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EXPEDIENTE
Elaboração e Produção: Cheila Cristina Naves Barbiero Carina Aparecida Lima de Souza Joelma Oliveira T. Rocha Revisão Geral: Carina Aparecida Lima de Souza Digitação: Cheila Cristina Naves Barbiero Capa, Diagramação e Revisão Gráfica: Kim nay dos Reis Wanderley de Arruda Figueiredo
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS.
Manual de Trabalho de Conclusão de Curso. TCC 81 p. Manual de Trabalho de Conclusão de Curso. TCC
3
Reitora do Instituto Maria da Glória Santos Laia
Diretor Geral do Campus Palmas
Prof. Frank Toshimi Tamba
Diretor de Ensino Prof. Adriano Carlos de Moura
Coordenador do Curso de Gestão Pública
Anna Paula Soares Rodrigues Araújo
4
APRESENTAÇÃO
Este manual teve como propósito orientar os discentes dos cursos superiores (em
Tecnologia do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Campus de Palmas,
Tocantins – IFTO) na elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).
O presente manual é dividido em duas partes. Em um primeiro momento, seguem
as apresentações do que é TCC, conceito e tipos de pesquisa científica, subsídios
estruturais e formais para a elaboração da escrita de textos acadêmicos, como elaborar os
projetos de pesquisa (necessários para as qualificações), como elaborar monografias e
artigos científicos (necessários na defesa final do aluno).
Em um segundo momento, apontam-se os subsídios estruturais e formais para a
elaboração e apresentação de textos acadêmicos. Tais recomendações têm como base as
estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT –, entidade que, no
Brasil, padroniza e disciplina normas técnicas e documentárias.
Portanto, frisa-se uma vez mais que todos os TCCs produzidos nesta Instituição,
embora diferentes quanto à sua natureza, extensão e profundidade, devem observar os
critérios da metodologia científica aqui preconizados.
5
SUMÁRIO
PARTE I: APRESENTAÇÃO DO CONCEITO E OS TIPOS DE PESQUISA QUE PODEM SER UTILIZADAS, ESTRUTURA DE PROJETO DE PESQUISA, MONOGRAFIA E ARTIGO CIENTÍFICO QUE FAZEM PARTE DO TCC E PRODUÇÃO TEXTUAL: TÉCNICAS, ESTRATÉGIAS E O TEXTO ACADÊMICO-CIENTÍFICO.................................................................................................................7 1. CONCEITO DE TCC.................................................................................................7 2 PESQUISA CIENTÍFICA...........................................................................................8
2.1 Conceito de Pesquisa Científica............................................................................8 2.2 Níveis de Pesquisa Científica................................................................................9 2.3 Tipos de Pesquisa Científica...............................................................................10
2.3.1 Pesquisas segundo os Objetivos ...................................................................10 2.3.2 Pesquisas segundo as Fontes de Dados.........................................................11 2.3.3 Caracterização das pesquisas segundo os Procedimentos de Coleta de Dados.............................................................................................................................12
3. PRODUÇÃO TEXTUAL: TÉCNICAS, ESTRATÉGIAS E O TEXTO ACADÊMICO-CIENTÍFICO ......................................................................................14
3.1 Comunicação humana.........................................................................................14 3.2 O texto escrito ....................................................................................................15 3.3 O ato de escrever ................................................................................................15 3.4 Organização das idéias .......................................................................................15 3.5 Escritura do parágrafo ........................................................................................17
3.5.1. O texto com vários parágrafos.....................................................................17 3.5.2. Exemplo de texto com vários parágrafos: artigo científico - estrutura básica do texto ................................................................................................................18
3.6 Fazer a revisão gramatical do texto escrito e a revisão das qualidades do texto. ..18 3.6.1. Qualidades do texto ....................................................................................18
3.7 Adequação do “esquema” ao gênero textual a ser produzido...............................19 3.8 O gênero acadêmico-científico ...........................................................................20
.3.8.1. Função social .............................................................................................20 3.8.2. Tipos ..........................................................................................................20 3.8.3. Características gerais ..................................................................................20 3.8.4. Construção da persuasão – convencimento do leitor....................................21 3.8.5. Cuidados com o texto acadêmico-científico: construção de sentido.............21
4. ORIENTAÇÕES BÁSICAS PARA A ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE PESQUISA ..................................................................................................................22
4.1 Como fazer a introdução de um projeto de pesquisa?..........................................22 4.2 Delimitação do Tema .........................................................................................24 4.3 Os Objetivos.......................................................................................................24 4.4 A Justificativa ....................................................................................................25 4.5 O Problema ........................................................................................................26 4.6 Como elaborar a Hipótese?.................................................................................26 4.7 Como fazer a Revisão Bibliográfica? (fundamentação teórica) ...........................27 4.8 Metodologia da Pesquisa ....................................................................................27 4.9 Cronograma........................................................................................................28
6
4.10 Bibliografia e Referência Bibliográfica.............................................................28 5. ORIENTAÇÕES BÁSICAS PARA A ELABORAÇÃO DA MONOGRAFIA.........30
5.1 Introdução ..........................................................................................................30 5.2 Partes principais de uma Monografia ..................................................................31
6 ORIENTAÇÕES BÁSICAS PARA A ELABORAÇÃO DO ARTIGO CIENTÍFICO....................................................................................................................................35
6.1 Conceituação e Características............................................................................35 6.2 Estrutura do Artigo.............................................................................................36
6.2.1 Pré-textual ...................................................................................................36 6.2.2 Textual ........................................................................................................38 6.2.3 Pós-textual...................................................................................................40
6.3 Linguagem do artigo: .........................................................................................41 PARTE II: SUBSÍDIOS ESTRUTURAIS E FORMAIS PARA A ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DE TEXTOS ACADÊMICO-CIENTÍFICOS ...................................43
1. FORMATAÇÃO DE TEXTO ACADÊMICO-CIENTÍFICO ...................................43 1.1. Impressão ..........................................................................................................43 1.2. Encadernação ....................................................................................................43
1.2.1. Margens......................................................................................................43 1.2.2.Fontes..........................................................................................................44
1.2.2.1. Uso de aspas e dos estilos negrito, itálico e sublinhado.........................44 1.2.3. Dimensão da monografia e do artigo científico ...........................................45 1.2.4. Parágrafos...................................................................................................45 1.2.5. Corpo do texto ............................................................................................45 1.2.6. Citação direta em parágrafo especial ...........................................................46 1.2.7. Lista com marcadores .................................................................................47 1.2.8. Notas de rodapé ..........................................................................................48
1.3 Capítulos ............................................................................................................49 1.3.1 Títulos .........................................................................................................49
1.3.1.1 Título e subtítulo da monografia............................................................50 1.3.1.2 Títulos sem indicativo numérico e títulos dos capítulos e seções ...........50
1.4 Paginação .......................................................................................................55 2. ESTRUTURA E APRESENTAÇÃO DA MONOGRAFIA......................................57
2.1 Capa...................................................................................................................58 2.2 Folha de rosto.....................................................................................................58 2.3 Dedicatória (opcional) ........................................................................................59 2.4 Agradecimentos (opcional).................................................................................59 2.5 Epígrafe (opcional).............................................................................................59 2.6 Resumo ..............................................................................................................60 2.7 Listas de gráficos, ilustrações etc. (opcionais).....................................................60 2.8 Sumário..............................................................................................................60 2.9 Referências.........................................................................................................62 2.10 Glossário (opcional) .........................................................................................62 2.11 Anexos (opcionais)...........................................................................................63 2.12 Apêndices (opcionais) ......................................................................................63
3. CITAÇÕES..............................................................................................................63 3.1 Literalidade das citações.....................................................................................63 3.2 Localização das citações.....................................................................................64 3.3 Apresentação das citações ..................................................................................64
3.3.1 Citação direta no corpo do texto principal ....................................................64 3.3.2 Citação direta, no texto principal, em parágrafo especial ..............................65
7
3.3.3 Elementos não originais em citação .............................................................65 4. REFERÊNCIAS.......................................................................................................66
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ..................................................................................67 REFERÊNCIAS ..............................................................................................................70
PARTE I: APRESENTAÇÃO DO CONCEITO E OS TIPOS DE PESQUISA QUE PODEM SER UTILIZADAS, ESTRUTURA DE PROJETO DE PESQUISA, MONOGRAFIA E ARTIGO CIENTÍFICO QUE FAZEM PARTE DO TCC E PRODUÇÃO TEXTUAL: TÉCNICAS, ESTRATÉGIAS E O TEXTO ACADÊMICO-CIENTÍFICO
1. CONCEITO DE TCC
O TCC, que significa Trabalho de Conclusão de Curso, pode ser eventualmente
chamado de trabalho de graduação interdisciplinar ou trabalho final de graduação e é
exigido em formato de monografia ou artigo científico. Este é um tipo de trabalho
acadêmico amplamente utilizado no ensino superior como forma efetuar uma avaliação
final dos graduandos que contemple a diversidade dos aspectos de sua formação
universitária no Brasil.
O TCC tem como uma de suas especificidades demonstrar, através do estudo
científico, o conteúdo do que foi assimilado durante o período de graduação do aluno.
Através de um tema bem estabelecido e centrado no campo de abrangência da carreira
escolhida, o TCC consiste numa prática de aprofundamento, investigação, incursão em
bibliografias criteriosamente selecionadas, apontamento de diretrizes e conclusões
próprias, tendo como embasamento o conhecimento figurante na contemporaneidade
acerca da temática eleita.
Obstante da consideração errônea que classifica o TCC como um trabalho de
pesquisa “mais extenso”, a verdadeira concepção do Trabalho de Conclusão de Curso está
ligada à profundidade de estudo e investigação do tema, sua comparação com a literatura
vigente, a emissão inédita de conclusões e apontamentos que direcionam a novas
descobertas e caminhos para o viés da continuidade de tais estudos por terceiros ou novas
gerações.
8
A execução de um TCC exige planificação pormenorizada, pesquisa aprofundada,
levantamento bibliográfico, coleta de dados, desenvolvimento textual pertinente e
estritamente ligado ao tema eleito. É recomendável que seja precedido por um projeto,
requisito que, além de efetuar a prospecção do futuro trabalho, auxilia na fragmentação e
execução de suas partes, ainda que estas (como resultado final) apresentem congruência e
fluidez em sequência, refletindo em um trabalho homogêneo e consistente.
O Trabalho de Conclusão de Curso, no entanto, costuma causar apreensão e
ansiedade nos estudantes em função da normatização de sua apresentação e das técnicas
pormenorizadas para sua elaboração. Com isso, um TCC deve tendenciosamente, para seu
pleno sucesso, estar em consonância com as normas ABNT de produção científica, que
primam por uma padronização com relação à redação empregada e com relação à
disposição textual no papel em termos de espaçamentos, componentes pré-textuais (como
capa, folha de rosto, resumo, sumário, epígrafe, dentre outros), além de outros quesitos
referentes à elaboração de um trabalho acadêmico.
Sendo assim, o TCC enquanto máxima elaboração científica, em consonância direta
com a obtenção do bacharelado e tecnológo em qualquer área do conhecimento humano,
deve ser constituído e elaborado de forma minuciosa e sequencial, centrando seu foco no
tema selecionado ainda que discorra brevemente acerca de assuntos circundantes a ele.
Além disso, assim como a construção de todo e qualquer trabalho científico, a
confecção do TCC deve obedecer aos requisitos primordiais a fim de uma produção
original e com base em renomados conhecimentos já figurantes na atualidade. É
necessário, em conclusão final, apresentar de alguma forma, progressos e novas
informações pertinentes ao progresso social, científico e tecnológico do país. O trabalho
tem por máxima finalidade impulsionar progressos tangíveis à evolução da nação, seja em
nível de graduação ou pós-graduação.
2 PESQUISA CIENTÍFICA
2.1 Conceito de Pesquisa Científica
Dentre as várias definições de pesquisa, citamos Gil (2002, p. 17) que a define
como “um procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar
respostas aos problemas que são propostos”. De acordo com a concepção de Gil (idem),
utilizamos a pesquisa quando não se dispõe de informação suficiente para responder ao
9
problema, ou então, quando a informação disponível se encontra em tal estado de
desordem que não possa ser adequamente relacionada ao problema.
Para que alcance seus resultados, a pesquisa é desenvolvida mediante o concurso
dos conhecimentos disponíveis e a utilização cuidadosa de métodos, técnicas e outros
procedimentos científicos. Percorrendo um longo caminho, a pesquisa, desde a formulação
do problema até a apresentação dos resultados, é desenvolvida por uma série de fases.
Compreender e articular estas diferentes fases é uma forma de promover o
desenvolvimento e aprofundamento do conhecimento.
Como pudemos perceber, a pesquisa é sempre resultado da busca de solução para
algum problema. Os problemas podem ser de duas diferentes ordens de razão: razões de
ordem intelectual e razões de ordem prática. “As primeiras decorrem do desejo de
conhecer pela própria satisfação de conhecer. As últimas decorrem de conhecer com vistas
a fazer algo de maneira mais eficiente ou eficaz” (GIL, 2002, p. 17).
A partir desta concepção, é comum dividir as pesquisas de acordo com a sua
orientação final. Teríamos a chamada pesquisa pura ou teórica e a pesquisa aplicada. Na
tradição intelectual ocidental, é comum colocá-las em campos opostos, como se fossem
excludentes; o que se percebe na realidade é que ambas se complementam. Por exemplo,
quando se descobriu as propriedades radioativas de alguns elementos químicos, logo em
seguida foi possível “aplicar” este conhecimento em instrumentos até hoje utilizados pela
medicina como os Raios X, tão utilizados nos hospitais até hoje. Como Gil (2002, p. 18)
afirma, “uma pesquisa sobre problemas práticos pode conduzir à descoberta de princípios
científicos. Da mesma forma, uma pesquisa pura pode fornecer conhecimentos passíveis de
aplicação prática imediata”.
2.2 Níveis de Pesquisa Científica
Anteriormente, você teve contato com os conceitos de pesquisa pura e pesquisa
aplicada. Vejamos os desdobramentos de tais conceitos.
Pesquisa acadêmica - na vida acadêmica, o estudante precisa realizar uma série de
trabalhos acadêmicos para aferir como está o andamento de sua aprendizagem. É cobrada,
portanto, uma variada gama de habilidades entre a quais está a pesquisa acadêmica.
10
A pesquisa acadêmica é, pois, uma atividade pedagógica que visa despertar o espírito de busca intelectual autônoma. É necessário que se aprendam as forma de problematizar necessidades, solucionar problemas, indicar respostas adequadas... A pesquisa acadêmica é, antes de tudo, exercício, preparação. O resultado mais importante não é a oferta de uma resposta salvadora para a Humanidade, mas a aquisição do espírito e método para a indagação intencional (SANTOS, 2003, p. 24).
Pesquisa de ponta – após a formação básica, há a possibilidade de ingresso em um
curso superior. O ensino adquire uma nova configuração, especialmente, pelo fato de o
estudante assumir-se como responsável por si e pela autonomia intelectual de que passa a
ser estimulado a desenvolver. A consequência desta formação é o profissional apto a
buscar soluções para os problemas enfrentados pela sociedade. Na pesquisa de ponta, o
sujeito do conhecimento é desafiado a responder aos problemas oferecendo respostas
concretas a problemas concretos atuais ou futuros.
2.3 Tipos de Pesquisa Científica Toda e qualquer classificação sempre depende do critério adotado para a separação
– classificar = separar. No campo da pesquisa, é possível adotar três diferentes critérios:
Por meio de seus objetivos: pesquisas exploratórias, descritivas, explicativas.
Segundo as fontes utilizadas na coleta de dados: campo, laboratório, bibliografia.
Segundo os procedimentos de coleta: experimental, ex-post-facto, levantamento, estudo
de caso, pesquisa-ação, bibliográfica, documental.
2.3.1 Pesquisas segundo os Objetivos Este critério baseia-se nos procedimentos utilizados pelo pesquisador para alcançar seu
objetivo. Leva em conta também o grau de aproximação e o nível conceitual com que o
pesquisador se coloca diante do seu objeto de estudo. Neste critério, as pesquisas podem
ser classificadas em exploratórias, conceituais ou explicativas.
• Exploratórias – este tipo de pesquisa tem como objetivo principal aproximar o
pesquisador do tema ao qual está disposto a desenvolver a pesquisa. Busca-se,
assim, a familiarização com o problema ou fenômeno a ser investigado para que se
possam construir hipóteses aceitáveis a respeito. Geralmente, envolvem o
11
levantamento bibliográfico do assunto, entrevistas com pessoas que tiveram contato
ou experiências com o problema a ser pesquisado, análise de situações que
permitam uma maior compreensão a respeito do assunto ou ainda visita a web sites.
• Descritivas – seu principal objetivo é descrever as características de uma
determinada população ou fenômeno através do estabelecimento de relação entre
variáveis. É feita na forma de levantamento de dados sistematicamente
organizados. As pesquisas descritivas podem visar ao estudo das características de
um grupo, obter a opinião de uma determinada população.
• Explicativas – são consideradas as mais profundas porque se preocupam em
explicar as razões ou fatores que determinam a ocorrência de um fenômeno
específico. Como não se resumem a apenas descrever ou explorar, correm o risco
de incorrer em erros. Não se pode, aqui, desmerecer as outras modalidades de
pesquisa tendo em vista que uma pesquisa explicativa pode ser o desdobramento de
uma pesquisa exploratória ou descritiva.
2.3.2 Pesquisas segundo as Fontes de Dados
Uma pesquisa só é possível desde que haja a disponibilidade de fontes de dados para
que possa coletá-los e analisá-los. Numa analogia bastante simples, da mesma forma que
um automóvel se locomove por causa do combustível que queima, a pesquisa depende de
fontes de dados para que possa elaborar seus raciocínios, pois “entende-se pesquisa como
atividade intelectual, como desenvolvimento de raciocínios, cujo combustível são dados”
(GIL, 2002, p. 19). Dentre as possíveis fontes de pesquisa, três merecem destaque por
serem as mais utilizadas: bibliografia a respeito do tema, um campo onde se possa observar
e um laboratório onde se possa recriar.
• Pesquisa de campo – geralmente é realizada por meio de observação direta do
pesquisador. Os dados são colhidos no local onde são produzidos, por isso os dados
obtidos são mais fidedignos. Sua maior desvantagem é que os resultados demoram
mais a aparecer.
12
• Laboratório – na pesquisa de laboratório, pode-se ter duas situações distintas: pela
interferência artificial em um fenômeno ou pela artificialização da capacidade
humana de captar os dados. No primeiro caso, o objetivo é construir um padrão de
observação que, muitas vezes, é impossível na realidade fora do laboratório. No
outro caso, os mecanismos naturais de observação não permitem uma observação
acurada do fenômeno e então é necessário artificializar o ambiente e os
instrumentos de observação.
• Bibliografia – a pesquisa bibliográfica é a mais utilizada no período acadêmico.
Você já deve ter ouvido aquela expressão “não precisamos reinventar a roda”, pois
muitas das pesquisas acabam se transformando em livros, revistas e outras formas
de divulgação bibliográfica, inclusive a internet. Por meio da pesquisa
bibliográfica, é possível acessar o conhecimento produzido e acumulado ao longo
de vários anos.
2.3.3 Caracterização das pesquisas segundo os Procedimentos de Coleta de Dados Procedimentos de coleta são os métodos práticos utilizados para juntar as
informações necessárias à construção dos raciocínios em torno de um fato/
fenômeno/processo. Na verdade, a coleta de dados de cada pesquisa terá peculiaridades
adequadas àquilo que se quer descobrir. Mas é possível apontar alguns procedimentos-
padrão, comumente utilizados, aos quais se fazem as adaptações de espaço/tempo/matéria
necessárias às exigências de cada caso.
• Pesquisa experimental: Parte da determinação de um objeto de estudo e da seleção
de variáveis que poderiam lhe provocar algum tipo de influência. É preciso,
também, determinar a forma pela qual será realizado o controle e observação dos
efeitos produzidos por uma variável no objeto de estudo. A pesquisa experimental,
geralmente, é feita por amostragem, isto é, escolhe-se dentro de um universo,
bastante extenso para ser esgotado, um conjunto significativo de casos, que
comporão a amostra. Os resultados serão aplicados a todos os casos. Esse tipo de
pesquisa necessita de um bom planejamento para que a experimentação seja
realizada de modo a se observar os aspectos que interessam ao estudo. Assim,
muitas vezes, escolhe-se a variável que se quer analisar e neutralizam-se as demais
para que se possa compreender qual é a sua influência sobre o objeto de estudo que
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pode ser um fato, fenômeno ou processo. Exemplos: pesquisa para descobrir uma
vacina contra o vírus da AIDS ou da gripe aviária.
• Ex-post-facto: Literalmente, significa "a partir de depois do fato". A pesquisa ex-
post-facto é, também, uma pesquisa experimental. Diferencia-se desta, porque é
anterior ou sem o controle do pesquisador. A observação parte depois que ocorre o
problema a ser investigado. Por exemplo, compreender o motivo de determinada
campanha publicitária não ter atingido seus objetivos.
• Levantamento: Busca obter, junto a um determinado grupo, as informações que se
deseja. A partir da coleta das informações solicitadas, é elaborada uma análise
quantitativa dos dados para que se formulem as conclusões. Muito utilizado nas
pesquisas exploratórias e descritivas, é realizado em três etapas: seleção da amostra
a ser pesquisada; aplicação dos questionários; análise estatística dos dados
coletados. Entre as principais vantagens do levantamento estão o conhecimento
direto da realidade, a economia e rapidez e a possibilidade de quantificação. Suas
principais limitações se devem ao caráter subjetivo da opinião dos entrevistados, o
que colabora para a perda de objetividade. Uma pesquisa para compreender a
preferência dos consumidores masculinos de uma determinada faixa etária seria um
exemplo de levantamento.
• Estudo de caso: quando se quer aprofundar o conhecimento sobre um determinado
objeto de pesquisa, ele é selecionado para que se verifique seus aspectos
característicos. Costuma exigir do pesquisador grande equilíbrio intelectual e
capacidade de observação porque, ao lidar com casos isolados, necessita muito
cuidado para se inferir generalizações dos resultados. É, também, comum a
utilização do estudo de caso quando se trata de reconhecer, em um caso, um padrão
científico já delineado, no qual possa ser enquadrado. Por exemplo, observar como
se comporta um consumidor em um determinado ambiente de consumo.
• Pesquisa-ação: está voltada para a resolução de um problema ou suprimento de
uma necessidade. É comum a participação e o envolvimento cooperativo entre os
pesquisadores e a comunidade envolvida na pesquisa. Admite que outros
procedimentos (já descritos aqui) podem ser utilizados como meio de coleta. Todos
os envolvidos, pesquisados e pesquisadores, podem adotar procedimentos como
experimentação, pesquisa bibliográfica, observação para alcançar os resultados
14
almejados. Por exemplo, uma empresa que pretende resolver o problema do
absenteísmo ao trabalho.
• Bibliografia : De acordo com Santos (2003, p. 32), “É o conjunto de materiais
escritos/ gravados, mecânica ou eletronicamente, que contêm informações já
elaboradas e publicadas por outros autores”. São fontes bibliográficas os livros (de
leitura corrente ou de referência, tais como dicionários, enciclopédias, anuários
etc.), as publicações periódicas (jornais, revistas, panfletos etc.), fitas gravadas de
áudio e vídeo, páginas de web sites, relatórios de simpósios/ seminários, anais de
congressos etc. A utilização total ou parcial de quaisquer dessas fontes caracteriza a
pesquisa como pesquisa bibliográfica.
• Documento: Para Santos (2003, p. 32), “ É o nome genérico dado às fontes de
informação bibliográficas que ainda não receberam organização, tratamento
analítico e publicação”. São fontes documentais: tabelas estatísticas; relatórios de
empresas; documentos informativos arquivados em repartições públicas,
associações, igrejas, hospitais, sindicatos; fotografias; epitáfios; obras originais de
qualquer natureza; correspondência pessoal ou comercial etc. A utilização de
qualquer dessas fontes de informação caracteriza a pesquisa como pesquisa
documental.
3. PRODUÇÃO TEXTUAL: TÉCNICAS, ESTRATÉGIAS E O TEXT O ACADÊMICO-CIENTÍFICO
“Antes de começar a escrever, olho para a página branca de susto.”
(Mário Quintana)
3.1 Comunicação humana
Toda história do homem sobre a Terra constitui permanente esforço de
comunicação, visto que somente através dela os seres humanos conseguem trocar idéias,
experiências. Com isso, dizemos que o nível de progresso nas sociedades humanas pode
ser atribuído à maior ou menor capacidade de comunicação entre o povo, pois o próprio
sentido de nação se prende à intensidade, variedade e riqueza das comunicações humanas.
A comunicação é uma questão essencialmente social, e sociedade demanda
organização. Sendo assim, um grupo de pessoas, uma sociedade, compartilha regras de
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linguagem, surgidas como regras de conformidade do grupo. E dentre essas regras
destacamos uma das mais extraordinárias conquistas do homem, a escrita, pois tornou
perene uma forma de comunicação.
3.2 O texto escrito
Se o que as pessoas têm para dizer umas às outras não são palavras nem frases
isoladas, mas textos, o susto inicial pode ser transformado na busca de palavras, frases,
idéias e opiniões que melhor revelam aquilo que queremos comunicar.
Historicamente, a palavra texto provém do latim textum, que significa tecido,
entrelaçamento. Assim, já na origem da palavra encontramos a idéia de que TEXTO
resulta de um trabalho de tecer, de entrelaçar várias partes menores a fim de se obter um
todo interrelacionado de informações.
Esse encadeamento significativo entre as informações vai sendo tecido de acordo
com as relações de sentido que se estabelecem entre as informações que compõem o texto.
3.3 O ato de escrever
Trataremos aqui de um método para a produção de textos escritos, que é o
americano, para a produção de parágrafos. Na escrita, os parágrafos são as principais partes
de determinado texto (artigo, monografia, projeto...). Para assimilar o texto, o leitor precisa
entender as partes, isto é, os parágrafos.
Esses elementos dividem uma sequência de informações ou pensamentos. São
utilizados para facilitar a compreensão e a leitura do texto, já que são blocos relacionados,
progressivamente, uns com os outros em uma determinada direção, dependendo um do
outro. Cada um deve apresentar a idéia central ao redor da qual giram outras idéias
secundárias. O texto sem parágrafos é “indigesto”, é de difícil compreensão.
Em síntese, o texto é organizado por parágrafos e cada um possui a idéia central ao
redor da qual giram idéias complementares.
3.4 Organização das idéias 3.4.1. O produtor do texto deve ter domínio do contexto de produção, da situação
comunicativa que envolve aquele determinado texto a ser produzido:
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- Assunto (É fundamental ter o que dizer sobre o assunto solicitado);
- Autor (Quem é o autor no momento daquela produção?);
- Leitor⁄Público (Quem é o público do texto?);
- Fonte (Onde será publicado o texto?);
- Data (Quando será escrito o texto? O que está em voga no momento sobre o assunto?);
- Registro (Como se escrever o texto?).
3.4.2. Construção do esquema do texto
Após ter conhecimento sobre o contexto de produção, é necessário que as idéias do
texto sejam organizadas em um esquema.
Esquema do parágrafo e⁄ou do texto:
Ideia Central ↔ Ideia Secundária A
↔ Ideia Secundária B
↔ Ideia Secundária C
↔ Ideia Secundária “n”
Todo parágrafo deve apresentar uma idéia central e suas idéias secundárias. Da
mesma forma, um texto com vários parágrafos também deve ser construído a partir de uma
idéia central e das idéias secundárias (sobre a idéia central). Salientamos que o número de
idéias secundárias depende do tamanho do texto que se pretende escrever.
Sendo assim, a idéia central é o período que governa, orienta o restante do
parágrafo e do texto. Já as idéias secundárias são os detalhes ou explicações da idéia
central.
A idéia central pode aparecer no início, no meio ou no final do parágrafo; ou pode
aparecer no início, no meio ou no final do texto. Destacamos, no entanto, que quando a
idéia central aparece logo no início do parágrafo ou do texto, a leitura se torna mais fácil
haja vista o leitor saber logo do que se tratará o parágrafo, o texto.
Exemplo de esquema:
Assunto: violência
Ideia central: causas da violência no Brasil
Ideias secundárias: - desemprego
- má distribuição de renda
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- famílias desestruturadas
- desvio de conduta moral
Observações:
a) Ao se fazer o esquema, deve haver a conferência se realmente as idéias
secundárias escolhidas explicam a idéia central.
b) Se no esquema houver muitas idéias secundárias, o produtor deve selecionar
aquelas que o produtor realmente souber escrever sobre.
3.5 Escritura do parágrafo
Ao se escrever um parágrafo, deve-se juntar a idéia central às idéias secundárias
através da confecção de frases (“sujeito-verbo-complemento”).
Exemplo de acordo com o esquema produzido anteriormente:
A violência no Brasil é causada por vários motivos. Um deles é o desemprego, que assola grande parte da população. Outro é a má distribuição de renda, fazendo com que muitas pessoas se revoltem e ajam com violência diante da realidade que as circunda. Ainda algumas pessoas se tornam violentas no Brasil visto que há famílias desestruturadas, que deixam seus filhos abandonados na rua a serviço do que lhes resta, a violência.
Em todo parágrafo, assim como em todo texto, as idéias devem se relacionar de
modo a formar um todo coerente (deve haver construção de sentido).
3.5.1. O texto com vários parágrafos
Introdução: idéia central (e pode-se citar – sem explicar – as idéias secundárias).
Deixar claro para o leitor sobre o que o texto tratará.
Desenvolvimento:
1º. Parágrafo – Exposição da idéia secundária “A” e explicação , detalhamento dela.
2º. Parágrafo – Exposição da idéia secundária “B” e explicação, detalhamento dela.
3º. Parágrafo – Exposição da idéia secundária “C” e explicação, detalhamento dela.
“n” parágrafos – depende do espaço que se tem para escrever ou do que realmente se
necessita escrever.
18
Conclusão: fecho do texto. É a retomada da idéia central (geralmente fazendo-se
uma reflexão), ou seja, não há espaço na conclusão para se desenvolver uma idéia
secundária.
3.5.2. Exemplo de texto com vários parágrafos: artigo científico - estrutura básica do texto Introdução: apresentação da idéia central (objetivo do artigo). Além disso, pode-se citar o
que será desenvolvido ao longo do artigo (idéias secundárias). Também se pode
contextualizar o tema, a idéia central e deixar claro qual será o método utilizado.
Desenvolvimento: tópicos do artigo. É a apresentação e desenvolvimento das idéias
secundárias, fundamentando-as com elementos teóricos (citações diretas e⁄ou indiretas).
Considerações finais: fecho, conclusão do artigo – retomada da idéia central.
Referências bibliográficas: exposição das fontes dos argumentos de autoridades utilizados
ao longo do texto.
3.6 Fazer a revisão gramatical do texto escrito e a revisão das qualidades do texto.
3.6.1. Qualidades do texto - Coerência: relações de sentido estabelecidas entre as informações. Para que haja
coerência em um texto, é necessário que ocorra partilha de um mesmo código entre autor e
leitor, ocorra partilha de conhecimento sobre o assunto abordado no texto e é necessário
que as idéias se relacionem para formar um todo. A coerência, construção de sentido do
texto, se dá no âmbito das idéias, do pensamento, sendo o linguístico, o código, uma
ferramenta para se materializar o sentido.
- Coesão: relações materiais (palavras sinônimas, pronomes, conjunções, palavras que
pertençam ao mesmo campo semântico) estabelecidas entre as palavras e entre os
parágrafos. É a qualidade que “enlaça”, “costura” materialmente as idéias do texto.
Eis algumas palavras, conectivos comumente utilizados para ligar as frases, os
parágrafos:
19
a) para indicar idéia de acréscimo: e, além do mais, novamente, igualmente, também,
similarmente, ainda, como complemento, sobretudo, finalmente, primeiro, segundo, por
último, além do mais;
b) para indicar contraste: mas, pelo contrário, porém, todavia, no entanto, contudo, por
outro lado, embora, ainda, nem, entretanto, apesar de, não obstante;
c) para indicar conclusão: assim, portanto, logo, então, concluindo, em conclusão,
conseqüentemente, como resultado, em outras palavras, resumindo, por conseguinte, de
modo que, pois, em vista disso, sendo assim, isso posto;
d) para indicar esclarecimento e\ou exemplo: vale dizer, ou seja, quer dizer, isto é, por
exemplo, a saber, notadamente, especialmente, tal como, especificamente;
e) para indicar causa e conseqüência: porque, visto que, em virtude de, uma vez que,
devido a, por motivo de, em razão de, em decorrência de, por causa de;
f) para indicar finalidade: a fim de, com o intuito de, para, com o objetivo de;
g) para indicar temporalidade: em pouco tempo, logo que, assim que, antes que, quando
sempre que;
h) para indicar condição: se, caso, contanto que, a não ser que, a menos que.
- Continuidade: repetições, retomadas de idéias e conceitos, e também de palavras e
frases para garantir a manutenção da idéia central ao longo do texto. Esse mecanismo de
retomadas confere ao texto um desenvolvimento homogêneo, ou seja, construção de
unidade.
- Progressão: apresentação de novas informações (idéias secundárias) às que vinham
sendo tratadas.
- Não-contradição: não deve haver contradição entre as idéias desenvolvidas no texto.
3.7 Adequação do “esquema” ao gênero textual a ser produzido
A forma de escrever deve estar sempre atrelada às regras do gênero textual a ser
produzido, ou seja, o esquema deve ser adaptado à estrutura do gênero. Com isso,
20
independentemente do gênero acadêmico-científico a ser produzido (resumo, resenha,
artigo, monografia, projeto), a construção do esquema - antes de produzi-lo - é
fundamental para o êxito do texto.
Além disso, consideramos gênero textual de acordo com os pressupostos de
Fairclough (2003, p. 65): “aspecto especificamente discursivo de maneiras de ação e
interação no decorrer de eventos sociais”. Isso posto, cada gênero apresenta regras
estruturais próprias, um conteúdo específico e também uma ação social determinada.
Todas essas regras são construídas pelo grupo social que faz uso de cada gênero nas
sociedades, em um determinado contexto histórico-cultural.
3.8 O gênero acadêmico-científico
.3.8.1. Função social: apresenta como objetivo básico instruir, ensinar, ou seja, levar o
leitor a assimilar conhecimentos e valores instituídos.
3.8.2. Tipos: resumo, resenha, relatório de experimentação, artigo científico, projeto
científico, monografia e outros.
3.8.3. Características gerais:
- Intenção de partilha de conhecimentos de natureza científica.
- Estrutura basicamente referencial e conceitual.
- Desenvolve-se como um argumento completo, demonstrando um princípio a partir de
provas consideradas universalmente básicas.
- O autor expõe a sua tese (explicação sobre o objeto de estudo) e passa a desenvolvê-la
com “provas”.
- Criação de um efeito de cientificidade – “verdade”, objetividade -, pois destaca o
enunciado e não quem o proferiu.
- Linguagem clara, objetiva e geralmente impessoal;
- Uso da terceira pessoa (“ele”) ou da primeira pessoa do plural (“nós” – saber coletivo);
- Emprego da variedade dita “padrão” da língua;
- Uso do valor denotativo das palavras;
- Verbos empregados predominantemente no presente do indicativo;
21
- Presença de terminologia científica de uma ou mais áreas do conhecimento, isto é, uso de
termos técnicos.
3.8.4. Construção da persuasão – convencimento do leitor - Uso dos argumentos de autoridade (citações diretas e indiretas) ao longo do texto para
credibilizar o dito.
- Toda citação utilizada deve ser explicada, justificada no texto.
- Apoio de consensualidade, ou seja, criar certo consenso dentro da comunidade científica.
- Comprovação do “dito” pela experiência ou observação: análise dos dados, construção de
“provas”.
- Nunca desqualificar um argumento de autoridade (citação), desrespeitando a polidez
acadêmica.
- Nunca simular dados, isto é, nunca utilizar dados com conclusões inconsequentes.
3.8.5. Cuidados com o texto acadêmico-científico: construção de sentido - É indispensável desde o início da pesquisa a elaboração de um diário de pesquisa para se
ter muito conhecimento sobre o tema abordado.
- No caso do texto acadêmico-científico, é ainda mais importante o planejamento (anterior
à escritura do texto) sobre o que se quer dizer. Por isso, antes de começar escrever o texto,
deve haver planejamento, escrevendo, em itens, os pontos que gostaria de abordar.
- Lembre-se de que você pode encontrar estudos sobre seu tema, escritos por outros
autores, mas consulte as fontes primárias e evite muitos “apuds1”.
- Crie as questões de pesquisa que norteiam seu trabalho.
- A formulação dos objetivos de pesquisa deve ser diretamente relacionada às questões de
pesquisa, constituindo quase que uma formulação afirmativa daquilo que foi colocado em
forma de pergunta.
- Ao longo do trabalho, sempre verifique se os objetivos estão sendo cumpridos.
- Logo de início, apresente o “objeto” de estudo. Apresente um histórico da pesquisa: um
relato de como você chegou ao tema que busca discutir; seus motivos mais relevantes.
- Lembre-se de que nas referências bibliográficas devem aparecer todas as obras que você
citou no texto, enquanto na bibliografia devemos indicar as obras que desejamos desde que
tenham a ver com o tema, estando ou não citadas no corpo do texto.
1 Quando você cita um autor que aparece citado em outro texto e não no original, é preciso que você use a sigla “apud”.
22
4. ORIENTAÇÕES BÁSICAS PARA A ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE PESQUISA O projeto é um esforço temporário para criar um produto ou serviço único. Ele
possui começo e fim definidos. O fim somente é alcançado quando os objetivos são
atingidos, algo que nunca havia sido feito ou pensado pode ser contextualizado em sua
pesquisa considerando os vários pontos de vistas metodológicos. Elaborar um projeto de
Pesquisa é algo motivador quando se tem uma meta para ser cumprida.
O primeiro passo é a escolha do tema, e existem alguns fatores que podem
interferir na escolha do tema: os fatores internos e os fatores externos.
Os fatores internos do tema estão relacionados à afetividade em relação a um tema
ou ao alto grau de interesse pessoal do pesquisador, como o tempo disponível para a
realização da pesquisa, o limite da capacidade do autor em relação ao tema pretendido.
Já os fatores externos são as significações do tema escolhido, sua novidade, sua
oportunidade e seus valores acadêmicos e sociais. Ainda deve ser considerado o limite de
tempo disponível, ou seja, a disponibilidade material de consulta necessária ao
pesquisador. Muitas vezes o tema escolhido é pouco trabalhado por outros autores e isso
dificultará a pesquisa.
Para elaborar o projeto, devemos seguir uma organização de fases para encontrar o
melhor caminho.
(...) o projeto é um eficaz instrumento para elaboração de idéias’ e para auto-esclarecimento de quem o produz. Ao elaborar um quadro teórico ou ao pensar metodologias, ao construí hipóteses e fixar objetivos, ao empreender uma visão bibliográfica que colocará o pesquisador diante da literatura já existente sobre o assunto, o Produto vai gradualmente esclarecendo aquele que o produz, dando-lhe elementos para articular melhor as suas idéias e confrontá-las com o que já foi feito naquele campo de conhecimento (BARROS, 2008, p. 25).
Depois de ter organizado as idéias do que pretende ser produzido, vamos identificar
passo a passo, em subseções, os elementos do projeto, começando pela Introdução.
Lembramos, porém, que existem outros modelos de planejamento de um projeto de
pesquisa. O esboço do projeto que iremos apresentar é apenas uma orientação básica.
4.1 Como fazer a introdução de um projeto de pesqui sa?
23
A introdução é a primeira parte do corpo do projeto e ela deve definir brevemente o
objetivo do projeto, as razões que o levou a realizá-lo. Nela devemos apresentar elementos
necessários para situar o tema da pesquisa com cuidado para não antecipar a conclusão.
De modo geral, o tema traz em sua descrição o problema, mas a introdução deve
apresentar genericamente a gênese do problema, o contexto do problema (sob o ponto de
vista do que tem nas literaturas), o conhecimento empírico ou outros aspectos que
permitam situar o problema e permitam investigar sua interrelação com a sociedade.
O Problema é a mola propulsora de todo o trabalho de pesquisa. Depois de definido o tema, levanta-se uma questão para ser respondida através de uma Hipótese, que será confirmada ou negada através do trabalho de pesquisa. O Problema é criado pelo próprio autor e relacionado ao tema escolhido. O autor, no caso, criará um questionamento para definir a abrangência de sua pesquisa, Não há regras para se criar um Problema, mas alguns autores sugerem que ele seja expresso em forma de pergunta. Particularmente prefiro que o Problema seja descrito como uma afirmação (BELLO, 2004, p. 34).
A introdução deve deixar claro o problema da pesquisa e o que foi conseguido com
ele até agora. Deve também transmitir confiança, entusiasmo e segurança por parte do
pesquisador sobre o conhecimento do tema. Ainda deve apresentar os dados de pesquisa e
como foi realizada a coleta desses dados.
Podemos dizer ainda que a introdução é a definição geral do problema a partir da
fundamentação teórica que o sustenta. Deve introduzir elementos que preparem a redação
da justificativa e dos objetivos (estes dois itens podem ou não estar inseridos na própria
introdução). A introdução, usualmente, porém, é o último texto a ser escrito em um projeto
de pesquisa, pois requer clareza e consistência em relação à revisão bibliográfica e à
concepção filosófica estabelecida a partir da mesma.
Com isso, já se tornou ditado popular a frase: “o que move o mundo não são as
respostas, mas sim as perguntas”. É nesta perspectiva que é possível identificar os
seguintes passos ao ler uma introdução (fazendo-se perguntas do tipo):
1. A motivação inicial e a pergunta inicial, ou seja, como surgiu o novo problema?
2. A apresentação do problema e da pergunta, cerne do projeto em construção.
3. “No meio do caminho tinha uma pedra”. Finalmente o problema: a formulação das
questões ou hipóteses que norteiam a investigação.
Assim, o projeto terá sentido. Agora vamos para outro passo do esqueleto do
projeto, que já introduzimos um pouco aqui, na introdução sobre o tema.
24
4.2 Delimitação do Tema
Quando falamos em delimitação, já percebemos que se trata de limites, é
exatamente isso. O tema do projeto é o objeto de estudo, o tópico específico que será
desenvolvido na pesquisa. Segundo Gonçalves (2005), deve ser delimitado, especifico e
ajustado na linha de pesquisa do orientador, principalmente quando há, em termos gerais,
posições coincidentes entre o pesquisador e sua postura. Entende-se que nesta fase são
verificadas as possibilidades de realização do estudo em seus aspectos externos e internos.
Escolhido o tema, torna-se necessário delimitá-lo, fixar sua extensão ou abrangência e profundidade. Quanto mais delimitado um assunto, maior é a possibilidade de aprofundar a abordagem. Note-se que para delimitar o tema, é indispensável conhecer, pelo menos genericamente, o assunto. Por isso, fica mais fácil delimitar o tema após algumas leituras exploratórias (ANDRADE, 2005, p. 89).
A escolha do tema pode ser a parte mais difícil para um pesquisador iniciante,
como é o caso de um estudante de graduação que ainda não possua uma base teórica e
bibliográfica para embasar sua pesquisa.
Para auxiliar a tarefa de delimitação do tema, procuram-se fixar circunstâncias, especialmente de tempo e de espaço, ou ainda políticos, sociais, econômicos; pode-se também situar o assunto no quadro histórico e geográfico. Delimitar, portanto, corresponde selecionar aspectos de um tema, limitando a escolha a um deles, para que o assunto seja tratado com a suficiente profundidade, que se espera dos trabalhadores de graduação (ANDRADE, 2005, p. 86).
Por isso, deve-se delimitar o tema para facilitar. Sugere-se que o autor esteja ciente
da limitação de conhecimentos para não abordar um assunto fora de sua área. O tema deve
ter uma relação espaço-tempo, especificando seu campo de conhecimento e situando a
pesquisa geográfica e a cronologia para o autor realizar o estudo, ou seja, o período
analisado (AZEVEDO, 1999; RUDIO, 2002 apud GONÇALVES, 2004), orientando assim
seu título que deve guardar uma relação direta com o assunto sobre o qual discorre,
podendo ser dividido em título geral (que destaca genericamente o teor do trabalho) e
subtítulo (que indica a temática abordada).
Portanto, é importante também que o recorte (delimitação do tema) seja bem feito,
pois se o estudo for muito amplo, pode perder a profundidade em aspectos irrelevantes.
4.3 Os Objetivos Os objetivos do projeto indicam o que se pretende alcançar, o propósito, a
finalidade, a meta da pesquisa. Eles podem ainda prever resultados do que se espera do
25
estudo. Alguns autores classificam os objetivos em geral e específicos, mas não há regras
a serem cumpridas quanto a isso, embora facilitem a compreensão.
a) Objetivo Geral:
Com a pergunta “PARA QUE SERVE?”, o autor do projeto define, de modo geral,
o que se pretende alcançar com a execução da pesquisa (visão global).
b) Objetivos Específicos:
Com a pergunta “PARA QUEM É DESTINADO?”, faz aplicação dos objetivos
gerais a situações particulares do projeto.
Vamos registrar o que outros autores dizem sobre os objetivos gerais e específicos:
O objetivo geral encerra um fim em si e se refere aquilo que o pesquisador conseguiu fazer após a conclusão do trabalho. Resume o que se pretende alcançar com a execução da pesquisa. Os objetivos específicos tratam da aplicação dos objetivos gerais a determinadas situações. Como o objetivo geral mostra a totalidade do que se pretende pesquisar, é essencial que ele seja elaborado cuidadosamente e se restrinja a um item. Já os objetivos específicos podem ser em número maior, em média, três (SANTOS; NORONHA, 2005, p. 12).
É importante estar atento que o enunciado dos objetivos deve vir apenas com um
sujeito e um complemento, e que seja conciso para não ser confundido com o resumo do
trabalho.
Podemos dizer ainda que o objetivo geral seja aquele para o qual o projeto
contribui, mas que ultrapassa o alcance do projeto. E os objetivos específicos são aqueles
que devem ser plenamente alcançados pelo conjunto de ações previstas no projeto.
4.4 A Justificativa
Na hora de elaborar a justificativa, também devemos responder algumas perguntas
(“Para que fazer este projeto?”, “Por que fazer?), evidenciando a relevância do projeto. A
justificativa, como o próprio nome indica, é o convencimento de que a pesquisa é
fundamental efetivação. É aqui que o autor mostrará que o tema e sua hipótese são
importantes para contribuir com a sociedade.
Depois de todos os elementos levantados sobre a intenção do projeto,
26
Deve-se tomar o cuidado, na elaboração da Justificativa, de não se tentar justificar a Hipótese levantada, ou seja, tentar responder ou concluir o que vai ser buscado no trabalho de pesquisa. A justificativa exalta a importância do tema a ser estudado, ou justifica a necessidade imperiosa de se levar o efeito tal empreendimento (BELLO, 2004, p. 32).
Sendo assim, a proposta de realização do projeto pode ser de ordem pessoal ou
prática na justificativa. Para isso, é necessária uma linguagem simples e racional, evitando
o uso “chavões” e “lugares-comuns”.
4.5 O Problema
Sabe-se que a maioria das pesquisas de ordem cientifica se inicia com algum tipo
de problema ou indagação, e para realizar uma pesquisa, em primeiro lugar, é necessário
verificar se o problema cogitado se enquadra na categoria de cientifico.
Para um dos maiores pesquisadores sobre elaboração de projetos científicos, o
problema também vem acompanhado de perguntas para facilitar sua elaboração. Veja:
A experiência acumulada dos pesquisadores possibilita ainda o desenvolvimento de certas regras práticas para a formulação de problemas científicos, tais como (a) o problema deve ser formulado como pergunta; (b) o problema deve ser claro e preciso; (c) o problema deve ser empírico; (d) o problema deve ser suscetível de soluções; (e) o problema deve ser delimitado a uma dimensão viável (GIL, 2007 p. 26).
Podemos dizer que a formulação do problema é a alavanca do projeto, é a questão
específica sobre a(s) solução(ões), determinada(s) por diversos fatores.
4.6 Como elaborar a Hipótese?
Diríamos que as hipóteses são as respostas provisórias. Após a formulação do
problema, surgem as tentativas de responder tais questões, ou seja, pode ser uma resposta
provisória ao problema que vai ser comprovada ou não na investigação.
Assim a função da(s) hipótese(s) é buscar respostas provisórias, indicar explicações para determinado acontecimento. É uma solução prévia (antes de qualquer estudo) para o problema levantado. Como Hipótese é sinônimo de suposição, pode ser rejeitada, mas isso não desmerece o trabalho. Ao contrario, Para verificar ou confrontar a afirmação da hipótese, tem-se por base a realidade empírica. De qualquer maneira as hipóteses funcionam com indicadores do caminho a ser seguido (SANTOS; NORONHA, 2005, p. 26).
A hipótese deve ser específica, direta, clara e ainda ser elaborada a partir de fontes
diversas, tais como observações, resultados de outras pesquisas, teorias ou mesmo intuição.
27
Lembre-se de que o número de hipóteses levantadas está relacionado ao problema da
pesquisa, mas aconselha-se, no máximo, a escolha de três, visto que a hipótese deve ser
testada para se chegar a uma verdade através de fato, e não correr o risco de ser rejeitada.
Portanto, os critérios apresentados geralmente pedem que a hipótese seja plausível,
clara, consistente, específica, verificável, simples, econômica e explicativa.
4.7 Como fazer a Revisão Bibliográfica? (fundamenta ção teórica)
O levantamento bibliográfico é a revisão da literatura, a disponibilidade de material
que o autor irá pesquisar sobre o assunto do seu projeto. É um estudo feito por meio da
pesquisa bibliográfica com o objetivo de conhecer o que foi escrito sobre determinado
assunto. Além disso, a busca por esses documentos irá organizar um capitulo, onde o autor
vai expor e analisar o pensamento dos doutrinadores, dos estudiosos da área especifica
daquela pesquisa.
Esse estudo pode ser realizado em bibliotecas; em instituições, agências
governamentais, não-governamentais ou particulares; em acervos ou em diversos serviços
de informação. Salienta-se que tudo seja referenciado.
Por isso, o levantamento bibliográfico deve ser fundamentado conforme as normas
da ABNT. O autor tem que se preocupar em anotar as fontes de interesse consultadas, e
fundamentá-las através de citações no seu projeto, não correndo o rico de plagio, o qual é
crime.
4.8 Metodologia da Pesquisa Nesta parte, usaremos também algumas perguntas para facilitar a compreensão.
Aqui o autor da pesquisa faz alguns questionamentos: “Como fazer? Com o que fazer?
Quando? O que? Com quem? Onde?”.
Sendo assim, a metodologia é a escolha do método, ou seja, o caminho que o
pesquisador irá escolher para realizar sua pesquisa. A escolha de método e técnicas está
relacionada com o problema da pesquisa.
Basicamente, existem dois métodos de pesquisa, não excludentes, de acordo com a abordagem do que se pretende estudar: -Quantitativo: voltado para dados mensuráveis, por meio de recursos e técnicas, como questionários e entrevistas, entre outros; -Qualitativo: direcionado para o âmbito social, com abordagens sóciopolíticos, econômicos, culturais e educacionais (SANTOS; NORONHA, 2005 p. 11).
28
Para Bello (2004), a metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e
exata de toda a ação desenvolvida no método do trabalho de pesquisa. A metodologia
consiste então em dizer o tipo de pesquisa a ser abordada, se foi bibliográfica, documental,
de campo, descritiva, exploratória, investigativa e outras.
Enfim, nela há detalhes de como serão os procedimentos a serem seguidos para a
realização do projeto de pesquisa.
4.9 Cronograma Como a pesquisa se desenvolve em várias etapas, é necessário fazer um
cronograma para organizar o tempo.
Convém definir o cronograma com o orientador, vendo a disponibilidade dele e a
do acadêmico. Nele deve haver as etapas da pesquisa, relacionadas ao tempo utilizado para
a realização do TCC, monografia, artigo e outros. Exemplo:
4.10 Bibliografia e Referência Bibliográfica De acordo com a NBR 14724/2005, referência é o conjunto padronizado de
elementos descritivos, retirados de um documento, que permite sua identificação
individual.
Eventos MÊS/ANO MÊS/ANO MÊS/ANO MÊS/ANO
Pesquisa bibliográfica
(coleta de dados
Pesquisa empírica (coleta de dados)
Capítulo 1
Capítulo 2
Conclusões
Introdução
Orientação
Entre outros
29
No texto sobre estrutura de trabalhos científicos, trataremos com mais ênfase como
devem ser apresentadas as referências de acordo com a norma padrão da ABNT.
Sugestão de um modelo de estrutura de um projeto de pesquisa
1 INTRODUÇÃO: 2 JUSTIFICATIVA: 3 OBJETIVOS: 3.1 Objetivo Geral: 3.1.2 Objetivos Específicos: 4 PROBLEMA DA PESQUISA: 5 HIPÓTESE(S): 6 REVISÃO DE LITERATURA (FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA) 7 METODOLOGIA : 8 CRONOGRAMA: 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
30
10 ANEXOS:
5. ORIENTAÇÕES BÁSICAS PARA A ELABORAÇÃO DA MONOGRAFIA
5.1 Introdução
A monografia é um trabalho crítico de investigação cientifica sobre os
conhecimentos existentes, sejam eles já publicados ou não. É formada por um conjunto de
atividades integradas, com uma unidade metodológica, visando alcançar determinados
objetivos claramente definidos.
A origem da palavra monografia vem de monos, que significa um só, e de graphein,
que significa escrever, ou seja, dissertação sobre um único assunto ou tema. Monografia
sugere especificação, isto é, abordar um determinado assunto ou abordar um problema
específico.
As normas utilizadas para elaborar uma monografia consideram:
• definir o que se vai estudar;
• rever a literatura existente e outras fontes de consulta a respeito do assunto ou
tema em questão;
• justificar, isto é, deixar claro o porquê de estudar e aprofundar aquele assunto,
quais novas abordagens se propõe fazer;
• metodologia aplicada, a maneira como se pretende desenvolver a monografia;
• conclusões – as conclusões encontradas e⁄ou sugestões de prosseguimento.
É preciso ter disposição, entusiasmo, motivação para se fazer um bom trabalho
científico, pois uma monografia exige pesquisa e investigação do interessado sobre o tema
do qual o autor pretende tratar.
Ter disponibilidade para procurar fazer o melhor e dar uma contribuição pessoal à
classe a qual pertence e à sociedade são atitudes fundamentais para aquele que pretende
escrever uma boa monografia. É também importante cuidar da correção gramatical, redigir
31
com simplicidade, falar e escrever em linguagem direta e sem “rodeios”, resultando em
uma exposição precisa, clara, objetiva, de fácil entendimento para todos.
Além disso, o tema de uma monografia é livre, podendo ter como eixo orientador
assuntos focalizados durante o curso, os quais o aluno deseja aprofundar em sua
investigação, isso para o caso de monografias exigidas por instituições educacionais.
Em geral, elaboram-se monografias e Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) com
o objetivo de propiciar aos alunos do curso em questão oportunidades para demonstrarem o
grau de habilitação adquirido, o nível de conhecimento e aprofundamento temático. Assim,
estimula-se a produção científica, propiciando a consulta e leitura de bibliografia
especializada. Objetiva-se também o aprimoramento da capacidade de interpretação crítica
dos alunos, aprimorando sua competência, preparando-os para o mercado competitivo e
tornando-os mais aptos para o exercício profissional.
5.2 Partes principais de uma Monografia A monografia contém as seguintes partes:
Capa
Folha de rosto
Folha de aprovação
Dedicatória (opcional)
Agradecimentos (opcional)
Epígrafe (opcional)
Resumo em português
Resumo em inglês
Lista de ilustrações (opcional)
Lista de abreviaturas e siglas (opcional)
Sumário
Introdução
Revisão de literatura
Discussão
Conclusão
Referências bibliográficas
Anexo/Apêndice (opcional)
A seguir será descrito cada item da estrutura da monografia:
32
CAPA (modelo em anexo)
Deve-se colocar o nome completo do autor na parte superior da página, o título no
meio e a cidade e ano de apresentação do trabalho no final da página.
FOLHA DE ROSTO (modelo em anexo)
Contém os elementos essenciais à identificação do trabalho. É semelhante à capa
com adição de uma frase.
FOLHA DE APROVAÇÃO (modelo em anexo)
Deve conter a data de aprovação; a nome do curso; o nome completo do
coordenador do curso; o nome do orientador da monografia e local para assinatura dos
mesmos.
DEDICATÓRIA (opcional) (modelo em anexo)
Texto curto, onde o autor presta homenagem ou dedica seu trabalho a alguém por
quem tem afinidade. Sua colocação é opcional. Não é necessário colocar título.
AGRADECIMENTOS (opcional) (modelo em anexo)
Local onde o autor manifesta seu agradecimento àqueles colaboradores do trabalho.
O agradecimento é feito de forma hierárquica, escrevendo o nome completo de cada
indivíduo ou instituição. Sua colocação é opcional.
EPÍGRAFE (opcional)
É uma citação ou pensamento que embasou a pesquisa. É opcional. Não é
necessário colocar título.
RESUMO EM PORTUGUÊS
Este texto é o resumo de todo o trabalho e deve ser elaborado após o término do
mesmo. Portanto, deve conter o objetivo, a discussão dos principais aspectos e a conclusão
do trabalho em um único parágrafo. Ele é composto por frases objetivas, não ultrapassa
500 (quinhentas) palavras e não apresenta o recuo do parágrafo. Logo abaixo do resumo
devem ser colocadas as palavras-chave, conforme ABNT NBR 6028, 2005.
RESUMO EM INGLÊS (Abstract)
Segue as mesmas características do resumo em português, mas traduzido para o
inglês e incluindo as palavras-chave (Keywords).
LISTAS (opcional)
Neste local, após o Abstract, podem ser incluídas (opcional) algumas listas se o
autor achar necessário, sendo elas: Lista de tabelas, Lista de Figuras e Lista de
Abreviaturas e Siglas.
33
A Lista de Abreviaturas e Siglas é composta por todas as abreviaturas e siglas que
aparecem no trabalho, sendo colocadas em ordem alfabética, seguidas das palavras ou
expressões correspondentes escritas por extenso. As demais listas são elaboradas seguindo
a ordem que os elementos em questão (tabelas ou figuras) aparecem no texto, colocando
seu nome e a página onde se encontra.
SUMÁRIO
A função do sumário é mostrar a estrutura e o conteúdo do trabalho, e facilitar a
consulta. Com isso, esta parte consta de todos os itens e subitens que aparecem após o
sumário com as respectivas páginas onde iniciam. Deve ser escrito utilizando a mesma
ordem dos itens e subitens, e a mesma grafia do texto.
INTRODUÇÃO
A introdução é a apresentação geral sobre o assunto, ligando o leitor ao tema,
fornecendo uma visão global da pesquisa realizada, incluindo definições, histórico, pontos
de vistas e abordagens. Ela deve situar o “problema” de pesquisa no contexto geral, a razão
de se fazer a pesquisa e o objetivo da pesquisa. Descrever o objetivo geral e os objetivos
específicos do trabalho. Podem ser escritos em uma única frase ou em tópicos. Conjuga-se
o verbo no passado (Exemplo: O objetivo do presente estudo foi avaliar ...).
Não é muito extensa, utiliza cerca de duas a três páginas. Não é aconselhável
colocar ilustrações nesta seção. Também é preciso citar alguns trabalhos relacionados.
A partir da introdução (até a conclusão), os itens são numerados, ou seja, a
introdução recebe o indicativo 1 (um).
REVISÃO DE LITERATURA
Neste tópico, encontra-se uma retrospectiva da literatura com a descrição dos
trabalhos “mais representativos” a respeito do tema da monografia. A revisão
bibliográfica , ou revisão de literatura, é análise crítica, meticulosa e ampla das
publicações correntes em uma determinada área do conhecimento. De um modo geral, a
revisão bibliográfica é realizada como parte inicial de um estudo científico, seja da
graduação ou pós-graduação, sendo parte fundamental em uma monografia.
Os objetivos de uma revisão bibliográfica são:
• verificar se textos relacionados ao assunto a ser estudado já foram publicados;
• conhecer a forma como esse assunto foi abordado e analisado em estudos
anteriores;
• saber quais são as variáveis do problema em questão.
34
A referência bibliográfica é a base que sustenta qualquer pesquisa científica. Antes de
avançar, é necessário conhecer o que já foi desenvolvido por outros pesquisadores.
Assim, o estudo da literatura contribui em muitos sentidos: definição dos objetivos do
trabalho, construções teóricas, planejamento da pesquisa, comparações e validação.
Para a elaboração da referência bibliográfica, são sugeridos nove passos:
(1) Defina o assunto da sua pesquisa.
(2) Reúna a bibliografia. Comece com, pelo menos, 20 referências para ter uma visão
panorâmica sobre o assunto.
(3) Observe inicialmente as referências e identifique a estrutura hierárquica do assunto de
pesquisa. A estrutura hierárquica vai do assunto mais geral ao mais específico.
(4) Leia a bibliografia reunida com atenção e liste as idéias principais.
(5) Identifique as idéias principais a serem aproveitadas em seu trabalho. Não se esqueça
de indicar as fontes de cada idéia.
(6) Rotule todas as idéias para facilitar sua referência futura.
(7) Organize as idéias em seções (normalmente, 3 a 4 seções deverão aparecer) e subseções
(em geral, 3 ou 4 subseções para cada seção).
(8) Escreva o referencial teórico seguindo a sequência hierárquica de apresentação dos
assuntos. Dê preferência a idéias abordadas por diversos autores.
(9) Conclua o referencial teórico identificando as principais idéias discutidas no seu texto e
apontando para as questões de pesquisa em aberto na literatura.
DISCUSSÃO
A discussão é a etapa nobre do trabalho, pois é apenas nela que o autor manifesta
sua opinião e desenvolve seu raciocínio. É desenvolvida por partes: inicia-se com
justificativa, evolui para interpretação das explicações dos trabalhos encontrados na
literatura, chegando a conclusões lógicas e objetivas.
Pode estabelecer relações e associações; analisar causa-efeito; esclarecer
limitações; propor novos métodos e técnicas; explicar mecanismos e fatos; mostrar
concordâncias e discordâncias de resultados e idéias; expressar a relevância do estudo,
aplicabilidade e futuras perspectivas. Nesta seção, podem-se incluir ilustrações e tabelas.
CONCLUSÃO
35
É a síntese direta e concisa das confirmações obtidas. Deverá ser obrigatoriamente
coerente com a proposição, concluindo somente o que foi comprovado, e é a última a ser
numerada.
REFERÊNCIAS (modelo em anexo)
É o conjunto padronizado de elementos que favorece a identificação de documentos
impressos ou registrados no todo ou em parte (ABNT), informando TODOS os trabalhos
citados no texto. As referências dos trabalhos aparecem como uma listagem em ordem
alfabética, seguindo rigorosamente as normas da ABNT.
As referências devem ser apresentadas em ordem alfabética e não devem ser
numeradas.
ANEXO (opcional)
Materiais de caráter complementar, não elaborados pelo autor, podem ser colocados
anexos, citando o anexo no texto. Se houver mais de um anexo, numerar. Deve-se colocar
o título de cada anexo.
APÊNDICE (opcional)
Materiais de caráter complementar, elaborados pelo autor. Se houver mais de um
apêndice, numerar. Deve-se colocar o título de cada apêndice.
6 ORIENTAÇÕES BÁSICAS PARA A ELABORAÇÃO DO ARTIGO CIENTÍFICO
6.1 Conceituação e Características O artigo é a apresentação sintética, em forma de relatório escrito, dos resultados de
investigações ou estudos realizados a respeito de uma questão. O objetivo fundamental de
um artigo é o de ser um meio rápido e sucinto de divulgar e tornar conhecidos, através de
sua publicação em periódicos especializados, a dúvida investigada, o referencial teórico
utilizado (as teorias que serviam de base para orientar a pesquisa), a metodologia
empregada, os resultados alcançados e as principais dificuldades encontradas no processo
de investigação ou na análise de uma questão. Assim, os problemas abordados nos artigos
36
podem ser os mais diversos: podem fazer parte quer de questões que historicamente são
polemizadas, quer de problemas teóricos ou práticos novos.
“Artigo científico é parte de uma publicação com autoria declarada, que apresenta e discute
idéias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento”
(ABNT. NBR 6022, 2003, p. 2).
Para Lakatos e Marconi (1991), os artigos científicos têm as seguintes características:
a) não se constituem em matéria de um livro;
b) são publicados em revistas ou periódicos especializados;
c) permitem ao leitor, por serem completos, repetir a experiência.
O artigo científico pode ser:
a) Original : apresenta temas ou abordagens originais e podem ser: relatos de caso,
comunicação ou notas prévias.
b) Revisão: os artigos de revisão analisam e discutem trabalhos já publicados, revisões
bibliográficas e outros.
6.2 Estrutura do Artigo O artigo científico tem a mesma estrutura dos demais trabalhos científicos:
Pré-textual:
Textual
Pós-textual
Observação: Para apresentar para a banca e posterior entrega na biblioteca, o artigo deverá
constar os mesmos itens pré-textuais exigidos na monografia (capa, contra-capa, folha de
aprovação...). Lembramos que, quando um artigo é para publicação em uma revista
determinada, deve seguir as normas exigidas pela revista que se pretende publicar.
6.2.1 Pré-textual a) o título e subtítulo (se houver) devem figurar na página de abertura do artigo, na língua
do texto;
b) a autoria: nome completo do(s) autor(es) na forma direta, acompanhados de um breve
currículo que o (s) qualifique na área do artigo;
37
c) o currículo: deve aparecer em nota de rodapé, incluindo endereço (e-mail) para contato;
d) resumo na língua do texto: o resumo deve apresentar, de forma concisa, os objetivos, a
metodologia e os resultados alcançados, não ultrapassando 500 palavras. Não deve conter
citações. “Deve ser constituído de uma sequência de frases concisas e não de uma simples
enumeração de tópicos. Deve-se usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular”
(ABNT. NBR-6028, 2003, p. 2);
e) resumo em língua estrangeira: versão do resumo na língua do texto;
f) palavras-chave em língua estrangeira: versão das palavras-chave na língua do texto para
a mesma língua do resumo em língua estrangeira.
EXEMPLO:
Material Didático Adaptativo para Educação à Distância em Ambiente
Virtual para a Língua Inglesa1 Homero Coelho Barbosa2, Rafael Leite Nunes 3, Ronaldo M. S. Nunes4, Fernanda Lima5 e
Edilson Ferneda6
38
Resumo O advento da Internet tem notadamente propulsionado cada vez mais a criação de ambientes voltados para o ensino à distância. Porém, percebe-se que uma considerável parcela destas soluções é desenvolvida sem que se leve em conta aspectos relativos à adaptabilidade de conteúdo e navegação de acordo com o perfil do aluno, resultando em uma carência por soluções de qualidade. Levando em conta este panorama, apresenta-se aqui o Sistema InglêsWEB, uma aplicação projetada e desenvolvida com o intuito de suprir tais deficiências e adicionalmente oferecer acesso gratuito ao ensino de língua inglesa, bem como comodidade e economia de tempo a seus usuários. Para se atingir tais objetivos, foram utilizados, como fundamentação teórica, conhecimentos referentes às técnicas e métodos de apresentação e navegação adaptativa, assim como algumas características do MATHEMA, compreendido como um ambiente interativo de aprendizagem baseado em Sistemas Multi-Agentes. Palavras-chave: Adaptabilidade, MATHEMA, Multi-Agentes. __________________ 1 Trabalho desenvolvido no âmbito da disciplina Projeto Final do Curso de Ciência da Computação com especialização em Engenharia de Software na UCB. 2 Bacharel em Ciência da Computação ([email protected]) 3 Bacharel em Ciência da Computação ([email protected]) 4 Bacharel em Ciência da Computação ([email protected]) 5 Professora orientadora ([email protected]) 6 Professor co-orientador ([email protected])
6.2.2 Textual Conteúdo (introdução, desenvolvimento textual e considerações finais)
• Introdução
O objetivo da Introdução é situar o leitor no contexto do tema pesquisado, oferecendo uma
visão global do estudo realizado. Ela tende a esclarecer as delimitações estabelecidas na
39
abordagem do assunto, os objetivos e as justificativas que levaram o autor a tal
investigação para, em seguida, apontar as questões de pesquisa para as quais buscará as
respostas. Deve-se, ainda, destacar a metodologia utilizada no trabalho. Em suma:
apresenta e delimita a dúvida investigada (problema de estudo - O que pesquisar?), os
objetivos (Para que serviu o estudo?) e a metodologia utilizada no estudo (Como a
pesquisa foi feita?).
De modo geral, a Introdução deve apresentar:
a) o assunto objeto de estudo;
b) o ponto de vista sob o qual o assunto foi abordado;
c) trabalhos anteriores que abordam o mesmo tema;
d) as justificativas que levaram a escolha do tema, o problema de pesquisa, a hipótese de
estudo, o objetivo pretendido, o método proposto, a razão de escolha do método
(GUSMÃO; MIRANDA 1997 ).
• Desenvolvimento textual (mas não se usa essa palavra)
Nesta parte do artigo, o autor deve fazer uma exposição e uma discussão sobre as
teorias utilizadas para entender e esclarecer o problema, apresentando-as e relacionando-as
com a dúvida investigada. Além disso, deve apresentar as demonstrações dos argumentos
teóricos e/ ou de resultados que as sustentam com base nos dados coletados. Sendo assim,
ao constar uma Revisão de Literatura, o objetivo é desenvolver a respeito das contribuições
teóricas acerca do assunto abordado.
O corpo do artigo pode ser dividido em itens necessários, que possam desenvolver a
pesquisa. É importante expor os argumentos de forma explicativa ou demonstrativa,
através de proposições desenvolvidas na pesquisa. Com isso, o autor demonstra ter
conhecimento sobre a literatura básica, do assunto, onde é necessário analisar as
informações publicadas sobre o tema até o momento da redação final do trabalho,
demonstrando teoricamente o objeto de seu estudo e a necessidade ou oportunidade da
pesquisa que realizou.
Quando o artigo inclui a pesquisa descritiva, apresentam-se os resultados
desenvolvidos na coleta dos dados através das entrevistas, observações, questionários,
entre outras técnicas.
• Conclusão
40
Após a análise e discussões dos resultados, são apresentadas as conclusões e as
descobertas do texto, evidenciando com clareza e objetividade as deduções extraídas dos
resultados obtidos ou apontadas ao longo da discussão do assunto. Neste momento, são
relacionadas às diversas idéias desenvolvidas ao longo do trabalho, em um processo de
síntese dos principais resultados, com os comentários do autor e as contribuições trazidas
pela pesquisa.
Cabe, ainda, lembrar que a conclusão é um fechamento do trabalho estudado,
respondendo às hipóteses enunciadas e aos objetivos do estudo, apresentados na
Introdução. Não se permite, nesta seção, a inclusão de dados novos, que já não tenham sido
apresentados anteriormente.
6.2.3 Pós-textual a) Notas explicativas: a numeração das notas é feita em algarismos arábicos, devendo ser
única e consecutiva para cada artigo. Não se inicia a numeração em cada página.
b) Apêndices (elemento opcional): “Texto ou documento elaborado pelo autor a fim de
complementar o texto principal” (NBR 14724, 2002, p. 2).
c) Anexos (elemento opcional): “Texto ou documento não elaborado pelo autor, que serve
de fundamentação, comprovação e ilustração” (NBR 14724, 2002, p. 2);
• Referências bibliográficas
Referências é um conjunto de elementos que permitem a identificação, no todo ou
em parte, de documentos impressos ou registrados em diferentes tipos de materiais. As
publicações devem ter sido mencionadas no texto do trabalho e devem obedecer às Normas
da ABNT 6023/2005. Trata-se de uma listagem dos livros, artigos e outros elementos de
autores efetivamente utilizados e referenciados ao longo do artigo.
• Ilustrações e tabelas
As ilustrações compreendem quadros, gráficos, desenhos, mapas e fotografias,
lâminas, quadros, plantas, retratos, organogramas, fluxogramas, esquemas ou outros
elementos autônomos e demonstrativos de síntese necessários à complementação e melhor
visualização do texto. Devem aparecer sempre que possível na própria folha onde está
inserido o texto. Caso não seja possível, porém, apresentar a ilustração na própria página.
41
Quanto às tabelas, elas constituem uma forma adequada para apresentar dados
numéricos, principalmente quando compreendem valores comparativos.
Consequentemente, elas devem ser preparadas de maneira que o leitor possa entendê-las
sem que seja necessária a recorrência ao texto, da mesma forma que o texto deve prescindir
das tabelas para sua compreensão.
Recomenda-se, pois, seguir as normas do IBGE:
a) a tabela possui seu número independente e consecutivo;
b) o título da tabela deve ser o mais completo possível, dando indicações claras e precisas a
respeito do conteúdo;
c) o título deve figurar acima da tabela, precedido da palavra Tabela e de seu número de
ordem no texto, em algarismos arábicos;
d) as tabelas devem ser inseridas mais próximas possível ao texto onde foram
mencionadas;
e) a indicação da fonte, responsável pelo fornecimento de dados utilizados na construção
de uma tabela, deve ser sempre indicada no rodapé da mesma, precedida da palavra Fonte,
após o fio de fechamento;
f) notas eventuais e referentes aos dados da tabela devem ser colocadas também no rodapé
da mesma, após o fio do fechamento;
g) fios horizontais e verticais devem ser utilizados para separar os títulos das colunas nos
cabeçalhos das tabelas, em fios horizontais para fechá-las na parte inferior. Nenhum tipo
de fio deve ser utilizado para separar as colunas ou as linhas;
h) no caso de tabelas grandes e que não caibam em uma só folha, deve-se dar continuidade
na folha seguinte. Nesse caso, o fio horizontal de fechamento deve ser colocado apenas no
final da tabela, ou seja, na folha seguinte. Nesta folha, também são repetidos os títulos e o
cabeçalho da tabela.
6.3 Linguagem do artigo: Tendo em vista que o artigo se caracteriza por ser um trabalho extremamente
sucinto, exige-se que tenha algumas qualidades: linguagem correta e precisa, coerência na
argumentação, clareza na exposição das idéias, objetividade, concisão e fidelidade às
fontes citadas. Para que essas qualidades se manifestem é necessário, principalmente, que o
autor tenha certo conhecimento a respeito do que está escrevendo.
42
Quanto à linguagem científica, é importante que sejam analisados os seguintes
procedimentos no artigo científico:
- Impessoalidade: redigir o trabalho na 3ª pessoa do singular; - Objetividade: a linguagem objetiva deve afastar as expressões: “eu penso”, “eu acho”, “parece-me”, que dão margem a interpretações simplórias e sem valor científico; - Estilo científico: a linguagem científica é informativa, de ordem racional, firmada em dados concretos, onde se podem apresentar argumentos de ordem subjetiva, porém dentro de um ponto de vista científico; - Vocabulário técnico: a linguagem científica serve-se do vocabulário comum, utilizado com clareza e precisão, mas cada ramo da ciência possui uma terminologia técnica própria que deve ser observada; - A correção gramatical é indispensável, onde se deve procurar relatar a pesquisa com frases curtas, evitando muitas orações subordinadas, intercaladas com parênteses, num único período. O uso de parágrafos deve ser dosado na medida necessária para articular o raciocínio: toda vez que se dá um passo a mais no desenvolvimento do raciocínio, muda-se o parágrafo. - Os recursos ilustrativos como gráficos estatísticos, desenhos, tabelas são considerados como figuras e devem ser criteriosamente distribuídos no texto, tendo suas fontes citadas em notas de rodapé. (PÁDUA, 1996, p. 82).
Para a redação ser bem concisa e clara, não se deve seguir o ritmo comum do nosso
pensamento, que geralmente se baseia na associação livre de idéias e imagens. Assim, ao
explanar as idéias de modo coerente, se fazem necessários cortes e adições de palavras ou
frases. A estrutura da redação assemelha-se a um esqueleto, constituído de vértebras
interligadas entre si. O parágrafo é a unidade que se desenvolve uma idéia central que se
encontra ligada às idéias secundárias devido ao mesmo sentido. Assim, quando se muda de
assunto, muda-se de parágrafo.
Um parágrafo segue a mesma circularidade lógica de toda a redação: introdução,
desenvolvimento. Convém iniciar cada parágrafo através do tópico frasal (oração
principal), onde se expressa a idéia predominante. Por sua vez, esta é desdobrada pelas
idéias secundárias. Assim, o que caracteriza um parágrafo é a unidade (uma só idéia
principal), a coerência (articulação entre as idéias) e a ênfase (volta à idéia principal).
A condição primeira e indispensável de uma boa redação científica é a clareza e a
precisão das idéias. Saber-se-á como expressar adequadamente um pensamento, se for
claro o que se desejar manifestar. O autor, antes de iniciar a redação, precisa ter assimilado
43
o assunto em todas as suas dimensões, no seu todo como em cada uma de suas partes, pois
ela é sempre uma etapa posterior ao processo criador de idéias.
PARTE II: SUBSÍDIOS ESTRUTURAIS E FORMAIS PARA A ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DE TEXTOS ACADÊMICO-CIENTÍFICOS
1. FORMATAÇÃO DE TEXTO ACADÊMICO-CIENTÍFICO
1.1. Impressão
O papel de impressão das monografias de conclusão de curso e demais trabalhos
acadêmicos deve ter o tamanho 210x297mm (modelo A4), ser branco e apresentar boa
qualidade de absorção da tinta.
A impressão deve ser feita somente em um dos lados do papel.
A impressão do texto principal deve ser feita em tinta preta, podendo ser
empregados tons de cinza na formatação dos títulos. Outras cores, normalmente as mais
vivas, devem ser de uso restrito às eventuais ilustrações, fotos e tabelas.
1.2. Encadernação
A encadernação serve para facilitar o manuseio e a conservação das laudas do texto
acadêmico e deve ser feita, preferencialmente, com mola espiral e com o emprego de capas
plásticas, sendo a primeira branca e transparente, e a última, preta e opaca.
Depois de aprovada a monografia, o aluno deverá encadernar com capa dura, de
acordo com as exigências da coordenação de cada curso.
1.2.1. Margens
Adotam-se as seguintes margens-padrão, na visualização da configuração da página do
Word:
44
1.2.2.Fontes Para o corpo do texto acadêmico, deve ser utilizada a fonte Times New Roman, estilo
normal, tamanho 12.
1.2.2.1. Uso de aspas e dos estilos negrito, itálico e sublinhado. O uso de aspas e dos estilos negrito, itálico e sublinhado deve ser feito com a observância
das seguintes regras:
O emprego de aspas para destacar transcrições de textos;
O uso do itálico para destacar palavras ou frases em língua estrangeira;
O emprego do negrito para destacar o nome de uma monografia ou nome
de um capítulo, bem como palavras de efeito e expressões principais
contidas em um parágrafo;
O uso do estilo sublinhado somente para destacar links (vínculos)
empregados em informática.
45
1.2.3. Dimensão da monografia e do artigo científico
A monografia deve ter entre, no mínimo, 40 páginas e, no máximo, 80 páginas,
considerando a introdução, o desenvolvimento e as considerações finais. Nesta contagem
de páginas, não se deve considerar as páginas pré-textuais e pós-textuais.
O artigo científico deve ter entre, no mínimo, 10 páginas e, no máximo, 20
páginas, considerando a introdução, o desenvolvimento e as considerações finais.
Também não são inclusas, em tal contagem de paginação, as páginas pré-textuais e pós-
textuais.
1.2.4. Parágrafos
A formatação específica dos principais estilos de parágrafos será estabelecida a
seguir. Devem ser evitadas as linhas órfãs/viúvas2. É recomendável que o acadêmico, para
facilitação do seu trabalho, tenha domínio do uso da função “Estilos e formatação” do
processador de texto.
1.2.5. Corpo do texto O parágrafo comumente empregado para o corpo do texto deve apresentar a seguinte
formatação:
2 Linhas que ficam isoladas em razão da quebra de página.
46
1.2.6. Citação direta em parágrafo especial
Quando as citações diretas forem ditas “longas”, isto é, com mais de 3 (três)
linhas, não devem ser inseridas no corpo do texto, mas destacadas em parágrafo especial,
em fonte 1 (um) ponto menor que a do parágrafo do corpo do texto (fonte 11, portanto).
Devem observar também os seguintes parâmetros: recuo à esquerda de 4cm e espaço
simples entre linhas.
47
As citações diretas de fontes de consulta com até 3 linhas devem ser lançadas no
mesmo parágrafo em que são referidas e são identificadas por aspas, sem alteração na
dimensão e apresentação da fonte.
1.2.7. Lista com marcadores Para destacar parágrafos que sejam desdobramento de uma idéia central, é possível
compreendê-los em uma lista, que (para melhor visualização) pode, ou não, ter
marcadores. A formatação de tais parágrafos deve ser a seguinte:
48
1.2.8. Notas de rodapé
Empregam-se notas de rodapé para a inclusão de textos e explicações de
importância não essencial para a compreensão do texto principal, remissões a outras partes
do trabalho (referências cruzadas), advertências, bem como para indicações bibliográficas,
transcrições e idéias contidas em outros trabalhos. O objetivo da inclusão das notas de
rodapé é o de não desviar a atenção do leitor do texto principal para elementos de
importância secundária, mantendo-o enxuto.
A citação em nota de rodapé terá o formato demonstrado a seguir,
independentemente do número de linhas, sendo iniciada e encerrada pelas aspas. A
apresentação do parágrafo de notas de rodapé deve vir em fonte 2 (dois) pontos menor
que a do parágrafo normal.
49
1.3 Capítulos A divisão da monografia em capítulos e seções tem por objetivo facilitar a
identificação de partes do texto integral, quer para despertar a atenção do leitor para a idéia
central do trabalho, quer para facilitar a sua localização. Sendo assim, não existem regras
fixas para sua determinação – divide-se um texto em capítulos e subcapítulos quando o
autor entender necessário, conforme perceba que o tema mereça destaque.
Não se nomeiam como capítulos a introdução e as considerações finais; por serem
partes únicas do trabalho, não recebem numeração.
1.3.1 Títulos Título é a designação que serve para identificar o objeto do trabalho. Além da
monografia (como um todo), os capítulos e seções também recebem título.
50
1.3.1.1 Título e subtítulo da monografia O título da monografia é inserido na capa e na folha de rosto3 na seguinte
formatação:
parágrafo - centralizado verticalmente, espaçamento simples entre
linhas e sem recuos;
fonte - tamanho 16, negrito, todas maiúsculas.
● O título da monografia não recebe qualquer numeração, pois é
único.
Se houver subtítulo,
● deve ser precedido por dois pontos (:).
1.3.1.2 Títulos sem indicativo numérico e títulos dos capítulos e seções Os outros títulos não numerados (agradecimento, resumo, sumário, referências,
glossário e outros) devem estar centralizados, devem vir em fonte tamanho 14, em negrito
e em maiúscula.
Os títulos dos capítulos e de suas seções (tantas quantas houver) são apresentados
em parágrafos com:
• alinhamento justificado,
• espaçamento entre linhas simples, com recuo especial de deslocamento,
• fontes e espaços variados conforme seu nível, recebendo numeração em algarismos
arábicos.
3 Vide adiante a seção 0.
51
A seguir, o QUADRO DE FORMATAÇÃO DOS TÍTULOS:
FONTE ESPAÇAMENTO NÍVEL
TAMA-NHO
ESTILO ANTES DEPOIS
RECUO
ESPECIAL
DESLOCA-MENTO
NUMERAÇÃO
título 1 14 todas em maiús-culas, negrito
66 18 0,76 1 (Não se usa ponto após o último número do título, apenas um espaço.)
título 2 12 negrito, minúsculas
12 12 1,02 1.1
título 3 12 itálico, minúsculas 12 12 1,27 1.1.1
título 4 12 negrito, minúsculas
12 12 1,52 1.1.1.1
título 5 12 itálico, minúsculas 12 12 1,78 1.1.1.1.1
Os números (1.1...) seguem a formatação do título. Essa mesma formatação deve
ser transcrita, de forma idêntica, no sumário.
O importante, nesta tarefa, é aprender a lidar com a função “Estilos e Formatação”.
Clique em “Formatar” e em “Estilos e formatação”. Aparecerá, no lado direito da tela, o
seguinte quadro:
52
Clique sobre a SETA ao lado do ícone “Título 1”. Clique na opção “Modificar” e uma
nova janela aparecerá:
53
Clique em “Formatar”e selecione a opção “Parágrafo”:
Proceda às alterações sugeridas no QUADRO DE FORMATAÇÃO DOS TÍTULOS: Times New Roman, Fonte 14 e negrito. Formatado: Fonte: 10 pt
54
Clique em “Ok” e feche os quadros.
Selecione, um a um, os títulos do capítulo do trabalho. Clique SOBRE a janela “Título 1” e
não mais sobre a seta à direita.
Assim, estarão formatados todos os títulos dos capítulos da monografia. Siga os mesmos
passos para formatar os títulos 2 e 3, e os demais que houver.
Outras observações:
• Os títulos de capítulos, por serem as principais subdivisões do
trabalho, devem iniciar em folha separada.
• Mesmo quando dois ou mais títulos se encontram em seqüência,
sem texto principal entre si, não devem ser adicionados espaços
extras entre a margem esquerda e o número do título inferior
(para destacá-lo), ou seja, o alinhamento vertical dos primeiros
números dos diversos níveis de títulos é sempre o mesmo, junto à
formatação do título 1 nos devidos espaços
55
margem esquerda. Observe abaixo:
1 TÍTULO 1
Texto texto texto
1.1 Título 2
Texto texto texto
1.1.1 Título 3
Texto texto texto
1.4 Paginação Conforme NBR 14724:2002, todas as páginas que compõem o trabalho, a partir da
folha de rosto, são contadas. Somente recebem numeração, porém, a partir da primeira
página do texto principal (ou seja, da introdução).
A numeração é feita em algarismos arábicos, colocada na margem superior
direita . A paginação deve seguir os seguintes passos: clique no ícone “Inserir” e, em
seguida, em “Número de páginas”.
Ponha o cursor logo após o Sumário; clique em “Inserir”, em seguida em “Quebra
de Seção” e “Próxima página” (Atenção para não clicar em “Quebra de Página”.).
Em seguida, clique o cursor na Introdução. Clique depois em “Inserir”, “Número de
Páginas”, “Início da Página”, “Direita”, “Mostrar na 1ª página”. Clique em “Formatar...”.
56
Na opção “Formato do Número”, clique na opção dos algarismos arábicos (como o
exemplo abaixo). Clique em “Iniciar em” e digite o número da página onde está a
Introdução do trabalho. Clique, por fim, em “OK”.
Vá até a página da introdução, clique duas vezes com o mouse sobre o
número da página, na margem superior direita.
57
Surgirá na tela a barra de ferramentas acima. Clique no ícone indicado na figura e
depois clique em “Fechar”.
Volte à página do sumário, clique duas vezes sobre o número da página dele, delete
o número, e a operação estará terminada.
2. ESTRUTURA E APRESENTAÇÃO DA MONOGRAFIA Em conformidade com a NBR 14724:2002, as monografias são compostas dos seguintes elementos, na ordem de apresentação:
Elementos pré-textuais, isto é, tudo o que vem antes do texto principal:
capa;
folha de rosto;
dedicatória;
agradecimentos;
epígrafe;
resumo;
listas;
sumário.
Texto principal: composto por introdução, desenvolvimento e considerações finais.
58
Elementos pós-textuais: tudo o que vem após o texto principal:
● referências bibliográficas;
● glossário;
● apêndice;
● anexos;
● índices;
● capa;
● errata (em separado).
2.1 Capa A capa serve de proteção às páginas do volume que compõe o texto. Deve ser do
mesmo tamanho das páginas (A4), de plástico transparente branco para melhor proteger o
documento e para permitir ao leitor a visualização da folha de rosto.
Uma capa também deve ser posta após a última página do trabalho, com o mesmo
escopo de proteção e manuseio; todavia, deve ser de cor escura, de preferência preta e
opaca.
2.2 Folha de rosto A folha de rosto serve para permitir ao leitor a imediata identificação do autor da
monografia, do seu tema (através do título), da instituição para a qual foi apresentada,
quem foi o seu orientador.
A formatação da folha de rosto é a seguinte:
• no alto da página (a 3cm da margem superior), nome do autor;
• no fim do primeiro terço da página (em 10cm), o título da monografia centralizado;
• logo abaixo (em 15cm), um parágrafo cuja margem esquerda se inicia no
alinhamento vertical do centro do parágrafo do título da monografia, indicando a
natureza acadêmica do trabalho, a instituição de ensino e o nome do professor ou
orientador;
• na parte mais baixa (2 cm da margem inferior), em parágrafos centralizados e
sobrepostos, a localidade (a indicação da unidade federativa somente será
59
obrigatória se a localidade tiver homônima) e a data de conclusão do trabalho,
incluindo, no mínimo, o ano.
2.3 Dedicatória (opcional) A dedicatória é um pequeno texto onde o autor manifesta suas afeições e
agradecimentos a pessoas do seu estreito relacionamento, normalmente familiares. Ela
deve ser inserida no terço inferior da página, com formatação idêntica à das citações em
parágrafo especial.
2.4 Agradecimentos (opcional) Se o autor da monografia desejar manifestar seus agradecimentos a outras pessoas -
o orientador do trabalho, colaboradores, estagiários, bibliotecários, digitadores, revisores e
outros -, pode fazê-lo em página destacada, em forma idêntica à da dedicatória.
2.5 Epígrafe (opcional) Epígrafe é um título ou uma frase posta em página especial de uma monografia (ou
antes do início do texto de um capítulo), servindo de mote ou de inspiração. Na verdade, é
uma frase de efeito, cujo tema tem correlação com o objeto de estudo da monografia. Além
disso, por seu apuro, profundidade ou autoridade4, merece ser citada em destaque para
motivação inicial.
Normalmente, a epígrafe é grafada em parágrafo no terço superior da página, com
formatação idêntica à das citações diretas em parágrafo especial (retro).
Logo após a transcrição, em parágrafo imediatamente abaixo, com alinhamento à
direita, é colocada a fonte. Assim:
Não há ciência isolada e integral; nenhuma pode ser manejada com
mestria pelo que ignora todas as outras. Quando falham os
elementos filológicos e os jurídicos, é força recorrer aos filosóficos
e aos históricos, às ciências morais e políticas.
Carlos Maximiliano
4 Geralmente são máximas proferidas por pessoas famosas.
60
2.6 Resumo Chama-se resumo a síntese da monografia, inserida logo após o sumário, escrita na
língua portuguesa e, facultativamente, traduzida para língua estrangeira (Abstract). Serve
como apresentação panorâmica da monografia, devendo:
• ser exibido em um único parágrafo, não ultrapassando 500 palavras;
• logo abaixo, devem ser inseridas as palavras-chave;
• todo o resumo deve vir em espaço simples e fonte 12;
• a palavra resumo deve ser centralizada e localizada a 18pt acima do respectivo
texto;
• o resumo pode conter as seguintes informações: descrição do tema e do problema
de pesquisa, os objetivos da monografia, a metodologia utilizada e, se possível, a
conclusão a que chegou.
2.7 Listas de gráficos, ilustrações etc. (opcionais ) As listas são sumários de outros elementos (não sendo os títulos dos capítulos), tais
como gráficos, mapas, tabelas, ilustrações. Evidentemente, a necessidade de uma lista
estará condicionada à existência desses componentes.
2.8 Sumário O sumário é a enumeração dos títulos dos capítulos e suas divisões, com indicação
da página de seu início, tendo por objetivo facilitar ao leitor a localização de textos na
monografia5. Deve ser adequado ao tamanho do trabalho6.
É importante destacar que, se os passos descritos no item 2.1 (relativos à
formatação dos títulos dos capítulos e seções) tiverem sido seguidos, o sumário pode ser
construído automaticamente. Para tanto, considere os seguintes passos: coloque o cursor do
computador exatamente na página onde o sumário deve ser construído, clique no ícone
“Inserir” e, em seguida, clique em “Referência” e “Índices”.
5 O índice é uma enumeração de assuntos, autores, entidades, na ordem alfabética. Já o sumário é uma enumeração dos tópicos na ordem do texto. 6 Em trabalho de até 25 laudas, geralmente o sumário não tem mais que uma página.
61
Depois, clique em “Índice analítico” e confira se, no ícone “visualizar Web”, estão
incluídos somente os títulos formatados anteriormente (títulos 1, 2 e 3). Verificadas todas
as informações, clique em “Ok”. O sumário estará pronto em segundos.
62
ATENÇÃO: Se houver qualquer alteração no sumário, basta clicar com o botão direito do mouse sobre o sumário, depois clicar em “Atualizar campo” e, em seguida, em “Atualizar índice inteiro”. Ver figura abaixo:
2.9 Referências Recebe o nome de referências7 a lista de obras efetivamente utilizadas pelo autor
no corpo do texto principal de seu trabalho. Obras consultadas, mas não mencionadas,
devem ser omitidas da lista.
Em caso de repetição de nomes de autores ou de monografias com edições ou
títulos diferentes, o texto repetido deve ser substituído por um travessão de 6 (seis) espaços
seguido de um ponto: _____.
Esta lista deve ser apresentada em ordem alfabética8 de autores, conforme
especificações contidas adiante.
2.10 Glossário (opcional) O glossário é uma relação das palavras de uso técnico ou de emprego não
corriqueiro, cuja compreensão é importante ao entendimento das idéias apresentadas. Em
outros termos, é um pequeno vocabulário. Deve ser apresentado em ordem alfabética. É
7 Vários autores preferem o termo bibliografia , o qual não se recomenda, pois este engloba o rol de trabalhos que tenham pertinência com o objeto da pesquisa, mas que não necessariamente tenham sido citados na monografia. 8 O Word pode classificar a lista em ordem alfabética automaticamente (alt+t ... classificar). Entretanto, se o autor da monografia já tiver inserido o travessão e o ponto final (______.) em substituição à repetição do nome do autor de um livro, este comando perde sua função.
63
inserido após o texto principal. Recomenda-se seu emprego somente em temas de extrema
especificidade.
2.11 Anexos (opcionais) Designam-se como anexos todos os textos, gráficos e documentos, não elaborados
pelo autor da monografia, que servem de apoio, ilustração ou suplemento do trabalho
monográfico. Por serem acessórios, não são inseridos no corpo principal, mas após este.
Os anexos, tantos quantos existirem, ganham numeração em algarismos romanos. A
inserção, como anexos, de leis e de julgados somente é recomendável quando forem de
difícil acesso (por exemplo, leis revogadas, direito estrangeiro, julgados sem maior
repercussão). Não se justifica a inserção de anexos para a transcrição de leis federais
vigentes ou enunciados de súmulas de tribunais superiores, por exemplo.
2.12 Apêndices (opcionais) Os apêndices têm a mesma função e seguem a mesma formatação dos anexos; a
diferença é que os apêndices são documentos elaborados pelo autor da monografia.
3. CITAÇÕES
Citações são referências feitas a idéias, pensamentos e demais expressões,
proferidas em lugar diverso (monografia, tese, acórdão, palestra etc.) por outros estudiosos
ou pelo próprio autor, servindo para dar sustentação àquilo que se defende ou para
estabelecer a crítica a posições antagônicas.
As citações sempre devem vir acompanhadas das chamadas, indicando a fonte de
onde foram extraídas.
3.1 Literalidade das citações De acordo com o grau de literalidade, as citações podem ser assim classificadas em:
a) citação direta ou literal , quando se tratar de transcrição literal de um texto,
sem modificações no seu texto e pontuação, no máximo, contendo supressões de partes
desnecessárias.
b) citação indireta ou paráfrase, quando a citação não for literal , mas apenas
traduzir a idéia do autor citado.
c) citação de citação ou de segunda mão é aquela em que o autor não teve acesso
à fonte (trabalho) da qual foi extraída, tomando contato com ela por intermédio de trabalho
64
de terceiro. Por questões de confiabilidade, as citações de segunda mão devem ser evitadas
ao máximo, justificando seu emprego somente quando a fonte original for inacessível ou a
citação não for essencial.
d) citação traduzida é aquela cujo autor9 (ou terceira pessoa) traduz texto
originalmente escrito em língua estrangeira10. Para facilitar a conferência da tradução, o
texto original pode ser transcrito em nota de rodapé.
3.2 Localização das citações Quanto à localização no trabalho, as citações podem ser feitas no texto principal
ou em notas de rodapé.
Recomenda-se o emprego das citações no próprio corpo do texto quando a citação
for essencial ao estudo e compreensão do assunto tratado e a sua localização neste lugar
não desviar a atenção do leitor em relação ao tema principal.
3.3 Apresentação das citações As citações indiretas, dada a sua não-literalidade, não recebem destaque. Após a
descrição da idéia, apenas faz-se a indicação da chamada.
As citações diretas são destacadas entre aspas duplas. Caso já haja o emprego de
aspas no texto transcrito, estas devem ser substituídas por aspas simples. Conforme o
tamanho da transcrição, as citações devem receber a formatação apresentada a seguir.
3.3.1 Citação direta no corpo do texto principal A citação direta de até 3 linhas, no texto principal, deve ser feita no próprio corpo
do texto.
Sendo adotado o sistema de referências em nota de rodapé, fica assim:
Disse Afrânio Silva Jardim: "Divergindo da doutrina majoritária, entendemos que a Lei n.° 9.099/95 não mitigou o princípio da obrigatoriedade do exercício da ação penal pública condenatória".13
Se for adotado o sistema de referências autor-data, fica assim:
Disse Afrânio Silva Jardim (2001, p. 122): "Divergindo da doutrina majoritária, entendemos que a Lei n.° 9.099/95 não mitigou o princípio da obrigatoriedade do exercício da ação penal pública condenatória".
9 Neste caso, logo após a transcrição ou em nota de rodapé, emprega-se a seguinte expressão: tradução nossa. 10 Não é recomendável a citação de texto estrangeiro sem tradução.
65
3.3.2 Citação direta, no texto principal, em parágrafo especial Tendo a citação direta mais de 3 linhas, deve ser feita em parágrafo especial,
conforme especificações já referidas em citação direta em parágrafo especial.
Adotado o sistema de chamada para citação (notas de rodapé), fica assim:
Também o sociologismo de Erlich não escapa à crítica:
Mas é isto, justamente, que o positivismo sociológico de Ehrlich não consegue valorizar, porque lhe falta – tal como ao seu reverso, o positivismo formal da Teoria Pura do Direito de Kelsen – o acesso ao domínio do ser espiritual das idéias e da sua realização nas objetivações do espírito.25
Adotado o sistema de chamada (autor-data), fica assim:
Também o sociologismo de Erlich não escapa à crítica:
Mas é isto, justamente, que o positivismo sociológico de Ehrlich não consegue valorizar, porque lhe falta – tal como ao seu reverso, o positivismo formal da Teoria Pura do Direito de Kelsen – o acesso ao domínio do ser espiritual das idéias e da sua realização nas objetivações do espírito (LARENZ, 1991, p. 86).
3.3.3 Elementos não originais em citação Sempre que desejar alterar a apresentação da citação original, o autor deve
mencionar a modificação, esclarecendo-a por expressões entre colchetes.
Vejam-se as hipóteses abaixo:
[...] Para indicar supressão de texto. Exemplo:
O universal lógico do Direito é apresentado pelos neokantianos, de maneira estática [...], esvaziando daquela função constitutiva que as categorias desempenham em relação a experiência, e que [...] marca o valor do transcendentalismo kantiano.
[?] ou [!] Para demonstrar dúvida [?] ou perplexidade [!] com a idéia do texto
original. Exemplo:
Disse Afrânio Silva Jardim: "Divergindo da doutrina majoritária, entendemos que a Lei n.° 9.099/95 não mitigou o princípio da obrigatoriedade do exercício da ação penal pública condenatória." [!]
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[sic] Para destacar erros ou incoerências contidas no original. Exemplo:
Lê-se nos autos de inquérito policial: "quando o ladrão pulou a serca [sic], logo os policiais o prenderam."
[grifo nosso] Para indicar destaque de texto inexistente no original. Exemplo:
Prossegue Afrânio Silva Jardim: "Na verdade, o legislador não deu ao Ministério Público a possibilidade de requerer o arquivamento do termo circunstanciado e das peças de informação que o instruírem quando presentes todas as condições para o exercício da ação penal." [grifo nosso]
No sistema autor-data:
(JARDIM, ano, pág., grifo nosso)
[grifo do autor] Para indicar grifo original da citação.
No sistema autor-data:
(JARDIM, ano, pág., grifo do autor)
4. REFERÊNCIAS
Existe, normalmente, uma grande confusão entre sistemas de chamada e as
referências. Referências são um conjunto de elementos, indicados ao final do trabalho,
que permitem a identificação de um trabalho mencionado no corpo do texto principal, tais
como o nome do autor, o título da monografia, data de publicação etc. Já os sistemas de
chamada referem-se à forma como as citações são indicadas ao longo do texto, seja
através do sistema autor-data, seja através do sistema numérico (notas de rodapé ou final
de capítulo).
Como se verá, existem elementos das referências obrigatórios (a apresentação das
referências se encontra padronizada pela NBR 6023:2002).
Não se pode perder de vista que o objetivo principal das referências é permitir ao
público leitor a identificação do trabalho. Evitam-se posições extremadas: a inserção de
67
dados em demasia sobrecarrega o texto; a sua ausência não permite o alcance do seu
escopo.
Assim, as referências devem ser adequadas ao público-alvo, sendo, por exemplo,
absolutamente desnecessária, em monografia jurídica, a anteposição da palavra BRASIL,
para identificar o Supremo Tribunal Federal, nas citações jurisprudenciais, ou, ainda, a
menção às dimensões e números de páginas da referida obra.
As referências são necessárias para permitir a identificação e a conferência das
fontes das citações inseridas no corpo do texto ou em nota de rodapé e na lista a ser
apresentada no fim do trabalho.
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Espera-se que este manual seja de utilidade, fonte de consulta para aqueles
que desejam elaborar seu projeto, seu artigo e ou sua monografia.
73
ANEXO A: MODELO DE CAPA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
DO TOCANTINS (fonte 14) Campus Palmas
Curso Superior Tecnólogo em ... (fonte 12, negrito, centralizado, digitado após a margem superior)
Nome Completo do Aluno (fonte 14, só as primeiras letras maiúsculas, negrito, centralizado)
TÍTULO (EXPRESSA O TEMA ESCOLHIDO PARA A MONOGRAFIA E SUA DELIMITAÇÃO)
(fonte 16, maiúsculo, negrito, centralizado)
PALMAS - TO 2009
(fonte 14, negrito, maiúsculo e minúsculo, centralizado)
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ANEXO B - MODELO DE FOLHA DE ROSTO Nome Completo do Aluno
(fonte 14, só as primeiras letras maiúsculas, negrito, centralizado)
TÍTULO (EXPRESSA O TEMA ESCOLHIDO PARA A MONOGRAFIA
(fonte 14, maiúsculo, negrito, centralizado) (DELIMITAÇÃO) Monografia apresentada ao Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Tocantins como um dos pré-requisitos para a obtenção do grau de Tecnólogo em ... (Fonte 12,alinhado a 1 cm da margem direita, justificado, negrito, espaço imples)
ORIENTADOR: Prof. ... (tamanho 12, nome do professor negrito, maiúsculo)
PALMAS - TO
2009 (fonte 14, negrito, maiúsculo e minúsculo, centralizado)
75
ANEXO C - DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho à memória dos meus pais. Fonte tamanho 12, em negrito, itálico
(opcional), alinhado à direita. Digitado em espaço simples, acima da margem inferior,
sem aspas.
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ANEXO D – AGRADECIMENTOS
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Dr. Reynaldo Cavalheiro Marcondes pela oportunidade e apoio na elaboração deste manual. Ao Prof. Ms. Sergio Lex pelo incentivo. Ao Prof. Ms. Paulo Dutra Costantin pelo apoio e paciência. Ao Prof. Ms. Álvaro Alves de Moura Jr. pelo respaldo técnico. À Profª. Dra. Roseli da Silva pela oportunidade do convívio. Ao Prof. Ms. Ulisses Ruiz de Gamboa pelas contribuições. À Profª. Ms. Regina Buongermino Pereira e ao Prof. José Albetoni de Pinho pelo paciente trabalho de revisão da redação. À Maria Gabriela Brandi Teixeira e a todos da Biblioteca pelo carinhoso apoio. À Profª. Ms. Mônica Yukie Kuwahara pela colaboração. À Instituição pelo ambiente criativo e amigável que proporciona.
77
ANEXO E – EPÍGRAFE
A educação é, hoje, requisito tanto para o pleno exercício da cidadania como para o desenvolvimento de atividades cotidianas, para a inserção no mercado de trabalho e para o desenvolvimento econômico, e elemento essencial para tornar a sociedade mais justa, solidária e integrada. (Fernando Henrique Cardoso)
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ANEXO F – RESUMO
RESUMO
O objetivo da dissertação é analisar as relações entre Estado e acumulação de capital no Brasil no período compreendido entre 1930 e 1980. Em particular, o trabalho procura mostrar como a evolução econômica, apesar de ampliar a capacidade produtiva e proporcionar rápido crescimento, não conduziu o país ao desenvolvimento, entendido como elevação generalizada e universal do nível de bem-estar econômico e social. Sendo o Estado o principal articulador das estratégias de acumulação no período, reside, na própria natureza do Estado em uma sociedade capitalista, uma das razões para o subdesenvolvimento do país, na medida em que a riqueza mundial se encontra restringida pela própria dinâmica da economia mundial capitalista. Palavras-chave: Acumulação de capital. Economia brasileira. Subdesenvolvimento.
79
ANEXO G –ABSTRACT
ABSTRACT
The main concern of this dissertation is to analyse the relationship between State and capital accumulation in Brazil in the period 1930 to 1980. The work seeks to stress, in particular, how the economic evolution, in spite of having increased the productive capacity and permiting fast growth, did not proceed to develop the country, in the sense of to generalize and to distribute the rising levels of economic and social well-being. Since the State is the main articulator of accumulation strategies in the period, one of the reasons of the underdevelopment lies beneath the own nature of State in capitalist societies, mainly under the assumption that the world wealth finds itself constrained by the dynamic of the capitalist world system. Keywords: Accumulation of capital. Brazilian economy. Underdevelopment
80
ANEXO H - SUMÁRIO
SUMÁRIO
Introdução........................................................................................................................... .08 1 Economia do bem-estar, estado e sociedade..................................................................... 12 2 Um breve histórico das discussões sobre bem-estar ........................................................ 20 2.1 Teoria da Sociedade ...................................................................................................... 21 2.1.1 Os “libertarianos” ....................................................................................................... 23 2.1.2 Os Coletivistas............................................................................................................. 25 2.1.3 Teorias Liberais da Sociedade .................................................................................... 28 3. Funções de bem-estar social: aspectos teóricos e limitações .......................................... 30 4. Aversão à desigualdade e renda plena: uma abordagem alternativa................................ 40 4.1 Aversão à desigualdade ................................................................................................. 42 4.2 Renda Plena ................................................................................................................... 45 5. Mensuração de bem-estar e requerimento de dados ........................................................ 50 Conclusões............................................................................................................................ 58 Referências Bibliográficas.....................................................................................................65
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ANEXO H - MODELO DE FOLHA DE APROVAÇÃO Nome Completo do Aluno
(fonte 14, só as primeiras letras maiúsculas, negrito, centralizado)
TÍTULO (EXPRESSA O TEMA ESCOLHIDO PARA A MONOGRAFIA
(fonte 14, maiúsculo, negrito, centralizado)
Aprovada em ______/_____/_____
BANCA EXAMINADORA
______________________________________________________
Nome e titulação do(a) orientador Instituição
________________________________________________________ Nome e titulação do componente da Banca
Instituição
_________________________________________________________ Nome e titulação do componente da Banca
Instituição