47
Manual de Direito Processual do Trabalho

Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

  • Upload
    vankien

  • View
    221

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

Manual de Direito Processual do Trabalho

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 15340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 1 27/7/2015 13:15:2227/7/2015 13:15:22

Page 2: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

1a edição — Fevereiro, 2008

1a edição — 2a tiragem, setembro, 2008

2a edição — Fevereiro, 2009

3a edição — Fevereiro, 2010

4a edição — Janeiro, 2011

4a edição — 2a tiragem, agosto, 2011

5a edição — Fevereiro, 2012

5a edição — 2a tiragem, setembro, 2012

6a edição — Janeiro, 2013

6a edição — 2a tiragem, setembro, 2013

7a edição — Janeiro, 2014

7a edição — 2a tiragem, julho, 2014

7a edição — 3a tiragem, outubro, 2014

8a edição — Janeiro, 2015

9a edição — Agosto, 2015

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 25340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 2 27/7/2015 13:15:2327/7/2015 13:15:23

Page 3: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

MAURO SCHIAVIJuiz Titular da 19a Vara do Trabalho de São Paulo.

Mestre e Doutor em Direito das Relações Sociais pela PUC/SP. Professor Universitário (Graduação e Pós-Graduação).

Professor Convidado dos Cursos de Pós-Graduação da PUC/SP (COGEAE), Escola Paulista de Direito (EPD), Faculdade de Direito de Sul de

Minas (FDSM) EJUD 2/Mackenzie, Rede LFG (NTC) e ESA (Escola Superior de Advocacia). Professor Convidado das Escolas Judiciais dos TRTs das 1a,

2a, 5a, 6a, 7a, 11a, 15a, 17a, 19a, 20a, 22a e 24a Regiões.

Manual de Direito Processual do Trabalho

9a Edição

De acordo com Novo CPC

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 35340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 3 27/7/2015 13:15:2327/7/2015 13:15:23

Page 4: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Schiavi, Mauro Manual de direito processual do trabalho / Mauro Schiavi. — 9. ed. — São Paulo : LTr, 2015. Bibliografi a.

1. Direito processual do trabalho 2. Direito processual do trabalho — Brasil I. Título.

15-06030 CDU-347.9:331

Índice para catálogo sistemático:

1. Direito processual do trabalho 347.9:331

R

EDITORA LTDA.

© Todos os direitos reservados

Rua Jaguaribe, 571

CEP 01224-001

São Paulo, SP – Brasil

Fone: (11) 2167-1101

www.ltr.com.br

Agosto, 2015

Versão impressa: LTr 5340.1 – ISBN 978-85-361-8520-0

Versão digital: LTr 8787.4 – ISBN 978-85-361-8557-6

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 45340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 4 27/7/2015 13:15:2327/7/2015 13:15:23

Page 5: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

Esta edição é dedicada especialmente ao

Juiz Saint-Clair Lima e Silva (“in memorian”), amigo de todas as horas. Assim como uma estrela que está distante, sua luz continua-

rá a iluminar meu caminho até chegar a hora do reencontro.

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 55340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 5 27/7/2015 13:15:2327/7/2015 13:15:23

Page 6: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 65340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 6 27/7/2015 13:15:2327/7/2015 13:15:23

Page 7: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

AGRADECIMENTOS:

A Armando Casimiro Costa Filho, pela confi ança neste trabalho e pelo profi ssionalismo e entusiasmo com que divulga a cultura jurídica.

A Mara Batista Paixão e toda a sua equipe, pelo cuidado, profi ssionalismo e competência na editoração desta obra.

Ao Lacier José de Rezende, pela amizade e pelo incentivo na elaboração do livro.

À Lucélia, do Curso Robortella, pelo incentivo e pela confi ança no nosso trabalho.

A Leonel Maschietto e Sidnei Freire, pela amizade e incentivo na elaboração deste trabalho.

Aos caros Samuel Brandão e Beatriz de Lourdes Antonio, pelo incentivo e ajuda na divulgação desta obra.

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 75340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 7 27/7/2015 13:15:2327/7/2015 13:15:23

Page 8: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 85340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 8 27/7/2015 13:15:2327/7/2015 13:15:23

Page 9: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

MANUAL DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 9

Sumário

Nota à Nona Edição ............................................................................................................ 31

Apresentação ...................................................................................................................... 33

Capítulo I — Teoria Geral do Direito Processual do Trabalho1. Do confl ito trabalhista ..................................................................................................... 35

2. Das formas de solução dos confl itos trabalhistas ............................................................ 37

a) autotutela .................................................................................................................... 38

b) autocomposição .......................................................................................................... 38

c) heterocomposição ....................................................................................................... 39

d) mediação e conciliação ............................................................................................... 39

3. Da conciliação ................................................................................................................. 42

3.1. Homologação de transação extrajudicial pelo Juiz do Trabalho .............................. 45

3.2. Consequências da supressão da expressão “conciliar e julgar” do art. 114 da CF .. 45

4. Das Comissões de Conciliação Prévia ............................................................................. 46

4.1. Conceito ................................................................................................................... 46

4.2. Obrigatoriedade ou facultatividade? ........................................................................ 47

4.3. Efeitos da transação na Comissão de Conciliação Prévia (efi cácia da quitação) ..... 53

5. Arbitragem no Direito Processual do Trabalho ............................................................... 56

6. Da jurisdição ................................................................................................................... 65

6.1. Da lide ...................................................................................................................... 65

6.2. Da pretensão ............................................................................................................. 65

6.3. Da demanda ............................................................................................................. 65

6.4. Do conceito e das características da jurisdição ........................................................ 66

6.5. Princípios da jurisdição ............................................................................................ 67

6.6. Espécies de jurisdição .............................................................................................. 68

7. Do processo .................................................................................................................... 68

7.1. Dos pressupostos processuais .................................................................................. 70

8. Da ação ............................................................................................................................ 72

8.1. Conceito ................................................................................................................... 72

8.2. Das condições da ação .............................................................................................. 74

8.3. Interesse processual.................................................................................................. 76

8.4. Legitimidade ............................................................................................................. 77

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 95340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 9 27/7/2015 13:15:2327/7/2015 13:15:23

Page 10: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

10 MAURO SCHIAVI

8.5. Possibilidade jurídica do pedido ............................................................................ 78

8.6. Teoria da asserção quanto às condições da ação .................................................... 79

8.7. Da avaliação das condições da ação no Processo do Trabalho e a postura do Juiz do Trabalho. Aplicação da teoria da asserção ................................................................. 80

8.8. Da carência da ação ................................................................................................ 82

9. Do mérito do processo .................................................................................................. 82

10. Dos princípios constitucionais do processo ................................................................. 83

10.1. Dos princípios constitucionais do processo em espécie ...................................... 87

10.1.1. Devido processo legal .............................................................................. 87

10.1.2. Princípio do Juiz e do Promotor Natural ................................................. 90

10.1.3. Princípio da igualdade ............................................................................. 91

10.1.4. Princípio da inafastabilidade da jurisdição (acesso à Justiça) ................. 92

10.1.5. Princípio do contraditório e da ampla defesa .......................................... 95

10.1.6. Princípio do duplo grau de jurisdição ..................................................... 97

10.1.7. Princípio da motivação das decisões judiciais ......................................... 98

10.1.8. Princípio da publicidade .......................................................................... 99

10.1.9. Princípio da vedação da prova ilícita ....................................................... 100

10.1.10. Princípio da duração razoável do processo ............................................ 101

11. Princípios do Processo Civil previstos na Lei Ordinária e que são aplicáveis ao Processo do Trabalho ................................................................................................................... 107

a) Princípio da ação, demanda ou da inércia do judiciário ........................................... 108

b) Princípio da disponibilidade ou dispositivo ............................................................. 108

c) Princípio do impulso processual ............................................................................... 109

d) Princípio da oralidade .............................................................................................. 109

e) Princípio da instrumentalidade das formas .............................................................. 111

f) Princípio da cooperação ............................................................................................ 112

g) Princípio da observância da ordem cronológica das decisões .................................. 112

Capítulo II — Do Direito Processual do Trabalho1. Conceito de Direito Processual do Trabalho ................................................................... 115

2. Posição enciclopédica do Direito Processual do Trabalho. Autonomia do Direito Processual do Trabalho ..................................................................................................................... 118

3. Dos princípios peculiares do Direito Processual do Trabalho ......................................... 124

3.1. Protecionismo temperado ao trabalhador ................................................................ 124

3.2. Informalidade ........................................................................................................... 127

3.3. Conciliação ............................................................................................................... 127

3.4. Celeridade ................................................................................................................ 129

3.5. Simplicidade ............................................................................................................. 129

3.6. Oralidade .................................................................................................................. 129

3.7. Majoração dos poderes do Juiz do Trabalho na direção do processo ....................... 133

3.8. Subsidiariedade ........................................................................................................ 134

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 105340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 10 27/7/2015 13:15:2327/7/2015 13:15:23

Page 11: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

MANUAL DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 11

3.9. Função social do Processo do Trabalho ................................................................... 135

3.9.1. Princípio da normatização coletiva ................................................................ 136

4. Das fontes do Direito Processual do Trabalho ................................................................. 138

5. Interpretação do Direito Processual do Trabalho ............................................................ 144

5.1. Regras de interpretação constitucional .................................................................... 147

6. Da aplicação subsidiária do Direito Processual Civil ao Direito Processual do Trabalho e as lacunas da CLT ......................................................................................................... 151

6.1. O Código de Processo Civil de 2015 e o Processo do Trabalho ............................... 151

6.2. As lacunas do Processo do Trabalho e aplicação do CPC ........................................ 155

7. Da vigência da norma processual trabalhista e as regras de direito intertemporal ........ 170

8. Processos em curso oriundos das Justiças Estadual e Federal quando da vigência da EC n. 45/04 e as regras de direito intertemporal .................................................................. 170

9. Das espécies de procedimentos no Processo do Trabalho ............................................... 172

10. Do procedimento para as ações que não envolvam parcelas trabalhistas stricto sensu .. 173

Capítulo III — Organização da Justiça do Trabalho Brasileira1. Referências históricas e evolução da Justiça do Trabalho brasileira ................................ 176

2. Dos órgãos da Justiça do Trabalho .................................................................................. 182

3. Das garantias da Magistratura do Trabalho ..................................................................... 182

4. Do acesso à Magistratura do Trabalho ............................................................................ 184

5. Do Juiz do Trabalho e das Varas do Trabalho .................................................................. 189

5.1. Do papel do Juiz do Trabalho ................................................................................... 190

6. Dos Tribunais Regionais do Trabalho .............................................................................. 191

7. Do Tribunal Superior do Trabalho .................................................................................. 193

8. Dos serviços auxiliares da Justiça do Trabalho ............................................................... 194

8.1. Dos distribuidores .................................................................................................... 196

Capítulo IV — Do Ministério Público do Trabalho1. Conceito e origem ........................................................................................................... 198

2. Princípios do Ministério Público .................................................................................... 199

3. Do Ministério Público do Trabalho ................................................................................. 200

4. Da prerrogativa do Procurador do Trabalho de sentar-se ao lado do Juiz do Trabalho nas audiências trabalhistas .............................................................................................. 202

5. Da competência do Ministério Público do Trabalho ....................................................... 202

6. Formas de atuação do Ministério Público do Trabalho ................................................... 203

6.1. Judicial ..................................................................................................................... 203

6.1.1. Qualidade de parte ou agente ......................................................................... 203

6.1.2. Fiscal da lei (custos legis) ou interveniente .................................................... 205

6.2. Extrajudicial ............................................................................................................. 206

6.2.1. Inquérito civil público .................................................................................... 207

6.2.2. Termo de Ajustamento de Conduta ............................................................... 208

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 115340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 11 27/7/2015 13:15:2327/7/2015 13:15:23

Page 12: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

12 MAURO SCHIAVI

Capítulo V — Competência da Justiça do Trabalho1. Do conceito de competência ........................................................................................... 211

2. Competência material da Justiça do Trabalho brasileira após a EC n. 45/04 e competência em razão da pessoa .......................................................................................................... 214

3. Da competência material da Justiça do Trabalho ............................................................ 217

3.1. Controvérsias oriundas e decorrentes da relação de trabalho .................................. 217

3.1.1. Do conceito de relação de trabalho ................................................................ 217

3.2. Competência da Justiça do Trabalho para apreciar as lides oriundas da relação de trabalho .................................................................................................................... 222

3.2.1. Trabalhador autônomo ................................................................................... 227

3.2.2. Trabalhador eventual ...................................................................................... 228

3.2.3. Trabalhador avulso ......................................................................................... 229

3.2.4. Empregados de Cartórios Extrajudiciais ........................................................ 230

3.3. Competência da Justiça do Trabalho para as relações de trabalho que confi guram relação de consumo .................................................................................................. 231

3.4. Servidor público. Relação estatutária ....................................................................... 236

3.4.1. Contratação temporária pela Administração Pública ..................................... 237

3.5. Os contratos de empreitada e a pequena empreitada .............................................. 241

3.6. Contratos de prestação de serviços .......................................................................... 243

3.7. Entes de direito público externo ............................................................................. 245

3.8. Outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho (inciso IX do art. 114 da CF) 248

4. Competência para as ações que envolvem o exercício do direito de greve ..................... 250

4.1. Da competência da Justiça do Trabalho para o julgamento da greve dos servidores públicos .................................................................................................................... 252

4.2. Ações possessórias e interdito proibitório que decorre da greve ............................. 255

4.3. Ações indenizatórias que decorrem da greve ........................................................... 257

5. Ações sobre representação sindical ................................................................................. 258

a) lides intersindicais não coletivas ................................................................................. 260

b) lides intrassindicais ..................................................................................................... 261

c) confl itos sobre contribuições sindicais ....................................................................... 261

6. Habeas corpus .................................................................................................................. 262

7. Mandado de segurança .................................................................................................... 265

8. Habeas data ...................................................................................................................... 268

9. Competência penal da Justiça do Trabalho ..................................................................... 269

10. Ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes da relação de trabalho ......................................................................................................................... 274

10.1. Danos na fase pré-contratual................................................................................ 277

10.2. Danos na fase pós-contratual ............................................................................... 278

10.2.1. Competência da Justiça do Trabalho para os pedidos de complementação de aposentadoria ...................................................................................... 279

11. Penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos da fi scalização do trabalho .................................................................................................................... 290

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 125340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 12 27/7/2015 13:15:2327/7/2015 13:15:23

Page 13: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

MANUAL DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 13

11.1. Execução fi scal das multas decorrentes da fi scalização do trabalho .................... 293

11.2. Órgãos de fi scalização do exercício de profi ssões regulamentadas ...................... 294

11.3. Ações sobre o FGTS movidas em face da CEF ..................................................... 294

12. Execução, de ofício, das contribuições sociais das sentenças que proferir ................... 295

13. Da competência territorial da Justiça do Trabalho brasileira ........................................ 300

13.1. Empregado brasileiro que trabalha no estrangeiro............................................... 307

13.2. Foro de eleição na Justiça do Trabalho ................................................................ 309

14. Competência funcional da Justiça do Trabalho ............................................................. 310

14.1. Competência funcional das Varas do Trabalho .................................................... 312

14.2. Competência funcional dos Tribunais Regionais do Trabalho ............................. 313

14.3. Competência funcional do Tribunal Superior do Trabalho .................................. 315

a) Da competência do Tribunal Pleno .................................................................. 315

b) Da competência da Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC) ......... 316

c) Da competência da Seção Especializada em Dissídios Individuais (SDI-I e SDI-II) 317

d) Da competência das Turmas do TST ................................................................ 318

15. Da modifi cação da competência na Justiça do Trabalho ............................................... 318

16. Confl itos de competência entre órgãos que detêm jurisdição trabalhista ..................... 320

Capítulo VI — Das Partes e Procuradores no Processo do Trabalho1. Conceito de parte ............................................................................................................ 323

2. Da capacidade para ser parte na Justiça do Trabalho ...................................................... 324

3. Da representação e assistência das partes na Justiça do Trabalho ................................... 326

4. Da representação do empregado menor de 18 anos na Justiça do Trabalho ................... 328

5. Da capacidade postulatória da parte na Justiça do Trabalho — O jus postulandi da parte na Justiça do Trabalho. Aspectos críticos e perspectivas .................................................... 329

6. Sucessão das partes no Processo do Trabalho ................................................................. 333

7. Da substituição processual (legitimidade extraordinária)............................................... 335

8. A substituição processual pelo sindicato no Direito Processual do Trabalho ................. 337

8.1. Do rol de substituídos .............................................................................................. 345

8.2. Liquidação e execução da decisão genérica ............................................................. 347

8.3. Substituição processual e interrupção da prescrição ................................................ 354

9. Da regularização da representação processual ................................................................ 355

10. Do litisconsórcio no Processo do Trabalho ................................................................... 357

10.1. Conceito............................................................................................................... 357

10.2. Do litisconsórcio previsto na CLT ....................................................................... 359

10.3. Do litisconsórcio necessário no Processo do Trabalho ........................................ 360

10.3.1. Do litisconsórcio unitário no Processo do Trabalho ................................ 361

10.4. Intervenção iussu iudicis ...................................................................................... 362

10.5. Litisconsórcio multitudinário .............................................................................. 363

10.6. Prazo em dobro para os litisconsortes com patronos diferentes .......................... 364

11. Do advogado na Justiça do Trabalho ............................................................................ 365

12. Da procuração ............................................................................................................... 367

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 135340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 13 27/7/2015 13:15:2327/7/2015 13:15:23

Page 14: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

14 MAURO SCHIAVI

13. Da procuração apud acta ............................................................................................... 370

14. Dos honorários advocatícios na Justiça do Trabalho que decorrem da sucumbência .. 371

15. Dos honorários advocatícios previstos no Código Civil de 2002 e o Processo do Trabalho .. 377

16. Da assistência judiciária e justiça gratuita no Processo do Trabalho ............................ 382

16.1. Do deferimento da justiça gratuita ao empregador.............................................. 384

17. Dos deveres das partes e procuradores ......................................................................... 388

18. Da litigância de má-fé no Processo do Trabalho ........................................................... 392

19. Da possibilidade de condenação solidária do advogado por litigância de má-fé .......... 394

20. Do assédio processual ................................................................................................... 397

20.1. Da reparação do assédio processual no âmbito trabalhista .................................. 406

Capítulo VII — Da Intervenção de Terceiros no Direito Processual do Trabalho1. Da intervenção de terceiros e princípios que a orientam ................................................ 410

2. Da compatibilidade da intervenção de terceiros com o procedimento trabalhista ......... 411

2.1. A intervenção do amicus curiae ................................................................................ 417

3. Das espécies de intervenção de terceiros e sua aplicabilidade no Direito Processual do Trabalho .......................................................................................................................... 418

3.1. Assistência ............................................................................................................... 418

3.2. Nomeação à autoria ................................................................................................. 420

3.3. Oposição................................................................................................................... 421

3.4. Oposição em dissídio coletivo de natureza econômica ............................................ 423

3.5. Denunciação da lide ................................................................................................. 426

3.6. Chamamento ao processo ........................................................................................ 432

Capítulo VIII — Dos Atos Processuais1. Conceito de atos e fatos processuais ............................................................................... 435

2. Princípios dos atos processuais no Processo do Trabalho ............................................... 437

2.1. Publicidade ............................................................................................................... 437

2.2. Limites temporais ..................................................................................................... 438

2.3. Forma ....................................................................................................................... 439

2.4. Documentação.......................................................................................................... 439

2.5. Preclusão .................................................................................................................. 439

3. Da prática dos atos processuais por meios eletrônicos e processo judicial eletrônico .... 440

3.1. Da Resolução n. 136/14 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho ................... 446

4. Termo processual ............................................................................................................ 461

5. Dos prazos processuais.................................................................................................... 462

6. Da contagem dos prazos processuais .............................................................................. 463

7. Privilégios de prazo ......................................................................................................... 466

8. Da comunicação dos atos processuais trabalhistas: citação, notifi cação e intimação ..... 467

8.1. Da comunicação dos atos processuais por intermédio de Cartas Precatórias, Rogatórias e de Ordem ............................................................................................................... 469

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 145340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 14 27/7/2015 13:15:2327/7/2015 13:15:23

Page 15: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

MANUAL DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 15

9. Das despesas processuais no Processo do Trabalho ........................................................ 470

9.1. Custas processuais e emolumentos .......................................................................... 471

10. Da suspensão do processo ............................................................................................. 473

Capítulo IX — Das Nulidades no Direito Processual do Trabalho1. Conceito e espécies ......................................................................................................... 477

2. Princípios das nulidades ................................................................................................. 478

2.1. Prejuízo ou transcendência ...................................................................................... 478

2.2. Princípio da instrumentalidade das formas .............................................................. 479

2.3. Princípio da convalidação ........................................................................................ 480

2.4. Princípio da renovação dos atos processuais viciados ou saneamento das nulidades 482

2.5. Princípio do aproveitamento dos atos processuais praticados ................................. 483

2.6. Princípio do interesse ............................................................................................... 483

Capítulo X — Da Prescrição no Direito Processual do Trabalho1. Conceito e distinção com a decadência .......................................................................... 485

2. Causas de interrupção, impedimento e suspensão da prescrição e o Processo do Trabalho 488

3. Prescrição na ação declaratória no Processo do Trabalho ............................................... 493

4. Da prescrição intercorrente ............................................................................................. 495

5. Do momento da arguição da prescrição no Processo do Trabalho .................................. 499

6. Reconhecimento da prescrição de ofício no Direito Processual do Trabalho ................. 500

7. Prescrição aplicável para as ações que não envolvem uma parcela trabalhista stricto sensu e das ações em curso que vieram para o Judiciário Trabalhista ............................. 507

8. Da prescrição do dano moral decorrente da relação de trabalho .................................... 508

9. Prescrição dos danos materiais e morais decorrentes do acidente de trabalho ............... 512

10. O não decurso do prazo prescricional enquanto a responsabilidade pelo fato lesivo estiver sendo apurada no juízo criminal ....................................................................... 515

11. Regras de transição da prescrição e processos em curso oriundos da Justiça Comum para a Justiça do Trabalho e as regras de direito intertemporal quanto às reparações civis pelo acidente de trabalho ...................................................................................... 518

Capítulo XI — Da Petição Inicial no Direito Processual do Trabalho1. Conceito e fundamentos ................................................................................................. 524

2. Requisitos da petição inicial trabalhista .......................................................................... 526

3. Requisitos da inicial trabalhista exigidos pela CLT ......................................................... 527

a) Endereçamento ........................................................................................................... 528

b) Qualifi cação das partes ............................................................................................... 529

c) Causa de pedir (breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio) ........................ 529

d) Do pedido e o princípio da extrapetição no Processo do Trabalho ............................ 533

d.1.) Da cumulação de pedidos .................................................................................. 535

d.2.) Pedido alternativo .............................................................................................. 536

d.3.) Pedido subsidiário .............................................................................................. 537

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 155340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 15 27/7/2015 13:15:2327/7/2015 13:15:23

Page 16: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

16 MAURO SCHIAVI

e) Do valor da causa no Processo do Trabalho ............................................................... 537

e.1.) Impugnação do valor atribuído à causa e controle judicial sobre o valor atribuído à causa no Processo do Trabalho ........................................................................ 539

f) Assinatura da petição inicial ....................................................................................... 540

g) Requisitos não exigidos na inicial trabalhista ............................................................. 540

4. Efeitos processuais da inicial ........................................................................................... 540

5. Da emenda e aditamento da inicial no Processo do Trabalho ......................................... 540

6. Documentos que devem acompanhar a inicial trabalhista .............................................. 542

7. Do indeferimento da petição inicial no Processo do Trabalho ........................................ 543

8. Da inépcia da inicial trabalhista ...................................................................................... 545

9. Do recurso em face do indeferimento liminar da inicial no Processo do Trabalho......... 547

Capítulo XII — Da Audiência Trabalhista1. Conceito .......................................................................................................................... 548

2. Princípios da audiência trabalhista ................................................................................. 550

3. Peculiaridades da audiência trabalhista .......................................................................... 558

4. O procedimento da audiência trabalhista quando há o comparecimento do Juiz do Trabalho e das partes ....................................................................................................... 565

5. Da condução da audiência pelo Juiz do Trabalho: ordem da oitiva das partes e testemunhas 568

6. Da importância do comparecimento das partes no Processo do Trabalho ...................... 570

6.1. Do atraso das partes e do Juiz do Trabalho à audiência ........................................... 571

7. Da ausência do advogado ................................................................................................ 574

8. Da ausência do reclamante e a possibilidade de representação do empregado ............... 575

9. Da possibilidade de aplicação da confi ssão ao reclamante ausente à audiência em pros-seguimento ...................................................................................................................... 578

10. Da ausência do reclamado ............................................................................................. 581

11. Nomeação de curador especial para o reclamado revel ................................................. 582

12. Ausência do reclamante e do reclamado ....................................................................... 583

13. Da ausência do reclamado e presença do advogado (Súmula n. 122 do TST) ............. 584

14. Da representação do reclamado em audiência. Efeitos. Condição de empregado do preposto. Súmula n. 377 do C. TST e efeitos ................................................................ 587

15. Efeitos processuais da representação do empregador por preposto que não ostenta a qualidade de empregado................................................................................................ 595

Capítulo XIII — Da Revelia no Direito Processual do Trabalho1. Introdução ....................................................................................................................... 598

2. Do conceito de revelia no Direito Processual Civil e no Direito Processual do Trabalho .. 599

3. Dos efeitos da revelia no Direito Processual do Trabalho ............................................... 601

4. Revelia e confi ssão no Direito Processual do Trabalho ................................................... 603

5. Elisão da revelia no Direito Processual do Trabalho ....................................................... 604

5.1. Nulidade da citação .................................................................................................. 604

5.2. Ausência motivada do preposto ............................................................................... 606

6. Hipóteses de não aplicabilidade dos efeitos da revelia no Direito Processual do Trabalho 607

6.1. Havendo pluralidade de réus, um deles contestar a ação ......................................... 608

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 165340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 16 27/7/2015 13:15:2427/7/2015 13:15:24

Page 17: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

MANUAL DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 17

6.2. Se o litígio versar sobre direitos indisponíveis (art. 392 do CPC) .......................... 610

6.3. Se a petição inicial não estiver acompanhada de documento essencial .................. 611

6.3.1. As alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante dos autos ............................................ 611

7. A revelia e a pessoa jurídica de direito público ............................................................... 611

8. A revelia quando há necessidade de prova pericial ......................................................... 613

9. O Juiz do Trabalho diante da revelia ............................................................................... 614

Capítulo XIV — Da Resposta1. Conceito .......................................................................................................................... 618

2. Da contestação ................................................................................................................ 619

2.1. Das preliminares da contestação .............................................................................. 625

I — Nulidade da citação .......................................................................................... 626

II — Litispendência ................................................................................................. 627

III — Coisa julgada .................................................................................................. 628

IV — Incompetência absoluta ................................................................................. 628

V — Da perempção .................................................................................................. 629

VI — Inépcia da inicial ............................................................................................ 630

VII — Carência da ação ........................................................................................... 631

VIII — Conexão ....................................................................................................... 631

2.2. Da compensação e da retenção como matérias de defesa ........................................ 632

2.3. Matérias que podem ser invocadas depois da contestação ...................................... 633

2.4. Da ordem de enumeração da matéria defensiva ...................................................... 634

3. Das exceções ................................................................................................................... 635

3.1. Exceções de impedimento e de suspeição ................................................................ 636

3.2. Procedimento das exceções de impedimento e suspeição ....................................... 639

3.3. Exceção de incompetência ...................................................................................... 641

4. Da reconvenção ............................................................................................................... 644

4.1. Conceito e requisitos de admissibilidade ................................................................. 644

4.2. Do procedimento da reconvenção no Processo do Trabalho ................................... 647

4.3. Da reconvenção nas ações de natureza dúplice na esfera processual do trabalho ... 649

4.4. Reconvenção de reconvenção no Processo do Trabalho .......................................... 651

Capítulo XV — Das Provas no Processo do Trabalho

1a Parte — Teoria Geral das Provas no Processo do Trabalho1.1. Do conceito e fi nalidade da prova ................................................................................ 653

1.2. Objeto da prova ............................................................................................................ 659

1.3. Das máximas de experiência e a prova no Processo do Trabalho ................................ 663

1.4. Da prova do Direito no Direito Processual do Trabalho ............................................... 664

1.5. Princípios da prova no Direito Processual do Trabalho ............................................... 665

1.5.1. Necessidade da prova ......................................................................................... 665

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 175340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 17 27/7/2015 13:15:2427/7/2015 13:15:24

Page 18: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

18 MAURO SCHIAVI

1.5.2. Contraditório e ampla defesa ............................................................................ 666

1.5.3. Licitude e probidade da prova ........................................................................... 666

1.5.4. Oralidade .......................................................................................................... 666

1.5.5. Aquisição processual da prova no Processo do Trabalho ................................... 668

1.5.6. Convencimento motivado do juiz...................................................................... 669

1.5.7. Busca da verdade real ......................................................................................... 669

1.5.8. Aptidão para a prova ......................................................................................... 670

1.5.9. Princípio da lealdade processual e boa-fé .......................................................... 672

1.6. A prova emprestada no Direito Processual do Trabalho .............................................. 673

1.6.1. Requisitos para utilização da prova emprestada no Direito Processual do Trabalho 677

1.7. Ônus da prova no Direito Processual do Trabalho ...................................................... 679

1.7.1. O ônus da prova e o fato negativo ..................................................................... 683

1.8. Da inversão do ônus da prova no Direito Processual do Trabalho .............................. 684

1.8.1. A moderna teoria da carga dinâmica do ônus da prova ..................................... 687

1.9. A revelia e a produção de provas no Direito Processual do Trabalho .......................... 692

1.10. Valoração da prova no Direito Processual do Trabalho .............................................. 697

1.10.1. Da aplicação do princípio in dubio pro operario na valoração da prova pelo Juiz do Trabalho ............................................................................................. 700

1.11. Dos poderes instrutórios do Juiz do Trabalho ............................................................ 702

1.12. Da prova ilícita no Direito Processual do Trabalho .................................................... 705

1.12.1. A prova ilícita e o Juiz do Trabalho ................................................................ 711

1.13. Fases do Procedimento Probatório ............................................................................. 713

2a Parte — Das Provas em Espécie2.1. Interrogatório e depoimento pessoal ........................................................................... 715

2.1.1. Dos conceitos de interrogatório e depoimento pessoal ..................................... 715

2.1.2. Da compatibilidade do depoimento pessoal com o Processo do Trabalho e sua importância prática ............................................................................................ 718

2.2. Da confi ssão ................................................................................................................. 722

2.3. Da prova documental ................................................................................................... 726

2.3.1. Da exibição de documentos ............................................................................... 730

2.3.2. Documentos trabalhistas típicos ........................................................................ 731

2.3.2.1. Carteira de Trabalho e Previdência Social ............................................. 731

2.3.2.2. Recibos de pagamento e quitação e cartões de ponto ........................... 732

2.3.2.3. Da oportunidade de juntada dos documentos ...................................... 735

2.3.3. Da autenticidade dos documentos no Processo do Trabalho ............................. 736

2.3.4. Da arguição de falsidade documental no Processo do Trabalho ........................ 739

2.3.5. Valoração do documento no processo do trabalho ............................................ 741

2.3.5.1. Da ata notarial ....................................................................................... 741

2.4. Da prova testemunhal no Processo do Trabalho .......................................................... 742

2.4.1. Do conceito e admissibilidade da prova testemunhal no Processo do Trabalho .. 742

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 185340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 18 27/7/2015 13:15:2427/7/2015 13:15:24

Page 19: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

MANUAL DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 19

2.4.2. Da capacidade para ser testemunha. Das incapacidades, impedimentos e sus-peições das testemunhas no Processo do Trabalho ............................................ 744

a) amizade íntima .............................................................................................. 745

b) empregado que exerce cargo de confi ança na empresa ................................. 747

c) testemunha que litiga contra o mesmo empregador em troca de favores ...... 749

2.4.3. Depoimento da testemunha menor de 18 anos no Processo do Trabalho ......... 751

2.4.4. Número máximo de testemunhas no Processo do Trabalho .............................. 753

2.4.5. Da qualifi cação da testemunha. A testemunha que não porta documento poderá ser ouvida? ......................................................................................................... 755

2.4.6. Da contradita .................................................................................................... 757

2.4.7. Da substituição das testemunhas ....................................................................... 758

2.4.8. Da produção da prova testemunhal no Processo do Trabalho ........................... 759

2.4.9. Da acareação das testemunhas e testemunhas e partes ...................................... 762

2.4.9.a. Da valoração da prova testemunhal pelo Juiz do Trabalho ................... 763

2.4.9.b. Do falso testemunho no Processo do Trabalho e o Juiz do Trabalho diante do falso testemunho .................................................................. 766

2.5. Da prova pericial .......................................................................................................... 768

2.5.1. Sistemática da realização das perícias ................................................................ 771

2.5.2. Da valoração da prova pericial .......................................................................... 774

2.5.3. Do pagamento dos honorários periciais ............................................................ 776

2.6. Da inspeção judicial no Direito Processual do Trabalho .............................................. 782

Capítulo XVI — Sentença e Coisa Julgada

1a Parte — Da Sentença Trabalhista1. Conceito e natureza jurídica ........................................................................................... 785

2. Princípios da sentença trabalhista ................................................................................... 789

3. Requisitos estruturais da sentença trabalhista ................................................................ 789

a) Relatório ..................................................................................................................... 790

b) Fundamentação .......................................................................................................... 791

b.1) Da ordem de apreciação na sentença trabalhista das matérias preliminares ...... 795

b.2) Ordem de apreciação da matéria de mérito ........................................................ 796

c) Dispositivo ou conclusão ........................................................................................... 796

4. Classifi cação das sentenças ............................................................................................. 798

5. Nulidades da sentença ..................................................................................................... 799

a) Sentença inexistente ................................................................................................... 800

b) Nulidade da sentença (Falta dos requisitos legais) .................................................... 800

c) Falta de fundamentação (Nulidade) ........................................................................... 800

d) Nulidade — sentença citra petita, extra petita e ultra petita ....................................... 800

e) Sentença citra petita .................................................................................................... 801

f) Sentença ultra petita..................................................................................................... 802

g) Sentença extra petita ................................................................................................... 802

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 195340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 19 27/7/2015 13:15:2427/7/2015 13:15:24

Page 20: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

20 MAURO SCHIAVI

6. Possibilidade de julgamento extra petita ou ultra petita no Processo do Trabalho — Princípio da ultrapetição ................................................................................................. 804

7. Da inalterabilidade da sentença depois da publicação .................................................... 805

7.1. A sentença trabalhista e a hipoteca judiciária .......................................................... 806

2a Parte — Da Coisa Julgada no Direito Processual do Trabalho8. Conceito. Coisa julgada material e coisa julgada formal ................................................ 810

9. Limites subjetivos da coisa julgada ................................................................................. 813

10. Limites objetivos da coisa julgada ................................................................................. 814

11. Dos efeitos da coisa julgada criminal no Processo do Trabalho .................................... 817

12. Relativização da coisa julgada material no Processo do Trabalho ................................. 819

Capítulo XVII — Dos Ritos Sumaríssimo e Sumário no Processo do Trabalho1. Dos ritos sumário e sumaríssimo trabalhistas ................................................................. 822

2. Do rito sumário ............................................................................................................... 823

3. Do rito sumaríssimo ........................................................................................................ 824

3.1. Da obrigatoriedade ou facultatividade do rito sumaríssimo .................................... 825

3.2. Da possibilidade de conversão do rito sumaríssimo para ordinário ........................ 826

3.3. Da aplicabilidade do rito sumaríssimo ..................................................................... 826

3.4. Requisitos da petição inicial no rito sumaríssimo e possibilidade de emenda da inicial ........................................................................................................................ 828

3.5. Da citação por edital no rito sumaríssimo .............................................................. 830

3.6. Aspectos do procedimento sumaríssimo .................................................................. 831

Capítulo XVIII — Recursos no Processo do Trabalho1a Parte — Teoria Geral dos Recursos Trabalhistas

1.1. Dos recursos — conceito, fundamentos e natureza jurídica ........................................ 837

1.1.1. Classifi cação dos recursos .................................................................................. 839

1.2. Princípios dos recursos trabalhistas ............................................................................. 841

1.2.1. Duplo grau de jurisdição ................................................................................... 841

1.2.2. Taxatividade ....................................................................................................... 845

1.2.3. Singularidade ou unirrecorribilidade ................................................................. 846

1.2.4. Fungibilidade ..................................................................................................... 848

1.2.5. Proibição da reformatio in pejus .......................................................................... 850

1.2.6. Variabilidade ...................................................................................................... 851

1.2.7. Dialeticidade ...................................................................................................... 852

1.2.8. Irrecorribilidade em separado das decisões interlocutórias ............................... 854

1.3. Da remessa necessária ou recurso de ofício ................................................................. 854

1.4. Recursos e direito intertemporal .................................................................................. 857

1.5. Decisões irrecorríveis no Processo do Trabalho ........................................................... 858

1.5.1. Decisão interlocutória ........................................................................................ 858

1.5.2. Dissídios de alçada (irrecorribilidade) ............................................................... 864

1.5.3. Despachos .......................................................................................................... 867

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 205340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 20 27/7/2015 13:15:2427/7/2015 13:15:24

Page 21: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

MANUAL DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 21

1.6. Pressupostos recursais ................................................................................................. 868

1.6.1. Pressupostos recursais intrínsecos ou subjetivos .............................................. 869

1.6.1.1. Cabimento ............................................................................................ 869

1.6.1.2. Legitimidade ......................................................................................... 870

1.6.1.3. Interesse recursal .................................................................................. 872

1.6.2. Pressupostos recursais extrínsecos ou objetivos ................................................ 877

1.6.2.1. Preparo .................................................................................................. 877

1.6.2.2. Depósito recursal .................................................................................. 877

1.6.2.3. Regularidade formal .............................................................................. 891

1.6.2.4. Assinatura ............................................................................................. 894

1.6.2.5. Tempestividade ..................................................................................... 895

1.7. Efeitos dos recursos trabalhistas .................................................................................. 896

1.7.1. Do efeito devolutivo .......................................................................................... 896

1.7.2. Efeito translativo ............................................................................................... 900

1.7.3. Regressivo .......................................................................................................... 901

1.7.4. Substitutivo ........................................................................................................ 901

1.7.5. Suspensivo ......................................................................................................... 902

1.8. Do processamento dos recursos trabalhistas ............................................................... 903

1.9. Do art. 932 do CPC (majoração dos poderes do relator) ............................................. 909

2a Parte — Dos Recursos Trabalhistas em Espécie2.1. Do recurso ordinário .................................................................................................... 913

2.1.1. Conceito e requisitos ......................................................................................... 913

2.1.2. Os §§ 3o e 4o do art. 1.013 do CPC e a teoria da causa madura e sua aplicação no recurso ordinário trabalhista ........................................................................ 916

2.1.3. O art. 938 do CPC (saneamento das nulidades no recurso ordinário) ............. 918

2.2. Recurso de revista ........................................................................................................ 920

2.2.1. Conceito ............................................................................................................. 920

2.2.2. Requisitos específi cos do recurso de revista ...................................................... 923

2.2.2.1. Pressupostos objetivos .......................................................................... 923

2.2.2.2. Pressupostos subjetivos ........................................................................ 926

2.2.3. Hipóteses de cabimento ..................................................................................... 932

a) Divergência jurisprudencial (Lei Federal) .................................................... 932

b) Divergência jurisprudencial (interpretação de lei estadual, convenção cole-tiva, acordo coletivo, sentença normativa ou regulamento de empresa) ...... 935

c) Violação de literal dispositivo de Lei Federal ou da Constituição da República 936

2.2.4. Execução de sentença ........................................................................................ 938

2.2.4.1. Execução de título executivo extrajudicial, execução fi scal e certidão negativa de débitos trabalhistas ............................................................ 939

2.2.5. Admissibilidade do recurso e saneamento de nulidades .................................. 940

2.2.6. Recurso de revista no rito sumaríssimo ............................................................. 941

2.2.7. Transcendência no recurso de revista ................................................................ 941

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 215340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 21 27/7/2015 13:15:2427/7/2015 13:15:24

Page 22: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

22 MAURO SCHIAVI

2.2.8. Efeitos do recurso de revista .............................................................................. 945

2.2.8.1. Efeito devolutivo ................................................................................... 945

2.2.8.2. Efeito suspensivo no recurso de revista ................................................ 946

2.2.9. Da uniformização da jurisprudência dos Tribunais Regionais do Trabalho ...... 947

2.2.10. Incidente de solução de demandas repetitivas no TST .................................... 949

2.3. Dos embargos de declaração ........................................................................................ 962

2.3.1. Conceito e natureza jurídica .............................................................................. 962

2.3.2. Hipóteses cabíveis .............................................................................................. 963

2.3.3. Caráter infringente dos embargos (efeito modifi cativo) .................................... 965

2.3.4. Embargos de declaração em face de decisão interlocutória ............................... 966

2.3.5. Embargos de declaração e contraditório ............................................................ 966

2.3.6. Embargos de declaração protelatórios e multa ................................................. 967

2.3.7. Embargos de declaração e prequestionamento .................................................. 968

2.3.8. Do processamento dos embargos de declaração ................................................ 969

2.4. Agravo de instrumento ................................................................................................ 971

2.5. Agravo de petição ......................................................................................................... 976

2.5.1. Delimitação das matérias objeto da controvérsia ............................................... 978

2.5.2. Procedimento ..................................................................................................... 980

2.6. Do recurso adesivo no Processo do Trabalho .............................................................. 980

2.6.1. Compatibilidade com o Processo do Trabalho e requisitos ............................... 981

2.7. Pedido de revisão ........................................................................................................ 982

2.8. Embargos no TST ......................................................................................................... 983

2.8.1. Embargos infringentes ....................................................................................... 987

2.8.2. Embargos de divergência ................................................................................... 988

2.8.3. Embargos de nulidade ........................................................................................ 989

2.8.4. Processamento dos embargos no TST ................................................................ 991

2.9. Do recurso extraordinário no âmbito trabalhista ......................................................... 991

2.9.1. Da repercussão geral no recurso extraordinário ................................................ 993

2.9.2. Do processamento do recurso extraordinário .................................................... 996

2.9.3. Recurso extraordinário e execução de sentença trabalhista ............................. 996

2.10. Do agravo regimental ................................................................................................. 997

Capítulo XIX — Da Liquidação de Sentença Trabalhista1. Do conceito de liquidação de sentença e sua natureza jurídica ...................................... 1000

2. Da liquidação por cálculos no Processo do Trabalho ...................................................... 1003

3. Se o reclamante não apresentar os cálculos, há prescrição intercorrente? ...................... 1006

4. Liquidação por arbitramento .......................................................................................... 1007

5. Liquidação por artigos (pelo procedimento comum) ..................................................... 1008

6. Da revelia na liquidação de sentença trabalhista ............................................................. 1010

7. Da natureza da decisão que decide a liquidação no Processo do Trabalho e impugnabilidade 1011

8. Liquidação de títulos executivos extrajudiciais no Processo do Trabalho ...................... 1014

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 225340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 22 27/7/2015 13:15:2427/7/2015 13:15:24

Page 23: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

MANUAL DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 23

Capítulo XX — Da Execução na Justiça do Trabalho1. Introdução e aspectos críticos ......................................................................................... 1015

2. Do conceito de execução trabalhista ............................................................................... 1017

3. Dos princípios da execução trabalhista ........................................................................... 1018

3.1. Primazia do credor trabalhista ................................................................................. 1018

3.2. Princípio do meio menos oneroso para o executado ............................................... 1018

3.3. Princípio do título .................................................................................................... 1020

3.4. Redução do contraditório ......................................................................................... 1021

3.5. Patrimonialidade ...................................................................................................... 1022

3.6. Efetividade................................................................................................................ 1022

3.7. Utilidade ................................................................................................................... 1023

3.8. Disponibilidade ........................................................................................................ 1023

3.9. Função social da execução trabalhista ..................................................................... 1024

3.10. Subsidiariedade ...................................................................................................... 1024

3.11. Princípio da ausência de autonomia da execução trabalhista (procedimento sin-crético) .................................................................................................................. 1025

3.12. Princípio do impulso ofi cial ................................................................................... 1027

4. Dos pressupostos processuais e condições da ação na execução .................................... 1028

5. Do mérito da execução .................................................................................................... 1030

6. Do título executivo .......................................................................................................... 1030

7. Títulos executivos judiciais ............................................................................................. 1034

8. Títulos executivos extrajudiciais ..................................................................................... 1036

9. Do procedimento da execução por títulos executivos extrajudiciais no Processo do Trabalho .......................................................................................................................... 1041

10. Da competência para a execução trabalhista ................................................................. 1043

11. Legitimidade para promover a execução....................................................................... 1044

11.1. Ativa ..................................................................................................................... 1044

11.2. Da legitimidade ativa do espólio e sucessores ...................................................... 1045

11.3. (Cessionário) Da cessão do crédito trabalhista ................................................... 1046

11.4. Do sub-rogado ...................................................................................................... 1047

11.5. Da legitimidade passiva ........................................................................................ 1048

12. Da responsabilidade patrimonial .................................................................................. 1048

13. Da responsabilidade patrimonial secundária ................................................................ 1049

Dos responsáveis secundários na execução no Processo do Trabalho (hipóteses típicas) .. 1050

13.1. Sucessão de empresas (empregadores) ................................................................ 1050

13.2. Da responsabilidade do sócio (desconsideração da personalidade jurídica) ....... 1054

13.2.1. Do incidente de desconsideração da personalidade jurídica .................. 1061

13.3. Do sócio que se retirou da sociedade há mais de 2 anos da data do ingresso da ação ...................................................................................................................... 1064

13.3.1. Teoria inversa da desconsideração da personsalidade jurídica ................ 1066

13.4. Bens do cônjuge ou companheiro ........................................................................ 1069

13.5. Da responsabilidade do devedor subsidiário ...................................................... 1070

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 235340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 23 27/7/2015 13:15:2427/7/2015 13:15:24

Page 24: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

24 MAURO SCHIAVI

13.6. Responsabilidade da empresa do mesmo grupo econômico que não participou da fase de conhecimento ...................................................................................... 1075

14. Da fraude à execução no Processo do Trabalho ............................................................ 1077

14.1. Da fraude de execução e fraude contra credores ................................................. 1082

14.2. Fraude de execução (penhora de bem imóvel).................................................... 1084

15. Do ato atentatório à dignidade da Justiça ..................................................................... 1087

16. Da execução provisória na Justiça do Trabalho ............................................................ 1089

16.1. A nova execução provisória do Processo Civil e sua aplicabilidade no Processo do Trabalho .......................................................................................................... 1091

16.2. Da penhora de dinheiro na execução provisória ................................................. 1100

16.3. Execução provisória de obrigação de fazer .......................................................... 1103

17. Da audiência de conciliação na execução ..................................................................... 1104

18. Da execução em face da massa falida e empresa em recuperação judicial .................... 1105

18.1. Da alienação de bens durante o procedimento de recuperação judicial e a sucessão para fi ns trabalhistas ............................................................................................ 1111

18.2. Execução em face de empresas em liquidação extrajudicial ................................ 1114

19. Da execução de obrigações de fazer e não fazer na Justiça do Trabalho ....................... 1115

20. Execução em face da Fazenda Pública .......................................................................... 1119

21. Da execução de parcelas sucessivas ............................................................................. 1129

22. Execução da parcela previdenciária ............................................................................. 1130

23. Execução das multas administrativas aplicadas ao empregador pelos órgãos de fi sca-lização do trabalho ........................................................................................................ 1139

24. Execução de sentença trabalhista por quantia certa contra devedor solvente .............. 1141

24.1. Do procedimento da CLT .................................................................................... 1141

24.2. Do início da execução trabalhista e da citação do executado .............................. 1143

24.3. Do procedimento de cumprimento de sentença previsto no CPC — Art. 523 do CPC ................................................................................................................ 1145

24.4. Da aplicabilidade do art. 523 do CPC ao Processo do Trabalho ......................... 1147

24.5. Protesto extrajudicial da sentença trabalhista não cumprida .............................. 1161

24.6. Da certidão negativa de débitos trabalhistas ........................................................ 1163

25. Da penhora .................................................................................................................... 1169

25.1. Conceito e efeitos da penhora .............................................................................. 1169

25.2. Da indicação de bens à penhora, constrição e garantia do juízo ........................ 1171

25.3. Dos bens impenhoráveis ...................................................................................... 1174

25.4. Da impenhorabilidade do bem de família ............................................................ 1176

25.5. Da penhora de dinheiro e bloqueio de contas bancárias ..................................... 1182

25.6. Da penhora de salário e do salário depositado em caderneta de poupança ......... 1186

25.7. Penhora de bens imóveis ...................................................................................... 1191

25.7.1. Do registro da penhora do imóvel e consequências ............................... 1194

25.8. Da penhora do imóvel hipotecado ....................................................................... 1195

25.9. Penhora de bem gravado com alienação fi duciária em garantia .......................... 1198

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 245340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 24 27/7/2015 13:15:2427/7/2015 13:15:24

Page 25: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

MANUAL DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 25

25.10. Penhora de bem gravado com leasing ................................................................ 1200

25.11. Penhora de crédito ............................................................................................. 1201

25.12. Penhora no rosto dos autos ................................................................................ 1202

25.13. Penhora de faturamento ..................................................................................... 1202

25.14. Da penhora de empresa e do estabelecimento comercial ................................... 1204

25.15. Substituição de penhora ..................................................................................... 1206

25.16. Mais de uma penhora sobre o mesmo bem (concurso de credores na Justiça do Trabalho) ........................................................................................................... 1207

25.16.1. Do arresto cautelar (art. 830 do CPC) ................................................. 1209

25.17. Do auto de penhora ............................................................................................ 1210

26. Da avaliação dos bens penhorados ................................................................................ 1211

27. Do depósito dos bens penhorados e depositário ........................................................... 1214

28. Depositário infi el — Prisão determinada pelo Juiz do Trabalho................................... 1218

29. Dos meios de defesa do executado e terceiro em face da execução .............................. 1225

29.1. Embargos à execução (título executivo judicial) ................................................. 1225

29.1.1. Do conteúdo dos embargos à execução ................................................... 1228

29.1.2. Do processamento dos embargos à execução .......................................... 1236

30. Embargos à execução por título executivo extrajudicial .............................................. 1238

30.1. Parcelamento da execução (art. 916 do CPC) e sua compatibilidade com o Processo do Trabalho .......................................................................................................... 1240

31. Da exceção de pré-executividade na Justiça do Trabalho ............................................. 1242

32. Dos embargos de terceiro .............................................................................................. 1247

Da Fase de Expropriação de Bens ................................................................................. 1252

33. Da hasta pública ............................................................................................................ 1252

34. Formalidades da hasta pública ...................................................................................... 1254

35. Expropriação ................................................................................................................. 1256

35.1. Arrematação — Conceito e legitimidade para arrematar .................................... 1257

35.2. Da arrematação parcelada de bens e sua compatibilidade com o Processo do Trabalho ............................................................................................................... 1260

35.3. Adjudicação ......................................................................................................... 1262

35.4. Remição da execução ........................................................................................... 1264

35.5. Remição de bens .................................................................................................. 1265

Prioridade no Processo do Trabalho ............................................................................. 1266

36. Lance mínimo ............................................................................................................... 1266

37. Lance vil ........................................................................................................................ 1267

38. Lance vil no Processo do Trabalho ............................................................................... 1268

39. Impugnação da expropriação no Processo do Trabalho ............................................... 1271

40. Da adjudicação antes da hasta pública e o Processo do Trabalho ................................... 1274

41. Alienação por iniciativa particular e o Processo do Trabalho ....................................... 1276

42. Alienação por leilão eletrônico...................................................................................... 1277

43. Suspensão e extinção da execução no Processo do Trabalho ....................................... 1278

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 255340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 25 27/7/2015 13:15:2427/7/2015 13:15:24

Page 26: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

26 MAURO SCHIAVI

Capítulo XXI — Procedimentos Especiais Trabalhistas1. Inquérito judicial para apuração de falta grave ............................................................... 1281

1.1. Do procedimento do inquérito judicial para apuração de falta grave ..................... 1284

1.2. Efeitos da decisão proferida no inquérito para apuração de falta grave .................. 1286

1.3. Inquérito judicial para apuração de falta grave (natureza dúplice) e reconvenção . 1286

2. Dissídio coletivo .............................................................................................................. 1287

2.1. Dos confl itos coletivos trabalhistas e do interesse coletivo ..................................... 1287

2.2. Do poder normativo da Justiça do Trabalho brasileira ........................................... 1288

2.3. Do dissídio coletivo — Conceito e espécies ............................................................ 1293

2.4. A questão do comum acordo para ajuizar o dissídio coletivo de natureza econômica . 1296

2.5. A questão do comum acordo nos dissídios de greve e a legitimidade do Ministério Público do Trabalho ................................................................................................ 1305

2.6. Limites da competência normativa da Justiça do Trabalho brasileira ..................... 1307

2.7. O poder normativo se transformou em arbitragem judicial após a EC n. 45/04? ... 1309

2.8. Como resolver o impasse se o sindicato forte se recusa a negociar? ....................... 1310

2.9. Do procedimento no dissídio coletivo e questões processuais ................................ 1312

2.9.1. Da revelia no dissídio coletivo ....................................................................... 1315

2.9.2. Da sentença normativa, recursos e coisa julgada no dissídio coletivo .......... 1316

3. Da ação de cumprimento ................................................................................................ 1320

3.1. Competência da Justiça do Trabalho para a ação de cumprimento ......................... 1322

3.2. Legitimidade ............................................................................................................. 1323

3.3. Dilação probatória .................................................................................................... 1324

3.4. Prescrição ................................................................................................................. 1324

Capítulo XXII — Ações Civis Admissíveis no Processo do TrabalhoDas Tutelas de Urgência Previstas no Código de Processo Civil e o Processo do Trabalho .. 1325

1. Conceito e espécies ......................................................................................................... 1325

1.1. Da fungibilidade das tutelas de urgência ................................................................. 1327

2. Da tutela antecipada e o Processo do Trabalho ............................................................... 1329

2.1. Da impugnação da medida que aprecia a tutela antecipada no Processo do Trabalho .. 1333

2.2. Da execução da tutela antecipada no Processo do Trabalho ................................... 1335

2.3. Da tutela antecipada das obrigações de fazer e não fazer e dar no Processo do Trabalho . 1336

2.4. A tutela antecipada em face da Fazenda Pública ..................................................... 1338

3. Da tutela inibitória e sua aplicação no Processo do Trabalho ........................................ 1339

4. Da tutela cautelar. Medidas cautelares e o Processo do Trabalho ................................... 1341

4.1. Teoria geral do Processo Cautelar ............................................................................ 1341

4.2. Do poder geral de cautela do Juiz do Trabalho ........................................................ 1345

4.3. Espécies de medidas cautelares ................................................................................ 1345

4.4. Do procedimento das medidas cautelares no Processo do Trabalho ....................... 1346

4.5. Da tutela da evidência .............................................................................................. 1349

5. Da ação rescisória na Justiça do Trabalho ....................................................................... 1351

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 265340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 26 27/7/2015 13:15:2427/7/2015 13:15:24

Page 27: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

MANUAL DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 27

5.1. Conceito e natureza jurídica .................................................................................... 1351

5.2. Hipóteses de cabimento da ação rescisória .............................................................. 1356

a) Se verifi car que foi dada por prevaricação, concussão ou corrupção do juízo .... 1357

b) Proferida por juiz impedido ou absolutamente incompetente ........................... 1357

c) Resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida, ou de colusão ou simulação entre as partes, a fi m de fraudar a lei ..................... 1358

d) Ofender a coisa julgada ....................................................................................... 1359

e) Violar manifestamente a norma jurídica ............................................................. 1359

f) Se fundar em prova, cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou seja provada na própria ação rescisória ............................................................... 1361

g) Depois do trânsito em julgado, o autor obtiver prova nova, cuja existência ignorava, ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pro-nunciamento favorável ........................................................................................ 1361

h) Fundada em erro de fato verifi cável no exame dos autos ................................... 1362

5.3. Legitimidade para propor a ação rescisória ............................................................. 1362

5.4. Competência ............................................................................................................ 1363

5.5. Da revelia na ação rescisória .................................................................................... 1363

5.6. Procedimento na Justiça do Trabalho ...................................................................... 1364

5.7. Prazo para a propositura da ação rescisória ............................................................. 1368

6. Da Ação Civil Pública na esfera trabalhista ..................................................................... 1369

6.1. Do conceito de Ação Civil Pública. Natureza jurídica e aplicabilidade no Processo do Trabalho .............................................................................................................. 1369

6.2. Competência para as ações coletivas na Justiça do Trabalho .................................. 1375

a) Material ................................................................................................................ 1375

b) Funcional ............................................................................................................ 1375

6.3. Da legitimidade para a propositura da Ação Civil Pública ...................................... 1378

6.4. Litispendência entre a Ação Civil Pública e a Ação Individual ............................... 1382

6.5. Prescrição da pretensão nas ações coletivas trabalhistas ......................................... 1385

6.6. Sentença e coisa julgada na Ação Civil Pública ....................................................... 1385

7. Da Ação Civil Coletiva .................................................................................................... 1390

8. Da ação de consignação em pagamento na Justiça do Trabalho ..................................... 1391

9. Ação anulatória na Justiça do Trabalho .......................................................................... 1395

9.1. Ação anulatória de normas convencionais na Justiça do Trabalho ......................... 1398

9.1.1. Legitimidade .................................................................................................. 1402

9.1.2. Competência material .................................................................................... 1406

9.1.3. Competência hierárquica ou funcional .......................................................... 1408

10. Correição parcial na Justiça do Trabalho ....................................................................... 1411

11. Habeas Corpus na Justiça do Trabalho .......................................................................... 1413

11.1. Conceito e natureza jurídica ............................................................................... 1413

11.2. Competência da Justiça do Trabalho .................................................................. 1415

11.3. Hipóteses de cabimento na Justiça do Trabalho ................................................. 1416

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 275340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 27 27/7/2015 13:15:2427/7/2015 13:15:24

Page 28: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

28 MAURO SCHIAVI

a) Ato da autoridade judiciária trabalhista.......................................................... 1416

b) Possibilidade de impetração contra ato de particular na Justiça do Trabalho 1418

11.4. Competência funcional e procedimento ............................................................. 1419

12. Ação Monitória ............................................................................................................ 1421

12.1. A Ação Monitória no Direito Processual do Trabalho ........................................ 1426

12.2. Do procedimento da Ação Monitória na Justiça do Trabalho ............................. 1431

12.3. Da ação monitória em face da Fazenda Pública .................................................. 1432

13. Mandado de Segurança na Justiça do Trabalho ............................................................ 1432

13.1. Conceito de Mandado de Segurança ................................................................... 1432

13.2. Do direito líquido e certo .................................................................................... 1434

13.3. Das competências material e funcional para o mandado de segurança .............. 1436

13.4. Mandado de segurança em face de decisão interlocutória e na execução da sentença trabalhista ............................................................................................. 1439

13.5. Procedimento do mandado de segurança na Justiça do Trabalho ....................... 1439

13.6. Da liminar e da recorribilidade da decisão que a aprecia .................................... 1444

13.7. Da recorribilidade da decisão no mandado de segurança ................................... 1446

13.8. Do prazo para impetração do mandado de segurança ......................................... 1447

13.9. Do Mandado de Segurança Coletivo ................................................................... 1448

14. O habeas data na Justiça do Trabalho ........................................................................... 1450

15. Ações Possessórias na Justiça do Trabalho ................................................................... 1452

15.1. Do interdito proibitório ....................................................................................... 1455

Bibliografi a .......................................................................................................................... 1459

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 285340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 28 27/7/2015 13:15:2427/7/2015 13:15:24

Page 29: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

Há homens que lutam um dia e são bons.

Há outros que lutam um ano e são melhores.

Há os que lutam muitos anos e são muito bons.

Mas há os que lutam toda a vida; estes são imprescindíveis.

(Bertold Brecht)

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 295340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 29 27/7/2015 13:15:2427/7/2015 13:15:24

Page 30: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 305340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 30 27/7/2015 13:15:2427/7/2015 13:15:24

Page 31: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

MANUAL DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 31

Nota à Nona Edição

Primeiramente, agradeço a todos os leitores desta obra, que são os maiores responsáveis pela continuidade dos meus estudos, e pelos aperfeiçoamentos e atua-lizações dela.

Apesar do livro já estar na 9a edição, essa é a 1a após a aprovação do Novo Código de Processo Civil, que trouxe novos institutos processuais, alterou e aperfeiçoou institutos já existentes, que têm impactos intensos no Processo do Trabalho, diante de sua aplicação supletiva e subsidiária (arts. 15 do CPC e 769 e 889, da CLT).

O Novo Código de Processo Civil é o primeiro gestado e aprovado sob o regime democrático, no qual diversos segmentos da sociedade foram ouvidos e puderam opinar durante a sua tramitação. Além disso, trata-se de legislação aprovada num momento em que o país vive uma litigiosidade intensa, desaguando no Judiciário milhares de processos a cada dia.

A chegada do Novo Código de Processo Civil provoca, mesmo de forma incons-ciente, um desconforto nos aplicadores do Processo Trabalhista, o que exigirá um esforço intenso da doutrina e jurisprudência para revisitar todos os institutos do processo do trabalho e analisar a compatibilidade, ou não, das novas regras processuais civis. Por outro lado, trata-se de um momento bastante estimulante para os estudiosos do processo trabalhista, e uma rara oportunidade para a melhoria da prestação jurisdicional trabalhista com a busca de institutos processuais civis que possam ser transportados, com efi ciência, para a jurisdição trabalhista. Novas frentes e novos caminhos se abrem para os operadores do Processo do Trabalho.

São muitos os institutos processuais civis que são compatíveis e impactarão o processo trabalhista, desde a nova principiologia da Codifi cação, ao prestigiar os princípios constitucionais do processo, buscando um processo mais justo e demo-crático, novo impulso aos meios alternativos de solução dos confl itos (mediação e conciliação), simplifi cação e nova roupagem das tutelas de urgência e evidência, intervenção de terceiros, “amicus curiae”, prestígio à boa-fé processual, novas regras de distribuição do ônus da prova, motivação da decisão, nova roupagem dos recursos, e medidas mais incisivas na execução das decisões.

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 315340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 31 27/7/2015 13:15:2427/7/2015 13:15:24

Page 32: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

32 MAURO SCHIAVI

Por outro lado, o aplicador do processo trabalhista deve repelir os novos institutos processuais civis que não propiciarem melhorias ao processo trabalhista, tornando-o mais burocrático e moroso.

A obra continua com o propósito de trazer ao leitor o maior número de infor-mações sobre cada tema do processo do trabalho, as divergências e convergências da doutrina e jurisprudência, bem como os entendimentos pessoais, enfrentando os problemas do cotidiano da aplicação do processo trabalhista no cotidiano dos Tribunais Trabalhistas.

São muitos os desafi os que se iniciam.

Boa leitura a todos!

O [email protected]

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 325340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 32 27/7/2015 13:15:2427/7/2015 13:15:24

Page 33: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

MANUAL DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 33

Apresentação

A presente obra é fruto de experiência acumulada em aproximadamente 15 anos de frequência diária à Justiça do Trabalho, como servidor da Justiça do Trabalho (Vara do Trabalho e TRT), nos últimos 7 anos na Magistratura do Trabalho em São Paulo, e também de intensa pesquisa doutrinária e jurisprudencial empreendida nos últimos 5 anos.

Em razão de frequência em cursos de pós-graduação lato e stricto sensu e também de termos atuado como professor de faculdades de graduação, pós-graduação e, principalmente, em cursos preparatórios para a OAB, Magistratura e Ministério Público do Trabalho, nas cidades de São Paulo e Campinas, pudemos constatar as necessidades tanto dos alunos, candidatos a concursos públicos, como dos que militam diariamente na Justiça do Trabalho e buscam soluções rápidas para os problemas do cotidiano, mas também necessitam aprofundar-se sobre as discussões doutrinárias e jurisprudenciais dos mais diversos assuntos que envolvem o Processo do Trabalho. Dessa forma, propusemo-nos a redigir o presente Manual, pesquisando e selecionando as melhores obras e melhores temas desenvolvidos por cada doutrinador, tanto do Direito Processual Civil como do Direito Processual do Trabalho, da jurisprudência mais signifi cativa de cada tema, sempre externando nossa opinião sobre os temas de maior controvérsia.

As grandes transformações do Direito do Trabalho e os novos rumos da Justiça do Trabalho impulsionados pela EC n. 45/04 exigem que a Justiça do Trabalho tenha um processo mais efetivo, visando a dar cumprimento ao Direito do Trabalho e garantir o acesso real e célere do trabalhador à Justiça.

Diante das profundas reformas que vem sofrendo o Processo Civil em busca da celeridade e efetividade processual, principalmente na execução, são relevantes e contundentes os impactos das alterações da legislação processual civil no Processo do Trabalho, considerando a aplicação subsidiária permitida pelos arts. 769 e 889 da CLT. Por isso, podemos dizer que, a partir da EC n. 45/04 e das recentes alterações do CPC, vivemos a fase de um novo Processo do Trabalho, mais preocupado com os resultados práticos e com a duração razoável do processo.

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 335340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 33 27/7/2015 13:15:2427/7/2015 13:15:24

Page 34: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

34 MAURO SCHIAVI

Em razão da importância do Direito Processual Civil no Processo do Trabalho, estruturamos o livro com base nos programas de Direito Processual do Trabalho e Direito Processual Civil mencionados nos Editais dos últimos concursos da Magis-tratura e Ministério Público do Trabalho.

Tendo estudado a fundo o Processo do Trabalho diante das recentes alterações do Código de Processo Civil e seus impactos na esfera processual trabalhista, procura-mos apresentar uma moderna visão do Processo do Trabalho, sem deixar de lado a doutrina clássica, e tudo que existe de bom na CLT, destacando os institutos e peculiaridades do Processo do Trabalho como sendo um processo de audiência, de partes, mais simples e menos burocratizado, mas também com os olhos voltados para os princípios constitucionais do processo, reconhecendo os recentes avanços do Direito Processual Civil, que podem ser transportados para o Processo do Trabalho, como medida de melhoria da prestação jurisdicional trabalhista e prestígio da dignidade da Justiça do Trabalho como instituição destinada a solucionar os confl itos que envolvem o trabalho humano.

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 345340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 34 27/7/2015 13:15:2527/7/2015 13:15:25

Page 35: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

MANUAL DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 35

Capítulo I

Teoria Geral do Direito Processual do Trabalho

1. Do confl ito trabalhista

Não há consenso na doutrina sobre o que seja confl ito(1), mas este é inerente à condição humana, principalmente em razão da escassez de bens existentes na sociedade e das inúmeras necessidades do ser humano.

Márcio Pugliese(2) apresenta os seguintes fatores para um modelo confl itivo da sociedade:

“a) A vida social, num determinado modo produtivo, é resultado da interação permanente de utilidades (interesses) diversas que constituem o elemento motivador fundamental para a conduta social do homem; b) O confl ito de interesses é a busca de utilidade, domina a vida social e, em consequência, propicia a produção de normas, regulamentos, sistemas de repressão e lide de todo tipo; c) O consenso, também chamado equilíbrio social, é um estado precário, sendo mais um construto teórico-prático que efetivo consenso normativo generalizado; d) O consenso, no sentido de c), existe como expressão ideológica das resultantes das forças de domi-nação e coerção ou de exploração de uma sociedade e é, por consequência, precário e mutável; e) O confl ito social favorece a divisão da sociedade em grupos de pressão, instituições (particularmente partidárias) que disputam o poder que, de fato, permanece com as elites dominantes; f)A ordem social (estado de equilíbrio do sistema) depende da natureza desse confl ito, ou melhor, de sua estrutura; g) O confl ito entre os contendores produz a mudança social, elemento permanente em qualquer sociedade a fi m de manter o estado geral de coisas orbitando em torno de um ponto de equilíbrio (um ponto de acumulação, em sentido topológico); h) Quando o desequilíbrio excede a capacidade de o sistema obter retorno a esse ponto de acumulação, transformações serão necessárias; i) Inicialmente, o sistema tenderá a diversifi car seu funcionamento a fi m de superar o

(1) Segundo Antonio Houaiss, o confl ito é “profunda falta de entendimento entre duas ou mais partes, choque, enfrentamento” (Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p. 797).

(2) PUGLIESE, Márcio. Por uma teoria geral do direito. Aspectos microssistêmicos. São Paulo: RCS, 2005. p. 203.

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 355340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 35 27/7/2015 13:15:2527/7/2015 13:15:25

Page 36: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

36 MAURO SCHIAVI

desequilíbrio e, se isso não for sufi ciente, então, e só então, mudanças estruturais serão implementadas.”

Ensina Amauri Mascaro Nascimento(3):

“O vocábulo confl ito, de confl ictus, que signifi ca combater, lutar, designa posições antagônicas. Outra palavra usada é controvérsia. Segundo a teoria, surge uma controvérsia quando alguém pretende a tutela do seu interesse, relativa à prestação do trabalho ou seu regulamento, em con-traste com interesses de outrem e quando este se opõe mediante a lesão de um interesse ou mediante a contestação da pretensão, mas é possível dizer que o confl ito trabalhista é toda oposição ocasional de interesses, pretensões ou atitudes entre um ou vários empresários, de uma parte, e um ou mais trabalhadores a seu serviço, por outro lado, sempre que se origine do trabalho e uma parte pretenda a solução coativa sobre outra.”

O Direito do Trabalho, como é marcado por grande eletricidade social, uma vez que está por demais arraigado na vida das pessoas e sofre de forma direta os impactos das mudanças sociais e da economia, é um local fértil para eclosão dos mais variados confl itos de interesse.

Os confl itos trabalhistas podem eclodir tanto na esfera individual como na esfera coletiva. Na esfera individual, há o chamado confl ito entre patrão e empregado, individualmente considerados, ou entre prestador e tomador de serviços, tendo por objeto o descumprimento de uma norma positivada, seja pela lei ou pelo contrato. Já o confl ito coletivo trabalhista, também denominado confl ito de grupo(4) ou de categorias, tem por objeto não somente o descumprimento de normas positivadas já existentes (confl ito jurídico ou de natureza declaratória), mas também a criação de novas normas de regulamentação da relação de trabalho (confl itos de natureza econômica). Como bem adverte Pinho Pedreira(5), “o bem mais comumente disputado nos confl itos de trabalho é o salário, que os trabalhadores pleiteiam seja elevado e os empregadores se recusam a aumentar, ou a fazê-lo no percentual reivindicado.”

Segundo Antonio Monteiro Fernandes(6):

“Um dos temas mais importantes e complexos que se deparam no domínio do Direito Colectivo é o dos confl itos. Em verdade, ‘o confl ito, latente

(3) NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Teoria geral do direito do trabalho. São Paulo: LTr, 1998. p. 314.

(4) Conforme Wilson de Souza Campos Batalha: “Os grupos são entidades sociais que, no direito atual, assumem categorização jurídica expressiva e são dotadas de realidade processual. Alguns são inorga-nizados, afl orações espontâneas da coletividade, como grupos de pressão e comissão de fábrica. Outros são organizados como entidades civis ou como entidades sindicais. As associações civis são livremente organizadas e se registram no Registro de Títulos e Documentos, nos termos da Lei de Registros Públicos (Lei n. 6.015/73)” (Instrumentos coletivos de atuação sindical. Revista Legislação do Trabalho. São Paulo: LTr, ano 60, v. 2, 1996. p. 184).

(5) A greve sem a justiça do trabalho. Revista Legislação do Trabalho. São Paulo: LTr, ano 61, v. 02, 1997. p. 197.

(6) FERNANDES, Antonio Monteiro. Direito do trabalho. 13. ed. Coimbra: Almedina, 2006. p. 835.

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 365340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 36 27/7/2015 13:15:2527/7/2015 13:15:25

Page 37: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

MANUAL DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 37

ou ostensivo é a essência das relações industriais’; a negociação colectiva não é só uma técnica de produção de normas, mas também um método de superação de confl itos actuais ou potenciais; envolve um processo jurídico e uma dinâmica social.”

A doutrina costuma classifi car os confl itos coletivos em confl itos jurídicos ou de direito, que não têm por objeto a criação de novas condições de trabalho, e os confl itos de interesse ou econômicos, que visam à criação de novas condições de trabalho. Conforme leciona Octavio Bueno Magano: “Os confl itos econômicos têm por escopo a modifi cação de condições de trabalho, e, por conseguinte, a criação de novas normas, enquanto os jurídicos têm por fi nalidade a interpretação ou aplicação de normas jurídicas preexistentes”(7).

Na esfera processual, o confl ito surge quando ocorre uma pretensão resistida, o que Carnelutti(8) denominou lide(9). Por seu turno, segundo este consagrado processualista, pretensão é a exigência de subordinação do interesse alheio ao interesse próprio(10).

Confl ito de interesse, conforme ensina Moacyr Amaral Santos(11), “pressupõe, ao menos, duas pessoas com interesse pelo mesmo bem. Existe quando a intensidade do interesse de uma pessoa por um determinado bem se opõe à intensidade do interesse de uma pessoa pelo mesmo bem, donde a atitude de uma tendente à exclusão da outra quanto a este.”

Surge a lide trabalhista, quando há uma pretensão resistida do trabalhador ou do tomador de serviços, tendo por escopo a violação da ordem jurídica trabalhista.

2. Das formas de solução dos confl itos trabalhistas

Como destacam Antonio Carlos de Araújo Cintra, Ada Pellegrini Grinover e Cândido Rangel Dinamarco(12):

“A eliminação dos confl itos ocorrentes na vida em sociedade pode-se verifi car por obra de um ou de ambos os sujeitos dos interesses confl itantes,

(7) MAGANO, Octavio Bueno. Manual de direito do trabalho. Direito coletivo. V. IV. 4. ed. São Paulo: LTr, 1994. p. 162.

(8) CARNELUTTI, Francesco. Instituições do processo civil. V. I. Campinas: Servanda, 1999. p. 77.

(9) Como destaca Patrícia Miranda Pizzol: “[...] podemos concluir que lide é o confl ito de interesses qualifi cado por uma pretensão resistida, submetido à apreciação do Judiciário. É importante, assim, diferenciar lide de confl ito de interesses — o confl ito se manifesta no plano sociológico, enquanto a lide no plano processual; logo, pode não haver uma correspondência entre confl ito e lide, se o autor deduzir em juízo apenas uma parte do confl ito de interesses” (Competência no processo civil. São Paulo: RT, 2003. p. 27).

(10) Como destaca Amauri Mascaro Nascimento: “Se uma reivindicação do trabalhador é resistida pelo empregador contra o qual é dirigida, surge um confl ito de trabalho” (Teoria geral do direito do trabalho. São Paulo: LTr, 1998. p. 314).

(11) SANTOS, Moacyr Amaral. Primeiras linhas de direito processual civil. São Paulo: Saraiva, 1985. p. 4.

(12) Teoria geral do processo. 21. ed. São Paulo: LTr, 2005. p. 22.

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 375340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 37 27/7/2015 13:15:2527/7/2015 13:15:25

Page 38: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

38 MAURO SCHIAVI

ou por terceiro. Na primeira hipótese, um dos sujeitos (ou cada um deles) consente no sacrifício total ou parcial do próprio interesse (autocomposição) ou impõe o sacrifício do interesse alheio (autodefesa ou autotutela). Na segunda hipótese, enquadram-se a defesa de terceiro, a conciliação, mediação e o processo (estatal ou arbitral).”

Segundo nos traz a doutrina, são meios de solução dos confl itos na esfera trabalhista: autotutela ou autodefesa, autocomposição e heterocomposição.

a) autotutela

A autotutela ou autodefesa é o meio mais primitivo de resolução dos confl itos em que uma das partes, com utilização da força, impõe sua vontade sobre a parte mais fraca. Nesta modalidade, há uma ausência do Estado na solução do confl ito, sendo uma espécie de vingança privada.

Ensina Amauri Mascaro Nascimento(13):

“A autodefesa pode ser autorizada pelo legislador, tolerada ou proibida [...] A solução que provém de uma das partes interessadas é unilateral e imposta. Portanto, evoca a violência, e a sua generalização importa na quebra da ordem e na vitória do mais forte e não do titular do direito. Assim, os ordenamentos jurídicos a proíbem, autorizando-a apenas excep-cionalmente, porque nem sempre a autoridade pode acudir em tempo a solução dos confl itos.”

Como destacam Antonio Carlos de Araújo Cintra, Ada Pellegrini Grinover e Cândido Rangel Dinamaro(14), “são fundamentalmente dois os traços característicos da autotutela: a) ausência de juiz distinto das partes; b) imposição da decisão por uma das partes à outra.”

Hoje, nas legislações, ainda há resquícios da autotutela em alguns Códigos, como a legítima defesa da posse no Código Civil, ou o estado de necessidade e legítima defesa na esfera penal.

Na esfera do confl ito coletivo de trabalho, temos como exemplo de autotutela a greve e o locaute, sendo este vedado no ordenamento jurídico brasileiro pelo art. 17 da Lei n. 7.783/89. Na esfera individual, temos o direito de resistência do empregado às alterações contratuais lesivas (arts. 468 e 483 da CLT) e o poder disciplinar do empregador.

b) autocomposição

A autocomposição é modalidade de solução dos confl itos coletivos de trabalho pelas próprias partes interessadas sem a intervenção de um terceiro que irá ajudá-las

(13) NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de direito processual do trabalho. 22. ed. São Paulo: Saraiva, 2007. p. 06.

(14) Teoria geral do processo. 21. ed. São Paulo: Malheiros, 2005. p. 23.

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 385340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 38 27/7/2015 13:15:2527/7/2015 13:15:25

Page 39: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

MANUAL DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 39

ou até propor a solução do confl ito. Como exemplos, temos: a negociação coletiva para os confl itos coletivos e o acordo ou a transação para os confl itos individuais.

No aspecto, vale destacar a seguinte ementa:

“DISSÍDIO COLETIVO DE GREVE. ACORDO CELEBRADO ENTRE AS PARTES. A fi nalida-de principal da Justiça do Trabalho é conciliar as partes, alcançando a paz e harmonia social. Assim, tendo a empresa suscitante e o sindicato suscitado celebrado acordo dando fi m ao movimento paredista, homologa-se parcialmente o acordo, com exceção da cláusula nona, em relação à qual, no termo de acordo, consta a anotação sem efeito. Processo que se extingue com resolução do mérito, nos termos do art. 269, III, do CPC – AC 00079.2010.000.17.00.6.” (N.U. 0007900-89.2010.5.17.0000) – 17a REGIÃO – Desembargador José Carlos Rizk – relator. DJ/ES de 10.6.2010 – DT Ago. 2010, v. 193, p. 135)

A doutrina aponta como espécies de autocomposição a desistência(15), a renúncia(16), a submissão(17) e a transação(18).

Na esfera do Direito Coletivo do Trabalho, temos como instrumentos típicos de autocomposição os acordos e convenções coletivas, que são produto de um instituto maior, que é a negociação coletiva.

c) heterocomposição

A heterocomposição exterioriza-se pelo ingresso de um agente externo e desin-teressado ao litígio que irá solucioná-lo e sua decisão será imposta às partes de forma coercitiva. Como exemplo, temos a decisão judicial (dissídios individuais e coletivos) e a arbitragem.

A heterocomposição, sob a modalidade da decisão judicial (Poder Judiciário), tem sido o meio, por excelência, de solução do confl ito trabalhista, pois o Brasil, de cultura romano-germânica, não tem tradição de resolução dos confl itos pela via da negociação nem da arbitragem.

Mais adiante, faremos estudo detalhado da jurisdição e da arbitragem.

d) mediação e conciliação

Mediação é forma de solução dos confl itos por meio da qual o mediador se insere entre as partes, procurando aproximá-las para que elas próprias cheguem a uma solução consensual do confl ito.

Na visão de Pedro Romano Martinez(19), “a mediação constitui uma forma de solucionar confl itos colectivos que se pode dizer está a meio caminho entre a conci-liação e a arbitragem; é algo mais do que a conciliação e menos que a arbitragem.

(15) Desistência é abdicar temporariamente de um direito, não sendo em caráter defi nitivo.

(16) Renúncia é o abandono do direito de forma defi nitiva.

(17) Submissão é aceitar, voluntariamente, a vontade da outra parte do confl ito.

(18) Transação consiste na resolução do confl ito pelas próprias partes, mediante concessões recíprocas.

(19) Direito do Trabalho. 5. ed. Coimbra: Almedina, 2010. p. 1.355.

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 395340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 39 27/7/2015 13:15:2527/7/2015 13:15:25

Page 40: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

40 MAURO SCHIAVI

No fundo, representa um tertium genus entre estas duas fi guras, mas, diversamente da conciliação — que implica uma forma de aproximar as partes, de as sentar a negociar —, a mediação pressupõe que o mediador apresente soluções para serem aceitas pelas partes.”

Como destaca Amauri Mascaro Nascimento(20): “o mediador adota não o método impositivo, mas o persuasivo. Com o que a mediação contém em sua estrutura um componente autocompositivo, que é da sua substância e do qual não se pode afastar sem se descaracterizar. Pode ser combinada, como se viu, com a arbitragem, em proveito para o procedimento de composição, e, nesse caso, não será mediação e terá fi sionomia híbrida de mediação-arbitragem. Originariamente, é uma técnica intermediária entre a conciliação e a arbitragem. É mais do que conciliação, na opinião predominante, porque permite uma perspectiva maior de iniciativas. É menos do que a arbitragem, porque não autoriza atos decisórios.”

A conciliação é forma de solução do confl ito trabalhista, mediante o ingresso do conciliador entre as partes, o qual as aproximará buscando a solução dos confl itos mediante concessões recíprocas.

Como bem adverte Pedro Romano Martinez(21), “o conciliador tem uma inter-venção activa na negociação, na medida em que pode apresentar eventuais soluções para aquele confl ito. A conciliação, em princípio, baseia-se na autonomia privada, tanto no que respeita à iniciativa, como ao processo de negociação.”

Segundo a doutrina, a atividade do mediador é mais intensa que a do conciliador, pois toma mais iniciativas que o conciliador, não só realizando propostas de conci-liação, mas persuadindo as partes para que cheguem a uma solução do confl ito. Não obstante, o mediador, ao contrário do árbitro e do juiz, não tem poder de decisão.

No nosso sentir, a mediação e a conciliação estão entre a autocomposição e a heterocomposição. Para alguns, são modalidades de autocomposição, pois o mediador aproxima as partes para uma solução consensual, e o conciliador faz propostas de solução do confl ito que podem ou não ser aceitas pelas partes, mas tanto um quanto o outro não têm poderes para impor a solução do confl ito às partes, e nem estas são obrigadas a aceitar as sugestões deles.

Para outros, são modalidades de heterocomposição, pois há o ingresso de um terceiro entre as partes envolvidas no confl ito, ainda que não possam impor a solução do confl ito, inegavelmente, o conciliador e o mediador contribuem para a solução do confl ito.

Nesse sentido, é a posição de Mauricio Godinho Delgado(22):

“[...] Parece-nos válida, do ponto de vista científi co, a tipologia proposta no presente estudo (isto é, jurisdição, arbitragem, conciliação e também,

(20) NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Teoria geral do direito do trabalho. São Paulo: LTr, 1998. p. 331-332.

(21) Op. cit., p. 1.354.

(22) DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de direito do trabalho. 6. ed. São Paulo: LTr, 2007. p. 1.447.

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 405340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 40 27/7/2015 13:15:2527/7/2015 13:15:25

Page 41: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

MANUAL DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 41

de certo modo, a mediação como modalidades de heterocomposição). É que a diferenciação essencial entre os métodos de solução de confl itos encontra-se, como visto, nos sujeitos envolvidos e na sistemática operacional do processo utilizado. Na autocomposição, apenas os sujeitos originais em confronto é que se relacionam na busca da extinção do confl ito, conferindo origem a uma sistemática de análise e solução da controvérsia autogerida pelas próprias partes. Já na heterocomposição, ao contrário, dá-se a intervenção de um agente exterior aos sujeitos originais na dinâmica de solução do confl ito, transferindo, como já exposto, em maior ou menor grau, para este agente exterior a direção dessa própria dinâmica. Isso signifi ca que a sistemática de análise e solução da controvérsia deixa de ser exclusi-vamente gerida pelas partes, transferindo-se em alguma extensão para a entidade interveniente.”

No nosso sentir, tanto a mediação como a conciliação são modalidades de autocomposição, pois tanto o mediador como o conciliador não têm poderes para decidir o confl ito e nem impor a decisão. Além disso, cumpre às partes a faculdade de aceitar, ou não, as propostas do mediador ou conciliador.

O Código de Processo Civil, no art. 3o, privilegia tanto a mediação como a conciliação, como formas legítimas, justas, efi cazes e céleres de resolução de confl itos, sem criar óbices ao acesso ao judiciário. Com efeito, dispõe o referido dispositivo:

“Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito.

§ 1o É permitida a arbitragem, na forma da lei.

§ 2o O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos confl itos.

§ 3o A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de confl itos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial.”

Na Justiça do Trabalho, tanto a mediação como a conciliação, tanto judiciais como extrajudiciais, devem ser estimuladas. Alguns Tribunais Regionais do Trabalho já criaram núcleos específi cos de resolução consensual de confl itos, sob supervisão de Juízes do Trabalho, com a atuação intensa de conciliadores e mediadores. Esses núcleos têm obtido excelentes resultados com baixo custo.

De outro lado, é possível também que o próprio Juiz do Trabalho possa ser auxiliado na respectiva audiência por conciliadores e mediadores que irão contribuir para a solução consensual no confl ito.

A experiência do direito comparado nos tem demonstrado que, em determi-nados confl itos, as partes se sentem mais à vontade para expor suas expectativas e angústias do confl ito na presença de conciliadores e mediadores do que na presença do magistrado e, diante disso, a probabilidade do acordo é mais elavada.

Nesse sentido, dispõe o art. 139, V, do CPC, de aplicação subsidiária ao pro-cesso do trabalho (arts. 769, da CLT e 15 do CPC), in verbis:

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 415340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 41 27/7/2015 13:15:2527/7/2015 13:15:25

Page 42: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

42 MAURO SCHIAVI

“O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe: (...)

V – promover, a qualquer tempo, a autocomposição, preferencialmente com auxílio de conciliadores e mediadores judiciais.”

3. Da conciliação

Dizia Carnelutti que a conciliação é uma sentença dada pelas partes e a sentença é uma conciliação imposta pelo juiz.

Ensina Calmon de Passos(23):

“Conciliação é uma das modalidades de se pôr fi m ao litígio mediante solução que lhe dão as próprias partes, apenas cumprindo ao magistrado acolhê-la. Caracteriza-se por implicar na participação do magistrado. Com ela pode-se lograr tanto uma transação, quanto o reconhecimento ou renúncia.”

Somente são passíveis de conciliação os direitos patrimoniais disponíveis.

No nosso sentir, o fato de existirem normas de ordem pública no Direito do Trabalho (arts. 9o, 444, e 468, todos da CLT) não signifi ca dizer que os Direitos Trabalhistas são indisponíveis.

Nesse diapasão, oportunas as palavras de Américo Plá Rodriguez(24):

“No campo do Direito do Trabalho, surge, pois, uma distinção essencial e de suma importância: nele existem normas imperativas que não excluem a vontade privada, mas a cercam de garantias para assegurar sua livre formação e manifestação, valorizando-a como a expressão da própria personalidade humana. Ressalte-se que o Direito do Trabalho não é, no fundo, um direito obrigacional. Antes de mais nada, é direito entre pessoas, distinguindo-se não obstante do direito de família pelo grau de intensidade das relações pessoais, bem como pelo caráter temporário e precariedade dos laços pessoais. Um direito que em sua essência disciplina a conduta humana em função criadora de valores, que é a expressão da responsabilidade social e da colaboração para um fi m comum, não pode excluir de seu campo a manifestação da vontade privada, mas, pelo contrário, deve traçar-lhes limites que permitam o cumprimento de sua missão.”

Pertencendo ao Direito Privado e contando com uma elevada gama de normas de ordem pública e, ainda, considerando-se o estado de subordinação a que está sujeito o empregado, os Direitos Trabalhistas, durante a vigência do contrato de tra-balho, são irrenunciáveis, como regra geral. Entretanto, uma vez cessados o vínculo

(23) CALMON DE PASSOS, José Joaquim. Comentários ao Código de Processo Civil. 8. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2001. p. 451.

(24) PLÁ RODRIGUEZ, Américo. Princípios de direito do trabalho. 3. ed. São Paulo: LTr, 2000. p. 151.

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 425340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 42 27/7/2015 13:15:2527/7/2015 13:15:25

Page 43: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

MANUAL DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 43

de emprego e o consequente estado de subordinação, o empregado pode renunciar e transacionar direitos, máxime estando na presença de um órgão imparcial, como o Sindicato ou a Justiça do Trabalho.

Alguns direitos na esfera trabalhista são indisponíveis, como os direitos da personalidade do trabalhador, difusos, coletivos e também os relacionados com as normas que se referem à medicina, à segurança e ao meio ambiente do trabalho.

A doutrina tem diferenciado a conciliação da transação, pela abrangência e pela participação do conciliador ou magistrado na solução do confl ito.

Transação é o negócio jurídico pelo qual as partes, mediante concessões recí-procas, põem fi m a uma relação jurídica duvidosa, ou previnem a ocorrência do litígio. A transação pode ser judicial ou extrajudicial. É importante destacar que a transação provém das próprias partes, ou seja: elas próprias, sem a interferência do conciliador ou do magistrado, chegam a uma solução consensual do confl ito.

A conciliação assemelha-se à transação, mas apresenta suas peculiaridades, pois a conciliação é obtida em juízo, com a presença do juiz ou do conciliador que participa ativamente das tratativas, inclusive fazendo propostas para solução do con-fl ito. A conciliação pode implicar renúncia ao direito ou reconhecimento do pedido.

Sem dúvida, a conciliação é a melhor forma de resolução do confl ito trabalhista, pois é solução oriunda das próprias partes que sabem a real dimensão do confl ito, suas necessidades e possibilidades para melhor solução. Muitas vezes, a sentença desagrada a uma das partes e até mesmo às duas partes.

Como bem adverte Joel Dias Figueira Júnior(25):

“A sentença, por intermédio do comando específi co a ela agregado, gerador da coisa julgada material, produz para os litigantes segurança e estabilidade jurídica na questão. Porém, deixa a parte sucumbente, em regra, insatisfeita, quando o mesmo não acaba ocorrendo, também o autor, nas hipóteses de improcedência, ou de acolhimento parcial de pretensão. Trata-se de um típico ato de império, portanto, de violência admitida pelo sistema, repre-sentada pela imposição da ordem jurídica aos jurisdicionados litigantes, em que exista, necessariamente, correlação com a solução da lide sociológica. Em contrapartida, o acordo fi rmado pelas partes traz ínsita a pressuposição de aceitação mútua de questões confl ituosas existentes entre eles. Por isso, a composição amigável fortalece a pacifi cação social, compondo a lide jurídica e o confl ito intersubjetivo de interesses.”

A Justiça do Trabalho prestigia a conciliação como forma primordial de solução do confl ito trabalhista (art. 764 da CLT(26)), a ponto de obrigar o juiz a propor a conciliação em diversos estágios do processo, quais sejam: quando aberta a audiência, antes da

(25) FIGUEIRA JÚNIOR, Joel Dias. Comentários ao Código de Processo Civil. 2. ed. São Paulo: RT, 2007. p. 497.

(26) Art. 764 da CLT: “Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da Justiça do Trabalho serão sempre sujeitos à conciliação.”

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 435340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 43 27/7/2015 13:15:2527/7/2015 13:15:25

Page 44: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

44 MAURO SCHIAVI

apresentação da contestação (art. 846 da CLT) e após as razões fi nais das partes (art. 850 da CLT). Parte da jurisprudência trabalhista, inclusive, tem declarado a nulidade do processo, caso não constem das atas de audiência as tentativas de conciliação.

Embora a CLT não preveja, a conciliação pode abranger pretensões não postas em juízo, ou seja: que não fazem parte do processo, pois tanto a conciliação como a transação têm por fi nalidade primordial não só solucionar, mas prevenir eventuais litígios. Além disso, o escopo da conciliação é a pacifi cação. Por isso, são frequentes, na Justiça do Trabalho, constarem dos termos de homologação de conciliações que o empregado dá quitação de todos os direitos decorrentes do objeto do processo e do extinto contrato de trabalho, para não mais reclamar.

Nesse sentido, são o art. 515, II, e § 2o, do CPC, in verbis: “São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título: (...) II – a decisão homologatória de autocomposição judicial (...) § 2o A autocomposição judicial pode envolver sujeito estranho ao processo e versar sobre relação jurídica que não tenha sido deduzida em juízo.”

O Código de Processo Civil atual substituiu a expressão transação, consagrada no CPC anterior (art. 475-N do CPC/73) pela expressão autocomposição, que é um gênero que abrange tanto a transação, como a conciliação. Não houve, aqui, alteração na essência do instituto, apenas modifi cação da nomenclatura, pois tanto a transação, a conciliação e a autocomposição são formas de resolução consensual de confl itos, onde as próprias partes, com ou não a ajuda de terceiro, mediante concessões recíprocas, chegam a um denominador comum para solução do confl ito.

Uma vez homologadas, tanto a transação como a conciliação, em sede traba-lhista(27), importam a extinção do processo com resolução de mérito, exceto quanto às contribuições devidas à Previdência Social (art. 831, parágrafo único da CLT), e não podem ser atacadas por recurso ordinário, somente por ação rescisória.

O juiz não está obrigado a homologar conciliação, pois esta não é um direito das partes, e sim um ato jurisdicional que decorre do livre convencimento motivado do magistrado. Não obstante, por ser o meio mais indicado de resolução dos confl itos trabalhistas, deve o Juiz do Trabalho apresentar os motivos pelos quais não homo-logará a avença.

Pode o Juiz do Trabalho deixar de homologar o acordo quando, nitidamente, prejudicial ao empregado, vise a lesar a ordem jurídica, ou for objeto de simulação das partes para prejudicar terceiros. Caso o juiz deixe de homologar o acordo, o processo deve prosseguir nos seus ulteriores termos até a decisão fi nal.

Nesse sentido, dispõe a Súmula n. 418 do TST, in verbis:

“MANDADO DE SEGURANÇA VISANDO À CONCESSÃO DE LIMINAR OU HOMOLOGA-ÇÃO DE ACORDO (conversão das Orientações Jurisprudenciais ns. 120 e 141 da SBDI-2) – Res. n. 137/2005, DJ 22, 23 e 24.8.2005

(27) Alguns processualistas asseveram que, quando o juiz homologa transação, a decisão é meramente homo-logatória, chancelando a vontade das partes, não analisando o mérito da causa. Portanto, o remédio cabível para atacar a homologação da transação é a Ação Anulatória e não a Ação Rescisória.

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 445340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 44 27/7/2015 13:15:2527/7/2015 13:15:25

Page 45: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

MANUAL DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 45

A concessão de liminar ou a homologação de acordo constituem faculdade do juiz, inexistindo direito líquido e certo tutelável pela via do mandado de segurança.” (ex-Ojs da SBDI-2 ns. 120 – DJ 11.8.2003 – e 141 – DJ 4.5.2004)

No mesmo sentido, dispõe o art. 142 do CPC:

“Convencendo-se, pelas circunstâncias, de que autor e réu se serviram do processo para praticar ato simulado ou conseguir fi m vedado por lei, o juiz proferirá decisão que impeça os objetivos das partes, aplicando, de ofício, as penalidades da litigância de má-fé.”

3.1. Homologação de transação extrajudicial pelo Juiz do Trabalho

Dispõe o art. 515 do CPC, in verbis:

“São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título: (...) III – a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza.”

Diante de tal previsão do CPC, atualmente, muito se discute sobre a possibi-lidade de homologação de transação (autocomposição) extrajudicial envolvendo matéria trabalhista na Justiça do Trabalho, inclusive já há número signifi cativo de ações dessa natureza nas Varas do Trabalho.

No nosso sentir, diante da EC n. 45/04 que disciplina a competência da Justiça do Trabalho para conhecer das controvérsias oriundas e decorrentes da relação de trabalho, parece-nos que a Justiça do Trabalho detém competência em razão da matéria para homologar acordo extrajudicial envolvendo matéria trabalhista.

De outro lado, pensamos que o Juiz do Trabalho deva tomar algumas cautelas para homologar eventual transação extrajudicial. Deve designar audiência, inteirar--se dos limites do litígio e ouvir sempre o trabalhador. Acreditamos que somente em casos excepcionais deve o juiz homologar o acordo extrajudicial com efi cácia liberatória geral.

3.2. Consequências da supressão da expressão “conciliar e julgar” do art. 114 da CF

O caput do art. 114 da CF, com a redação dada pela EC n. 45/04, aduz: “Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar.” A antiga redação do art. 114 da CF dizia: “Compete à Justiça do Trabalho conciliar e julgar os dissídios individuais e cole-tivos [...].”

No nosso sentir, o fato de a atual redação do art. 114 da CF não repetir a expressão “conciliar” não signifi ca que a conciliação fora abolida na Justiça do Trabalho, tampouco que o juiz não deva empregar os seus bons ofícios em sua ten-tativa, já que essa providência não necessita constar da Constituição Federal, pois já está prevista no art. 764 da CLT. Além disso, as formas de solução de confl itos pela via da autocomposição têm sido cada vez mais prestigiadas pelo legislador

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 455340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 45 27/7/2015 13:15:2527/7/2015 13:15:25

Page 46: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

46 MAURO SCHIAVI

(vide, a propósito, a Lei n. 9.958/00). De outro lado, acreditamos que o legislador constitucional apenas pretendeu deixar claro que a Justiça do Trabalho passa, com sua nova competência, a enfrentar litígios nos casos em que não há possibilidade de conciliação, como as ações oriundas das fi scalizações do trabalho, mandados de segurança, etc.

Nesse sentido, cumpre destacar as lúcidas palavras de Manoel Antonio Teixeira Filho(28):

“Mesmo se considerarmos que, a partir da EC n. 45/2004, a Justiça do Trabalho terá competência para solucionar confl itos oriundos das relações de trabalho, em sentido amplo, e, não apenas, os ocorrentes entre traba-lhadores e empregadores, a possibilidade de o juiz formular proposta de conciliação é fundamental, sob todos os aspectos que se possa examinar. É produto de manifesto equívoco a ideia de que o maior interessado na conciliação é o juiz, pois, com isso, ele teria um processo a menos para julgar... Sendo assim, a conclusão de que, doravante, a Justiça do Traba-lho não teria mais competência para conciliar os confl itos de interesses decorrentes das relações intersubjetivas do trabalho, além de outros previstos em lei, implicaria, a um só tempo: a) colocar-se na contramão da história, porquanto a Justiça do Trabalho, desde as suas origens, trou-xe, como traço característico, essa vocação para sugerir, às partes, uma solução negociada, consensual, da lide; b) colocar-se contra a tendência universal, incorporada pelo próprio processo civil, de erigir-se a conci-liação como uma das mais adequadas formas de solução de confl itos de interesses protegidos pela ordem jurídica (autocomposição, em vez de heterocomposição).”

4. Das Comissões de Conciliação Prévia

4.1. Conceito

As comissões de conciliação prévia são órgãos criados no âmbito dos sindicatos ou das empresas, com a fi nalidade de resolução do confl ito individual trabalhista por meio da autocomposição. Trata-se de um meio alternativo, extrajudicial, de solução do confl ito que tem por fi nalidade propiciar maior celeridade à resolução da lide, sem a burocracia do Poder Judiciário Trabalhista.

Diante da presença de conciliadores, empregados e empregadores poderão, consensualmente, colocar fi m ao confl ito.

A criação das comissões de conciliação prévia é facultativa, e estas podem ser criadas no âmbito das empresas ou dos sindicatos, e terão o mesmo número

(28) Breves comentários à reforma do poder judiciário. São Paulo: LTr, 2005. p. 124-125. No mesmo sentido, é a visão de Amauri Mascaro Nascimento: “[...] Todavia, a função conciliatória não foi excluída. Foi pre-servada. Continua com respaldo infraconstitucional (CLT, art. 652, a)” (Curso de direito processual do trabalho. 22. ed. São Paulo: Saraiva, 2007. p. 205).

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 465340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 46 27/7/2015 13:15:2527/7/2015 13:15:25

Page 47: Manual de Direito Processual do Trabalho - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schiavi, Mauro Manual

MANUAL DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 47

de representantes dos empregados e dos empregadores, conforme disciplina o art. 625-A da CLT, in verbis: “As empresas e os sindicatos podem instituir Comissões de Conciliação Prévia, de composição paritária, com representante dos empregados e dos empregadores, com a atribuição de tentar conciliar os confl itos individuais do trabalho. Parágrafo único. As Comissões referidas no caput deste artigo poderão ser constituídas por grupos de empresas ou ter caráter intersindical.”

Nos termos do § 1o do art. 625-D, da CLT, “a demanda será formulada por escrito ou reduzida a termo por qualquer dos membros da Comissão, sendo entregue cópia datada e assinada pelo membro aos interessados.”

Conforme o § 2o do art. 625-D da CLT:

“Não prosperando a conciliação, será fornecida ao empregado e ao empregador declaração da tentativa conciliatória frustrada com a descrição de seu objeto, fi rmada pelos membros da Comissão, que deverá ser juntada à eventual reclamação trabalhista.”

“Caso exista, na mesma localidade e para a mesma categoria, Comissão de empresa e Comissão sindical, o interessado optará por uma delas para submeter a sua demanda, sendo competente aquela que primeiro conhecer do pedido” (§ 4o do art. 625-D da CLT).

As Comissões de Conciliação Prévia têm dez dias para a realização da tentativa de conciliação a partir da provocação do interessado (art. 625-F da CLT). Se o referido prazo for ultrapassado, será fornecida certidão ao reclamante, podendo este ingressar com a reclamação trabalhista.

O prazo prescricional será suspenso a partir da provocação da Comissão de Conciliação Prévia, recomeçando a fl uir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa frustrada de conciliação ou do esgotamento do prazo de 10 dias para realização da audiência (art. 625-G da CLT).

4.2. Obrigatoriedade ou facultatividade?Assevera o art. 625-D da CLT:

“Qualquer demanda de natureza trabalhista será submetida à Comissão de Conciliação Prévia se, na localidade da prestação de serviços, houver sido instituída a Comissão no âmbito da empresa ou do sindicato da categoria.”

Diante do referido dispositivo legal, há entendimentos na doutrina e na juris-prudência de que a passagem do confl ito individual trabalhista pela Comissão de Conciliação Prévia é um pressuposto processual ou uma condição da ação que devem ser preenchidos quando do ajuizamento da ação trabalhista, vale dizer: se não houver a tentativa de conciliação perante a Comissão de Conciliação Prévia, deverá o Juiz do Trabalho a requerimento, ou ex offi cio, extinguir o processo, sem resolução de mérito, nos termos do art. 485 do CPC(29), in verbis:

“O juiz não resolverá o mérito quando: (...) IV – verifi car a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo; (...) VI – verifi car ausência de legitimidade ou de interesse processual.”

(29) No CPC de 1973, o art. 267 tratava da matéria.

5340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 475340.1 - Manual Mauro 9a ed.indd 47 27/7/2015 13:15:2527/7/2015 13:15:25