometriose, outros cnceres, uso de alguns medicamentos controlados, viroses severas nas crianas, em pessoas que fizeram tratamento por radioterapia na pelve, etc.). O urologista o especialista especfico para avaliar e tratar o sangue na urina (cujo nome tcnico hematria).

    Os glbulos vermelhos so unidades morfolgicas da srie vermelha do sangue, tambm designadas por eritrcitos ou hemcias

  • 17

    J vimos o desenho com os rgos sob a responsabilidade do urologista, mas no custa dar os nomes tcnicos de cada um e conhecer um pouquinho deles.

    Adrenais

    So duas glndulas, como dois chapeuzinhos, que ficam na parte de cima dos rins. So importantes no controle dos sais do organismo e mesmo na produo de corticides naturais do nosso corpo.

    Rim

    So dois rgos em forma de feijo, ligados diretamente aorta, nossa principal artria. Os rins so dois grandes filtros do organismo. Filtros inteligentes porque no apenas separam o excesso de lquido no sangue, mas controlam a eliminao das impurezas, substncias finais de muitas reaes orgnicas que no servem mais ao organismo, assim como tambm controlam os sais como o sdio, potssio e uma infinidade de elementos qumicos do organismo.

    O rim ainda tem um papel importantssimo no controle da produo dos glbulos vermelhos (feito na medula ssea) e tambm na regulao da presso arterial (aquela que medimos no brao). O rim funciona em harmonia com o corao e os pulmes.

    Ureteres

    So dois tubos, um a cada lado, ligando o rim bexiga. Transportam a urina (mesmo que voc esteja de ponta cabea!)

    IV. Conhea o nome dos rgos urinrios e genitais masculinos

  • 18

    Bexiga

    uma bolsa de msculo que vai armazenando quantidades crescentes de urina, sem o msculo se contrair e at ficar cheia, quando envia sinais ao crebro avisando que estamos com vontade de urinar.

    Uretra

    o canal que liga a bexiga ao mundo exterior. a parte final do trato urinrio. No homem mais longa e na mulher mais curta. Alm de conduzir o xixi tambm apresenta reas especficas que funcionam como nossas torneiras, tecnicamente esfncteres que permitem ficarmos secos sem perder xixi continuamente.

    Prstata

    uma glndula existente s nos homens, como se fosse uma pra pequenina, localizada logo abaixo da bexiga, na sada da uretra. O canal do xixi passa no meio dela. A prstata produz o esperma, lquido que serve de transporte para os espermatozides, que so as clulas fecundantes do homem, produzidas no testculo.

    Vesculas seminais

    So duas estruturas que ficam logo atrs da prstata e que funcionam como depsito de esperma. Delas saem dois canais fininhos que passam pelo meio da prstata e desembocam na uretra, por a passa tambm uma parte do esperma com os espermatozides (so os dutos ejaculadores).

    Deferentes

    So dois canais bem resistentes que ligam as vesculas seminais/prstata aos epiddimos/testculos. H um de cada lado e eles do a volta por trs da bexiga e descem pela regio inguinal, ao lado interno da virilha. Transportam o lquido seminal com os espermatozides.

  • 19

    Epiddimo

    So dois rgos cilndricos que ficam na parte de trs dos testculos de alto a baixo deles. So muito ligados aos testculos pois so, na realidade, um enovelamento de um nico tubo onde os espermatozides produzidos nos testculos sofrem algumas reaes finais na sua maturao.

    Testculos

    So as duas glndulas ou gnodas masculinas, equivalentes aos dois ovrios que a mulher tem. Eles produzem os hormnios masculinos (testosterona) e tambm produzem as clulas fecundantes do homem (os espermatozides).

    Esses espermatozides que nadam em direo ao vulo da mulher quando existe a ejaculao no trato genital feminino. A mulher produz um vulo por ciclo menstrual e o homem produz milhes de espermatozides a vida toda.

    Pnis

    rgo sexual masculino. composto por trs cilindros (2 cavernosos e 1 esponjoso por onde passa a uretra). Os trs cilindros so fortemente fixados pelve e do estado flcido passam ao estado de ereo (como esponjas que se enchem de sangue, que ali fica retido, dando a rigidez ao rgo).

    A cabea do pnis tecnicamente chamada de glande e o restante da haste peniana chamado do corpo peniano. Prepcio a pele que recobre a glande. Na sua parte de baixo existe o freio, cujo nome tcnico frnulo.

    O prepcio em muitas culturas e religies retirado logo ao nascimento, o que se denomina circunciso. A realizao dessa cirurgia sem finalidades religioso-culturais leva o nome de postectomia. Fimose a impossibilidade de puxar o prepcio para trs, para expor a glande. Excesso de prepcio ou prepcio longo ou exuberante pode ocorrer na ausncia de fimose.

  • 20

    Adrenais

    Adrenais

    Rins

    Rins

    Bexiga

    Bexiga

    Testculos

    Testculos

    Epiddimo

    Pnis

    Pnis

    Uretra

    Ureteres

    Ureteres

    Deferentes

    Deferentes

    Prstata

    Vesculas Seminais

  • 21

    A SBU desejou orient-lo e inform-lo no sentido de proteger voc como cidado nas questes da sade urolgica.

    Entendemos que esse servio evitar muito sofrimento e informao desencontrada com consequente perda de tempo. Voc aprendeu nesse manual que a preveno a maior arma para obter o sucesso contra qualquer doena, principalmente contra o cncer. Portanto, fique atento e no alimente dvidas no assunto sade. No vale a pena.

    Mais detalhes sobre a Urologia e doenas urolgicas voc poder encontrar ao visitar o site da Sociedade Brasileira de Urologia: www.sbu.org.br

    No site da SBU voc ter acesso a informaes sobre as Doenas urolgicas, os Tumores urolgicos e um guia de termos da rea no Urologia de A a Z. L tambm possvel pesquisar todos os urologistas credenciados SBU no Encontre seu Urologista. Nas notcias de destaque, voc ficar por dentro de tudo o que acontece no setor. Visite o site e entenda mais sobre o seu corpo.

    V. Concluso

  • Rua Bambina 153 Botafogo CEP 22251-050 Rio de Janeiro RJ (21)2246-4092

    www.sbu.org.br

    Doenas urolgicas no escolhem sexo ou idade para aparecer.

    Consulte sempre um urologista.