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MANUAL DE PROCESSO DE ESCOLHA DE PASTOR FUNDAMENTAÇÃO Temos, como povo Batista, a prerrogativa de possuirmos igrejas autônomas em suas decisões. No entanto, a história nos revela que algumas de nossas igrejas acabam errando em importantes decisões, o que, talvez, se deva ao fato de falta de instrução em como proceder em suas demandas. Em face dessa realidade, com o objetivo de salvaguardar nossas igrejas, a AIBANORPA viabiliza, através deste instrumento diretivo, orientações às igrejas de como procederem em caso de sucessão pastoral. Deus promete dar um pastor para o seu povo - Jeremias 3.15 - e está pronto a cumprir sua promessa, basta que o mesmo o busque e se organize para discernir a sua vontade. Na sequência apresentamos algumas diretrizes que podem ajudar num processo bem sucedido para a escolha do pastor. PROCESSO DE SUCESSÃO PASTORAL 1. A igreja deve colocar-se em oração. a. Utilizando-se de todas as ocasiões e oportunidades para tal fim. 2. Informar a AIBANORPA sobre sua nova necessidade a. Esta comunicação pode ser feita ao presidente da AIBANORPA, via telefone, ou mesmo ao Coordenador. b. A AIBANORPA possui um Coordenador que pode, e deve assessorar a igreja neste processo, uma vez que uma das suas atribuições é exatamente a de auxiliar as igrejas neste momento importante, munindo-a de todas as informações necessárias para este momento. 3. Escolha, em Assembleia, do Pastor Interino. a. O Pastor Interino deve ser alguém sem pretensões ao pastorado efetivo da igreja. b. O Coordenador da AIBANORPA poderá exercer esta função, dentro de suas possibilidades, e/ou indicar alguém. Em caso de escolha do Coordenador para o exercício desta função, a igreja deverá, tão somente, arcar com as despesas de locomoção e estadia do mesmo. c. O pastor interino não será, necessariamente, presidente da igreja. Agirá como conselheiro da diretoria, principalmente do Vice-presidente, exercendo as atividades precipuamente pastorais da igreja, enquanto esta escolhe o seu novo ministro efetivo. Assim, escala de pregadores, ordem do culto, pastores convidados para pregar, ceia, batismo, aconselhamento, matrimônio, funerais, teriam sempre a presença desse pastor que daria andamento normal a tais atividades eclesiásticas. Com isso, a diretoria da igreja teria sua tarefa enormemente facilitada, pois passaria praticamente a responsabilizar-se pelas atividades administrativas.

Manual de Escolha de Pastor Ou Sucessao Pastoral

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Page 1: Manual de Escolha de Pastor Ou Sucessao Pastoral

MANUAL DE PROCESSO DE ESCOLHA DE PASTOR

FUNDAMENTAÇÃO Temos, como povo Batista, a prerrogativa de possuirmos igrejas autônomas em suas decisões.

No entanto, a história nos revela que algumas de nossas igrejas acabam errando em importantes decisões, o que, talvez, se deva ao fato de falta de instrução em como proceder em suas demandas.

Em face dessa realidade, com o objetivo de salvaguardar nossas igrejas, a AIBANORPA viabiliza, através deste instrumento diretivo, orientações às igrejas de como procederem em caso de sucessão pastoral.

Deus promete dar um pastor para o seu povo - Jeremias 3.15 - e está pronto a cumprir sua promessa, basta que o mesmo o busque e se organize para discernir a sua vontade. Na sequência apresentamos algumas diretrizes que podem ajudar num processo bem sucedido para a escolha do pastor. PROCESSO DE SUCESSÃO PASTORAL

1. A igreja deve colocar-se em oração.

a. Utilizando-se de todas as ocasiões e oportunidades para tal fim.

2. Informar a AIBANORPA sobre sua nova necessidade

a. Esta comunicação pode ser feita ao presidente da AIBANORPA, via telefone, ou mesmo

ao Coordenador.

b. A AIBANORPA possui um Coordenador que pode, e deve assessorar a igreja neste

processo, uma vez que uma das suas atribuições é exatamente a de auxiliar as igrejas

neste momento importante, munindo-a de todas as informações necessárias para este

momento.

3. Escolha, em Assembleia, do Pastor Interino.

a. O Pastor Interino deve ser alguém sem pretensões ao pastorado efetivo da igreja.

b. O Coordenador da AIBANORPA poderá exercer esta função, dentro de suas

possibilidades, e/ou indicar alguém. Em caso de escolha do Coordenador para o

exercício desta função, a igreja deverá, tão somente, arcar com as despesas de

locomoção e estadia do mesmo.

c. O pastor interino não será, necessariamente, presidente da igreja. Agirá como

conselheiro da diretoria, principalmente do Vice-presidente, exercendo as atividades

precipuamente pastorais da igreja, enquanto esta escolhe o seu novo ministro efetivo.

Assim, escala de pregadores, ordem do culto, pastores convidados para pregar, ceia,

batismo, aconselhamento, matrimônio, funerais, teriam sempre a presença desse pastor

que daria andamento normal a tais atividades eclesiásticas. Com isso, a diretoria da

igreja teria sua tarefa enormemente facilitada, pois passaria praticamente a

responsabilizar-se pelas atividades administrativas.

Page 2: Manual de Escolha de Pastor Ou Sucessao Pastoral

4. Análise da Situação Real da Igreja.

a. Antes da imediata busca e consequente escolha do novo pastor, seria interessante a

realização de um levantamento amplo e real da situação geral igreja. O Pastor Interino,

Diretoria da Igreja e a Comissão de Exame de Contas poderiam elaborar e apresentar a

toda a igreja, um relatório global do último período, que servisse até como uma espécie

de parecer de auditoria sobre a administração do pastor anterior. De posse de tais

dados o grupo poderia até mesmo sugerir soluções que visem principalmente,

estabilizar o trabalho para o próximo ministério a ser iniciado.

b. Tal levantamento permitiria saber como andam os compromissos financeiros da igreja

com as entidades governamentais, encargos sociais, contribuições ou tributos

obrigatórios. Recolhimento de INSS, FGTS dos funcionários (caso os tenha), cooperação

denominacionais (Ofertas Missionárias, Plano Cooperativo, Contribuição para a

Associação). E ainda, documentação obrigatória em dia: Alvará de localização, estatutos

e regimento interno, manual administrativo, escritura dos terrenos e prédios, contratos

em andamento, livros de atas, quadro atualizado de membros da igreja, relação de

contribuições mensais, arquivo geral ordenado e em condições de exame, horários de

atividades internas e externas etc.

c. Um levantamento “espiritual” da igreja também seria salutar nesse ínterim. Há

ressentimentos entre membros da igreja? Grupos divididos? Opiniões contrárias a

respeito de trabalhos em andamentos? A hora deve ser de convite à maturidade e

reflexão, chamando-se todos os envolvidos para, com isenção, honestidade e

compreensão, encontrarem respostas que venham a colaborar na construção de uma

atmosfera de paz e trabalho produtivo. Embora seja uma tarefa mais para a atuação

pastoral, a diretoria, através de seus membros mais experimentados e prestigiados na

igreja, deve procurar agir neste sentido.

a. Os problemas de disciplina eclesiástica estão ocorrendo? Membros afastados,

casamentos indevidos, testemunhos incorretos diante da sociedade, costumes e hábitos

inadequados sendo assumidos por algum membro? A diretoria não pode fechar os olhos

a isto. Esperar o pastor chegar para resolver é, simplesmente, armar uma bomba

relógio que, com o tempo, ganhará maior poder de explosão. Com amor e autoridade, o

pastor interino e a diretoria devem reunir-se com as pessoas em pauta, e tentar

encontrar soluções cabíveis à vida cristã eclesiástica. Em casos de problemas mais

delicados, poderão até convidar outro pastor amigo da igreja para aconselhá-los e até

participar da conversa, mas nunca, pura simplesmente, deixar o assunto na gaveta. O

que não pode acontecer é a liderança se eximir de atuar nesses e outros problemas de

cunho mais eclesiástico, considerando que tais situações são mais da competência do

novo pastor que vai chegar. Ainda que sob o prisma organizacional isto fosse o melhor,

o fato é que estamos numa situação emergencial, e diante da ausência pastoral, que

pode estender-se durante mais ou menos tempo, a diretoria da igreja, sob a supervisão

do pastor interino, deve assumir com responsabilidade e critério a condução de tais

assuntos.

Page 3: Manual de Escolha de Pastor Ou Sucessao Pastoral

5. Eleição de Comissão para Moderação da Escolha do novo Pastor

a. A Comissão para Moderação da Escolha do Novo Pastor deverá encarregar-se das ações

de pesquisa, contatos, averiguações e definições de parâmetros para que se defina um

nome a ser levado à apreciação da igreja.

b. Esta deverá agir com: Neutralidade; Discernimento Espiritual e Discrição.

c. É salutar que esta comissão seja bem diversificada para que haja uma boa

representatividade de todos os ministérios da igreja.

d. Esta comissão deverá analisar previamente alguns dados importantes sobre os

candidatos1, principalmente sua Filiação na Ordem dos Pastores Batistas do

Brasil. (Para tanto, solicitar ao candidato: Cópia da sua carteira da OPBB

junto com cópia da Ata de sua ordenação ao Ministério Pastoral)

e. Seria muito oportuno que a igreja adequasse seu Estatuto no sentido de estabelecer

que o pastor da igreja deva, obrigatoriamente, ser filiado à Ordem dos

Pastores Batistas do Brasil. E que o mesmo perderá o pastorado e a

presidência da igreja, automaticamente, em caso de exclusão da OPBB.

Sugestão de Artigos para incluir no estatuto da igreja:

“Para ser o seu pastor, líder e guia espiritual dentro das especificações do Novo

Testamento, a igreja, em Assembleia Geral, elegerá um pastor batista da mesma fé e

ordem, filiado a Ordem dos Pastores Batistas do Brasil, o qual, uma vez aceitando o

convite e devidamente empossado, exercerá com fidelidade doutrinária o pastorado,

enquanto bem servir, a critério da igreja”.

“Em caso de desfiliação do pastor da OPBB, o mesmo perderá, automaticamente, o

pastorado e a presidência da igreja.”

f. Antes de fazer contato com o candidato, a comissão deverá solicitar um documento

formal de referência da subseção OPBB de origem do candidato. Tal referência

deverá ser encaminhada sob a intermediação da OPBB subseção Noroeste, através da

sua diretoria.

g. A igreja deverá informar ao candidato que o seu nome será submetido ao

parecer da ordem dos pastores subseccional Noroeste do Paraná, para

certificação de seus dados e antecedentes.

h. Que a igreja aceite apenas candidatos que se submetam ao processo

avaliativo da igreja auxiliada pela ordem dos pastores.

i. A Igreja deverá apenas considerar nomes de candidatos que, após análise da

OPBB, sejam considerados pela mesma como aptos para exercer pastorado

batista.

1 Veja o Anexo 01 - Dados a serem analisados pela comissão de sucessão pastoral.

Page 4: Manual de Escolha de Pastor Ou Sucessao Pastoral

j. Após levantamento feito, a comissão deverá fazer uma votação dos candidatos mais

aptos, levando em conta o perfil da igreja.

k. É muito importante que a comissão leve apenas um candidato de cada vez. Se levar

dois, já terá uma divisão no plenário e isto dificultará, futuramente, o ministério

pastoral do candidato vencedor.

6. Processo de Eleição do Pastor

a. A comissão deve propor preliminarmente um percentual em torno de 75% de votos

favoráveis para a aprovação do candidato, caso o Estatuto da igreja não o estabeleça;

b. É salutar um encontro informal com o nome indicado antes da votação em plenária,

onde a igreja poderá ter uma conversa com o mesmo2 para conhecê-lo melhor, bem

como se fazer conhecida.

c. Não sendo aprovado pela assembleia o candidato levado pela comissão, ela retoma o

processo com o 2º nome da lista antes elaborada.

d. É preciso verificar o estatuto da igreja para conhecer o quorum exigido e com quantos

dias de antecedência a assembleia precisa ser convocada.

7. A elaboração da Carta Convite3

a. Dados que precisam ser definidos e documentados na carta convite

b. FUNDAMENTAÇÃO:

i. Segundo a Palavra, o pastor cuida do rebanho, como quem deve prestar contas

a Deus.

ii. Hebreus 13:17 - Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles;

pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto

com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros.

iii. No entanto, quem cuida do Pastor? A igreja precisa entender que, prover com

dignidade a casa e a família pastoral é uma tarefa sua.

iv. É evidente que a relação Pastor e Igreja não constitui vínculo empregatício, mas

sim uma união consensual para a execução de uma obra que ambos entendem

ser espiritual. Porém, com o intuito de solucionar problemas futuros e esclarecer

papéis, é salutar que os pontos abaixo sejam discutidos amplamente pela igreja,

documentados em ata e consequentemente na carta convite.

v. É importante esclarecer que a IGREJA NÃO É OBRIGADA a oferecer todos os

pontos, mas sim manifestar-se sobre como tratará cada um deles. Isso auxiliará

a decisão pastoral e tornará transparente a relação Pastor/Igreja para todos os

membros.

vi. A igreja deve, dentro de suas possibilidades, estudar como tratará cada ponto, e

em casos de dificuldades momentâneas para atender a qualquer um deles,

poderá documentar a intenção de rever em prazo posterior estipulado.

2 Veja o Anexo 04 - Perguntas para uma entrevista com o indicado a pastor da igreja

3 Veja anexo 02 – Modelo de Carta Convite

Page 5: Manual de Escolha de Pastor Ou Sucessao Pastoral

vii. Agindo assim a igreja se resguarda de problemas futuros, uma vez que, vale o

que está escrito.

Pontos a serem discutidos e deliberados pela igreja para a confecção da carta convite:

REMUNERACAO

o Em caso de incidência de Imposto de Renda – Quem arcará com a despesa?

DATA-BASE de reajuste salarial e ÍNDICE padrão para o reajuste.

o Exemplo: Reajuste todo o mês de MARÇO (Data-Base) – Índice utilizado para reposição

inflacionária: INPC ou outro índice de Inflação acumulado nos últimos 12 meses

o Existirá algum tipo de aumento real? De quanto em quanto tempo?

FÉRIAS

o O pastor poderá receber 1/3 da sua remuneração como abono de férias, o qual deverá

ser pago dias antes do período de gozo de férias juntamente com a remuneracao do

mês em andamento.

PLANO DE SAÚDE

o Haverá algum tipo de plano de saúde para o pastor ou para a família pastoral?

AUXÍLIO COMBUSTÍVEL

o O Valor será em dinheiro ou em litros de combustível?

o Será necessária comprovação fiscal todo o mês ou será incorporado ao salário?

AUXÍLIO MANUTENÇÃO DO VEÍCULO

o Seguro; Peças; Óleo; IPVA; etc.

DESPESAS COM REUNIÕES DENOMINACIONAIS.

o Ex. Reuniões de Associação ou outras que visam o bom andamento da denominação

em sua região.

EVENTOS DA IGREJA

o Em caso da igreja promover almoços, festas, retiros, ou algo do gênero, os quais serão,

automaticamente, pagos pelos membros. É salutar que a família pastoral seja isenta de

tal pagamento, uma vez que, qualquer membro da igreja, por dificuldades financeiras,

poderá optar livremente por não participar, enquanto o pastor não terá essa

possibilidade.

Participações do Pastor e Esposa em CONGRESSOS DA DENOMINAÇÃO.

o Pastor também precisa se qualificar!

o A igreja precisa pensar nesse investimento, pois ela será a maior beneficiada.

Page 6: Manual de Escolha de Pastor Ou Sucessao Pastoral

SAÍDAS PASTORAIS

o Estipular um número “X” de saídas no ano é salutar. Isso evitará discussões em

assembleias.

o Ex. 3 saídas ao ano. (Necessidades extras deverão ser tratadas em assembleia)

FGTM – Fundo de Garantia por Tempo de Ministério (Poupança em nome do Pastor, da

Igreja ou em conjunto entre ambos)

o O padrão é 8% a 10% do salário. Esta poupança não está vinculada ao Regime do

FGTS. É tão somente uma ideia similar para auxiliar o pastor em casos de eventuais

necessidades, a critério da igreja, enquanto pastor, ou liberado instantaneamente no

caso do mesmo deixar o ministério local. Este fundo poderá ser usado pelo pastor, para

compra de imóvel ou outras necessidades, como um tratamento médico. Em qualquer

caso, sempre com o aval da igreja.

INSS

o Algumas igrejas têm por regra auxiliar o pastor, mesmo que de forma parcial, no

recolhimento.

o Recolhimento conforme lei do profissional Autônomo: 20%

Seriedade e transparência devem ser atributos do povo de Deus. A Bíblia diz que devemos ser

prudentes. Quanto mais profissionais formos, no trato das coisas de Deus aqui na terra, mais seremos bons despenseiros das coisas do Reino. Cremos que agindo assim, estaremos agradando o dono da Igreja – ou seja, o Senhor Jesus Cristo.

8. Termo de Posse no Pastorado da Igreja4

a. É importante a confecção deste na ocasião do culto de posse do novel pastor, bem

como sua leitura e assinatura no ato de posse.

b. Após a posse do pastor em igreja filiada a AIBANORPA o mesmo deverá, conforme

orientação da OPBB, transferir imediatamente sua filiação à OPBB subseção NOROESTE.

9. Orientação final.

a. A AIBANORPA sugere que todas as igrejas filiadas façam as devidas correções

indicadas neste documento em seus Estatutos e que votem em assembleia

ordinária a obrigatoriedade da utilização deste manual de procedimentos em

caso de sucessão pastoral.

Documento elaborado pelo Conselho Doutrinário da AIBANORPA:

Relator: Pr. Silvio Arnold Hinz

Membros: Pr. Izaias Venâncio da Luz

Pr. José Carlos Gerhard Matos Pr. Paulo Nogueira Real

Pr. Wilson Noro da Silva Pr. Claudio Gomes Ribeiro

4 Veja o Anexo 03 – Modelo de Termo de Posse do Pastor

Page 7: Manual de Escolha de Pastor Ou Sucessao Pastoral

ANEXO 01 – Dados a serem analisados pela Comissão de Sucessão Pastoral Um pastor é um homem sujeito a erros como todos os demais. Entretanto, há de se observar requisitos vitais, básicos e alguns outros peculiares às características da igreja. I) REQUISITOS VITAIS, ELIMINATÓRIOS. Ao se detectar a inexistência de um único destes itens é aconselhável que a Comissão abandone o nome em consideração: 1) Convicção de chamada para o ministério pastoral; 2) Habilidade para a liderança; 3) Caráter irrepreensível; 4) Boa formação teológica e firmeza doutrinária; 5) Espírito de servo; 6) Emocionalmente saudável; 7) Ensinável; 8) Trabalhador e comprometido com o Reino; 9) Formador de liderança (educador). II) REQUISITOS IMPORTANTES, Que precisam ter uma explicação: 1) Não ser filiado na Ordem dos Pastores Batistas do Brasil; 2) Ser divorciado; 3) Ter algum filho não integrado à igreja; 4) A igreja onde pastoreia ou pastoreou não coopera com a Denominação; 5) Desequilíbrio na vida financeira; III) REQUISITOS PECULIARES, NÃO NECESSARIAMENTE IMPEDITIVOS. Há casos históricos em que pastores com e sem essas características desenvolveram ministérios muito abençoados. Estes itens, ou a ausência deles, podem influenciar, positiva ou negativamente, dependendo das preferências e características da igreja: 1) Ser membro atuante em outras organizações, eclesiásticas ou não; 2) Ser casado; 3) Enfatizar um ministério especifico: jovens, missões, evangelismo, administração, etc; 4) Disposição para dedicar tempo integral ao ministério da igreja; 5) Enfatizar um modelo de administração eclesiástica: igreja com propósito, em células, tradicional etc. IV) CRITÉRIOS DISPENSÁVEIS: 1) Idade do pastor; 2) Cor da pele; 3) Já ter pastoreado uma igreja; I Timóteo 3.1-7, 14,15; Tito 1.6-11 e I Pedro 5.1-4 Este anexo é parte do documento: MANUAL DE ESCOLHA DO PASTOR, organizado por: Lécio Dornas e Juracy Carlos Bahia. Aprovado

pelo Conselho da CBB e publicado no Livro da Convenção da Assembleia da CBB de Niterói-2011.

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ANEXO 02 – Modelo de Carta Convite

Cidade, data.

Prezado pastor ____________ "Estabelecerei sobre eles pastores que cuidarão deles. E eles não mais terão medo ou pavor, e nenhum deles faltará", declara o SENHOR. (Jer. 23:4) Saudações no Senhor

É com enorme alegria que comunicamos ao irmão que a NOME DA IGREJA, em assembléia extraordinária, especialmente convocada para tratar do assunto de escolha de pastor, decidiu por unanimidade convidar o irmão para ser o seu pastor titular e o seu presidente.

Mesmo desejado oferecer mais, como é digno, nosso orçamento permite oferecer para o seu sustento a quantia de R$ __________ mensais, além das vantagens tradicionais: 13o, INSS, FGTM, 1/3 sobre as férias, verba para combustível e telefone e a casa.

Quanto à escolha da casa, desejamos fazer em comum acordo com o irmão e sua família.

Quanto ao FGTM, o irmão poderá escolher depositar em uma poupança em nome da Igreja e do irmão, conjuntamente, para ser retirado no dia em que o irmão deixar o ministério ou poderá abrir uma conta de previdência complementar, a seu critério.

Fazemos questão que o irmão tire um dia semanalmente para descanso, a seu critério, e um mês de férias, anualmente, que poderá ser dividido em dois períodos, se desejar.

Fazemos questão também que, conforme recomendação da OPBB, o irmão participe, preferencialmente duas vezes por ano, de oportunidades de capacitação ou treinamento. Nossa igreja terá prazer em custear estas despesas, mediante possibilidades orçamentárias. É importante que o irmão esteja integrado à OPBB e nos ajude a, como igreja, estarmos integrados à CBB e às suas organizações.

Nossa oração continua é que o Senhor oriente a sua decisão.

No Senhor Jesus

Assinaturas do presidente em exercício da Igreja e do Secretário de Atas.

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ANEXO 03 – Modelo de Termo de Posse do Pastor

Nome do Pastor

Diante do Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito, e da assembleia solene da Igreja________________, eleito pelo voto democrático desta igreja, e consciente da vontade de Deus para minha vida e meu ministério, eu, [nome do pastor], brasileiro, estado civil, portador da cédula de identidade _____________, expedida pelo _____________, em ____________ e CPF _______________, residente e domiciliado na Rua_________________________ – CEP __________, assumo o pastorado e a presidência da Igreja__________________, e prometo:

Depender de Deus, da graça de Jesus Cristo e do poder do Seu Espírito para o exercício do meu ministério e direção desta igreja;

Aceitar a Bíblia Sagrada como única regra de fé e conduta e repositório da verdade que hei de pregar, ensinar e compartilhar em meu ministério;

Aceitar como fiel às Sagradas Escrituras, a Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira; Aceitar, cumprir e fazer cumprir o Estatuto da Igreja____________________ e suas normas administrativas; Dedicar-me à pregação e ao ensino da Palavra de Deus, todos os dias de meu pastorado, alimentando-me e

alimentando o meu povo com as Sagradas Letras, interpretadas à luz da Pessoa e dos Ensinos de Jesus Cristo; Se um dia e por desventura descrer da Palavra de Deus e das doutrinas de nossa fé, deixar o ministério e, em paz, a

Igreja de Jesus Cristo; Cuidar da vida espiritual e o adequado sustento de minha família, de modo que não seja réprobo perante a igreja

que venha e ensinar e pregar.

Nome e assinatura do Pastor

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ANEXO 04 - Perguntas para uma entrevista com o indicado a pastor da igreja

1) Como foi sua chamada para o ministério? 2) Fale-nos um pouco sobre sua família e a relação dela com o seu ministério. 3) Qual seria o seu dom espiritual preponderante? 4) Em que momentos de sua vida, o irmão experimentou maior crescimento espiritual? 5) Em seu ministério, em quais as áreas da igreja o irmão tem percebido maior progresso? 6) O irmão poderia falar um pouco sobre sua prática devocional, sobre como discerne a presença e a vontade do Senhor? 7) Há algum ponto da Declaração Doutrinária da CBB ou da prática batista que o irmão não concorda plenamente? 8) Como o irmão definiria sua pregação? É mais expositivo ou temático? Como o irmão faz para, pessoalmente, crescer nesta área? 9) Como tem sido a vida devocional da igreja dirigida pelo irmão? 10) Qual a taxa de crescimento por batismo em seu ministério? 11) Poderia comentar sua visão quanto ao evangelismo, adoração, educação religiosa e ação social? 12) O irmão teria alguma opinião formada sobre o ministério colegiado e trabalho em equipe? 13) Como a igreja deve participar da vida política na cidade? 14) Como o irmão considera a participação denominacional da igreja? 15) Como deve a igreja tratar as controvérsias? 16) Qual a sua visão quanto ao dom de línguas e outras ênfases pentecostais? 17) Como o irmão tem lidado com lutas na igreja por conta de estilos de culto? 18) O que o irmão entende por ministério de dedicação exclusiva? 19) O irmão entende que a igreja precisa aplicar disciplina em certos casos? 20) Qual a sua visão quanto às assembleias deliberativas da igreja? 21) Que reclamações fazem os que discordam de seu estilo ministerial? 22) O irmão é comprometido com o dia de descanso e com suas férias? 23) O que o irmão espera de sua igreja? 24) O que o irmão enumera como os pontos que mais prejudicam a paz e a fraternidade na igreja? 25) O que é integridade? 26) O que um pastor pode fazer para guardar sua reputação? 27) Como tem sido o envolvimento das igrejas sob o seu ministério com a obra missionária? Quais as ofertas com relação ao orçamento da igreja? Quantas novas igrejas organizadas? 28) Em sua opinião, como deve ser a vida financeira de um pastor?

Este anexo é parte do documento: MANUAL DE ESCOLHA DO PASTOR, organizado por: Lécio Dornas e Juracy Carlos Bahia. Aprovado pelo Conselho da CBB e publicado no Livro da Convenção da Assembleia da CBB de Niterói-2011.