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MANUAL DE DIREITO TRIBUTÁRIO - 5ª Edição · Isso faz com que o Manual de direito tributário, em sua 3ª edição, alcance a extraordinária marca de 2.230 menções a itens de

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  • ISBN 978-85-02-18868-6

    Sabbag, EduardoManual de direito tributrio / Eduardo Sabbag 5. ed. So Paulo: Saraiva,

    2013.Bibliografia.

    1. Direito tributrio 2. Direito tributrio Brasil 3. Direito tributrio Legislao Brasil 4. Tributos Brasil I. Ttulo

    CDU 34:336.2 (81)

    ndices para catlogo sistemtico:

    1. Direito tributrio 34:336.2 (81)

    Diretor editorial Luiz Roberto CuriaGerente de produo editorial Lgia Alves

    Editor Jnatas Junqueira de MelloAssistente editorial Sirlene Miranda de SalesProdutora editorial Clarissa Boraschi Maria

    Preparao de originais Ana Cristina Garcia e Maria Izabel Barreiros BitencourtBressan

    Arte e diagramao Know-how EditorialReviso Equipe Eduardo Sabbag

    Servios editoriais Luciana Cordeiro Shirakawa e Tatiana dos Santos RomoProduo grfica Marli Rampim

    Capa Aero ComunicaoProduo eletrnica Know-how Editorial

    Data de fechamento da edio: 1-11-2012

    Dvidas?

    Acesse www.saraivajur.com.br

    Nenhuma parte desta publicao poder ser reproduzida por qualquer meio ouforma sem a prvia autorizao da Editora Saraiva. A violao dos direitos autorais

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  • crime estabelecido na Lei n. 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Cdigo Penal.

  • Dedico esta obra Dina, esposa e companheira,que compartilha comigo os tantos momentos de felicidade

    de nossa vida em comum.

    Dedico, tambm, Jamile e Rania,frutos do nosso amor, que tornam

    nossas vidas mais cheias de sentido.

  • AGRADECIMENTOS

    Muitos apoiaram a feitura desta obra; outros tantos incentivaram-na; vrioscompartilharam as horas de trabalho; todos torceram pelo sucesso.

    Deixo registrados meus sinceros agradecimentos aos que, de perto ou no, deramsua real contribuio para que o Manual acontecesse.

    De mais a mais, registro o meu muito obrigado, em especial: aos dedicados pesquisadores e monitores da Equipe, pelas incontveis horas de

    dedicao: Camila, Christian, Gustavo, Juliana, Michel, Michele, Rina, Samir e Tiago; s minhas secretrias, Junia e Patrcia, pela competncia e amizade; s exmias produtoras editoriais Roseli e Juliana, pelo profissionalismo, e a toda

    a equipe Know-how; cara Lgia (Saraiva), pela ateno, pacincia e todo o apoio; aos estimados Luiz Roberto e Jnatas (Saraiva), pela idealizao do projeto,

    desde seu nascedouro, pela confiana, at o seu encerramento, e pela franca amizade; aos meus queridos pais e irmos, pelo apoio incondicional; e, acima de tudo, a Deus, que me d sade e coragem para escrever.

    So Paulo, fevereiro de 2009.Eduardo de Moraes Sabbag

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  • NOTA DO AUTOR QUINTA EDIO

    com imensa alegria que chegamos, em 2013, a esta quinta edio do Manual dedireito tributrio.

    A obra vem se destacando por superar, ano a ano, o sucesso da edio precedente,com o aumento do seu alcance entre os concursandos, estudantes de graduao e ps-graduao e operadores do Direito em geral.

    Impressionou-nos, mais uma vez, o fato de a obra continuar mantendo a sualiderana no segmento editorial, afeto ao Direito Tributrio , permanecendo entre oslivros de Direito mais vendidos do Pas. Tal fato nos enche de orgulho e faz com que onosso empenho na melhoria do material seja cada vez maior.

    Nesta edio, procedemos correo de pequenas e naturais falhas da edioanterior e mantivemos as caractersticas tcnicas, didticas e de contedo quequalificam o livro. Desse modo, a presente edio ratifica o nosso propsito de ensinara doutrina e a jurisprudncia de maneira didtica, sem renunciar ao aprofundamentoterico, ofertando, ainda, uma quantidade bastante significativa de testes de concursospblicos (cerca de 2.300 itens de concursos, realizados por mais de 80 bancasexaminadoras).

    Estamos muito confiantes nesta quinta edio do Manual de direito tributrio.Certamente, o seu denso contedo ser bastante til a todos.

    Boa sorte e bons estudos!So os meus sinceros votos e de minha Equipe!

    So Paulo, dezembro de 2012.Eduardo de Moraes Sabbag

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  • NOTA DO AUTOR QUARTA EDIO

    com grande satisfao que alcanamos, em 2012, a quarta edio deste Manualde direito tributrio.

    semelhana das duas edies iniciais, a edio precedente se notabilizou porconfirmar o grande sucesso alcanado pela obra entre os concursandos e estudantes deDireito. O Manual, rapidamente, ganhou expressiva aceitao entre os concursandos e,o que mais nos surpreendeu, passou a ser indicado por docentes nas faculdades eestudado por alunos dos cursos de graduao e de ps-graduao, em razo de seuforte apelo doutrinrio e jurisprudencial.

    Em 2011, firmamo-nos, durante todo o ano, como um dos livros mais vendidos darea tributria no Brasil, atingindo, at mesmo, destaque entre os mais vendidos entretodas as reas do Direito.

    Essa ampla aceitao dos leitores nos enche de orgulho, trazendo tambm,invariavelmente, grande responsabilidade, na medida em que nos obrigamos a manter,nas edies seguintes, as caractersticas tcnicas, didticas e de contedo quequalificam o livro, sempre o atualizando com os mais recentes posicionamentosdoutrinrios, decises dos Tribunais e tendncias das Bancas de concursos.

    Creio que tal objetivo foi alcanado nesta quarta edio, na qual, alm decorrigirmos pequenas e naturais falhas, remodelamos o tema dos ImpostosMunicipais (captulo 29), que foi totalmente reescrito e substancialmente ampliado,passando a contar com 72 pginas (para este tema, 48 pginas a mais que a edioanterior). Desse modo, o leitor poder contar com um expressivo aprofundamentodoutrinrio e jurisprudencial no estudo do IPTU, do ISS e do ITBI, alm de poderenfrentar dezenas de novos itens de concurso sobre tais gravames. A propsito, isso fazcom que o Manual, em sua quarta edio, supere a extraordinria marca de 2.300menes a itens de concursos pblicos, elaborados pelas mais diferentes Bancas detodo o Brasil, o que o torna nico no meio editorial para concursos, em razo do

  • propsito de unir, em uma s obra, variada doutrina, atualizada jurisprudncia ecentenas de testes de concursos. Alm disso, detalhamos nesta edio a classificaodos fatos geradores (instantneos, continuados e complexivos), no tpico Relaojurdico-tributria (captulo 21), trazendo-lhe uma importante densidade. Por fim,evitando aumentar significativamente a quantidade de pginas da obra, com osincrementos que foram realizados, suprimimos desta quarta edio o captulo 32,relativo ao Processo Judicial Tributrio.

    Esperamos que voc concursando, acadmico ou profissional da rea tributria aprecie o presente trabalho, em especial as novidades e as modificaes dessa edio.

    Grande abrao! Boa sorte e bons estudos!So os meus sinceros votos e de minha Equipe!

    So Paulo, novembro de 2011.Eduardo de Moraes Sabbag

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  • NOTA DO AUTOR TERCEIRA EDIO

    Mais um ano se passou, e no faltaram motivos para comemorar a chegada a 2011com a nossa terceira edio do Manual de direito tributrio. Com apenas dois anos deexistncia, indo agora para o terceiro ano, conseguimos sacramentar a referida obracomo uma das mais vendidas no segmento do Direito Tributrio em todo o Brasil.

    Entre tantas alegrias, muito nos entusiasmou o fato de saber que o Manual tem sidobem acolhido nos mais diversos ambientes de aprendizagem jurdica: desde as salas deaula preparatrias para concursos pblicos que seu foco principal , at osfecundos recintos da graduao e da ps-graduao em Direito, muito em razo de seuforte apelo doutrinrio e jurisprudencial. Alis, vimos confirmando aquilo por quesempre torcemos, conforme j afirmvamos na Nota do autor primeira edio: (...)por ter sido elaborada conforme os programas bsicos institudos nas faculdades deDireito, a presente obra apresenta-se compatvel com as exigncias dos estudantes eprofissionais militantes na rea do Direito Tributrio e perfeitamente adaptvel sexigncias didticas dos cursos de graduao, ps-graduao e outros.

    Quanto ao enfoque preparatrio para provas de concursos, que se mostra bastantepresente no Manual, sabido que o lanamos, na edio princeps, com vrias centenasde itens de testes. J na segunda edio, em 2010, incrementamos a obra com mais demil testes. Por fim, a terceira edio recebeu uma carga extra cerca de 450 itensde provas. Isso faz com que o Manual de direito tributrio, em sua 3 edio, alcancea extraordinria marca de 2.230 menes a itens de concursos pblicos, elaboradospelas mais diferentes Bancas de Concursos de todo o Brasil.

    Assim, para quem vai fazer um dado concurso, realizado pela Banca tal, a obrase mostra indispensvel, haja vista reunir, at com certo exclusivismo no mbitoeditorial, testes de mais de 80 Bancas de Concursos.

    Note as Bancas de Concurso, homenageadas em nossa obra: Cespe/UnB,FGV Projetos, Esaf, Vunesp, FCC, Cesgranrio, UFRJ, UFRGS, UFSC, UFPB,

  • UFF, UFMT, UFPA, UFPR, FAURGS, UEL, UPE, Unama, Unemat, UECE,URCA/CE, Esag, Fund. Jos P. Ferreira, PUC/MG, PUC/PR, IPAD/PE, INTEC,Funadepi, Funiversa, Acafe/Fapesc, AOCP/Concursos, Cetro Concursos,Fundep/MG, FESP/RJ, Consulplan Consultoria, ASPERHS Consultoria, SelectConsultoria, Cerqueira Consultoria/AL, Prima Face Consultoria, Fuvest, FAT,ESPP, Instituto Pr-Municpio/CE, IFRN, IBFC, IESES/SC, Faepesul, InstitutoIndec, Instituto Ludus/PI, Instituto OPET, Funrio, Fapese, Ministrio da Defesa(Aeronutica), Acaplam, FUMARC-PUC/MG.Alm disso, reunimos testes feitos pelas prprias instituies pblicas,adiante citadas: MPF, TJ/MG, TJ/SP, TJ/GO, TJ/PR, TJ/RS, TJ/SC, MPE/MG,MPE/BA, MP/DFT, TRF/3R., TRF/4R., TRF/5R., PGE/MS, PGE/RS, PGE/GO,PGE/PA, PGE/PR, PGE/SP, PGM/SP, PGM/PA, OAB/SP, OAB/SC, OAB/MG,OAB/GO, OAB/RJ, OAB/RS, OAB/Nacional, Sefaz/SC.

    Em tempo, frise-se que a presente edio contou com pontuais alteraes em seutexto. Aprofundamos o tema da Repartio tributria das receitas (item 8 do captulo18), que passou a contar com uma perspectiva bastante abrangente. Alm disso,detalhamos nesta edio o Princpio da no afetao e os impostos, constante doinciso IV do art. 167 da CF (item 1.1.1 do captulo 14). Por fim, atualizamos o Manualcom os recortes pertinentes da doutrina e da jurisprudncia mais atuais, alterandopontos espalhados em toda a obra.

    Estamos muito confiantes nesta terceira edio do Manual de direito tributrio,acreditando que continuar sendo bastante til ao estudioso da disciplina jurdica.

    Boa sorte e bons estudos!So os meus sinceros votos e de minha Equipe!

    So Paulo, outubro de 2010.Eduardo de Moraes Sabbag

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  • NOTA DO AUTOR SEGUNDA EDIO

    com extrema alegria que chegamos, em 2010, a esta segunda edio do Manualde direito tributrio.

    A edio princeps da obra cumpriu o papel pelo qual eu e minha equipe torcamos ser bem acolhida pelo leitor. Todavia, impressionou-nos saber que a obra se tornouuma das mais vendidas no segmento do Direito Tributrio, durante o ano de 2009 isso, por certo, no espervamos, o que nos envaideceu e, obrigatoriamente, levou-nosa preparar esta segunda edio com o mximo comprometimento e esmero, umasemente que sempre procuramos plantar em nossas obras.

    Desse modo, procedemos correo das pequenas e naturais falhas da ediopretrita e trouxemos algo precioso ao leitor: o incremento de mais de 1.000 (um mil)testes! E isso sem aumentar o nmero de pginas, graas milagrosa diagramaoem links, que adotamos originalmente no livro.

    A obra, desse modo, nesta edio, ratifica o srio propsito de ensinar a doutrina, apar da jurisprudncia, sem deixar de ofertar uma gama extraordinria de testes deconcursos pblicos.

    Estamos muito confiantes nesta segunda edio do Manual de direito tributrio,acreditando que ser bastante til ao estudioso da disciplina jurdica, como acadmicoou operador do Direito e, sobretudo, como concursando.

    Boa sorte e bons estudos!So os meus sinceros votos e de minha Equipe!

    So Paulo, dezembro de 2009.Eduardo de Moraes Sabbag

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  • NOTA DO AUTOR PRIMEIRA EDIO

    A obra Manual de direito tributrio produto de enriquecedores anos demagistrio na preparao de candidatos s provas de concursos pblicos que exigem adisciplina jurdica.

    Desde 1997, tenho me dedicado ao ensino do Direito Tributrio em cursospreparatrios, em cursos de especializao e em palestras por todo o Brasil, com opropsito de difundir a disciplina, de uma forma suave e prazerosa, o que tem sidoconsiderado nossa marca registrada no modo de lecionar. Diante dessaenriquecedora experincia docente, pude haurir a idealizao de um compndio queconseguisse reproduzir, com clareza e dinamismo, sem embargo da profundidadedogmtica, a mensagem verbal transmitida dia a dia em sala de aula. Coube-me, assim,idealizar este Manual mais abrangente e profundo , depois do sucesso alcanado,em pouco mais de 4 anos, nas 11 edies de minha obra inaugural Elementos dedireito tributrio.

    O Manual de direito tributrio desenvolve-se na trilha de um desafiadorpropsito: explicar o Direito Tributrio a partir da viso doutrinria, sem descurar daanlise jurisprudencial, de ontem e de hoje, permitindo que o estudioso entenda, defato, o Direito em sua linha de produo, por meio de uma linguagem sinttica edemocraticamente endereada a todos os leitores.

    Alm disso, o propsito-desafio se estende forma de explanao dos temas, compontuais referncias a testes de concursos pblicos, a fim de que o leitor possa sesentir confiante acerca daquilo que tem sido solicitado nos exames, quer da reajurdica (Magistratura, Procuradoria, Defensoria etc.), quer da rea fiscal (ReceitaFederal do Brasil, Tribunal de Contas, Secretaria da Fazenda etc.).

    A propsito, os testes escolhidos foram exaustivamente pesquisados em cadernosde provas, realizadas pelas principais Bancas Examinadoras (Cespe, Esaf, FCC,Vunesp, FGV, UFRJ, entre outras), nos ltimos dez anos (ou mais), permitindo que o

  • leitor se inteire, verdadeiramente, do nvel de exigncia nos mais variados certames.Fugindo ao convencional, importa destacar que, para a apresentao dos testes,

    adotei um modelo prprio e propositadamente adaptado , para bem situ-los namatria versada. Em outras palavras, o leitor ser a eles atrado pela via dacuriosidade ou sobre o seu contedo, ou acerca da original esttica da apresentao.

    Quanto ao contedo, o leitor notar que a reproduo do teste vem em formatopeculiar, sendo reduzido ao esquema de item, aprecivel como correto ou incorreto.Nessa medida, todos os testes pesquisados foram adaptados seguinte estrutura frasal:[Note o item considerado (in)correto, em prova realizada pelo (Instituio), para ocargo de (cargo), em (data)].

    Quanto ao plano esttico da apresentao dos itens, ver o leitor que o acesso aeles ser feito de forma visualmente convidativa, por meio de links laterais ao texto,com precisas inseres no contexto apresentado.

    Resumidamente, em uma pgina, ter o leitor acesso a trs nveis de leitura: adoutrinria, a jurisprudencial e aquela pragmtica, necessria ao concursando. Alis,este poder, se o quiser, ler o texto sem os exerccios ou, ainda, confrontando estescom aquele , ou, qui, somente proceder feitura dos exerccios, a ttulo de revisopara provas, uma vez que a disposio favorece os nveis de leitura e propsitos doleitor.

    Ainda com relao apresentao das pginas, ressalto que os rodaps se ocupamapenas das citaes bibliogrficas centenas, por sinal, procurando-se homenagear osestudiosos de Direito Tributrio , o que evita o estudo por meio de remisso.Procurei remeter todas as observaes que ali poderiam estar inseridas ao corpo dotexto, tornando o estudo mais gil e objetivo.

    No que tange distribuio dos captulos, a obra se inicia com a anlise do DireitoTributrio na Constituio Federal, prosseguindo com o estudo do Direito Tributriono Cdigo Tributrio Nacional. Ademais, o trabalho rene dispositivos daConstituio Federal e do Cdigo Tributrio Nacional, evitando que o leitor tenha debuscar os comandos normativos em obras distintas, o que lhe confere organizao noato sublime de estudar. Ainda, para fins didticos, ter o leitor, no Apndice destaobra, contato com Linha do Tempo, quadro resumo concebido com o intuito desistematizar a assimilao da relao jurdico-tributria.

    H, tambm, trs captulos intitulados Impostos em Espcie, que trazem uma visoresumida dos impostos e destinam-se tanto aos candidatos a concursos que exijam oconhecimento de tais gravames como queles leitores que deles possam prescindir,servindo-lhes como leitura complementar.

    Alm disso, por ter sido elaborada conforme os programas bsicos institudos nasfaculdades de Direito, a presente obra apresenta-se compatvel com as exigncias dosestudantes e profissionais militantes na rea do Direito Tributrio e perfeitamente

  • adaptvel s exigncias didticas dos cursos de graduao, ps-graduao e outros.A obra, a par de sua proposta original, tem a pretenso de habilitar o leitor ao

    enfrentamento dos concursos mais intrincados do Pas, que requeiram o texto de lei,nas mincias, e a interpretao dele, na viso crtica, da qual, alis, no me furtoquando procuro emitir opinio sobre vrios temas oscilantes.

    Por derradeiro, escuso-me pelas imperfeies naturais deste trabalho motivador,esperando haver oferecido o conhecimento das premissas elementares da searatributria, bem como uma viso sobre os concursos pblicos, capazes de conferir aoestudioso o xito pretendido no seu propsito.

    Encerro esta nota agradecendo quaisquer observaes e correes que aprouveremao leitor colaborador e amigo, a fim de que aprimoremos os apontamentos aquiexpendidos.

    So Paulo, fevereiro de 2009.Eduardo de Moraes Sabbag

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  • ABREVIATURAS

    ADIn = Ao Direta de InconstitucionalidadeArt. = ArtigoCC = Cdigo CivilCDA = Certido de Dvida AtivaCespe = Centro de Seleo e de Promoo de EventosCF = Constituio FederalCit. = citadaCP = Cdigo PenalCPC = Cdigo de Processo CivilCPP = Cdigo de Processo PenalCR = Constituio da RepblicaCT = Crdito TributrioCTN = Cdigo Tributrio NacionalDA = Dvida AtivaDF = Distrito FederalDJU = Dirio da Justia da UnioDO = Dirio Oficiale. g. = exempli gratia (expresso latina que significa por exemplo)EC = Emenda ConstitucionalEF = Execuo FiscalEsaf = Escola Superior de Administrao FazendriaFCC = Fundao Carlos ChagasFG = Fato GeradorHI = Hiptese de Incidnciai. e. = id est (expresso latina que significa isto )INSS = Instituto Nacional do Seguro Nacionalj. = julgado

  • LC = Lei ComplementarLEF = Lei de Execuo FiscalLINDB = Lei de Introduo s Normas do Direito BrasileiroMin. = MinistroMP = Medida ProvisriaMS = Mandado de Seguranan. = nmero(s)OT = Obrigao Tributriap. = pginaPEC = Proposta de Emenda Constitucionalpp. = pginasp. ex. = por exemploRel. = RelatorSTF = Supremo Tribunal FederalSTJ = Superior Tribunal de JustiaTRF = Tribunal Regional FederalV. = videv. g. = verbi gratia (expresso latina que significa por exemplo)Vunesp = Organizadora de Concursos Pblicos e Vestibulares da Unesp

    (Universidade Estadual de So Paulo)

  • SUMRIO

    Nota do autor quinta edioNota do autor quarta edioNota do autor terceira edioNota do autor segunda edioNota do autor primeira edioAbreviaturas

    1 INTRODUO1 Consideraes iniciais

    1.1 O Direito Tributrio e seu conceito1.2 O Direito Tributrio e as receitas pblicas1.3 O Direito Tributrio e sua natureza: direito pblico, obrigacional e comum1.4 O Direito Tributrio e sua autonomia

    I. O Direito Tributrio e o Direito Constitucional

    II. O Direito Tributrio e o Direito Financeiro

    III. O Direito Tributrio e o Direito Administrativo

    IV. O Direito Tributrio e o Direito Penal

    V. O Direito Tributrio e o Direito Processual

    VI. O Direito Tributrio e o Direito Internacional Pblico

    VII. O Direito Tributrio e o Direito Civil

    VIII. O Direito Tributrio e outros ramos cientficos

    2 O Direito Tributrio e os limites ao poder de tributar2.1 Introduo2.2 Limitaes constitucionais ao poder de tributar

  • 2 PRINCPIO DA LEGALIDADE TRIBUTRIA1 Consideraes iniciais2 O tributo e as leis ordinria e complementar3 A legalidade estrita

    3.1 A estipulao de obrigaes acessrias (art. 113, 2, CTN)3.2 A atualizao monetria do tributo (art. 97, 1 e 2, CTN)

    4 A mitigao do Princpio da Legalidade Tributria5 O Princpio da Legalidade Tributria e a Emenda Constitucional n. 33/20016 Os reflexos da EC n. 32/2001 no Princpio da Legalidade Tributria

    6.1 A relevncia e a urgncia da medida provisria6.2 A medida provisria e os tributos

    6.2.1 A medida provisria e a incompatibilidade com a lei complementar

    (I) Quanto s matrias discriminadas no art. 146 da CF

    (II) Quanto ao ICMS

    (III) Quanto ao ITCMD

    (IV) Quanto ao ISS

    (V) Quanto Contribuio Social

    3 PRINCPIO DA ANTERIORIDADE TRIBUTRIA1 Introduo

    2 O Princpio da Anterioridade e o Direito Fundamental do Contribuinte: umaclusula ptrea

    3 O Princpio da Anualidade4 O Princpio da Anterioridade e sua previso na Constituio Federal de 1988

    4.1 O princpio da anterioridade anual art. 150, III, b, CF4.1.1 O princpio da anterioridade anual e o art. 104 do CTN

    4.2 O princpio da anterioridade nonagesimal art. 150, III, c, CF4.3 A regra geral da anterioridade e a aplicao cumulativa dos prazos art. 150,

    III, c, parte final, CF4.4 As excees ao princpio da anterioridade anual

    4.4.1 As excees ao princpio da anterioridade anual e a Emenda Constitucional n. 33/2001

    4.5 As excees ao princpio da anterioridade nonagesimal e a EmendaConstitucional n. 42/2003

  • 4.6 O Princpio da Anterioridade Especial para as Contribuies Social-previdencirias

    5 O Princpio da Anterioridade e os institutos jurdicos da vigncia e eficcia danorma tributria

    5.1 A eficcia da norma tributria5.2 A vigncia da norma tributria

    6 O Princpio da Anterioridade Tributria e a Emenda Constitucional n. 32/20017 O princpio da anterioridade nonagesimal das contribuies social-previdencirias e

    a medida provisria

    4 PRINCPIO DA ISONOMIA TRIBUTRIA1 A igualdade: consideraes iniciais2 A isonomia tributria

    2.1 A isonomia tributria e a clusula pecunia non olet2.1.1 A clusula pecunia non olet e a intributabilidade dos atos ilcitos

    2.1.2 A clusula pecunia non olet e a plena capacidade tributria passiva (art. 126, CTN)

    2.1.3 A interpretao econmica

    2.1.4 A clusula pecunia non olet e nossa linha conclusiva

    3 A capacidade contributiva: a equidade e a tributao justa3.1 A capacidade contributiva e o mnimo vital3.2 A capacidade contributiva e a extrafiscalidade3.3 A capacidade contributiva e seu plano histrico3.4 A capacidade contributiva na Carta Magna de 1988

    3.4.1 A capacidade contributiva e a exclusiva associao a impostos

    3.4.2 A capacidade contributiva e a expresso sempre que possvel

    3.4.3 A capacidade contributiva e a progressividade

    3.4.3.1 A progressividade no ITR

    3.4.3.2 A progressividade no IR

    3.4.3.3 A progressividade no IPTU

    I. Quanto progressividade no tempo para o IPTU

    II. Quanto progressividade fiscal do IPTU e a variao de alquotas em razo do valor do imvel

    III. Quanto progressividade fiscal do IPTU e o estabelecimento de alquotas diferentes em razoda localizao e uso do imvel

    3.4.4 A capacidade contributiva e a proporcionalidade

  • 3.4.4.1 A proporcionalidade e a regressividade no sistema tributrio brasileiro

    3.4.5 A capacidade contributiva e a seletividade

    5 PRINCPIO DA IRRETROATIVIDADE TRIBUTRIA1 Noes introdutrias

    1.1 A irretroatividade tributria e a segurana jurdica2 Os princpios da irretroatividade e anterioridade tributrias3 O princpio da irretroatividade tributria e a existncia de leis produtoras de efeitos

    jurdicos sobre atos pretritos (art. 106, I e II, CTN)3.1 A lei interpretativa como produtora de efeito jurdico sobre atos pretritos

    3.1.1 A Lei Complementar n. 118/2005: a pretendida interpretao retroativa de lei interpretativa

    3.2 A lei benigna como produtora de efeito jurdico sobre atos pretritos3.2.1 Ato no definitivamente julgado: a condio aplicao dos efeitos pretritos lei mais benigna

    3.2.2 Observaes complementares quanto retroao da lei mais branda

    4 Anlise do princpio da irretroatividade tributria, luz do art. 144, 1 e 2, doCTN

    4.1 Anlise do art. 144, 1, CTN4.1.1 O princpio da irretroatividade tributria e a Lei n. 10.174/2001

    4.2 Anlise do art. 144, 2, CTN5 O fato gerador pendente e a Smula n. 584 do STF, perante o princpio da

    irretroatividade tributria5.1 A Smula n. 584 perante o STF e o STJ

    5.1.1 A defesa da Smula n. 584 no STF

    5.1.1.1 A crtica Smula n. 584 no prprio STF

    5.1.2 O ataque Smula n. 584 no STJ

    6 PRINCPIO DA VEDAO AO CONFISCO1 Introduo2 Breve relato histrico3 O confisco na tradio jurdica brasileira4 O confisco tributrio: conceito

    4.1 O confisco tributrio e o princpio da capacidade contributiva4.2 O confisco tributrio e o direito de propriedade

    5 O princpio da vedao ao confisco no texto constitucional

  • 5.1 O princpio da vedao ao confisco: o destinatrio do postulado5.2 O princpio da vedao ao confisco: o efeito de confisco no tributo5.3 O princpio da vedao ao confisco: a carga tributria total

    6 O princpio da vedao ao confisco perante as espcies tributrias6.1 O princpio da vedao ao confisco e os impostos6.2 O princpio da vedao ao confisco e as taxas6.3 O princpio da vedao ao confisco e as contribuies de melhoria6.4 O princpio da vedao ao confisco e os emprstimos compulsrios6.5 O princpio da vedao ao confisco e as contribuies

    7 O princpio da vedao ao confisco e as multas8 A razoabilidade e a proporcionalidade: limites ao confisco tributrio9 O princpio da vedao ao confisco e o projeto de lei complementar (PLC) n. 168/8910 Entendimento conclusivo

    7 PRINCPIO DA NO LIMITAO AO TRFEGO DE PESSOAS E BENS EA RESSALVA DO PEDGIO

    1 Consideraes iniciais2 Anlise dos pedgios

    2.1 O pedgio na tradio jurdica brasileira2.2 A anlise do pressuposto ftico do pedgio: o uso da via conservada pelo

    Poder Pblico2.3 A anlise da feio tributria do pedgio

    2.3.1 A base de clculo do pedgio-taxa

    2.3.2 A utilizao potencial do servio pblico perante o pedgio-taxa

    2.3.3 O selo-pedgio: um exemplo de pedgio-taxa

    2.4 A anlise da suposta feio no tributria do pedgio2.5 O pedgio: requisitos para a taxao ou tarifao2.6 O pedgio e a leso ao direito locomoo diante da inexistncia de via

    alternativa

    8 OUTROS PRINCPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTRIOS1 O princpio da uniformidade geogrfica2 Princpio da isonmica tributao da renda nos ttulos da dvida pblica e nos

    vencimentos dos funcionrios pblicos

  • 3 Princpio da proibio das isenes heternomas4 Princpio da no discriminao baseada em procedncia ou destino

    9 IMUNIDADES GERAIS E RECPROCA1 Introduo2 A imunidade e a iseno3 A imunidade e a exonerao das espcies tributrias4 Anlise das alneas do inciso VI do art. 150 da CF

    4.1 Imunidade das entidades polticas4.1.1 Consideraes iniciais

    4.1.2 Imunidade das entidades autrquicas e fundacionais

    4.1.3 A imunidade recproca e os impostos indiretos

    4.1.3.1 A aquisio de bens por entidades imunes e os impostos indiretos

    4.1.4 Anlise do art. 150, 3, da Carta Magna

    4.1.5 Imunidade tributria de cartrios e tabelionatos

    10 IMUNIDADE DOS TEMPLOS RELIGIOSOS1 Consideraes iniciais2 O laicismo no Brasil3 A imunidade religiosa e os impostos4 A imunidade religiosa e os conceitos de culto e templo5 A imunidade religiosa e o art. 150, 4, CF

    5.1 O art. 150, 4, parte inicial, da CF: a desonerao para impostos sobre opatrimnio, a renda e os servios

    5.2 O art. 150, 4, parte final, da CF: a relao com as finalidades essenciais daentidade imune

    6 A imunidade religiosa: temas relevantes6.1 A imunidade religiosa e os tributos indiretos6.2 A imunidade religiosa e os cemitrios6.3 A imunidade religiosa e as lojas manicas

    7 A imunidade religiosa: uma anlise crtica

    11 IMUNIDADES NO AUTOAPLICVEIS1 Consideraes iniciais2 Estudo das imunidades constantes da alnea c

  • 2.1 Imunidade dos partidos polticos2.2 Imunidade dos sindicatos de empregados2.3 Imunidade das instituies de educao2.4 Imunidade das entidades de assistncia social

    2.4.1 A assistncia social e as entidades fechadas de previdncia social privada

    2.4.2 A assistncia social e as entidades promotoras da integrao no mercado de trabalho

    3 Estudo complementar da alnea c3.1 Confronto entre o art. 150, VI, c, parte final, da CF e o art. 14 do CTN

    12 IMUNIDADE DE IMPRENSA1 Consideraes iniciais

    1.1 Anlise do livro um veculo de pensamento1.1.1 A imunidade de imprensa e a publicao eletrnica

    1.2 Anlise do jornal um veculo de pensamento1.3 Anlise do peridico um veculo de pensamento1.4 Anlise do papel destinado a impresso um insumo

    13 SISTEMA TRIBUTRIO NACIONAL1 Definio de tributo

    1.1 A prestao pecuniria1.2 A prestao compulsria1.3 A prestao diversa de sano1.4 A prestao instituda por lei1.5 A prestao cobrada por lanamento

    2 Competncia tributria2.1 Competncia tributria e capacidade tributria ativa2.2 Detalhando a classificao da competncia tributria

    2.2.1 Competncia privativa

    2.2.2 Competncia comum

    2.2.3 Competncia cumulativa

    2.2.4 Competncia especial

    2.2.5 Competncia residual

    2.2.6 Competncia extraordinria

  • 14 ESPCIES DE TRIBUTOS E IMPOSTOS1 Consideraes iniciais

    1.1 Impostos1.1.1 O princpio da no afetao e os impostos

    1.1.2 Os impostos e a privatividade das competncias

    1.1.3 Classificao dos impostos

    a) Impostos Diretos e Indiretos

    b) Impostos Pessoais e Reais

    c) Impostos Fiscais e Extrafiscais

    d) Impostos divididos segundo a classificao imposta pelo CTN

    e) Impostos Progressivos, Proporcionais e Seletivos

    15 TAXA1 O fato gerador

    1.1 Anlise da taxa de polcia1.2 Anlise da taxa de servio

    2 Informaes complementares sobre taxas2.1 A base de clculo nas taxas2.2 O confronto taxa versus tarifa

    16 CONTRIBUIO DE MELHORIA1 Evoluo histrica2 Consideraes iniciais3 O fato gerador4 O sujeito passivo5 A base de clculo do tributo

    5.1 A base de clculo e os dois modelos de cobrana o americano e oalemo

    5.2 A base de clculo e os limites de cobranaa) Limite total (ou global)

    b) Limite individual

    c) Anlise conjunta dos limites

    6 Requisitos mnimos para a instituio

    17 EMPRSTIMO COMPULSRIO

  • 1 Evoluo histrica2 As teorias explicativas sobre a natureza jurdica do emprstimo compulsrio:

    contrato ou tributo2.1 A autonomia do emprstimo compulsrio

    3 O tributo e a lei complementar4 Tributo e a competncia para sua instituio5 Tributo e os conceitos necessrios compreenso de seus pressupostos fticos6 Emprstimo compulsrio e o princpio da anterioridade tributria

    6.1 O emprstimo compulsrio e os demais princpios constitucionais tributrios7 O fato gerador

    7.1 Anlise do art. 15 do CTN8 Anlise do pargrafo nico do art. 148 da CF9 A devoluo do valor compulsoriamente mutuado

    18 CONTRIBUIES1 A feio tributria2 As contribuies e os princpios tributrios3 O conceito de contribuies parafiscais ou especiais4 Estudo das contribuies de interesse das categorias profissionais ou econmicas

    4.1 Contribuio-anuidade4.2 Contribuio sindical4.3 Questes relevantes sobre as contribuies profissionais ou corporativas

    a) H uma bitributao no confronto contribuio-anuidade versus contribuio sindical?

    b) O que a chamada contribuio assistencial? Confunde-se com a contribuio confederativa?

    c) As contribuies para os servios sociais autnomos (sistema S) so contribuies corporativas?

    d) As anuidades cobradas pela OAB so contribuies corporativas?

    5 Estudo das contribuies de interveno no domnio econmico5.1 Cide-Combustveis5.2 CIDE-Royalties5.3 Outras contribuies de interveno no domnio econmico (CIDEs)

    6 Estudo das contribuies sociais6.1 As contribuies sociais gerais6.2 As contribuies de seguridade social

  • a) 1 fonte de custeio da seguridade social: o importador

    b) 2 fonte de custeio: a receita de loterias

    c) 3 fonte de custeio: o trabalhador

    d) 4 fonte de custeio: o empregador e a empresa

    d.1) Contribuio Social Patronal sobre a Folha de Pagamentos

    d.2) Contribuio ao PIS/PASEP

    d.3) Contribuio sobre o Lucro Lquido (CSLL)

    d.4) Contribuio para Financiamento da Seguridade Social (COFINS)

    6.3 As outras contribuies sociais6.4 Estudo complementar das contribuies

    a) Breve anlise da Contribuio Provisria sobre Movimentao Financeira (CPMF)

    b) Anlise da Contribuio para o Servio de Iluminao Pblica (COSIP)

    c) Anlise da contribuio para o Fundo de Garantia do Tempo de Servio (FGTS) e sua natureza notributria

    7 O Simples Federal e o Simples Nacional8 Repartio tributria das receitas

    8.1 Transferncias diretas feitas da Unio para os Estados e Distrito Federal8.2 Transferncias diretas feitas da Unio para os Municpios8.3 Transferncias diretas feitas dos Estados-Membros para os Municpios8.4 Anlise final da repartio das receitas tributrias8.5 Transferncias indiretas estudo dos Fundos Especiais

    19 FONTES DO DIREITO TRIBUTRIO1 Consideraes iniciais2 Fontes formais do Direito Tributrio

    2.1 Fontes formais principais2.1.1 Constituio Federal

    2.1.2 Emenda Constituio Federal

    2.1.3 Lei Ordinria

    2.1.4 Decreto

    2.1.5 Lei Delegada

    2.1.6 Medida Provisria

    2.1.7 Decreto Legislativo

    2.1.8 Resoluo

  • 2.1.9 Tratados e Convenes Internacionais

    2.1.9.1 A nova concepo dos tratados conforme posio do STF

    2.1.10 Lei Complementar

    3 Fontes formais secundrias do Direito Tributrio ou Normas Complementares3.1 Inciso I: Atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas3.2 Inciso II: Decises com eficcia normativa3.3 Inciso III: Prticas reiteradas das autoridades administrativas3.4 Inciso IV: Convnios celebrados pelas entidades impositoras

    3.4.1 Convnios do ICMS

    3.5 Pargrafo nico do art. 100 do CTN

    20 VIGNCIA, APLICAO, INTERPRETAO E INTEGRAO DALEGISLAO TRIBUTRIA

    1 Vigncia da legislao tributria1.1 A vigncia da legislao tributria no tempo1.2 A vigncia e o princpio da anterioridade tributria1.3 A vigncia da legislao tributria no espao

    2 Aplicao da legislao tributria2.1 A aplicao da nova lei tributria aos fatos pendentes2.2 A retroatividade da lei tributria

    3 Interpretao da legislao tributria3.1 Interpretao e suas classificaes3.2 Utilizao de princpios gerais do Direito Privado3.3 Interpretao econmica3.4 Interpretao literal3.5 Interpretao benigna

    4 Integrao da Legislao Tributria4.1 Analogia

    4.1.1 Analogia e o princpio da legalidade

    4.2 Princpios gerais de Direito Tributrio4.3 Princpios gerais de Direito Pblico4.4 Equidade

  • 21 RELAO JURDICO-TRIBUTRIA1 A hiptese de incidncia2 O fato gerador3 Obrigao tributria

    3.1 Sujeito ativo3.2 Sujeito passivo3.3 Objeto da obrigao tributria3.4 Causa

    4 Domiclio tributrio

    22 RESPONSABILIDADE TRIBUTRIA1 Conceitos introdutrios

    1.1 Conceito: contribuinte versus responsvel1.2 Conceito: responsabilidade pessoal versus responsabilidade subsidiria1.3 Conceito: responsabilidade por substituio versus responsabilidade por

    transferncia2 Responsabilidade de devedores solidrios3 Responsabilidade de devedores sucessores

    3.1 1 hiptese: art. 130 do CTN3.2 2 hiptese: art. 131, I, II e III, do CTN3.3 3 hiptese: art. 132 do CTN3.4 4 hiptese: art. 133 do CTN

    4 Responsabilidade de terceiros devedores4.1 Art. 134 do CTN: responsabilidade de terceiro com atuao regular4.2 Art. 135 do CTN: responsabilidade de terceiro com atuao irregular

    5 Responsabilidade por infraesa) Responsabilidade objetiva: conceitob) Responsabilidade pessoal do agente

    b.1) Inciso I: infraes tributrias como crimes ou contravenes

    b.2) Inciso II: infraes tributrias com o dolo especfico (elementar)

    b.3) Inciso III: infraes que decorram de dolo especfico

    6 Denncia espontnea

  • 23 CRDITO TRIBUTRIO1 Consideraes iniciais2 O lanamento

    2.1 O conceito de lanamento2.2 Questes pontuais sobre lanamento2.3 Reviso de lanamento

    a) O lanamento revisvel

    a.1) Detalhamento do art. 149 do CTN

    b) O lanamento revisvel: anlise do art. 146 do CTN

    2.4 Modalidades de lanamento2.5 Anlise da tcnica do arbitramento

    3 Crdito tributrio e decadncia3.1 Consideraes iniciais3.2 A decadncia no CTN: viso geral3.3 A decadncia no CTN: anlise do art. 173, I3.4 A decadncia no CTN: anlise do art. 150, 43.5 A decadncia na viso do STJ: a cumulao de prazos3.6 A decadncia no CTN e a anulao do lanamento anterior3.7 A decadncia no CTN e a medida preparatria de lanamento3.8 A decadncia e a lei complementar3.9 A decadncia e o prazo decenal das contribuies sociais

    4 Crdito tributrio e prescrio4.1 Consideraes iniciais4.2 O termo a quo da contagem da prescrio4.3 A prescrio e a dvida ativa4.4 A prescrio e os lanamentos por homologao4.5 A prescrio e as causas de interrupo4.6 A prescrio e outros temas

    24 SUSPENSO DO CRDITO TRIBUTRIO1 Consideraes iniciais2 Moratria

  • 3 Depsito do montante integral4 Reclamaes e recursos administrativos

    4.1 O depsito recursal na rbita administrativa5 Concesso de liminar em mandado de segurana e de tutela antecipada em outras

    aes6 Parcelamento

    25 EXTINO DO CRDITO TRIBUTRIO1 Consideraes iniciais2 Pagamento

    2.1 Consulta tributria2.2 A restituio de pagamento indevido ou a maior e o prazo prescricional

    3 Compensao4 Transao5 Remisso6 Decadncia e prescrio7 Converso do depsito em renda8 Pagamento antecipado e a homologao do lanamento9 Consignao em pagamento julgada procedente10 Deciso administrativa irreformvel11 Deciso judicial passada em julgado12 Dao em pagamento

    26 EXCLUSO DO CRDITO TRIBUTRIO1 Consideraes iniciais2 Estudo da iseno

    2.1 Iseno: a incidncia ou a no incidncia da norma2.2 A revogao da lei isentiva

    2.2.1 A revogao da lei isentiva e o princpio da anterioridade tributria

    2.3 A iseno e o princpio da legalidade tributria2.4 A iseno e os tributos bilaterais

    3 Estudo da anistia4 Sntese conclusiva

  • 27 ADMINISTRAO TRIBUTRIA E DISPOSIES FINAIS DO CTN1 Consideraes iniciais2 Fiscalizao3 Dvida ativa

    a) O nome do devedorb) O montante exequvelc) A origem e o fundamento legald) A data da inscrioe) A meno ao processo administrativof) A indicao do livro e da folha da inscrio

    4 Certido negativa5 Disposies finais e transitrias do CTN

    28 GARANTIAS E PRIVILGIOS DO CRDITO TRIBUTRIO1 Consideraes iniciais2 Natureza da garantia do crdito tributrio3 Ponto de desequilbrio na relao jurdico-tributria4 Os bens inalcanveis pela execuo do crdito tributrio5 Momento de caracterizao da fraude execuo fiscal

    5.1 A reserva de bens ou rendas para pagamento da dvida6 Preferncias ou privilgios do crdito tributrio7 Da quitao de tributos

    29 IMPOSTOS MUNICIPAIS1 Estudo do IPTU

    1.1 Competncia e sujeito ativo1.2 Sujeito passivo1.3 Fato gerador

    1.3.1 Conceitos importantes sobre o fato gerador do IPTU

    1.3.1.1 Conceito de bem imvel por natureza e bem imvel por acesso fsica

    1.3.1.2 Conceito de propriedade, domnio til e posse

    1.3.1.3 Conceito de zona urbana

    1.3.2 Onde e quando se d o fato gerador do IPTU?

  • 1.4 Base de clculo1.5 Alquotas

    2 Estudo do ISS2.1 Competncia tributria e sujeito ativo2.2 Sujeito passivo2.3 Fato gerador

    2.3.1 Conceito de produtos industrializados

    2.3.2 Conceito de operaes relativas circulao de mercadorias

    2.3.3 Conceito de servios, para fins de incidncia do ISS

    2.4 Base de clculo2.5 Alquota2.6 Casos relevantes de incidncia do ISS

    2.6.1 O ISS e o software

    2.6.2 O ISS e a locao de servios

    2.6.3 O ISS e o arrendamento mercantil (leasing)

    2.6.4 O ISS e as atividades bancrias

    2.6.5 O ISS e os trabalhos grficos

    2.6.6 O ISS e a incorporao imobiliria

    2.6.7 O ISS e as franquias (franchising)

    2.6.8 O ISS e o factoring

    3 Estudo do ITBI3.1 Competncia e sujeito ativo3.2 Sujeito passivo3.3 Fato gerador

    3.3.1 O plano semntico da materialidade do fato gerador do ITBI

    3.3.2 Os planos espacial e temporal do fato gerador do ITBI

    3.4 Base de clculo3.5 Alquotas

    3.5.1 A progressividade das alquotas do ITBI

    3.6 ITBI e Imunidades

    30 IMPOSTOS ESTADUAIS1 Estudo do ICMS

  • 1.1 Competncia e sujeito ativo1.2 Sujeito passivo1.3 Fato gerador

    1.3.1 Circulao de mercadoria

    1.3.2 Servios de transporte interestadual e intermunicipal

    1.3.3 Servios de comunicao

    1.4 Base de clculo1.5 Alquotas1.6 Notas gerais1 nota2 nota3 nota4 nota5 nota

    2 Estudo do IPVA2.1 Competncia e sujeito ativo2.2 Sujeito passivo2.3 Fato gerador

    2.3.1 Veculo automotor

    2.3.2 Aeronaves versus IPVA

    2.4 Elemento temporal do fato gerador2.5 Base de clculo2.6 Alquota2.7 Notas gerais

    3 Estudo do ITCMD3.1 Competncia tributria e sujeito ativo3.2 Sujeito passivo3.3 Fato gerador3.4 Elementos espacial e temporal do fato gerador3.5 Base de clculo3.6 Alquotas3.7 Notas gerais

  • 31 IMPOSTOS FEDERAIS1 Estudo do ITR

    1.1 Competncia e sujeito ativo1.2 Sujeito passivo1.3 Fato gerador

    1.3.1 Conceito de bem imvel

    1.3.2 Conceito de zona rural

    1.3.3 reas de expanso urbana

    1.3.4 Elementos temporal e espacial do fato gerador

    1.4 Base de clculo1.5 Alquotas1.6 Notas gerais

    2 Estudo do IOF2.1 Competncia e sujeito ativo2.2 Sujeito passivo2.3 Fato gerador2.4 Base de clculo2.5 Alquotas2.6 Princpio da legalidade e extrafiscalidade2.7 Notas gerais

    3 Estudo do II3.1 Competncia e sujeito ativo3.2 Sujeito passivo3.3 Fato gerador3.4 Base de clculo3.5 Alquotas3.6 Notas gerais

    4 Estudo do IE4.1 Competncia e sujeito ativo4.2 Sujeito passivo4.3 Fato gerador4.4 Base de clculo

  • 4.5 Alquotas4.6 Notas gerais

    5 Estudo do IPI5.1 Competncia e sujeito ativo5.2 Sujeito passivo5.3 Fato gerador

    5.3.1 Conceito de industrializao

    5.4 Base de clculo5.5 Alquotas5.6 Notas gerais

    6 Estudo do IR6.1 Competncia e sujeito ativo6.2 Sujeito passivo6.3 Fato gerador

    6.3.1 Definio de renda e proventos de qualquer natureza

    6.4 Base de clculo6.4.1 Conceito de patrimnio

    6.5 Alquotas6.6 Notas gerais

    REFERNCIAS

    APNDICE LINHA DO TEMPO

  • 1 INTRODUO

    1 CONSIDERAES INICIAIS1.1 O Direito Tributrio e seu conceito

    O Estado necessita, em sua atividade financeira, captar recursos materiais paramanter sua estrutura, disponibilizando ao cidado-contribuinte os servios que lhecompete, como autntico provedor das necessidades coletivas.

    A cobrana de tributos se mostra como a principal fonte das receitas pblicas,voltadas ao atingimento dos objetivos fundamentais, insertos no art. 3 da ConstituioFederal, tais como a construo de uma sociedade livre, justa e solidria, a garantia dodesenvolvimento nacional, a erradicao da pobreza e da marginalizao, tendente reduo das desigualdades sociais e regionais, bem como a promoo do bem-estar dacoletividade[1]. Da haver a necessidade de uma positivao de regras que possamcertificar o to relevante desiderato de percepo de recursos o que se d por meioda cincia jurdica intitulada Direito Tributrio, tambm denominado Direito Fiscal.

    A expresso Direito Fiscal, chegando a ns por influncias francesa (DroitFiscal) e inglesa (Fiscal Law), foi substituda, com o tempo, pelas denominaesdomsticas Direito Financeiro e, mais especificamente, Direito Tributrio[2] esta consagrada na Emenda Constitucional n. 18/65 e, aps, no prprio CdigoTributrio Nacional. A bem da verdade, na trilha de Hugo de Brito Machado [3],parece-nos que o qualificativo Fiscal demarca algo amplo, abrangendo toda aproblemtica afeta ao Errio, e no apenas as questes adstritas ao tributo em si, o quefaz pender sua traduo mais para Direito Financeiro do que para DireitoTributrio. Ademais, a expresso atrela-se to somente a um dos sujeitos da relao o Fisco , o que denota o seu carter reducionista.

    Se Tributrio o Direito que nos orienta, em primeiro lugar, neste Manual, urgetrazermos a lume, desde j, um conceito de Direito, para, em seguida, dimensionarmosa extenso semntica do qualificativo Tributrio.

  • O renomado jurista Hely Lopes Meirelles[4] lana mo de coerente definio:O Direito, objetivamente considerado, o conjunto de regras de conduta coativamente impostas peloEstado. Na clssica conceituao de Ihering, o complexo das condies existenciais da sociedade,asseguradas pelo Poder Pblico. Em ltima anlise, o Direito se traduz em princpios de condutasocial, tendentes a realizar Justia.

    Com relao ao qualificativo Tributrio, nota-se que a doutrina tem se dedicadocom afinco obteno do conceito ideal para o Direito Tributrio. Entre inmerastentativas definitrias disponveis na seara dogmtica, muda-se algum aspecto ali,outro acol, porm mantm-se presentes os elementos estruturais da definio nessaramificao do Direito.

    Tal linearidade conceitual pode ser ratificada nas escorreitas definies, adiantereproduzidas, que primam pelo preciso delineamento do objeto do Direito Tributrio ede suas caractersticas principais:

    Para Rubens Gomes de Sousa[5], o Direito Tributrio (...) o ramo do direitopblico que rege as relaes jurdicas entre o Estado e os particulares, decorrentes daatividade financeira do Estado no que se refere obteno de receitas quecorrespondam ao conceito de tributos.

    Nos dizeres de Paulo de Barros Carvalho[6], o Direito Tributrio o ramodidaticamente autnomo do Direito, integrado pelo conjunto de proposiesjurdico-normativas, que correspondam, direta ou indiretamente, instituio,arrecadao e fiscalizao de tributos.

    O conceito foi solicitado em item considerado CORRETO, em prova realizadapelo CEJUR/PGE-GO, para o cargo de Procurador do Estado de Gois (8Concurso), em 02-04-2000.

    Segundo o entendimento de Hugo de Brito Machado[7], o Direito Tributrio oramo do direito que se ocupa das relaes entre fisco e as pessoas sujeitas aimposies tributrias de qualquer espcie, limitando o poder de tributar e protegendoo cidado contra os abusos desse poder.

    luz do que preleciona Luciano Amaro[8], o Direito Tributrio a disciplinajurdica dos tributos, com o que se abrange todo o conjunto de princpios e normasreguladores da criao, fiscalizao e arrecadao das prestaes de naturezatributria.

    Diante de to pontuais definies, entendemos que possvel extrair desse planoconceitual que o Direito Tributrio ramificao autnoma da Cincia Jurdica,atrelada ao direito pblico, concentrando o plexo de relaes jurdicas que imantamo elo Estado versus contribuinte, na atividade financeira do Estado, quanto instituio, fiscalizao e arrecadao de tributos.

    Vale dizer que o Direito Tributrio o conjunto de normas que regula o

  • comportamento das pessoas de levar dinheiro aos cofres pblicos.

    O conceito foi solicitado em item considerado CORRETO, em prova realizadapela FCC, para o cargo de Procurador do Estado de 2 Classe de Sergipe, emmaio de 2005.

    Com efeito, o Direito Tributrio a representao positivada da cincia jurdicaque abarca o conjunto de normas e princpios jurdicos, reguladores das relaesintersubjetivas na obrigao tributria, cujos elementos so as partes, a prestao e ovnculo jurdico.

    As partes destacam-se como o ente pblico estatal, de um lado, e o contribuinte(ou responsvel), de outro. O objeto a obrigao em si, que pode consistir numaobrigao de dar, de cunho patrimonial (levar a pecnia aos cofres pblicos), ou numaobrigao de fazer ou no fazer, de cunho instrumental (emitir notas fiscais, entregarDeclaraes etc.). Por fim, o vnculo jurdico (ou causa) a norma jurdica quemagnetiza o liame obrigacional. Todos esses elementos fundantes sero esmiuados emmomento ulterior, nesta obra, em captulo prprio, quando se estudar a obrigaotributria.

    Por ora, urge destacar que tal relao jurdica polarizada, sobressaindo:(I) no polo ativo (credor), os entes tributantes ou pessoas jurdicas de direito

    pblico interno, tambm conhecidos por Fiscos a Unio, os Estados-membros,os Municpios e o Distrito Federal. Curiosamente, o fisco, no ImprioRomano, era um cesto de junco, utilizado pelos soldados romanos para aarrecadao de tributos;

    (II) no polo passivo (devedor), o contribuinte (ou o responsvel), representadopelas pessoas fsicas ou jurdicas.

    Desse modo, cria-se o cenrio afeto invaso patrimonial, caracterizadora do

    mister tributacional, em que o Estado avana em direo ao patrimnio do sdito[9],de maneira compulsria, a fim de que logre retirar uma quantia, em dinheiro, que seintitula tributo, carreando-o para os seus cofres. Tal invaso inexorvel, nohavendo como dela se furtar, exceto se o tributo apresentar-se ilegtimo, i.e., fora dosparmetros impostos pela norma tributria, mostrando-se inconstitucional, o quepoder ensejar a provocao do Poder Judicirio, no intuito de que se proceda correo da situao antijurdica.

    oportuno mencionar, ad argumentandum, que o Direito Tributrio visa projetar ocontribuinte e o Fisco em uma mesma plataforma de igualdade, qual se aplica,isonomicamente, a lei, trazendo a segurana que imantar o elo jurdico. Da se ouvirfalar que uma dada norma teria sido emitida pr-fisco ou, inversamente, pr-

  • contribuinte, uma vez propensa a desestabilizar para um lado, em detrimento do outro,o equilbrio da relao.

    A esse propsito, Ruy Barbosa Nogueira assevera:O Direito Tributrio continua ordenando segundo os princpios do Estado de Direito e ento, emcontrapeso exigncia e coao unilateral do Fisco, posto disposio do obrigado um processodefinitivo, por meio de vrios remdios jurisdicionais disciplinados pelo prprio Estado, que outorgamao obrigado uma tutela jurdica adequada para poder opor-se exigncia que considereinjustificada[10].

    Posto isso, uma vez assimilado o conceito de Direito Tributrio, bem como ocenrio no qual se desdobra a relao jurdico-tributria, urge conhecermos a relaodo Direito Tributrio com as receitas pblicas.

    1.2 O Direito Tributrio e as receitas pblicasTodo e qualquer dinheiro que ingressa nos cofres pblicos, a qualquer ttulo, ser

    denominado entrada ou ingresso. Por outro lado, nem todo ingresso (ou receita)ser uma receita pblica.

    De fato, enquanto o ingresso marcado pela noo de provisoriedade, a receitapblica atrela-se ao contexto de definitividade. Vale dizer, como regra, que os valores,a ttulo de ingresso, entram nos cofres pblicos com destinao predeterminada desada, no configurando receita nova, o que no acontece com a receita pblica.

    So exemplos de entradas ou ingressos provisrios:a)a cauo ou a fiana (garantias de adimplemento da obrigao principal): como

    exemplo, cite-se a garantia ofertada pelo vencedor em dada licitao pblica.Tal garantia ingressar nos cofres do Estado com previso de sada, podendo,todavia, transformar-se em receita pblica, se houver descumprimento contratual;

    b)o depsito prvio: como exemplo, cite-se o depsito recursal, como condio protocolizao do recurso na rbita administrativa federal; tal requisito veio aser considerado inconstitucional em decises recentes no STF (RE 388.359-PE,RE 389.383-SP, RE 390.513-SP);

    c) o emprstimo compulsrio: conquanto se revista de natureza tributria, oemprstimo compulsrio gravame restituvel, devendo sua lei instituidoraprever o prazo e as condies de sua restituio aos contribuintes. Tornar-se-,todavia, uma receita pblica, caso no ocorra a restituio;

    d)o emprstimo pblico: tendo natureza contratual, entrada provisria para oEstado que, tomando uma quantia como emprstimo, dever prever sua sada, attulo de pagamento ao mutuante.

    Desse modo, na trilha conceitual de Aliomar Baleeiro[11], a receita pblica a

    entrada que, integrando-se no patrimnio pblico sem quaisquer reservas, condies ou

  • correspondncia no passivo, vem acrescer o seu vulto, como elemento novo epositivo.

    Em outras palavras, a receita pblica traduz-se no ingresso definitivo de bens evalores aos cofres pblicos, ou seja, sem condio pr-estabelecida de sada.

    Quanto ao objeto da invaso patrimonial, a que se fez meno, calha trazer baila o plano classificatrio das receitas pblicas, que podem ser:

    a) Receitas extraordinrias: com entrada ocorrida em hiptese de anormalidadeou excepcionalidade, a receita extraordinria , longe de ser um ingressopermanente nos cofres estatais, possui carter temporrio, irregular e contingente.Assim, traduz-se em uma receita aprovada e arrecadada no curso do exerccio dooramento. Exemplos: a arrecadao de um imposto extraordinrio de guerra(art. 154, II, CF) ou, mesmo, de um emprstimo compulsrio para calamidadepblica ou para guerra externa (art. 148, I, CF);

    b) Receitas ordinrias: com entrada ocorrida com regularidade e periodicidade, areceita ordinria haurida dentro do contexto de previsibilidade oramentria eno desenvolvimento normal da atividade estatal. As receitas ordinrias podemser subdivididas, essencialmente, em receitas derivadas e receitas originrias.

    Note o item considerado CORRETO, em prova realizada pelo Cespe/UnB, para ocargo de Analista de Controle Externo (rea: Apoio Tcnico e Administrativo Especialidade: Direito) do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins (TCE/TO),em 08-02-2008: As receitas pblicas originrias so auferidas pelo Estado emdecorrncia da explorao do prprio patrimnio.

    Quanto s receitas derivadas, o Estado, de modo vinculado (art. 5, II, CF), e

    valendo-se do seu poder de imprio, na execuo de atividades que lhe so tpicas,far derivar para seus cofres uma parcela do patrimnio das pessoas sujeitas suajurisdio. Tais entradas intitulam-se receitas derivadas ou de economia pblica,indicativas de receitas ordinrias obtidas luz de imposio coativa e de manifestaosoberana do Estado, no uso tpico de sua autoridade ou de seu constrangimento,direcionados invaso patrimonial dos particulares.

    Note o item considerado CORRETO, em prova realizada pelo Cespe/UnB, para ocargo de Procurador do Estado de Alagoas (1 Classe), em 24-01-2009: Receitapblica proveniente de normal arrecadao tributria da unidade da Federao, noexerccio da sua competncia tributria, denomina-se receita derivada, sob atica da origem da receita.

    A esse propsito, Ruy Barbosa Nogueira[12] assevera que o direito de tributar doEstado decorre do seu poder de imprio pelo qual pode fazer derivar para seus

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Jurisdi%C3%A7%C3%A3o"%20/o%20"Jurisdi%C3%A7%C3%A3o
  • cofres uma parcela do patrimnio das pessoas sujeitas sua jurisdio e que sochamadas receitas derivadas ou tributos.

    A s receitas derivadas agrupam, pois, os rendimentos do setor pblico queprocedem do setor privado da economia, por meio de prestaes pecuniriascompulsrias quase sempre, na forma de tributos , devidas por pessoas fsicas oujurdicas de direito privado que desenvolvam atividades econmicas.

    Com efeito, nessa direo seguiu o art. 9 da Lei n. 4.320, de 1964, que, estatuindonormas gerais de Direito Financeiro para elaborao e controle dos oramentos ebalanos das entidades impositoras, trouxe uma definio legal de tributo.

    O conceito de tributo, com base na Lei n. 4.320/64, foi solicitado em provarealizada pela Cesgranrio, para o cargo de Contador Jnior (Auditoria Interna) daTranspetro, em maro de 2006.

    Observe-a:Tributo a receita derivada, instituda pelas entidades de direito pblico, compreendendo osimpostos, as taxas e contribuies, nos termos da Constituio e das leis vigentes em matriafinanceira, destinando-se o seu produto ao custeio de atividades gerais ou especficas exercidas poressas entidades.

    Note o item (adaptado) considerado CORRETO (adaptado), em prova realizadapela Esaf, para o cargo de Analista de Compras da Prefeitura de Recife, em 07-06-2008: Segundo a Lei n. 4.320, de 17 de maro de 1964, a receita tributria classificada como derivada, e no originria.Note o item considerado INCORRETO, em prova realizada pela Vunesp, para ocargo de Procurador do Municpio de So Jos do Rio Preto/SP, em 25-05-2008:A Lei n. 4.320/64 determina o tributo como receita originria.

    imperioso frisar que, pouco tempo depois, a contar da publicao da Lei n.4.320/64, em outubro de 1966, editou-se o Cdigo Tributrio Nacional, em cujo art. 3lapidou-se o conceito de tributo desejado pelo legislador ordinrio naquele estatuto:

    Art. 3. Tributo toda prestao pecuniria compulsria, em moeda ou cujo valor nela se possaexprimir, que no constitua sano de ato ilcito, instituda em lei e cobrada mediante atividadeadministrativa plenamente vinculada.

    Por fim, destaque-se que, nas receitas derivadasa, a fonte a lei, e tais entradasreferem-se a prestaes tributriasb ou no tributrias.

    a. Note o item considerado INCORRETO, em prova realizada pelo NCE/UFRJ,para o cargo de Analista do Tesouro Estadual (Sefaz/AM), em 18-09-2005:Segundo a classificao alem das receitas pblicas, podemos afirmar queapenas tributos so receitas derivadas.b. Note o item considerado INCORRETO, em prova realizada pela UFMT, para ocargo de Gestor Municipal da Prefeitura de Cuiab/MT, em 2007: Tributo receitaoriginria, instituda pelas entidades de direito pblico, compreendendo os

  • impostos, as taxas e as contribuies.

    Exemplos de receitas derivadas:I. os tributos (impostos, taxas, contribuies de melhoria, emprstimos

    compulsrios e as contribuies):No que tange ao confronto das receitas derivadas e os tributos, pode-se afirmar,

    segundo o entendimento das Bancas de concursos:a) quanto aos impostos, o ingresso de recursos oriundos de impostos se

    caracteriza como uma receita derivada e compulsriaa.b) quanto s contribuies, as receitas de contribuies sociais enquadram-se

    igualmente como receita derivadab.c) quanto s demais contribuies (v.g., a CIDE-Combustvelc), no destoam do

    conceito de receita derivada.

    a. A assertiva foi solicitada em item considerado CORRETO (adaptado), em provarealizada pela Esaf, para o cargo de Analista de Finanas e Controle (CGU), em23-03-2008.b. A assertiva foi solicitada em item considerado CORRETO, (adaptado), emprova realizada pela FCC, para o cargo de Tcnico do MPU, em fevereiro de 2007.c. O exemplo foi solicitado em prova realizada pela FCC, para o cargo deProcurador do Tribunal de Contas do Estado do Piau, em maro de 2005.

    II. as multas pecunirias (administrativas e penais):No estudo das receitas pblicas, as multas, conquanto dessemelhantes dos tributos,

    aproximam-se destes quando se mostram como ntidas receitas derivadas.

    O exemplo foi solicitado em prova realizada pelo NCE/UFRJ, para o cargo deAnalista do Tesouro Estadual (Sefaz/AM), em 18-09-2005.

    III. as reparaes de guerra:A s reparaes de guerra, ainda que reservadas ao plano terico, em nosso

    pacfico Estado, devem ser consideradas receitas derivadas.

    O exemplo foi solicitado em prova realizada pelo CEJUR/PGE-GO, para o cargode Procurador do Estado de Gois (9 Concurso), em 18-11-2001.

    Passemos, agora, ao estudo das receitas originrias. Urge evidenciar, de pronto,que as receitas derivadas no se confundem com as receitas originrias outro tipode receita ordinria, que no decorre da coero e soberania estatais, mas de umcontrato ou de uma manifestao bilateral de vontade.

  • A receita originria , em regra, proveniente da explorao estatal de seus bens eempresas comerciais ou industriais, semelhana de particulares, nas atividades delocao, administrao ou alienao. Frise-se que a denominao receita originria equvoca, pois a atuao no mercado e na economia no nem pode ser umaatividade originria do Estado. A bem da verdade, ad argumentandum, se apercepo do tributo a principal forma de financiamento do Estado, receitatributria que se deveria atribuir o rtulo de receita originria, afastando-lhe otimbre de receita derivada, e no o contrrio, como se est a demonstrar.

    Aliomar Baleeiro[13] define as receitas originrias como as rendas provenientesdos bens e empresas comerciais ou industriais do Estado, que os explora semelhanade particulares, sem exercer os seus poderes de autoridade, nem imprimircoercitividade exigncia de pagamentos ou utilizao dos servios que o justificam,embora, no raro, os institua em monoplios.

    A definio em epgrafe oferta claro horizonte por meio do qual se pode vislumbrarque, nas receitas originrias, a fonte o contrato, e tais entradas referem-se, comexclusividade, a prestaes no tributrias.

    Nessa toada, no despiciendo enfatizar que aquelas matrias intrinsecamenteligadas a tributos v.g., repartio de receitas tributrias no se ligaro s receitasoriginrias, mas s receitas derivadas. Vale dizer que se reparte o produto dasreceitas derivadas, no o fazendo com relao ao montante pecunirio oriundo dasreceitas originrias.

    O tema foi solicitado em prova realizada pelo Ministrio Pblico Federal, para ocargo de Procurador da Repblica (18 Concurso), em 2001.

    Vamos, agora, conhecer alguns bons exemplos de receitas originrias:I. as receitas de aluguis pela locao de bens pblicos:Os alugueres oriundos de atividade locatcia realizada pelo Estado compem

    receitas originrias. Nessa medida, as receitas de aluguis de imveis depropriedade do ente pblico e as receitas de atividades industriais promovidasigualmente pelo ente pblico no se enquadram como receita derivada.

    A assertiva foi solicitada em item considerado CORRETO, (adaptado), em provarealizada pela FCC, para o cargo de Tcnico do MPU, em fevereiro de 2007.

    II. os preos pblicos obtidos pela venda de produtos ou servios produzidos ou

    prestados por empresas pblicas e sociedade de economia mista:O s preos pblicos, hauridos de operaes de venda de produtos ou servios

    produzidos ou prestados por empresas pblicas e sociedade de economia mista so

  • induvidosas receitas originrias.

    Note o item, considerado INCORRETO, em prova realizada pelo Cespe/UnB, parao cargo de Juiz de Direito (TJ/PA), em 24-022002: Os preos pblicos constituema receita derivada das entidades pblicas, na medida em que so compulsrios,cobrados em virtude da prestao de servios relacionados com a explorao deatividades econmicas diretamente pelo Estado, ou indiretamente porconcessionrios e permissionrios de servios pblicos.Note o item considerado CORRETO, em prova realizada pela FCC, para o cargode Auditor do Tribunal de Contas do Estado de Alagoas (TCE/AL), em maro de2008: A doutrina considera receitas pblicas originrias a tarifa e o preo pblico.Observao: item semelhante foi solicitado em prova realizada pela FCC, para ocargo de Procurador Judicial da Prefeitura do Recife/PE, em junho de 2008.

    III. as tarifas exigidas pelas entidades prestacionistas:As tarifas, como exemplos de preos pblicos, so os clssicos exemplos de

    receitas originrias, colocando-se em lado diametralmente oposto ao dos tributos ntidas receitas derivadas. Com efeito, trata-se de receita derivada e de receitaoriginria, respectivamente, o tributo e a tarifa.

    A assertiva foi solicitada em item considerado CORRETO, em prova realizadapela FCC, para o cargo de Procurador do Tribunal de Contas/AL, em maro de2008.

    IV. as multas contratuais. V. as doaes recebidas e dividendos oriundos de uma empresa estatal

    lucrativa.As doaes e dividendos percebidos, como receitas resultantes de liberalidades

    graciosas, so bons exemplos de receitas originrias, no se enquadrando comoreceitas derivadas.

    O exemplo foi solicitado em prova realizada pela FCC, para o cargo de Tcnico doMPU, em fevereiro de 2007.

    Diante do exposto, possvel afirmar que, levando-se em considerao aclassificao das receitas pblicas, a doutrina afirma que so receitas derivadas eoriginrias, respectivamente, as taxas e os preos pblicos.

    A assertiva foi solicitada em item considerado CORRETO, em prova realizadapela FCC, para o cargo de Procurador de Contas do Tribunal de Contas do Estadode Roraima (TCE/RR), em abril de 2008.

  • Observao: item semelhante foi solicitado em prova realizada pela FGVProjetos, para o cargo de Juiz Substituto de Carreira do Par (TJ/PA), em 2009.

    Da se falar que, enquanto as receitas originrias so as produzidas pelos bens eempresas de propriedade pblica, a receita tributria, tambm chamada dereceita derivada, decorre do poder de imprio estatal.

    A assertiva foi solicitada em item considerado CORRETO, em prova realizadapela FCC, para o cargo de Advogado da Cia. Paraibana de Gs (PBGS), emnovembro de 2007.A assertiva foi solicitada em item considerado CORRETO, em prova realizadapela Universidade Federal Fluminense (UFF/Coseac), para o cargo de Auditor daUFF, em 2008.

    Por fim, como um importante exemplo de receita originria, destacam-se os preosquase privados. Estes decorrem de comrcio de bens, mercadorias e/ou serviosfornecidos pelo Poder Pblico, mas em regime de livre concorrncia com empresasprivadas. Exemplo: o valor cobrado por uma instituio financeira, mantida pelogoverno (e.g., um banco constitudo como sociedade de economia mista), para amanuteno de uma conta corrente.

    Para Alberto Deodato[14], preo quase privado o que, como se fora umparticular, o Estado cobra do indivduo por um servio ou uma coisa dada. Esseservio ou essa coisa lhe poderiam ser fornecidos pelo particular ou pela empresaprivada, mas o Estado toma a si esse encargo para finalidades remotas de utilidadepara a comunidade. O interesse do Estado no o lucro que o servio ou a coisa lhevo dar, mas, muitas vezes, um interesse remoto para comunidade.

    Passemos, agora, classificao do Direito Tributrio, como um direito pblico,obrigacional e comum.

    1.3 O Direito Tributrio e sua natureza: direito pblico, obrigacional ecomumQuanto sua natureza, imperioso destacar que o Direito Tributrio ramo que

    deriva do Direito Financeiro, sendo deste a parte mais destacada e desenvolvida,porque abrange todas as relaes jurdicas entre a Fazenda Pblica e o contribuinte, aque esto vinculados interesses essenciais do Estado e dos cidados[15]. Enquanto oDireito Financeiro regula, em todos os momentos, a chamada atividade financeira doEstado, aquele o Direito Tributrio trata da relao jurdica existente entre o Fiscoe o contribuinte ou das relaes ftico-econmicas indicativas de capacidadecontributiva[16], no concernente ao conjunto das leis reguladoras da arrecadao dostributos, bem como de sua fiscalizao.

    Ademais, o Direito Tributrio pode ser classificado como ramo jurdico

  • pertencente ao direito pblico, com a figura do Estado sempre presente em um dospolos da relao jurdica e sempre em situao de superioridade jurdica perante oparticular , haja vista o interesse tutelado ser socialmente coletivo (o interessepblico), o que dota suas normas jurdicas de compulsoriedade.

    Luciano Amaro[17] aduz que a preponderncia do interesse coletivo no direitodos tributos evidente, da derivando o carter cogente de suas normas, inderrogveispela vontade dos sujeitos da relao jurdico-tributria.

    Evidencia-se, pois, a noo de verticalidade, prpria da desigualdade jurdica,que marca as relaes de direito pblico, em contraponto horizontalidade, adstrita igualdade jurdica, que ocorre entre as partes que compem a relao jurdica dedireito privado. Desse modo, fcil perceber que o interesse pblico deve prevalecersobre o interesse particular, na seara da tributao, desde que se respeitem os direitose garantias individuais.

    Conforme assevera o insigne Jos Eduardo Soares de Melo[18], o Direitoconstitui um sistema integrado por diversificadas normas que se encontram vinculadas,de modo horizontal e vertical, observando coerncia e harmonia, em razo do que asclassificaes, ou divises operadas pelos legisladores, ou intrpretes, tm comoobjetivo bsico oferecer apenas um carter utilitrio.

    A bem da verdade, a classificao do Direito Tributrio como ramo do direitopblico, conquanto antiga e didtica, meramente utilitria, nem sempre oferecendo umparmetro certeiro de discriminao, no cotejo entre aquilo que pblico e o que ,de fato, privado. Alis, tem-se evidenciado hodiernamente a necessidade derelativizao da mencionada distino, haja vista a notria publicizao do direitoprivado.

    O binmio classificatrio direito pblico-direito privado vale, em verdade, paraindicar que a norma tributria, sendo pblica, possui certas caractersticas quesobressaem luz de dados critrios. Portanto, se a norma tributria pblica:

    (I) implica que o Estado parte da relao jurdica (critrio subjetivo);(II) traz em seu bojo a coatividade, ou seja, a imperatividade prpria das normas

    cogentes (critrio do contedo tutelado pela norma jurdica);(III) sinaliza que o interesse tutelado h de ser o interesse pblico (critrio do

    interesse amparado pela norma jurdica). Ainda quanto natureza, pode-se asseverar que o Direito Tributrio revela-se

    como um ordenamento obrigacional e comum.Com efeito, o Direito Tributrio um direito obrigacional, pois vincula o Estado

    ao contribuinte, em uma relao de ndole obrigacional, ou seja, em um liameestabelecido a partir da presena de partes (sujeito ativo e sujeito passivo), de

  • prestao (objeto) e de vnculo jurdico (causa), como elementos estruturais daobrigao tributria. Por sua vez, o Direito Tributrio um direito comum, haja vista afixao de regras de carter geral, visando atingir uma generalidade de pessoas esituaes.

    Note o item considerado CORRETO, em prova realizada pelo Ministrio Pblicode Minas Gerais (43 Concurso), para o cargo de Promotor de Justia, em 2003:So caractersticas do Direito Tributrio: o ordenamento de direito pblico;ordenamento de direito comum e ordenamento de direito obrigacional.

    1.4 O Direito Tributrio e sua autonomiaO Direito Tributrio desfruta de autonomia perante os demais ramos jurdicos.

    Apresenta-se, pois, como um direito autnomo, em face da homogeneidade de suaestrutura normativa e de seus preceitos elementares. No apenas um ramodidaticamente autnomo dos demais; frui, sem sombra de dvida, uma autonomiadogmtica ou cientfica (corpo de regras prprias orientadas por princpios jurdicosprprios, no aplicveis aos demais ramos da cincia jurdica[19]) e uma autonomiaestrutural (institutos dessemelhantes dos demais ramos do Direito).

    Ruy Barbosa Nogueira[20] assevera que foi especialmente depois da I GuerraMundial que o Direito Tributrio veio alcanar a situao de ramo jurdico autnomo,pelo contedo e pela forma, que hoje incontestavelmente possui.

    Paulo de Barros Carvalho[21], com mestria, assevera:(...) o direito tributrio positivo o ramo didaticamente autnomo do direito, integrado pelo conjuntodas proposies jurdico-normativas que correspondam, direta ou indiretamente, instituio,arrecadao e fiscalizao de tributos.

    Curiosamente, no faltam autores que defendem apenas a autonomia didtica[22],com exclusivismo. Independentemente da existncia de uma forma ou outra deautonomia, fato que sobejam os institutos genuinamente tributrios, que ratificam acondio do Direito Tributrio como um ramo cientfica e metodologicamenteautnomo: o lanamento, a consulta, a substituio tributria, a relao jurdico-tributria, o arbitramento etc.

    Note o item considerado CORRETO, em prova realizada pela Esaf, para o cargode Auditor Fiscal do Tesouro Nacional, em 1991: considerado autnomoapenas do ponto de vista didtico, relacionando-se com todos os demais ramosdado a unicidade do direito.Observao: no se mencionou a autonomia cientfica, por ns entendida comocorreta, mas nos pareceu que o item pretendia veicular a ideia central dadependncia, o que o torna correto.

    Nesse compasso, o legislador constituinte, em 1988, ao ratificar a noo de

  • autonomia, houve por bem quando disciplinou no art. 24, I:Art. 24. Compete Unio, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: I direito tributrio, financeiro (...).

    cedio que o Direito, em si, uno e indivisvel, entretanto, na busca da unidadedo Direito, percebe-se que o Direito Tributrio, cindvel que , longe est de sertotalmente independente em relao aos demais ramos da cincia jurdica e atmesmo de outras cincias.

    A esse propsito, Luciano Amaro[23] assevera: evidente que no se pode falarem autonomia deste ou daquele ramo do direito querendo significar que ele tenha vidaprpria e independente dos setores da cincia jurdica.

    Frise-se que a dependncia que marca o seu convvio com outras cincias no vaide encontro sua autonomia cientfica e estrutural perante os demais ramos doDireito, mas apenas sinaliza que patente a existncia de um grau de entrelaamento,um vis de harmonizao ou uma rea aberta interseco.

    Afirmar-se que o Direito Tributrio absolutamente autnomo (ou totalmenteautnomo ou, ainda, inteiramente independente) apostar em anlise precipitada eerrnea. O que h, em verdade, uma relativizao da autonomia, em face dacoexistncia no Direito Tributrio de realidades e institutos tipicamente particulares ede conceitos utilizados em outros ramos do Direito.

    Note o item considerado INCORRETO, em prova realizada pela Esaf, para ocargo de Auditor Fiscal do Tesouro Nacional, em 1991: Em relao ao Direitocomo um todo, o Direito Tributrio, totalmente independente dos demais ramos,possuindo metodologia prpria de interpretao e estruturao.

    Luciano Amaro[24], com argcia, prossegue no raciocnio:O ordenamento jurdico um todo uno, no se pode reconhecer vida prpria e independente anenhum de seus setores. Cada qual dos ramos do direito se relaciona com os demais, embora possaser tratado de maneira especializada e assumir ares de relativa autonomia.

    Na mesma direo, segue Jos Eduardo Soares de Melo[25], que assevera:O estudo, a compreenso e a aplicao do Direito Tributrio no podem ser realizados de formaunilateral e isolada das inmeras regras integrantes de demais segmentos jurdicos, uma vez que asnormas tributrias incidem e recaem sobre uma infinidade de preceitos e institutos do universojurdico, de natureza civil, comercial, trabalhista, previdenciria etc..

    Nesse diapaso, evidencia-se que o Direito Tributrio estabelece conexo com oDireito Constitucional, o Direito Financeiro , o Direito Administrativo, o DireitoPenal, o Direito Processual , o Direito Internacional Pblico, o Direito Civil e comoutras cincias.

    Note o item considerado INCORRETO, em prova realizada pela Esaf, para o

  • cargo de Auditor Fiscal do Tesouro Nacional, em 1991: Em relao ao Direitocomo um todo, o Direito Tributrio, vincula-se apenas ao Direito Administrativo eao Direito Constitucional, no se relacionando com os demais ramos.

    Da se afirmar, com boa dose de segurana, que o conhecimento do DireitoTributrio est longe de prescindir do estudo das demais regras do ordenamentojurdico, afetas s outras cincias jurdicas, pois o direito tributrio estvisceralmente ligado a todo o universo das regras jurdicas em vigor, no podendodispensar, nas suas construes, qualquer delas, por mais distante que possaparecer[26]. Mostram-se claudicantes quaisquer tentativas de legislar ou de seteorizar sobre o Direito Tributrio, bem como de o lecionar, se no se avocarem oselementos dogmtico-fundantes de outras searas da cincia jurdica.

    Vamos analisar, sucintamente, esses laos de convivncia com as demaiscincias:

    I. O Direito Tributrio e o Direito ConstitucionalH entre esses dois ramos do Direito uma ntima ligao, da qual despontam vrios

    pontos de interseco, v.g., os limites ao poder de tributar (princpios e imunidades), oestabelecimento dos preceitos especficos de certos impostos, as discriminaes dasrendas tributrias e das competncias impositivas, as espcies de tributos, entre outrasgeneralidades constitucionais da tributao.

    Para Kiyoshi Harada[27], o direito tributrio tem relao direta com o DireitoConstitucional por representar este o tronco da rvore Jurdica donde se originamtodos os ramos jurdicos.

    Nessa toada, segue Luciano Amaro[28], para quem a Constituio contm as basesdo ordenamento jurdico, nela que se encontra o prprio fundamento de validade dotributo. E, ainda, prossegue o autor[29], asseverando que o conjunto de normas sobretributos, contido na Constituio, compe o que se poderia chamar de direito tributrioconstitucional.

    II. O Direito Tributrio e o Direito FinanceiroH patente interligao entre esses dois ramos vizinhos do Direito, mantendo-se,

    entre eles, uma relao estreita[30]. O Direito Tributrio no se confunde com oDireito Financeiro, que sob certo aspecto pode ser tido como abrangente daquele ramojurdico[31].

    Enquanto o Direito Financeiro ncleo de derivao do Direito Tributrio umacincia jurdica que registra normativamente toda a atividade financeira do Estado,na busca de uma aplicao prtica, o Direito Tributrio, por sua vez, a cinciajurdica que, disciplinando o convvio entre o tesouro pblico e o contribuinte[32],dedica-se receita tributria, isto , parte mais desenvolvida daqueloutra

  • disciplina. Ademais, o Direito Financeiro e o Direito Tributrio se comunicam quandotratam, v.g., de receitas pblicas, entre outros temas.

    Note o item considerado CORRETO, em prova realizada pelo Cespe/UnB, para ocargo de Procurador do Estado de Alagoas (1 Classe), em 24-01-2009: O direitofinanceiro cuida do oramento, do crdito, da receita e da despesa no mbito daadministrao pblica.

    Vale dizer que o Direito Tributrio captulo desgarrado do Direito Financeiro,entretanto, semelhana da mxima segundo a qual o filho bom a casa torna, oDireito Tributrio mantm ntimo elo com o Direito Financeiro, pelo fato de teremprincpios gerais comuns e, afinal, um e outro disciplinarem setores da mesmaatividade: a atividade financeira[33].

    Para Luciano Amaro[34], possvel falar-se no direito tributrio, como ramoautnomo da cincia jurdica, segregado do direito financeiro. E prossegue oautor[35], referindo-se ao cotejo desses dois ramos do Direito: O direito tributrio apenas um setor do direito financeiro que, atingindo relativo grau de complexidade,passou a ser legislado em diploma normativo especfico (...).

    Urge mencionar, ademais, que o Direito Tributrio ramo jurdico que se liga, naperspectiva da instituio, arrecadao e fiscalizao dos gravames, a certosepisdios da cronologia tributria: ao nascimento, vida e morte do tributo. Aquiloque se distanciar de tais atividades no habitar o campo do Direito Tributrio,ingressando no espectro de abrangncia do Direito Financeiro.

    Note o item considerado CORRETO, em prova realizada pelo Instituto Pr-Municpio/CE, para o cargo de Fiscal Municipal de Tributos da Prefeitura dePacatuba/CE, em 2009: O Direito Tributrio o ramo do Direito que regula osistema tributrio e disciplina o lanamento, a arrecadao, fiscalizao eaplicao dos tributos.

    De fato, a destinao elemento irrelevante para classificar juridicamente ostributos, dando-lhes esta ou aquela roupagem tributria, conforme o art. 4, II, do CTN,segundo o qual:

    Note o item considerado INCORRETO, em prova realizada pelo TJ/DFT, para ocargo de Juiz de Direito Substituto do Distrito Federal e Territrios, em 04-112007:A destinao legal do produto da arrecadao do tributo essencial para adeterminao de sua natureza jurdica.Note o item considerado INCORRETO, em prova realizada pelo Cespe/UnB, parao cargo de Analista do Serpro (Especializao: Advocacia), em 07-12-2008: Adefinio de tributo depende da destinao legal do produto de sua arrecadao.

    Art. 4: A natureza jurdica especfica do tributo determinada pelo fato gerador da respectivaobrigao, sendo irrelevantes para qualific-la: (...) II a destinao legal do produto da sua

  • arrecadao. (grifos nossos)

    Sendo assim, o destino do importe arrecadado, a ttulo de tributo, h de ser cuidadopor diverso ordenamento jurdico, e no pelo Direito Tributrio. Este s se ocupa dosmomentos que se antepem extino do liame fiscal, no se atendo poltica do gastoestatal.

    Note o item considerado INCORRETO, em prova realizada pela FCC, para ocargo de Procurador do Estado de 2 Classe de Sergipe, em maio de 2005:Direito Tributrio o conjunto de normas que regula o destino dos valoresarrecadados a ttulo de tributo dentro da mquina do Estado.

    A esse propsito, Sacha Calmon[36] discorre com clareza:

    O que o Soberano, o Prncipe, o Estado, enfim, faz ou deixa de fazer com o dinheiro arrecadado dosparticulares , para o Direito Tributrio, res inter allios e, realmente, no interessa. O destino dotributo, sua aplicao mera providncia de tesouraria, como diria o inesquecvel justributaristabaiano Amlcar de Arajo Falco. Importante o momento da imposio; o motivo jurdico dapercepo do gravame pelo Estado. Tributo prestao pecuniria imposta aos particulares, e isso srio, serssimo.

    III. O Direito Tributrio e o Direito AdministrativoH um forte elo entre essas disciplinas jurdicas, no que toca ao funcionamento dos

    rgos da administrao pblica. At mesmo o setor exclusivamente especfico,prprio da disciplina do funcionamento dos rgos da atividade pblica, mantmrelaes com o Direito Tributrio[37].

    De fato, o contexto ftico que envolve o rgo tributrio as reparties eservidores , nas atividades impositivas de arrecadao e fiscalizao dos tributos, emrazo do fato de serem tarefas administrativas, sujeitam-se s normas disciplinares doDireito Administrativo.

    Sendo assim, o Direito Tributrio, dando embasamento para os diversosprocedimentos impositivo-tributrios[38], trata especialmente da organizaoadministrativa tributria, do lanamento e do controle administrativo ou fiscalizao,dispondo tambm sobre as relaes entre funcionrios fiscais e contribuintes[39].

    Por derradeiro, frise-se que, no obstante a forte ligao entre as duas mencionadasdisciplinas jurdicas, no se pode afirmar que o Direito Tributrio Positivo ramodidaticamente dependente do Direito Administrativo, uma vez que regulaobrigatoriamente a ao do Estado para a cobrana do Tributo.

    A assertiva foi considerada INCORRETA, em prova realizada pelo CEJUR/PGE-GO, para o cargo de Procurador do Estado de Gois (8 Concurso), em 02-04-2000.

  • IV. O Direito Tributrio e o Direito PenalH clara intimidade entre o Direito Tributrio e o Direito Penal, na medida em que

    o primeiro, marcado pela compulsoriedade na tributao, d margem aplicao desanes, em caso de inadimplemento obrigacional ou de infrao tributria, v.g., apriso, a multa, o regime especial de fiscalizao, a interdio, o perdimento de bens,a apreenso de coisas etc.

    No h dvida de que subsiste vigoroso elo entre o Direito Penal e o DireitoTributrio, principalmente quanto interpretao dos chamados crimes tributrios,como tambm interpretao e aplicao das infraes fiscais que capitulam penaspecunirias[40]. Esse forte nexo leva o estudioso do Direito Tributrio a bem trafegarem terreno do Direito Penal, ao lidar com os conceitos e institutos que lhe sogenunos, v.g., contrabando, descaminho, apropriao indbita, entre outros, sem contaraqueles delitos de ordem precipuamente tributria, ali tratados, por exemplo, oexcesso de exao[41].

    Note o item considerado CORRETO, em prova realizada pela Universidade doEstado de Mato Grosso (Unemat), para o Cargo de Agente de Tributos Esta-duais/MT, em 1-06-2008: Se o funcionrio exige tributo ou contribuio social quesabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrana meiovexatrio ou gravoso, que a lei no autoriza, desviando-o, em proveito prprio oude outrem, pratica o delito de excesso de exao.Observao: item semelhante foi solicitado em (I) prova realizada pela Vunesp,para a Outorga de Delegaes de Notas e de Registros do Estado de So Paulo(6 Concurso TJ/SP), em 30-08-2009, e em (II) prova realizada pelo Cespe/UnB,para o cargo de Agente Fiscal de Tributos Municipais da Prefeitura de Teresina/PI,em 18-05-2008.

    Evidencia-se, assim, que em muitos pontos no se v o Direito Tributrio, semenxergar o Direito Penal, sendo este o necessrio pano de fundo daquele, eminmeras questes jurdicas que avocam a interdisciplinaridade. Paradoxalmente, oestudo de um tem provocado repulsa anlise do outro, por parte dos operadores doDireito. Parafraseando o estimado professor Hugo de Brito Machado[42], ospenalistas geralmente pouco conhecem do Direito Tributrio, e os tributaristas quasenada sabem do Direito Penal.

    V. O Direito Tributrio e o Direito ProcessualTorna-se fcil perceber a conexo dogmtica entre o Direito Tributrio e o Direito

    Processual, na medida em que a tributao, naturalmente, abre-se para a resistncia, eesta, para a composio de litgios, no palco do contraditrio e da ampla defesa.

    Para Ruy Barbosa Nogueira[43], na tela judiciria, as aes fiscais so regidaspelo CPC. Na tela administrativa, existe uma regulamentao dos procedimentos,regulamentao essa que inspirada e se harmoniza mesmo com muitos institutos do

  • Direito Processual, (...).Ao Direito Processual incumbe a estipulao de regramentos que nortearo o iter

    procedimental da lide tributria, quer na seara do processo administrativo fiscal, querna rbita judicial neste caso, em si, no curso das aes judiciais, e.g., em mandadode segurana, em ao declaratria, em ao anulatria, em ao repetitria, em aoconsignatria, em embargos execuo fiscal, entre outras.

    VI. O Direito Tributrio e o Direito Internacional PblicoH forte lao comunicante entre as searas jurdicas em destaque, uma vez

    imprescindvel o devido tratamento a ser dado aos tratados e convenesinternacionais, com o fito de inibir a bitributao internacional, ao lado da inafastvelnecessidade de sistematizao dos impostos aduaneiros, perante suas implicaes noplano econmico interno.

    VII. O Direito Tributrio e o Direito CivilH ntima articulao entre essas esferas jurdicas, principalmente, no aspecto

    material do fato gerador, ligado aos conceitos de propriedade e transmisso de bensmveis e imveis, de compra e venda de imveis[44], de prestao de servios, entreoutros.

    Para Kiyoshi Harada[45], o direito tributrio tem conexes com o Direito Civil,no qual foi buscar vrias de suas categorias jurdicas, muitas vezes, vinculando aestrutura privada desses conceitos estrutura do direito pblico.

    VIII. O Direito Tributrio e outros ramos cientficosO Direito Tributrio no se mostra, igualmente, infenso a implicaes oriundas de

    outras searas cientficas. Abaixo, citamos apenas trs ramos cientficos Cincia dasFinanas, Merceologia e Economia , entre vrios existentes (Poltica, Histria,Sociologia, Contabilidade, Estatstica etc.), a fim de que o leitor perceba o vis deentrelaamento com o Direito Tributrio:

    (I) Cincia