20
COORDENAÇÃO DE INOVAÇÃO MANUAL DE PROPRIEDADE INTELECTUAL

MANUAL DE PROPRIEDADE INTELECTUAL - FAINORA Coordenação de Inovação atua em campos como proteção da propriedade intelectual, transferência de tecnologia, cooperação FAINOR-empresas,

  • Upload
    others

  • View
    5

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

COORDENAÇÃO DE INOVAÇÃO

MANUAL DE PROPRIEDADEINTELECTUAL

INTRODUÇÃO INOVAÇÃO TECNOLÓGICASOBRE A COORDENAÇÃO DE INOVAÇÃOFINALIDADE OBJETIVOATUAÇÃOAÇÕES Propriedade Intelectual Formas de proteção Patente Requisitos de patenteabilidade O que não pode ser objeto de pedido de patente Vigência de uma patente A patente e a territorialidade Documentos necessários para o depósito do pedido de patente Etapas para a concessão da patente Direitos e deveres do titular de uma patente Marca Como formular pedido de registro ou petição de marca Vigência do registro de marcaA LEGISLAÇÃO VIGENTEREFERÊNCIASCONTATO

0203030404050606070810101111121314151516161819

ÍNDICE

INTRODUÇÃOInovar é estratégico para o desenvolvimento econômico e social. Assim, a FAINOR tem muito a contribuir como um ambiente de criação e difusão da cultura inovadora, essencial para o desenvolvimento da sociedade moderna, na forma de serviços e produtos inéditos.

A FAINOR promove, de forma institucionalizada, a transformação do conhecimento científi co, técnico e tecnológico em benefício da sociedade, perpassando por procedimentos adequados, garantidores de direitos de propriedade intelectual (patente, marca, entre outros), transferência de tecnologia, cooperação FAINOR-empresas, sustentabilidade, entre outros.

Este guia tem por objetivo contribuir para a difusão desse conhecimento no sentido de possibilitar que os direitos dos criadores sejam reconhecidos e valorizados, assim como, utilizados de forma adequada pela sociedade. Este guia se dispõe atingir a comunidade FAINOR e empreendedores do estado da Bahia e do país.

Profª. MSc. Débora Valim Sinay NevesCoordenadora de InovaçãoFaculdade Independente do Nordeste

02

INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

A política de inovação tecnológica da FAINOR é gerida pela Coordenação de Inovação de modo a proporcionar a utilização, pela sociedade, do conhecimento científi co e tecnológico desenvolvido na FAINOR.

A Coordenação de Inovação atua em campos como proteção da propriedade intelectual, transferência de tecnologia, cooperação FAINOR-empresas, sustentabilidade, fomento a Inovação e Empreendedorismo, entre outros.

A Coordenação de Inovação FAINOR é necessária ao desenvolvimento e a gestão de projetos de pesquisa e desenvolvimento, serviços e extensionismo científi cos e tecnológicos para a geração da inovação, bem como para a gestão de propriedade intelectual e a transferência de tecnologia.

Este setor está vinculado a Gerência de Pesquisa e Formação Continuada, subordinada à Direção Acadêmica da Faculdade Independente do Nordeste - FAINOR.

03

FINALIDADE

OBJETIVO

Colaborar na defi nição das políticas e diretrizes da pesquisa e inovação, gerenciando, disseminando, supervisionando e apoiando seu efetivo cumprimento, nos termos do Regimento Geral da FAINOR.

Valorizar a atividade criativa desenvolvida no âmbito da FAINOR por meio da proteção das criações (propriedade intelectual), da transferência de tecnologia e da inovação tecnológica em prol do desenvolvimento econômico, tecnológico e social.

04

ATUAÇÃOA coordenação de Inovação da FAINOR atua por meio das seguintes ações:

Estímulo a novas formas de parcerias e articulação de atividades já existentes na FAINOR, dirigidas ao relacionamento com a sociedade, que envolvam inovação e tecnologia: empresas, setor público, institutos e fundações;

Auxílio aos pesquisadores no licenciamento das inovações, na redação e depósito da patente, no registro de programa de computador e de outras formas de Propriedade Intelectual, na identifi cação de produtos ou processos patenteáveis e licenciáveis;

Responsabilidade pela gestão da propriedade intelectual (PI) gerada no âmbito da FAINOR - proteção de marcas, produtos e processos e elaboração de contratos de licenciamento - e pela elaboração de proposta de política de PI da FAINOR;

05

AÇÕES

Propriedade Intelectual

Dentre as ações desenvolvidas pela Coordenação de Inovação, destacam-se:

A propriedade intelectual completa duas áreas: Propriedade Industrial (patentes, marcas, desenho industrial, proteção cultivares, entre outros) e Direito Autoral (obras literárias e artísticas, programas de computador, entre outros).

Por meio da propriedade intelectual, os criadores de qualquer criação do intelecto podem ter garantidos por um lapso temporal o direito de desfrutar dos proventos econômicos da reprodução e a utilização de sua criação. Trata-se de estímulo à pesquisa e ao desenvolvimento de novas tecnologias, impedindo terceiros não autorizados de explorá-las.

Logo, o inventor compromete-se a tornar público o seu invento, possuindo o direito exclusivo de exploração comercial temporário, o que possibilita o benefício da sociedade com o conhecimento gerado no invento.

06

Formas de proteção

| - Direito de Propriedade Industrial abrange patentes, marcas, desenho e modelo industrial, entre outros ( Lei nº 9.279/96);

|| - Direito autoral e conexos (Lei nº 9.610/98);

||| - Proteção aos programas de computadores (Lei nº9.609/98);

|V - Proteções sui generis como cultivares (Lei nº 9.456/97).

A proteção é realizada de forma diferente para os diferentes tipos de criação. Apresentam-se a seguir as formas mais utilizadas para garantir os direitos sobre as criações.

07

Patente

Se você inventou uma nova tecnologia, seja para produto ou processo, pode buscar o direito a uma patente junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial - INPI.

A Coordenação de Inovação é responsável pela gestão da propriedade intelectual gerada na FAINOR. Dessa forma, o pesquisador da FAINOR conta com a Coordenação de Inovação para proteger suas invenções.

A patente é um título de propriedade temporária sobre uma invenção ou modelo de utilidade concedido pelo Governo e expedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial -INPI. O INPI, através de uma carta patente, por força da lei, concede direitos exclusivos de exploração e utilização do produto, dentro dos limites do território nacional, por um período determinado de tempo.

Para patentear, é necessário realizar a “Busca de Anterioridade” em bancos de patentes disponíveis, permitindo verifi car se já existem produtos ou resultados de pesquisas iguais ou similares que já foram patenteados. Verifi cando-se que a invenção apresenta novidade e atividade inventiva, será possível requerer a concessão do registro de patente.

08

A patente no Brasil, conforme o INPI (2016) se divide em dois tipos: a Patente de Invenção e a Patente de Modelo de Utilidade. A Patente de Invenção é “concepção resultante do exercício da capacidade de criação do homem que represente uma solução para um problema técnico existente dentro de um determinado campo tecnológico e que possa ser fabricada”.

Já a Patente de Modelo de Utilidade é “criação referente a um objeto de uso prática, ou parte deste, suscetível da aplicação industrial […] que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação INPI (2016)”. No caso da patente, o procedimento começa com o envio das informações mais relevantes sobre sua invenção.

A partir das informações prestadas por meios de formulários próprios, a Comissão de Inovação avalia e emite parecer quanto à conveniência e viabilidade com base nos requisitos de patenteabilidade dispostos na Lei nº 9.279/1996, Lei de Propriedade Industrial. Caso a tecnologia atenda aos requisitos, a coordenação gerenciará todo o processo de pedido de patente junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial - INPI, órgão responsável pela concessão de patentes no Brasil.

09

Requisitos para patenteabilidade

O que não pode ser objeto de pedido de patente

Para solicitar um pedido de patente junto ao INPI, é preciso demonstrar que a invenção é uma solução realmente nova, respondendo aos seguintes requisitos cumulativos:

Novidade: a invenção deve ser diferente de tudo que já está no mercado ou divulgado, seja em bancos de patente, artigos científi cos, teses, congressos científi cos, entre outros.

Atividade inventiva: a invenção não deve ser óbvia para quem entende do assunto.

Aplicação industrial: o produto da invenção deve ter algum propósito e funcionalidade.

A listagem completa dos objetos não patenteáveis está presente no artigo 10 da Lei nº 9.279/96 que dispõe sobre a regulamentação de direitos e obrigações relativos à Propriedade Industrial.

10

11

Vigência de uma patente

A patente e a territorialidade

O prazo de vigência de uma patente de invenção, conforme preceitua o artigo da Lei nº 9.279/96, é de 20 (vinte) anos, e da patente de modelo de utilidade é de 15 (quinze) anos, contados a partir da data de depósito. Ao término deste prazo, extingue-se o privilégio, e a invenção poderá ser utilizada para fi ns comerciais por qualquer pessoa, passando a invenção a ter domínio público.

Os direitos de uma patente se restringem às fronteiras territoriais de país em que ela foi concedida. Logo, um mesmo pedido de patente deve ser requerido em todos os países que se deseja proteger o objeto da invenção a ser comercializado.

Documentos necessários para o depósito do pedido de patente

Para requerer o registro de uma patente por meio da Coordenação de Inovação FAINOR, são necessários os seguintes documentos:

• Preenchimento do formulário específi co fornecido pela Coordenação de Inovação FAINOR (Petição de depósito);

• Dados do inventor e do titular da patente;

• Apresentação do estado de técnica; relatório descritivo claro e preciso sobre o objeto do pedido (apresentando todas as partes exigidas por lei e escrito em linguagem técnica); reivindicações (parte técnico-jurídica) relacionadas à invenção ou modelo de utilidade; desenhos (se for o caso); resumo e comprovante de pagamento da retribuição de depósito.

A Coordenação de Inovação FAINOR possui profi ssionais qualifi cados em propriedade industrial para formular o pedido e acompanha-lo em todas as fases do patenteamento. Vale ressaltar que, do depósito à concessão, existem vários prazos e regras legais e técnicas a serem atendidas e a perda destes prazos poderá acarretar na perda da patente, o que impossibilitará a reapresentação do mesmo pedido.

12

13

Etapas para a concessão da patente

Após depósito do pedido, ele será submetido ao exame formal preliminar; se as informações estiverem de acordo com as exigências, será protocolizado; Não atendendo às exigências, o INPI exigirá o cumprimento dessas em até 30 dias sob pena de devolução ou arquivamento da documentação.

O pedido fi cará em sigilo por 18 meses possibilitando o depósito do pedido em outros países. Após esse prazo, será publicado na Revista da Propriedade Industrial (revista eletrônica do INPI);

O pedido será analisado, e atendidos todos os requisitos, será concedida a patente; Caso contrário, poderão ser formuladas exigências pelo INPI para adequação do pedido, dentro dos prazos legais;

Em caso de indeferimento do pedido, caberá recurso ao INPI;

A partir do terceiro ano do depósito até o fi m da concessão, deverão ser pagas anuidades conforme valores disponíveis em tabela do INPI (Caso a FAINOR seja titular da patente, esta custeará as anuidades. A Coordenação de Inovação gerencia todo o processo para Docentes, Discentes e Funcionários da FAINOR).

Direitos e deveres do titular de uma patente

DIREITOS

De explorá-la com exclusividade ou licenciá-la a um terceiro para exploração comercial;

Impedir (acionando meios legais) que terceiros que usem, produzam, coloquem a venda ou importem o produto objeto da patente ou produto obtido pelo processo patenteado sem a sua autorização prévia; (A FAINOR como Titular da Patente, gerenciará o acompanhamento jurídico da patente).

DEVERES

Efetuar o pagamento das anuidades junto ao INPI a partir do terceiro ano do depósito do pedido até o fi nal da vigência da patente, cujo não pagamento extingue o privilégio (se já concedido) ou o arquivamento do pedido em caso de processo em andamento. (Caso a FAINOR seja titular da patente, esta custeará as anuidades. A Coordenação de Inovação gerencia todo o processo para Docentes, Discentes e Funcionários da FAINOR).

14

15

Marcas

Como formular pedido de registro ou petição de marca

Para ter exclusividade sobre o nome de um serviço ou produto, ou ainda um logotipo que o identifi que, você precisa registrar uma marca.O direito de uso do nome e/ou logotipo de um produto/serviço é assegurado pelo registro da marca, assim como todos os seus investimentos e valores agregados. Conforme o INPI, as marcas são divididas nas seguintes categorias: quanto à origem; quanto ao uso; quanto à forma e outros tipos de marca.

A abrangência da proteção legal e impedimento da proteção conferida a marca é permeada por dois princípios: o da territorialidade e o da especialidade. No que tange ao primeiro princípio, o reconhecimento da marca é realizado no território do país onde foi registrada e de países signatários de acordos ou convenções internacionais. Já o princípio da especialidade abarca o uso aos produtos/serviços aos quais ela se refere.

Para cadastrar seu pedido de registro ou petição de marca no sistema e-INPI, é necessário o cadastro (obrigatório) no sistema e-INPI, que possibilita o acesso aos serviços da Diretoria de Marcas, a emissão e pagamento da Guia de Recolhimento da união (GRU), preenchimento e envio de formulários e acompanhamento de processos. (A Coordenação de Inovação gerencia todo o processo para Docentes, Discentes e Funcionários da FAINOR).

Vigência do registro de marca

A LEGISLAÇÃO VIGENTE

O registro de marca garante ao titular o direito de uso exclusivo por 10 anos, podendo ser renovado.

Lei 9.279/1996. Regula direitos e obrigações relativos a propriedade industrial;

Lei 9.609/1998. Dispõe sobre a proteção da propriedade intelectual do programa de computador;

Lei 9.610/1998. Trata sobre a legislação sobre direitos autorais;

Lei 10.196/2001. Altera e acresce dispositivos a LPI;

Lei 10.973/2004. Dispõe sobre incentivos à inovação e à pesquisa científi ca e tecnológica no ambiente produtivo;

16

17

Decreto Nº 5.563/2005. Regulamenta a Lei no 10.973, de 2 de dezembro de 2004, que disse sobre incentivos à inovação e à pesquisa científi ca e tecnológica no ambiente produtivo, e dá outras providências.

Lei 11.174/2008. Dispõe sobre incentivos à inovação e à pesquisa científi ca e tecnológica.

DIRPA Nº 01/2013 (Diretoria das Patentes) - procedimentos administrativos relativos ao exame do pedido de certifi cado de adição de invenção no âmbito da DIRPA.

Lei 13.243/2016. Dispõe sobre estímulos ao desenvolvimento científi co, à pesquisa, à capacitação científi ca e tecnológica e à inovação, alterando a Lei 10.973/2004;

Resolução PR Nº 85/2013. Institui a Diretriz de Exame de Patente de Modelo de Utilidade.

- NA FAINOR:

Resolução CA Nº. 007/2016. Regulamento da Propriedade Intelectual.

REFERÊNCIASBRASIL. Instituto Nacional da Propriedade Industrial. Diretoria de Patentes. Orientações para pesquisa, elaborações, depósito de um pedido de patente. Janeiro 2016.

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e Comércio exterior. 2016.

SAESP/DIRPA/INPI. Manual para o depositante de patentes. 2015.

18

CONTATOCoordenação de Inovação Avenida Luis Eduardo Magalhães, 1305Bairro Candeias, Vitória da Conquista, BahiaCEP: 45055-03

Tel: (77) 3161-1003E-mail: [email protected]

Esse manual encontra-se tambémno site da FAINOR.