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Unidade de Acesso à Inovação e Tecnologia - Sebrae DF Programa Sebrae de Eficiência Energética Set. 2014 Revisão 00 Faz parte desta metodologia a identificação e de oportunidades concretas e a implantação de ações para economia de energia elétrica.

Manual de Formatação e Estrutura dos Volumes da ...intranet.df.sebrae.com.br/download/Lupa/2015/Eficiencia... · Web viewA energia elétrica é a principal fonte na maior parte

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Unidade de Acesso à Inovação e Tecnologia - Sebrae DF

Programa Sebrae de Eficiência Energética

Set.2014

Revisão 00

Faz parte desta metodologia a identificação e de oportunidades concretas e a implantação de ações para economia de energia elétrica.

© 2014 Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal – SEBRAE DFTodos dos direitos reservadosA reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei n. 9610).

Informações e contatosServiço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal – SEBRAE no DF

Unidade de Acesso à Inovação e Tecnologia - UAIT SIA Trecho 3 Lote 1.580 - CEP 71200-030 - Brasília/DFTel.: (61) 3362.1660www.sebrae.com.br

José Luiz Diaz FernandezPresidente do Conselho Deliberativo

Antônio Valdir Oliveira FilhoDiretor Superintendente do SEBRAE no DF

Rodrigo de Oliveira SáDiretor de Atendimento do SEBRAE no DF

Maria Eulália FrancoDiretora de Gestão e Produção do SEBRAE no DF

Flavia Martins de B FirmeGerente da Unidade de Acesso a Inovação e Tecnologia

Jorge Adriano Soares da SilvaCoordenação

Catharina MacedoDiagramação do Conteúdo

Mariana Nogueira – MN Quality Consultoria Ltda.Editoração

Programa Sebrae de Eficiência Energética

Unidade de Acesso à Inovação e Tecnologia Sebrae DF

Setembro de 2014

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SUMÁRIO

SUMÁRIO--------------------------------------------------------------------------------------------------------1Capítulo 1 - INTRODUÇÃO----------------------------------------------------------------------------------3Capítulo 2 - DISPOSIÇÕES GERAIS---------------------------------------------------------------------4Capítulo 3 - PREMISSAS------------------------------------------------------------------------------------6

4.1. Iluminação------------------------------------------------------------------------------------------------------- 74.2. Climatização-----------------------------------------------------------------------------------------------------84.3. Na Fábrica-------------------------------------------------------------------------------------------------------8

Capítulo 4 - OBJETIVOS DA CONSULTORIA--------------------------------------------------------104.1. Objetivo Geral-------------------------------------------------------------------------------------------------104.2. Objetivo do Diagnóstico Energético---------------------------------------------------------------------104.3. Objetivo do Projeto Executivo-----------------------------------------------------------------------------10

Capítulo 5 - JUSTIFICATIVA DA CONSULTORIA---------------------------------------------------11Capítulo 6 - METODOLOGIA------------------------------------------------------------------------------12

Capítulo 7 - DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS FINAIS DA SOLUÇÃO DE CONSULTORIA-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------157.1. TERMO DE REFERÊNCIA – DIAGNÓSTICO ENERGÉTICO--------------------------------------157.2. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO-----------------------------------------------22

Capítulo 8 - POLÍTICA DE PRECIFICAÇÃO E CÔMPUTO DE HORAS-----------------------268.1. PROPOSTA COMERCIAL-----------------------------------------------------------------------------------26

Capítulo 9 - CONSIDERAÇÕES FINAIS---------------------------------------------------------------29REFERÊNCIAS-----------------------------------------------------------------------------------------------29ANEXOS--------------------------------------------------------------------------------------------------------30

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Capítulo 1 - INTRODUÇÃO

A energia movimenta o mundo. Para que ela e os demais recursos naturais não

acabem de vez, a ordem é consumir apenas o necessário, sem desperdícios.

Este princípio da economia verde, ou seja, a aplicação da sustentabilidade nos

negócios, é uma atitude inteligente e de bom senso de quem pensa no presente e

no futuro do planeta.

Uma análise profunda e cuidadosa de todo o processo de produção e gestão de

uma empresa mostra claramente onde estão os excessos e permite um

planejamento para o uso adequado.

Para reduzir a conta de energia elétrica, a mais largamente utilizada no setor

industrial, comercial e de serviços, parte dela pode ser substituída por alguma do

tipo renovável, como a solar e a eólica (vento), por exemplo, que estão dis-

poníveis o tempo todo e não correm risco de esgotamento. É necessário um

investimento inicial para a compra do sistema de placas fotovoltaicas, que captam

e armazenam a luz do Sol. A compensação vem com a economia financeira após

o pagamento desta despesa e a grande contribuição para a saúde do meio

ambiente. Isto chama-se eficiência energética.

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Capítulo 2 - DISPOSIÇÕES GERAISUma empresa pode se beneficiar de projetos de eficiência energética, que têm

por objetivo reduzir os custos com o consumo de energia. Um projeto desta

natureza tem início com uma carta de intenções ou autorização de serviços,

passando por um pré-diagnóstico energético, e checagem da viabilidade técnica e

econômica para sua implantação.

Criado para atender às micro e pequenas empresas, o Programa Sebrae de

Eficiência Energética compreende ações com foco específico neste segmento. O

primeiro passo é uma autoavaliação do uso de energia. Com o resultado em

mãos, um consultor visita a empresa para analisar o que pode ser feito. Em

seguida, implementa um modelo de gestão de energia elétrica acompanhado das

orientações necessárias. A consultoria em eficiência energética é uma ferramenta

do Programa Sebrae de Consultoria Tecnológica (SebraeTec).

Este documento tem por objetivo definir escopo, requisitos mínimos e diretrizes

básicas para que o CONSULTOR desenvolva o uma Consultoria de Eficiência

Energética, iniciada com um Diagnóstico Energético dentro de um determinado

padrão em um projeto de eficiência energética.

Um Diagnóstico Energético deve contemplar a elaboração de um relatório técnico

detalhado, composto pelas identificações das ações de eficiência energética e

quantificações detalhadas de economia de energia e redução de demanda, por

meio de medições, observações, simulações, modelos e estudos. Deve

apresentar ainda um retrato energético da unidade consumidora, descrição das

ações a serem implementadas, sugestão de boas práticas, especificações de

equipamentos e uma análise financeira simplificada. Informações

complementares podem ser encontradas no Modelo do Relatório de Diagnóstico

Energético.

Caso o empresário tenha interesse em implementar todas ou algumas dessas

medidas, o Programa de Energia e Eficiência Energética do Sebrae-RJ (P3E)

possibilita a continuidade do processo, mediante a contratação de uma nova

consultoria para o acompanhamento dessa implementação. Chama-se de “Projeto

Executivo” essa etapa seguinte ao Diagnóstico Energético.

A consultoria de acompanhamento do Projeto Executivo tem o objetivo de

monitorar se a empresa e/ou o profissional contratado pelo empresário para

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implementar as medidas de eficiência energética serão seguidas. Esse

acompanhamento servirá também para dirimir dúvidas e auxiliar na solução de

imprevistos durante o processo de aquisição dos equipamentos eficientes e das

obras de implementação. Não faz parte do escopo do Projeto Executivo itens

como: compra e/ou fornecimento de equipamentos, fornecimento de mão-de-obra,

detalhamento de projeto, desenhos, as-built, pagamento de licenças, impostos ou

taxas, etc.

Os benefícios já obtidos pelo empresário no Diagnóstico Energético (subsídio de

80% - consultoria técnica especializada) poderão ser novamente contemplados no

Projeto Executivo, desde que haja disponibilidade orçamentária e as regras do

processo sejam obedecidas.

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Capítulo 3 - PREMISSASO setor elétrico brasileiro passou por duas grandes mudanças desde os anos

1990. A primeira foi em 1996, quando as operadoras foram privatizadas e foi

criada a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para fiscalizá-las. Em 2004,

o Novo Modelo do Setor Elétrico foi implantado para garantir a segurança no

suprimento e a universalização. O Sistema Interligado Nacional (SIN) inclui o

conjunto de instalações para geração e toda a infraestrutura de transmissão que

abrange as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e parte da Norte. A

maioria dos Sistemas Isolados, conjunto não conectado ao SIN, está na região

amazônica.

Todos os sistemas elétricos são compostos pela geração, transmissão e

distribuição. Na geração, a energia elétrica é produzida pelo aproveitamento de

recursos naturais (água, gás natural, carvão, etc.). No caso da geração

hidrelétrica, uma usina faz com que a energia potencial e cinética da água se

transforme em eletricidade. A transmissão é realizada por uma rede de cabos de

alta voltagem suportados por torres. No fim, a conexão e atendimento ao con-

sumidor, qualquer que seja seu porte, são realizados pelas distribuidoras.

O valor final a ser pago nas contas mensais é a soma da geração, do transporte

até as edificações (transmissão + distribuição), e os encargos do setor elétrico

somados a tributos determinados por lei.

A alteração do horário em uma região durante parte do ano, geralmente uma hora

a mais, é conhecido como horário de verão. A medida é adotada neste período

porque os dias são mais longos por causa da posição da Terra em relação ao Sol.

A ideia de adiantar os relógios para aproveitar melhor as horas de Sol foi lançada

em 1784 pelo político e inventor norte-americano Benjamin Franklin, época em

que ainda não existia luz elétrica. O primeiro país a adotar oficialmente o horário

de verão foi a Alemanha, em 1916, durante a Primeira Guerra Mundial, para

economizar carvão.

No Brasil, o governo federal o implantou pela primeira vez em 1931, mas foi

colocado definitivamente no calendário somente a partir de 1985. Atualmente, seu

maior efeito é diluir o “horário de pico” de consumo, evitando uma sobrecarga que

poderia levar a um colapso por conta da alta demanda.

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Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), órgão responsável pela

coordenação e controle da geração e transmissão de energia elétrica no Sistema

Interligado Nacional (SIN), o horário de verão não deixa coincidir o acionamento

do sistema de iluminação pública com o consumo verificado ao longo do dia do

comércio e da indústria, que normalmente termina o expediente às 18 horas.

A utilização racional de energia é um conjunto de ações que levam ao melhor uso

deste recurso vital. A partir de uma série de medidas, definidas por especialistas

após muito estudo e pesquisa, é possível reduzir o consumo sem prejudicar a

produtividade.

A energia elétrica é a principal fonte na maior parte das empresas, e em algumas

a única. Por isto, os trabalhadores de todos os níveis devem ser sensibilizados

para saber usar a iluminação artificial que, sozinha, representa de 20% a 25% da

conta, e também os equipamentos. Luzes acesas e aparelhos de climatização

ligados sem que ninguém esteja no ambiente são os exemplos mais comuns e

evitáveis de desperdício.

Outro aliado para que se gaste menos insumo e dinheiro é a compra de máquinas

mais modernas, eficientes e que consumam menos energia. Sabendo de suas

reais necessidades, a empresa pode adquirir a energia elétrica que necessita no

mercado livre, aquele em que os consumidores podem escolher seus

fornecedores, negociando diretamente preços, prazo contratual e serviços

associados à comercialização.

Ao participar deste mercado, o comprador fica sujeito à variação de preços, mas

tem um gasto rigorosamente de acordo com suas características de consumo, o

que é impossível no tradicional mercado cativo.

As indicações a seguir ajudam a reduzir o valor da conta e a preservar o meio

ambiente.

4.1. Iluminação• Usar sensores de presença ou relógios programáveis (timer) para acionar a

iluminação artificial. Manter limpos lâmpadas, luminárias, refletores e difusores.

• Potencializar o uso da iluminação natural, preferindo edificações com fachadas e

vãos envidraçados e janelas amplas. A limpeza também deve estar em dia, e

objetos que impedem a entrada da luz do dia devem ser removidos.

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• Usar cores claras na pintura dos espaços para maximizar a iluminação existente.

• Os níveis de iluminação devem estar adequados às atividades desenvolvidas

nos locais. Luz mais forte do que o necessário gasta mais energia e incomoda a

visão. Luz de menos traz cansaço e maior chance de erros e acidentes.

• Sempre que possível, usar lâmpadas fluorescentes, de maior eficiência e

durabilidade. A iluminação do tipo incandescente não é recomendada por ser

menos eficiente e ter curto tempo de duração.

• Grandes espaços internos, como pátios e corredores, são melhor iluminados

com lâmpadas de vapor de sódio de alta pressão. Do lado de fora podem ser

usadas as lâmpadas de sódio de baixa pressão, que funcionam melhor do que as

de mercúrio.

4.2. Climatização• O parâmetro de conforto nos locais de trabalho e pode representar um valor

significativo na conta de luz.

• Um edifício mal isolado termicamente vai prejudicar a eficiência de qualquer

sistema deste gênero. O primeiro passo é providenciar o uso externo de materiais

que dificultam a dissipação do calor.

• Regular os termostatos para uma temperatura que esteja de acordo com a

estação do ano e o número de pessoas no ambiente.

• Evitar a instalação de equipamentos em locais não utilizados ou vazios ou seu

uso desnecessário.

• Limpar regularmente filtros de ar e providenciar manutenção periódica.

• Com o aparelho ligado, fechar portas e janelas para não consumir mais energia.

• Soluções do tipo multisplits, centralizadas mas com mecanismos de regulação

local, aumentam a eficiência e contribuem para que a manutenção esteja sempre

em ordem.

4.3. Na Fábrica• Grande parte dos processos industriais precisa de energia térmica (calor ou frio).

As formas de produção variam de caldeiras e geradores de ar quente, a fornos e

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sistemas de cogeração. A utilização de equipamentos mais eficientes,

corretamente dimensionados às necessidades e sua manutenção são fatores im-

portantes na redução do consumo energético.

• Em equipamentos como caldeiras, a maior eficiência de queima de gás acontece

quando o excesso de ar fica entre 15% e 30% (teor de oxigênio nos gases de

combustão entre 3% e 5%). Uma boa afinação da combustão, medindo de

tempos em tempos o teor de oxigênio dos gases de escape, traz melhor

rendimento e gasta menos energia.

• O calor em excesso dos gases de escape pode ser recuperado por meio de

permutador, que permite o uso desta sobra no mesmo processo (pré-aquecimento

da água da caldeira ou ar para combustão), ou outro processo fabril que necessite

de água quente.

• Saber qual o índice de consumo específico dos equipamentos e/ou do processo

produtivo é um caminho adequado para melhor desempenho energético. É um

indicador de quando é preciso trocar a máquina ou reformular a produção.

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Capítulo 4 - OBJETIVOS DA CONSULTORIA

4.1. Objetivo Geral Contribuir para a redução do consumo de energia elétrica nas micro e pequenas

empresas, fornecendo informações de forma simples e objetiva.

4.2. Objetivo do Diagnóstico Energético Identificação de oportunidades concretas de economia de energia elétrica,

começando pelo levantamento da situação atual, passando pela análise de

possíveis melhorias, e finalizando com as propostas que se mostraram viáveis

sob o ponto de vista técnico e econômico.

4.3. Objetivo do Projeto ExecutivoAcompanhamento técnico da implementação das medidas de eficiência

energética previstas no Diagnóstico Energético. O consultor participa do processo

para garantir que tudo seja comprado e instalado conforme previsto no

Diagnóstico Energético, visando alcançar os resultados esperados. No final da

implementação, cabe ao consultor a medição (ou estimativa) dos efetivos ganhos,

como a redução do consumo de energia elétrica e a redução da demanda.

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Capítulo 5 - JUSTIFICATIVA DA CONSULTORIASegundo dados do Balanço Energético Nacional de 2007 (BEN), publicado pela

Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o Brasil é o maior consumidor de energia

limpa do mundo, pois 44,4% da energia consumida no país provêm de fontes

renováveis. Mas também sabemos que a demanda por energia continua

crescendo e que boa parte desses recursos é finita. Por isso, é necessário

identificar não só alternativas energéticas, mas também usar a energia de forma

cada vez mais eficiente.

Ciente disso, bem como da necessidade cada vez maior das empresas brasileiras

de micro e pequeno portes de aumentarem sua competitividade, qualidade e

sustentabilidade de negócio, o Sebrae tem desde 1979 um Programa de

Eficiência Energética, no qual também vem desenvolvendo, desde 1987, projetos

de eficiência energética em parceria com a Eletrobrás/Procel.

O Procel – Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica é um

programa de governo, coordenado pelo Ministério de Minas e Energia e

executado pela Eletrobrás, que foi instituído em dezembro de 1985 e implantado

no ano seguinte. Tem por objetivo principal a conservação da energia elétrica,

tanto no lado da produção como no lado do consumo.

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Capítulo 6 - METODOLOGIA

A identificação das ações de Eficiência Energética é feita inicialmente através da

elaboração de um Diagnóstico Energético, para posteriormente realizar a

implementação das ações sugeridas no Projeto Executivo. As soluções variam em

cada empresa e, para garantir que realmente sejam alcançados os resultados

esperados, é necessário que tanto o Diagnóstico Energético como a

implementação das ações sejam feitos por pessoal técnico qualificado. O

desconhecimento do assunto por parte do empresário também dificulta a tomada

de decisão. Além dos fatores citados acima, ainda existem outros, como:

• Falta de recursos para compra de equipamentos novos;

• Elevado tempo de retorno do investimento (em alguns casos);

• Dificuldade para encontrar e contratar pessoal técnico qualificado;

• O custo da energia tem baixo impacto no processo produtivo da empresa.

O Diagnóstico Energético contempla a elaboração de um relatório técnico

detalhado, composto pela identificação das ações de eficiência energética e

quantificações detalhadas de economia de energia e redução de demanda, por

meio de medições, observações, simulações, modelos e estudos. Deve

apresentar, ainda, um retrato energético da unidade consumidora, descrição das

ações a serem implementadas, sugestão de boas práticas, especificações de

equipamentos e uma análise financeira simplificada.

O Diagnóstico Energético é composto basicamente por 4 etapas, a saber:

1. Realização de visita técnica no local para levantamento da situação atual.

2. Elaboração das ações de Eficiência Energética.

3. Apresentação dos resultados esperados.

4. Conclusões e Recomendações Finais.

Informações detalhadas constam no Termo de Referência para realização de

Diagnósticos Energéticos.

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Caso o empresário tenha interesse em implementar todas ou algumas dessas

medidas, o Programa de Energia e Eficiência Energética do Sebrae-RJ possibilita

a continuidade do processo, mediante a contratação de uma nova consultoria

para o acompanhamento dessa implementação. Chama-se de “Projeto Executivo”

essa etapa seguinte ao Diagnóstico Energético.

O Projeto Executivo engloba o acompanhamento técnico da implementação das

medidas de eficiência energética previstas no Diagnóstico Energético. O consultor

participa do processo para garantir que tudo seja comprado e instalado conforme

as recomendações. É composto basicamente por 4(quatro) etapas, a saber:

• Assimilação das medidas de eficiência energética propostas no Diagnóstico

Energético.

• Assessoria no processo de compra dos materiais e na contratação da empresa

executora.

• Acompanhamento da implementação das medidas de eficiência energética.

• Elaboração de Relatório Final.

Vale lembrar que dentro de um Diagnóstico Energético, além das oportunidades

concretas de economia de energia, que são passíveis de serem acompanhadas

pelo Projeto Executivo, é possível que sejam identificadas outras oportunidades

e/ou necessidades complementares, tais como:

• Revisão do contrato de fornecimento de energia elétrica;

• Eliminação de multas e cobranças indevidas na conta de energia elétrica;

• Necessidade de adequações e/ou reformas nas instalações elétricas;

É importante destacar que essas medidas complementares, mesmo sendo

citadas dentro do Diagnóstico Energético, não poderão ser acompanhadas pelo Projeto Executivo. Sua implementação ficará a cargo do empresário, sendo que

possíveis danos não serão de responsabilidade do Programa de Energia e

Eficiência Energética do Sebrae/RJ (P3E).

É importante frisar que algumas destas ações necessitam de pouco ou quase

nenhum investimento. Esse atendimento pode ser de dois tipos: em baixa tensão

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ou em alta tensão. Independente do tipo de ligação, existem procedimentos

eficientes que precisam ser observados.

Equipamentos Mínimos

Para que o trabalho de consultoria seja realizado de forma satisfatória, o consultor

deve possuir uma estrutura mínima de medição e registro, além das normas

vigentes de segurança.

1. O registro fotográfico necessita de uma máquina fotográfica digital, amplamente

disponível no mercado nacional. Trata-se de um equipamento de baixo custo (não

mais que R$ 500) e sem grandes complexidades tecnológicas.

2. Para a medição do nível de iluminamento dos ambientes será necessário o uso

de um luxímetro. Esse equipamento também é facilmente encontrado em

revendas especializadas em medidores, com várias lojas e sites disponíveis

(custo em torno de R$ 300).

3. No caso da medição da potência instantânea dos equipamentos, sugere-se o

uso de um alicate wattímetro, também de fácil aquisição. Como se trata de uma

medição instantânea, não existe a necessidade de medidores com memória, o

que traz o custo do equipamento para patamares bastante razoáveis, em torno de

R$ 600 a R$ 700.

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Capítulo 7 - DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS FINAIS DA SOLUÇÃO DE CONSULTORIA

Esta Metodologia está dividia em 2 consultorias sequenciais:

Diagnóstico Energético: contempla a visita de consultores especializados para

realização de um Diagnóstico Energético, onde são analisadas as condições de

utilização de energia na empresa, identificadas ações de eficiência energética e

quantificadas as economias de energia e pay back simples por meio de

levantamentos, medições e estudos.

Projeto Executivo: contempla a visita de consultores especializados para

orientação e acompanhamento da implementação das ações de Eficiência

Energética identificadas no Diagnóstico Energético.

7.1. TERMO DE REFERÊNCIA – DIAGNÓSTICO ENERGÉTICO

Este Termo de Referência tem por objetivo definir escopo, requisitos mínimos e

diretrizes básicas para que o CONSULTOR desenvolva o Diagnóstico Energético

dentro de um determinado padrão em um projeto de eficiência energética. Além

disso, serve também para que o CLIENTE tenha um conhecimento prévio das

etapas e do produto final.

Um Diagnóstico Energético deve contemplar a elaboração de um relatório técnico

detalhado, composto pelas identificações das ações de eficiência energética e

quantificações detalhadas de economia de energia e redução de demanda, por

meio de medições, observações, simulações, modelos e estudos. Deve

apresentar ainda um retrato energético da unidade consumidora, descrição das

ações a serem implementadas, sugestão de boas práticas, especificações de

equipamentos e uma análise financeira simplificada. Informações

complementares podem ser encontradas no Modelo do Relatório de Diagnóstico

Energético.

Atribuições das partes envolvidas

SEBRAEJ

• Gerenciar todo o processo e acompanhar os serviços

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• Efetuar o pagamento de 80% do custo do Diagnóstico Energético

• Avaliar o trabalho realizado

• Divulgar os resultados

CLIENTE

• Disponibilizar dados e permitir o acesso às suas instalações

• Efetuar o pagamento de 20% do custo do Diagnóstico Energético

• Autorizar a divulgação dos resultados do projeto

• Implementar as medidas eficientes indicadas como viáveis no Diagnóstico

Energético

CONSULTOR

• Realizar o levantamento de campo

• Analisar as condições atuais da instalação

• Propor medidas eficientes com análise técnica-econômica simplificada

• Elaborar o relatório final do Diagnóstico Energético

O Diagnóstico Energético é composto basicamente por 4 etapas, a saber:

• Levantamento da Situação Atual

• Elaboração das Propostas de Eficiência Energética

• Apresentação dos Resultados

• Conclusões e Recomendações Finais

No Relatório de Diagnóstico Energético o CONSULTOR deverá observar, no mínimo, os seguintes itens:

• Todos os documentos deverão ser redigidos em português.

• Deverão estar claramente indicadas a normalização e/ou referência técnica

aplicadas aos diferentes aspectos abordados.

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• Todos os documentos, desenhos, diagramas, gráficos, tabelas etc., que

constituírem os documentos do projeto, deverão fazer uso do Sistema

Internacional de Unidades (Sistema Métrico Decimal). Se outro sistema de

unidades for usado, a conversão para o Sistema Internacional deve ser indicada

ao lado.

• Todos os estudos deverão ser elaborados de acordo com recomendações de

normas técnicas brasileiras (prioritariamente) ou internacionais, em suas últimas

revisões.

• Toda a memória de cálculo contida nos documentos do projeto e as premissas

adotadas devem ser apresentadas em detalhes. Mesmo que um sistema

apresente um valor elevado de retorno do investimento, esse item deve ser

mostrado, pois a decisão final da sua implementação caberá ao empresário, e

não ao consultor. Além disso, esse valor elevado serve como registro histórico,

para que uma análise idêntica seja novamente realizado no futuro.

Todos os registros de medições realizadas, que integrem memória de cálculo ou

outras atividades do projeto, devem ser apresentados.

• Deve ser apresentada relação de equipamentos, materiais e softwares utilizados

nas avaliações.

• Apresentar todas as tabelas referentes aos sistemas atual e proposto, seguindo

os modelos propostos no ANEXO I deste documento.

• Todos os documentos em meio digital devem ser compatíveis com sistema

operacional Windows e aplicativos Office. Também serão aceitos documentos em

PDF.

• Para o cálculo da economia de energia, o valor de potência dos equipamentos

(em uso ou propostos) deve ser obtido de uma das 3 formas abaixo:

- Dados de placa do equipamento

- Medição Instantânea no local

- Catálogos de fabricantes

Não serão aceitos valores médios ou de fonte própria do consultor. Todas essas

referências devem constar nos anexos do relatório.

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O Relatório de Diagnóstico Energético (ver modelo existente) deverá estar estruturado da seguinte forma:

• Resumo Executivo – Descrição sucinta dos resultados do Diagnóstico

Energético, apresentando as principais medidas propostas, com os respectivos

valores de economia, custos estimados para implantação e cálculo econômico

simplificado, bem como as sugestões de Boas Práticas.

• Itens não enquadráveis no Projeto Executivo – Deverá constar um parágrafo

explicando quais as medidas sugeridas que NÃO podem ser enquadradas dentro

do Projeto Executivo (se esse vier a ser contratado). Esses itens são:

- Análise Tarifária

- Correção do Fator de Potência

- Adequações e/ou Reformas nas Instalações Elétricas

- Compra e/ou fornecimento de equipamentos

- Fornecimento de mão-de-obra para a implementação das medidas de

eficiência energética

• Descrição do CLIENTE – Indicação da localização geográfica da unidade,

atividades e especialidades, ocupação e horário de funcionamento,

concessionária de energia elétrica, etc.

• Análise do atual uso da energia – descrever, detalhadamente, as características

atuais do uso da energia da instalação, histórico de consumo, destacando

também o quantitativo e as características de todos os equipamentos envolvidos

em cada sistema, condições de manutenção e operação, horário de

funcionamento, potência e energia consumida em cada sistema.

• Medidas propostas – Identificar potenciais ações de eficiência energética

descrevendo claramente em cada uma delas a especificação dos equipamentos

propostos, a intervenção a ser feita, estimativa de custos segregados por

equipamento e mão de obra, além do cálculo dos benefícios.

• Análise Econômica – Deve ser apresentado um estudo econômico simplificado,

com base no cálculo do tempo de retorno do investimento simples (payback

simples), levando-se em conta os custos de aquisição e instalação dos

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equipamentos eficientes, custos de acompanhamento de engenheiro (Projeto

Executivo), a economia gerada pela maior vida útil dos equipamentos e

principalmente a economia na conta de energia. Mesmo que uma determinada

ação mostre-se inviável, o consultor deve fazer constar essa análise econômica

na sua memória de cálculo. Vale lembrar que o consultor deverá mostrar em

detalhes a composição dos custos, com as parcelas relativas a compra de

equipamentos, contratação de mão-de-obra e o seu acompanhamento técnico por

ocasião da realização do Projeto Executivo. É obrigatório inserir um texto como

esse, com a nota de rodapé1 (Para o novo sistema é estimado um investimento de

R$ XXXXX na compra de equipamentos, contratação de mão de obra e

acompanhamento técnico).

• Formulários Aspectos Arquitetônicos e Aquecimento Solar (ver modelo

existente) – Deve-se preencher o formulário e entregar junto com o projeto de

arquitetura do empreendimento, para verificação de uma possível intervenção

arquitetônica. Esses formulários são obrigatórios para o Setor Hoteleiro, e

opcionais para os casos onde o consultor entender que existe potencial.

Para cada tipo de sistema, a análise deve conter, no mínimo, os aspectos abaixo

listados. As características de funcionamento de todos os sistemas deverão ser

obtidos preferencialmente através do monitoramento contínuo das grandezas

elétricas e mecânicas.

Descrever a metodologia utilizada no relatório, bem como todas as premissas

adotadas. Também são entendidos como premissas os valores não medidos que

são usados na memória de cálculo, como por exemplo:

• Tempo de funcionamento de um ar condicionado em um quarto de hotel.

• Potência elétrica de um aparelho de ar condicionado (novo ou usado). Nesse

caso é importante anexar ao relatório o catálogo do fabricante com esse dado, ou

indicar o local que essa informação foi obtida. Na falta de uma fonte oficial, a

potência do aparelho deve ser medida no local.

Sistemas de Iluminação

1 Apenas a parcela do acompanhamento técnico poderá ser incluída no Projeto Executivo, com subsídio de 80%.

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• Efetuar os levantamentos das características de todo o sistema atual de

iluminação em cada ambiente. Para estes sistemas deverão ser analisados:

• Levantamento das quantidades, tipos, tensões e potências das luminárias,

lâmpadas, reatores e ignitores, sua utilização e horários de funcionamento.

• Avaliação de setorização ou automatização dos circuitos.

• Medições dos níveis de iluminância (lux) do sistema atual, em altura referente ao

plano de trabalho, nos ambientes onde seja proposta redução do número de

lâmpadas e/ou iluminância.

• Quando possível, medições de grandezas elétricas do sistema de iluminação

objetivando o levantamento da curva de carga característica do sistema e sua

participação no consumo energético da unidade.

• Substituição de conjuntos de lâmpadas e reatores, podendo substituir, reformar

ou utilizar as luminárias existentes (retrofit).

• Instalações de sensores de presença, células fotoelétricas, minuterias e

similares.

Aquecimento de Água (Chuveiros Elétricos)

Efetuar o levantamento das características dos chuveiros elétricos, sua

participação no consumo, indicar a potência total, a tensão nominal e a energia

consumida. Avaliar as possibilidades de utilização de equipamentos e/ou sistemas

mais eficientes (como o aquecimento solar, por exemplo) e implantação de

sistemas de controle automático em ambientes específicos.

Sistemas de Climatização (Ar Condicionado) e Refrigeração (Freezers e

Refrigeradores)

Efetuar o levantamento das características de todo o sistema atual, sua

participação no consumo, indicar a potência total, a tensão nominal e a energia

consumida. Avaliar as possibilidades de utilização de equipamentos e/ou sistemas

mais eficientes e implantação de sistemas de controle automático em ambientes

específicos. Detalhar o seguinte:

• Tipo de sistema

• Dados de placas dos equipamentos

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• Ciclo de operação dos equipamentos

• Identificação do fator de carga do sistema

• Condições climáticas da cidade

• Descrição dos elementos que influenciem na carga térmica do recinto

• Substituição de equipamentos de ar condicionado portáteis (tipo janela) por

novos com Selo Procel A

Arquitetura Bioclimática e Aquecimento solar (setor hoteleiro)

Efetuar o levantamento das características arquitetônicas do ambiente atual e do

seu entorno, conforme especificado no formulário “Aspectos Arquitetônicos”.

• Formulário “Aspectos Arquitetônicos”

• Projeto de arquitetura do empreendimento

Efetuar o levantamento das características dos chuveiros elétricos, sua

participação no consumo, indicar a potência total, a tensão nominal e a energia

consumida. Avaliar as possibilidades de utilização de equipamentos e/ou sistemas

mais eficientes (como o aquecimento solar, por exemplo) e implantação de

sistemas de controle automático em ambientes específicos.

Demais Sistemas e Equipamentos

Efetuar o levantamento das características com descrição detalhada dos

equipamentos. Avaliação de dados operacionais e possibilidades de utilização de

equipamentos mais eficientes. Os seguintes pontos deverão ser analisados:

• Lista dos equipamentos, inclusive equipamento reserva (especificar)

• Dados de placas dos equipamentos

• Realização de medições de referência, quando possível

• Ciclo de operação dos equipamentos

• Identificação da curva de consumo do sistema existente

• Identificação do fator de carga do sistema

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O Relatório detalhado do Diagnóstico Energético encontra-se no Anexo deste documento.

7.2. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVOEste Termo de Referência tem por objetivo definir escopo, requisitos mínimos e

diretrizes básicas para que a EMPRESA DE CONSULTORIA, denominado

CONSULTOR, desenvolva o Projeto Executivo dentro de um determinado padrão

em um projeto de eficiência energética. Além disso, serve também para que a

MICRO E PEQUENA EMPRESA (MPE) RECEBEDORA DO SERVIÇO DE

CONSULTORIA, denominado CLIENTE, tenha um conhecimento prévio das

etapas e do produto final.

O Projeto Executivo engloba o acompanhamento técnico da implementação das

medidas de eficiência energética previstas no Diagnóstico Energético. O consultor

participa do processo para garantir que tudo seja comprado e instalado conforme

previsto no Diagnóstico Energético, visando alcançar os resultados esperados. No

final da implementação, cabe ao consultor a medição (ou estimativa) dos efetivos

ganhos, como a redução do consumo de energia elétrica e a redução da

demanda.

Faz parte de um Diagnóstico Energético a identificação de oportunidades

concretas de economia de energia elétrica, começando pelo levantamento da

situação atual, passando pela análise de possíveis melhorias, e finalizando com

as propostas que se mostraram viáveis sob o ponto de vista técnico e econômico.

Caso o empresário tenha interesse em implementar todas ou algumas dessas

medidas, o Programa de Energia e Eficiência Energética do Sebrae-RJ possibilita

a continuidade do processo, mediante a contratação de uma nova consultoria

para o acompanhamento dessa implementação. Chama-se de “Projeto Executivo”

essa etapa seguinte ao Diagnóstico Energético.

Deve ficar claro para o empresário que esse acompanhamento por parte do

consultor não engloba o fornecimento de material e mão-de-obra. Todo o

processo de compra e de contratação da empresa ou profissional fica a cargo do

empresário. Não faz parte do escopo do Projeto Executivo itens como: compra

e/ou fornecimento de equipamentos, fornecimento de mão-de-obra, detalhamento

de projeto, desenhos, as-built, pagamento de licenças, impostos ou taxas, etc.

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Os benefícios já obtidos pelo empresário no Diagnóstico Energético (subsídio de

90%, indicação de consultoria especializada, etc...) poderão ser novamente

contemplados no Projeto Executivo, desde que haja disponibilidade orçamentária

e as regras do processo seja obedecidas.

É importante destacar que medidas complementares, tais como (1) Revisão do

contrato de fornecimento de energia elétrica, (2) Eliminação de multas e

cobranças indevidas na conta de energia elétrica e (3) Necessidade de

adequações e/ou reformas nas instalações elétricas, que podem até mesmo

serem citadas dentro do Diagnóstico Energético, não poderão ser acompanhadas

pelo Projeto Executivo. Sua implementação ficará a cargo do empresário, sendo

que possíveis danos não serão de responsabilidade do Programa de Energia e

Eficiência Energética do Sebrae/RJ.

Atribuições das Partes Envolvidas

SEBRAE

• Gerenciar todo o processo e acompanhar os serviços.

• Efetuar o pagamento de 80% do custo do Projeto Executivo.

• Avaliar o trabalho realizado.

• Divulgar os resultados para informação de outras empresas do setor.

• Deliberar sobre quaisquer outros assuntos que possam surgir durante o

processo de desenvolvimento dos Projetos Executivos.

CLIENTE

• Fornecer o relatório final do Diagnóstico Energético

• Efetuar o pagamento de 20% do custo total do Projeto Executivo.

• Permitir o acesso do consultor às suas instalações.

• Disponibilizar com a máxima fidelidade possível outros dados solicitados pelo

consultor.

• Efetuar a compra dos equipamentos e contratar a empresa para a realização

das obras.

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CONSULTOR

• Ser empresa associada do Sindistal.

• Realizar o acompanhamento das atividades.

• Orientar o cliente no processo de compra e contratação da mão de obra e

equipamentos.

• Dirimir dúvidas e auxiliar nos imprevistos.

• Elaborar o relatório final da implementação do Projeto Executivo, com a redução

de consumo e demanda.

No Projeto Executivo o CONSULTOR deverá observar, no mínimo, os seguintes itens:

• Todos os documentos deverão ser redigidos em português.

• Deve ser apresentada relação das medidas efetivamente implementadas, com o

registro dos desvios ocorridos.

• Comprovação das economias de energia e demanda, comparando a situação

antes e depois da implementação, de preferência através de medições das

grandezas elétricas. Na impossibilidade das medições, serão aceitas estimativas

baseadas em cálculos de engenharia. Todos os registros de medições realizadas

(antes e depois) ou os cálculos de engenharia devem ser apresentados.

• Deve ser apresentado o registro fotográfico das situações observadas (antes e

depois)

• Todos os documentos devem ser entregues em meio digital.

• Todas as atividades deverão ser executadas conforme a boa prática da ética e

observância das normas e horários cabíveis em cada cliente a ser visitado,

relacionadas à execução deste tipo de serviço, bem como das Normas

Regulamentadoras (NR) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) relativas à

segurança do trabalho.

O Relatório de Projeto Executivo deverá estar estruturado conforme modelo específico, que abrange os seguintes itens:

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• Resumo Executivo – Descrição sucinta das medidas de eficiência energética

implementadas com o acompanhamento do Projeto Executivo.

• Processo de Acompanhamento - Descrever a metodologia de acompanhamento

utilizada no Projeto Executivo.

• Medidas Implementadas - Descrever detalhadamente quais as medidas que

foram efetivamente implementadas bem como os resultados obtidos e

investimentos realizados.

O Relatório detalhado do Projeto Executivo encontra-se no Anexo deste documento.

Capítulo 8 - POLÍTICA DE PRECIFICAÇÃO E CÔMPUTO DE HORAS

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8.1. PROPOSTA COMERCIAL Quando demandado pelo Sebrae DF, o consultor dele elaborar a proposta comercial de

acordo com o modelo a seguir, devendo manter o padrão de identidade visual do

formulário padrão de Proposta de Consultoria do Sebrae DF.

DADOS DO CONSULTOR

Nome:

Telefone:

E-mail:

Empresa a que está vinculado:

CNPJ:

DADOS DO CLIENTE

Nome:

Telefone:

E-mail:

Empresa:

CNPJ:

Diagnóstico Inicial (Situação Encontrada)

Objetivo da ConsultoriaObjetivo GeralContribuir para a redução do consumo de energia elétrica nas micro e pequenas

empresas, fornecendo informações de forma simples e objetiva.

Objetivos do Diagnóstico EnergéticoIdentificação de oportunidades concretas de economia de energia elétrica,

começando pelo levantamento da situação atual, passando pela análise de

possíveis melhorias, e finalizando com as propostas que se mostraram viáveis

sob o ponto de vista técnico e econômico.

Objetivo do Projeto ExecutivoAcompanhamento técnico da implementação das medidas de eficiência

energética previstas no Diagnóstico Energético. O consultor participa do

processo para garantir que tudo seja comprado e instalado conforme previsto

no Diagnóstico Energético, visando alcançar os resultados esperados. No final

da implementação, cabe ao consultor a medição (ou estimativa) dos efetivos

ganhos, como a redução do consumo de energia elétrica e a redução da

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demanda.

Escopo (Passo a Passo)

Diagnóstico Energético

• identificação e especificação de todos os equipamentos e seu uso;

• identificação e descrição das ações de eficiência energética a

serem implementadas;

• quantificações detalhadas de economia de energia e redução de

demanda;

• análise financeira simplificada.

Projeto Executivo

• Assimilação das medidas de eficiência energética propostas no

Diagnóstico Energético.

• Assessoria no processo de compra dos materiais e na contratação

da empresa executora.

• Acompanhamento da implementação das medidas de eficiência

energética.

• Elaboração de Relatório Final.

CronogramaMês Quantidade

de HorasAtividade

Produtos (entregáveis) da consultoria

Relatório do Diagnóstico Energético

Contempla a visita de consultores especializados para

realização de um Diagnóstico Energético, onde são

analisadas as condições de utilização de energia na

empresa, identificadas ações de eficiência energética e

quantificadas as economias de energia e pay back

simples por meio de levantamentos, medições e

estudos.

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Relatório do Projeto Executivo

Contempla a visita de consultores especializados para

orientação e acompanhamento da implementação das

ações de Eficiência Energética identificadas no

Diagnóstico Energético.

Valor da Hora

Quantidade Total de Horas

Valor Total da Proposta

________________________________

Nome do Consultor

________________________________

Nome do Representante Legal da Empresa

________________________________

Nome da Empresa

Capítulo 9 - CONSIDERAÇÕES FINAISUma empresa pode se beneficiar de projetos de eficiência energética, que têm

por objetivo reduzir os custos com o consumo de energia. Criado para atender às

micro e pequenas empresas, o Programa Sebrae de Eficiência Energética

compreende ações com foco específico neste segmento.

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A consultoria em eficiência energética está dividia em 2 consultorias sequenciais:

Diagnóstico Energético: contempla a visita de consultores especializados para

realização de um Diagnóstico Energético, onde são analisadas as condições de

utilização de energia na empresa, identificadas ações de eficiência energética e

quantificadas as economias de energia e pay back simples por meio de

levantamentos, medições e estudos.

Projeto Executivo: contempla a visita de consultores especializados para

orientação e acompanhamento da implementação das ações de Eficiência

Energética identificadas no Diagnóstico Energético.

Vale ressaltar que nessas empresas, a energia elétrica está presente em

inúmeras operações, onde é possível utilizá-la de forma mais eficiente, obtendo

vantagens diretas como economia, ganhos de produção e produtividade ,

redução de perdas, menos impacto ambiental e, em alguns casos, melhoria da

qualidade de produtos e serviços.

REFERÊNCIASEficiência Energética / Sebrae - Cuiabá: Sebrae, 2012. 28 p.

Programa de Energia e Eficiência Energética (P3E). Termo de Referência do

Diagnóstico Energético. Rio de Janeiro: Sebrae RJ, 2012.

Programa de Energia e Eficiência Energética (P3E). Termo de Referência do

Projeto Executivo. Rio de Janeiro: Sebrae RJ, 2012.

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ANEXOS

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