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SETEMBRO/2013 Versão 2.0 MANUAL DA DÍVIDA ATIVA

MANUAL DA DÍVIDA ATIVA Folders/contadoria...A Contadoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro, que também contribuiu, em diversas oportunidades, nas discussões que deram origem a este

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SETEMBRO/2013 Versão 2.0

MANUAL DA DÍVIDA ATIVA

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Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página 2

GOVERNADOR DO ESTADO

SERGIO CABRAL FILHO

VICE - GOVERNADOR DO ESTADO

LUIZ FERNANDO DE SOUZA

SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA

SECRETÁRIO

RENATO AUGUSTO ZAGALLO VILLELA DOS SANTOS

CONTADOR-GERAL DO ESTADO

FRANCISCO PEREIRA IGLESIAS

SUPERINTENDENTE DE NORMAS TÉCNICAS EM EXERCÍCIO

LUIZ ANTONIO DA CRUZ PINHEIRO

EQUIPE DA SUPERINTENDÊNCIA DE NORMAS TÉCNICAS:

THIAGO JUSTINO DE SOUSA

JORGE PINTO DE CARVALHO JÚNIOR

MARCELO JANDUSSI WALTHER DE ALMEIDA

FABIO BOGOSSIAN

HUGO FREIRE LOPES MOREIRA

DAVID DE BRITO DANTAS

MARCIO ALEXANDRE BARBOSA

SUELLEN MOREIRA GONZALEZ

BRUNO CAMPOS PEREIRA

DANIELE RANGEL PINHEIRO CARVALHO

KELLY CRISTINA DE MATOS PAULA

RAFAELA OLIVEIRA DA SILVA

TÂNIA MARIA DA SILVA

DAIQUE ALEXANDRE NONATO DE SOUZA

IAN DIAS VELOSO DE ALMEIDA

MERIELE DOS SANTOS CONCEIÇÃO

MARCELO DE MEDEIROS SILVA

SILVANA DE JESUS FERREIRA

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APRESENTAÇÃO

A Secretaria do Tesouro Nacional – STN, na qualidade de órgão central do

Sistema de Contabilidade Federal, nos termos da Lei nº 10.180, de 6 de fevereiro de

2001 e do Decreto nº 3.589, de 6 de setembro de 2000, vem buscando os meios

normativos para atender ao disposto no § 2º, do artigo 50 da LRF, padronizando os

procedimentos contábeis nas três esferas de governo, de forma a garantir a

consolidação das contas exigidas na legislação financeira e, também, proporcionar

maior clareza às receitas públicas.

Com este propósito, a Secretaria do Tesouro Nacional – STN vem realizando, em

conjunto com os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e as entidades técnicas

representativas da sociedade, a padronização dos conceitos, definições, regras e

procedimentos contábeis a serem observados por aquelas unidades da federação da

qual resulta a divulgação da 2ª edição do presente Manual, intitulado Manual da Dívida

Ativa.

A Contadoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro, que também contribuiu, em

diversas oportunidades, nas discussões que deram origem a este Manual, efetuou um

trabalho de adaptação deste, visando adequá-lo às particularidades do Estado,

tornando-o um instrumento que facilitará as rotinas e controles contábeis inerentes a

Dívida Ativa Tributária e a Não Tributária.

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SUMÁRIO

1- Introdução ......................................................................................................................6

2- Conceitos Básicos ..........................................................................................................7

3- Base Legal ...................................................................................................................10

4- A Competência para Inscrição .....................................................................................11

5- A Presunção de Certeza e Liquidez .............................................................................12

6- Formas de Recebimento ..............................................................................................13

7- Normas de Contabilidade Aplicáveis ao Registro da Dívida Ativa ...................14

7.1- As Normas Internacionais de Contabilidade .........................................................14

7.2- Os Princípios de Contabilidade .............................................................................16

8- Aspectos Contábeis .....................................................................................................18

9- Procedimentos Contábeis para a Inscrição da Dívida Ativa ........................................20

9.1- Reconhecimento dos Direitos a Receber em Atraso ............................................20

9.2- Transferência do Ativo Circulante para o Ativo Não Circulante ............................22

9.3- Pelo Encaminhamento para a Inscrição dos Créditos na Dívida Ativa ................24

9.4- Pela Efetiva Inscrição em Dívida Ativa .................................................................25

9.5- Pela Rejeição da Inscrição ...................................................................................27

9.6- Atualização Monetária ..........................................................................................28

10- Outros Lançamentos Após a Inscrição da Dívida Ativa .............................................30

10.1- Extinção da Dívida Ativa .....................................................................................30

10.1.1.1- Recebimento da Dívida Ativa em Espécie .............................................31

10.1.1.2- Outros Casos de Extinção ......................................................................32

10.1.1.2.3.1 Abatimentos, Anistias e Remissões ..............................................32

10.1.1.3- Cancelamentos da Dívida Ativa .............................................................34

10.1.1.4- Compensação com Créditos de Precatórios Expedidos ........................36

10.1.1.5- Recebimentos em Bens ou Direitos .......................................................40

11- Casos Especiais .........................................................................................................41

11.1- Despesas Relacionadas à Dívida Ativa ..............................................................41

11.2- Parcelamentos da Dívida Ativa ...........................................................................41

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11.3- Créditos Tributários Suspensos ..........................................................................45

11.4- Ajustes de Exercícios Anteriores ........................................................................48

12- Dívida Ativa Não Tributária ........................................................................................49

13- Ajuste para Perdas Prováveis na Dívida Ativa ...........................................................49

13.1- Conceito de Ajuste ..............................................................................................49

13.2- Cenário para a Constituição do Ajuste ...............................................................50

13.3- Normas Gerais para a Constituição de Ajuste para Prováveis Perdas ..............52

13.3.1- Responsabilidade pelo Cálculo e Registro Contábil do Ajuste .................52

13.3.2- Forma de Mensuração do Ajuste ..............................................................52

13.4- Atualização Anual da Conta Ajuste ....................................................................58

13.5- Metodologia de Cálculo com Ajuste Anual .........................................................58

14- ANEXO I – Contas do Sistema Patrimonial ...............................................................63

15- ANEXO II – Conta Corrente do Tributo ......................................................................65

16- ANEXO III – Fluxograma de Contabilização ..............................................................66

17- Referências Bibliográficas ..........................................................................................71

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1. INTRODUÇÃO “Volta ao Sumário”

1.1 Este trabalho, intitulado Manual da Dívida Ativa, tem por objetivo instituir regras e

procedimentos contábeis com vistas à harmonização dos registros referentes à Dívida

Ativa, em função dos conceitos a serem observados pelas entidades governamentais.

1.2 A Dívida Ativa, regulamentada a partir da legislação pertinente, abrange os créditos

a favor da Fazenda Pública, cuja certeza e liquidez foram apuradas, por não terem sido

efetivamente recebidos nas datas aprazadas. É, portanto, uma fonte potencial de fluxos

de caixa, com impacto positivo pela recuperação de valores, espelhando créditos a

receber, sendo contabilmente alocada no Ativo.

1.3 Não se confunde com a Dívida Passiva, que representa as obrigações do Ente

Público para com terceiros, e que é contabilmente registrada no Passivo e denominada

de Dívida Pública.

1.4 Neste Manual estão elencados procedimentos contábeis para registro e controle da

Dívida Ativa, o encaminhamento para inscrição, a movimentação dos créditos inscritos e

a respectiva baixa.

1.5 O conjunto de procedimentos buscou, a partir da tradição patrimonialista, tratar

contabilmente os créditos desde a efetivação até o momento da inscrição propriamente

dita em Dívida Ativa, atribuindo ao órgão ou unidade do Ente Público responsável pelo

crédito, a iniciativa dos lançamentos contábeis. O envio dos valores para o órgão

ou unidade competente para inscrição é tratado como uma transferência de gestão de

créditos, ainda no âmbito de um mesmo Ente Público.

1.6 Desta forma ficam definidas, em termos de registro contábil, as responsabilidades

distintas, conforme predisposto em Lei, dos órgãos ou unidades responsáveis

originalmente pelos créditos e aqueles, dentro do mesmo Ente Público, que detêm a

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atribuição legal da efetiva inscrição em Dívida Ativa, assim como pela apuração da

certeza e liquidez dos valores inscritos.

1.7 Dentre os procedimentos, destaca-se o método destinado a qualificar o montante

inscrito, com a constituição de um ajuste para o reconhecimento das perdas prováveis

nos créditos inscritos em Dívida Ativa de recebimento duvidoso, de caráter redutor, no

âmbito do Ativo, denominada Ajustes para Perdas de Dívida Ativa.

1.8 As rotinas e procedimentos descritos neste Manual, tanto pela necessidade, quanto

pela relevância, representam um impacto significativo na transparência das contas

públicas do Estado. Sua aplicação, os benefícios dela decorrentes e o seu

aperfeiçoamento constituem tarefa de todos aqueles que, sob qualquer enfoque,

detenham responsabilidade sobre a contabilidade aplicada à administração pública, em

todas as esferas de governo.

2. CONCEITOS BÁSICOS “Volta ao Sumário”

2.1 A Contabilidade, como ciência que tem por objeto o patrimônio, é responsável por

evidenciar suas variações, controlar e interpretar os fenômenos que nele ocorrem.

2.2 Para que o patrimônio público seja evidenciado adequadamente, é necessário o

registro contábil tempestivo de todos os fenômenos econômicos, potenciais ou efetivos,

relacionados ao patrimônio das entidades, ou seja, todas as variações devem ser

reconhecidas na sua totalidade, independentemente do cumprimento das formalidades

legais para sua ocorrência, visando ao completo atendimento da essência sobre a

forma, conforme preceitua o princípio da oportunidade.

2.3 Patrimônio Público é o conjunto de bens e direitos, tangíveis ou intangíveis,

onerados ou não, adquiridos, formados ou mantidos com recursos público, integrantes

do patrimônio de qualquer entidade pública ou de uso comum, que seja portador ou

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represente um fluxo de benefícios futuros inerentes à prestação de serviços públicos.

2.4 Dívida ativa é o crédito público não extinto, notadamente por pagamento, e não

afetado por nenhuma causa de suspensão de exigibilidade explicita, integrado ao

cadastro identificado pelo mesmo nome mediante ato administrativo próprio denominado

de inscrição.

2.5 Assim, os elementos inafastáveis na ideia de dívida ativa são: (a) crédito público; (b)

ausência de causa extintiva ou suspensiva (da exigibilidade); (c) inscrição e (d)

integração a um cadastro específico.

2.6 O crédito público, independentemente da natureza jurídica, que o Poder Público tem

para receber de terceiros devem compor a dívida ativa. Neste sentido, temos o art. 39,

§2o da Lei no 4.320, de 1964, quando consigna: “Dívida Ativa Tributária é o crédito da

Fazenda Pública dessa natureza, proveniente de obrigação legal relativa a tributos e

respectivos adicionais e multas.”

2.7 Nesse sentido, o Código Tributário Nacional, em seu art. 201 diz:

Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo regular.

2.8 Dívida Ativa não Tributária são os demais créditos da Fazenda Pública, tais como os

provenientes de empréstimos compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, multa de

qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios, alugueis ou taxas

de ocupação, custas processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos

públicos, indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis

definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em moeda

estrangeira, de subrogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de contratos em

geral ou de outras obrigações legais provenientes e o art. 2o, §1o da Lei no 6.830, de

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1980, ao estatuir: “qualquer valor, cuja cobrança seja atribuída por lei às entidades de

que trata o art. 1o, será considerado Dívida Ativa da Fazenda Pública”

2.9 A Dívida Ativa integra o grupamento de Contas a Receber e constitui uma parcela

do Ativo de grande destaque na estrutura patrimonial de qualquer órgão ou entidade

pública.

2.10 Pelo regime de competência, a inscrição de créditos em Dívida Ativa representa

contabilmente um fato permutativo resultante da transferência de um valor não recebido

no prazo estabelecido, dentro do próprio Ativo, contendo, inclusive, juros e atualização

monetária ou quaisquer outros encargos aplicados sobre o valor a ser inscrito em Dívida

Ativa.

2.11 O eventual cancelamento, por qualquer motivo, do devedor inscrito em Dívida Ativa

representa extinção total ou parcial do crédito e por isto provoca diminuição na situação

líquida patrimonial, relativamente à baixa do direito classificado no ativo. Da mesma

forma são classificados o registro de abatimentos, anistias ou quaisquer outros

valores que representem diminuição dos valores originalmente inscritos em Dívida

Ativa, mas não decorram do efetivo recebimento.

2.12 Os montantes a serem registrados em Contas a Receber devem ser mensurados

por seu valor líquido de realização, ou seja, pelo produto final em dinheiro ou

equivalente que se espera obter, de forma a assegurar a fiel demonstração dos fatos

contábeis. Ressalte-se que nem sempre é possível assegurar que os valores registrados

efetivamente serão recebidos, existindo sempre um percentual de incerteza sobre a

realização dos créditos.

2.13 Assim, com o objetivo de evidenciar essa margem de incerteza empregam-se

contas redutoras para os agrupamentos de contas de registro desses Ativos, permitindo

que o valor final dos créditos a receber seja uma expressão correta dos recebimentos

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futuros. No caso da Dívida Ativa, constituir-se-á um ajuste para reconhecer as perdas

prováveis para os créditos de recebimento ou liquidação duvidosa. A conta redutora dos

créditos de Dívida Ativa é denominada: Ajustes para Perdas de Dívida Ativa.

2.14 Esse ajuste corresponde à estimativa da entidade da parcela de créditos a

receber cuja realização não ocorrerá. Tal estimativa deve ser apurada de forma

criteriosa, tendo em vista o caráter de incerteza envolvido, tomando por base o histórico

de recuperação em exercícios anteriores. O cálculo de Ajustes para Perdas de Dívida

Ativa é apresentado detalhadamente no item 13 do Manual.

3. BASE LEGAL “Volta ao Sumário”

3.1 A Dívida Ativa é uma espécie de crédito público, cuja matéria é definida desde a Lei

nº 4320/64, sendo sua gestão econômica, orçamentária e financeira resultante de uma

conjugação de critérios estabelecidos em diversos outros textos legais. O texto legal

referido, que versa sobre normas gerais de direito financeiro e finanças públicas, institui

os fundamentos deste expediente jurídico-financeiro, conforme seu artigo 39:

Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, serão escriturados como receita do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas rubricas orçamentárias. (Redação dada pelo Decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979). § 1º - Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo transcurso do prazo para pagamento, serão inscritos, na forma da legislação própria, como Dívida Ativa, em registro próprio, após apurada a sua liquidez e certeza, e a respectiva receita será escriturada a esse título. (Parágrafo incluído pelo Decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979). § 2º - Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas, e Dívida Ativa não Tributária são os demais créditos da Fazenda Pública, tais como os provenientes de empréstimos compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, multa de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios, alugueis ou taxas de ocupação, custas processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos públicos, indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em moeda estrangeira, de sub-rogação de hipoteca,

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fiança, aval ou outra garantia, de contratos em geral ou de outras obrigações legais. (Parágrafo incluído pelo Decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979). § 3º - O valor do crédito da Fazenda Nacional em moeda estrangeira será convertido ao correspondente valor na moeda nacional à taxa cambial oficial, para compra, na data da notificação ou intimação do devedor, pela autoridade administrativa, ou, à sua falta, na data da inscrição da Dívida Ativa, incidindo, a partir da conversão, a atualização monetária e os juros de mora, de acordo com preceitos legais pertinentes aos débitos tributários. (Parágrafo incluído pelo decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979). § 4º - A receita da Dívida Ativa abrange os créditos mencionados nos parágrafos anteriores, bem como os valores correspondentes à espectiva atualização monetária, à multa e juros de mora e ao encargo de que tratam o art. 1º do Decreto-lei nº 1.025, de 21 de outubro de 1969, e o art. 3º do Decreto-lei nº 1.645, de 11 de dezembro de 1978. (Parágrafo incluído pelo Decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979). § 5º - A Dívida Ativa da União será apurada e inscrita na

Procuradoria da Fazenda Nacional. (Parágrafo incluído pelo

Decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979).

3.2 A Lei nº 4320/64, ao mesmo tempo em que evidencia a natureza do crédito a favor

do Ente Público, caracterizando a origem como tributária e não tributária atribui à

Procuradoria Geral da Fazenda Nacional – PGFN competência para gestão

administrativa e judicial da Dívida Ativa da União. No caso do Estado do Rio de Janeiro

esta competência recai sobre a Procuradoria-Geral do Estado - PGE.

4. A COMPETÊNCIA PARA INSCRIÇÃO “Volta ao Sumário”

4.1 A inscrição em Dívida Ativa é ato jurídico que visa legitimar a origem do crédito em

favor da Fazenda Pública, revestindo o procedimento dos necessários requisitos

jurídicos para as ações de cobrança.

4.2 A Lei nº 6.830, de 22 de setembro de 1980, em seu artigo 2º § 3º, determina que

cabe ao órgão competente apurar a liquidez e certeza dos créditos, qualificando a

inscrição como ato de controle administrativo da legalidade. Depreende-se, portanto,

que os Entes Públicos deverão outorgar a um órgão a competência para este

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procedimento, dissociando, obrigatoriamente, a inscrição do crédito em Dívida Ativa e a

origem desse crédito.

4.3 Para o Estado do Rio de Janeiro, o § 6º do artigo 176 da Constituição Estadual e a

Lei Complementar Estadual nº 15, de 25 de novembro de 1980, que regula a

organização da Procuradoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro suas atribuições e

funcionamento, em seu inciso II do artigo 2º (com nova redação dada pela Lei

Complementar nº 104/2002), determina a sua privativa competência em promover a

inscrição da dívida ativa do Estado, bem como proceder à sua cobrança judicial e

extrajudicial.

Art. 2º - A Procuradoria Geral do Estado tem autonomia administrativa e financeira, dispondo de dotação orçamentária própria. Suas atribuições são as previstas no art. 176 e parágrafos da Constituição do Estado, competindo-lhe: (...) II - privativamente, promover a inscrição da dívida ativa do Estado, bem como proceder à sua cobrança judicial e extrajudicial; * Nova redação dada pela Lei Complementar nº 104/2002.

5. A PRESUNÇÃO DE CERTEZA E LIQUIDEZ “Volta ao Sumário”

5.1 A Dívida Ativa inscrita goza da presunção de certeza e liquidez, e tem equivalência

de prova pré-constituída contra o devedor. O ato da inscrição confere legalidade ao

crédito como dívida passível de cobrança, facultando ao Ente Público, representado

pelos respectivos órgãos competentes, a iniciativa do processo judicial de execução.

A Lei nº 6830, de 22 de setembro de 1980, define a inscrição nos termos do artigo 2º, §

3º:

Art. 2º - Constitui Dívida Ativa da Fazenda Pública aquela definida como tributária ou não tributária na Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, com as alterações posteriores, que estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. § 1º - Qualquer valor, cuja cobrança seja atribuída por lei às entidades de que trata o artigo 1º, será considerado Dívida Ativa da Fazenda Pública. § 2º - A Dívida Ativa da Fazenda Pública, compreendendo a tributária e a não tributária, abrange atualização monetária, juros e

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multa de mora e demais encargos previstos em lei ou contrato. § 3º - A inscrição, que se constitui no ato de controle administrativo da legalidade, será feita pelo órgão competente para apurar a liquidez e certeza do crédito e suspenderá a prescrição, para todos os efeitos de direito, por 180 dias, ou até a distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes de findo aquele prazo.

5.2 A presunção de certeza e liquidez, no entanto, é relativa, pois pode ser derrogada

por prova inequívoca, cuja apresentação cabe ao sujeito passivo.

5.3 A Dívida Ativa compreende, além do valor principal, atualização monetária,

juros, multa e demais encargos previstos. Já o pagamento de custas e emolumentos foi

dispensado para os atos judiciais da Fazenda Pública, de acordo com o artigo 39 da

Lei nº 6830, de 22 de setembro de 1980, conhecida como Lei de Execuções Fiscais

(LEF). Portanto, a incidência desses acréscimos, previstos desde a Lei nº 4.320/64, é

legal e de ocorrência natural, cabendo o registro contábil oportuno.

6. FORMAS DE RECEBIMENTO “Volta ao Sumário”

6.1 O pagamento dos valores inscritos pode ser efetuado em dinheiro ou em bens,

aplicando-se de forma geral o disposto no artigo 708 da Lei nº 5.869, de 0 1 de

janeiro de 1973 ( Código de Processo Civil):

Art. 708. O pagamento ao credor far-se-á: I - pela entrega do dinheiro; II - pela adjudicação dos bens penhorados; III - pelo usufruto de bem imóvel ou de empresa.

E o Capítulo V da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil):

Art. 356. O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida. Art. 357. Determinado o preço da coisa dada em pagamento, as relações entre as partes regular-se-ão pelas normas do contrato de compra e venda. Art. 358. Se for título de crédito a coisa dada em pagamento, a transferência importará em cessão.

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Art. 359. Se o credor for evicto da coisa recebida em pagamento, restabelecer-se-á a obrigação primitiva, ficando sem efeito a quitação dada, ressalvados os direitos de terceiros.

6.2 Alternativamente ao recebimento existe ainda a possibilidade de compensação de

créditos inscritos em Dívida Ativa com créditos contra a Fazenda Pública. Essa forma de

extinção do crédito fiscal é estabelecida pela Lei nº 5. 172, de 25 de Outubro de 1966

(Código Tributário Nacional) e complementada por leis federais, estaduais e municipais.

A compensação não implica no ingresso de valores ou bens, constituindo um fato

permutativo que anula um crédito registrado no Ativo com uma obrigação da Fazenda

Pública para com terceiros.

6.3 O recebimento em bens tem regras especiais em alguns casos, como a dação em

pagamento de imóveis para fins de reforma agrária e o recebimento de Títulos da Dívida

Agrária – TDA.

6.4 Qualquer que seja a forma de recebimento de créditos, o fato constituirá em receita

orçamentária, prevista especificamente ou não no exercício de recebimento.

7. NORMAS DE CONTABILIDADE APLICÁVEIS AO REGISTRO DA DÍVIDA ATIVA “Volta ao Sumário”

7.1- AS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE “Volta ao Sumário”

7.1.1 As Normas Internacionais de Contabilidade – IFRS tem como foco principal o

resultado, com base na tradição patrimonialista. Com a visão gerencial do setor público

voltada para o resultado, absorvidos os conceitos patrimonialistas, fica esse alcançado,

também, por estas normas.

7.1.2 Essa nova visão gerencial levou a Federação Internacional de Contadores – IFAC

a criar o comitê do setor público para editar as Normas Internacionais de

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Contabilidade do Setor Público – IPSAS, tomando por base as Normas Internacionais

de Contabilidade – IFRS, porém observando as particularidades do setor público.

7.1.3 Na ótica contábil, todos os valores inscritos em Dívida Ativa são créditos vencidos

a favor da Fazenda Pública. Nessa condição, a Dívida Ativa encontra abrigo nas Normas

Internacionais de Contabilidade e nos Princípios de Contabilidade como integrante do

Ativo do Ente Público. No Brasil, por força do texto legal, ainda atende a requisitos

jurídicos de legalidade e transparência.

7.1.4 Assim sendo, são pertinentes as orientações contidas nas Normas Internacionais

de Contabilidade relativas aos valores registrados no Ativo do Ente Público, em especial

aquelas que tratam do prazo esperado de realização; a probabilidade de não ocorrer o

recebimento de Ativos de realização futura mensurados de acordo com os princípios

determinados para a constituição de ajustes para perdas estimadas.

7.1.5 A Norma Internacional de Contabilidade do Setor Público 1 (IPSAS 1), no

parágrafo 79, adota o conceito de ativos circulantes (ou de curto prazo), abrigando

recebíveis do Ente Público, e institui o critério de curto e longo prazo em função da

expectativa de realização ou recebimento do ativo, também para o setor público.

7.1.6 Os créditos a favor da Fazenda Pública que se encontram vencidos e não pagos

devem ser contabilmente discriminados dos demais. Como o Estado ainda não adota o

regime de competência para os créditos tributários será necessário reconhecer esses

créditos como um direito a receber em contrapartida a uma variação patrimonial

aumentativa (aspecto patrimonial).

7.1.7 Nesse sentido, o artigo 39 da Lei nº 4.320/1964 menciona a existência prévia dos

créditos da Fazenda Pública anteriormente à arrecadação, sejam eles inscritos ou não

em dívida ativa.

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Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, serão escriturados como receita do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas rubricas orçamentárias. § 1º - Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo transcurso do prazo para pagamento, serão inscritos, na forma da legislação própria, como Dívida Ativa, em registro próprio, após apurada a sua liquidez e certeza, e a respectiva receita será escriturada a esse titulo.

7.1.8 O reconhecimento dos direitos a receber de créditos não tributários a serem

inscritos em dívida ativa já ocorre pelo regime de competência e, desse modo todo o

fluxo de contabilização desses créditos irá refletir em fatos permutativos.

7.1.9 Pelo regime de competência, a entidade reconhece o crédito a receber pelo fato

gerador, o que permite o acompanhamento dos fatos posteriores como a arrecadação e

a própria baixa do crédito, que porventura venha a ocorrer. Por este regime a inscrição

em dívida ativa apenas muda o status do crédito, como sendo um crédito cuja apuração

da certeza e liquidez e cobrança estão sob a responsabilidade da Procuradoria Geral do

Estado.

7.2- OS PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE “Volta ao Sumário”

7.2.1 As Normas Brasileiras de Contabilidade, assim como a literatura acadêmica

disponível, não trata do tema Dívida Ativa em suas particularidades. No entanto, o

assunto está sujeito à aplicação dos Princípios Contábeis, consolidados na Resolução

CFC nº 750, de 29 de dezembro de 1993.

7.2.2 O Princípio da Competência define que as alterações no ativo ou passivo resultam

em aumento ou diminuição no patrimônio líquido e devem ser incluídas na apuração do

resultado do período em que ocorrerem, independentemente de recebimento ou

pagamento.

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7.2.3 Portanto, os créditos a favor do Ente Público devem ser reconhecidos no exercício

a que pertencem, como uma geração de ativo com a correspondente contrapartida de

resultado. O crédito inadimplente que será inscrito em Dívida Ativa é derivado de

um crédito anterior que, pelo transcurso do prazo esperado de recebimento, ficou em

atraso. A inscrição em Dívida Ativa configura uma transferência de responsabilidade de

cobrança de ativos dentro do mesmo Ente Público, entre o órgão ou unidade de origem

do crédito e o órgão ou unidade competente para inscrição. A Dívida Ativa é um estágio

do crédito a receber de valores já imbuídos de incerteza de recebimento, que já deve ter

seus reflexos como variação patrimonial reconhecidos na dedutibilidade dos créditos a

receber.

7.2.4 O Princípio da Oportunidade determina o registro das variações patrimoniais,

mesmo na hipótese de existir razoável certeza de sua ocorrência, enfatizando ainda o

reconhecimento universal das variações ocorridas no patrimônio da Entidade.

7.2.5 O Princípio da Prudência institui a adoção da hipótese de que resulte menor

patrimônio líquido, com o menor valor para os componentes do Ativo, com ênfase

quando, para definição dos valores relativos às variações patrimoniais, devem ser feitas

estimativas que envolvem incertezas de grau variável.

7.2.6 Os valores lançados como Dívida Ativa, pela própria natureza, carregam consigo

um grau de incerteza com relação ao seu recebimento. Assim como na União, no

Estado, a relação entre o valor registrado no Ativo e o valor recebido ano a ano é

pequena, permitindo concluir-se que apenas essa parcela do valor contabilizado é

efetivamente realizada.

7.2.7 No entanto, esses créditos inadimplentes figuram no Ativo da Entidade, ainda que

no longo prazo, influenciando qualquer análise que se pretenda sobre os demonstrativos

contábeis consolidados. Em atendimento aos Princípios da Oportunidade e da

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Prudência, faz-se necessário instituir um mecanismo que devolva ao ativo a expressão

real do valor contabilizado, tornando-o compatível com a situação da Entidade.

7.2.8 Procedimento adequado às Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao

Setor Público, assim como à legislação vigente, é um ajuste para prováveis perdas nos

créditos inscritos no ativo de recebimento incerto, ajustando-se o saldo da Dívida Ativa

pela resultante do valor inscrito e da conta redutora denominada Ajustes para Perdas de

Dívida Ativa. Este procedimento harmoniza as Normas nacionais com as Normas

Internacionais.

8. ASPECTOS CONTÁBEIS “Volta ao Sumário”

8.1 Compete aos órgãos de contabilidade a tarefa de sistematizar a escrituração de

crédito a receber, bem como daqueles que venham a ser inscritos em Dívida Ativa.

8.2 É atribuição do órgão responsável pelo crédito, previamente ao encaminhamento

para inscrição, reconhecer o valor como direito em seu Ativo. Somente poderão ser

encaminhados para inscrição em Dívida Ativa os créditos vencidos, anteriormente

reconhecidos e registrados no Ativo do Ente Público, que serão segregados pela sua

origem, sendo esta tributária ou não tributária.

8.3 Os créditos a favor da Fazenda Pública que se encontram vencidos e não pagos

devem ser contabilmente discriminados dos demais. Como o Estado ainda não adota o

regime de competência para os créditos tributários será necessário reconhecer esses

créditos como um direito a receber em contrapartida a uma variação patrimonial

aumentativa (aspecto patrimonial).

8.4 Os procedimentos contábeis a serem adotados indica que os créditos a serem

inscritos em dívida ativa devem ser inicialmente registrados no Ativo Não Circulante -

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Realizável a Longo Prazo, considerando a incerteza intrínseca de sua condição. No

entanto, a ação de cobrança dos órgãos competentes pela gestão do estoque da dívida

ativa, gera um fluxo real de recebimentos, mensurável em cada exercício. Este fluxo

constitui-se em uma base de valores históricos representativa para uma estimativa de

recebimentos futuros.

8.5 O sucesso das ações de cobrança acaba resultando em cronogramas de

recebimento, firmados com datas e parcelas definidas, por vezes em contratos

registrados com garantias reais. Dessa forma, devem reclassificar os créditos inscritos

de acordo com a expectativa de sua realização, enquadrando-os como curto prazo e

longo prazo.

8.6 Os órgãos ou entidades responsáveis pela inscrição devem ter o controle sobre os

parcelamentos e as renegociações de dívida ativa, com valores e datas certas para o

pagamento, cujo montante pode ser classificados em circulante em não circulante, com

base nas datas de pagamento.

8.7 Aos órgãos ou unidades responsáveis pelos créditos a serem inscritos em

Dívida Ativa, compete estabelecer o processo administrativo de reconhecimento da

existência e quantificação do crédito a favor do Ente Público, e encaminhá-lo para o

órgão ou unidade competente para inscrição, nos prazos definidos em Lei.

8.8 Encaminhado o processo administrativo para inscrição em Dívida Ativa, cabe

ao órgão competente à apuração da certeza e liquidez do crédito e verificação das

condições gerais que permitam proceder à inscrição. O resultado dessa análise será a

inscrição em Dívida Ativa ou a rejeição da inscrição, com consequente devolução do

processo à origem.

8.9 Esse órgão ou entidade é responsável pelo crédito público, cabendo-lhe a gestão até

o recebimento ou a transferência para inscrição em Dívida Ativa. Essa inscrição é

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responsabilidade do órgão ou entidade competente para apuração da certeza e liquidez

e a final inscrição em Dívida Ativa, nos termos da lei.

8.10 A participação de órgãos distintos dentro do Ente Público deve ser destacada

contabilmente, em atendimento ao preceituado na Lei Complementar nº 101/2000 – Lei

de Responsabilidade Fiscal – que estabelece, em seu artigo 50, inciso III:

Da Escrituração e Consolidação das Contas Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas públicas observará as seguintes: (...) III - as demonstrações contábeis compreenderão, isolada e conjuntamente, as transações e operações de cada órgão, fundo ou entidade da administração direta, autárquica e fundacional, inclusive empresa estatal dependente.

9. PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS PARA A INSCRIÇÃO DA DÍVIDA ATIVA “Volta ao Sumário”

9.0 O procedimento inicia-se mediante a instauração de processo administrativo de

reconhecimento da existência e quantificação do crédito a favor do Ente Público e

destinado a subsidiar a apuração da certeza e liquidez do crédito público que se resume

na verificação da ausência de causa extintiva ou suspensiva desses créditos, bem como

as providências cabíveis para a inscrição através da identificação do devedor, sendo que

esse processo administrativo é encaminhado para inscrição pelo órgão responsável pelo

crédito.

9.1 RECONHECIMENTO DOS DIREITOS A RECEBER EM ATRASO “Volta ao Sumário”

9.1.1 É atribuição do órgão responsável pelo crédito, antes do encaminhamento para

inscrição, reconhecer o valor como um direito a receber em seu Ativo para atender ao

disposto no artigo 39 da Lei nº 4.320/1964, somente poderá ser encaminhado para

inscrição em Dívida Ativa os créditos vencidos, anteriormente reconhecidos e registrados

no Ativo do Ente Público, que serão segregados pela sua origem, sendo esta tributária

ou não tributária.

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9.1.2 Conforme já citado, o Estado ainda não adota o regime de competência para os

créditos tributários sendo necessário reconhecer esses créditos como um direito a

receber em contrapartida a uma variação patrimonial aumentativa (aspecto patrimonial).

D - 1.1.2.2.1.01.04 – CREDITOS TRIBUTÁRIOS EM COBRANÇA

C - 4.1.1.9.1.01.99 – OUTRAS RECEITAS DIVIDA ATIVA OUTROS TRIBUTOS

O Roteiro de contabilização no SIAFEM/RJ será efetuado nos moldes abaixo, utilizando

o evento 54.0.770:

__ SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO ) ____________________________

DATA EMISSAO: 02SET2013 NUMERO : 2013NL _____

UNIDADE GESTORA: 200100

GESTAO: 00001

CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________

GESTAO FAVORECIDA: _____

EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R

540770 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) _______________ _________ ____________

9.1.3 O reconhecimento dos direitos a receber de créditos não tributários a serem

inscritos em dívida ativa já ocorre pelo regime de competência e, desse modo todo o

fluxo de contabilização desses créditos irá refletir em fatos permutativos.

D – 1.1.2.1.1.01.04 – CREDITOS NAO TRIBUTARIOS EM COBRANCA

C – 1.1.2.1.1.01. XX – FATURAS/DUPLICATAS A RECEBER

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Para os créditos de origem não tributária o evento será o 54.0.771 para débito na origem

e 54.0.018 ou 54.0.218 para crédito conforme a exigência: sendo o 54.0.018 para

CNPJ/CPF/IG e o 54.0.218 para ANO+MÊS+CNPJ/CPF/UG/GESTÃO OU IG.

__ SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO ) ____________________________

DATA EMISSAO: 02SET2013 NUMERO: 2013NL _____

UNIDADE GESTORA: 200100

GESTAO: 00001

CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________

GESTAO FAVORECIDA: _____

EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R

540771 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) _______________ _________ ____________

540018 02-CGC/CPF/IG 1121101XX _________ ____________

__ SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO ) ____________________________

DATA EMISSAO: 02SET2013 NUMERO: 2013NL _____

UNIDADE GESTORA: 200100

GESTAO: 00001

CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________

GESTAO FAVORECIDA: _____

EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R

540771 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) _______________ _________ ____________

540218 48-ANO + MES + CGC, CPF, UG/GESTAO _______________ _________ ____________

(*) O conta corrente do tributo será o código do tributo no SIAFEM/RJ, vide relação ANEXO II deste manual.

9.2 TRANSFERÊNCIA DO ATIVO CIRCULANTE PARA O ATIVO NÃO CIRCULANTE “Volta ao Sumário”

9.2.1 Em termos de expectativa de realização, ocorre uma transferência do curto prazo

para o longo prazo, tendo em vista que o inadimplemento torna incerta a realização do

crédito.

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9.2.2 A contabilização dos créditos com prazo de pagamento expirado a serem

encaminhados para inscrição em Dívida Ativa deve ser no âmbito do órgão de origem do

crédito.

D – 1.2.1.1.1.02.04 - CREDITOS TRIBUTÁRIOS EM COBRANÇA

C - 1.1.2.2.1.01.04 - CREDITOS TRIBUTÁRIOS EM COBRANÇA

A contabilização no SIAFEM/RJ será efetuada utilizando o evento 54.0.772.

SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO )

DATA EMISSAO: 30AGO2013 NUMERO: 2013NL _____

UNIDADE GESTORA: 200100

GESTAO: 00001

CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________

GESTAO FAVORECIDA: _________________

EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R

540772 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) ______________ _________ ____________

D – 1.2.1.1.1.04.05 - CREDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS EM COBRANÇA

C - 1.1.2.1.1.01.04 - CREDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS EM COBRANÇA

Para os créditos não tributários, o roteiro de contabilização será efetuado conforme

segue abaixo utilizando o evento 54.0.773:

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SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO )

DATA EMISSAO: 30AGO2013 NUMERO: 2013NL

UNIDADE GESTORA: 200100

GESTAO: 00001

CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________

GESTAO FAVORECIDA: _________________

EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R

540773 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) ______________ _________ ____________

(*) O conta corrente do tributo será o código do tributo no SIAFEM/RJ, vide relação ANEXO II deste manual.

9.3 PELO ENCAMINHAMENTO PARA A INSCRIÇÃO DOS CRÉDITOS NA DÍVIDA ATIVA “Volta ao Sumário”

9.3.1 Conforme já comentado, os órgãos responsáveis pelos créditos a serem inscritos

em Dívida Ativa, compete estabelecer o processo administrativo de reconhecimento da

existência e quantificação do crédito a favor do ente Público, e encaminhá-lo para o

órgão ou unidade competente para inscrição, nos prazos definidos em Lei.

9.3.2 O órgão responsável originalmente pelo crédito, ao encaminhar o processo

administrativo para o órgão ou unidade competente para inscrição, não deve se

esquecer da atualização monetária do valor principal em atraso, acrescido da

atualização monetária, dos juros e multas e de outros encargos pactuados ou

legalmente incidentes até a data do encaminhamento, que serão incorporados ao valor

original.

9.3.3 Por ocasião do encaminhamento do processo para apreciação da inscrição, o

órgão gestor do crédito, deve reclassificar os valores encaminhados para inscrição em

contas de Ativo Não Circulante.

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9.3.4 Desse modo, a contabilização referente à fase de encaminhamento dos créditos

para inscrição, considerando a necessidade de perfeita identificação dos responsáveis

pelo recurso público, deverá ser efetivada conforme abaixo:

D – 1.2.1.1.1.03.01 – CREDITOS TRIBUTÁRIOS EM PROCESSO DE INSCRIÇÃO

C - 1.2.1.1.1.02.04 - CREDITOS TRIBUTÁRIOS EM COBRANÇA

A contabilização se dará através do evento 54.0.774.

__ SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO )

DATA EMISSAO: 02SET2013 NUMERO: 2013NL _____

UNIDADE GESTORA: 200100

GESTAO: 00001

CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________

GESTAO FAVORECIDA: _____

EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R

540774 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) ______________ _________ ____________

D -1.2.1.1.1.04.01 – CREDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS EM PROCESSO DE INSCRIÇÃO

C - 1.2.1.1.1.04.05 – CREDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS EM COBRANÇA

Para os créditos não tributários, a contabilização se dará através do evento 54.0.775.

__ SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO )

DATA EMISSAO: 02SET2013 NUMERO: 2013NL _____

UNIDADE GESTORA: 200100

GESTAO: 00001

CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________

GESTAO FAVORECIDA: _____

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EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R

540775 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) ______________ _________ ____________

(*) O conta corrente do tributo será o código do tributo no SIAFEM/RJ, vide relação ANEXO II deste manual.

9.4 PELA EFETIVA INSCRIÇÃO EM DÍVIDA ATIVA “Volta ao Sumário”

9.4.1 Cabe ao órgão competente a apuração da certeza e liquidez do crédito e

verificação das condições gerais que permitam proceder à inscrição. O resultado dessa

análise será a inscrição em Dívida Ativa ou a rejeição da inscrição, com consequente

devolução do processo à origem.

9.4.2 A contabilização referente à fase de efetiva inscrição em Dívida Ativa também terá

lançamentos no órgão gestor do crédito, da seguinte forma:

D –1.2.1.1.1.03.02 – CREDITOS TRIBUTÁRIOS INSCRITOS

C - 1.2.1.1.1.03.01 – CREDITOS TRIBUTÁRIOS EM PROCESSO DE INSCRIÇÃO

A contabilização se dará através do evento 54.0.778.

__ SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO )

DATA EMISSAO: 02SET2013 NUMERO: 2013NL _____

UNIDADE GESTORA: 200100

GESTAO: 00001

CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________

GESTAO FAVORECIDA: _____

EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R

540778 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) ______________ _________ ____________

D - 1.2.1.1.1.04.02 – CRÉDITO NÃO TRIBUTÁRIO INSCRITO

C -1.2.1.1.1.04.01 – CREDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS EM PROCESSO DE INSCRIÇÃO

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Para os créditos de origem não tributária o evento será 54.0.779.

__ SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO )

DATA EMISSAO: 02SET2013 NUMERO: 2013NL _____

UNIDADE GESTORA: 200100

GESTAO: 00001

CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________

GESTAO FAVORECIDA: _____

EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R

540779 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) ______________ _________ ____________

(*) O conta corrente do tributo será o código do tributo no SIAFEM/RJ, vide relação ANEXO II deste manual.

9.5 PELA REJEIÇÃO DA INSCRIÇÃO “Volta ao Sumário”

9.5.1 No caso de rejeição de créditos a serem inscritos em Dívida Ativa deverão ser

observados os seguintes registros contábeis:

Para os créditos tributários os lançamentos deverão proceder da seguinte forma:

D - 1.2.1.1.1.02.04 - CREDITOS TRIBUTÁRIOS EM COBRANÇA

C – 1.2.1.1.1.03.01 – CREDITOS TRIBUTÁRIOS EM PROCESSO DE INSCRIÇÃO

No SIAFEM/RJ, a contabilização se dará através do evento 54.0.776.

__ SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO )

DATA EMISSAO: 02SET2013 NUMERO: 2013NL _____

UNIDADE GESTORA: 200100

GESTAO: 00001

CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________

GESTAO FAVORECIDA: _____

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EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R

540776 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) ______________ _________ ____________

Porém, se os créditos forem não tributários os lançamentos serão:

D - 1.2.1.1.1.04.05 – CREDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS EM COBRANÇA

C -1.2.1.1.1.04.01 – CREDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS EM PROCESSO DE INSCRIÇÃO

A contabilização de origem não tributária se dará através do evento 54.0.777.

__ SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO )

DATA EMISSAO: 02SET2013 NUMERO: 2013NL _____

UNIDADE GESTORA: 200100

GESTAO: 00001

CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________

GESTAO FAVORECIDA: _____

EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R

540777 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) ______________ _________ ____________

(*) O conta corrente do tributo será o código do tributo no SIAFEM/RJ, vide relação ANEXO II deste manual.

9.6 ATUALIZAÇÃO MONETARIA “Volta ao Sumário”

9.6.1 Os créditos inscritos em Dívida Ativa são objeto de acréscimos moratórios a título

de juros de mora equivalentes à taxa referencial do Sistema de Liquidação e Custódia –

SELIC, e multas de mora, conforme a Lei Estadual 6.269, de 28 de Junho de 2012. A

atualização monetária deve ser lançada no mínimo mensalmente, de acordo com índice

ou forma de cálculo pactuada ou legalmente incidente.

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Art. 173. O crédito tributário, quando não integralmente pago no prazo, sem prejuízo da imposição de penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas na legislação, será acrescido dos seguintes acréscimos moratórios: I - juros de mora equivalentes à taxa referencial do Sistema de Liquidação e Custódia - SELIC - para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir do primeiro dia do mês subsequente ao vencimento do prazo até o último dia do mês anterior ao do pagamento, e de 1% (um por cento) relativamente ao mês em que o pagamento estiver sendo efetuado; II - multa de mora equivalente à taxa de 0,33% (trinta e três centésimos por cento) por dia de atraso, calculada a partir do primeiro dia subsequente ao vencimento do prazo até o dia em que ocorrer seu efetivo pagamento, limitada a 20% (vinte por cento). § 1° As penalidades cabíveis previstas na legislação estadual tributária, quando não integralmente pagas no prazo, sem prejuízo da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas na ordenação jurídica, ficam acrescidas dos juros de mora estabelecidos nos termos do inciso I do caput. § 2° No caso de parcelamento de débito, o valor consolidado incluirá até a data da sua consolidação, atualização e demais acréscimos legais. § 3° Na hipótese do § 2º deste artigo, sobre o valor da parcela incidirão juros de mora, determinados na forma do inciso I do caput deste artigo, calculados a partir do mês subsequente à data de consolidação do débito parcelado até o mês de efetiva liquidação de cada parcela. § 4° A multa de mora referida no inciso II do caput deste artigo se aplica na hipótese de pagamento, ainda que mediante parcelamento, por iniciativa do sujeito passivo, antes do início do procedimento de ofício, bem como, no caso de qualquer parcelamento, sobre a parcela inadimplida. § 5º Quando a legislação admitir que determinado tributo seja pago em prestações, incidirão os juros de mora previstos no inciso I deste artigo sobre aquelas que se seguirem à prestação inicial.

9.6.2 A contabilização dos créditos objeto de acréscimos moratórios, quando estes forem

tributários serão:

D – 1.2.1.1.1.03.02 - CREDITOS TRIBUTÁRIOS INSCRITOS

C – 4.4.3.9.1.01.01 – VARIAÇÕES MONETÁRIAS – RECEITAS FINANCEIRAS

O roteiro de contabilização se dará através do evento 54.0.747, com a classificação

1.2.1.1.1.03.02.

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30

__ SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO )

DATA EMISSAO: 02SET2013 NUMERO: 2013NL _____

UNIDADE GESTORA: 200100

GESTAO: 00001

CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________

GESTAO FAVORECIDA: _____

EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R

540747 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) 121110302 _________ ____________

9.6.3 Já os créditos não tributários, a contabilização referente aos acréscimos moratórios

deverá ser efetivada conforme abaixo:

D – 1.2.1.1.1.04.02 - CRÉDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS INSCRITOS

C – 4.4.3.9.1.01.01 – VARIAÇÕES MONETÁRIAS – RECEITAS FINANCEIRAS

A contabilização para os créditos não tributários também se dará através do evento

54.0.747, porém com a classificação 1.2.1.1.1.04.02.

__ SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO )

DATA EMISSAO: 02SET2013 NUMERO: 2013NL _____

UNIDADE GESTORA: 200100

GESTAO: 00001

CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________

GESTAO FAVORECIDA: _____

EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R

540747 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) 121110402 _________ ____________

(*) O conta corrente do tributo será o código do tributo no SIAFEM/RJ, vide relação ANEXO II deste manual.

10 PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS PARA A DÍVIDA ATIVA “Volta ao Sumário”

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10.1 EXTINÇÃO DA DÍVIDA ATIVA “Volta ao Sumário”

10.1.1 Todo recebimento de Dívida Ativa, qualquer que seja a forma, deverá

corresponder a uma receita orçamentária e simultânea baixa contábil de crédito

registrado anteriormente no Ativo. O recebimento da Dívida Ativa sem a baixa do Ativo

configura a ocorrência de receita sem o respectivo cancelamento do direito a receber,

gerando uma informação incorreta nos demonstrativos contábeis do Ente Público. As

baixas da dívida ativa podem ocorrer:

Pelo recebimento em espécie;

Pelos abatimentos ou anistias previstos legalmente;

Pelo cancelamento administrativo ou judicial da inscrição.

Pela compensação de créditos inscritos em Dívida Ativa com créditos contra a

Fazenda Pública; e,

Pela dação em pagamento com bens imóveis;

10.1.1.1 RECEBIMENTO DA DÍVIDA ATIVA EM ESPÉCIE “Volta ao Sumário”

10.1.1.1.1 As formas de recebimento da Dívida Ativa são definidas em lei, destacando-se

duas formas: em espécie ou na forma de bens, tanto pela adjudicação quanto pela dação

em pagamento. A receita relativa à Dívida Ativa tem caráter orçamentário, e pertence ao

exercício em que for realizada. No caso de recebimento de dívida ativa na forma de

bens, caso haja previsão de receita orçamentária específica para esta transação, haverá

registro de receita orçamentária mesmo que não tenha havido o ingresso de recursos

financeiros.

10.1.1.1.2 O Tesouro Estadual efetuará o lançamento da receita orçamentária através de

eventos automáticos gerados a partir de informações obtidas do sistema de arrecadação,

bem como deverá baixar das contas de ativo o valor recebido. Após o recebimento da

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receita orçamentária da Dívida Ativa, o Tesouro Estadual informará a PGE, através de

relatório próprio, os valores arrecadados, discriminados por tributo e por devedor.

10.1.1.1.3 Dessa forma, a contabilização referente aos recebimentos em espécie será

efetuada conforme o lançamento abaixo:

D – BANCO C/MOVIMENTO

C – 1.2.1.1.1.03.02 - CREDITOS TRIBUTÁRIOS INSCRITOS

C – 1.2.1.1.1.04.02 - CRÉDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS INSCRITOS

(+) Execução Orçamentária da Receita

Eventos: 540743 – 540782 – 540783 – 540784

10.1.1.2 OUTROS CASOS DE EXTINÇÃO DA DIVIDA ATIVA “Volta ao Sumário”

10.1.1.2.1 Os recebimentos em bens ou direitos que configurem a quitação de Dívida

Ativa, nos termos previstos em textos legais, devem refletir-se pela baixa do direito

inscrito em Dívida Ativa e reconhecimento de receita orçamentária, bem como a

incorporação do bem ou direito correspondente com reconhecimento de despesa

orçamentária, independentemente de sua destinação, caso esta transação esteja

especificamente consignada no Orçamento-Geral do ente. Qualquer que seja a forma de

recebimento da Dívida Ativa não poderá acarretar prejuízos na distribuição das receitas

correspondentes.

10.1.1.2.2 Qualquer que seja a forma de recebimento de créditos, o fato constituirá em

receita orçamentária, prevista especificamente ou não no orçamento do exercício de

recebimento.

10.1.1.2.3 No caso de anistias, remissões, abatimentos, o saldo dos direitos a receber,

ou parte dele, se toma efetivamente incobrável, e, no caso dos cancelamentos, ou seja,

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quando se esgotaram sem sucesso os meios possíveis de cobrança por determinações

judiciais ou administrativas, a baixa da conta de direitos a receber deve ser feita tendo

como contrapartida a própria conta redutora.

10.1.1.2.3.1 ABATIMENTOS, ANISTIAS E REMISSÕES. “Volta ao Sumário”

10.1.1.2.3.1.1 O abatimento, anistia ou remissão de quaisquer créditos a favor do Erário

depende de autorização por intermédio de lei, servindo como instrumento de incentivo

em programas de recuperação de créditos, observando o art. 14 da Lei Complementar nº

101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal.

Anistia: exclusão das penalidades e não do crédito tributário.

Remissão: perdão total ou parcial da dívida, concedido por lei.

10.1.1.2.3.1.2 O lançamento a ser efetuado será:

D – 1.2.1.1.1.99.02 - (-) AJUSTES PARA PERDAS EM DÍVIDA ATIVA TRIBUTÁRIA

C –1.2.1.1.1.03.02 - CREDITOS TRIBUTÁRIOS INSCRITOS

A contabilização do evento se dará através do evento 54.0.748 para o débito na origem

com a classificação 1.2.1.1.1.99.02 e através do evento 54.0.788 para o crédito com a

classificação 1.2.1.1.1.03.02.

__ SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO )

DATA EMISSAO: 02SET2013 NUMERO: 2013NL _____

UNIDADE GESTORA: 200100

GESTAO: 00001

CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________

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GESTAO FAVORECIDA: _____

EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R

540748 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) 121119902 _________ ____________

540788 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) 121110302 _________ ____________

D – 1.2.1.1.1.99.02 - (-) AJUSTES PARA PERDAS EM DÍVIDA ATIVA TRIBUTÁRIA

C – 1.2.1.1.1.04.02 - CRÉDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS INSCRITOS

A contabilização do evento se dará através do evento 54.0.748 para o débito na origem

com a classificação 1.2.1.1.1.99.02 e através do evento 54.0.788 para o crédito com a

classificação 1.2.1.1.1.04.02.

__ SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO )

DATA EMISSAO: 02SET2013 NUMERO: 2013NL _____

UNIDADE GESTORA: 200100

GESTAO: 00001

CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________

GESTAO FAVORECIDA: _____

EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R

540748 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) 121119902 _________ ____________

540788 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) 121110402 _________ ____________

(*) O conta corrente do tributo será o código do tributo no SIAFEM/RJ, vide relação ANEXO II deste manual.

10.1.1.3 CANCELAMENTOS DA DIVIDA ATIVA “Volta ao Sumário”

10.1.1.3.1 O cancelamento decorre de determinação de autoridade competente no

sentido de baixar o crédito inscrito em Dívida Ativa, tanto em nível administrativo quanto

judicial.

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35

10.1.1.3.2 Assim, o cancelamento ocorre por decisão judicial transitada em julgado

desfavorável ao Estado, decisão administrativa irreformável que é uma decisão proferida

no âmbito dos processos administrativos fiscais acatando alegação de direito, inscrição

indevida, etc., além de determinação específica de autoridade competente, prevista em

lei.

10.1.1.3.3 A contabilização para o cancelamento dos créditos inscritos em dívida ativa

deverá proceder conforme o lançamento a seguir:

D – 1.2.1.1.1.99.02 - (-) AJUSTES PARA PERDAS EM DÍVIDA ATIVA TRIB.

C – 1.2.1.1.1.03.02 - CREDITOS TRIBUTÁRIOS INSCRITOS

A contabilização do evento se dará através do evento 54.0.748 para o débito na origem

com a classificação 1.2.1.1.1.99.02 e através do evento 54.0.788 para o crédito com a

classificação 1.2.1.1.1.03.02.

__ SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO )

DATA EMISSAO: 02SET2013 NUMERO: 2013NL _____

UNIDADE GESTORA: 200100

GESTAO: 00001

CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________

GESTAO FAVORECIDA: _____

EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R

540748 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) 121119902 _________ ____________

540788 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) 121110302 _________ ____________

A contabilização do evento se dará através do evento 54.0.748 para o débito na origem

com a classificação 1.2.1.1.1.99.02 e através do evento 54.0.788 para o crédito com a

classificação 1.2.1.1.1.04.02.

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D – 1.2.1.1.1.99.02 - (-) AJUSTES PARA PERDAS EM DÍVIDA ATIVA TRIB.

C – 1.2.1.1.1.04.02 - CRÉDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS INSCRITOS

__ SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO )

DATA EMISSAO: 02SET2013 NUMERO: 2013NL _____

UNIDADE GESTORA: 200100

GESTAO: 00001

CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________

GESTAO FAVORECIDA: _____

EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R

540748 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) 121119902 _________ ____________

540788 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) 121110402 _________ ____________

10.1.1.4 COMPENSAÇÃO COM CRÉDITOS DE PRECATÓRIOS EXPEDIDOS “Volta ao Sumário”

10.1.1.4.1 A partir da edição da Lei 5647, de 18/01/2010 o Estado do Rio de Janeiro

permite a possibilidade de quitação de débitos inscritos em Dívida Ativa através da

compensação de precatórios. A lei dispõe sobre a forma de compensação de crédito

inscrito em Dívida Ativa com precatórios vencidos. O artigo 10 menciona que, os débitos

de acordo com a Emenda Constitucional nº 62, de 9/12/2009, poderão ser liquidados à

vista mediante compensação com créditos representados por precatórios judiciais

pendentes de pagamento e extraídos contra o ERJ, suas Autarquias e Fundações de

titularidade originária do contribuinte ou na condição de sucessor ou cessionário do

crédito oferecido.

10.1.1.4.2 Conforme disposto na Lei Estadual nº 6.136/2011 e no Decreto Estadual nº

43.443/2012, os débitos poderão ser liquidados à vista mediante a compensação com

créditos representados por precatórios judiciais pendentes de pagamento e extraídos

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contra o Estado do Rio de Janeiro, suas autarquias e fundações, até o limite de 95% do

valor do débito, já computadas as reduções, e desde que formulado o requerimento até

31/05/2012.

10.1.1.4.3 A compensação de créditos inscritos em Dívida Ativa com créditos contra a

Fazenda Pública também é orientada na forma da lei específica, porém não resulta em

ingresso de valores ou bens, configurando fato permutativo dentro do Patrimônio do Ente

Público.

10.1.1.4.4 A compensação não implica no ingresso de valores ou bens, constituindo um

fato permutativo que anula um crédito registrado no Ativo com uma obrigação da

Fazenda Pública para com terceiros.

10.1.1.4.5 Nos itens seguintes estão elencados os Procedimentos de Compensação

conforme Rotina CONOR/SUNOT/CGE nº 036/2013:

10.1.1.4.5.1 Dos Procedimentos de Compensação

Para compensação prevista no artigo 10, caput, da Lei Estadual nº 5.647/2010, deverão

ser observados os procedimentos exigidos nos artigos 19, 23, 24, 25, 26 e 27 do Decreto

Estadual n° 42.316/10, em especial o disposto no artigo 24, a seguir:

I – Registro do cancelamento do crédito público no Sistema Informatizado da Dívida

Ativa;

II – Providências a cargo da Secretaria de Estado de Fazenda, para fins de sub-rogação

pelo Estado do Rio de janeiro, quando for o caso, nos direitos creditícios contra a

entidade descentralizada, fundação ou autarquia, devedora;

III – Comunicação ao Tribunal competente à quitação, parcial ou total do precatório.

10.1.1.4.5.2 Dos Procedimentos Contábeis para Registro da Compensação com

Créditos de Precatórios

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Os débitos tributários ou não, inscritos em dívida ativa, poderão ser liquidados à vista

mediante a compensação com créditos representados por precatórios judiciais

pendentes de pagamento (aquele cujo exercício financeiro de pagamento já tenha

terminado) com as reduções do inciso I do art. 2º do Decreto Estadual nº 42.316/2010,

devendo ambos ser preliminarmente atualizados monetariamente.

10.1.1.4.5.2.1 Da Atualização da Dívida Ativa

A atualização dos valores inscritos em dívida ativa dar-se-á através dos eventos

descritos no Manual da Dívida Ativa editado pela Coordenação de Estudos e Manuais –

CEMAN, da Superintendência de Normas Técnicas – SUNOT, disponível no Portal da

Secretaria de Estado de Fazenda (www.fazenda.rj.gov.br), link Portal da Contadoria,

“Manuais/Manual da Dívida Ativa do Estado”.

10.1.1.4.5.2.2 Da Atualização dos Precatórios Judiciais

A atualização dos valores inscritos em Precatórios Judiciais com Fornecedores dar-se-á

através do evento 54.0.712, conforme descrito na Rotina CONOR/SUNOT/CGE n°

032/2013, disponível no Portal da Secretaria de Estado de Fazenda

(www.fazenda.rj.gov.br), link Portal da Contadoria, “Normas e Orientações”, “Circulares

CGE”, “SUNOT/2013”.

10.1.1.4.5.3 Da Compensação

A compensação de que trata o artigo 10 da Lei Estadual nº 5.647/2010 dar-se-á

conforme roteiro de contabilização a seguir:

10.1.1.4.5.3.1 Pela baixa por compensação dos precatórios judiciais com a dívida

ativa

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A baixa por compensação dos precatórios judiciais (PRINCIPAL + ATUALIZAÇÃO) com

valores inscritos em dívida ativa tributária ou não, dar-se-á concomitantemente à

execução da despesa e receita orçamentárias, respectivamente, haja vista o disposto na

Parte III – Procedimentos Contábeis Específicos do Manual de Contabilidade Aplicado ao

Setor Público (5ª Edição), de autoria da Secretaria do Tesouro Nacional:

“Os recebimentos em bens ou direitos que configurem a quitação de Dívida Ativa, nos termos previstos em textos legais, devem refletir-se pela baixa do direito inscrito em Dívida Ativa e reconhecimento de receita orçamentária, bem como a incorporação do bem ou direito correspondente com reconhecimento de despesa orçamentária, independentemente de sua destinação (...)”

Consultar Rotina CONOR/SUNOT/CGE nº 036/2013 para os procedimentos contábeis:

Empenho da Despesa, Liquidação da Despesa e Confirmação do Pagamento.

10.1.1.4.5.3.2 Da Repartição Tributária – Dívida Ativa Tributária ICMS, rotina

CONOR/SUNOT/CGE nº 036/2013:

Quando ocorrer compensação de precatórios com créditos inscritos em Dívida Ativa

Tributária de ICMS, tanto nos casos da Administração Direta quanto da Indireta, no

momento da compensação a UG 370200 – Encargos Gerais do Estado – SEFAZ deverá

confeccionar NL – Nota de Lançamento com uso do evento 58.0.555 e inscrição ANO

(do vencimento do precatório, conforme ordem cronológica) + IG (do tipo “PR”, com os

dados do Precatório compensado), no valor correspondente a 25% (vinte e cinco por

cento) do total compensado, com fins à observância do disposto no artigo 4°, § 1° da Lei

Complementar n°63/90 e conforme Parecer Jurídico de autoria da Assessoria Jurídica da

Secretaria de Estado de Fazenda do Rio de Janeiro, acostado ao Processo

Administrativo n° E-04/062/48/2013.

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10.1.1.4.5.3.3 Da compensação com saldo inferior de precatórios

Nos casos onde o saldo de precatórios disponibilizado seja insuficiente para liquidação

integral do débito, a diferença existente deverá ser paga à vista ou de forma parcelada,

de acordo com a natureza do débito, permanecendo os benefícios proporcionalmente

aos valores liquidados, consoante no § 3º do artigo 10 da Lei Estadual nº 5.647/2010.

10.1.1.4.5.3.4. Da compensação com saldo superior de precatórios

Nos casos onde o saldo de precatórios judiciais disponibilizado seja superior ao débito

que se pretenda liquidar, o referido precatório e/ou ação judicial respectivos prosseguirão

pelo saldo remanescente, da mesma fase em que se encontrem, consoante o § 5º do

artigo 10 da Lei Estadual nº 5.647/2010.

10.1.1.5 RECEBIMENTO EM BENS OU DIREITOS “Volta ao Sumário”

10.1.1.5.1 Os recebimentos em bens ou direitos que configurem a quitação de Dívida

Ativa, nos termos previstos em textos legais, devem refletir-se pela baixa do direito

inscrito em Dívida Ativa e reconhecimento de receita orçamentária, bem como a

incorporação do bem ou direito correspondente com reconhecimento de despesa

orçamentária, independente de sua destinação. Qualquer que seja a forma de

recebimento da Dívida Ativa não poderá acarretar prejuízos na distribuição das receitas

correspondentes.

10.1.1.5.2 O registro será pelo valor do bem recebido, nos termos do auto de

arrematação/adjudicação na hipótese de leilão; ou laudo de avaliação na hipótese de

dação em pagamento. O recebimento em bens ou direitos envolverá os seguintes

lançamentos contábeis:

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D - 1.2.3.2.1.01. XX – ATIVO IMOBILIZADO

C – 1.2.1.1.1.03.02 - CREDITOS TRIBUTÁRIOS INSCRITOS

C – 1.2.1.1.1.04.02 - CRÉDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS INSCRITOS

CRIAR EVENTO

Obs.: Este lançamento deve ser feito quando da inscrição do imóvel, pelo Estado, no

Registro de Imóveis.

10.1.1.5.3 Ressalte-se que, caso esta operação esteja consignada especificamente no

Orçamento Geral do Ente, deverá haver o registro de execução da receita e despesa

orçamentária.

10.1.1.5.4 O registro será pelo valor do bem recebido, nos termos do auto de

arrematação/adjudicação na hipótese de leilão; ou do laudo de avaliação na hipótese de

dação em pagamento.

11 CASOS ESPECIAIS DA DIVIDA ATIVA “Volta ao Sumário”

11.1 DESPESAS RELACIONADAS À DÍVIDA ATIVA “Volta ao Sumário”

11.1.1 As despesas a que a Fazenda Pública seja obrigada, em decorrência de

condenações judiciais (Lei nº 6830/80, artigo 39, parágrafo único) vinculadas a

cobranças de processos judiciais inscritos em Dívida Ativa, deverão ser reconhecidas e

pagas pelo processo normal, sem trânsito pelas contas relativas à Dívida Ativa.

11.1.2 Despesas acessórias ou de pequena monta, relacionadas aos processos de

cobrança, também deverão ser apropriadas como encargos, sem reflexo na Dívida Ativa.

11.2 PARCELAMENTOS DA DÍVIDA ATIVA “Volta ao Sumário”

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11.2.1 O parcelamento dos créditos tributários e não tributários do Estado do Rio de

Janeiro, de suas autarquias e fundações públicas, inscritos em dívida ativa, ajuizados ou

não, será disciplinado de acordo com a Lei estadual nº 6136, de 28 de dezembro de

2011.

11.2.2 Conforme o artigo 1º da referida Lei, fica concedida remissão integral das multas

e parcial dos juros, relativamente aos débitos, tributários ou não, inscritos em Dívida

Ativa, inclusive os oriundos de autarquias, ajuizados ou não, que tenham por vencimento

original data anterior a 30 de novembro de 2011, observadas a forma e condições

previstas nesta lei, e atendidas as demais condições que vierem a ser fixadas em

Decreto do Poder Executivo.

11.2.3 As multas serão reduzidas a 30% (trinta por cento) de seu valor nos casos em

que os créditos públicos tributários ou não, inscritos em dívida ativa esteja limitado à

aplicação de multa mencionada no item anterior, o disposto nesse item aplica-se

também ao saldo remanescente dos débitos consolidados de parcelamentos anteriores,

mesmo que tenham sido excluídos dos respectivos programas e parcelamentos.

11.2.4 No caso de débito inscrito em Dívida Ativa que reúna várias competências, será

considerado o vencimento da última competência para fins de aplicação do disposto no

artigo 1º da Lei 6136/2011.

11.2.5 No art. 2º da mesma Lei, fica autorizado o pagamento à vista, o parcelamento em

até 18 vezes e a compensação com créditos de precatórios expedidos, conforme

disposto nos respectivos capítulos, e desde que requeridos até o dia 31 de maio de

2012.

11.2.6 O requerimento de que trata o item 11.2.5, conforme § 2º do art 2º da Lei

6136/2011, importa confissão irrevogável e irretratável dos débitos que o requerente

tenha indicado, configurando confissão extrajudicial nos termos dos arts. 348, 353 e 354

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da Lei nº 5869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil, implica na renúncia

irretratável a qualquer direito com vistas a provocação futura, em sede administrativa ou

judicial, acerca de principal ou acessórios relativos aos créditos, bem como na

desistência de recursos ou medidas já interpostos, e condiciona o requerente à

aceitação plena e irretratável de todas as condições estabelecidas nesta Lei e em sua

regulamentação.

11.2.7 Para os pagamentos à vista, os débitos inscritos em Dívida Ativa até 1997,

inclusive, e que tenham valor inferior a 4.683,40 (quatro mil, seiscentos e oitenta e três e

quarenta centavos) UFIR-RJ, bem como os débitos inscritos em Dívida Ativa até

30/11/2011, inclusive, e que tenham nesta data valor total inferior a 468,34 (quatrocentos

e sessenta e oito e trinta e quatro centavos) UFIR-RJ, poderão ser pagos com redução

de 50% (cinquenta por cento) dos juros de mora, além da exclusão integral das multas.

11.2.8 Para os débitos objeto de parcelamentos anteriores, haverá o cancelamento do

parcelamento, apurando-se o saldo nos termos do artigo 168 do Decreto-Lei nº 05, de 15

de março de 1975, sendo desconsideradas as eventuais reduções do débito que, ao

tempo do parcelamento, tenham sido conferidas por lei específica; a opção pelo

pagamento à vista importará desistência compulsória e definitiva do respectivo

parcelamento existente na data de opção.

11.2.9 Os débitos tributários ou não, inscritos em dívida ativa, poderão ser objeto de

parcelamento em até 18 (dezoito) meses, com redução de 50% (cinquenta por cento)

dos juros de mora, além da exclusão integral das multas.

11.2.10 Cada prestação mensal não poderá ser inferior a R$100,00 nos débitos inscritos

tendo por sujeito passivo pessoa física, e R$200,00 nos débitos inscritos tendo por

sujeito passivo pessoa jurídica.

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11.2.11 Conforme afirma o § 3º do artigo 7º da Lei em questão, o inadimplemento por

mais de 30 (trinta) dias de qualquer das parcelas implica no imediato cancelamento dos

benefícios previstos nesta lei, calculado o saldo remanescente:

I - apurando-se o valor original do débito com a incidência da multa e demais acréscimos

legais, até a data do vencimento da parcela não paga;

II - deduzindo-se as parcelas pagas, com acréscimos legais, até a data do vencimento

da parcela não paga.

11.2.12 O requerimento para a realização do parcelamento suspende a exigibilidade do

débito inscrito em dívida ativa, nos termos do art. 151, III, do CTN.”

11.2.13 A inclusão de débitos no parcelamento não implica novação de dívida.

11.2.14 O parcelamento não depende de apresentação de garantia ou de arrolamento

de bens, exceto quando já houver penhora em execução fiscal ajuizada ou qualquer

outra modalidade de garantia apresentada em juízo, e abrangerá inclusive os encargos

legais que forem devidos.

11.2.15 A inclusão de valores inscritos em Dívida Ativa em Programas de Recuperação

de Dívidas legalmente instituídos, ou renegociações administrativas, efetuadas pelo

órgão ou entidade competente, que possibilitem a fixação de datas e valores de

recebimentos futuros, deverá ser expressa em termos contábeis. A parcela com

vencimento determinado para datas até o encerramento do exercício subsequente

deverá ser reclassificada para a Dívida Ativa de curto prazo, permanecendo a parcela

restante no longo prazo.

11.2.16 A contabilização para parcelamento da dívida ativa tributária e não tributária,

deverá ser efetuada conforme lançamento mencionado abaixo:

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D –1.1.2.5.1.01.01 - PARCELAMENTO DE DÍVIDAS TRIBUTÁRIAS

D – 1.2.1.1.1.03.04 - PARCELAMENTO DE DÍVIDAS TRIBUTÁRIAS

C – 1.2.1.1.1.03.02 – CREDITOS TRIBUTÁRIOS INSCRITOS

A contabilização se dará através do evento 58.0.608 para os créditos tributários no curto

prazo e no evento 58.0.609 para os créditos tributários no longo prazo.

__ SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO )

DATA EMISSAO: 02SET2013 NUMERO: 2013NL _____

UNIDADE GESTORA: 200100

GESTAO: 00001

CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________

GESTAO FAVORECIDA: _____

EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R

580608 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) ______________ _________ ____________

580609 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) ______________ _________ ____________

D – 1.1.2.4.1.01.02 - PARCELAMENTO DE DÍVIDA ATIVA NÃO TRIBUTÁRIA

D – 1.2.1.1.1.04.04 - PARCELAMENTO DE DÍVIDA ATIVA NÃO TRIBUTÁRIA

C - 1.2.1.1.1.04.02 – CRÉDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS INSCRITOS

Para os créditos de origem não tributária a contabilização se dará através do evento

58.0.610 para os créditos tributários no curto prazo e no evento 58.0.611 para os créditos

tributários no longo prazo.

__ SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO )

DATA EMISSAO: 02SET2013 NUMERO: 2013NL _____

UNIDADE GESTORA: 200100

GESTAO: 00001

CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________

GESTAO FAVORECIDA: _____

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EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R

580610 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) ______________ _________ ____________

580611 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) ______________ _________ ____________

(*) O conta corrente do tributo será o código do tributo no SIAFEM/RJ, vide relação ANEXO II deste manual.

11.3 CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS SUSPENSOS “Volta ao Sumário”

11.3.1 É a paralisação temporária da exigibilidade do crédito tributário, por meio de

norma tributária. No direito brasileiro, de acordo com o Art.151 do CTN, as modalidades

de suspensão admitidas são:

Moratória

O depósito do montante integral

As reclamações e os recursos administrativos

A concessão de medida liminar em mandado de segurança

A concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de

ação judicial.

O parcelamento

11.3.2 Moratória: é a postergação do prazo para pagamento do tributo devido, pode ser

concedido de modo geral ou individual. Ela sempre dependerá de lei para a sua

concessão. Esse benefício somente pode ser concedido se o crédito já fora constituído

ou se o lançamento foi iniciado. A competência para concedê-la, em regra, é da pessoa

jurídica de direito público competente para instituir o tributo. Para alguns doutrinadores a

União poderá conceder moratória sobre qualquer tributo em caso de guerra externa.

11.3.3 Depósito do montante integral: Visa interromper atos de cobrança do Fisco,

nquanto o crédito ainda está em discussão. O depósito pode ser anterior ou posterior à

constituição do crédito tributário. É uma faculdade (e não uma obrigação) concedida ao

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contribuinte, e não é condição para recurso na esfera administrativa e nem requisito para

ingresso de ação judicial.

11.3.4 Reclamações e recursos administrativos: impede a formação definitiva do

crédito tributário. Importante lembrar que o STF julgou inconstitucional a exigência de

depósito prévio nos recursos administrativos.

11.3.5 Concessão de medida liminar em mandado de segurança: pode ser

repressivo ou suspensivo. A suspensão ocorre com a liminar, não com a sentença

transitada em julgado. Com a liminar a fazenda pública fica impedida de ajuizar a

execução.

11.3.6 Concessão de medida liminar ou de tutela antecipada: não importa a

modalidade de ação ajuizada, com a concessão da liminar ou mesmo da antecipação de

tutela, evita que o sujeito passivo arque com o ônus tributário antes que seja apreciado o

mérito a sentença tenha transitado em julgado.

11.3.7 Parcelamento: a Lei Complementar nº 104/2001 incluiu o parcelamento entre as

hipóteses de suspensão. Será concedido na forma e condições previstas em lei

específica, aplicando subsidiariamente as regras da moratória.

11.3.8 Em sua grande maioria, os créditos suspensos resultam de ajuizamentos de

ações ou de recursos administrativos, cujos motivos são de alegações diversas.

Resumindo, podem ter sido originadas por decisões administrativas ou judiciais como

também podem ser como objeto de acordos de parcelamento de dívidas, sendo que

neste caso específico será discutido mais adiante. Assim, deverá haver reclassificação

para o estágio dos Créditos Suspensos na Dívida Ativa. A contabilização será:

D – 1.2.1.1.1.03.03 – CREDITOS TRIBUTÁRIOS COM EXIGIBILIDADE SUSPENSA

C – 1.2.1.1.1.03.02 CREDITOS TRIBUTÁRIOS INSCRITOS

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No SIAFEM/RJ a contabilização se dará através do evento 58.0.612.

__ SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO )

DATA EMISSAO: 02SET2013 NUMERO: 2013NL _____

UNIDADE GESTORA: 200100

GESTAO: 00001

CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________

GESTAO FAVORECIDA: _____

EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R

580612 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) ______________ _________ ____________

D – 1.2.1.1.1.04.03 – CREDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS COM EXIBILIDADE SUSPENSA

C – 1.2.1.1.1.04.02 CRÉDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS INSCRITOS

Para os créditos de origem não tributária a contabilização se dará através do evento

58.0.613.

__ SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO )

DATA EMISSAO: 02SET2013 NUMERO: 2013NL _____

UNIDADE GESTORA: 200100

GESTAO: 00001

CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________

GESTAO FAVORECIDA: _____

EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R

580613 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) ______________ _________ ____________

(*) O conta corrente do tributo será o código do tributo no SIAFEM/RJ, vide relação ANEXO II deste manual.

11.4 AJUSTES DE EXERCÍCIOS ANTERIORES “Volta ao Sumário”

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11.4.1 Caso particular que merece destaque é o lançamento de valores que são relativos

à inscrição de Dívida Ativa que não foram efetuadas na época própria. Trata-se de

inscrição relativa a exercício já encerrado e nesse caso será necessário efetuar-se um

ajuste no patrimônio líquido (ajuste de exercícios anteriores) pela baixa (quando de

inscrição indevida) ou inscrição do principal da Dívida Ativa e da atualização monetária,

juros, multa e outros encargos. Em resumo, o registro do encaminhamento segue o

mesmo roteiro anterior, porém a inscrição ocorrerá em conta de patrimônio líquido

denominado “Ajustes de Exercícios Anteriores”.

a) No caso de aumento da Dívida Ativa:

D – 1.2.1.1.1.03.02 CREDITOS TRIBUTÁRIOS INSCRITOS

D – 1.2.1.1.1.04.02 CRÉDITOS NÃO TRIBUTÁRIA INSCRITOS

C – 2.3.7.2.1.03.01 – AJUSTES DE EXERCICIOS ANTERIORES

CRIAR EVENTO

b) No caso de diminuição da Dívida Ativa:

D- 2.3.7.2.1.03.01 – AJUSTES DE EXERCICIOS ANTERIORES

C– 1.2.1.1.1.03.02 CREDITOS TRIBUTÁRIOS INSCRITOS

C– 1.2.1.1.1.04.02 CRÉDITOS NÃO TRIBUTÁRIO INSCRITOS

12 DÍVIDA ATIVA NÃO TRIBUTÁRIA “Volta ao Sumário”

12.1 São os demais créditos da Fazenda Pública, tais como os provenientes de

empréstimos compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, multa de qualquer origem

ou natureza (exceto as tributárias), foros, laudêmios, alugueis ou taxas de ocupação,

custas processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos públicos,

indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis definitivamente

julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em moeda estrangeira, de

sub-rogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de contratos em geral ou de

outras obrigações legais.

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12.1.1 Os procedimentos para a inscrição em dívida ativa não tributária são os mesmos

para a inscrição em dívida ativa tributária e já foi comentado neste trabalho.

13 AJUSTE PARA PERDAS PROVÁVEIS NA DÍVIDA ATIVA “Volta ao Sumário”

13.1 CONCEITO DE AJUSTE “Volta ao Sumário”

13.1.1 A dívida ativa é o direito a favor da Fazenda Pública que, por não ter sido

realizado no prazo, tornou-se incerto. Permanece, portanto, o direito ao crédito, mas

agora ele traz consigo uma maior possibilidade de não se realizar. É certo que os

créditos vencidos e não inscritos em dívida ativa já sofrem de um grau de incerteza

quanto à sua liquidez, motivo pelo qual os créditos administrativos também devem ser

ajustados.

13.1.2 Os ativos da dívida ativa, contudo, já possuem um histórico de inadimplência, por

isso provocam maior expectativa de perda. O valor desta perda deve ser quantificado e

registrado como dedução dos recebíveis.

Desse modo, os créditos tributários a receber devem figurar no balanço por seu valor

líquido provável de realização, independentemente de sua origem, tipo de operação ou

devedor, conforme os preceitos contábeis.

13.1.3 Nesse ambiente, é necessária a constituição de um ajuste para refletir possíveis

perdas financeiras derivadas da falta de pagamento dos valores devidos à Fazenda

Pública.

13.1.4 O ajuste para perdas prováveis é uma estimativa contábil, cujo cálculo é de

responsabilidade da administração da entidade. Neste cálculo devem ser consideradas

as melhores evidências disponíveis, incluindo fatores objetivos e subjetivos, quando não

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existir uma forma precisa de apuração, além de requerer julgamento na determinação do

valor adequado a ser registrado nas Demonstrações Contábeis.

13.1.5 Importante ressaltar que esse montante deve ser suficiente para cobrir as perdas

estimadas na cobrança desses créditos, a fim de se evitar a superavaliação ou a

subavaliação do patrimônio líquido da entidade, sendo preciso avaliar a probabilidade de

realização desses créditos a receber com o objetivo de reduzir tais ativos ao seu

provável valor de realização, critério pelo qual esses créditos a receber devem figurar

nas demonstrações contábeis.

13.1.6 Deve ser ressaltado que o cálculo dos ajustes de exercícios anteriores será

efetuado mensalmente, quando poderá haver uma complementação ou uma reversão.

13.2 CENÁRIO PARA A CONSTITUIÇÃO DO AJUSTE “Volta ao Sumário”

13.2.1 O ajuste para perdas prováveis em Dívida Ativa corresponde à estimativa da

entidade da parcela de créditos a receber cuja realização não ocorrerá. Tal estimativa

deve ser apurada de forma criteriosa, tendo em vista o caráter de incerteza envolvido,

com base em uma apropriada metodologia para o cálculo do ajuste.

13.2.2 A necessidade e a obrigação da constituição dos ajustes para perdas prováveis

estão fundamentadas nas NBCASP (Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao

Setor Público) e nos princípios de contabilidade, especialmente nos princípios da

oportunidade, competência e prudência, conforme Resolução n. 750/1993 do Conselho

Federal de Contabilidade.

13.3.3 Para atender aos princípios da oportunidade e da prudência, é necessário instituir

mecanismos que devolvam aos ativos a expressão real dos valores contabilizados,

tornando-os compatíveis com a situação da entidade. Esse procedimento também está

fundamentado pelo Conselho Federal de Contabilidade, que o incluiu nas NBCASP por

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meio da NBC T 16.10 – Avaliação e Mensuração de Ativos e Passivos em Entidades do

Setor Público – aprovada por intermédio da Resolução do Conselho Federal de

Contabilidade 1.137/2008, com os preceitos contidos no princípio da oportunidade:

Créditos e Dívidas 7. Os direitos, os títulos de créditos e as obrigações são mensurados ou avaliados pelo valor original, feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do Balanço Patrimonial. 8. Os riscos de recebimento de dívidas são reconhecidos em conta de ajuste, a qual será reduzida ou anulada quando deixarem de existir os motivos que a originaram. (...) 11. As provisões são constituídas com base em estimativas pelos prováveis valores de realização para os ativos e de reconhecimento para os passivos.

13.3.4 Finalmente, o estabelecimento desses ajustes para perdas em relação aos

créditos a receber contribui para o processo de fortalecimento da visão patrimonial, além

de proporcionar maior qualidade e transparência na informação contábil.

13.3 NORMAS GERAIS PARA A CONSTITUIÇÃO DE AJUSTE PARA PROVAVEIS PERDAS “Volta ao Sumário”

13.3.1 RESPONSABILIDADE PELO CÁLCULO E REGISTRO CONTÁBIL DO AJUSTE: “Volta ao Sumário”

13.3.1.1 O ajuste incidirá sobre os valores devidamente inscritos em Dívida Ativa. Os

créditos assim qualificados encontram-se sob a gestão do órgão competente pela

inscrição em cada esfera de governo.

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13.3.2 FORMA DE MENSURAÇÃO DO AJUSTE: “Volta ao Sumário”

13.3.2.1 A constituição de ajuste sobre contas a receber encerra um caráter de

incerteza, pela própria natureza futura de realização dos recebimentos. Especialmente

no caso da Dívida Ativa, a diversidade da origem dos créditos a favor do Ente Público,

somada aos variados graus de estruturação dos mecanismos de cobrança nas três

esferas de governo, torna bastante complexa a tarefa de estimar um ajuste para

prováveis perdas.

13.3.2.2 Um dos pontos críticos é avaliar a capacidade de cobrança do organismo

público. A forma mais tradicional de estimar um sucesso futuro de recebimento

desses valores já com prazo de pagamento vencido é através da experiência

acumulada em exercícios passados. É correto avaliar que os valores recebidos

verificados na série histórica de cada Ente Público reflitam com bastante precisão o

esforço na ação de cobrança conjugado com os meios de cobrança à disposição do

gestor.

13.3.2.3 Outro ponto que merece tratamento especial é a própria natureza do saldo

das contas de valores inscritos em Dívida Ativa. Normalmente, essa conta é dinâmica,

recebendo débitos e créditos de forma bastante variada. Esse saldo representa o

estoque de Dívida Ativa, sobre o qual recaem as ações de cobrança, representando um

valor significativo para qualquer avaliação ou estimativa de cobrança futura.

13.3.2.4 Com base nesses critérios, a metodologia de cálculo de ajustes baseou-se

em duas variáveis principais:

a) média percentual de recebimentos passados;

b) saldo atualizado da conta de créditos inscritos em Dívida Ativa.

13.3.2.5 A média percentual de recebimentos passados utiliza uma média ponderada

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dos recebimentos com relação aos montantes inscritos dos três últimos exercícios.

13.3.2.6 Essa média ponderada de recebimentos é calculada em cada um dos 3 (três)

últimos exercícios pela divisão da média mensal de recebimentos em cada exercício

pela média anual dos saldos mensais.

13.3.2.7 A partir da média ponderada dos recebimentos dos três últimos exercícios,

calcula-se a média percentual de recebimentos pela divisão da soma desses

percentuais dividida pelo número de meses correspondentes ao exercício orçamentário

do ente governamental.

Em termos matemáticos:

Média mensal de recebimentos = Total de recebimentos no exercício ÷ 12

Média anual de saldos mensais = soma dos saldos mensais ÷ 12

Média ponderada de recebimentos = Média mensal de recebimentos ÷ Média de

saldos de valores inscritos em Dívida Ativa.

Exemplo numérico, para o exercício X1:

Soma dos saldos mensais de valores inscritos em Dívida Ativa no exercício X1: 75.000

Média anual de saldos mensais: 75.000 ÷ 12 = 6.250

Soma dos recebimentos mensais no exercício: 3.150

Média mensal de recebimentos: 3.150 ÷ 12 = 262,50

Média ponderada de recebimentos para o exercício X1: (262,50 ÷ 6.250) x 100 =

4,20%

Considerando para os exercícios X2 e X3 com a mesma forma de cálculo:

Média ponderada de recebimentos para o exercício X2: 12,75%

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Média ponderada de recebimentos para o exercício X3: 9,00%

Podemos calcular então a média percentual de recebimentos para fins de cálculo de

ajuste:

Média % de recebimentos = (4,20% + 12,75% + 9,00%) ÷ 3 = 8,65%

13.3.2.8 O valor do ajuste para prováveis perdas do Ente Público será igual ao saldo da

conta de valores inscritos em Dívida Ativa menos o percentual da média percentual de

recebimentos multiplicado pelo mesmo saldo da conta de valores inscritos em Dívida

Ativa.

Em termos matemáticos:

Ajuste = Saldo conta Créditos Inscritos em Dívida Ativa – (média % de recebimentos

x Saldo da conta Créditos Inscritos em Dívida Ativa).

Exemplo numérico:

Utilizando a média percentual de recebimentos do exemplo anterior, calculamos o

ajuste para o primeiro mês do exercício X4:

Média % de recebimentos = 8,65%

Saldo de valores inscritos em Dívida Ativa ao final de X3: 10.000

% Média de recebimentos = 8,65%

Valor do Ajuste: 10.000 – (8,65% x 10.000) = 9.135

Assim, a composição das contas para abertura do exercício X4 seria:

Dívida Ativa 865

Valores Inscritos em Dívida Ativa 10.000

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( - ) Ajustes para Perdas Prováveis em Dívida Ativa 9.135

13.3.2.9 Observa-se que o saldo líquido da Dívida Ativa que vai impactar no Ativo

do Ente Público é igual ao montante calculado pela multiplicação da média

percentual de recebimentos pelo total dos valores inscritos em Dívida Ativa, refletindo

apenas a expectativa de recebimento dos Ativos inscritos.

13.3.2.10 No mês seguinte à primeira constituição de ajuste, o cálculo deve ser refeito,

alterando-se apenas o saldo dos valores inscritos em Dívida Ativa, mantendo-se a média

percentual de recebimentos para todo o exercício.

13.3.2.11 Deve ser observado se o valor calculado conforme a metodologia acima para

o ajuste é maior ou menor do que o valor registrado nessa conta ao término do

mês anterior. Se o novo valor obtido para o ajuste for maior do que o registrado

anteriormente, o valor que falta na conta Ajuste para Perdas Prováveis na Dívida Ativa

deverá ser complementado. Caso o novo valor obtido seja menor do que o valor

registrado anteriormente, o procedimento a ser adotado deve ser o de reverter o saldo a

maior da conta Ajuste para a conta de Variação Patrimonial Ativa.

Exemplo de cálculo:

Considerando o saldo de valores inscritos em Dívida Ativa para o encerramento do

primeiro e do segundo meses de X4, e utilizando os números do exemplo anterior:

Para o primeiro mês:

Saldo do final de janeiro X4: 90.000

Média % de recebimentos: 8,65%

Cálculo do novo ajuste: 90.000 – (8,65% x 90.000) = 82.215

Valor provisionado anteriormente: 9.135

Diferença para o novo ajuste: 82.215 – 9.135 = 73.080

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A) CONTABILIZAÇÃO A SER EFETUADA SERÁ:

D- 3.6.1.4.1.01.XX – AJUSTES PARA PERDAS EM CREDITOS

C- 1.2.1.1.1.99.02 - (-) AJUSTES PARA PERDAS EM DÍVIDA ATIVA TRIB..... R$ 73.080

A composição das contas para o segundo mês do exercício X4 seria:

Dívida Ativa 7.785

Valores Inscritos em Dívida Ativa 90.000

( - ) Ajustes para Perdas de Dívida Ativa 82.215

13.3.2.12 Observa-se que o valor líquido da Dívida Ativa sofreu um aumento, não pelo

aumento da expectativa relativa de recebimento, mas apenas pelo aumento do

montante do estoque de Dívida Ativa a cobrar.

Para o segundo mês:

Saldo no final de fevereiro X4: 1.000

Média % de recebimentos: 8,65%

Cálculo do novo ajuste: 1.000 – (8,65% x 1.000) = 913,50

Valor provisionado anteriormente: 82.215

Diferença para o novo ajuste: 82.215 – 913,50 = 81.301,50

B) JÁ NESTE CASO A CONTABILIZAÇÃO A SER EFETUADA SERÁ:

D- 1.2.1.1.1.99.02 - (-) AJUSTES PARA PERDAS EM DÍVIDA ATIVA TRIB.

C- 4.9.7.2.1.01.02 – AJUSTE PARA PERDAS EM DÍVIDA ATIVA........ R$ 81.301.50

A composição das contas para o segundo mês do exercício X4 seria:

Dívida Ativa 86,50

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Valores Inscritos em Dívida Ativa 1.000,00

( - ) Ajustes para Perdas de Dívida Ativa 913,50

13.3.2.13 No exemplo ocorreu uma variação desproporcional de valores do saldo,

exagerada de forma proposital, para fins de ilustração. No entanto, é comum uma

movimentação na Dívida Ativa dentro do exercício tanto pelo crescimento natural pela

via da atualização monetária quanto pelo recebimento, ajustes, cancelamento e novas

inscrições.

13.3.2.14 Ao final do exercício X4, será conhecido um novo valor de recebimentos

ocorridos durante o exercício X4. Esse valor tomará o lugar, na fórmula de cálculo

da média percentual de recebimentos do valor obtido no exercício X1, para fins de

cálculo da provisão inicial do exercício X5.

13.3.2.15 Cumpre ressaltar que o uso da média percentual de recebimentos destina-se

a captar o grau de sucesso do Ente Público na cobrança de seus créditos inscritos em

Dívida Ativa, refletindo seus esforços na recuperação do recurso público. Por outro lado,

o uso do saldo atual a cada mês dentro do exercício visa refletir as mutações do

estoque da Dívida Ativa a ser cobrada.

13.3.2.16 Assim, o incremento de recuperação de créditos inscritos em Dívida Ativa terá

reflexos ainda dentro do exercício, pela diminuição do saldo de valores inscritos, e

também em exercícios posteriores, pela melhoria da relação média percentual de

recebimentos.

13.4 ATUALIZAÇÃO ANUAL DA CONTA AJUSTE “Volta ao Sumário”

13.4.1 Em decorrência das características e peculiaridades dos entes da Federação, é

facultado aos municípios, com população inferior a cinquenta mil habitantes, constituir e

atualizar o ajuste da Dívida Ativa anualmente.

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13.4.2 A forma de mensuração do valor a ser ajustado na conta Dívida Ativa deve

obedecer ao critério dos recebimentos históricos. Por esse critério, o valor do ajuste

deve ser inversamente proporcional à média aritmética dos percentuais de recebimento

referentes à conta Dívida Ativa nos últimos três exercícios, ou seja, se a referida

média nos últimos três anos for de 5%, então o valor a ser ajustado deve ser de 95%

(100 – 5).

13.4.3 Nos exercícios seguintes à primeira constituição de ajuste para perdas em dívida

ativa, deve ser observado se o valor calculado para o ajuste é maior ou menor do que

o valor registrado nessa conta ao término do exercício. Se o novo valor obtido para o

ajuste for maior do que o registrado anteriormente, o valor que falta na conta ajuste

deverá ser complementado. Caso o novo valor obtido seja menor do que o valor

registrado anteriormente, o procedimento a ser adotado deve ser o de reverter o saldo a

maior da conta ajuste para a conta de Variação Patrimonial Ativa.

13.5 METODOLOGIA DE CÁLCULO COM AJUSTE ANUAL “Volta ao Sumário”

13.5.1 A metodologia de cálculo é baseada em uma média percentual dos recebimentos

ao longo dos três últimos exercícios anteriores ao que incidirá o ajuste que está sendo

calculado. A seguir é apresentado um exemplo de metodologia de cálculo de ajuste para

perdas em Dívida Ativa:

13.5.2 O quadro a seguir apresenta uma série histórica de seis exercícios, que será

utilizada como base para constituir o primeiro ajuste da Dívida Ativa ao término do Ano

3.

R$ milhares

ESPECIFICAÇÃO ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 ANO 6

A = Saldo da Conta Dívida Ativa

no Início do Exercício Financeiro

10.000 12.000 15.000 20.000 25.000 26.000

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C = Saldo de Inscrições durante

o Exercício Financeiro

3.000 4.500 5.500 6.000 9.000 8.500

D = Saldo da Dívida Ativa ao final

do Exercício Financeiro

D = A – B + C

12.000 15.000 20.000 25.000 26.000 30.000

Recebimento da Dívida Ativa (%)

F = (B ÷ A) x 100

10 12,5 3,3 5 32 16

13.5.3 O cálculo do recebimento da Dívida Ativa em termos percentuais relaciona o

valor absoluto recebido com o saldo dos valores inscritos ao início do exercício,

captando assim a relação entre o saldo a ser recebido – base de valor para as ações

do gestor de cobrança – e o resultado obtido. Essa relação introduz um fator de

ponderação da estatística calculada.

13.5.4 A seguir, calcula-se a Média Aritmética dos Percentuais de Recebimento,

baseada na média simples dos valores percentuais de recebimento para os três

exercícios considerados como base para o ano em que se estima o ajuste:

(10 % + 12,5% + 3,3%) ÷ 3 = 8,6%

13.5.5 Temos, então, que, para os três exercícios anteriores obteve-se uma média de

8,6% de recebimento, indicando que os esforços de cobrança do Ente Público não

lograram receber efetivamente o restante do saldo disponível. Esse restante é o inverso

do percentual calculado, ou, em termos percentuais:

100% - 8,6% = 91,4%

13.5.6 Esse cálculo indica que, para o exemplo, é razoável estimar que 91,4% do saldo

da conta Créditos Inscritos em Dívida Ativa não serão recebidos no próximo período.

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Portanto, esse será o montante a ser ajustado ao término do exercício 3, que em termos

de valores pode ser calculado por:

91,4% x 20.000 = 18.280

13.5.7 O valor de 20.000 é o valor inscrito em Dívida Ativa ao término do exercício

3.

A) O LANÇAMENTO A SER EFETUADA SERÁ:

D- 3.6.1.4.1.01.XX – AJUSTES PARA PERDAS EM CREDITOS

C- 1.2.1.1.1.99.02 - (-) AJUSTES PARA PERDAS EM DÍVIDA ATIVA TRIB..... R$ 18.280

13.5.8 Para o próximo exercício – ano 4 na tabela acima – haverá necessidade de um

recálculo de ajuste da dívida Ativa ao término do exercício 4, repetindo-se os passos

dos itens 8.1.4 em diante, excluindo-se o percentual de recebimentos do Ano 1 (10%) e

incluindo-se o percentual do Ano 4 (5%):

Média dos Percentuais de Recebimento: (12,5% + 3,3% + 5%) ÷ 3 = 6,93

% Percentual do ajuste: 100% - 6,93% = 93,07%

Percentual do valor inscrito em dívida ativa ao término do exercício 4: 93,07%

Montante a ser ajustado ao término do exercício 4: 93,07% x 25.000 = 23.268

13.5.9 O valor de 25.000 é o valor inscrito em Dívida Ativa ao término do exercício

4. O valor do registro de complementação do ajuste ao final do exercício 4 será:

23.268– 18.280 = 4.988

B) O LANÇAMENTO A SER EFETUADA SERÁ:

D- 3.6.1.4.1.01.XX – AJUSTES PARA PERDAS EM CREDITOS

C- 1.2.1.1.1.99.02 - (-) AJUSTES PARA PERDAS EM DÍVIDA ATIVA TRIB..... R$ 4.988

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13.5.11 Da mesma forma, o recálculo do ajuste da Dívida Ativa ao término do exercício

5, excluindo o percentual de recebimentos do Ano 2 (12,5%) e incluindo-se o percentual

do Ano 5 (32%):

Média dos Percentuais de Recebimento: (3,3% + 5% + 32%) ÷ 3 = 13,43

% Percentual do ajuste: 100% - 13,43% = 86,57%

Percentual do valor inscrito em dívida ativa ao término do exercício 5: 86,57%

Montante a ser ajustado ao término do exercício 5: 86,57% x 26.000 = 22.508

13.5.12 O valor de 26.000 é o valor inscrito em Dívida Ativa ao término do exercício

5. Valor do registro de reversão do ajuste ao final do exercício 5:

22.508 - 23.268 = - 760

13.5.13 O valor de 23.268 é o saldo de ajuste (credor) constituída no exercício anterior,

resultante dos créditos de 18.280 e 4.988, dos anos 3 e 4, respectivamente.

C) O LANÇAMENTO A SER EFETUADA SERÁ:

D- 1.2.1.1.1.99.02 - (-) AJUSTES PARA PERDAS EM DÍVIDA ATIVA TRIB.

C- 4.9.7.2.1.01.02 – REVERSÃO DOS AJUSTES PARA PERDAS............ R$ 760,00

13.5.14 Para esse ano 5 ocorreu uma baixa de ajuste, diminuindo o saldo da conta

Ajuste para Perdas de Dívida Ativa, e afetando positivamente o saldo líquido da Dívida

Inscrita. Esse efeito reflete a entrada de um percentual de recebimento de 32% no ano 5

em confronto com a exclusão de um percentual de 12,5% do ano 4. Assim, o melhor

retorno das ações de cobrança do Ente Público implicou uma redução do valor ajustado,

com efeito positivo no saldo líquido para os créditos inscritos em Dívida Ativa.

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14 ANEXO I – CONTAS DO SISTEMA PATRIMONIAL “Volta ao Sumário”

ATIVO

11 ATIVO CIRCULANTE

112100000 CLIENTES

112110000 CLIENTES – EXTRA OFSS

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112110100 FATURAS / DUPLICATAS A RECEBER - FATURADAS

112110104 ............CRÉDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS EM COBRANÇA

112200000 CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS A RECEBER

112210000 CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS A RECEBER – EXTRA OFSS

112210100 CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS A RECEBER

112210104 ............CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS EM COBRANÇA

112400000 DÍVIDA ATIVA NÃO TRIBUTÁRIA

112410000 DÍVIDA ATIVA NÃO TRIBUTÁRIA – EXTRA OFSS

112410100 DÍVIDA ATIVA NÃO TRIBUTÁRIA – CLIENTES

112410102 ............PARCELAMENTOS DE DÍVIDA ATIVA NÃO TRIBUTÁRIA

112500000 DÍVIDA ATIVA TRIBUTÁRIA

112510000 DÍVIDA ATIVA TRIBUTÁRIA – EXTRA OFSS

112510100 DÍVIDA ATIVA TRIBUTÁRIA

112510101 ............PARCELAMENTOS DE DÍVIDA ATIVA TRIBUTÁRIA

112900000 (-) AJUSTES PARA PERDAS DE CRÉDITOS

112910000 (-) AJUSTES PARA PERDAS – EXTRA OFSS

112910100 (-) AJUSTES PARA PERDAS DE CRÉDITOS

112910105 ............* AJUSTES PARA PERDAS – DÍVIDA ATIVA TRIBUTÁRIA

112910106 ............* AJUSTES PARA PERDAS – DÍVIDA ATIVA NÃO TRIBUTÁRIA

12 ATIVO NÃO CIRCULANTE

121100000 CRÉDITOS A LONGO PRAZO

121110000 CRÉDITOS A LONGO PRAZO – EXTRA OFSS

121110200 CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS A RECEBER

121110204 ............CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS EM COBRANÇA

121110300 DÍVIDA ATIVA TRIBUTÁRIA

121110301 ............CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS EM PROCESSO DE INSCRIÇÃO

121110302 ............CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS INSCRITOS

121110303 ............CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS COM EXIGIBILIDADE SUSPENSA

121110304 ............PARCELAMENTOS DE DÍVIDA ATIVA TRIBUTÁRIA

121110400 DÍVIDA ATIVA NÃO TRIBUTÁRIA – CLIENTES

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121110401 ............CRÉDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS EM PROCESSO DE INSCRIÇÃO

121110402 ............CRÉDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS INSCRITOS

121110403 ............CRÉDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS COM EXIGIBILIDADE SUSPENSA

121110404 ............PARCELAMENTOS DE DÍVIDA ATIVA NÃO TRIBUTÁRIA

121110405 ............CRÉDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS EM COBRANÇA

121119900 AJUSTES DE PERDAS DE CRÉDITOS DE LONGO PRAZO

121119901 ............*(-) AJUSTES PARA PERDAS EM DÍVIDA ATIVA

121119902 ............* = AJUSTES PARA PERDAS EM DÍVIDA ATIVA TRIBUTÁRIA

121119903 ............AJUSTES – PERDAS EM DÍVIDA ATIVA NÃO TRIBUTÁRIA

23 PATRIMÔNIO LÍQUIDO

237200000 LUCROS E PREJUÍZOS ACUMULADOS

237210000 LUCROS E PREJUÍZOS ACUMULADOS – EXTRA OFSS

237210300 AJUSTES DE EXERCÍCIOS ANTERIORES

2372010301...........AJUSTES DE EXERCÍCIOS ANTERIORES

RESULTADO

3 VARIAÇÃO PATRIMONIAL DIMINUTIVA

361400000 VPD COM AJUSTE DE PERDAS DE CRÉDITO

361410000 VPD COM AJUSTE DE PERDAS DE CRÉDITO – EXTRA OFSS

361410100 AJUSTE DE PERDAS DE CRÉDITOS – DÍVIDA ATIVA

3614101XX............

4 VARIAÇÃO PATRIMONIAL AUMENTATIVA

443900000 OUTRAS VARIAÇÕES MONETÁRIAS E CAMBIAIS

443910000 OUTRAS VARIAÇÕES MONETÁRIAS E CAMBIAIS – EXTRA OFSS

443910100 OUTRAS VARIAÇÕES MONETÁRIAS

443910101 ............OUTRAS VARIAÇÕES MONETÁRIAS

497200000 REVERSÃO DE AJUSTES DE PERDAS

497210000 REVERSÃO DE AJUSTES DE PERDAS - EXTRA OFSS

497210100 REVERSÃO DE AJUSTES DE PERDAS DE CRÉDITOS

497210102 ............AJUSTES PARA PERDAS DE DÍVIDA ATIVA

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15 ANEXO II - CONTA CORRENTE DO TRIBUTO “Volta ao Sumário”

1101 – ICM – PROCESSO DÍVIDA ATIVA

1201 – ICMS – PROCESSO DÍVIDA ATIVA

1301 – IPVA – PROCESSO DÍVIDA ATIVA

1401 – ITD – PROCESSO DÍVIDA ATIVA

1501 – ITBI – PROCESSO DÍVIDA ATIVA

1601 – TAXAS – PROCESSO DÍVIDA ATIVA

1701 – OUTROS TRIB – PROCESSO DÍVIDA ATIVA

2101 – NÃO TRIB – PROCESSO DÍVIDA ATIVA

16 ANEXO III – FLUXOGRAMA DE CONTABILIZAÇÃO “Volta ao Sumário”

CONTABILIZAÇÃO:

Créditos Tributários:

D - 1.1.2.2.1.01.04 – CREDITOS TRIBUT. EM COBRANÇA

C - 4.1.1.9.1.01.04 – OUTRAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS

Créditos Não Tributários:

D – 1.1.2.1.1.01.04 – CRED. NAO TRIBUT. EM COBRANÇA

C – 1.1.2.1.1.01. XX – FATURAS/DUPLICATAS A RECEBER

1) RECONHECIMENTO

DOS DIREITOS A

RECEBER EM ATRASO

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2) TRANSFERÊNCIA DO

ATIVO CIRCULANTE

PARA O ATIVO

NÃO CIRCULANTE

Créditos Tributários:

D – 1.2.1.1.1.02.04 - CREDITOS TRIBUT. EM COBRANÇA

C - 1.1.2.2.1.01.04 - CREDITOS TRIBUT. EM COBRANÇA

Créditos Não Tributários:

D – 1.2.1.1.1.04.05 – CRED. NÃO TRIBUT. EM COBRANÇA

C - 1.1.2.1.1.01.04 – CRED. NÃO TRIBUT. EM COBRANÇA

3) PELO

ENCAMINHAMENTO

PARA A INSCRIÇÃO

DOS CRÉDITOS NA

DÍVIDA ATIVA

Créditos Tributários:

D– 1.2.1.1.1.03.01 – CRED. TRIBUT. EM PROC. INSCRIÇÃO

C - 1.2.1.1.1.02.04 - CREDITOS TRIBUT. EM COBRANÇA

Créditos Não Tributários:

D- 1.2.1.1.1.04.01 – CRED. NÃO TRIBUT. EM PROC.

INSCRIÇÃO

C - 1.2.1.1.1.04.05 – CRED. NÃO TRIBUT. EM COBRANÇA

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Créditos Tributários:

D – 1.2.1.1.1.03.02 - CREDITOS TRIBUTÁRIOS INSCRITOS

C – 4.4.3.9.1.01.01 – VARIAÇÕES MONETÁRIAS – RECEITAS

FINANCEIRAS

Créditos Não Tributários:

D – 1.2.1.1.1.04.02 - CRÉDITOS NÃO TRIBUT. INSCRITOS

C – 4.4.3.9.1.01.01 – VARIAÇÕES MONETÁRIAS – RECEITAS

FINANCEIRAS

5) ATUALIZAÇÃO

MONETÁRIA

A) PELA EFETIVA

INSCRIÇÃO EM

DÍVIDA ATIVA

Créditos Tributários:

D –1.2.1.1.1.03.02 – CRED. TRIBUT. INSCRITOS

C - 1.2.1.1.1.03.01 – CREDITOS TRIBUTÁRIOS EM

PROCESSO DE INSCRIÇÃO

Créditos Não Tributários:

D- 1.2.1.1.1.04.02 – CRÉD. NÃO TRIBUT. INSCRITOS

C -1.2.1.1.1.04.01 – CREDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS EM

PROCESSO DE INSCRIÇÃO

B) PELA REJEIÇÃO

DA INSCRIÇÃO

EM DÍVIDA ATIVA

Créditos Tributários:

D- 1.2.1.1.1.02.04 – CRED. TRIBUT. EM COBRANÇA

C – 1.2.1.1.1.03.01 – CREDITOS TRIBUTÁRIOS EM

PROCESSO DE INSCRIÇÃO

Créditos Não Tributários:

D- 1.2.1.1.1.04.05 – CRED. NÃO TRIBUT. EM

COBRANÇA

C -1.2.1.1.1.04.01 – CREDITOS NÃO TRIBUÁRIOS EM

PROCESSO DE INSCRIÇÃO

4) O ÓRGÃO DE

INSCRIÇÃO ACEITA OU

NÃO O ECAMINHAMENTO

PARA INSCRIÇÃO EM

DÍVIDA ATIVA

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6) EXTINÇÃO DA

DÍVIDA ATIVA

POR:

A) RECEBIMENTO

EM ESPÉCIE

D – BANCO C/MOVIMENTO

C– 1.2.1.1.1.03.02 – CRED. TRIBUT. INSCRITOS

C – 1.2.1.1.1.04.02 – CRÉD. NÃO TRIBUTÁRIOS

INSCRITOS

B) ABATIMENTOS,

ANISTIAS E

REMISSÕES

D – 1.2.1.1.1.99.02 - (-) AJUSTES PARA PERDAS EM

DÍVIDA ATIVA TRIBUTÁRIA

C –1.2.1.1.1.03.02 – CRED. TRIBUT. INSCRITOS

C – 1.2.1.1.1.04.02 – CRÉD. NÃO TRIBUTÁRIOS

INSCRITOS

D – 1.2.1.1.1.99.02 - (-) AJUSTES PARA PERDAS EM

DÍVIDA ATIVA TRIB.

C – 1.2.1.1.1.03.02 – CRED. TRIBUT. INSCRITOS

C – 1.2.1.1.1.04.02 - CRÉDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS

INSCRITOS

C) CANCELAMENTO

E) RECEBIMENTOS

EM BENS E DIREITOS

D - 1.2.3.2.1.01.XX – ATIVO IMOBILIZADO

C – 1.2.1.1.1.03.02 – CRED. TRIBUT. INSCRITOS

C – 1.2.1.1.1.04.02 - CRÉDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS

INSCRITOS

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7) CASOS

ESPECIAIS:

A) PARCELAMENTOS

Créditos Tributários:

D– 1.1.2.5.1.01.01 – PARCELAMENTO DE DÍV. TRIBUT.

D– 1.2.1.1.1.03.04 - PARCELAMENTO DE DÍV. TRIBUT.

C – 1.2.1.1.1.03.02 – CRED. TRIBUT. INSCRITOS

Créditos Não Tributários:

D – 1.1.2.4.1.01.02 - PARCELAMENTO DE DÍVIDA

ATIVA NÃO TRIBUTÁRIA

D – 1.2.1.1.1.04.04 - PARCELAMENTO DE DÍVIDA

ATIVA NÃO TRIBUTÁRIA

C - 1.2.1.1.1.04.02 – CRÉD. NÃO TRIBUT. INSCRITOS

B) CRÉDITOS

SUSPENSOS

D – 1.2.1.1.1.03.03 – CREDITOS TRIBUTÁRIOS COM

EXIGIBILIDADE SUSPENSA

D – 1.2.1.1.1.04.03 – CREDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS

COM EXIBILIDADE SUSPENSA

C – 1.2.1.1.1.03.02 CRED. TRIBUT. INSCRITOS

C – 1.2.1.1.1.04.02 CRÉD. NÃO TRIBUT. INSCRITOS

C) AJUSTES DE

EXERCÍCIOS

ANTERIORES

D – 1.2.1.1.1.03.02 CRED. TRIBUTÁRIOS INSCRITOS

D – 1.2.1.1.1.04.02 CRÉD. NÃO TRIBUT. INSCRITOS

C – 2.3.7.2.1.03.01 – AJUSTES DE EXERCICIOS

ANTERIORES

C.1) NO CASO DE AUMENTO DA DÍVIDA ATIVA

D – 2.3.7.2.1.03.01 – AJUSTES DE EXERCICIOS

ANTERIORES

C – 1.2.1.1.1.03.02 CRED. TRIBUTÁRIOS INSCRITOS

C – 1.2.1.1.1.04.02 CRÉD. NÃO TRIBUT. INSCRITOS

C.2) NO CASO DE DIMINUIÇÃO DA DÍVIDA ATIVA

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D- 3.6.1.4.1.01.XX – AJUSTES PARA PERDAS EM

CREDITOS

C- 1.2.1.1.1.99.02 - (-) AJUSTES PARA PERDAS EM

DÍVIDA ATIVA TRIB

D- 1.2.1.1.1.99.02 - (-) AJUSTES PARA PERDAS EM

DÍVIDA ATIVA TRIB.

C- 4.9.7.2.1.01.02 – REVERSÃO DOS AJUSTES PARA

PERDAS

8) AJUSTES PARA

PERDAS

PROVAVEIS NA

DÍVIDA ATIVA

A) CONTABILIZAÇÃO INICIAL E COMPLEMENTAÇÃO

B) CONTABILIZAÇÃO DA REVERSÃO

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17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: “Volta ao Sumário”

Lei Estadual 6.136/11 – Dispõe sobre anistia, remissão, parcelamento de débitos e

compensação com créditos de precatórios expedidos.

Lei Estadual 6.269/12 – Dispõe sobre atualização monetária de débitos.

Lei Estadual 6.357/12 - Dispõe sobre anistia, remissão e cancelamento de débitos.

Lei Federal 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro

para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos

Municípios e do Distrito Federal.

Lei Federal 5.172, de 25 de outubro de 1966. Código Tributário Nacional. Dispõe sobre o

Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à

União, Estados e Municípios.

Lei Federal 6.830, de 22 de setembro de 1980. Dispõe sobre a cobrança judicial da

Dívida Ativa da Fazenda Pública, e dá outras providências.

Lei Federal 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Código Civil. Capítulo V – Titulo III - Dação

em Pagamento.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Diário

Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Legislativo, Brasília, DF, 5 out.

1988, p.1.

Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973. Institui o Código de Processo Civil. Diário

Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Legislativo, Brasília, DF, 17 jan.

1973. p 1.

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Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000. Estabelece normas de finanças

públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providencias.

Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Legislativo, Brasília, DF, 5

maio 2000, Seção 1, p. 1.

CFC – Conselho Federal de Contabilidade Resolução nº 750, de 29 de dezembro de

1993. Dispõe Sobre os Princípios de Contabilidade (PC). Diário Oficial [da] República

Federativa do Brasil, Poder Legislativo, Brasília, DF, 31 dez. 1993.

IASB – International Accounting Standards Board. [online]. Normas Internacionais

de Contabilidade. Disponível em <http://www.iasb.org>

IFAC – International Federation of Accountants. [online]. Normas Internacionais

de Contabilidade do Setor Público. Disponível em <http://www.ifac.org>

MANUAL DA RECEITA PÚBLICA NACIONAL –

http://www.tesouro.fazenda.gov.br/contabilidade_governamental/download/Manual_Rec

eita_Nacional_30102008_MTCASP.pdfsite STN

DÍVIDA ATIVA – MANUAL DE PROCEDIMENTOS -

http://www.stn.gov.br/legislacao/download/contabilidade/Manual_Divida_Ativa.pdf

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO –

http://www.dividaativa.rj.gov.br/

RESOLUÇÃO SEFAZ 282 DE 29/01/2010 que determina a inscrição em Dívida Ativa de

débitos declarados e não pagos.