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Márcia Angela da Silva Aguiar - coloquiocurriculo.com.br · Márcia Angela da Silva Aguiar Edilene Rocha Guimarães José Carlos Morgado (Organizadores) CURRÍCULO, ESCOLA, ENSINO

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  • Mrcia Angela da Silva Aguiar Edilene Rocha Guimares

    Jos Carlos Morgado (Organizadores)

    CURRCULO, ESCOLA,

    ENSINO SUPERIOR E

    ESPAOS NO ESCOLARES

    Srie

    Anais dos XII Colquio sobre Questes Curriculares, VIII Colquio

    Luso-Brasileiro de Currculo e II Colquio Luso-Afro-Brasileiro de

    Questes Curriculares

    Recife - Pernambuco - Brasil

    ANPAE: Prefixo Editorial 87987

    2016

  • ANPAE Associao Nacional de Polticas e

    Administrao da Educao Presidente

    Joo Ferreira de Oliveira

    Vice-presidentes

    Marcelo Soares Pereira da Silva (Sudeste)

    Luciana Rosa Marques (Nordeste)

    Regina Tereza Cestari de Oliveira (Centro-Oeste)

    Terezinha Ftima Andrade Monteiro dos Santos Lima (Norte)

    Maria de Ftima Cssio (Sul)

    Diretores

    Erasto Fortes Mendona - Diretor Executivo

    Pedro Ganzeli - Diretor Secretrio

    Leda Scheibe - Diretor de Projetos Especiais

    Maria Dilnia E. Fernandes - Diretora de Publicaes

    ngelo R. de Souza - Diretor de Pesquisa

    Aida Maria Monteiro Silva - Diretora de Intercmbio Institucional ,

    Mrcia ngela da Silva Aguiar - Diretora de Cooperao Internacional

    Maria Vieira da Silva - Diretora de Formao e Desenvolvimento

    Catarina de Almeida Santos - Diretora Financeira

    Editora

    Lcia Maria de Assis, (UFG), Goinia, Brasil

    Editora Associada

    Daniela da Costa Britto Pereira Lima, (UFG), Goinia, Brasil

    Conselho Editorial

    Almerindo Janela Afonso, Universidade do Minho, Portugal

    Bernardete Angelina Gatti, Universidade Federal Fluminense (UFF), Niteri, Brasil

    Candido Alberto Gomes, Universidade Catlica de Braslia (UCB)

    Carlos Roberto Jamil Cury, PUC de Minas Gerais / (UFMG)

    Clio da Cunha, Universidade de Braslia (UNB), Braslia, Brasil

    Edivaldo Machado Boaventura, (UFBA), Salvador, Brasil

    Fernando Reimers, Harvard University, Cambridge, EUA

    Ins Aguerrondo, Universidad de San Andrs (UdeSA), Buenos Aires, Argentina

    Joo Barroso, Universidade de Lisboa (ULISBOA), Lisboa, Portugal

    Joo Ferreira de Oliveira, Universidade Federal de Gois (UFG), Goinia, Brasil

  • Joo Gualberto de Carvalho Meneses, (UNICID), Brasil

    Juan Casassus, Universidad Academia de Humanismo Cristiano, Santiago, Chile

    Licnio Carlos Lima, Universidade do Minho (UMinho), Braga, Portugal

    Lisete Regina Gomes Arelaro, Universidade de So Paulo (USP), Brasil

    Luiz Fernandes Dourado, Universidade Federal de Gois (UFG), Goinia, Brasil

    Mrcia Angela da Silva Aguiar, (UFPE), Brasil

    Maria Beatriz Moreira Luce, (UFRGS), Brasil

    Nal Farenzena, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Brasil

    Rinalva Cassiano Silva, (UNIMEP), Piracicaba, Brasil

    Sofia Lerche Vieira, Universidade Estadual do Cear (UECE), Fortaleza, Brasil

    Steven J Klees, University of Maryland (UMD), Maryland, EUA

    Walter Esteves Garcia, Instituto Paulo Freire (IPF), So Paulo, Brasil

    Presidentes dos Colquios

    Antnio Flvio Barbosa Moreira Universidade Catlica de Petrpolis

    Jos Augusto de Brito Pacheco Universidade do Minho

    Comisso Organizadora Geral

    Mrcia Angela da Silva Aguiar (Universidade Federal de Pernambuco) - Coordenadora

    Jos Carlos Morgado ( Universidade do Minho)

    Geovana Mendona Lunardi Mendes (Universidade do Estado de Sta. Catarina)

    Isabel Carvalho Viana (Universidade do Minho)

    Joana Sousa (Universidade do Minho)

    Edilene Guimares (Instituto Federal de Pernambuco)

    Comit Local

    Ada Maria Monteiro Silva (Universidade Federal de Pernambuco)

    Ana de Ftima Abranches (Fundao Joaquim Nabuco)

    Ana Lcia Borba (Universidade Federal de Pernambuco)

    Alfredo Macedo Gomes (Universidade Federal de Pernambuco)

    Ana Lcia Flix (Universidade Federal de Pernambuco)

    Darci Lira (Universidade Federal de Pernambuco)

    Edson Francisco (Universidade Federal de Pernambuco)

    Edilene Guimares (Instituto Federal de Pernambuco)

    Janete Maria Lins de Azevedo (Universidade Federal de Pernambuco)

    Luciana Rosa Marques (Universidade Federal de Pernambuco)

    Luiz Roberto Rodrigues (Universidade Estadual de Pernambuco)

    Maria Helena Carvalho (Universidade Catlica de Pernambuco)

    Maria do Socorro Valois (Universidade Federal Rural de Pernambuco)

    Rita Barreto Moura (SINTEPE)

    Mrcia Angela da Silva Aguiar (Universidade Federal de Pernambuco)

  • Comisso Cientfica

    Angola: Alberto Quitembo (Universidade Katyavala Bwila)

    Augusto Ezequiel Afonso (Universidade de Katyavala Bwila)

    Ermelinda Cardoso (Universidade de Katyavala Bwila)

    Maria Alice Tavares (Universidade Katyavala Bwila)

    Cabo Verde: Ana Cristina P. Ferreira (Universidade de Cabo Verde)

    Bartolomeu Varela (Universidade de Cabo Verde)

    Moambique: Adriano Niquice (Universidade Pedaggica de Moambique)

    Angelo Jose Muria (Universidade Pedaggica de Moambique)

    Hildizina Norberto Dias (Universidade Pedaggica de Moambique)

    Portugal: Almerindo Afonso (Universidade do Minho)

    Bento Duarte da Silva (Universidade do Minho)

    Carlinda Leite (Universidade do Porto)

    Fernando Ribeiro Gonalves (Universidade do Algarve)

    Francisco Jos R. de Souza (Universidade dos Aores)

    Filipa Seabra (Universidade Aberta)

    Jesus Maria de Sousa (Universidade da Madeira)

    Jos Augusto Pacheco (Universidade do Minho)

    Manuela Esteves (Universidade de Lisboa)

    Maria Joo Mogarro (Universidade de Lisboa)

    Maria Palmira Alves (Universidade do Minho)

    Preciosa Fernandes (Universidade do Porto)

    Rui Vieira de Castro (Universidade do Minho)

    Brasil: Alfredo Veiga Neto (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)

    Alvaro Luiz Moreira Hyplito (Universidade Federal de Pelotas)

    Alfredo Macedo Gomes (Universidade Federal de Pernambuco)

    Alice Casimiro Lopes (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

    Andr Mrcio Favacho (Universidade Federal de Minas Gerais)

    Antnio Carlos Amorim (Universidade Estadual de Campinas)

    Carlos Eduardo Ferrao (Universidade Federal do Esprito Santo)

    Elba Siqueira de S Barreto (Universidade de So Paulo)

    Elisabeth Macedo (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

    Eurize Caldas Pessanha (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul)

    Fabiany Tavares Silva (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul)

    Genylton Odilon Rego da Rocha (Universidade Federal do Par)

    Ins Barbosa Oliveira (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

  • Jefferson Mainardes ( Universidade Estadual de Ponta Grossa)

    Lucola Santos (Universidade Federal de Minas Gerais)

    Maria Ins Marcondes de Souza (Pontifcia Universidade Catlica do Rio de Janeiro)

    Mrcia Maria de Melo Oliveira (Universidade Federal de Pernambuco)

    Maria Rita Oliveira (CEFET-MG)

    Maria Teresa Estban (Universidade Federal Fluminense)

    Marlucy Alves Paraso (Universidade Federal de Minas Gerais)

    Nilda Alves (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

    Roberto Sidnei Macedo (Universidade Federal da Bahia)

    Rosngela Tenrio (Universidade Federal de Pernambuco)

    Zlia Porto (Universidade Federal de Pernambuco)

    Coordenadores dos Painis de Comunicaes Orais

    1 Currculo e ensino superior

    Assis Leo IFPE

    Cludia da Silva Santos Sansil IFPE

    Edlamar Oliveira dos Santos IFPE

    Everaldo Fernandes da Silva - CAA/UFPE

    Gilvanide Ferreira de Oliveira UFRPE

    Mnica Lopes Folena Arajo UFRPE

    Natlia Jimena da Silva Aguiar PPGE/UFPE

    2 Currculo e escola

    Alcione Mainar CAA/UFPE

    Eugnia Paula Bencio Cordeiro IFPE

    Everaldo Fernandes da Silva CAA/UFPE

    Girleide Torres Lemos CAA/UFPE

    Jaileila de Arajo Santos CE/UFPE

    Jos Nilton de almeida - UFRPE

    Jos Paulino Filho FAFIRE

    Katharine Ninive Pinto Silva CAA/UFPE

    Mrcia Regina Barbosa - CE/UFPE

    Natlia Belarmino - CE/UFPE

    3 - Currculo e educao infantil, ensino fundamental e mdio

    Alexandre Viana CAA/UFPE

    Alexandre Zarias FUNDAJ

    Ana Carolina Perrucci Brando CE/UFPE

    Ana Karina Lira CE/UFPE

  • Catherine Nnive CE/UFPE

    Edilson Fernandes da Silva CE/UFPE

    Ester Calland de Souza Rosa CE/UFPE

    Lavnia de Melo e Silva Ximenes CAP/CE/UFPE

    Ldia Cerqueira CE/UFPE

    Maria do Socorro Valois UFRPE

    Maria Jaqueline Paes de Carvalho UFRPE

    Pietro Manoel da Silva PPGE/UFPE

    Rita de Cssia Barreto de Moura PPGE/UFPE

    Severina Klimsa CE/UFPE

    4 - Currculo e polticas educacionais

    Ana de Ftima Abranches FUNDAJ

    Conceio Gislane Nbrega de Sales CAA/UFPE

    Denise Maria Botelho UFRPE

    Denise Xavier Torres PPGE/UFPE

    Gabriel Lopes de Santana CE/UFPE

    Henrique Guimares Coutinho FUNDAJ

    Itamar Nunes da Silva UFPB

    Jos Luiz Simes CE/UFPE

    Jlia Calheiros CE/UFPE

    Ktia Silva Cunha CAA/UFPE

    Lucinalva Atade Andrade de Almeida CAA/UFPE

    Maria Jlia de Melo PPGE/UFPE

    Priscilla Maria Silva do Carmo PPGE/UFPE

    Tcia Cassiany Ferro Cavalcante CE/UFPE

    Tlio Augusto Velho Barreto de Arajo FUNDAJ

    5 - Currculo e teorias

    Isabela Amblard CE/UFPE

    Jos Paulino P. Filho FAFIRE

    Ktia Silva Cunha CAA/UFPE

    Maria Lcia Ferreira Barbosa CE/UFPE

    Srgio Paulino Abranches CE/UFPE

    6 - Currculo e histria social das disciplinas

    ngela Monteiro PPGE/DH/UFPE

    Jos Henrique Duarte IFPE

    7 - Currculo e espaos no escolares

    Ada Maria Monteiro Silva CE/UFPE

  • Clia Maria Rodrigues da Costa Pereira CE/UFPE

    Maria Joselma do Nascimento Franco CAA/UFPE

    8 - Currculo, formao e trabalho docente

    Alcione Alves da Silva Mainar CAA /UFPE

    Camila Ferreira da Silva UTFPR

    Carla Patrcia Acioli Lins - CAA/UFPE

    Conceio Gislane Nbrega Lima de Salles CAA/UFPE

    Elian Sandra Arajo UFRPE

    Emanuelle de Souza Barbosa PPGEDCOM/UFPE

    Etiane Valentim da Silva Herculano CE/UFPE

    Ezir Georg da Silva UFRPE

    Fernanda Guarany Mendona Leite - IFPE

    Gilvaneide Ferreira de Oliveira UFRPE

    Isabel Carvalho Viana IE/UMINHO

    Kthia Barbosa CE/UFPE

    Lada B. P. Machado CE/UFPE

    Lcia Carabas CE/UFPE

    Maria das Graas Soares da Costa FAFIRE

    Maria Julia de Melo PPGE/UFPE

    Orqudea Maria de Souza Guimares CAA/UFPE

    Sandra Patrcia Atade Ferreira CE/UFPE

    Sucuma Arnaldo - PPGE/UFPE

    Vilde Gomes de Menezes PPGE/UFPE

    9 - Currculo e conhecimento escolar

    Jaqueline Barbosa CAA/UFPE

    Lvia Suassuna CE/UFPE

    Rafaella Asfora Siqueira Campos Lima CE/UFPE

    10 - Currculo e avaliao

    Ana Lucia Borba CE/UFPE

    Bruna Tarcilia Ferraz UFRPE

    Carla Figueredo UPCEUP

    Girleide Torres Lemos - CAA/UFPE

    Katharine Nnive Pinto Silva CAA/UFPE

    Maria da Conceio Carrilho de Aguiar CE/UFPE

    11 - Currculo e culturas

    Andr Ferreira CE/UFPE

    Fbio da Silva Paiva CE/UFPE

  • Jos Carlos Morgado IE/UMINHO

    Maria da Conceio Reis CE/UFPE

    Maria Julia de Melo PPGE/UFPE

    Michele Guerreiro Ferreira PPGE/UFPE

    12 - Currculo e tecnologias

    Jos Alan da Silva Pereira PPGE/UFPE

    Maria Auxiliadora Padilha CE/UFPE

    Simone Maria Chalub Bandeira Bezerra PGECM/REAMEC

    13 - Currculo e diferena

    Aline Renata dos Santos PPGE/UFPE

    Celia Maria Rodrigues da Costa Perena CE/UFPE

    Claudilene Maria da Silva UNILAB

    Delma Josefa da Silva PPGE/UFPE

    Fabiana Souto Lima Vidal CAP/UFPE

    Itamar Nunes da Silva UFPB

    Janssen Felipe Silva CAA/UFPE

    Jos Policarpo Junior CE/UFPE

    Karina Mirian da Cruz Valena Alves CE/UFPE

    Marcia Maria de Oliveira Melo CE/UFPE

    Rebeca Duarte UFRPE

    14 - Currculo e ideologia

    Edilene Rocha Guimares IFPE

    Grasiela A. Morais P. de Carvalho GEPERGES/UFRPE

    15 - Currculo e gesto da escola

    Alice Miriam Happ Botler CE/UFPE

    Lada Bezerra Machado CE/UFPE

    16 - Currculo e incluso

    Allene Lage CAA/UFPE

    Maria do Carmo Gonalo Santos FAFICA

    Maria Zlia Santana CAV/UFPE

    Marlia Gabriela Menezes CE/UFPE

    Coordenao de Eixos Temticos

    Coordenao Geral: Edilene Rocha Guimares IFPE

    Coordenao dos Eixos 1 e 2 Monica Lopes Folena Arajo - UFRPE

  • Coordenao dos Eixos 3 e 4 Maria do Socorro Valois Alves UFRPE

    Coordenao dos Eixos 5 e 6 Lucinalva Andrade Atade de Almeida CAA/UFPE

    Coordenao dos Eixos 7 e 9 Orqudea Maria de Souza Guimares CAA/UFPE

    Coordenao do Eixo 8 Fernanda Guarany Mendona Leite IFPE

    Coordenao dos Eixo 10 a 13 - Janssen Felipe da Silva - CAA/UFPE

    Coordenao dos Eixos 14 e 16 Ana Paula Abrahamian de Souza UFRPE

    Sobre os Colquios de Currculo

    A partir do V Colquio sobre Questes Curriculares, realizado em Portugal,

    na Universidade do Minho (Fevereiro de 2002), passou a organizar-se Colquio Luso-

    brasileiro sobre Questes Curriculares, resultado de uma parceria entre investigadores

    portugueses e brasileiros. Desde ento, a cada dois anos, o Colquio tem-se realizado

    alternadamente em Portugal e no Brasil, reunindo os mais expressivos investigadores da

    rea dos dois pases. O II Colquio foi realizado na Universidade do Estado do Rio de

    Janeiro (2004). O III Colquio aconteceu mais uma vez na Universidade do Minho

    (2006) e o IV Colquio teve lugar em 2008 na Universidade Federal de Santa Catarina,

    em Florianpolis. Em 2010, o V Colquio foi realizado em Portugal, desta vez na

    Faculdade de Psicologia e de Cincias da Educao da Universidade do Porto. O VI

    Colquio foi sediado na Faculdade de Educao da Universidade Federal de Minas

    Gerais e o VII Colquio, em 2014, na Universidade do Minho.

    Sobre a Biblioteca Anpae

    A coleo Biblioteca ANPAE constitui um programa editorial que visa a

    publicar obras especializadas sobre temas de poltica e gesto da educao e seus

    processos de planejamento e avaliao. Seu objetivo incentivar os associados a

    divulgar sua produo e, ao mesmo tempo, proporcionar leituras relevantes para a

    formao continuada dos membros do quadro associativo e o pblico interessado no

    campo da poltica e da gesto da educao.

    A coletnea Biblioteca ANPAE compreende duas sries de publicaes:

    Srie Livros, iniciada no ano 2000 e constituda por obras co-editadas com editoras

    universitrias ou comerciais para distribuio aos associados da ANPAE.

    Srie Cadernos ANPAE, criada em 2002, como veculo de divulgao de textos e

    outros produtos relacionados a eventos e atividades da ANPAE.

  • Apoios Universidade Federal de Pernambuco/CA/ PPGE/UFPE

    Centro Acadmico do Agreste - UFPE

    Universidade do Minho Centro de Investigao em Educao, Portugal

    Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior CAPES

    Associao Brasileira de Currculo ABdC

    Sindicato dos Trabalhadores em Educao em Pernambuco SINTEPE

    Universidades Parceiras

    Universidade Catlica de Petrpolis

    Universidade do Estado de Santa Catarina

    Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de Pernambuco

    Universidade do Porto

    Universidade de Lisboa

    Universidade Pedaggica de Moambique

    Universidade Cabo-Verde, (UniCV)

    Universidade Katyavala Bwila, Angola

    Ficha Catalogrfica

    AG282c

    Currculo, escola, ensino superior e espaos no escolares - Anais

    do XII Colquio sobre questes curriculares/VIII Colquio luso-

    brasileiro de currculo/II Colquio luso-afro-brasileiro de

    questes curriculares. Srie. Organizao: Mrcia Angela da Silva

    Aguiar, Edilene Rocha Guimares e Carlos Jos Morgado [Livro

    Eletrnico]. Recife: ANPAE, 2016.

    ISBN 978-85-87987-02-0

    Formato: PDF, 969 pginas

    1. Educao. 2. Currculo. 3. Anais. I. Aguiar, Marcia

    Angela da Silva. II. Guimares, Edilene Rocha. III.

    Morgado, Jos Carlos IV. Ttulo

    CDU 37.01(06)

    CDD 375

  • Organizadores

    Mrcia Angela da Silva Aguiar: Professora Titular da Universidade Federal de Pernambuco.

    Doutora em Educao. Brasil.

    Edilene Rocha Guimares Professora do Instituto Federal de Educao. Doutora em

    Educao. Brasil.

    Jos Carlos Morgado Professor do Instituto de Educao, Universidade do Minho. Doutor em

    Educao. Portugal.

    Todos os arquivos aqui publicados so de inteira responsabilidade dos autores e

    coautores, e pr-autorizados para publicao pelas regras que se submeteram ao XII

    Colquio sobre Questes Curriculares/VIII Colquio Luso-Brasileiro de Currculo/II

    Colquio Luso-Afro-Brasileiro de Questes Curriculares. Os artigos assinados refletem

    as opinies dos seus autores e no as da Anpae, do seu Conselho Editorial ou de sua

    Direo.

    Endereo para correspondncia

    ANPAE - Associao Nacional de Poltica e Administrao da Educao

    Centro de Educao da Universidade Nacional de Braslia

    Asa Norte s/n Braslia, DF, Brasil, CEP 70.310 - 500

    http://www.anapae.org.br | E-mail: [email protected]

    Servios Editoriais

    Planejamento grfico, capa e editorao eletrnica:

    Carlos Alexandre Lapa de Aguiar.

    Nossa pgina na Web: www.coloquiocurriculo.com.br

    Distribuio Gratuita

    http://www.coloquiocurriculo.com.br/
  • Sumrio

    Apresentao Comisso Organizadora

    23

    Currculo e Ensino Superior

    I - Estudo comparativo dos sistemas de ensino de pases lusfonos (Guin-Bissau e Timor Leste): implicaes no percurso formativo de estudantes em instituies de ensino superior brasileiras Ailana Linhares de Sousa Medeiros e Ricardo da Silva Pedrosa

    26

    II - Educar em direitos humanos: representaes e prticas no curso de pedagogia Currculo e internacionalizao do ensino superior Ana Valria de Figueiredo da Costa, Agenor Pereira da Costa e Ilda Maria Baldanza Nazareth Duarte

    35

    III - Formao pedaggica para a docncia universitria em

    mestrados e doutorados da Universidade Federal da Bahia, Brasil

    Ana Verena Madeira, Denise Guerra Sandra de Medeiros, Larissa Sena e

    Henrique Gama

    45

    IV - A inter/transdisciplinaridade na produo do conhecimento e

    a universidade do sculo XXI

    ngelo Jos Muria

    55

    V - Currculo e internacionalizao do ensino superior

    Antnio Flvio Barbosa Moreira e Rosane Karl Ramos 65

    VI - Bacharelados interdisciplinares: o desafio da

    interdisciplinaridade

    Carolina Ponciano Gonalves e Maria Ins Petrucci-Rosa

    74

    VII - Prticas docentes: reflexes e implicaes no ensino

    aprendizagem nos anos iniciais

    Diana Gonalves dos Santos, Cleide Maria Velasco Magno e Valdete Leal

    de Oliveira

    83

  • VIII - Extenso universitria como alternativa incluso do tema empreendedorismo no currculo do ensino fundamental Eduardo Janicsek Jara e Ivoneti da Silva Ramos

    95

    IX - Currculo de cursos de ps-graduao stricto sensu em administrao: contributos para a construo da profissionalidade docente em questo Fabiana Ferreira Silva, Ktia Maria da Cruz Ramos e Maria das Graas Soares da Costa

    104

    X - A prtica pedaggica do professor da educao superior:

    rompendo determinismos e racionalidades estabelecidas

    Hilda Mara Lopes Araujo e Meire de Ftima Pinto Alves

    113

    XI - Currculo integrado e interdisciplinar: um processo inovador e

    colaborativo

    Ilma Passos Alencastro Veiga

    122

    XII - Elementos de integrao curricular em uma disciplina de

    graduao em medicina

    Jaqueline Santos Barboza e Vanja Myra Barroso Vieira da Silveira

    130

    XIII - Integrao curricular na educao mdica: discusso terica

    Jaqueline Santos Barboza 140

    XIV - Educao matemtica e educao inclusiva: o que prev o

    projeto de curso da licenciatura em matemtica da UFPE-CAA?

    Jos Jefferson da Silva

    149

    XV - O currculo no cho da sala de aula: uma atitude de inovao

    pedaggica no curso de pedagogia da FACIG

    Jos Santos Pereira, Glria Maria Alves Machado, Rilva Jos Pereira

    Ucha Cavalcanti e Zlia Maria Freitas dos Santos

    158

    XVI - Nova agenda da educao 2030, currculo e

    desenvolvimento: desafios e implicaes para o ensino superior

    Jlio Santos, Rui Silva e Jos Carlos Morgado

    167

    XVII - As licenciaturas em educao do campo, cincias da

    natureza e qumica e a pedagogia sob olhares dos estudos do

    currculo

    Leila Paiter, Nli Suzana Britto, Camila Pericolo e Lubna C. Peixer

    177

  • XVIII - A proposta curricular do curso de magistrio: um

    currculo de ontem, um professor nas escolas de hoje

    Lilian Alves Pereira e Joana Ceclia Biss Silva

    186

    XIX - O ensino universitrio organizado a partir de uma viso de

    formao de competncias

    Loide Celia Brito di Bernardo

    192

    XX - O currculo da universidade e o novo paradigma do

    conhecimento

    Ludmila de Almeida Freire e Ronaldo de Sousa Almeida Na

    199

    XXI - A oferta das licenciaturas presenciais em pedagogia,

    matemtica e letras no movimento de expanso das universidades

    gachas

    Mrcia Souza da Fonseca, Mara Rejane Vieira Osrio, Maria Manuela

    Alves Garcia e Jferson Barbosa Costa

    207

    XXII - Atos de currculo tecidos no andamento da disciplina

    didtica

    Maria Cludia Silva do Carmo

    217

    XXIII - As diretrizes curriculares nacionais (DCNS) para a

    educao das relaes tnico-raciais no ensino superior

    Natlia Jimena da Silva Aguiar

    226

    XXIV - O feminismo no currculo do curso de pedagogia da

    Universidade Federal de Pernambuco, Campus Agreste, Caruaru

    Paloma Raquel de Almeida e Allene Carvalho Lage

    238

    XXV - Mosaico curricular nas licenciaturas: integrao ou

    segregao para a formao inicial?

    Patrcia Carla de Macdo Chagas e Ana Maria Costa e Silva

    248

    XXVI - O papel social da universidade pblica: qual lugar para

    qual extenso?

    Patricia Elaine Pereira dos Santos

    255

    XXVII - Cursos superiores de tecnologia no Brasil: pesquisa e

    inovao

    Patricia Murara Stryhalski e Jucinia Formigari

    264

  • XXVIII - Bases epistemolgicas em disputa no mbito da

    proposta curricular e formativa do curso de medicina do centro

    acadmico do Agreste da UFPE

    Pedro Brando da Costa Neto e Anna Rita Sartore

    274

    XXIX - A sociedade da inovao e a produo do docentis

    innovatus no ensino superior

    Rafaela Esteves Godinho Leal e Shirlei Rezende Sales

    283

    XXX - Expanso da educao superior tecnolgica em So Paulo

    as FATEC' S

    Rafael dos Santos Borges

    292

    XXXI - Ensino superior e criao de conhecimentos em

    Moambique

    Telma Amorgiana Fulane Tambe

    305

    XXXII - O projeto acadmico do curso de pedagogia de uma

    universidade pblica brasileira e suas anlises

    Thalita Andressa Barbosa Paes Landim

    315

    XXXIII - "frica" e "Afro-Brasileiros" no currculo da formao

    inicial de professores de histria: uma abordagem discursiva

    Vitor Andrade Barcellos

    324

    XXXIV - O currculo do curso de graduao em fisioterapia de

    uma universidade pblica: diferenas e singularidades na

    percepo dos estudantes do curso

    Waldislia dos Santos Passos

    333

    XXXV - Currculo no ensino superior: a percepo dos

    estudantes acerca da inovao curricular proposta no curso de

    engenharia mecnica

    Waydja Cybelli, Cavalcanti Correia, Gilvaneide Ferreira de Oliveira,

    Carlos Antnio Pereira e Gonalves Filho

    342

  • Currculo e Escola

    XXXVI - O currculo na educao de jovens e adultos: anlise da

    experincia do municpio de Itabora

    Adriana Barbosa da Silva

    352

    XXXVII - Organizao curricular das escolas com jornada

    ampliada: o que revelam as teses e dissertaes entre os anos

    2000 e 2012?

    Alessandra Victor Rosa e Maria Ins Marcondes

    361

    XXXVIII Currculo, polticas curriculares e cotidiano

    Allan de Carvalho Rodrigues 370

    XXXIX - Escola bilngue pblica: uma proposta intercultural

    Amanda Cristine Corra Lopes Bitencourt e Antonio Flavio Barbosa

    Moreira

    376

    XL - Organizao do currculo das escolas primrias goianas na

    reforma do ensino de 1930

    Ana Maria Gonalves e Izadora Maria Martins

    385

    XLI - Entre o comum e o singular: enturmaes diferenciadas

    no ensino fundamental

    Andra Reis Vieira e Andra Rosana Fetzner

    396

    XLII - Famlia nas representaes sociais construdas por

    professoras de escolas pblicas

    Andreza Maria de Lima

    403

    XLIII - O currculo mnimo: a pedagogia das competncias na

    educao fluminense

    Carlos Thiago Gomes Sampaio

    412

    XLIV - O lugar (in) comum da educao ambiental no currculo

    escolar

    Carmen Roselaine de Oliveira Farias e Renata Priscila da Silva

    422

    XLV - Currculo de escolas brasileiras no Japo

    Claudia Regina de Brito e Marina Caprio 431

  • XLVI - Protagonismo juvenil: qual o papel da escola?

    Cristiane Maria Monteiro Silva 438

    XLVII - O acontecimento dos atos de currculo e formao no

    contexto de atualizao do projeto poltico pedaggico de escolas

    municipais

    Denise Moura de Jesus, Guerra, Bruno Leonardo Calmon de Siqueira

    Olivatto e Elaine Amazonas Alves dos Santos

    447

    XLVIII - Escola e currculo em tempos de democracia:

    vivncias na escola sem fronteiras

    Diana Sueli Vasselai Simo e Joana Ceclia Biss Silva

    456

    XLIX - Currculo no/do/com o cotidiano: o ritornelo do

    espaotempo de uma escola do campo ribeirinhaamaznida

    Edilma de Souza

    465

    L - Formao em educao integral na universidade:

    aproximao e distanciamento curricular, escolar e poltico

    Edna Araujo S. Oliveira

    474

    LI - Os sentidos de cultura(s) e prticas culturais produzidos no

    espaotempo da educao de jovens e adultos

    Elisabete Duarte de Oliveira e Marinaide de Lima Queiroz Freitas

    483

    LII - O currculo e a construo de um novo projeto de rede e

    de escola

    Emanuel Souto da Mota Silveira e Suellen Tarcyla da Silva Lima

    492

    LIII - A contribuio das habilidades socioemocionais e de

    valores para a formao docente do sculo xxi: achados de uma

    pesquisa participativa em uma escola de referncia do ensino

    mdio em Pernambuco

    Eugnia Paula Bencio Cordeiro, Mariana Marques Arantes, Aurino

    Lima, Ferreira, Adriana Dantas de Oliveira Menezes , Cristiane Maria

    Cardoso Soares, Michele Fonsca Cmara Brasil de Oliveira e Monica Lins

    Medeiros

    501

    LIV - Fios que tecem as narrativas curriculares de crianas e suas

    infncias em uma escola do campo na fronteira Brasil/Bolvia

    Eulene Vieira Moraes

    510

  • LV - Dos estudos comparados escrita histrico-social do

    currculo: documentos curriculares como fontes

    Fabiany de Cssia Tavares Silva

    519

    LVI - Currculo como significante vazio: o currculo de geografia

    do estado de So Paulo e as prticas docentes

    Gabriela Fernandes Jordo e Rafael Straforini

    529

    LVII - Escola e construo curricular: autonomia, dilogos e

    empoderamento docente

    Gilvaneide Ferreira de Oliveira e Carolina Santos de Miranda

    538

    LVIII - Africanidades na escola - possibilidades de uma

    educao inclusiva para a diversidade

    Jean Adriano Barrosa da Silva e Isabel Carvalho Viana

    546

    LIX - O ensino de lngua portuguesa no currculo do movimento

    dos trabalhadores rurais sem terra

    Joane Veloso Pina Cavalcanti e Lvia Suassuna

    555

    LX - A questo tnico-racial numa escola alagoana: desafios e

    possibilidades na contemporaneidade

    Jos Artur do Nascimento Silva, Beatriz Arajo da Silva, Fernanda Lays

    da Silva Santos e Jhones Stffanny Marcelino dos Santos

    565

    LXI - O currculo de geografia no contexto escolar do ensino

    fundamental II

    Joseane Gomes de Arajo, Ione Oliveira Jatob Leal e Ivaneide Silva dos

    Santos

    576

    LXII - Sociedade, currculo e obedincia: formao do Colgio

    Militar de Campo Grande MS

    Ktia Cristina Nascimento Figueira e Maria Leda Pinto

    585

    LXIII - O desenvolvimento integral do educando como

    proposta formativa do currculo escolar

    Lavnia de Melo e Silva Ximenes e Mrcia Maria Rodrigues Tabosa

    Brando

    594

  • LXIV - O currculo das escolas de referncia do ensino mdio de

    Pernambuco e a educao integral

    Lucimar Avelino da Silva e Ana da Ftima Pereira de Sousa Abranches

    603

    LXV - Estratgias, tticas e astcias na criao cotidiana do

    currculo em uma escola pblica de Angra dos Reis

    Marcelo Paraiso Alves

    613

    LXVI - Currculo e interdisciplinaridade: um relato de

    experincia formativa no mbito do conselho de classe

    prognstico

    Mrcia Maria Rodrigues Tabosa Brando e Lavnia de Melo e Silva

    Ximenes

    622

    LXVII - Construo curricular em contexto de mudana - uma

    anlise da experincia do municpio de Juiz de Fora/MG

    Mrcia Patricia Barboza de Souza

    631

    LXVIII - Redimensionamento curricular em geografia na

    universidade do estado da Bahia: o papel dos sujeitos no

    processo de assimilao, produo e recontextualizao do

    currculo

    Marcone Denys dos Reis Nunes e Jacy Bandeira de Almeida Nunes

    639

    LXIX - Trajetorias descontinuas na materializao do currculo

    integrado na educao profissional tcnica de nvel mdio

    Maria Adlia da Costa

    647

    LXX - Prticas para produzir a alfabetizao no 1 ano do ensino

    fundamental: discursos e saberes em disputa no currculo

    Maria Carolina da Silva Caldeira

    657

    LXXI - Proposta curricular para a educao bsica da rede

    estadual de ensino de Santa Catarina: dos textos aos contextos

    Maria Helena Tomaz, Isabel C. Viana e Lourival Jos Martins Filho

    666

    LXXII - Implicaes da Prova Brasil no currculo escolar de

    escolas da rede pblica municipal de ensino de Rio Branco

    Mark Clark Assen de Carvalho, Mirian Souza da Silva e Jean Mauro de

    Abreu Moraes

    676

  • LXXIII - Prticas curriculares e posies de sujeito demandadas

    em um contexto de abrigo

    Milton Chaves dos Santos Jr. e Cristiane Lima Rocha

    685

    LXXIV - Desnaturalizando a escola: dispositivos disciplinares no

    currculo escolar

    Monique Cristina Francener Hammes Schtz e Valria Contrucci de

    Oliveira Mailer

    695

    LXXV - Sobre o lugar de outros saberes na escola

    Ndia Maria Jorge Medeiros Silva 704

    LXXVI - As tessituras do currculo pensado-vivido e as

    produes de sentidos nas profissionalidades docentes

    Priscilla Maria Silva do Carmo, Maria Julia Carvalho de Melo, Girleide

    Lemos e Maria Anglica da Silva

    713

    LXXVII - Currculos pensadospraticados tenses politicoprticas

    no/do cotidiano escolar

    Rafael Marques Gonalves

    723

    LXXVIII - O lugar do ensino religioso no currculo da escola

    Rosalia Soares de Sousa, Maria da Conceio Barros Costa Lima e

    Wellcherline Miranda Lima

    732

    LXXIX - O ethos militar como expresso de (in)justia no

    Colgio Militar de Campo Grande

    Rosana SantAna de Morais

    741

    LXXX - A aprendizagem em outros espaos de formao cidad

    na escola: o que se ensina, o que se aprende?

    Rubia Cavalcante V. Magnata e Ana de Ftima de Souza Abranches

    749

    LXXXI - Currculo e escola: o bullying pelo olhar da arte

    Simone de Miranda Oliveira Frana, Anna Danile Gomes Reis e Ndia

    Maria Porto Martins

    759

    LXXXII - Educao e currculo: alguns apontamentos sobre

    programas educacionais no cotidiano da escola

    Tania de Assis Souza Granja e Sonia Maria Cerqueira de Brito

    768

  • LXXXIII A educao de jovens e adultos: entre leis e currculos

    Thas de Sousa e Souza e Rosa Cristina Porcaro 776

    LXXXIV - Currculo e democracia

    Thais Figueiredo Santos 784

    LXXXV - Produo curricular no contexto da prtica Thais Vianna Maia Barcellos

    794

    LXXXVI - A concepo educativa de tempo e espao na

    perspectiva do movimento das cidades educadoras

    Valdeney Lima da Costa e Flvia Russo Silva Paiva

    803

    LXXXVII - Agroecologia e ensino de matemtica: uma proposta curricular em discusso

    Viviane Noemia de Barros e Josias Pedro da Silva

    812

    Currculo e Espaos No Escolares

    LXXXVIII - O desenvolvimento regional na sociedade

    contempornea a partir da arquitetura e urbanismo: algumas

    reflexes curriculares

    Clia Maria Grandini Albiero e Joo Luiz Albiero

    823

    LXXXIX - Existe currculo na educao no formal? Uma

    questo em debate

    Clia Maria Rodrigues da Costa Pereira

    833

    XC - A cidadania por entre prticas educativas

    Dimas Santana Souza Neves e Rodrigo Alves Bandeira 846

    XCI - Universidades corporativas: hiato entre a formao no

    formal e os registros nos currculos dos empregados

    Fernando Antonio Arajo Cavalcanti e Ainda Maria Monteiro da Silva

    855

    XCII - Territrios quilombolas, currculo escolar e saberes

    tradicionais em espaos no escolares: encontros e desencontros

    Givnia Maria da Silva e Mrcia Jucilene do Nascimento

    870

    XCIII - Os desafios do currculo na educao escolar quilombola

    Givnia Maria da Silva e Maria Diva da Silva Rodrigues 879

  • XCIV - Experincias, usos e prticas no/do/com o game?

    Fragile dreams: farewell ruins of the moon?

    Igor Helal Anderson e Rosane Tesch de Oliveira

    888

    XCV - Entre os muros da escola: relaes entre dispositivos

    curriculares, heterotopias e movimentos sociais

    Jessiel Odilon Junglos e Juliana de Favere

    899

    XCVI - A msica e o currculo: duas experincias exitosas de

    interveno social com alunos da educao bsica e licenciandos

    do curso de pedagogia em espaos no escolares

    Josilene Maria de Lima Torres e Josenilda Maria de Lima Abreu

    905

    XCVII - Forma escolar e educao no formal: expresso de

    controle na seleo e distribuio de conhecimentos musicais

    Manoel Cmara Rasslan

    918

    XCVIII - Formao esttica em um espao no escolar:

    ferramentas para pensar um "outro currculo"

    Mariane Ins Ohlweiler

    927

    XCIX - Infncia ribeirinha no contexto urbano:descobrindo

    mltiplas linguagens

    Marise Leo Ciraco e Maria das Graas Pereira Soares

    934

    C - Movimentos curriculares da educao de jovens e adultos em

    espaos no escolares

    Nathlia Bermudes Alves da Silva, Tatiana Pedrini Ribeiro e Maria

    Riziane Costa Prates

    942

    CI - Educao em direitos humanos: espao de produo da

    memria

    Risonete Martiniano de Nogueira

    951

    CII- A poltica de assistncia social em interface com o currculo

    nos espaos no escolares: uma experincia em construo no

    municpio de So Jos dos Pinhais/Paran

    Rosana Aparecida Dea Klen

    960

  • 23

    Apresentao

    Os XII Colquio sobre Questes Curriculares/ VIII Colquio Luso-Brasileiro de

    Currculo/II Colquio Luso-Afro-Brasileiro de Questes Curriculares foram realizados,

    simultaneamente, nos dias 31 de agosto, 1 e 2 de setembro de 2016 na

    Universidade Federal de Pernambuco, em Recife, Pernambuco/Brasil. Este

    evento que se realiza, tradicionalmente, de forma alternada, em Universidades

    portuguesas e Universidades brasileiras, congregou, mais uma vez,

    acadmicos, estudantes de ps-graduao e profissionais da rea da educao

    que investigam e debatem questes atinentes ao campo dos Estudos

    Curriculares.

    Ao mesmo tempo em que constitui um espao cientfico privilegiado

    para a socializao de estudos e pesquisas, o evento favorece um intenso

    intercmbio entre pesquisadores/as do Brasil, de Portugal e de Pases

    Africanos. A riqueza, amplitude e complexidade dos temas que foram

    abordados ao longo do evento contriburam para ampliar o debate necessrio

    ante os problemas e desafios que as questes contemporneas trazem para o

    campo do currculo. Sendo um espao privilegiado para a reflexo, discusso e

    troca de experincias, a realizao simultnea destes trs colquios propiciou,

    tambm, maior aprofundamento do debate entre os profissionais de Educao,

    em geral, e do Currculo, em particular, de diferentes pases, com destaque para

    os da Comunidade dos Pases de Lngua Portuguesa.

    O tema central dos Colquios CURRCULO: ENTRE O COMUM

    E O SINGULAR constituiu a referncia maior das atividades organizadas a

    partir de dezesseis Eixos Temticos.

    Dentre as mltiplas atividades dos Colquios destacaram-se a

    apresentao e debate de mais de seiscentos trabalhos no formato de

    comunicaes orais, bem como as conferncias plenrias, as discusses nas

  • 24

    mesas redondas, as reunies de grupos de pesquisadores e reunies poltico-

    organizativas de entidades cientficas e as atividades culturais.

    O evento recebeu apoio do Instituto de Educao da Universidade do

    Minho, da Universidade Federal de Pernambuco, da Universidade Federal

    Rural de Pernambuco, da Universidade de Pernambuco, do Instituto Federal de

    Educao Tecnolgica, da Secretaria de Educao de Pernambuco, do

    Sindicato dos Trabalhadores em Educao de Pernambuco, da CAPES, dentre

    outros. Concorreu, sobremaneira, para o sucesso dessa edio do Colquio de

    Currculo, o trabalho dedicado do comit cientfico, dos assessores ad-hoc e das

    comisses organizadoras no Brasil e em Portugal.

    Por fim, mediante a entrega destes ANAIS, a Comisso Organizadora

    socializa com o pblico as comunicaes orais que foram apresentadas e

    debatidas nos vrios painis, com a certeza de que mais um passo foi dado na

    direo do fortalecimento do campo do currculo, ao mesmo tempo em que

    novas questes educacionais desafiam os pesquisadores para a busca de

    respostas que se revelam sempre provisrias.

    Comisso Organizadora

  • 25

    CURCULO E ENSINO SUPERIOR

  • 26

    - I -

    ESTUDO COMPARATIVO DOS SISTEMAS DE ENSINO DE PASES LUSFONOS (GUIN-

    BISSAU E TIMOR LESTE): IMPLICAES NO PERCURSO FORMATIVO DE ESTUDANTES EM

    INSTITUIES DE ENSINO SUPERIOR BRASILEIRAS

    Ailana Linhares de Sousa Medeiros UNILAB (Brasil)

    Ricardo da Silva Pedrosa IFCE(Brasil)

    INTRODUO

    Este artigo deriva das vivncias de servidores de Universidades e

    Institutos Federais do estado do Cear ante a identificao da necessidade do

    aprofundamento e abordagem de temas curriculares e trajetrias acadmicas de

    discentes oriundos de Guin-Bissau e Timor Leste.

    Com o objetivo de identificar mecanismos que contribuam na

    superao dos desafios com que os estudantes se deparam durante a vida

    acadmica em instituio brasileira, aborda-se o contexto dos sistemas

    educacionais dos referidos pases a partir das experincias dos estudantes, tendo

    em vista a escassa disponibilidade de informaes atualizadas sobre os

    contextos educacionais internacionais dos continentes africano e asitico.

    A metodologia utilizada foi quanti-qualitativa, utilizando-se como

    materiais de pesquisa dados obtidos atravs de informaes contidas no sistema

    Sigaa-Unilab, publicaes eletrnicas em sites oficiais dos Governos e

    instituies dos dois pases lusfonos e entrevistas com estudantes vindos da

    frica pelo Programa de Estudantes-Convnio de Graduao (PEC-G) e de

    timorenses que estudam na UNILAB. A escolha desses pases est relacionada

    com pesquisas que discutem os contextos educativos de estudantes oriundos

  • 27

    desses locais e o contexto da educao profissional e tecnolgica de nvel

    superior em Fortaleza/CE, que tem recebido tais estudantes.

    Com este estudo preliminar, buscou-se identificar os sucessos e

    desafios nos desempenhos acadmicos dos estudantes destas nacionalidades,

    alicerando assim a construo de mecanismos que viabilizem um maior e

    melhor desenvolvimento educacional oferecido atravs da Cooperao Sul-Sul.

    OS SISTEMAS CURRICULARES DE GUINE BISSAU E TIMOR

    LESTE: O SUPORTE AT A EDUCAO SUPERIOR

    Timor, cuja capital Kupang, pertencente ao lado ocidental hoje

    vinculado Repblica da Indonsia. A poro oriental, com capital em Dli,

    pertencia a Portugal desde o sculo XVI. A Revoluo de 25 de Abril de 1974

    e, Portugal, porm, restaurou a democracia e o respeito pelo direito

    autodeterminao das colnias portuguesas. Em 28 de Novembro de 1975 d-

    se a Proclamao unilateral da Independncia de Timor-Leste e se inicia uma

    disputa entre foras pr-Indonsia, que negavam a independncia

    daquele territrio, e a comunidade desejosa por independe formal e irrestrita.

    Aps dcadas de conflitos e intervenes da Organizao das Naes

    Unidas (ONU), foram realizadas eleies para a Assembleia Constituinte que

    elaborou a atual Constituio de Timor-Leste, que passou a vigorar no dia 20 de

    maio de 2002. Nessa data, foi restaurada a soberania do pas, passando este dia

    a ser assinalado como Dia da Restaurao da Independncia, podendo-se,

    ento, este povo reestruturar suas instituies, dentre elas o sistema educacional

    (MENESES, 2008).

    J Guin-Bissau se apresenta geograficamente como um pas costeiro,

    com acesso ao oceano atlntico. Seu territrio foi colonizado por Portugal,

    tendo sido proclamado independente em 1973. Dentre os centros de oferta de

    ensino superior em Guin, cabe destacar a Universidade Amlcar Cabral (UAC),

    que oferece 13 licenciaturas, e a Universidade Colinas de Bo (UCB), que

    oferece trs. Alm disso, existe a Faculdade de Direito de Bissau, a Escola

    Normal Superior Tchico T de formao de professores, e o Centro de

    Formao Administrativa (CENFA) que se dedica a cursos de nvel mdio de

    contabilidade, administrao e cursos tcnico de contas. A situao da

    infraestrutura da educao no pas foi muito atingida pelos conflitos locais e

    pela guerra de 1998. O Centro de Formao Industrial (CENFI) e o CENFA

    foram os muito prejudicados, tendo ficado destrudas e sem equipamentos.

    http://biblioteca.versila.com/12901008/timor-de-colonia-a-pais-nos-fins-do-seculo-xix-um-sistema-educativo-em-re-estruturacao-um-estudo-documental
  • 28

    A oferta de Educao Superior em Timor-Leste acontece atravs de

    parcerias com Portugal e na Universidade Nacional Timor Lorosae (UNTL),

    primeira e nica universidade pblica do pas Timor-Leste, tendo sido fundada

    em 17 de Novembro de 2000, como resultado da reorganizao e integrao de

    outras duas instituies (Universitas Timor Timur e da Politeknik Dili) aps o

    reestabelecimento da ordem democrtica no territrio. O Decreto-lei N 30 de

    13 de agosto 2008, por sua vez, estabelece o regime de atribuio de bolsas de

    estudo no estrangeiro.

    No que diz respeito aos aspectos sociopolticos que influenciam a

    educao, documento do Banco Mundial a respeito da prestao de servios

    sociais em Guin salienta que o acesso educao primria e secundria

    apresentava um crescimento considervel, sobretudo entre os anos de 1994 a

    2005. O aumento nos ndices de escolarizao teria levado a uma maior procura

    pela educao superior (AUGEL, 2009).

    Porm, desde a fundao das primeiras universidades no pas, na

    dcada de 1970, o modelo de financiamento da educao superior priorizava

    bolsas para o estudo em outros pases ou um modelo misto (pblico-privado).

    O desafio era garantir o ensino superior sem desviar os escassos recursos do

    pas dos outros nveis da educao. A soluo, portanto, foi a nfase em

    universidades pblicas com gesto privada, ficando o financiamento das

    mesmas a cargo do pagamento feito pelos estudantes da matrcula e das

    mensalidades.

    Coexistiam, portanto, as universidades pblicas, notadamente a Tchico

    T e a Universidade de Direito, fundadas ainda nos anos 1970, e instituies

    como a Universidade Amilcar Cabral, fundada em 2004, numa parceria entre o

    governo e a Universidade Lusfona, instituio privada de Portugal. Alm

    disso, o Banco Mundial (2008, p. 46) avalia a poltica de educao superior de

    Guin-Bissau como prudente, pois:

    ao mesmo tempo em que o pas continuava a aproveitar as vantagens das bolsas de estudos oferecidas por vrios pases para que os seus estudantes continuassem a sua formao ps-secundria no estrangeiro, no incio do ano 2000, a Guin-Bissau decidiu criar uma Universidade Nacional.

    Em 2008, a Universidade Amilcar Cabral se tornaria totalmente

    privada, surgindo ento a Universidade Lusfona de Guin-Bissau, o que para

  • 29

    Sucuma (2013) representou o fraco investimento do governo de na educao

    superior. Portanto, cabe destacar que mesmo as instituies de ensino superior

    nacionais de Guin-Bissau e Timor-Leste so mantidas num modelo

    compartilhado de gesto com universidades estrangeiras (ARAJO, 2006).

    Com os financiamentos estatais concentrados na educao bsica, as

    taxas de concluso ainda so baixas e ainda persistem dificuldades referentes a

    um sistema de avaliao da educao. Alm disso, as estruturas fsicas das

    escolas e a formao de professores so pontos que precisariam ser

    melhorados.

    Ademais, a participao da comunidade, atravs de ONGs e centros

    comunitrios, fator de destaque na formao de criana e jovens. Dentre as

    iniciativas deste gnero esto o pagamento dos professores com ajuda da

    comunidade e a construo de escolas pelos prprios moradores de locais

    afastados do centro urbano do pas.

    Barreto (2013) destaca que, frente s dificuldades enfrentadas pela

    educao, em 2010 foi instituda legislao especfica para suprir a necessidade

    de legalizao e padronizao da educao bsica. Atravs da Lei de Bases do

    Sistema Educativo tem-se a seguinte estrutura:

    A - Desenvolvimento do ensino bsico ao longo de 9 anos de escolaridade, repartidos por trs ciclos. Este ensino bsico universal e obrigatrio. At ento a obrigatoriedade restringia-se s 6 primeiras classes (artigos 14, 15, 16) e o ensino bsico compreendia o perodo entre a 1 e a 6 classe. B- Atribuio do servio docente: mantm-se um professor por classe nas 1 e 2 fases do bsico (1 4 classes) tal como se fazia anteriormente, mas alargando a situao de monodocncia s 5 e 6 classes (3 fase, 2 ciclo). [...] C- Organizao do ensino secundrio este passa a compreender a 10, 11 e 12 classes de escolaridade (o ensino secundrio geral passa a constituir o 3 ciclo do ensino bsico e criada a 12 classe) e est organizado em duas vias-ensino geral e ensino tcnico-profissional (BARRETO, 2013, s/p).

    Atravs da Lei N. 14 de 29 de outubro de 2008, Timor-Leste

    apresenta estrutura semelhante, no que se destaca o intensivo suporte de

    Portugal na formulao de materiais didticos e organizao dos contedos

    curriculares (ALVES, 2014; LOPES E LOPES, 2014).

  • 30

    Nesse contexto de recentes esforos para estruturar uma educao

    bsica de qualidade, cabe salientar que no estranho o fato de o ensino

    superior de Guin-Bissau ainda ser mantido por modelos compartilhados de

    gesto, por instituies privadas e por programas e mobilidade internacional.

    Uma instituio universitria totalmente nacional ainda um projeto de longo

    prazo para esse pas (SUCUMA 2013).

    Segundo relatam os estudantes africanos, as principais dificuldades

    durante os meses iniciais no Brasil se referiam a questo da adaptao nova

    cultura, aos novos costumes e hbitos. Esse perodo de adaptao comeou

    com a procura por uma moradia, a organizao de documentos para obteno

    do visto de permanncia e a imerso no contexto das disciplinas. Segundo nos

    conta U. como foi um dos primeiros a chegar ao Brasil pelo PEC-G do IFCE,

    estava de posse apenas da carta de recomendao quando chegou na instituio.

    Outros alunos que chegaram depois dele j tiveram uma recepo mais bem

    elaborada.

    Em relao comunicao destaca-se, nas interaes com colegas e

    professores, o pouco conhecimento real sobre o pas daqueles com quem esto

    dialogando. Essa falta impe uma dinmica de descoberta da fala do outro que

    se d a partir de conceitos prvios pouco estruturados, levando os estudantes

    locais a fazer relaes muitas vezes ilusrias e at mesmo propriamente

    preconceituosas a respeito de seus colegas africanos. U. relata, nesse sentido,

    que mesmo o estudante PALOP percebe certa dificuldade com esse tipo de

    interao, sobretudo quando a mensagem a ser comunicada se refere

    contedos densos e especficos das disciplinas.

    Em Guin-Bissau os sistemas de ensino permitem que os estudantes

    escolham reas que enfatizaro. Tal estrutura curricular possibilita

    aprofundamentos em certas reas e, no entanto, nem sempre os cursos nas

    instituies brasileiras escolhidos pelos estudantes internacionais so

    relacionados s reas de estudo escolhidas como nfase no decorrer dos

    estudos em seus pases de origem.

    Este fato relatado pelos estudantes de Guin-Bissau, em especfico

    retratando terem escolhido a nfase em reas de Cincias Humanas e

    Contabilidade. Relatam, alm disso, no terem se aprofundado na rea de

    Qumica e Biologia, as quais so mais requeridas pela formao no curso em

    que se matricularam.

    Cabe destacar que existe uma dicotomia entre a lngua utilizada na

    escolarizao e a lngua/dialeto utilizada no dia a dia da comunicao. Nas

  • 31

    escolas e universidades, o Portugus de Portugal o idioma utilizado na

    educao formal. Tal desafio tambm compartilhado pelos estudantes

    timorenses, em que precisam de grande esforo para compreenso nas

    atividades dirias da lngua portuguesa falada no Brasil, ante a cultura do uso do

    Ttum fora da sala de aula em seu pas de origem.

    Roberto1 cita a relao entre a instabilidade poltica do pas e as

    interferncias desse contexto nos calendrios escolares. Segundo relata, os

    calendrios escolares eram constantemente interrompidos por conflitos, o que

    dificultava a continuidade dos processos educativos vivenciados por ele.

    Paralelo a essas situaes dos estudantes guineenses, vindos ao Brasil

    pelo PEC-G, tem-se o contexto de estudantes timorenses, vindos para estudar

    na UNILAB. Caracteriza-se pela crescente expanso do seu papel na

    interiorizao e na internacionalizao associando sua atuao na Cooperao

    Sul-Sul e Cooperao Solidria, atravs do intercmbio acadmico com pases

    membros da CPLP.

    Em 2011 a UNILAB recebeu 03 (trs) estudantes do Timor Leste. Em

    2012 o nmero subiu para 69 estudantes ingressantes. A maioria dos estudantes

    timorenses (45,83%) incluem-se na faixa etria de 25 anos. Enquanto que

    73,61% possuem entre 23 e 35 anos. Temos 16 estudantes entre 26 e 28 anos,

    perfazendo 6,94% do total de timorenses. Na ltima faixa etria encontram-se 2

    alunos com 54 anos e um com 57 anos. Verifica-se, portanto, que a maior parte

    dos jovens timorenses adentraram no ensino superior da UNILAB aos 25 anos

    de idade.

    A preferncia por cursos das reas de Cincias da Natureza e

    Matemtica (com Licenciatura em Qumica, Fsica, Matemtica ou Cincias

    Biolgicas) A opo pela rea da Sade Curso de Enfermagem - apresenta

    menor interesse.

    Aps uma anlise dos contextos de reprovao em disciplinas,

    identifica-se que as reas de conhecimentos que os estudantes sentem maior

    dificuldade so derivadas das matrias primrias de fsica, qumica e matemtica.

    Portanto, os cursos de Engenharia de Energias e Cincias da Natureza e

    Matemtica, por possurem em sua grade curricular maior demanda destes

    ensinamentos, justificam o maior volume de reprovao. Depreende-se que a

    1 Nome fictcio do estudante entrevistado, visando a garantia da preservao de anonimato.

  • 32

    faixa etria de ingresso na Educao Superior por volta dos 23 anos, idade

    avanada para os padres brasileiros.

    Percebe-se que o maior ndice de reprovao deriva de disciplinas

    oriundas dos cursos de Engenharia de Energias e Cincias da Natureza e

    Matemtica. Por sua vez, os maiores ndices de Desempenho Estudantil

    (IDEs) variam entre os cursos de Cincias Da Matemtica e Agronomia. J os

    menores rendimentos derivam dos cursos de Engenharia de Energia. A

    estudante M., relata que um dos maiores desafios para os ingressantes

    timorenses da UNILAB no acompanhamento acadmico dessas disciplinas se

    d especialmente pela dificuldade de compreenso da lngua portuguesa, em

    virtude da forte influencia da lngua malaia nas escolas do Timor Leste.

    CONSIDERAES FINAIS

    Estudantes de intercmbio trazem consigo certa viso do que a

    educao superior, de qual o papel desta em seu futuro profissional e em seu

    desenvolvimento como pessoa. Porm, no apenas o contexto de seus pases

    de origem que vai influenciar o processo formativo. Quando se lanam ao

    mundo, vem tona de modo mais flagrante como o modelo de educao

    superior se insere num processo maior de globalizao.

    Por outro lado, a instituio que os recebe tambm tem certas

    demandas e expectativas a respeito do processo de internacionalizao da

    educao. O suporte que os estudantes tero (oferta de bolsas de estudo,

    acompanhamento pedaggico e psicolgico etc.) tende a ser um dos fatores que

    compem o direcionamento institucional a respeito deste processo. A noo de

    internacionalizao da educao superior nos permite apresentar quais tipos de

    demandas os pases cuja lngua oficial o Portugus possuem em relao

    educao e os seus sistemas curriculares.

    A educao, sobretudo a de nvel superior, condio necessria para

    seu engajamento na dinmica poltico-econmica e cultural da comunidade

    internacional. No entanto, em vez de se desenvolver gradativamente e em vista

    a atender demandas locais, a educao superior em pases Afro-asiticos mais

    empobrecidos no contexto macroeconmico capitalista, foi importada e de

    certa forma imposta por processos de colonizao, o que se expressa no

    contexto do intercmbio como desafios a serem superados.

  • 33

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    ALVES, Ermelinda Maria Filipe. O Processo De Elaborao Da Lei De Bases

    Da Educao De Timor-Leste: Entre A Regulao Nacional E A Regulao

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  • 34

    Acesso em: 01/06/2016.

    REPBLICA DEMOCRTICA DE TIMOR - LESTE. Lei N. 14 de 29 De

    Outubro De 2008. Lei De Bases Da Educao. Disponvel em:

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  • 35

    - II -

    EDUCAR EM DIREITOS HUMANOS:

    REPRESENTAES E PRTICAS NO CURSO DE

    PEDAGOGIA

    Ana Valria de Figueiredo da Costa UERJ; UNIG; UNESA (Brasil)

    Agenor Pereira da Costa- UNIG; UMINHO (Brasil)

    Ilda Maria Baldanza Nazareth Duarte UNIG; SEEDUC/RJ (Brasil)

    INTRODUO

    A temtica Educao em Direitos Humanos vem sendo preocupao

    recorrente e enfatizada nos fruns de debates polticos e pedaggicos desde

    meados do sculo XX. Com a promulgao pela ONU da Declarao dos

    Direitos Humanos em 1948, se instaura no mundo uma campanha bastante

    ressaltada sobre o tema, indicada no prembulo da referida declarao:

    a presente Declarao Universal dos Direitos

    Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos

    os povos e todas as naes, com o objetivo de que cada

    indivduo e cada rgo da sociedade, tendo sempre em

    mente esta Declarao, se esforce, atravs do ensino e da

    educao, por promover o respeito a esses direitos e

    liberdades, e, pela adoo de medidas progressivas de

    carter nacional e internacional [...].

    Desde 2003 circula como uma poltica fundamental no Brasil, o Plano

    Nacional de Educao em Direitos Humanos (MEC, SEDH). Assim, o

    trabalho investiga as percepes e representaes dos alunos do Curso de

    Pedagogia sobre os Direitos Humanos no cotidiano escolar, levando em conta

  • 36

    que se faz mister na formao dos futuros profissionais a discusso e o debate

    sobre o tema. O estudo tambm se justifica por apontar, atravs de uma anlise

    sistemtica dos dados coletados, quais as aes que podem ser empreendidas

    pela Universidade no sentido de atender aos anseios dos licenciandos e

    contribuir, mais pontualmente, como lcus de formao privilegiado na

    formao inicial e continuada dos alunos, tendo a pesquisa como estratgia de

    formao.

    So questes norteadoras do estudo: o que so os direitos humanos?

    Na escola e na sala de aula, como podemos perceb-los? Em quais situaes

    estes so desrespeitados pelos professores e agentes da equipe escolar? Os

    alunos conhecem os direitos humanos? A partir das respostas, pretendeu-se

    mapear as representaes dos alunos respondentes do Curso de Pedagogia,

    estabelecendo um dilogo entre suas representaes e os modos de

    interferncia no cotidiano escolar, em sua prtica profissional docente e,

    sobretudo, como pessoa humana. Partindo dessas premissas, o trabalho tem

    como objetivo analisar as concepes dos alunos do Curso de Pedagogia sobre

    Educao e Direitos Humanos no cotidiano escolar.

    O estudo tem como pano de fundo autores que fundamentam a

    temtica: Foucault (1999), Arendt (2007), Candau e Sacavino(2000),

    Schilling(2005), Freire(2000) entre outros, e documentos nacionais e

    internacionais que discutem e estabelecem parmetros legais sobre o tema.

    A investigao proposta de orientao quanti-qualitativa, tambm

    denominada como multimtodo por Campbell e Fiske (1959, citado por Jick,

    1979), a qual orienta o pesquisador utilizao cuidadosa dos mtodos

    quantitativos e qualitativos na coleta e construo dos dados eque os mesmos

    sejam criteriosamente analisados ao longo do estudo.

    Foi levada em conta a tabulao dos dados de forma a que se tenha

    acesso s respostas de uma parte numrica significativa dos sujeitos

    respondentes e, sobretudo, a qualidade das respostas dos mesmos. Para tal, foi

    prevista uma coleta de dados in loco, com a aplicao de questionrios e/ ou

    entrevistas semiestruturadas com os alunos apontados pelo estudo2.

    A pesquisa teve como sujeitos/ participantes os licenciandos do Curso

    de Pedagogia de uma universidade privada da Baixada Fluminense (RJ)com a

    participao de 47 alunos. As respostas foram analisadas, em um segundo

    2Porm apresentamos aqui apenas as anlises das respostas aos questionrios.

  • 37

    momento, por referenciais qualitativos, observando-se as respostas pela Anlise

    de Contedo conforme sugere Bardin (1977).

    Os questionrios foram aplicados pelas alunas bolsistas3 nas salas de

    aulas das respectivas turmas e os alunos respondentes mostraram-se

    colaborativos e solicitaram que, mais a frente, os resultados do projeto fossem

    divulgados.

    PERCURSO HISTRICO DA CONSTRUO DOS DIREITOS

    HUMANOS

    O estudo teve como objetivo investigar as representaes de

    universitrios do Curso de Pedagogia sobre a importncia da defesa e da

    garantia do exerccio dos Direitos Humanos nos processos e ambientes

    educativos escolarizados e como estes vm sendo efetivados (ou no) no

    cotidiano das unidades escolares. Parte da premissa que muitas vezes no

    cotidiano da escola e da sala de aula alguns dos direitos primordiais do ser

    humano so desrespeitados em detrimento de uma pseudoeducao, que controla

    muito mais do que o educa para a autonomia e a prtica da liberdade.

    Dessa forma, ao falarmos sobre Direitos Humanos hoje em educao

    importante que se apresente, em linhas gerais, o percurso histrico da

    construo desses direitos, enfatizando-os como construo histrico-social,

    em permanente mudana e atualizao.

    Ao longo da existncia humana, determinados direitos surgem como

    pontos de manuteno dos grupos sociais. Tais direitos vm como

    geraes/categorias, significando dizer que ao longo do tempo histrico o ser

    humano que elege determinados direitos. Contudo no ocorre a substituio de

    um direito por outro, mas uma acumulao de direitos, pois estes se mostram

    3 Este trabalho foi baseado no relatrio final do Projeto de Iniciao Cientfica Educar em

    Direitos Humanos: Representaes e Prticas Escolares, realizado nos anos 2011-2012 com

    alunos do Curso de Pedagogia. (FIGUEIREDO-DA-COSTA, COSTA e DUARTE, 2012). A

    dicotomia entre o conhecimento objetivo e o conhecimento reflexivo polarizao a se evitar,

    aspecto que pode ser referendado tomando-se o PIC como uma estratgia de formao e acesso

    produo do conhecimento, ou seja, ao mesmo tempo em que h a produo de novos

    conhecimentos pela pesquisa, h tambm uma reflexo sobre esse conhecimento,

    proporcionando ao aluno uma dimenso mais ampla e aprofundada do fazer pesquisa.

  • 38

    como condies essenciais de vida das pessoas e entre as pessoas. Esse contrato

    ou pacto social o arranjo poltico que estabelece as condies nas quais os

    homens passam a viver em sociedade, deixando de lado os perigos do estado de

    natureza, no qual no haveria lei que a todos obriga (VIGEVANI,

    OLIVEIRA e LIMA, 2008, p. 11).

    Observa-se que os Direitos Humanos surgem primeiramente de meras

    declaraes. Tais declaraes refletem a qualidade de vida almejada e tornam-se

    evidentes diante de alguns conflitos, como por exemplo, a Segunda Guerra

    Mundial (1939-1945), onde os Estados,observadas as mltiplas agresses s

    condies de vida humana, se renem para que, se no a paz, ao menos alguns

    direitos inerentes aos seres humanos sejam respeitados. Como fato relevante, o

    Julgamento de Nuremberg (1945-1946) traz para o mundo um exemplo de

    como as sociedades devem enfrentar atitudes discriminatrias e desrespeitosas.

    Nesse sentido, surgem as geraes de Direitos Humanos (DH), como

    as descreve Bobbio (1992). A primeira gerao abarca os direitos fundamentais

    inerentes ao ser humano, tais como direito vida, liberdade. A segunda

    gerao de DH se caracteriza pela identificao de grupos no diferenciados,

    visando tratamento isonmico, ou seja, direitos sociais por excelncia, tais

    como moradia, educao, sade.

    A esse respeito, Vigevani, Oliveira e Lima (2008, p. 27) ressaltam que

    os direitos de primeira e segunda gerao so complementares, visto que os

    ltimos procuram assegurar as condies para o exerccio dos primeiros [...].

    A terceira gerao de DH traz consigo traos de no identificao de

    indivduos e nem de grupos, prezando a coletividade como central, pois se

    refere a direitos cuja falta atinge a todos, como o direito ambiental, conservao

    do patrimnio histrico-cultural, paz.

    A quarta e a quinta gerao de DH trazem o acesso tecnologia,

    informao, o biodireito e, de forma global, refletindo a necessidade do mundo,

    traar metas para o atingimento de DH genricos, quais sejam, a paz social,

    representando a qualidade do que se entende por sociedade.

    O QUE DIZEM OS AUTORES: UM BREVE APORTE TERICO

    Inicialmente, os autores utilizados para tal discusso foram Foucault

    (1999), Arendt (1987), Sacavino (2000), Schilling (2005), Freire (2000) entre

    outros, e documentos nacionais brasileiros e internacionais que discutem e

    estabelecem parmetros legais sobre o tema.

  • 39

    Foucault, em sua obra Vigiar e Punir (1999) aponta a escola, juntamente

    com o hospital, as prises e o quartel, como instituies de disciplinamento e

    controle. Arendt em seu livro A condio humana (2007) debate a cincia, o

    trabalho e a ao como condio poltica de democratizao dos direitos

    humanos: todos os aspectos da condio humana tm alguma relao com a

    poltica [...] (ARENDT, 2007, p. 15).

    Sacavino (2000) discute como a lgica do mercado e totalmente outra

    da lgica democrtica. Para a autora, a lgica democrtica baseia-se no poder

    social e poltico de cada sociedade. Schilling (2005) argumenta sobre a

    importncia da educao como uma das esferas que trazem objetos de reflexo

    e de ao: se verdade que a educao no pode tudo, pois emoldurada por

    questes estruturais, h espaos de liberdade possveis (SCHILLING, 2005, p.

    19). No poderamos deixar de citar Freire (2000) com a educao como prtica

    da liberdade no rol dos autores que debatem a educao em direitos humanos

    que no conjunto de sua obra, defende que educao sempre processo

    dialtico e que se constri na confluncia de saberes e no exerccio de direitos.

    A PESQUISA: QUAIS AS REPRESENTAES DE DIREITOS

    HUMANOS PELOS ALUNOS DO CURSO DE PEDAGOGIA?

    A pesquisa teve como sujeitos/ participantes os licenciandos do Curso

    de Pedagogia de uma universidade particular da Baixada Fluminense, no estado

    do Rio de Janeiro (Brasil). Foram respondidos questionrios 47 questionrios

    por alunos do Curso de Pedagogia, do primeiro, quarto e quinto perodos4. As

    respostas foram analisadas por referenciais qualitativos, observando-se a

    qualidade das respostas pela anlise de contedo conforme sugere Bardin

    (1970). A investigao proposta de orientao quanti-qualitativa, tambm

    denominada como multimtodo por Campbell e Fiske(1959, citado por JICK,

    1979).

    Os questionrios foram aplicados pelas alunas bolsistas nas salas de

    aulas das respectivas turmas, solicitando ao professor do horrio que cedesse o

    tempo suficiente para o preenchimento das questes.

    Dessa forma, pretendamos mapear as representaes dos alunos sobre

    as manifestaes dos direitos humanos na prtica cotidiana da escola,

    4O Curso de Pedagogia consta de oito perodos.

  • 40

    principalmente em se tratando de alunos de um curso de formao de

    professores, futuramente exercendo funes de liderana, tais como

    coordenador e gestor e outras de destaque na dinmica escolar.

    Os respondentes esto agrupados da seguinte forma:1 perodo 17; 3

    perodo 21; 4 perodo 09; N da pesquisa 47.

    Por serem os respondentes todos licenciandos e licenciandas do Curso

    de Pedagogia, tabulamos os resultados sem levar em conta o perodo que

    estavam cursando, pois estvamos interessados em conhecer as representaes

    dos alunos.Passamos a seguir a apresentar os resultados da investigao.

    Houve entre os respondentes, 40 mulheres e 07 homens, com idades

    variando de 24 a 77 anos. Quanto formao no Ensino Mdio, 18 cursaram

    Formao Geral, 20 o Curso Normal e 02 o Ensino Tcnico5.

    De forma mais direta, a primeira pergunta do questionrio era: em sua

    formao no Ensino Mdio e na faculdade, em algum momento voc estudou a temtica dos

    Direitos Humanos? Nossa inteno com a questo era levantar se em algum

    momento da vida escolar o aluno do Curso de Pedagogia teve acesso

    sistematizado e escolarizado aos estudos sobre Direitos Humanos (DH).

    Dos respondentes, 30 disseram que no tiveram acesso, porm 05

    disseram que sim, nas seguintes falas6:

    - Bom conhecer para exercer a cidadania (aluna; 24 anos)

    - O professor deve ter conscincia desses direitos (aluna; 27 anos)

    - Algo bem resumido relacionado s leis, condutas, formao do indivduo, forma de

    agir, julgar etc (aluna; 29 anos)

    - Foi na poca em que a disciplina tinha o nome de OSPB, era dada num objetivo

    de conscientizar a vida em sociedade (aluna; 33 anos)

    Podemos perceber que so respostas diferenciadas, mas que falam, de

    alguma forma, em modos de conduta. O que chama a ateno a fala sobre

    OSPB - Organizao Social e Poltica Brasileira, disciplina ministrada na

    Educao Bsica em pleno perodo da Ditadura no Brasil (1964-1985), mas que

    ficou para a aluna como um conhecimento sobre os direitos. Na questo: voc

    conhece algum documento sobre os Direitos Humanos?,dos 47 respondentes, 15

    disseram desconhecer e apenas 01 apontou a Constituio Federal(aluna; 29

    5Houve 07 que no responderam questo. 6 Houve 12 que no responderam questo.

  • 41

    anos) e outro respondeu: percebo que os direitos esto includos, mas no os percebo em

    um documento especfico (aluna; 27 anos).

    Estabelecendo um cruzamento com a questo de n.2 parece aqui haver

    uma incongruncia, pois como os respondentes disseram j terem tido acesso

    aos estudos em DH, no houve a citao de documentos de forma mais ampla,

    levantando um questionamento de como esses estudos foram realizados.

    CONSIDERAES FINAIS

    Os resultados iniciais da pesquisa apontam que a temtica Educao e

    Direitos Humanos ainda no tm sido suficientemente abordados no Curso de

    Pedagogia, necessitando de um maior aprofundamento e efetivao nas prticas

    docentes cotidianas e curriculares.

    Apesar de cada vez mais ter sido assunto recorrente nos meios

    educacionais e at de comunicao de massa (televiso, rdio, outdoorsetc), a

    temtica parece continuar margem, sem que seja sistematizada nos cursos de

    formao de professores.

    Como aponta Candau,

    a primeira [perspectiva] se relaciona com o entendimento

    dos direitos em sua globalidade e interdependncia, no

    reduzindo seu enfoque s aos direitos polticos e civis, no

    reforo da democracia formal, como promovem as

    polticas e governos neoliberais [...] Tambm no se

    pode reduzir e/ou diluir a educao em direitos

    humanos a uma educao em valores, inibindo-se

    sua dimenso poltica e cultural(CANDAU, 1999

    citada por SACAVINO, 2000b, p. 43; grifos nossos).

    Fica evidente o desconhecimento dos alunos sobre a temtica e,

    sobretudo, a falta de espao curricular de forma institucional para a abordagem

    e o debate sobre Direitos Humanos e Educao. Dessa forma, o trabalho aqui

    apresentado um alerta sobre a necessidade de ampliao desse campo de

    estudo, muito mais do que uma pesquisa que pretende confirmar essa falta.

    Diante desse quadro Sacavino (2000b, p. 45), alerta sobre a

    formao de sujeitos de direito: para tal necessrio

    articular a dimenso tica, como a poltica social e as

  • 42

    prticas concretas [...]. Ser sujeito de direitos implica

    reforar no cotidiano atravs de prticas concretas, a

    lgica expansiva da democracia. Afirmar o princpio e o

    direito da igualdade estabelecida na esfera poltica, atravs

    da institucionalizao do sufrgio universal e da igualdade

    perante a lei, que a mobilizam para transportar sua

    dinmica igualitria para as diversas esferas da sociedade.

    Os alunos respondentes mostraram-se colaborativos e solicitaram que,

    mais a frente, os resultados do projeto fosse divulgados, o que indica uma

    possibilidade de conhecimento das pesquisas que esto sendo realizadas na

    FaEL pelos alunos e tambm uma forma de incentiv-los a participarem dos

    projetos de iniciao cientfica como componente de sua formao.

    Fechamos, assim, com as palavras de Sacavino, (2000a, p. 16):

    o cidado frequentemente definido como

    sujeito de direitos, porque h uma relao estreita entre

    direitos e cidadania. Mas o cidado tambm objeto de

    deveres, responsabilidades que deve assumir em relao a

    sua comunidade/ e ao Estado.

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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    educao. In: Revista Eletrnica de Educao. Disponvel em:

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    2012.

  • 45

    - III

    FORMAO PEDAGGICA PARA A DOCNCIA

    UNIVERSITRIA EM MESTRADOS E

    DOUTORADOS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA

    BAHIA, BRASIL.

    Ana Verena Madeira - UFBA (Brasil)7

    Denise Guerra - UFBA (Brasil)

    Sandra de Medeiros - UFBA (Brasil)

    Larissa Sena - Sec. Educ. Candeias (Brasil)

    Zilda Ellen Neves- UFBA (Brasil)

    Henrique Gama- UFBA (Brasil)

    INTRODUO

    Ao longo da ltima dcada, os estudos e pesquisas educacionais, em

    nvel mundial, tm identificado e ampliado a discusso acerca da formao do

    docente universitrio, caracterizada por um alto nvel de especializao na rea

    tcnica e de pesquisa, mas carente de uma dimenso pedaggica, que o

    profissionalize para atuar em atividades de ensino na educao superior

    (ALMEIDA; PIMENTA, 2014; DVILA, 2013; SOARES; CUNHA, 2010).

    Essa incipiente profissionalizao para a docncia se agrava no atual

    cenrio internacional do ensino superior em que os perfis discente e

    institucional das Instituies de Ensino Superior (IES) tm sofrido rpidas e

    profundas mudanas. Os grandes avanos econmicos, cientficos e

    tecnolgicos que produziram a sociedade da informao e do conhecimento

    7 Apoio: PRODOC/UFBA

  • 46

    no resolveram os problemas sociais e culturais da humanidade. Isso gera um

    quadro repleto de incongruncias e disparidades, requerendo uma nova forma

    de ver e de encarar o mundo, bem como de desenvolver os processos

    formativos na Universidade (MORGADO, 2005).

    Destaca-se que os currculos dos cursos de graduao do Brasil, campo

    de atuao destes docentes, em tempos relativamente recentes sofreram

    mudanas significativas associadas s novas polticas educacionais, sobretudo s

    Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN). Estas reformas fomentaram novas

    estruturas curriculares nos cursos que devem ser desenvolvidas por docentes,

    em geral, sem qualquer formao inicial ou continuada para a atuao docente.

    Essa situao causa dificuldades tanto para o docente quanto para as

    instituies que buscam implementar cursos de graduao inovadores j que

    esses docentes so considerados os principais responsveis pelo currculo, no

    mnimo, no nvel das prticas, atravs das quais recontextualizam ou traduzem

    as polticas e ideias tericas (PACHECO, 2005; LOPES, CUNHA; COSTA,

    2013). Mesmo que no sejam os nicos responsveis pelo perfil que cada

    instituio assume, tm grande influncia em estabelecer e manter a cultura

    institucional em funo da centralidade do papel do corpo docente na

    universidade, conforme explicita Esteves (2011) a partir de pesquisa com

    docentes universitrios portugueses:

    Ainda que o perfil geral de uma dada universidade num

    dado momento do seu trajeto histrico no seja

    exclusivamente funo do pensamento e da ao dos seus

    docentes, estes, enquanto (re)intrpretes de valores

    filosficos, polticos, sociais e culturais frequentemente

    contraditrios, acabam por ter uma influncia no perfil

    que a universidade assume, porventura maior do que a que

    eles prprios reconhecem. (p. 7).

    Os modelos de formao para a docncia universitria em diversos

    pases inclui, historicamente, a realizao de cursos de ps-graduao lato sensu,

    como as especializaes em Metodologia do Ensino Superior ou outros ttulos;

    a incluso de disciplinas educacionais nos mestrados e doutorados e a realizao

    de estgio tambm nestes cursos. No entanto, poucas pesquisas deram conta de

    investigar se e como essas iniciativas alteraram o quadro da profissionalizao

    da docncia no ensino superior.

  • 47

    Por outro lado, a legislao brasileira, desde 1996, estabelece que A

    preparao para o exerccio do magistrio superior far-se- em nvel de ps-

    graduao, prioritariamente em programas de mestrado e doutorado,

    conforme Art. 66 da Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional (LDBEN)

    (BRASIL, 1996). No entanto, 20 anos depois ainda h um vcuo normativo

    sobre princpios, bases ou mtodos associados a essa preparao.

    Em 2007, a formao e valorizao dos profissionais do magistrio da

    educao bsica e superior pblica no Brasil passou a ser atribuio da

    Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES),

    fundao associada ao Ministrio da Educao (MEC) que, em 2010 lanou a

    Portaria CAPES no. 76/2010 incluindo a obrigatoriedade do componente

    curricular Estgio de Docncia Orientado, nos programas de ps-graduao

    por elas apoiados no Programa de Demanda Social, como critrio de concesso

    de bolsas para estudantes de mestrado ou doutorado dos Programas de Ps-

    graduao (PPG). Foi definido que o estudante deveria cumprir carga horria

    mxima de at 4 horas/semanas em um semestre do mestrado e em dois

    semestres dos cursos em nvel de doutorado (CAPES, 2010).

    Soares e Cunha (2010) ressaltam que so incipientes os trabalhos sobre

    a formao docente universitria em programas de ps-graduao stricto sensu,

    mas afirmam que a formao nesse espao de grande relevncia, apesar da

    evidente insuficincia de iniciativas, que deveriam contar com maior valorizao

    institucional e dos rgos de fomento e avaliao. Neste sentido apontam para

    a importncia de se fazer um balano das iniciativas voltadas formao

    pedaggica de ps-graduandos e problematiz-las.

    Nesta investigao interessa-nos conhecer e compreender as iniciativas

    e aes planejadas e implementadas na Universidade Federal da Bahia (UFBA),

    no nvel dos Programas de Ps-graduao, para a formao pedaggica dos

    futuros docentes universitrios, no atual contexto scio-poltico-educacional do

    Brasil.

    MTODO DE INVESTIGAO

    As atividades investigativas sobre a formao pedaggica nos cursos de

    ps-graduao da UFBA partem de uma abordagem exploratria-descritiva,

    quantitativa. Busca-se mapear as propostas e dispositivos curriculares de

    natureza pedaggica que visam a formao para uma futura docncia

    universitria, desenvolvidas nestes cursos.

  • 48

    O estudo foi restrito aos Programas de Ps Graduao (PPG) que

    ofertam cursos stricto sensu (mestrado e doutorado) de natureza acadmica j

    que suas finalidades incluem a formao de docentes para a pesquisa e para o

    ensino superior, diferentemente dos mestrados profissionais, que buscam

    insero no campo de trabalho.

    Buscamos identificar as intencionalidades explcitas bem como a

    ocorrncia e a(s) modalidade(s) de componentes de natureza pedaggica nestes

    cursos, atravs do levantamento de informaes, acerca do projeto pedaggico

    e da matriz curricular, disponveis nos sites dos Programas. A anlise

    documental foi a tcnica de anlise predominante, com aportes da estatstica

    descritiva para as caractersticas mensurveis do fenmeno estudado.

    Foram analisados 69 Programas de Ps-graduao acadmicos

    ofertados pela UFBA dos quais 44 (67%) incluem cursos em nvel de mestrado

    e doutorado, 19 (28%) s em mestrado e 6 (9%) s doutorado, em diferentes

    unidades universitrias de todas as reas do conhecimento: a) Cincias Exatas

    (21 PPG), b) Cincias Biolgicas e da Sade (22), c) Cincias Humanas e Sociais

    (20), d) Letras (2) e e) Artes (4), sendo alguns de constituio interdisciplinar.

    Visitas s coordenaes dos Colegiados dos Programas foram feitas para

    complementar informaes, quando necessrio. (UNIVERSIDADE

    FEDERAL DA BAHIA. Pr-Reitoria de Ps-graduao. [2016]).

    RESULTADOS E DISCUSSO

    A anlise das informaes disponveis em sites institucionais dos 69

    Programas de Ps Graduao da UFBA indicou que 46 (67%) explicitam em

    seus textos de apresentao ou nos objetivos do curso alguma referncia sobre

    a inteno de formar profissionais para atuarem na docncia universitria. Nas

    diversas reas do conhecimento h diferena quanto a esse aspecto: So 15 os

    Programas da rea de Cincias Exatas (71%) que explicitam essa

    intencionalidade, 19 de C. Biolgicas e da Sade (86%); 10 de C. Humanas e

    Sociais (50%); 1 da rea de Letras (50%) e 1 de Artes (25%).

    Nestes textos no so identificados elementos que indiquem a

    compreenso de que uma formao para a docncia universitria demandaria

    uma abordagem de conhecimentos de natureza pedaggica nos cursos do PPG.

    Em geral apenas mencionado que o curso pretende formar professores do

    ensino superior e normalmente com nfase para aspectos associados rea do

    curso ou formao para a pesquisa. So textos como:

  • 49

    ... promover a capacitao de nutricionistas e demais

    profissionais de sade e reas afins na metodologia da

    pesquisa e do ensino superior no campo das cincias

    dos alimentos e da nutrio para que adquiram

    competncias, habilidades e autonomia no planejamento,

    implementao e divulgao de pesquisas de relevncia na

    rea da segurana alimentar e nutricional e afins.

    (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA. Programa

    de Ps-graduao em Alimentos, Sade e Nutrio.

    [2015], grifo do autor).

    Ou ainda: Produzir conhecimento nas reas mencionadas e melhorar

    o desempenho profissional, inclusive para o ensino de terceiro grau

    (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA. Programa de Ps-graduao em

    Msica. [2015], grifo do autor). Apenas poucos PPG, em geral na rea de

    Sade, tm objetivos que denotam ampliao da concepo de formao para a

    docncia.

    Capacitar enfermeira(o)s para desenvolver prticas

    transformadoras de pesquisa e ensino em

    enfermagem, atravs da produo e socializao de

    conhecimentos inovadores e rigorosamente construdos,

    respeitando aos aspectos ticos envolvidos.

    (UNIVERSIDADE FEDERA