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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS PROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: ENSINO DE BIOLOGIA PROPOSTA DE UNIDADES DIDÁTICAS SOCIOINTERACIONISTAS PARA A EDUCAÇÃO NUTRICIONAL Maria Rita Daidone Zica BELO HORIZONTE 2010

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

PROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: ENSINO DE BIOLOGIA

PROPOSTA DE UNIDADES DIDÁTICAS

SOCIOINTERACIONISTAS PARA A EDUCAÇÃO

NUTRICIONAL

Maria Rita Daidone Zica

BELO HORIZONTE

2010

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Maria Rita Daidone Zica

PROPOSTA DE UNIDADES DIDÁTICAS

SOCIOINTERACIONISTAS PARA A EDUCAÇÃO NUTRICIONAL

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Ensino de Ciências. Orientador: Prof. Dr. Francisco Ângelo Coutinho Co-orientadora: Prof. Dra. Agnela Silva Giusta

BELO HORIZONTE

2010

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FICHA CATALOGRÁFICA Elaborada pela Biblioteca da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Zica, Maria Rita Daidone Z64p Proposta de unidades didáticas sociointeracionistas para a educação nutricional

/ Maria Rita Daidone Zica. Belo Horizonte, 2010. 138f. : il. Orientador: Francisco Ângelo Coutinho Co-orientador: Angela Silva Giusta Dissertação (Mestrado) – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática 1. Educação Nutricional. 2. Nutrição. 3. Ensino. I. Coutinho, Francisco

Ângelo. II. Giusta, Angela Silva. III. Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática. IV. Título.

CDU: 37.02:612.39

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AGRADECIMENTOS

Ao Chico e Rose, luz no meu caminho.

À minha co-orientadora Agnela, pela delicadeza e sabedoria imensurável.

A todos os meus alunos que compartilham o constante desafio no ensino da nutrição.

Aos professores do Mestrado em Ensino de Ciências, especialmente à Cláudia pela

identificação com a minha prática em sala de aula.

Aos meus pais, nutrição de corpo e alma.

Ao apoio técnico de Martha e Pietro, meus filhos queridos, que me ensinam cada dia

mais e mais.

Às amigas, Ana Flávia, Daniela, Joana e Vicência, por acreditarem no meu trabalho.

À prima Luisa pela revisão da língua inglesa e, à tia Marlene por não desistir do meu

português ruim.

Aos alunos do 6º. Período, turnos da manhã e noite, que participaram como sujeitos da

pesquisa com entusiasmo.

A todos que contribuíram para a realização desta pesquisa, muito obrigada!

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“Embora eu seja adulto, não me seduzem os brinquedos

eletrônicos que a moda, irônica, me oferece. E excogito:

Que brinquedo inventar para o adulto, privativo dele,

sangue e riso dele, brinquedo desenganado, mas eficiente?

Tenho de inventar o meu brinquedo, mola saltando no meu

íntimo, alegria gerada por mim mesmo, e fácil, fluida,

pluma, pétala. Sem pedir às máquinas e aos deuses, que

cada um invente o seu brinquedo”.

Carlos Drummond de Andrade

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RESUMO

De acordo com a perspectiva sociointeracionista, podem-se sistematizar métodos de

ensino, através de uma mediação dos conteúdos a serem trabalhados como temas

transversais, utilizando a zona de desenvolvimento proximal e avaliando-se, de maneira

coletiva, novas formas de construção do conhecimento. Com a inserção da “alimentação

e saúde” como tema transversal nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), existe

um novo desafio, tanto para os nutricionistas quanto para os professores do ensino

básico a fim de que os mesmos se beneficiem com cursos suplementares de Educação

Nutricional. A liberdade em participar, a separação dos fenômenos do cotidiano, a

existência de regras, o caráter fictício ou representativo e a limitação no tempo e no

espaço, propiciados pelos materiais didáticos escolhidos para uma Unidade Didática,

justificam-se pelo caráter lúdico dos mesmos em que a fixação do conhecimento se dá

de maneira prazerosa. Este trabalho buscou sistematizar uma metodologia de ensino

com base na perspectiva sociointeracionista e com isso avaliar a utilização de unidades

didáticas como forma de construção do conhecimento de maneira coletiva. A partir da

Categorização dos jogos comerciais e dos jogos criados por graduandos em nutrição de

um Centro Universitário de Belo Horizonte, foram construídas duas Unidades Didáticas

para o ensino de nutrição. 55 alunos participaram da pesquisa, respondendo aos

questionários e interagindo com os objetos de aprendizagem apresentados no

Laboratório de Educação Nutricional. Nas duas Unidades Didáticas apresentadas, os

alunos se mostraram motivados e, de acordo com o resultado da pesquisa, em sua

maioria, 89%, se sentiam mais preparados para ensinar sobre a importância da

alimentação saudável após a participação na primeira Unidade Didática. Com relação

aos conteúdos aprendidos durante a apresentação dos jogos, pode-se afirmar que há uma

fixação do ensino com os objetos de aprendizagem, de acordo com o relato dos alunos.

Percebeu-se que, nos jogos com conteúdos mais complexos, os alunos se mostravam

mais motivados e envolvidos com a aula prática. É de suma importância o estudo da

base teórica de pesquisas sociointeracionistas para que o processo de ensino e

aprendizagem aconteça de maneira clara e segura, possibilitando aos profissionais de

saúde uma nova reflexão sobre sua prática em programas de Educação Alimentar e

Nutricional.

Palavras-Chave: Alimentação e Saúde, Educação Nutricional, Unidade Didática, Sociointeracionista.

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ABSTRACT

According to the social interactionist approach, teaching methods can be systematize

through a mediation of contents to be worked as crosscutting themes, using the proximal

development zone and evaluating new forms of knowledge construction in a collective

way. With the insertion of "food and health" as a crosscutting theme in the Brazilian

National Curricular Parameters, a new challenge, both for nutritionist and for the

elementary school teachers, has been set to enable them to benefit from additional

courses in Nutrition Education . The freedom to participate, the separation of everyday

life phenomena, the existence of rules, the fictitious or representative character, and the

limitation in time and space, enabled by the instructional materials selected for a

Teaching Unit, are justified by the playful character in which the establishment of

knowledge occurs in a pleasurable manner. This study sought to systematize a teaching

methodology based on the social interactionist perspective and thus evaluate the use of

teaching units as a way of constructing knowledge in a collective manner. From the

categorization of commercial games and games created by students in nutrition, Centro

Universitário de Belo Horizonte were built two teaching units for teaching nutrition. 55

students participated in the survey answering questionnaires and interacting with the

objects of learning presented in the Laboratory of Nutrition Education. In the two

Teaching Units presented students were motivated and according to the research

results, most of them (89%) felt more prepared to teach about the importance of healthy

eating after participating in the first Teaching Unit. With respect to the content learned

during the games presentation, it can be stated that there is a setting of teaching with

learning objects, according to the report of the students. It was noticed that in games

with more complex content, students were more motivated and involved in classroom

practice. The study of the theoretical basis of sociointeractionist research is of utmost

importance, so that the teaching and learning process happens in a clear and safe way,

allowing health professionals to think again about their practice in programs of Food

and Nutrition Education.

Keywords: Food and Health, Nutrition Education, Curriculum Unit, Sociointeractionists.

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – Discussão sobre Educação Nutricional Materno-infantil ........................................ 31

FIGURA 2 – Diálogo com a utilização de fantoches............................................................... 32

FIGURA 3 – A importância do Letramento........................................................................... 34

FIGURA 4 – Brincando de professora.................................................................................. 36

FIGURA 5 – Quebra-gelo.................................................................................................. 37

FIGURA 6 – Descobrindo os Grupos de Alimentos................................................................ 38

FIGURA 7 – Conteúdo e grau de complexidade..................................................................... 40

FIGURA 8 – Resgatando o conhecimento............................................................................. 42

FIGURA 9 – Teatro na Educação Infantil............................................................................. 44

FIGURA 10 – Jogo de equipe com conteúdo de Dietoterapia...................................................50

FIGURA 11 – Jogo adaptado de Dicionário Médico para Nutrição Clínica.................................. 52

FIGURA 12 – Trilha de Parasitologia.................................................................................. 55

FIGURA 13 – Jogo de desafio das Vitaminas do Complexo B.................................................. 57

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LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1: Contextualização.......................................................................................... 27

GRÁFICO 2: Qualificação das mesas pelos alunos................................................................. 46

GRÁFICO 3: Avaliação do Jogo de Dietoterapia................................................................... 49

GRÁFICO 4: Avaliação do Jogo Dicionário Médico............................................................... 51

GRÁFICO 5: Avaliação do Jogo de Parasitologia.................................................................. 54

GRÁFICO 6: Avaliação do Jogo das Vitaminas do Complexo B............................................... 56

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SUMÁRIO

1 Introdução .................................................................................................................. 11

1.1 Objetivos................................................................................................................... 13

1.1.1 Objetivo Geral ....................................................................................................... 13

1.1.2 Objetivos Específicos............................................................................................. 13

2 Revisão da literatura ................................................................................................. 15

3 Indicações Metodológicas ......................................................................................... 20

4 Resultados e Discussão .............................................................................................. 23

4.1 Categorizações dos Jogos Comerciais e os Jogos Criados por Graduandos em Nutrição .......................................................................................................................... 25

4.2 Análise dos Questionários – Avaliação diagnóstica.................................................26

4.3 Aplicação da Unidade Didática I para educadores e estudantes de nutrição, com objetos de aprendizagem separados por faixas etárias segundo Piaget .......................... 29

4.3.1 MESA 1 – Período de desenvolvimento: Sensório Motor (do nascimento aos dois anos de idade)................................................................................................................. 30

4.3.2 MESA 2 – Período de desenvolvimento: Preparação das operações concretas (dois a setes anos) .......................................................................................................... 34

4.3.3 MESA 3 – Período de desenvolvimento: Organização das operações (sete aos onze anos)....................................................................................................................... 38

4.3.4 MESA 4 – Período de desenvolvimento: Operações formais (a partir de onze anos) ............................................................................................................................... 40

4.4 Análise dos Questionários – Avaliação Formativa.................................................. 45

4.5 Continuidade do Projeto de Aprendizagem através de Unidades Sociointeracionistas – Unidade Didática II ..................................................................................................... 48

4.5.1 MESA 1 - Jogo de Dietoterapia (Classificação – Jogo de desafio) ...................... 49

4.5.2 MESA 2 - Jogo do Dicionário Médico (Classificação – Jogos adaptados).......... 51

4.5.3 MESA 3 - Jogo de Parasitotogia (Classificação – Jogo de desafio)..................... 52

4.5.4 MESA 4 - Jogo das Vitaminas do Complexo B (Classificação – Jogo de desafio)55

REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 60

Referência específicas dos materiais didáticos comerciais ....................................... 64

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APÊNDICE A ............................................................................................................... 65

APÊNDICE B................................................................................................................ 66

APÊNDICE C ............................................................................................................... 67

APÊNDICE D ............................................................................................................... 69

APÊNDICE E................................................................................................................ 70

APÊNDICE F................................................................................................................ 87

ANEXO A...................................................................................................................... 88

ANEXO B ...................................................................................................................... 90

ANEXO C...................................................................................................................... 92

ANEXO D.................................................................................................................... 104

ANEXO E .................................................................................................................... 109

ANEXO F .................................................................................................................... 114

ANEXO G.................................................................................................................... 131

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1 Introdução

A literatura geral e específica em Educação Nutricional foi considerada escassa

durante décadas (Boog, 1997; Lima, Oliveira & Gomes, 2003). Recentemente, procura-

se discutir o motivo dessa carência acadêmica, focando a Educação Alimentar e

Nutricional como uma parte importante das pesquisas socioeducativas na área da saúde.

Em sua gênese, nos anos de 1930, os estudos sobre nutrição no Brasil foram

marcados pelo ensaísmo, estando dispersos no interior de campos afins, como a

sociologia, a antropologia, a higiene e a puericultura, num momento em que não existia

possibilidade de que essa ciência se desenvolvesse de maneira autônoma. Com a criação

da formação de nutrólogos e a ruptura com a formação médica, houve a possibilidade da

reinterpretação das leis de Lavoisier e o desenvolvimento da fisiologia como primeira

disciplina no campo da Ciência da Nutrição (Lima,1998).

Lima, Oliveira & Gomes (2003), estudando a produção científica no Rio de

Janeiro, estado onde, sob a ótica da ignorância alimentar, eclodiu o movimento de

gênese e constituição do campo disciplinar da Educação Alimentar nos anos 1934 a

1946, lembram que a institucionalização da pós-graduação em Nutrição só se deu a

partir de 1975. Segundo rastreamento da produção do período de 1980 a 1998 foram

localizadas pelas autoras sete dissertações de mestrado e nenhuma de doutorado em

Educação Nutricional.

Em estudo mais atual, desenvolvido em 11 Instituições de Ensino Superior do

Estado de São Paulo reconhecidas até o ano de 1999, constatou-se a pouca

fundamentação teórica na formação dos alunos, bem como uma hipervalorização da

prática em detrimento da teoria na disciplina de Educação Nutricional. Outro fator

importante a ser destacado é a pouca familiaridade com conteúdos afins às Ciências

Humanas, uma inquietude em relação à prática e a falta de uma teoria capaz de

contemplar os complexos aspectos desse tema, também por parte dos docentes (Boog &

Franco, 2007).

As Diretrizes Curriculares do Curso de Graduação em Nutrição (DCNCN),

instituídas pelo Conselho Nacional de Educação da Câmara de Educação Superior

(parecer n.5 de 7/11/2001), determinam que os conteúdos curriculares do Curso de

Nutrição contemplem as Ciências Sociais e Humanas (Brasil, 2001).

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A transversalidade possibilita estabelecer, na prática educativa, uma relação

entre conhecimentos teoricamente sistematizados e questões da realidade dos alunos.

No que se refere ao tema saúde, é preciso levar em conta que, para se conhecer ou

modificar a situação de um indivíduo ou de uma comunidade, deve-se estabelecer

relações entre a saúde e o meio físico, social e cultural. A comprovada associação entre

o grau de escolaridade com o nível de saúde dos indivíduos e grupos populacionais

justifica a importância do papel da escola nesse contexto (Brasil, 2000).

Com a inserção da “Alimentação e Saúde” como tema transversal nos

Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), existe um novo desafio, tanto para os

nutricionistas quanto para os professores do ensino básico a fim de que os mesmos se

beneficiem com cursos suplementares de Educação Nutricional (Davanço, Taddei &

Gaglianone, 2004; Bizzo & Leder, 2005).

Os conteúdos transversais estão muito conectados com as preocupações diárias

do cidadão democrático. Trazem elementos éticos ou sociológicos que vão além da

complementação das áreas disciplinares, implicando uma mudança na perspectiva do

currículo escolar (Yus, 1998).

Citado por Vigotski (2007), Hegel diz que:

“a razão é tão engenhosa quanto poderosa. A sua engenhosidade consiste

principalmente em sua atividade mediadora, a qual, fazendo com que os

objetos ajam e reajam uns sobre os outros, respeitando sua própria natureza e,

assim, sem nenhuma interferência direta no processo, realiza as intenções da

razão”. (Vigotski, 2007. pág. 54)

De acordo com a perspectiva sociointeracionista, podem-se sistematizar métodos

de ensino, através de uma mediação dos conteúdos a serem trabalhados como temas

transversais, utilizando a zona de desenvolvimento proximal e avaliando-se, de maneira

coletiva, novas formas de construção do conhecimento.

Considerando como objeto de aprendizagem todo e qualquer recurso que possa

dar suporte ao aprendizado no ambiente educativo, há possibilidade de organizar

conteúdos através de Unidades Didáticas com a utilização de jogos e materiais diversos

que auxiliem o ensino de nutrição para diferentes ciclos de aprendizagem.

A proposta de Unidades Didáticas Sociointeracionistas para a Educação

Nutricional referenciada neste trabalho trará uma grande contribuição aos Educadores

em Saúde na medida em os mesmos passem a se relacionar de forma segura, criativa e

humanizada nos seus processos de trabalho (Monteiro, 2008).

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Segundo Zabala (1990), entende-se por Unidade Didática o conjunto de

atividades ordenadas, estruturadas e articuladas para a consecução de objetivos

educacionais, cujo princípio e fim são reconhecidos tanto pelos professores como pelos

alunos.

A liberdade em participar, a separação dos fenômenos do cotidiano, a existência

de regras, o caráter fictício ou representativo e a limitação no tempo e no espaço,

propiciados pelos materiais didáticos escolhidos para uma Unidade Didática, justificam-

se pelo caráter lúdico dos mesmos em que a fixação do conhecimento se dá de maneira

prazerosa (Huizinga, 2007).

Para Piaget (2009), ao contrário do que ocorre na vida real, no jogo e nas

representações lúdicas, o problema é suprimido, seja porque a solução se torna

aceitável, ou seja, porque nele os conflitos são transpostos de maneira individual ou

coletiva.

1.1 Objetivos

1.1.1 Objetivo Geral

Sistematizar uma metodologia de ensino com base na perspectiva

sociointeracionista e com isso avaliar a utilização de Unidades Didáticas como forma de

construção do conhecimento de maneira coletiva.

1.1.2 Objetivos Específicos

− Categorizar os jogos comerciais e os jogos criados por graduandos em nutrição

do Centro Universitário de Belo Horizonte UniBh;

− Construir Unidades Didáticas para o ensino de nutrição, através dos objetos de

aprendizagem do Laboratório de Educação Nutricional;

− Elaborar e aplicar os questionários para avaliação diagnóstica e formativa e,

posteriormente, avaliar as respostas;

− Observar e analisar a interação: objetos de aprendizagem, alunos e educador no

momento de aprendizagem;

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− Dar continuidade ao desenvolvimento de práticas pedagógicas sociointerativas,

através de uma Unidade Didática específica para estudantes de nutrição;

− Divulgar a unidade didática por faixa etária baseada no referencial teórico de

Piaget, através da elaboração de folheto informativo;

− Implementar um canal de comunicação online, usando como ferramenta a

internet e a intranet, disponibilizando os objetos de aprendizagem a serem

utilizados pelos alunos de todos os cursos.

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2 Revisão da literatura

A Complexidade do tema e os referenciais teóricos sociointeracionistas e a

mediação por meio de utilização de jogos.

As propostas pedagógicas do Curso de Nutrição contemplam disciplinas

diversas, e, na sua maioria, o conteúdo é extenso e transmitido de uma maneira linear. É

na disciplina de Educação Nutricional que o ensino da didática é priorizado e

direcionado para as áreas necessárias às intervenções educativas (ANEXO 1).

A vida comporta operações lógicas: todo ser vivo computa e calcula sem trégua;

mas as suas soluções, invenções ou criações superam impossibilidades lógicas. Embora

contendo a lógica, a existência é alógica, sublógica e metalógica (Morin, 2008. pág.

251).

Piaget (2009) descreve uma gama de possibilidades para a classificação dos

jogos e sua evolução, entre eles: jogos simbólicos e lúdicos, nas fases sensório-motoras,

em que a imitação e o jogo encontram-se unidos na representação. A partir do

aparecimento da linguagem, sugere dividir os jogos em categorias segundo o seu

conteúdo, como os jogos de experimentação e os jogos de funções gerais, funções

motoras ou intelectuais. O politelismo de um jogo complexo e a dificuldade em

classificá-lo em apenas uma dessas divisórias é reconhecido pelo autor. O essencial,

principalmente para as fases das operações concretas, seria a presença de regras.

Para Wallon (1968), os jogos podem ser classificados em: jogos funcionais,

jogos de ficção, jogos de aquisição e jogos de fabricação.

O livro de Júlio Groppa Aquino – “Diálogo com Educadores”, discutido na

disciplina Educação, Sociedade e Construção da Identidade, ministrada pelo Professor

Amauri Carlos Ferreira conclui, com a possibilidade do lúdico ser utilizado como

processo de ensino e aprendizagem na escola, que a escola é o lugar para se parar o

tempo. Nesse tempo em sala de aula, que muitas vezes nos reprime, não é só de

informações que precisamos e sim de formação. Ele é um momento único para se

desenvolver a criatividade e a formação crítica do pensamento dos alunos.

A escola é lugar da recriação das experiências do passado; é lugar onde

reencarnamos a história dos homens que nos precederam. A escola não é lugar de

vincular informação; isto a mídia já faz. As salas de aula são um dos poucos lugares, na

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sociedade contemporânea, para se fazer uma imersão do pensamento. É o lugar para se

ter um mínimo, ou um máximo, de inteligibilidade sobre o mundo; de deglutir e

contextualizar informações. (Aquino, 2002. pág. 38)

A utilização de materiais didáticos, como instrumentos ou “ferramentas

psicológicas” com o objetivo de aumentar a Zona de Desenvolvimento Proximal,

segundo Vigotski (2007), é uma grande vantagem do laboratório de práticas

pedagógicas. Aulas práticas com situações simuladas de ensino permitem uma maior

variedade de respostas e estímulos.

Embora a inteligência prática e o uso de signos possam operar

independentemente em crianças pequenas, a unidade dialética desses sistemas no adulto

humano constitui a verdadeira essência no comportamento humano complexo”

(Vigotski, 2007. pág. 11).

Para Monteiro (2008) repensar novas propostas de metodologias para o ensino

da nutrição, e resgatar a humanização durante o processo pedagógico no Curso de

Nutrição, tem sido objetivo da Universidade Federal de Pernambuco desde 1990. Com a

proposta da criação de material lúdico educativo, a instituição conta com um acervo de

120 materiais avaliados pelos próprios estudantes e profissionais. Um importante

diferencial deste trabalho é a abordagem ambiental, com o desafio para que os

estudantes criem jogos utilizando materiais recicláveis.

A procura de um método torna-se um dos problemas mais importantes de todo

empreendimento para a compreensão das formas caracteristicamente humanas de

atividade psicológica. Nesse caso, o método é, ao mesmo tempo, pré-requisito e

produto, o instrumento e o resultado do estudo (Vigotski, 2007. pág. 69).

O educador nutricionista ou, no caso, um professor que organiza uma Unidade

Didática Sociointeracionista para o ensino de nutrição tem como desafio fazer com que

a participação dos alunos com processo de aprendizagem seja uma constante. Os

principais mediadores ditos por Vigotski (2007) signo, palavra, símbolo; faz-nos pensar

e refletir, principalmente no campo da alimentação, a importância da contextualização

no processo ensino-aprendizagem e o papel do nutricionista e do professor como

mediador para a ação.

A socialização, numa perspectiva interacionista, pode ser considerada como um

contexto de aprendizado, no qual os alunos se apropriam de estratégias já existentes,

reproduzindo, ou elaborando uma ordem social e cognitiva, num processo intersubjetivo

crescente o complexo entre educandos e educadores. Através de pesquisas sobre a teoria

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psicológica da atividade, Leont’ev, citado por Wertsch, Del Rio & Álvares (1998)

demonstrou o papel da internalização no aparecimento e desenvolvimento de processos

superiores da memória e da atenção.

A idéia de aprendizado concentra necessariamente na natureza específica da

atividade envolvida, bem como em sua relação a práticas e instituições da comunidade

na qual ela ocorre – econômica, política, espiritual e material (Wertsch, Del Rio &

Álvares, 1998. pág.125).

Antes das novas formas de pensar nascidas do Romantismo, nossa cultura parece

ter designado como “brincar” uma atividade que se opõe a “trabalhar”, caracterizada por

sua futilidade e oposição ao que é sério (Brougére, 2002. pág. 21).

A utilização do brinquedo, suas representações feitas a partir das brincadeiras e

jogos lúdicos na criação das unidades didáticas apóia-se na assimilação e acomodação

descritas por Piaget (2009). O indivíduo deve entrar em contato com o objeto de

conhecimento e interpretá-lo, assimilando e acomodando as informações em suas

estruturas mentais e assim por fim equilibrar novos conceitos através de sua inteligência

e reflexão.

Todos os jogos são, por sua própria essência, educativos. Reserva-se, porém, o

nome de jogos e de brinquedos educativos a certos jogos ou brinquedos combinados de

maneira que proporcionem um desenvolvimento sistemático de espírito ou inculquem

certos conhecimentos positivos (Claparède, 1956. pág. 435-438).

Para Piaget, citado por Dolle (2005), o desenvolvimento da criança pode ser

dividido basicamente em três estágios: sensório-motor (do nascimento aos dois anos de

idade); preparação e organização das operações concretas (2 a 7 e 7 a 11 anos) e, por

último, o estágio das operações formais (a partir de 11 anos). A inteligência começa

com o nascimento através de ações motoras e sensoriais e, aos poucos, vai se

internalizando.

As possibilidades de um contato com o maior número possível de experiências

compartilhadas de ensino e aprendizagem com certeza traduzirão em educadores em

nutrição mais democráticos. Citado por Amaral (2002), Dewey diz que “à educação

importa a necessidade vital de reconstruir, reorganizar ou reviver a experiência

democrática, a única compatível com a dignidade própria da experiência humana de

vida”.

Quando o autor admite que “interesse deve ser a base da seleção” dos trabalhos

educacionais, ele o faz apoiado em sua crença de raízes fortemente democráticas de que

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“as crianças se interessam por coisas que elas necessitam aprender”. Ou, em outras

palavras: “As coisas que têm interesse para elas são as coisas que elas têm necessidade

em trabalhar”. E elas têm necessidade de aprender “as coisas” que se relacionam com

interesses e experiências pessoais (Amaral, 2002. pág. 102).

Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de

discriminação. (...) Neste sentido é que ensinar a pensar certo não é uma experiência em

que ele – o pensar certo – é tomado em si mesmo e dele se fala ou uma prática que

puramente se descreve, mas algo que se faz e que se vive enquanto dele se fala com a

força do testemunho (Freire, 1996. pág. 39 -41).

Disciplinas com conteúdos mais extensos podem ser beneficiadas com as

atividades desenvolvidas através de Unidades Didáticas Sociointeracionistas. Segundo

Wallon (1968) “Não há atividades, por mais árduas que sejam que não possam servir de

motivo para o jogo.” Num ambiente de aula prática onde ocorre uma Unidade Didática

bem planejada, os alunos socializam o saber adquirido nas aulas teóricas, havendo uma

maior possibilidade do uso da linguagem.

No capítulo: A criança e a cultura lúdica, Brougére, (2002) do livro - “O Brincar

e suas Teorias”, compreende-se que antes da brincadeira o indivíduo deve aprender a

brincar e, controlando este universo simbólico particular, exercita a sua autonomia e a

inversão de papéis sociais. Segundo ele: “o jogo é antes de tudo o lugar de construção

de uma cultura lúdica. (...) É uma cultura rica, complexa e diversificada”.

É importante também pensar nos pré-requisitos para que o jogo ou a brincadeira

aconteça. Como, por exemplo, no caso de jogos que necessitem de leitura ou do

conhecimento de números. Pode-se também colocar os alunos numa situação em que

aumente este potencial para a leitura das letras e números, o que Vigotski denomina de

Zona de Desenvolvimento Proximal.

Também com base na Teoria de Vigotski, os modelos de objetos de

aprendizagem, disponibilizados para os alunos, favorecem uma imitação no sentido de

ampliar a capacidade cognitiva para o seu desempenho como futuro educador em

nutrição, recriando outros objetos de aprendizagem ou trabalhando com os mesmos de

maneira construtiva.

Os conteúdos a serem trabalhados nos jogos e Unidades Didáticas, devem levar

o aluno a pesquisar e a selecionar informações, capacitando-o a formular hipóteses e

propor soluções para problemas reais, ao invés de simplesmente memorizar conteúdos.

Com relação ao ensino de Biologia, o aluno deve colocar em prática todos os conceitos

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e procedimentos e atitudes desenvolvidas na escola, progredindo seus argumentos, a

partir da elaboração de analogias concretas e raciocínios de suas interações com o

mundo e a sociedade (Brasil, 1998).

Ao mesmo tempo em que cresce o número de informações sobre os avanços da

ciência em nosso meio, torna-se ainda mais importante o papel da alfabetização

científica no processo de ensino-aprendizagem, para que os indivíduos possam se

posicionar frente a seus contextos na vida cotidiana (Pedroso, 2009).

Vivemos em uma sociedade da informação que só se converte em uma

verdadeira sociedade do conhecimento para alguns, aqueles que puderem ter acesso às

capacidades que permitem desentranhar e ordenar essa informação (Pozo, 2003)

Os temas básicos discutidos por Vigotski (Wertsch,1993), voltam à atualidade,

como requisito fundamental para uma educação efetiva:

1. A dependência genética do desenvolvimento;

2. A alegação de que o maior funcionamento mental do indivíduo deriva da vida

social;

3. A ação humana, tanto no plano social, quanto no plano individual é mediada

por ferramentas e signos.

Segundo estudo de Góes (2000) a metodologia referida como “análise

microgenética” constitui-se na construção de dados a partir da atenção a detalhes e de

cortes interativos, examinando-se sujeitos e grupos focais, suas relações sociais e

intersubjetivas, produzindo-se um relato detalhado dos acontecimentos.

A revisão teórica realizada para este trabalho, além de uma minuciosa pesquisa-

participante contínua, permitirá que o educador em nutrição e outros profissionais que

trabalhem com a aplicação de materiais didáticos relacionados ao ensino da nutrição

para a educação em saúde possam, a partir de uma abordagem mais ampla e criativa do

complexo processo de reeducação alimentar.

Page 22: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

20

3 Indicações Metodológicas

A abordagem investigativa adotada para este trabalho foi qualitativa, dentro de

uma perspectiva da pesquisa ação de Thiollent (2008), estratégia metodológica da

pesquisa social, onde os sujeitos participantes da pesquisa foram uma professora e 55

alunos de graduação da disciplina de Educação Nutricional do 6º. período do Curso de

Nutrição de um Centro Universitário de Belo Horizonte, mutuamente envolvidos em

conhecer o processo de ensino e aprendizagem em nutrição.

Pode-se relacionar alguns dos principais aspectos da pesquisa ação com esta

dissertação, dentre eles:

1) Houve uma ampla e explícita interação entre pesquisadores e pessoas

implicadas na situação investigada: a professora pesquisadora investigou duas

turmas de alunos da disciplina em que lecionava e os alunos produziram e

avaliaram objetos de aprendizagem do Laboratório de Educação Nutricional;

2) Desta interação resultou a ordem de prioridade dos problemas a serem

pesquisados e das soluções a serem encaminhadas sob a forma de ação

concreta: os alunos passaram pela disciplina para aprender como ensinar

nutrição utilizando objetos de aprendizagem variados para diferentes faixas

etárias e a professora pesquisadora precisou organizar estes materiais de uma

forma lúdica, interativa e que resultou no aumento do conhecimento dos alunos

com relação ao conteúdo contido nos materiais;

3) O objeto de investigação não foi constituído pelas pessoas e sim pela situação e

pelos problemas de diferentes naturezas encontrados na situação: a maioria dos

objetos de aprendizagem utilizados fora do ambiente do laboratório são os

guias alimentares ou informativos técnicos. Não existem muitos jogos

comerciais para o ensino de nutrição no mercado;

4) O objetivo da pesquisa ação consistiu em resolver ou, pelo menos, esclareceu

os problemas da situação observada: lacuna da fundamentação teórica foi

preenchida pela utilização dos jogos elaborados pelos alunos da graduação e

separação dos mesmos segundo a referência de Piaget;

Page 23: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

21

5) Houve, durante o processo, um acompanhamento das decisões, das ações e de

toda a atividade intencional dos atores da situação: os alunos foram informados

para qual finalidade os materiais seriam utilizados e qual a aplicabilidade dos

mesmos numa situação simulada;

6) A pesquisa não se limitou a uma forma de ação: pretendia-se aumentar o

conhecimento dos pesquisadores e o “nível de consciência” das pessoas e

grupos considerados: o Laboratório de Educação Nutricional possuia muitos

materiais que estavam subutilizados e, por isso necessitava de uma divulgação

na comunidade acadêmica.

Após a leitura e aceite do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Apêndice A), foram aplicados 55 questionários diagnósticos (Apêndice B) para avaliar

o conhecimento dos alunos sobre as técnicas didáticas, faixas etárias envolvidas e sobre

experiências anteriores em ensino da nutrição.

Para a primeira unidade didática por faixas etárias, dividida em quatro mesas,

utilizou-se como referencial teórico os ciclos de desenvolvimento segundo Piaget

(Anexo 2) de Betty (2003), que foi adaptado como parte do desenvolvimento deste

trabalho, servindo como apoio para a leitura durante o contato dos alunos com os

objetos de aprendizagem. Para essa unidade didática foram escolhidos três objetos de

aprendizagem para cada mesa. Este material serviu de modelo para a confecção de

folheto informativo para divulgação da Teoria de Piaget com relação à alimentação.

Uma das aulas práticas foi registrada em áudio e vídeo, com a participação de 27

alunos do turno da noite, em duas turmas de aula prática, posteriormente transcritas e

avaliadas em seu conteúdo, com a escolha de algumas falas mais importantes para

discussão dos resultados.

Após a primeira unidade didática foram aplicados outros 51 questionários

formativos (Apêndice C) para avaliar os novos conhecimentos após a experiência

sociointerativa.

Para avaliação da segunda unidade didática, que também foi dividida em quatro

mesas, foi aplicado um quiz para 51 alunos, com três perguntas sobre os quatro jogos

constituintes da mesma (Apêndice D). Para essa unidade didática foi escolhido um

objeto de aprendizagem para cada mesa.

Foi utilizada a ferramenta da internet para troca de e-mail entre a professora e a

aluna responsável por material didático específico na unidade didática II e para

Page 24: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

22

divulgação de lista objetos cadastrados no laboratório, através do blog do Curso de

Nutrição.

A categorização dos jogos foi feita segundo a terminologia utilizada pelo

professor da disciplina, especialista em educação infantil, tão somente para fins de

organização dos objetos de aprendizagem do laboratório.

As referências bibliográficas dos jogos comerciais foram deixadas em separado,

após as referências da pesquisa científica, para facilitar a busca das mesmas.

Page 25: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

23

4 Resultados e Discussão

Tenho 22 anos de formação como nutricionista, oito com especialização em

educação infantil e seis anos como professora universitária de futuros nutricionistas.

Passado um ano de créditos do mestrado em ensino de ciências, procurei o meu

orientador em estado de profundo desespero. Tentando entender o que poderia orientar

minhas idéias para a organização da pesquisa, li o que havia de mais atual na literatura e

descobri que estava diante de um grande dilema.

A definição do tema para essa dissertação talvez tenha sido a tarefa mais difícil a

enfrentar nesse curso. Não possuía qualquer pensamento lógico que pudesse direcionar

meu trabalho. Lembrando-me da minha entrevista para o mestrado, quando o meu

orientador disse que eu tinha tudo pronto e que só faltava uma sistematização, procurei

ajuda num livro de introdução à lógica:

O motivo teórico ou científico para classificar objetos é o desejo de aumentar o

conhecimento que temos a respeito dos mesmos. O maior conhecimento das coisas

significa uma compreensão mais profunda das suas propriedades, de suas semelhanças e

diferenças e de suas relações mútuas. Um esquema de classificação feito para fins

estritamente práticos poderá destinar-se a obscurecer semelhanças e diferenças de

grande importância. (Copi, 1978. pág. 414).

Como professora da disciplina, mestranda de ensino de ciências e lendo - “Como

se faz uma tese” de Umberto Eco (2008), pude entender o que seria uma pesquisadora

policrônica, conduzindo várias atividades de pesquisa concomitantemente e, assim,

encaixei-me perfeitamente nesse contexto.

Do caos à ordem, parti então para o local de ensino da minha prática: o

Laboratório de Educação Nutricional de um Centro Universitário de Belo Horizonte,

exclusivo da disciplina de Educação Nutricional, cursada no 6º. período do Curso de

Graduação em Nutrição e inaugurado em 2002. Atualmente possui cerca de 500

materiais didáticos cadastrados, em sua maioria, criados pelos alunos.

Durante a pesquisa, encontrei uma frase que me animou um pouco mais na

organização do Laboratório de Educação Nutricional. “Criatividade não significa

originalidade” (Brougère, 2002). Não são poucos os materiais que me faz, a cada

Page 26: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

24

semestre, desde 2002, pensar em uma classificação para os mesmos. Sendo muitos deles

extremamente criativos (Apêndice E).

Com relação ao aspecto cultural da utilização de jogos e brincadeiras na

educação, no início das Unidades Didáticas no Laboratório de Educação Nutricional,

houve certa resistência por parte dos alunos do brincar como forma de aprender e

ensinar nutrição. Para colocá-los mais à vontade e dar avanço no processo de

aprendizagem associei as mesas dispostas com os materiais educativos com os corpos

dessecados nas aulas de anatomia. Esta foi uma analogia mais próxima que consegui

para que entendessem que deveriam olhar para aqueles objetos de maneira curiosa,

tentar nomeá-los e imaginá-los numa situação funcional.

Discutindo sobre a questão da funcionalidade na Teoria de Claparède e a

utilização de jogos como mediação do processo ensino-aprendizagem nos programas de

disciplinas de graduação em Educação Física, Beltrami (1996) lembra que: “a memória,

a imaginação, a razão tornam-se instrumentos de ação que têm função de satisfazer as

necessidades do momento. É preciso criar um desejo, despertar uma necessidade”.

A utilização de jogos e brinquedos como instrumentos de mediação no processo

de ensino de conteúdos de nutrição é de grande importância para promover a

participação dos alunos, sendo válido lembrar que ainda há muito preconceito com

relação ao uso de dinâmicas e a utilização do termo “brinquedo” já denota certa

descrença de que aquele objeto possa ser utilizado com a finalidade de transmitir algum

conteúdo educativo (Kishimoto, 1993; 2002).

Devo confessar que, no final de 2007, uma representante de turma veio me pedir

para tirar uma foto para o convite de formatura com “os brinquedos do laboratório” e

como prova de que aquilo me soava como “quase” como uma ofensa eu a corrigi. Na

verdade, eu sempre corrigia os meus alunos dizendo que aqueles materiais não eram

brinquedos e sim “materiais didáticos”. Poderia, ao menos, me orgulhar por ser a

professora do laboratório mais decorado do Centro Universitário; com pipas coloridos

em forma de frutas e muitas cores, onde realmente os alunos acharam um local que

deixaria saudade. Desde então amadureci a idéia de aceitar o termo brinquedo para

designar os materiais didáticos e já no mestrado a nomenclatura de objetos de

aprendizagem me parece a mais abrangente.

Brincar e jogar: dois termos distintos em português e fundidos (sic) nas línguas

de cuja cultura somos devedores: o francês (jouer) e o inglês (play). Por causa disso,

frequentemente desperdiçamos a diferenciação psicogenética que a nossa língua nos

Page 27: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

25

permite: brincar é anterior a jogar, conduta social que supões regras. (...) O termo

“lúdico” abrange os dois: a atividade individual e livre e a coletiva e regrada (Dantas,

2002. pág. 111).

Considerando-se uma abertura no que se diz respeito à utilização de uso de

novas tecnologias e o aumento nos estudos sobre a utilização de jogos e brincadeiras

como mediadores no processo de ensino e aprendizagem, cabe-nos descrever alguns

pontos importantes para auxiliar o educador que tem por objetivo trabalhar com estes

objetos de aprendizagem de forma mais segura.

Viabilizar o espaço físico para possibilitar a socialização e, ao mesmo tempo, o

contato com o maior número dos objetos de aprendizagem disponíveis no laboratório

foi, então, mais um desafio nesta pesquisa.

4.1 Categorizações dos Jogos Comerciais e os Jogos Criados por

Graduandos em Nutrição

Os materiais didáticos foram classificados e separados de acordo o seu nível de

dificuldade e conteúdo, faixa etária a que se destina e tipos, entre eles, em linhas gerais:

jogos de sensibilização e alfabetização (encaixes, letras para formar frases ou nomes de

alimentos e almanaques); jogos simbólicos (teatro, fantoches e script para situações

simuladas); jogos de exterior (amarelinha, bolinha e pescaria); jogos de mesa (baralhos,

trunfo, dominó, memória, mico); jogos de construção (quebra-cabeça); jogos de parear

(alimentos e função ou alimentos e grupos); jogos de desafio (perguntas e respostas,

gincanas, trilhas); jogos adaptados (perfil, quebra-gelo, show do milhão, jogo da velha e

de botão); jogos para necessidades especiais (conservação de equipamentos em

unidades de alimentação e nutrição, gestantes, diabetes, deficiente visual, vitaminas e

minerais); jogos de computador (objetos de aprendizagem disponíveis on-line em CD)

e; uma categoria especial chamada projetos pedagógicos onde se encontram todos

aqueles materiais didáticos que servirão de modelo e que, por seu grau de

complexidade, não se encaixam nas outras categorias citadas.

No final de cada ano os materiais foram reavaliados e os que já possuiam

similares foram doados para instituições parceiras do Centro Universitário. O número de

materiais utilizados após o recadastramento objetivado nessa pesquisa foi de 484

objetos de aprendizagem.

Page 28: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

26

Os critérios de seleção para que os materiais sejam cadastrados e utilizados pelos

alunos nas suas práticas foram de extrema importância para que o laboratório

continuasse em processo de reconstrução e avaliação contínua (APÊNDICE F).

Para a escolha dos materiais didáticos utilizados nas duas Unidades Didáticas

optou-se por aqueles que foram mais utilizados nas aulas práticas e nas intervenções

educativas realizadas pelo laboratório.

4.2 Análise dos Questionários – Avaliação diagnóstica

1) Existe algum tema em nutrição que você mais goste e que conheça o bastante

para ensiná-lo?

Pela avaliação da questão, notou-se que os alunos tinham muita dificuldade em

assumir um conhecimento sobre um tema específico em nutrição, por mais simples que

fossem. O conhecimento sobre os Guias Alimentares, ou Pirâmide de Alimentos e Boas

Prática Alimentares foram os mais citados entre os 24 que responderam que existia um

tema que gostava e que conhecia o bastante para ensiná-lo, entre os 55 alunos que

responderam ao questionário. 31 alunos responderam negativamente.

Uma das hipóteses é de que o termo “o bastante” foi considerado como: nunca o

suficiente, segundo o relato de alguns alunos indagados sobre o por que respondiam não

haver algum tema em nutrição em que se sentiam seguros para poder ensinar. Uma

aluna sugeriu que fosse colocado o termo ensinar para “leigos”, o que sugere uma

insegurança com relação ao saber específico dos conteúdos em nutrição.

A constatação de que os alunos não se sentiam suficientemente preparados para

o ensino permite que o ensino baseado na problematização, discutido por muitos autores

em ciências como: Beltrami (1996); Campos (2003) e Pedroso (2009), fosse

determinante em todo o trabalho.

2) Das faixas etárias abaixo, qual ou quais você tem contato na vida pessoal ou

profissional?

Tendo como objetivo conhecer o meio de contextualização dos alunos para o

ensino, essa pergunta não foi esclarecedora, pois a maioria dos alunos assinalou mais de

Page 29: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

27

uma delas e a faixa etária com menor número de assinantes foi a de recém-nascidos até

dois anos. Visualiza-se no gráfico abaixo, que a faixa atária mais conhecida pelos

alunos é aquela a partir dos 11 anos.

Gráfico 1 – Contextualização

0

5

10

15

20

25

30

35

Recém-nascidoaté 2 anos

2 a 7 anos 7 a 11 anos a partir de 11anos

não tenhocontato com

crianças e/ouadolecentes

Núm

ero

de a

luno

s

Fonte: Elaborada pela autora

Coube nessa questão, repensar a subjetividade dos sujeitos da pesquisa, suas

relações intersubjetivas, e as condições sociais da situação para que as transformações

cognitivas no processo de aprendizagem fossem mais compreendidas.

3) Pode relatar alguma experiência com materiais didáticos para o ensino da

nutrição?

Mais da metade dos alunos (56%) relataram não ter qualquer experiência com

materiais didáticos para o ensino da nutrição que foi, praticamente, o mesmo número de

aluno de alunos que não conhecem um tema em nutrição o bastante para poder ensiná-

lo.

Algumas experiências foram descritas, onde pode-se concluir que os outros 44%

dos alunos já se colocam como atores no processo de ensino. Foram eles:

− Projeto de extensão – livros e apostila de avaliação nutricional.

Page 30: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

28

− Jogos educativos e fantoches.

− Material educativo distribuído em empresas após a avaliação nutricional.

− Materiais para “divulgação de conhecimentos”.

− Apostilas para treinamento em Unidades de Alimentação e Nutrição.

− Dinâmica de grupo utilizada na disciplina de Educação Nutricional para a

composição do cardápio de um dia.

− Slides e transparências para apresentação de trabalhos em sala de aula.

− Conteúdo: diabetes e hipertensão (observação: não relatou o matérial didático

utilizado).

− Palestra para idosos em intercâmbio. Disciplina: Projetos de comunicação –

telão e Power Point.

− Portfólio da disciplina de Educação Nutricional.

− Livro de histórias para crianças de 10 anos.

− Livros infantis.

− Livros em quadrinhos e caça palavras.

− Jogos educativos.

− Sim, aulas com transparências sempre acabam ficando monótonas.

− Livros com imagens de alimentos saudáveis e as vitaminas que cada um deles

possuem (sic).

− Projeto de extensão – livros e apostila de avaliação nutricional.

− Pirâmide alimentar.

− Por já trabalhar na área utilizo muito dinâmicas envolvendo materiais

didáticos e também atividades como caminhada, incentivo a lazer com dança

teatro, etc.

− Há muitos, porém, nem todos são confiáveis. Muitos são mitos crenças, na

maioria das vezes não são comprovados cientificamente, sendo este o maior

problema.

− Treinamentos com retroprojetor, data show, dinâmicas, teatro e música sobre

nutrição.

4) Você conhece a Teoria de Piaget?

Page 31: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

29

Dos 55 alunos questionados, apenas dois conheciam a teoria de Piaget antes da

aplicação da avaliação diagnóstica. Os dois alunos que conheciam a teoria antes da

pesquisa, relataram conhecê-la superficialmente e não com aplicação à conteúdos de

nutrição.

5) Gostaria de saber sobre as faixas etárias descritas por Piaget e sua relação com

o que a criança aprende sobre alimentação e nutrição em cada uma delas?

Apesar de dois alunos responderem que eram indiferentes com relação a essa

questão, pode-se considerar que esta pergunta foi uma tentativa de motivar os alunos a

lerem o material escrito colocado no sistema on-line antes da aula prática. Os outros 53

alunos responderam que gostariam de saber sobre a teoria de Piaget com relação à

alimentação e nutrição.

A demonstração da fundamentação teórica será fundamental no processo de

formação do profissional em nutrição.

4.3 Aplicação da Unidade Didática I para educadores e estudantes de

nutrição, com objetos de aprendizagem separados por faixas etárias

segundo Piaget

Ao dar início à aula da disciplina de Educação Nutricional, a professora pediu

para que os alunos se organizem em grupos em volta das mesas onde já estavam

colocados os materiais a serem trabalhados na aula. Os alunos iam chegando e sendo

avisados para não fazer grupos maiores do que seis alunos. A possibilidade do

desenvolvimento desta aula só é possível na aula prática, onde as turmas estão divididas

num total de, no máximo 25 alunos.

Para a escolha dos materiais didáticos para a Unidade Didática I foram

selecionados os objetos de aprendizagem mais utilizados pelos alunos durantes as

intervenções em campo ou os mais interessantes em termos de conteúdo. Foram

colocados cerca de três objetos de aprendizagem em cada mesa com o objetivo de que

os alunos fizessem uma avaliação crítica durante o tempo que estivessem na mesa.

Page 32: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

30

A professora chamou atenção para saber se os alunos tinham olhado os

procedimentos no quadro. A maioria respondeu negativamente. Em seguida, fez uma

leitura dos procedimentos colocados no quadro, marcou o tempo e deu início à aula.

Durante toda aula a professora percorria as quatro mesas, trocando a cada 15

minutos em os mesmos participavam do processo, para que a socialização ocorresse de

maneira efetiva.

Procedimentos colocados no quadro:

1º Ler a referência de Piaget colada nas mesas;

2º Avaliar os objetos de aprendizagem escolhidos para cada mesa;

3º Após o sinal de 15 minutos deixe os materiais como estavam e troquem de

mesa no sentido anti-horário;

4º No final de aula: responder o questionário formativo.

4.3.1 MESA 1 – Período de desenvolvimento: Sensório Motor (do nascimento aos dois

anos de idade)

Características Cognitivas: A inteligência começa com as ações motoras e sensorial.

Progressão do recém-nascido com reflexos automáticos para a interação intencional

com o ambiente.

Relações com Alimentação e Nutrição: A progressão é feita a partir do exercício do

reflexo de sucção e busca de aquisição de habilidades de auto-alimentação. O alimento é

utilizado primariamente para satisfazer a fome, como um meio de explorar o ambiente e

como uma oportunidade de praticar habilidades motoras refinadas.

Page 33: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

31

Figura 1 – Discussão sobre Educação Nutricional Materno-infantil

Fonte: Elaborada pela autora

Materiais, Métodos e Técnicas Utilizados: Jogos de encaixe de objetos, teatro, músicas

e figuras sobre os alimentos.

Objetivos: Promover a introdução de atividades lúdicas relacionadas aos alimentos e

fortalecer vínculo mãe-filho e/ou mãe-educador.

O jogo ao ocorrer em situações sem pressão, atmosfera de familiaridade,

segurança emocional e ausência de tensão ou perigo proporciona condições para a

aprendizagem das normas sociais em situações de menor risco (Kishimoto, 2002ª. pág.

140).

Materiais, métodos e técnicas utilizados na Unidade Didática I (Figura1): balaios 1 e 2

(código: EI 12); jogo mais ou menos saúde (código EI 13); figuras de alimentos e

fantoches.

Os alunos começaram falando sobre alimentos permitidos e não permitidos. Só

em seguida começaram a ler a referência de Piaget. Após a leitura as alunas passaram a

criar um diálogo de teatro usando uma preocupação maior com a linguagem.

Page 34: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

32

Exemplo de socialização e interação com os objetos de aprendizagem:

Aluna A – Eu fui comer isso aqui (mostrou uma figura de bombom) + isso

aqui (mostrou uma figura de pirulito) + isso (mostrou uma figura de bolo de

festa). Eu não escovei os dentes e aí meu dente ficou assim (mostrou uma

figura de dente cariado e mostrou o Joãozinho comendo). Então, aluna

sugeriu que outra colega fizesse o papel de Joãozinho.

Aluna B – O Joãozinho e a mãe dele que já teve uma reeducação alimentar

e como ela já sabia ao que oferecer ao Joãozinho (...) não adianta orientar a

criança com dois anos não sabe nem falar.

Figura 2 – Diálogo com a utilização de fantoches

Fonte: Elaborada pela autora

No diálogo visualizado na Figura 2, a linguagem das alunas foi bem solta,

lembrando o programa humorístico: Zorra Total exibido pela Rede Globo de Televisão

, que brinca com a questão do permitido ou não na alimentação, onde a protagonista

obesa diz que os alimentos saudáveis não podem e, geralmente o que é mais apetitoso e

exagerado em termos de gordura e açúcar pode. Também falaram da questão da

Page 35: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

33

afetividade envolvida nos processos de comunicação de maneira geral. Pode-se

confirmar a importância do lúdico no processo de abertura da comunicação entre as

alunas permitindo uma análise crítica partindo das mesmas sobre o papel da família na

educação alimentar na primeira infância.

Exemplo de ação mediada:

A professora disse: vocês acham certo dividir os alimentos em mais e menos

saudável como propõem este material? No mesmo momento mostra uma mão vermelha

com um símbolo de menos e a palavra saúde e outra que já estava na mesa amarela com

o símbolo positivo e a palavra saúde. Os alunos respondem que sim. Em seguida, a

professora provocou os alunos perguntando então: o que colocariam na “menos saúde" e

eles responderam prontamente: Pizza, sorvete, sanduíche, chocolate (uma aluna mostra

um pirulito de borracha). A professora respondeu: que horror! Tudo o que as crianças

mais gostam? E o prazer? Uma aluna respondeu que tem um meio termo e a professora

chamou atenção de que naquele modelo de material didático não tinha meio termo: era

mais ou menos! Quando os alunos continuaram a falar, eles se posicionaram melhor,

dizendo que é importante ensinar a criança fazer as escolhas certas, consumir pirulitos e

outras coisas com moderação. Esta socialização de conhecimentos levou outra aluna a

dar exemplo de uma sobrinha que só come o que gosta, comentando o quanto é

complicado fazer com que ela aceite o arroz e feijão quando ela só quer a carne e a

batata frita.

Aluna L : Hoje pai e mãe ficam fora e jogam a responsabilidade para outra

pessoa. A professora interfere dizendo que os pais terceirizam a

responsabilidade pela educação dos filhos. A mesma aluna completa: outra

pessoa não tem tanta responsabilidade. Não generalizando, mas muitos pais

querem suprir esta falta dando balas e doces para a criança. A professora

continua falando que os pais terceirizam a alimentação dos filhos até para o

nutricionista, o que é bom porque faz parte do nosso trabalho.

Uma aluna falou sobre um artigo científico sobre o comportamento alimentar de

adolescentes e a associação que eles fazem com alimentos mais ou menos saudáveis,

relacionando assim teoria e prática.

Page 36: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

34

Exemplo de socialização e interação com os objetos de aprendizagem:

Os alunos de outro grupo iniciaram nesta mesa de maneira mais tímidos, por já

terem passado por um grupo de materiais mais difíceis. O encaixe de alimentos e

fantoches fizeram com que os alunos discutissem sobre “o lugar” daqueles alimentos

para a saúde da criança.

Aluna A – Pizza não tem lugar na sua alimentação. Batata frita não é

recomendada para você. Sanduíche? Não tem lugar para sanduíche.

4.3.2 MESA 2 – Período de desenvolvimento: Preparação das operações concretas

(dois a setes anos)

Características Cognitivas: Inteligência baseada na internalização das ações. O uso de

símbolos aumenta. O raciocínio é baseado em aparências e acontecimentos. A

abordagem de classificação é funcional e não sistêmica e o mundo da criança é visto

egocentricamente.

Figura 3 – A importância do Letramento

Fonte: Elaborada pela autora

Page 37: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

35

Relações com Alimentação e Nutrição: A alimentação torna-se menos o centro da

atenção e secundária ao crescimento social, de linguagem e cognitivo. O alimento é

descrito pela cor, forma e quantidade, mas há apenas uma habilidade limitada de

classificar os alimentos em “grupos”. Os alimentos tendem a ser classificados como:

“gosto” e “não gosto”. Os alimentos podem ser identificados como “bom para você”,

mas as razões são desconhecidas ou equivocadas.

Materiais, Métodos e Técnicas Utilizados: Brinquedos de educação infantil e jogos de

alfabetização adaptados ao tema da alimentação.

Objetivos: Utilizar o momento de descoberta dos números e das letras para aumentar o

vocabulário e o conhecimento com relação aos alimentos.

A premissa de que qualquer conteúdo pode ser ensinado a qualquer criança de

qualquer idade, desde que respeitadas as formas de pensar do sujeito que aprende

envolve uma concepção de aprendizagem que privilegia a exploração e solução de

problemas (Kishimoto, 2002ª. pág. 143).

Materiais, métodos e técnicas utilizados na Unidade Didática I (Figura 3): jogo código

alimentos (código: EI 17); jogo a beabá dos alimentos (EI 8) e jogo quebra-gelo

(código: JA 3).

Exemplo de socialização e interação com os objetos de aprendizagem:

Aluna M: simulou uma criança escrevendo chuchu e, ao mesmo tempo,

representando o papel de uma professora (Figura 4), perguntou: qual é a

próxima letra? Em seguida ela fez uma indagação aos colegas: quando

comemos chuchu? Os colegas responderam: No almoço! Então, ela disse:

isso mesmo! Ela continuou procurando por outro alimento e mostrou a

figura de uma cenoura e assim repetiu o mesmo feito anteriormente.

Page 38: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

36

Figura 4 – Brincando de professora

Fonte: Elaborada pela autora

Alunos com mais facilidade de comunicação acabam sendo como os líderes do

grupo. Neste caso coube ao educador manter a proposta do trabalho, justificando a

importância daqueles materiais didáticos naquela faixa etária, dando exemplos de

sucesso e de como eles já foram trabalhados em outros locais de ensino.

Exemplo de ação mediada:

A professora perguntou se os alunos conheciam o “quebra-gelo” (Figura5), um

jogo adaptado que possui figuras variadas de alimentos de todos os grupos. A aluna C,

respondeu: conheço, mas com só com gelo. Então, a professora continuou: este é o

quebra-gelo diferente, com alimentos. Em seguida perguntou aos alunos: como é que

vocês podem trabalhar a avaliação com crianças? A palavra avaliação já fez com que a

aluna pensasse em uma pergunta a se fazer para a criança e respondeu: o que ela gosta,

ou não gosta? A professora voltou a fazer a reflexão sobre a tendência de se falar gosto,

não gosto, bom e mau. E então, a aluna tentou outra pergunta: qual é o alimento mais

colorido? E a professora respondeu: boa! Após as perguntas, a professora deu algumas

sugestões, como por exemplo: um alimento que você come no café da manhã, alimentos

que conhece dos que estão nas figuras, enfim: trabalhar o vocabulário da criança.

Page 39: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

37

Figura 5 – Quebra-gelo

Fonte: Elaborada pela autora

Exemplo de socialização e interação com os objetos de aprendizagem e ação mediada:

Aluna S: Em um dos jogos de alfabetização uma aluna pegou o quadro de

código alimentar, onde deve juntar letras para montar uma frase e

perguntou: Não entendi, é só isso? A professora respondeu que deve-se

aproveitar o momento da criança, do letramento, da vontade de aprender a

escrever, para aumentar seu vocabulário sobre alimentação. A aluna

continuou (ansiosa): mas seria melhor se escrevesse uma palavra e a

professora respondeu: sim! Vai escrever uma palavra e uma frase em cada

um dos quadros.

A professora disse: sabe aquela fase em que a criança lê qualquer outdoor que vê

pela frente? A aluna complementou: começa aquela brincadeira de ler placa de carro...

Então, complementou a professora: é nesta fase do letramento que utilizamos estes

jogos de alfabetização.

Page 40: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

38

4.3.3 MESA 3 – Período de desenvolvimento: Organização das operações (sete aos

onze anos)

Características Cognitivas: A criança pode enfocar vários aspectos de uma situação

simultaneamente. O raciocínio de causa/efeito se torna mais racional e sistemático. A

capacidade de classificar, reclassificar e generalizar emerge. Uma diminuição no

egocentrismo permite que a criança tenha uma outra visão sobre a sua alimentação.

Relações com Alimentação e Nutrição: Há uma percepção inicial de que os alimentos

nutritivos possuem um efeito positivo sobre o crescimento e saúde, mas a compreensão

de como ou porque ocorre é limitada.As horas de refeição adquirem um significado

social.

Materiais, Métodos e Técnicas Utilizados: Jogos de trilha com os grupos de alimentos e

guias alimentares.

Figura 6 – Descobrindo os Grupos de Alimentos

Fonte: Elaborada pela autora

Objetivos: Apresentar os grupos de alimentos desmistificando a idéia de que os

alimentos só podem ser divididos em duas categorias: bons e maus.

Page 41: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

39

A transformação é processo de internalização que reorganiza a informação

dentro da estrutura de idéias disponíveis e a avaliação representa sua compatibilidade e

possibilidade de expressão. (...) Não há geração espontânea de informação (Kishimoto,

2002ª. pág. 144).

Materiais, métodos e técnicas utilizados na Unidade Didática I: (Figura 6): bingo

(código: BI 1); pirâmide dos alimentos brasileira (código: PI 30) e jogo comercial

Come-bem® (código: C 31).

Quando o nível de complexidade começou a aumentar os alunos perguntavam

mais. Sobre os jogos do guia alimentar elas perguntavam se ele era só para a criança ter

uma referência. A professora explicou sobre esta ser uma fase onde já se pode trabalhar

o conceito de grupos de alimentos e porções. Ela complementou, lembrando conceitos

esquecidos pelos alunos: das diferenças entre os guias alimentares brasileiros e

americanos. A partir desta fase, tornou-se ainda mais difícil dissociar mediação,

socialização e a interação dos alunos com os objetos de aprendizagem.

Exemplo de socialização, interação com os objetos de aprendizagem e ação mediada:

Aluna C: disse que um dos jogos era mais complicadinho: _ porque o aluno

tem que pensar! A professora lembrou qual é a faixa de idade (entre 7 e 11

anos) e incentivou os alunos simularem o jogo. Exemplo de uma das

perguntas de múltipla escolha: qual é o mineral necessário para manter os

ossos fortes? Ferro, Sódio, Cálcio ou Magnésio. A professora, nesse caso,

teve que intervir para motivar os alunos a iniciarem o jogo e continuou no

grupo fazendo muitos comentários. Mostrou um jogo comercial Come-

bem fez um comentário crítico, dizendo: este era um jogo tipo banco

imobiliário e o problema de trabalhar com valores era que a criança podia

ficar interessada apenas no dinheiro sem valorizar o alimento. A professora

reafirmou sua opinião sobre o jogo, falando que ele deveria usar termos

mais corretos como: o indivíduo tem diabete e não é diabético, lembrando

que deveriam ter um olhar mais crítico e que, sem a presença de um

nutricionista, ou de um pai, para coordenar o jogo educativo, acabam

virando uma brincadeira qualquer.

Page 42: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

40

Exemplo de socialização, interação com os objetos de aprendizagem e ação mediada:

No jogo do bingo, quando não houve a interferência do professor para explicar

que um material educativo não pode servir apenas como entretenimento – os alunos

apenas tiravam a figura do alimento do saquinho e marcavam na cartela do bingo sem

fazer qualquer comentário a respeito do alimento ou do grupo ao qual aquele alimento

pertencia.

Para outro grupo a professora teve a oportunidade de explicar como se deve

trabalhar com o bingo como material educativo em nutrição, sem falar diretamente o

nome do alimento. A professora comentou: falar antes das características dos alimentos,

do grupo ao qual pertence aquele alimento e outras características específicas do

mesmo, para que a criança participe de maneira mais interativa do jogo.

4.3.4 MESA 4 – Período de desenvolvimento: Operações formais (a partir de onze

anos)

Características Cognitivas: Os pensamentos hipotéticos e abstratos se expandem. A

compreensão da criança dos processos teóricos e científicos se aprofunda.

Figura 7 – Conteúdo e Grau de Complexidade

Fonte: Eaborada pela autora

Page 43: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

41

Relações com Alimentação e Nutrição: O conceito de nutrientes a partir do

funcionamento dos alimentos em níveis fisiológicos e bioquímicos pode ser

compreendido. Os conflitos na realização de escolha de alimentos podem ser percebidos

(ou seja, o conhecimento de valor nutritivo dos alimentos pode conflitar com as

preferências e influências não nutritivas).

Materiais, Métodos e Técnicas Utilizados: Jogos de desafio com ênfase nos nutrientes e

na fisiologia.

Objetivos: Aproveitar a fase de grande desenvolvimento intelectual para o ensino de

conceitos de maior complexidade.

O prazer e a motivação iniciam o processo de construção do conhecimento, que

deve prosseguir com sua sistematização, sem a qual não se pode adquirir conceitos

significativos. É o que Bruner (1978) chama pensamento intuitivo analítico, ou mais

recentemente (1996), raciocínio narrativo e lógico-científico (Kishimoto, 2002ª. pág.

144).

Materiais, métodos e técnicas utilizados na Unidade Didática I (Figura 7): jogo trunfo

(código: T 3); jogo conhecendo os alimentos (código: DE 19) e jogo mundo dos mitos

(código; DE 40).

Exemplo de socialização, interação com os objetos de aprendizagem:

Nesta mesa os alunos passaram logo a fazer as perguntas do primeiro jogo que

pegavam. (Figura 8).

Aluna D - Perguntou: São componentes dos alimentos, responsáveis pelo

fornecimento de energia, vitaminas, saciedade ao organismo e produção de

hormônios?

Aluna L – Respondeu: Fibras

Os outros (três que estão fora do jogo) dão risada e a aluna corrigi, dizendo:

lipídio. Já errou! Falou porque quis!

Page 44: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

42

Aluna D - Perguntou: São componentes dos alimentos que fornecem a

grande parte da energia necessária para o crescimento. O desenvolvimento e

a manutenção da nossa saúde.

Aluna L – Respondeu: Carboidrato:

Os outros comemoram.

Figura 8 – Resgatando o conhecimento

Fonte: Elaborada pela autora

Exemplo de ação mediada:

No jogo do trunfo, por exemplo, houve novamente a interferência do professor

para explicar que um material educativo não pode servir apenas como entretenimento. O

nutricionista deve lembrar quais são os alimentos que ganharam pelo valor maior para

que não signifique apenas uma competição de números.

Exemplo de ação mediada:

Page 45: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

43

Algumas perguntas do jogo de trilha mostraram-se tolas ou sem sentido e assim,

houve uma análise crítica do uso desse material para sua reutilização ou não. É

importante fazer com que os alunos desenvolvam esta visão crítica tendo contato com

uma variedade de materiais, tendo o cuidado para não haver uma banalização do

conteúdo científico trabalhado. Um exemplo de pergunta do jogo “conhecendo melhor o

seu corpo”, por exemplo, na pergunta: deve-se consumir de 5 a 9 vezes ao dia, pois são

a base da nossa alimentação, compreendem as massas e os pães em geral? O aluno

respondeu o nome do nutriente, que é o carboidrato, o que não era a resposta esperada.

Neste caso a pergunta já estava respondendo: massas e pães, o que acabou confundindo.

A pergunta estava mal formulada.

Exemplo de ação mediada:

O outro jogo de desafio, Conhecendo os Alimentos, trouxe perguntas como: cite

um alimento rico em potássio: a aluna respondeu: maracujá e na resposta estava:

banana. Surgiu uma discussão de que todo mundo só pensa na banana quando pensa na

fonte de potássio e que existem muitos outros alimentos ainda mais ricos em potássio.

Continuaram a discussão de que não existia uma só uma resposta para este tipo de

pergunta e que o nutricionista devia ter o conhecimento de alimentos fonte para se

trabalhar bem os conceitos, através de jogos educativos.

Como forma de descontração, no final da unidade didática da noite, o

cameraman foi convidado a participar do jogo: mundo dos mitos e ele, além de ter

participado com bom humor, acertou a pergunta que lhe foi feita.

Page 46: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

44

Figura 9 – Teatro na Educação Infantil

Fonte: Elaborada pela autora

No final da unidade didática houve a apresentação de um teatro (Figura 9)

baseado em áudio de CD Brincando com os Alimentos (código: C 34), com o tema:

Café da manhã com Pão e Energia, onde os alunos se dispuseram a participar mesmo

sem um ensaio prévio. Como o CD possuia áudio, com um menino, uma menina e um

pão falando sobre a importância do café da manhã foi fácil selecionar duas voluntárias

para participar da atividade. Os outros alunos assistiram atentos e bateram palmas com

entusiasmo após a apresentação.

Compreendendo a atividade lúdica como um instrumento para o processo de

desenvolvimento e aprendizagem, percebemos que o conhecimento; as vivências e o

sentido lúdico, associados ao saber científico repassados aos nutricionistas em

formação, passa a atender uma necessidade de uma qualificação relacional com o

público-alvo, constituindo-se uma tríade composta, que inclui, além da formação

pessoal, a formação pedagógica e a formação teórica (Monteiro, 2008).

Page 47: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

45

4.4 Análise dos Questionários – Avaliação Formativa

O objetivo deste segundo questionário foi o de avaliar a preparação dos alunos

após a participação dos mesmos na unidade didática I. 51 alunos responderam o

questionário, sendo quatro a menos que na avaliação diagnóstica.

1) Você se sente mais preparado para ensinar sobre a importância de uma

alimentação saudável após a participação na Unidade Didática por faixas etárias?

89% dos alunos se sentiram mais preparados para ensinar sobre a importância de

uma alimentação saudável, após a participação na Unidade Didática. Houve 28

contários entre eles:

− Me sinto (sic) mais preparada porque pude ver que podemos ensinar

brincando (aluna – turma manhã);

− Aprendi a adaptar materiais didáticos à Educação Nutricional (aluna – turma

manhã);

− Aprendi a identificar os materiais e métodos disponíveis para cada faixa etária

(aluna – turma noite);

− Consegui melhorar meu entendimento com relação aos tipos de didáticas para

cada faixa etária (aluna – turma noite).

A comprovação de que o jogo facilitou a aprendizagem reforça a Teoria de

Vigotsky no que diz respeito à criação da Zona de Desenvolvimento Proximal e

corrobora com demais pesquisas na área. Beltrami (1996); Campos (2003) e Pedroso

(2009)

2) Das faixas etárias abaixo, qual ou quais você acha que apresenta os materiais

apropriados?

De acordo com as mesas que compõem a Unidade Didática marque 1 na que

você considerou a melhor, 2 na segunda melhor e assim por diante até o número 4.

Page 48: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

46

Um dos questionários foi anulado, pois marcou números repetidos para a

avaliação da melhor para pior mesa.

Gráfico 2 – Qualificação das mesas pelos alunos

Fonte: Elaborada pela autora

Como pode ser visto na distribuição do gráfico acima, a mesa escolhida pela

maioria, como era o esperado foi aquela com o conteúdo de maior dificuldade cognitiva,

ou seja, a mesa 4 – A partir de 11 anos, onde puderam interagir mais com os jogos

apresentados.

Beltrami (1996) quando discute Claparède lembra que a motivação é interior e

não exterior. Nesta perspectiva a força pedagógica advinda da necessidade de quem

busca resolver problemas é mais eficiente do que o exercício da sedução externa e que,

talvez por isso, os alunos tenham avaliado melhor a mesa em que se sentiram mais

desafiados.

3) Pode relatar uma situação em que descobriu algo que não sabia durante sua

participação na Unidade Didática?

MESA 1 MESA 2 MESA 3 MESA 4

Ótima

Boa

Intermediária

Ruim

Page 49: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

47

Ao relatar algo que não sabiam durante sua participação na aula alguns

escreveram como resposta, questões diversas dos jogos, ou os objetos de aprendizagem

a que estavam sendo apresentados, refletindo que houve um momento de aprendizagem

de conteúdo científico muito amplo, como por exemplo:

Com relação aos objetos de aprendizagem:

− Descobri como a didática adotada pode facilitar o processo de aprendizagem

além de muito interessante (aluna – turma manhã);

− Não imaginei que havia tantas formas práticas de ensinar a nutrição, baseado

nos jogos. Além disso, achei que a teoria de Piaget ajudou a adequar os jogos

às idades (aluna – turma manhã);

− Como é prazeroso ensinar nutrição através de jogos e brincadeiras (aluna –

turma noite);

− Que a idéia de certo e errado é tão forte na cabeça das pessoas e a divisão

correta de como atingir determinada faixa etária (aluna – turma noite).

Com relação aos conteúdos de nutrição:

− Não sabia que o adoçante não pode ser consumido por mulheres grávidas

(aluna – turma manhã);

− Que quem pratica atividade física de até 1 hora não precisa consumir bebidas

isotônicas (aluno – turma manhã);

− As quantidades de nutrientes de alguns alimentos em relação com o outro

(aluna – turma noite);

− A parte que fala de mito e verdade (aluno – turma noite). (ANEXO 3)

Apesar das declarações acima e de outras não referenciadas outros 26 alunos

(51%) deixaram em branco a questão ou não quiseram relatar as mudanças ocorridas

após a Unidade Didática. Cabe lembrar que, apesar de estarem empenhados em ajudar

na pesquisa, os alunos quase sempre estão sobrecarregados ao término de uma aula.

4) Na sua opinião, a Teoria de Piaget (de forma resumida – colocada sobre as

mesas) facilitou a adequação dos materiais didáticos às faixas etárias?

Page 50: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

48

Na opinião da maioria dos alunos (91%), a teoria de Piaget adaptada colocada

nas mesas, por faixa etária, facilitou a adequação e o entendimento dos materiais

didáticos às faixas etárias.

5) Você estudou ou leu a referencial teórico antes da aula prática?

Mesmo sendo sugeridos a esta leitura via sistema on-line uma semana antes da

aula, apenas 18 alunos leram o referencial teórico de Piaget com antecedência.

6) Gostaria de conhecer a próxima Unidade Didática que distribui os materiais

didáticos por nível de dificuldade dos conteúdos trabalhados na ciência da

nutrição?

Todos os alunos, sem exceção marcaram como resposta que gostariam de

conhecer a próxima Unidade Didática com objetos de aprendizagem por nível de

dificuldade.

4.5 Continuidade do Projeto de Aprendizagem através de Unidades

Sociointeracionistas – Unidade Didática II

Como na avaliação formativa os alunos foram questionados se gostariam de

conhecer a próxima Unidade Didática que distribui os objetos de aprendizagem por

nível de dificuldade dos conteúdos trabalhados na ciência da nutrição, apresenta-se

neste trabalho outra possibilidade de ensino-aprendizagem para estudantes de nutrição.

A escolha dos materiais didáticos tendo como foco graduandos em nutrição

foca-se nas grandes áreas de formação do curso de nutrição com conteúdos de maior

nível de dificuldade para motivar aos alunos à participação. É colocado apenas um jogo

em cada mesa com o objetivo de que os alunos não só façam uma avaliação crítica dos

objetos de aprendizagem e sim, pelo menos durante o tempo de 15 a 20 minutos,

entendam as regras e envolvam-se mais com o processo.

Um segundo exemplo de Unidade Didática trabalhado com alunos do sexto

período do curso de Nutrição foi o seguinte:

Page 51: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

49

4.5.1 MESA 1 - Jogo de Dietoterapia (Classificação – Jogo de desafio)

Na avaliação dos alunos com relação ao jogo de dietoterapia (ANEXO – 4),

proposto na segunda Unidade Didática, o resultado com relação à carga cognitiva, nível

de esforço após entendimento das instruções e motivação para o jogo estão

representados no gráfico abaixo:

Gráfico 3 – Avaliação do Jogo de Dietoterapia

0

10

20

30

40

50

60

70

Carga cognitiva Nível de esforço para o entendimento dasinstruções

Motivação para o jogo

Núm

ero

de a

luno

s

Baixa(o)

Média(o)

Alta(o)

Fonte: Elaborada pela autora

Durante as aulas práticas onde esse jogo (Figura 10) foi apresentado desde a

inauguração do laboratório, os alunos podiam separar as perguntas questionáveis do

ponto de vista científico ou que, por ventura, encontravam-se desatualizadas. A

utilização da problematização como estratégia de ensino e aprendizagem em educação

nutricional já se encontra referenciada em trabalhos com adolescentes obesos de

Rodrigues e Boog (2006).

Das 44 perguntas, apenas 9 foram separadas para serem questionadas, entre elas

uma por poder usar um termo mais atual e a outra por apresentar uma resposta

incompleta.

Page 52: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

50

Exemplo 1:

36ª. Alimentos ou suplementos microbianos que podem ser usados para

alterar ou restabelecer a flora intestinal e melhorar a saúde do hospedeiro.

No lugar de flora, o mais correto seria microbiota intestinal.

Exemplo 2:

37ª. Qual o objetivo da Triagem Nutricional?

R. Identificar problemas nutricionais e fatores de risco.

Estabelecer prioridade no atendimento hospitalar.

Figura 10 – Jogo de equipe com conteúdo de Dietoterapia

Fonte: Elaborada pela autora

Page 53: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

51

4.5.2 MESA 2 - Jogo do Dicionário Médico (Classificação – Jogos adaptados)

No jogo apresentado na mesa 2 (Figura 11) da segunda Unidade Didática

(ANEXO – 5), os alunos não fizeram qualquer interpretação ou interferência no

conteúdo apresentado, já que as definições são trazidas de um dicionário médico.

Como professora, coloco aqui algumas dúvidas com relação a alguns destes

termos usado na clínica médica e que poderiam ser revistos, são eles:

Antagonista – Droga que neutraliza os efeitos de outra droga.

Comentário: Não há só drogas antagonistas, existem também músculos

antagonistas.

Enterorragia – Eliminação de sangue vivo pelo ânus.

Comentário: Existe sangue morto?

Ataxia – Incoordenação motora.

Comentário: Falta de coordenação motora parece mais apropriado.

A avaliação dos alunos encontra-se representada da seguinte forma:

Gráfico 4 – Avaliação do Jogo Dicionário Médico

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

Carga cognitiva Nível de esforço para o entendimento dasinstruções

Motivação para o jogo

Núm

ero

de a

luno

s

Baixa(o)

Média(o)

Alta(o)

Fonte: Elaborada pela autora

Page 54: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

52

Figura 11 – Jogo adaptado de Dicionário Médico para Nutrição Clínica

Fonte: Elaborada pela autora

4.5.3 MESA 3 - Jogo de Parasitotogia (Classificação – Jogo de desafio)

Como prova da continuidade do processo de elaboração dos materiais didáticos,

esta dissertação proporcionou o resgate do contato de uma ex-aluna do Curso de

Nutrição que havia feito o Jogo de Parasitologia (ANEXO – 6). O diálogo, ocorrido de

19 a 25 de Abril de 2009, demonstrou como o ensino também pressupõem a

aprendizagem com relação aos conteúdos trabalhados pelos alunos em todas as

disciplinas do Curso.

No exemplo abaixo, depois de alguns e-mails trocados para tirar algumas

dúvidas com relação ao jogo (Figura 12), a aluna sugeriu que a professora fosse direto à

fonte, coisa que fazemos cotidianamente no ambiente acadêmico com os nossos alunos.

Professora escreveu:

Já digitei a trilha e estou no envelope dos desenhos. Você teria a imagem do

Enterobios vermiculares e do Toxoplasma gondii?

Page 55: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

53

Também estou em dúvida se o nome da mosca é homunis ou hominis?

Essa tal de Parasito é difícil, né? Estou gostando e aprendendo muito.

Beijo e obrigada,

Maria Rita.

Resposta da aluna:

A parasito não é dificil não, foi umas das matérias que eu achei mais fáceis,

a única que eu não precisava morrer de estudar pra prova kkkkk.

“Se vc tiver com muita dúvida pode pegar o livro de Parasitologia Básica da

Thelminha, e o Parasitologia Humana do David Pereira Neves ele é mais

completo.” [Grifo meu.]

O nome da mosca é Dermatobia hominis, Enterobius vermiculares.

Que Deus te abençoe!!!!

Pode-se reparar que a aluna, além de enviar o nome certo da mosca da qual a

professora tinha dúvidas e sugerir a bibliografia, ainda corrigiu a final do primeiro nome

de outro parasita que estava com a grafia errada.

No caso seguinte, a professora pediu para a aluna tirar uma dúvida sobre uma

questão que estava com as respostas erradas.

Professora escreve:

Desculpe-me pelo abuso!

Fiquei com dúvida nesta questão livre porque ela já estava com o número na

frente e é em frente ao desenho do "bichinho"(em anexo).

Obrigada, viu?

Abs,

Maria Rita.

Resposta da aluna:

Page 56: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

54

Num tem problema não, corrigi é isso que da fazer as coisas correndo

kkkkkkkk tenho que corrigir esse jogo, fiz correndo, bem que se diz que a

presa é a inimiga da perfeição kkkkkkkkkkkkk bj

Que Deus te abençoe!!!!

O diálogo descrito acima demonstra a importância de uma revisão prévia antes

que os materiais sejam disponibilizados para os alunos, ou para que eles não saiam do

laboratório antes de uma avaliação, pelo menos da professora da disciplina.

O ideal seria que cada jogo pudesse ser avaliado pelo especialista responsável

pelo conteúdo da disciplina no Curso de Nutrição.

O resultado do quiz para o jogo de parasitologia, de acordo com o gráfico

abaixo, foi distribuído da maneira seguinte:

Gráfico 5 – Avaliação do Jogo de Parasitologia

0

10

20

30

40

50

60

Carga cognitiva Nível de esforço para o entendimento dasinstruções

Motivação para o jogo

Núm

ero

de a

luno

s

Baixa(o)

Média(o)

Alta(o)

Fonte: Elaborada pela autora

Page 57: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

55

Figura 12 – Trilha de Parasitologia

Fonte: Elaborada pela autora

4.5.4 MESA 4 - Jogo das Vitaminas do Complexo B (Classificação – Jogo de desafio)

A complexidade do conteúdo do Jogo das Vitaminas do Complexo B (ANEXO -

7) fez com que os alunos se envolvessem muito com a dinâmica do mesmo.

A professora sugeriu que os alunos iniciassem o desafio pelas perguntas mais

fáceis para incentivar os colegas a descobrir mais sobre a vitamina em questão.

As regras do jogo (Figura 13) e a Ingestão Diária Recomendada (RDA) foram

atualizadas para os valores estabelecidos Recomendação de Ingestão de Nutrientes

(RNI) pela FAO/ WHO. Nas regras feitas inicialmente, não havia uma referência

científica.

A classificação de carga cognitiva, nível de esforço para o entendimento das

instruções e motivação está demonstrado no gráfico abaixo:

Page 58: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

56

Gráfico 6 – Avaliação do Jogo das Vitaminas do Complexo B

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Carga cognitiva Nível de esforço para o entendimento dasinstruções

Motivação para o jogo

Núm

ero

de a

luno

s

Baixa(o)

Média(o)

Alta(o)

Fonte: Elaborada pela autora

Normalmente os alunos chegam para a segunda Unidade Didática de jogos mais

específicos, mais animados. Ora pelo fato de que já saberem que têm um tempo maior

para cada jogo e poderem aproveitar para conhecer um pouco mais os objetos de

aprendizagem disponíveis, ora por participarem mais com os desafios apresentados.

Notou-se que quando o aluno tem interesse no assunto abordado, sua atenção e o

empenho do grupo em ajudá-lo a encontrar a resposta são muito satisfatórios, e isto

pode ajudar na fixação de conceitos antes difíceis de serem transmitidos. Esse dado

condiz com estudo de Stoffel & Bracalhão (sem data) onde, através de espaço de

diálogo espontâneo de formação para o ensino da sexualidade humana de acordo com as

necessidades dos alunos, reforçam o papel do professor na organização e no

direcionamento das atividades, para um maior envolvimento dos mesmos. Segundo eles:

“O jogo pode ser considerado uma estratégia que estimula o raciocínio, levando o aluno

a enfrentar situações conflitantes relacionadas com o seu cotidiano.”

Geralmente, os alunos queriam começar a jogar sem ler as regras do jogo. Em

outros momentos a competição tornava-se mais importante que o conteúdo que estava

sendo discutido no jogo.

Page 59: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

57

O papel do professor como mediador foi fazer com que a interação com os

objetos de aprendizagem não culminasse numa brincadeira sem regras.

Figura 13 – Jogo de desafio das Vitaminas do Complexo B

Fonte: Elaborada pela autora

Page 60: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

58

5 Considerações Finais

A proposta de exercitar a criatividade dos alunos considerada ao longo dessa

dissertação teve como objetivo: demonstrar que o trabalho de conteúdos em Unidades

Didáticas de forma lúdica possibilita; ensinar os vários temas relacionados à

alimentação humana, facilitando e humanizando o ensino da nutrição não apenas para

os nutricionistas, mas para os professores e educadores que trabalham a saúde como

tema transversal em sala de aula.

Com a realização dessa dissertação foi possível, além de categorizar os jogos

comerciais e os jogos criados por graduandos em nutrição de um Centro Universitário,

socializar a utilização dos mesmos através da disponibilização do mesmo no site da

instituição e criar um folheto com o referencial teórico de Piaget para divulgação do

ensino da nutrição para professores e educadores em saúde.

Constatou-se com esse trabalho, que a construção de Unidades Didáticas para o

ensino de nutrição, através dos objetos de aprendizagem do Laboratório de Educação

Nutricional, possibilita o aprendizado lúdico e prazeroso de conteúdos diversos da

Ciência da Nutrição.

Através da uma análise sociointerativa, observou-se que a disposição dos grupos

em quatro mesas proporcionou maior interação entre os alunos durante o contato com os

jogos, fazendo com que conhecimentos prévios fossem discutidos no grupo.

Embora não fosse objetivo do trabalho fazer uma avaliação cognitiva específica

dos jogos, constatou-se que o processo ensino-aprendizagem ocorreu de maneira lúdica

e interativa durante as duas aulas práticas.

Com relação aos seus conteúdos, muitos trabalhos continuam sendo construídos

com ênfase no aspecto biológico da alimentação e, nesse caso a mudança de paradigma

não acontecerá sem um trabalho interdisciplinar. A reavaliação constante e crítica dos

objetos de aprendizagem devem ser objetivo principal de toda prática pedagógica em

saúde.

É de suma importância o estudo da base teórica de pesquisas

sociointeracionistas, para que o processo de ensino e aprendizagem aconteça de maneira

clara e segura, possibilitando aos profissionais de saúde uma nova reflexão sobre sua

prática, em programas de Educação Alimentar e Nutricional.

Page 61: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

59

A contribuição desta pesquisa para os trabalhos interdisciplinares de graduação

possibilitará a participação de alunos e professores na construção de objetos de

aprendizagem para o ensino de nutrição.

O folheto informativo da primeira Unidade Didática e o conteúdo online dos

objetos de aprendizagem foram apresentados em separado desta dissertação, para que

não se perdesse o valor visual dos mesmos.

Sugere-se que as pesquisas sobre a utilização de jogos como instrumento de

ensino em nutrição continuem sendo feitas, para que a prática educativa do nutricionista

seja vista de maneira menos crítica e mais prazerosa.

Page 62: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

60

REFERÊNCIAS

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AQUINO, Júlio Groppa. Diálogo com Educadores: o cotidiano escolar interrogado. 1ª. ed. São Paulo: Moderna, 2002.

BELTRAMI, Dalva Marim. O Jogo como mediação do processo ensino aprendizagem em Claparéde. Revista de Educação Física 7/UEM (1):19-23, 1996.

BETTY, Lucas. Nutrição na Infância. In: MAHAN, L.; ESCOTT-STUMP, S. Krause, Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 10ª ed. São Paulo: 2003.

BIZZO, Maria Letícia Galluzzi; LEDER, Lídia. Educação nutricional nos parâmetros curriculares nacionais para o ensino fundamental. Rev. Nutr., Campinas, v. 18, n. 5, Oct. 2005 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext &pid=S1415-52732005000500009&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 10 Jan. 2009.

BOOG, Maria Cristina. Educação Nutricional: passado, presente, futuro. Rev. Nutr., PUCCAMP; 10 (1):5-19, jan.-jun.1997.

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MONTEIRO, Emília Aureliano de Alencar, ET all. Resgate da concepção criativa e humanizada no processo pedagógico da educação nutricional. Revista Brasileira de Nutrição Clínica, São Paulo, v.23, n. 01, jan./mar.2008.

MORIN, Edgar. O Método 4. As idéias, habitat, vida, costumes, organização. Tradução de Jurandir Machado Silva. 4ª.ed. Porto Alegre: Sulina, 2008.

PEDROSO, Carla Vargas. Jogos didáticos no ensino de biologia: uma proposta metodológica baseada em módulo didático. In: IX Congresso Nacional de Educação – EDUCERE, 10, 2009, Paraná, SC. Disponível em: <http://www.pucpr.br/eventos/ educere/educere2009/anais/pdf/2944_1408.pdf>. Acesso em: 13 Jun 2010.

PIAGET, Jean. A Formação do Símbolo na Criança: imitação, jogo, imagem e representação. Tradução de Álvaro Cabral e Christiano Monteiro Oiticica – 3ª.ed. Rio de Janeiro: LTD, 2009.

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THIOLLENT, Michel. Metodologia da Pesquisa-Ação. 16.ed. São Paulo: Cortez, 2008.

VIGOTSKI, Lev Semenovich. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 7ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

WALLON, Henri. A Evolução Psicológica da Criança. [s.d.] ed. Librairie Armand Colin, 1968. Tradução de Ana Maria Bessa. São Paulo: Martins Fontes, 1981.

WERTSCH, James V.; DEL RIO, Pablo; ÁLVARES, Amélia. Estudos socioculturais das mente trad. Maria da Graça Gomes Paiva e André Rossano Teixeira Camargo. Porto Alegre: ArtMed, 1998.

YUS, Rafael. Temas Transversais: Em busca de uma nova escola. 1ª ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.

ZABALA, Antoni. A Prática Educativa – como ensinar. 1ª. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.

Page 66: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

64

Referência específicas dos materiais didáticos comerciais COLEÇÃO FANTASIA DOS VEGETAIS. Ed. Difusão Cultural do Livro. [s.d]

COME-BEM. O Jogo da Nutrição. Responsável Técnico: Ana Cristina Meyer Pires. Nutrigames. [s.d]

FERNANDES, Paulo Dias. As Frutas Mágicas. Erechim, RS: ed. Edelbra. [s.d]

FRANCISCATO, S. J. Programa educativo nutriamigos ®. Bauru, SP: PEN ®, [s.d.] materiais educativos.

HIRSCHBRUCH, M. D.; PEREIRA, R. F. Assim ou assado: Como se alimentar bem, de maneira prática e saudável. São Paulo: CMS Editora, 2000.

MARTINS, C. Nutroclínica ®. Divisão educação e assessoria. Curitiba, PR. [s.d.] materiais educativos.

NEGREIROS, L. Bolochinha: guia de emagrecimento e alimentação saudável. Belo Horizonte: Editora Leitura, 2001.

NUTRILAND. Desafio Hortifruti. Responsável Técnico: Elaine C. Pádua e Eliana M. Zaccarelli. [s.d]

REEDUCAÇÃO ALIMENTAR E QUALIDADE DE VIDA. Direção: Ermelinda Lara. Belo Horizonte. Sete Produções [s.d]. 1 fita de vídeo, VHS, son., color.

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65

APÊNDICE A

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Informações sobre a pesquisa: A PRÁTICA PEDAGÓGICA DA EDUCAÇÃO

NUTRICIONAL: desenvolvimento de metodologia do ensino baseado na socialização.

As respostas a esse questionário serão utilizadas em uma pesquisa na área de Educação.

O pesquisador desde já agradece a sua colaboração e compromete-se a manter a

identidade dos entrevistados no mais absoluto sigilo.

OBJETIVO GERAL Sistematizar uma metodologia de ensino com base na perspectiva sócio-interacionista e

com isso avaliar a utilização de Unidades Didáticas como forma de construção do

conhecimento de maneira coletiva.

METODOLOGIA Aplicação de dois questionários, um para avaliação diagnóstica e outro para avaliação

após a aula prática; Filmagem das duas aulas práticas durante as Unidades Didáticas.

BENEFÍCIOS Incluir o aluno do curso de nutrição na construção de Unidades Didáticas para o ensino

da nutrição.

RISCOS A pesquisa em questão não oferece qualquer risco aos participantes.

Nome do aluno:

_____________________________________________________

Assinatura:

_____________________________________________________

Declaro que expliquei os objetivos deste estudo ao voluntário, dentro dos limites dos

meus conhecimentos científicos.

__________________________________________

Maria Rita Daidone Zica - Pesquisadora responsável

Professor Doutor Francisco Ângelo Coutinho – Orientador da pesquisa / Mestrado em

ensino de Ciências - PUC Minas.

Belo Horizonte, _______de __________________de 2009.

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66

APÊNDICE B

UNIDADE DIDÁTICA I – Avaliação Diagnóstica

1) Existe algum tema em nutrição que você mais goste e que conheça o bastante

para ensiná-lo?

( ) Sim Qual?__________________________________________________

( ) Não

2) Das faixas etárias abaixo, qual ou quais você tem contato na vida pessoal ou

profissional?

Recém-nascido até dois anos ( )

2 a 7 anos ( )

7 a 11 anos ( )

A partir de 11 anos ( )

Não tenho contato com crianças e/ou adolescentes ( )

3) Pode relatar alguma experiência com materiais didáticos para o ensino da

nutrição?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

4) Você conhece a Teoria de Piaget?

( ) Sim

( ) Não

( ) Já ouvi falar...

5) Gostaria de saber sobre as faixas etárias descritas por Piaget e sua relação com

o que a criança aprende sobre alimentação e nutrição em cada uma delas?

( ) Sim

( ) Não

( ) Indiferente

Page 69: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

67

APÊNDICE C

UNIDADE DIDÁTICA I – Avaliação formativa A importância deste segundo questionário é permitir a sistematização da Unidade

Didática no ensino da nutrição. Favor, responda com atenção!

1) Você se sente mais preparado para ensinar sobre a importância de uma

alimentação saudável após a participação na Unidade didática por faixas etárias?

( ) Sim

Eu_____________________________________________________________

( ) Não

Eu_____________________________________________________________

2) Das faixas etárias abaixo, qual ou quais você acha que apresenta os materiais

apropriados?

Mesa 1 - Recém-nascido até dois anos - Jogos de encaixe, teatro, música ( )

Mesa 2 - 2 a 7 anos – Jogos de alfabetização, brinquedos ( )

Mesa 3 - 7 a 11 anos – Jogos de trilha, grupos de alimentos e guias (...)

Mesa 4 - A partir de 11 anos – Trunfo, desafio, sistema digestório ( )

Não acredito que os materiais apresentados facilitem o processo de aprendizagem sobre

alimentação ( )

3) Pode relatar uma situação em que descobriu algo que não sabia durante sua

participação na Unidade Didática?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

4) Na sua opinião, a Teoria de Piaget (de forma resumida – colocada sobre as

mesas) facilitou a adequação dos materiais didáticos às faixas etárias?

( ) Sim

( ) Não

Page 70: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

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5) Você estudou ou leu a referencial teórico antes da aula prática?

( ) Sim

( ) Não

6) Gostaria de conhecer a próxima Unidade Didática que distribui os materiais

didáticos por nível de dificuldade dos conteúdos trabalhados na ciência da

nutrição?

( ) Sim

( ) Não

( ) Indiferente

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APÊNDICE D

UNIDADE DIDÁTICA II – QUIZ

Nome: ____________________________________________________

MESA 1

DIETOTERAPIA

Carga cognitiva – conteúdo: baixa ( ) média ( ) alta ( )

Nível de esforço para o entendimento das instruções: baixo ( ) médio ( ) alto ( )

Motivação para o jogo: baixo ( ) médio ( ) alto ( )

MESA 2

DICIONÁRIO MÉDICO

Carga cognitiva – conteúdo: baixa ( ) média ( ) alta ( )

Nível de esforço para o entendimento das instruções: baixo ( ) médio ( ) alto ( )

Motivação para o jogo: baixo ( ) médio ( ) alto ( )

MESA 3

PARASITOLOGIA

Carga cognitiva – conteúdo: baixa ( ) média ( ) alta ( )

Nível de esforço para o entendimento das instruções: baixo ( ) médio ( ) alto ( )

Motivação para o jogo: baixo ( ) médio ( ) alto ( )

MESA 4

VITAMINAS DO COMPLEXO B

Carga cognitiva – conteúdo: baixa ( ) média ( ) alta ( )

Nível de esforço para o entendimento das instruções: baixo ( ) médio ( ) alto ( )

Motivação para o jogo: baixo ( ) médio ( ) alto ( )

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APÊNDICE E

OBJETOS DE APRENDIZAGEM CADASTRADOS

JOGOS DE MESA

JOGO CÓDIGO PÚBLICO ALVO

Baralho Educativo B 1 Acima 12 anos

Baralho Nutrição B 2 Acima 10 anos

Baralho Nutrikids B 3 Acima 10 anos

Baralho- Jogo da Paciência B 4 Acima 10 anos

Baralho das Pirâmides B 5 Acima 10 anos

Baralho Pif Paf B 7 Acima 7 anos

Baralho Pif Paf dos Alimentos B 8 Acima 6 anos

Baralho Pif Paf da Nutrição B 9 Acima 7 anos

Tapão da Nutrição B 10 Estudante /Nutrição

Burro dos Alimentos B 11 Acima 6 anos

Baralho Nutricional B 12 Acima 6 anos

Nutri Nutri B 13 Acima 7 anos

Jogo dos Grupos Alimentares B 14 Acima 6 anos

JOGOS DE PAREAR

JOGO CÓDIGO PÚBLICO ALVO

Quebra Cabeça Inteligente JP 1 Acima 5 anos

Baralho dos Alimentos JP 2 Acima 6 anos

Quebra Cabeça dos Sais Minerais JP 5 Acima 7 anos

Jogo da Memória JP 6 Acima 10 anos

Memória Saudável JP 7 Acima 10 anos

O que é, O que é dos Alimentos JP 8 Acima 5 anos

Dominó da Pirâmide JP 9 Acima 10 anos

Jogo de Parear JP 11 Acima 10 anos

DAMAS/DOMINÓ

JOGOS DE MESA CÓDIGO PÚBLICO ALVO

Dama Frutas e Legumes DA 1 Acima 7 anos

Dama DA 2 Acima 6 anos

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Dama DA 3 Acima 6 anos

Dama DA 4 Acima 6 anos

Dama DA 5 Estudante/ Nutrição

Dama Qualidade de Vida DA 6 Acima 7 anos

Dama D 6 Acima 7 anos

Dama DA 7 Acima 7 anos

Dama DA 8 Acima 7 anos

Dama DA 13 Acima 7 anos

DOMINÓ

JOGO CÓDIGO PÚBLICO ALVO

Dominó DO 1 Acima 4 anos

Dominó DO 2 Acima 4 anos

Dominó DO 3 Acima 4 anos

Dominó DO 4 Acima 4 anos

Dominó das frutas DO 5 Acima 4 anos

Dominó DO 6 Acima 4 anos

Dominó DO 7 Acima 4 anos

Dominó DO 8 4 a 6 anos

Dominó Educativo DO 9 Acima 6 anos

Dominó das Frutas DO 10 Acima 4 anos

Dominó DO 11 Acima 4 anos

Dominó das frutas DO 12 Acima 4 anos

Dominó D 12 Acima 4 anos

Dominó dos alimentos DO 13 Acima 4 anos

Dominó de Madeira D 14 Acima 4 anos

Dominó da Boa Alimentação DO 14 Acima 6 anos

MICO

JOGO CÓDIGO PÚBLICO ALVO

Jogo do Mico MI 1 Acima 5 anos

Jogo do Mico- Nutrição MI 2 Acima 7 anos

Mico da Saúde MI 3 Acima 4 anos

Jogo do Mico e Seus Alimentos MI 4 Acima 10 anos

Jogo do Mico MI 5 Acima 6 anos

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QUEBRA CABEÇA

JOGO CÓDIGO PÚBLICO ALVO

Quebra Cabeça Q 1 Acima 6 anos

Quebra Cabeça Q 2 Acima 5 anos

Quebra Cabeça Q 3 Acima 8 anos

Quebra Cabeça Q 4 Acima 6 anos

Quebra Cabeça Q 5 Acima 6 anos

Quebra Cabeça da alimentação Q 6 2 à 5 anos

Jogo do Quebra Cabeça Q 7 Acima 10 anos

Quebra Cabeça QC 7 Adulto/Infantil

Quebra Cabeça QC 8 2 à 6 anos

Quebra Cabeça para Idosos QC 9 Idosos

TRUNFO

JOGO CÓDIGO PÚBLICO ALVO

Jogo do Trunfo T 1 Acima 7 anos

Jogo do Trunfo T 2 Acima 7 anos

Jogo do Trunfo T 3 Acima 7 anos

Jogo do Trunfo T 4 Acima 7 anos

Jogo do Trunfo T 5 Acima 12 anos

MEMÓRIA

JOGO CÓDIGO PÚBLICO ALVO

Memória dos Alimentos M 2 Acima 6 anos

Memória da Alimentação M 4 Acima 5 anos

Memória dos Alimentos III M 5 Acima 5 anos

Memória da Vida Saudável M 6 Acima 6 anos

Memória da Nutrição M 7 Acima 6 anos

Jogo da memória educativo M 9 Acima 10 anos

Memória Educativa M 10 Acima 4 anos

Gaveta das Memórias M 11 Acima 4 anos

Memória dos Alimentos VI M 12 Acima 5 anos

Memória da Nutrição II M 13 Acima 5 anos

Page 75: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

73

Memória dos Alimentos M 14 Acima 5 anos

Jogo da Nutrição M 15 Adolescentes

Memória das Frutas M 16 Acima 3 anos

Memo Nutri M 17 Acima 5 anos

Memória dos alimentos M 18 Acima 4 anos

Jogo da Memória M 19 Acima 8 anos

Jogo da Memória da Pirâmide Alimentar M 20 Acima 7 anos

Jogo da Memória Saudável M 21 Acima 8 anos

Jogo da Memória Nutrieducativo M 22 Acima 6 anos

Jogo da Memória M 23 Adolescentes

Nutri Game M 24 Acima 7 anos

Jogo Nutri-Memória M 25 Acima 5 anos

Memória M 26 Acima 4 anos

Jogo da Memória das frutas M 27 Acima 4 anos

Jogo da Memória M 28 Acima 4 anos

Jogo da Memória M 30 Acima 4 anos

Jogo da Memória Verduras e Legumes M 31 Acima 4 anos

Jogo da Memória Frutas M 32 Acima 4 anos

Jogo da Memória Nutri Amigos M 33 Acima 2 anos

Jogo da Memória Wo Sober M 34 Acima 4 anos

Memória dos Nutrientes M 35 Acima 4 anos

QUEBRA CABEÇA DE PIRÂMIDE

JOGO CÓDIGO PÚBLICO ALVO

Quebra Cabeça QP 1 Acima 6 anos

Quebra Cabeça QP 2 Est. Nutrição

Quebra Cabeça QP 3 Acima 6 anos

Quebra Cabeça QP 4 Acima 6 anos

Quebra Cabeça QP 5 Acima 6 anos

Quebra Cabeça QP 6 Acima 6 anos

Quebra Cabeça QP 7 Acima 7 anos

Quebra Cabeça QP 8 Acima 7 anos

Quebra Cabeça QP 9 Acima 10 anos

Quebra Cabeça QP 10 Acima 7 anos

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Quebra Cabeça QP 11 Acima 6 anos

Pirâmide da Saúde QP 12 A, B Acima 5 anos

JOGOS DE DESAFIO

JOGO CÓDIGO PÚBLICO ALVO

Vitaminas Tapão DE 1 Est. Nutrição

Rótulos DE 2 Adolescente/Adulto

Passa ou Repassa I DE 3 Estudante/Nutrição

Responde ou Passa DE 4 Estudante/Nutrição

Campo Minado DE 5 Adolescentes

Master Alimentação DE 6 Adolescentes

Jogo das Calorias DE 7 Adolescentes

Passa ou Repassa II DE 8 Acima 12 anos

Jogo dos Macronutrientes DE 9 Estudante/Nutrição

Jogo da Pirâmide DE 10 Escolar

Labirinto Educativo DE 11 Escolar

Perguntas ou Respostas DE 12 Estudante/Nutrição

Batalha da Nutrição DE 13 Estudante/Nutrição

Jogo da Verdade DE 14 Estudante/Nutrição

Perguntas Caixa de Ovo DE 15 Adultos

Aprenda Mais sobre Nutrição DE 16 Escolar

Nutry Day DE 17 Adultos

O que é? O que é? DE 18 Acima 9 anos

Conhecendo os Alimentos DE 19 Acima 9 anos

Quadrimó DE 20 Infantil

Passa ou Repassa A, B III DE 21 Adultos

Passa ou Repassa IV DE 22 Estudante/Nutrição

Passa ou Repassa V Diabetes DE 23 Estudante/Nutrição

Combate das Calorias DE 24 Estudante/Nutrição

Perfil das Frutas e Hortaliças DE 25 Estudante/Nutrição

Jogo do Peso Ideal DE 26 Estudante/Nutrição

Teste seu Conhecimento DE 27 Estudante/Nutrição

Vitamínica DE 28 Estudante/Nutrição

Jogo das Porções DE 29 Estudante/Nutrição

Page 77: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

75

Roleta DE 30 Estudante/Nutrição

Perguntas e Repostas DE 31 Estudante/Nutrição

Jogo Perguntas e Respostas DE 32 Estudante/Nutrição

Quem Sabe, Sabe! DE 33 Estudante/Nutrição

Roleta Nutricional DE 34 Estudante/Nutrição

Na Mira da Alimentação DE 35 Escolar

Brincando com a Nutrição DE 36 Acima 8 anos

Batalha da Saúde DE 37 Acima 6 anos

O Que a Fruta Tem DE 38 Adultos

Batalha Nutricional DE 39 Escolar

Mundo dos Mitos DE 40 Adultos

Jogo das Vitaminas DE 41 Estudante/Nutrição

Perfil dos Alimentos DE 42 Acima 12 anos

Perfil dos Alimentos II DE 45 Acima 12 anos

Vitaminas Lipossolúveis DE 47 A Escolar

Vitaminas Hidrossolúveis DE 47 B Escolar

O Que a Fruta Tem DE 48 Escolar

Passa ou Repassa DE 49 Escolar

Rótulos DE 50 Adolescente/Adulto

Coração Partido DE 51 Adulto

JOGOS DE GUIAS ALIMENTARES E GRUPOS DE ALIMENTOS

JOGO CÓDIGO PÚBLICO ALVO

Jogo da Pirâmide(2 pirâmides e 1 sacola) PI 1 Escolar

Por Dentro da Pirâmide PI 2 Acima 5 anos

Monte sua Pirâmide PI 3 Infantil

Jogo dos 7 Erros PI 4 Infantil

Grupos Alimentares PI 5 Escolar

Substituição dos Alimentos PI 6 Acima 7 anos

Cada Um no Seu Lugar PI 7 Acima 7 anos

Grupos de Alimentos PI 8 Acima 5 anos

Brincando com a Pirâmide PI 9 Educaçao Infantil

Pirâmide Alimentar PI 10 Acima 5 anos

Pirâmide de Índice Glicêmico PI 11 Acima 12 anos

Page 78: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

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Pirâmide de Feltro Preta PI 12 Acima 10 anos

Pirâmide de Feltro Preta PI 13 Estudante/Nutrição

Pirâmide de Feltro Preta PI 14 Estudante/Nutrição

Jogo Bobeou, Dançou PI 15 Acima 7 anos

Caça Fichas PI 16 Acima 7 anos

Conhecimento Alimentar PI 17 Acima 7 anos

Pirâmide Alimentar- Alimentos de Massinha PI 18 Acima 5 anos

Jogo da Roleta PI 19 Acima 10 anos

Jogo da Alimentação Saudável PI 20 Acima 10 anos

Jogo 3 Pistas PI 21 Acima 12 anos

Jogo da Pirâmide PI 22 Acima 7 anos

Dado da Pirâmide Alimentar PI 23 Acima 10 anos

Jogo da Pirâmide Alimentar PI 24 Adolescente/Adulto

Jornada da Boa Alimentação PI 25 Adolescente/Adulto

Pirâmide Alimentar do Idoso PI 26 Adolescente/Adulto

Pirâmide Odontológica PI 27 Adolescente/Adulto

Pirâmide dos Alimentos Americana PI 28 Adolescente/Adulto

Pirâmide Funcional PI 29 Adolescente/Adulto

Pirâmide dos Alimentos Brasileira(peças dentro da cx)

PI 30 Adolescente/Adulto

Pirâmide Alimentar Ovo-Lacto-Vegetariana PI 31 Adolescente/Adulto

Jogo da Pirâmide Nutri Quis PI 32 Est. Nutrição

Jogo da Pirâmide Vamos as Compras PI 33 8 à 12 anos

Álbum da Pirâmide Alimentar PI 34 Adolescente/Adulto

Pirâmide Tridimencional PI 35 Adolescente/Adulto

JOGOS DE RECREAÇÃO

BINGO CÓDIGO PÚBLICO ALVO

Bingo saudável BI 1 Acima 6 anos

Bingo dos Alimentos BI 2 Acima 6 anos

Bingo da Pirâmide Alimentar BI 3 Acima 7 anos

Bingo das Frutas BI 4 2 a 5 anos

Bingo dos Alimentos BI 5 Acima 7 anos

Bingo dos Alimentos BI 6 Acima 7 anos

Page 79: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

77

Bingo da Nutrição BI 7 Acima 7 anos

Bingo da Nutrição BI 8 Acima 7 anos

Bingo da Nutrição BI 9 Acima 7 anos

JOGOS MICROBIOLOGIA CÓDIGO PÚBLICO ALVO

Manipuladores de Alimentos HI Acima 12 anos

Jogo de Segurança Alimentar H2 a,b,c Funcionários de uma

unidade de alimentação

MATERIAIS DIDÁTICOS PARA DINÂMICAS

FIGURAS DE ALIMENTOS CÓDIGO PÚBLICO ALVO

Figuras de Alimentos FA 1 Acima 4 anos

Figuras de Alimentos FA 2 Todas

Figuras de Alimentos FA 3 Todas

Figuras de Alimentos FA 4 Acima 4 anos

Figuras de Alimentos FA 5 Todas

Figuras de Alimentos FA 6 Acima 5 anos

Figuras de Alimentos FA 7 Todas

Figuras de Alimentos FA 8 Todas

Figuras de Alimentos FA 9 Acima 6 anos

Figuras de Alimentos (Isopor) FA 10 Acima 6 anos

Dado com Figuras de Alimentos 1 FA 11 Todas

Dado com Figuras de Alimentos 2 FA 12 Todas

Figura de Rótulos de Alimentos FA 13 Acima 8 anos

Figuras de Alimentos FA 14 Acima 5 anos

Figuras de Alimentos FA 15 Todas

JOGOS PARA NECESSIDADES ESPECIAIS

JOGO CÓDIGO PÚBLICO ALVO

Gestante (Jogo de Parear) NE 1 Acima 6 anos

Deficiente Visual ( Jogo de Parear) NE 2 A e B Acima 5 anos

Diabéticos e Hipertensos (10 Passos) NE 3 Adolesc./adultos

Nutrição da Gestante NE 4 Gestante

Super Trunfo da Gestante NE 5 Gestante

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Quebra Cabeça- Coração Bom X Coração Ruim NE 6 Adultos

Dinâmica do Elástico NE 7 Adultos

O Jogo da Gestação NE 8 Gestante

Brincando e Entendendo o Diabetes NE 9 Adultos

Jogo Diabetes NE 10 Adultos

Enfoque a Obesidade NE 11 Adultos

Educando pela Boca NE 12 Adultos

Gestação NE 13 Gestante

Adivinha NE 14 Adulto

Coração Preto e Vermelho NE 15 Hipertensão

TEATROS

JOGO CÓDIGO PÚBLICO ALVO

Teatro dos Alimentos TE 1 Acima 4 anos

Teatro dos Alimentos e Frutas TE 2 Acima 4 anos

Teatro das Frutinhas Mágicas TE 3 Acima 4 anos

Teatro dos Fantoches TE 4 Acima 4 anos

Teatro dos Fantoches (Palito) TE 5 Acima 4 anos

Teatro dos Fantoches Animal TE 6 Acima 4 anos

Teatro da Pirâmide Alimentar TE 7 Acima 5 anos

Teatro das Frutas TE 8 Acima 4 anos

Teatro com Fantoches de Verduras TE 9 Acima 4 anos

Jogo "Estou Aqui" TE 10 Acima 4 anos

Teatro das Frutas e Verduras TE 11 Acima 4 anos

Teatro Sítio do Pica Pau Amarelo TE 12 Acima 4 anos

Teatro " Deboches" TE 13 Acima 4 anos

Dramatização de Educação Nutricional TE 14 Acima 4 anos

JOGOS DE TRILHAS

JOGO CÓDIGO PÚBLICO ALVO

Corrida dos Alimentos TR 1 Escolar

Trilha das Maçãs TR 2 Acima 6 anos

Jogo da Saúde TR 3 Infantil

Trilha do Morango TR 4 Estudante/Nutrição

Page 81: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

79

Nutrição em Ação TR 5 Escolar

Corrida Nutritiva TR 6 Adolescentes

Corrida dos Alimentos II TR 7 Escolar

Jogo das Perguntas TR 8 Adolescentes

Corrida Maluca TR 11 Estudante/Nutrição

Nutrição do Esporte TR 12 Estudante/Nutrição

Tabuleiro Alimentar TR 14 Adolescentes

Trilha Fome de Conhecimento TR 15 Ens. Fundamental

Na Trilha da Alimentação TR 16 Acima 7 anos

Jogo da Nutrição TR 17 Adolescentes

Jogo da Pirâmide Alimentar TR 18 Acima 8 anos

A Caminho de uma Alimentação Saudável TR 19 Adolescentes

O Caminho dos Alimentos TR 21 Adolescentes

10 Passos- Materno Infantil TR 22 Acima 6 anos

Trilha da Pirâmide TR 23 Adolescentes

Trilha das Frutas TR 24 Estudante/Nutrição

Pequenique no Parque TR 25 Acima 6 anos

Trilha (em pé) TR 26 Adolescentes

Complete a Pirâmide TR 28 Acima 7 anos

Corrida com a Pirâmide TR 29 Acima 7 anos

Jogo do Tabuleiro TR 31 Estudante/Nutrição

Trilha dos Alimentos TR 32 Acima 6 anos

NutriCompra TR 33 Adolescentes

Comelândia TR 34 Acima 15 anos

A Trilha da Educação Nutricional TR 35 Estudante/Nutrição

Na Trilha da Nutrição TR 38 8 a 12 anos

Criança Saudável TR 39 6 a 12 anos

Tabuleiro das frutas TR 40 9 a 12 anos

Qual é a Fruta? TR 41 Acima 8 anos

Jogo da Vida Saudável TR 42 Acima 7 anos

Circuito da Alimentação TR 43 12 a 16 anos

Parasitologia TR 44 Estudante/Nutrição

Nutrigame TR 45 Estudante/Nutrição

Page 82: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

80

ESPECÍFICOS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL

JOGO CÓDIGO PÚBLICO ALVO

Jogo das Sílabas Nutritivas EI 1 Acima 10 anos

Salada das Sílabas EI 2 Acima 4 anos

Nutrisílabas EI 3 Acima 4 anos

Jogo Pedagógico EI 4 Acima 6 anos

Jogo de Perguntas EI 5 Acima 7 anos

Dado da Alimentação EI 6 Acima 6 anos

Código Alimentos EI 7 Acima 4 anos

O Beabá dos Alimentos EI 8 Acima 4 anos

Na Trilha da Nutrição EI 9 Acima 6 anos

Dominó da Alimentação EI 10 Acima 3 anos

Jogo da Vida Saudável EI 11 Acima 3 anos

Balaios 1 e 2 EI 12 Acima 2 anos

Mais ou Menos Saúde EI 13 Acima 3 anos

Vista de Nutriamigos EI 14 Acima 6 anos

Jogo das Frutas EI 16 Acima 6 anos

Conhecendo seu Corpo EI 17 Adolescentes

Pescando Sílabas EI 18 Acima 6 anos

Dinâmica da Adivinhação(armário5) EI 19 Acima 4 anos

Perfil da Nutrição EI 20 Adolescentes

Bingo dos Alimentos EI 21 Acima 4 anos

Quem Sou Eu? EI 22 Acima 7 anos

Sequência Lógica EI 23 Acima 6 anos

Conhecendo as Frutas EI 24 Acima 5 anos

ABC da Saúde EI 25 Acima 3 anos

Adivinhação das Frutas EI 26 Acima 7 anos

Big Mão EI 27 A,B Acima 6 anos

A,E,I,O,U das Frutas EI 28 Acima 5 anos

Caça aos Pares EI 29 Acima 5 anos

Sopa das Letrinhas EI 30 Acima 4 anos

Quem sou eu? EI 31 7 anos

Alimentando a Mariazinha EI 32 4 a 5 anos

Quem sou eu? II EI 34 7 anos

Page 83: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

81

ABC da Nutrição EI 33 4 a 5 anos

Quem sou eu? EI 34 Acima 7 anos

Salada de Fruta EI 35 Acima de 4 anos

JOGOS DE LETRAMENTO

CRUZADINHAS

JOGO CÓDIGO PÚBLICO ALVO

Cruzadinha da Alimentação I CR 1 Acima 9 anos

Cruzadinha da Alimentação II CR 2 Acima 9 anos

Pirâmide dos Alimentos CR 3 Acima 8 anos

Palavra Cruzada CR 4 Acima 8 anos

JOGOS ADAPTADOS

JOGO CÓDIGO PÚBLICO ALVO

Cara – Cara JA1 Acima 4 anos

Dicionário JA2 Estudantes

Quebra Gelo JA3 Acima 5 anos

Roleta Pirâmide JA4 Estudante/Nutrição

NutriMaster JA5 Estudante/Nutrição

Show do Milhão I JA6 Acima 13 anos

Show da Nutrição JA7 Estudante/Nutrição

Forca I JA8 Acima 7 anos

Jogo da Forca II JA9 Acima 7 anos

Monta Pirâmide JA10 Acima 7 anos

Jogo da Velha JA11 Acima 10 anos

Jogo da Nutrição JA12 Estudante/Nutrição

Nutri Boliche JA13 Adolescentes

Boliche II JA14 Acima 4 anos

Botão I JA15 Acima 6 anos

Botão II JA16 Acima 6 anos

Bingo das Frutas JA17 Acima 5 anos

Bingo da Pirâmide JA18 Acima 6 anos

Tapa Certo JA19 Acima 6 anos

Jogo da Forca III JA20 Acima 8 anos

Page 84: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

82

Jogo da Velha II JA21 Acima 4 anos

Jogo da Velha III JA22 Acima 10 anos

Alimentos e Ação JA23 Acima 8 anos

Perfil Nutricional JA24 Acima 8 anos

Bingo da Alimentação JA25 Acima 6 anos

Nutribol JA26 Acima 6 anos

Jogo da Forca IV JA27 Adolescente/Adulto

Jogo da Forca V JA28 Acima 5 anos

Pizza Maluca JA29 Estudante/Nutrição

Pizzaria Nutritiva JA30 Adolescentes

Adedanha da Nutrição JA31 Acima 10 anos

Pega Varetas Alimentar JA32 Adolescentes

Perfil da Nutrição JA33 Estudante/Nutrição

Jogo da Velha Nutrido JA34 Acima 8 anos

NutriAção JA35 Estudante/Nutrição

Bingo da Pirâmide JA36 Acima 12 anos

Bingo dos Alimentos JA37 Acima 6 anos

Batalha Naval Nutricional JA38 Infantil/Adolescente

Detetive da Alimentação JA39 Acima 12 anos

Perfil dos Alimentos JA40 Acima 12 anos

Qual é a Fruta? JA41 Acima 6 anos

Qual é a Fruta? II JA42 Acima 6 anos

Frutas ao Alvo JA43 Acima 6 anos

Brincadeira da Forca JA44 Acima 6 anos

Jogo da Velha JA45 11 à 20 anos

Verdadeiro ou Falso- Explosão de Conhecimento JA46 Adolescente/Adulto

Jogo de Detetive JA47 Acima 8 anos

Joguinho Caça Palavra JA48 Acima 6 anos

Pescaria JA49 Acima 6 anos

Pescaria (ABCDE) JA50 Acima 6 anos

Jogo do Semáforo JA51 Acima 6 anos

Amarelinha JA52 Acima 6 anos

De Cara com o Alimento JA53 Acima 6 anos

Jogo da Velha (Uva e Morango) JA54 Acima 6 anos

Page 85: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

83

Batalha da Nutrição JA55 Acima 6 anos

Adivinhe quem Sou? JA56 Acima 9 anos

Lince da Nutrição JA57 Acima 6 anos

Boliche JA58 Acima 6 anos

Descobrindo a Alimentação Saudável - Cara a Cara JA59 Acima 6 anos

Pirâmide Alimentar JA60 Acima 6 anos

Perfil da Alimentação JÁ 61 Acima 12 anos

Quem sou eu? (Cara a Cara) JÁ 62 7 a 11 anos

ALMANAQUES

JOGO CÓDIGO PÚBLICO ALVO

Almanaque da Nutrição I AL 1 Pré-escolar

Almanaque da Nutrição II AL 2 Escolar

Caderno de Atividades AL 3 Pré-escolar

O que é, O que é? AL 4 Escolar

JOGOS DE DIGESTÃO

JOGO CÓDIGO PÚBLICO ALVO

Princípios da Digestão e Absorção JD 1 Adolescentes

Jogo da Digestão JD 2 Adolescentes

Jogo da Digestão e Absorção JD 3 Adolescentes

PROBLEMATIZAÇÃO – ANÁLISE DE PROPAGANDAS

CÓDIGO PÚBLICO ALVO

Propaganda do Leite UHT PG 1 Acima 6 anos

Propaganda do Pão Integral PG 2 Acima 6 anos

CD Propaganda "O Feijão" PG 3 Acima 6 anos

Propaganda Suíno PG 4 Adolescentes

Propaganda " Fibras- Pectina" PG 5 Acima 8 anos

Propaganda Leite Mococa PG 6 Acima 6 anos

CD Propaganda Leguminosas PG 7 Acima 6 anos

CD Propaganda Música de Hortaliças PG 8 Acima 6 anos

Propaganda Resistir Por Que? PG 9 Adolescentes

Propaganda Castanha PG 10 Adolescentes

Page 86: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

84

Propaganda Água PG 11 Adolescentes

Propaganda Nutri e Bela PG 12 Adolescentes

Propaganda As Frutas São Secas PG 13 Acima 12 anos

CD Propaganda Hortaliças PG 14 Adolescentes

Propaganda Consumo Frutas PG 15 Adolescentes

Propaganda Ouro Master PG 16 Acima 6 anos

PG – CD PG 17 Acima 6 anos

MATERIAIS DIDÁTICOS COMERCIAIS

CÓDIGO PÚBLICO ALVO

Vídeo Atividades Nutriamigos® C 1 Acima 5 anos

Cartilha dos Nutriamigos® C 2 Nutricionistas

Jogo da Memória A Nutriamigos® C 3 Acima 5 anos

Jogo da Memória B Nutriamigos® C 4 Acima 5 anos

CD Rom Nutriamigos® I C 5 Acima 5 anos

CD Rom Nutriamigos® II C 6 Acima 5 anos

Calendário Gestação Nutroclínica® C 7 Adulto

Quebra Cabeça Nutroclínica® C 8 Acima 5 anos

Livro Aula Pirâmide de Alimentos I Nutroclínica® C 9 Estudante/Nutrição

Livro Aula Nutrientes II Nutroclínica® C 10 Estudante/Nutrição

Coleção Fantasia dos Vegetais C 11 Acima 6 anos

CD Musical dos Nutriamigos® C 12 Acima 2 anos

Gibi Nutriamigos® C 13 Acima 6 anos

Livro " Verduras Não" – (material extraviado)

Flanerógrafo Nutroclínica® C 15 Nutricionista

Revista "As Frutas Mágicas" C 16 Acima 6 anos

Vídeo "Reeducação Alimentar e Qualidade de Vida" C 17 Nutricionista

Guia Alimentar " Assim ou Assado" C 18 Adulto

Guia Alimentar " Assim ou Assado" C 19 ‘’

Guia Alimentar " Assim ou Assado" C 20 ‘’

Guia Alimentar " Assim ou Assado" C 21 ‘’

Guia Alimentar " Assim ou Assado" C 22 ‘’

Guia Alimentar " Assim ou Assado" C 23 ‘’

Guia Alimentar do Bolachinha C 24 Adolescente

Page 87: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

85

Guia Alimentar do Bolachinha C 25 ‘’

Guia Alimentar do Bolachinha C 26 ‘’

Guia Alimentar do Bolachinha C 27 ‘’

Guia Alimentar do Bolachinha C 28 ‘’

Guia Alimentar do Bolachinha C 29 ‘’

Adivinhe o Que é? C 30 Adolescentes

Come Bem® C 31 Acima 8 anos

Nutriland Desafio Hortifruti C 32 Acima 4 anos

A Força dos Alimentos- Nutriamigos® C 33 Acima 6 anos

CD Brincando com os Alimentos C 34 Acima 2 anos

JOGOS DE INFORMÁTICA

JOGO CÓDIGO PÚBLICO ALVO

Jogos de Informática (2 DCs) I 1 Infantil/Adolescente

Nutriplay - Aprendendo Brincando I 2 Infantil/Adolescente

Jogo da Dona Berenice I 3 Infantil/Adolescente

Colesterol Game I 4 Adolescente

Jogo da Nutrição ( 1 CD) I 5 Infantil/Adolescente

Programa de Educação Nutricional "

Criança Infantil ( CD) I 6 Infantil/Adolescente

Jogo da Nutrição- "O Código Secreto" I 7 Infantil/Adolescente

Jogo " A Escolha é Sua" I 8 Infantil/Adolescente

PROJETOS PEDAGÓGICOS

CÓDIGO PÚBLICO ALVO

Projeto Pedagógico Quebra- Cabeça PP 2 Acima 6 anos

Projeto Pedagógico- Cardápios PP 3 Estudante/Nutrição

Cruzada Nutricional PP 4 Acima 6 anos

Projeto Pedagógico- "Vamos Comprar?" PP 5 Acima 5 anos

Olhometria PP 6

Roleta da Pirâmide PP 7

Jogo Americano PP 8

Jogo Hora Certa PP 9

Roleta dos Alimentos PP 10

Page 88: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

86

Cubo Nutricional Divertido PP 11

VITAMINAS E MINERAIS - VM

CÓDIGO PÚBLICO ALVO

Pega Vitaminas VM 1 A partir 11 anos

Dominó vitamínico VM 2 Adolescentes

Vitaminas: Ação e Saúde VM 3 Estudantes nutrição

Jogo da Forca Vitaminada VM 4 A partir 16 anos

Imagem e Nutrição VM 5 Estudantes nutrição

Jogo de Perguntas - vitaminas VM 6 Adultos

Na trilha das Vitaminas e Minerais VM 7 A partir 10 anos

Dominó Dicionário dos Alimentos VM 8 A partir 6 anos

Prato Vitaminado VM 9 Adolescentes

Cubo colorido VM 10 Pré-vestibular

Mini freezer VM 11 Estudantes nutrição

Jogo Pode x Não Pode VM 12 Estudantes nutrição

PIFNUTRI VM 13 A partir 10 anos

Jogo das Frutas VM 14 Estudantes nutrição

Cartinhas Vitaminadas VM 15 Adolescentes

Dominando as Vitaminas VM 16 Adolescentes

Jogo da Memória fontes de vitaminas e sais minerais VM 17 A partir 10 anos

Super Passa ou Repassa das Vitaminas VM 18 Estudantes nutrição

Twister da Nutrição VM 19 Estudantes nutrição

Vitagame VM 20 Estudantes nutrição

Círculo das Vitaminas VM 21 Estudantes nutrição

Page 89: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

87

APÊNDICE F

Ficha de Empréstimo de Material para Avaliação

FAVOR DEVOLVER ESTA FICHA PREENCHIDA NA DATA DE ENT REGA

DO MATERIAL

Nome:

Descrição do material:

Finalidade:

Data de empréstimo: Data prevista para entrega:

Entrega:

Horário de funcionamento do Laboratório: 2ª. Feira 11h às 12h30h e 13h30 às 15h; 3ª. Feira 17hàs 20h; 4ª. Feira 14h às 17h; 5ª. Feira 13h às 15h e 19h às 20h e 6ª. Feira 13h às 16h

Avaliação do uso do material: Favor anotar no espaço abaixo: número de pessoas que participaram da atividade e resultado prático.

Page 90: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

88

ANEXO A

DISCIPLINA : EDUCAÇÃO NUTRICIONAL CARGA HORÁRIA : 80 h. CURSO: NUTRIÇÃO SEMESTRE: 02/2009 TURNO(S): Manhã e Noite PERÍODO: 6º PROFESSOR: Maria Rita Daidone Zica OBJETIVOS Discutir os fundamentos teóricos do processo de educação e o papel do educador em saúde, a fim de capacitar o aluno para o desenvolvimento e aplicação das técnicas de ensino na nutrição de maneira crítica. Apresentar a Educação Nutricional como um processo constante de ensino e aprendizagem. EMENTA Fundamentos da educação. Educação nutricional. Papel da educação nutricional nas diversas áreas de atuação do nutricionista. Formação do hábito alimentar. Processo de mudança do comportamento alimentar. Planejamento, elaboração, execução e avaliação de programas educativos. Elaboração e utilização dos métodos e técnicas de ensino em educação nutricional. METODOLOGIA Aulas expositivas participativas com estudos de caso Discussão de textos e artigos Seminários e debates Trabalho interdisciplinar Laboratório de práticas pedagógicas. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Unidades Subunidades

Introdução à Educação Nutricional

- Educação, cultura e cidadania - O processo ensino - aprendizagem - Didática, comunicação e criatividade no processo educativo - Perspectivas históricas e atuais em Educação Nutricional

Planejamento de Programas de Educação Nutricional (PEN) ou Programas de Comunicação e Reeducação Alimentar (PCRA)

- Diagnóstico de grupos -Estabelecimento, elaboração e classificação de objetivos - Seleção e organização de conteúdos - Métodos e técnicas de ensino aplicados em processos educativos - Avaliação em Programas de Educação Nutricional

Page 91: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

89

Teoria Sócio-Cognitiva relacionada ao comportamento alimentar

- Formação dos hábitos alimentares - Componente cognitivo/afetivo/situacional do comportamento alimentar - A Educação Nutricional nos diversos ciclos de vida - Modelo Transteórico, Curso de Vida e a mudança do hábito alimentar

Atuação do Profissional Nutricionista em Educação Nutricional – Práticas Pedagógicas

- O nutricionista como educador nas várias áreas de atuação - Simuladas de atendimento ambulatorial (individual e em grupos) - Elaboração e avaliação de materiais didáticos para o uso em Nutrição - Uso de novas tecnologias em educação.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

Fagioli, Daniela; Nasser, Leila. Educação Nutricional na Infância e na Adolescência: planejamento, intervenção, avaliação e dinâmicas. São Paulo: RCN Editora, 2006.

Linden, Sônia. Educação Nutricional: algumas ferramentas de ensino. São Paulo: Livraria varela, 2005.

Fisberg, Regina (et al.). Inquéritos alimentares: métodos e bases científicos. Barueri, São Paulo: Manole, 2005.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR Gazzinelli, Maria Flávia; Reis, Dener Carlos; Marques, Rita de Cássia (org.). Educação em Saúde: teoria, método e imaginação. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006. Boog, Maria Cristina Faber. O professor e a alimentação escolar: ensinando a amar a terra e o que a terra produz. Campinas, São Paulo: Komedi, 2008. Wansink, Brian. Por que comemos tanto? Não é apenas nossa fome que determina o que comemos; tradução de Ana Maria de Castro Gibson. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. Santos, Irani Gomes (org.). Nutrição: da assistência à promoção da saúde. São Paulo: RCN Editora, 2007. Thiollent, Michel, 1947- Metodologia da pesquisa-ação. 16.ed. - São Paulo: Cortez, 2008. (Coleção temas básicos de pesquisa-ação).

Page 92: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

90

ANEXO B

TEORIA DE PIAGET DE DESENVOLVIMENTO COGNITIVO COM RELAÇÃO À ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO

PERÍODO DE DESENVOLVIMENTO

CARACTERÍSTICAS COGNITIVAS

RELAÇÕES COM ALIMENTAÇÃO E

NUTRIÇÃO

Sensório motor (do nascimento aos dois anos de idade)

Progressão do recém-nascido com reflexos automáticos para a interação intencional com o ambiente e o início do uso de símbolos

A progressão é feita a partir de reflexos de sucção e busca de aquisição de habilidades de auto-alimentação O alimento é utilizado primariamente para satisfazer a fome, como um meio de explorar o ambiente e como uma oportunidade de praticar habilidades motoras refinadas.

Pré-operações (2 a 7 anos)

Os processos de pensamento se tornam internalizados; são não sistemáticos e intuitivos. O uso de símbolos aumenta O raciocínio é baseado em aparências e acontecimentos A abordagem de classificação é funcional e não sistêmica O mundo da criança é visto egocentricamente

A alimentação torna-se menos o centro da atenção e secundária ao crescimento social, de linguagem e cognitivo. O alimento é descrito pela cor, forma e quantidade, mas há apenas uma habilidade limitada de classificar os alimentos em “grupos”. Os alimentos tendem a ser classificados como: “gosto” e “não gosto” Os alimentos podem ser identificados como “bom para você” mas as razões são desconhecidas ou equivocadas

Page 93: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

91

Operações concretas (7 a 11 anos)

A criança pode enfocar vários aspectos de uma situação simultaneamente O raciocínio de causa/efeito se torna mais racional e sistemático A capacidade de classificar, reclassificar e generalizar emerge. Uma diminuição no egocentrismo permite que a criança tenha uma outra visão

Há uma percepção inicial de que os alimentos nutritivos possuem um efeito positivo sobre o crescimento e saúde, mas a compreensão de como ou por que ocorre é limitada. As horas de refeição adquirem um significado social

Operações formais (a partir de 11 anos)

Os pensamentos hipotéticos e abstratos se expandem A compreensão da criança dos processos teóricos e científicos se aprofunda

O conceito de nutrientes a partir do funcionamento dos alimentos em níveis fisiológicos e bioquímicos pode ser compreendido Os conflitos na realização de escolha de alimentos podem ser percebidos (ou seja, o conhecimento de valor nutritivo dos alimentos pode conflitar com as preferências e influências não nutritivas).

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92

ANEXO C

JOGO MUNDO DOS MITOS Questões:

1) Cerveja preta é afrodisíaca? – MITO

A cerveja preta tem a sua cor escura devido a possuir maior quantidade de lúpulo. Se

bebermos em quantidades moderadas, equivalente a 475 ml por dia, existe um efeito

vasodilatador causado pelo álcool ajudando na ereção do pênis. Em relação ao lúpulo,

este tem efeito totalmente contrário, ou seja, é um vasoconstrictor seja qual for a

quantidade de cerveja preta ingerida. Além disso, quando se bebe meia qua a quantidade

moderada de álcool, este passa de vasodilatador para vasoconstritor.

2) Pilates auxilia na perda de peso? – MITO

O método Pilates (para perda de peso – grifo meu) não foi testado cientificamente.

Alguns praticantes tornem-se motivados a perder peso, mas o gasto calórico deste tipo

de exercício é relativamente baixo. O efeito emagrecedor pode ser obtido a partir da

combinação com a mudança de alguns hábitos alimentares.

3) Nas dietas são proibidos os doces? – MITO

Quem consegue comer doces de uma maneira controlada (civilizada) pode incluí-los no

seu programa de redução de peso. É só se precaver para, quando comprar ou fizer sua

guloseima favorita, não desencadear uma orgia alimentar sem fim.

4) Apenas os produtos diet contêm adoçantes? MITO

Tanto produtos light com sabor doce, quanto os diet podem apresentar adoçantes em sua

composição. Os diabéticos podem ficar especialmente atentos aos rótulos para verificar

a verdadeira composição do produto. Esses indivíduos devem sempre utilizar os

alimentos com denominação de diet (diet sem açúcar – grifo meu). Já par o controle de

calorias em dietas de emagrecimento, devem ser utilizados, preferencialmente, os

alimentos com denominação de light.

5) Consumir tomate ou molho de tomate pode reduzir os riscos de câncer de

próstata? VERDADE

Existem alguns estudos que comprovam que o consumo de tomate ou molho de tomate,

por serem ricos em licopeno, diminuem as chances de aparecimento de câncer de

próstata. Porém, existem outros fatores que podem influenciar no surgimento da doença,

Page 95: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

93

mas a prevenção é fundamental. Se alimente bem, com alimentos saudáveis e previna

doenças.

6) Apenas mulheres acima do peso têm celulite? MITO

Até mulheres muito magras podem apresentar regiões com celulite.

7) A dificuldade de emagrecer é culpa do metabolismo? NEM

VERDADE?NEM MITO

Certas pessoas têm mesmo problemas metabólicos, precisando de acompanhamento

médico. Mas a maioria ingere mesmo calorias além do necessário e aumenta de peso.

8) As bebidas esportivas são necessárias apenas durante os exercícios com

duração superior a uma hora? – MITO

As bebidas esportivas podem ser benéficas em atividades com menos de uma hora de

duração, especialmente se o exercício é intenso ou acontece em climas quentes e

úmidos. A ingestão de bebidas esportivas estimula os atletas a beberem mais, o que é

importante, uma vez que a desidratação pode ocorrer durante os exercícios que duram

menos de uma hora.

9) Comer alimentos ricos em carboidratos a noite engorda? – MITO

É fundamental comer alimentos ricos em carboidratos em todas as refeições. Para que a

refeição esteja balanceada, ela precisa distribuir bem: carboidratos, proteínas e lipídeos.

Por isso, o carboidrato deve ser consumido também à noite, mas claro na quantidade

adequada, sem exageros.

10) Beber água em jejum emagrece? – MITO

A água é essencial para o bom funcionamento do intestino, devido às inúmeras funções.

O consumo indicado é de 2 a 3 litros por dia. Porém apenas a ingestão não elimina peso,

muito menos se for tomada em jejum. Para que haja o emagrecimento é fundamental

modificar maus hábitos alimentares e ter balanço energético negativo, ou seja, comer

menos calorias e gastar mais.

11) Abacate engorda? – MITO

O abacate é realmente uma das frutas mais calóricas, mas se consumida em quantidade

adequada não causa ganho de peso. Ao contrário dos que muitos pensam, a gordura

presente no abacate não é a gordura saturada e assim o tipo de gordura saudável, a

insaturada, capaz de reduzir o colesterol LDL (ruim).

Page 96: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

94

12) Dieta ortomolecular é mais eficiente? MITO

A “dieta ortomolecular” nada mais é que uma dieta saudável. Em alguns casos, é

acompanhada pela prescrição de medicamentos ortomoleculares que são formulados

com anorexígenos, hormônio de tireóide ou diuréticos. O paciente também toma

vitaminas e outras substâncias sem efeito emagrecedor comprovado. Para a perda de

peso saudável e sustentável, é necessário a reeducação alimentar com mudanças no

estilo de vida. Remédios devem ser prescritos criteriosamente e o respaldo científico é

fundamental.

13) É perigoso comer picolés ou sorvetes após as refeições? - MITO

Antigamente as pessoas não tinham dinheiro suficiente para comprar um gelado aos

filhos, sendo esta frase, uma maneira de não ficarem tristes por não comerem um

gelado. Em termos técnicos, a ingestão de um gelado a seguir a uma refeição, pode

provocar mal estar abdominal e retardar a digestão, devido à baixa temperatura e

presença de leite. Por isso, pode-se dizer que o gelado é desvantajoso para a digestão,

mas não implica sintomas muito graves. A digestão não deixa de acontecer ao ingerir

um picolé.

14) Café é emagrecedor? - MITO

A cafeína tem efeito termogênico (aumenta o metabolismo), mas esse efeito é muito

discreto. Pode ser obtido na dose de até quatro xícaras pequenas de café por dia,

somente se a bebida for consumida sem açúcar. Em contrapartida, o excesso de cafeína

pode causar ansiedade, que pode levar a comer mais.

15) Carboidratos engordam muito e é melhor evita-los? – MITO

Carboidratos complexos ficam extremamente calóricos quando se coloca gordura sobre

eles. Cada grama de gordura tem nove calorias, enquanto cada grama de carboidrato

tem apenas quatro calorias. Portanto, vigie a gordura que você coloca no pão ou na

batata. Ela é que provoca o “estrago”.

16) O açúcar deve ser evitado antes dos treinos e das competições? – MITO

O açúcar ingerido antes das competições aumenta os níveis de glicise e insulina no

sangue, o que não é ruim. O açúcar é um tipo de carboidrato. Os carboidratos ingeridos

antes do exercício, provenientes do açúcar ou de bebidas, podem melhorar a

performance. Um atleta que não está abastecido fica cansado e os eu dsempenho fica

aquém do seu melhor.

Page 97: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

95

17) Gás nas bebidas engorda? – MITO

Não existem provas que os efeitos mecânicos do gás no estômago, como, a distensão

física ou efeitos na taxa de esvaziamento gástrico, tenha efeito directo ou indirecto

importante na regulação do apetite e do peso corporal. Apesar de o mito ser falso, torna-

se útil as pessoas pensarem que é verdadeiro, pelo seguinte: a maioria das bebidas

gaseificadas contêm grandes percentagens de açúcar, e têm um baixo poder saciante.

18) Aspartame, tipo popular de adoçante, faz mal a saúde? MITO

De acordo com o Food and Drug Administration (FDA), instituto americano regulador

de alimentos, uma pessoa adulta pode ingerir 40 miligramas de aspartame por quilo de

peso. Isso representa cerca de 15 envelopes ou 80 gotas por dia de adoçante, bem acima

da média de consumo.

19) Se para de fumar, vou ganhar peso com certeza? MITO

A nicotina é um elemento químico que, embora provoque uma certa aceleração no

metabolismo não é a responsável pelo aumento de peso das pessoas que para de fumar.

A maioria dos quilos ganhos vem do novo hábito de colocar na boca comida em vez de

cigarro. A subida de peso pode ser evitada com o aumento da atividade física e uma

maior controle sobre as qualidades dos alimentos ingeridos.

20) Mulheres grávidas ou com intenção de engravidar não devem consumir

adoçantes? VERDADE

Na gravidez, os efeitos do aspartame podem passar diretamente para o feto. A placenta

pode concentrar a fenilalanina presente no adoçante e causar má formação cerebral no

bebê. O teste do pezinho, realizado nos recém-nascidos, é feito exatamente para medir o

nível de fenilalanina no sangue.

21) Moderadores de apetite emagrecem?VERDADE

Um dos tipos mais antigos, as anfetaminas, são substancias que agem no sistema

nervoso central, inibindo o centro de ação

22) Se começar a recuperar o peso significa que vou engordar tudo de novo?

MITO

As pessoas que se mantêm no seu peso têm um segredo. Elas estabelecem um teto e, ao

atingi-lo retornam à prática do que as fez emagrecer. Para alguns esse teto é de um

quilo, para outros, de no máximo três quilos. Se alguns quilos forem recuperados não

significa que se vão engordar tudo de novo.

Page 98: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

96

23) Chocolates diet são menos calóricos que os convencionais? MITO

As versões diet não têm adição de açúcar, mas possuem mais gorduras, podendo ser

mais calóricos que os convencionais.

24) Cigarro provoca perda de peso?MITO

A nicotina leva a um discreto aumento da quantidade de calorias gastas ao longo do dia,

mas seu principal efeito é diminuir o paladar e a vontade de beliscar. Quem fuma

costuma trocar a comida dos intervalos das refeições por cigarros e, por isso, tende a

não engordar. Ao para de engordar e passar a comer mais, as pessoas tendem a

engordar. Mas não-fumantes obesos não vão emagrecer se começarem a fumar, e sim

diminuírem a compulsão de comer entre as refeições.

25) Para manter o peso ideal, tenho que malhar? – VERDADE

O aumento da atividade física ajuda no emagrecimento e na manutenção do peso ideal.

Mas não faça disso uma obsessão. Para quem se exercita com freqüência, o padrão

deverá ser mantido. Para os menos atléticos, fazer caminhadas diárias e, aumentar

progressivamente o percurso é bom para o físico e a alma.

26) Restrições alimentares e emagrecimento andam juntos? MITO

Não há comidas proibidas. Comer uma variedade de alimentos é sempre enfatizado

nas reuniões (?) a fim de assegurar uma dieta equilibrada, com todos os nutrientes que

o organismo necessita. A variedade também serve como arma contra a monotonia.

Comer todos os dias a mesma coisa junta tédio com sensação de restrição: fuja disso!

27) O jejum elimina toxinas? MITO

O corpo humano está desenhado para processar os alimentos, e isto inclui a remoção de

toxinas naturais como a amônia, que é gerada a partir da ruptura das proteínas. Para a

maioria das pessoas, um dia de jejum não é perigoso, mas também não representa um

hábito saudável. Mas jejuns prolongados são muito perigosos: produzem desidratação,

diminuição da pressão arterial, desintegração dos músculos e órgãos, irregularidade nos

batimentos cardíacos.

28) A medida que envelheço engordo? MITO

Comendo menos e fazendo exercícios à proporção que os anos passam, estarão tomadas

as providências para prevenir o aumento de peso.

Page 99: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

97

29) Se seguir uma dieta por longo período perderei peso toda semana? MITO

Quase todo mundo atinge um platô ao longo do emagrecimento, mesmo seguindo

direitinho o programa. Quem acha que toda a semana tem que perder peso, vez por

outra, terá que lidar com uma certa frustração e desapontamento. Esses sentimentos

negativos poderão levar você a desistir de uma boa causa. Cuidado!

30) Chá verde emagrece? MITO

Pesquisas comprovaram o efeito termogênico (acelerador do metabolismo) no consumo

do chá verde, mas tal efeito é muito pequeno quando comparado ao obtido pela prática

da atividade, por exemplo. Para emagrecer bebendo chá verde, é necessário ingerir

aproximadamente um litro por dia, sem açúcar nem adoçante, em temperatura morna e

preparado logo antes da ingestão. Sucos com chá verde industrializado não são

emagrecedores.

31) A única maneira é me manter magra é comer como um passarinho? MITO

A partir do momento que se alcança o peso desejado, é preciso comer mais calorias para

equilibrar o necessário para manter seu peso e o que se gasta. É a manutenção do peso

normal. Se aumentar a atividade física, você terá que comer mais para manter o peso

atual.

32) Se não consegui perder peso uma vez significa que nunca conseguirei?

MITO

Muita gente que emagreceu e se mantém magra fez inúmeras tentativas antes de obter

sucesso. Atletas, dançarinos e músicos habilidosos não conquistaram seus atributos na

primeira tentativa: é preciso tempo e muita prática. Quando algo não dá certo, tenta-se

outra vez: é aquela história de “errando se aprende”! A mesma coisa na hora de

emagrecer: aprende-se o que funciona e o que não funciona.

33) Corrida ajuda a emagrecer? VERDADE

Associada à reeducação alimentar, constitui um método eficiente para emagrecer. De

modo geral, o exercício físico induz adaptações metabólicas, aumentando o gasto

energético diário minimizando a diminuição do metabolismo de repouso ocasionado

pela perda de peso. A combinação de restrição calórica e treinamento físico é excelente

para o tratamento da obesidade. Mas a corrida só deve ser feita por pessoas que não tem

problemas clínicos que representem risco de complicações com a prática.

Page 100: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

98

34) Comer banana reduz câimbra? VERDADE

Existem vários motivos que podem levar as pessoas a terem câimbras, como falta de

cálcio, pela produção de ácido lático, quando se faz força muscular ou pela falta de

potássio. A banana é rica em potássio e realmente pode contribuir para o

desaparecimento das câimbras, se este for o motivo das mesmas.

35) A dieta do suco de limão funciona? MITO

O suco de limão é rico em vitaminas A, B e C e em sais minerais, é gostoso e pode ser

utilizado em diversas receitas, mas não emagrece. Pode colaborar para o emagrecimento

quando, puro ou com adoçante, é utilizado como substituto de outra bebida com maior

valor calórico (refrigerantes e sucos naturais ou processados, por exemplo). Se ingerido

puro em grandes quantidades pode prejudicar o estômago.

36) Acupuntura na orelha interfere no emagrecimento?MITO

Em estudos clínicos, a acupuntura mostrou-se eficaz para o emagrecimento durante, no

máximo, três meses. Isso significa que o método pode gerar apenas um entusiasmo que

leva a mudança de hábitos alimentares. A Sociedade Chinesa de Acupuntura reconhece,

em publicação oficial, que não há comprovação do uso da técnica para o tratamento da

obesidade. A acupuntura não está entra as indicações médicas oficiais como tratamento

para a perda de peso.

37) Comida integral emagrece? MITO

Alimentos integrais são saudáveis, ricos em fibras e vitaminas. Mas, se consumidos em

grande quantidade, levam ao ganho de peso. Por outro lado, se consumidos com

moderação, em substituição aos alimentos refinados, podem aumentar a sensação de

saciedade, ajudando no controle do peso. Ou seja, quem come integrais em quantidade

exageradas não vai emagrecer. O importante é consumir esses alimentos mais saudáveis

em quantidades moderadas.

38) Criança obesa de pais obesos pode não ser um adulto obeso? VERDADE

No corpo humano há cerca de 20 a 30 genes que influenciam a quantidade de comida

que se ingere e o número de calorias que se queima. Mas a hereditariedade não

determina o modo como se administra o peso. Embora o histórico de família possa

predispor alguém à obesidade, é possível perder e controlar os quilos do seu corpo.

39) Lipoaspiração é uma solução definitiva para quem quer emagrecer? MITO

Page 101: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

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Esse método cirúrgico faz apenas a retirada da gordura localizada. Isso não significa

emagrecer nem leva a algum tipo de melhora da saúde de um obeso. Vale ressaltar ainda

que, além de caro, o procedimento requer anestesia, costuma ser doloroso e tem

recuperação lente. Quem faz lipoaspiração e continua comendo da mesma maneira volta

a ganhar peso.

40) As vitaminas e minerais fornecem energia extra aos atletas? MITO

As vitaminas e minerais agem como fatores coadjuvantes para liberar a energia

armazenada nos alimentos, mas elas não fornecem energia extra aos atletas. Um

programa de refeições rico em grãos, vegetais, frutas, carne e laticínios oferece energia

aos atletas. Estes alimentos também são veículos para as vitaminas e minerais que o

corpo necessita para utilizar a energia. Os suplementos polivitamínico e/ou poliminerais

por só, eles não fornecem energia.

41) Distorções da imagem corporal ocorre apenas com mulheres? MITO

Os homens estão cada vez mais expostos às imagens de super homens dos lutadores

profissionais às capas das revistas. Os homens estão cada vez mais insatisfeitos com a

sua aparência física. A distorção da imagem corporal é uma preocupação exagerada

com efeitos imaginários ou insignificantes e é reconhecida como distúrbio psicológico.

Muitos técnicos e atletas podem não saber que ele ocorre tanto em homens quanto em

mulheres.

42) Beber líquidos durante as refeições aumenta barriga? MITO

Beber líquidos durantes as refeições não engorda. No entanto, não é indicado o

consumo de água ou qualquer outra bebida durante as refeições para que não ocorra

saciedade precoce, dificuldade digestória, ou qualquer outro desconforto. O excesso de

líquidos e alimentos pode dilatar o estômago e trazer ganho de peso maior consumo de

alimentos. Isso sim pode aumentar a gordura corporal até na região abdominal.

43) Tomar sauna emagrece?MITO

Quem faz sauna fica exposto a altas temperaturas, o que aumenta a transpiração e gera

perda líquida. Ao sair da sauna e subir numa balança, pode-se observar um peso

inferior, mas essa diferença é rapidamente recuperada assim que a pessoa ingere os

líquidos que seu organismo pede nas horas seguintes. A sauna não elimina gorduras e

algumas pessoas têm queda de pressão ou tontura quando fazem sessões.

Page 102: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

100

44) Comida diet/light emagrecem? MITO

Alimentos diet podem conter mais calorias dos que os normais e engordam. Alimentos

light são aqueles que sofreram redução de pelo menos 25 % na quantidade de calorias

e/ou de algum nutriente (sódio, por exemplo) em relação a seus equivalentes normais.

Iogurte desnatado é um produto light, pois seu teor de calorias é menor por não ter

gorduras. Nos light, o efeito emagrecedor depende da quantidade ingerida. Dar

preferência à ingestão de alimentos diet ou light não garante a redução de peso,

principalmente quando se come demais.

45) Melancia com vinho pára o estômago? MITO

A maior parte da melancia é composta de água, e as fibras presentes em sua polpa

ajudam a melhorar o funcionamento do intestino. As interferência do vinho na ingestão

da melancia passa meramente por aumento do ph no estômago, um aumento do tempo

de digestão, podendo provocar sensação de enfartamento, mas não acontece nenhuma

reação física que seja prejudicial ao organismo.

46) Alcachofra emagrece? MITO

Não existe nenhuma prova da sua eficiência como emagrecedor. Ao começar a

consumir esse alimento algumas pessoas dizem experimentar uma certa saciedade extra,

mas esse efeito desaparece com o passar do tempo. A alcachofra deve estar presente na

alimentação por ser uma hortaliça pouco calórica, mas é preciso não comê-la em molhos

gordurosos. Cozida em água e sal e em molho der cebola ralada, limão ou vinagre, água,

sal e azeite, não é engordativa.

47) Margarina é mais saudável que manteiga? MITO/VERDADE (Está escrito

só verdade...)

A margarina é menos saudável do que a manteiga, por que possui gordura do tipo trans.

Este tipo de gordura aumenta o LDL – colesterol e diminui o HDL-colesterol, sendo

assim, é mais prejudicial à saúde do que a manteiga, que por ser de origem animal

somente aumenta o LDL – colesterol. O ideal é consumir outras formas de gordura

como azeite de oliva e óleos vegetais na sua forma na rural. Hoje no mercado já existem

margarinas isentas de gordura trans. Este tipo de margarina sim pode ser mais saudável

do que a manteiga.

Page 103: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

101

48) Drenagem linfática provoca perda de peso? MITO

Essa massagem corporal drena os líquidos do corpo, direcionando-os ao sistema

linfático para que sejam eliminados na urina. Ajuda pessoas com tendência a retenção

hídrica a diminuir o peso líquido, mas não elimina gordura.

49) Reeducação alimentar a melhor opção? VERDADE

É a melhor solução para quem quer emagrecer e manter-se magro. Com ela, aprende-se

a reduzir alimentos que prejudicam a saúde e o peso e a comer alimentos considerados

deliciosos em quantidades moderadas e com prazer. Assim dá para emagrecer

gradativamente, sem sofrimento e respeitando os hábitos alimentares de cada um.

Perder peso e conseguir manter-se nesse novo peso deve ser encarado como uma tarefa

para ser cumprida em longo prazo.

50) Cremes redutores de medida funcionam? MITO

Nenhum tipo de creme consegue mudar o metabolismo ou exercer qualquer efeito sobre

Le. Nem mesmo o efeito localizado chega a ser muito intenso. Muitas vezes, o

“resultado” é imperceptível. Alguns cremes reduzem sutilmente a gordura localizada, o

que é completamente diferente de emagrecer. Nos poucos estudos clínicos em que se

tentou provar que esse tipo de cosmético funciona, o resultado obtido foi igual ao do

placebo.

51) A proporção ideal de nutrientes é de 40%de carboidratos, 30% de proteínas

e 30% de gorduras?MITO

Alguns programas alimentares recomendam que 40% da energia dever ser proveniente

de carboidratos, 30% de proteínas e 30% de gorduras. As dietas com estas proporções

podem prejudicar o desempenho, pois são baixas em calorias e carboidratos. As

pesquisas indicam que os melhores programas para os atletas são os que oferecem

aproximadamente 55% a 58% da energia vinda de carboidratos, 12% a 15% de

proteínas e 25 a 30% de gorduras.

52) A medida que envelheço, preciso de menos energia?VERDADE

O metabolismo – número de calorias que o corpo necessita para se manter – decresce

com a idade. À medida que o tempo passa, a maioria das pessoas também reduz o seu

nível de atividade. Tudo isso leva à diminuição de calorias necessárias para manter o

número de quilos.

Page 104: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

102

53) Não deixe para amanhã a alimentação que posso mudar hoje?VERDADE

Deixar para amanhã á a desculpa para continuar abusando. Para sair da síndrome do

“amanhã eu recomeço”, o jeito é parar agora com que está fazendo e seguir em frente

com a decisão de emagrecer.

54) Beber cerveja dá barriga?NEM MITO NEM VERDADE

Não existe nenhum estudo que relacione diretamente estes dois acontecimentos.

“Nenhum alimento no Mundo faz mal...tudo depende da dose.” A cerveja possui, em

média, 135 Kcal, que é bastante. Não se deve culpar a cerveja pelo aumento da barriga,

mas sim, culpar o seu consumo em excesso acompanhado a petiscos muito calóricos.

Estes fatores sim estão envolvidos no ganho de gordura abdominal. Assim não podemos

culpar somente a cerveja.

55) Ficar sem comer emagrece?MITO

Totalmente errado. Deixando de comer você pode tornar seu metabolismo mais lento,

dificultando a eliminação de peso. Além disso, após ficar sem comer um período, é

comum a compulsão alimentar, ou consumo de alimentos em maior quantidade. Para

que ocorra a eliminação de peso é fundamental comer de forma fracionada, na

quantidade certa.

56) As dietas das sopas funcionam?MITO

O uso de sopas em dietas tem um lado positivo e um negativo. Geralmente as sopas são

feitas com verduras e legumes, pouco calóricos, que substituem refeições calóricas. Por

outro lado, quando não mastigamos, nossa sensação de saciedade é menor e há risco de

não resistir à fome e comer alimentos que engordam. Além disso, há uma tendência ao

uso de sopas industrializadas, que podem ser menos nutritivas e ter muitas calorias.

Sopas devem ser consumidas ocasionalmente.

57) Cintas modeladoras queimam calorias? MITO

Antigas conhecidas das nossas avós, as cintas jamais emagrecem, apenas disfarçam as

medidas, de acordo com os especialistas. Não queimam calorias nem têm impacto sobre

gorduras localizadas.

58) Quando atingir o peso ideal vou ter o corpo perfeito? MITO

Aqueles que admiramos nas revistas de moda são a imagem idealizada e promovida

pelos meios de comunicação. Muitas vezes, as fotos das modelos são retocadas para

criar a ilusão de um corpo perfeito. Cada um de nós tem um certo controle

Page 105: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

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ilimitado(?) . Há coisas que nunca vão poder ser modificadas: se sua estatura é baixa,

você não crescerá ao emagrecer. Se sua estrutura óssea é grande ela continuará desse

jeito. Se você tem cintura baixa (ou alta) assim vai permanecer mesmo depois de ter

atingido o peso ideal.

MUNDO DOS MITOS É DESTAQUE ENTRE OS ADULTOS QUE AMA M

DIVERSÃO

Aprenda aqui as regras desse jogo e conquiste também o mundo...dos mitos!

O mundo dos mitos é um jogo dinâmico e envolvente que tem por objetivo apresentar

aos participantes as verdades e mentiras sobre algumas crenças populares relativas à

Nutrição. É diversão garantida para você e seus amigos.

Como jogar?

Disponha o tabuleiro em uma superfície. Cada participante deve escolher a cor do seu

peão que o representará na viagem pelo mundo dos mitos. O grupo então determina a

ordem em que cada um irá jogar. O primeiro participante joga o dado e, antes de mover

seu peão pelas casas do tabuleiro, ele deve pegar um envelope MITO ou VERDADE,

ler em voz alta e responder se a frase que está impressa em seu exterior é mito ou

verdade. Após dar a resposta, cabe ao próximo jogador revelar a resposta correta que

está dentro do envelope e e ler a explicação da mesma. Se o primeiro participante

acertar a resposta, ele anda no tabuleiro o número de casas que tirou no dado, mas se

errar ele volta esse mesmo número da casas. Assim, o jogo comtinua com o mesmo

procedimento para cada um dos jogadores. É vencedor aquele que chegar primeiro à

casa FIM!

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104

ANEXO D

JOGO PASSA OU REPASSA

Jogo pedagógico destinado a alunos do curso de nutrição

O jogo é composto de 45 cartas com perguntas e respostas e 20 cartas com tarefas

relâmpago.

Instruções do Jogo

1º Formam-se 2 equipes com o mesmo número de participantes.

2º Começa o jogo a equipe que ganhar no par ou ímpar.

3º A equipe começa tirando uma carta e sem ler entrega ao apresentador, que é uma

pessoa neutra em relação as 2 equipes, e é ele quem vai conduzir o jogo.

4º A equipe tem 5 segundos para responder a pergunta, e caso não saiba a resposta,

“passa” para outra equipe.

5º A outra equipe terá chance de responder, e se em 5 segundos não responder ela

“repassa” para outra equipe.

6º Se a equipe novamente não souber responder, ela “paga” uma tarefa.

7º A tarefa a ser realizada é sorteada pelo narrador.

8º Se a equipe conseguir realizar a tarefa ela marca o ponto e continua

respondendo. Se não cumprir o ponto vai para outra equipe, que também leva

vantagem em continuar respondendo as próximas perguntas, e assim continua o

jogo.

9º Ganhará o jogo a equipe que fizer a maior pontuação em determinado tempo.

10º Cada tarefa terá a seguinte pontuação:

Pergunta respondida: 5 Pontos

Pergunta passada: 3 Pontos

Pergunta repassada: 2 Pontos

Tarefa que foi paga: 1 Ponto

Page 107: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

105

PERGUNTAS:

1ª Falso ou Verdadeiro? “A intolerância a lactose é a intolerância a carboidrato

mais comuns (sic) e afeta somente crianças”.

R. Falso. Afeta todas as idades.

2ª As vitaminas são classificadas em 2 grupos com base em suas solubilidades.

Identifique esses 2 grupos e as vitaminas que os compõem.

R. Solúveis em solventes apolares (lipossolúveis): A,D,E e K. Solúveis em solventes

polares (hidrossolúveis): Vitamina C, tiamina, riboflavina, biotina, ácido pantotênico e

vitamina B12.

3ª Qual o principal cátion do fluído extracelular?

R. Sódio.

4ª Qual a vitamina que, quando deficiente, leva a hemorragia e pode causar anemia

fatal?

R. Vitamina K.

5ª Defina Antropometria.

R. Ciência que estuda as medidas de tamanho, peso e proporções do corpo humano.

6ª Qual a vitamina que exerce papel essencial na visão, no crescimento e

desenvolvimento?

R. Vitamina A.

7ª Processo que diminui o impacto negativo de xenobióticos ou toxinas no corpo.

R. Desintoxicação.

8ª Falso ou Verdadeiro? “ Os triglicerídeos são formados juntando-se 2 ácidos

graxos a uma cadeia lateral de glicerol.”

R. Falso. 3 ácidos graxos a uma cadeia de glicerol.

9ª O Iodo é armazenado na glândula tireóide, onde é usado na síntese de 2

hormônios. Quais são esses hormônios?

R. Triiodotironina (T3) e Tireoxina (T4)

10ª O que é hipocloridria?

R. Deficiência do ácido clorídrico no suco gástrico.

11ª Sou um dos fitoquímicos carotenóides encontrados em tomates que atua como

removedor de radicais livres.

R. Licopeno.

Page 108: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

106

12ª Quem sou eu? “A minha deficiência aguda leva ao surgimento do escorbuto.”

R. Vitamina C.

13ª Falso ou Verdadeiro? “As alergias alimentares usualmente se manifestam na

lactância e infância e ocorrem mais frequentemente quando há uma história

familiar de alergias.”

R. Verdadeiro.

14ª Falso ou Verdadeiro? “A dieta polimérica refere-se à fórmula na qual as

proteínas e carboidratos se encontram na forma hidrolisada.”

R. Falso (encontram-se na forma isolada).

15ª Qual o melhor método de se fazer uma avaliação dietética detalhada?

R. Através de anamnese alimentar, incluindo um registro de 24 horas.

16ª Falso ou Verdadeiro? “A deficiência de niacina é caracterizada por anorexia e

perda de peso, assim como a manifestação do beribéri.”

R. Falso. Tiamina.

17ª Órgão primário de absorção de nutrientes, o qual é caracterizado por sua enorme

área absortiva.

R. Intestino Delgado.

18ª Qual a vitamina que tem papel metabólico essencial na manutenção da

homeostase de cálcio e fósforo e na diferenciação celular?

R. Vitamina D.

19ª Falso ou Verdadeiro? “A água é absorvida com rapidez porque ela se move

livremente através das membranas, por difusão.

R. Verdadeiro.

20ª Complete a frase: “A deficiência grave de niacina leva à ___________”

R. Pelagra.

21ª Sou o conjunto completo de fatores hereditários contidos em conjunto haplóides

de cromossomos:

R. Genoma.

22ª Período de Superalimentação

A) Hiperplasia ( )

B) Hiperfagia (X)

C) Hipofagia ( )

23ª “Um bebê nascido antes de 37 semanas de gestação é um bebê_______?

R. Prematuro.

Page 109: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

107

24ª Falso ou Verdadeiro? “A pectina é pouco encontrada nas maçãs e frutas cítricas,

morangos e frutas em geral.”

R. Falso

25ª Qual o principal fator nas mortes de bebês, levando a problemas de saúde a

longo prazo (sic), tais como incapacidade de desenvolvimento e distúrbios de

aprendizagem?

R. Baixo peso ao nascer.

26ª Complete a frase: “A inanição, que significa a privação absoluta de alimento,

leva ao ______________.”

R. Marasmo.

27ª Sou o produto do metabolismo anaeróbico da glicose.

R. Ácido láctico.

28ª Quem sou eu? “Sou produzido pelas células alfa do pâncreas, que provocam

aumento nos níveis de glicose sanguínea ao estimular a liberação de glicose das

reservas glicogênicas do fígado.

R. Hormônio Glucagon.

29ª Complete a frase: “A ___________ é uma abertura criada artificialmente entre

uma cavidade corpórea e a superfície que a cicatrizou.”

R. Estoma.

30ª O que é poliúria?

R. Micção excessiva.

31ª Falso ou Verdadeiro? “Os fatores de risco para o Diabetes Tipo 2 incluem: idade

avançada, Obesidade, história familiar de Diabetes e inatividade física.

R. Verdadeiro.

32ª Proteína Plasmática mais abundante avaliada, sintetizada no fígado, carreadora

inespecífica, com um tempo de meia-vida longo:

A) Ferritina ( )

B) Fibronectina ( )

C) Albumina ( )

33ª Complete a frase: “A ______ é o mais doce de todos os monossacarídeos, apesar

de sua doçura variar.”

R. Frutose.

34ª Qual é a produção média de leite materno nos primeiros 6 meses de lactação?

R. 750ml/Dia

Page 110: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

108

35ª Que nome recebe o processo de formação de gordura?

R. Lipogênese

PERGUNTAS QUESTIONADAS OU ATUALIZADAS:

36ª Alimentos ou suplementos microbianos que podem ser usados para alterar ou

restabelecer a flora intestinal e melhorar a saúde do hospedeiro.

R. Probióticos.

37ª Qual o objetivo da Triagem Nutricional?

R. Identificar problemas nutricionais e fatores de risco.

38ª Período mais desafiador no desenvolvimento humano, caracterizado pelo súbito

crescimento alterado por um aumento em sua velocidade.

R. Adolescência.

39ª Complete a frase: “A principal causa de sobrecarga de ferro é a ________”

R. Hematocromatose Hereditária.

40ª Durante a gravidez a função do TGI muda de várias maneiras, afetando o estado

nutricional da gestante. A menor motilidade gastrointestinal visa:

A) Manter o equilíbrio homeostático ( )

B) Permitir maior absorção de nutrientes ( )

C) Evitar o rompimento do equilíbrio ácido-base ( )

41ª Qualquer material sintético ou natural, com exceção dos ingredientes básicos

crus, empregados na produção de um item alimentar para realçar o produto final.

R. Aditivo Alimentar.

42ª Quem sou eu? “Elemento natural encontrado em quase toda água potável e

solo.”

R. Flúor.

43ª Falso ou Verdadeiro? “O magnésio desempenha um papel na transmissão e

atividade neuromuscular, trabalhando em conjunto ou contra os efeitos do

cálcio.

R. Verdadeiro.

44ª Falso ou Verdadeiro? “A glicose é o açúcar mais amplamente distribuído na

natureza, apesar de ser raramente consumido em sua forma monossacarídea.”

R. Verdadeiro

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109

ANEXO E

JOGO DICIONÁRIO MÉDICO

Significado das palavras para estudantes de nutrição

Recomendado para Estudantes de nutrição à partir do sexto período, pois a

maioria das palavras são técnicas, excelente para quem vai trabalhar em hospitais.

Fonte: Krause. Alimentos, nutrição e dietoterapia.

Este jogo envolve criatividade, imaginação e conhecimento, estando direcionado

para estudantes de nutrição ou outra área biológica.

O importante desse jogo é aprender o significado das palavras, pois poderão

precisar de utilizá-las (sic) na vida profissional.

Regras:

Objetos necessários para o jogo: Papel (igual para todos) e caneta

Número de participantes: Mínimo de quatro pessoas e máximo de seis.

1. Deve ser escolhido o líder da primeira jogada.

2. O líder escolherá uma palavra do montinho para ser advinhada (sic).

3. Após a escolha, o líder deve pedir aos participantes, que escrevam o significado

da palavra escolhida, o mais completa possível, como seria escrita no dicionário,

pois poderão votar na sua resposta e você ganhará pontos, mesmo ela não

estando correta. Não deixem os colegas verem o que cada um escreveu, porque

caso lerem, o jogo não terá sentido. O líder também escreverá o significado no

papel.

Se algum participante não souber o significado correto da palavra, ele terá

que blefar, tentando ser convincente, para isso o participante deve lembrar de

como os significados são escritos no dicionário.

4. Os participantes têm um tempo de 3 minutos para responder o significado da

palavra. O líder é responsável para marcar o tempo. Ao terminar, os

participantes devem escrever o seu nome no final da folha.

5. Ao término do tempo, o líder recolherá todos os papéis, que já estão previamente

dobrados e com os nomes.

Page 112: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

110

6. O líder fará a leitura em voz alta de todas as respostas, sem falar o nome de

quem a escreveu, incluindo o papel com o significado correto (do líder).

7. Haverá uma votação para escolher a resposta que os participantes julgam estar

correta. O líder perguntará para cada participante em voz alta, qual resposta está

correta na opinião dele, sem dizer a pessoa que escreveu.

8. Depois de apurados os votos, todos saberão a resposta correta. Ocorrerá o

seguinte:

− Caso ninguém tenha escrito o significado correto, a pessoa que já é líder,

continuará na liderança.

− O participante ganhará um ponto para cada voto que tenha recebido.

− O participante que recebeu a maioria dos votos ganhará dois pontos a mais

de bônus (se houver empate, todos ganharão dois pontos).

− Se ninguém votar na pessoa certa, o líder ganhará a quantidade de pontos

igual ao número de participantes. Exemplo: se houver 5 pessoas jogando ele

ganhará 5 pontos.

9. Será o vencedor quem obtiver 50 pontos primeiro.

PALAVRAS:

− Parorexia – Perversão do apetite.

− Diúria – Freqüência urinária durante o dia.

− Agnosia – Perda da compreensão que ocorre como uma manifestação comum da

doença de Alzheimer.

− Ablactar – Desmamar

− Meteorismo – Ruídos típicos do abdômen distenso, por acumulação de gases no

intestino.

− Priapismo – Ereção persistente do pênis.

− Meato – Abertura, passagem.

− Dispesia – Digestão difícil.

− Antenia – Perda de força, esgotamento.

− Antagonista – Droga que neutraliza os efeitos de outra droga.

− Nictúria – Também denominado noctúria. Micção noturna em geral devida ao

aumento da secreção noturna de urina.

− Multípara – Que pariu várias vezes. Mulher que teve mais de uma gestação.

Page 113: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

111

− Amaurose – Cegueira.

− Adipsia – Falta de sede.

− Intertrigen – Dermatite que ocorre entre as duas pregas na pele que roçam uma na

outra.

− Xantocromia – Coloração amarela.

− Diplopia – Visão dupla de objetos.

− Hemiplegia – Paralisia de uma das metades do corpo.

− Enterorragia – Eliminação de sangue vivo pelo ânus.

− Disquesia – Dejacação (ou defecação?) difícil ou dolorosa.

− Gastrorrafia – Sutura de ferimento no estômago.

− Adefagia – Apetite insaciável.

− Anexite – Inflamação dos anexos interinos.

− Estrumite – Inflamação da tireóide, afetada de bócio.

− Acatalepsia – Perturbação mental.

− Urolitíase – Cálculo renal.

− Ictiose – Afecção cutânea em que a pele se torna rugosa como a dos peixes.

− Dismenorréia – Menstruação difícil e dolorosa.

− Pleurodínia – Dor toráxica por doença da musculatura intercostal.

− Hiperfagia – Período de superalimentação.

− Cianose – Coloração azulada da pele e mucosas.

− Anasarca – edema generalisado.

− Miastenia – Fraqueza muscular.

− Anatresia – Perfuração.

− Patognomônico – Especifica ou caracteriza uma doença; diz-se do sinal ou

sintoma que basta para identificar uma doença ou estado mórbido.

− Disartria – Deficiência da língua ou outros músculos essenciais à fala, o que a

dificulta.

− Abrosia – Falta de alimento.

− Calipenia – Baixa taxa de potássio no sangue.

− Hipofagia – Período de subalimentação.

− Obnubilação – Estado nebuloso da consciência, como por exemplo: antes de uma

síncope ou ataque epiléptico.

Page 114: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

112

− Litotomia – Operação que consiste em incisão da bexiga para remover um ou mais

cálculos.

− Hematênese – Vômito de sangue proveniente de hemorragia da mucosa gástrica

ou esofágica.

− Microcítico – Caracterizado por eritrócitos menores que o normal e menos

hemoglobina circulante característico na deficiência de ferro e talassemia.

− Mecônico – As primeiras descargas intestinais do recém nascido, verde-escuras,

constituídas por muco, células epiteliais e biles.

− Orquite – Inflamação do testículo.

− Lipotímia – Perda temporária da consciência devido à anemia cerebral aguda.

− Anisocitose – Desigualdade do tamanho das hemácias.

− Epixtaxe – Hemorragia nasal.

− Cistite – Inflamação da bexiga.

− Fisiose – Distensão do abdome com gases. Flatulência.

− Apraxia – Incapacidade de realizar movimentos intencionais.

− Cominuição – Ruptura de um osso em muitos fragmentos.

− Lupo vulgar – Tuberculose cutânea com lesões nodulares características da face,

particulares próximas do nariz e orelhas.

− Ataxia – Movimento muscular prejudicado, especialmente os movimentos

voluntários.

− Bradicinesia – Lentidão anormal dos movimentos. Lentidão das respostas físicas e

químicas.

− Azotemia – Presença de uréia ou corpos nitrogenados no sangue.

− Centese – Perfuração ou punção.

− Agonista – Substância química capaz de ativar um receptor a induzir uma resposta

farmacológica.

− Aponia – Sensação de dores ou sofrimento.

− Fluido sinovial – Fluido alcalino, sinovial, secretado pela membrana sinovial e

localizado nas articulações. ( o que é sinovial?)

− Otorréia – Secreção de um fluido claro do ouvido sugerindo fratura da base do

crânio.

− Ptose – Queda de órgão ou parte por relaxamento dos seus meios de fixação ou

paralisia dos músculos ou nervos.

Page 115: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

113

− Anacatarsia – Eliminação por cima (boca, nariz).

− Calcitrol – Forma hormonal da vitamina D.

− Dispareunia – Copla difícil ou dolorosa para a mulher.

− Ataxia – Incoordenação motora.

− Semiologia – Ciência dos sinais e sintomas das doenças.

− Calasia – Relaxamento de orifício corpóreo.

− Exerese – Remoção cirúrgica.

− Clister – Injeção de um líquido no reto.

− Caliemia – Presença de potássio no sangue circulante.

− Hirsutismo – Excesso de pêlos, especialmente nas mulheres.

− Enurese – Micção involuntária ou inconsciente.

− Petéquia – Pequena mancha na pele formada por efusão de sangue.

− Fauses – Abertura constrita entre a boca e a orofaringe.

− Disgeusia – Perversão do sentido do paladar.

− Marasmo – estado de fome caracterizado pela manutenção do “pool” de proteínas

viscerais através do uso das reservas protéicas somáticas.

− Ageusia – Diminuição ou abolição do sentido do paladar.

− Colecistite – Inflamação da visícula.

− Ferritina – Um complexo de apoferritina ferro, uma das principais formas de

armazenamento de ferro.

− Afagia – Impossibilidade de deglutir.

− Ortopnéia – Desconforto respiratório na posição inclinada.

− Escabiose – O mesmo que sarna.

− Acalasia – Perturbação do funcionamento dos esfíncteres, cujo relaxamento não se

produz nos momentos das contrações dos condutos correspondentes.

− Oforectomia – Extirpação cirúrgica de um ou de ambos os ovários.

− Anemia Macrocítica – Uma forma de anemia caracterizada por hemácias maiores

que o normal e volume corpuscular médio e hemoglobina corpuscular média.

− Anoplastia – Operação plástica no ânus.

Page 116: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

114

ANEXO F

JOGO DE PARASITOLOGIA

Este jogo é destinado para estudantes de nutrição

Regras do jogo

1) Este jogo é para cinco participantes: quatro irão jogar e um ficará responsável

em fazer perguntas.

2) Cada participante escolhe um bichinho para representá-lo no tabuleiro (peças:

caranguejo, golfinho, sapo e tartaruga).

3) Este jogo contém os seguintes envelopes com três títulos:

ENVELOPE 1 - Perguntas livres: essas poderão ser escolhidas pelo responsável em

fazer as perguntas (mesmo fora de ordem) sempre que o jogador cair na casa que está

escrito PERGUNTA LIVRE, então ele deverá responder e seguir o que está escrito no

tabuleiro.

Ex: Se você acertou ande duas casas, se errou volte duas casas, etc.

ENVELOPE 2 - Perguntas especiais (ciclos): neste envelope estão os ciclos que

deverão ser escolhidos de acordo com o desenho do tabuleiro.

Ex: Se no tabuleiro estiver o desenho da Dermatobia hominis, o responsável

pelas perguntas deverá pegar aquele ciclo e, o que o jogador deverá fazer caso

acerte ou não, está escrito abaixo da resposta.

ENVELOPE 3 - Desenhos (identifique): quando o jogador cair na casa que tem uma

interrogação deverá identificar o parasito e responder todas as perguntas e, o que o

jogador deverá fazer caso acerte ou não, está escrito abaixo da resposta. O responsável

deverá mostrar o desenho e fazer as perguntas que estão no verso.

4) Possui duas cartas, uma escrito SORTE e a outra escrito AZAR. Estas cartas

deverão ser colocadas no centro do tabuleiro viradas para baixo.

SORTE – Fique tranqüilo, o diagnóstico foi feito com sucesso, com uso de

medicamento certo o problema foi resolvido, o jogador pode seguir o seu caminho!

Page 117: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

115

AZAR – Que pena que esse jogador terá que sair do jogo. Os cisticercos ingeridos por

ele foi em alta quantidade, tomando conta de todo o cérebro e, com a demora do

diagnóstico eles calcificaram e não foi possível fazer a remoção. Infelizmente o jogador

MORREU!

5) Para jogar, utilizar os dois dados.

Quando o jogador cair na casa que está escrito CISTICERCOSE, deverá pegar uma das

cartas que está escrito SORTE ou AZAR. Então, o responsável pelas perguntas deverá

ler para o jogador o que acontecerá com ele.

As demais casas deverão ser seguidas de acordo com o que está escrito no tabuleiro.

Ganha o jogador que completar o tabuleiro primeiro.

Referência bibliográfica: Neves, David Pereira. Parasitologia Humana. 11ª.edição. São

Paulo. Editora Atheneu

TABULEIRO – Trilha com 40 casas (Centro – duas cartas: uma de sorte e uma de

azar)

Casa 1

Pergunta livre.

Se você não acertou

Volte uma casa.

Casa 2

Você está com piolho,

passe a vez para

eliminar o problema.

Casa 3

Pergunta livre.

Se você não acertou

Volte duas casas.

Casa 4

Identifique

Page 118: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

116

Casa 5

Pergunta livre

Se você não acertou

Volte duas casas

Casa 6

Pergunta livre

Se você não acertou

Volte duas casas

Se acertou ande duas.

Casa 7

Pergunta livre

Se você acertou

Ande duas casas

Se errou volte duas.

Casa 8

Ciclo:

Casa 9

Pergunta livre

Se você não acertou

Volte para o começo.

Casa 10

Pergunta livre

Se você não acertou

Volte duas casas.

Casa 11

Pergunta livre

Se você não acertou

Volte duas casas.

Casa 12

Identifique

Casa 13

Pergunta livre

Se você não acertou

Volte duas casas.

Casa 14

Pergunta livre

Se você não acertou

Volte duas casas.

Page 119: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

117

Casa 15

Pergunta livre

Se você acertou

Ande duas casas

Se errou volte duas.

Casa 16

Identifique

Casa 17

Pergunta livre

Se você não acertou

Volte duas casas.

Casa 18

Pergunta livre

Se você não acertou

Volte duas casas.

Casa 19

Pergunta livre

Se você não acertou

Volte duas casas.

Casa 20

Ciclo:

Casa 21

Pergunta livre

Se você não acertou

Volte uma casa.

Casa 22

Você está com

piolho, passe a vez para

eliminar o problema.

Casa 23

Pergunta livre

Se você não acertou

Volte duas casas.

Casa 24

Identifique

Page 120: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

118

Casa 25

Pergunta livre

Se você não acertou

Volte duas casas

Se acertou ande duas.

Casa 26

Pergunta livre

Se você não acertou

Volte duas casas.

Casa 27

Pergunta livre

Se você não acertou

Volte duas casas.

Casa 28

Ciclo:

Casa 29

Pergunta livre

Se você não acertou

Volte duas casas.

Casa 30

Pergunta livre

Se você não acertou

Volte uma casa.

Casa 31

Pergunta livre

Se você não acertou

Volte duas casas.

Casa 32

Identifique

Casa 33

Pergunta livre

Se você não acertou

Volte duas casas.

Casa 34

Você está com Diarréia

Causada por Giardia lamblia

passe a vez para fazer o tratamento

Casa 35

Pergunta livre

Se você não acertou

Volte duas casas

Se acertou ande duas.

Page 121: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

119

Casa 36

Identifique

Casa 37

Pergunta livre

Se você acertou

Ande duas casas

Se errou volte duas.

Casa 38

Pergunta livre

Se você não acertou

Volte duas casas.

Casa 39

CISTICERCOSE

Casa 40

Chegada e Saída

ENVELOPE 1 - PERGUNTAS LIVRES:

1) O que é um Parasito?

R: É um ser vivo de menor porte que vive associado a outro de maior porte, sempre

dependendo deste para seu abrigo, alimentação e reprodução. Ocorre a espoliação de

um indivíduo (hospedeiro) sendo o parasito o único beneficiado.

2) Qual a importância da parasitologia para a Nutrição?

R: É importante conhecer os parasitos, pois muitos deles são transmitidos pelos

alimentos e um Nutricionista trabalha com alimentos, não adianta passar um plano

alimentar perfeito, se a condição higiênica desse alimento não estiver bem feita.

Cabe ao Nutricionista orientar manipuladores de alimentos e pacientes a importância

do cuidado na hora de manipular os alimentos, evitando possível contaminação por

parasitos muitos patogênicos.

Page 122: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

120

3) Verdadeiro ou falso?Se for falso corrija.

a) O hospedeiro intermediário da Fasciola hepatica é o caramujo Biomphalaria SP

R: Falso, porque o hospedeiro intermediário da Fasciola hepatica é o caramujo

Lymnaea sp

b) Sua forma infectante para o homem é a metacercária.

R: Verdadeiro

4) Observe os desenhos e enumere a segunda coluna de acordo com a primeira:

1ª Coluna 2ª Coluna

1) Fitófago: Probóscida longa e

ultrapassando o primeiro par de patas.

(2)

2) Predador: Probóscida curta e recurvada

não ultrapassando o primeiro par de patas.

(3)

3) Hematófogo: Probóscida reta e curta

não ultrapassando o primeiro par de patas.

(1)

R: 2 - 3 - 1

Page 123: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

121

5) O que é Teníase e Cisticercose?Como elas são adquiridas?

R: Teníase é a presença do vermes adultos de Tênias (T. Solium,T. saginata) no

intestino humano e é adquirida pela ingestão de carne crua ou mal passada de porco e

boi.

R: A cisticercose humana é a presença de ovos de Taenia solium no cérebro (raramente

na medula espinhal. O homem se contamina quando ingere os ovos de T.solium

presentes em verduras,mãos ou água contaminadas.

6) Qual é o hospedeiro intermediário do Shistosoma mansoni?

R: Biomphalaria sp

7) a) Como o homem se infecta com a Fasciola hepatica?

R: Ingerindo água e alimentos contaminados

b) Qual é a forma infectante desse parasito para o homem?

R: A forma infectante é a metacercária.

8) A Ascaridiose é uma doença causada por qual parasito?

R: Ascaris lubricoides

9) Qual a patogenia causada por vermes adultos de Ascaris lumbricoides?

R: Ação mecânica: obstrução intestinal;

Ação tóxica: Reação alérgica – urticária

Ação espoliativa: Compete pelos nutrientes do hospedeiro (Carboidrato,

proteína,vitaminas)

10) a) Qual é o agente etiológico da Hidatidose?

R: Echinococcus granulosus

b) Como ocorre a infecção humana?

R: Através da ingestão de alimentos contaminados por ovos desse parasito

11) a) Qual é o agente etiológico da Enterobiose?

R: Enterobius vermicularis

b) Qual é o nome vulgar desse parasito?

R: Oxiurus

Page 124: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

122

c) Cite três profilaxias:

R: Não sacudir as roupas de cama de pessoas infectadas;

Usar aspirador de pó no ambiente;

Lavar a roupa de cama e pijama todos os dias, durante o tratamento

12) Qual é o agente etiológico da Dengue?

R: Aedes aegypti

13) Relacione a segunda coluna de acordo com a primeira:

(1) Chrysomya sp ( ) Mosca do berne

(2) Cochliomyia hominivorax ( ) Mosca da carne

(3) Dermatobia hominis ( ) Varejeira

R: 3,2,1

14) Verdadeiro ou falso?Se for falso corrija.

A mosca usada na terapia larval é a Sarcophagidae sp.

R: Falso, a mosca usada na terapia larval é a Lucilia sp.

15) a) qual a importância da Musca domestica?

R: Veicula patógeno

b) Cite duas profilaxias:

R: Higiene doméstica e urbana

Em restaurantes as lixeiras devem ser mantidas tampadas

16) a) Qual é o vetor da Leishmaniose?

R: Lutzomyia SP

b) Qual é o principal reservatório da Leishmaniose Viceral Americana (LVA)?

R: O cão

c) O homem pode ser infectado pela lambida do cão doente?

R: Não, o homem se infecta pela picada do mosquito Lutzomyia sp contaminado, que ao

se alimentar no homem (a fêmea é hematófoga) inocula as formas promastígotas

(Forma infectante para o homem)

17) Marque a opção incorreta:

a) A Doença de Chagas é transmitida por um barbeiro hematófago.

b) O agente etiológico da doença é o Trypanosoma cruzi.

Page 125: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

123

c) A epimastígota é a forma infectante para o homem.

d) A forma evolutiva amastigota encontra-se nos tecidos dos vertebrados.

R: A letra C está errada, porque a forma infectante para o homem é a tripomastígota.

18) a) Qual é o agente etiológico da Giardíase?

R: Giardia lamblia

b) Qual a forma de contaminação desse protozoário?

R: Água e alimentos contaminados

c) Qual a patogenia causada por esse parasito?

R:1- Inflamação na mucosa do duodeno;

2- Prejudica a absorção de nutrientes: vitaminas lipossolúveis, lipídeos e outros

nutrientes;

3- Causa perda de apetite;

4- Diarréia explosiva

19) a) Qual é o agente etiológico da Amebíase?

R: Entamoeba histolytica

b) Qual a forma de contaminação desse protozoário?

R: Alimentos e água contaminados

20) Dentre os protozoários abaixo, qual deles é patogênico?

a) Entamoeba díspar

b) Entamoeba coli

c) Entamoeba hartmanni

d) Entamoeba histolytica

e) Endolimax nana

R: Letra D: Entamoeba histolytica

21) a) Qual é o agente etiológico da Toxoplasmose?

R: Toxoplasma gondii

b) qual é o hospedeiro definitivo desse parasito?

R: O gato

Page 126: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

124

22) Uma mulher grávida foi ao seu consultório e você ao verificar os exames

laboratoriais dela, verificou que ela é negativa no exame de Toxoplasmose. De

acordo com os seus conhecimentos sobre a doença,qual a orientação que você

como Nutricionista daria para ela.

R: 1- Não ingerir nenhum tipo de alimento de origem animal cru ou mal cozido;

2- Não ter contato direto ou indireto com gatos;

3- Lavar bem verduras ingeridas cruas;

4- Beber somente água filtrada ou fervida.

23) Cite o nome de cinco Helmintos:

R: Ascaris lumbricoides

Taenia sp

Ancylostoma duodenale

Schistosoma mansoni

Enterobius vermiculares

24) Cite três Ectoparasitos:

R:Pulga, piolho, carrapato

25) Defina Miíase

R: Entende-se por Miíase a infestação de vertebrados vivos por lavras de dípteros que,

pelo menos durante certo período se alimentam dos tecidos vivos ou mortos do

hospedeiro de suas substâncias corporais líquidas.

ENVELOPE 2 – PERGUNTAS ESPECIAIS (CICLOS):

Ciclo da Taenia solium

O homem elimina em suas fezes as proglotes cheias de ovos ,os quais alcançam o local

em que vivem os animais: pocilgas, valas com esgotos ou pastos.Quando o suíno ingere

os ovos (dentro das proglotes ou livre no ambiente) da Taenia solium, esses ovos

chegam ao intestino do porco e liberam oncosferas, que penetram na parede do

Page 127: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

125

intestino caem na corrente sanguínea e migram até os músculos , onde se transformam

em cisticercos maduros, cerca de dois meses depois. Podem viver infectantes por cerca

de três a seis meses. Os humanos adquirem a teníase ao ingerir carne de suíno crua ou

mal passada.

Se você acertou o ciclo avance quatro casas se não acertou volte quatro casas.

Ciclo da Pulga

Os ovos usualmente são colocados nos ninhos dos hospedeiros (ratos, cães, gatos,

frestas de assoalho etc.); usualmente botam cerca de 500 a 600 ovos durante sua vida,

que varia de um a três meses, conforme a espécie.

O período de incubação é de dois a três dias, quando emergem as larvas; passam por

três estádios durante dez dias, quando se transformam em pupas; cinco a dez dias depois

nascem os adultos. Tanto machos como fêmeas são hematófagos e as larvas se

alimentam dos dejetos das pulgas adultas, que contêm sangue ressecado

Se você acertou o ciclo avance quatro casas se não acertou volte quatro casas

Ciclo da Dermatobia hominis

(Mosca do berne)

Os adultos não se alimentam. Logo após o nascimento ocorre a cópula. A fêmea

fecundada fica em locais protegidos. Em vôos rápidos a Dermatobia hominis

Captura um inseto hematófago (preferencialmente ou pode depositar também em outros

não hematófagos) e lhes deposita os ovos sobre o abdome de 15 a 20 ovos. Esses ficam

aderidos ao abdome do inseto. Cerca de seis dias depois estes ovos já estão maduros e

quando o inseto veiculador vai alimentar-se ,estimulado pelo calor do homem ou

animal, a larva sai rapidamente do ovo, alcança a pele do hospedeiro e penetra (pele sã

ou lesada) Permanece com os espiráculos respiratórios voltados para fora(nível da pele)

e a extremidade anterior (boca) voltada para dentro. Começa a alimentar-se ativamente.

Page 128: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

126

Aos 40 ou 60 dias já está madura, então abandona espontaneamente o hospedeiro e cai

no chão; enterra-se na terra fofa, transforma-se em pupa. Após 30 dias abandona a pupa.

Vinte horas depois estão prontos para a cópula, três dias depois ocorre a ovoposição.

Se você acertou o ciclo avance quatro casas se não acertou volte quatro casas

ENVELOPE 3 – DESENHOS (IDENTIFIQUE):

A) IDENTIFIQUE O PARASITO

R: Casal de Shistosoma mansoni

B) FORMA EVOLUTIVA

R: Cecária

C) IMPORTÂNCIA

R: Forma infectante para o homem

Se você não identificou o parasito e todas as perguntas volte quatro casas.

Se acertou ande quatro casas.

Page 129: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

127

Asa cefálica

A) IDENTIFIQUE O PARASITO

R: Enterobius vermiculares

B) NOME VULGAR

R: Oxiurus

C) SEXO

R: Fêmea

D) CARACTERÍSTICAS

R: Cauda pontiaguda e longa

Presença de asa cefálica

Presença de ovos

Se você não identificou o parasito e todas as perguntas volte quatro casas.

Se acertou ande quatro casas.

Ovos e cauda pontiaguda

A) IDENTIFIQUE O PARASITO

R: Toxoplasma gondii

B) FORMA EVOLUTIVA

R: Taquizoítos

Page 130: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

128

C) EM QUAL FASE SE ENCONTRA?

R: Fase aguda

D) ONDE PODE SER ENCONTRADO?

R: Saliva, Sangue e leite

Se você não identificou o parasito e todas as perguntas volte quatro casas.

Se acertou ande quatro casas.

A) IDENTIFIQUE O PARASITO

R: Tunga penetrans

B) NOME VULGAR

R: Bicho-de-Pé

C) CARACTERISTICA

R: Lacínia serrilhada

Segmento toraxico reduzido

Se você não identificou o parasito e todas as perguntas volte quatro casas.

Se acertou ande quatro casas.

Page 131: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

129

A) IDENTIFIQUE O PARASITO

R: Giardia lambia

B) QUAL É A FORMA ATIVA DO PARASITO

R: Trofozoíto

C) QUAL É A FORMA DE RESISTÊNCIA DESTE PROTOZOÁRIO

R: Cisto

Se você não identificou o parasito e todas as perguntas volte duas casas.

Se acertou ande duas casas.

Page 132: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

130

A) IDENTIFIQUE O PARASITO

R: Taenia solium

B) CARACTERÍSTICA

R: Presença de rostro

C) QUAL É O HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO DESSE HELMINTO

R: O Porco

Se você não identificou o parasito e todas as perguntas volte duas casas.

Se acertou ande duas casas.

Page 133: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

131

ANEXO G

JOGO DAS VITAMINAS DO COMPLEXO B

REGRAS:

− Distribuir todas as cartas, igualmente, a cada um dos participantes;

− No momento em que as cartas de dois participantes coincidirem, os mesmos

devem citar rapidamente o nome da vitamina do outro;

− O último que falar jogará o dado para definir a casa de sua cartela (perderá ou

ganhará vitaminas necessárias para atingir sua Recomendação de Ingestão de

Nutrientes - RNI);

− Em seguida o perdedor será submetido a uma pergunta do seu adversário,

exceto se cair nas casas um e seis. Se acertar, o que estiver dentro da casa

poderá ou não ser ignorado;

− Ganha o jogador que acabar com suas cartas e estiver com sua RNI adequado.

Observação: Se as cartas do monte acabarem e o RNI não estiver adequado, o jogador

dividirá o monte com o próximo que estiver perdendo.

RNI das Vitaminas

− Niacina – 16 mg NE/dia

− Riboflavina – 1,3 mg/dia

− Tiamina – 1,2 mg/dia

− Piridoxina – 1,3 mg/dia

− Cobalamina – 2,4 µg/dia

* Valores considerados para um homem adulto de 19 à 65 anos (FAO/WHO)

* Os valores de excesso e de deficiência escrito na parte de baixo das cartelas são

hipotéticos. Portanto, não deve considerá-los como referência.

Page 134: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

132

Cartela das vitaminas com as seis casas:

NIACINA

1 2 3 4 5 6 Você está com sorte! Devolva o monte para

o seu adversário.

Você comeu 16g de

amendoim. Deve ganhar

2mg.

Você está doente e seu organismo depletou 4

mg.

Você comeu 100g de carne.

Receba 4 mg.

Você está em jejum. Perdeu 2

mg.

Você está com sorte! Fique com sua RNI.

− 0 mg está eliminado por estar com diarréia e aftas.

− Acima de 40 mg está eliminado por apresentar ondas de calor e danos no fígado.

Perguntas: (respostas em negrito)

1) Qual aminoácido é capaz de sintetizá-la?

a) Fenilalanina

b)Alanina

c) Triptofano

d) Lisina

2) É absorvida:

a) Em todo Trato Gastro Intestinal (TGI)

b) No Jejuno

c) No Duodeno

d) No Intestino Grosso

3) São sintomas do seu excesso, exceto:

a) Formigamentos

b) Enrubescimento da pele

c) Pelagra

d) Ondas de calor

4) São sintomas do seu excesso, exceto:

a) Dermatite

b) Demência

c) Diarréia

Page 135: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

133

d) Bócio

5) No fígado ela se transforma em:

a) ATP

b) NADP

c) AMP

d) ADP

6) Também conhecida como:

a) B1

b) B2

c) B3

d) B12

RIBOFLAVINA

1 2 3 4 5 6

Você está com sorte! Devolva o monte para

o seu adversário.

Você exagerou e

comeu muito

pirarucu. Ganhe 10

mg.

Você está doente e seu organismo depletou 10

mg.

Você comeu pimentão

cru. Receba 5 mg.

Você está em jejum. Perdeu 5

mg.

Você está com sorte! Fique com sua RNI

− Abaixo de 50 mg está eliminado por apresentar problemas de visão, como a

fotofobia.

− Acima de 50 mg está eliminado!

Perguntas: (respostas em negrito)

1) Para ser absorvida ela precisa de:

a) Potássio

b) Iodo

c) Ser fosforilada

d) Cálcio

2) São sintomas de sua deficiência, exceto:

a) Queilose

Page 136: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

134

b) Glossite

c) Anemia

d) Dermatite seborréica

3) São suas características, exceto:

a) Estável ao calor

b) Instável á ácidos

c) Instável à luz

d) Instável às bases

4) A sua quantidade armazenada no organismo é:

a) 20 mg

b) 50 mg

c) 100 mg

d) Não é armazenada

5) Sua principal função é:

a) Metabolismo energético

b) Prevenir raquitismo

c) Prevenir anemia

d) Prevenir a cegueira noturna

6) É conhecida como:

a) B1

b) B2

c) B3

d) B12

TIAMINA

1 2 3 4 5 6

Você está com sorte! Devolva o monte para

o seu adversário.

Você comeu ½ Kg de

germem de trigo.

Receba 10 mg de

vitamina.

Você está em jejum.

Perdeu 5 mg de vitamina.

Você comeu 1 Kg de carne de porco.

Receba 5 mg de

vitamina.

Você está em greve de

fome. Perdeu 10

mg.

Você está com sorte! Fique com sua RNI.

Page 137: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

135

− Abaixo de 50 mg está eliminado por estar com depressão e modificação de humor.

− Acima de 50 mg está eliminado por estar com deficiência de outras vitaminas co

complexo B.

Perguntas: (respostas em negrito)

1) Seu principal sintoma é:

a) Pelagra

b) Aftas

c) Diarréia

d) Béri-Béri

2) Qual é a sua meia-vida biológica?

a) 9 a 18 dias

b) 1 a 3 dias

c) 5 a 7 dias

d) 20 a 40 dias

3) São sintomas da deficiência, exceto:

a) Degeneração muscular

b) Náuseas

c) Câimbras

d) Raquitismo

4) Sua principal função é:

a) Formação de mielina

b) Metabolismo energético

c) Prevenção de anemias

d) N.D.A.

5) Também chamada de:

a) B1

b) B2

c) B3

d) B6

Page 138: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

136

PIRIDOXINA

1 2 3 4 5 6 Você está com sorte! Devolva o monte para

o seu adversário.

Comeu muita gema

de ovo. Ganhe 20

mg.

Você está doente e seu organismo depletou 20

mg.

Você comeu muita

banana. Ganhe 10

mg.

Você está em jejum. Perdeu 10

mg.

Você está com sorte! Fique com sua RNI.

− Abaixo de 100 mg está eliminado por estar desorientado e com coceira na pele.

− Acima de 100 mg está eliminado por apresentar deterioração dos nervos.

Perguntas: (respostas em negrito)

1) Apresenta-se nas seguintes formas, exceto:

a) Álcool

b) Aldeído

c) Amina

d) Cetona

2) Está relacionada principalmente com o metabolismo de:

a) Proteínas

b) Carboidratos

c) Lipídios

d) Todas as alternativas

3) É sua melhor fonte:

a) Fígado

b) Nozes

c) Abacate

d) Todas as alternativas

4) São sintomas de seu excesso:

a) Deterioração dos nervos sensoriais

b) Pelagra

c) Beri-Beri

d) Anemia

Page 139: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

137

5) São sintomas de sua deficiência, exceto:

a) Depressão

b) Diminuição do crescimento

c) Câncer

d) Língua lisa

6) Também conhecida como:

a) B1

b) B2

c) B3

d) B12

COBALAMINA

1 2 3 4 5 6 Você está com sorte! Devolva o monte para

o seu adversário.

Você bebeu muito leite. Ganhe 10

mg.

Você está doente e seu organismo depletou 10

mg.

Você comeu carne

demais. Ganhe 5

mg.

Você está em jejum.

Vai perder 5 mg.

Você está com sorte! Fique com sua RNI.

− Abaixo de 50 mg está eliminado por fraqueza.

− Acima de 50 mg está eliminado!

Perguntas: (respostas em negrito)

1) Depende de qual vitamina para a sua ativação?

a) Biotina

b) Vitamina D

c) Folato

d) Vitamina A

2) São suas características, exceto:

a) Solúvel em água

b) Instável à luz

c) Estável a ácido

d) Instável às bases

Page 140: MARIA RITA Dissertação - Maria - final apêndices modificados

138

3) Qual metal que compõe sua estrutura?

a) Ferro

b) Selênio

c) Cobalto

d) Prata

4) São sintomas de sua deficiência, exceto:

a) Anemia Perniciosa

b) Anemia Megaloblástica

c) Anemia Ferropriva

d) Paralisia

5) Depende de qual fator para ser absorvida?

a) Extrínseco

b) Intrínseco

c) Hormonal

d) Neural

6) Também conhecida como:

a) B1

b) B2

c) B5

d) B12