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São Bernardo do Campo 2012

Manual de Relacionamento com a Mídia (simplificado)

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Manual Prático de Relacionamento com a Mídia, feito pela Agência Experimental de Relações Públicas, Conecte!

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Page 1: Manual de Relacionamento com a Mídia (simplificado)

São Bernardo do Campo 2012

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O objetivo deste manual é proporcionar uma visão mais concreta do trabalho de divulgação jornalística empresarial por meio da assessoria de imprensa, demonstrando suas vantagens e dificuldades. Inclui orientações práticas para facilitar a divulgação de notícias na imprensa.

São Bernardo do Campo

2012

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Page 5: Manual de Relacionamento com a Mídia (simplificado)

1. O PAPEL DA ASSESSORIA DE IMPRENSA..............................04

2. EMPRESA À IMPRENSA.............................................................05

3. A ROTINA DA REDAÇÃO E O TRABALHO DOS

JORNALISTAS............................................................................05

4. ASSUNTOS QUE PODEM VIRAR NOTÍCIAS.............................07

5. ELEGENDO UM PORTA-VOZ DA EMPRESA.............................08

6. PASSO A PASSO PARA UM BOM RELACIONAMENTO

COM A IMPRENSA.......................................................................09

6.1 Características de cada canal de comunicação..............10

6.1.1 Jornais e revistas.................................................10

6.1.2 Televisão..............................................................11

6.1.3 Rádio....................................................................12

6.1.4 Internet.................................................................12

7. DICAS FINAIS DE RELACIONAMENTO ÉTICO E

PROFISSIONAL...........................................................................13

REFERÊNCIAS.............................................................................14

Page 6: Manual de Relacionamento com a Mídia (simplificado)

O trabalho da assessoria de imprensa gera inúmeros frutos para

as empresas, a começar pelas matérias veiculadas por jornais, revistas,

emissoras de TV ou de rádio. A divulgação de ações relacionadas na

mídia e, ao mesmo tempo, a formação de uma imagem positiva da

empresa junto à opinião pública, é resultado do uso deste instrumento

fundamental. A Conecte! Comunicação valoriza muito este serviço, e

busca sempre se inovar na capacitação de seu atendimento e na

produção de seus planejamentos e ações. Acredita, também, que essa é a

forma mais eficaz de se firmar um relacionamento saudável com a

imprensa, quando realizado de maneira correta.

Para conseguir uma credibilidade dos veículos de comunicação,

que andam junto à sociedade e influenciam os formadores de opinião de

todos os tipos, a utilização da Assessoria de Imprensa torna-se vital, não

apenas no que diz respeito à divulgação e relacionamento, mas na

fidelização dos valores da marca da empresa. Trabalhar organizada e

alinhadamente para fazer da imprensa sua aliada também é uma

estratégia muito usada pelas AI’s, o que agrada a empresa, pois trabalha

na conquista de seus clientes e consumidores em potencial.

Com as mudanças nas redações e um mercado cada vez mais

competitivo, o papel do assessor de imprensa também mudou e precisou

se adequar às necessidades da empresa e da imprensa. Distribuir

releases e fazer contato com jornalistas não é mais o suficiente hoje. A

mudança na rotina dos profissionais faz com que os assessores pensem

cada vez mais estrategicamente, a fim de encaminhar pautas atraentes e

adequadas ao perfil de cada publicação. Além disso, para que haja

interesse por parte da imprensa, a empresa precisa ser acessível,

confiável e reconhecida, gerando interesses variados.

Page 7: Manual de Relacionamento com a Mídia (simplificado)

Atualmente, ressaltar as ações positivas, ampliar a credibilidade,

respeito e admiração dos públicos para com a empresa, além de auxiliar a

construção, o aperfeiçoamento e o fortalecimento da marca, depende

quase exclusivamente dos veículos de comunicação e das suas

divulgações. Por isso, é necessário que todos os colaboradores estejam

atentos a esses canais de comunicação.

Uma nota, matéria, artigo ou até reportagem, funcionam, de

implícita ou não, como um tipo de recomendação feita pelo veículo,

referente à instituição ou sua ação. Para que este processo aconteça,

precisa-se da contribuição dos profissionais de diferentes áreas, mas,

principalmente, do assessor de imprensa, no trabalho de identificar a

oportunidade de notícia e criar este relacionamento com a mídia, de

maneira adequada, despertando o interesse dos jornalistas sobre a pauta.

São vários os meios de divulgação: releases, artigos e matérias

assinadas, encontros informações com jornalistas, coletivas de imprensa,

entrevistas, visitas da assessoria às redações, sugestões da pauta, notas

e indicações de fonte, pautas exclusivas e compartilhadas, entre outros.

É essencial, neste caso, que o assessor tenha um fácil acesso e

um bom relacionamento com os responsáveis pelas ações da empresa e

que saiba, de forma antecipada e através de um briefing, todos os fatos

relacionados ao universo da empresa. Isso proporciona uma atuação

pronta e correta e auxilia em momentos de crises.

O papel do assessor de imprensa, então, é gerenciar o fluxo de

informações. Quando há trabalho proativo, seu papel é identificar as

oportunidades e ser um mediador. Já no reativo, o assessor precisa filtrar

as solicitações de forma que canal de informação e relacionamento esteja

sempre aberto.

Entender a rotina e as atividades jornalísticas é o primeiro passo

para se desenvolver um relacionamento que gere bons resultados através

da assessoria de imprensa.

É importante entender que, independente do tipo de veículo que

cada profissional atua, o dia a dia é sempre corrido e cheio de imprevistos.

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São várias equipes, que hoje estão cada vez mais enxutas, responsáveis

por diferentes editorias. Eles também não possuem muita disponibilidade

para eventos, entrevistas e demandas que precisem sair da redação, por

conta dos trabalhos de longas cargas horárias. De qualquer maneira, o

jornalista precisa desempenhar seu papel de forma que atinja às suas

necessidades, ou seja, precisa ser um investigador, um perguntador, um

observador.

Jornalistas trabalham a serviço do seu leitor, não da empresa, por

isso não aceitam pressões e cobranças, não gostam de receber e-mails

com spam e as conversas telefônicas precisam ser breves, diretas e

objetivas. A informação é bem-vinda desde que tenha fundamento, valor

agregado e seja de interesse do seu público.

Em tabela publicada no Manual de Relacionamento com a Mídia

do Sistema Unimed, os jornalistas Milton Jung e Rose de Almeida

demonstraram a rotina de uma redação através do painel abaixo:

Internet / Agência

Jornal diário

Revista semanal

Revista mensal

Reunião de

Pauta

Várias por

dia

(+/- 3)

Uma pela

manhã (+/-

10h)

Segunda-feira No início ou

meio do mês

Reportagem/

Apuração

Das 8h às

20h e

plantão 24h

Das 10h às

19h

Terça a quinta Cerca de 20 dias

do mês

Reunião de

Fechamento

Não há Entre 17h e

18h

Quinta pela manhã Feita matéria a

matéria

Fechamento

(Edição/

Diagramação)

O tempo

todo

(escreve e

vai para o ar)

Entre 17h e

21h

(1º clichê);

entre 22h e

24h

(2º clichê)

Quarta, quinta e

parte da sexta-

feira.

(eventualmente,

pode haver

matérias

extraordinárias

que fechem no

sábado)

Fechamento

escalonado, mas

a maioria das

matérias fecha

na última

semana do mês

Page 9: Manual de Relacionamento com a Mídia (simplificado)

Assuntos de interesse social, que fujam das rotinas e tratem de

uma realidade diferente, nova, exclusiva, ou que até mesmo ajude a

esclarecer duvidas da sociedade, normal são os mais interessantes para

os jornalistas. Normalmente, a notícia trata de uma informação polêmica,

que acrescente nos valores da sociedade.

O trabalho do assessor de imprensa, neste caso, é estar atento e

avaliar se o fato pode, realmente, virar notícia. Em caso negativo, o

indicado é não expor ou banalizar a empresa através de um contato que

não renderá matéria. O Manual de Assessoria de Imprensa da Federação

Nacional dos Jornalistas (Fenaj) recomenda, como regra básica, "nunca

abrir mão do critério jornalístico na elaboração da notícia destinada aos

veículos de comunicação. Ele é essencial para que não se percam o valor

e a utilidade da informação. Sempre que há o relaxamento desse rigor, o

que se segue é uma completa descaracterização dessa importante peça

da assessoria de imprensa. Notícias banais e fúteis só servem para seu

próprio descrédito”.

Como existem várias segmentos de empresas, os temas

relacionados à eles precisam ser avaliadas e pesquisados , para que se

identifique os assuntos mais recorrentes em pautas na imprensa e se as

ações se adéquam a eles. Esta estratégica, tanto de avaliação quanto de

“venda”, é feita pela assessoria de imprensa.

Levando em consideração a realidade de cada setor, é nítida a

importância de poder contar com um profissional especializado e que

coordene todo o processo, tanto no recebimento das demandas na

imprensa, quanto nas sugestões de assuntos de interesse da empresa. É

mais importante ainda no acompanhamento em situações de crise, no

trabalho proativo do esclarecimento, trabalhando junto às empresas e

sempre reforçando os princípios éticos e tendo a imprensa como aliada,

mesmo que as demandas sejam negativas nestes momentos. É

importante entender, também, que quando se trata de um tema específico,

o indicado é deixar a cargo do assessor de imprensa local definir a

estratégia de divulgação e, em todo tempo, estar em contato com a

empresa.

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Para atender às demandas da imprensa, principalmente em

momentos de crise, é fundamental que as empresas tenham um

representante devidamente preparado para ser seu porta-voz.

O porta-voz, que tem papel fundamental na formação da imagem

positiva da empresa, e é o responsável por representar todos os assuntos

ligados à ela, pode ser o presidente ou um de seus diretores. Para

assuntos mais técnicos, algumas vezes o mais indicado é o gestor de

determinada área ou um profissional especializado, dependendo do tipo

de veículo, do enfoque pretendido para a matéria e do público-alvo, mas é

essencial que todos estejam devidamente preparados e alinhados à ética

e identidade da empresa.

Para situações como esta, o assessor de imprensa oferece o

media training, um treinamento completo para os porta-vozes que os

prepara para se portarem frente a mídia e as situações que podem

aparecer repentinamente. No media training são apresentados vários

exemplos, além de treinamentos fictícios sobre situações que podem um

dia ocorrer, para que os responsáveis estejam atentos e saibam como

atender às demandas da imprensa. Eles precisam estar preparados de

forma que transmitam uma imagem de cordialidade e atenção no contato

com o público, para não bloquear e criar ruídos no canal de comunicação

e de relacionamento.

O porta-voz, agora em uma diferente situação, pode se tornar

fonte de assuntos de interesse da imprensa. Fonte é a pessoa que dá

origem a uma informação ao veículo, por iniciativa própria ou por

solicitação do jornalista, estando disponível à contatos e entrevistas. O

papel do assessor na indicação de fonte é abrir uma possibilidade de

influir, direta ou indiretamente, nas demandas da imprensa e, ao mesmo

tempo, divulgar de forma positiva, atenciosa e preferencial, o seu cliente

em questão.

Page 11: Manual de Relacionamento com a Mídia (simplificado)

Entendendo que a comunicação é a alma do negócio, e

considerando as dificuldades naturais que aparecem entre o

relacionamento empresa-imprensa, torna-se necessário ser sempre aberto

e atencioso, além de ser claro e objetivo.

O jornalista espera que o assessora esteja sempre preparado para

oferecer informações de seu interesse sobre a empresa, que sejam novas

e verdadeiras e respondam às suas necessidades. Ao mesmo tempo, a

empresa espera que o jornalista seja paciente, direto e reproduza as

informações de forma mais interessante e sempre positiva.

O relacionamento com a imprensa requer alguns cuidados

básicos, o que depende muito da realidade de cada região e do

relacionamento já pré-estabelecido entre o assessor e o jornalista. Em

primeiro lugar, é preciso haver respeito. Respeito de prazos e rotinas. Veja

algumas dicas:

Os assuntos devem ser distribuídos à imprensa quando o

conteúdo for de interesse público;

Os textos precisam ser claros e bem redigidos e o lide deve

responder às perguntas “o quê, quem, como, quando, onde e por

que”;

E-mail nem sempre é o melhor caminho. Opte também pelo

contato pessoal periodicamente;

Disponibilize imagens sobre o tema tratado;

Jornalistas não recusam boas informações. Tudo que é inédito

interessa

Entupir a caixa de e-mails com releases que não geram interesse

cria uma má percepção, tanto da empresa quanto da assessoria;

Os assessores devem identificar os jornalistas que assinam as

matérias de interesse da empresa e que trabalhem em veículos

que atinjam os públicos de interesse. Desenvolver um bom

relacionamento com eles é primordial;

Sempre atender a imprensa de forma prestativa quando houver

solicitações;

Ao redigir o release, o assessor de imprensa deve estar sempre

atento a aspectos de interesse tanto do jornalista quanto do

público-alvo;

É importante não confundir espaço editorial com espaço

publicitário

Page 12: Manual de Relacionamento com a Mídia (simplificado)

Todos os meios de comunicação têm suas próprias

características, tanto na sua rotina de trabalho quanto na diferença de

públicos-alvo, além da credibilidade na formação de opinião pública. É

importante entender como cada um funciona, para assim saber como agir

nas situações, visando sempre aproveitar as oportunidades de inserir a

empresa na mídia.

A mídia impressa não dispõe da mesma rapidez dos outros meios

de comunicação, porém, tem como característica marcante a profundidade

na abordagem dos fatos e a reflexão dos casos de forma mais impactante.

Além disso, os assuntos publicados em veículos impressos são

extremamente filtrados, sendo utilizados apenas os que realmente

interessam a sociedade.

A estrutura da redação de uma mídia impressa é dividida em

Diretores de Redação, que comandam todas as editoriais e nos próprios

Editores, que respondem por uma ou mais áreas, como Economia e

Negócios, por exemplo. Os Editores têm suas equipes de Repórteres, e

são auxiliados por Chefes de Reportagem e Pauteiros, que filtram as

informações, os eventos, os acontecimentos, e transformam os mais

interessantes em notícias. Os responsáveis por distribuir os espaços

ocupados pelas matérias e fotos nos jornais são chamados de Editores

Gráficos. As redações maiores, por sua vez, possuem equipes de

fotografia também, composta por Repórteres-Fotográficos.

Em geral, o trabalho numa redação se inicia no final da manhã ou

começo da tarde, e o texto deve estar pronto no começo da noite. Para as

reportagens mais complexas, o jornalista pode ter alguns dias para a

redação. Nas revistas, embora os prazos sejam maiores, o ritmo também

é acelerado. Para jornais e revistas, a entrevista nem sempre é gravada e

não precisa necessariamente de foto. Na maioria das vezes, o repórter faz

a entrevista por telefone ou manda as questões via e-mail.

Page 13: Manual de Relacionamento com a Mídia (simplificado)

Para emplacar uma pauta em televisão, além de um release bem

redigido, é preciso ter opções de imagens e, principalmente, personagens

que representem o assunto.

Quando a entrevista começa, sendo gravada ou transmitida ao

vivo, o entrevistado deve ficar muito atento ao modo de se expressar, pois

qualquer expressão mal pensada pode gerar desconforto durante a

gravação. Carlos Wilson, no Manual de Comunicação e Meio Ambiente

(2004), dá algumas dicas:

“Não divague, seja conciso. As respostas breves e diretas ajudam

a manter o interesse do jornalista e contribuem para diminuir o

risco de confusão e incoerência.

Use linguagem simples e correta. Explique conceitos complexos

com clareza, frases curtas, na ordem direta.

Empregue uma linguagem que possa ser citada. Mantenha um

tom positivo, vivo e interessante. Esteja preparado para resumir

um tema complexo. Os exemplos breves podem ser citados, mas

descarte explicações longas.

Mencione dados úteis: eles dão consistência a uma história. Os

jornalistas buscam cifras que tenham significado e sejam fáceis de

entender.

Demonstre autoconfiança. Mire o entrevistador nos olhos, a não

ser que seja orientado a olhar para a câmera.

Sorria quando for adequado, pois é agradável ver uma expressão

alegre. Esteja atento para não sorrir ou fazer gestos com a cabeça

que revelem algum incômodo diante de uma pergunta difícil.

Controle qualquer hábito físico que denote nervosismo. O

movimento diz mais que as palavras, principalmente na televisão.

Os tiques mais comuns são brincar com os dedos sobre a mesa,

com lápis ou copos, balançar a perna, entre outros.

Preste atenção às perguntas e mantenha o nível de energia.

Utilize gestos naturais, expressões faciais e inflexões de voz

positivas.

Se o entrevistador fizer mais de uma pergunta ao mesmo tempo,

responda a mais favorável.

Não permita que o entrevistador atribua palavras ou idéias que

não forem expressas.

Page 14: Manual de Relacionamento com a Mídia (simplificado)

Insista em soluções, não em problemas. Converta o negativo em

positivo.”

É fato que este veículo não tem tanta repercussão quanto uma

emissora de TV ou um portal online, mas é um tipo de comunicação que

atinge uma grande parte da população. Ele pode ser ouvido desde o

executivo ao motorista de taxi, sendo, portanto, uma poderosa ferramenta

de mobilização e não deve ser excluída da estratégia de divulgação da

marca da empresa.

Sua maior característica é a agilidade, por estar presente nas

diferentes situações do cotidiano e ser acessível a todo tipo de público.

Por isso, a linguagem utilizada deve ser simples e objetiva e, por não

haver recurso de imagem, deve incluir descrições criativas do assunto

falado.

O jornalismo online tem diversos aspectos positivos e, atualmente,

é considerado o mais importante meio de comunicação no mundo por sua

agilidade, abrangência, replicabilidade e permanência, e não deve, em

nenhum momento, ficar fora das estratégias de comunicação que a

assessoria de imprensa planeja para a empresa.

Neste caso, o cuidado do assessor precisa ser redobrado, pois a

instantaneidade com que a noticia pode ser divulgar na internet, pode

causar efeitos positivos ou negativos para a imagem da empresa. O foco

redobrado deve ser no release ou na pauta encaminhados e,

principalmente, na linguagem e na veracidade das informações.

O assessor de imprensa também pode aproveitar uma das

características que diferenciam a internet dos demais veículos de

comunicação: o espaço ilimitado. Deste modo ele fornece ao jornalista

materiais adicionais e que podem ser consultados a partir da matéria, na

forma de links, para leitores interessados em aprofundar o tema. A internet

também possibilita uma atualização da notícia que o impresso e a TV, por

exemplo, não têm espaço. Isso gera uma oportunidade positiva para a

empresa, em casa de esclarecimentos de crise, ou alguma informação

complementar que agregue mais visibilidade ao assunto já tratado. Além

Page 15: Manual de Relacionamento com a Mídia (simplificado)

disso, há mais formas de adaptar as pautas e os releases nas mídias

online, de acordo com o foco, o público-alvo e o interesse de cada portal,

também gerando novas oportunidades de divulgação.

O relacionamento da empresa com a imprensa deve ser o mais

natural e positivo possível. Trata-se de um contato delicado e que deve

sempre ser acompanhado por uma assessoria de imprensa que tenha

conhecimento e expertise em planejamentos estratégicos e uma boa

gestão de relacionamento, para que evite desconfortos e ruídos na

comunicação e na relação.

É preciso deixar claro aos colaboradores da empresa que toda e

qualquer divulgação sobre assuntos relacionados a ela devem passar pelo

crivo do assessor. Todos devem ser instruídos a encaminhar as

solicitações de jornalistas à assessoria de imprensa, evitando retrabalhos

e também que algumas informações incorretas e/ou que não devem ser

divulgadas sejam utilizadas pela imprensa. Precisa haver colaboração de

ambas as partes.

Deve-se evitar o máximo cobrar os jornalistas sobre matérias ou

entrevistas, isto desgasta o relacionamento. Também não se pode

generalizar as más experiências anteriores e criar um preconceito com a

imprensa: em qualquer categoria existem maus profissionais. Há outra

prática que é condenada pelos manuais de redação: dar presentes aos

jornalistas. Este ponto não é bem visto e pode corromper o relacionamento

ético entre os profissionais. Cabe, também, ao assessor de imprensa

analisar a possibilidade e enviar brindes, em momentos pertinentes e

estritamente com base em critérios jornalísticos, mas apenas em datas ou

divulgações especiais.

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Manual de Comunicação Unimed. São Paulo. Dança na Chuva

Jornalismo, 10 de novembro de 2004, 23pgs.

Manual de Comunicação e Meio Ambiente. Brasília. WWF Brasil e IIEB

– Instituto Brasileiro de Educação do Brasil, novembro de 2004, 180 pg.

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