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 Manual Técnico Segurança na Utilização de Produtos Fi tof armacêuticos

Manual Tecnico Fitofarmaceuticos

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Manual Técnico

Segurança na Utilizaçãode Produtos Fitoarmacêuticos

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Introdução 07

Transporte de peuenas uantidades de produtostoarmacuticos 11

2.1. Veículo de transporte 122.2. Acondicionamento dos produtos 12

Armaenamento na eploração arícola 153.1. Construção 163.2. Regras de armazenagem 193.3. Higiene e segurança 203.4. Lista de vericação 22

Preparação da calda 254.1. Local de preparação da calda 274.2. Equipamento de Protecção Individual (EPI) 274.3. Leitura do rótulo 284.4. Cuidados a ter na preparação da calda 294.5. Preparar a calda directamente no depósito do pulverizador 30

4.5.1. Procedimentos4.6. Tripla lavagem 314.7. Recomendações gerais 324.8. Lista de vericação 33

2.

3.

4.

1.

Manual TécnicoSegurança na utilização de produtos ftoarmacêuticos

Índice

Nota introdutria 05

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Medidas preventivas na utiliação de produtostoarmacuticos 53

7.1. Noções de perigo, exposição e risco 547.2. Condições em que podem ocorrer contaminações acidentais 56

7.2.1. Vias de contaminação7.2.2. Que azer em caso de contaminação acidental 

7.3. Equipamento de Protecção Individual (EPI) aconselhado 607.3.1. Preparação da calda7.3.2. Aplicação7.3.3. Limpeza do material de aplicação

7.4. Caracterização do Equipamento de Protecção Individual (EPI) 627.4.1. Fatos de protecção individual 7.4.2. Luvas de protecção7.4.3. Máscara de protecção7.4.4. Botas7.4.5. Chapéu7.4.6. Viseira7.4.7. Óculos

Seurança para o consumidor 698.1. Noção de limite máximo de resíduos 708.2. Cumprimento das indicações do rótulo 71

8.2.1. Doses de utilização8.2.2. Intervalo de segurança (IS)8.2.3. Número de aplicações e intervalo entre aplicações

8.

7.5. Aplicação de produtos toarmacuticos 355.1. Antes de iniciar a aplicação 365.2. Durante a aplicação 37

5.2.1. Equipamento de Protecção Individual (EPI)5.2.2. Precauções na aplicação

5.3. Restos de calda 395.4. Material de aplicação 40

5.4.1. Calibração5.5. Utilização de tractor com cabina 41

5.5.1. Cuidados a ter na utilização do tractor5.6. Lista de vericação 43

Aps aplicação 456.1. Períodos a respeitar 46

6.1.1. Período de reentrada nas parcelas tratadas6.1.2. Intervalo de segurança

6.2. Manutenção e limpeza do material de aplicação 476.3. Manutenção e limpeza do equipamento de protecção 48

individual (EPI)6.3.1. Lavagem das botas6.3.2. Lavagem das luvas6.3.3. Limpeza do ato de protecção

6.3.4. Limpeza da viseira, óculos e máscara6.4. Higiene do operador 51

 

6.

Reerncias: ANIPLA /ECPA 72

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Nota introdutria

Direcção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural

O Manual Técnico “Segurança na Utilização de Produtos Fitoarmacêuticos” oi elabo-rado no âmbito do Projecto “Cultivar a Segurança”, desenvolvido pelas Associações Na-cional e Europeia de Protecção das Culturas - ANIPLA (Associação Nacional da Indústriapara a Protecção das Plantas) e ECPA (European Crop Protection Association), às quaisse associou a então Direcção-Geral de Protecção das Culturas, actualmente Direcção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, dada a sua experiência nas áreas da

exposição dermal potencial do operador e absorção por via sistémica, com dierentestécnicas de aplicação de produtos toarmacêuticos, e dos conhecimentos adquiridoscom o estudo da ecácia do equipamento de protecção individual (EPI).

O Projecto “ Cultivar a Segurança” tem por objectivo contribuir para a segurança doaplicador através da utilização correcta do equipamento de protecção individual maisapropriado, melhoria das técnicas de aplicação e redução dos níveis de exposição dosaplicadores.

A produção de material de divulgação sobre a utilização segura de produtos toarma-cêuticos constitui uma vertente importante da concretização deste projecto, que agorase consubstancia na elaboração do presente manual.

Este manual pretende reunir um conjunto de “Boas Práticas” que deverão ser seguidaspor todos aqueles que, na exploração agrícola, armazenam, manuseiam, preparam eaplicam produtos toarmacêuticos de orma responsável.

Desta orma contribui-se para a redução do risco e do impacto ambiental, ao mesmotempo que se reorçam a credibilidade e valorização da actividade agrícola associada àprotecção tossanitária das culturas.

Flávia Ramos Alarroba

Directora de Serviços de Produtos Fitoarmacêuticos e de Sanidade Vegetal

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Introdução

1. Introdução

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Introdução 

1. INTRODUÇÃO

Os produtos toarmacêuticos são produtos naturais ou obtidos a partir de síntese,destinados a proteger as plantas das doenças, pragas ou inestantes, mantendo-assaudáveis por orma a que estas possam exprimir todo o seu potencial produtivo, tantono que se reere à quantidade como no que respeita à qualidade dos produtos agrícolas.Estes produtos ornecem vários beneícios e estão disponíveis não só para utilizaçãoagrícola, mas também forestal e em jardinagem.

Os produtos toarmacêuticos, também conhecidos por pesticidas, podem dividir-se emamílias de produtos de acordo com a sua unção:Fungicidas - Controle dos ungos que atacam as plantas;Herbicidas - Controle de ervas classicadas como inestantes;Insecticidas/Acaricidas - Controle de insectos;Rodenticidas - Controle de roedores;Nematodicidas - Controle de nemátodos;Reguladores de crescimento - Intererem no desenvolvimento das plantas por orma aconseguir um maior controlo vegetativo;Molhantes - Visam uma melhor aderência da pulverização às espécies vegetais tratadas;Atractivos/Repulsivos - Com eeitos sobre o comportamento dos organismos que sepretendem controlar;Bactericidas - Controle de bactérias e outros.

Sendo químicos biologicamente activos, os produtos toarmacêuticos são cuidadosa-mente testados relativamente à sua segurança e ecácia, antes de serem lançados nomercado.

A Indústria Fitoarmacêutica é um dos sectores da economia portuguesa mais sujeito alegislação especíca e rigorosa. Toda a legislação correspondente a este sector resulta,em grande parte, da transposição das directivas europeias e da própria legislação na-cional. Em Portugal, à semelhança de todos os outros países da União Europeia, nãose podem comercializar produtos toarmacêuticos que não tenham sido sujeitos ahomologação nacional, isto é, que não tenham uma autorização de venda especícaconcedida pelas autoridades portuguesas.

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Os estudos eectuados para a sua homologação são cada vez mais exigentes na de-nição dos critérios de avaliação, nomeadamente ao nível da sua ecácia biológica, se-lectividade para as culturas, toxicologia, eco-toxicologia, comportamento no ambiente,resíduos e características ísico-químicas. Cada vez mais a Indústria Fitoarmacêuticaprocura responder às necessidades de uma agricultura em evolução, e lidera esse pro-cesso, através da pesquisa de novos produtos e novas tecnologias, economicamenteviáveis, capazes de garantir ecácia em relação aos inimigos das culturas, mas que aomesmo tempo respeitam o Homem e o Ambiente. O avanço cientíco induz à utilizaçãode produtos cada vez menos tóxicos, mais especícos para o problema a combater ecom menor impacto ambiental.

O cumprimento das boas práticas agrícolas, das quais destacamos a adopção de medi-das de protecção individual adequadas, é essencial para garantir uma correcta e ecazutilização dos produtos toarmacêuticos. Quanto maior or o conhecimento técnico doagricultor, melhor será o seu desempenho prossional e maior será também a rentabi-lidade das suas culturas e a segurança para o Homem, animais e ambiente.

Neste âmbito e enquadrado no Projecto “Cultivar a Segurança”, desenvolvido pela In-dústria Fitoarmacêutica quer a nível Nacional quer a nível Europeu, o presente manual elaborado pela ANIPLA (Associação Nacional da Indústria para a Protecção das Plan-tas), tem como objectivo disponibilizar inormação sobre as boas práticas a adoptarna utilização e aplicação de produtos toarmacêuticos, junto dos agricultores/aplica-dores, técnicos, bem como todos aqueles que manuseiam este tipo de produtos. Numesorço conjunto queremos actuar de orma dinâmica com vista a uma maior prossio-nalização do Sector.

Mais inormação poderá ser obtida através dos websites:

www.cultivaraseguranca.com

www.anipla.com

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Transporte de peuenas uantidadesde produtos toarmacuticos

2. Transporte de peuenas uantidadesde produtos toarmacuticos

2.1. Veículo de transporte

2.2. Acondicionamento dos produtos

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Transporte de pequenas quantidades de produtos toarmacêuticos

2. TRANSPORTE DE PEqUENAS qUANTIDADESDE PRODUTOS FITOFARMACêUTICOS

O transporte de produtos toarmacêuticos está regulamentado pelo RPE – Regulamen-to Nacional de Transporte de Mercadorias Perigosas por Estrada. Sempre que possível,deve privilegiar-se o transporte dos produtos para a exploração agrícola por pessoascom conhecimento na área de segurança destes produtos e nos veículos destinados aesse m.

No transporte de pequenas quantidades de produtos é necessário ter em atenção al-guns aspectos:

2.1. Veículo de transporte

É essencial eectuar-se a vericação geral do veículo de orma a garantir que o mesmose encontra em boas condições, para que o transporte seja eectuado em segurança.O compartimento de transporte dos produtos deve estar limpo, seco e sem parausos,pregos ou outros objectos salientes que possam perurar as embalagens.

2.2. Acondicionamento dos produtos

Os produtos toarmacêuticos devem ser transportados em compartimentos distintosdos passageiros, sempre que possível no exterior do veículo e aastados de alimentos eoutras mercadorias. Os produtos devem estar seguros de orma a prevenir o seu movi-

mento durante o transporte, utilizando por exemplo caixas ou contentores echados.Não se devem colocar embalagens pesadas por cima de outras mais leves. Deveassegurar-se que as embalagens se encontram em boas condições e devidamenteechadas.

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Nas situações em que as culturas a tratar com produtos toarmacêuticos se encontramdispersas por parcelas bastante distantes do armazém/instalações da exploração agrí-cola, é recomendável que a calda seja preparada junto às culturas, evitando-se assimo seu transporte em vias públicas.

Quando or necessário transitar na via pública com o pulverizador cheio com calda,vericar que a tampa do pulverizador se encontra bem echada, que não existem tubosa pingar e que o nível da calda não provoca transbordo.

Em caso de acidente, tomar todas as precauções para que não exista derrame de produ-tos ou, caso exista, controlar os seus eeitos, contendo-o.

Se as circunstâncias o justicarem, não hesitar em pedir ajuda aos bombeiros,inormando-os da natureza dos produtos.

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Armaenamento naeploração arícola

3. Armaenamento na eploração arícola

3.1. Construção

3.2. Reras de armaenaem

3.3. Hiiene e seurança

3.4. Lista de vericação

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Armazenamento de produtos toarmacêuticos na exploração agrícola

3. ARMAzENAMENTO DE PRODUTOS FITOFARMACêUTICOSNA ExPLORAÇÃO AgRÍCOLA

O armazenamento de produtos toarmacêuticos nas explorações agrícolas ou forestaise nas empresas de aplicação, eito em condições de segurança, é undamental naprevenção de contaminações do operador e do ambiente. A necessidade de garantirque o armazenamento de produtos toarmacêuticos se eectua de acordo com todasas condições de segurança e higiene levou a que a legislação mais recente - Dec. lei173/2005 -Artio 18.º, incida sobre os aspectos gerais a observar para este tipo de

estruturas.

3.1. Construção

Um armazém de produtos toarmacêuticos deverá destinar-se exclusivamente a estem e estar isolado de outros ediícios. Considera-se 10 metros a distância mínima entreo armazém de produtos toarmacêuticos e uma outra construção. Quando não existiressa possibilidade, as paredes que o separam das restantes construções deverão sersólidas e não permitir qualquer comunicação interna com as demais instalações.

O local de construção deverá ser aastado, pelo menos 10 metros, de cursos de água,poços, valas e nascentes e nunca se situar em zonas com declive acentuado ou ondeexista risco de cheia. O armazém deverá ser sempre construído acima do nível do solo.As caves são inapropriadas para armazenar produtos toarmacêuticos.

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Os materiais utilizados na construção de armazéns podem ser variados mas têm deser robustos, incombustíveis e de ácil limpeza. O betão, a alvenaria de tijolo ou a pe-dra são os indicados. Relativamente ao chão, exige-se ainda que este seja impermeável a líquidos. O telhado, além de incombustível, deverá garantir um isolamento térmicosuciente para impedir temperaturas extremas no interior do armazém. Este aspecto,associado a uma ventilação eciente, normalmente através de aberturas na parte su-perior e inerior das paredes, permitirá a conveniente renovação do ar no interior doarmazém.

Nalgumas circunstâncias, apesar de um bom arejamento, devido às características dosprodutos armazenados, não é possível manter um armazém completamente livre deodores, o que não signica que a atmosera aí existente constitua um risco para asaúde humana.

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Armazenamento de produtos toarmacêuticos na exploração agrícola

Um aspecto importante a ter em conta na construção do armazém é a capacidade dereter qualquer derrame ou água de combate a incêndio. As soluções a encontrar depen-derão sempre das condições reais existentes, mas na maioria dos casos, nas exploraçõesagrícolas, a construção do pavimento alguns centímetros abaixo do nível do solo cons-titui uma boa solução. Noutros casos, a construção de pavimento com uma bacia deretenção através da impermeabilização do pavimento, dos rodapés e da construção derampas nas portas para evitar a saída de líquidos para o exterior, pode ser a alternativa.Esta bacia deverá ter um volume 110% o volume de líquidos armazenados.

A iluminação deverá ser suciente para que se leia o rótulo dos produtos sem dicul-dade. No caso de existirem prateleiras, as mesmas devem ser construídas em material lavável, não absorvente e não combustível.

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3.2. Reras de armaenaem

O armazenamento de produtos toarmacêuticos deve ser eito com a preocupação demanter a qualidade dos produtos e a garantia de segurança do pessoal que a eles têmacesso. Os produtos deverão ser armazenados exclusivamente nas suas embalagensoriginais e numa posição que permita a sua ácil identicação através da leitura do ró-tulo. De reerir que só se podem armazenar e utilizar produtos registados em Portugal.Deverão armazenar-se apenas as quantidades necessárias à protecção tossanitária naexploração e utilizar sempre o produto mais antigo no armazém, seguindo o princí-pio:

“primeiro a chear, primeiro a sair”

Num armazém de produtos toarmacêuticos devem guardar-se, depois de limpos, to-dos os utensílios utilizados na medição e pesagem dos produtos tais como, medidores,baldes, etc. O armazém é também o sítio ideal para armazenar as embalagens vaziasdentro de sacos destinados para o eeito, para posterior entrega nos centros de re-cepção Valorto.

Sempre que na exploração existam sementes tratadas com produtos toarmacêuticos,as mesmas poderão ser também guardadas neste armazém, até que sejam semeadas,evitando assim que qualquer animal lhes tenha acesso.

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Armazenamento de produtos toarmacêuticos na exploração agrícola

3.3. Hiiene e seurança

O acesso a um armazém de produtos toarmacêuticos deverá ser sempre limitado.Apenas pessoas habilitadas a manusear este tipo de produtos podem aceder ao ar-mazém, devendo azê-lo com brevidade. Deve existir indicação explícita na entrada,visível do exterior, que se trata de um armazém de produtos toarmacêuticos.

As entradas do armazém deverão estar echadas à chave e existir sinalização de se-gurança: proibido entrar, proibido azer lume e proibido umar. As janelas de areja-mento devem estar protegidas por orma a evitar qualquer intrusão.

Não deverão existir no armazém ontes de ignição potenciais para qualquer incên-dio e a instalação eléctrica terá de obedecer aos regulamentos de certicação, hojeexistente no nosso país.

É imprescindível manter um armazém arrumado e limpo e garantir que o pessoal com

acesso a estas estruturas conheça as normas de segurança e higiene a respeitar. Ahigiene e utilização de equipamento de protecção individual (EPI) é undamental paraquem contacta com produtos toarmacêuticos, mas nem a arrumação dos EPI’s nemas instalações de higiene, com ácil acesso à agua, podem estar no mesmo comparti-mento de armazenagem dos produtos. Sempre que o operador vista o EPI no local ondeeste se encontra arrumado, deve existir um cabide/compartimento à parte, destinadoa guardar a roupa de uso diário.

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A existência de extintor de pó químico é também recomendada. No armazém tem queexistir equipamento para lidar com derrames: areia, sacos de plástico ortes, baldes,pá e vassoura.

A limpeza de qualquer derrame num armazém de produtos toarmacêuticos deve azer-

-se com cuidado: conter imediatamente o derrame, arejar bem o armazém e só depoisproceder à recolha do produto derramado e posterior limpeza. Quando o produto der-ramado or um sólido, poderá usar-se um aspirador industrial com ltro ou, se este nãoexistir, lançar areia na molhada sobre o derrame e usar pá e vassoura para o recolher.No caso de derrames de líquidos deve usar-se um material inerte (areia na...) para asua absorção e recolha. Os materiais resultantes dos derrames devem ser guardados emsacos de plástico para posterior eliminação.

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Armazenamento de produtos toarmacêuticos na exploração agrícola

3.4. Lista de vericação

A segurança é undamental no armazenamento de produtos toarmacêuticos, peloque aconselhamos adoptar a lista de vericação que se segue, relativa às condiçõesessenciais de um armazém. Quando a resposta a algum destes items or “não”, o mesmodeverá ser recticado.

Armaenaem  Sim Não

Os produtos toarmacêuticos são armazenados emcompartimentos independentes, exclusivamente destinados aesse m.

Os produtos toarmacêuticos são armazenadosseparadamente de ertilizantes.

Os produtos toarmacêuticos são armazenadosseparadamente de EPI’s1.

Os produtos toarmacêuticos estão homologados em Portugal para o m a que se destinam (praga, doença, cultura).

Os produtos toarmacêuticos são armazenados num local deestrutura sólida.

O local de armazenamento é mantido echado à chave.

O local de armazenamento está protegido contra temperaturasextremas.

Existem sinais de proibição de umar e de azer lume.

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Armaenaem Sim Não

O local de armazenamento tem ventilação constante esuciente de modo a evitar a acumulação de vaporesperigosos.O local de armazenamento é sucientemente iluminado parapermitir a leitura dos rótulos dos produtos situados nasprateleiras.

As prateleiras de armazenamento são eitas de materiais não

absorventes e não combustíveis, por exemplo metal.Os produtos em pó ou granulados estão situados emprateleiras, por cima dos líquidos.

O local de armazenamento tem equipamento para lidar comderrames: recipiente com material inerte tipo areia, vassoura,caixote do lixo e sacos de plástico, em local assinalado eprontos a serem usados.

Existe próximo do local de armazenamento um “lavaolhos”, água para descontaminação do operador em caso dederrame acidental e um procedimento claro, com os númerosde teleone de emergência (CIAV2, polícia, ambulância,hospital, bombeiros) e um guia de primeiros socorros. Tudopermanentemente actualizado e claramente assinalado.

Existem casas de banho limpas e lavatórios na zona do local de trabalho.

Existe um inventário dos produtos existentes. É actualizadopelo menos de 3 em 3 meses.

1 EPI – Equipamento de Protecção Individual 2 CIAV – Centro de Inomação Anti-Venenos

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Preparação da calda

4. Preparação da calda 

4.1. Local de preparação da calda

4.2. Euipamento de Protecção Individual (EPI)

4.3. Leitura do rtulo

4.4. Cuidados a ter na preparação da calda

4.5. Preparar a calda directamente no depsito do pulveriador 

4.5.1. Procedimentos

4.6. Tripla lavaem

4.7. Recomendações erais

4.8. Lista de vericação

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Preparação da calda

4. PREPARAÇÃO DA CALDA

A preparação da calda exige cuidados especícos por parte do operador. Nesta ase,para além de se manusearem produtos concentrados, não diluídos, existe uma varie-dade de operações, como a mistura e enchimento dos depósitos de pulverização, querequerem uma atenção redobrada.

Preparar a calda é uma operação de bastante responsabilidade que deverá serexecutada apenas por pessoas habilitadas para o azer. É necessário garantir que nãoexistem pessoas ou animais nas proximidades do local onde se prepara a calda e tomartodas as precauções para que não ocorram erros ou acidentes, com consequênciasnegativas para a qualidade do tratamento, o operador e ambiente.

Antes de preparar a calda há um conjunto de regras base que devem estar semprepresentes:

• Ler os rótulos e seguir as suas instruções;• Colocar o equipamento de protecção individual adequado;• Vericar se o material de aplicação a ser utilizado está calibrado e em pereitas

condições de uncionamento;• Assegurar que o material de primeiros socorros e contactos de emergência estão

acilmente acessíveis;• Calcular a quantidade de calda necessária ao tratamento tossanitário.

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4.1. Local de preparação da calda

É conveniente que exista um local especíco para a preparação da calda que sejaprático, uncional, seguro e que salvaguarde a protecção ambiental. Muitas vezes privi-legiam-se localizações próximas do armazém de produtos toarmacêuticos. Este lo-cal, que pode ou não ser coberto, não deve ter paredes laterais, e o chão deve serimpermeável, pelo menos na zona de enchimento do pulverizador, com capacidade deretenção para derrames ocasionais.

Sempre que não seja possível existir esta instalação xa, é conveniente ir mudando olocal de preparação da calda, tendo sempre presente que estes locais devem situar-seem zonas bem arejadas, aastadas de ontes, poços e cursos de água.

4.2. Euipamento de Protecção Individual (EPI)

O rótulo dos produtos, no capítulo das Precaucões Toxicológicas, Ecotoxicológicas eAmbientais, az reerência ao equipamento de protecção a utilizar. Sempre que existemnecessidades especícas de protecção para um produto, essa indicação está reeridano rótulo.

O equipamento mínimo de protecção recomendado durante a preparação da calda,consiste em:• Fato de protecção;• Luvas;• Botas de borracha;• Viseira.

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Preparação da calda

4.3. Leitura do rtulo

O rótulo é o documento ocial que contém toda ainormação sobre o produto, sua utilização correctae recomendações. É obrigatório seguir as suasinstruções.

Ler o rótulo dos produtos que vamos utilizar é umaobrigação tanto para pessoas experientes, comopara aqueles que preparam uma calda de produtostoarmacêuticos pela primeira vez. A sua leituraé imprescindível! A inormação que consta nos rótulos não é igual para todos osprodutos e é undamental para seguir as boas práticas agrícolas.

Dierentes partes do rótulo:

Indicações de uso

Modo de Preparação da caldaRecomendaçõescomplementares

Precauções Toicolicas,Ecotoicolicase Ambientais

Nº de APV/AV Símbolos ToicolicosNº de lote

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4.4. Cuidados a ter na preparação da calda

• Abrir a embalagem que contém o produtoe vertê-la de orma cuidadosa, evitandosalpicos e/ou derrames;

• Manter a embalagem aastada do corpo,reduzindo a possibilidade de contacto como produto;

• Medir correctamente o produto. Não estimara quantidade, pois nalguns produtos umapequena alteração na quantidade utilizadapode prejudicar o resultado esperado;

• Após a medição do produto que se vai utilizar,echar de imediato a embalagem para evitarderrames;

• Enxaguar os utensílios utilizados para mediro produto e deitar a água desta lavagemno depósito do pulverizador;

• Colocar sempre as embalagens e utensíliosmedidores sobre superícies planas e segurasde orma a evitar a sua queda e derramedo conteúdo;

• Nas aplicações eitas com tractor éimprescindível ter disponíveis luvas parautilizar em caso de necessidade de reparação

do equipamento de aplicação (ex: entupimentode bicos, etc). Se o operador or o mesmo quepreparou a calda, então este deve lavar as luvasutilizadas, retirá-las, guardá-las no tractore só depois azer o tratamento;

• Ao verter o conteúdo de uma embalagem de grandes dimensões (superior a 5 lt/kg)ter cuidado para permitir a circulação de ar enquanto se verte o produto. Estaprática permite que o produto escorra de orma contínua, evitando salpicos.

APLICAÇÕES, CONCNTRAÇÕES E ÉPOCADE EMPREGOO XXX éindicadoparacombater as seguintes pragas:

C UL TU RA S P RA GA S C ON CE NT RA ÇÕ ES(para100l deágua)

O li ve ir a M os ca d a az ei to na 7 5 a 15 0 m lT r aç a d a Ol i ve i ra 1 0 0 a 15 0 m l

Algodão,gorgulho etripes 75mlC er ej a M os ca d a ce re j a 5 0 a 1 00 m l

Afídeos 75a 100 mlE r vi l he i ra A f í de o s 5 0 a 1 0 0 m lT r ig o , ce n te i o A f í de o s 1 0 0 m lT ab ac o A fí de os 7 5 ml

Nas regiõesabrangidas peloServiçodeAvisos, realizaros tratamentos nasépocas aconselhadas nas circulares.

NOTA–O XXX podeaplicar-sepor viaaérea,especialmente emculturasextensivas(casodos cereais).

MODO DE PREPARAÇÃO DACALDANorecipiente ondeseprepara acalda deitarmetadeda águanecessária.Juntaraqualidadedeprodutoautilizarecompletarovolumedeágua,agitando sempre.

MODO DE APLICAÇÃO  As concentrações atrás indicadasreferem-seapulverizaçãoem altovolume(1000 há).Quandoaaplicação sefaz comaparelhos demédiooubaixo volume(turbinasou atomizadores),aconcentraçãodeveseraumentadadetal modoqueadosedeprodutoporhec taresejamesmaquenoaltovolume.

PRECAUÇÕES TOXICOLÓGICAS, ECOTOXICOLÓGICASE AMBIENTAIS-FichadeSegurançafornecidaapedidodeutilizadores prossionais.-Inamável.-Em casodeincêndio e/ouexplosãonão respiraros fumos.-Manterafastado dos alimentos ebebidas, incluindoos dos animais.-Nocivo:pode causardanos nos pulmõesseingerido. Nocivoemcontactocomapele.Ir r itanteparaapele.-Não respiraraanuvem depulverização.-Evitaro contactocomos olhos.-Usarluvas adequadas duranteapreparação dacaldaeaplicaçãodo produto.-Nãocomer ,beberoufumarduranteautilização.-As embalagens vazias deverãoserlavadas 3vezes,inutilizadas ecolocadas emlocais adequados àsuarecolha,estas águas delavagemdeverãoserusadas napreparaçãoda calda.-Nãocontaminaraáguacomes teprodutooucomasuaembalagem.-Perigosopara as abelhas.Para aprotecçãodas abelhas edeoutrosinsectospolinizadores, nãoaplicar esteprodutodurante aoraçãodas culturas.-Tóxicopara organismosaquáticos,podendo causarefeitos nefastos alongoprazo noambiente aquático.-Para protecçãodeorganismos aquáticos,nãoapl icaremterrenos

agrícolasadjacentes aáguas desuperfície.-Tóxicopara aves.-No casodeaplicações aéreas,asempresas aplicadoras deverãoasseguraros cuidados indispensáveis àsegurançadetodoo pessoalenvolvidono tratamento,etomar emconsideraçãoos aspectosinerentesaes tatécnicadeaplicação,demodoanãocontaminaraszonascircunvizinhas daáreaa tratar.-Apóso tratamentolavarbem omaterial deprotecção,tendo ocuidadoespecial emlavaras luvas pordentro.-Intervalode Segurança:14dias emtrigo,cerejeiras eervilheiras (paraproduçãodeervilha paraconsumocom casca);21 diasemtabaco; 42dias emoliveira podendoestei ntervaloserreduzido para21 dias quandoaaplicaçãoéfeitanaconcentraçãomáx imade75ml deproduto/hl enãoefectuandomais deuma aplicação.-Tratamentode emergência:emcaso deingestão lavarrepetidamenteaboca comágua(apenas seavítima estiverconsciente)enãoprovocarovómito. Consultarimediatamenteo médicoe mostraraembalagemouorótulo.

NOTA:Comoaaplicaçãonãoéfeitasobonossocontrolo,apenas nosresponsabilizamos pelaqualidadesempre constantedos nossos produtos.

 Autorizaçãoprovisóriade vendaNºXXX concedidapela DGPC

Lote:

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Preparação da calda

4.5. Preparar a calda directamente no depsito do pulveriador 

Resultado da grande evolução que se tem vericado ao nível da qualidade daormulação dos produtos, hoje em dia já não se justica azer diluições prévias emrecipientes à parte e vertê-las depois para o pulverizador. A maioria dos produtossólidos e todos os produtos líquidos podem ser vertidos directamente para o depósitodo pulverizador.

4.5.1 Procedimentos

• Calcular a quantidade de água e produto a utilizar em unção da área a tratar,evitando sobras;

• Deitar metade da água necessária no depósito de pulverização, agitar, adicionaro(s) produto(s) e juntar a restante água, agitando sempre;

• Sempre que houver necessidade de misturar produtos, deve adicionar-se em primeiro

lugar as ormulações sólidas (Pó molhável - WP, Grânulos Dispersíveis - WG) na águado depósito do pulverizador até obter uma mistura homogénea,e só depois juntar as ormulações líquidas;

• Assegurar que existe compatibilidade entre os produtos, que é aconselhável a mis-tura que se pretende azer e que cada produto está bem dissolvido antes de lhe

 juntar o produto seguinte.

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4.6. Tripla lavaem Após o esgotamento total do produto, as embalagens vazias deverão ser sujeitas àtripla lavagem:1. Vazar completamente o conteúdo da embalagem no depósito de pulverização;2. Encher a embalagem com água até um quarto da sua capacidade;3. Tapar e agitar vigorosamente durante alguns segundos;4. Deitar a água da lavagem no depósito de pulverização;5. Repetir mais duas vezes os passos 2 a 4; Inutilizar a embalagem, de preerência,

sem danicar o rótulo e colocá-la nos sacos destinados à recolha das embalagens.  1 2 3 4

A tripla lavagem das embalagens é aplicável apenas em casos de embalagens rígidascom capacidade/peso até 25L/25Kg, que contiveram produtos toarmacêuticos que sedestinam à preparação da calda.

A limpeza das embalagens traz beneícios em termos:• Econmicos: Uma embalagem não lavada pode conter até 5% do produto.• De ecácia: Ao lavar as embalagens utiliza a totalidade do produto e ganha em

ecácia no tratamento.• De seurança: Uma embalagem bem lavada não contém resíduos, evitando assim o

risco de intoxicações e outros acidentes.• De ambiente: Uma embalagem que tenha sido lavada três vezes não contamina o

ambiente.

Embalagens não rígídas de qualquer capacidade e embalagens rígidas de 25L/25Kg até250L/250Kg devem ser devidamente esgotadas do seu conteúdo, sem lavagem prévia.

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Preparação da calda

4.7. Recomendações erais

• Nunca se desaça das embalagens vazias de orma descuidada;

• Nunca deite as embalagens vazias:- Nos campos (terrenos de cultura ou incultos);- Nos rios, ribeiros ou valas;- Nos contentores de resíduos urbanos.

• Nunca queime as embalagens de produtos toarmacêuticos;

• Nunca reutilize as embalagens vazias de produtos toarmacêuticos, pois podemconter resíduos de produto;

• Práticas aceites há alguns anos, como a queima, o enterrar ou deposição noscontentores de resíduos urbanos são actualmente incorrectas. A Indústria Fitoar-macêutica tem hoje em uncionamento um sistema moderno e ecaz de recolha deresíduos de embalagens de produtos toarmacêuticos designado por VALORFITOwww.valorto.com

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4.8. Lista de vericação

A segurança na preparação da calda de produtos toarmacêuticos é undamental, peloque aconselhamos seguir a presente lista de vericação, antes de iniciar o trabalho.Quando a resposta a algum destes items or “não”, o mesmo deverá ser recticado.

Mistura / Enchimento Sim Não

O material de aplicação está limpo, bem conservado e semderramar. Existe um rolo de “tefon” para reparar algum tuboque verta.O equipamento de protecção individual (EPI) está limpo, bemconservado e pronto a ser utilizado pelo operador que preparaa calda.Os equipamentos adequados para medição dos produtostoarmacêuticos estão limpos e no local onde se prepara acalda.

Existe, na proximidade, um recipiente com água limpapara lavagem das mãos e olhos em caso de contaminaçãoacidental.

Existe, próximo do local de preparação da calda, água paradescontaminação do operador, em caso de derrame acidental.

Os números de teleone de emergência (policia, ambulância,hospital, bombeiros, CIAV1) e um guia de primeiros socorros,encontram-se em local acessível, permanentementeactualizado e claramente assinalado.

Existe a possibilidade de eectuar a tripla lavagem dasembalagens.

As embalagens vazias, depois de acondicionadas nossacos do Valorto, são guardadas no armazém de produtostoarmacêuticos.

1 CIAV – Centro de Inormação Anti-Venenos

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Aplicação de produtos

toarmacuticos

5. Aplicação de produtostoarmacuticos

5.1. Antes de iniciar a aplicação

5.2. Durante a aplicação

5.2.1. Euipamento de Protecção Individual (EPI)

5.2.2. Precauções na aplicação

5.3. Restos de calda

5.4. Material de aplicação

5.4.1. Calibração5.5. Utiliação de tractor com cabina

5.5.1. Cuidados a ter na utiliação do tractor 

5.6. Lista de vericação

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Aplicação de produtos toarmacêuticos

5. APLICAÇÃO DE PRODUTOS FITOFARMACêUTICOS

Aplicar um produto toarmacêutico tem como objectivo a resolução de um problematossanitário concreto. A concretização desse objectivo depende de vários actores,que não podem de orma alguma ser esquecidos. Uma aplicação incorrecta, para alémde desperdiçar produto, pode ocasionar problemas adicionais na cultura, contaminaro aplicador e o ambiente. Neste manual destacamos apenas os aspectos relacionadoscom a segurança.

5.1. Antes de iniciar a aplicação

• Garantir que na zona a tratar não existem pessoas ou animais;• Certicar-se da leitura do rótulo do produto que se vai aplicar;• Não beber qualquer bebida alcoólica antes de iniciar o tratamento com produtos

toarmacêuticos;• Se utilizar um tractor, assegurar que existem luvas para usar no caso de ser

necessário reparar algo no pulverizador;• Caso a aplicação seja contratada, certicar que o aplicador está habilitado a

azê-la.

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5.2. Durante a aplicação

5.2.1. Euipamento de protecção individual (EPI)

O rótulo dos produtos, no capítulo dasPrecaucões Toxicológicas, Ecotoxicológicase Ambientais, az reerência ao equipamentomínimo de protecção individual (EPI) a utilizar.Sempre que existem necessidades especícasde protecção para um produto, essa indicaçãoestá reerida no rótulo.

O equipamento base de protecção recomendadodurante a aplicação, consiste em:• Fato de protecção;• Luvas;• Botas de borracha;• Chapéu;

• Todo o equipamento de protecção deveráestar marcado com o símbolo CE;

• Utilizar luvas de nitrilo apropriadas(as luvas utilizadas na cozinha não

oerecem protecção suciente);• Consultar o rótulo do produto para vericar

se são necessários equipamentos deprotecção adicionais (avental, máscaracontra pós ou vapores e óculos; etc.);

• Garantir que os ajudantes do operadortambém se encontram devidamenteprotegidos pela utilização do EPI.

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Aplicação de produtos toarmacêuticos

5.2.2. Precauções a ter durante a aplicação

• Manter as pessoas e animais aastados das áreas a tratar;• Não comer, beber ou umar durante a aplicação;• Não desentupir bicos do pulverizador com a boca.

Ter atenção às condições meteorológicas que podem aectar a ecácia e segurança dotratamento:

• Não aplicar com muito vento;• O arrastamento provocado pelo vento pode tornar-se perigoso caso o desvio se aça

em direcção ao aplicador, outras culturas, água, animais ou habitações;• Alguns produtos são acilmente eliminados pelas águas da chuva e por isso

necessitam de um período sem precipitação após o tratamento;• Evitar aplicar produtos toarmacêuticos nas horas mais quentes do dia.

A qualidade da aplicação do produtotoarmacêutico infuencia em grandeparte o sucesso do tratamento tossanitárioe a exposição do operador.

• Em culturas altas, em que a aplicaçãoé dirigida para cima, aumenta a exposiçãodo operador;

• Em culturas, em espaços connados,com as plantas altas e distânciasentre linhas reduzidas, aumenta o contactodo operador com a olhagem pulverizada;

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• Na aplicação em alto volume o tamanho da lança de pulverização, a velocidadee sentido da deslocação do operador, condicionam o nível de exposição.A deslocação de costas evita o contacto com a olhagem pulverizada.

5.3. Restos da calda

Um operador experiente prepara a quantidade de calda necessária e suciente parao tratamento que pretende realizar. Não existem em geral excessos de calda quandoos operadores estão habituados a realizar os tratamentos tossanitários nas mesmasparcelas ao longo dos anos e são eles próprios que realizam a calibração do material de aplicação.

Quando ocorram excessos de calda, o procedimento a seguir consiste em diluir essacalda e aplicá-la em zonas com plantas não destinadas ao consumo humano e animal.Nestes casos é necessário determinar a razão pela qual existiu excesso de calda e cor-rigir o procedimento em uturas aplicações.

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Aplicação de produtos toarmacêuticos

5.4. Material de aplicação

Faça a vericação mecânica e uncional do material de aplicação e garanta que este seencontra em boas condições.

A utilização do material de aplicação indicado para realizar o tratamento toarma-cêutico pretendido é condição undamental para o sucesso deste. É necessário ter emconta as indicações do abricante e ver se estas se adequam à cultura que se pretendetratar, área e estado de desenvolvimento da cultura, doença ou praga a combater.

Independentemente do material de aplicação utilizado, é undamental que este estejacalibrado e com manutenção correcta.

5.4.1. Calibração

Não se pretende neste manual explicar detalhadamente como calibrar o material deaplicação, mas chamar à atenção para a importância desta operação, imprescindível aum tratamento toarmacêutico ecaz.A calibração bem eita resulta em economia para o agricultor, ecácia no tratamentoe menor impacte ambiental. Calibrar um aparelho é certicar-se de que a calda será

correctamente aplicada, de orma uniorme e na dose indicada. As operações envolvi-das na calibração são:• Material de aplicação a uncionar pereitamente (não há tubos a verter, não há

bicos entupidos, ...);• Medição dos débitos;• Ajustar o equipamento às mudanças de débito pretendidas;• Calcular a quantidade de produto a adicionar ao tanque de pulverização.• Vericar o correcto uncionamento do manómetro;• Assegurar a limpeza dos ltros.

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A calibração deverá azer-se no mínimo uma vez por ano, mas torna-se necessária sem-pre que existam alterações no equipamento ou na orma de realizar o tratamento. Umacorrecta calibração e um operador com ormação podem evitar, ou no mínimo reduzirsignicativamente, restos de calda no nal do tratamento toarmacêutico.

5.5. Utiliação de tractor com cabina

O tractor com cabina reduz a exposição do operador.

A selecção do material de aplicação deve ser adequado às condições da cultura (área,espaçamento, topograa, etc.), de orma que proporcione o máximo rendimento aomenor custo. Um tractor é um investimento caro e consequentemente torna-se impera-tivo tirar dele o máximo beneício.

Sempre que possível, aconselha-se a utilização de tractor cabinado uma vez que oinvestimento adicional é largamente compensado pela maior segurança e conorto que

proporciona ao seu operador.

Estudos realizados em vários países comprovam que a utilização de tractor com cabinana aplicação de produtos toarmacêuticos reduz cerca de 10 vezes o nível de ex-posição do operador, na medida em que o protege do meio exterior (agentes atmos-éricos; nuvem de pulverização, etc). As cabinas devem ser aprovadas e certicadas nasequência de um processo de ensaio e como tal devem exibir uma placa identicativados organismos certicadores das Estações Ociais de Ensaio da OCDE ou CE.

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Aplicação de produtos toarmacêuticos

5.5.1. Cuidados a ter na utiliação do tractor 

Um tractor é um veículo que deve ser operado com o máximo cuidado e seguindo ascondições de utilização determinadas pelo seu abricante. A título de exemplo, desta-camos algumas recomendações gerais para uma utilização segura do tractor:

• Inormar-se devidamente sobre o uncionamento do tractor, antes de o utilizar;• Prevenir possíveis reviramentos do tractor em zonas declivosas, curvas apertadas;• Não acoplar equipamento com peso excessivo para a potência do tractor;• Não trabalhar durante horas excessivas.

Na pulverização com tractor destacam-se as seguintes regras a seguir:

• Sempre que se utilizar tractor com cabina é imprescindível ter no seu interiorluvas para utilizar em caso de reparação do equipamento de aplicação(ex: entupimento de bicos, ...);

• Fechar os bicos do pulverizador ao azera volta no nal das linhas;

• Evitar que a calda atinja outras zonasalém da cultura que se pretende tratar.Ter especial atenção a cursos de águaou ontes, deixando uma zona por tratarem volta destes (zona tampão);

• Vericar que não há arrastamentode calda para outras zonas. No caso dearrastamento verique a razão pelo qual 

ocorre e corrija a situação.As razões podem ser:

• Vento demasiado intenso;• Uso de pressão excessiva na aplicação;• Bicos desajustados ao tipo de tratamento;• Bicos a trabalhar muito aastados da cultura

a tratar.

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5.6. Lista de vericação

A segurança é undamental na aplicação de produtos toarmacêuticos, pelo queaconselhamos seguir as orientações da lista de vericação que se segue, antes deiniciar o trabalho. Sempre que a resposta a algum destes items or “não”, o mesmodeverá ser recticado.

Aplicação Sim Não

O equipamento para aplicação da calda está limpo, bemconservado e sem derramar.

Existe na proximidade um recipiente com água limpa paralavagem dos olhos ou um rasco lava-olhos, em caso decontaminação acidental.

Existem luvas limpas no tractor.

Existe na proximidade local onde lavar as mãos.

Existe um procedimento claro com os números de teleonede emergência (policia, ambulância, hospital, bombeiros,CIAV1) e um guia de primeiros socorros. Tudo permanentementeactualizado e claramente assinalado.

No caso de existir excesso de calda, o operador sabe qual oprocedimento a seguir.

São registadas todas as aplicações de produtostoarmacêuticos (localização, culturas, marca do produtoe substancia(s) activa(s), quantidade aplicada e data daaplicação).

No nal da aplicação: O equipamento de aplicação está limpoe pronto para a aplicação seguinte.

1 CIAV – Centro de Inormação Anti-Venenos

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Aps aplicação

6. Aps aplicação 

6.1. Períodos a respeitar 

6.1.1. Período de reentrada nas parcelas tratadas

6.1.2. Intervalo de seurança

6.2. Manutenção e limpea do material de aplicação

6.3. Manutenção e limpea do euipamento de protecção

individual (EPI)

6.3.1. Lavaem das botas

6.3.2. Lavaem das luvas6.3.3. Limpea do ato de protecção

6.3.4. Limpea da viseira, culos e máscara

6.4. Hiiene do operador 

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Após aplicação

6. APóS APLICAÇÃO

Logo após a aplicação de produtos toarmacêuticos é importante ter atenção a trêsaspectos distintos:

1. Conhecer e pôr em prática as condições expressas no rótulo relativamentea períodos de reentrada na cultura tratada e intervalo de segurança;

2. Manutenção e limpeza do material de aplicação e do equipamento de protecçãoindividual (EPI´s);

3. Higiene do operador.

6.1. Períodos a respeitar 

6.1.1 Período de reentrada nas parcelas tratadas

Alguns produtos toarmacêuticos requeremum período de espera antes de se reentrarnos campos tratados com esses produtos.Nesses casos, deverão ser tomadas asprecauções necessárias para evitar que alguém,inadvertidamente, possa entrar nessas parcelas.Uma das ormas de o azer é colocar indicaçõesde que o campo está tratado e que é proibidaa entrada.

Todos os produtos que exijam um período deespera para reentrada, têm essa indicaçãono rótulo.

Sempre que seja necessário reentrar noscampos tratados durante as 24 horas seguintesà aplicação, dever-se-á utilizar o equipamentode protecção individual adequado.

VINHA TRATADAPROIBIDA A ENTRADA

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6.1.2. Intervalo de seurança

Embora se aborde o tema do intervalo de segurança noutros capítulos destemanual, é indispensável reorçar a sua importância após a aplicação de um produtotoarmacêutico. O registo dos produtos aplicados na exploração agrícola, a data e adose aplicada devem azer-se logo após a aplicação, evitando assim dúvidas posteriores,nomeadamente em relação à data a partir da qual a colheita se pode eectuar, ou sejao intervalo de segurança.

6.2. Manutenção e limpea do material de aplicação

A regra básica a seguir para a limpeza e manutenção do material de aplicação é simplese prática:“Limpar e vericar o material de aplicação após cada dia de trabalho, deixando-opronto para a seguinte utilização”.

Após cada aplicação deverá proceder deimediato à limpeza do material de aplicação.As águas de lavagem devem ser pulverizadassobre vegetação, em zonas com plantasnão destinadas ao consumo humano e animal,sempre longe de ontes, poços ou cursos deágua e em zonas não habitadas.

A manutenção do material deve azer-se de acordo com as recomendações do seuabricante e deve ter-se especial atenção a períodos longos, em que o equipamentonão é utilizado. Nas condições climáticas de Portugal, a maioria do equipamento deaplicação não é utilizado no Inverno, sendo por isso importante azer uma manutençãomais prounda no nal do Verão / Outono.

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Após aplicação

6.3. Manutenção e limpea do euipamento de protecçãoindividual (EPI)

O equipamento de protecção individual (EPI) destinado a tratamentos tossanitáriosdeve ser utilizado exclusivamente para este m. Deve ser limpo no nal de cada dia detrabalho e substituído o que não se encontrar em boas condições.

6.3.1. Lavaem das botas

As botas de borracha devem ser lavadas com águacorrente e ainda quando se tem as luvas calçadas.Não utilizar detergentes na lavagem das botas,pois estes podem aectar a impermeabilidadedas mesmas.

6.3.2. Lavaem das luvas

As luvas também devem ser lavadas comágua corrente e sem usar detergente.Apesar das luvas se retirarem apenasdepois de lavadas, deve evitar-se ocontacto das mãos com a parte exteriordestas, pelo que se aconselha retirá-lasda seguinte orma:

1. Retirar parcialmente uma das luvas até ao pulso;

2. Puxar a outra luva e retirá-la até à zona do polegar;

3. Agarrar as luvas pela parte de dentro com a mão livre e introduzir o polegarna luva calçada de orma a permitir a sua retirada;

4. Segurar as luvas sempre pela parte interior.

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1 2 3 4

6.3.3. Limpea do ato de protecção 

A limpeza dos atos de protecção utilizados na protecção das plantas az-se por lavagemà mão ou na máquina de lavar roupa.

A lavagem do ato de protecção deverá ser sempre eita separadamente da lavagem deroupa de uso diário.

A lavagem deverá respeitaras instruções do abricante.Consulte cuidadosamente aetiqueta, pois a sua manutençãoe conservação podem variar.Existem atos que requerema passagem a erro apósa lavagem, para restabelecer as suaspropriedades de impermeabilização;outros têm de ser lavados atemperaturas mais baixas, etc.Os atos reutilizáveis deverão sersempre lavados após cada utilização,no nal de cada dia de trabalho.

Os atos de uma só utilização não podem ser lavados, pois perderiam as suas propriedadesprotectoras. Como tal, devem ser substituídos depois de usados.

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Após aplicação

6.3.4. Limpea da viseira, culos e máscara 

Os óculos e viseira devem ser lavados com água corrente, podendo utilizar-se umdetergente suave.

A máscara deve ser limpa com um pano húmido. No caso de máscaras reutilizáveis comltros incorporados, ter cuidado para nunca molhar os ltros.As máscaras descartáveis devem ser substituídas depois de cada utilização.

É importante substituir os ltros ou a própria máscara de acordo com as instruções doabricante ou, na sua alta, sempre que se verique diculdade em respirar ou sentir osabor ou cheiro do produto que se está a utilizar.

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6.4. Hiiene do operador 

Logo após a utilização dos produtos, a limpeza do material de aplicação e doequipamento de protecção individual, o operador deve tomar um duche. É aconselhável que o operador tome banho de chuveiro utilizando sabonete ou equivalente e vistaroupa lavada. Só após nalizada a sua higiene pessoal é que o operador pode realizaroutra actividade.

Sempre que as aplicações de produtos toarmacêuticos se realizem por exemplo demanhã e à tarde, recomenda-se que no nal da manhã o operador proceda à limpeza doequipamento de protecção, realize a sua higiene pessoal e pela tarde volte a utilizar osequipamentos convenientemente limpos.

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Medidas preventivas na utiliação

de produtos toarmacuticos

7. Medidas preventivas na utiliaçãode produtos toarmacuticos

7.1. Noções de perio, eposição e risco7.2. Condições em ue podem ocorrer contaminações acidentais

7.2.1. Vias de contaminação7.2.2. que aer em caso de contaminação acidental

7.3. Euipamento de Protecção Individual (EPI) aconselhado7.3.1. Preparação da calda7.3.2. Aplicação

7.3.3. Limpea do material de aplicação7.4. Caracteriação do Euipamento de Protecção Individual (EPI)

7.4.1. Fatos de protecção individual7.4.2. Luvas de protecção7.4.3. Máscara de protecção7.4.4. Botas7.4.5. Chapéu7.4.6. Viseira7.4.7. óculos

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Medidas preventivas na utilização de produtos toarmacêuticos

7. MEDIDAS PREVENTIVAS NA UTILIzAÇÃO DE PRODUTOSFITOFARMACêUTICOS

Produtos toarmacêuticos são preparações de substâncias activas cuja utilização deveser cuidada para que não envolva riscos para quem os aplica, para o ambiente econsumidores.

Um produto toarmacêutico pode não constituir qualquer risco se o utilizador actuarcom cuidado, usando todos os meios de protecção recomendados e seguir as instruções

de utilização expressas no rótulo.

7.1. Noções de perio, eposição e risco

Existe requentemente conusão entre os conceitos de perigo e risco que interessaesclarecer. O perigo é uma propriedade intrínseca do produto, que não podemosmodicar quando o vamos utilizar. A exposição por outro lado, depende exclusivamentedo aplicador do produto. O risco é a conjugação destes dois actores.

No caso dos produtos toarmacêuticos a indicação da perigosidade de um produtoé dada pela sua toxicidade, que é expressa nos rótulos pelos símbolos e precauçõestoxicológicas.

ToicidadeNão é infuenciada pelo aplicador.

Símbolos ToxicológicosSensibili zante Perigoso para

Muito Tóxico Tóxico Nocivo Irritante Corrosivo o ambiente Isento

T+ T Xn Xi C N

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EposiçãoÉ infuenciada pelo aplicador e depende:• Da cultura a tratar (densidade, altura, ...);• Das técnicas de aplicação;• Do material de aplicação;• Das condições de aplicação (meteorológicas, orográcas, ...);• Da utilização do equipamento de protecção (EPI´s) adequado;• Da manutenção e limpeza dos EPI´s;• Da duração do tratamento.

Risco = Toicidade Eposição

O Risco refecte a probabilidade de alguém ou algo sorer danos quando exposto a umperigo. No caso dos produtos toarmacêuticos a exposição expressa-se na orma decontacto com os produtos: Dermal, Inalação e Oral e, como já oi reerido, é infuen-ciada pelo aplicador.

Utilizar os produtos toarmacêuticos com segurança é actuar sobre a exposição,evitando o contacto directo com os produtos.

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Medidas preventivas na utilização de produtos toarmacêuticos

7.2. Condições em ue podem ocorrer contaminações acidentais

O objectivo da Indústria Fitoarmacêutica é a inexistência de qualquer acidente comprodutos toarmacêuticos e nesse sentido preconiza a utilização de medidas preven-tivas em qualquer ase de “utilização” do produto toarmacêutico: na armazenagem,na preparação da calda, na aplicação e após a aplicação.

7.2.1. Vias de contaminação

Absorção por inestão

Como pode acontecer a absorção por ingestão?• Ingestão acidental devido a armazenamento inadequado

dos produtos;• Saqueta ou garraa mal echada e guardada junto

a alimentos;• Produto guardado numa embalagem que não é a original;• Produto deixado ao alcance de crianças;• Pequenas quantidades absorvidas pelo utilizador

quando come, bebe ou uma durante a aplicação;• Gotículas de calda que chegam à boca.

COMO EVITAR?• Guardar os produtos toarmacêuticos nas suas embalagens originais, em locais

próprios, seguindo as regras para um armazenamento correcto deste tipo deprodutos (capítulo 3 deste manual);

• Utilizar sempre o equipamento de protecção individual;• Não comer, beber ou umar durante a aplicação.

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Absorção dermal

Como pode acontecer a absorção dérmica?• Gotas ou derrame de produto que entra em contacto directo

com a pele, ou através da roupa;• Arrastamento do produto durante a aplicação ou em

aplicações contra o vento;• Contacto com as partes tratadas das plantas;• Uso de roupa ou utensílios contaminados.

COMO EVITAR?• Tratar apenas quando as condições meteorológicas

são indicadas para o azer;• Utilizar sempre equipamento de protecção individual 

adequado e limpo.

Absorção por inalação

Como pode acontecer a absorção por inalação?• Pequenas partículas de pó, gotículas da nuvem

de pulverização, podem depositar-se na mucosarespiratória;

• Substâncias activas na orma de gás ou vaporsão rapidamente absorvidas na corrente sanguínea.

COMO EVITAR?• Utilizar sempre o equipamento de protecção individual 

adequado;• Usar máscaras para pós ou gás sempre que or recomendado

pelo rótulo do produto a utilizar.

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Medidas preventivas na utilização de produtos toarmacêuticos

7.2.2. que aer em caso de contaminação acidental

 Em caso de intoxicação, ligue808 250 143Centro de Inormação Antivenenos (CIAV)

 É importante reconhecer os sinais que indicam a existência de contaminação.

Se sentir, algum dos seguintes sintomas, quando está a manusear produtostoarmacêuticos, deve parar de imediato.• Cansaço excessivo;• Tonturas;• Dor de cabeça;• Visão perturbada;• Diculdade em respirar;• Dor no peito;• Vómitos;• Dor de estômago ou diarreia;• Pele irritada ou comichão;• Olhos chorando, lacrimejantes.

Em caso de contaminação dos olhos1. Ir imediatamente para junto de água corrente

ou de um rasco lava-olhos;2. Manter o olho aberto;

3. Lavar com água durante 10 minutos;4. Deixar a água escorrer no olho na direcçãodo nariz para a parte exterior da ace.

Em caso de contaminação do corpo1. Retirar imediatamente a roupa contaminada;2. Lavar bem com água e sabão a zona da pele aectada;3. Mudar de roupa de protecção. Vestir roupa limpa.

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Em caso de diculdades de respiração1. Sair para o exterior (ou manter-se no exterior);2. Sentar-se e respirar normalmente;3. Pedir ajuda. Dirija-se ao médico sempre que se sentir doente, duranteou após uma aplicação tossanitária, e mostre o rótulodo produto que esteve a utilizar. O rótulo contém inormaçãonecessária para o tratamento adequado.

Medidas de primeiros socorrosEm caso de intoxicação actuar com serenidade e rapidez:1. Colocar o acidentado em local limpo e arejado;2. Certicar-se da via de entrada do produto;3. Conservar o rótulo do produto e recolher todos os dados possíveis sobre o acidente,

com o objectivo de acultar ao médico a mais completa inormação;

4. É muito importante que a pessoa intoxicada mantenha uma respiração adequada.Praticar respiração articial se or necessário. A postura deverá ser deitado decostas com a cabeça inclinada para trás, ou de lado em caso de vómitos.Se estiver quente e a suar, rerescar com água ria, se tiver rio, cobrir com roupaou cobertor;

5. Não permitir que a pessoa intoxicada ume ou beba, especialmente bebidasalcoólicas, leite ou água com azeite, pois poderá ser prejudicial;

6. Ligar de imediato para o CIAV- Centro de Inormação Anti-Venenos – 808 250 143

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Medidas preventivas na utilização de produtos toarmacêuticos

7.3. Euipamento de Protecção Individual (EPI) aconselhado

A utilização de produtos toarmacêuticos pressupõe sempre a utilização de equipamentode protecção individual.

Proteger-se adequadamente antes de manusear qualquer produto toarmacêuticodeverá ser um gesto habitual e ser encarado da mesma orma que colocar o cinto desegurança, quando se entra no automóvel.

Ler sempre o rtulo do produto!

que euipamento de protecção utiliar 

Existem produtos em que o rótulo, no capítulo das precauções toxicológicas, azreerências especícas aos EPI’s a utilizar no seu manuseamento. Nos casos em queisso não acontece, o utilizador deve utilizar sempre o seguinte equipamento base, deacordo com as operações a eectuar:

7.3.1. Preparação da calda

Equipamento mínimo recomendado:• Fato de protecção;• Luvas de nitrilo orte;• Botas de borracha – O ato de protecção

deve ser colocado sobre as botas;• Viseira;• Máscara para pós, no caso de mistura de pós.

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7.3.2. Aplicação

Equipamento mínimo recomendado:• Fato de protecção;• Luvas de nitrilo orte;• Botas de borracha – O ato de protecção deve ser colocado sobre as botas;• Chapéu;• Máscara para partículas sólidas e aerossóis líquidos (Ex: Aplicação em culturas

altas; estuas; etc).

7.3.3. Limpea do material de aplicação

Equipamento mínimo recomendado:• Fato de protecção;• Luvas de nitrilo orte;

• Botas de borracha – O ato de protecção deve ser colocado sobre as botas;• Chapéu.

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Medidas preventivas na utilização de produtos toarmacêuticos

7.4. Caracteriação do Euipamento de Protecção Individual (EPI)

O equipamento de protecção deve estar aprovado para ser utilizado na actividadede protecção das plantas. Um par de calças ou luvas comuns não protegemconvenientemente, devendo utilizar-se apenas o equipamento que comprovou, emtestes especícos, ser ecaz na protecção do operador.

Não se pretende azer uma lista exaustiva de todo o equipamento de protecçãoindividual existente no mercado português, mas apenas chamar a atenção para as

características que este tem obrigatoriamente que satisazer na protecção do utilizadorde produtos toarmacêuticos.

Os abricantes que a seguir se indicam são apenas alguns que detém equipamento(EPI) adequado. Existirão, com certeza, outros cujo equipamento satisaz as exigênciasnormativas na protecção do aplicador de produtos toarmacêuticos.Todo o equipamento deverá apresentar o símbolo CE.

7.4.1. Fatos de protecção individual

Os atos de protecção a utilizar no manuseamento de produtos toarmacêuticos podempertencer a duas classes distintas:• Fatos de protecção contra produtos químicos:

- Tipo 4 : Impermeável à pulverização- Tipo 6 : Protecção limitada contra salpicos

• Fatos homologados especicamente para tratamentos tossanitários.

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Fatos de protecção contra produtos uímicos

Fatos de protecção descartáveis (uma única utiliação)

Modelo: TYVEK CLASSIC PLUSFabricante: Dupont Ibérica, S.A.Contactos:Avda. Diagonal, 561 08029 – Barcelona Tl. 93 2276034 / 41 Fax: 93 2276210www.dpp-europe.com/es/pro/002_03.php

Modelo: KLEENGUARD T-45

Fabricante: Kimberly-Clark Proessional Contactos:Kimberly-Clark Iberia Dirección Ocinas Centrales Kimberly-Clark S.L. C/ Juan Esplandiú, nº 11-13, 10ªPlanta 28007 Madrid Teléono: + 34 91 557 97 00 Fax: + 34 91 409 71 89

Web: http://www.kcproessional.com/es/ 

Fatos de protecção reutiliáveis (várias utiliações)

Modelo: CHEMSOL DE DUAS PEÇASFabricante: AlphasolwayContactos:Alpha Solway Limited Factory 1, Queensberry Street, Annan, Dumriesshire, DG12 5BL Scotland Tel: +44(0)1461 202452 Fax: +44(0) 1461 205684 Email: [email protected]

Web: http://www.alphasolway.co.uk/ 

Fatos especícos para tratamentos tossanitários

Modelo: AGRO; reª AG 1111, AG 2221, AG 3231Fabricantes: Selaano, LdaContactos:

Lugar da Ramoa, Pav 5S. Pedro Merelim4700-860 BragaTel: 253623467Fax: 253283094Email: [email protected]

Web: http://www.selaano.com

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Medidas preventivas na utilização de produtos toarmacêuticos

7.4.2. Luvas de protecção

As luvas de protecção para aplicação de produtos toarmacêuticos devem satisazera norma EN 374 – Luvas de Protecção contra Químicos e Microorganismos.

Os símbolos obrigatórios nas luvas são os seguintes:

Sempre que existe risco de contaminação

com produto concentrado, como acontecequando se prepara a calda, recomenda-sea utilização de luvas de nitrilo orte.

Modelo: SOL-VEX TM PREMIUM 37.900Fabricante: Ansell Healthcare, S.AContacto:[email protected]

Telemóvel: 00351 91 938 50 32

7.4.3. Máscaras de protecção

Existem basicamente 2 tipos de máscaras:

• Descartáveis – Possuem uma vida útil relativamente curta e têm a sigla FF(ltro acial) seguida das especicações

de protecção do ltro; P2 ou P3

• De baia manutenção – Possuem ltrosespeciais para reposição, normalmentede maior duração.

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Tipos de Filtros:

• Filtros Mecânicos P1, P2, P3- Retêm partículas sólidas e aerossóis líquidos;- O nível de protecção aumenta com o algarismo junto à letra P.

• Filtros químicos A, B, E, K- Cada letra corresponde à protecção para determinado tipo de vapor ou gás;- Junto às letras surgem algarismos e a protecção aumenta à medida que aumentam

os algarismos.Como reconhecer a máscara ue protee adeuadamenteA máscara deve ter as seguintes indicações:• CE seguida de 4 algarismos;• Contra pós e nuvens de pulverização: máscaras auto-ltrantes P2 (utilizada na

maioria dos caso, em aplicações ao ar livre) ou P3;• Contra vapores orgânicos: ltro A2;Na maioria dos casos em aplicações ao ar livre uma máscara FFP2 oerece protecçãosuciente.As máscaras com ltros combinados A2P2 ou A2P3 oerecem protecção para a maioriadas situações em agricultura, em que se preconiza a utilização de máscara.

Modelos: 3M 9332 , 3M 4255Fabricante: 3M Portugal, LdaContacto:Lisboa Sede: Rua do Conde de Redondo, 98 1169-009 Lisboa / Teleone: 351 21 3134500 Fax: 351 213134680Porto Delegação: Rua da Boavista, 476 4050-103 Porto / Teleone: +351 22 3395240 Fax: +351 22 3395260

Web: http://solutions.3m.com/wps/portal/3M/pt_PT/EU/Country/ Modelos: REF. 6737823 , DRÄGER X-PLORE 3300 (MÁSCARA) + 6738016 (FILTRO A2P3)Fabricante: Dräger SaetyWeb: http://www.draeger.comRepresentada em Portugal por: TecniquiteContacto:TECNIQUITEL SOCIEDADE DE EQUIPAMENTOS TECNICOS LDA.Ediício Ramalho Ortigao, Largo de Santos, N° 9, 1249-015 Lisboa, Portugal Teleone: +351 21 392 84 60 / Fax: +351 21 390 77 14Web: www.tecniquitel.pt

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Medidas preventivas na utilização de produtos toarmacêuticos

7.4.4. Botas

As botas devem ser de borracha resistente.

7.4.5. Chapéu

O chapéu não requer características especiais desde que seja impermeável aos salpicose tenha abas largas, de orma a proteger uma maior superície.

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7.4.6. Viseira

A viseira deve ser:• Transparente;• Que não embacie.

7.4.7. óculos

Os óculos a utilizar devem ser convenientemente echados, embora com oriícios deventilação, protegendo assim os olhos de poeiras, líquidos ou aerossóis.

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Seurança para o consumidor 

8. Seurança para o consumidor 

8.1. Noção de limite máimo de resíduos

8.2. Cumprimento das indicações do rtulo

8.2.1. Doses de utiliação

8.2.2. Intervalo de seurança (IS)

8.2.3. Número de aplicações e intervalo entre aplicações

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Segurança para o consumidor

8. SEgURANÇA PARA O CONSUMIDOR

Produzir apenas alimentos já não é o único objectivo dos agricultores. Hoje em diaexiste a preocupação de produzir de acordo com as exigências do mercado e por essarazão utilizam-se os produtos toarmacêuticos para produzir alimentos em quantidade,de qualidade, com boa apresentação e a preços acessíveis.

8.1. Limite Máimo de Resíduos (LMR)

A venda de um produto toarmacêutico só é autorizada pelas entidades ociais se osresíduos nos alimentos tratados com esse produto se encontrarem a um nível denidocomo seguro para o Homem.

A legislação existente, não apenas em Portugal mas praticamente em todo o mundo,protege o consumidor ao denir os LMR (Limites Máximos de Resíduos).

A utilização de produtos toarmacêuticos na protecção das plantas pode dar origema resíduos nos produtos agrícolas no momento da colheita, devendo o nível dessesresíduos, quando existentes, ser inócuo para os consumidores. A esse nível máximode matéria activa e/ou seus metabolitos, expressa em mg/Kg, designa-se LMR. Essesvalores encontram-se publicados em Diário da República, bem como no sítio da DGADR- http//www.dgpc.min-agricultura.pt, no que se reere ao Limite Máximo de Resíduos

autorizados em Portugal.Presentemente trabalha-se a nível comunitário com o objectivo de concluir o processode adopção de LMR iguais para todos os países da União Europeia.Os LMR cumprem-se seguindo as indicações dos rótulos dos produtos toarmacêuticos,nomeadamente:• As doses de aplicação recomendadas;• Intervalo de Segurança;• Número máximo de aplicações e intervalo entre aplicações, sempre que indicado.

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8.2. Cumprimento das indicações do rtulo

8.2.1. As doses de aplicaçãoOs produtos toarmacêuticos são testados nas condições edaoclimáticas reais decada país antes de serem colocados no mercado. É através destes testes, realizados emvárias regiões do país, que se determina a dose de utilização necessária e sucientepara controlar o agente a que o produto se destina.

A dose correcta está indicada no rótulo e deverá ser rigorosamente respeitada pelo

agricultor. Utilizar menos produto do que o indicado é comprometer a ecácia dotratamento, assim como utilizar doses acima das indicadas é não ir ao encontro dasexigências do mercado consumidor, para além de representar um custo acrescidodesnecessário.

8.2.2. Intervalo de seurança (IS)Depois da aplicação de um produto toarmacêutico é necessário esperar algum tempoantes de se eectuar a colheita. Esse período de espera, que decorre entre a últimaaplicação de um produto e a colheita, designa-se por Intervalo de Segurança (IS).

O Intervalo de Segurança é determinado para as culturas em que é autorizada autilização do produto e encontra-se denido no rótulo da embalagem.

8.2.3. Número máimo de aplicações e intervalo entre aplicaçõesPara alguns produtos, a legislação determina limitações na sua utilização quantoao número máximo de aplicações e intervalo entre aplicações. Quando existe, estainormação vem expressa nos rótulos dos produtos.

Muitas vezes estas limitações podem não ter a ver com a segurança do consumidor,mas estarem associadas a boas práticas agrícolas no sentido de evitar a ocorrência deresistências a produtos, que comprometeriam a ecácia da protecção agrícola.

A utilização de produtos toarmacêuticos de acordo com as boas práticas agrícolasgarante a produção de alimentos de qualidade e níveis de resíduos à data da colheita,sem riscos para a saúde do consumidor.

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Segurança para o consumidor

A PROMOÇÃO DAS BOAS PRÁTICAS AgRÍCOLAS É FUNDAMENTAL NODESENVOLVIMENTO SUSTENTADO DA AgRICULTURA PORTUgUESA

PROTEJA-SE SEMPRE qUE MANUSEAR PRODUTOSFITOFARMACêUTICOS

 CULTIVE A SUA SEgURANÇA E A DE TODOS qUE O RODEIAM

ANIPLA (www.anipla.com)Associação Nacional da Indústria para a Protecção das PlantasConstituída em 1992, representa a Indústria Fitoarmacêutica em

Portugal. Como Associação empresarial do Sector, a Anipla abrange cerca de 95% doMercado Nacional de Produtos Fitoarmacêuticos e tem como principais objectivos:• Agir e representar os seus associados perante os poderes políticos, entidades

empresariais e outras organizações nacionais e internacionais;• Promover, divulgar e apoiar a utilização segura e ecaz dos produtos toarmacêuticos

quer no campo agrícola, quer no campo do controlo biológico, incluindo os princípiosde controlo pela protecção integrada.

A ANIPLA é membro associado da ECPA.

ECPA (www.ecpa.eu)European Crop Protection Association Criada em Junho de 1992 em Bruxelas, a EPCA congrega as Associações

Nacionais dos dierentes países da Comunidade Europeia, constituindo assim o ramoeuropeu da Croplie International.

Reerências: ANIPLA / ECPA

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www.cultivaraseuranca.com

Av. das Túlipas - Ed. Mirafores,6 - 7º D - 1495-161 AlgésTel.: 21 413 92 13 / Fax: 21 413 92 14

[email protected] / www.anipla.com

   C   &   C

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