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MENSAGEM MENSAL n. 5 — 2016 Turim - Valdocco 24 de maio MARIA CONVIDA-NOS A RETORNAR A DEUS E À ORAÇÃO Maria, com sua solicitude materna, vê como habitualmente estamos em pecado e vivemos em pecado. Nós estamos em pecado e muitas vezes não nos damos conta disso, desculpamo-nos e dizemos que não se trata de pecado o que é realmente pecado, e isto é a coisa ainda mais dolorosa. Deus quer a nossa felicidade no tempo e na eternidade e o que nos rouba a alegria da vida e a esperança do paraíso é o pecado, principalmente quando justificado e difundido. Se estamos em pecado e temos atitudes pecaminosas, devemos dar um jeito com a conversão, com a confissão e também com o propósito de não mais pecar. Devemos tomar consciência de que viver no pecado significa viver no mal e também na infelicidade, e o primeiro passo é a confissão. Nossa Senhora está viva conosco e caminha conosco para nos convidar e para nos guiar, alertando-nos que, se estamos em pecado, estamos na tristeza, na perdição, não apenas na alma, mas também no corpo. Ela nos exorta a retornarmos a Deus e à oração, para sermos felizes na terra e depois, na eternidade. Nossa Senhora não quer a nossa tristeza, mas quer a nossa felicidade. Infelizmente, hoje, o homem moderno concentra-se apenas em si mesmo: eu, eu, eu. Nossa Senhora nos chama insistentemente para colocarmos Deus em primeiro lugar em nossa vida. A vida é breve e devemos aproveitar esse tempo para fazermos o bem, porque, fazendo o bem aos outros, fazemos o bem também a nós. É preciso ser fiel à oração porque a oração nos faz mais santos, melhores, e mais próximos de Deus. Há como um segredo e este segredo é a oração que nos aproxima de Deus, de Nossa Senhora. Viver bem, testemunhar o bem, transmitir o bem e este bem é a paz, serenidade, alegria e esperança. Nós estamos bem quando estamos com Deus. Devemos, com a nossa vida, com o nosso exemplo, com o nosso testemunho, sermos filhos de Maria, sermos a sua alegria. Mas para sermos a sua alegria devemos retornar à oração, retornar a Deus, para que a felicidade e a alegria possam reinar sobre esta terra. Tomemos Nossa Senhora como exemplo, imitemo-la, olhemo-la. Em todos os momentos de sua vida, ela teve esperança, teve coragem, também quando se encontrava aos pés da Cruz e seu Filho estava morto. Ela procurou pelos apóstolos que haviam fugido, desesperados, assustados, chamou-os para rezarem juntos e chegou Pentecostes. Hoje Nossa Senhora nos chama à oração e a dar um novo Pentecostes ao homem de hoje, que está cansado, com o coração partido, perdido, desesperado, doente, não apenas espiritualmente, mas materialmente; está confuso com tantas ideologias que o estão levando por um mau caminho. Como no quadro de Valdocco, também nós nos coloquemos em torno a Maria Auxiliadora, refugiando- nos sob sua proteção para sermos testemunhas corajosas do Evangelho. Vivamos em nossa Associação, um verdadeiro Pentecostes. Façamos de nossos grupos e de nossas famílias, pequenos cenáculos à escuta da Palavra e na oração assídua e concorde do Terço. A cada um dos associados e grupos da ADMA, uma lembrança especial na festa de Nossa Mãe e Auxiliadora, no dia 24 de maio. Sr. Lucca Tullio, Presidente Pe. Pierluigi Cameroni SDB, Animador espiritual mundial

MARIA CONVIDA-NOS A RETORNAR A DEUS E À ORAÇÃO · para ver as misérias do mundo, as feridas de tantos irmãos e irmãs privados da própria dignidade e sintamo -nos desafiados

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MENSAGEM MENSAL n. 5 — 2016

Turim - Valdocco 24 de maio

MARIA CONVIDA-NOS A RETORNAR A DEUS E À ORAÇÃO

Maria, com sua solicitude materna, vê como habitualmente estamos em pecado e vivemos em pecado. Nós estamos em pecado e muitas vezes não nos damos conta disso, desculpamo-nos e dizemos que não se trata de pecado o que é realmente pecado, e isto é a coisa ainda mais dolorosa. Deus quer a nossa felicidade no tempo e na eternidade e o que nos rouba a alegria da vida e a esperança do paraíso é o pecado, principalmente quando justificado e difundido. Se estamos em pecado e temos atitudes pecaminosas, devemos dar um jeito com a conversão, com a confissão e também com o propósito de não mais pecar. Devemos tomar consciência de que viver no pecado significa viver no mal e também na infelicidade, e o primeiro passo é a confissão. Nossa Senhora está viva conosco e caminha conosco para nos convidar e para nos guiar, alertando-nos que, se estamos em pecado, estamos na tristeza, na perdição, não apenas na alma, mas também no corpo. Ela nos exorta a retornarmos a Deus e à oração, para sermos felizes na terra e depois, na eternidade. Nossa Senhora não quer a nossa tristeza, mas quer a nossa felicidade. Infelizmente, hoje, o homem moderno concentra-se apenas em si mesmo: eu, eu, eu. Nossa Senhora nos chama insistentemente para colocarmos Deus em primeiro lugar em nossa vida. A vida é breve e devemos aproveitar esse tempo para fazermos o bem, porque, fazendo o bem aos outros, fazemos o bem também a nós. É preciso ser fiel à oração porque a oração nos faz mais santos, melhores, e mais próximos de Deus. Há como um segredo e este segredo é a oração que nos aproxima de Deus, de Nossa Senhora. Viver bem, testemunhar o bem, transmitir o bem e este bem é a paz, serenidade, alegria e esperança. Nós estamos bem quando estamos com Deus. Devemos, com a nossa vida, com o nosso exemplo, com o nosso testemunho, sermos filhos de Maria, sermos a sua alegria. Mas para sermos a sua alegria devemos retornar à oração, retornar a Deus, para que a felicidade e a alegria possam reinar sobre esta terra. Tomemos Nossa Senhora como exemplo, imitemo-la, olhemo-la. Em todos os momentos de sua vida, ela teve esperança, teve coragem, também quando se encontrava aos pés da Cruz e seu Filho estava morto. Ela procurou pelos apóstolos que haviam fugido, desesperados, assustados, chamou-os para rezarem juntos e chegou Pentecostes. Hoje Nossa Senhora nos chama à oração e a dar um novo Pentecostes ao homem de hoje, que está cansado, com o coração partido, perdido, desesperado, doente, não apenas espiritualmente, mas materialmente; está confuso com tantas ideologias que o estão levando por um mau caminho. Como no quadro de Valdocco, também nós nos coloquemos em torno a Maria Auxiliadora, refugiando-nos sob sua proteção para sermos testemunhas corajosas do Evangelho. Vivamos em nossa Associação, um verdadeiro Pentecostes. Façamos de nossos grupos e de nossas famílias, pequenos cenáculos à escuta da Palavra e na oração assídua e concorde do Terço. A cada um dos associados e grupos da ADMA, uma lembrança especial na festa de Nossa Mãe e Auxiliadora, no dia 24 de maio.

Sr. Lucca Tullio, Presidente Pe. Pierluigi Cameroni SDB, Animador espiritual mundial

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Redescobrir as obras de misericórdia É desejo de Papa Francisco, que, neste Ano Santo, os cristãos possam redescobrir as obras de misericórdia corporal e espiritual. Será uma maneira de acordar a nossa consciência, muitas vezes “adormecida perante o drama da pobreza, e de entrar cada vez mais no coração do Evangelho, onde os pobres são os privilegiados da misericórdia divina”. Não devemos pensar que se trata de obras difíceis, que requerem muito tempo ou uma disponibilidade econômica especial. Pelo contrário, trata-se de gestos muito simples, cotidianos e à altura de todos. Destes gestos de amor concreto, o Senhor Jesus nos dera o primeiro exemplo, e em suas pregações, nos deu até mesmo uma “lista” de obras, para que “possamos entender se vivemos ou não como seus discípulos” (Cf Mt 25,31). Com base nestas obras, seremos julgados no fim da vida: “se demos de comer a quem tem fome e de beber a quem tem sede; se acolhemos o estrangeiro e vestimos quem está nu; se reservamos tempo para visitar quem está doente e preso. De igual modo ser-nos-á perguntado se ajudamos a tirar da dúvida, que faz cair no medo e muitas vezes é fonte de solidão; se fomos capazes de vencer a ignorância em que vivem milhões de pessoas, sobretudo as crianças desprovidas da ajuda necessária para se resgatarem da pobreza; se nos detivemos junto de quem está sozinho e aflito; se perdoamos a quem nos ofende e rejeitamos todas as formas de ressentimento e ódio que levam à violência; se tivemos paciência, a exemplo de Deus que é tão paciente conosco; enfim se, na oração, confiamos ao Senhor os nossos irmãos e irmãs. Em cada um destes «mais pequeninos», está presente o próprio Cristo. A sua carne torna-se de novo visível como corpo martirizado, chagado, flagelado, desnutrido, em fuga ... a fim de ser reconhecido, tocado e assistido cuidadosamente por nós” (MV15). Para encontrar esses pobres, esses sofredores, não há necessidade de ir longe. Eles moram em uma periferia que não é geográfica, mas existencial, como gosta de repetir o Papa. Em primeiro lugar, então, é preciso abrir os olhos, para reconhecer Jesus abandonado em um familiar ou em um parente largado sozinho; no imigrante que pede esmola em casa ou do lado de fora do mesmo supermercado de sempre; nos vizinhos, desempregados que não chegam no final do mês; na criança chorona que é alvo de todos e ajudada por ninguém; no casal de amigos em crise matrimonial; no pároco frustrado pelos insucessos pastorais, sobrecarregado de trabalhos e de preocupações. “Quantas situações de precariedade e sofrimento presentes no mundo atual!... Não nos deixemos cair na indiferença que humilha, na habituação que anestesia o espírito e impede de descobrir a novidade, no cinismo que destrói. Abramos os nossos olhos para ver as misérias do mundo, as feridas de tantos irmãos e irmãs privados da própria dignidade e sintamo-nos desafiados a escutar o seu grito de ajuda... Que o seu grito se torne o nosso e, juntos, possamos romper a barreira de indiferença que frequentemente reina soberana para esconder a hipocrisia e o egoísmo” (MV 15). Aproveito o momento para fazer um primeiro “exame de vista”; os meus olhos reconhecem a presença de Jesus em quem é pobre, sofredor, abandonado?

Com Maria e como Maria

Regenerados em Sua Misericórdia

9. A misericórdia de Deus se estende através de

nossas obras Irmã Linda Pocher FMA

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, Amar em atos, não em palavras Em sua exortação apostólica sobre o amor na família, comentando o hino à Caridade de São Paulo (1 Cor 13), o Papa escreve que “Paulo quer insistir que o amor não é apenas um sentimento, mas deve ser entendido no sentido que o verbo «amar» tem em hebraico: «fazer o bem». Como dizia Santo Inácio de Loyola, «o amor deve ser colocado mais nas obras do que nas palavras». Assim poderá mostrar toda a sua fecundidade, permitindo-nos experimentar a felicidade de dar, a nobreza e grandeza de doar-se superabundantemente, sem calcular nem reclamar pagamento, mas apenas pelo prazer de dar e servir” (Amoris Laetitia 94). No momento em que abrimos os nossos olhos para contemplarmos a misericórdia de Deus por nós e a reconhecermos a presença de Jesus que nos atende nas irmãs e nos irmãos mais pequeninos e mais pobres, então começamos, também, a sentir crescer em nós o desejo de amar, não “com palavras e com a língua, mas com fatos e na verdade” (1Jo 3,18), Se então seguirmos essa boa vontade que nos vem inspirada por Deus, a firme decisão da vontade de nunca dar as costas a quem espera a nossa ajuda, então, em nós, pouco a pouco, crescerá o hábito à caridade: amar o próximo nos será doce aqui na terra, também no sacrifício, e obteremos um grande prêmio no Céu! Deve ter sido esta a experiência de Maria. Mesmo se os Evangelhos não contam isso nos detalhes, a sua vida foi certamente cravejada por uma infinidade de pequenos e grandes gestos de caridade. A começar pela atenção à sua família de origem, testemunhada por seu partir com toda pressa para ajudar a prima Isabel no tempo de sua gravidez. Naquela mesma ocasião a Virgem, abrindo o seu coração no canto do Magnificat, revela-nos como estava consciente de ser um instrumento da misericórdia de Deus, que “de geração em geração...se estende àqueles que o temem” (Lc 1,50), Podemos imaginar, além disso, o seu terno cuidado de mãe e de esposa em seu relacionamento com Jesus e com José nos felizes anos de Nazaré. Nutrir, vestir, consolar, são todas ações bem conhecidas de uma mulher que tem família: pequenas coisas, que todavia marcam o futuro dos filhos, que exprimem um estilo de vida, que põem, no segredo da vida doméstica, as bases de um futuro melhor, de uma sociedade mais atenta e solidária. Como não reconhecer na delicadeza de Jesus, o trato de sua Mãe? Como não reconhecer Maria, na mulher que amassa o pão, escondendo um pouco de fermento em “três medidas de farinha” (Lc 13,21)? Como não pensar nas mãos de Maria, que a cada dia com paciência e amor, lavam e enxugam os pequenos pés de Jesus, diante do Mestre que se inclina para lavar os pés dos discípulos (Jo 13)? Mas a caridade de Maria não parou dentro de suas paredes domésticas. A passagem das Bodas de Caná nos dá um indício disso. Os olhos de Maria estavam bem abertos para reconhecer as exigências dos que estavam a seu lado e ela estava sempre pronta para levar a sua ajuda ou, onde necessário, a convidar o próprio Jesus para intervir. Não precisamos esquecer, de fato, que também a oração de intercessão é uma obra de misericórdia! Maria, em suma, estava sempre habituada a cuidar do próximo, era natural, por isso, que justamente a ela, Jesus confiasse a Igreja nascente: os seus discípulos, perdidos, e com medo, também frágeis na fé, em Pentecostes renasceram pelo Espírito e pelo cuidado materno de Maria. Assim como acontece hoje conosco: somos confiados ao seio de Maria e da Igreja onde nós somos cuidados e alimentados pela Palavra e pela Eucaristia, até alcançarmos a plenitude da conformação em Cristo, a plenitude da caridade. Esta prioridade de Jesus e Maria nos abre o caminho e nos mostra que é possível fazer da misericórdia o eixo de nossa vida, é a que se referia São Paulo, quando escreve que fomos salvos pela graça “pela graça” e “mediante a fé”. As obras boas, as obras de misericórdia , que nos tornam ativos participantes da ação de Deus a favor dos pobres e dos sofredores, não vêm de nós, mas são dom de Deus, “para que ninguém se glorie. Somos obra sua, criados em Jesus Cristo para as boas ações que Deus de antemão preparou para que nós a praticássemos” (Ef 2,8-10). As obras de misericórdia já estão prontas, para cada um de nós, já estão lá a nosso alcance, nos eventos da vida cotidiana de cada um: é só colocá-las em prática! Pergunto-me: quais obras de misericórdia, neste momento de minha vida, estão a meu alcance? Sou capaz de aproveitar as oportunidades para colocá-las em prática, ou deixo-me vencer pela preguiça, pela indiferença, pelos maus hábitos?

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Perseverar no amor, também no sacrifício Margarida, a santa mãe de Dom Bosco, caminhou durante toda a sua vida, nos passos de Maria. Assim como Maria, Margarida encheu a sua vida de pequenos e grandes gestos de caridade para com os seus entes queridos e para com todos. A partir da escolha de aceitar a proposta de casamento de um jovem viúvo, Francesco Bosco, que significava para ela, na época com 24 anos, assumir a responsabilidade da sogra paralítica e do pequeno Antonio, filho do primeiro casamento de seu esposo. Na morte do marido, apenas cinco anos depois, encontra-se na miséria, sozinha, com três filhos e a sogra. Apesar da situação dramática, Margarida é para os seus filhos, presença viva de Maria: terna mãe, educadora atenta e firme, dotada de determinação e grande senso prático, especialista sobretudo na arte de introduzir os seus filhos no relacionamento correto com Deus Pai, Criador providente e misericordioso. A extrema pobreza em que se encontrava, não a impedia de ajudar aqueles que eram ainda mais pobres. À noite deixava uma tigela de sopa na janela, para que um andarilho que passasse por ali pudesse matar a fome, e, jamais recusava um pouco de polenta a quem viesse bater à sua porta. A sua vida tem uma reviravolta decisiva em 1846, quando Dom Bosco a convida para ir a Valdocco, para “fazer-se mãe” dos meninos do Oratório nascente. Margarida estava com 58 anos e nos Becchi, entre os filhos e netos, era uma rainha. Com a certeza de que no convite do filho revelava-se a vontade do Senhor, Margarida aceita. Em Valdocco, vê-se numa casa pobre e vazia, com tanta gente para alimentar, corações para consolar, e roupas de cama para remendar. Com a eclosão dos motins revolucionários de 1848, também os jovens do Oratório não farão outra coisa senão brincar de guerra, Dom Bosco segura a onda, e para evitar que se machuquem, convida para vir ao Oratório, um amigo que tinha sido do exército italiano, pedindo para formar entre os meninos, um regimento em miniatura que pudesse treinar manobras militares. Na tarde de um domingo, no entanto, esse “exército” acaba indo à horta de Mamãe Margarida. Os meninos destróem tudo. A pobre mulher não pode acreditar no que vê, é a última gota d'água que faz transbordar o copo. À noite, depois que os meninos foram dormir, Margarida fica na cozinha, como de costume, arrumando a roupa de cama, enquanto Dom Bosco, sentado à mesma mesa, conserta sapatos rasgados. De repente, a mãe pede a João para ela retornar aos Becchi: “Sou uma pobre velha – diz - , trabalho de manhã à noite, e esses meninos maus sempre estragam tudo”. Dom Bosco não diz uma palavra sequer para desencorajá-la, não diz nem mesmo uma palavra. Só faz um gesto: mostra-lhe o crucifixo pendurado na parede. Margarida entende, e, naquele momento a sua maternidade se estende, como a de Maria aos pés da cruz. Abaixa a cabeça para as meias esburacadas e camisas rasgadas e continua a costurar. Não pede mais para voltar aos Becchi. Consumirá os seus últimos anos entre aqueles meninos barulhentos e mal educados, mas que tinham necessidade de uma mãe. Levanta algumas vezes mais, o olhar ao crucifixo para tomar força, continuando a doar os ensinamentos de sua fé simples e profunda, o seu bom senso prático e a doce bondade de mãe. Se quisermos amar como Jesus e Maria , é normal que recolhamos rosas e espinhos. Os pobres, dos quais nos aproximamos, não correspondem às nossas expectativas e isto faz parte de sua pobreza. Todavia, mesmo a experiência da ingratidão, do aparente insucesso, do sacrifício em vão, pode expandir pouco a pouco o nosso coração, à medida da paciência e da misericórdia de Deus. Pergunto-me: sou capaz de perseverar no amor, também quando ele me pede sacrifício?

O Boletim pode ser lido nos seguintes sites:

www.admadonbosco.org/index.php?lang=pt

y: www.donbosco-torino.it/

Para posteriores comunicações podem se dirigir

ao seguinte endereço eletrônico: [email protected]

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NOTÍCIAS DA FAMÍLIA

Roma – Primeiro seminário de promoção das causas de beatificação e canonização da Família Salesiana. Um seminário especial: uma Graça a partilhar – Santidade Salesiana: “Contemplamos e reconhecemos a ação do Espírito que realiza maravilhas”

Realizado em Roma, no Salesianum, de 6 a 10 de abril, o primeiro seminário para a promoção das causas de beatificação e canonização da Família Salesiana, que teve a participação de 120 pessoas (entre elas um bom número de leigos) provenientes de todos os continentes. O curso – coordenado pelo Postulador Geral, Pe. Pierluigi Cameroni – foi rico em conteúdos e denso de pontos de r e f l e xã o pa ra o s participantes: entre os objetivos do seminário, na v e r d a d e , e s t a v a justamente o de valorizar o patrimônio espiritual, pastoral e educativo da santidade salesiana. Foram muitos os aspectos

de santidade que foram sublinhados pelos palestrantes: o Cardeal Angelo Amato (Prefeito da Congregação das Causas dos Santos) destacou a importância pastoral e espiritual dos santos na Igreja, Mons. Sarno (Oficial da Congregação das Causas dos Santos), aprofundou o argumento do milagre entre ciência e teologia; outros especialistas desenvolveram muitos temas de grande interesse. Valiosa foi também a partilha de algumas experiências de promoção das causas de beatificação: foram apresentados casos de milagres (também por outros postuladores gerais, entre os quais, os dominicanos e capuchinhos). Foi, portanto, um verdadeiro momento de fraternidade entre os participantes: dignas de nota – e ao mesmo tempo “tipicamente salesianas” - foram também a presença e a participação de Madre Yvonne e do Reitor-Mor, Pe. Angel: este último convidou para percorrermos juntos a aventura do Espírito em companhia de nossos santos, exortou-nos a conhecermos e tornar conhecidos esses campeões da fé e da caridade, rezando para eles e pedindo a intercessão deles, e sobretudo imitando-os no querermos ser santos. Os trabalhos em gupo e a partilha de experiências e iniciativas entre os participantes foram estimulantes: foi um belo momento de troca construtiva que permitiu a todos retornarem às suas casas com uma bagagem de experiência sem igual. Foi entendida a figura do santo como aquele que caminha com fé pelos caminhos (também os escuros)

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do mundo, porque ele é luz, enfrentando com amor (pensando mais em fazer o bem que a estar bem) as coisas naturais da vida, com a teimosia de realizar a vontade de Deus, não obstante qualquer dificuldade e escolhendo sempre a esperança: o verdadeiro milagre não é então (apenas) uma doença que inexplicavelmente se cura, mas um coração que muda, demonstrando a grandeza e a força da graça divina. Quem escreve, durante a viagem de volta para casa, vê-se ao lado da janela e tem – enquanto o avião sobrevoa as nuvens – um olhar inédito para o Céu, meditando na “comunhão dos santos”, e sorrindo pensa em tantas belas figuras de santidade que o povoam, levando em conta as muitas e belas provocações – para uma transformação interior pessoal – que surgiram durante o seminário. (Alessio Sodano, membro da ADMA, participante do Seminário). SICILIA – PEREGRINAÇÃO REGIONAL

Domingo, dia 17 de abril de 2016 tivemos a 10ª Peregrinação Regional da ADMA, em Adrano, onde há o Santuário de Maria Auxiliadora, que tem uma preciosa imagem de Nossa Senhora doada pelo Beato Miguel Rua, primeiro sucessor de Dom Bosco. Os grupos participantes foram: Adrano, Barcelona P o z zo d e G o t t o , Calatabiano, Canicatti, Capaci, Casteltermini, Catania São Francisco , C a t a n i a M a r i a Auxil iadora, Catania Canalicchio, Floridia, Gela, Marsala, Messina,

Misilmeri, Modica Alta, Palagonia, Palermo, São Cataldo e Siracusa, com um total de 470 Associados. Depois da saudação do Presidente Regional, Giuseppe Auteri, foi dado início ao dia com a oração “Maria, Mãe da Misericórdia e da Ternura”, animada pela Animadora Inspetorial, Ir. Carmelina Cappello. A seguir, aconteceu a palestra ministrada pelo Inspetor dos Salesianos, Pe. Pippo Ruta, que falou sobre a Misericórdia de Maria, inspirado na obra de Dom Bosco, “As Maravilhas da Mãe de Deus” e à luz do Regulamento da ADMA. Muito bem-vindo foi, depois, a saudação do Arcebispo de Catania, Dom Gristina. À tarde, o Reitor do Santuário, com o grupo local da ADMA, organizou um momento de oração, com a reza do Terço, pelas ruas principais de Adrano, levando em procissão, depois de treze anos , a imagem de Maria Auxiliadora do Santuário à Igreja Mãe de Adrano. No final, foi celebrada a Eucaristia presidida pelo Animador inspetorial, Pe. Angelo Grasso. No final da Celebração Eucarística, os Grupos acompanharam Nossa Senhora de volta ao Santuário, acenando os lenços brancos e azuis, em sinal de saudação a Maria Auxiliadora, seguidos por fogos de artifício. Todos voltamos para casa enriquecidos e contentes, com a certeza cada vez mais viva de termos uma Mãe que nos ama tanto!.. (Giuseppe Auteri, Presidente Regional).

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FILIPINAS NORTE – ENCONTRO DO CONSELHO INSPETORIAL No dia 24 de abril de 2016, os membros da ADMA de Filipinas – Norte tiveram o Encontro do Conselho Inspetorial no St. John Bosco Hall, Instituto Técnico Dom Bosco, de Makati. No Conselho, participaram representantes de 13 capítulos do distrito de Metro Manila, Pasay, Laguna e Pampanga. Este é o Encontro Anual de todos os membros dos Conselhos locais, no qual são discutidas as situações do grupo, as atividades mais importantes, a situação dos associados. Além disso, a Presidente Nacional, a Sra. Maria Juniper Maliglig, apresentou um atualização sobre a ADMA das Filipinas. Foi também o momento para se comemorar e celebrar o 147º ano de fundação da ADMA e para recordar, durante a Santa Missa, os associados doentes e os falecidos. A Santa Missa foi presidida por Pe. Nestor Impelido, SDB, animador espiritual inspetorial. Após a Santa Missa, os membros renovaram seu compromisso à ADMA.

ROVIGO (ITÁLIA) – EM COMUNHÃO COM A ASSOCIAÇÃO BEATA VIRGEM DAS DORES O carisma das Servas de Maria Reparadora, Congregação da Família servitana, é um dom do Espírito à Igreja para ser partilhado com os leigos em sua vida familiar, de trabalho, de relacionamentos, de compromisso social e pastoral. Também através delas, o carisma iniciado por Madre M. Elisa e as primeiras Irmãs, se renova e se difunde, atingindo cada vez mais, espaços de partilha e evangelizações nos locais eclesiais e sociais onde estão presentes. Os leigos que pertencen à Associação da “Bem Aventurada Virgem das Dores” são numerosos, forma renovada, segundo o espírito do Concílio Vaticano II. A Associação da Bem Aventurada Virgem das Dores teve a aprovação pelo Dicastério para a Vida Consagrada e a Sociedade de vida apostólica como Obra da congregação, no dia 3 de março de 2014. Nos dias 31 de março a 3 de abril de 2016 celebraram a 2ª Consulta Internacional da Associação em Rovigo, elegendo o novo Conselho. A internacionalidade foi uma conquista... agora o compromisso é de reforçar e consolidar … Em comunhão convosco para que a Virgem Mãe seja reconhecida, amada e louvada! (Irmã Maria das Graças Comparini, Assistente Geral).

INSPETORIA CAMPO GRANDE (BRASIL) – VISITA DE PE. CAMERONI O Animador espiritual mundial da ADMA e Postulador Geral para as Causas dos Santos d a C o n g r e g a ç ã o salesiana, Pe. Pierluigi Cameroni, foi acolhido no dia 25 de abril na inspetoria salesiana de Campo Grande/ Missão Salesiana de Mato Grosso, para conhecer a história e a identidade d e s t a i n s p e t o r i a salesiana missionária e, para encontrar os 11 grupos da ADMA e os outros grupos da Família Salesiana. No aeroporto de Campo Grande, foi recebido pelas presidentes locais da ADMA, por um grupo de pós noviços salesianos, acompanhdos pelo Vice Provincial, Pe. Adalberto Alves de Jesus e pelo diretor do pós noviciado, Pe. Elias Roberto. Pe. Cameroni visitará Campo Grande, Cuiabá, Bar Aironi, Meruri, Araguaiana, Poxoréu e Primavera do Leste.

Testemunho de santidade salesiana Recordamos o Servo de Deus, Pe. Carlo Crespi (1891-1982), missionário no Equador. Imitou Cristo em seu amor preferencial pelos pobres, ao aproximar-se dos pequenos, em sua preocupação pelos pecadores, no desinteresse por si mesmo; e tudo, com grande humildade, refletida na simplicidade de seus atos. Escreve em uma carta de 1929: “Reverendo Pe. Ricaldone, estou pronto para o trabalho, para o sacrifício, a tudo: cada dia o Senhor me manifesta a ternura de seu amor e me guia ao sacrifício. Iria para o céu que pudesse corresponder, e trabalho sempre para a sua glória”.

Intenção missionária Pelas comunidades salesianas em toda a Oceania (Austrália, Nova Zelândia, Samoa, Fiji, Pápua Nova Guiné e Ilhas de Salomão) a fim de que a oração comum do Terço leve a alegria do Evangelho para nossas obras, entre os nossos jovens e leigos colaboradores.