Manual de Recuperação de Mata Ciliar

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GOVERNO DE ESTADO DE SO PAULO SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE

PROJETO DE RECUPERAO DE MATAS CILIARES

MANUAL OPERATIVOReviso 02 19/04/07

APRESENTAO

Este manual define os procedimentos operacionais para a implementao do Projeto de Recuperao de Matas Ciliares de So Paulo institudo pelo Decreto Estadual n 49.723, de 25/06/2005, para o qual foram destinados recursos do Fundo Mundial de Meio Ambiente (Global Environment Facility GEF), em conformidade com o Acordo de Doao n TF055091, firmado entre o Governo do Estado de So Paulo e o Banco Mundial. O Manual Operacional, bem como o restante da documentao pertinente sobre o Projeto de Recuperao de Matas Ciliares pode ser consultado por executores, beneficirios e demais interessados no site da SMA (www.ambiente.sp.gov.br). Informaes adicionais podem ser solicitadas junto coordenao do projeto pelo endereo eletrnico [email protected], por telefone (11) 3030 6039 ou por correspondncia para o Departamento de Projetos da Paisagem, Av. Professor Frederico Hermann Jr. 345, Alto de Pinheiros, So Paulo, SP, CEP 05459-900.

Quadro controle de revises Reviso n 00 01 02 Data 18/04/06 09/06/06 19/04/07 Descrio das alteraes Emisso inicial Publicao da Resoluo SMA 24/06, atualizao dos procedimentos de contratao (item 8.2.4). Incluso da Resoluo SMA 12/07, sobre o gerenciamento do Projeto.

Lista de siglas e abreviaesAPA APP BRAD BIRD CATI CBH CENBIO CETESB CONAMA CONSEMA CPLEA CPRN CRH DAEE DEPRN DOE DPP EMBRAPA ESALQ FEHIDRO FF FNMA GEF GP GPS GSTIC IAC IBAMA IBGE IBt IEA IF IG INCRA IPT ITESP KfW LERF MDL MMA NCB ONG PAD PA PEMH PNF PNMA II POA PROBIO-SP PRONABIO PNUD PPMA RAD RSF SAA SAF SAAF SBQC rea de Proteo Ambiental rea de Preservao Permanente Base de Referncia para a Recuperao de reas Degradadas Banco Internacional para a Reconstruo e o Desenvolvimento (Banco Mundial) Coordenadoria de Assistncia Tcnica Integral (da SAA) Comit de Bacia Hidrogrfica Centro Nacional de Referncia em Biotecnologia Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de So Paulo Conselho Nacional do Meio Ambiente Conselho Estadual do Meio Ambiente (Estado de So Paulo) Coordenadoria de Planejamento Ambiental Estratgico e Educao Ambiental (da SMA) Coordenadoria de Licenciamento e Proteo de Recursos Naturais (da SMA) Conselho Estadual de Recursos Hdricos Departamento de guas e Energia Eltrica do Estado de So Paulo Departamento Estadual de Proteo dos Recursos Naturais (da SMA) Dirio Oficial do Estado Departamento de Projetos da Paisagem (da SMA) Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de So Paulo Fundo Estadual de Recursos Hdricos Fundao Florestal Fundo Nacional de Meio Ambiente Global Environment Facility Grupo de Gerenciamento do Projeto Grupo de Planejamento Setorial da SMA Grupo Setorial de Tecnologia, Informao e Comunicao da SMA Instituto Agronmico (da SAA) Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renovveis Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica Instituto de Botnica (da SMA) Instituto de Economia Agrcola (da SAA) Instituto Florestal (da SMA) Instituto Geolgico (da SMA) Instituto Nacional de Colonizao e Reforma Agrria Instituto de Pesquisas Tecnolgicas Fundao Instituto de Terras de So Paulo Kreditanstalf fur Wideraufbau - Cooperao Financeira Alem Laboratrio de Ecologia e Restaurao Florestal da ESALQ/USP Mecanismo de Desenvolvimento Limpo Ministrio do Meio Ambiente Licitao Pblica Nacional Organizao No Governamental Project Appraisal Document Documento de Avaliao do Projeto Plano de Aquisies (Procurement Plan) Programa Estadual de Microbacias Hidrogrficas Programa Nacional de Florestas Programa Nacional de Meio Ambiente II Plano Operativo Anual Programa de Conservao de Biodiversidade (da SMA) Programa Nacional de Biodiversidade Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento Projeto de Proteo da Mata Atlntica Recuperao de reas Degradadas Relatrios de Superviso Financeira Secretaria da Agricultura e Abastecimento de So Paulo Sistema Agro-florestal Sistema de Acompanhamento Fsico e Financeiro Seleo Baseada na Qualidade e Custo

SIAFEM SMC SP SQC SERHS SMA TNC UC UFSCAR UGRH UNESP UNICAMP UNIVAP USP WB

Sistema de Acompanhamento Financeiro de Estados e Municpios do Estado de So Paulo Seleo pelo Menor Custo Estado de So Paulo Seleo Baseada nas Qualificaes do Consultor Secretaria de Energia, Recursos Hdricos e Saneamento de So Paulo Secretaria do Meio Ambiente do Estado de So Paulo The Nature Conservancy Unidade de Conservao Universidade Federal de So Carlos Unidade de Gerenciamento de Recursos Hdricos Universidade Estadual Universidade Estadual de Campinas Universidade do Vale do Paraba Universidade de So Paulo World Bank Banco Mundial

SUMRIO1 - INTRODUO.............................................................................................................................1 1.1 - INFORMAES GERAIS ..............................................................................................................1 1.2 - DESENVOLVIMENTO DO MANUAL .............................................................................................1 2 - ASPECTOS GERAIS DO PROJETO ........................................................................................2 2.1 - ANTECEDENTES ........................................................................................................................2 2.2 - OBJETIVOS ................................................................................................................................3 2.3 - REA DE ABRANGNCIA ...........................................................................................................4 2.4 - PBLICO ALVO ..........................................................................................................................6 2.5 - COMPONENTES ..........................................................................................................................7 2.6 - ESTRATGIA TCNICA ...............................................................................................................7 2.7 - PROJETOS E PROGRAMAS CORRELATOS .....................................................................................8 2.8 - FINANCIAMENTO .......................................................................................................................8 3 - ORGANIZAO INSTITUCIONAL/GESTO DO PROJETO .........................................10 3.1 - ESTRUTURA EXECUTIVA .........................................................................................................10 3.2 - ESTRUTURA CONSULTIVA........................................................................................................12 3.3 - ARTICULAES INSTITUCIONAIS .............................................................................................13 4 - DESCRIO E IMPLEMENTAO DOS COMPONENTES ...........................................14 4.1 - DESCRIO, OBJETIVOS, ESTRATGIA E CONCEITUAO .........................................................14 4.1.1 Componente 1 Desenvolvimento de Polticas.............................................................14 4.1.2 - Componente 2 Apoio Restaurao Sustentvel de Florestas Ciliares .....................16 4.1.3 - Componente 3 - Projetos Demonstrativos......................................................................18 4.1.4 - Componente 4 - Capacitao, Educao Ambiental e Treinamento..............................19 4.1.5 - Componente 5 - Gesto, Monitoramento e Avaliao, Disseminao de Informaes 21 4.2 - ATIVIDADES ............................................................................................................................22 4.3 RESULTADOS ..........................................................................................................................30 5 - ANLISE AMBIENTAL...........................................................................................................34 6 - PLANEJAMENTO DE ATIVIDADES ....................................................................................35 6.1 - PLANO OPERATIVO ANUAL (POA) .........................................................................................35 6.2 - ELABORAO E APROVAO DE POAS ...................................................................................35 7 - PROCEDIMENTOS DE EXECUO ORAMENTRIA E FINANCEIRA...................38 7.1 - DIRETRIZES ORAMENTRIAS E FINANCEIRAS ........................................................................38 7.2 - RECURSOS ORAMENTRIOS (PROCEDIMENTOS).....................................................................38 7.3 - RECURSOS FINANCEIROS (PROCEDIMENTOS) ...........................................................................38 7.4 - SUPERVISO DA EXECUO FINANCEIRA ................................................................................39 7.5 - DESEMBOLSOS ........................................................................................................................39 7.6 - AUDITORIAS ............................................................................................................................39

8 - PROCEDIMENTOS PARA AQUISIES E CONTRATAES......................................40 8.1 INFORMAES PRELIMINARES ...................................................................................................40 8.2 PROCEDIMENTOS E RESPONSABILIDADES ..................................................................................42 8.2.1 Bens e Servios (que no os de Consultoria)....................................................................42 8.2.2 Seleo e Contratao de Consultores .............................................................................45 8.2.3 Contratao de Servios com Participao Comunitria para a Implantao de Projetos Demonstrativos ..........................................................................................................................52 8.2.4 Aquisio de Servios (que no de consultoria) e Bem Locais valor inferior a R$ 1.000,00......................................................................................................................................55 9 - MONITORAMENTO E AVALIAO ...................................................................................61 9.1 - ACOMPANHAMENTO FSICO E FINANCEIRO ..............................................................................61 9.2 - MONITORAMENTO DE RESULTADOS E IMPACTOS .....................................................................63 9.3 - AVALIAO ............................................................................................................................64 10 - ANEXOS....................................................................................................................................65 ANEXO 1 DECRETO 49.723, DE 24/06/2005..................................................................................65 ANEXO 2 RESOLUO SMA 12, DE 13-3-2007 ............................................................................71 ANEXO 3 - ATRIBUIES E RESPONSABILIDADES DOS EXECUTORES ...............................................73 ANEXO 4 - MATRIZ DE INDICADORES DE IMPACTOS DO PROJETO....................................................81 ANEXO 5 MARCO LGICO ............................................................................................................86 ANEXO 6 PROCEDIMENTOS PARA O CADASTRAMENTO DE REAS PARA PROJETOS DEMONSTRATIVOS ..........................................................................................................................90 ANEXO 7 CRITRIOS PARA A SELEO DE REAS PARA PROJETOS DEMONSTRATIVOS ................96 ANEXO 8 - CRITRIOS PARA A DEFINIO DE REAS A RECUPERAR COM RECURSOS DO PROJETO NAS MICROBACIAS SELECIONADAS ...............................................................................................103 ANEXO 9 - MODELO DE TERMO DE ADESO .................................................................................104 ANEXO 10 - RECOMENDAES PARA USO DE AGROQUMICOS......................................................105 ANEXO 11 RESOLUO SMA 28, DE 19/05/2004.......................................................................108

1 - INTRODUO 1.1 - Informaes Gerais O Projeto de Recuperao de Matas Ciliares foi preparado a partir da constituio de um Grupo de Trabalho pela Resoluo da Secretaria do Meio Ambiente n 11 de 25/04/02. Foram envolvidos em sua preparao vrios tcnicos e pesquisadores das diferentes unidades da SMA e da SAA, alm de outros atores sociais, que contriburam significativamente para a formulao do projeto. O projeto foi aprovado pelo Global Environment Facility (GEF), vinculado ao Programa Operacional OP#15 - Manejo Sustentvel de Terras (Sustainable Land Management) e ser implementado de forma coordenada com o Programa Estadual de Microbacias Hidrogrficas, desenvolvido pela Coordenadoria de Assistncia Tcnica Integral (CATI) da Secretaria da Agricultura e Abastecimento. O prazo previsto para sua execuo de quatro anos, e sua operacionalizao est estruturada em cinco componentes: Componente 1 - Desenvolvimento de Polticas, Componente 2 - Apoio Restaurao Sustentvel de Florestas Ciliares, Componente 3 - Projetos Demonstrativos, Componente 4 - Capacitao, Educao Ambiental e Treinamento, Componente 5 - Gesto, Monitoramento e Avaliao, Disseminao de Informaes. As aes do projeto que prevem intervenes diretas sero executadas em cinco bacias hidrogrficas (Unidades de Gerenciamento de Recursos Hdricos): Paraba do Sul; Piracicaba/Capivari/Jundia; MogiGuau; Tiet/Jacar e Aguape. Sero implantados Projetos Demonstrativos de restaurao de matas ciliares em microbacias selecionadas de acordo com critrios e procedimentos descritos neste manual.

1.2 - Desenvolvimento do Manual Objetivos e Contedo O objetivo deste manual normatizar e orientar os executores e beneficirios quanto aos procedimentos tcnicos e operacionais para a implementao do projeto, de modo a apoiar a execuo das atividades e seu acompanhamento pela sociedade. O manual fornece informaes gerais sobre o Projeto de Recuperao de Matas Ciliares, incluindo justificativas, base conceitual, diretrizes, objetivos, rea de abrangncia, pblico alvo, atividades previstas e resultados esperados. A organizao institucional para a implementao do projeto, nas esferas executiva e consultiva, definida neste manual que estabelece as atribuies e responsabilidades dos executores em todos os nveis. A forma de participao das diferentes unidades da SMA e de parceiros externos tambm est contemplada. Revises A reviso do manual ser executada, quando couber, pelo Grupo de Gerenciamento do Projeto. As alteraes sero discriminadas no quadro constate da APRESENTAO, (Quadro de Revises), e a verso revisada ser identificada por numerao seqencial (Rxx) e data indicadas na capa. As verses revisadas sero submetidas aprovao do Banco Mundial e uma vez aprovadas, sero incorporadas ao material disponibilizado para os executores, beneficirios e interessados. Os executores recebero comunicao informando sobre as alteraes, de modo que possam se assegurar de que dispem da verso mais atualizada.

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2 - ASPECTOS GERAIS DO PROJETO 2.1 - Antecedentes A degradao das terras, o desmatamento e o isolamento de remanescentes florestais tm se constitudo em ameaas concretas estrutura, funes e estabilidade dos ambientes naturais, em especial da Mata Atlntica e do Cerrado, biomas de importncia global presentes no Estado de So Paulo. Alm disso, a degradao das terras contribui para o agravamento da pobreza no meio rural. O Estado de So Paulo abriga dois dos quatro principais biomas existentes no Brasil: a mata atlntica, que originalmente cobria 81% da rea do Estado, e o cerrado, que originalmente recobria cerca de 14% do territrio paulista. O intenso processo de desmatamento e de degradao das terras observado historicamente, e que ainda implica em presses sobre os remanescentes dos ecossistemas originais, tem levado a uma perda acelerada de biodiversidade. No Brasil como um todo, atualmente menos de 8% da rea de domnio de Mata Atlntica preserva suas caractersticas biticas originais. As reas de cerrado esto sobre forte presso de desmatamento, sendo que em So Paulo quase todas esto submetidas a algum grau de perturbao. As reas ciliares no Estado de So Paulo, de maneira geral, encontram-se desmatadas e degradadas. Poro significativa da vegetao ciliar em reas de produo agrcola no Estado de So Paulo foi suprimida ou sofreu algum grau de degradao. No territrio paulista cerca de um milho de hectares de reas ciliares encontram-se desprotegidos, tornando o solo suscetvel eroso, com o conseqente carreamento de matria orgnica e sedimentos para os ecossistemas aquticos. A maior parte da rea do estado classificada como de alta ou muito alta suscetibilidade eroso, com um percentual significativo de reas que j apresentam degradao de moderada a forte, com a presena de sulcos e voorocas, sinal da perda de solo superficial e da supresso de vegetao ao longo das margens dos cursos dgua. As matas ciliares so extremamente importantes para a manuteno da estrutura e funo dos ecossistemas nos biomas Mata Atlntica e Cerrado. A perda das florestas ciliares, e do habitat que proporcionam, um dos fatores que acarretam a perda de diversidade terrestre e aqutica e ao aumento da emisso de gases de efeito estufa, alm de outros impactos ecolgicos e scio-econmicos negativos, incluindo a intensificao dos processos erosivos com o aparecimento de sulcos e voorocas, com o conseqente assoreamento de reservatrios, nascentes e cursos dgua, bem como a reduo da produtividade dos solos. Apesar dos esforos desenvolvidos para a conservao da biodiversidade e recuperao de reas degradadas, em especial em zonas ciliares, algumas questes tm representado obstculos ao desenvolvimento de programas e projetos com este objetivo. As principais barreiras implantao de projetos de recuperao de matas ciliares podem ser sistematizadas em seis grandes grupos: (1) dificuldade de engajamento de proprietrios rurais que, de maneira geral, entendem a obrigao de preservar matas ciliares como uma expropriao velada de reas produtivas da sua propriedade; (2) insuficiente disponibilidade de recursos para a recuperao de matas ciliares e ineficincia no uso dos recursos disponveis; (3) dficit regional (qualitativo e quantitativo) na oferta de sementes e mudas de espcies nativas para atender demanda a ser gerada por um programa de recuperao de matas ciliares; (4) dificuldade de implantao de modelos de recuperao de reas degradadas adequados s diferentes situaes; (5) falta de instrumentos para planejamento e monitoramento integrado de programas de recuperao de reas degradadas; (6) dificuldades no reconhecimento, pela sociedade, da importncia das matas ciliares e tambm para a mobilizao, capacitao e treinamento dos agentes envolvidos. No contexto atual, qualquer tentativa de estabelecer metas significativas de recuperao de matas ciliares estaria associada a riscos elevados, como j ocorreu em outras oportunidades, pois no existem instrumentos e recursos capazes de induzir e fomentar a recuperao de matas ciliares em larga escala. H a necessidade de desenvolver estratgias que subsidiaro a formulao e implementao de um Programa de Recuperao de Matas Ciliares de longo prazo, de abrangncia estadual, com objetivos e metas que venham a ser efetivamente assumidas.

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Este projeto visa primeiramente contribuir para o desenvolvimento de estratgias que subsidiaro a formulao e implementao de um Programa de Recuperao de Matas Ciliares de longo prazo, de abrangncia estadual, com objetivos e metas que venham a ser efetivamente assumidos pelos diferentes atores da sociedade estado, prefeituras, empresas privadas, proprietrios rurais, agricultores e organizaes no-governamentais. Assim, o projeto foi concebido com o objetivo de desenvolver aes para superar cada um dos gargalos identificados. Alm disto, se prev a recuperao de matas ciliares em pelo menos 15 microbacias, atravs de Projetos Demonstrativos, que serviro de suporte ao desenvolvimento das aes do projeto e contribuiro para a restaurao de ecossistemas paulistas.

2.2 - Objetivos Objetivo geral O Projeto de Recuperao de Matas Ciliares do Estado de So Paulo foi concebido com o objetivo geral de desenvolver instrumentos, metodologias e estratgias de modo a tornar vivel um Programa de Recuperao de Matas Ciliares de longo prazo e de abrangncia estadual, visando: Apoiar a conservao da biodiversidade nos biomas existentes no territrio paulista atravs da formao de corredores ecolgicos a partir da recuperao de reas degradadas de mata ciliar, revertendo a fragmentao e insularizao de remanescentes de vegetao nativa; Reduzir os processos de eroso, minimizando as perdas de solo e o assoreamento dos corpos hdricos, levando melhoria da qualidade e quantidade de gua; Apoiar o uso sustentvel dos recursos naturais; Contribuir para a reduo da pobreza na zona rural, atravs da formulao de mecanismos para a remunerao pelos servios ambientais providos pelas florestas nativas, pela capacitao e gerao de trabalho e renda associados ao reflorestamento e pela criao de alternativas de explorao sustentada de florestas nativas; Contribuir para a mitigao das mudanas climticas globais por meio da absoro e fixao de carbono em projetos de reflorestamento de reas degradadas. Contribuir para a conscientizao da sociedade sobre a importncia da conservao e uso sustentvel dos recursos naturais, com um foco especial nos ecossistemas ciliares. Objetivos Especficos Os objetivos especficos do projeto, que contribuem para a consecuo do objetivo geral, so: 1. Ampliar a capacidade de produo de mudas, com melhoria de qualidade das mesmas, para suportar a futura restaurao de matas ciliares em larga escala; 2. Aperfeioar as estruturas institucionais, legais e normativas pertinentes para possibilitar a implementao de mecanismos de pagamento e monitoramento/ ou controle pelos servios ambientais providos por matas ciliares e os usos sustentveis da vegetao nativa; 3. Formular, testar e validar modelos de restaurao de ecossistemas; 4. Fortalecer a capacidade institucional para coordenar intervenes inter-setoriais, monitorar impactos de projeto e troca de informaes. 5. Implantar Projetos Demonstrativos; 6. Informar e capacitar agricultores sobre conhecimentos e tcnicas que permitam o uso sustentvel dos recursos naturais; 7. Melhorar a capacidade institucional e comunitria para tratar as questes de degradao de solos e dar suporte ao manejo sustentvel de terras; 8. Sensibilizar e mobilizar a populao das bacias hidrogrficas sobre a necessidade de preservar e recuperar os recursos naturais, fundamentando e propiciando a participao da comunidade na formulao e implementao de agendas locais voltadas ao desenvolvimento sustentvel.

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2.3 - rea de Abrangncia Informaes gerais So Paulo possui rea de 248.809 km e populao total de 39 milhes de habitantes distribudos em 645 municpios e trs regies metropolitanas. O territrio paulista apresenta grande diversidade de situaes, no que se refere s caractersticas do meio fsico, onde poro significativa apresenta alta suscetibilidade eroso e perda de solo, e tambm com relao tipologia da atividade agrcola e s condies de vida da populao rural. Quanto vegetao esto presentes dois dos quatro biomas existentes no Brasil, a Mata Atlntica (composta por vrias formaes como floresta ombrfila, estacional e mista) e o Cerrado (savana), alm das diversas formaes de contato. Em decorrncia do processo histrico do desmatamento e das presses a que os remanescentes dos ecossistemas originais esto sujeitos observa-se ter havido a perda acelerada da biodiversidade nestes biomas. Por esta razo, a Mata Atlntica e o Cerrado, encontram-se entre os 25 hot spots considerados prioritrios para a conservao da biodiversidade global, de acordo com estudos desenvolvidos pela Conservation International. Alm de fragmentada, a vegetao remanescente distribui-se de forma muito heterognea, concentrando-se na regio do litoral, Serra do Mar e Vale do Ribeira. Vastas reas encontramse praticamente desprovidas de vegetao nativa, inclusive nas zonas ciliares. Este fato, aliado a prticas agrcolas inadequadas, vem acarretando problemas ambientais e sociais significativos. Bacias Hidrogrficas Abrangidas Decidiu-se concentrar as intervenes diretas do projeto em cinco bacias, visando facilitar sua operacionalizao atravs de Projetos Demonstrativos. As bacias selecionadas so: Aguape, Mogi Guau, Paraba do Sul, Piracicaba/Capivari/Jundia e Tiet/Jacar, que foram escolhidas por abrangerem reas consideradas prioritrias para a conservao da biodiversidade e por inclurem reas representativas das diferentes situaes existentes em So Paulo, tanto quanto aos meios fsico e bitico, quanto em relao a aspectos scio-econmicos. Os quadros a seguir apresentam informaes sobre as cinco bacias selecionadas para o projeto.

Quadro 1 Informaes sobre as Bacias prioritrias N de municpios 32 38 34 57 35 Populao (2000) 343.570 1.312.995 1.770.227 4.314.242 1.328.218 % cobertura vegetao nativa (1998) 4,26 5,08 15,31 8,13 11,31

UGRH Aguape Mogi-Guau Paraba do Sul Piracicaba/ Capivari/Jundia Tiet/Jacar

rea (km) 13.068 15.218 14.547 14.314 11.749

Classificao Agropecuria Em industrializao Industrial Industrial Em industrializao

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Quadro 2: Situao das bacias em relao ao Estado rea (km) % UGRHs prioritrias Estado de So Paulo 68.896 24.809 27,7 100,0 N de % municpios 196 645 30,2 100,0 Populao (2000) 9.069.252 36.966.527 % 22,3 100,0 % cobertura vegetao nativa (1998) 8,81 1,37

Fonte: Relatrio Zero das Bacias Hidrogrficas Informaes Bsicas para o Planejamento Ambiental SMA 2003

A localizao das cinco bacias prioritrias est apresentada no mapa a seguir Figura 1 Bacias prioritrias

Bacias (UGRHs) prioritrias 1 - Aguape 2 Tiet/Jacar 3 - Mogi-Guau 4 Piracicaba/Capivari/Jundia 5 - Paraba do Sul

Seleo de Microbacias para a Implantao de Projetos Demonstrativos Cadastramento de reas Foi constitudo um cadastro de reas visando seleo de microbacias para a implantao dos Projetos Demonstrativos. Para a formao do cadastro foram divulgados comunicados no Dirio Oficial do Estado, jornal de grande circulao, internet e informativos de Comits de Bacia Hidrogrfica. Os comunicados divulgados, especficos para cada uma das cinco bacias, contemplaram os procedimentos e critrios para a escolha das reas para a implantao de Projetos Demonstrativos, conforme modelo (Anexo 6). Caso se verifique a necessidade de ampliar o cadastro visando o aumento da representatividade das reas cadastradas ou de realizar novo processo de seleo de microbacias para eventual ampliao do nmero de Projetos Demonstrativos, os procedimentos adotados devero ser repetidos. Critrios para a seleo de microbacias A seleo das microbacias, dentre as cadastradas, para a implantao dos Projetos Demonstrativos foi realizada segundo critrios definidos pelos Comits das cinco Bacias Hidrogrficas abrangidas.

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A metodologia para a definio dos critrios de seleo das reas consistiu da realizao de oficinas de trabalho envolvendo as Cmaras Tcnicas de Planejamento e/ou de Recursos Naturais dos Comits, tendo como material de apoio os seguintes mapas temticos: uso do solo, geomorfologia, potencial de eroso, sistemas aqferos, intensidade de vegetao, intensidade de pobreza e tipologia da atividade agrcola. Como resultado das oficinas de trabalho foram produzidas matrizes de critrios e pesos, que foram submetidas aprovao das plenrias dos Comits. De maneira geral possvel sistematizar os critrios que foram indicados em todas as bacias em quatro grupos: importncia da microbacia para a conservao da biodiversidade; importncia da microbacia para a produo de gua para abastecimento pblico e para o equilbrio do ecossistema; organizao e mobilizao da sociedade; tamanho das propriedades, atividade econmica preponderante e potencial de degradao ambiental decorrente do uso atual do solo. A adoo dos critrios dever assegurar que a recuperao de reas, por ao direta do projeto, proporcionar o mximo de benefcios scio-ambientais. As matrizes contendo os critrios para a seleo de reas para a implantao dos Projetos Demonstrativos nas cinco Bacias Hidrogrficas prioritrias encontram-se no Anexo 7. Critrios para a adeso de proprietrios rurais Uma vez selecionadas as microbacias para a implantao dos Projetos Demonstrativos, a definio das reas que sero recuperadas com recursos do projeto ser feita quando da elaborao dos projetos executivos considerando os critrios ambientais e scio-econmicos (eliminatrios e classificatrios) estabelecidos no Anexo 8. No sero recuperadas com recursos do projeto reas que sejam objeto de autuao administrativa ou procedimentos judiciais, em que os proprietrios ou possuidores estejam obrigados a reparar o dano ambiental. 2.4 - Pblico alvo As aes do projeto sero desenvolvidas em trs nveis: estadual, regional e local. No mbito estadual haver a definio de diretrizes gerais, coordenao e estabelecimento de uma rede de relaes interinstitucionais. Os estudos e demais atividades voltadas formulao de um futuro programa de recuperao de matas ciliares sero, tambm, desenvolvidos em mbito estadual. As aes regionais sero realizadas nas cinco bacias prioritrias e compreendero atividades de educao ambiental, capacitao e mobilizao, alm do fomento produo de sementes e mudas. As aes de abrangncia local ocorrero nas microbacias selecionadas para a implantao dos Projetos Demonstrativos e compreendero um esforo concentrado em mobilizao e capacitao para o uso sustentvel dos recursos naturais e o envolvimento direto de associaes ou cooperativas locais para a execuo das atividades de implantao e manuteno de florestas ciliares. O pblico alvo deste projeto pode ser agrupado em quatro segmentos: Pblico Beneficirio produtores e trabalhadores rurais moradores nas microbacias sede dos Projetos Demonstrativos. Pblico Operacional / Agentes Tcnicos tcnicos de rgos pblicos, ONGs e agentes comunitrios envolvidos na implementao do projeto. Pblico Multiplicador educadores da rede pblica de ensino das bacias hidrogrficas abrangidas pelo projeto. Pblico Estratgico lideranas e formadores de opinio, alm da populao das bacias hidrogrficas abrangidas.

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2.5 - Componentes A Figura a seguir ilustra a Estrutura do Projeto de Recuperao de Matas Ciliares de So Paulo. Figura 2 - Estrutura do Projeto de Recuperao de Matas Ciliares de So Paulo

2.6 - Estratgia Tcnica O principal eixo da implementao do projeto ser a execuo dos Projetos Demonstrativos, que devem polarizar a maior parte das aes dos componentes nas regies. Desta maneira facilita-se a operacionalizao das aes, concentrando os investimentos diretos em recuperao e reflorestamento em regies onde os benefcios scio-ambientais sejam maximizados e viabilizando a funo demonstrativa esperada. O carter demonstrativo do projeto visa promover e apoiar o desenvolvimento de ferramentas institucionais e tcnicas apropriadas, que podero subsidiar a restaurao de matas ciliares em todo o Estado de So Paulo, assim como em outros estados e pases que apresentem situao semelhante. As reas recuperadas nos projetos piloto podero ser utilizadas como reas demonstrativas para a capacitao de agentes de prefeituras, comunidades e produtores rurais de outras regies. O envolvimento das diversas organizaes governamentais e no governamentais nas aes do projeto deve ser assegurado e incentivado pelos executores em todos os nveis, tanto no que se refere implementao das aes previstas como no seu monitoramento e avaliao. Parcerias com Prefeituras Municipais, rgos da administrao estadual, instituies de pesquisa, ONGs e entidades representativas de agricultores devero ser estabelecidas para a implementao do projeto. Neste sentido, a integrao das aes do projeto com as do PEMH imprescindvel para sua implementao, sendo responsabilidade dos executores, em todos os nveis, buscar a articulao interinstitucional necessria. Ressalte-se que a implementao do projeto dever ocorrer sem prejuzo das aes de fiscalizao decorrentes das atribuies legais da SMA.

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2.7 - Projetos e programas correlatos O principal programa correlato o Programa Estadual de Microbacias Hidrogrficas - PEMH, que conta com um emprstimo do Banco Mundial no valor de U$ 45 milhes (BR-PE-6474) e encontra-se em implementao com os seguintes objetivos: melhorar a sustentabilidade da produo agrcola, a produtividade e a renda dos produtores, alm de apoiar a conservao dos recursos naturais por meio de: (a) incentivo adoo de manejo sustentvel das terras, planejado e implementado no nvel da microbacia, com o forte envolvimento da comunidade; (b) conscientizaco e envolvimento da populao para a proteo ambiental; (c) reduo da exposio do solo aumentando a cobertura vegetal (em extenso e no tempo); e (d) melhora da estrutura do solo e de suas caractersticas de drenagem, favorecendo a infiltrao da gua e reduzindo os processos erosivos. Alm do PEMH, dois outros merecem especial referncia em funo da convergncia entre seus objetivos e os deste projeto: Conservao da Floresta Atlntica no Interior do Estado de So Paulo (projeto GEF de mdio porte em preparao/PNUD) e o Projeto Nacional de Meio Ambiente PNMA II, desenvolvido pelo MMA com a participao das Secretarias de Meio Ambiente e Agricultura com o apoio do Banco Mundial. Ambos os projetos prevem aes complementares em reas no inseridas nas bacias indicadas como prioritrias para o projeto proposto, Pontal do Paranapanema e Bacia Hidrogrfica do Alto Tiet, respectivamente. Outros projetos que contam com o apoio do GEF foram identificados como relevantes para os objetivos deste, destacando-se dois projetos com objetivos similares ou complementares em relao ao proposto: o Projeto Paran Biodiversidade e o Projeto de Manejo Integrado de Microbacias no NorteNoroeste Fluminense. O projeto proposto apresenta, tambm, interfaces com o projeto GEF Proteo e Manejo Sustentvel do Aqfero Guarani, uma vez que h sobreposio de reas de atuao (Bacia Hidrogrfica do Rio Mogi-Guau). Cabe mencionar, ainda, o Projeto de Proteo da Mata Atlntica PPMA, desenvolvido pela SMA com o apoio do KfW (US20 milhes), visando a consolidao de 11 Unidades de Conservao e o aperfeioamento das aes de monitoramento e controle de atividades potencialmente degradadoras na rea de abrangncia da Mata Atlntica. As informaes e experincias do Projeto de Proteo da Mata Atlntica PPMA foram tambm consideradas durante a preparao do projeto e fornecero subsdios durante sua implementao, especialmente no que se refere s atividades de monitoramento. 2.8 - Financiamento A execuo do projeto prev a alocao de recursos de diferentes fontes: doao do Global Environment Facility GEF, por intermdio do Banco Mundial (Acordo de Doao TF055091); contrapartida representada por recursos do Tesouro do Estado consignados no oramento da SMA; co-financiamento representado por recursos do PEMH geridos pela CATI/SAA, recursos estes provenientes de emprstimo do Banco Mundial, do Tesouro do Estado consignados no oramento da SAA, e da participao de beneficirios prevista no programa. As duas tabelas a seguir apresentam os custos estimados do projeto e as fontes de recursos, conforme programao preliminar (COSTAB) Tabela Recursos por Fonte de Financiamento: Fonte Gov. SP Gov. SP/WB Banco mundial/CATI GEF Beneficirios % 16,4 39,5 38,0 6,1 Observaes Contrapartida recursos oramentrios Co-financiamento PEMH Doao Co-financiamento - PEMH

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Tabela - Alocao de Recursos por Componente e Sub-componente: Custos do Projeto por Componente/Subcomponente 1. Desenvolvimento de Polticas 1.1: Desenvolvimento de Sistema para Pagamento por Servios Ambientais 1.2: Formulao de Programa Estadual de Recuperao de Matas Ciliares 2. Apoio Restaurao Sustentvel de Florestas Ciliares 2.1: Desenvolvimento e Validao de Metodologia para Restaurao Florestal 2.2: Apoio Colheita de Sementes e Produo de Mudas de Espcies Nativas 3. Projetos Demonstrativos 3.1: Investimentos em reas Produtivas Agrcolas e de Pastagens 3.2: Projetos Demonstrativos de Recuperao de Matas Ciliares 4. Capacitao, Educao Ambiental e Treinamento 4.1: Educao Ambiental no Ensino Formal 4.2: Mobilizao e Divulgao (Populao Residente nas Bacias Prioritrias) 4.3: Capacitao de Agentes Ambientais (Executores do Projeto) 4.4: Capacitao para a Gesto Sustentvel nas Microbacias (Beneficirios) 5. Gesto, Monitoramento e Avaliao, Disseminao de Informaes 5.1: Gesto e Coordenao 5.2: Monitoramento e Avaliao 5.3: Disseminao de Informaes Total do Projeto (com contingncias) % 7,1 5,1 2,1 9,1 5,5 3,6 54,8 38,4 16,4 12,6 4,7 4,2 1,6 2,1 16,3 11,4 4,0 0,9 100,0

Conforme o Acordo de Doao o montante de recursos disponibilizados pelo GEF atinge US$ 7.750.000,00, alocados conforme a tabela seguir. Tabela - Categorias de recursos provenientes do GEF: Categoria Investimentos (Obras, Bens, Consultorias e Treinamentos) Subprojetos de restaurao (Projetos Demonstrativos) Custos operacionais No alocado US$ 4.568.850,00 2.279.200,00 650.980,00 250.970,00

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3 - ORGANIZAO INSTITUCIONAL/GESTO DO PROJETO 3.1 - Estrutura Executiva Grupo de Gerenciamento do Projeto (GP) O Grupo de Gerenciamento do Projeto (GP) nomeado por Resoluo SMA (Anexo 2) e est subordinado diretamente ao Gabinete do Secretrio do Meio Ambiente, sendo constitudo da seguinte forma: Gerncia Executiva; Gerncia Tcnica; Gerncia Administrativa e Financeira; Coordenao de Componentes; Representante do Programa Estadual de Microbacias Hidrogrficas, indicado pelo Secretrio da Agricultura e Abastecimento.

O Grupo de Gerenciamento do Projeto responsvel pela gesto do projeto, em especial pela integrao e dos diferentes componentes e pela compatibilizao das aes do projeto com as desenvolvidas pelo Programa Estadual de Microbacias Hidrogrficas. Os integrantes do grupo de Gerenciamento do Projeto, de forma colegiada, so responsveis pela deciso de questes que envolvem mais de um componente e pela soluo de conflitos entre executores que venham a ser eventualmente observados durante a implementao do projeto. O GP exercer as funes de conselho editorial em relao s publicaes do projeto. O GP deve acompanhar o desenvolvimento do projeto e tomar conhecimento prvio de todos os relatrios gerenciais encaminhados ao Secretrio do Meio Ambiente, Comisso do CONSEMA e Banco Mundial. As atribuies e responsabilidades dos integrantes do Grupo de Gerenciamento do Projeto e demais envolvidos na sua execuo esto resumidamente descritas a seguir e detalhadas no Anexo 3. Gerncia Executiva: A Gerncia Executiva exercida pelo Diretor do Departamento de Projetos da Paisagem, diretamente vinculado ao Gabinete do Secretrio do Meio Ambiente e por ele nomeado. Cabe ao Gerente do Projeto mobilizar e articular-se com rgos da administrao pblica estadual, em especial com a CATI/SAA, e rgos externos e no governamentais envolvidos na implementao do projeto; executar a coordenao geral das atividades; avaliar continuamente a implementao do projeto, identificando e buscando a superao de restries sua execuo; assegurar o cumprimento dos cronogramas fsicos e financeiros e das condicionantes previstas no acordo de doao; alm de prover informaes para o gerenciamento e monitoramento do projeto, elaborando relatrios gerenciais para o Secretrio do Meio Ambiente, Comisso do CONSEMA (instncia consultiva do projeto conforme descrito adiante) e Banco Mundial. Gerncia Tcnica: A Gerncia Tcnica exercida por tcnico do DPP, indicado por seu diretor e nomeado pelo Secretrio do Meio Ambiente. Cabe ao Gerente Tcnico assessorar o Gerente Executivo do Projeto, substituindo-o em suas funes quando necessrio; acompanhar as atividades desenvolvidas pelos diferentes componentes visando assegurar a compatibilidade entre seus cronogramas; consolidar os Planos Operativos Anuais e os relatrios de monitoramento e avaliao do projeto; apoiar os coordenadores de componentes e o gerente administrativo na elaborao de Termos de Referncia. Gerncia Administrativa e Financeira: A Gerncia Administrativa e Financeira exercida pelo Diretor da Diviso de Administrao do

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Departamento de Projetos da Paisagem. O Gerente Administrativo e Financeiro responsvel pelas atividades de planejamento e execuo relativas s questes oramentria, financeira e contbil, incluindo a conduo do todos os processos licitatrios e desembolsos do projeto, bem como as prestaes de contas. O Gerente Administrativo Financeiro designar responsveis para executar e acompanhar as funes de licitaes e contratos e a execuo financeira, bem como pela contratao de auditorias fiscais e adoo das providncias cuja necessidade seja constatada nas mesmas. Coordenadores de Componentes: Os Coordenadores de Componentes so nomeados pelo Secretrio do Meio Ambiente a partir de indicao dos dirigentes das unidades da SMA com atribuies relacionadas aos objetivos de cada componente, a saber: Instituto de Botnica - IBt Instituto Florestal - IF Instituto Geolgico - IG Fundao Florestal - FF Coordenadoria de Planejamento Ambiental Estratgico e Educao Ambiental - CPLEA Coordenadoria de Licenciamento Ambiental e Proteo de Recursos Naturais - CPRN Departamento de Projetos da Paisagem - DPP Cabe aos Coordenadores de Componentes o planejamento, coordenao e superviso da execuo fsica das atividades, alm de seu monitoramento e avaliao. O coordenador do componente 5 ser responsvel pela consolidao das informaes prestadas pelos executores visando compor os relatrios de acompanhamento fsico e financeiro da execuo do projeto previstos no Sistema de Acompanhamento Fsico-Financeiro. Os Coordenadores de Componentes devem assegurar a articulao das atividades do projeto com outras atividades e projetos correlatos desenvolvidos pelas unidades da SMA, bem como as articulaes interinstitucionais especficas necessrias ao desenvolvimento dos trabalhos. Equipes executoras nas bacias hidrogrficas As equipes nas bacias hidrogrficas so constitudas por pelo menos um tcnico e um auxiliar administrativo. Os tcnicos executores nas bacias (um em cada uma das cinco bacias hidrogrficas) so responsveis pela implantao dos Projetos Demonstrativos (sub-componente 3.2) e por apoiar as aes previstas nos demais componentes no mbito da bacia hidrogrfica em que atuam. A equipe da bacia fica sediada junto a uma das representaes regionais de unidades da SMA e deve trabalhar de forma articulada com as mesmas e com os executores locais do PEMH. Cabe ao tcnico executor da bacia identificar e mobilizar os parceiros locais para a execuo do projeto, em especial para a implantao dos Projetos Demonstrativos, bem como acompanhar e supervisionar sua implantao. Equipes nas microbacias com Projetos Demonstrativos Nas microbacias selecionadas para a implantao dos Projetos Demonstrativos est prevista a constituio de equipes informais formadas pelo tcnico da equipe da bacia, tcnicos envolvidos nos diferentes componentes, tcnico executor do Programa Estadual de Microbacias Hidrogrficas, tcnicos das Prefeituras Municipais, agentes ambientais e organizaes locais de produtores rurais e ambientalistas. As equipes de microbacias apoiaro o planejamento e a execuo dos diagnsticos e a identificao de demandas de mobilizao, capacitao e treinamento associado implantao do projeto.

Equipes nas Bases de Referncia para Recuperao de reas Degradadas (BRAD) O projeto prev a implantao de duas Bases de Referncia para Recuperao de reas Degradadas, em So Paulo e em Mogi-Guau. As equipes das BRADs, compostas por tcnicos (responsvel pela base, de laboratrio e de informtica), auxiliares administrativos e de campo, sero responsveis pela implementao dos planos de trabalho das BRADs e atuaro sob orientao da Coordenao do Componente 2.

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Grupo de Trabalho e Equipes Tcnicas O Grupo de Trabalho criado pela Resoluo SMA 28, de 19/05/2004 (Anexo 11), constitudo por representantes das diferentes unidades da SMA e tem a responsabilidade de acompanhar e apoiar a execuo do projeto, assegurando o envolvimento das unidades da SMA ali representadas no desenvolvimento das atividades. Os dirigentes das unidades da SMA com atribuies relacionadas s aes previstas no projeto, por meio de atos prprios, podero constituir grupos de trabalho especficos e designar equipes tcnicas, permanentes ou temporrias, para a execuo de atividades no mbito do projeto. As equipes tcnicas atuaro no projeto sob a coordenao dos respectivos coordenadores de componentes.

3.2 - Estrutura consultiva O projeto conta com um Colegiado de Orientao, representado pela Comisso Especial de Biodiversidade, Florestas e reas Protegidas do CONSEMA, havendo, ainda, o envolvimento de fruns regionais (Comits de Bacia Hidrogrfica) e locais (Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural e Conselhos Municipais de Meio Ambiente). Colegiado de Orientao A Comisso Especial de Biodiversidade, Florestas e reas Protegidas do Conselho Estadual do Meio Ambiente CONSEMA exerce as funes do Colegiado de Orientao do projeto, conforme deliberao do plenrio do CONSEMA (Deliberaes do CONSEMA 27/2003 e 14/2004). Esta Comisso Especial constituda por representantes do Governo do Estado, incluindo a SMA, SAA e CETESB, e da sociedade civil, dentre estes as trs universidades pblicas, ambientalistas e associaes profissionais. Cabe Comisso Especial analisar e aprovar o planejamento anual de atividades, validando os Planos Operativos Anuais; acompanhar a execuo do projeto, sugerindo os ajustes necessrios; apoiar a coordenao do projeto na integrao interinstitucional e mediar eventuais conflitos entre atores sociais. Caber, ainda, Comisso Especial analisar a proposta de Programa de Recuperao de Matas Ciliares que resultar da implementao do projeto previamente sua apreciao pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente CONSEMA. Comits de Bacia Hidrogrfica (CBH) Os Comits de Bacia Hidrogrfica, criados por lei estadual, integram o Sistema Estadual de Gesto de Recursos Hdricos (SGRH) e so compostos por representao tripartite do Estado, Municpios e sociedade civil, esta ltima representada por entidades ambientalistas, produtores rurais, usurios de gua, instituies de pesquisa e associaes profissionais dentre outros segmentos. Os Comits de Bacia Hidrogrfica (CBH) das cinco bacias prioritrias foram responsveis pela definio de critrios para a escolha de microbacias para a implantao dos Projetos Demonstrativos, conforme descrito na seo 2.3, e devero acompanhar as aes do projeto no nvel da bacia. Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural e de Meio Ambiente Os Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural constituem-se em instncia deliberativa do Programa Estadual de Microbacias Hidrogrficas (PEMH), sendo responsvel pela priorizao de microbacias, aprovao de propostas, projetos e planos anuais de trabalho. Na esfera local, nas municipalidades onde se inserem as microbacias com Projetos Demonstrativos, os Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural sero responsveis pelo acompanhamento da aplicao dos recursos de co-financiamento oriundos do

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PMBH, conforme previsto no Manual Operativo daquele programa. Os Conselhos Municipais de Meio Ambiente sero envolvidos nas aes de restaurao de matas ciliares com o objetivo de ampliar o alcance das aes de mobilizao e capacitao previstas.

3.3 - Articulaes institucionais Um dos pressupostos deste projeto a atuao em rede, entendendo-se que a questo da restaurao ambiental um tema de interesse da sociedade, cabendo a interveno de diversos atores, incluindo os diferentes nveis e setores de governo, entidades da sociedade civil, pesquisadores e agricultores. Assim, a preparao, a implementao e as estratgias de sustentabilidade do projeto baseiam-se no estabelecimento de vrias parcerias. No mbito governamental destaca-se aquela entre as Secretarias do Meio Ambiente e da Agricultura, com estreita colaborao entre a equipe envolvida na preparao do projeto e a equipe de coordenao do PEMH. Esta parceria foi formalizada pelo Decreto Estadual 49.723 de 25/06/2005 (anexo 1), e pela constituio de um grupo de trabalho composto por representantes das duas secretarias. Alm disso, os recursos de cofinanciamento providos pelo PEMH e sua colaborao para a implementao das atividades demonstrativas, envolvendo agricultores e associaes de microbacias, iro beneficiar o desenvolvimento do projeto proposto. Outras importantes parcerias j estabelecidas durante a preparao do projeto e que sero mantidas e reforadas durante sua implementao so:

com a Secretaria Nacional de Biodiversidade e Florestas do Ministrio do Meio Ambiente (MMA), visando coordenao do desenvolvimento e futura validao de um sistema para pagamento pelos servios ambientais, assim como sua disseminao e replicao para outras unidades da federao; com a Secretaria de Estado da Educao SEE, para a realizao de cursos de formao para educadores da rede pblica de ensino, alm de outras aes no mbito do Componente 4 (conforme a Resoluo Conjunta SMA - SEE n 02, de 10/11/2004 que regulamenta a atuao conjunta das duas Secretarias na proposio e promoo da Poltica Estadual de Educao Ambiental); com universidades e instituies de pesquisa para a proposio, teste e monitoramento de modelos para a restaurao de matas ciliares; com a iniciativa privada, prefeituras municipais, rgos federais e estaduais e organizaes no governamentais para a implantao de projetos piloto; com organizaes no governamentais ambientalistas para a preparao e implementao do projeto.

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4 - DESCRIO E IMPLEMENTAO DOS COMPONENTES

4.1 - Descrio, objetivos, estratgia e conceituao O Projeto ser implementado em quatro anos, tendo sido estruturado em cinco componentes, a seguir descritos:

4.1.1 Componente 1 Desenvolvimento de Polticas A Descrio Este componente trata dos aspectos econmicos e institucionais relacionados restaurao de matas ciliares e est organizado em dois Sub-componentes: 1.1 - Desenvolvimento de Sistema para Pagamento por Servios Ambientais 1.2 - Formulao de Programa Estadual de Recuperao de Matas Ciliares O principal resultado a ser atingido por este componente a formulao de um Programa de Recuperao de Matas Ciliares, que ser submetido s instncias competentes para aprovao e futura implementao. Outros resultados esperados so: 1. desenvolvimento de um sistema para a remunerao pelos servios ambientais providos pelas florestas ciliares; 2. identificao e avaliao de alternativas de explorao sustentvel de produtos florestais no madeireiros; 3. desenho e teste de um sistema para a gesto e o monitoramento integrado de matas ciliares, em bases georeferenciadas; 4. indicao de reas prioritrias para a recuperao visando a formao de corredores regionais para a conservao da biodiversidade dos ecossistemas. B Estratgia O Componente ser implementado considerando todo o Estado de So Paulo. As pesquisas de campo (diagnstico, estudo e monitoramento) sero realizadas preferencialmente nas cinco bacias hidrogrficas prioritrias e nas microbacias com Projetos Demonstrativos, mas devem ser abrangentes o suficiente para permitir o desenvolvimento de estratgias e instrumentos aplicveis a todo o territrio paulista. Sub-componente 1.1: Desenvolvimento de Sistema para pagamento por Servios Ambientais Este sub-componente tem abrangncia estadual, com nfase em estudos aplicados nas reas de Projetos Demonstrativos. Os aspectos de oferta de tecnologia, aparatos tributrios e legais sero examinados sob a tica do proprietrio rural, procurando avaliar as interferncias na tomada de deciso do administrador da unidade produtiva onde ocorrer a recuperao florestal. Paralelamente, ser discutida a vertente macroeconmica das mesmas questes, com o intuito de mensurar a eficcia da legislao vigente. Sero propostas, se necessrio, alteraes nos atuais instrumentos legais e sugeridos novos instrumentos, de tal sorte que o seu conjunto possa fomentar a estruturao de um mercado de servios ambientais em bases slidas, com especial destaque para a remunerao pelo seqestro de carbono e melhoria da qualidade e quantidade da gua. Tambm sero discutidas as atividades que envolvam uso econmico sustentvel das reas de preservao permanente, em especial os sistemas agroflorestais. Os estudos sero realizados pelas instituies da SMA e pelo IEA (SAA), prevendo-se a contratao de consultorias, servios de apoio e a participao de outras instituies de pesquisa e universidades por meio de sub-projetos. Sero realizados encontros, workshops e seminrios para a discusso dos temas selecionados de modo a evitar a duplicidade de esforos em relao a trabalhos desenvolvidos por diferentes grupos de pesquisa.

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Os trs eixos principais deste trabalho so:

Caracterizao do uso da terra nas reas ciliares nas propriedades rurais do estado de So Paulo. Identificao, quantificao e valorao de servios ambientais visando gerar parmetros para a formulao de sistema de pagamento por servios ambientais, priorizando a proteo de recursos hdricos e seqestro de carbono. Sistematizao de informaes sobre prticas de manejo associadas conservao e recomposio florestal em reas de matas ciliares, com o uso sustentvel de APPs. As atividades envolvero a sistematizao de informaes existentes, incluindo relatrio das pesquisas em desenvolvimento, coleta e anlise de dados secundrios, levantamento de dados fsicos, econmicos e financeiros em unidades produtivas situadas nos Projetos Demonstrativos. As atividades envolvem ainda a avaliao de custos, benefcios e tempo de retorno do investimento considerando os mecanismos propostos e a avaliao de mecanismos legais relacionados ao pagamento por servios ambientais e uso sustentvel de reas de Preservao Permanente. Sub-componente 1.2: Formulao de Programa Estadual de Recuperao de Matas Ciliares Compreende, alm da formulao do Programa Estadual de Recuperao de Matas Ciliares propriamente dito, estudos e atividades complementares abrangendo trs aspectos: 1 - Identificao de reas prioritrias para a formao de corredores de biodiversidade Os estudos tero abrangncia estadual e sero realizados pelas unidades da SMA com o apoio de consultores e a participao de instituies de pesquisa, universidades e ONGs por meio de subprojetos. Para o desenvolvimento dos estudos esto previstas as seguintes etapas: diagnose ambiental das reas, com a caracterizao dos fragmentos remanescentes e verificao das possibilidades de conexo; definio de reas potenciais para implantao de corredores de biodiversidade, identificando reas prioritrias para a recuperao ciliar. 2 - Desenvolvimento e teste de sistema integrado e geo-referenciado para planejamento e monitoramento do Programa Estadual de Recuperao de Matas Ciliares Os estudos tero abrangncia estadual, prevendo-se a utilizao de reas nos Projetos Demonstrativos para a realizao de estudos de caso. O desenvolvimento do Sub-componente ocorrer atravs do envolvimento de unidades da SMA, sob a coordenao do Grupo Setorial de Tecnologia, Informao e Comunicao (GSTIC), com a participao de institutos de pesquisa, universidades e organizaes no governamentais e a contratao de consultoria. Est previsto o uso de recursos de sensoriamento remoto e sistemas de informaes geogrficas como subsdio s aes de anlise e planejamento contemplando as seguintes etapas: seleo e desenvolvimento de tecnologia mais adequada aos objetivos previstos, considerando em especial a relao custo/benefcio; desenho do sistema com a especificao de equipamentos e materiais necessrios; a estruturao da unidade de monitoramento e a capacitao de tcnicos para sua operacionalizao. 3 - Programa de Recuperao de Matas Ciliares Os estudos tero abrangncia estadual e sero realizados pelas unidades da SMA com o apoio de consultores e a participao de instituies de pesquisa, universidades e ONGs por meio de subprojetos. A formulao do programa se dar a partir da consolidao dos resultados das aes de todo o projeto e compreender a avaliao e incorporao dos resultados dos diversos componentes, a sistematizao de uma proposta do Programa de Recuperao de Matas Ciliares e a apresentao e discusso desta proposta para aprovao pelas instncias pertinentes.

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C - Documentos de Referncia do Componente

Plano de Trabalho de Pesquisa sobre Pagamento por Servios Ambientais e usos sustentveis de florestas nativas Plano de Trabalho de Pesquisa sobre Corredores Ecolgicos Plano de Trabalho para o Desenvolvimento de Sistema de Informaes Geogrficas 4.1.2 - Componente 2 Apoio Restaurao Sustentvel de Florestas Ciliares A Descrio Este componente engloba as aes relacionadas pesquisa e desenvolvimento de metodologias de restaurao florestal e incremento da oferta de sementes e mudas de espcies nativas, sendo organizado em dois Sub-componentes: 2.1: Desenvolvimento e Validao de Metodologia para Restaurao Florestal 2.2: Apoio Colheita de Sementes e Produo de Mudas de Espcies Nativas Os resultados esperados so: 1. Integrao das instituies pblicas e privadas no processo de Recuperao de reas Degradadas no Estado de So Paulo, 2. Consolidao de centros de referncia (BRADs) para pesquisas e transferncia de tecnologia; 3. Desenvolvimento de metodologia para a restaurao florestal para implantao em, pelo menos, dez Projetos Demonstrativos; 4. Execuo de pesquisas adaptativas nas reas dos Projetos Demonstrativos implantados e em trs reas de Referncia; 5. Incremento na produo de sementes e mudas de qualidade, atravs do cadastramento de viveiros e capacitao de viveiristas, de forma a atender a demanda de projetos de recuperao de reas degradadas do Estado. 6. Consolidao de um ncleo de beneficiamento, estocagem e anlise de sementes; 7. Formulao de proposta de norma que regulamente a colheita de sementes em Unidades de Conservao. B Estratgia As aes deste componente sero implementadas principalmente nas cinco bacias prioritrias, mas seus efeitos sero estendidos para todo o Estado de So Paulo por meio da difuso de informaes e disponibilizao de assistncia tcnica para a produo de sementes e mudas de espcies nativas, para recuperao de reas degradadas e restaurao florestal. Sub-componente 2.1 - Desenvolvimento e Validao de Metodologia para Restaurao Florestal Este Sub-componente baseia-se na execuo de Pesquisa adaptativa, ou seja, que visa proposio, desenvolvimento e avaliao de modelos de recuperao de reas degradadas, adequados a cada situao em particular. Para tanto sero realizados estudos tanto nas microbacias com Projetos Demonstrativos quanto em reas de Referncia. Para este Projeto, modelo constitui uma proposta metodolgica para recuperao de uma determinada rea degradada, contemplando variveis tais como: diversidade de espcies, espaamento, metodologia de plantio (plantio simultneo ou em diferentes etapas), induo e conduo da regenerao, introduo de cultivos intercalares e/ou consorciados, custo, etc, para implantao de um sistema de restaurao. reas de Referncia so reas que abrigam iniciativas de restaurao de florestas ciliares j implantadas, independentes deste Projeto.

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Para a implementao do Sub-componente sero realizadas atividades em trs vertentes: 1 - Realizao de pesquisa adaptativa nas microbacias com Projetos Demonstrativos Para a formulao dos modelos sero considerados o diagnstico prvio das reas, as demandas e propostas dos componentes do projeto e os estudos e pesquisas desenvolvidos pelas instituies da SMA e comunidade cientfica. Est prevista a participao das unidades da SMA, alm de instituies de pesquisa, universidades e ONGs, sob a coordenao do Componente 2. A definio dos temas a serem estudados e validados nos modelos ser feita pelo Grupo de Gerenciamento do Projeto, de maneira colegiada, a partir de sugestes apresentadas pelas coordenaes dos diversos componentes, aps levantamentos preliminares. Dever ser elaborado um Plano de Trabalho do Sub-componente. A implantao dos modelos ocorrer em 10 dos 15 Projetos Demonstrativos previstos no Sub-componente 3.2., onde a atuao ocorrer de forma integrada. A orientao para a implantao de 10 dos Projetos Demonstrativos dever ser prevista nos Projetos Executivos. A avaliao dos modelos ser feita por meio de acompanhamento das unidades demonstrativas, atravs de levantamentos tcnico-cientficos realizados por pesquisadores e tcnicos das diversas instituies de pesquisa e universidades envolvidas, assim como outras anlises pertinentes realizadas por outros componentes do projeto ou por outras entidades tais como associaes de reposio florestal, entidades ambientalistas, empresas e prefeituras. Eventualmente sero contratados consultores para apoio aos trabalhos cientficos. O acompanhamento cientfico dos modelos dever ser considerado no Plano de Monitoramento dos Impactos do projeto previsto no Componente 5. 2 - Realizao de Pesquisas Diversificadas em reas de Referncia O projeto prev a ampliao da base de informaes pelo acompanhamento de iniciativas de restaurao de florestas ciliares em locais que j tenham prticas de restaurao implantadas, independentes deste Projeto, aqui denominadas reas de Referncia. Estas pesquisas visam aumentar o alcance dos estudos de restaurao, considerando diferentes ambientes, pocas de implantao e variedade de metodologias. Devero ser enfatizados estudos voltados para o estabelecimento de parmetros e metodologias para monitoramento e avaliao de reflorestamentos ciliares. 3 - Divulgao Tcnica-Cientfica Est prevista a realizao de workshops e seminrios tcnico-cientficos sobre RAD, reunindo pesquisadores de diversas instituies para intercmbio de informaes. Estes devero incluir a exposio e discusso de informaes recentes sobre o tema, a divulgao e avaliao dos resultados obtidos no decorrer do Projeto e discusso de possveis reordenamentos das aes previstas. Sero realizadas, ainda, atividades voltadas disseminao de tecnologia no mbito do Componente 4, bem como a elaborao e publicao de boletins tcnico-cientficos sobre RAD (Recuperao de reas Degradadas). Sub-componente 2.2 - Apoio Colheita de Sementes e Produo de Mudas de Espcies Nativas Este Sub-componente trata das questes relacionadas oferta de sementes e mudas, que sero desenvolvidas em trs vertentes: 1 - Estabelecimento de Bases de Referncia para Recuperao de reas Degradadas /BRADs As Bases de Referncia para Recuperao de reas Degradadas (BRADs) constituiro centros de excelncia em tecnologia de sementes e recuperao de reas degradadas, e de referncia para a produo de sementes e mudas de espcies nativas, especialmente espcies florestais para recomposio de ambientes ciliares degradados. Dentre suas atribuies esto a pesquisa, o treinamento e capacitao e a prestao de servios. Sero implantadas duas Bases de Referncia Regionais, em So Paulo e Mogi-Guau, a partir da reforma e ampliao das instalaes j existentes nas sedes dos Institutos de Botnica e Florestal e na Reserva

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Biolgica e Estao Experimental de Mogi-Guau. A Base de Mogi-Guau priorizar aes de fomento produo de sementes e mudas, beneficiamento e estocagem de sementes, alm de estudos em viveiro e campo, bem como a disseminao de informaes para viveiros, associaes e outras organizaes do interior do Estado. A Base de So Paulo priorizar a pesquisa, tanto em tecnologia de sementes quanto em recuperao de reas degradadas, relativas s formaes florestais presentes no Estado. Nas duas Bases sero desenvolvidas, na forma de prestao de servios, atividades tcnicas de apoio aos produtores de sementes e mudas de espcies nativas, tais como anlise de sementes, treinamento e capacitao, assistncia tcnica, alm de orientao para restaurao de reas ciliares degradadas. 2 - Estabelecimento de Unidades de Apoio Regionais O Projeto deve estruturar e fortalecer Unidades de Apoio Regional, com o objetivo de apoiar e disseminar as atividades das Bases de Referncia para Recuperao de reas Degradadas, ampliando o alcance de suas aes em diferentes regies do Estado. Estas Unidades sero consolidadas a partir da adaptao da infraestrutura existente em instituies parceiras (governamentais ou no governamentais) que sero selecionadas de acordo com critrios a serem definidos pelo Grupo de Gerenciamento do Projeto / GP. 3 - Formulao de proposta de regulamentao de colheita de sementes em Unidades de Conservao A regulamentao vigente restringe a colheita de sementes de espcies nativas em Unidades de Conservao no Estado de So Paulo, em especial nos Parques Estaduais. Estas reas representam, principalmente no interior do Estado, as principais fontes de sementes de espcies nativas, que poderiam ser utilizadas, dentro de critrios e condies a serem estabelecidos, para apoiar aes de restaurao ambiental, considerando-se fatores como quantidade, qualidade e diversidade gentica. Assim, devero ser realizados estudos tcnicos, cientficos e jurdicos para a proposio de norma especfica que concilie os vrios objetivos das UCs, principalmente no que diz respeito proteo da biodiversidade e manejo voltado restaurao e recuperao de reas em seu entorno e em outras regies. Para tanto ser constitudo grupo de trabalho a ser coordenado por representantes do Instituto Florestal e Fundao Florestal integrantes da Rede de Sementes Rio-So Paulo e composto por representantes de instituies pblicas e privadas nos nveis municipal, estadual e federal. C - Documentos de Referncia do Componente

Plano de Trabalho de Pesquisa Adaptativa Plano de Trabalho das BRADs

4.1.3 - Componente 3 - Projetos Demonstrativos A Descrio Este componente contempla as aes a serem realizadas em campo, incluindo a execuo fsica dos projetos de restaurao de florestas e as atividades voltadas adoo de prticas sustentveis de manejo do solo. Alm da recuperao ambiental em si, estas aes visam testar, consolidar e permitir a replicao de instrumentos, tcnicas e metodologias propostos pelos demais componentes do projeto. Compreende dois Sub-componentes: 3.1: Investimentos em reas Produtivas Agrcolas e de Pastagens 3.2: Projetos Demonstrativos de Restaurao de Matas Ciliares Os resultados esperados so:1. 2.

Implantao de 15 Projetos Demonstrativos de restaurao de matas ciliares; Adoo de prticas de manejo sustentvel em 150 microbacias abrangidas pelo PEMH na rea de influncia do projeto, envolvendo 450.000 ha e 13.500 famlias de agricultores;

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3. 4. 5. 6.

Restaurao de 1.500 hectares de reas ciliares; Capacitao e fortalecimento de entidades executoras locais; Desenvolvimento de modelos de restaurao com usos sustentveis nas reas ciliares; Identificao e interao com Projetos Associados de Restaurao Ciliar.

Sub-componente 3.1- Investimentos em reas Produtivas Agrcolas e de Pastagens Consiste na implementao de aes previstas no Programa Estadual de Microbacias Hidrogrficas (PEMH), desenvolvido pela Secretaria da Agricultura e Abastecimento por meio da Coordenadoria de Assistncia Tcnica Integral CATI. Inclui extenso rural para elaborao e implementao dos planos de microbacia e planos individuais de propriedade, incentivos financeiros para a adoo de prticas conservacionistas por parte dos proprietrios rurais, pesquisa adaptativa, e fornecimento de mudas de espcies nativas adicionais para reflorestamento das matas ciliares dentro dos padres a serem testados e validados pelo projeto. O Sub-componente 3.1 contemplar aes em 30 microbacias em cada uma das bacias prioritrias, num total de 150 microbacias, abrangendo 450.000 ha e 13.500 famlias de produtores rurais. Sub-componente 3.2- Projetos Demonstrativos de Restaurao de Matas Ciliares Inclui a implantao de quinze Projetos Demonstrativos (PDs) em microbacias localizadas nas cinco bacias selecionadas e tambm o acompanhamento da implantao de projetos e de iniciativas destinadas a incentivar e promover a recuperao de matas ciliares em outros locais, de responsabilidade de instituies pblicas e privadas, independentemente da aplicao direta de recursos pelo projeto, aqui denominados Projetos Associados. A implantao de Projeto Demonstrativo consiste na restaurao de matas ciliares em extenso de cerca de 100 ha. em cada microbacia. A extenso das reas implantadas poder variar em funo das condies locais. A seleo das microbacias para a implantao dos Projetos Demonstrativos foi realizada de acordo com critrios definidos em conjunto com os Comits de Bacia (conforme descrito no item 2.3). Para a implantao dos Projetos Demonstrativos sero contratadas preferencialmente organizaes locais, de representao dos agricultores e/ou ambientalistas, conforme descrito na seo 8. Tambm dever ser feita a identificao de outros parceiros e de possibilidades de co-financiamento para a restaurao de matas ciliares. Para cada rea dever ser elaborado o respectivo Projeto Executivo (PE). Este documento deve consolidar as informaes para a implantao fsica do projeto, incluindo o teste dos modelos previstos no Componente 2 e medidas para controle de impactos ambientais potenciais. O PE nortear o contrato com a organizao executora local e dever incluir mapeamento da rea, definio dos locais a restaurar, metodologias, modelos de pesquisa, insumos, cronogramas e responsveis. As atividades previstas sero desenvolvidas pelos tcnicos das unidades da SMA envolvidas, em especial os alocados nas equipes de Bacias do Projeto, tcnicos do PEMH e organizaes interessadas, alm daquelas contratadas para implantao. Servios de consultoria tambm sero utilizados. C - Documentos de Referncia do Componente

Projetos Executivos das Microbacias Relatrio de Projetos Associados Plano de Trabalho do Componente 3.

4.1.4 - Componente 4 - Capacitao, Educao Ambiental e Treinamento A Descrio Este Componente visa fundamentar e aumentar a participao das populaes locais no planejamento e nas

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aes de conservao e recuperao ambiental, com base na idia do desenvolvimento sustentvel. Compreende aes como o treinamento de educadores, tcnicos e agricultores, mobilizao comunitria e capacitao para a cidadania. Seus objetivos principais so: Aumento da conscientizao pblica sobre a necessidade de apoiar o manejo sustentvel dos recursos naturais e a conservao da biodiversidade; Melhoria da capacidade institucional e comunitria para tratar as questes de degradao ambiental e dar suporte ao manejo sustentvel dos recursos naturais e conservao da biodiversidade. Tem como objetivos especficos: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Realizar cursos de capacitao em educao ambiental para o ensino formal; Produzir coleo de vdeos temticos sobre a Biodiversidade Paulista; Realizar encontros de educao ambiental para a gesto participativa; Realizar campanhas de mobilizao e sensibilizao social; Produzir programa de rdio Antena Verde; Produzir Jornal Mata Ciliar; Realizar cursos de capacitao para a Gerao de Renda; Realizar cursos de capacitao para a participao e formao da cidadania.

O componente prev a realizao de aes de abrangncia geral, regional (nas cinco bacias hidrogrficas) e local (microbacia), compreendendo quatro Sub-componentes: 4.1- Educao Ambiental no Ensino Formal 4.2- Mobilizao e Divulgao 4.3- Capacitao de Agentes Ambientais 4.4- Capacitao para a Gesto Sustentvel nas Microbacias B Estratgia Sub-componente 4.1 - Educao Ambiental no Ensino Formal Consiste em um projeto de formao de educadores da rede pblica de ensino focado na elaborao de projetos escolares de educao ambiental, enfatizando os aspectos relacionados preservao e recuperao das matas ciliares. Esta atividade dever ser executada como o apoio de consultoria especializada e em interao com a Secretaria Estadual de Educao. Sero produzidos materiais de apoio didtico para uso dos professores, em especial vdeos temticos (Coleo Biodiversidade Paulista) e livros. As atividades do Subcomponente sero realizadas em mbito geral. Sub-componente 4.2 - Mobilizao e Divulgao (Stakeholders e Populao Residente nas Bacias Prioritrias) Visa a mobilizao da populao residente nas Bacias Prioritrias, com enfoque nas lideranas e principais atores sociais, por meio de: Realizao de encontros de educao ambiental para a gesto participativa nas bacias hidrogrficas, de abrangncia regional (Bacias); Realizao de campanhas de sensibilizao social, no nvel de Bacias; Divulgao de mensagens por rdio (Programa Antena Verde), com abrangncia geral; Produo do Jornal Mata Ciliar, tambm de escala geral. Sub-componente 4.3 - Capacitao de Agentes Ambientais (Executores do Projeto) Sub-componente voltado capacitao de tcnicos das diversas organizaes envolvidas e dos agricultores escolhidos como agentes ambientais. Compreende aes que sero desenvolvidas em conjunto com o Componente 2 e com a CATI.

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As aes do Sub-componente tm abrangncia no nvel de Bacia Hidrogrfica, incluindo: Capacitao dos agentes ambientais Realizao de cursos de capacitao de tcnicos e profissionais Elaborao de material didtico. Sub-componente 4.4 - Capacitao para a Gesto Sustentvel nas Microbacias (Beneficirios do Projeto) Este Sub-componente dirigido aos agricultores e moradores das microbacias, tanto para a gerao de renda quanto para a capacitao para a cidadania. Com abrangncia local (Microbacia), ser desenvolvido com o auxlio de consultorias especializadas. Inclui a execuo de aes em duas linhas: Realizao de cursos de capacitao para a gerao de renda, consistindo de treinamentos para agricultores e suas famlias em temas por eles demandados na perspectiva do manejo sustentvel de recursos naturais; Apoio para a instalao das rdios comunitrias, incluindo a capacitao para operao das rdios comunitrias, atravs de parcerias com organizaes no governamentais, bem como a aquisio de materiais e instalao das rdios, com suporte tcnico e legal. C - Documentos de Referncia do Componente

Planos de Trabalho dos Sub-componentes.

4.1.5 - Componente 5 - Gesto, Monitoramento e Avaliao, Disseminao de Informaes A Descrio Este Componente inclui a coordenao, gerenciamento e monitoramento das aes desenvolvidas no mbito do projeto e a difuso dos resultados. Tem abrangncia em toda a rea do Projeto, sendo dividido em trs Sub-componentes: 5.1: Gesto e Coordenao; 5.2: Monitoramento e Avaliao; 5.3: Disseminao de Informaes. B Estratgia Sub-componente 5.1: Gesto e Coordenao Este Sub-componente inclui a coordenao e gesto do Projeto, sendo de responsabilidade do GP e envolvendo todos os Coordenadores de Componentes. Inclui a gesto financeira e a execuo das compras e contrataes necessrias, previstas no Plano de Aquisies. Abrange as seguintes aes: Contratao de servios de apoio para todos os componentes, contratao de auditorias e de servios de manuteno do Sistema de Acompanhamento Fsico Financeiro (SAFF) Aquisio de veculos, equipamentos e materiais para todos os componentes; Gerenciamento financeiro e consolidao de relatrios de prestao de contas Sub-componente 5.2: Monitoramento e Avaliao Compreende vrias atividades complementares de monitoramento, desenvolvidas pela prpria equipe de gesto e por consultores e auditores externos, alm de mecanismos pblicos de avaliao, como: Seminrios e participao das instncias consultivas do Projeto. Acompanhamento das atividades fsicas e consolidao de relatrios de execuo fsica; Realizao de auditorias; Definio e Implementao do Plano de Monitoramento de Impactos do Projeto;

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Realizao de seminrios de avaliao Avaliaes independentes;

Sub-componente 5.3: Disseminao de Informaes Incluem-se aqui atividades de divulgao do projeto, que sero executadas pelo GP, com a participao da Assessoria de Comunicao e Ncleo de Editorao da SMA, contemplando: Produo e distribuio de material de divulgao; Realizao de campanhas de divulgao; Criao e manuteno de pgina na Internet. C - Documentos de Referncia do Componente Plano de Aquisies; Manual do Sistema de Acompanhamento Fsico Financeiro (SAFF); Plano de Monitoramento de Impactos; 4.2 - Atividades As atividades previstas e os responsveis por sua execuo esto descritos nas tabelas a seguir por componente e sub-componente.

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COMPONENTE 1 - -DESENVOLVIMENTO DE POLTICASSUB-COMPONENTE ATIVIDADE SUB-ATIVIDADE Definio de temas para estudo (valorao de servios ambientais e estudos GP econmicos) Realizao de Sistematizao de informaes disponveis sobre o tema IEA, IF, DPP estudos e Definio de Planos de Trabalhos para o desenvolvimento dos estudos (incluindo workshops para elaborao de Termos de Referncia, especificaes tcnicas para contrataes e aCoordenao Componente 1 subsidiar a 1.1 identificao de parcerias) Desenvolvime formulao de novos instrumentos Realizao de Workshops e/ou reunies tcnicas para discusso dos Planos deDPP nto de Sistema Trabalhos para DPP, IF, IEA, consultores e Realizao de estudos, elaborao de relatrios e publicao pagamento por parceiros (subprojetos) Servios Seleo das microbacias considerando as necessidades especficas doCoordenao dos Componentes Monitoramento Ambientais socioeconmico de subcomponente e o plano de monitoramento de impactos 1e5 microbacias para Definio de Plano de Trabalho para o monitoramento socio-econmico (incluindo avaliao da elaborao de Termos de Referncia, especificaes tcnicas para contrataes e aCoordenao Componente 1 viabilidade das identificao de parcerias) propostas em DPP, IF, IEA, consultores e Realizao do monitoramento, elaborao de relatrios e publicao. estudo parceiros (subprojetos) Definio de Plano de Trabalho para a realizao do estudo (incluindo elaborao de Realizao de Termos de Referncia, especificaes tcnicas para contrataes e a identificao deCoordenao Componente 1 estudos para a indicao de reas parcerias) prioritrias para a Realizao de estudos para a indicao de reas prioritrias para a formao deConsultores e parceiros formao de corredores, elaborao de relatrio. (subprojetos) corredores Desenvolvimento e 1.2 teste de sistema Formulao de integrado e geoPrograma de referenciado para Recuperao planejamento e de Matas monitoramento do Ciliares programa de recuperao de matas ciliares Formulao do Programa de Recuperao de Matas Ciliares Sistematizao de informaes disponveis sobre o tema GSTIC Definio de estudos necessrios para o desenvolvimento de metodologia e de GSTIC, GP parcerias Realizao de estudos para a definio de metodologia para monitoramento de matas ciliares, incluindo definio e desenho do sistema, especificao deGSTIC, IF consultores equipamentos e materiais, elaborao de TR para a contratao de consultorias paraparceiros (subprojetos) implantao Implantao do sistema (aquisio de equipamentos e materiais, treinamento deDPP, GSTIC tcnicos, contratao de servios, etc.) Operacionalizao do sistema A definir EXECUO COLABORAO Comisso CONSEMA, comunidade cientfica CPLEA, CPRN, IBt, IG, FF, CETESB, comunidade cientfica, ONGs DPP, IF, IEA IEA, IF, CPLEA, CPRN, IBt, IG, FF, CETESB, comunidade cientfica CPLEA, CPRN, IBt, IG, FF, CETESB, comunidade cientfica, ONG Gerente Tcnico, Tcnico da Bacia, IEA Gerente Tcnico, Coordenao Componente 5, IEA Gerente Tcnico, Tcnico da Bacia, Coordenao do Componente 5 CPLEA, CPRN, IBt, IG, FF, IF, DPP, CETESB, comunidade cientfica, ONGs CPLEA, CPRN, IBt, IG, FF, IF, DPP, CETESB, comunidade cientfica, ONGs IF, CPLEA, CPRN IF, CPLEA, CPRN, IBt, IG, FF, CETESB, comunidade cientfica, ONG e CPLEA, CPRN, IF, IBt, IG, FF, CETESB, comunidade cientfica, ONGs

Definio de Plano de Trabalho para o desenvolvimento dos estudos (incluindo GP, Comisso CONSEMA elaborao de Termos de Referncia, especificaes tcnicas para contrataes e aCoordenao Componente 1 identificao de parcerias) DPP, consultores, parceiros CPLEA, CPRN, IF, IBt, IG, FF, CETESB, comunidade Realizao de estudos e elaborao de relatrio (subprojetos) cientfica, ONGs

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COMPONENTE 2 - APOIO RESTAURAO SUSTENTVEL DE FLORESTAS CILIARESSUBCOMPONENTE ATIVIDADE EXECUO COLABORAO IBt, IF, FF, Tcnico da Complementao do diagnstico das microbacias selecionadas para o Bacia, consultoresGerente Tcnico desenvolvimento e teste de modelos (aspectos ecolgicos) contratados Realizao de reunio tcnica para a identificao inicial de temas e potenciais Gerente Tcnico, IBt, IF, parceiros considerando demandas e propostas de todos os componentes, Coord. Componente 2 FF, DPP, comunidade estudos e pesquisas desenvolvidos pelas unidades da SMA e comunidade cientfica, ONGs cientfica. Definio de temas para modelos e de critrios para o estabelecimento de GP parcerias Definio de Plano de Trabalho, contemplando eventuais parcerias Coord. Componente 2 IBt, IF, FF, cientfica, ONGs IBt, IF, FF, cientfica, ONGs comum. comum. SUB-ATIVIDADE

Realizao de pesquisa Gerente Tcnico, Coord.o adaptativa para a proposio de Formalizao de parcerias Gerente Executivo do Componente modelos de recuperao de matas ciliares Gerente Tcnico, Tcnico Elaborao de modelos de RAD a serem incorporados aos projetos executivosIBT, IF, FF, parceiros da Bacia, Comunidade das microbacias com Projetos Demonstrativos (subprojetos) cientfica, ONGs 2.1 - Desenvolvimento e Elaborao de protocolo para o licenciamento de intervenes que envolvam Validao de IBT, IF, FF, parceiros atividades experimentais com previso de explorao sustentada em APP,Coord. Componente 2 Metodologia para (subprojetos) contemplando a avaliao de impactos ambientais potenciais e plano de Restaurao Florestal Gerente Tcnico monitoramento especfico Gerente Tcnico, DEPRN, Obteno de licenas para projetos experimentais em APP (quando couber) Gerente Executivo IBAMA Gerente Tcnico, Tcnico Acompanhamento dos modelos implantados, avaliao e publicao dosIBT, IF, FF, parceiros da Bacia, Comunidade resultados (subprojetos) cientfica, ONGs Realizao de Pesquisas Diversificadas em reas de Referncia IBT, IF, FF, Gerente Tcnico, parceiros Acompanhamento/levantamento de dados nas reas de referncia e avaliaoIBT, IF, FF, parceiros(subprojetos), Comunidade cientfica, ONGs de resultados (subprojetos) IBT, IF, FF, parceiros Definio de temas e realizao dos seminrios e workshops Coord. Componente 2 (subprojetos), Prefeituras Estabelecimento de critrios e seleo das reas de referncia Coord. Componente 2 Elaborao e publicao de boletins tcnicos

Realizao de workshops e seminrios sobre RAD

IBT, IF, FF, parceiros Coord. Componente 2 (subprojetos), Prefeituras Municipais

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SUB-COMPONENTE

ATIVIDADE

SUB-ATIVIDADE

EXECUO

COLABORAO Coordenao Componente 2, Gerente Tcnico IBT, IF, FF, parceiros (subprojetos)

Implantao de Bases Gerente Tcnico, Coordenao do de Referncia para e Formalizao de parcerias Gerente Executivo Componente Apoio Recuperao de reas Degradadas Operacionalizao das BRADs (colheita de sementes, prestao de (BRAD) servios de anlise, controle de qualidade e processamento de sementes,Equipe da BRAD IBT, IF, FF, parceiros (subprojetos) produo de mudas, realizao de pesquisas) Formulao de proposta visando a sustentabilidade das BRADs aps o fimCoord. ComponenteIBT, IF, FF, Gerente do projeto 2 parceiros (subprojetos) Definio de critrios para a localizao, funcionamento e para o GP estabelecimento de parcerias para as unidades de apoio Tcnico,

Execuo das reformas, aquisio de equipamentos, materiais, contrataoGerente de servios para o funcionamento das bases Administrativo Elaborao de Plano de Trabalho para a operacionalizao das BRADs e Coordenao de Programa de Pesquisa e definio de mecanismos para o Componente 2 estabelecimento de parcerias para a produo de sementes e mudas

2.2 - Apoio Colheita de Sementes e Produo de Mudas de Espcies Nativas

Estabelecimento de Unidades de Apoio Regionais

IBT, IF, FF, Gerente Tcnico, parceiros (subprojetos) Seleo de parceiros para as unidades de apoio e adoo de providnciasCoord. ComponenteIBT, IF, FF, Gerente Tcnico, parceiros (subprojetos), Prefeituras para a formalizao das parcerias 2 Municipais, CONDEMAs Gerente Tcnico, Coordenao do Formalizao de parcerias Gerente Executivo Componente Aquisio de equipamentos e contratao de servios para as unidades de Ger. Administrativo Coord. Comp. 2, Ger. Tcnico apoio Operacionalizao das Unidades de Apoio Parceiros IBT, IF, FF, Gerente Tcnico, Prefeituras Municipais, CONDEMAs IBT, Gerente Tcnico, parceiros (subprojetos), Rede de Sementes RioSP IBT, IF, FF, Gerente Tcnico, parceiros (subprojetos)

Elaborao de Formao de GT para discusso do tema e formulao de proposta proposta para a regulamentao da colheita de sementes Elaborao de relatrio e proposta de regulamentao em UCs

FF, IF GT

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COMPONENTE 3 - PROJETOS DEMONSTRATIVOS SUBCOMPONENTE

ATIVIDADE

SUB-ATIVIDADE

EXECUO

COLABORAO

3.1 - Investimentos em reas Implementao das aes previstas noAssistncia tcnica, capacitao, concesso de incentivos Produtivas Agrcolas e de PEMH Pastagem Seleo de reas para a implantao Cadastramento, anlise e seleo de microbacias de Projetos Demonstrativos Elaborao de diagnsticos e adequao de planos de bacia

CATI

Tcnico da Bacia

Gerente Tcnico

Coordenao Componente 3, CATI, CPLEA, DEPRN, Comits de Bacia

Tcnico da Bacia, CATI, IBt, DEPRN, IF, FF, Gerente Tcnico Definio de reas (propriedades) a serem recuperadas segundo critriosCoordenao do consultor, Tcnico da Bacia, Gerente Elaborao de Componente 3 Tcnico, CATI projetos executivos estabelecidos para o projeto Coordenao dos consultor, Tcnico da Bacia, Gerente para as microbacias Definio de reas para teste de modelos propostos pelo componente 2 Componentes 3 e Tcnico com Projetos Elaborao de projetos executivos (incluindo identificao de impactos2 Demonstrativos Consultoria Tcnico da Bacia, Gerente Tcnico ambientais potenciais e recomendaes para preparo do solo e uso de 3.2 - Projetos Gerente Obteno das licenas pertinentes Gerente Tcnico, DEPRN, IBAMA Demonstrativos de Executivo Restaurao de Contratao de Gerente Tcnico, Coordenao Matas Ciliares Seleo da organizao conforme critrios definidos e formalizao deGerente Componente 3, Tcnico da Bacia, organizao para a contrato para a implantao de Projetos Demonstrativos Administrativo implantao dos CATI, Prefeituras Municipais Projetos Coordenao Tcnico da bacia, Gerente Tcnico, Identificao de outros parceiros e possibilidades de co-financiamento Demonstrativos Componente 3 Prefeituras Municipais Fase 1: Mobilizao e capacitao da organizao contratada Organizao Implantao dos Fase 2: Preparo da rea contratada com Coordenao Componente 3, Gerente Projetos superviso do Tcnico, CATI, Prefeituras Municipais Fase 3: Implantao do projeto Demonstrativos Tcnico da Bacia Fase 4: Manuteno de Projetos Demonstrativos Acompanhamento Acompanhamento, assistncia tcnica, capacitao e divulgao de IBt, IF, FF, DEPRN, CPLEA, CATI, de Projetos projetos de recuperao de matas ciliares implantados sem o aporte diretoGerente Tcnico DPP Associados de recursos do projeto Consultor

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COMPONENTE 4 - CAPACITAO, EDUCAO AMBIENTAL E TREINAMENTOSUBCOMPONENTE ATIVIDADE SUB-ATIVIDADE EXECUO prestadores prestadores Secretaria Estadual da Educao, prestadoresMunicipais de Educao, CPLEA COLABORAO

Realizao de cursos, na modalidade ensino presencial, para assistentesConsultor, de servios Formao de educadores do tcnico-pedaggicos ensino fundamental e de Realizao de cursos, na modalidade ensino distncia, para educadores donoConsultor, fundamental de servios assistentes tcnicopedaggicos da rede Produo de material didtico-pedaggico para as modalidades de ensinoConsultor, pblica de presencial e distncia de servios ensino/Realizao de 4.1 - Educao Orientao e acompanhamento pedaggico aos participantes dos cursos de cursos de educao Consultor formao Ambiental no Ensino ambiental para educadores Formal Realizao de encontros presenciais para educadores do ensino fundamental eConsultor, do ensino formal assistentes tcnico-pedaggicos da rede pblica de ensino de servios Desenvolvimento de material didticoProduo de coleo de vdeos para a difuso de temticas ambientais e a Consultor pedaggico de apoio ao realizao de aes de educao ambiental educador ambiental no ensino formal e no formal Organizao de encontros de educao ambiental para Realizao de apresentaes, palestras e oficinas de capacitao a gesto participativa nas Bacias Organizao de eventos de mobilizao e Realizao de eventos itinerantes de mobilizao e sensibilizao social sensibilizao social Difuso de informaes histrico-ambientais

Secretarias

prestadores

Secretaria Estadual da Educao, Secretarias Municipais de Educao, CPLEA, Assessoria de Comunicao da SMA

Consultores, prestadores de servios CPLEA. Tcnico da bBacia, Gerente Tcnico, CATI, IF. FF, DPP, IBt, IG, CPRN, CETESB, ONGs, Prefeituras Municipais, rgos governamentais Consultores, prestadores de servios

4.2 - Mobilizao e divulgao

CPLEA, IF, FF, DPP, IBt, IG, CPRN, CETESB, Produo de exposies temticas de carter itinerante sobre os principais riosConsultores, prestadores Comits de Bacia Hidrogrfica, Tcnico das Bacias das bacias hidrogrficas de servios Proposio de linha editorial e de contedos Formao de rede voluntria de emissoras de radiodifuso GP (conselho editorial) Consultor Consultor CPLEA, CPRN, IBt, IG, FF, CETESB, comunidade cientfica, ONGs Emissoras de Radiodifuso comunitria, educativa e comercial, Assessoria de Comunicao, Tcnico da Bacia, CATI, DEPRNCPLEA, Tcnicos das Bacias, Assessoria de Comunicao da SMA GP, Assessoria de Comunicao, Prefeituras Municipais, Comits de Bacia, CATI, CPLEA, IF, FF, IBt, IG, CPRN, CETESB, ONGs, Tcnicos das Bacias, rgos governamentais

Difuso de informaes ambientais e divulgao das aes do projeto de Recuperao de Matas Ciliares

Produo de programa radiofnico de educao ambiental

Organizao de pontos de distribuio de jornal tablide de educao Consultor ambiental Produo de jornal tablide de educao ambiental Prestadores de servio

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SUBCOMPONENTE

ATIVIDADE

SUB-ATIVIDADE

EXECUO

COLABORAO

Implementao e acompanhamento das aes de educao ambiental Capacitao de monitores ambientais/ 4.3 Capacitao de Agentes Ambientais

CPLEA

Tcnico da Bacia, CATI, organizao contratada para a implantao

Capacitao de monitores