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Marília Brasil Xavier

REITORA

Prof. Rubens Vilhena Fonseca

COORDENADOR GERAL DOS CURSOS DE MATEMÁTICA

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MATERIAL DIDÁTICO

EDITORAÇÃO ELETRONICA

Odivaldo Teixeira Lopes

ARTE FINAL DA CAPA

Odivaldo Teixeira Lopes

REALIZAÇÃO

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

F676s Fonseca, Rubens Vilhena

Sequências e séries / Rubens Vilhena Fonseca – Belém: UEPA / Centro de Ciências Sociais e Educação, 2011.

24 p.; iI. ISBN: 978-85-88375-67-3 1.Sequências (Matemática). 2. Séries (Matemática). I.

Universidade Estadual do Pará. II. Título. CDU: 517.521 CDD: 515.24

Índice para catálogo sistemático 1. Sequências (Matemática) 517.521

Belém - Pará - Brasil - 2011 -

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SEQUÊNCIAS E SÉRIES

5

Seqüência: esta palavra está relacionada com sucessão ordenada de coisas.

Seqüência infinita: sucessão interminável de números, chamados termos.

Exemplos:

1) 1,2,3,4,5,6,7......

2) 2,4,6,8,10,.....

3) 1, 1/2,1/3,1/4,1/5,.....

4) 1,-1,1,-1,1,-1,....

Cada seqüência tem um padrão definido dado pelo termo geral.

Exemplos:

1) 2, 4, 6, 8,.... onde cada número representa o dobro de sua posição. O número 2 está na

posição 1, portanto vale 2x1=2, o número 4 está na posição 2 e vale 2x2=4, e assim por

diante. O termo geral portanto é 2n.

2) 1, 1/2,1/3,1/4,1/5,..... onde o termo geral é 1/n

3) 1/2, 1/4, 1/8, 1/16,....n2

1,.......

4) ,........1

,.......,5

4,

4

3,

3

2,

2

1

n

n

5) ,.....12,....9,7,5,3,1 n

Desta forma, a seqüência pode ser representada por seu termo geral. Assim, para o exemplo

anterior:

1) n 1{2n}

2) 12

1

n

n

3) 11 nn

n

4) n 1{2n 1}

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SEQUÊNCIAS E SÉRIES

6

Observação:

A letra n é denominada índice da seqüência (outras letras podem

ser utilizadas).

Definição:

Um seqüência é uma função cujo domínio é um conjunto de números inteiros.

Assim, n n 1{a } equivale a uma notação alternativa da função: nf (n) a , n 1,2,3,4.....

Exemplo:

1) 1

1

nn pode ser escrito como: ....4,3,2,1,

1n

ny , cujo gráfico é:

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SEQUÊNCIAS E SÉRIES

7

2) Similarmente: 2

n 1{2(n 2)}

3) Para: n 1

n 1{( 1) }

Limite de uma seqüência:

O limite de uma seqüência existe quando, à medida em que n cresce, os valores da seqüência

também crescem ou diminuem em direção a um valor limite L. Em outras palavras, para

qualquer número positivo , há um ponto N na seqüência, após o qual todos os termos estão

entre as retas Ly e Ly .

Exemplo:

1) 1

1

1

nn

ou seja 01

1lim

1nn n

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SEQUÊNCIAS E SÉRIES

8

2) 12

11lim

1n

n

n

Definição:

Dizemos que uma seqüência n{a } converge para o limite L se dado 0 qualquer, existir

um número inteiro N, tal que n| a L | para Nn . Neste caso temos: Lan

nlim .

Uma seqüência diverge, quando não converge para algum limite finito.

Propriedades: As propriedades válidas para limites usuais, também valem para seqüências:

Suponha que as seqüências n n{a } e {b } convergem respectivamente para L1 e L2, e seja c

uma constante. Então:

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SEQUÊNCIAS E SÉRIES

9

n

n n 1n n

n n n n 1 2n n n

n n n n 1 2n n n

n n n n 1 2n n n

nnn 1

2n

n n 2n

lim c c

lim ca c lim a cL

lim (a b ) lim a lim b L L

lim (a b ) lim a lim b L L

lim (a b ) lim a lim b L L

lim aa Llim se L 0

b lim b L

Exemplo:

As seqüências a seguir convergem ou divergem. Se convergir, encontre limite:

1) 112 nn

n

2

1

12lim

n

n

n

2) n

n 1

n( 1)

2n 1. O gráfico desta função é:

Visualmente verifica-se há dois limites distintos: um se refere aos termos de posição

ímpar (pontos acima do eixo x) e outro se refere a termos de posição par (abaixo do eixo

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SEQUÊNCIAS E SÉRIES

10

x). O simples fato de estes limites não serem iguais, já seria suficiente para determinar a

não convergência de série.

2

1

12lim

n

n

n (posições par)

2

1

12lim

n

n

n (posições ímpar)

Propriedade: Uma seqüência converge para um limite L se e somente se as seqüências

de termos de posição par e impar convergem ambas para L.

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SEQUÊNCIAS E SÉRIES

11

MONOTONICIDADE DE SEQÜÊNCIAS

Teorema do confronto: Sejam n{a } , n{b } e n{c } seqüências tais que nbn cba , para

todos os valores de n acima de um índice N. Se as seqüências n{a } e n{c } tiverem um limite

comum L quando n , então n{b } terá o limite L quando n .

Teorema: Se 0lim nn

a então 0lim nn

a .

Observação:

As seqüências podem ser definidas recursivamente através de

fórmulas de recursão.

Ex. Algorítimo para o cálculo de p :

,.....4,3,2,1,2

2

1,1 10 n

yyyy

n

nn

Terminologia: Uma seqüência é dita :

Estritamente crescente se 1 2 3 4a a a a .....

Estritamente decrescente se 1 2 3 4a a a a .....

Crescente se 1 2 3 4a a a a .....

Decrescente se 1 2 3 4a a a a .....

Se uma seqüência for estritamente crescente ou decrescente ela á dita estritamente

monótona.

Se uma seqüência for crescente ou decrescente ela é dita monótona.

Teste de monotonicidade:

1o. Método: Diferença entre termos sucessivos:

Estritamente crescente se n 1 na a 0

Estritamente decrescente se n 1 na a 0

Crescente se n 1 na a 0

Decrescente se n 1 na a 0

2o. Método: Razão entre dois termos sucessivos:

Estritamente crescente se n 1 na / a 1

Estritamente decrescente se n 1 na /a 1

Crescente se n 1 na / a 1

Decrescente se n 1 na / a 1

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SEQUÊNCIAS E SÉRIES

12

Observação

1) Algumas seqüências possuem um comportamento errático no início,

apresentando uma propriedade a partir de um certo termo.

2) Normalmente a convergência ou divergência de uma seqüência não

depende do comportamento de seus termos iniciais mas de seu

comportamento a partir de um certo termo.

3) Se uma seqüência for crescente a partir de um certo termo então:

a. Ela é limitada por uma cota superior de valor M ( na M ) e a

seqüência converge para L M .

b. Ela é ilimitada e nnlima .

4) A mesma observação é válida para seqüências decrescentes.

SÉRIES INFINITAS

Observe o número:

10.33333333.... 0,3 0,03 0,003 0,0003 0,00003 0,000003 ........

3

3 3 3 3 3 3.......

10 100 1000 10000 100000 1000000

Pode-se afirmar que 1/3 pode ser escrito como um soma de uma série

infinita de termos.

Tomemos a seqüência de somas:

5

4324

323

22

1

S

10

3

10

3

10

3

10

3S

10

3

10

3

10

3S

10

3

10

3S

10

3S

A seqüência S1, S2, S3, S4,.... é uma sucessão de aproximações da “soma” da série infinita

cujo valor é 1/3. Quanto mais avançarmos na série, melhor será esta aproximação. Tomando

um termo geral da série acima:

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SEQUÊNCIAS E SÉRIES

13

nnS10

3.....

10

3

10

3

10

332

Assim, podemos concluir que um limite para esta soma é:

nnn

nS

10

3.....

10

3

10

3

10

3limlim

32

Para determinar este limite, temos que manipular a expressão de Sn. Multiplicando-se ambos

os lados da expressão de Sn por 1/10 e subtraindo esta nova expressão da expressão para o Sn

original tem-se:

nnS10

11

3

1

Tomando-se o limite tem-se que a soma é dada por 1/3 como esperado.

Definições:

1) Uma série infinita é uma expressão que pode ser escrita na forma:

1

4321 ..............k

kk uuuuuu , onde u1, u2, u3, etc, são os termos da série.

2) O número Sn é chamado n-ésima soma parcial e a seqüência n n 1{S } é chamda seqüência

das somas parciais.

3) Se a seqüência n n 1{S } convergir para um limite S, dizemos que a série converge para S,

ou seja: 1k

kuS .

4) A série diverge se n n 1{S } diverge, e uma série divergente não tem soma.

Séries Geométricas: São aquelas em que cada termo é obtido multiplicando-se o anteriror

por uma constante r fixa, conhecida como razão.

Forma geral: ..........2

0

k

k

k arararaar .

Observação:

Algumas vezes é conveniente iniciar a série por um índice diferente de

1, o que não modifica em nada a série.

Uma série geométrica diverge se 1r e converge se 1r .

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SEQUÊNCIAS E SÉRIES

14

A soma de uma série convergente, tomando-se os n primeiros termos da série é:

n

k

k

n arararaarS ....2

0

.

Multiplicando ambos os lados por r e subtraindo a expressão resultante da expressão de Sn

anterior, tem-se:

n

n

a 1 rS

1 r.

Se 1r , temos 0lim n

nr .

Então: n

nn n

a 1 r alim S lim

1 r 1 r.

Desta forma,

k

n

aS limar se r 1

1 r.

Série Harmônica: 1

....4

1

3

1

2

11

1

k k

Esta série surge em conexão com os sons harmônicos produzidos pela vibração de uma corda

musical. Diferentemente do que a nossa intuição possa nos dizer, esta série diverge, conforme

prova a literatura.

Testes de Convergência:

Para seqüências: Achar o termo geral e calcular o limite.

Para séries: achar o termo geral da seqüência das somas parciais e encontrar o limite.

Normalmente, este termo geral é muito difícil de ser obtido. Para isto, diversos testes de

convergência/divergência foram obtidos.

Teste da divergência:

Para a série 1k

ku , toma-se o termo geral da série, uk, e calcula-se o limite para k .

a) Se 0lim kx

u , então a série 1k

ku diverge.

b) Se 0lim kx

u , então a série 1k

ku converge ou diverge.

c) Se a série 1k

ku converge, então 0lim kx

u .

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SEQUÊNCIAS E SÉRIES

15

Propriedades Algébricas:

a) Se ku e kv são séries convergentes, então k k(u v ) e k k(u v ) são séries

convergentes e as somas destas séries estão relacionadas por:

k k k k(u v ) u v e k k k k(u v ) u v .

b) Se c é uma constante não nula, então ambas as séries ku e kv convergem ou

divergem. No caso da convergência, vale: kk uccu

c) A convergência ou divergência não é afetada pela retirada de um número finito de termos

de uma série,

...

...

21

321

1

NNN

Nk

k

k

k

uuuu

uuuu

ou ambas convergem ou ambas divergem.

Note que a divergência não é afetada, mas o valor da soma sim!!!!

Teste da integral: Para uma função f (x) contínua, decrescente e com valores positivos

para todo ax , a série n a

f (n) será convergente se a integral imprópria a

f (x)dx existir e

será divergente se a

f (x)dx .

Séries Hiper-Harmônicas ou p-Séries: São séries do tipo

1

.....1

...3

1

2

11

1

kpppp kk

. Estas convergem se 1p e divergem se 10 p .

Demonstração: use o teste da integral!

Teste da Comparação

Sejam 1k

ka e 1k

kb ,

1) Se a série maior convergir, então a série menor converge.

2) Se a série menor divergir, então a série maior diverge.

Dicas para a aplicação deste teste

1) Termos constantes no denominador podem geralmente ser eliminados

sem afetar a divergência ou convergência da série.

2) Geralmente pode-se descartar os termos de menor grau em um polinômio

do numerador e/ou denominador, deixando apenas o termo dominante.

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SEQUÊNCIAS E SÉRIES

16

Teste da Comparação com Limites

Sejam ka e kb séries de temos positivos e seja: k

kk

b

alim .

Se for finito e maior que 0, então ambas as séries convergem.

Teste da Razão

Nos testes anteriores, era necessário encontrar uma série apropriada e estudar a sua

convergência. Isto algumas vezes não é fácil de se obter.

O próximo teste é bastante versátil, uma vez que funciona apenas com os termos da série

dada.

Seja ku uma série de termos positivos e suponha que k

kk

u

u 1lim

Se 1 , a série converge

Se 1, a série diverge

Se 1 , a série converge ou diverge

Teste da Raiz

Seja ku uma série de termos positivos e para kkk ulim

Se 1 , a série converge

Se 1 ou , a série diverge

Se 1 , a série pode convergir ou divergir

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SEQUÊNCIAS E SÉRIES

17

SÉRIES ALTERNADAS

Possuem termos positivos e negativos.

Teste da Série Alternada

Uma série alternada da forma 1

)1(k

k

k a converge se as duas condições forem satisfeitas:

a) a1 > a2 > a3 ... > ak > ...

b) 0lim kk a

Exemplo

1

1)1(

n

n

n

nan

1

1

11

nan

Note que esta é uma série harmônica alternada que, ao contrário da série harmônica simples,

converge!

A soma de séries alternadas chama atenção especial, já que estamos adicionando um termo

positivo e um negativo sucessivamente à série.

Para uma série que satisfaça as condições acima, onde S é a soma da série, então:

a) S está entre duas somas parciais sucessivas, isto é:

Sn < S < Sn+1 ou Sn+1 < S < Sn

b) Se S for aproximada por Sn, então o erro absoluto |S - Sn| < an+1 e o sinal de S – Sn é igual

ao do coeficiente de an+1.

Convergência Absoluta

Definição: A série ku converge absolutamente se a série de valores absolutos || ku

converge, e diverge absolutamente se a série de valores absolutos diverge.

Observação:

Se a série 1

||k

ku converge, então a série 1k

ku também converge.

Este resultado é útil na solução de problemas do tipo:

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SEQUÊNCIAS E SÉRIES

18

22

1cos

kk

k

Série hiper-harmônica p>1 converge

Converge

Exemplo

Mostre que a série 2

k 1

cos k

k converge.

O sinal desta série varia irregularmente. Assim vamos tratar a convergência de: 1

2

cos

k k

k

mas

12

cos

k k

k converge!

Observação:

Os testes da razão e da raiz podem ser usados para o teste da

convergência absoluta de uma série.

SÉRIES DE POTÊNCIAS

Até o momento: séries cujos termos são números.

Agora: séries cujos termos são funções.

Séries de Potências em x

...3

3

2

210

0

xcxcxccxck

k

k

Exemplo

...62

1!

32

0

xxx

n

x

n

n

Quando x é substituído por um número, a série numérica resultante pode convergir ou

divergir.

Note que em x=0 a série sempre converge pra c0.

O conjunto de valores nos quais a série converge é chamado intervalo de convergência, que,

como pode ser provado, é centrado em zero.

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SEQUÊNCIAS E SÉRIES

19

Para cada série de potências em x, exatamente uma das seguintes alternativas é verdadeira:

a) A série converge somente em x=0 (raio de convergência 0).

b) A série converge absolutamente (e portanto converge) para todos os valores reais de x

(raio de convergência ).

c) A série converge absolutamente (e portanto converge) para todo x em algum intervalo

aberto finito (-R,R). e diverge se x <-R ou x >R. Nos pontos x = R ou x =-R, a série

pode convergir absolutamente, convergir condicionalmente ou divergir, dependendo da

série particular (raio de convergência R).

O procedimento usual para se determinar o raio de convergência é aplicar o teste da razão

para convergência absoluta.

Série de potências em (x - x0)

Se x0 for uma constante e se x for substituído por (x – x0) então a série de potências tem a

forma:

...)(...)()()( 0

2

02

0

0100

k

k

k

k

k xxcxxcxxccxxc

O intervalo de convergência é obtido de forma semelhante, substituindo x – x0 em x, ou seja,

exatamente uma das alternativas é correta:

a) A série converge apenas para x = x0;

b) A série converge absolutamente para todos os valores reais de x;

c) A série converge absolutamente para todo x em algum intervalo finito (x0 – R, x0

+ R) e diverge se x < x0 + R ou x > x0 + R. Nos pontos x = x0 - R e x = x0 + R a série

pode convergir absolutamente, convergir condicionalmente ou divergir, dependendo da

série particular.

SÉRIES DE TAYLOR E MACLAURIN

Polinômios de MacLaurin:Veremos como aproximar funções por polinômios.

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SEQUÊNCIAS E SÉRIES

20

Porém, se a curvatura for muito pronunciada nesta região, esta aproximação será rapidamente

deteriorada à medida que se afasta de x0. Um polinômio de grau dois seria muito mais

recomendável, especialmente se for garantido que a derivada primeira e segunda do

polinômio coincidam com as da função no ponto x0. Assim, a função f (x) e o polinômio p(x)

teriam a mesma derivada e concavidade no ponto x0.

2

210)( xcxccxp onde:

)0()0( fp )0()0( 0 fcp

)0(')0(' fp )0(')0(' 1 fcp

)0(")0(" fp )0("2)0(" 2 fcp 2

)0("2

fc

Assim 2

2

)0(")0(')0()( x

fxffxp

Exemplo

Encontre as aproximações linear e quadrática locais de ex em x = 0.

1)0( 0ef 1)0(' 0ef 1)0(" 0ef

linear: xxp 1)(

quadrática: 2

21)(

xxxp

Podemos extender este procedimento para um polinômio de grau n, de forma que as n

primeiras derivadas coincidam com as derivadas de f (x) em x0.

Se x0 = 0:

n

nxcxcxccxp ...)( 2

210

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SEQUÊNCIAS E SÉRIES

21

)0()0( pf , )0(')0(' pf , ..., )0()0( )()( nn pf

n

n

n

n

n

n

n

n

cnnnxp

xcnnnxccxp

xcnnxccxp

xncxcxccxp

)1)...(2)(1()(

)2)(1(...23423)('''

)1(...232)("

...32)('

)(

3

43

2

32

12

321

!

)0(!)1)...(2)(1()0()0(

!3

)0('''

23

)0('''23)0(''')0('''

2

)0(''2)0('')0(''

)0(')0(')0('

)0()0()0(

)()()(

33

22

11

00

n

fccncnnnpf

ffccpf

fccpf

fccpf

fccpf

n

nnn

nn

Assim:

nn

n xn

fx

fx

fffxp

!

)0(...

!3

)0('''

!2

)0('')0(')0()(

)(32

n-ésimo polinômio de MacLaurin, que na realidade representa uma série de potências

Polinômios de Taylor

Se a aproximação for feita em um ponto x0 qualquer (para a série de MacLaurin a

aproximação era na origem), temos o polinômio:

n

n xxcxxcxxccxp )(...)()()( 0

2

02010

onde !

)(

!2

)('')(')( 0

)(

020100

n

xfc

xfcxfcxfc

n

n

Assim, n

n

n xxn

fxx

xfxxxfxfxp )(

!

)0(...)(

!2

)(''))((')()( 0

)(2

00

000

polinômio de Taylor em toro de x = x0, se f (x) tiver n derivadas

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SEQUÊNCIAS E SÉRIES

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Convergência da Série de Taylor

Pn (x) n-ésimo polinômio de Taylor em torno de x0, cujo valor e as n-ésimas primeiras

derivadas coincidem com aquelas de f em x0.

Assim é razoável esperar que, à medida em que n cresce, os valores do polinômio de Taylor

devem convergir para o valor de f (x) em torno de x0, ou seja:

)()(!

)(0

0

0 xfxxk

xf Ln

k

k

quando n

Mas Pn (x) corresponde à n-ésima soma parcial da série de Taylor para f e a séria de Taylor

converge para f (x) que é a sua soma.

A questão que surge é: há um intervalo em torno de x0 para o qual a série converge para f (x),

pra x pertencente a este intervalo?

Isso é óbvio para o ponto x0, dadas as condições com que Pn (x) foi criado.

n

k

kk

n xxk

xfxfxR

0

)(!

)()()(

n-ésimo resto para f em torno de x = xo

Ou seja: )()(!

)()(

0

00 xRxx

k

xfxf n

n

k

kk

fórmula de Taylor com resto

A igualdade ok

kk xxxfxf ))(()( 00 é verdadeira em um ponto x se, e somente se,

0)(lim xRnn

.

A estimativa deste resto não é trivial e não será abordada neste curso.

Para se aproximar o valor de uma função f em torno de x usando uma série de Taylor, duas

questões devem ser respondidas:

1. Em torno de quais pontos a série de Taylor deve ser expandida?

2. Quantos termos na série devem ser usados para alcançar a precisão desejada?

y

x

21)(

2

2

xxxP

ex

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Resposta:

1. Em pontos x0 próximos de x, nos quais as derivadas de f possam ser facilmente

calculadas.

2. Depende de cada caso.

Funções Exponenciais

Pode-se provar que a série de MacLaurin converge para e

x, para todo x, isto é:

...!

...!3!2

1!

32

0 k

xxxx

k

xe

k

k

kx

para x

Funções Logarítmicas

A série de MacLaurin:

...432

)1ln(432 xxx

xx )11( x

Convergência muito lenta pouco uso prático.

Mas se substituirmos x por –x:

432)1ln(

432 xxxxx

e substituirmos as funções

...753

21

1ln)1ln()1ln(

753 xxxx

x

xxx )11( x

Série Binomial

Se m for um número real, então a série de MacLaurin para (1+x)

m é chamada de série

binomial e é dada por:

...!

)1)...(1(...

!3

)2)(1(

!2

)1(1 32 mx

m

kmmmx

mmmx

mmmx

Se m é inteiro não negativo, todas as derivadas (m+1)-ésimas são nulas e portanto a série se

reduz à expansão binomial familiar:

mm xxmm

mxx ...!2

)1(1)1( 2 x

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Porém, pode-se provar que esta série binomial converge para (1+x)m se |x| < 1. O u em

notação sigma:

1 !

)1)...(1(1)1(

k

mm xk

kmmmx se |x| < 1

Diferenciação e Integração de uma Série de Potências

Diferenciação de uma Série de Potências

Se k

k

k xxcxf )()( 0

0

(x0 – R < x < x0 + R)

a função é diferenciável no intervalo de convergência e a série:

k

k 0

k 0

d[c (x x ) ]

dx converge para f no mesmo intervalo, ou seja,

k

k 0

k 0

df '(x) [c (x x ) ]

dx (x0 – R < x < x0 + R)

o mesmo pode ser extendido para f f , f , etc.

Conclusão: Se uma função f puder ser representada por uma série de potências em (x - x0)

com raio de convergência diferente de zero, R, então f tem derivadas de todas as ordens

sobre o intervalo (x0 – R, x0 + R).

Exemplo

xxxxxxx

xxxx

dx

dx

dx

d

xxxxx

cos...!6!4!2

1...!7

7

!5

5

!3

31

...!7!5!3

][sen

...!7!5!3

sen

642642

753

753

Integração de uma Série de Potências

Se k

k

k xxcxf )()( 0

0

(x0 – R < x < x0 + R)

k

k 0

k 0

f (x)dx [ c (x x ) ] + C (x0 – R < x < x0 + R)

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ou dxxxcdxxfk

k

k

0

0 )()( onde e são pontos do intervalo (x0 – R, x0 + R).

Exemplo

Cxxx

x

dxxxx

xdx

...)!6.(7)!4.(5)!2.(3

...!6!4!2

1cos

753

642

CxCxxx

x sen...!7!5!3

753

Observação:

Se uma função f estiver representada por uma série de potências em (x

– x0) em algum intervalo aberto contendo x0, então aquela série de

potências é a série de Taylor para f em torno de x – x0.

Dica:

Como obter a série de Taylor para tan-1

x?

Das tabelas de intergrais temos que:

Cxdxx

1

2tan

1

1

Da tabela 2.9.1 temos: ...11

1 642

2xxx

x

3 5 71 2 4 6

3 5 71

x x xtan x C [1 x x x ...] dx x ...

3 5 7

x x xtan x x ... C

3 5 7

Sabendo-se que 000tan 1 C

...753

tan753

1 xxxxx (-1 < x < 1)

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