Manual Recurso Financeiro_2004-Jul

Embed Size (px)

Citation preview

  • MINISTRIO DA SADE

    DEPARTAMENTO NACIONAL DE AUDITORIA DENASUS

    MANUAL DE AUDITORIA NA GESTO DOS RECURSOS FINANCEIROS DO SUS

    Braslia-DF - 2004

  • MANUAL DE AUDITORIA NA GESTO DOS

    RECURSOS FINANCEIROS DO SUS

    2004

  • Humberto Srgio Costa Lima Ministro da Sade Paulo Srgio Oliveira Nunes Diretor do Departamento Nacional de Auditoria do SUS - DENASUS Renato dos Santos Andrade Diretor Adjunto do DENASUS Raimunda Nina Carvalho Cordeiro Coordenadora Geral de Auditoria do DENASUS Amlia de Andrade Gerente de Projetos do DENASUS GRUPO TCNICO DE ELABORAO Raimunda Nina Carvalho Cordeiro SEAUD/CE Antnio Carlos Fernandes de Almeida DIAUD/RJ Sebastio Ferreira Boaventura DENASUS/BSB Paulo Roberto Pillon SEAUD/RS REVISO E ATUALIZAO Francisco Ribeiro Telles SEAUD/RS Jos Antnio Bonfim Mangueira DENASUS/CARCEN Joo Batista Silva de vila DENASUS/COARN Raimunda Nina Carvalho Cordeiro SEAUD/CE Thereza Sonia Brito de vila SEAUD/BA Antnio Nelson P. Meirelles de Almeida SEAUD/RS Sonia Coelho Pereira da Costa SEAUD/AL Valria Coimbra de Barros Martins SEAUD/CE Maria Luiza Pena Marques SEAUD/MG Ana Ceclia Bastos Stenzel SEAUD/RS Mrio Lobato da Costa SEAUD/PR Nivaldo Valdemiro Simo SEAUD/SC Marlia Cristina Prado Louvison SES/SP Cludio Jos Barbosa de Amorim SES/BA SECRETRIA Valria Fonseca de Paiva DENASUS/DF

    2

  • SUMRIO

    Apresentao 5Consideraes Gerais 5Introduo 5I - Instrumentos de Planejamento 8

    1.1 - Planejamento Pblico 81.2 - Instrumentos 8

    1.2.1 - Plano Plurianual 81.2.2 - Lei de Diretrizes Oramentrias -LDO 101.2.3 - Lei Oramentria Anual -LOA 111.2.4 - Agenda de Sade 121.2.5 - Plano de Sade 12

    1.3 -Tcnicas Oramentrias 13 1.3.1- Princpios Oramentrios 13 1.3.2- Mecanismos Retificadores do Oramento 14 1.3.3- Classificao Institucional por rgo 14 1.3.4- Receita 16 1.3.5- Despesa Pblica 18 1.3.6- Condies para Inicio da Execuo da Despesa Oramentria 20

    1.4 - Execuo da Despesa 21 1.4.1- Restos a Pagar 21 1.4.2- Despesas de Exerccio Anterior 22 1.4.3- Suprimentos de Fundos 22 1.4.4- Dirias 23

    1.5 - Sistema Integrado de Administrao Financeira Federal-SIAFI 241.6 - Sistema de Informaes sobre Oramento Pblico - SIOPS 24

    II Gesto dos Recursos Financeiros 262.1- Consideraes Gerais sobre o processos de organizao do SUS 262.2- Fluxo dos Recursos Financeiros 282.3- Composio dos recursos financeiros do SUS 31

    3

  • 2.4- Financiamento de acordo com a NOAS/01-2001 332.5- Formas de Repasse dos Recursos 35

    2.5.1- Por meio de Convnios 362.5.2- Pagamento aos Prestadores de Servio 372.5.3- Transferncias fundo a fundo 382.5.4- Contrato de repasse 392.5.5- Projeto de Expanso e Consolidao de Sade da Famlia -

    PROESF 392.6- Aplicao dos Recursos 40

    2.6.1- Fundo de Sade e sua Organizao 402.6.2- Fundo Nacional de Sade 412.6.3- Fundo Estadual de Sade 412.6.4- Fundo Municipal de Sade 422.6.5- Contrapartida Vinculao de Recursos 432.6.6- Emenda Constitucional n 29 de 13/09/2000 442.6.7- Demonstrativos Contbeis necessrios para complementao da

    anlise dos recursos da rea da sade 47

    2.6.8- Como utilizar os recursos do SUS 51III - Licitaes 58IV - Prestao de Contas das Transferncias Fundo a Fundo e Convnios 64V -Terceirizao, Contratao de Servios de Sade eConsrcio Intermunicipal

    de Sade 68 5.1- Terceirizao 68 5.2- Contratao de Servios de Sade 69 5.3- Consrcio Intermunicipal de Sade 73VI - Lei de Responsabilidade Fiscal 77VII- Consideraes Finais 91VIII- Glossrio 92Bibliografia 111

    4

  • APRESENTAO O presente documento foi elaborado de acordo com as normas e parmetros regulamentadores do Sistema nico de Sade, com o objetivo de fornecer orientaes sobre a aplicao de recursos financeiros repassados pelo Fundo Nacional de Sade aos Fundos Estaduais e Municipais do SUS. Deve ser observado pelos tcnicos envolvidos com as aes e processos pertinentes ao campo de atuao do Sistema Nacional de Auditoria SNA , nos trs nveis de Gesto, Federal, Estadual e Municipal, na busca da eficincia e eficcia nos trabalhos desenvolvidos. CONSIDERAES GERAIS O Sistema Nacional de Auditoria SNA , previsto na Lei n. 8.080 de 19 de setembro de 1990, criado pela Lei n. 8.689 de 27 de julho de 1993 e regulamentado pelo Decreto n. 1651 de 28 de setembro de 1995 , formado pelos trs nveis de gesto que compe o Sistema nico de Sade - SUS federal, Estadual e Municipal. Se reveste das atividades de auditoria, suplementando as aes de sade, sua execuo, gerncia tcnica e avaliao quantitativa e qualitativa dos resultados obtidos. O Departamento Nacional de Auditoria do SUS , rgo central do SNA , foi estruturado pelo Decreto n. 4.726 de 09/06/2003. Com relao aos macroprocessos da gesto do SUS , temos como instrumento regulador as Normas Operacionais Bsicas 01/93, 01/96 e NOAS 01/02 , Portarias n. 545 , 2.203 e 373 , publicadas no Dirio Oficial de 20/05/93, 06/11/96 e 27/02/02 , respectivamente , e o Decreto n. 1232 , de 30/08/94 , os quais explicitam e focalizam as prticas , os princpios e as diretrizes que norteiam o SUS , consubstanciados na Constituio Federal / 88 e nas Leis Federais n. 8.080/90 e 8.142/90. INTRODUO

    A busca constante pelo aperfeioamento atravs da melhoria dos

    conhecimentos tcnicos nos temas que se constituem matria dos processos de verificao e acompanhamento na gesto dos recursos pblicos, motivou o Departamento Nacional de Auditoria a elaborar este Manual, expondo de maneira objetiva explanaes, conceitos e definies no que se segue.

    5

  • No planejamento pblico a abordagem centra-se na anlise da compatibilizao do Plano Plurianual com a Lei de Diretrizes Oramentrias, Lei Oramentria Anual e execuo da despesa, evidenciando-se as metas, cumprimento e financiamento, de modo que se possa avaliar a aplicao de recursos nos parmetros de excelncia de como gastar bem, com transparncia e controle, para que se tenha economicidade, eficincia e eficcia, com vistas qualidade de atendimento ao usurio do SUS.

    Na parte destinada gesto dos recursos financeiros do SUS, so focos da abordagem as fontes de captao de recursos e suas formas de repasses, expondo de maneira mais elucidativa a aplicao dos recursos e sua utilizao. Este Manual tambm contempla uma explanao sucinta sobre as prticas, princpios e as diretrizes que norteiam o SUS.

    A aplicao da Lei de Responsabilidade Fiscal discorrida com foco no binmio responsabilidade/transparncia, abrangendo seu objetivo, pilares, limites, prazos e penalidades, com vistas a uma abordagem na utilizao dos recursos destinados sade, explicitando seus mecanismos de controle com enfoque voltado para a boa e regular forma de utilizao desses recursos nas trs esferas de governo.

    6

  • I

    INTRUMENTOS

    DE

    PLANEJAMENTO

    7

  • I - INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO 1.1- PLANEJAMENTO PBLICO

    O oramento pblico um instrumento essencial de atuao do Poder Legislativo no direcionamento e fiscalizao dos recursos pblicos e no processo de formulao de polticas pblicas e acompanhamento de sua implementao.

    A Lei do Plano Plurianual -PPA e a Lei das Diretrizes Oramentrias -LDO so instrumentos definidores dos parmetros e diretrizes para a elaborao e execuo da Lei Oramentria Anual (LOA). 1.2 -INSTRUMENTOS 1.2.1- PLANO PLURIANUAL

    A lei que institui o plano plurianual estabelece diretrizes, objetivos e metas da Administrao Pblica Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes, assim como as relativas aos programas de durao continuada, de acordo com o que prev o 1 do art. 165 da Constituio Federal.

    O Poder Executivo ordenar suas aes com a finalidade de atingir objetivos e metas por meio do PPA, um plano de mdio prazo elaborado no primeiro ano de mandato, para execuo nos quatro anos seguintes, contendo um anexo com metas plurianuais da poltica fiscal, considerando despesas, receitas, resultado primrio e estoque da dvida.

    O PPA institudo por lei, estabelecendo, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administrao Pblica para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para aquelas referentes a programas de durao continuada. Os investimentos cuja execuo seja levada a efeito por perodos superiores a um exerccio financeiro, s podero ser iniciados se previamente includos no PPA ou se nele includos por autorizao legal. A no observncia deste preceito caracteriza crime de responsabilidade.

    O PPA aprovado para o quadrinio 2004/2007, relaciona no anexo I das DIRETRIZES ESTRATGICAS, as prioridades e metas para a rea da sade, a nvel federal:

    Promover a alimentao saudvel no ciclo de vida e prevenir e controlar os distrbios nutricionais e doenas relacionadas alimentao e nutrio;

    Garantir o acesso da populao a medicamentos e aos insumos estratgicos;

    8

  • Reduzir a morbimortalidade por violncias e causas externas;

    Garantir a ateno sade de grupos populacionais estratgicos e em situaes especiais de agravos de forma eqitativa, integral, humanizada e de qualidade;

    Expandir o Programa Sade da Famlia e a rede bsica de sade, mediante a efetivao da poltica de ateno bsica: resolutiva, integral e humanizada;

    Garantir o acesso e a integralidade dos cuidados em sade, de forma hierrquica e regionalizada, por meio de redefinio do perfil do servio de sade de mdia e alta complexidade e da mudana do modelo de alocao de recursos;

    Ampliar o acesso da populao aos servios ambulatoriais e hospitalares do SUS, na busca da eqidade, da reduo das desigualdades regionais e da humanizao e sua prestao;

    Desenvolver e fomentar a pesquisa e a inovao tecnolgica no setor de sade e promover sua absoro pelas indstrias, pelos servios de sade e pela sociedade;

    Prevenir e controlar a tuberculose e outras pneumopatias de interesse em sade pblica e a hansenase e outras dermatoses relevantes;

    Reduzir o tempo de espera em fila de candidatos a transplante, por meio de otimizao do uso de rgos e tecidos, recursos operacionais, humanos e assistenciais na rea de transplante, com a preservao da tica;

    Promover a qualificao e a educao permanente dos profissionais da sade do SUS;

    Coordenar o planejamento e a formulao de polticas setoriais e a avaliao e controle dos programas da rea da sade;

    Promover a desprecarizao dos vnculos de trabalho da sade e a qualificao da gesto do trabalho no SUS;

    Ampliar e humanizar a ateno sade;

    Promover a participao popular e a intersetorialidade na sade;

    Prevenir e manter sob controle as doenas passveis de imunizao;

    Ampliar a cobertura e melhorar a qualidade dos servios de saneamento ambiental em reas rurais;

    Assegurar a qualidade e auto-suficincia em sangue, componentes e derivados sangineos, garantir a assistncia aos portadores de doenas de

    9

  • coagulao sanginea e de m formao de hemceas;

    Prevenir riscos sade da populao mediante a garantia da qualidade dos produtos, servios e dos ambientes sujeitos vigilncia sanitria;

    Reduzir a ocorrncia da malria e da dengue mediante controle vetal;

    Reduzir a morbimortalidade por doenas transmitidas por vetores e zoonoses;

    Prevenir e controlar doenas, surtos, epidemias, calamidades pblicas e emergncias epidemiolgicas ;

    Reduzir a incidncia da infeco pelo vrus da AIDS ;

    1.2.2- LEI DE DIRETRIZES ORAMENTRIAS-LDO

    a Lei que antecede a Lei Oramentria Anual, que ir prever as diretrizes a serem executadas no exerccio seguinte no s nos programas de sade como tambm em todos os programas de governo. Merece esclarecer que esta Lei a base para elaborao pelas Secretarias de Sade do Plano Municipal de Sade, para o exerccio seguinte vigncia a esta lei.

    A LDO de natureza constitucional, da mesma forma que o so o Plano Plurianual e os Oramentos anuais. O 2 do art. 165 da Constituio Federal estabelece que a Lei de Diretrizes Oramentrias compreender metas e prioridades da administrao pblica federal, incluindo as despesas de capital para o exerccio financeiro subsequente, orientar a elaborao da Lei Oramentria Anual, dispor sobre as alteraes na legislao tributria e estabelecer a poltica de aplicao das agncias financeiras oficiais de fomento.

    Agora, com a entrada em vigor da Lei de Responsabilidade Fiscal, a LDO municipal deve tambm dispor sobre:

    equilbrio entre receitas e despesas; critrios e forma de liberao de empenho a ser efetivada,

    verificando ao final de um bimestre, que a realizao de receita poder no comportar o cumprimento das metas de resultado primrio ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais e, se a dvida consolidada do municpio ultrapassar os estabelecidos pelo Senado Federal.

    normas relativas ao controle de custos e avaliao dos resultados dos programas financiados com recursos do oramento;

    demais condies e exigncias para transferncias de recursos a entidades pblicas e privadas;

    10

  • metas fiscais, que constaro de anexo prprio, denominado Anexo de Metas Fiscais, acompanhado de demonstrativo;

    riscos fiscais, que constaro de anexo prprio, denominado Anexo de Riscos Fiscais.

    1.2.3- LEI ORAMENTRIA ANUAL-LOA

    Vale lembrar que a Lei n 4.320/64 continua em pleno vigor. A Lei de Responsabilidade Fiscal criou regras que, adicionalmente, devero ser obedecidas tanto no processo de elaborao como no de execuo oramentria, assim como no registro contbil e na preparao e divulgao de demonstrativos, tal como na Lei n 4.320/64.

    A LOA contm a discriminao da receita e da despesa pblica, de forma a evidenciar a poltica econmica, financeira, e o programa de trabalho do governo, obedecidos os princpios de unidade, universalidade e anualidade.

    O 5 do art. 165 da Constituio da Repblica, dispe que a LOA compreender:

    oramento fiscal referente aos Poderes da Unio, seus fundos, rgos e entidades da administrao direta e indireta, inclusive fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico;

    oramento de investimento das empresas em que a Unio direta ou indiretamente detenha a maioria do capital social com direito a voto;

    oramento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e rgos a ela vinculados, da administrao direta e indireta, bem como os fundos e fundaes institudos e mantidos pelo Poder Pblico.

    O projeto de Lei Oramentria Anual deve:

    a)guardar estreita relao com o Plano PlurianualPPA e com a Lei de Diretrizes Oramentrias LDO.

    b)conter o demonstrativo da compatibilidade da programao dos oramentos, com os objetivos e metas constantes do anexo de metas fiscais da LDO.

    c)conter demonstrativos regionalizados do efeito sobre as receitas e despesas decorrentes de isenes, anistias, remisses, subsdios e

    11

  • benefcios de natureza financeira, tributria e creditcia, previstos no art. 165, 6 da Constituio Federal, bem como das medidas de compensao a renncias de receita e aumento de despesas obrigatrias de carter continuado.

    Quanto renncia da receita, esta ocorre pela anistia, remisso, subsidio, crdito presumido, concesso de isenes em carter no geral, alterao de alquota ou modificao de base de clculo que implique reduo discriminada de tributos ou contribuies, bem como concesso de outros benefcios que correspondam a tratamento diferenciado.

    J a despesa obrigatria de carter continuado, pode ser conceituada como a derivada da lei, medida provisria ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigao legal de sua execuo por um perodo superior a dois anos.

    1.2.4 AGENDA DE SADE

    Estabelece os eixos referenciais prioritrios no processo de planejamento em sade. A definio das prioridades do nvel nacional para o estadual e municipal estabelece, entre os gestores, um entendimento em torno dos objetivos fundamentais para a melhoria da situao de sade e da qualidade da ateno oferecida populao.

    As agendas orientam a elaborao dos planos de sade dos respectivos nveis de governo, contemplando quadro de metas quantificveis e passveis de acompanhamento, servindo de base para a elaborao dos futuros relatrios de gesto, correlacionando os resultados obtidos com os recursos aplicados para o perodo de quatro anos de gesto.

    A Agenda de Sade deve ser submetida , pelos rgos Gestores, aos respectivos Conselhos de Sade.

    1.2.5- PLANO DE SADE

    Explicita o diagnstico da situao social e sanitria , os objetivos , metas e prioridades da ao de governo em sade, compatibilizando em cada esfera de governo, o quadro de metas, a programao pactuada e integrada, os resultados fsicos e financeiros.

    O Plano de Sade deve ser submetido, pelos rgos Gestores, aos respectivos conselhos de Sade.

    12

  • 1.3 - TCNICAS ORAMENTRIAS

    1.3.1- PRINCPIOS ORAMENTRIOS

    Anualidade ou Periodicidade As receitas e despesas devem referir-se a um perodo limitado de

    tempo, denominado de exerccio financeiro. No Brasil, o exerccio financeiro coincide com o ano civil - 1 de janeiro a 31 de dezembro (art. 34 da Lei 4.320/64).

    Unidade Um nico oramento para cada exerccio financeiro, eliminando-se

    oramentos paralelos.

    Universalidade Compreender todas as receitas e todas as despesas dos poderes da

    Unio ( 5 Art. 165 CF).

    Exclusividade Conter apenas matrias oramentrias ( 8 Art. 165 CF).

    Especificao ou Discriminao Vedar as autorizaes globais, detalhando-se de tal forma que facilite a

    anlise por parte das pessoas.

    Publicidade Contedo oramentrio deve ser divulgado com publicao no Dirio

    Oficial. Este princpio exigido para todos os atos oficiais do governo. A Lei Complementar 101, de 4 de maio de 2000, determina que deve ser dada ampla divulgao dos oramentos.

    Equilbrio Montante da despesa no deve ultrapassar a receita prevista no

    exerccio financeiro (Previso = Fixao). Constitui-se num instrumento limitador do crescimento dos gastos governamentais.

    13

  • Clareza Apresentao em linguagem clara, simples e compreensvel para

    facilitar o manuseio das pessoas que necessitam de tomar conhecimento do oramento pblico.

    Exatido Obter uma proposta oramentria o mais perto possvel da realidade,

    demonstrando os valores necessrios a consecues dos objetivos sociais da unidade.

    No - Afetao das receitas Nenhuma receita poder ficar reservada, comprometida ou vinculada

    com determinada despesa.

    Oramento Bruto Todas as receitas e despesas devem constar no oramento pelos seus

    valores brutos, sem qualquer deduo (Art 6 da Lei 4.320/64).

    1.3.2- MECANISMOS RETIFICADORES DO ORAMENTO

    Crditos Adicionais : Instrumentos que possibilitam retificar o oramento durante a sua execuo, classificados em:

    Suplementar: reforo de dotao oramentria j existente

    Especiais : destinados a despesas para as quais no haja dotao especfica

    Extraordinrios: destinados a atender despesas URGENTES e IMPREVISTAS

    1.3.3- CLASSIFICAO INSTITUCIONAL POR RGO

    OBJETIVO O objetivo desta classificao demonstrar quanto cada rgo ou unidade organizacional est autorizada a gastar num determinado exerccio.

    14

  • Classificao Geral 36 901

    rgo: MINISTRIO DA SADE Unidade Oramentria: Fundo Nacional de Sade / FNS

    Classificao Funcional xx xxx xxxx xxxx xxxx

    Subfuno - Representa uma partio

    Funo - maior nvel de agregao dasdiversas reas de despesa que competem aosetor pblico. Subttulo: Desmembramento do Projeto/Atividade.

    Ao/projeto/Atividade: Proj. Instrumento de programao para alcanar o bojetivo de um programa, envolvendo um conj de operaes, limitdas no tempo. Ativ. Instrumento de programao para alcanar o objetivo de um programa, envolvendo um c onj. De operaes que se realizam de modo contnuo e permanente. alca

    Programa o instrumento deorganizao da ao governamentalvisando concretizao dos objetivospretendidos, sendo mensurados porindicadores estabelecidos no planoplurianual.

    da funo, visando agregar determinadosubconjunto de despesa do setor pblico.

    15

  • Exemplificando: 10.302.1220.6217.0127 10 Funo: Sade 302 Subfuno : Assistncia Hosp. e Ambulatorial 1220 Programa : Ateno a Sade nos Hospitais da Rede Pblica Federal 6217 Ao/atividade : Ateno a Sade nos Hospitais da rede Pblica Federal 0127 Sbttulo : Hospital Geral de Bonsucesso - RJ 1.3.4- RECEITA

    todo recebimento efetuado pela entidade com a finalidade de ser aplicado em gastos operativos e de administrao.

    CLASSIFICAO ORAMENTRIA DA RECEITA (Cdigo e especificao consulte a Portaria Interministerial STN/SOF n 325 de 27/08/01 e

    519 de 27/11/01alterada pelas Portarias 325 de 27/08/01 e 519 de 27/11/01.

    CORRENTE CAPITAL Receitas Correntes Receitas de Capital Receitas Tributrias Operaes de Crdito Impostos Operaes de Crditos/Internas Taxas Operaes de Crditos/Externas Contribuies de Melhoria Alienao de Bens Receitas de Contribuies Alienao de BensMveis Contribuies Sociais Alienao de Bens Imveis Contribuies Econmicas Amortizao de Emprstimos Receita Patrimonial Transferncias de Capital Receitas Imobilirias Transferncias Intragovernamentais Receitas de Valores Mobilirios Transferncias Intergovernamentais Outras receitas Patrimoniais Transferncias de Instit. Privadas Receita Agropecuria Transferncias do Exterior Receita da Produo Vegetal Transferncias de Pessoas Receita da Prod. Animal e derivados Transferncias de Convnios Outras Receitas Agropecurias Outras Receitas de Capital Receita Industrial Integralizao do Capital Social Rec. da Indstria Extrativa Mineral Outras receitas Rec. da Indstria de Transformao Rec. da Indstria de Construo Receita de Servios Transferncias Correntes

    16

  • Transferncia Intergovernamentais Transf. de Instituies Privadas Transferncias do Exterior Transferncias de Pessoas Transferncias de Convnios Transferncia de Convnios Outras Receitas Correntes Multas e Juros de Mora Indenizaes e Restituies Receita da Dvida Ativa

    ESTGIOS DA RECEITA

    A receita oramentria passa por trs fases denominadas de estgios deste a sua previso at o seu recolhimento aos cofres do Tesouro Nacional, Estadual ou Municipal. O Cdigo de Contabilidade Pblica de 1922, definiu trs estgios para a receita, no considerando como estgio o lanamento e denominado de fixao o 1 estgio. Os estgios da receita so:

    a) Previso - a estimativa de quanto se espera arrecadar durante o exerccio;

    b) Lanamento - a identificao do devedor ou da pessoa do contribuinte. A Lei n 4.320/64, define lanamento da receita como o ato da repartio competente que verifica a procedncia do crdito fiscal, a pessoa devedora, e inscreve o dbito;

    c) Arrecadao o momento em que o contribuinte recolhe, ao agente arrecadador, o valor do seu dbito;

    d) Recolhimento o momento em que o agente arrecadador repassa o produto arrecadado ao Tesouro Nacional, Estadual ou Municipal.

    17

  • CODIFICAO DA RECEITA ORAMENTRIA x x x x xx xx

    1.3.5- DESPESA PBLIC

    o conjunto de dispnpblico, para o funcionamento dos

    FONTE (origem dos recursos) 1 Receitas Correntes

    ta Tributrias 1.2 Receita de Contribuies 1.3 Receita Patrimonial

    eceita Agropecuria 1.5 - Receita Industrial

    ceita de Servios nsferncias Correntes

    1.9 Outras Receitas Correntes s de Capital es de Crdito

    CATEGORIAS ECONMICAS 1 RECEITAS CORRENTES 2 RECEITAS DE CAPITAL

    2 Receita2.1 - Opera1.6 Re1.7 Tra1.4 - R1.1 ReceiA

    dios do Estado ou de outra pessoa de direito servios pblicos.

    2.3 Alienao de Bens 2.4 Transferncias de Capital 2.5 Outras Receitas de Capital

    SUBALNEA

    ALNEA

    RUBRICA

    SUBFONTE

    18

  • CLASSIFICAO ECONMICA DA DESPESA x x xx xx

    CATEGORIA ECONMICA 3 Despesas Correntes 4 Despesas de Capital

    GRUPO DE DESPESA 3 Despesas Correntes 1 Pessoal e Encargos Sociais 2 Juros e Encargos da Dvida 3 Outras Despesas Correntes 4 Despesas de Capital 4 - Investimentos 5 - Inverses Financeiras 6 - Amortizao Dvida

    MODALIDADE DE APLICAO 10 Transf.Intragov.a Entid no Intregr dos Or. Fiscal e Segur. Social 20 Transferncia Unio 30 Transferncia a Estados e DF 40 Transferncia aos Municpios 50 Transf. Inst.Priv.s/Fins Lucrat. 90 Aplicaes Diretas 99 A Definir

    ELEMENTO DE DESPESAS 30 - Material de Consumo 36 - Servios de 3s - Pessoa Fsica 39 Servios de 3s.- Pessoa Jurdica

    I NTERGOVERNAMENTAI S

    Notas: 1 - Os estados e municpios que no utilizam o Sistema Integrado de Administrao Financeira para Estados e Municpios - SIAFEM, codificar a natureza da despesa de acordo com a Lei n 4.320/64. 2 Classificao Oramentria de acordo c/ a Port. Interministerial n 163, de 04/05/2001, alterada pelas Portarias n 325 e 519 de 27/08 e 27/11/01, respectivamente, dos Ministrios da Fazenda e do Planejamento, Oramento e Gesto.

    19

  • 1.3.6- CONDIES PARA INCIO DA EXECUO DA DESPESA ORAMENTRIA

    PR-REQUISITOS Lei Oramentria aprovada e publicada para cada exerccio

    financeiro, determina a dotao ou crdito de cada unidade oramentria, por projeto e atividade.

    Quadro de Detalhamento de DespesaQDD - Atravs de portaria especfica publicada no Dirio Oficial da Unio, a Secretaria de Oramento Federal detalha as despesas constantes da Lei Oramentria por projeto/atividade, e por natureza da despesa.

    UTILIZAO DE CRDITOS ORAMENTRIOS Estgios:

    1.

    a.

    b.

    c.

    2.

    a.

    b.

    c.

    a.

    Empenho - ato emanado de autoridade competente, que cria para o Estado obrigao de pagamento pendente ou no de implemento de condio. Pode ser:

    Ordinrio

    Estimativo

    Global

    Liquidao da Despesa:

    Verificao do direito adquirido pelo credor, tendo por base os ttulos e documentos fiscais comprobatrios do respectivo crdito.

    Finalidade:

    A liquidao tem por finalidade reconhecer ou apurar:

    A origem e o objeto do que se deve pagar;

    A importncia exata a pagar, e

    A quem se deve pagar a importncia para extinguir a obrigao.

    Cuidados Especiais:

    Verificao do cumprimento das normas sobre licitao ou documento formalizando a sua dispensa, ou comprovando a sua inexigibilidade;

    20

  • b.

    c.

    d.

    e.

    3.

    a.

    b.

    a.

    b.

    c.

    d.

    Verificao da conformidade com o contrato, convnio, acordo ou ajuste, se houver;

    Exame da Nota de Empenho;

    Conferncia da Nota Fiscal ou documento equivalente;

    Elaborao do termo circunstanciado do recebimento definitivo, no caso de obras ou servios e equipamento de grande vulto.

    Todos esses cuidados evitam que sejam efetuados pagamentos indevidos, tais como: mais de um pagamento, pagamento de bens e servios no solicitados ou no recebidos.

    Pagamento da Despesa

    O pagamento a ltima fase da despesa. Este estgio consiste na entrega de recursos equivalentes dvida lquida ao credor, mediante ordem bancria.

    1.4- EXECUO DA DESPESA

    1.4.1- RESTOS A PAGAR

    Despesas empenhadas e no pagas dentro do exerccio, ou seja, at 31 de dezembro.

    Classificao:

    Processados (liquidadas)

    No Processados (no liquidadas)

    Inscrio:

    Os restos a pagar no liquidados at 31 de dezembro sero cancelados, salvo quando:

    vigente o prazo para cumprimento da obrigao;

    vencido o prazo, esteja em curso a liquidao da despesa ou seja de interesse da administrao;

    constituem transferncias instituies pblicas ou privadas;

    sejam compromissos assumidos no exterior.

    21

  • Validade:

    Os restos a pagar tm validade at 31 de dezembro do exerccio seguinte. J o direito do credor, tm validade de 05 anos, a partir da inscrio.

    1.4.2-DESPESAS DE EXERCCIO ANTERIORES

    So as dvidas resultantes de compromissos gerados em exerccios financeiros anteriores queles em que ocorrerem os pagamentos.

    Ocorrncia:

    a.

    b.

    c.

    a.

    b.

    c.

    d.

    e.

    f.

    a.

    De exerccios encerrados, com existncia de crdito prprio suficiente para atend-las;

    De restos a pagar com prescrio interrompida;

    E em virtude de Lei.

    Formalizao:

    Nome do credor, CNPJ/CPF e endereo;

    Importncia a pagar;

    Data do vencimento do compromisso;

    Causa da inobservncia do empenho prvio da despesa;

    Indicao do nome do ordenador da despesa poca do fato gerador;

    Reconhecimento expresso do atual ordenador de despesa;

    Prescrio:

    As dvidas de exerccios anteriores que dependam de requerimento do favorecido, prescrevem em 05 anos, contados da data do ato ou fato que deu origem ao direito.

    1.4.2- SUPRIMENTOS DE FUNDOS

    Consiste na entrega de numerrio a servidor para a realizao de despesa precedida de empenho na dotao prpria, que por sua natureza ou urgncia no possa subordinar-se ao processo normal da execuo oramentria e financeira.

    Realizao:

    Para despesas em viagens ou servios especiais;

    22

  • b.

    c.

    a.

    b.

    a.

    b.

    c.

    d.

    e.

    f.

    g.

    h.

    Para servio de carter sigiloso ;

    Para despesas de pequeno vulto.

    Restrio da Concesso:

    a) Quando do no cumprimento das formalidades exigidas para o ato de concesso e para o prazo de aplicao;

    b) Quando do no cumprimento dos instrumentos de comprovao de uso (prestao de conta).

    1.4.4- DIRIAS

    Valor concedido a servidor afastado da sede por motivo de servio, para cobrir despesas com pousada, alimentao e locomoo urbana.

    Direito:

    Diria integral

    Diria

    Concesso:

    Com base nos seguintes itens:

    Autorizao

    Pagamento

    Devoluo

    Elementos essenciais

    Publicao

    Casos especiais

    Justificativas

    Adicional de deslocamento

    23

  • 1.5- SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAO FINANCEIRA FEDERAL SIAFI

    Instrumento de extrema importncia para a auditoria, dado que possibilita a obteno de informaes oramentrias/financeiras/contbeis e patrimoniais. No caso especfico dos trabalhos realizados pelo DENASUS/MS, faz-se necessrio o acesso a esse Sistema, considerando estar contido no mesmo os dados relativos s transferncias financeiras da esfera Federal a Estados e Municpios, por conta das obrigaes constitucionais, incluindo-se a as transferncias a ttulo de Fundos de Participao, Convnios, recursos SUS e outras.

    importante o conhecimento desse Sistema, pelo menos no que se refere aos seguintes tpicos:

    a.

    b.

    c.

    Conceito

    Abrangncia

    Operacionalizao

    1.6- SISTEMA DE INFORMAES SOBRE ORAMENTOS PBLICOS- SIOPS

    O Sistema de Informaes sobre Oramentos pblicos em Sade SIOPS , formalizado pela Portaria Interministerial n 1.163 de 10/2003, um instrumento de acompanhamento, fiscalizao e controle da aplicao dos recursos vinculados em aes e servios pblicos de sade. Esse sistema tem como objetivo reunir e organizar informaes sobre as receitas totais dos Estados, Distrito Federal e dos Municpios e despesas com aes e servios pblicos de sade .

    importante ferramenta de informao gerencial, pois possibilita ao Gestor do fundo e ao Conselho de Sade analisar as informaes sobre o comportamento das receitas e das despesas em diferentes nveis de detalhamento. Permite, tambm , a comparao dos dados de estados e municpios segundo critrios regionais ou de porte populacional alm da consolidao de dados sobre o gasto pblico em diferentes formas de agregao.

    O preenchimento do SIOPS passou a ser condio para habilitao s condies de gesto do SUS. Apresenta indicadores sobre o comportamento da receita e da aplicao dos recursos na rea a sade, inclusive referente Emenda Constitucional n29/2000, o que favorece e facilita o controle social.

    24

  • 25

    II

    GESTO DOS

    RECURSOS

    FINANCEIROS

  • II - FINANCIAMENTO DO SUS

    2.1- CONSIDERAES GERAIS SOBRE O PROCESSO DE ORGANIZAO E CONSTRUO DO SUS ENFOCANDO O FINANCIAMENTO DO SISTEMA

    A Constituio Federal de 1988, em seu art. 194 cita que a sade integra a seguridade social, juntamente com a previdncia e assistncia social. Ser organizada pelo poder pblico , observada a diversidade da base de financiamento. Em seu art. 196 garante a todos os cidados o direito sade e atribui ao Estado o dever de promov-la. No art. 198, considera Sistema nico de Sade toda a rede de aes e servios regionalizada e hierarquizada, garante acesso de forma universal e igualitria, com aes e servios voltados promoo, preveno e recuperao da sade, e no pargrafo nico diz que ser financiado com recursos do oramento da seguridade social da Unio , dos Estados , do Distrito Federal e dos Municpios, alm de outras fontes.

    de responsabilidade das trs esferas de governo, e cada uma deve assegurar o aporte regular de recursos ao respectivo fundo de sade.

    A Lei n 8.080/90 normatiza a organizao, direo e gesto do SUS, observando os princpios: Integralidade, Universalidade, Eqidade, Resolutividade , Intersetorialidade, Humanizao de Atendimento, Participao Social (democratizao). Conforme dispe o art. 7, inciso IX, a descentralizao poltico- administrativa , com direo nica em cada esfera de governo, tendo como estratgias a descentralizao dos servios para o municpio e a regionalizao e hierarquizao da rede de servios de sade.

    A NOB-SUS N 01/96 reafirma os princpios constitucionais que responsabilizam o prefeito municipal pela sade dos seus muncipes, e normatiza a municipalizao da sade.

    A NOAS n 01 / 02 amplia as responsabilidades dos municpios na Ateno Bsica , estabelecendo processos de regionalizao como estratgia de hierarquizao dos servios de sade.

    O inciso I do art. 198 da Constituio Federal combinado com o art. 9 da Lei n 8080/90, preceitua que: a direo do SUS nica, sendo exercida em cada esfera de governo pelos seguintes rgos:

    a.

    b.

    no mbito da Unio, pelo Ministrio da Sade;

    no mbito dos Estados e Distrito Federal, pela respectiva secretaria de sade ou rgo equivalente; e

    26

  • c. no mbito dos municpios, pela respectiva secretaria de sade ou rgo equivalente.

    Os recursos para o financiamento das aes de sade em todos os graus de complexidade so compostos por recursos federais, estaduais, municipais e outros, como por exemplo doaes. Os aportes de recursos das esferas estadual e municipal so as contrapartidas e vinculao de recursos regulados pela EC n 29/2000, condio indispensvel para que haja os repasses federais.

    No mbito municipal a soma dos recursos para o financiamento das aes e servios de sade constituem o Teto Financeiro Global do Municpio, assim como na esfera estadual o Teto Financeiro Global do Estado.

    As aes e servios de sade esto agrupadas em:

    1. Aes de Ateno Bsica;

    2. Aes assistenciais ambulatoriais e hospitalares de mdia e alta complexidade/custo MAC

    O PAB foi implantado em 1997 e consiste em um montante de recursos financeiros destinados, exclusivamente, ao financiamento das aes de ateno bsica.

    Para as aes de Ateno Bsica foi estipulado o Piso de Ateno Bsica PAB, que se constitui em um valor per capita, com base de clculo variando de R$ 10,00 a R$ 18,00 por habitante/ano, repassado pelo governo federal aos municpios.

    O PAB s pode ser utilizado para as aes bsicas e procedimentos constantes do Plano de Sade, contidas na PT/GM-MS n 1.882 de 18/12/97 e suas alteraes.

    O PAB foi ampliado em 2001 , pela Norma Operacional de Assistncia Sade NOAS, instituindo o PISO DE ATENO BSICA AMPLIADO GPABA que financia um elenco maior de procedimentos integrados, destinados cobertura das aes bsicas, de preveno de doenas, assistncia ambulatorial, e das aes correlacionadas aos programas descentralizados pelo Ministrio da Sade.

    As demais aes ambulatoriais de mdia e alta complexidade e as hospitalares continuam sendo pagas mediante apresentao de produo, atravs do SIA/SIH/SUS e Autorizao de Procedimentos de Alto CustoAPAC em contas especiais do Fundo Municipal e/ou Estadual, conforme o nvel de gesto do municpio.

    27

  • Para operacionalizar o custeio e o financiamento do SUS foi institudo um instrumento de planejamento e controle O Fundo de Sade, existente nos trs nveis de governo: Fundo Municipal de SadeFMS, Fundo Estadual de SadeFES e Fundo Nacional de SadeFNS.

    O PAB, que financia a Ateno Bsica repassado previamente sem a celebrao de convnio, fundo a fundo, desde que conste da programao anual o valor mensal de 1/12 do montante anual do seu oramento.

    Os recursos para o custeio das aes da assistncia ambulatorial de mdia e alta complexidade so repassados para o Fundo Municipal de Sade, de acordo com o tipo de gesto, mediante apresentao de comprovante de produo.

    Para financiamento de equipamentos, obras, combate a endemias, so celebrados convnios.

    As aes ambulatoriais de mdia e alta complexidade e as hospitalares devem constar do planejamento anual resultante do Plano de Sade, da programao anual e da Programao Pactuada e IntegradaPPI, cuja base de planejamento do municpio com aprovao do Conselho Municipal de SadeCMS, da Comisso Intergestores BipartiteCIB. O Estado coordena e compatibiliza a PPI Estadual, que aprovada pelo Conselho Estadual de SadeCES e encaminhada ao Ministrio da Sade para procedimentos de anlise pelas Secretarias, e encaminha Comisso Intergestores TripartiteCIT, para aprovao e deliberao.

    2.2- FLUXO DOS RECURSOS FINANCEIROS

    FONTE 150 RECURSOS FINANCEIROS DIRETAMENTE

    ARRECADADOS ( DPVAT)

    FONTE 153 CONTRIBUIO PARA FINANCIAMENTO DA

    SEGURIDADE SOCIAL

    FONTE 151 CONTRIBUIO SOCIAL S/ O LUCRO DAS

    PESSOAS JURDICAS

    28

  • FONTE 155 CONTRIBUIO PROVISRIA SOBRE MOVIMENTAO FINANCEIRA RECURSOS FEDERAIS MS / TFG FUNDO NACIONAL DE SADE TRANSFERNCIA REGULAR FUNDO ESTADUAL UPS E AUTOMTICA FUNDO A FUNDO FUNDO MUNICIPAL UPS REMUNERAO POR SERVIOS PRODUZIDOS UPS REPASSE MEDIANTE CONVNIO E INSTRUMENTOS CONTA ESTADO CONGNERES ESPECFICA MUNICPIO DISTRITO FEDERAL

    ENTIDADES FEDERAIS ORGANIZAES NO GOVERNAMENTAIS

    z Origem dos Recursos do Ministrio da Sade:

    29

  • a) Recursos Internos (Tesouro)

    b) Recursos Internacionais

    c) Arrecadao Direta (DPVAT)

    Os recursos destacados no item a so repassados ao Ministrio da Sade pela Secretaria do Tesouro Nacional, originando-se, dentre outras, das seguintes fontes:

    150 Recursos diretamente arrecadados.

    151 Contribuio Social sobre o Lucro das Pessoas Jurdicas.

    153 Contribuio para o Financiamento da Seguridade Social.

    155 Contribuio Provisria sobre Movimentao Financeira (CPMF-66,67%)

    Os recursos do item b so aqueles que se originam de contratos firmados com organizaes internacionais de crdito, tais como o Banco Internacional para Reconstruo e Desenvolvimento-BIRD e o Banco Interamericano para o Desenvolvimento-BID.

    A sistemtica de arrecadao do seguro obrigatrio de Danos Pessoais Causados por Veculos Automotores- DPVAT, especificada no item c e determinada no Decreto n 2.867, de 14/12/98, estabelece que o repasse do prmio de seguro deve ser feito diretamente ao Fundo Nacional de Sade-FNS, obedecendo seguinte distribuio:

    a) para crdito no FNS 45% do valor bruto recolhido;

    b) para o DETRAN 5% para aplicao exclusiva em programa de preveno de acidentes de trnsito, e

    c) para as companhias seguradoras - 50%.

    Origem dos Recursos do SUS Os recursos destinados sade provm de:

    a. Transferncias do Ministrio da Sade.

    b. Emenda Constitucional n 29/00.

    c. Contrapartida do Tesouro Municipal/Estadual (convnios e Lei n 8.142/90, art. 4, inciso V).

    d. Outras fontes como doaes, alienaes patrimoniais, rendimentos de capital, etc. (Art. 32 da Lei n 8.080/90).

    30

  • 2.3- COMPOSIO DOS RECURSOS FINANCEIROS DO SUS

    T.F.G TETO FINANCEIRO GLOBAL (NOB/SUS 01/96 )

    O valor para cada estado ou municpio, definido com base na programao Pactuada Integrada - PPI

    T.G.E - TETO FINANCEIRO GLOBAL DO ESTADO NOB/SUS 01/96

    Constitudo pela soma dos Tetos Financeiros da Assistncia - TFA, da Vigilncia Sanitria- TFVS e da Epidemiologia e Controle de Doenas- TFECD;

    Definido com base na PPI;

    submetido pela SES ao MS, aps negociao na CIB e aprovao pelo CES;

    Fixado com base nas negociaes realizadas no mbito da CIT, observadas as reais disponibilidades financeiras do MS;

    Contm os tetos de todos os municpios, habilitados ou no, a qualquer uma das condies de gesto;

    Formalizado em ato do Ministro.

    -TFA -Teto Financeiro da Assistncia - NOB/SUS 01/96 PAB

    Composto por: a. Parte fixa per capita b. Parte Varivel: PACS, PSF, PCCN, ABVS, AFB e descentralizao das

    unidades da FUNASA.

    MAC: Assistncia Ambulatorial de Mdio e Alta Complexidade ( NOB SUS 01/96).

    FAE Frao Assistencial Especializada: montante de recursos financeiros destinados ao custeio de procedimentos ambulatoriais de mdia e alta complexidade, medicamentos e insumos excepcionais,

    31

  • rtese e prtese ambulatoriais, e Tratamento Fora de Domiclio- TFD, sob gesto do Estado.

    APAC Autorizao de Procedimentos de Alto Custo ATENO HOSPITALAR (NOB SUS 01/96)

    a. AIH Autorizao de Internao Hospitalar b. FIDEPS Fator de Incentivo ao Desenvolvimento do Ensino e

    Pesquisa c. IVHE ndice de Valorizao Hospitalar e Emergncia

    TFVS -TETO FINANCEIRO PARA VIGILNCIA SANITRIA

    NOB/SUS 01/96 Teto Financeiro da Vigilncia Sanitria regulado pela Portaria /GM/MS n 1.008, de 08.9.2000, e compreende: Aes de mdia e alta complexidade financiadas mediante um valor

    per capita de R$ 0,15 hab/ano, multiplicado pela populao de cada unidade federada, assim composto: R$ 0,06 sero utilizados como incentivo municipalizao das aes de vigilncia sanitria, de acordo com a complexidade das aes a serem pactuadas e executadas, ficando os outros R$ 0,09 destinados para a execuo de aes preferencialmente de responsabilidade da unidade federada, pactuadas com os municpios.

    Programa Desconcentrado de Aes de Vigilncia Sanitria-PDAVS Valor proporcional arrecadao das Taxas de Fiscalizao em Vigilncia Sanitria TFVS, por fato gerador, apurado em cada unidade federada.

    TFECD TETO FINANCEIRO DE EPIDEMIOLOGIA E CONTROLE DE DOENAS- NOB /SUS 01/96

    Aes de Epidemiologia e Controle de Doenas Financiamento- PTGM/MS n 1.399, de 15.12.99, onde estabelece

    que ser obtido mediante o somatrio das seguintes parcelas:

    Valor per capita multiplicado pela populao de cada Unidade da Federao;

    Valor por quilmetro quadrado multiplicado pela rea de cada Unidade da Federao;

    Contrapartidas do Estado e dos Municpios ou do DF, conforme estabelecido na portaria.

    32

  • FAECFundo de Aes Estratgicas e Compensao (PT/GM/MS n 531/99, PT/GM/MS n 1.198/99 , PT/GM-MS n 132/01 e PT/GM n.o 627/01 ) .

    Montante que corresponde ao financiamento do conjunto das aes assistenciais/estratgicas sob responsabilidade do Ministrio da Sade

    T.F.G.M -TETO FINANCEIRO GLOBAL DO MUNICPIO NOB/SUS 01/96

    Definido com base na PPI; Submetido pela S M S SES , aps aprovao do CMS; Fixado com base nas negociaes realizadas no mbito da CIB,

    observados os limites do TFGE;

    Formalizado em ato prprio do Secretrio Estadual da Sade. 2.4- FINANCIAMENTO DE ACORDO COM A NORMA OPERACIONAL DE

    ASSISTNCIA SADE NOAS SUS-01/2001 e NOAS/01/02 MUNICPIO: Gesto Plena de Ateno Bsica Ampliada- GPABA PAB-A - correspondente ao financiamento per capita do elenco de

    procedimentos bsicos e do incentivo de vigilncia sanitria. PT/GM 398 de 04/04/03 Fixa em R$12,00 por h/a o valor do PAB-A

    para efeito do clculo dos recursos que sero transferidos pelo FNS para o FMS nos termos da NOAS SUS 01/2002. Estabelece tambm que o municpio que j recebe o PAB fixo em valor superior a R$ 12,00 por h/a no sofrer alterao no valor per capita.

    PAB Varivel corresponde ao financiamento dos incentivos. PT/GM 396 de 04/04/03 reajusta os valores dos incentivos financeiros

    aos Programas PSF,ACS, ACB no mbito do PSF. PT/GM 673 de 03/06/03 atualiza e rev o incentivo financeiro s Aes

    de Sade Bucal, no mbito do PSF atualizando a PT/GM 396 de 04/04/03.

    PT/GM 674 de 03/06/03 atualiza e rev as regras dos incentivos financeiros ao PACS e revisa a PT/GM 1350 de 24/07/02.

    PT/GM 675 de 03/06/03 define a sistemtica para clculo do incentivo Financeiro ao PSF .

    33

  • PT/GM 724 de 12/06/03 qalifica municpios para integrarem o Programa Nacional Renda Mnima.

    PT/GM 74 de 20/01/04 reajusta os valores dos incentivos financeiros , as Aes de Sade Bucal e inclui outros incentivos.

    Gesto Plena do Sistema Municipal Limite Financeiro da Assistncia: Parcela destinada ao atendimento da prpria populao: PAB-A PAB VARIVEL Ambulatorial valor per capita dos procedimentos constantes do

    anexo 3 da NOAS/SUS 01/2001; Hospitalar valor de acordo com o aprovado na PPI; Teto de Incentivo Vigilncia Sanitria; Teto Financeiro de Epidemiologia e Controle de Doenas;

    Parcela destina ao atendimento da populao recebida por referncia:

    Mdia e Alta Complexidade Ambulatorial

    ESTADO: Gesto Avanada do Sistema Estadual Teto Financeiro da Assistncia Estadual-TFAE

    Corresponde ao PAB dos municpios no habilitados. Teto Financeiro da Vigilncia Sanitria-TFVS

    Corresponde s aes de Vigilncia Sanitria dos municpios no habilitados

    Teto Financeiro de Epidemiologia e Controle de Doenas-TFECD Corresponde s aes de Epidemiologia e Controle de Doenas dos

    municpios no habilitados. Gesto Plena do Sistema Estadual TFAE

    34

  • Corresponde ao TFA, menos os valores dos municpios habilitados TFVS

    Corresponde s aes realizadas na rea de vigilncia sanitria. Remunerao por servios produzidos na rea de vigilncia sanitria.

    TFECD

    Corresponde s aes de Epidemiologia e de Controle de Doenas. Obs.: Os limites financeiros da assistncia por municpio esto sujeitos a reprogramao em funo da reviso peridica da PPI, coordenada pelo gestor estadual. Particularmente, a parcela correspondente s referncias intermunicipais, poder ser alterada pelo gestor estadual, trimestralmente, em decorrncia de ajustes no termo de compromisso e pontualmente, em uma srie de situaes especficas.

    2.5- FORMAS DE REPASSE DOS RECURSOS Os recursos do Oramento da Seguridade Social alocados no Fundo Nacional de Sade, sero repassados a Estados, Municpios e Distrito federal independentemente de convnio ou instrumento congnere. A transferncia condicionada existncia do Fundo de sade e apresentao do Plano de Sade, no qual dever conter a contrapartida dos recursos no Oramento do estado, Municpio ou distrito Federal. vedada a transferncia de recursos para o financiamento de aes no previstas nos planos de sade, exceto em situaes emergenciais ou de calamidade pblica na rea de sade.

    a. Repasse por meio de convnio (conta especfica) gestor estadual/gestor municipal.

    b. Remunerao por produo (UPS) SIA/SIH/SUS FAEC (PT GM/MS 132/01)

    c. Transferncia regular e automtica Fundo a Fundo (Estados -Municipios), na forma do Dec. N 1.232/94

    d. Contrato de repasse (Decreto 1.819/96)

    e. PROESP Forma de Financiamento Projeto de expanso e Consolidao da Sade da Famlia.

    35

  • 2.5.1- POR MEIO DE CONVNIOS:

    Celebrados com rgos ou entidades federais, estaduais e do Distrito Federal, prefeituras municipais , entidades filantrpicas, organizaes no governamentais , interessados em financiamento de projetos especficos na rea da sade. Objetivam a realizao de aes e programas de responsabilidade mtua do rgo Concedente e do Convenente.(PT/GM 447 de 17.03.04 Normas de Cooperao Tcnica e Financeira de Programas e Projetos mediante a Celebrao de Convnios).

    A formalizao se d pela sua assinatura e publicao do extrato, no DOU, s custas do MS, de modo a dar eficcia ao ato e permitir a transferncia dos recursos financeiros. As Cmaras Municipais ou Assemblias Legislativas sero comunicadas da celebrao do convnio e da efetivao dos respectivos pagamentos.

    Todos os rgos e unidades contempladas com recursos do MS/FNS devero apresentar a correspondente prestao de contas at a data do encerramento da vigncia do convnio, conforme o disposto no art. 28, da IN/STN 01/97 , alterado alguns dispositivos pelas IN/STN - 01/99 de 01/01/99 e IN/STN 01/00 de 13/03/00.

    Exemplo:

    Objetos de Convnio

    Construo e reforma de Unidades de Sade; Aquisio de Equipamentos; Unidades pblicas intermunicipais ou estaduais.

    Percentual de Contrapartida de Convnios Pt/GM/MS n 601 de 15/05/03.

    O percentual de contrapartida financeira, quando devida pelos Estados, Distrito Federal e Municpios, ser calculado previamente pelo proponente, incidindo sobre o total do oramento no Plano de Trabalho, podendo ser proposta redefinio por parte do concedente, observados como limites mnimo e mximo os percentuais adiante indicados:

    MUNICIPIOS ESTADOS e DF SITUAO Mnimo Mximo Mnimo Mximo

    At 25.000 habitantes 3% 8% --- --- Das reas da Adene, ADA e regio Centro-O

    Oeste 5% 10% 10% 20%

    Os demais 20% 40% 20% 40% (*) Exceto para municpios enquadrveis nos tpicos anteriores.

    36

  • Os limites mnimos acima podero ser reduzidos quando os recursos

    forem:

    a) Quando destinados aos municpios que se encontram em situao de calamidade pblica formalmente reconhecida, durante o perodo que esta subsistir;

    b) Oriundos de doaes de organismos internacionais ou de governos estrangeiros e de programas de converso da dvida.

    No ser exigida a contrapartida para os recursos: a) Destinados aos rgos e entidades federais; b) Destinados s entidades de direito privado sem fins lucrativos; c) Destinados s organizaes no- governamentais ONG e

    Organizaes da Sociedade Civil de Interesse Pblico OSCIP

    2.5.2- PAGAMENTO AOS PRESTADORES DE SERVIOS Pagamento direto aos prestadores da rede cadastrada do SUS

    (hospitais, ambulatrios, clnicas e profissionais), nos estados e municpios no habilitados em Gesto Plena de Sistema Rede Cadastrada.

    Destina-se ao pagamento do faturamento hospitalar registrado no SIH e da produo do SIA contemplando aes de Assistncia de Mdia e Alta Complexidade, tambm observados os tetos financeiros dos respectivos estados e municpios .

    O pagamento feito mediante apresentao de fatura calculada com base na tabela de servios do SIA e SIH.

    FUNDO DE AES ESTRATGICAS E COMPENSAO - FAEC

    Criado pela PT/GM-MS n 531 de 30/04/99, tendo por finalidade arcar com o pagamento dos procedimentos referentes a Cmara Nacional de Compensao, bem como campanhas nacionais promovidas pelo Ministrio e aes estratgicas estabelecidas em portaria. Os procedimentos cujos pagamentos so arcados por recursos do FAEC, so procedimentos de alta complexidade em pacientes com referncia interestadual.

    37

  • 2.5.3- TRANSFERNCIA FUNDO A FUNDO (Regulamentado pelo Decreto n 1.232/94)

    o repasse automtico e regular fundo a fundo, cujos valores so depositados diretamente do Fundo Nacional de Sade aos Fundos de Sade Estaduais, do Distrito Federal e Municipais, observadas as condies de gesto, a qualificao e a certificao aos programas e incentivos do Ministrio da Sade e os respectivos tetos financeiros, sendo tambm transferidos recursos destinados a outras aes realizadas por Estados e Municpios, ainda que no habilitados em qualquer condio de gesto.

    O depsito feito em contas individualizadas, especficas dos fundos e realizado previamente a sua utilizao pelo fundo beneficirio. A aplicao dos recursos deve ser realizada conforme o disposto no Plano de Sade do Estado, DF ou Municpio.

    Os recursos transferidos fundo a fundo financiam as aes e servios de sade ambulatorial e hospitalar (SIA/SIH/SUS) , assistncia de mdia e alta complexidade e s aes bsicas, cobertas pelo PAB fixo e varivel.

    O financiamento do INTEGRASUS Incentivo de Integrao ao Sistema nico de Sade( PT/GM/1.695 de 23.04.94; PT/GM/604 de 24.04.01; PT/GM/1.413 de 30.08.01; PT/GM/878 de 08.05.02) FIDEPS Fator de Incentivo ao Desenvolvimento de Ensino e Pesquisa em Sade e IAPI Incentivo de Apoio e Diagnstico Ambulatorial e Hospitalar populao Indgena , realizado, excepcionalmente, por pagamento direto aos prestadores dos respectivos servios, mesmo que vinculados a estados e municpios habilitados em Gesto Plena de Sistema .

    Alta Complexidade

    Procedimentos ambulatoriais e hospitalares de alta complexidade, no integrantes do Fundo de Aes Estratgicas ( Portaria GM/MS n.o 531 de 30/04/1999 ).

    Fundamentao Legal dos Recursos Fundo a Fundo:

    Art. 4 da Lei n. 8.142/90;

    Art. 1 do Decreto 1.232/94;

    NOB/SUS 01/96;

    Portarias conjuntas SE/SAS/MS n 04/99, n 40/99 e n 01/2000 (teto livre).

    Emenda Constitucional n.o 29 de 13/09/00;

    38

  • Lei Complementar 101 - LRF de 04/05/00.

    2.5.4- CONTRATO DE REPASSE

    o instrumento utilizado para a transferncia de recursos financeiros da Unio para Estados, Distrito Federal ou Municpios, por intermdio de Instituio ou Agncia Financeira Oficial Federal, destinados execuo de programas governamentais. Esta modalidade de transferncia encontra-se disciplinada no Decreto n 1.819/96.

    No Ministrio da Sade este tipo de contrato adotado para Reforo Reorganizao do SUS-REFORSUS, para implementar aes estratgicas destinadas a fortalecer o desenvolvimento do SUS, mediante a recuperao fsica, tecnolgica e gerencial dos estabelecimentos assistenciais de sade pblicos e filantrpicos. Viabiliza ainda a expanso de programas tais como o Programa de Sade da Famlia -PSF e a capacitao gerencial das secretarias estaduais e municipais de sade. Este projeto envolve recursos de investimentos obtidos pelo MS, atravs de emprstimo junto ao Banco Mundial e ao Banco Interamericano de Desenvolvimento- BID.

    2.5.5- PROJETO DE EXPANSO E CONSOLIDAO DO SADE DA FAMLIA PROESF

    uma iniciativa do Ministrio da Sade , apoiada pelo Banco Mundial BIRD, voltada para a organizao e o fortalecimento da Ateno Bsica Sade no Pas. Visa contribuir para a implantao e consolidao da Estratgia de Sade da Famlia em municpios com populao acima de 100 mil habitantes e a elevao da qualificao do processo de trabalho e desempenho dos servios, otimizando e assegurando respostas efetivas para a populao, em todos os municpios brasileiros.

    O PROESF viabiliza recursos para a estruturao das equipes/unidades, buscando integrar procedimentos de outros nveis de complexidade do Sistema nico de Sade SUS e, aperfeioar tecnologias de gesto com o objetivo de aumentar a resolubilidade do sistema.

    Os beneficirios do PROESF so :

    Municpios com populao superior a 100 mil habitantes, propondo a substituio do modelo de organizao de servios de ateno bsica pela Estratgia de Sade da Famlia.

    39

  • Toda populao brasileira coberta pelo PSF, tendo as Secretarias Estaduais e Municipais de todo o pas a responsabilidade na implementao das aes de desenvolvimento de recursos humanos, monitoramento e avaliao .

    FINANCIAMENTO PROESF

    O volume total de recursos previstos para os sete anos de vigncia do PROESF de US$ 550 milhes, sendo 50% financiados pelo BIRD e 50% como contrapartida do governo brasileiro. O perodo de implementao do projeto compreende os anos 2002 a 2009, distribudos da seguinte forma :

    - FASE I setembro/2002 a junho/2005 US$ 136 milhes

    - FASE II julho/2005 a junho/2007 US$ 242 milhes

    - FASE III julho/2007 a junho/2009 US$ 172 milhes

    2.6 - APLICAO DOS RECURSOS

    2.6.1- FUNDO DE SADE E SUA ORGANIZAO

    A Constituio Federal de 1988 veda a instituio de fundos de qualquer natureza, sem prvia autorizao legislativa (art. 167, inciso IX).

    A Lei n 4.320, de 17/03/64 dispe no art. 71 constitui fundo especial o produto de receitas especificadas que, por lei, se vinculam realizao de determinados objetivos ou servios, facultada adoo de normas peculiares de aplicao.

    A Lei Orgnica da Sade n 8.080, de 19/09/90 ( art.9, 2art. 32, art. 33 ) juntamente com a Lei n 8.142, de 28/12/90 ( art. 4 ), estabeleceu que os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, para receberem os recursos do SUS, devem ter Fundo de Sade.

    A transferncia de recursos destinados cobertura de servios e aes de sade tambm foi condicionada existncia de Fundo de Sade no Decreto n. 1.232/94.

    De acordo com o art. 77 da EC n. 29/2000 , os Fundos ( Estaduais e Municipais ) caracterizam-se como Unidade Gestora de Oramento, e conforme a Lei n.4.320/64 , equiparam-se s pessoas jurdicas para fins de inscrio no CNPJ ( art. 12 da IN/SRF n.200 de 13/09/02 ).

    Os recursos dos Fundos de Sade no podem ser destinados outra atividade que no seja rea da sade( art.71 da Lei n. 4.320/64 ).

    40

  • O acompanhamento e fiscalizao dos recursos sero realizados pelos Conselhos de Sade sem prejuzo das aes dos rgos de controle.

    Os Fundos de Sade constituem-se em instrumentos de :

    Gesto - dos recursos destinados ao financiamento das aes e servios pblicos de sade, no mbito da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios.

    Planejamento possibilita aos gestores ter em mos um importante instrumento para visualizar os recursos de que dispem para as aes e servios de sade.

    Controle facilita o acompanhamento permanente sobre as fontes de receitas, seus valores e datas de ingresso; as despesas realizadas; os recebimentos das aplicaes financeiras.

    2.6.2- Fundo Nacional de Sade FNS

    Formalizao:

    Autorizao Expressa Decreto-Lei n 701/69

    Institudo pelo Decreto n 64.687/69

    Alteraes Decreto n 66.162/70

    Funes estabelecidas Lei n 9.276/96

    Regimento Interno aprovado pela PT/MS n 87/70

    os recursos financeiros originrios do oramento da seguridade social destinados sade;

    os recursos financeiros de outros oramentos da Unio para uso na sade;

    outras fontes de financiamento com a mesma finalidade.

    2.6.3- Fundo Estadual de Sade FES

    Constitui o conjunto dos :

    recursos repassados pelo MS de acordo com o que foi acertado na PPI e homologado pela CIB, para ficar sob responsabilidade estadual;

    recursos aplicados pelo prprio estado no setor sade;

    41

  • recursos que provisoriamente o estado receber do MS, para pagamento dos prestadores de servios do SUS nos municpios que ainda no estiverem habilitados;

    recursos provindos de outras fontes, sempre que destinados aplicao na sade.

    Recursos para atender a EC n 29/2000

    2.6.4- FUNDO MUNICIPAL DE SADE (FMS)

    Para criar o fundo de sade, o municpio deve observar os seguintes aspectos:

    a) elaborar lei ( votada pelo legislativo Cmara ou Assemblia) especificando:

    todas as receitas que integraro os ativos do fundo;

    os objetivos e a destinao ou campo de aplicao dos recursos do fundo.

    A responsabilidade legal pela administrao e pela fiscalizao do fundo;

    dispor de oramento, fazer relatrios e balanos mensais, e juntar esses dados contabilidade geral do Municpio/ Estado ou Distrito Federal;

    autonomia administrativa e financeira;

    b) o fundo deve ser gerido pelo secretrio municipal de sade;

    c) o oramento do municpio deve distinguir os recursos destinados ao Fundo Municipal de Sade FMS;

    d) demonstrativos de receitas e despesas do FMS submetidos aprovao do Conselho Municipal de Sade - CMS;

    e) o FMS pode ter tantas e quantas contas sejam necessrias ao cumprimento de seus objetivos, ou seja, contas para PAB fixo e varivel, cada programa especial, contrapartida, convnios, doaes, etc;

    f) - contar com recursos para atender a EC n 29/2000.

    Exigncias das quais nenhuma lei do fundo deve se afastar:

    42

  • explicar claramente seus objetivos;

    a administrao do fundo realizada com a fiscalizao do Conselho de Sade e sob responsabilidade legal do Secretrio da Sade;

    atendimento a todas as determinaes legais, tais como: dispor de oramento, fazer relatrios e balanos mensais, e juntar todos estes dados contabilidade geral da prefeitura/estado;

    autonomia administrativa e financeira, mesmo que o fundo no tenha personalidade jurdica prpria (utilizar a da Prefeitura ou da Secretaria da Sade, se esta for uma autarquia ou fundao).

    O Fundo dever estar contemplado como unidade oramentria, financeira

    e contbil nos seguintes instrumentos:

    a) Lei de Diretrizes Oramentrias;

    b) Lei Oramentria Anual;

    c) execuo oramentria;

    d) balanos anuais (oramentrio, financeiro e patrimonial);

    e) demais demonstraes oramentrias e financeiras.

    Deve englobar todas as despesas e receitas da Secretaria de Sade. O oramento do Fundo de Sade o oramento da Secretaria, de forma que os balanos anuais reflitam toda a aplicao de recursos em sade, da respectiva esfera de governo. 2.6.5- CONTRAPARTIDA / VINCULAO DE RECURSOS

    a cota - participao dos Municpios, Estados e Distrito Federal para a rea da Sade, que dever estar inserida nos seus respectivos oramentos, como determina a Lei n 8.142/90, no seu art. 4, inciso V. Podemos identificar a contrapartida nos seguintes documentos:

    a) Constituio Estadual;

    b) Lei Orgnica do Municpio;

    c) Lei de criao do Fundo de Sade;

    d) Lei de Diretrizes Oramentrias LDO;

    43

  • e) Lei de Oramento Anual LOA

    A Emenda Constitucional n 29/2000, promoveu as seguintes alteraes na Constituio de 1988, relativas rea da Sade:

    Vinculao obrigatria de percentual da arrecadao dos impostos a que se refere a Emenda Constitucional n 29/00 para a sade;

    Altera os artigos 34 e 35 da Constituio Federal onde cria a possibilidade da Unio intervir nos Estados e no Distrito Federal e desses nos Municpios, para assegurar a aplicao do mnimo exigido das receitas provenientes de impostos estaduais e municipais nas aes e servios pblicos de sade;

    Altera o art. 160 da Constituio Federal, facultando Unio e aos Estados condicionarem a entrega de recursos provenientes da repartio das receitas tributrias, aplicao mnima de recursos no SUS;

    Acrescenta o art. 77 s Disposies Transitrias da Constituio Federal, fixando valores mnimos de aplicao de recursos nas aes e servios pblicos de Sade. Para a Unio montante empenhado no ano anterior, corrigido pela variao nominal do PIB, para o Estado 12% do produto da arrecadao dos impostos a que se refere, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municpios e para municpios 15% do produto da arrecadao dos impostos a que se refere.

    A contrapartida e a vinculao previstas na Emenda Constitucional n 29/2000, devem ser depositados no Fundo de Sade, a fim de que o balano anual possa refletir toda a aplicao em sade, da respectiva esfera de governo, conforme estabelece a PT/GM/MS n 3.925/98 e a referida emenda constitucional.

    No caso do Teto Financeiro da Epidemiologia e Controle de Doenas TFECD , a contrapartida dever ser, respectivamente, no mnimo, 20% , 30% e 40%, na forma definida nos art. 14 e 15 da Portaria Ministerial n. 1.399/99.

    2.6.6- EMENDA CONSTITUCIONAL N. 29 de 13/09/2000

    A EC- 29 estabelece a participao da Unio, Estados, Municpios e Distrito Federal no financiamento das aes e servios pblicos de sade, que se d com a aplicao mnima de recursos do setor, com base em percentuais da receita , assim distribudos :

    UNIO

    44

  • - 2000 montante empenhado em aes e servios pblicos de sade em 1999 acrescido de no mnimo 5%;

    - 2001 a 2004 , o valor apurado no ano anterior, corrigido pela variao do PIB ( inflao + variao real do PIB ).

    ESTADOS

    - at 2004 aplicar no mnimo 12% da base de clculo composta:

    - I Receitas de Impostos Estaduais ( ICMS, IPVA, ITCMD: causa mortis e doao de bens e direitos );

    - II Receitas de Transferncias da Unio ( cota parte do FPE, do IPI Exportao, Transferncia Lei Complementar 87/96 Lei Kandir );

    - III IRRF;

    - IV Outras Receitas Correntes ( receita da dvida ativa de impostos, multas, juros de mora e correo monetria de impostos );

    - V Transferncias Financeiras Constitucionais e Legais a Municpios ( 25% do ICMS, 50% do IPVA, 25% do IPI Exportao )

    - VI Total vinculado sade = ( I + II + III + IV V ) x 0,12

    MUNICPIOS

    - at 2004 aplicar no mnimo 15% da base de clculo composta :

    - I Receitas de Impostos Municipais ( ISS, IPTU , ITBI );

    - II Receitas de Transferncias da Unio ( cota parte do FPM, do ITR, Transferncia Lei Complementar 87/96 Lei Kandir );

    - III IRRF;

    - IV Receitas de transferncias do Estado ( cota - parte do ICMS, do IPVA, do IPI Exportao;

    - V Outras Receitas Correntes ( receita da dvida ativa dos impostos, multas, juros de mora e correo monetria de impostos );

    - VI Total vinculado sade = ( I + II + III + IV + V ) x 0,15

    45

  • As transferncias voluntrias da Unio para os Estados e Municpios e dos Estados para Municpios, nas quais se incluem os recursos do SUS , no integram a base de clculo sobre a qual incide o percentual mnimo de aplicao de recursos na sade.

    Para aferir quanto o Estado ou Municpio est aplicando em aes e servios pblicos de sade, no devem considerar as despesas com :

    - dvida pblica; inativos e pensionistas; servios de limpeza urbana ou rural e tratamento de resduos slidos; saneamento financiado pelos usurios; assistncia mdica e odontolgica a servidores; aes financiadas com transferncias voluntrias da Unio.

    Para efeito de clculo dos percentuais mnimos de vinculao, a despesa com recursos prprios obtida pela seguinte operao :

    % recursos = Desp. Total c/Sade Transf. Intergovern. x 100 prprios Receita de Imp. e Transf. Const. e Legais Aqueles municpios que aplicavam em 2000 percentual igual ou inferior ao limite mnimo de 7% , devem elevar seus percentuais a cada ano.

    ANO RECEITAS ESTADUAIS RECEITAS MUNICIPAIS

    2000 7,0 7,0

    2001 8,0 8,6

    2002 9,0 10,2

    2003 10,0 11,8

    2004 12,0 15,0

    A no aplicao do mnimo exigido autoriza a Unio a intervir nos Estados e estes em seus Municpios.

    O no cumprimento dos percentuais mnimos deixar inelegveis as autoridades responsveis.

    A fiscalizao da aplicao da EC / 29/00 obrigao dos Conselhos de Sade, Poder legislativo , Tribunais de Contas e Ministrio pblico .

    46

  • 2.6.7- DEMONSTRATIVOS CONTBEIS NECESSRIOS PARA COMPLEMENTAO DA ANLISE DOS RECURSOS DA REA DA SADE:

    1) Balano oramentrio demonstrando as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas .

    2) Balano financeiro, tendo como objetivo demonstrar as receitas e despesas oramentrias, os recebimentos e pagamentos extra - oramentrios conjugados com os saldos disponveis que vm do exerccio anterior e os que vo para o exerccio seguinte. Na realidade, esta demonstrao evidencia o fluxo de caixa entradas e sadas de recursos, adicionando-se s entradas o saldo disponvel que veio do exerccio anterior, e s sadas o saldo disponvel atual.

    3) Balano patrimonial, que evidencia, a qualquer momento, a posio esttica do patrimnio e dos atos que tm potencialidade para alter-lo no futuro (ativo e passivo compensados). Este Balano objetiva, ainda, possibilitar o clculo do Resultado Financeiro do exerccio (ativo financeiro menos passivo financeiro) que, se positivo, servir para abertura de crditos adicionais no exerccio seguinte.

    4) Demonstrativo da receita prevista com a arrecadada, por categoria econmica e fontes de recursos;

    5) Demonstrativo da receita lquida ( LRF-LC 101/2000);

    6) Demonstrativo da despesa fixada com a realizada, por rgo, programas, elemento de despesa e fonte de recursos em suas trs fases empenhada, liquidada e paga.

    Obs.: Quando o Fundo de Sade no for unidade oramentria e constar como um programa ou at mesmo no possuir oramento detalhado, dever ser solicitado o respectivo plano de aplicao, conforme 2, do art. 2, da Lei n 4.320/64.

    CONTAS BANCRIAS Caractersticas: 1) Conforme dispe a PT/GM-MS n 59, de 16/01/98, art. 1, o Banco do Brasil S/A ser a nica instituio financeira para efetivao dos repasses dos recursos relativos s parcelas do PAB .

    47

  • 2) O repasse efetivado por intermdio do Banco do Brasil, na mesma agncia onde o Municpio recebe os recursos do Fundo de Participao dos Municpios FPM, que tambm so recursos transferidos pela Unio. 3) Em caso de inexistncia de agncias do Banco do Brasil no prprio municpio, a prefeitura municipal poder transferir os recursos da agncia do Banco do Brasil onde so depositados, para outra instituio financeira existente em seu prprio territrio. Se inexistente, esse processo pode dar-se em outro territrio. 4) O Banco do Brasil enviar o aviso de crdito das transferncias fundo a fundo ao Secretrio de Sade, Fundo de Sade, Conselho de Sade e Poder Legislativo dos respectivos nveis de governo (PT/GM/MS n 059, de 16/01/98 e PT/GM/MS n 2.939/98).

    5) Em razo da PT/GM/1.749 de 02.10.02 foram firmados Convnios com Instituies Financeiras , alm do Banco do Brasil ,para pagamento a prestadores de servios credenciados ou contratados junto ao SUS : Caixa econmica Federal, AMB ANRO Banco Real S/A, Banco Santander Meridional S/A, Banco do Estado de So Paulo S/A BANESPA , e Banco do Estado do Par S/A BANPAR.

    Por Tipo de Gesto: a) Gesto Plena de Ateno Bsica / Gesto Plena de Ateno Bsica

    Ampliada

    Os Municpios habilitados na Gesto Plena de Ateno Bsica / Ampliada, recebem os recursos do PAB ou PAB-A em conta especfica denominada:

    FMS - nome do municpio - PAB

    b) Gesto Plena do Sistema Municipal

    Para os municpios habilitados nesta condio de gesto sero efetuados repasses em duas contas:

    1) Para os recursos do PAB / PAB-A:

    FMS - nome do municpio - PAB

    2) Para os recursos destinados mdia e alta complexidade ambulatorial / MAC e as internaes hospitalares / AIH:

    FMS - nome do municpio - MAC + AIH

    48

  • Os municpios tm autonomia para transferir os recursos financeiros recebidos nas contas bancrias especficas e realizar suas movimentaes em outra conta do Fundo Municipal de Sade, tambm especficas.

    Os recursos financeiros da parte varivel do PAB sero creditados na mesma conta dos recursos da parte fixa.

    GESTOR DO FUNDO

    rgo: Secretaria de Sade / Fundo de Sade

    Nos termos do art. 9, combinado com 2 do art. 32 da Lei n 8.080 de 19/09/90, compete ao Secretrio de Sade a gesto dos recursos do SUS.

    Os recursos do Fundo devem ser gerenciados como qualquer outro recurso do oramento, em conformidade com a Lei n 4.320/64.

    RECURSOS DO PISO DE ATENO BSICA - PAB

    PAB FIXO e PAB VARIVEL

    Dentre as transferncias regulares e automticas fundo a fundo, consta a do Piso de Ateno Bsica PAB.

    Implantado nos termos da Portaria GAB/MS n 1.882, de 18/12/97, publicada no DOU de 22/12/97, com observncia, principalmente, do dispositivo no 1 do art. 4 da referida norma.

    O PAB est dividido em duas partes, uma fixa e outra varivel.

    Parte Fixa destina-se a cobertura das aes bsicas de sade, preveno de doenas e assistncia ambulatorial.

    Parte Varivel Relativa a incentivos para o desenvolvimento de aes correlacionadas aos programas descentralizados pelo Ministrio da Sade, como PSF; PACS; Assistncia Farmacutica; Vigilncia Sanitria e Combate s Carncias Nutricionais, Bolsa Alimentao e Alimentao Saudvel.

    O repasse de recursos do PAB varivel do Fundo Nacional de Sade diretamente ao Fundo Municipal de Sade depende da implantao de cada programa pelos municpios habilitados nos termos da NOB/SUS-01/96 Gesto Plena da Ateno Bsica ou Plena do Sistema Municipal e da NOAS/SUS N 01/2001 Gesto Bsica Ampliada e Gesto Plena do Sistema Municipal.

    A parte varivel do PAB implantada em 1998 destina-se aos seguintes incentivos:

    Programa de Agentes Comunitrios de Sade (PACS)

    49

  • valor por agente R$ 2.880,00 acs/a;(PT/GM/674 de 03/06/03 valor do incentivo R$ 240,00 acs/a ( PT/GM/674 de 03/06/03) Programa de Sade da Famlia (PSF) valor por equipe R$ 28.008,00 a R$ 54.000,00 a/a (art. 4 da

    PT/GM/MS n 1.329, de 12/11/99);

    valores do incentivo R$ 10.000,00 por equipe para os municpios que iniciarem ou ampliarem o programa;

    Programa de Bolsa Alimentao PT/GM/1.770 de 20/09/01 total bolsas crianas = total de bolsas x 12 meses x R$ 15,00 ;(

    PT/GM/724 de 13/07/03 )

    total bolsas gestante / nutriz = total de bolsas x 6 meses x R$ 15,00;( PT/GM/724 de 13/07/03)

    a partir da qualificao os municpios deixam de receber os recursos relativos ao ICCN ( PT/GM/724 de 13/07/03 ).

    Aes de Sade Bucal ( PT/GM/1.444 de 28/12/00) modalidade I incentivo de R$ 15.600,00 para equipe composta por um cirurgio dentista e um atendente de consultrio dental ( PT/GM/673 de 03/06/03);

    modalidade 2 R$ 19.200,00 para equipe composta por um cirurgio - dentista, um atendente de consultrio dental e um tcnico de higiene dental ( PT/GM/673 de 03/06/03 ).

    Programa de Aes Bsicas de Vigilncia Sanitria . valor R$ 0,25 hab/ano ( 1, art. 3 da PT/GM/MS n 2.283, de

    10/3/98).

    Assistncia Farmacutica (PT/GM 176/90 de 08/03/99, 653 de 20/05/99,1.181 de 17.09.99 e 926/00 de 25/08/00).

    A frao mensal de 1/12 da parcela federal que compor o valor final do incentivo, na proporo do nmero de habitantes do municpio, est definido na PT/GM/MS n653, art.2 3de 20/5/99. Esse o valor definido para a Assistncia Farmacutica Bsica, que ser repassado quando o MS recebe o Plano Estadual de Assistncia Farmacutica.

    Composio do Recursos:

    50

  • Governo Federal R$ 1,00 hab./a Governo Estadual R$ 0,50 mnimo por hab./a Governo Municipal R$ 0,50 mnimo por hab./a

    Incentivo s aes estratgicas similares ao PSF cobertura populacional de cada equipe dever situar-se na faixa de 1.000 a 4.500 habitantes;

    valor fixo do incentivo R$ 18.000,00 por equipe/ano

    Vantagens do PAB

    a) Dissociar a produo do faturamento, possibilitando informaes mais confiveis, alm de dar condies ao gestor de priorizar os procedimentos de preveno sem receio de reduo dos recursos.

    b) repasse antecipado dos recursos e em proporo ao nmero de habitantes, evita a declarao ou o lanamento de procedimentos ajustados ao seu teto financeiro com a inteno de receber mais verbas.

    Penalizaes

    Os recursos destinados ao PAB, podero ser suspensos caso o gestor municipal no informe por dois meses consecutivos os dados dos sistemas:

    I - SIA/SIH (Sistemas de Informaes Ambulatoriais e Hospitalares)

    II - SIM (Sistema de Informaes de Mortalidade)

    III - SINASC (Sistema de Informaes sobre Nascidos Vivos)

    IV - SISVAN (Sistema de Informaes sobre Vigilncia Alimentar e Nutricional)

    V - SINAN (Sistema de Informaes sobre Agravos de Notificao)

    VI - SIAB (Sistema de Informaes sobre Ateno Bsica)

    Estes sistemas auxiliam a construir indicadores bsicos de sade.

    2.6.8- COMO UTILIZAR OS RECURSOS DO SUS

    Usar exclusivamente na execuo de aes e servios de sade previstos no Plano de Sade, Lei 8.080/90, aprovado pelo Conselho de Sade.

    51

  • No podem ser utilizados em despesas e atividades administrativas das Secretarias de Sade, bem como para aquisio, ampliao e reforma de imveis e aquisio de equipamentos que no sejam destinados s aes finalsticas de sade.

    Elaborar um Plano de Aplicao dos recursos e submet-lo ao Conselho de Sade.

    Utilizar somente em despesas das unidades de sade. Devem ser previstos no Oramento do Municpio e identificados no FMS, como receita de transferncias proveniente da esfera federal.

    RECURSOS DO PAB

    Os recursos financeiros do PAB podero ser utilizados em todas as despesas de custeio e capital relacionadas entre as responsabilidades definidas para a gesto da ateno bsica e coerentes com as diretrizes do Plano Municipal de Sade, sendo vedada a transferncia desses recursos para o financiamento de aes nele no previstas. (Portaria GM/MS n 3.925, de 13/11/98).

    Para a realizao dos gastos deve ser elaborado um Plano de Aplicao dos recursos e submet-lo aprovao do Conselho de Sade.

    RECURSOS DA EMENDA CONSTITUCIONAL N 29/2000 (Vinculao obrigatria de recursos para a rea da sade pelos trs nveis de governo)

    Usar nas aes e servios pblicos de sade previstos no Plano Municipal / Estadual de Sade:

    Aplicar por meio de Fundo de Sade;

    Fiscalizado pelo Conselho de Sade, sem prejuzo do disposto no art. 74 da Constituio Federal (Controles Interno, Externo e Sistema Nacional de Auditoria - SNA)

    OBS.: Dos recursos da Unio (MS), 15% (quinze por cento), no mnimo, sero aplicados nos municpios, segundo critrio populacional, em aes e servios bsicos de sade, na forma da lei.

    RECURSOS TRANSFERIDOS FUNDO A FUNDO, CONFORME DECISO N 600/2000 - ATA N 30/2000 DO PLENARIO DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIO

    52

  • Os recursos federais repassados pelo Fundo Nacional de Sade para os fundos estaduais e municipais de sade, para cobertura das aes e servios de sade podem ser utilizados para investimento na rede de servios, para a cobertura assistencial ambulatorial e hospitalar, e para demais aes de sade (Lei n 8.142/90, art.2).

    Por demais aes de sade entende-se as aes de promoo, proteo e recuperao da sade inseridas no campo de atuao do SUS, conforme Deciso TCU n 600/2000-Plenrio-Ata 30/2000. Essa mesma Deciso define uma srie de parmetros de orientao da aplicao dos recursos, como:

    A rede de servios do SUS constitui a parte da infra-estrutura do sistema destinada a prover as aes e os servios de promoo, proteo e recuperao da sade inseridos no campo de atuao do SUS, no se considerando em sua abrangncia rgos, entidades e unidades voltados exclusivamente para a realizao de atividades administrativas.

    Na hiptese de aplicao dos recursos repassados de forma regular e automtica em investimentos, esses devem ocorrer na rede de servios, tomada na acepo do pargrafo anterior, o que afasta a possibilidade de aplicao em imveis, mveis, equipamentos, veculos etc, destinados s atividades administrativas de setores das secretarias de sade e dos governos municipal e estadual no diretamente vinculados execuo de aes e servios de sade. Deve-se observar ainda a prioridade de seu direcionamento rede pblica (Lei n 8080/90), arts. 4 e 24) e da vedao constitucional de destinao de recursos pblicos para auxlios e subvenes s instituies privadas com fins lucrativos (CF, art.199).

    Na hiptese de aplicao na cobertura assistencial ambulatorial e hospitalar e nas demais aes de sade, os recursos federais devem financiar despesas correntes exclusivamente para manuteno da assistncia ambulatorial e hospitalar, das demais aes de sade e dos rgos, unidades e entidades que as realizam (lei n 4.320/64, 1 e 2 do art. 12). No cabvel destinar esses recursos a setores das secretarias de sade e dos governos municipal e estadual no diretamente vinculados execuo de tais aes. (Cartilha do TCU de Transferncias de Recursos e a LRF).

    DESPESAS PROIBIDAS

    NO PAB

    Todas as despesas de custeio da Ateno Bsica podem ser pagas com recursos do PAB, exceto:

    Pagamento de servidores inativos;

    53

  • Pagamento de gratificao de funo de cargos comissionados, exceto aqueles diretamente ligados s unidades de ateno bsica;

    Pagamento de assessoria / consultoria prestadas por servidor pblico, quando pertencente ao quadro permanente do municpio;

    Transferncia de recursos na forma de contribuies, auxlios ou subvenes a instituies privadas, inclusive as filantrpicas.

    Todas as despesas de capital relacionadas rede bsica podem ser pagas com recursos do PAB, exceto:

    Aquisio e reforma de imveis no destinados prestao direta de servios bsicos de sade populao;

    Aquisio de equipamentos e materiais permanentes, incluindo veculo de qualquer natureza, no destinados realizao de aes de ateno bsica.

    Pagamento de aes de sade de mdia e alta complexidade e de assistncia hospitalar.

    Aes de saneamento bsico ( 3 do art. 31, da Lei n 8080/90) Os recursos do PAB no devem substituir as fontes de recursos

    prprios do oramento do municpio (inciso V, item 3 do Captulo Gerncia do Piso de Ateno Bsica)

    NO CONVNIO Durante a execuo do objeto do convnio, ou seja, na fase em que so desenvolvidas as atividades necessrias para a consecuo do produto final previsto no instrumento de transferncia, o gestor, com base na IN/STN n 01/1997, no pode: Realizar despesas a ttulo de taxa de administrao, de gerncia ou similar

    (Deciso TCU n 706/1994 Plenrio Ata 54);

    Desviar da finalidade original, vez que expressamente vedada a utilizao de recursos transferidos em finalidade diversa da pactuada (Lei Complementar n 101/2000, art.25, 2);

    Utilizar os recursos em desacordo com o plano de trabalho ou atendimento, sob pena de resciso do instrumento e de instaurao de Tomada de Contas Especial;

    54

  • Alterar metas constantes do plano de trabalho ou atendimento, sem a anuncia do concedente;

    Adotar prticas atentatrias aos princpios fundamentais da Administrao Pblica, nas contrataes e demais atos praticados, sob pena de suspenso das parcelas;

    Efetuar pagamento de gratificao, consultoria, assistncia tcnica ou qualquer espcie de remunerao adicional a servidor pertencente aos quadros de rgo ou de entidade da Administrao Pblica Federal, Estadual, Municipal ou do Distrito Federal,

    lotado ou em exerccio em qualquer dos entes partcipes; Realizar despesas com taxas bancrias, multas, juros ou correo

    monetria, inclusive referentes a pagamentos ou recolhimentos fora do prazo;

    Incluir despesas realizadas antes ou depois do perodo de vigncia do instrumento;

    Incorrer em atraso no justificado no cumprimento de etapas ou fases programadas;

    Celebrar convnio ou contrato de repasse com mais de um rgo para o cumprimento do mesmo objeto, exceto quando se tratar de aes complementares, o que deve ser consignado no respectivo instrumento, delimitando-se as parcelas referentes de disponibilidade deste e as que devam ser executadas conta do outro instrumento. Assistncia de Mdia e Alta Complexidade ( PT/GM/2425 de 30/12/02) Os recursos que no forem utilizados ao final do ms no pagamento da produo de servios, programados de acordo com a PPI, podero ser usados no custeio das aes relacionadas direta ou indiretamente, assistncia sade. Conforme a PT/GM/2425/02 vedada a utilizao desses recursos para pagamento de:

    - servidores inativos; - servidores ativos ,exceto aqueles contratados para desempenharem

    funes relacionadas assistncia de mdia e alta complexidade; - gratificao de funo de cargos comissionados, exceto aqueles

    diretamente ligados s funes relacionadas aos servios de mdia e alta complexidade;

    55

  • - pagamento de assessorias/consultorias prestadas por servidores pblicos, quando pertencentes ao quadro do prprio Municpio ou Estado;

    - investimentos, incluindo obras e equipamentos. As restries acima citadas no se aplicam utilizao dos recursos advindos do pagamento de produo de servios gerados na rede prpria estadual/Municipal.

    56

  • 57

    III

    LICITAES

  • III - LICITAO

    A licitao destina-se a garantir a observncia do princpio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administrao, e ser processada e julgada em estrita conformidade com os princpios da legalidade, impessoalidade, modalidade, igualdade, publicidade, probidade administrativa, vinculao ao instrumento convocatrio, e do julgamento objetivo e dos que lhe so correlatos.

    Modalidades de licitao: a- concorrncia

    b- tomada de preos

    c- convite

    d- concurso

    e- leilo

    f - prego

    Concorrncia a modalidade de licitao entre quaisquer interessados que, na fase inicial de licitao preliminar, comprovem possuir os requisitos mnimos de qualificao exigidos no edital para execuo de seu objeto.

    Tomada de Preos a modalidade de licitao entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condies exigidas para cadastramento, at o terceiro dia anterior data do recebimento das propostas, observada a necessria qualificao.

    Convite a modalidade de licitao entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou no, escolhidos e convidados em nmero mnimo de 3 (trs) pela unidade administrativa, a qual afixar, em local apropriado, cpia do instrumento convocatrio e o estender aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedncia de at 24 (vinte e quatro) horas da apresentao das propostas.