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1 MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PROCEDIMENTOS PRISMA CONSULTORIA EMPRESARIAL MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PROCEDIMENTOS 1. APRESENTAÇÃO A PRISMA CONSULTORIA EMPRESARIAL adaptou o presente Manual de Orientação e Procedimentos tendo como base o trabalho desenvolvido pelo SESCON-SP, durante o XVII ENCONTRO DAS EMPRESAS DE SERVIÇOS CONTÁBEIS DO ESTADO DE SÃO PAULO, a partir de colaborações enviadas por diversas empresas associadas. O Manual, naturalmente, deverá ser adaptado por cada empresário, em razão das suas características próprias, perfil, atividades e outros fatores que forem julgados relevantes e passa a fazer parte do Contrato de Prestação de Serviços Contábeis. Evidentemente, pela própria abrangência e diversidade dos assuntos, aliados à dinâmica da legislação e práticas comerciais contábeis, o presente trabalho será constantemente revisado e atualizado, a fim de que as alterações porventura ocorridas não inviabilizem sua plena utilização. A criação de novos dispositivos legais e novas ferramentas informatizadas afetarão diretamente as rotinas aqui descritas, mais especificamente, o Sistema Público de Escrituração Digital – SPED. Por último, é importante frisar que a forma e o conteúdo ora apresentados, são apenas as linhas gerais de cada tema, não pretendendo concluir e/ou esgotar os temas aqui tratados. As informações aqui contidas tem como lastro a legislação vigente de forma que, todas as decisões e da empresa deverão ser tomadas após minucioso estudo e corroboradas por sua assessoria jurídica, sendo estes os profissionais habilitados a dar a correta interpretação das leis. Agradecemos toda e qualquer sugestão que possa aperfeiçoar o presente trabalho. Prisma Consultoria Empresarial 2. DEPARTAMENTOS DA EMPRESA CONTÁBIL -Gestão Contábil; -Gestão de Impostos; -Gestão de RH; -Operacional – Apoio; -Gestão Legal e Societária; -Protocolo. 3. COMPETÊNCIAS DE CADA DEPARTAMENTO GESTÃO CONTÁBIL -Organização, contabilização de documentos e conciliação; -Elaboração de Balancetes, Balanços e demais demonstrativos contábeis; -Livro Diário e Livro Razão; -Elaboração da Declaração de Imposto de Renda Pessoa Jurídica e demais assuntos contábeis.

Manual de Orientacao e Procedimentos

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1MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PROCEDIMENTOS PRISMA CONSULTORIA EMPRESARIAL

MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PROCEDIMENTOS

1. APRESENTAÇÃO

A PRISMA CONSULTORIA EMPRESARIAL adaptou o presente Manual de Orientação e Procedimentos tendo como base o trabalho desenvolvido pelo SESCON-SP, durante o XVII ENCONTRO DAS EMPRESAS DE SERVIÇOS CONTÁBEIS DO ESTADO DE SÃO PAULO, a partir de colaborações enviadas por diversas empresas associadas.

O Manual, naturalmente, deverá ser adaptado por cada empresário, em razão das suas características próprias, perfil, atividades e outros fatores que forem julgados relevantes e passa a fazer parte do Contrato de Prestação de Serviços Contábeis.

Evidentemente, pela própria abrangência e diversidade dos assuntos, aliados à dinâmica da legislação e práticas comerciais contábeis, o presente trabalho será constantemente revisado e atualizado, a fim de que as alterações porventura ocorridas não inviabilizem sua plena utilização.

A criação de novos dispositivos legais e novas ferramentas informatizadas afetarão diretamente as rotinas aqui descritas, mais especificamente, o Sistema Público de Escrituração Digital – SPED.

Por último, é importante frisar que a forma e o conteúdo ora apresentados, são apenas as linhas gerais de cada tema, não pretendendo concluir e/ou esgotar os temas aqui tratados.

As informações aqui contidas tem como lastro a legislação vigente de forma que, todas as decisões e da empresa deverão ser tomadas após minucioso estudo e corroboradas por sua assessoria jurídica, sendo estes os profissionais habilitados a dar a correta interpretação das leis.

Agradecemos toda e qualquer sugestão que possa aperfeiçoar o presente trabalho.

Prisma Consultoria Empresarial

2. DEPARTAMENTOS DA EMPRESA CONTÁBIL

-Gestão Contábil;-Gestão de Impostos;-Gestão de RH;-Operacional – Apoio;-Gestão Legal e Societária;-Protocolo.

3. COMPETÊNCIAS DE CADA DEPARTAMENTO

GESTÃO CONTÁBIL

-Organização, contabilização de documentos e conciliação;-Elaboração de Balancetes, Balanços e demais demonstrativoscontábeis;-Livro Diário e Livro Razão;-Elaboração da Declaração de Imposto de Renda Pessoa Jurídica edemais assuntos contábeis.

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2MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PROCEDIMENTOS PRISMA CONSULTORIA EMPRESARIAL

GESTÃO DE IMPOSTOS

- Escrituração das Notas Fiscais (Entrada/Saída/Serviços);- Apuração de impostos (federais, estaduais e municipais);- Elaboração dos livros fiscais;-Cumprimento das demais obrigações assessórias mensais; trimestrais, semestrais e anuais relativas aos tributos federais; estaduais, municipais e encargos sociais.

GESTÃO DE RH

- Rotina de admissões e rescisões;- Procedimentos relacionados formalização do contrato de trabalho;- Elaboração de folha de pagamento;- Apuração encargos sociais sobre folha de pagamento;- Procedimentos para fins de homologação TRCT na DRT ou no Sindicato da Categoria.

Calendário Anual de Obrigações - RH

Janeiro

Contribuição sindical patronal;Contribuição previdenciária - recolhimento trimestral;Diferença 13º. Salário;Contribuição Sindical dos empregados;Mapa de Risco;PPRA;PCMSO;GFIP/SEFIP competência 13º.

Fevereiro

-Contribuição Sindical dos Autônomos e Profissionais Liberais;-Comprovante de Rendimentos Pagos e de Retenção.

Março

-Contribuição Sindical dos Empregados Urbanos – retenção;-RAIS;-DSPJ.

Abril

-Contribuição Sindical dos Empregados Urbanos – recolhimento;-Relatório das Atividades das Entidades Beneficentes;-Contribuição Previdenciária - recolhimento trimestral;- Declaração Anual de Ajuste – IRPF.

Maio

-Contribuição Sindical – Relação – Entrega;-Entrega de Atestado de Freqüência Escolar - para fins do benefício Salário Família.

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3MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PROCEDIMENTOS PRISMA CONSULTORIA EMPRESARIAL

Junho

Não há obrigações específicas a cumprir neste mês.

Julho

Contribuição Previdenciária - recolhimento trimestral.

Agosto

Não há obrigações específicas a cumprir neste mês.

Setembro

FGTS – Extratos de contas vinculadas;Entrega dos extratos das contas do FGTS aos empregados.

Outubro

Contribuição Previdenciária - recolhimento trimestral.

Novembro

Décimo terceiro salário – primeira parcela;Até o dia 30.11, o empregador pagar a 1ª parcela do 13o. salário,salvo se o empregado já tenha recebido por ocasião das férias.

Dezembro

Décimo terceiro salário – segunda parcela;Até dia 20.12 se paga a segunda parcela do 13º. Salário, deduzindoapós o desconto dos encargos incidentes, o valor da 1ª parcela.

OPERACIONAL E APOIO

- Realização de diligências externas junto aos órgãos públicos.

GESTÃO LEGAL E SOCIETÁRIA

-Processo de abertura, alterações e encerramento de empresas.

PROTOCOLO RECEPÇÃO

-Arquivamento de documentos de clientes;-Controle interno de emissão e tramitação de documentos;-Retirada e entrega de documentos dos clientes;-Recebimento de documentação em geral relacionada às atividades econômicas dos clientes;-Atendimento telefônico e serviço de fax.

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4MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PROCEDIMENTOS PRISMA CONSULTORIA EMPRESARIAL

CONSULTORIA

a.Orientações sobre calendário mensal das obrigações e tabelas práticas nos âmbitos: tributário federal, tributário estadual, trabalhista e previdenciária conforme legislação vigente.

b.Orientações quanto ao preenchimento de notas fiscais, escriturações dos registros fiscais de todos os livros obrigatórios preenchimento de notas, cálculo de guias em atraso, informação sobre vencimento de impostos e contribuições, dúvidas sobre folha de pagamento, e informações de toda rotina operacional vinculada aos serviços contratados com nossa empresa. As consultas deverão ser formuladas previamente à realização das operações e com tempo hábil para verificação das normas. Serão de exclusiva responsabilidade da empresa, todas as conseqüências advindas da não observação da presente orientação.

Nota: A presente consultoria é voltada para aspectos técnicos contábeis previstos na legislação. Para a eventual contestação de normas a Empresa deverá utilizar sua assessoria legal.

Assessoria

Atividade de apoio técnico voltado às fiscalizações nos âmbitos federal, estadual e municipal.

4.DOCUMENTOS QUE DEVEM SER ENVIADOS PARA A ORGANIZAÇÃO CONTÁBIL

GESTÃO FISCAL

1.Notas fiscais de compras de mercadorias, matérias-primas e ativo imobilizado;

2. Notas fiscais de vendas de mercadorias e prestação de serviços, faturas e notas de cobrança de qualquer natureza;

3. Os comprovantes de recolhimento dos impostos e taxas pagas deverão ser enviados, original ou fotocópia, na qual seja legível a autenticação bancária, ou deve ser anotada a data de pagamento.

GESTÃO DE RH

-Documentos e informações para registro de empregados e elaboração da folha de pagamento;-planilhas de comissões e variáveis de salários, recibos de pagamento a autônomos contratados durante o mês, contendo todos os dados pessoais (nome, endereço, RG, CPF, PIS), para inclusão na GFIP mensal e recolhimento dos encargos incidentes;-Aviso prévio e outras informações para elaboração de rescisões contratuais.

GESTÃO CONTÁBIL

-Extratos Bancários: verificar a seqüência da movimentação da conta; na falta de algum extrato solicitar imediatamente o período faltante, ou solicitar um extrato mensal completo;-Depósito Bancário: anexar cópia do comprovante da origem.-Avisos de Cobrança: anexar cópias das duplicatas;-Enviar todos os avisos bancários, tais como: despesas, transferências, aplicações, débitos, créditos, etc.;-Contratos de seguros, empréstimos, financiamentos, leasing, etc - enviar uma cópia do contrato e do pagamento das parcelas;-Despesas com condução e correio: usar o vale despesas para cada item;-Despesas com refeições, gasolina, álcool, material de limpeza, brindes, conservação, manutenção, e outras pequenas despesas

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5MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PROCEDIMENTOS PRISMA CONSULTORIA EMPRESARIAL

somente poderão ser contabilizadas quando comprovadas com a nota fiscal ao consumidor, cupom fiscal ou nota fiscal de serviços.As faturas de cartões de crédito, mesmo corporativo, sem as respectivas notas fiscais/cupons fiscais, não terão validade. É imprescindível anexar os comprovantes. Na falta destes, o valor será considerado Distribuição de Lucros se houver ou, Pro Labore, com a incidência dos encargos sociais.-Nos recebimentos de duplicatas por caixa, anexar cópia da mesma ao depósito ou anotar a data do recebimento no verso;

Observações:

Ticket de máquinas registradoras (supermercados), comandas, orçamentos, notas de controle interno, despesas particulares (sócios) não devem ser enviadas, pois não possuem valor contábil. Caso sejam pagas com recursos da Empresa, serão considerados Pro Labore indireto (sujeito a encargos sociais) ou Distribuição de Lucros, se existirem reservas.

5.DOCUMENTOS LEGAIS

Os documentos legais de constituição da pessoa jurídica, que devem ser arquivados em pastas próprias para apresentação a fiscalização ou para utilização no cumprimento de obrigações acessórias, são os seguintes:

Principais

-Contrato Social, Ata de Fundação ou Estatuto Social e Atas de Assembléias Gerais;-Alterações Contratuais;-CADESP/DECA – Declaração Cadastral – Secretaria da Fazenda;-CNPJ;-Inscrição na Prefeitura - CCM;

Acessórios

Inscrição em órgãos de Fiscalização Específicos;Termo de Opção pelo Simples Nacional;Alvarás de Funcionamento;CADAN – Cadastro de Anúnciantes.

6.DOCUMENTOS DE AFIXAÇÃO OBRIGATÓRIA

Empresas Optantes pelo Simples Nacional

Obrigações Dispensadas

A Lei Complementar 123/2006 dispensa as Microempresas e as Empresas de Pequeno Porte das seguintes obrigações:– afixação de Quadro de Trabalho em suas dependências;–anotação das férias dos empregados nos respectivos livros ou fichas de registro;– empregar e matricular seus aprendizes nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem;–livro intitulado “Inspeção do Trabalho”; e– comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego a concessão de férias coletivas.Nos termos da Lei Complementar 123/2006, as ME e EPP não estão dispensadas das seguintes obrigações:(a) anotação do horário de trabalho em registro de empregados com a indicação de acordos ou contratos coletivos caso sejam celebrados;

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b) anotação da hora de entrada e saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, para os estabelecimentos de mais de 10 empregados;

c) controle de horário em ficha ou papeleta de serviço externo.

DOCUMENTOS TRABALHISTAS

Nos termos da Lei Complementar 123/2006, as empresas optantes por este sistema tributário estão obrigadas aos seguintes procedimentos:

– anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS);– arquivamento dos documentos comprobatórios de cumprimento das obrigações trabalhistas e previdenciárias, enquanto não prescreverem essas obrigações;– apresentação da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP);– apresentação das Relações Anuais de Empregados, da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).

DEMAIS EMPRESAS

SAÚDE PÚBLICA

PLACA INDICATIVA DA PROIBIÇÃO DE VENDA DE CIGARROSE BEBIDAS PARA MENORES

Obrigados ao cumprimento: estabelecimentos que comercializam cigarros e bebidas

TRABALHISTA

Empregados Menores

a) Quadro de horário de menores - conforme modelo aprovado pela art. 14 da Portaria n. 3626/91 do MRPS

b)Empresa com horários de empregados diferentes de uma mesma seção.

c) Escala de Revezamento

Deverá ser adotado modelo livre de escala de revezamento, ou seja, modelo de sua escolha , sendo obrigatório nos serviços que exijam trabalho aos domingos e feriados, exceto para elencos teatrais . (art.67 da CLT e Lei 605/49)A escala de revezamento deverá ser organizada mensalmente para homens e quinzenalmente para mulheres (art. 386 da CLT)

d) Quadro de horário

Obrigados ao cumprimento: empregadores, exceto micro e pequenas empresas, na forma prevista na Lei Complementar 123/06.

e)Acordos Coletivos

Afixar cópia autenticada das convenções e dos acordos coletivos que efetuar, inclusive o acordo de

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7MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PROCEDIMENTOS PRISMA CONSULTORIA EMPRESARIAL

compensação de menores, que é celebrado entre a empresas e o sindicato representativo da categoria.

f)Segurança do Trabalho

Avisos e placas referentes à manutenção, armazenagem e manuseio de materiais perigosos e insalubres; instalações elétricas; interdição de uso; construção civil; explosivos; localização de extintores; cargamáxima de equipamentos e caldeiras.

CONDIÇÕES DE VENDA A PRAZO: (preço à vista; taxa de juros ao mês, quando prefixada; taxa de juros ao mês que será acrescida ao índice pactuado, quando pós-fixado; taxa incidente de juros ao ano;multa de mora, que não poderá exceder a 2%).

Obrigados ao cumprimento: estabelecimentos comerciais e os prestadores de serviços.

LEGISLAÇÃO ESTADUAL

a) - TRIBUTÁRIA

CARTAZ “SONEGAR É CRIME”

Obrigados ao cumprimento: os estabelecimentos obrigados a emitir nota fiscal.

b) - DEFESA DO CONSUMIDOR

CARTAZ COM TELEFONES E ENDEREÇOS DE ÓRGÃOS (POLÍCIA CIVIL, PROCON e IPEM)

Obrigados ao cumprimento: estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços.

Todos os estabelecimentos industriais, comerciais e de prestação de serviços deverão manter em local visível e acessível, pelo menos um exemplar atualizado do Código de Defesa do Consumidor.

c).FISCALIZAÇÃO SANITÁRIA

CARTAZ DE INDICAÇÃO DO ÓRGÃO SANITÁRIO DE FISCALIZAÇÃO

Obrigados ao cumprimento: estabelecimentos comerciais de gêneros alimentícios, abertos à presença do público, fiscalizados pela Secretaria de Estado da Saúde, diretamente ou por órgão delegado.

OBSERVAÇÕES: Os produtos expostos ao público na vitrine ou dentro do estabelecimento devem ter seus preços obrigatoriamente afixados no próprio produto, de forma visível ao consumidor, bem como prazo de validade dos produtos.

7– RECURSOS HUMANOS – DEPARTAMENTO PESSOAL

7.1 Cuidados Especiais

O cumprimento das obrigações trabalhistas e o recolhimento dos encargos sociais requerem especial atenção, seja pela peculiar condição da relação entre a empresa e seus empregados, ou pela exigüidade de prazos para a execução das muitas rotinas envolvidas, aliadas às severas multas quando de sua não observância.Recomendamos que todos os documentos sejam arquivados de forma individual, para facilitar o atendimento de solicitações tanto por parte da fiscalização como por parte de ex funcionários, no caso de aposentadoria

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ou, pela assessoria jurídica, no caso de demandas judiciais.Os relatórios de folha de pagamento, encargos sociais e guias de recolhimento devem ser arquivados em pastas individuais, assim como, cada funcionário deverá ter o seu prontuário com todos os recibos de pagamento, comunicados, atestados, etc.Além da Consolidação das Leis Trabalhistas outras normas jurídicas norteiam a relação empregatícia tais como normas coletivas, regulamentos internos e legislações esparsas.Tais considerações expressadas neste referido manual não esgotam o assunto.

7.2 Procedimentos de rotinas de pessoal: Admissão de Funcionários

A legislação estabelece prazo de 48 horas para que seja procedido ao registro do empregado.Deve-se evitar, sempre que possível, a contratação ou demissão no período em que a folha de pagamento esteja sendo processada, ou seja, após o dia 20 de cada mês.

Documentos Para a Admissão

-CTPS - Carteira de Trabalho e da Previdência Social (original)-Ficha de Admissão;-Atestado do Exame Médico Admissional;-1 Foto 3X4;-Cópia da cédula de identidade (RG);-Cópia do Cartão de Identificação do Contribuinte (CPF);-Cópia do Título de Eleitor;-Cópia da Carteira Nacional de Habilitação (CNH)- para os motoristas;-Cópia Certificada de Alistamento Militar ou Reservista;-Cópia da Certidão de Casamento;-Cópia das certidões de nascimento dos filhos e dependentes;-Cópia do Cartão de vacinação - filhos menores de 14 anos;(apresentação de atestados de freqüência escolar);-Relação de dependentes identificados pelo nome, grau de parentesco e idade;

Na Ficha de Admissão deverão constar os principais dados do empregado, tais como: nome, endereço, estado civil, função, salário (por mês, hora ou tarefa) e horário de trabalho.As cópias de documentos fornecidas deverão ser devolvidas ao empregado, após sua utilização, no prazo máximo de 5 (cinco) dias, tendo em vista ser crime a retenção de documentos, ainda que sob aforma de cópia (Lei 5553/68).

A CTPS deve ser devolvida em, no máximo, 48 horas. (art. 29 da CLT )

Informações adicionais poderão ser solicitadas.

7.3 Contrato de Experiência

O contrato de experiência pode ser prorrogado uma única vez, com duração máxima de noventa dias.Para admissões - com período de experiência - observar quanto à rotina de anotações nos devidos documentos trabalhistas (ficha de registro – CTPS).Alerte-se que se não houver interesse na continuidade do empregado, o contrato de experiência não pode superar a data limite, sob pena de ser considerado um contrato por prazo indeterminado, surgindo novamente a necessidade da concessão de aviso-prévio e do pagamento da multa do FGTS para a rescisão contratual.Caso o término do contrato ocorra em dia não útil, a comunicação da rescisão deverá ser antecipada e o pagamento deverá ocorrer no 1º dia útil, subsequente ao da rescisão.

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7.4 – Rescisão do Contrato de Trabalho

Aviso Prévio

O aviso prévio deverá ser concedido pela parte que provoca a rescisão do contrato de trabalho e tem a duração mínima de 30 dias.Durante o aviso prévio, caso a rescisão tenha sido promovida pelo empregador, o horário normal do empregado será reduzido de duas horas diárias, podendo a redução ser convertida em ausências desete dias corridos. (art. 488 da CLT).Quando a rescisão for promovida pelo empregado e o mesmo não conceder o aviso prévio ao empregador, este poderá descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo.O prazo para a quitação e homologação é o primeiro dia útil após o término do aviso prévio trabalhado.Caso o aviso prévio seja indenizado, o prazo passa a ser o décimo dia, contado a partir da comunicação da dispensa.

Nos casos de empregados com mais de 1 ano de serviço na empresa haverá necessidade de homologação no sindicato da categoria profissional do trabalhador ou no Ministério do Trabalho, observando os preceitos da IN 3 /02 SRT da SRT

Na elaboração do Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho, as verbas rescisórias deverão obedecer à legislação trabalhista e a Convenção Coletiva da categoria, a qual poderá conceder benefícios adicionais por idade, tempo de serviço, dentre outras.

Documentos Necessários

Empregados com mais de 1 (um) ano:

-Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho;-Demonstrativo de cálculo de médias, se houverem;-Comprovante de depósito bancário ao ex- empregado no valor das verbas rescisórias;-CTPS - Carteira de Trabalho e Previdência Social atualizada;-Livro ou Ficha de Registro de Empregados;-Comprovante de Aviso Prévio;-CD/SD - Comunicado de Dispensa Requerimento do Seguro desemprego;-Comprovante do recolhimento da multa do FGTS;-Extrato do FGTS (nos casos de dispensa pelo empregador);-Demonstrativo de cálculo da multa do FGTS;-Chave do Conectividade Social;-Atestado Médico Demissional;-06 últimas guias do FGTS – GFIP;-GRFF;-GRCU - contribuições sindicais;-Carta de Preposição.-Convenção Coletiva da categoria.

OUTROS DOCUMENTOS PODERÃO SE SOLICITADOS PELA FISCALIZAÇÃO.

Procedimentos Especiais

Modalidade de Rescisão: Dispensa Sem Justa – Da Indenização Adicional

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10MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PROCEDIMENTOS PRISMA CONSULTORIA EMPRESARIAL

Na ocorrência da dispensa sem justa causa trinta dias que antecedem a data-base da categoria, a Lei 7238/84 estabelece uma indenização adicional correspondente ao salário mensal no valor devido na data da comunicação da demissão, integrado pelos adicionais legais ou convencionados, ligados à unidade de tempo (mês), não sendo computável a gratificação natalina. (Res. 15/l985, DJ 09. 12. l985).

Normas Coletivas

Para elaboração de o TRCT necessário verificar cláusulas sociais e econômicas do instrumento coletivo da categoria para fins de rescisão de contrato de trabalho.

7.5.FÉRIAS

7.5.1. Férias Individuais

A cada período de 12 meses o trabalhador tem direito a 30 dias de férias individuais, sem prejuízo de sua remuneração.O art.7º, Inciso XVII da Constituição Federal de 1988 assegura o pagamento do abono constitucional sobre o valor da remuneração.Será facultado ao empregado converter 1/3 do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes.O abono pecuniário dever ser requerido até 15 dias antes do términodo período aquisitivo.O abono pecuniário não será devido para contratos a tempo parcial.

7.5.2 Concessão

As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período nos 12 (doze) meses subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito.A época da concessão das férias será prerrogativa do empregador.Membros de uma família, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar de férias no mesmo período, se assim o desejarem e se disto não resultarprejuízo para o serviço.Aos menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de 50 (cinqüenta) anos de idade , as férias serão sempre concedidas de uma só vez.A Empresa não poderá permitir o vencimento do segundo período aquisitivo de férias, sem a devida concessão, sob pena de pagamento em dobro do respectivo valor.

7.5.3 Comunicação e Anotação

As férias deverão ser comunicadas por escrito ao empregado com antecedência mínima de trinta dias.O empregado não poderá entrar em gozo das férias sem que apresente ao empregador sua CTPS para que seja anotada a respectiva concessão.A concessão das férias será igualmente, anotada nos livros ou nas fichas de registro dos empregados.

7.5.4 Pagamento

O pagamento das férias deverá ser efetuado até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período. A não obediência desta regra poderá acarretar o pagamento das férias em dobro, mesmo que não tenha ocorrido o vencimento do 2º período aquisitivo.

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11MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PROCEDIMENTOS PRISMA CONSULTORIA EMPRESARIAL

7.5.5 Perda do Direito

Não terá direito às férias o empregado que no curso do período aquisitivo permanecer em licença remunerada por mais de 30 dias ou tiver sido afastado pela Previdência Social por mais de 6 (seis) meses, ainda que descontínuos.Haverá redução da duração das férias quando houver mais de cinco faltas injustificadas durante o período aquisitivo.

7.5.6 Férias Coletivas

Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados de uma empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da empresa.Poderão ser gozadas em dois períodos anuais, desde que seja inferior a 10 (dez) dias corridos.O empregador comunicará ao órgão local do Ministério do Trabalho, com a antecedência mínima de 15 (quinze) dias as datas de início e fim das férias, precisando quais os estabelecimentos ou setores abrangido pela medida.

7.6.HORÁRIO DE TRABALHO

7.6.1 Duração

Jornada de Trabalho

Jornada de trabalho é o número de horas diárias em que o empregado fica à disposição do empregador.Legalmente, a jornada de trabalho não pode ultrapassar 8 horas diárias nem 44 semanais, podendo o contrato de trabalho fixar jornadas inferiores (art. 58 da CLT e inc. XIII do art. 7º daConstituição Federal).Para os turnos de trabalho considerados contínuos, a Constituição Federal limitou a jornada de trabalho em 6 horas diárias. Para determinados trabalhos, a exemplo: telefonista, ascensoristas, digitadores a legislação trabalhista determina jornadas de trabalho especiais.Os limites da jornada de trabalho baseiam-se no princípio da resistência física e psicológica do ser humano. As jornadas de 8 horas fundamentam-se em que, tendo o dia 24 horas, 8 são para repouso, 8 para o lazer e convívio familiar e 8 para o trabalho.

7.6.2. Prorrogação da Jornada

A prorrogação ocorre quando a jornada de trabalho, diária ou semanal, ultrapassar os limites estabelecidos.Para efeito de pagamento, a hora-extra equivale ao valor da hora mensal com acréscimo de 50%, no mínimo quando realizada em dias normais, e 100%, nos domingos e feriados.Acordo ou convenção coletiva de trabalho deverá constar, obrigatoriamente, a importância da remuneração da hora suplementar, que será, pelo menos, 50% (cinqüenta por cento) superior à da hora normal. (art. 59, §2º. da CLT).As horas extras habituais integram a remuneração do repouso semanal remunerado, calculadas pela sua média.Consoante legislação vigente as horas extras não podem ultrapassar o limite de duas horas diárias, salvo para atender necessidade absoluta do serviço, como serviços inadiáveis. Neste caso o Ministério do Trabalho e Emprego, por meio de suas Delegacias Regionais (DRTs), deve ser comunicado no prazo de 10 dias.O art. 61 e seus parágrafos da CLT determinam que, em casos de necessidade imperiosa ou de força maior (ex.: inundação, incêndio, etc.), a remuneração da hora-extra seja feita sem acréscimo, podendoa prorrogação, nessa hipótese, ultrapassar o limite legal.“A supressão, pelo empregador, do serviço suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos

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12MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PROCEDIMENTOS PRISMA CONSULTORIA EMPRESARIAL

um ano, assegura ao empregado o direito à indenização correspondente ao valor de um mês das horas suprimidas para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de serviço acima da jornada normal. O cálculo observará a média das horas suplementares efetivamente trabalhadas nos últimos 12 meses, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supressão”. (Súmula nº 291 do TST).

7.6.3 Compensação de Horas

As horas que excedam a carga horária normal, diária ou semanal, poderão se compensadas, com diminuição de horas de trabalho em outro dia, sem que seja necessário o pagamento de adicional dehoras extras.

7.6.4 Compensação Semanal

Ocorre quando o empregado trabalha mais de 8 horas em determinado dia da semana, compensando com a diminuição das horas de trabalho em outro dia nos termos do parágrafo 2º do art. 59 da CLT;Poderá ocorrer a compensação habitual, isto é, todas as semanas ou em determinadas semanas do mês.Para que realize a referida compensação será necessário acordo escrito entre empregado e empregador.

7.6.5. Compensação de dias Intermediários a Feriados

Esta compensação ocorre nos casos em que a empresa estabelece “fins de semana prolongados”, quando feriados recaem em terças ou quintas-feiras, sendo as segundas ou sextas-feiras compensadas.Os critérios para esse tipo de compensação são estabelecidos pelo empregador.Para a implantação do critério de compensação faz necessário o empregador providenciar comunicação interna.Os empregados que, por necessidade do serviço, trabalham nesses dias não irão compensá-los.

7.6.6 A Jornada de Trabalho quanto à profissão

A legislação estabelece jornadas especiais para ferroviários, médicos, telefonistas, jornalistas, bancários, cabineiros de elevadores, etc.

7.6.7 Cartão de Ponto - controle

Da obrigatoriedade

Nos estabelecimentos que contarem com mais de 10 empregados, será obrigatório a marcação da hora de entrada e saída.- A marcação de ponto pode ser:- mecânico- eletrônico- manuscrito

Pessoas excluídas do ponto:

- aquelas que exercem cargo de confiança;- aquelas que trabalhem em serviços externos não sujeitos ao horário;

Dos serviços externos – Quando o trabalho for executado integralmente fora do estabelecimento, a marcação da jornada será efetuada em ficha ou papeleta de serviço externo que ficará em poder do empregado. (§3º art. 74 da CLT).

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13MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PROCEDIMENTOS PRISMA CONSULTORIA EMPRESARIAL

O empregado que exerce suas funções interna e externamente, em determinados dias da semana, entende-se que deverá utilizar além do controle da jornada de norma de trabalho, a papeleta de serviço externo.

7.6.8 Quadro de Horários

O art. 433 da CLT estabelece que a empresa deverá afixar em local visível e com caracteres facilmente legíveis o quadro de horário de trabalho dos menores.

7.6.9 Dispensa do Quadro de Horário

O art. 13 da Portaria 3626/91, dispensa o quadro do horário às empresas que adotarem os registros mecânicos, manuais, ou eletrônicos individualizados contendo o horário de trabalho (entrada, saída e intervalo para descanso ou refeição).

7.6.10 Modelo do Quadro de Horário Permanece o modelo de quadro de horário aprovado pela Portaria 576/41 MTE.

7.6.11 Ocorrências a serem apontadas no cartão de ponto

- horas normais de trabalho;- horas extraordinárias;- atrasos;- faltas (justificadas e injustificadas);- horas noturnas de trabalho.

7.6.12 O Cartão de Ponto deve conter no cabeçalho:

- nome do empregado;- horário de entrada;- intervalo para descanso ou refeição;- horário de saída.

7.6.13 Autenticação do Ponto

Cartão de Ponto Mecânico

Declaração do empregado confirmando sua freqüência constante no cartão de ponto.

7.6.14 Cartão de Ponto Eletrônico

Declaração é feita na copia do extrato mensal emitido pelo computador.

7.6.15 Cartão de Ponto Registro Manuscrito

É necessário que o empregado rubrique, todos os dias, no final de sua jornada a anotação constante dos horários de trabalho.

7.6.16 Rasura

Toda rasura ou erros devem ser acompanhados de memorando explicativo do empregado.

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14MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PROCEDIMENTOS PRISMA CONSULTORIA EMPRESARIAL

7.6.17 Guarda do Cartão de Ponto

Cartão ou livro de ponto devera ficar arquivado por um período de sete anos.A duração normal da jornada de trabalho não deverá ser superior a 8 horas diárias, se não fixado outro limite inferior no contrato de trabalho, salvo se houver acordo para prorrogação ou compensação.

7.6.18 Trabalho Noturno

Trabalho noturno é a jornada de trabalho das 22:00h as 05:00h do dia seguinte.A hora do trabalho noturno será o equivalente a 52 minutos e 30 segundos.A hora noturna é remunerada com adicional de 20% sobre a hora normal.

7.6.19 Intervalo para repouso e alimentação

Não excedendo de seis horas o trabalho, será entretanto, obrigatório um intervalo de quinze minutos quando a duração ultrapassarm quatro horas.

7.6.20 Intervalo entre jornadas

O intervalo entre as jornadas de trabalho não pode ser inferior a 11:00 horas.

7.7. BANCO DE HORAS

O sistema do Banco de Horas - tem como objetivo reduzir o custo na folha de pagamento pelas horas extras efetuadas.Este sistema possibilita que estas horas extras possam utilizadas na redução da jornada de trabalho em outra época.

7.7.1 Da prorrogação e compensação

A jornada legal de trabalho poderá ser prorrogada até duas horas diárias.Na ocorrência de aumento da jornada diária de trabalho (limite máximo de duas horas) a compensação consistirá na supressão horas de trabalho em outros dias da semana.A compensação de horas de trabalho poderá abranger a todos os empregados, respeitados as condições legislativas que regem os empregados menores.

7.7.2 Instituição do Banco de Horas

Para criação do Banco de Horas será necessário estabelecer acordo ou convenção coletiva , estabelecendo condições:

1. A quantidade máxima de horas que poderá ser compensada, o período de tempo em que elas poderão ser acumuladas.

2. A forma de pagamento no caso de não ocorrer à compensação como também o pagamento dos reflexos e integrações (férias , 13 sal., DSR)

Não havendo previsão na convenção coletiva poderá ser realizado celebrado acordo coletivo, com assistência do sindicato da categoria dos empregados.A partir da assinatura do acordo, no prazo de 08 dias, empresa deverá depositar, na Delegacia Regional do Trabalho, para fins de registro e arquivamento.

Page 15: Manual de Orientacao e Procedimentos

15MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PROCEDIMENTOS PRISMA CONSULTORIA EMPRESARIAL

Uma das vias autenticadas pela DRT deverá ser fixada no estabelecimento – área de fácil acesso para fins de fiscalização trabalhista.

O acordo coletivo entrará em vigor, após 3 dias da data via entregue à DRT e terá duração máxima de dois anos.

7.7.3 Rotinas de registro

Com a celebração do acordo de compensação de horas de trabalho, a empresa deverá providenciar a os registros nas fichas ou livros de registros.

7.7.4 Limite de horas

Pelos dispositivos legais a jornada não poderá ultrapassar a 10 horas diárias, portanto não poderá haver excesso de duas horas extras

7.8.REPOUSO SEMANAL REMUNERADO

A cada semana completa de trabalho, isto é, sem faltas ou atrasos, o empregado tem direito a um repouso remunerado, comumente chamado de DSR (Lei nº 605/49 e Decreto nº 27.048/49).

São requisitos para a concessão do DSR:

- descanso consecutivo de, no mínimo, 24 horas;- uma vez por semana, de preferência aos domingos;- os feriados são considerados também descanso semanal remunerado e recebem o mesmo tratamento.

Não sendo possível, a concessão do descanso semanal aos domingos, esse deverá ser compensado em outro dia da semana.No cálculo do salário do empregado mensalista já está embutido o valor do repouso. Assim, sendo em caso de não-cumprimento integral da jornada semanal de trabalho, o empregador pode descontar de seu empregado um dia de trabalho, a título de DSR.Não concedendo o repouso remunerado, o empregador é obrigado a remunerá-lo.

7.9.ESCALA DE REVEZAMENTO

Devido às exigências técnicas das atividades da empresa, é necessária a execução dos serviços seja realizado nos dias de repouso, garantindo a devida remuneração.Nos serviços que exijam trabalho ao domingos será estabelecida uma escala de revezamento, mensalmente organizada e constando de quadro sujeito à fiscalização.

7.9.1 Faltas e Atrasos

Faltas e atrasos são ausências do empregado ao serviço. Faltas são ausências por um dia inteiro ou mais de trabalho. Atrasos são ausências do trabalho por algum tempo. As saídas antecipadas recebem o mesmo tratamento dos atrasos.

7.9.2 Ausências Legais

As ausências legais são aquelas que a lei ou norma coletiva determina que o empregador pague ao seu empregado o correspondente ao período em que este faltou. As principais ausências legais são aquelas previstas no art. 473 da CLT.

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16MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PROCEDIMENTOS PRISMA CONSULTORIA EMPRESARIAL

7.9.3 Justificadas

São ausências que têm o seu valor descontado do salário do empregado, embora não acarretem desconto do DSR. Essas ausências não repercutem nas férias, nem na avaliação e desempenho.O critério de justificação deve basear-se em motivo justo para o não comparecimento ao trabalho, mas que poderia ser evitado.

7.9.4 Injustificadas

São aquelas que, além do desconto do salário correspondente, acarretam o desconto do DSR, interferindo em férias e influenciando na avaliação do funcionário.O motivo injusto para o não compadecimento é aquele que não impediria o comparecimento do empregado ao serviço.É importante estar atento para os conceitos acima, pois o empregado que se ausentou do serviço e recebeu o pagamento do período correspondente à ausência, ou que, não tendo recebido salário, recebeu o DSR da semana em que ocorreu a ausência, não pode, por essa ausência, ser punido com advertência, suspensão ou dispensa, nem ver diminuído seu período de férias.

7.10 REMUNERAÇÃO

7.10.1 Pagamento dos salários

A periodicidade do pagamento de salários não pode ser superior a 1 mês, devendo ser efetuado até o 5º. dia útil do mês subseqüente ao vencido.

Note-se que para determinação do 5º. Dia útil, deverá ser incluído o Sábado como dia trabalhado, conforme determina a legislação trabalhista.

7.10.2 Adiantamento Salarial

O adiantamento salarial é a forma utilizada pelo empregador, por liberalidade ou por cumprimento de acordo ou convenção coletiva de trabalho, em que ocorre o pagamento antecipado de parte do salário do empregado, que será deduzida quando do pagamento do salário mensal.

7.10.3 Verbas que integram a remuneração.

Dos elementos que compõem a remuneração, o salário é a importância fixa efetivamente paga ao empregado.O salário pode ser fixado por mês, dia, hora ou tarefa, caracterizando assim a condição de empregado mensalista, diarista, horista ou tarefeiro.Remuneração é toda importância paga pelo empregador ao seu empregado como contraprestação do trabalho (art. 457 a 467 da CLT).Principais parcelas que compõem a remuneração:- salário;- adicionais;- abonos;- gratificações;- prêmios ou comissões;- salário utilidade, in-natura ou em espécie;- gorjetas.

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17MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PROCEDIMENTOS PRISMA CONSULTORIA EMPRESARIAL

7.10.4 Da Equiparação salarial

Sendo idêntica a função a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade.

7.10.5 Da redução salarial

A legislação trabalhista assegura proteção aos salários em diversos aspectos, como por exemplo:

a).salário irredutível, ou seja, enquanto o empregado estiver prestando serviços a um mesmo empresário, num mesmo contrato de trabalho, seu salário não poderá sofrer qualquer redução, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo. CF art. 7º. VI;

b) nas hipóteses de falência ou concordata do empregador , subsiste a este a obrigatoriedade de pagamento de salários - (art. 449 CLT );

c) o salário é impenhorável, com exceção para o pagamento de pensão alimentícia;

d) o salário é irrenunciável, ou seja, qualquer acordo realizado entre empregador e empregado onde este último renuncia ao pagamento de seu salário, é considerado nulo - CLT, art. 9º.

7.10.6 Do aumento salarial.

O aumento salarial ocorrerá a cada 12 meses. Qualquer aumento concedido pela empresa em intervalo inferior será considerado como espontâneo e o aumento legal deverá ser calculado sobre esta nova base.A legislação trabalhista, assim como diversas entidades sindicais, não reconhecem a figura da antecipação de dissídio. Ficará a critério de cada empresa a concessão ou não de reajustes fora da data base.

7.11. PROTEÇÃO À MATERNIDADE

Não constituirá justo motivo para rescisão de contrato de trabalho da mulher o fato de haver contraído matrimônio ou de encontrar-se grávida.A empregada gestante tem direito à licença maternidade de 120 dias, sem prejuízo do emprego e do salário

7.11.1 Empregada - adotante

A empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança será concedida licença-maternidade .(art. 392 da CLT).No caso de adoção ou guarda judicial de criança até 1 (um) ano de idade, o período de licença será de 120 (cento e vinte) dias.No caso de adoção ou guarda judicial de criança a partir de 1 (um) ano até 4 (quatro) anos de idade, o período de licença será de 60 (sessenta) dias.No caso de adoção ou guarda judicial de criança a partir de 4 (quatro) anos até 8 (oito) anos de idade, o período de licença será de 30 (trinta) dias.A licença-maternidade só será concedida mediante apresentação do termo judicial de guarda à adotante ou guardiã.

7.11.2. VALE TRANSPORTE

Trata –se de benefício que o empregador , pessoa física ou jurídica, antecipará ao empregado para utilização efetiva em despesas de deslocamento residência - trabalho e vice–versa , através do sistema de transporte

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18MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PROCEDIMENTOS PRISMA CONSULTORIA EMPRESARIAL

coletivo publico , urbano ou intermunicipal e interestadual com características semelhantes interestadual com características semelhantes aos urbanos, geridos diretamente ou mediante concessão ou permissão de linhas regulares.É devido aos trabalhadores em geral. É custeado pelo empregador na parcela que excede a 6% do salário do empregado. Sua aquisição deve ser comprovada através de recibo emitido pelas empresas autorizadas à venda deste.São beneficiários do vale transporte os trabalhadores em geral e os servidores públicos federais, tais como:

a) os empregados celetista;b) empregados domésticos,c) os trabalhadores de empresas do trabalho temporário;d) dos empregados em domicílio;e) empregados do sub-empreteiro, em relação a esta e aoempreiteiro principal;f) atletas profissionais;g) servidores da União, do Estado, Distrito Federal, Territórios e suas autarquias, qualquer que seja o regime jurídico, a forma de remuneração e prestação.

7.12. GRATIFICAÇÃO NATALINA

7.12.1 – Normas Gerais

A gratificação Natal também chamado 13º. Salário é devido a todo empregado urbano, rural ou doméstico, bem como também aos trabalhadores avulsos, independentemente da remuneração por estes percebida.A gratificação corresponderá a um doze avos da remuneração devida em dezembro, por mês de serviço, do ano correspondente. A fração igual ou superior a quinze dias de trabalho será havida como mês integral para efeito de cálculo da percepção do um doze avos da remuneração de dezembro.O 13º Salário deverá ser pago em duas parcelas, sendo a primeira entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano , e a segunda até 20 de dezembro.

7.12.2 Antecipação por ocasião da concessão de férias

A primeira parcela do décimo terceiro salário poderá ser paga por ocasião da concessão das férias, sempre que o empregado assim o solicitar até 31 de janeiro do ano a que se refere.

7.12.3 Prazo para Pagamento

Se a primeira parcela não for paga juntamente com a remuneração das férias, a mesma deverá ser quitada até o dia 30 de novembro do ano correspondente. O saldo, ou seja, a segunda parcela deverá ser paga até o dia 20 de dezembro do respectivo ano.

7.13. FISCALIZAÇÃO

As empresas estão obrigadas a cumprir uma série de obrigações, que são comprovadas através de documentos. Estes documentos, sempre que exigidos, devem ser exibidos à fiscalização do trabalho eda previdência social.As empresas que não cumprirem as obrigações trabalhistas, previdenciárias e as relativas ao FGTS estão sujeitas às penalidades previstas na legislação.

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19MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PROCEDIMENTOS PRISMA CONSULTORIA EMPRESARIAL

7.13.1 Acesso da Fiscalização

A prerrogativa do Auditor Fiscal do Trabalho de ter livre acesso a todas as dependências dos estabelecimentos sujeitos ao regime da legislação trabalhista compreende não só o direito de ingressara mas também de permanecer no local para fins de ação de fiscalização.

7.13.2 Normas Regulamentadoras

As empresas de acordo com normas do Ministério do trabalho, estão obrigadas a manter os serviços, os locais de trabalho e suas instalações de modo a não ocasionar perigo à vida e à saúde doempregado.Dentre as principais normas regulamentadoras cumpre-se destacar: • PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional;• PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais;• CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes;• EPI – Equipamentos de Proteção Individual;

8.PREVIDENCIAL SOCIAL

8.1 Do Contribuinte Individual

De acordo com o Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto nº 3.048/99, art. 9º, com redação dada pelos Decretos nº 3.265/99 e nº 4.032/01 e novo entendimento dado pela IN SRP nº 03/2005, são segurados obrigatórios da previdência social, na qualidade de contribuinte individual.

8.2 Atividades urbanas

a) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não;b) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego;c) o médico residente contratado na forma da Lei nº 6.932 de 1981, alterada pela Lei nº 8.138 de 1990;d) o condutor autônomo de veículo rodoviário, assim considerado o que exerce atividade profissional sem vínculo empregatício, quando proprietário do imóvel, co-proprietário ou promitente comprador deum só veículo;e) os auxiliares de condutor autônomo de veículos rodoviários, no máximo de dois, conforme previsto no art. 1º da Lei 6.094 de 30 de agosto de 1974, que exercem atividade profissional em automóvel cedido em regime de colaboração;f) o comerciante ambulante que, pessoalmente, por conta própria e a seu risco, exerce pequena atividade comercial em via pública ou de porta em porta, nos termos da Lei nº 6.586 de 6 de novembro de 1978;g)o diarista, assim entendida a pessoa física que, por conta própria, presta serviços de natureza não contínua à pessoa, à família ou à entidade familiar, no âmbito residencial desta, em atividades sem fins lucrativos;h)o pequeno feirante que compra para revenda produtos hortifrutigranjeiros ou assemelhados;i) a pessoa física que habitualmente edifica obra de construção civil com fins lucrativos;j) o incorporador de que trata o art. 29 da Lei nº 4.591 de 16 de dezembro de 1964; ek) o bolsista da Fundação Habitacional do Exército contratado em conformidade com a Lei nº 6.855 de 18 de novembro de 1980.

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20MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PROCEDIMENTOS PRISMA CONSULTORIA EMPRESARIAL

8.2.1 Sócios, associados, diretores e dirigentes e em geral

a) o titular de firma individual urbana ou rural;b) o diretor não empregado e o membro de conselho de administração na sociedade anônima que, participando ou não do risco econômico do empreendimento, seja eleito por assembléia geral dos acionistas, para cargo de direção de sociedade anônima, desde que não mantidas as características inerentes à relação de emprego;c) todos os sócios, nas sociedades em nome coletivo e de capital e indústria;d) o sócio gerente e o sócio cotista que recebam remuneração decorrente de seu trabalho na empresa e o administrador não sócio e não empregado na sociedade limitada, urbana ou rural, conforme definido na Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002;e) o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, bem como o síndico ou administrador eleito para exercer atividade de direção condominial, desde que recebam remuneração;f) o administrador, exceto o servidor público vinculado a regime próprio da previdência social, nomeado pelo poder público para o exercício do cargo de administração em fundação pública de direitoprivado;g) o síndico da massa falida e o comissário de concordata, quando remunerados;h) o membro do conselho fiscal de sociedade ou entidade de qualquer natureza, desde que remunerado;i) o membro do conselho tutelar de que trata o art. 132 da Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990, quando remunerado;j) o interventor, o liquidante, o administrador especial e o diretor fiscal de instituição financeira;k)o trabalhador associado à cooperativa de trabalho, que, nesta condição, presta serviços a empresas ou pessoas físicas, mediante remuneração ajustada ao trabalho executado; el) o trabalhador associado à cooperativa de produção, que, nesta condição, presta serviços à cooperativa, mediante remuneração ajustada ao trabalho executado.

8.3 Tributação Previdenciária - Simples Nacional

Por meio da Instrução Normativa RFB nº 761/2007, novas alterações da Instrução Normativa MPS/SRP nº 03 de julho de 2005, em relação às normas gerais de tributação previdenciária e de arrecadação de contribuições das microempresas ou empresas de pequeno porte optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional).Desta forma a Instrução Normativa MPS/SRP nº 03/2005 passa a vigorar com as regras a seguir.

8.3.1 Empresas optantes pelo Simples Nacional

Nos termos do artigos 13 e 18 da Lei Complementar nº 123/2006, em substituição às contribuições de que trata o art. 22 da Lei nº 8.212/1991 a microempresa (ME) e a empresa de pequeno porte (EPP) optantes pelo Simples Nacional contribuem na forma estabelecida a seguir elencadas:a) 20% sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa, caso estejam relacionadas no anexo IV;b) 20% sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhe prestem serviços, caso estejam relacionadas no anexo IV;c) para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58 da Lei 8.213/1991, e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais dotrabalho, sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos, caso estejam relacionadas no anexo IV:

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21MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PROCEDIMENTOS PRISMA CONSULTORIA EMPRESARIAL

c.1) 1% para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve;c.2) 2% para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado médio;c.3) 3% para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado grave.d)15% sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho.A referida substituição do dispositivo do art. 22 da Lei nº 8.212/1991 não se aplica às pessoas jurídicas que se dediquem às atividades de prestação de serviços previstas nos incisos XIII e XV a XXVIII do § 1º do art. 17 da Lei Complementar 123/2006, com nova redação dada pela Lei Complementar nº 127/2007. Estão inseridas nesta regra, as seguintes atividades:- construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de sub-empreitada;- empresas montadoras de estandes para feiras;- escolas livres, de línguas estrangeiras, artes, cursos técnicos e gerenciais;- produção cultural e artística;- produção cinematográfica e de artes cênicas;- cumulativamente administração e locação de imóveis de terceiros;- academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes marciais;- academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de esportes;- elaboração de programas de computadores, inclusive jogos eletrônicos, desde que desenvolvidos em estabelecimento do optante;- licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação;- planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas, desde que realizados em estabelecimento do optante; escritórios de serviços contábeis;- serviço de vigilância, limpeza ou conservação;

Para as citadas atividades, o recolhimento previdenciário deverá ser realizado segundo a legislação aplicável aos demais contribuintes ou responsáveis.

8.4 - Das contribuições sociais

As empresas optantes pelo Simples Nacional serão obrigadas a arrecadar e recolher, mediante desconto ou retenção, as contribuições devidas:a) pelo segurado empregado, podendo deduzir, no ato do recolhimento, os valores pagos a título de salário-família e saláriomaternidade;b) pelo contribuinte individual, a partir de abril de 2003, na forma dos arts. 79 a 84 da Instrução Normativa MPS/SRP nº 03/2005;c) pelo segurado, destinadas ao SEST e ao SENAT, no caso de contratação de contribuinte individual transportador rodoviário autônomo;d) pelo produtor rural pessoa física ou pelo segurado especial, incidentes sobre o valor bruto da comercialização de produto rural, na condição de sub-rogadas;

e) pela associação desportiva, incidente sobre a receita bruta decorrente de contrato de patrocínio, de licenciamento de uso de marcas e símbolos, de publicidade, de propaganda e de transmissão de espetáculos desportivos, quando forem as patrocinadoras; ef) pela empresa contratada, incidente sobre o valor bruto da nota fiscal, fatura, ou recibo de prestação de serviço mediante cessão de mão-de-obra ou empreitada, na forma dos arts. 140 e 172 da Instrução Normativa MPS/SRP nº 03/2005.

8.5 Da retenção de 11% sobre nota fiscal de prestação de serviços

As empresas optantes pelo Simples Nacional que prestarem serviços mediante cessão de mão-de-obra ou

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22MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PROCEDIMENTOS PRISMA CONSULTORIA EMPRESARIAL

empreitada estão sujeitas à retenção referida no art. 31 da Lei nº 8.212/1991, sobre o valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços emitidos.

8.6 Folha mensal de pagamento

As empresas optantes pelo Simples Nacional ao elaborarem a folha de pagamento mensal, nos termos do inciso III do art. 60 da instrução, destacando a remuneração dos trabalhadores que se dediquem:

a) exclusivamente a atividade enquadrada nos anexos I a III da Lei Complementar nº 123/2006;

b) exclusivamente a atividade enquadrada nos anexos IV e/ou V da Lei Complementar nº 123/2006;

c) ao exercício concomitante de atividades, do Anexo I a III e Anexo IV a V

8.7 Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de

Serviço e Informações à Previdência Social - GFIP

As empresas optantes pelo Simples Nacional deverão informar mensalmente, em GFIP, a remuneração dos trabalhadores, destacando-a por estabelecimento, na forma dos incisos “a”, “b” e “c” do item VIII, de acordo com as regras estabelecidas no Manual da GFIP.

8.8 Contribuições sociais destinadas à Previdência Social

As empresas optantes pelo Simples Nacional, no que se refere às contribuições sociais previstas no art. 22 da Lei nº 8.212/1991, serão tributadas da seguinte forma:- as contribuições incidentes sobre a remuneração dos trabalhadores referidos no inciso “a” do item VIII serão substituídas pelo regime do Simples Nacional;- as contribuições incidentes sobre a remuneração dos trabalhadores referidos no inciso “b” do item VIII serão recolhidas segundo a legislação aplicável aos demais contribuintes e responsáveis; e- as contribuições incidentes sobre a remuneração dos trabalhadores referidos no inciso “c” do item VIII serão proporcionais à parcela da receita bruta auferida nas atividades enquadradas no anexo IV e/ou V da Lei Complementar nº 123/2006, em relação à receita bruta total auferida pela empresa.A contribuição a ser recolhida à Previdência Social destinada ao exercício concomitante de atividades, corresponderá ao resultado da multiplicação do valor da contribuição calculada conforme o disposto no art. 22 da Lei nº 8.212/1991, pela fração, cujo numerador é a receita bruta auferida nas atividades enquadradas no anexo IV e/ou V da Lei Complementar nº 123/2006, e o denominador é a receita bruta total auferida pela empresa.A contribuição definida neste item XI se aplica, inclusive, à contribuição prevista no inciso IV do art. 22 da Lei nº 8.212/1991, relativa aos trabalhadores que prestam serviços por intermédio de cooperativa de trabalho à ME ou à EPP, levando-se em consideração o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviço.Para fins de apuração de valores da nota fiscal/fatura emitida pela cooperativa, as ME e as EPP deverão ratear o valor do citado documento de prestação de serviço em:a) montante correspondente à prestação de serviços em atividades exclusivamente enquadradas nos anexos de I a III da Lei Complementar nº 123/2006;b) montante correspondente à prestação de serviços em atividades exclusivamente enquadradas nos anexos de IV a V da LeiComplementar nº 123/2006; ec) montante correspondente à prestação concomitante de serviços em atividades enquadradas nos anexos IV ou V, em conjunto com outra que se enquadre em um dos anexos de I a III, da Lei Complementar nº

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23MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PROCEDIMENTOS PRISMA CONSULTORIA EMPRESARIAL

123/2006. A contribuição devida, em relação aos serviços prestados em conformidade com cada um dos incisos anteriores será:- no caso do inciso “a”, substituída pelo regime do Simples Nacional;- no caso do inciso “b”, calculada à alíquota de 15% sobre o montante correspondente; e- no caso do inciso “c”, calculada à alíquota de 15%, multiplicando-se o resultado pela fração a que se refere ao inciso “c” do item IX.

9.SERVIÇOS DE TERCEIROS

Toda e qualquer atividade empresarial pode utilizar-se de serviços contratados de terceiros, a saber:

9.1 Pessoas Físicas

Pessoas Físicas são aquelas que estão registradas como autônomas nas Prefeituras Municipais e junto ao INSS, e devem apresentar RPA (recibo de pagamento a autônomos), Nota Fiscal de Serviços ou Recibos, na forma determinada na legislação específica.

Os cuidados na contratação desses profissionais são os seguintes:

•Exigir,eseprecisoemitirocompetenteRPA(recibodepagamentoaautônomo),descrevendoadequadamenteos serviços prestados, todos os dados cadastrais do prestador dos serviços, incluindo RG, CPF, número do PIS ou do NIT, endereço completo, pois essas informações serão necessárias no eventual preenchimento da GFIP, DIRF, bem como ao fornecimento do informe de rendimentos obrigatório;•Descontardosvaloresaserempagospelafonte,doImpostodeRendanaFonte,INSSeISS,quandocouber,de acordo com a legislação vigente e exigir a declaração de dependentes do Imposto de Renda para os casos que assim o exigirem;• Ovalorbrutodosserviçosprestadosdeveser incluídonabasedecálculodo INSSa fimdegarantirorecolhimento da quota previdenciária.Alguns cuidados especiais e adicionais devem ainda ser considerados no tocante à legislação previdenciária e trabalhista, para que não seja caracterizado o vinculo empregatício.

9.2 Pessoas Jurídicas

A empresa que se utilizar de serviços prestados por pessoas jurídicas deve atentar para os seguintes detalhes: •Elaboraçãodecontratodeprestaçãodeserviços,estabelecendotodasascondições,afimdeassegurarasresponsabilidades profissionais envolvidas, além das demais situações;•Exigiradevidanotafiscaldeserviçosoudocumentohábil;•Exigirrecibodepagamentoinclusivedosadiantamentosefetuados;•VerificarseaprestaçãodeserviçoestásujeitaàretençãodoImpostodeRendanaFonte,(1,5%),bemcomodas atividades sujeitas a 1,0% e casos especiais de auto-retenção, nos termos do RIR3000/99.Em conformidade com a Instrução Normativa SRF 765/07 foi dispensada a retenção do imposto de renda na fonte sobre as importâncias pagas ou creditadas a pessoa jurídica inscrita no Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos a Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. As retenções na fonte previstas no art. 647 do Decreto de 3.000 de l999 quando o prestador do serviço for optante pelo Simples Nacional, estão dispensadas , devendo o tomador do serviço efetuar o pagamento pelo valor bruto , ou seja, sem o desconto de 1% e 1,5% relativo ao IRRF.A dispensa de retenção referida acima não se aplica ao imposto de renda relativo aos ganhos líquidos auferidos em aplicações de renda fixa ou variável (inciso V do §1º. Do art. 13 da Lei Complementar n. 123 de 2006).•VerificarseaprestaçãodeserviçoestásujeitaàretençãodoINSSnoscasosprevistosnaIN3/05-INSS,queéde11%.

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24MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PROCEDIMENTOS PRISMA CONSULTORIA EMPRESARIAL

• Verificar asoperações realizadasentrepessoas jurídicasdedireitoprivadoestãoobrigadasaefetuarodesconto da Cofins, do Pis/ Pasep e da CSLL quando o valor pago no período de apuração for maior que R$ 5.000,00. Lembramos que o período de apuração para esta retenção é quinzenal.Estão obrigadas a efetuar os desconto da Cofins, do Pis/Pasep e da CSLL as pessoas jurídicas de direito privado (tomadoras de serviços) que efetuarem pagamento a outras pessoas jurídicas de direito privado (prestadores de serviço) nos termos do art. 30 da Lei 10.833/03 e da IN 459/04.No tocante as contribuições CSLL, PIS e COFINS não deve ser realizada a retenção de 4,65% quando o prestador de serviços for optante pelo Simples Nacional. Com relação a essas contribuições há que se observar que existe dispositivo na IN 459 de 2004, dispensando a retenção na hipótese em que o tomador do serviço estivesse sujeito aos 4,65% e for optante pelo Simples Nacional.Referido dispositivo não foi alterado a partir de 01 de julho de 2007, o tomador do serviço optante pelo Simples Nacional deverá, quando for cabível, realizar a retenção de CSLL, PIS e COFINSnormalmente.Assim no caso da dispensa determinada pela IN 765/07 RFB será somente no caso de prestador de serviços ser optante pelo Simples Nacional.

10. DOCUMENTOS REFERENTES À MOVIMENTAÇÃO BANCÁRIA

Nas movimentações e operações bancárias é imprescindível controle da documentação, uma vez que estas operações representam a quase totalidade da movimentação contábil e financeira das empresas. Essas operações são as seguintes:• Pagamentos;• Recebimentos;• Empréstimos Bancários;• Descontos de Títulos;• Cobrança Bancária;• Leasing;• Tarifas Bancárias;• Transferências• Outras operações.

10.1.Pagamentos

Estas operações compreendem todas as formas de utilizadas para pagamentos de qualquer natureza, através da redes bancárias, práticas absolutamente usuais nos dias de hoje, com alternativas que vão desde cheques até procedimentos eletrônicos. Independente da forma adotada para os pagamentos bancários que toda empresa pratica, a mesma deve manter em seus arquivos cópia do documento de pagamento (cópia de cheque, recibo eletrônico, etc..) anexando todos os comprovantes dos pagamentos efetuados (duplicata, título, depósito, guias de recolhimento de impostos e contribuições, etc.).No caso de pagamento de títulos ou o recolhimento de tributos e encargos sociais, a empresa deverá imprimir o comprovante de pagamento na própria guia de recolhimento ou em folha à parte para comprovação futura se necessário.

Nota: A anotação da data do pagamento e do número de controle na guia paga não é suficiente para comprovação perante a fiscalização.Caso seja necessária a comprovacão, a empresa deverá recorrer à instituição financeira para obter o comprovante e se isto não possível, poderá ser obrigada a efetuar novamente o pagamento.

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25MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PROCEDIMENTOS PRISMA CONSULTORIA EMPRESARIAL

10.2 - Recebimentos

Estas operações compreendem todas as formas de recebermos valores de qualquer natureza, incluindo depósitos de títulos provenientes de vendas de bens e serviços, antecipações de clientes e terceiros, novos investimentos, empréstimos, etc.Os valores constantes dos extratos bancários a esse título devem ser documentados de forma a permitir a clara identificação do valor recebido, da sua natureza, dos dados do remetente, individualizado por documento (nota fiscal, fatura, duplicata, pedido, etc..).Os depósitos bancários devem ter indicação no seu verso ou em documento apartado, de todas informações necessárias ao seu bom controle.Os demais “créditos” ocorridos na movimentação bancária (empréstimos, adiantamentos, etc.) devem igualmente ser identificados e documentados pelo departamento financeiro e os eventuais “valores a identificar” devem ser objeto de controles internos que definam em curto espaço de tempo como tratá-los nos registros financeiros e contábeis.

10.3 Empréstimos Bancários

Estas operações compreendem todas as formas de empréstimos que podem ser obtidos junto ao mercado financeiro.O departamento financeiro deve documentar de maneira detalhada, as principais características de cada contrato, a fim de dar ciência a todos os envolvidos, tais como: Tipo e natureza do contrato; Valor do empréstimo; Prazos de vencimento; Prazos de carência; Encargos (juros, spread, etc..); Garantias; Outras que julgar conveniente.

11. DESPESAS E CUSTOS

Este tópico tem por objetivo esclarecer quanto à contabilização das despesas/custos, e como documentá-las perante a legislação fiscal.As despesas/custos realizadas deverão estar obrigatoriamente relacionadas com a atividade da empresa e devem ser comprovadas por meio de documentação idônea, notas fiscais ou recibos, emitidas sempre em nome da empresa, com data do evento, valor, discriminação dos itens ou serviços e sua devida quitação.Observar que determinadas despesas/custos poderão sofrer retenção de tributos de natureza federal e municipal, devendo ser enviadas em tempo hábil à organização contábil para cálculo dosmesmos.As empresas comerciais e industriais deverão enviar cópias das contas de energia elétrica e telefone juntamente com as notas fiscais de compra e de venda para aproveitamento do crédito fiscal de ICMS.Não são aceitas notas fiscais simplificadas, comandas, orçamentos, pedidos ou tíquetes de caixa como documento comprobatório de despesas. Somente o cupom emitido pelo ECF (emissor de cupom fiscal) juntamente com as notas fiscais e recibos são reconhecidos pela fiscalização.Se possível, todas as despesas e custos deverão ser pagos com cheque nominal/empresa ou através de sistema eletrônico de forma individualizada.Para empresas que mantém atividade externa na realização de seus negócios ou manutenção em seus clientes, é permitida a elaboração de “relatório periódico de despesas”, contendo todas as atividades efetuadas naquele período (clientes visitados, distância em Km, táxi, refeições, gorjetas, passagens aéreas quando utilizadas, etc.), sempre com todos os comprovantes anexos.Para despesas e custos de manutenção permanente e periódica, exigir contrato das empresas que as realizam.

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26MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PROCEDIMENTOS PRISMA CONSULTORIA EMPRESARIAL

Ex.: Manutenção dos computadores, dos aparelhos de ar condicionado, telefones, etc..

12. ESTOQUES

Conceito

O estoque é representado pelo conjunto de matérias-primas,produtos em fabricação, produtos prontos, material de aplicação e material de embalagem, nas indústrias; e pelas mercadorias nas empresas comerciais.

Inventário

Os produtos e mercadorias acima mencionados, bem como os mesmos itens em poder de terceiros e os de terceiros em poder da empresa, existentes no fim do período (anual ou trimestral, conforme o regime tributário do contribuinte), devem ser relacionados observando-se os seguintes itens: quantidade, unidade,discriminação, preço unitário e valor total.Essa relação servirá para a escrituração do Livro de Registro de Inventário, obrigatório pela legislação federal e estadual, e necessário para a apuração do resultado do exercício (lucro ou prejuízo).Para a avaliação dos estoques, de matérias primas e mercadorias, regra geral, utiliza-se o custo médio ponderado, ou o “PEPS” (Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair), porém existem outros métodos aceitos pela legislação, bem como outras formas de avaliação praticadas em situações especificas.A legislação do Estado de São Paulo concede prazo de 60 dias para a escrituração do estoque no Livro de Registro de Inventário, enquanto a legislação federal é vaga quando determina que “o inventário será escriturado no término do período”. A falta de escrituração do Livro de Registro de Inventário e do Livro de Controle da Produção e do Estoque, sujeita o contribuinte à multa.O inventário físico (contagem dos estoques existentes no fim do período) deve coincidir com a apuração escritural (estoque inicial, mais compras no período, menos vendas no mesmo período, igual a estoque final) e as possíveis diferenças devem ser justificadas sob pena de autuação pelo fisco. Alguns percentuais para perdas(quebra de estoque) são aceitos pela legislação, variando em conformidade com o produto ou mercadoria ou em razão de situações especiais.A destruição de produtos ou mercadorias inservíveis (deteriorados, obsoletos, etc.), deve ser comunicada antecipadamente à Receita Federal, e os impostos creditados por ocasião da compra, deverão ser estornados.As empresas construtoras que possuam material de construção a ser aplicado nas obras no exercício seguinte, bem como, os imóveis prontos e ainda não vendidos, deverão também ser relacionados no Livro de Registro de Inventário, para fins de registro e apuração de resultado no fim do exercício.Os bens que compõe o Ativo Imobilizado da empresa, tais como maquinas, moveis, veículos, etc., não precisam ser relacionados no Livro de Registro de Inventário.

13. COMPRAS, TRANSFERÊNCIAS E BENEFICIAMENTO DE MERCADORIAS E PRODUTOS

As compras de matérias-primas, mercadorias e materiais secundários irão gerar para as empresas créditos tributários passíveis de compensação, de acordo com o tipo e ramo de atividade.As compras deverão ser necessariamente lastreadas por notas fiscais contendo as informações previstas na legislação, tais como: tipo da operação, dados do adquirente, condições de pagamento, descrição dos produtos e destaque dos impostos incidentes, não esquecendo de, anotar a data de recebimento da mercadoria.É vedada a utilização de créditos sob os cupons fiscais, tíquetes emitidos por caixas registradoras e notas fiscais simplificadas.

13.1.Escrituração dos Livros Fiscais

As notas fiscais de compras deverão ser escrituradas em livros próprios.

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Para tanto se faz necessário o envio periódico da primeira via, à organização contábil, sob protocolo especial para esse fim, conforme o acordado no contrato de prestação de serviços.13.2.Classificação

A melhor classificação de uma compra, sem sombra de dúvida, é realizada pelo próprio comprador, pois este sabe para que e porquê a fez. Assim sendo, recomenda-se a utilização de um carimbo, etiqueta ou outro documento interno próprio para este fim.

13.3.Controle Financeiro das Compras

Por determinação legal e para atender aos aspectos gerenciais, as compras deverão ser controladas separadamente em: à vista e a prazo.As compras à vista deverão ser acompanhadas da cópia de cheque ou comprovante do pagamento eletrônico, se pagas por este meio ou com uma anotação da utilização de dinheiro no referido pagamento, e sempre vir acompanhadas da respectiva duplicata quitada, recibo de pagamento ou utilização de carimbos próprios, esclarecendo quanto à sua quitação.Salientamos que a simples referência de operação à vista, não quita a nota fiscal.

13.4.Transferências e Remessas

Os recebimentos de mercadorias em transferências de depósitos ou filiais, e os recebimentos por remessas de ou para conserto ou industrialização, previstos na legislação vigente serão objeto de uma orientação especial.

13.5.Devoluções de Compras

As devoluções de compras devem receber um tratamento próprio, nos termos da legislação fiscal.

14. IMOBILIZADO – AQUISIÇÃO E VENDA

Conceito

Imobilizado é o conjunto de bens e direitos que a empresa necessita para funcionar. Exemplos de bens: imóveis (terrenos, edifícios e construções), maquinas, computadores, moveis, instalações e ferramentas. Exemplos de direitos: marcas, patentes e direito de uso.

14.1.Aquisição

Na compra de bens e direitos exija o comprovante da aquisição (nota fiscal, escritura, recibo, etc.).O original ou uma cópia deverá ser enviada para contabilização, para registro fiscal e contábil. Em caso dúvidas sobre documentos, consulte-nos.Na compra de veículo de pessoa jurídica , tirar uma cópia da nota fiscal, e na compra de particular, tirar uma cópia autenticada, frente e verso, do documento de transferência após o reconhecimento da firma e antes de enviá-lo para efetivar a transferência.Na aquisição de bens pelo valor residual ao término do arrendamento (leasing), exija, também, a nota fiscal correspondente.Não se esqueça que a nota fiscal é comprovante de venda e não comprovante de pagamento. Exija do vendedor o correspondente recibo ou duplicata quitada para sua segurança.14.1.1.Quando a compra for de valor significativo: imóvel, veículo, máquina, etc., consulte-nos sobre as implicações legais e tributárias, e sobre as diversas modalidades de aquisição (a vista, a prazo, financiada, leasing, etc.), antes de efetivar o negócio.

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28MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PROCEDIMENTOS PRISMA CONSULTORIA EMPRESARIAL

Antes de iniciar a construção ou reforma de imóvel, é necessário verificar as exigências burocráticas e se há incidência de tributos e contribuições (INSS, FGTS, ISS etc.).No caso de benfeitorias em imóvel de terceiros (construção, reforma, ampliação), haverão outras implicações relacionadas com esse tipo especial de imobilização.

14.2.VendaNa venda de bens ou direitos, pode ocorrer lucro ou prejuízo.Antes de concretizar uma venda consulte-nos sobre o valor do bem a ser vendido, pois ele pode ter sofrido alterações em razão de atualizações e depreciações.Se houver lucro haverá tributação em conformidade com o regime tributário escolhido pelo contribuinte.Na venda de veículo emita nota fiscal ou, se estiver desobrigado, tire cópia do documento de transferência após assiná-lo e reconhecer a firma e antes de entregá-lo ao comprador.Toda venda deverá estar amparada por documentação própria, tal como: contrato ou escritura para bens imóveis, nota fiscal ou recibo para bens móveis e direitos, além de outros específicos para determinadas operações.No caso de bens sinistrados cuja indenização for paga por companhia de seguro, enviar original ou cópia do comprovante do valor recebido.É recomendado o arquivo em separado dos comprovantes de compras para o ativo imobilizado.

15. VENDAS E CIRCULAÇÃO DE PRODUTOS E MERCADORIAS, E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

As vendas de produtos , mercadorias e serviços irão gerar para as empresas, a obrigação de pagamento de vários tributos , tais como IPI, ICMS, ISS, PIS E COFINS e, se optante pela modalidade do lucro presumido , as vendas irão compor a base de cálculo para a apuração do IRPJ ( imposto de renda da pessoa jurídica ) e da CSLL( contribuição social sobre o lucro líquido ).As notas fiscais deverão ser emitidas em conformidade com a legislação vigente, em modelos próprios, destacando-se principalmente o tipo de operação, os dados do adquirente, as condições de pagamento, os produtos comercializados e os impostos incidentes na referida operação. O funcionário encarregado pelaemissão das notas fiscais deverá ter conhecimentos sobre as formalidades legais, tributação e utilização das ferramentas eletrônicas disponibilizadas para sua emissão. Deverá conhecer a rotina de manutenção de cópias de segurança dos arquivos fiscais.O cancelamento dos documentos ocorrerá apenas dentro dos prazos estabelecidos em lei.

15.1.Empresas Optantes Pelo Simples Nacional

A Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006 introduziu a obrigatoriedade de recolhimento do ICMS através do sistema unificado (Art. 13, VII, da LC 123/06).A Lei Federal nº 9.317, de 05.12.1996, que instituiu o Simples Federal, a ser substituído a partir de 1º de julho de 2007 pelo Simples Nacional, também previa a possibilidade de pagamento do ICMS pelas micro e pequenas empresas através do regime unificado. Para tanto, era necessária a elaboração de convênio entre o Estado e a União (Art. 4º da Lei nº 9.317/96). Resultado: atualmente não há nenhum Estado que permita o recolhimento do ICMS através do Simples Federal.O novo regime traz a inclusão obrigatória do ICMS no Simples Nacional.

15.1.1.Hipóteses em que o ICMS não estará incluído no Simples

Nacional

Essa limitação da competência do Estado, no entanto, não é plena.Verificam-se hipóteses especificadas pela própria Lei em que o imposto estadual será devido normalmente (Art. 13, § 1º, XIII, da LC 123/06):

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As hipóteses são as seguintes:a)operações ou prestações sujeitas ao regime de substituição tributária;b)a que o contribuinte se ache obrigado, por força da legislação estadual ou distrital vigente; c)entrada, no território do Estado ou do Distrito Federal, depetróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, bem como energia elétrica, quando não destinados à comercialização ou industrialização;d) desembaraço aduaneiro;e)aquisição ou manutenção em estoque de mercadoria desacobertada de documento fiscal;f) operação ou prestação desacobertada de documento fiscal;g) operações com mercadorias sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do imposto, bem como do valor relativo à diferença entre a alíquota interna e a interestadual, nas aquisições em outros Estados e Distrito Federal, nos termos da legislação estadual ou distrital.Nessas hipóteses, o valor a ser recolhido através do Simples Nacional sofrerá redução proporcional do ICMS, na forma do § 14 do artigo 18 da LC 123.De acordo com a disposição da Lei Complementar 123/06, permite que o Estado estabeleça valores fixos mensais para recolhimento do ICMS devido por microempresa que tenha auferido receita bruta, no ano calendário anterior, de até R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), bem assim que conceda isenção ou redução do imposto estadual devido pelas micro e pequenas empresas optantes pelo regime unificado.Nessas hipóteses, o valor a ser recolhido através do Simples Nacional sofrerá redução proporcional (Art. 18, §§ 18 a 20, da LC 123/06).

15.2.Escrituração dos Livros Fiscais

As notas fiscais, bem como os cupons fiscais deverão ser escriturados em livro próprio. Para tanto, faz-se necessário o envio periódico de uma via dos respectivos documentos ou resumo diário dos equipamentos próprios de cupons fiscais, para contábilização, utilizando-se um protocolo especial para esse fim, obedecendo a periodicidade estabelecida no Contrato de Prestação de Serviços.

15.3.Prestadoras de Serviços

Algumas atividades de serviços deverão destacar o Imposto de Renda e/ou o INSS a ser retido na fonte, nos seus documentos de venda de serviços , nos termos de legislações específicas., Consultenosso departamento fiscal.As empresas dispensadas da emissão da nota fiscal deverão emitir o recibo ou documento equivalente em pelo menos 2 vias enviando uma cópia para nossa contabilidade, para o devido registro contábil.

15.4.Transferências e Remessas

As transferências para depósitos ou filiais, bem como as remessas para beneficiamento, conserto ou retorno de remessas recebidas anteriormente, ficam obrigadas a situações específicas, devendo ser consultada a organização contábil, sobre os aspectos tributários e considerações especiais.

15.5.Devoluções e Vendas

A legislação prevê condições e especificações legais próprias às devoluções de vendas, devendo ser objeto de consulta, sobre os aspectos tributários e considerações especiais.

16. RECOLHIMENTO DE TRIBUTOS

Os tributos serão calculados com base nos documentos remetidos mensalmente portanto, é fundamental que todos os documentos que caracterizam as receitas da empresa sejam remetidos na 1ª. semana do mês seguinte

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30MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PROCEDIMENTOS PRISMA CONSULTORIA EMPRESARIAL

ao de sua ocorrência. Devem ser enviadas as Notas Fiscais de Venda e Compra, extratos de rendimentos financeiros, documentos de transação de vendas que possam ter gerado ganhos de capital e quaisquer outros documentos relativos a transações que tenham gerado recebimentos de valores.Estes documentos determinarão as Receitas Operacionais, as Não-Operacionais e os valores de tributos e encargos sociais a compensar dos valores devidos. Todos estes documentos deverão ser enviados obedecendo-se os prazos previstos no Contrato de Prestação de servi;os Profissionais, para que os cálculos possam ser efetuados com exatidão.O não envio dos documentos acima em tampo hábil acarretará o recolhimento de valores incorretos que, quando forem a menor, serão cobrados com acréscimos, poderão desencadear procedimentos fiscais e impedirão a emissão de certidões negativas, prejudicando as operações da Empresa.Este tópico tem por objetivo orientar os clientes sobre quais são os principais tributos existentes, e os cuidados que se deve ter na liquidação e guarda desses documentos.O prazo de recolhimento de todos os tributos devem ser obedecidos nos termos da legislação vigente.A não observância do recolhimento dos tributos nos prazos estabelecidos por lei acarretará multa e juros de mora a ser aplicado na efetiva liquidação do tributo, bem como eventuais notificações e fiscalizações que poderão ocorrer em função do não pagamento do mesmo.Enviar mensalmente para a contabilidade as guias quitadas no mês imediatamente anterior, para que se efetue o lançamento de baixa das mesmas.

17. ARQUIVO

Os documentos podem ser divididos em duas categorias para fins de arquivos : Documentos Contábeis e Documentos Legais :

Documentos contábeis

Os documentos contábeis devem ser arquivados em ordem cronológica de data , em alguns casos em ordem cronológica de lançamentos nos livros fiscais , separados e arquivados por mês , por trimestre ou por ano de conformidade com o volume de documentos de cada empresa. Os principais documentos contábeissão :- notas de compra/serviços;- notas de vendas/serviços;- extratos bancários;- duplicatas pagas;- comprovantes de despesas/custos;- cópias de cheques;- comprovantes de débitos/créditos bancários;- outros documentos contabilizados

Documentos Legais

Os documentos legais podem ser divididos e arquivados em 8 setores distintos:- FEDERAL- ESTADUAL- MUNICIPAL– RECURSOS HUMANOS- CONTRATOS– PREVIDÊNCIA SOCIAL- SINDICAL- DIVERSOS

Cada setor poderá ser dividido em:

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31MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PROCEDIMENTOS PRISMA CONSULTORIA EMPRESARIAL

100 - FEDERAL

101 - Cadastro Geral de Contribuintes (CNPJ)102 - Declaração do Imposto de Renda - Pessoa Jurídica103 - Ficha de Alteração do CNPJ104 - Pedido de Restabelecimento do CNPJ105 - Certidão Negativa do Imposto de Renda e CRJF106 - Comunicações de Aumento de Capital107 - Demonstrativos dos Duodécimos108 - CAIF109 - Comunicações de IPI e IRPJ110 - DIRF111 - Cartão do CNPJ112 - Notificações - Auto de Infrações113 - Baixa do CNPJ114 - Certidão Negativa por Encerramento de Atividades115 - Programa de Alimentação ao Trabalhador116 - DNER117 - Defesas118 - Utilidade Pública119 - Parcelamentos120 - Termo de Opção - Simples121 - Autorização do DAC122 - IPEM123 - Divisão de Censura de Diversões Públicas124 - CADE - SDE

200 - ESTADUAL

201 - Declaração Cadastral (DECA)202 - Declaração para Codificação de Atividade Econômica(DECAE)203 - Declaração do Movimento Econômico Fiscal (DEMF)204 - Índice de Participação dos Municípios (DIPAM)205 - Licença da CETESB206 - Demonstrativo das Operações Interestaduais207 - Certidão Negativa do ICM208 - Autorização para Confecção de Notas Fiscais209 - Auto de infração210 - Parcelamento do ICM211 - Notificações212 - FIC - Ficha de Inscrição do Contribuinte213 - Declarações214 - Alvará de Utilização - Secr. Saúde215 - Modelos de Notas Fiscais216 - Comprovação ZONA FRANCA217 - Conselho Regional de Educação218 - Secretaria de Segurança Pública (Registro Arma)219 - IBDF - IBAMA220 - Defesas

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32MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PROCEDIMENTOS PRISMA CONSULTORIA EMPRESARIAL

221 - Licença da Divisão do Exercício Profissional222 - Utilidade Pública223 - Declaração de Microempresa224 - Laudos Técnicos225 - Pedido/ Comunicação Uso Processamento de Dados226 - Vigilância SanitáriaAgosto /2007 - 91 - 91

300 - MUNICIPAL

301 - Guia de Inscrição ou Atualização302 - Ficha de Inscrição no CCM303 - Taxas de Licença304 - Certidão Negativa do ISS305 - Declaração Anual do Movimento Econômico (DAME)306 - Cadastramento de Anúncios (CADAN)307 - Pedido de Vistoria308 - Comunicados309 - Imposto Predial310 - Auto de Infração e Intimação311 - Autorização para Impressão de Notas Fiscais312 - Habite-se / Auto Vistoria313 - Alvará de Funcionamento314 - Defesas315 - Utilidade Pública316 - Declaração de Microempresa317 - Parcelamentos318 - Cancelamentos319 - CONTRU320 - Regime Especial

400 - MINISTÉRIO DO TRABALHO

401 - Cadastro de Empresas402 - Relação de Empregados Menores403 - RAIS404 - CIPA405 - Certificados de Aprendizagem SENAI406 - Reclamações Trabalhistas - Defesas407 - Notificações/ Processos/ Autos de Infração408 - Certificados de Aprovação das Instalações -409 - Defesas410 - Acordo de Compensação411 - Laudos Técnicos

500 - CONTRATOS

501 - Contrato Social - Ata de Constituição502 - Alterações de Contrato503 - Contrato de Locação504 - Contrato de Uso de Veículos505 - Cadastro da JUCESP506 - Contrato de Assessoria

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33MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PROCEDIMENTOS PRISMA CONSULTORIA EMPRESARIAL

507 - Contrato de Prestação de Serviços508 - Reuniões509 - Publicações em Jornais510 - Atas511 - Contratos Diversos512 - Comprovante de Caução de Locação513 - Certidão Breve Relato - JUCESP514 - Xerox das Exigências - JUCESP515 - Declaração de Alienação de Participações Societárias516 - Baixa de Firma Individual p/ Transformação em LTDA.517 - Notificações518 - Defesas519 - Recadastramento - São Paulo Firma520 - Buscas Jucesp/Cartórios

600 - INSS

601 - Pedido de Matrícula (Inicial)602 - Certificado de Matrícula603 - Cópia Autenticada de Registros Contábeis (CARC)604 - Certificado de Regularidade de Situação605 - Certificado de Quitação606 - Certificado de Taxa de Seguro607 - Demonstrativo dos Salários de Contribuição608 - C..B.609 - Alterações: Nome, Endereço, CNPJ610 - Declarações de Rendimento do INSS611 - Comprovante Inscrição Contribuição Individual612 - Carnês dos Sócios613 - Recadastramento614 - Autos de Infração615 - Defesas616 - SESIAgosto /2007 - 93 - 93617 - Termo Ação Fiscal – TAF618 - Parcelamentos

700 – SINDICAL

701 - Contribuição Sindical e Assistencial do Empregador702- Dissídios Coletivos703 - Acordos

800 – DIVERSOS

801 - CACEX803 - Certidão de Registro de Capital Estrangeiro804 - Procurações / Declarações805 - Balanços e Balancetes806 - Documentos dos Sócios ( xerox )807 - Marcas e Patentes808 - Correspondências809 - Consultas

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34MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PROCEDIMENTOS PRISMA CONSULTORIA EMPRESARIAL

810 - Certidões Negativas - Fórum - Cartórios - J.Federal - FG811 - Escrituras812 - Apuração do Ativo Imobilizado813 - Laudo de Avaliação814 - Relatórios815 – Inventário816 - Depósito Inicial817 - Cadastro de Fornecedores e Associações818 - Convocações819 - Atestado de Residência e Capacidade Técnica820 - Cadastro de Bancos821 - Mapas de Depreciações822 - Alvarás823 - Seguros824 - Carta de Fiança825 - Eletropaulo826 - BNDES827 - Consórcios