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Manual M6: Recursos Didáticos e Multimédia
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RECURSOS DIDÁTICOS E MULTIMÉDIA
Formação Pedagógica Inicial de Formadores [blearning]
2012
Formação Pedagógica Inicial de Formadores [blearning] XZ Consultores, SA
M6.Recursos Didáticos e Multimédia | 2 de 35
ÍNDICE
I. Introdução ______________________________________________________________________________________ 5
II. Recursos Didáticos _______________________________________________________________________________ 6
II.1. Preparação Dos Recursos Didáticos ________________________________________________________________ 7
II.2. Utilização Dos Recursos Didáticos _________________________________________________________________ 7
III. Seleção Dos Recursos Didáticos ____________________________________________________________________ 8
IV. Classificação Dos Recursos Didáticos ________________________________________________________________ 9
V. Recursos Visuais ________________________________________________________________________________ 10
V.1. Recursos Visuais Não Projetáveis _________________________________________________________________ 10
V.1.1. O Quadro Branco ____________________________________________________________________________ 12
V.1.2. O Flipchart _________________________________________________________________________________ 12
V.2. Recursos Visuais Projetáveis _____________________________________________________________________ 13
V.2.1. O Episcópio _________________________________________________________________________________ 13
V.2.2. O Projetor De Slides __________________________________________________________________________ 14
V.2.3. O Retroprojetor _____________________________________________________________________________ 15
V.2.3.1 O Acetato _________________________________________________________________________________ 16
V.2.3.2. Ecrãs ____________________________________________________________________________________ 19
VI. Recursos auditivos ______________________________________________________________________________ 20
VII. Recursos Audiovisuais __________________________________________________________________________ 21
VII.1. O Diaporama ________________________________________________________________________________ 21
VII.2. O Filme _____________________________________________________________________________________ 22
VII.3. A Televisão E O Vídeo _________________________________________________________________________ 23
VII.4. A Câmara De Vídeo ___________________________________________________________________________ 25
VII.5. Os Multimédia _______________________________________________________________________________ 25
VII.5.1. Slides E Acetatos Em PowerPoint ______________________________________________________________ 28
VII.5.2. Inserir Objetos _____________________________________________________________________________ 30
VII.5.3. Formatação De Figuras Automáticas E De Caixas De Texto __________________________________________ 32
VII.5.4. Estrutura __________________________________________________________________________________ 32
VII.5.5. Apresentação E Efeitos De Animação ___________________________________________________________ 33
VIII. Síntese Conclusiva _____________________________________________________________________________ 34
IX. Bibliografia ____________________________________________________________________________________ 35
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COMPETÊNCIAS A ADQUIRIR
Pretende-se que cada formando, após este módulo esteja apto a:
Selecionar, conceber e adequar os meios pedagógico-didáticos, em suporte multimédia, em função da
estratégia pedagógica adotada;
Conceber, adequar e utilizar apresentações multimédia;
Compreender a dinâmica e importância do PowerPoint como modelo de apresentação;
Criar apresentações em PowerPoint tendo em conta as respetivas regras de elaboração.
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CONTEÚDOS Sub-módulo 6.1.Exploração de Recursos Didáticos
Sess
ão 1
o Funções dos recursos didáticos
o Tipos de recursos didáticos: convencionais, audiovisuais e multimédia
Sess
ão 2
o Critérios de seleção dos recursos didáticos em função das características dos destinatários, objetivos de aprendizagem, conteúdos programáticos e forma de organização da formação (presencial/a distância)
o Regras de elaboração de documentos projetáveis
Sub-módulo 6.2.Construção de Apresentações Multimédia
Sess
ão 1
o Principais softwares de apresentação multimédia
o O PowerPoint como ferramenta base para a criação de apresentações
o Comandos e funcionalidades do PowerPoint
Sess
ão 2
o A interatividade da ferramenta PowerPoint
o Manipulação de apresentações em PowerPoint
o Criação de apresentações em PowerPoint
Sess
ão 3
o Regras de elaboração de outras apresentações multimédia
o Tratamento de ficheiros a integrar na apresentação
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I. INTRODUÇÃO
Neste módulo serão apresentados os recursos mais comuns e que muitas vezes são mal explorados em Formação, bem
como as principais regras de utilização, e exploração pedagógicas a eles associadas. É também feita uma leve referência
a alguma tecnologia de ponta, menos usual (daí a sua referência superficial). Finalmente, avança-se com algumas
instruções para criar diapositivos (slides/acetatos) em PowerPoint. Contudo, este não é um curso de informática por
isso a abordagem que se faz do PowerPoint é sucinta e requer conhecimentos gerais de informática.
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II. RECURSOS DIDÁTICOS
Entende-se por recurso didático todo ou equipamento e material
que auxilia e facilita o processo de aprendizagem. Outro termo
também corrente na Formação Profissional é o auxiliar/suporte
pedagógico.
Alguns autores utilizam a designação de meios audiovisuais.
Contudo, esta terminologia pode induzir em erro, uma vez que
tomada à letra abrange apenas as formas de comunicação ou
transmissão de informação que façam apelo ao sentido da audição e
da visão ou a ambos, excluindo todos em que intervêm outros
sentidos.
Qualquer recurso utilizado na formação deve ter como características, o ser:
Adequado;
Simples;
Preciso;
Manejável;
Atrativo;
Necessário
Vantagens dos recursos didáticos Limites dos recursos didáticos
Suscitam maior interesse e atenção
Objetivam o conteúdo das palavras
Facilitam a compreensão e a troca de
ideias/discussão
Facilitam a retenção na memória
Ajudam a concretizar e a consolidar os
conhecimentos
Diminuem o tempo de formação
Superam limitações físicas ou de segurança.
Reduzem o papel do formador
Podem dificultar o diálogo
Podem despersonalizar a mensagem
Não deixam espaço à imaginação
A RETER
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II.1. PREPARAÇÃO DOS RECURSOS DIDÁTICOS
Na preparação e desenvolvimento dos recursos/auxiliares didáticos deve assegurar-se à partida que correspondem aos
objetivos que foram definidos para a sessão. Para além disso, deve assegurar-se que:
- Ajudem os formandos a aprender;
- Ajudem a explicação do formador;
- Sejam adequados e estejam relacionados com a sessão;
- Constituam um complemento e não uma substituição do papel do formador.
II.2. UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS DIDÁTICOS
Na utilização é essencial uma familiarização prévia com o equipamento ou o material.
É aconselhável uma experimentação dos recursos antes da sua utilização. Recorrer a diversos recursos (ex.: quadro,
acetatos, filmes, etc.) pode ser uma estratégia para manter o interesse dos formandos mas a sua utilização deve ser
num momento oportuno, com moderação e acessível a todos.
A posição do formador deve ser face ao grupo sem se esconder atrás dos equipamentos.
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10% do que lemos;
20% do que ouvimos;
30% do que vemos;
50% do que vemos e ouvimos simultaneamente;
80% do que dizemos;
90% do que dizemos enquanto fazemos algo em que refletimos e participamos.
A RETER
III. SELEÇÃO DOS RECURSOS DIDÁTICOS
Apesar das vantagens reconhecidas dos auxiliares pedagógicos, o seu uso deve obedecer a uma escolha criteriosa.
Assistiu-se, há alguns anos a esta parte, a uma postura de “moda” de alguns formadores, que tornaram as suas Sessões
de Formação, em autênticas “feiras de audiovisuais”.
Para cada situação certos meios são mais apropriados que outros, mas é preciso ter presente que não há «eleitos» e
que não existem recursos didáticos universais.
Estudos realizados para saber a percentagem de informação retida no processo de aprendizagem sugerem que retemos
aproximadamente:
Por isso na seleção dos recursos devem ser analisados e ponderados fatores como:
Os objetivos da Formação;
Os destinatários;
O conteúdo;
As condicionantes materiais;
As condicionantes de espaço;
O tempo disponível e o horário da sessão;
A relação custo-benefício.
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Sentidos
Gustativos
Visuais
Tácteis
Auditivos Audiovisuais Olfactivos
Não projetáveis
Projectabgfveveisprojec
taveisprojectavis
Projetáveis
Documentos
gráficos
Graficos
Recursos
Do meio
Ambiente
Quadros
Modelos e
maquetas
E
Episcópio
Projetos de
diapositivos
Retroprojetor
Rádio
Gira-discos
Gravador
Leitor de CD
Diaporama
Filme
TV/Vídeo
Câmara de
Vídeo
Multimédia
IV. CLASSIFICAÇÃO DOS RECURSOS DIDÁTICOS
Os recursos didáticos têm a grande virtude de apelarem aos vários sentidos. Este facto rentabiliza a capacidade dos
formandos e facilita a sua aprendizagem. Verificada a importância dos sentidos no processo de aprendizagem, será esse
o critério selecionado para classificar os diversos recursos didáticos ao dispor da formação (fig. 1).
Figura 1 – Classificação dos recursos segundo os sentidos
Os recursos gustativos estão relacionados, por ex., com o controlo de qualidade na indústria alimentar; os tácteis têm
um bom exemplo na aprendizagem da escrita de “Braille” e os olfactivos1, na Industria Química e de Perfumes, devido
à impossibilidade de descrever por palavras ou esquemas um odor. Os recursos visuais, auditivos e audiovisuais devido
à sua complexidade serão tratados com maior desenvolvimento neste módulo.
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V. RECURSOS VISUAIS
Os recursos visuais dividem-se em não projetáveis (de observação direta, sem recurso a aparelhos óticos ou
eletrónicos) e projetáveis (projeção da imagem num ecrã).
V.1. RECURSOS VISUAIS NÃO PROJETÁVEIS
Esta categoria engloba um extenso conjunto de recursos, sendo os mais importantes:
- Quadros – constituem-se como um dos auxiliares mais usados pelo Formador.
- Documentos gráficos – como organogramas, diagramas, esquemas, gráficos, fotografias, desenhos, cartazes, livros,
manuais, fotocópias, etc. Completam de forma simples e prática a informação apresentada; apelam a técnicas variadas
como a letragem, a utilização da cor, o desenho, o recorte, a colagem e a fotografia, têm a vantagem de implicarem um
baixo custo, serem de fácil: adaptação aos conteúdos, transporte, utilização e preparação.
- Modelos e Maquetas – porque em formação a melhor situação é mostrar o objeto real, mas sempre que o tamanho é
muito grande (ex., avião) ou muito pequeno (ex., célula), o objetivo é muito complexo (ex., motor de explosão) ou
perigoso (ex., armas), as maquetas e os modelos (com indicação da escala para não induzir em erro) são o recurso ideal.
Recursos do meio ambiente – como museus, bibliotecas, empresas, instalações fabris, feiras, exposições, a própria
natureza ou outros recursos que permitam ligar as aprendizagens às realidades concretas.
Deste vasto conjunto o mais usual em formação são os Quadros. Existem diferentes tipos de quadros:
Quadro preto (ardósia);
Quadro verde (sintético);
Quadro branco ou cerâmico;
Quadro de papel, quadro de Conferência ou Flipchart;
Quadro magnético;
Quadro de afixação (cortiça);
Os mais presentes são o quadro branco/magnético e o quadro de papel, também designado por flipchart. No quadro
branco normalmente regista-se a informação geral e no quadro de papel a informação-síntese.
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Apesar da sua extrema simplicidade, existe um conjunto de regras de utilização do quadro que, a não serem seguidas
pelo Formador, podem pôr em risco a própria eficácia da formação. O objetivo final do Formador, na utilização do
Quadro, deve ser sempre a de fazer uma apresentação limpa, organizada e agradável.
Por isso torna-se necessário, em primeiro lugar, proceder a um planeamento que deve ser em função do assunto a
tratar. Isto é, existem temas que por si só, podem dispensar a utilização de outros auxiliares pedagógicos e existem
outros, onde se torna necessário a associação a outro meio audiovisual (por exemplo o Retroprojetor). Aspetos a
considerar nesta fase, serão nomeadamente:
Que tipo de mensagem a inscrever: desenhos, gráficos, frases?
Durabilidade da mensagem?
Utilizar durante toda a sessão, ou apenas uma parte?
Quantidade de participação dos Formandos (aspetos que condiciona o espaço de ocupação do quadro e que é
difícil de prever).
Ao escrever no quadro o Formador deve ter em atenção que alguns fatores influenciam a atenção e o nível de
aprendizagem dos formandos. São eles:
O tamanho da letra que deve ser de forma, a que seja legível pelo participante mais distante e igual em cada
linha;
O estilo de letra que deve ser simples, sem grandes “floreados”;
O tipo de letra. As frases não devem ser escritas em maiúsculas, porque o tamanho idêntico de todas as letras
prejudica a legibilidade, situação que não acontece com as minúsculas;
A espessura deve ser proporcional à altura dos caracteres;
Dispor a informação em linhas horizontais e regulares;
O espaçamento de letras e palavras;
Repetir oralmente o que escreve, de modo a tornar mais fácil a compreensão e fixação dos conceitos, por
parte dos formandos;
Utilizar diferentes cores, como fator facilitador da atenção e aprendizagem. A utilização de diferentes cores,
permite ao Formador dar uma maior ênfase a determinados temas, criar relações entre ideias, enfim tornar
mais rica e agradável a sua apresentação;
Não estar de costas para o grupo, mas ligeiramente de lado, para que o contacto visual com os formandos se
possa manter e para que seja mais fácil a projeção da sua voz;
Não “escrevinhar” ao redor do quadro, frases ou palavras que pela sua importância não devem ficar
“escondidas” entre outras mensagens;
Apagar o quadro, a menos que se necessite voltar a abordar o assunto.
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Como é evidente, esta situação não se aplica ao Quadro de Papel. No entanto, e com as devidas adaptações, diremos
que é aconselhável mudar de folha, sempre que o tema ou assunto a abordar seja diferente do anterior.
V.1.1. O QUADRO BRANCO
No quadro branco deve escrever-se com marcadores não permanentes. Se por
lapso se utilizarem marcadores permanentes (para quadro de papel) deve-se
utilizar um pano branco limpo ou um algodão embebido em álcool e limpar em
movimentos não circulares. Nunca embeber o apagador em álcool pois o efeito é
ainda pior.
Para além da escrita direta o quadro branco tem ainda como funções:
Servir de quadro magnético;
Servir de ecrã de projeção, tendo cuidado com eixo de projeção (encadeamento);
Permitir o completamente de grelhas, legendas ou esquemas projetadas.
V.1.2. O FLIPCHART
Montado num cavalete magnético que pode ser regulado em altura e inclinação, a parte
superior do quadro tem uma barra de suporte e fixação do conjunto de folhas.
A principal função é o registo da informação síntese, para que a qualquer momento se
possam relembrar as ideias chave. Pode ter ainda como funções:
Servir de ecrã de projeção;
Servir de quadro magnético, recorrendo a fita-cola.
VANTAGENS DESVANTAGENS
Baixo custo de aquisição Posição tendencial do utilizador (de costas)
Facilidade de utilização Legibilidade limitada com traço fino
Utilização de cores Canetas específicas
Elevada durabilidade Informação não reutilizável (apagando a informação, esta
desaparece). Contudo, através de um processo eletrónico
podem reproduzir-se cópias em papel da informação
escrita no quadro.
Polivalência: escrita, ecrã, quadro magnético;
Versatilidade
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VANTAGENS DESVANTAGENS
Fácil utilização
Baixo custo de aquisição
Preparação prévia (a informação pode já estar
pronta ou com um rascunho a lápis)
Conservação e utilização posterior
Utilização de cores
Diversos materiais de escrita (lápis de cera, lápis
de cor, carvão)
Posição do utilizador (de lado)
Área de escrita muito limitada
Carácter permanente de informação (o que
implica que qualquer emendar provoque
rasuras)
V.2. RECURSOS VISUAIS PROJETÁVEIS
V.2.1. O EPISCÓPIO
O episcópio destina-se à projeção de documentos opacos, tais como:
fotografias, páginas, de livros, revistas ou jornais, desenhos e até pequenos
objetos.
O documento a projetar é colocado no porta-documentos sendo comprimido
contra uma placa de vidro e iluminado por uma lâmpada e projeta para um
ecrã. A imagem é reproduzida nas suas cores originais.
Contudo este tipo de material entrou em desuso há vários anos, seja por razões quem se prendem com a sua dimensão
e peso, seja pela fraca qualidade da imagem projetada, devido à pouca luminosidade.
VANTAGENS DESVANTAGENS
Facilidade de utilização
Variedade de documentos
Os documentos não precisam de preparação prévia
ou de ser transformado (seja em acetato ou em slide)
Reprodução direta de elementos
Dimensões e peso
Dano dos documentos devido a lâmpadas de elevada
potência
Obscurecimento da sala
Inacessibilidade do documento durante a projeção
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V.2.2. O PROJETOR DE SLIDES
O Projetor de Slides (ou de Diapositivos) é um equipamento de projeção fixa, que
permite a transmissão de uma imagem (Slide ou Diapositivo) ampliada para um
ecrã, permitindo também a sua focagem.
O Slide ou diapositivo é uma imagem transparente em filme, normalmente
colorida, montada num caixilho de plástico para facilitar a projeção e que está
sujeito a numerosos danos de utilização. Os mais comuns são: as impressões digitais, os riscos, a degradação
progressiva da imagem resultante do calor da projeção e o efeito das poeiras.
O cuidado na utilização deste recurso prende-se com o correto posicionamento dos slides (fig. 2):
1º Orientar o slide de forma a o ver/ler corretamente;
Figura 2 – Orientação e posicionamento de um slide para projeção
2º Rodar o caixilho 180 graus (de “pernas para o ar”)
3º Colocar o slide no carregador, nessa posição.
Seguidamente o Formador deverá estruturar e definir a sequência de slides a apresentar, assegurando-se da existência
de uma linha de raciocínio coerente e progressiva, relativamente aos conteúdos selecionados.
No início da apresentação não esquecer a explicação dos objetivos aos formados, bem como a indicação dos principais
aspetos a serem abordados. Durante a exposição há que ter em conta que o ritmo de apresentação deve atender aos
diferentes ritmos de aprendizagem dos formandos. Para estimular a atenção dos formandos podem colocar-se-lhes
questões ou solicitar comentários relativamente aos vários slides que forem sendo apresentados.
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VANTAGENS DESVANTAGENS
Qualidade de imagem
Facilidade de transporte
Robustez e fiabilidade
Redução do tempo de apresentação, ao tornar
mais fácil a apreensão dos conceitos através do
encadeamento de imagens e da seleção dos
conteúdos mais importantes
Compatibilidade no formato de slides
Baixo custo de realização
Facilidade de utilização
- Controlo remoto
- Focagem
- Avanço/retrocesso
Elevado custo de aquisição
Obscurecimento da sala
Impossibilidade de intervenção direta
Impossibilidade de animação
Dificuldade de utilização combinada com outros
meios
Preparação prévia
Posição do aparelho afastado do formador
V.2.3. O RETROPROJETOR
O retroprojetor é um aparelho que permite a projeção a curta distância, de documentos
transparentes, produzindo uma grande imagem.
O seu uso em ações de Formação tornou-se bastante popular, sendo hoje em dia um dos
equipamentos base presentes numa sala de formação. Atualmente podem encontrar-se
retroprojetores portáteis, extremamente leves e compactos que se transportam numa
pasta de reduzidas dimensões
Os procedimentos para garantir um visionamento em boas condições técnicas são os seguintes:
Ligar a ficha de alimentação elétrica à tomada;
Colocar o acetato no porta documentos;
Acionar o interruptor de funcionamento, o que fará acender a lâmpada. Caso isso não aconteça é possível que
a mesma esteja fundida. Deve então substitui-la por uma nova sem tocar diretamente na mesma (utilizar um
lenço, pano), abrindo o retroprojetor. Tenha cuidado para que o vidro do porta documentos não se descole e
parta por acidente. Também pode ser o fusível fundido, bastando um pouco de papel de prata para manter o
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contacto, enquanto utiliza o retroprojetor na sessão, ou ser uma avaria que só os serviços técnicos podem
resolver;
Regular o tamanho e a posição da imagem, aproximando ou afastando o retroprojetor do ecrã de projeção,
elevando ou baixando o espelho orientável;
Focar a imagem rodando o manípulo de focagem (geralmente próximo do espelho).
Cuidados a ter:
Não deixar o aparelho ligado em permanência;
Não ligar com o espelho fechado ou sem documentos no porta documentos, pois pode danificar a lente;
Não desligar da corrente antes da ventoinha/turbina de arrefecimento parar.
VANTAGENS DESVANTAGENS
Baixo custo
Utilização de cores
Economia de tempo (escrita prévia à sessão)
Durabilidade do documento
Reutilização dos documentos
Mobilidade/animação pela utilização de acrílico
Posição do utilizador frontal para o grupo
Escrita direta
Revelação progressiva da informação
Utilização combinada com outros meios, ex.:
quadro branco
Não há obscurecimento da sala
Larga implementação
Ruído durante o funcionamento
Exige preparação prévia
V.2.3.1 O ACETATO
Os suportes de informação destinados à projeção são conhecidos, na linguagem
corrente, como acetatos ou transparências.
A construção de um acetato pode seguir 2 vias:
- PRODUÇÃO DIRECTA, isto é, elaborado manualmente pelo Formador, com canetas apropriadas ou outros materiais.
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- PRODUÇÃO INDIRECTA, isto é, por obtenção através da Fotocopiadora ou da Impressora a partir do computador.
- PRODUÇÃO MISTA, (envolvendo ambas as produções anteriores)
Existem acetatos específicos para serem utilizados em fotocopiadoras (lisos) e em impressoras (rugosos se forem para
impressoras a jacto de tinta ou lisos para impressoras a laser). A não utilização de Acetatos adequados à produção
indireta, põe em risco a operacionalidade dos equipamentos, ou produz resultados desastrosos (a não aderência da
tinta, nas impressoras). É fundamental que o acetato contenha um conjunto de características: legibilidade, clareza e
simplicidade.
Para que isto aconteça, o formador deverá realizar sempre um trabalho de planeamento, no qual serão ponderados os
seguintes aspetos:
1. Que assuntos vou abordar?
2. Que desenhos, que ilustrações ou outros materiais vou utilizar?
3. Que tipos de letras e cores vou selecionar?
4. Que sequência vou dar aos Acetatos que criei?
Regras de elaboração de um acetato:
Um Título
Um assunto por acetato
São de eliminar por completo acetatos que contenham demasiada informação e demasiado texto
Três ideias chave no máximo
Se o conteúdo for muito complexo é preferível dividi-lo por vários acetatos
Na vertical: 14 linhas por acetato com 7 palavras por linha, no máximo
Na horizontal: 10 linhas por acetato com 9 palavras por linha, no máximo
Uso de quatro cores, no máximo
Letras legíveis
Palavras sempre completas
Conforme as cores, assim se terão efeitos de:
SUAVIDADE e HARMONIA, quando se utilizam cores análogas, isto é, as que têm em comum uma cor base, variando a
sua proporção. Exemplo: - amarelo, laranja, verde.
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EFEITOS DE CONTRASTE e de CHAMADA DE ATENÇÃO quando se utilizam cores complementares – cores opostas.
Exemplo: - laranja, azul.
EFEITOS DE SUAVIDADE e MONOTONIA, quando se utiliza uma variação de intensidade de uma mesma cor. Exemplo: -
vermelho, vermelho escuro, etc.
Apesar do retroprojetor ser um auxiliar pedagógico simples e de fácil manuseamento, existem muitos formadores que
mantêm um “relacionamento” difícil com este equipamento.
Vamos aqui falar de alguns princípios que visam facilitar esse “relacionamento”.
1º O formador deve estar sempre numa posição frontal em relação ao grupo, de modo a não perder o contacto visual
com os formandos.
2º O retroprojetor deve estar à direita do formador.
3º Embora o formador deva evitar a leitura exaustiva do acetato (deve ter em memória as diversas mensagens), se tiver
mesmo assim que o ler, não deve fazer nunca no ecrã, mas sim diretamente no acetato, por exemplo, apontando o
documento.
4º O formador deve evitar qualquer tipo de movimento na frente ou atrás da luz de projeção, já que com isso criaria
sombras no ecrã.
5º Quando o tema a expor tiver vários pontos-chave, o formador não deve apresentar o acetato na sua totalidade. Para
isso pode utilizar uma “máscara”, que permite ir projetando, progressivamente, os vários temas do acetato. À medida
que cada tema for sendo apresentado, vão sendo “descobertos” os temas seguintes.
6º O retroprojetor só deve ser ligado após ter sido colocado na superfície de projeção o acetato a apresentar.
7º Seja imaginativo, sirva-se de desenhos, esquemas, caricaturas, etc.
8º Evite a luz branca, desligue o retroprojetor e só depois retire e mude a transparência
9º Se usar algo para apontar, pouse-o quando já não precisar dele.
Antes do início de cada sessão e de acordo com o Plano de Sessão, o formador deverá ordenar os acetatos seguindo a
sequência prevista para a sua apresentação. Os acetatos devem ser utilizados apenas se servirem para apoiar, ilustrar e
sistematizar pedagogicamente os temas expostos. O uso excessivo de acetatos constitui um erro do ponto de vista
pedagógico. O acetato não se pode substituir ao formador: ele é apenas um auxiliar para a sua exposição. E é por essa
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razão que o formador ao apresentar um acetato não se deve limitar à sua leitura. Deve sim apoiar-se nos tópicos nele
emitidos para apresentar de uma forma mais desenvolvida cada um dos conceitos.
Finalmente, o uso abusivo do retroprojetor pode dar a entender que:
O formador não domina claramente o assunto
O formador não possui um fio condutor e coerente do raciocínio
O formador usa o acetato como “muleta” e contribui para que haja uma desmotivação generalizada do grupo,
por saturação de imagens.
V.2.3.2. ECRÃS
Os recursos visuais projetáveis necessitam de ecrãs também chamadas telas de
projeção que podem ser opacos ou translúcidos. Nos opacos a imagem
projetada no aparelho é refletida na sua superfície (ecrãs mais utilizados na
formação). Nos translúcidos a imagem não é refletida mas transmitida através
do próprio ecrã (chamada retro projeção – Projeção por trás).
Relativamente à posição do ecrã na sala de formação devem ter-se presentes as seguintes regras:
O ângulo entre o eixo de projeção e o ecrã deverá ser de aproximadamente, 90º para evitar
distorções geométricas na imagem.
O eixo de projeção da imagem deve coincidir com o centro do ecrã.
O retroprojetor e o ecrã não constituem as “peças” mais importantes da sala de formação, devendo
por isso ocupar um lugar discreto na sala, de modo a permitir uma fácil movimentação quer do
formador quer do grupo.
Igualmente, aquando da sua instalação na sala, deverá assegurar-se de que todos os elementos do
grupo ficarão em posição de observar a imagem no ecrã, sem obstáculos e sem esforços.
A superfície do ecrã deve estar sempre bem esticada.
No fim da projeção deve enrolar-se o ecrã a fim de proteger a superfície de danos e sujidade.
Quanto à distância, o formador deverá ter presente o seguinte princípio:
Quanto maior for a distância entre o aparelho e o ecrã, maior a imagem projetada;
Adquire-se assim maior visibilidade embora se possa perder a nitidez da imagem. Se for o caso – a perda de
nitidez – poder-se-á sempre proceder à focagem das imagens através do manípulo localizado no braço do
retroprojetor.
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VI. RECURSOS AUDITIVOS
Os recursos auditivos englobam todos os meios que utilizam
unicamente o som como veículo para transmissão da informação.
Há milhares de anos que o homem transmite os seus conhecimentos
através de um meio sonoro – a voz humana. Para além disso, os
recursos auditivos apresentam a vantagem de estar muito vulgarizados,
visto uma grande percentagem da população possuir rádio, gravador de
cassetes e sistemas de alta-fidelidade. Em formação, contudo, com a
exceção da voz, estes recursos estão normalmente associados à imagem, como no diaporama, no filme e no vídeo.
Os documentos auditivos utilizáveis como recursos didáticos vão desde a música, entrevistas, discursos de figuras
públicas, «livros falados», até às gravações resultantes de situações formação (ex., role-play).
Os vários documentos auditivos podem ser trabalhados pelos seguintes meios:
Rádio;
Gira-discos;
Gravador;
Leitor de CD.
O gravador pode revelar-se de excelente utilidade em situações de formação na área do atendimento telefónico ou de
aprendizagem de línguas estrangeiras. Com efeito a gravação das vozes dos formandos e a sua posterior audição,
permite uma análise crítica – individual ou coletiva – a diversos níveis, nomeadamente, dicção, entoação, correção de
palavras.
Também o leitor de CD apresenta grandes vantagens como: a qualidade do registo sonoro, o acesso instantâneo às
faixas, facilidade e comodidade de operação devido à sua pequena dimensão, durabilidade, possibilidade de fazer
cópias sem perda de qualidade e compatibilidade informática.
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VII. RECURSOS AUDIOVISUAIS
Os recursos audiovisuais, tal como o nome indica, são aqueles que associam a imagem (animada ou não) ao som. Os
principais recursos audiovisuais são:
O Diaporama;
O Filme;
A Televisão/Vídeo;
Os Multimédia
Na utilização dos diaporamas, filmes e vídeos deve haver:
- Uma seleção criteriosa do suporte;
- Um visionamento prévio, para se familiarizar com o assunto e assegurar que os comentários a fazer se aplicam à
imagem;
- Uma apresentação aos formandos do suporte, explicando-lhes o que vão ver;
- Depois do visionamento, início do debate (discussão), identificando os pontos principais, devendo o formador
começar por colocar as questões que preparou anteriormente.
VII.1. O DIAPORAMA
Um Diaporama consiste na projeção ordenada de
imagens fixas – slides – sincronizada com uma banda
sonora gravada em fita magnética. O diaporama é
vulgarmente designado por slideshow, sendo constituída
de uma série de imagens fixas e textos escritos,
acompanhados de elementos sonoros em sincronia.
Ao contrário de que acontece com a sequência de slides
organizada pelo formador, e que em qualquer momento
pode ser alterada, no diaporama, não é possível modificar essa ordem que foi previamente estabelecida.
Apesar do seu relativo desuso, este recurso audiovisual não deixa de possuir qualidades importantes que não devem
ser esquecidas:
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VANTAGENS DESVANTAGENS
Qualidade da imagem e do som, o que é difícil de
superar com os outros recursos audiovisuais
Liberdade narrativa, contrário do cinema e da
televisão/vídeo que têm linguagens próprias mais
definidas
Estrutura que exige maior atenção, obrigando os
formandos a uma atitude menos passiva que o filme
ou o vídeo
Reutilização dos documentos
Obscurecimento da sala
Exige conhecimentos específicos
Exige preparação prévia
Custo elevado do equipamento
Imagem fixa
Análise parcelar
VII.2. O FILME
Desde a sua invenção, no final do século passado, o cinema
foi reconhecido como um valioso recurso pedagógico,
especialmente se apresenta uma estrutura didática:
exposição, discussão e resolução de um problema, seguidas
de uma recapitulação ou resumo.
A sua importância na formação foi decrescendo com o
progressivo desenvolvimento e utilização do vídeo. Atualmente, o seu uso em formação no suporte original (película
cinematográfica) está praticamente abandonado.
VANTAGENS DESVANTAGENS
Qualidade da imagem e do som
Reprodução do movimento
Durabilidade, quando corretamente acondicionados
podem durar dezenas de anos
Reparação fácil do suporte, por colagem
Obscurecimento da sala
Elevado custo de produção
Exige conhecimentos específicos
Exige preparação prévia
Custo elevado do equipamento
• Não permite/atualizações de conteúdo
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VII.3. A TELEVISÃO E O VÍDEO
+
A utilização da televisão e do vídeo em ações de formação, tem-se tornado de há uns anos a esta parte prática bastante
frequente, seja através da apresentação de videogramas, seja através do visionamento de situações de aprendizagem,
como por exemplo nas autoscopias, estudos de caso e visionamento de “roles-play”. Na verdade este recurso audiovisual permite não só uma exploração pedagógica dos conteúdos dos videogramas
(através nomeadamente das funções “Pausa” e “Slow Motion”), como também permite a reprodução instantânea do
trabalho previamente realizado (Por exemplo em situações de filmagens).
No entanto a utilização deste tipo de equipamento requer alguns conhecimentos técnicos por parte do Formador, tal
como a sua exploração, obedece a regras pedagógicas específicas.
Ao nível dos cuidados técnicos a ter antes do início de cada sessão, destaca-se:
Verificação do funcionamento do equipamento;
Sintonização da Televisão no canal de vídeo;
Controlo da distância entre a televisão e os formandos;
Controlo do volume de som;
Cuidar para não haver reflexos de luz ou outras interferências no ecrã do aparelho.
Quanto à exploração pedagógica de um videograma de formação deverão ser tidos em conta os seguintes fatores:
(a) a sua Duração
Habitualmente o tempo médio de duração de um videograma oscila entre 15 e 30 minutos. Nos casos de videograma
de maior duração é aconselhável a divisão da sua apresentação em “partes” de conteúdo independente, de forma a
permitir-se uma integração e assimilação progressiva dos conhecimentos, por parte dos formandos. Ao optar-se por
essa segmentação, torna possível ao Formador promover exercícios ou reflexões sobre os conteúdos abordados, e
eventualmente propor a revisão de algumas das imagens mais importantes do videograma.
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Em videograma de curta duração, torna-se aconselhável o visionamento por inteiro, aparecendo o momento da
reflexão e realização de exercícios apenas o seu final. Nestes casos é também possível ao formador explorar
pedagogicamente o videograma através do seu novo visionamento, procurando então chamar a atenção (por exemplo
através da função “Pausa”), para os aspetos mais importantes do seu conteúdo.
(b) o seu Conteúdo/Estrutura;
O conteúdo de um videograma pode diferenciar-se, para além do tema específico que versa, pela forma de abordagem
que o mesmo promove. Assim um videograma pode ser estruturado segundo uma forma predominantemente
reflexiva, isto é, colocando ao longo do filme questões diversas, questões essas que podem, por exemplo, ser
aproveitadas pelo Formador para fazer paragens e para propor um debate ou uma reflexão aos formandos.
Se por outro lado a estrutura do videograma for predominantemente descritiva e sequencial em termos de
apresentação de conceitos, torna-se difícil a sua separação em diferentes módulos, devendo então optar-se pelo seu
visionamento integral.
(c) o seu Enquadramento/Função na ação.
Ao elaborar o seu plano de sessão o formador vai prever a utilização dos diferentes meios audiovisuais e outros
instrumentos pedagógicos que lhe permitam atingir os objetivos que previamente definiu.
A par dessa escolha, o Formador deve ponderar igualmente os momentos apropriados à intervenção desses mesmos
meios.
Assim, a apresentação de um videograma pode ser feita no início, decurso ou fim da sessão.
MOMENTO OBJECTIVO
• INÍCIO da sessão Terá como objetivo principal a sensibilização dos
formandos para o tema a tratar
• DECURSO da Sessão
Já a sua utilização no decurso da ação, poderá servir para
outros objetivos, nomeadamente:
De apresentação dos principais conceitos;
Suporte de análise de casos, tendo em vista a
discussão e reflexão dos formandos.
• FIM da sessão
Se se pretender sintetizar e apresentar as conclusões
relativas aos temas e conceitos abordados, a
apresentação de videograma, deverá surgir no final da
ação.
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VII.4. A CÂMARA DE VÍDEO
A utilização da Câmara de vídeo em sessão de formação, surge nomeadamente
associada à filmagem de situações de role-playing e/ou autoscopia.
Durante a filmagem o formador deve:
Procurara fixar as expressões e gestos dos formandos, que pela sua
correção ou incorreção possam ser aproveitadas pedagogicamente, na altura do
seu visionamento;
Evitar qualquer fonte de encadeamento (nunca se deve posicionar em frente a uma fonte de luz, mas procurar
um ângulo de 30º a 45º graus);
Colocar-se num espaço que tenha boa visibilidade e que ao mesmo tempo não interfira na visibilidade do
grupo de formandos;
Recorrer sempre que possível a um tripé, para fixar a câmara (melhora a qualidade das filmagens e alivia o
esforço do formador).
Manter uma presença discreta para que a utilização deste equipamento não seja alvo de atenção/preocupação
excessiva.
As vantagens deste recurso audiovisual são já reconhecidas a nível global, sobretudo ao nível de ações de formação na
área Comportamental, nomeadamente, Autoscopias, Psicologia de Vendas, Liderança, Atendimento ao Público,
Técnicas de Negociação, etc.
VII.5. OS MULTIMÉDIA
O recurso multimédia, hoje em dia, é indispensável para
um trabalho rápido, atual e de qualidade. Apresentam
vantagens para a formação que conjugam muitos
recursos, tais como: a motivação que geram, a
flexibilidade e o respeito pelo ritmo individual de
aprendizagem. São ao mesmo tempo fonte e meio para
uma ampla criatividade e inovação.
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Ao nível dos materiais existem:
CD-ROM (compact diskread only memory)- com grande capacidade arquivo de informação visual e auditiva;
CD-ROM XA (CD ROM extended arquitecture) – com grande capacidade de arquivo de som, texto, imagens,
gráficos e sua apresentação em simultâneo;
CD-I (CD interactive) – sistema multimédia interativo com áudio digital, imagens e gráficos animados;
DV-I (digital vídeo interactive) – tecnologia multimédia com extraordinária capacidade de arquivo de
informação;
SATÉLITE – a telecomunicação por satélite abrange vastas áreas e tem grandes possibilidades de exploração na
formação.
Ao nível dos equipamentos existem:
Computador
Datashow
Projetor De Vídeo
Vídeo Interativo
Videotexto Interativo
Simulação
Redes De Informática
O computador constitui uma poderosa tecnologia que permite fazer visuais a cores com a grande facilidade através da
utilização de programas de gráficos e com uma impressora a cores. Com este equipamento poderá criar e manipular
imagens no ecrã e produzir um visual de grande qualidade profissional: panfletos, fotografias, apresentações ou slides
(diapositivos).
Na utilização do computador em formação deve:
Planear a aplicação do computador em conformidade com os objetivos da sessão;
Assegurar-se da compatibilidade dos vários equipamentos (computador, impressora, etc.);
Familiarizar-se com o equipamento (se não for o seu) antes da apresentação em sala;
Simular no local antes da chegada dos formandos;
Colocar o equipamento de forma a não criar barreiras aos participantes e garantir a visão em toda a sala
de formação;
Manter um design simples e elegante;
Ter sempre um plano B para o caso de avarias ou vírus: fazer cópias de segurança dos trabalhos e levar
outro suporte com a mesma informação.
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VANTAGENS DESVANTAGENS
Excelente qualidade de imagem e do som
Produção rápida e relativamente fácil
Novas capacidades de animação, simulação,
efeitos de cor e transformação de folhas de
cálculo e números em gráficos.
Produção de visuais mais interessantes.
Custo elevado do equipamento
Dificuldades de transporte e montagem
Exige conhecimentos específicos
Exige preparação prévia
Vulnerabilidade a avarias e a vírus
Na sua aplicação mais avançada, o computador pode transformar-se numa ferramenta de animação e simulação,
produzindo cor, efeitos especiais, como por exemplo, a simulação de voo de uma avião 747 num exercício de
aprendizagem em computador.
Para apresentações animadas e dinâmicas existem projetores computadores (para venda ou aluguer) que projetam o
conteúdo do monitor do computador para um ecrã, permitindo numa visão ampliada (ex., data show e projetor de
vídeo). Em caso de utilização de colunas ter cuidados em regular o volume do som no início das apresentações.
O DATASHOW permite a saída de dados de um computador. Assim, com este aparelho ligado ao seu computador
poderá exibir a informação presente no monitor desse computador, projetando-a num ecrã de projeção (ou mesmo na
parede), recorrendo, como é óbvio, ao retroprojetor.
Quando o formador pretender exemplificar o funcionamento de determinado programa (por exemplo o Photoshop) ou
quando pretende mostrar uma apresentação de PowerPoint, este é sem dúvida um aparelho indispensável.
Para o correto funcionamento do Datashow será necessário:
Certificar-se de que está ligado antes de ligar o retroprojetor;
Ligar o Datashow;
Verificar o seu funcionamento e posicionamento sobre o retroprojetor para que os seus botões de comando
fiquem acessíveis (existem modelos com um telecomando o que facilita a atenção e o contacto visual
formador/formandos);
Posicionar o datashow sobre o retroprojetor centralmente na sala e o computador com o rato lateralmente
assegurando um acesso fácil;
Colocar-se lateralmente em relação ao datashow (tal como no caso do retroprojetor) e “ler” diretamente do
painel de projeção do datashow;
Usá-lo por períodos de tempo não muito longos, pois apesar de ser um recurso muito apelativo pode conduzir
a uma excessiva passividade dos formandos;
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O PROJECTOR DE VÍDEO permite a projeção direta do computador ou do vídeo gravador para uma ecrã de projeção,
sem necessitar do retroprojetor ou da televisão, respetivamente.
Para a sua correta utilização será necessário:
Fazer as ligações necessárias entre o projetor de vídeo e o computador e/ou o vídeo gravador;
Controlar o botão de Stand by (consumo mínimo) e de permuta da ligação com o PC e o vídeo;
Posicionar o projetor de vídeo centralmente na sala e o computador com o rato ou o vídeo gravador
lateralmente assegurando um acesso fácil;
Colocar-se junto do monitor do PC para efetuar a “leitura” da informação, mas sem perder ou diminuir muito
o contacto visual com os formandos;
Usá-los por períodos de tempo não muito longos, pois apesar de ser um recurso muito apelativo pode
conduzir a uma excessiva passividade dos formandos.
VÍDEO INTERACTIVO – apresenta exemplos e demonstrações, motivando através do som e das imagens;
VIDEOTEXTO INTERACTIVO – forma eficaz e económica de difundir a (in)formação, através de terminais que utilizam o
telefone;
SIMULAÇÃO – proporcionar a aprendizagem em segurança e é menos onerosa do que certas tarefas complexas;
REDES DE INFORMÁTICA – proporcionar a difusão de material pedagógico concebido centralmente através dos vários
terminais dos formandos.
VII.5.1. SLIDES E ACETATOS EM POWERPOINT
De forma a introduzir uma aplicação multimédia tão útil em formação (PowerPoint),
serão explorados alguns procedimentos, que no entanto, não dispensam um curso de
informática na área. Para a criação de apresentações dinâmicas e apelativas existem
diversos softwares, de que são exemplo o muito conhecido PowerPoint, o Prezi1 (ver
apresentação “Resumo M6. Recursos Didáticos e Multimédia”) e o Issuu2 (que foi
utilizado para a publicação deste manual).
Para iniciar PowerPoint, carregue no botão iniciar e aponte para Programas e faça
clique em Microsoft PowerPoint (fig. 3)
1 www.prezi.com 2 www.issuu.com
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Figura 3 – Iniciar o PowerPoint
Surge-lhe, então a apresentação em branco (fig. 4):
Figura 4 – Apresentação em branco
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Pode alterar o esquema de apresentação clicando em “Esquema” (fig. 5).
Figura 5 – Caixa de diálogo de esquemas Automáticos
VII.5.2. INSERIR OBJETOS
Por exemplo, escolhendo a opção “Título e Objeto”, pode inserir tabelas, gráficos, gráficos smartart, imagens, clips
multimédia e clipart (fig. 6).
Figura 6 – Esquema do dispositivo “Título e Objeto”
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Basta clicar em uma das opções de objeto a inserir que automaticamente abre uma caixa que permite a inserção do
objeto (fig. 7).
Figura 7 – Exemplo inserção gráficos
Outra alternativa para a inserção de objetos no PowerPoint é clicar no menu “Inserir”, na barra de ferramentas (fig. 8),
onde pode escolher entre os seguintes objetos a inserir:
Tabela
Imagem
Clipart
Álbum de fotografias
Formas
Smartart
Gráfico
Caixa de texto
Cabeçalho e rodapé
Wordart
Data e hora
Número de dispositivo
Objeto
Filme
Som
Figura 8 – Inserir objetos no PowerPoint
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VII.5.3. FORMATAÇÃO DE FIGURAS AUTOMÁTICAS E DE CAIXAS DE TEXTO
Para formatar as linhas e o fundo de figuras ou caixas de texto, seleciona-se primeiro o que se quer formatar no
diapositivo acede-se ao menu Formatar (fig. 9).
Figura 9 – Ferramentas menu “Formatar”
VII.5.4. ESTRUTURA
O PowerPoint permite ainda escolher a estrutura dos diapositivos, utilizando temas predefinidos ou personalizando
com cores ou imagens (fig. 10).
Figura 10 – Estrutura de diapositivos
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VII.5.5. APRESENTAÇÃO E EFEITOS DE ANIMAÇÃO
O PowerPoint permite visualizar diapositivo a diapositivo, como se fosse um projetor de slides. Para além disso,
também se podem atribuir efeitos especiais ao texto, aos objetos, contidos no corpo dos diapositivos da apresentação.
Por exemplo, pode surgir um gráfico ao som de aplausos.
Para definir os efeitos especiais selecione no diapositivo a figura automática, o objeto ou texto que pretende animar,
aceda ao menu Animações, no qual pode escolher a animação para a transição de diapositivos ou apenas para um
objeto específico - animação personalizada (fig.11).
Figura 11 - Animações
No menu “Animações” pode escolher a animação pretendida e ainda conjugar com um som. Para além disso, tem ainda
outras animações como: temporização, velocidade de transição e modo para avançar dipositivos (fig. 12).
Figura 12 – Animação personalizada
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VIII. SÍNTESE CONCLUSIVA
Os recursos didáticos constituem um importante auxiliar pedagógico para o Formador.
A sua utilização em ações de Formação concorre para uma aprendizagem mais facilitadora, organizada e sistematizada
por parte dos formandos, ganhando-se assim, no seu todo, uma maior eficácia na Formação.
Como formador deve estar ciente da importância de uma abordagem profissional no planeamento, preparação e
utilização dos recursos para melhorar as suas sessões. Isso passa essencialmente pelo conhecimento das vantagens e
desvantagens dos vários auxiliares pedagógicos e pela capacidade de fazer deles um uso inteligente e imaginativo.
Os recursos didáticos devem surgir naturalmente como um dos auxiliares que terá à sua disposição para o
desenvolvimento da sessão de formação, mas no sentido restrito de “auxiliar” e não “muleta” ou “tábua de salvação”.
Com isto quer dizer-se que os recursos didáticos servem para ajudar o formador e não para substituir a sua figura ou a
falta/qualidade de conteúdo, através de um ofuscamento/deslumbramento dos formandos.
Finalmente, tenha em conta que, como em tudo na vida, deve utilizar os recursos didáticos com moderação para evitar
efeitos negativos.
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IX. BIBLIOGRAFIA
Andreson, J.B. (1989). Falar para grupos. Mem Martins: Edições CETOP.
Lebel, P. “Audio-Visual et Pedagogie – films, diapositive et magnetoscope”. Enterprise – Moderne D’edition.
Machado, A.R. “Guia Prático para o uso do retroprojector”. Colecção Aprender – I.E.F.P..
Miranda, A. (1998) Guia Prático Microsoft PowerPoint 97. Linda-a-Velha; Abril/Controljornal Editora
Parra, N. & Parra, I.C. “Técnicas Audiovisuais de Educação”. Biblioteca Pioneira de Ciências Sociais.
Pereira, A.J. “O Retroprojector e a produção de transparências”. Colecção Formar Pedagogicamente, I.E.F.P..
Ribeiro, C.P.; Dias J.P. & Relvas, L. “Os meios Audiovisuais na Formação”. Colecção Aprender - I.E.F.P..
Sousa, M.J. (1998). Domine a 110% PowerPoint 97. Lisboa: FCA – Editora de Informática.