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- 1 - Capítulo 0 – A Paróquia Tema 1: O Domingo Para os cristãos de todo o mundo, o domingo é o dia mais importante da semana. É chamado Dia do Senhor, porque foi no domingo, o primeiro dia da semana, em que Jesus ressuscitou. Para que se reúnem os cristãos todos os domingos na igreja da sua paróquia? A primeira festa dos cristãos foi o domingo. No início os cristãos reuniam-se ao domingo para rezar e fazer a “fracção do pão”, pois era o dia em que festejavam a alegria da ressurreição de Jesus. Desde então todos os domingos os cristãos de todas as paróquias do mundo reúnem-se para tomarem parte da missa. Há um mandamento da Igreja que diz assim: «No domingo e nos outros dias festivos de preceito, os fiéis devem participar na missa.» Quem preside quase sempre à missa em cada domingo é o pároco. Há sempre uma hora marcada para a missa. A missa tem vários nomes: eucaristia, ceia do Senhor e fracção do pão. E o que acontece durante a missa? Ouve-se a palavra de Deus, canta-se, dizem-se orações, leva-se o pão e o vinho ao altar, faz-se o Jesus fez na Última Ceia, dá-se a comungar o pão consagrado que é o Corpo de Cristo. Por fim, as pessoas regressam às suas casas e procuram viver cada vez mais de acordo com o que Deus lhes disse na sua Palavra e o Espírito Santo lhes segredou no coração. Tema 2: A assembleia Os cristãos reunidos na igreja no domingo formam uma assembleia. Jesus fez esta promessa aos seus discípulos: «Quando dois ou três estiverem reunidos em Meu nome, Eu estarei no meio deles» (Mt 18,20). Esta presença de Jesus faz com que a reunião dos cristãos e a sua assembleia sejam muito diferentes de outras reuniões e de outras assembleias. Esta reunião faz-se para celebrar a Liturgia, ou seja para escutar Deus que fala, para lhe dirigir cânticos e orações, e para comungar o Corpo de Jesus. Donde vêm as pessoas que se reúnem? Vêm de suas casas. E quem é que vem? Vêm homens e mulheres, rapazes raparigas e crianças. E porque vêm as pessoas àquela reunião? Porque não podem passar sem celebrar todos os domingos a Ceia do Senhor. Domingo em que não se reúnem é como se fosse um dia sem sol.

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Capítulo 0 – A Paróquia

Tema 1: O Domingo Para os cristãos de todo o mundo, o domingo é o dia mais importante da

semana. É chamado Dia do Senhor, porque foi no domingo, o primeiro dia da semana, em que Jesus ressuscitou.

Para que se reúnem os cristãos todos os domingos na igreja da sua paróquia? A primeira festa dos cristãos foi o domingo. No início os cristãos reuniam-se ao domingo para rezar e fazer a “fracção do pão”, pois era o dia em que festejavam a alegria da ressurreição de Jesus. Desde então todos os domingos os cristãos de todas as paróquias do mundo reúnem-se para tomarem parte da missa. Há um mandamento da Igreja que diz assim: «No domingo e nos outros dias festivos de preceito, os fiéis devem participar na missa.»

Quem preside quase sempre à missa em cada domingo é o pároco. Há sempre uma hora marcada para a missa. A missa tem vários nomes: eucaristia, ceia do Senhor e fracção do pão.

E o que acontece durante a missa? Ouve-se a palavra de Deus, canta-se, dizem-se orações, leva-se o pão e o vinho ao altar, faz-se o Jesus fez na Última Ceia, dá-se a comungar o pão consagrado que é o Corpo de Cristo. Por fim, as pessoas regressam às suas casas e procuram viver cada vez mais de acordo com o que Deus lhes disse na sua Palavra e o Espírito Santo lhes segredou no coração.

Tema 2: A assembleia Os cristãos reunidos na igreja no domingo formam uma assembleia. Jesus fez esta promessa aos seus discípulos: «Quando dois ou três

estiverem reunidos em Meu nome, Eu estarei no meio deles» (Mt 18,20). Esta presença de Jesus faz com que a reunião dos cristãos e a sua assembleia sejam muito diferentes de outras reuniões e de outras assembleias. Esta reunião faz-se para celebrar a Liturgia, ou seja para escutar Deus que fala, para lhe dirigir cânticos e orações, e para comungar o Corpo de Jesus.

Donde vêm as pessoas que se reúnem? Vêm de suas casas. E quem é que vem? Vêm homens e mulheres, rapazes raparigas e crianças. E porque vêm as pessoas àquela reunião? Porque não podem passar sem

celebrar todos os domingos a Ceia do Senhor. Domingo em que não se reúnem é como se fosse um dia sem sol.

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Quem as mandou celebrar essa Ceia? Foi Jesus, quando disse aos seus apóstolos: «Fazei isto em memória de Mim». Nós chamamos missa ou eucaristia a essa Ceia que celebramos quando nos reunimos, todos os domingos.

Tema 3: Os ministros

Para que uma assembleia litúrgica possa celebrar a missa, precisa de

ministros. A palavra ministro significa: o que serve, o servidor. Quem são eles? São os encarregados de fazer algum serviço na

assembleia. Na assembleia litúrgica cristã, os que fazem as leituras, os que recolhem as ofertas, os que servem ao altar, todos são ministros litúrgicos.

Os diversos ministros litúrgicos servem ao mesmo tempo a Deus e às pessoas reunidas. Para que a celebração da missa decorra bem, são precisos pelo menos quatro ministros. Quais são eles? São o presidente, o leitor, o cantor e o acólito. O presidente só pode ser um bispo ou um presbítero (=padre), porque só eles podem fazer o que Jesus mandou aos seus Apóstolos, ou seja, mudar o pão e o vinho no Corpo e Sangue de Cristo. O leitor é preciso para fazer as leituras. O cantor é preciso para cantar o salmo responsorial e para dirigir o canto da assembleia.

E o acólito, para que é ele preciso? O acólito é preciso para muitas coisas. Mas antes de dizermos quais são essas coisas, temos de ver quem é o acólito e quem pode ser acólito. Isto será tratado mais tarde.

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Capitulo 1 – A igreja e o seu interior

Tema 1: A palavra «igreja» Entre os edifícios das aldeias, vilas e cidades de qualquer país há alguns

que se distinguem de todos os outros principalmente pela sua forma e dimensões. São as igrejas. Vamos falar delas neste segundo encontro.

A palavra «igreja» quer dizer três coisas: 1. O grupo de cristãos de uma terra, de uma região ou do mundo

inteiro; 2. O grupo de uma terra reunidos em assembleia; 3. Os edifícios onde esses grupos de cristãos se reúnem.

Quando escrevemos comum I grande (Igreja) referimo-nos, sobretudo, ao conjunto dos cristãos duma região ou de um país (Igreja ou Diocese de…) ou de todo o mundo (Igreja Católica).

Pelo contrário, quando a escrevemos com um i pequeno (igreja), então é para falar dos edifícios onde os cristãos se reúnem, como por exemplo a igreja de Santo António de …, a igreja da Nossa Senhora de …, e assim por diante.

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Tema 2: A Porta principal e o Átrio

Uma igreja tem uma porta principal e pode ter portas laterais. Muitas

igrejas, logo a seguir à porta da entrada, têm um pequeno átrio, isto é, um espaço vazio. Isso quer dizer que quem vem de fora não entra logo na igreja. Nele as pessoas podem abrigar-se do sol e da chuva e conversar antes e depois de saírem da igreja.

Tema 3: A Nave

O lugar onde estão os fiéis chama-se nave, porque, pelo seu feitio e

altura parece um grande navio. Existe um local reservado para o coro, outro para se fazerem as admonições. Existe também uma mesa na parte de trás onde se coloca as oferendas. Deve-se evitar formar grupos entre os fiéis, salvo aqueles que realizam algum serviço na assembleia.

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Tema 4: O presbitério

A palavra presbitério vem de presbítero, que é outro nome que se dá aos padres. Assim, tal como, a nave é um lugar para os fiéis, assim o presbitério é o lugar dos presbíteros e de todos os ministros litúrgicos.

É de se reparar que da nave para chegar ao presbitério subimos sempre alguns degraus ou seja que ele está num plano acima da nave. Isto para se ver bem o que aí se faz, isto porque é aí que é o centro comum e onde decorrem os ritos principais.

É no presbitério que se encontram o altar, a cadeira presidencial, o ambão, por vezes o sacrário, bancos para os outros ministros e uma mesa chamada credência, onde se colocam as coisas necessárias para a celebração da missa.

Falar-se-á disso mais à frente.

Tema 5: A Pia Baptismal

Todas as igrejas têm um lugar próprio para fazer os baptismos. Chama-se

a esse lugar capela baptismal ou baptistério. É aí dentro que se encontra a pia baptismal que podem ser de muitos feitios. No princípio não havia pias

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baptismais, mas verdadeiras piscinas, onde toda a gente era baptizada mergulhando na água. Daí vem a palavra baptismo que significa mergulho em grego.

É uma das partes mais importantes da igreja, pois lá renascem os cristãos pela água e pelo Espírito Santo.

Também há nas igrejas pequenas pias com água benta junto às entradas da igreja para que ao entrarem os fiéis possam benzer-se com água benta e lembrarem-se do seu próprio baptismo.

Tema 6: O Sacrário

Nos primeiros tempos da Igreja o pão consagrado para as pessoas, muitos

doentes poderem comungar antes de morrer, guardava-se numa caixa fechada, na Sacristia. Depois veio outro tempo em que, em cada igreja havia sempre uma capela do Santíssimo Sacramento. Era aí que, depois da missa, se guardava o pão consagrado num cofre, que se chama sacrário ou tabernáculo, para os doentes, mas também para a adoração ao Santíssimo Sacramento.

Mais tarde o sacrário começou a pôr-se no presbítero. É assim que continua a fazer-se em muitas igrejas. Mas está mandado que, nas igrejas novas, haja uma capela do Santíssimo, que também serve para aí se rezar em silêncio, quando se entra na igreja ou noutros momentos.

Diante do sacrário está continuamente acesa uma lâmpada (lamparina, vela ou eléctrica) especial que indica e honra a presença de Cristo.

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Tema 7: A Sacristia e a sala de paramentar

Na Sacristia guardam-se as vestes litúrgicas e outras coisas necessárias

às celebrações. Deve existir uma cruz onde se conclui a missa com uma palavras proferidas pelo presidente à qual os ministros que os acompanham devem responder. É onde o presidente e outros ministros se paramentam e desparamentam. Os acólitos devem ter uma sala à parte onde se paramentam e onde estão as suas alvas e cíngulos; se tal não for possível será na própria sacristia.

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Capítulo 2 – O Acolitado

Tema 1: Introdução Histórica O ministério de acólito remonta aos primórdios da Igreja. Uma carta do

Papa S. Cornélio a Fábio de Antioquia, escrita no ano 251, testemunha que, em Roma, nessa altura, o Papa tinha reunido à sua volta 46 presbíteros, 7 diáconos, 7 subdiáconos, 42 acólitos e 52 exorcistas, leitores e porteiros.

Uma outra carta, do final do século IV, do Papa S. Siríaco a Himero de Tarragona, dá-nos conta do acolitado como um serviço generalizado nas comunidades cristãs.

Ao longo dos séculos, nas catedrais, à volta do bispo, ou nas comunidades que iam surgindo, jamais se extingui este ministério exercido por gerações e gerações de rapazes.

Tema 2: O Acólito

A palavra acólito vem do verbo acolitar, que significa acompanhar no

caminho. Dado que se pode acompanhar alguém indo à frente, ao lado ou atrás de outras pessoas, acólito é aquele ou aquela que, na celebração da liturgia, precede, vai ao lado, ou segue outras pessoas, para as servir e ajudar.

Quem é que o acólito acompanha e serve? Em primeiro lugar acompanha e serve o presidente da celebração da missa, que tanto pode ser o bispo como o presbítero; em segundo lugar acompanha e serve o diácono, o ministro extraordinário da comunhão, ou outras pessoas que precisam de ser ajudadas durante a celebração.

Tema 3: Quem pode ser acólito?

É preciso dizer que existem dois tipos de acólitos. Há os chamados

acólitos instituídos e os acólitos não instituídos.

• Acólitos instituídos Chamam-se assim porque o bispo duma diocese chamou-os e os fez

acólitos. Esse chamamento e essa instituição feita pelo bispo significam que esse acólito é convidado a participar muito empenhadamente na celebração da eucaristia.

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Quais podem ser instituídos acólitos? No nosso país só os rapazes ou homens que se preparam para ser diáconos ou padres. Este é o caso dos seminaristas.

• Acólitos não instituídos

Existem em maior número que os primeiros. São os que estão aos domingos a acolitar nas nossas paróquias. Podem ser rapazes ou raparigas. São chamados pelo pároco de cada paróquia.

Tema 4: Aparência e comportamentos

Todos os domingos, muito antes de começar a missa, o acólito vai para a

igreja, sempre bem vestido e limpo; cabelo e barba, mãos e unhas, roupa e sapatos.

O acólito deve estar preparado espiritualmente para receber a sagrada comunhão. É importante que todos os acólitos comunguem pois estes servem de exemplo para o resto das pessoas na missa.

Ao chegar à porta da igreja, o acólito deve saudar os companheiros e as outras pessoas que ali estiverem. Pode também esperar pelos outros acólitos que ainda não tiverem vindo.

Ao entrar na igreja o acólito deve observar os expositores buscando alguma novidade.

O acólito caso não vá acolitar deverá dirigir-se para os bancos da frente. Pode ser preciso chama-lo para algum serviço durante a celebração.

Tema 5: A Alva e o Cíngulo

Todos os que servem no altar usam uma veste branca de nome alva.

Todos, desde o padre até ao acólito. O sentido de usarmos esta veste é para mostrarmos a pureza e a santidade recebida no nosso baptismo também feita com um veste branca.

As alvas devem estar sempre muito limpas e passadas a ferro. O cíngulo é um cordão que serve para apertar a alva à cintura, através de

um nó que o acólito deverá aprender a dar. Depois o acólito deve arranjar a alva de modo a que esta não fique amarrotada, ou pedir a alguém que o ajude.

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Capítulo 3 – Gestos e atitudes na Liturgia

Na Liturgia, o acólito faz gestos e toma atitudes corporais. Vamos ver quais são os gestos e atitudes mais importantes.

Tema 1: Sinal da Cruz

Quando os nossos pais nos levam para sermos baptizados, o sacerdote, os

nossos pais e os nossos padrinhos fizeram-nos o sinal da cruz na testa. Ao fazermos o sinal da cruz, por um lado, relembramos que Jesus Cristo

morreu por nós para nos salvar dos nossos pecados; e por outro lado, ao mesmo tempo que nos benzemos (fazemos o sinal da cruz em nós mesmos), dizemos as palavras “Em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo” ao mesmo tempo que abrimos um espaço onde fazemos algo em nome d’Ele, assim como professamos que acreditamos na Santíssima Trindade.

Também nos persignamos, isto é, fazemos o sinal da cruz na testa, na boca e no peito. Isto acontece na missa na altura do Evangelho. Para que exista alguma uniformidade nos nossos gestos não façamos isso quando algum de nós não pode (por ser ceroferário ou turiferário).

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Tema 2: Estar de pé

Na missa estamos de pé nos momentos mais importantes. É a posição do

cristão pois ele é a presença constante de Cristo. Estamos de pé:

• Desde o início do cântico de entrada até à oração colecta, inclusive;

• Durante o Aleluia, ou outro cântico que preceda o Evangelho, e durante a proclamação do Evangelho;

• Durante a profissão de fé e a oração dos fiéis; • Desde a oração sobre as oblatas até ao fim da missa, excepto nos

momentos abaixo mencionados. Nota: durante o evangelho todos estão de pé a olhar para quem lê;

Durante a oração eucarística todos de pé a olhar para o altar.

Tema 3: Caminhar Na missa, para se fazer quase tudo, caminha-se (NÃO SE CORRE!). Assim

acontece na procissão de entrada, quando o leitor vai ler ao ambão, durante a preparação do altar, durante a comunhão dos fiéis, e ainda noutros.

O acólito deve ser ensinado a caminhar na igreja na presença de Deus.

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É IMPORTANTE que em todas as deslocações de um acólito, ele seja o mais discreto possível. Só deve mesmo andar quando de facto, for preciso.

Tema 4: Estar sentado

Quando está sentado o acólito deve manter-se de forma digna e bem

sentado, com as costas direitas e os pés direitos no chão. Nunca com as pernas cruzadas ou esticadas, pois não estamos em nenhuma esplanada; estamos na igreja, na missa. As mãos não devem estar a passear: devem estar em cima dos joelhos (como na imagem).

Muito importante: não falar com os outros acólitos pois estamos a distrairmo-nos e a distrair os outros.

Estamos sentados: • Durante as leituras que precedem os o Evangelho e o salmo

responsorial; • Durante a homilia; • Durante a preparação dos dons até «orai irmãos…»; • Durante o silêncio (ou acção de graças) após a comunhão, se o

padre se sentar.

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Tema 5: de Joelhos

O estar de joelhos é uma atitude humildade e de adoração perante o que

contemplamos. Estar de joelhos não é estar sentados nos calcanhares; é estar direito e com o corpo elevado.

Estamos de joelhos: • Desde a epiclese até terminar a elevação do cálice; • Na exposição solene do Santíssimo Sacramento, enquanto o

sacerdote ou diácono leva e expõe o Santíssimo, e sempre que quem preside está ajoelhado;

• No início da celebração da Paixão do Senhor, na Sexta-Feira Santa, quando os sacerdotes se prostram de rosto por terra, e quando, na Oração Universal, o diácono ou outro ministro dá essa indicação.

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Tema 6: Genuflexão

A genuflexão consiste em dobrar um joelho até ao solo, por respeito, e a

voltar a erguer-se de seguida. O corpo deve manter-se direito. O acólito deve genuflectir sempre que passa diante do Santíssimo Sacramento, a não ser que vá em procissão ou leve alguma coisa nas mãos.

Fora da eucaristia, genuflecte-se sempre que se passa em frente ao sacrário ou em frente à custodia quanto está o Santíssimo exposto. Genuflecte-se também à cruz desde a celebração da Paixão na Sexta-Feira Santa até à Vigília Pascal.

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Tema 7: Inclinação

A inclinação é um sinal de reverência e de honra que se presta às próprias

pessoas ou às suas imagens. Há duas espécies de inclinação: de cabeça (pequena inclinação) e do corpo (inclinação profunda).

Inclinação profunda:

• Quando o sacrário com o Santíssimo Sacramento não está no presbitério, antes e depois da missa e sempre que se tiver de passar diante do altar;

• Quando na profissão de fé dizemos «e encarnou»; • Quando, antes de comungar, o sacerdote genuflecte; • Quando o sacerdote diz «Eis o Cordeiro de Deus…»; • Sempre seja necessário passar diante do bispo; • O que incensa, ao Santíssimo Sacramento e às pessoas que vai

incensar, antes e depois da incensação.

Pequena inclinação • Quando na celebração se pronuncia o nome de Jesus, da Virgem

Santa Maria ou do Santo cuja memórias se celebra a missa; • Durante a incensação da Cruz; • Quando na «confissão», se diz «por minha culpa, minha tão grande

culpa»; • Sempre que seja necessário passar diante do presbítero; • Sempre que se entrega algum objecto nas mãos do sacerdote; • Ao leitor (ara acólito acolhedor);

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• Quando o sacerdote abre ou fecha a porta do sacrário (se este estiver no presbitério);

• No momento da comunhão em que dizemos «ámen»; • Para saudar aquele de quem se receba a paz; • À cruz da sacristia, antes e depois da missa.

Tema 8: Outros gestos

• Bate-se no peito:

o É sinal de oração de coração humilde e consciente como “o publicano que ficou à distância e nem sequer se atrevia a erguer os olhos ao Céu, mas dizia «Meus Deus, tende compaixão de mim que sou pecador»” e “desceu justificado para sua casa…” (Lc 18, 13-14).

o Na «confissão», ao dizer «minha culpa, minha…» bate-se duas vezes no peito com a mão direita estendida.

• A Paz

Quando o sacerdote ou o diácono diz «saudai-vos na Paz de Cristo», o

acólito recebe primeiro a paz do sacerdote, diácono e ministro da comunhão e depois aos outros acólitos.

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Como se dá a paz

Aquele que vai dar a paz, volta-se, sem o saudar, para aquele que vai receber. Coloca as palmas e os antebraços sobre os braços daquele que vai receber a paz; inclina-se para a direita e aproxima a face esquerda da face esquerda deste último, dizendo «a paz esteja contigo».

Como se recebe a paz

Aquele que vai receber, saúda com uma inclinação de cabeça aquele que lhe leva a paz. Com as mãos abertas e voltadas para cima, e com os antebraços fazendo um ângulo recto com os braços, toca, com as mãos, e os cotovelos do que lhe dá a paz, inclinando-se também para a direita. Responde: «e contigo também». Depois, ambos se endireitam e saúdam com uma pequena inclinação.

• Posição das mãos

o Durante a celebração, sempre que estão de pé ou de joelhos, ou se deslocam sem objectos nas mãos, os acólitos põem as mãos juntas, isto é, têm as mãos juntas diante do peito, comas palmas das mãos, os dedos esticados e os polegares cruzados

o Estando sentados, pousam as palmas das mãos sobre os joelhos.

Observações:

• Quando o Santíssimo Sacramento está exposto, não se saúda ninguém.

• Deve-se sempre evitar estar de costas, quer para o altar, quer para as pessoas mais elevadas em dignidade.

• Para maior dignidade e beleza da missa, é preciso que as atitudes e movimentos dos acólitos sejam executados simultaneamente. Exemplo disso é: sentar e levantar ao mesmo tempo que o padre, inclinações, genuflexões (usar a nossa visão periférica). Tudo isto exige algum treino e prática.

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Capítulo 4 – Os acessórios de culto

Este capítulo tem pouco texto mas tem algumas fotografias com os nomes dos diversos objectos que usamos durante a missa e não só. Junto das fotografias há uma pequena explicação.

Tema 1: Os Vasos Sagrados

• Cálice e Patena

Servem para oferecer, consagrar e comungar do Corpo e Sangue de Cristo

• Píxide ou Cibório

Vaso com tampa, destinada a conservar as hóstias consagradas no sacrário.

• Caixa-Cibório Espécie de caixa utilizada para levar o viático aos doentes.

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• Custódia

Destinada à exposição solene do Santíssimo Sacramento.

• Lúnula Faz parte da Custódia. Trata-se de um pequeno semi-círculo, geralmente de metal precioso, que serve para segurara a hóstia consagrada.

Tema 2: Outros Vasos

• Âmbulas Vasos destinados a conterem os Santos Óleos (dos Catecúmenos, do Santo Crisma, dos Doentes).

• Galhetas

Para apresentar no altar o vinho e a água.

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• Turíbulo e Naveta

Para as incensações na celebrações Litúrgicas e para guardar o incenso. (mais há frente explicar-se-á como se incensa)

• Vasos de Abluções ou Lavandas

Para a purificação dos dedos do sacerdote.

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• Caldeira e Hissope Para as aspersões com água benta.

• Purificador Encontra-se, com água, junto do sacrário, para o sacerdote purificar os dedos quando dá a Comunhão fora da missa.

Tema 3: Panos de altar

• Toalhas de altar • Crismal

Pano que, nos altares consagrados, em sinal de respeito pelas unções, se coloca entre o altar e a toalha.

• Corporal

Pano quadrado sobre o qual são colocados directamente a Patena e o Cálice, e também a Custódia durante a exposição do Santíssimo Sacramento. Quando não está a ser utilizado, pode guardar-se devidamente dobrado.

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• Pala Pequeno pano quadrado que pode colocar-se, facultativamente, sobre o Cálice.

• Sanguíneo

Pano destinado a enxugar o cálice depois das abluções, bem como a boca e os dedos do sacerdote que o Sangue e o Corpo de Cristo tocaram.

• Manustérgio

Toalha apresentada pelo acólito ao sacerdote no momento em que este lava as mãos.

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Tema 4: Vestes sagradas

• Alva

Veste comum a todos os ministros

• Cíngulo Cordão que ajusta a alva à cintura

• Amito Espécie de lenço que é utilizado para envolver o pescoço, caso a alva esteja decotada

• Casula Veste utilizada pelo sacerdote para a celebração da missa. Os concelebrantes podem não utilizá-la. Tem a cor consoante a cor litúrgica.

• Estola Faixa que tem a cor consoante a cor litúrgica. Os padres e bispos põem-na sobre o peito. Os diáconos põem-na a tiracolo.

• Dalmática A veste própria dos diáconos.

• Véu de Ombros ou Umeral Os sacerdotes e os diáconos utilizam-no na procissão do Santíssimo Sacramento. Os presbíteros também usam para dar a bênção.

Tema 5: Insígnias Episcopais

O bispo, nas celebrações litúrgicas, utiliza as vestes sagradas próprias de daquele de quem preside. Além das que são comuns aos presbíteros, usa, na cabeça o solidéu (pequeno barrete, de cor violeta para os bispos, vermelho para os cardeais e branca para o Papa).

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As insígnias episcopais usadas pelo bispo são: • Anel: símbolo da fidelidade à Igreja, sua esposa. • Báculo: sinal do múnus pastoral • Mitra e Cruz Peitoral • Palio (usado pelos arcebispos, sobre a Casula, nas cerimónias

litúrgicas que se realizam no território sob sua jurisdição).

Tema 6: Outros objectos de culto

• Pálio É um sobre-céu portátil, suspenso por meio de varas, que serve nas procissões para cobrir o Santíssimo Sacramento ou o Santo Lenho.

• Umbela Espécie de pequeno pálio redondo, utilizada para cobrir o Santíssimo Sacramento quando transportado em procissão no interior da igreja.

Tema 7: Cores litúrgicas Usa-se cor branca

• Tempo Pascal e Natal; • Festas do Senhor (excepto o Domingo de Ramos, na Paixão do Senhor

e a Exaltação da Santa Cruz); • Festas e Memórias da dedicação de uma Igreja; • Festa e Memória de Nossa Senhora, dos Anjos e dos Santos (excepto

os Apóstolos e Evangelistas e os Martíres); • Festa se Todos-os-Santos, nascimento de S. João Baptista, S. João

Evangelista, Cadeira de S. Pedro e Conversão de S. Paulo; • Missas Rituais, Missas para Diversas Necessidades e Missas Votivas.

Usa-se cor verde

• Tempo Comum ou Per Annum. Usa-se cor vermelha

• Domingo de Ramos e Sexta-Feira Santa; • Domingo de Pentecostes; • Exaltação da Santa Cruz; • Festas de Apóstolos e Evangelistas; • Festa e Memórias de Mártires;

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Usa-se cor roxa • Tempo do Advento e Quaresma; • Missa de Defuntos (também se pode usar paramentos de cor preta).

Podem usar-se paramentos cor-de-rosa nos domingos «Gaudete» (III do Advento) e «Laetare» (IV da Quaresma), e, por antigo privilégio, nalgumas igrejas, paramentos azuis na solenidade da Imaculada Conceição.

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Capítulo 5 – Os Momentos da Missa

A missa tem duas grandes partes: a liturgia da palavra e a liturgia eucarística. No entanto, estas duas partes estão muito relacionadas, de tal maneira que são uma só coisa: A Missa.

De facto, podemos dizer que a Missa é como um banquete com um só alimento que é Jesus Cristo mas é servido em duas mesas: a mesa da palavra (ambão) e a mesa da eucaristia (altar).

Tema 1: Ritos Iniciais (introdução)

O primeiro momento é quando a assembleia recebe o sacerdote que, em

nome de Jesus, vai presidir à celebração. Depois inicia-se a celebração com o Sinal da Cruz e a Saudação inicial – O sacerdote saúda a assembleia manifestando a presença de Deus no meio dela.

Segue-se o Acto Penitencial – Convite a reconhecermos os nossos pecados, para recebermos o perdão e a misericórdia de Deus. Depois cantamos o Glória – um cântico de louvor e de súplica a Deus, criando em nós a atitude de dar graças a Deus, própria da missa.

Esta introdução termina com a Oração Colecta – Aqui há momento de silêncio para que todos tomem consciência de que estão na presença de Deus, e que se preparem para o que vai acontecer na Missa. Depois o sacerdote diz a oração em nome de todos.

Tema 2: Liturgia da Palavra

Leitura I – Leitura do Antigo Testamento. (Na Páscoa é dos Actos dos Apóstolos) Salmo Responsorial – É a resposta da assembleia à primeira Leitura Leitura II – Leitura dos Actos dos Apóstolos ou das Cartas Evangelho – O Evangelho, porque é a narração da vida de Jesus Cristo, é o

ponto mais alto da liturgia da Palavra. É que toda a Bíblia fala de Jesus, e só quem acredita em Jesus compreende totalmente a Bíblia. Por isso é escutado de pé, aclamado com o Aleluia, e todos se persignam (sinal da cruz na testa, na boca e no peito).

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Homilia – Segue-se a homilia, em que o sacerdote explica algum aspecto das leituras exortando a assembleia a imitar aquilo que foi proclamado.

Credo – O Credo é um resumo da Bíblia, isto é, de tudo o que foi revelado

por Deus e que nós acreditamos. Na Missa rezamos o Credo para exprimir a nossa aceitação daquilo que foi escutado nas leituras, e recordamos o essencial da fé católica.

Oração dos Fiéis – Nesta oração, a assembleia reza por toda a Igreja, por

todos os homens da Terra, pelos governantes, pelos que sofrem, etc. Somos um Povo que reza a Deus pedindo a sua bênção para todos os Povos.

Tema 3: Liturgia Eucarística

Apresentação dos dons – Prepara-se o altar, com o pão e o vinho para a

eucaristia. Se houver outras ofertas como dinheiro também é entregue aqui. Oração sobre as oblatas – Oração que se diz quando tudo está preparado

para a Eucaristia. Pede-se que estes dons terrenos (pão e vinho) se transformem para nós em alimento de vida eterna.

ORAÇÃO EUCARISTICA – É a grande oração em que todos pela voz do

sacerdote, louvam a Deus e o bendizem. Esta oração tem várias partes. Começa com o convite do sacerdote a que

todos dêem graças a Deus (“Demos graças ao Senhor Nosso Deus…”). Depois proclamamos a glória de Deus três vezes Santo, que fez maravilhas por amor a nós.

Seguidamente invocamos o Espírito Santo, para que transforme o pão e o vinho, em Corpo e Sangue de Cristo. Então o sacerdote repete os gestos e as palavras de Jesus na Última Ceia, consagrando o Pão e o Vinho.

Depois oramos a Deus pela unidade da igreja, pelo Papa e os bispos; recordamos os que já partiram para junto do Pai; pedimos para também nós participarmos um dia na assembleia do céu, com todos os Santos.

A oração termina quando o sacerdote eleva o Corpo e Sangue de Cristo, em louvor ao Pai e toda a assembleia responde: Ámen (Assim seja!).

RITOS DA COMUNHÃO – Finalizada a oração eucarística está na altura

de recebermos o Corpo (e o Sangue de Cristo): • Pai-Nosso – Os que comem do mesmo Pão, formam um só Corpo na

mesma Fé. Por isso rezamos, todos juntos, como Jesus, o Filho de Deus nos ensinou, e assim chamamos a Deus «nosso Pai».

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• Saudação da Paz – Quem não está em paz com os irmãos, não está preparado para receber o alimento da Unidade e da Paz. Por isso realizamos este gesto de reconciliação e perdão. Não se trata de um simples cumprimento: é o compromisso de todos os cristãos na construção da Paz com todos os homens.

• Partir do Pão – Normalmente o pão já vem partido em partículas (por razões práticas). No entanto, o sacerdote parte uma hóstia e mostra-a partida a toda a assembleia, para significar que é só um pão que é partido e repartido por todos.

• Comunhão – Todos os que estão de consciência limpa aproximam-se para receber do Corpo de Cristo, numa atitude de amor e de alegria. A comunhão leva-se também a casa dos doentes e dos que não podem ir à missa.

• Oração depois da comunhão – Oração que se diz no final da comunhão, pedindo que o alimento que comungámos nos dê força para vivermos santamente e podermos chegar ao Reino dos Céus.

Tema 4: Ritos de Conclusão

Bênção final e Despedida (Ide em Paz…) – A grande bênção é a Eucaristia

e a comunhão. No entanto, esta bênção final significa que, ao sairmos da igreja, Deus nos acompanha e guia para praticarmos e anunciarmos o que ouvimos e celebrámos na missa.

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Capítulo 6 – Cerimonial do acólito para uma missa celebrada no Domingo ou festa de

preceito (Forma Típica)

«Tenha-se em grande apreço a missa celebrada com uma comunidade, sobretudo com a comunidade paroquial, já que esta representa a Igreja universal, num lugar e tempo determinado, especialmente na celebração comunitária Domingo» (IGMR, 75).

Convém que seja celebrada com canto e com número adequado de ministros (cf. IGMR, 77).

«Todos, ministros ou simples fiéis, façam tudo e só o que lhes compete (…)» (IGMR, 58).

Tema 1: Preparativos

a) Cerimonário (C) Além de coordenar o serviço de todos, prepara o seguinte:

Leva o Evangeliário para a sacristia; Junto à do sacerdote, coloca o Missal; No ambão, o Leccionário e o texto da oração dos fiéis; No local donde partirá a procissão com as oferendas, coloca uma mesa coberta com uma toalha branca;

Verifica se os microfones estão colocados e se a aparelhagem sonora está operacional.

Nota: Evangeliário é o livro, dignamente encadernado, que contém os Evangelhos dos Domingos, das solenidades e das Festas. Não existindo, poder-se-á substituir por um Leccionário igual ao que está no seu lugar próprio: o ambão. Um diácono, ou, na sua falta, um acólito, poderá transportar o Evangeliário na procissão de entrada.

b) Turiferário (T) e Naveteiro (N) Limpam o Turíbulo e acendem-no; Verificam se há incenso na Naveta e se a colher está limpa

c) Cruciferário (†)

Leva a cruz procissional para a sacristia e verifica se a base está no lugar próprio, no presbitério.

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d) Os Acólitos (Acólito de Altar – Aa; Acólito ao Livro – Al) Verificam, no Directório Litúrgico, a cor dos paramentos do dia. Sobre o arcaz ou noutro local apropriado colocamos paramentos do sacerdote (e do diácono, e dos concelebrantes, se for o caso), por esta ordem:

o Casula o Estola o Cíngulo o Alva o Amito (se for necessário)

Nota: O diácono pode não levar Dalmática; e os concelebrantes podem não usar Casula.

Levam para a credência: o Cálice o Corporal o Sanguíneo o Patena com a hóstia o Lavabo, jarro e Manustérgio o Bandejas para a Comunhão dos fiéis.

Levam para a mesa de onde parte a procissão das oferendas: o Píxide ou Patena com partículas para a Comunhão dos fiéis o Galhetas com vinho e a água

e) Ceroferários (Cr)

Preparam os ciriais: pelo menos dois ciriais, podendo ser quatro ou seis, e até sete quando a missa for presidida pelo bispo a diocese.

Acendem, na igreja, as velas e as luzes necessárias, e renovam a lamparina do sacrário.

Verificam se há fósforos na sacristia e colocam o pavio na credência.

Tema 2 – Na Sacristia (ou no local donde parte a procissão de entrada)

a) Os acólitos acolhem o sacerdote, (já com as suas tarefas

preparatórias cumpridas) já paramentados. b) O Cerimonário ajuda o sacerdote a paramentar-se. c) Os Ceroferários acendem os ciriais. d) O turiferário e o Naveteiro aproximam-se para o sacerdote colocar

incenso no Turíbulo.

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Tema 3 – A Celebração

1. Chegada a hora de começar a missa todos os acólitos saúdam a Cruz

que está na sacristia e forma-se a procissão da entrada deste modo: a. Turiferário com o turíbulo fumegante; b. Ligeiramente atrás, à esquerda do turiferário, vai o naveteiro; c. Ceroferários e no meio o cruciferário com a Cruz Processional. d. Ceroferários e no meio o diácono (ou um acólito) com o

Evangeliário. e. Acolhedores f. Outros acólitos g. Acólito que leve o missal – se aplicável h. À direita do sacerdote o cerimoniário ligeiramente à frente i. Celebrante e Co-celebrantes.

Nota: se a missa for presidida por um bispo, atrás dele vão os acólitos responsáveis pela mitra e pelo báculo.

2. Chegando à entrada do presbitério, os acólitos que não levam as mãos ocupadas, fazem dois a dois, uma inclinação diante do altar. Se for possível fazem inclinação, todos ao mesmo tempo com o presidente da celebração.

3. O turiferário e o naveteiro aproximam-se do presidente. Após ser imposto o incenso, o turiferário entrega o turíbulo ao sacerdote (ou também ao cerimoniário ou ao diácono e estes ao sacerdote). Durante a incensação da Cruz os acólitos fazem uma inclinação. O cerimoniário (ou o diácono) acompanha o sacerdote durante a incensação, segurando a ponta direita da casula. Terminada a incensação o turiferário aproxima-se e recebe o turíbulo.

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4. Quem transporta o Evangeliário põem-no no altar. Os ceroferário e o cruciferário colocam o que transportam nos devidos locais. Preparam-se todos para fazer a segunda inclinação ao altar (todos juntos), na altura em que o sacerdote (s) beija (m) o altar.

5. O turíbulo vai para a sacristia (ou outro lugar destinado para tal) e a naveta vais para a credência. O acólito ao livro apresenta o Missal ao sacerdote para os ritos iniciais e para a oração colecta.

6. Finda a oração colecta todos os acólitos se sentam ao mesmo tempo

que o sacerdote. Excepto os acolhedores que vão receber os leitores e os salmistas à entrada do presbitério. Durante as leituras e salmo estão de cada lado do ambão. Após cada leitura acompanham o leitor até à saída do presbitério. Os acolhedores, antes e depois de executarem esta tarefa, fazem ao presbítero, uma pequena inclinação.

7. Durante a segunda leitura, o turiferário vai buscar o turíbulo. 8. No início do Aleluia (ou outro cântico, conforme o tempo litúrgico),

todos se levantam excepto o padre que preside. O turiferário e o naveteiro aproximam-se do sacerdote que impões e benze o incenso.

9. Quem vai ler o Evangelho faz a procissão com o Evangeliário ladeado de dois ceroferários transportando os ciriais que acompanhavam o Evangeliário na procissão de entrada.

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10. Depois do Sacerdote (ou diácono) saudar o Povo e anunciar qual o Evangelho (para uma melhor uniformidade não se persignem os acólitos se só alguns o poderem), o turiferário apresenta o turíbulo. Finda a incensação o turiferário retira-se junto do ambão mas do presbitério.

11. Durante a proclamação do Evangelho, os ceroferários estão do mesmo modo que os acolhedores voltados um para o outro.

12. Finda a proclamação do Evangelho, o Evangeliário permanece no ambão e os ceroferários colocam os ciriais em torno do ambão ou do altar se apenas existirem dois círios. Todos se sentam enquanto o que celebrante ou mesmo um co-celebrante faz a homilia.

13. Finda a homilia o acólito do livro apresenta o Missal para a recitação do «Credo». Às palavras «E encarnou pelo Espírito Santo… e Se fez homem», todos fazem uma inclinação (genuflectem nas solenidades do Natal e da Anunciação do Senhor).

14. Os acólitos acolhedores vão à entrada do presbitério receber o leitor da oração dos fiéis. O acólito do livro apresenta ao sacerdote o livro da oração dos fiéis. O leitor só deixa o ambão depois da oração conclusiva, sendo depois acompanhado pelos acolhedores à saída do presbitério.

15. Quando o presbítero se senta os acólitos não tenham funções a cumprir se sentam também (ao mesmo tempo). Entretanto (dois ou mais) acólitos levam para o altar o corporal, o cálice, a patena com a hóstia e o sanguíneo. O cerimoniário prepara o altar.

16. O Cerimoniário organiza a procissão das oferendas: vem à frente

seguido do turiferário e os que trazem as galhetas da água e do vinho e outras oferendas (como cestos com dinheiro). As restantes oferendas não devem ficar em cima do altar. Em algumas paróquias nas oferendas vêm já o cálice com o vinho e a patena com a hóstia.

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17. O padre e acólitos (os que forem necessários) – e o diácono – levantam-se e vão para a frente do altar para receber as oferendas.

18. O sacerdote recebe a patena (e o cálice, se ocorrer que venha na procissão das oferendas), e entrega ao diácono ou a um dos acólitos que a leva para o altar. Recebe também as galhetas e entrega-as a outro acólito. O Cerimoniário recebe outras ofertas que normalmente incluem o dinheiro e leva para um lugar próprio que não deve ser em cima do altar.

19. O Sacerdote regressa ao altar e o acólito que transporta o Missal apresenta-o para serem lidas as fórmulas prescritas para a apresentação dos dons.

20. O presbítero eleva a patena com a hóstia eleva a patena e quando a poisa o acólito aproxima-se para lhe apresentar as galhetas do vinho e da água.

21. O turiferário vai buscar o turíbulo e o naveteiro, a naveta; e

procedem como em 3. O cerimoniário incensa o celebrante, o concelebrantes se os houver, os acólitos e o povo. O turiferário retira-se depois de receber o turíbulo para o local já referido e a naveta vai para a credência.

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22. Um dos acólitos (dois ou três) apresenta o lavabo:

a. Um: lavabo na mão esquerda, jarro na mão direita, manustérgio

pendurado no braço direito. b. Dois: igual quando só com um mas um acólito segura o

manustérgio com as duas mãos c. Três: todos os acólitos seguram nas lavandas com as duas mãos.

No final os acólitos fazem uma inclinação ao sacerdote. Nota: é possível que também seja utilizado sabonete e limão especialmente quando há bênção com os santos óleos.

23. Quando o sacerdote regressa ao centro do altar, o acólito do livro apresenta o livro para a oração das oblatas, o prefácio e a oração eucarística determinada.

24. Cantando o «Sanctus», o turiferário impõe incenso no turíbulo e desloca-se para a frente do altar de costas para a assembleia.

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25. No início da Narração da última ceia todos se ajoelham, excepto o acólito que continua a segurar o Missal. Nota: «Um pouco antes da Consagração, se for oportuno, um dos acólitos poderá chamar a atenção dos fiéis com toque de campainha. Esta pode-se tocar também a cada elevação, segundo os costumes locais» (IGMR, 109).

26. A cada elevação, o turiferário incensa. 27. Quando o celebrante diz «Mistério da Fé», todos se levantam. 28. O turíbulo é guardado para o local designado. 29. Finda a Oração Eucarística o acólito do livro abre o Missal nos Ritos

da Comunhão.

30. Quando o Sacerdote ou o Diácono disser: «Saudai-vos na paz de

Cristo», os acólitos saúdam o presidente o concelebrantes e por fim os outros acólitos. Se existirem muitos acólitos, o que torna demoroso o rito da paz, os acólitos dão a paz a alguns e o sacerdote saúda na paz o cerimoniário e o acólito do livro.

31. O Sacerdote genuflecte depois da oração preparatória da Comunhão, acólitos fazem uma inclinação profunda.

32. Quando o presbítero diz: «Eis o Cordeiro de Deus…» os acólitos fazem uma inclinação profunda.

33. Os acólitos aguardam que o sacerdote lhes leve a comunhão que poderá, ou não, ser das duas espécies.

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34. Os acólitos acompanham então os ministros da comunhão com a bandeja. O cerimoniário deve acompanhar o celebrante.

35. O acólito que está com o ministro da comunhão deve ter a bandeja por baixo da patena ou píxide e acompanha o corpo no ar até à boca de quem vem receber a comunhão. Se quem vier receber for para comungar na mão a bandeja deve parar por baixo das mãos dessa pessoa.

36. Terminada a Comunhão dos fiéis, um presbítero ou outro ministro da comunhão faz a purificação, no altar ou na credência, que consiste em limpar a patenas e as bandejas (e outros vasos sagrados), com o sanguíneo. O acólito encarregado das galhetas entrega a galheta da água ao ministro.

37. Se antes ou depois da Comunhão dos Fiéis existir necessidade de abrir o sacrário, e localizando-se este no presbitério, os acólitos voltam-se para este, inclinando-se na abertura e fecho deste. Estando o sacrário localizado fora do presbitério dois ceroferários (sem os ciriais) acompanham o ministro num pequeno cortejo.

38. Depois da Comunhão os acólitos sentam-se se o sacerdote se sentar (ao mesmo tempo que este).

39. O acólito do livro apresenta o Missal ao celebrante para este fazer a oração depois da comunhão.

40. Dito o «Ide em Paz…», o cortejo (se houver), para a sacristia como o da entrada.

Tema 4 – Ao chegar à sacristia

1. Na sacristia todos fazem referência à Cruz e respondem à

jaculatória dita pelo sacerdote. 2. O cerimoniário ajuda o presbítero a desparamentar-se. Todos ainda

paramentados, arrumam aquilo que está encarregado cada um. 3. Os acólitos guardam os seus paramentos no local designado.

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Observações

Se o presidente for um bispo ter em conta:

A) O bispo faz uso do báculo durante a procissão da entrada, enquanto

se escuta a proclamação do Evangelho e faz a Homília e na bênção final;

B) Pode usar mitra: sempre que se senta (ao ministrar o sacramento da Confirmação) e nas circunstâncias em que usa o báculo;

C) O acólito mitreiro entrega e recebe a mitra do diácono ou sacerdote que assiste o bispo;

D) Durante a missa, o bispo só não usa o solidéu desde o início da oração eucarística até terminar de distribuir a Comunhão. Nessa altura, o Bispo senta-se e um acólito deverá levar-lhe o solidéu numa bandeja.

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Capítulo 7 – Devocionário Os acólitos Devem ser instruídos também na oração, por isso está aqui, neste pequeno devocionário, além dos já (supostamente) conhecidos Pai-Nosso e Avé Maria, outras orações incluindo a nossa Oração. Pai-Nosso Pai-Nosso, que estais no Céu santificado seja o Vosso Nome. Venha a nós o Vosso Reino, seja feita a Vossa Vontade assim na terra como no céu. O Pão-Nosso de cada dia nos dai hoje. Perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. E não nos deixei cair em tentação mas livrai-nos do mal. Ámen. Avé Maria Avé Maria cheia de graça o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora da nossa morte. Ámen. Oração do Acólito Senhor Jesus Cristo, sempre vivo e presente connosco, tornai-me digno de Vos servir no altar da Eucaristia, onde se renova o sacrifício da Cruz e Vos oferecei por todos os homens. Vós que quereis ser para cada um o amigo e o sustentáculo no caminho da vida, concedei-me uma fé humilde e forte, alegre e generosa, pronta para vos testemunhar e servir. E porque me chamaste ao vosso serviço, permiti que vos procure e vos encontre, e pelo sacramento do Vosso Corpo e Sangue, permaneça unido a Vós para sempre. Ámen. Glória Glória a Deus nas alturas e paz aos homens por Ele amados. Senhor Deus, Rei dos céus, Deus Pai todo-poderoso: nós Vos louvamos, nós Vos bendizemos, nós Vos adoramos, nós Vos glorificamos, nós Vos damos graças por Vossa imensa glória. Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigénito, Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus Pai: Vós que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós; Vós que tirais o pecado do mundo, acolhei a nossa súplica; Vós que estais à direita do Pai, tende piedade de nós. Só Vós sois o Santo; só Vós sois o Senhor; só Vós, o Altíssimo Jesus Cristo; com o Espírito Santo, na glória de Deus Pai. Ámen.

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Credo Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso, Criador do céu e da terra, de todas coisas visíveis e invisíveis. Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigénito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; gerado não criado, consubstancial ao Pai. Por Ele, todas as coisas foram feitas. E, por nós homens, e para nossa salvação desceu dos céus. (todos se inclinam às palavras: «E encarnou…e Se fez homem») E encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem. Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras; e subiu aos Céus, onde está sentado à direita do Pai. De novo há-de vir em sua glória, para julgar os vivos e os mortos; e o seu Reino não terá fim. Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: Ele que falou pelos Profetas. Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica. Professo um só baptismo para a remissão dos pecados. E espero a ressurreição dos mortos, e vida do mundo que há-de vir. Ámen. Salve Rainha Salve Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve. A Vós bradamos os degredados filhos de Eva: A Vós suspiramos gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa, os vossos olhos misericordiosos a nós volvei. E depois deste desterro mostrai-nos Jesus, bendito fruto do Vosso ventre. Ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Ámen.

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Oração da manhã Em nome (t) do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ámen. Salmo 62, 2-9 Senhor, sois o meu Deus: desde a aurora Vos procuro. A minha alma tem sede de Vós. Por Vós suspiro Como terra árida, sequiosa, sem água. Quero contemplar-Vos na santuário, Para ver o vosso poder e glória. A Vossa graça vale mais que a vida: Por isso, os meus lábios hão-de cantar-Vos louvores. Assim Vos Bendirei toda a minha vida E em Vosso Louvor levantarei as mãos Serei saciado com saborosos manjares E com vozes de júbilo Vos louvarei. Quando no leito Vos recordo, Passo a noite a pensar em Vós. Porque Vos tornastes meu refúgio, Exulto à sombra das Vossas asas. Unido a Vós estou, Senhor. A Vossa mão me serve de amparo. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, Como era no princípio, agora e sempre. Ámen. Oferecimento das obras do dia Ofereço-Vos, ó meus Deus, Em união com o Santíssimo Coração de Jesus E por meu o do Imaculado Coração de Maria, As orações, os trabalhos, as alegrias e os sofrimentos deste dia, Em reparação de todas as ofensas E por todas as intenções, Pelas quais o mesmo divino Coração Está continuamente intercedendo E sacrificando-se nos nossos altares. Eu Vo-la ofereço, de modo particular, (conforme o mês, acrescentar as intenções do Santo Padre) Tudo por Vós, Sagrado Coração de Jesus!

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Consagração a Nossa Senhora Ó Senhora minha, ó minha Mãe! Eu me ofereço todo a Vós E, em prova da minha devoção para convosco, Vos consagro neste dia os meus olhos, os meus ouvidos, A minha boca, o meu coração E inteiramente o meu ser. E porque assim sou vosso, ó incomparável Mãe, Guardai-me e defendei-me Como coisa e propriedade Vossa. Lembrai-vos que Vos pertenço, Terna Mãe, Senhora nossa! Ah, guardai-me e defendei-me Como coisa própria Vossa. Ámen. Ao Anjo da Guarda Santo Anjo do Senhor, meu zeloso Guardador: Pois que a ti me confiou a piedade divina, Hoje e sempre me governa, Rege, guarda e ilumina. Ámen. Pai-Nosso Oração do meio-dia Angelus V/ O Anjo do Senhor anunciou a Maria. R/ E Ela concebeu do Espírito Santo. Avé Maria. V/ Eis a escrava do Senhor. R/ Faça-se em Mim segundo a Vossa palavra. Avé Maria. V/ E o Verbo Se fez homem. R/ E habitou entre nós. Avé Maria. V/ Rogai por nós, Santa Mãe de Deus. R/ Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

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Oremos: Infundi, Senhor como Vos pedimos, A Vossa graça em nossas almas, para que nós, Que pela Vossa anunciação do Anjo viemos ao conhecimento Da Encarnação de Jesus Cristo Vosso Filho, Pela sua Paixão e Morte de Cruz Sejamos reconduzidos à glória da Ressurreição. Por Cristo Nosso Senhor. Ámen. Ou Regina Caeli (no tempo Pascal) V/ Rainha do Céu, alegrai-Vos, Aleluia! R/ Porque Aquele que mereceste trazer em Vosso ventre, Aleluia! V/ Ressuscitou como disse, Aleluia! R/ Rogai por nós a Deus, Aleluia! V/ Alegrai-Vos e exultai, ó Virgem Maria, Aleluia! R/ Porque o Senhor ressuscitou verdadeiramente, Aleluia! Oremos: Ó Deus, que Vos dignaste alegrar o mundo Com a ressurreição de Vosso Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, Concedei-nos, Vos Suplicamos, A graça de alcançarmos pela protecção da Virgem Maria, Sua Mãe, A glória da vida eterna. Por Cristo Nosso Senhor. Ámen. Visita ao Santíssimo Meus Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão para os que crêem, não adoram, não esperam e não vos amam. (3x) Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, adoro-Vos profundamente e ofereço-Vos o preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os sacrários da terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido. E, pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-Vos a conversão dos pobres pecadores.

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Salmo 22 O Senhor é meu pastor: nada me falta. Leva-me a descansar em verdes prados, Conduz-me às águas refrescantes E reconforta a minha alma. Ele me guia por sendas direitas Por amor do seu nome. Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos, Não temerei nenhum mal, porque Vós estais comigo: O Vosso cajado e o Vosso báculo me enchem de confiança. Para mim preparais a mesa À vista dos meus adversários; Com óleo me perfumais a cabeça E o meu cálice transborda. A bondade e a graça hão-de acompanhar-me Todos os dia da minha vida, E habitarei a casa do Senhor Para todo o sempre. Glória ao Pai, ao Filho E ao Espírito Santo, Como era no princípio Agora e sempre. Ámen Oração do Acólito Pai-Nosso Ficai connosco, Senhor!

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Bênção da mesa Antes das refeições Oremos: Abençoai-nos, Senhor, e a estes alimentos que recebemos da vossas mãos. Por Cristo Nosso Senhor. Ámen. Depois das refeições Damo-Vos graças, Deus omnipotente, por todos os vossos benefícios. Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Ámen. V/ Que o Senhor nos dê a sua Paz. R/ E a vida eterna. Oração da noite Em nome do Pai (†), do Filho e do Espírito Santo. Ámen. Acção de Graças Eu Vos adoro, meu Deus E Vos amo de todo o meu coração. Dou-Vos graças por me terdes criado, Feito cristão e conservado neste dia. Perdoai-me as faltas que hoje cometi E se algum bem fiz, aceitai-o. Guardai-me durante o repouso E livrai-me dos perigos. A Vossa graça esteja sempre comigo E com todos os que me são queridos. Ámen. Exame de Consciência Meus Deus, dai-me luz para conhecer os pecados que hoje cometi, as causas deles e os meios de os evitar. Deveres para com Deus: lembrei-me de Deus durante o dia oferecendo-Lhe o meu trabalho, dando-Lhe graças, recorrendo a Ele com confiança de filho? Deixei de O testemunhar por vergonha ou respeito humano? Rezei? Deveres para com o próximo: Tive a preocupação de ajudar os que me rodeiam? Esforcei-me para que houvesse alegria e paz na minha família, no meu trabalho, na minha escola? Fiz algum apostolado? Caí na murmuração? Soube perdoar? Rezei pelos que mais precisam?

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Deveres para comigo: Procurei crescer na santidade? Deixei-me levar pelos sentimentos de orgulho, vaidade, sensualidade? Combati o meu defeito dominante? Pedia a Deus que aumentasse em mim as virtudes e, especialmente, a fé, a esperança e a caridade?

• Que bem fiz hoje? • Que mal fiz hoje? • Que coisas farei melhor amanhã?

Acto de Contrição Meus Deus, porque sois infinitamente bom, E Vos amo de todo o meu coração, Pesa-me de Vos ter ofendido, E, com o auxílio da Vossa divina graça, Proponho firmemente emendar-me E nunca mais Vos tornar a ofender. Peço e espero o perdão das minhas culpas Pela Vossa infinita misericórdia. Ámen. Nunc Dimittis Salvai-nos, Senhor, quando velamos e guardai-nos quando dormimos, para estarmos vigilantes com Cristo e descansarmos em paz. Agora, Senhor, segundo a Vossa palavra, Deixareis ir em paz o Vosso servo, Porque os meus olhos viram a salvação Que oferecestes a todos os povos, Luz para revelar às nações E a glória de Israel, Vosso servo. Salvai-nos, Senhor, quando velamos e guardai-nos quando dormimos, para estarmos vigilantes com Cristo e descansarmos em paz. Pela Vossa Imaculada Conceição, ó Maria, Purificai o meu corpo, santificai a minha alma. (3 Avé Marias) Salve Rainha O Senhor omnipotente nos dê uma noite tranquila e no fim da vida santa morte. Ámen.

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Confissão Confesso a Deus todo-poderoso e a vós irmãos que eu pequei muitas vezes por pensamentos, palavras, actos e omissões. Por minha culpa (batendo no peito), minha tão grande culpa, e peço à Virgem Maria, aos Anjos e Santos e a vós, irmãos que rogueis por mim a Deus, Nosso Senhor. Resposta (mais frequentes) nas missas:

• Confessemos os nossos pecados. o (reza-se a confissão)

• Palavra do Senhor o Graças a Deus

• O Senhor esteja convosco o Ele está no meio de nós

• Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo S. N o (Durante esta frase persignamo-nos.) o Glória a Vós Senhor

• Palavra da Salvação o Glória a Vós Senhor

• Bendito sejais, Senhor, Deus do universo, pelo Pão (Vinho) que recebemos da vossa bondade, fruto da terra (videira) e do trabalho do homem, que hoje Vos apresentamos e que para nós se vai tornar Pão da Vida (Vinho da Salvação).

o Bendito seja Deus para sempre • Orai, irmãos, para que o meu e o vosso sacrifício seja aceite por Deus

Pai todo-poderoso o Receba o Senhor por Tuas mãos este sacrifício, para glória do

Seu nome, para nosso bem e de toda a santa Igreja. • O Senhor esteja convosco

o Ele está no meio de nós • Corações ao alto

o O nosso coração está em Deus. • Demos graças ao Senhor nosso Deus

o É o nosso dever, é nossa salvação. • Mistério da Fé

o Anunciamos, Senhor, a vossa morte, proclamamos a vossa ressurreição. Vinde Senhor Jesus.

• …enquanto esperamos a vinda gloriosa de Jesus Cristo nosso Salvador o Vosso é o reino e o poder e a glória para sempre

• A paz do Senhor esteja convosco. o O amor de Cristo nos uniu.

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• Saudai-vos na paz de Cristo o (todos se saúdam na paz)

• Felizes os convidados para a ceia do Senhor. Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.

o Senhor, eu não sou digno que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo.

• O Senhor esteja convosco o Ele está no meio de nós

• Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai, (t) Filho e espírito Santo. o Ámen.

• Ide em paz e o Senhor vos acompanhe o Graças a Deus

Jaculatórias ditas pelo sacerdote. V: Seja louvado Nosso Senhor Jesus Cristo. R: Para sempre seja louvado, e sua Mãe Maria Santíssima. V: Demos graças ao Senhor R: Graça a Deus (no tempo pascal) V: O Senhor Ressuscitou, Aleluia. R: Ressuscitou, verdadeiramente. Aleluia, Aleluia.

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Capítulo 8 – Vocabulário rápido dos acólitos

Acólito: é o ministro litúrgico que serve o presidente e o altar. Altar: é o lugar do sacrifício de Cristo e a mesa onde se celebra a

Eucaristia. Alva: é a veste branca que cobre todo o corpo e é comum a todos os

ministros da celebração litúrgica. Ambão: é o lugar donde se proclama a Palavra de Deus, nas leituras e no

salmo responsorial. Amito: é um rectângulo de pano branco que se pode colocar por debaixo

da alva em volta do pescoço, para cobrir perfeitamente a gola da camisa. Assembleia: são as pessoas reunidas para a celebração. Átrio: é o primeiro espaço à entrada das igrejas. Bacia: é um dos três objectos das lavandas. Báculo: é uma espécie de bastão que o bispo, quando caminha ou quando

fala, segura na mão. Baptistério: é o lugar onde está a fonte baptismal para a celebração do

baptismo. Basílica: é o nome dado às grandes igrejas cristãs. Bispo: é o sucessor dos Apóstolos e o primeiro sacerdote numa diocese;

sempre que está presente, é ele que preside às acções litúrgicas. Cadeira presidencial: é aquela donde o bispo e o presbítero presidem à

celebração, quando não estão no altar, e na qual se sentam. Caldeirinha de água benta: é apresentada ao bispo ou ao presbítero por

um acólito. Cálice: é a taça ou o copo onde se põe o vinho e um pouco de água, e se

faz a consagração. Capa de asperges: é uma capa usada nalgumas celebrações. Capela baptismal: é o mesmo que baptistério. Casula: é a veste ampla, branca ou de outra cor, aberta dos lados e sem

mangas. É usada por quem preside à celebração. Catedral: é a igreja principal duma diocese, a igreja do bispo. Ceroferários: são os acólitos que levam as velas nas procissões. Cíngulo: é o cordão branco com que se aperta a alva quando ela não se

ajusta completamente ao corpo. Círio pascal: é o círio grande, que se acende na Vigília pascal, e que

simboliza a luz de Cristo ressuscitado.

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Colher para água: é uma colher pequenina com que tira uma gota de água

da galheta e se lança no cálice, onde se mistura com o vinho. Colher para o incenso: é uma colher pequena para tirar o incenso da

naveta e o pôr no turíbulo. Vai dentro da naveta, juntamente com o incenso. Confessionário: é o lugar onde se celebra o sacramento da penitência ou

da reconciliação. Corporal: é o quadrado de linho que o acólito leva da credência para o

altar, e que o presidente estende sobre a toalha da mesa do Senhor. Credência: é uma pequena mesa que se coloca num lugar discreto do

presbitério e sobre a qual, antes da missa, se põe tudo o que vai ser preciso nalgum momento da celebração.

Custódia: é um objecto de metal, redondo, onde se coloca a hóstia grande consagrada, para que os fiéis adorem o Corpo de Cristo. A custódia usa-se na exposição solene do Santíssimo Sacramento e nas procissões eucarísticas.

Dalmática: é uma veste solene, com meias mangas, que o diácono pode usar.

Diácono: é um colaborador do bispo, e o primeiro de todos os que servem na liturgia.

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Estola: é uma peça comprida e estreita de pano, da cor litúrgica do dia, que se põe sobre a alva. O bispo e o presbítero deixam-na cair sobre o peito, ao passo que o diácono a usa em diagonal a tiracolo.

Galhetas: são os dois pequenos recipientes com o vinho e a água que os acólitos levam ao altar no momento da preparação dos dons.

Hissope: é o objecto de metal com o qual se asperge a água benta sobre as pessoas, os lugares e as coisas. Está habitualmente dentro da caldeirinha de água benta.

Hóstia: é o nome do pão da Eucaristia antes de ser consagrado. Hóstia grande: é aquela que o sacerdote segura nas mãos à consagração

e depois mostra aos fiéis. Jarra com água: é um dos três objectos das lavandas. Lavandas: são necessárias para que o sacerdote possa lavar as mãos

antes de dar início à Oração eucarística: a bacia, a jarra com água e manustérgio. São-lhe apresentadas pelos acólitos.

Leccionário: é o livro que contém as leituras bíblicas que se lêem na missa e nas outras celebrações. São oito volumes diferentes.

Missal Romano: é o livro grande que contém as orações próprias da missa e que diz como se organiza e realiza a celebração. É o livro apresentado pelo acólito durante a missa.

Mitra: é a insígnia com que os bispos cobrem a cabeça em certos momentos das celebrações litúrgicas.

Naveta: é o recipiente onde vai o incenso. Pala: é um pequeno rectângulo de pano de linho com que se pode cobrir o

cálice. Partículas: são os pedaços que são apanhados nas bandejas durante a

comunhão. São limpas as bandejas durante a purificação. Patena: é um recipiente em forma de prato pequeno, onde se põe o pão

que vai ser consagrado. Também é utilizado para dar a comunhão aos fiéis. Píxide: é o recipiente em forma de copo com tampa onde é colocado o

Corpo de Cristo que sobrou da celebração da missa e depois é guardado no sacrário.

Pluvial: é o mesmo que capa de asperges. Presbitério: significa o conjunto dos presbíteros de uma diocese, e o

lugar da igreja onde estão o altar, o ambão e a cadeira presidencial. Presbítero: é o colaborador mais directo do bispo, e aquele que mais

habitualmente preside às celebrações litúrgicas. Também se lhe chama padre ou sacerdote.

Ramo de oliveira: é um pequeno ramo que se pode usar, em vez do Hissope, para aspergir a água benta.

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Rituais: são os livros que contêm as celebrações de alguns sacramentos (baptismo, culto eucarístico fora da missa, penitência, unção dos doentes, matrimónio), e dos sacramentais (bênçãos, exéquias, profissão religiosa, etc.).

Sacrário ou tabernáculo: é o lugar onde se guarda o pão consagrado depois da celebração da Eucaristia, e diante do qual os fiéis podem orar em silêncio, quando entram na igreja ou antes de sair dela.

Sacristia: é a sala da igreja onde se guarda tudo o que é preciso para a liturgia e onde os ministros tomam as vestes litúrgicas antes de começar a celebração.

Sanguíneo: é um pequeno de pano branco que serve para limpar e enxugar (purificar) o cálice e a patena depois da Comunhão.

Sinos: são os objectos metálicos que estão na torre da igreja e cujo som convoca os fiéis para as celebrações; também servem para o relógio bater as horas.

Toalha de altar: é aquela com que a mesa do altar está coberta. Manustérgio: é um dos três objectos das lavandas. Túnica: é a veste branca do acólito, mais ajustada ao corpo do que a alva. Turíbulo: é o queimador do incenso. Turiferário: é o acólito que leva o turíbulo e a naveta nas mãos durante

as procissões. Vasos dos Santos Óleos: são os recipientes em que se guardam os

santos óleos do Crisma, dos catecúmenos e dos enfermos. Velas ou Ciriais: acendem-se no altar para o iluminar e levam-se acesas

nas procissões. Véu do Cálice: é um rectângulo de seda com que se deve cobrir o cálice

quando está na credência. Pode ser de várias cores. Mas pode usar-se sempre a cor branca.

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Bibliografia Sacrosanctum Concilium. Concilio Vaticano II, Constituição sobre a Sagrada Liturgia. Introdução Geral ao Missal Romano (IGMR) Manual do Acólito Padre Armando Duarte Editora: Rei do Livros 4ª Edição Curso para novos acólitos Patriarcado de Lisboa Departamento de Liturgia Serviço Diocesano de Acólitos http://www.sda-lisboa.lusodigital.com/ Missal Popular Dominical Domingos, solenidades e festas do Senhor 7º Edição Gráfica de Coimbra Desdobráveis fornecidos pelo Departamento da Catequese do Patriarcado de Lisboa http://www.faz-teaolargo.com “OS MOMENTOS DA MISSA” “OS ELEMENTOS DA MISSA” Secretariado Nacional de Liturgia http://www.liturgia.pt/

Fotos

As fotos foram em parte tiradas na Paróquia da Nossa Senhora da Conceição de Olivais Sul e em parte cedidas pela paróquia de Santo Eugénio.

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Índice Capítulo 0: A paróquia 1 Capítulo 1: A igreja e o seu interior 3 Capítulo 2: O acolitado 8 Capítulo 3: Gestos e atitudes na liturgia 10 Capítulo 4: Os acessórios de culto 18 Capítulo 5: Os momentos da missa 26 Capítulo 6: Cerimonial para missa 29 Capítulo 7: Devocionário 39 Capítulo 8: Vocabulário rápido dos acólitos 49 Bibliografia e Fotos 53

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www.gaos.paginas.sapo.pt

GAOS – Grupo de Acólitos dos Olivais Sul