16
MATERIAL DE APOIO AULA 03: ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

MATERIAL DE APOIO AULA 03 - irp-cdn.multiscreensite.com DE... · acima do saco conjuntival com o cuidado de não tocar na conjuntiva do paciente. • Orientar o cliente a fechar os

  • Upload
    ngodan

  • View
    216

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: MATERIAL DE APOIO AULA 03 - irp-cdn.multiscreensite.com DE... · acima do saco conjuntival com o cuidado de não tocar na conjuntiva do paciente. • Orientar o cliente a fechar os

MATERIAL DE APOIO AULA 03:

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

Page 2: MATERIAL DE APOIO AULA 03 - irp-cdn.multiscreensite.com DE... · acima do saco conjuntival com o cuidado de não tocar na conjuntiva do paciente. • Orientar o cliente a fechar os

AULA 03 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

2

MEDICAÇÃO VIA OCULAR

1-FINALIDADE:

Auxiliar no tratamento de patologias oculares,

exames oftalmológicos ou lubrificação ocular.

2-INDICAÇÃO/CONTRAINDICAÇÃO:

Indicação: pacientes em tratamento de patologias

oculares, dilatação pupilar, anestesia, melhoria

dos tecidos oculares irritados, lubrificação ocular

em pacientes em coma, sedados e inconscientes.

Contraindicação: pacientes em pós-operatório

imediato de cirurgia ocular.

3-RESPONSABILIDADE:

Enfermeiro e Auxiliar de Enfermagem.

4-RISCOS/PONTOS CRÍTICOS:

•Verificação do medicamento prescrito, olho a

ser tratado e dose;

•Irritação ocular; dor e ardor;

•Infecções por má realização do procedimento.

5-MATERIAL:

Gaze, conta-gotas e medicação prescrita, lenço de

papel, bandeja, luva de procedimento se

necessário.

6-DESCRIÇÃO DA TÉCNICA:

Ação da Enfermagem Justificativa

01-Higienizar as mãos;

02- Conferir a prescrição médica, preparar o

material e levá-lo numa bandeja até o paciente;

03-Explicar o procedimento ao paciente;

04-Utilizar luvas de procedimento, se houver

presença de secreção;

05-Fazer ou auxiliar o paciente na lavagem dos

olhos, com água, se houver presença de

secreção/residuos;

06-Lavar e secar no sentido do canto interno do

olho para o externo;

01- Reduzir transmissão de microrganismo;

02- Evitar erros; facilitar a organização e o

controle eficiente do tempo;

03-Reduzir ansiedade e propiciar cooperação;

04- Proporcionar barreira física entre as mãos e

fluidos corporais;

05- Evitar que os resíduos sejam transportados

para dentro do olho quando o saco conjuntival

estiver exposto;

06- Evitar que lágrimas ou que o liquido da

lavagem escorram para o olho oposto e evitar o

transporte de resíduos para os dutos lacrimais;

07-Colocar o paciente sentado ou elevar a

cabeceira com a cabeça inclinada para trás;

08-Afastar com os dedos a pálpebra inferior com

auxilio de uma gaze e solicitar que o paciente

olhe para cima;

-Aplicação de colírio:

•Remover o conta-gotas e pingar o número de

gotas prescritas, aproximadamente 1 a 2 cm

acima do saco conjuntival com o cuidado de não

tocar na conjuntiva do paciente.

•Orientar o cliente a fechar os olhos, movê-los e

piscar suavemente.

•Secar o excesso de medicação com um lenço de

papel.

-Aplicação de pomadas:

•Aplicar uma fina camada de pomada ao longo

da extremidade interna da pálpebra inferior (na

conjuntiva), com o cuidado de não tocar a ponta

da bisnaga na conjuntiva do paciente.

•Limpar o excesso com uma gaze.

•Solicitar que o paciente permaneça com o olho

fechado por alguns minutos.

•Contribuir para melhor distribuição da

medicação

•Remover o excesso do medicamento e

promover conforto.

•Distribuir o medicamento igualmente no olho e

nas margens das pálpebras e evita a contaminação

do aplicador.

•Remover o excesso do medicamento e

promover conforto.

7-RECOMENDAÇÕES:

Caso tenham sido prescritas gotas e pomada, as

gotas devem ser instiladas primeiramente.

Utilizar um novo lenço de papel absorvente para

cada olho para evitar contaminação cruzada.

Se a ponta do conta-gotas ou pomada for

contaminada, descarte-os e providencie outro

estéril.

MEDICAÇÃO VIA AURICULAR

1-FINALIDADE:

Auxiliar no tratamento de patologias específicas

no interior do pavilhão auricular, exames

otológicos.

2-INDICAÇÃO/CONTRAINDICAÇÃO:

Page 3: MATERIAL DE APOIO AULA 03 - irp-cdn.multiscreensite.com DE... · acima do saco conjuntival com o cuidado de não tocar na conjuntiva do paciente. • Orientar o cliente a fechar os

AULA 03 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

3

Indicação: pacientes em tratamento de patologias

otológicas, diminuir o cerúmen e alívio da dor e

produzir anestesia local.

Contra-indicação: pacientes com otorragia e em

pós-operatório imediato de cirurgia otológica ou

auricular.

3-RESPONSABILIDADE:

Enfermeiro e Auxiliar de Enfermagem.

4-RISCOS/PONTOS CRÍTICOS:

•Derrame de gotas fora do ouvido por um mau

posicionamento;

•Irritação, dor, ardor, prurido.

5- MATERIAL:

Bandeja, medicação prescrita, conta-gotas, gaze e

luvas de procedimento, se necessário.

6-DESCRIÇÃO DA TÉCNICA:

Ação da Enfermagem Justificativa

01- Higienizar as mãos;

02- Conferir a prescrição e reunir o material em

uma bandeja e levar até o paciente;

03-Explicar o procedimento ao paciente; 04-Colocar o paciente sentado ou deitado, com a

cabeça inclinada lateralmente;

05- Calçar luvas de procedimento.

06-Segurar a porção superior do pavilhão

auricular e puxar suavemente o lóbulo para cima

e para trás em pacientes adultos. Em crianças, o

lóbulo é puxado para baixo e para trás;

07- Com o auxílio de uma fonte de luz, examine o

canal auditivo para verificar se há secreção.Caso

haja, limpe o canal com lenço de papel

absorvente ou cotonete;

08- Pingar a quantidade de gotas prescritas sem

tocar o conta gotas no paciente;

09- Pedir ao paciente para permanecer em

decúbito lateral por 2 a 3 minutos;

10- Repetir o procedimento no lado contrário, se

estiver prescrito;

11- Recolher o material do quarto, deixando o

paciente confortável e encaminhar o material de

descarte ao expurgo;

12- Higienizar as mãos;

13- Checar o procedimento;

14- Realizar anotações de enfermagem no

prontuário corporais;

JUSTIFICATIVA:

01- Reduzir transmissão de microrganismos;

02 -Evitar erros; facilitar a organização e o

controle eficiente do tempo;

03-Reduzir ansiedade e propiciar cooperação;

04- Prevenir a saída das gotas do canal auditivo;

05-Proporcionar barreira física entre as mãos e

fluidos secreção;

06-Ajudar a tornar reto, de maneira apropriada, o

canal auditivo para a instilação;

07- As secreções podem reduzir a eficácia da

medicação;

08- Evitar contaminar o frasco;

09- Para possibilitar que a medicação penetre no

canal;

11- Manter o ambiente em ordem;

12- Reduzir transmissão de microrganismos;

13-Informar que a ação foi realizada;

14- Documentar o cuidado e subsidiar o

tratamento;

7-RECOMENDAÇÕES:

Para aplicação de cremes, faz-se um fuso de

gaze colocando creme na extremidade. Deve-se

introduzir no ouvido com o auxilio de uma pinça.

A medicação deve ser administrada em

temperatura ambiente, se estiver guardada em

geladeira, retirar e aguardar o tempo necessário.

Orientar o paciente para permanecer alguns

minutos em posição lateral, para evitar refluxo da

medicação.

•Se o cliente apresentar vertigem, mantenha a

grade lateral do leito levantada e ajude-o durante

o procedimento, se necessário.

MEDICAÇÃO VIA NASAL

1-FINALIDADE:

Administrar medicamento através das narinas para

auxilio no tratamento de doenças inflamatórias e

infecciosas das vias respiratórias superiores ou para

serem absorvidos sistematicamente.

2-INDICAÇÃO/CONTRAINDICAÇÃO:

Indicação: pacientes em tratamento de patologias

inflamatórias/infecciosas das vias aéreas superiores ou

servir de via de absorção para determinados

medicamentos e tratamentos hormonais.

Page 4: MATERIAL DE APOIO AULA 03 - irp-cdn.multiscreensite.com DE... · acima do saco conjuntival com o cuidado de não tocar na conjuntiva do paciente. • Orientar o cliente a fechar os

AULA 03 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

4

Contra-indicação: pacientes com epistaxe e em pós-

operatório imediato de cirurgias de

otorrinolaringologia e rinoplastia.

3-RESPONSABILIDADE:

Enfermeiro e Auxiliar de Enfermagem.

4-RISCOS/PONTOS CRÍTICOS:

Irritação, dor, epistaxe, ardor.

5-MATERIAL:

Bandeja, lenços de papel ou gaze, conta gotas e

medicação prescrita.

6-DESCRIÇÃO DA TÉCNICA:

Ação da Enfermagem Justificativa

1- Higienizar as mãos;

2- Conferir a prescrição e reunir todo o material

necessário numa bandeja e levá-lo até o paciente;

3- Explicar o procedimento ao paciente;

4- Solicitar para que limpe as narinas com lenços de

papel;

5- Colocar o paciente sentado ou elevar a cabeceira;

6- Higienizar as mãos;

7- Para acesso do medicamento:

•à faringe posterior: solicitar ao paciente que incline

a cabeça para trás.

•ao seio etmóide ou esfenóide: colocar um travesseiro

sob os ombros e inclinar a cabeça do paciente para

trás.

•aos seios frontais e maxilares: solicitar ao paciente

que incline a cabeça para trás e para o lado que deve

ser tratado.

8- Pingar as gotas nas narinas, não tocar nas paredes

da narina;

09- Observar a reação do paciente e posicioná-lo

novamente no leito, de acordo com sua necessidade;

10-Recolher o material, colocá-lo na bandeja e

encaminhar ao expurgo;

11-Higienizar as mãos;

12-Checar o procedimento;

13- Realizar anotações de enfermagem no prontuário.

JUSTIFICATIVA:

01- Reduzir transmissão de microrganismo;

02 -Evitar erros; facilitar a organização e o controle

eficiente do tempo;

03-Reduzir ansiedade e propiciar cooperação;

06- Reduzir transmissão de microrganismo;

07- Facilitar o depósito da droga onde seu efeito é

desejado;

08-Evitar contaminar o conta-gotas e que o cliente

espirre;

10-Manter o ambiente em ordem;

11-Reduzir transmissão de microrganismo;

12- Informar que a ação foi realizada;

13-Documentar o cuidado e subsidiar o tratamento;

7-RECOMENDAÇÕES:

Orientar o paciente a não assoar o nariz

imediatamente após a instilação da medicação, apesar

do desconforto que ela pode vir a causar.

MEDICAÇÃO VIA ORAL

1-FINALIDADE:

Administrar medicações com apresentação em

cápsulas, suspensão, gotas, comprimidos e pós, que

são absorvidas pelo

trato gastrintestinal.

2-INDICAÇÃO/CONTRAINDICAÇÃO:

Indicação: todos os pacientes conscientes e com boas

condições de deglutição.

Contra-indicação: pacientes inconscientes, com

distúrbio de deglutição e/ou rebaixamento do nível de

consciência, náuseas e vômitos.

3 - RESPONSABILIDADE:

Enfermeiro e Auxiliar de Enfermagem.

4 – RISCOS/PONTOS CRÍTICOS:

Engasgos, dificuldade em engolir comprimidos,

drágeas e/ou cápsulas; paciente desprezar o

comprimido na ausência da enfermagem; medicações

com apresentação de comprimidos que precisam ser

macerados, risco para sub ou super dosagem, absorção

variável, período de latência médio a longo, ação do

suco gástrico, sabor, pH do trato intestinal.

5- MATERIAL

Bandeja, copinhos descartáveis, fita crepe e etiqueta,

seringa, triturador de comprimidos, espátula,

canudinho, conta-gotas, papel toalha, medicamento

prescrito e copo com água.

6- DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO

Ação da Enfermagem Justificativa

01- Higienizar as mãos;

02- Conferir a prescrição e reunir o material em uma

bandeja;

03- Identificar os copinhos com os rótulos;

04- Colocar os medicamentos no copinho sem tocá-

los.

Usar seringa ou medidor para os líquidos;

05- Diluir o medicamento com água, quando

necessário;

06- Levar a bandeja até o paciente e colocá-la na mesa

de cabeceira;

07- Informar o procedimento ao paciente;

08- Conferir a etiqueta com os dados do paciente;

Page 5: MATERIAL DE APOIO AULA 03 - irp-cdn.multiscreensite.com DE... · acima do saco conjuntival com o cuidado de não tocar na conjuntiva do paciente. • Orientar o cliente a fechar os

AULA 03 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

5

09- Colocar o paciente sentado ou em decúbito

elevado;

10- Entregar o copinho com o medicamento e copo

com água ao paciente;

11- Esperar o paciente deglutir todos os

medicamentos;

12- Recolher o material e coloca-lo na bandeja;

13- Recolocar o paciente em posição confortável e

segura;

14- Desprezer o material descartável no lixo;

15-Higienizar as mãos;

16- Checar o procedimento;

17- Realizar anotações de enfermagem no prontuário.

JUSTIFICATIVA

01- Reduzir transmissão de microrganismos;

02- Evitar erros; facilitar a organização e o controle

eficiente do tempo;

03- Evitar possíveis erros;

04- Apoiar os princípios de assepsia;

07-Reduzir ansiedade e propiciar cooperação;

08- Evitar possíveis erros;

09- Facilitar a deglutição e evitar a aspiração;

10- A água umidifica as mucosas e evita que o

medicamento grude;

11- Garantir a administração adequada;

12- Manter o ambiente em ordem;

13- Demonstrar preocupação com o seu bem estar;

15-Reduzir a transmissão de microrganismos;

16- Informar que a ação foi realizada;

17-Documentar o cuidado e subsidiar o tratamento;

7-RECOMENDAÇÕES:

•Todo medicamento deve ser checado após sua

administração e, se não foi dado, deve-se circular o

horário e anotar

o motivo no espaço reservado para anotação de

enfermagem.

•Deve-se observar e anotar qualquer tipo de reação

por um paciente após receber determinado

medicamento.

•Caso o paciente se mostre confuso ou desorientado,

é necessário verificar o interior de sua boca para se

certificar de que ele engoliu a medicação.

•Se o cliente recusar alguma medicação, registre a

recusa e notifique o enfermeiro

•Caso não haja possibilidade do paciente deglutir

cápsulas, não se deve abri-las e administrar seu

conteúdo diluído.

Nesse caso, recomenda-se verificar com o médico a

possibilidade de alteração da terapêutica

medicamentosa.

MEDICAÇÃO VIA SUBLINGUAL

1–FINALIDADE:

Administrar medicações por via sublingual para serem

absorvidos diretamente pelos pequenos vasos

sanguíneos ali situados, sem passar através da parede

intestinal e pelo fígado. Essas substâncias atuam

rapidamente porque o epitélio fino e a abundante

vasculatura da mucosa bucal possibilitam a absorção

direta pela corrente sanguínea.

2–INDICAÇÃO/CONTRAINDICAÇÃO:

Indicação: todos os pacientes.

Contra-indicação: lesão mucosa oral.

3–RESPONSABILIDADE:

Enfermeiro e Auxiliar de Enfermagem.

4–RISCOS/PONTOS CRÍTICOS:

•Não colaboração do paciente consciente;

•Irritabilidade da mucosa;

•Dificuldade em pediatria.

5-MATERIAL:

Bandeja, copinhos de medicação, fita adesiva ou

etiqueta, medicamento prescrito.

6- DESCRIÇÃO DA TÉCNICA:

Ação de enfermagem justificativa

01-Higienizar as mãos;

02-Conferir a prescrição e reunir o material;

03-Identificar os copinhos com os rótulos;

04-Colocar os medicamentos no copinho sem tocá-

los;

05-Levar a bandeja até o paciente e colocá-la na mesa

de cabeceira;

06- Informar o procedimento ao paciente;

07-Entregar o medicamento ao paciente orientando-o

para colocá-lo sob a língua sem mastigar ou deglutir

até que ele se dissolva totalmente;

08-Recolher o material, desprezando o copinho no

lixo;

09-Higienizar as mãos;

10-Checar o procedimento;

11- Realizar anotações de enfermagem no prontuário.

JUSTIFICATIVA:

01- Reduzir transmissão de microrganismo;

02- Evitar erros; facilitar a organização e o controle

eficiente do tempo;

03- Evitar possíveis erros;

04- Evitar contaminação;

Page 6: MATERIAL DE APOIO AULA 03 - irp-cdn.multiscreensite.com DE... · acima do saco conjuntival com o cuidado de não tocar na conjuntiva do paciente. • Orientar o cliente a fechar os

AULA 03 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

6

06- Propiciar a colaboração;

07- Garantir a absorção completa do medicamento;

09- Reduzir transmissão de microrganismo;

10-Informar que a ação foi realizada;

11- Documentar o cuidado e subsidiar o tratamento;

7-RECOMENDAÇÕES:

•Advirta o cliente a não mastigar o comprimido nem

tocá-lo com a língua, para evitar deglutição acidental.

•Em medicações com ação anti hipertensiva, verificar

a pressão arterial a cada 30 minutos por 2 horas em

média.

•Em casos de reações adversas, comunicar

enfermeiro e médico;

•Verificar o nível de consciência do paciente a fim de

avaliar se a terapia medicamentosa por via sub-lingual

deve ser revista junto ao médico.

MEDICAÇÃO VIA NASOGÁSTRICA/ENTERAL

1-FINALIDADE:

Administrar medicações por sonda a pacientes com

impossibilidades, dificuldades ou contra indicações de

deglutição.

2-INDICAÇÃO/CONTRAINDICAÇÃO:

Indicação: pacientes em uso de sonda e com

impossibilidade de deglutir.

Contra-indicação: jejum, sangramento.

3-RESPONSABILIDADE:

Enfermeiro e Auxiliar de Enfermagem.

4–RISCOS/PONTOS CRÍTICOS:

Obstrução da sonda, má absorção por via gástrica, má

localização da sonda, refluxo gástrico e

broncoaspiração.

5-MATERIAL:

Bandeja, triturador de comprimido e medicação

prescrita, seringas, luva de procedimento,

estetoscópio, copo com água filtrada, cuba-rim, gaze,

papel toalha e fita adesiva/etiqueta.

6- DESCRIÇÃO DA TÉCNICA:

Ação de Enfermagem Justificativa

01-Conferir a prescrição médica; 01- Evitar erros;

02- Fazer etiquetas de identificação com informações

do paciente e medicamento;

03- Reunir o material em uma bandeja;

04-Higienizar as mãos;

05- Retirar o medicamento e:

a. Se for solução – aspirar a dose prescrita com uma

seringa de 10 ou 20ml

b. Se for comprimido – retirar da embalagem, triturar

até tornar pó, diluir em 10ml de água potável e aspirar

com seringa de 10 ou 20ml

06-Identificar a seringa com etiqueta;

07-Levar a bandeja até o quarto e colocá-la na mesa

de cabeceira;

08-Explicar o procedimento ao paciente ou

acompanhante;

09-Solicitar ao paciente que fique sentado ou colocá-

lo em posição de “Fowler” ou “semi-Fowler”;

10- Higienizar as mãos e calçar luvas de

procedimento;

11-Testar a permeabilidade e o posicionamento da

sonda;

12-Adaptar seringa na sonda;

13-Injetar lentamente toda a medicação;

14-Após a última administração,lavar a

sonda/gastrostomia sob pressão com água potável;

15-Deixar a sonda fechada e manter o paciente

confortável;

16-Reunir o material utilizado;

17-Retirar as luvas e higienizar as mãos;

18-Checar o procedimento;

19-Realizar anotações de enfermagem no prontuário.

7-RECOMENDAÇÕES:

•Realizar o teste de posicionamento da sonda

(ausculta) certificando-se da localização da mesma,

antes da administração da medicação.

•Anotar o total de líquidos infundidos, incluindo a

diluição, a fim de garantir o controle do balanço

hídrico.

•Medicações oleosas e com revestimento entérico ou

comprimidos ou cápsulas de liberação controlada são

contra indicadas para administração por SNG.

Medicações oleosas aderem à parede da sonda e

resistem a mistura com soluções de irrigação e o

esmagamento de comprimidos com revestimento

entérico ou de liberação controlada, para facilitar o

transporte através da sonda, destrói as suas

propriedades pretendidas.

•Após administração da medicação injetar:

Crianças com SNG nº 8FR – 5 ml de água filtrada

SNG nº 10FR – 7 ml de água filtrada

SNE nº 6FR – 8 ml de água filtrada

SNE nº 8FR – 10 ml de água filtrada

Adulto – SNE ou SNG – 20ml de água filtrada

Observação:

•No caso de SNG aberta, o tempo de fechamento da

sonda é em torno de 60 minutos, variando conforme o

tempo de absorção da medicação.

Page 7: MATERIAL DE APOIO AULA 03 - irp-cdn.multiscreensite.com DE... · acima do saco conjuntival com o cuidado de não tocar na conjuntiva do paciente. • Orientar o cliente a fechar os

AULA 03 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

7

•Evite sempre que possível esquemas de

medicamentos que freqüentemente interrompam a

alimentação

gastroentérica.

•Dissolver e administrar cada medicamento

separadamente, lavando a sonda com água potável

entre as medicações.

MEDICAÇÃO VIA CUTÂNEA

1-FINALIDADE:

Aplicação de medicamentos na pele para efeito local

constante e lento.

2-INDICAÇÃO/CONTRAINDICAÇÃO:

Indicação: quando há necessidade que ocorra efeito

local e constante da medicação.

Contra-indicação: lesão de pele e mucosa.

3-RESPONSABILIDADE:

Enfermeiro e Auxiliar de Enfermagem.

4–RISCOS/PONTOS CRÍTICOS:

•Absorção incompleta do fármaco;

•Não colaboração do paciente;

•Irritação, eritema ou reação alérgica no local da

aplicação.

5-MATERIAL:

Luvas de procedimento, bandeja, gaze, espátula e

medicamento prescrito.

6- DESCRIÇÃO DA TÉCNICA:

Ação de Enfermagem Justificativa

01-Higienizar as mãos;

02- Conferir a prescrição e reunir o material na

bandeja;

03-Levar a bandeja ao quarto do paciente e colocá-la

na mesa de cabeceira;

04-Explicar o procedimento ao paciente;

05-Colocar o paciente na posição mais adequada ao

procedimento;

06-Higienizar as mãos e calçar luvas;

07-Expor a área de aplicação e fazer higiene local, se

for necessário;

08-Colocar o medicamento em uma gaze com o

auxílio de uma espátula;

09-Aplicar o medicamento na área indicada e espalhar

delicadamente, se necessário, enfaixe o local;

10-Recolher o material do quarto e encaminhar ao

expurgo;

11-Desprezar o material, lavar a bandeja com água e

Sabão;

12-Retirar as luvas e higienizar as mãos;

13-Checar o procedimento;

14-Realizar as anotações de enfermagem no

prontuário

10-Manter o ambiente em ordem;

12- Reduzir transmissão de microrganismos;

13- Informar que a ação foi realizada;

14-Documentar o cuidado e subsidiar o tratamento;

JUSTIFICATIVA:

01-Reduzir transmissão de microorganismo;

02- Evitar erros; facilitar a organização e o controle

eficiente do tempo;

04-Reduzir ansiedade e propiciar cooperação;

06- Reduzir a transmissão de microrganismos;

proporcionar barreira física entre as mãos e os fluidos

corporais e evitar absorção pela própria pele;

07- A pele limpa favorece a absorção do

medicamento;

09-Evitar pressão excessiva durante a aplicação, pois

poderá causar abrasão da pele;

7-RECOMENDAÇÕES:

•Nunca aplique medicação sem primeiro remover

aplicações anteriores. O procedimento evita irritação

da pele por acúmulo de medicação

•O próprio paciente pode fazer a aplicação do

medicamento, desde que esteja bem orientado quanto

ao procedimento.

•Os medicamentos de uso tópico, exceto os que

tratam feridas, devem ser aplicados na pele intacta.

•Se o paciente apresentar um ferimento aberto, deve-

se utilizar técnica asséptica.

•Em caso de uso de bisnagas, despreze uma pequena

porção (cerca de 1 cm) e aplique a segunda porção

sobre a

gaze,sem tocá-la.

•Em caso de necessidade de uso de espátulas, não

contamine o medicamento com a espátula que já teve

contato com o paciente.

•Recomendações específicas para uso de patchs:

a) realize tricotomia, se necessário;

b) observe o período de permanência na pele, de

acordo com o medicamento e o fabricante;

c) observe eventuais sinais de reações locais;

d) faça rodízio dos locais de aplicação (conforme o

tipo e o tamanho do patch e suas respectivas

Page 8: MATERIAL DE APOIO AULA 03 - irp-cdn.multiscreensite.com DE... · acima do saco conjuntival com o cuidado de não tocar na conjuntiva do paciente. • Orientar o cliente a fechar os

AULA 03 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

8

recomendações), evitando dobras cutâneas e áreas de

transpiração excessiva.

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA

RETAL

Os medicamentos administrados pela via retal podem

produzir efeitos locais ou sistêmicos. Utiliza-se essa

via nos casos dos pacientes inconscientes, vomitando

ou incapaz de deglutir; para preparo cirúrgico e

diagnóstico, como também para aliviar o intestino do

conteúdo das fezes nos casos de constipação

intestinal.

Os medicamentos administrados por esta via não irrita

o TGI superior, como alguns medicamentos orais. Na

maioria das vezes, não são destruídos pelas enzimas

digestivas e intestinais e eles não sofrem a

biotransformação no fígado, se desviando do sistema

porta, indo direto aos vasos que desembocam na veia

cava inferior. Quando penetra um pouco mais, o

medicamento é absorvido por vasos que drenam para

a veia porta, sofrendo a primeira passagem pelo

fígado.

Desvantagens

• Contra indicado em pacientes que apresentam

distúrbios que afetam o TGI (sangramento retal ou

diarreia, devido absorção irregular ou incompleta);

• A administração retal geralmente estimula o nervo

vago através do esfíncter anal, gerando um risco para

os pacientes cardiopatas;

• Pode irritar a mucosa retal;

• Causar desconforto ou embaraço no paciente;

• A absorção costuma ser irregular e incompleta.

Tipos de medicamentos mais utilizados por via retal:

• Sólidos: supositórios;

• Líquidos: clisteres ou enema;

• Pomadas.

Técnica de administração de supositório por via retal

Caracteriza-se por ser um objeto firme e no formato

de um projétil, feito por uma substância que se

liquefaz em contato com a temperatura corporal,

liberando o medicamento no reto do paciente, sendo

absorvido pela mucosa local.

Os supositórios têm tamanho variável, cerca de 4 cm

para adultos ou menos para crianças.

Contra indicação

Não administre o medicamento em pacientes com

inflamação local, nos casos de arritmias cardíacas ou

que sofreram infarto do miocárdio;

É contra indicado em paciente pós-cirurgia recente no

reto, cólon ou próstata;

Não administre o medicamento em pacientes com dor

abdominal não diagnosticada. Nos quadros de

apendicite, a peristalse causada pela administração

retal pode provocar o rompimento do apêndice. Efeito

local do supositório

Alívio da dor e irritação local;

Tem ação adstringente;

Controla o prurido local;

Reduz a inflamação;

Estimula a defecação;

Lubrifica e limpa;

Alivia cólica e a flatulência;

Alivia náusea e vômitos.

Efeito sistêmico do supositório

Reduz a febre;

Proporciona broncodilatação;

Promove sedação;

Promove tranquilidade e relaxamento.

Executando a técnica

- Providenciar:

O medicamento prescrito;

Várias compressas de gazes;

Luva descartável;

Um campo;

Lubrificante hidrossolúvel;

Uma comadre.

Executando a ação

• Avalie o paciente;

• Oriente a mãe e o paciente sobre a necessidade do

medicamento retal;

• Tenha em mãos a papeleta do paciente e verifique a

prescrição médica; • Proporcione privacidade;

• Coloque o paciente em decúbito lateral esquerdo na

posição de Sims. Cubra-o com lençóis, deixando

expostas apenas as nádegas;

• Coloque um campo sob as nádegas para proteger as

roupas de cama;

Page 9: MATERIAL DE APOIO AULA 03 - irp-cdn.multiscreensite.com DE... · acima do saco conjuntival com o cuidado de não tocar na conjuntiva do paciente. • Orientar o cliente a fechar os

AULA 03 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

9

• Lave as mãos e calce as luvas;

• Retire o supositório da embalagem e aplique nele um

lubrificante hidrossolúvel;

• Usando a mão não-dominante, levante a nádega

superior do paciente para expor o ânus;

• Oriente o paciente a respirar várias vezes pela boca

para relaxar o esfíncter anal, reduzir a ansiedade e o

desconforto durante o procedimento;

• Usando a mão dominante, introduza a extremidade

afilada do supositório no reto do paciente;

• Com o dedo indicador, direcione o supositório

através da parede retal (para que a membrana possa

absorver o medicamento), por cerca de 8 cm ou no

comprimento do seu dedo, até que ultrapasse o

esfíncter anal interno;

• No caso de criança, introduza o supositório apenas

até a primeira articulação do seu dedo. Em lactentes,

utilize o dedo mínimo para introduzir o medicamento;

• Promova o conforto do paciente. Mantenha-o

deitado tranquilamente, e oriente a retê-lo por um

período de tempo;

• Em crianças menores, comprima as fáscias internas

das nádegas com os dedos, para reter o supositório no

reto e ocorrer a absorção do medicamento;

• Um supositório administrado para aliviar a

constipação intestinal deve ser retido por pelo menos

20 minutos, para que seja eficaz;

• Após o período de tempo necessário ou limitado

pelo paciente, coloque-o sobre a comadre ou

encaminhe ao banheiro para defecar;

• Registrar no prontuário as alterações e a resposta do

paciente ao procedimento. Checar na prescrição

médica o medicamento e o horário de administração.

Observações de Enfermagem

Mantenha os supositórios retais no refrigerador, a fim

de conservá-los firmes e manter a eficácia do

medicamento.

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTO

VAGINAL

Os medicamentos de uso vaginal são apresentados sob

a forma de cremes, supositórios, gel, pomadas e

soluções, sendo administrados através de um

aplicador que vem acompanhando o produto. Estes

medicamentos são usados para tratar infecções

causadas por trichomonas vaginalis e candidíase,

processo inflamatório, ou para evitar a concepção. Em

contato com a mucosa vaginal, difundem-se

rapidamente, aumentado sua eficácia quando a

paciente puder permanecer deitada a fim de reter o

medicamento.

Executando a Técnica

- Providenciar:

• O medicamento prescrito com aplicador, se

necessário;

• Lubrificante hidrossolúvel;

• Luvas;

• Um absorvente;

• Uma toalha absorvente;

• Um campo e um cobertor;

• Bolas de algodão;

• Compressas de gaze;

• Toalha de papel;

• Água e sabão.

Executando a ação

• Verifique a prescrição médica;

• Oriente a mãe e o paciente sobre o procedimento;

• Proporcione privacidade;

• Peça a paciente para urinar;

• Auxilie a paciente a ficar em posição de litotomia;

• Cubra suas nádegas com o campo e as pernas com a

coberta, expondo apenas o períneo;

• Lave as mãos e calce as luvas;

• Aperte uma pequena parte do lubrificante

hidrossolúvel sobre a compressa de gaze;

• Desembale o supositório e cubra-o com o

lubrificante;

• No caso do medicamento ser um gel ou espuma,

encha o aplicador conforme a prescrição e lubrifique

sua extremidade com o lubrificante hidrossolúvel; • A

seguir, separe os lábios vaginais da paciente;

• Avalie a períneo da paciente, na presença de

escoriação, suspenda a aplicação e comunique o

médico;

• Na presença de secreção, lave o local utilizando

bolas de algodão umedecidas com água morna e

sabão, na técnica correta;

• Com os grandes lábios separados, introduza a

extremidade arredondada do supositório na vagina,

empurrando-o cerca de 8 a 10 cm (ou mais) ao longo

da parede posterior da vagina;

• No caso do uso do aplicador, com a mão dominante

introduza-o cerca de 5 cm na vagina da paciente,

direcionando inicialmente o aplicador para baixo, no

sentido da coluna vertebral da paciente e, em seguida,

para trás no sentido do colo;

• Pressione o êmbolo até liberar por completo o

medicamento no aplicador;

• Retire o aplicador e coloque-o sobre a toalha de

papel para evitar disseminação de microrganismos;

• Oriente a paciente a permanecer deitada por cerca de

5 a 10 minutos com os joelhos flexionados, para

Page 10: MATERIAL DE APOIO AULA 03 - irp-cdn.multiscreensite.com DE... · acima do saco conjuntival com o cuidado de não tocar na conjuntiva do paciente. • Orientar o cliente a fechar os

AULA 03 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

10

ocorrer a absorção do medicamento e permitir que

flua até o fórnix posterior;

• No caso de supositório, a paciente deve permanecer

deitada por cerca de 30 minutos, a fim de possibilitar

que o supositório derreta;

• Oriente a paciente a usar um absorvente a fim de

impedir que sua roupa íntima ou roupa de cama

fiquem manchadas;

• Lave o aplicador com água e sabão e guarde-o em

local apropriado ou descarte-o conforme padronização

da instituição;

• Cheque o medicamento na papeleta do paciente.

Registre a data, hora e o método de administração do

medicamento; a coloração e a consistência da

secreção vaginal se houver os efeitos adversos ao

medicamento, e a tolerância do paciente ao

procedimento.

Observações de Enfermagem

• Oriente a paciente a não usar tampão vaginal após a

aplicação do medicamento, para impedir a sua

absorção e diminuir a eficácia do medicamento;

• Procure administrar o medicamento na hora de

dormir, quando a paciente estiver deitada;

• Mantenha o gel, o supositório e a espuma de uso

vaginal sob refrigeração, para evitar que derretam.

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR

VIA SUBCUTÂNEA

A administração subcutânea (SC), é injetada pequena

quantidade de medicamento líquido (0,5 a 2,0 ml) no

tecido subcutâneo abaixo da pele do paciente.

Indicada para administrar anticoagulantes (heparina,

clexane), hipoglicemiantes (insulina) e vacinas

(antirrábica e anti-sarampo). O medicamento é

absorvido lentamente para dentro dos capilares

próximos, conferindo efeito prolongado do

medicamento.

Vantagens

• Provoca pouco trauma tecidual;

• Baixo risco de atingir vasos sanguíneos e nervos.

Contra indicação

• Nas áreas que estejam inflamadas, edemaciadas,

endurecidas, cicatrizadas ou cobertas por uma

mancha, marca de nascença ou outra lesão;

• Não administrar quando a pele ou tecido subjacente

estiver muito adiposo;

• Pacientes com coagulação comprometida como

doença vascular oclusiva e má perfusão – retarda a

absorção.

Locais recomendados para aplicação

• Face externa do antebraço;

• Face externa ou anterior da coxa;

• Parede abdominal;

• Introduzir apenas 2/3 da agulha em pacientes

magros.

Agulhas utilizadas

• Aspiração 25 x 7 ou 25 x 8;

• Aplicação 13 x 3,8, 13 x 4,5 ou 10 x 5.

Angulações da agulha

• Indivíduos magros: ângulo de 30°;

• Indivíduos normais: ângulo de 45°;

• Indivíduos obesos: ângulo de 90º.

Executando a técnica

- Providenciar:

• O medicamento preparado com uma seringa

apropriada;

• Uma agulha de tamanho apropriado;

• Luvas;

• Duas compressas de gaze com álcool.

Executando a ação

• Verifique a prescrição médica;

• Explique o procedimento ao paciente;

• Escolha um local de injeção apropriado. Se for

administrar insulina, use os braços, o abdome, as

coxas ou as nádegas do paciente. Se for administrar

heparina, utilize a parte inferior do abdome;

• Antes de ministrar a injeção, você pode aplicar uma

compressa fria no local de injeção para minimizar a

dor;

• Lave as mãos e calce as luvas;

• Posicione e cubra o paciente, se necessário;

• Quando estiver administrando insulina, inverta

suavemente e role o frasco para homogeneizar o

medicamento. Não agite o frasco porque bolhas de ar

Page 11: MATERIAL DE APOIO AULA 03 - irp-cdn.multiscreensite.com DE... · acima do saco conjuntival com o cuidado de não tocar na conjuntiva do paciente. • Orientar o cliente a fechar os

AULA 03 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

11

poderiam entrar na seringa e reduzir a dose

administrada;

• Limpe o local de injeção com uma compressa com

álcool, começando no centro do local e movendo para

fora, em um movimento circular. Deixe a pele secar

ao ar ambiente para evitar a sensação de ferroada;

• Se desejar, abra a segunda compressa com álcool e

coloque-a entre os dedos indicador e médio de sua

mão não-dominante;

• Retire a capa de proteção da agulha;

• Com sua mão não-dominante, segure a pele ao redor

do local de injeção e eleve firmemente o tecido

subcutâneo para formar uma dobra adiposa de 2,5 cm

(1,25 cm para a heparina). Quando o paciente é de

grande porte, você pode afastar a pele, retesando-a,

em vez de formar uma dobra;

• Com sua mão dominante, introduza a agulha de

maneira rápida e suave em um ângulo de 45 a 90

graus com a superfície cutânea, conforme mostra a

figura, dependendo do comprimento da agulha e da

quantidade de tecido subcutâneo presente. Alguns

medicamentos, como a heparina, sempre devem ser

injetados em um ângulo de 90 graus;

• Libere a pele do paciente, porque a injeção de um

medicamento dentro do tecido comprimido pode

irritar as fibras nervosas. Em seguida, injete o

medicamento;

• Quando estiver injetando insulina, faça isso durante

2 a 4 segundos. A injeção mais lenta pode obstruir a

agulha e alterar a dose;

• Verifique se no local de injeção há sangramento ou

equimose. Quando o sangramento prossegue, aplique

pressão. Quando se desenvolve uma equimose,

aplique gelo. Observe as reações adversas no local de

injeção durante 30 minutos;

• Descarte os materiais descartáveis em local

apropriado. Não encape a agulha;

• Anote a data e o horário da injeção, o medicamento e

a dose administrada, o local de injeção utilizado e a

reação do paciente ao medicamento. Quando o

paciente for auto administrar as injeções em casa,

anote as instruções oferecidas, os materiais

fornecidos, a resposta do paciente ao ensino com

demonstrações de retorno fornecidas.

Observações de Enfermagem

• Quando o paciente tem peso médio, você pode

alcançar o tecido SC usando uma agulha de 1,25 cm e

inserindo-a em um ângulo de 90 graus; quando o

paciente é magro ou é uma criança, use uma agulha de

1,5 cm e introduza-a em um ângulo de 45 graus;

• Quando estiver administrando insulina, verifique

duas vezes se você tem o tipo certo, a dose unitária e a

seringa. Antes de misturar insulinas em uma seringa,

certifique-se de que elas são compatíveis e que esteja

seguindo prescrição médica. Oriente-se com o

farmacêutico do hospital ou unidade de atendimento,

qual insulina aspirar em primeiro lugar. Não misture

insulinas de diferentes purezas ou origens;

• Quando estiver administrando injeções SC repetidas,

faça rodízio dos locais de injeção;

• Não administre injeções de heparina dentro de um

raio de 5 cm de uma cicatriz, de uma equimose ou do

umbigo;

• Não aspire o sangue quando se administra insulina

ou heparina. Isso é desnecessário com a insulina e

pode causar um hematoma com a heparina;

• Não massageie o local após a administração de

insulina ou heparina.

Orientações ao paciente

• Se o paciente faz auto aplicação de injeções SC em

casa, ensine-o sobre o modo correto para realizar o

procedimento. Quando possível, envie-o para casa

com as instruções por escrito para ajudar no ensino;

• Oriente-o que as diferentes marcas de seringas têm

quantidades diferentes do espaço entre a linha inferior

e a agulha. Sugira a ele que comunique ao médico ou

farmacêutico quando mudar a marca da seringa que

ele utiliza.

MEDICAÇÃO VIA INTRAMUSCULAR

injeção intramuscular pode ser aplicada no glúteo, no

braço ou na coxa, e serve para administrar vacinas ou

remédios como o Voltaren ou o Benzetacil, por

exemplo.

Para aplicar uma injeção intramuscular deve-se seguir

os seguintes passos:

Posicionar a pessoa de acordo com o local de

aplicação da injeção, por exemplo, se for no braço,

deve estar sentada, enquanto se for no glúteo, deve

estar deitada de barriga para baixo ou de lado;

Aspirar o remédio para a seringa esterilizada, com a

ajuda de uma agulha também esterilizada;

Passar uma gaze com álcool na pele do local de

aplicação da injeção;

Fazer uma prega na pele com o polegar e o indicador,

no caso do braço ou da coxa. Não é necessário fazer a

prega no caso do glúteo;

Inserir a agulha num ângulo de 90º, mantendo a prega.

No caso da aplicação da injeção no glúteo, deve-se

inserir primeiro a agulha e só depois juntar a seringa;

Page 12: MATERIAL DE APOIO AULA 03 - irp-cdn.multiscreensite.com DE... · acima do saco conjuntival com o cuidado de não tocar na conjuntiva do paciente. • Orientar o cliente a fechar os

AULA 03 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

12

Empurrar o êmbolo da seringa lentamente enquanto se

mantém a prega na pele;

Remover a injeção, desfazer a prega na pele e

pressionar com uma gaze limpa durante 30 segundos;

Colocar um band-aid no local da aplicação da injeção.

Se ao aplicar a injeção surgir sangue na seringa deve-

se retirá-la e voltar a inseri-la um pouco mais ao lado,

pois a presença de sangue indica que um vaso

sanguíneo foi atingido e que a injeção não será feita

no músculo.

As injeções intramusculares, especialmente em bebês

ou crianças pequenas, só devem ser aplicadas por um

enfermeiro ou farmacêutico treinados para evitar

complicações graves, como infeção, abcesso ou

paralisia.

Como escolher o melhor local

A injeção intramuscular pode ser aplicada no glúteo,

no braço ou na coxa, dependendo do tipo de

medicamento e da quantidade a administrar:

1. Injeção no glúteo

Para saber qual o local exato da aplicação da injeção

intramuscular no glúteo deve-se dividir o glúteo em 4

partes iguais e colocar 3 dedos, na diagonal, no

quadrante superior direito, junto à interseção das

linhas imaginárias, como mostra a primeira imagem.

Desta forma é possível evitar ferir o nervo ciático que

pode causar paralisia.

Quando administrar no glúteo: é o local mais utilizado

na injeção de medicamentos muito espessos ou com

mais de 3 mL, como Voltaren, Coltrax ou Benzetacil.

2. Injeção no braço

O local da injeção intramuscular no braço é o

triângulo assinalado na imagem:

Quando administrar no braço: geralmente é usada para

administrar vacinas ou medicamentos com menos de

3mL.

3. Injeção na coxa

4.

Para a injeção na coxa, o local de aplicação situa-se na

parte lateral externa, um palmo acima do joelho e um

palmo abaixo do osso da coxa, como mostra a

imagem:

Quando administrar na coxa: este local de injeção é

o mais seguro, pois o risco de atingir um nervo ou

vaso sanguíneo é menor, e por isso deve ser o

preferido para alguém que tem pouca prática em

aplicar injeções.

O que acontece se a injeção for mal aplicada?

A injeção intramuscular mal aplicada pode causar:

Dor intensa e endurecimento do local da injeção;

Vermelhidão da pele;

Diminuição da sensibilidade no local da aplicação;

Inchaço na pele no local da injeção;

Paralisia ou necrose, que é a morte do músculo.

Desta forma, é muito importante que a injeção seja

aplicada, de preferência, por um enfermeiro ou

farmacêutico treinado, de forma a evitar estas

complicações que, em casos graves, podem colocar

em perigo a vida da pessoa.

MEDICAMENTOS VIA ENDOVENOSA

Page 13: MATERIAL DE APOIO AULA 03 - irp-cdn.multiscreensite.com DE... · acima do saco conjuntival com o cuidado de não tocar na conjuntiva do paciente. • Orientar o cliente a fechar os

AULA 03 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

13

A administração de medicamento por via endovenosa

(EV) permite a aplicação de medicações diretamente

na corrente sanguínea através de uma veia, obtendo

assim resposta do paciente¤cliente imediata do

medicamento. A administração pode variar desde uma

única dose até uma infusão continua.

Locais mais indicados para punção endovenosa

Região cefálica – utilizada com frequência na

Pediatria, quando não há possibilidade de realizar a

punção em região periférica. (veia temporal

superficial, veia jugular externa e interna).

Região dos membros superiores – área em que

encontramos vários locais disponíveis para realizar a

punção, como: veia cefálica, veia basílica, veia

mediana do cotovelo, veias da fossa antecubital. A

fossa cubital é veias periféricas de maior calibre e

melhor visualização, bem utilizada em coleta de

exames ou punções de emergências.

Região do dorso da mão – área em que encontramos

veias superficiais de fácil acesso, porém atenção à

punção de longa duração nesse local, pois pode limitar

os movimentos: veia basílica, veia cefálica, veias

metacarpianas dorsais.

Vantagens

- Absorção rápida;

- Rapidez e eficiência na absorção;

- Administração de grandes volumes;

- Administração de drogas que são contra-indicada

nas demais vias;

- Ministrar fluídos no pré, trans e pós-operatório;

- Transfusões sanguíneas;

- Uso em emergências, quando o medicamento deve

ser aplicado com rapidez, para efeito imediato;

- Reposição hidroeletrolítica;

- Amostra de sangue para exame laboratorial;

- Esta via permite soluções hipertônicas, hipotônicas e

isotônicas;

- Ela não tolera drogas em suspensão, oleosas ou ar;

- Injeção direta através de um acesso venoso;

- Infusão intermitente por meio de um acesso

secundário;

- Indicada quando um medicamento deve ser aplicado

como injeção em bollus, para que tenha efeito

terapêutico;

- Possibilita a manutenção do acesso venoso, em caso

de reações adversas;

- Usada com frequência para terapêutica

medicamentosa aplicadas em curtos períodos, a

intervalos variáveis;

Desvantagens

- Se alguma droga for injetada por engano exerce

efeito de imediato. Da mesma forma se o paciente for

alérgico à substância, a repercussão será imediata e

muitas vezes fulminante.

- Risco potencial de infecção, pois cada aplicação

rompe as defesas da pele íntegra.

- Medicamentos administrados com muita rapidez,

quando a velocidade do fluxo não for monitorada com

o cuidado suficiente ou quando medicamentos

incompatíveis forem misturados...

Observações

- A utilização de luvas é obrigatória ao realizar

punção venosa devido ao risco de extravasamento de

sangue.

- A medicação deve ser cristalina, não oleosa e não

conter flocos em suspensão.

- Retirar o ar da seringa.

- Aplicar lentamente observando as reações do

paciente.

- Verificar se a agulha permanece no interior da veia

durante todo o procedimento, puxando o êmbolo

(retorna sangue);

- Retirar a agulha na presença de hematoma e dor. A

nova punção deverá ser em outro local, de preferência

em outro membro.

- Se o paciente possui veias calibrosas distendidas e

facilmente visíveis, executar a punção sem colocar o

garrote, para minimizar os riscos de formação de

hematomas.

- Em caso de hemofobia, pedir ao paciente que desvie

o olhar da seringa.

Procedimento da punção periférica

- Higienizar as mãos antes e após o procedimento;

- Reunir o material para punção;

- Explicar ao paciente¤cliente o que será realizado;

- Deixar o paciente¤cliente em posição confortável

com a área de punção apoiada;

- Escolher o local da punção;

- Calçar luva de procedimento;

- Garrotear o local para melhor visualização da veia;

- Realizar antissepsia do local;

- Realizar a punção com o cateter escolhido, sempre

com o bisel voltado para cima, introduzir a agulha no

ângulo de 45º;

- Após a punção, realizar fixação adequada com

adesivo disponível;

- Identificar o adesivo com data, nome do profissional

que realizou a punção e hora, para controle de uma

nova punção ou troca da fixação do cateter;

- Reunir o material e organizar o ambiente;

- Realizar higiene das mãos e anotação de

enfermagem do procedimento, descrevendo local e

intercorrências.

Page 14: MATERIAL DE APOIO AULA 03 - irp-cdn.multiscreensite.com DE... · acima do saco conjuntival com o cuidado de não tocar na conjuntiva do paciente. • Orientar o cliente a fechar os

AULA 03 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

14

VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE

MEDICAMENTOS: INTRADÉRMICA

Seringa indicada: 01 ml, de preferência para aquelas

com divisão detalhada como as seringas de insulina.

Agulha pequena e fina: 13 X 4,5 ou 13 X 3,8 com

bisel curto.

Locais de Aplicação:

• Características do local de aplicação: pouca

pigmentação e pelos, pouca vascularização superficial

e de fácil acesso.

• Região que concentra as características é a face

ventral do antebraço;

• Região escapular das costas pode ser utilizada se

preenchidos os requisitos acima citados.

• Região do deltoide direito foi padronizada como área

de aplicação do BCG — ID.

Técnica:

01. Lavar as mãos.

02. Preparar o medicamento seguindo a técnica.

03. Firmar a pele com os dedos indicador e polegar da

mão esquerda.

04. Introduzir a agulha com o bisel voltado para cima,

em ângulo de 15º com relação à pele do paciente.

05. Introduzir somente o bisel, aproximadamente

2mm de extensão.

06. Injetar a solução vagarosamente até que tenha

completado a dose — formará uma pápula.

07. Retirar a agulha, sem friccionar o local.

08. Colocar algodão seco somente se houver

sangramento ou extravasamento da droga.

09. Deixar o paciente confortável e o ambiente em

ordem.

10. Providenciar a limpeza e a ordem do material.

11. Lavar as mãos.

12. Anotar o cuidado.

Observação:

A via intradérmica é a única, dentre as quatro aqui

trabalhadas, em que não se indica realizar antissepsia

com álcool a 70%. Pode-se fazer uma higienização

com água e sabonete neutro, da região, se necessário.

Este procedimento é abolido para evitar possíveis

reações alérgicas entre os antissépticos utilizados e o

produto injetado, assim como o mascaramento da

reação esperada nos testes de sensibilidade.

- Não se faz também a aspiração, pois, na derme, não

há riscos de se atingir algum vaso.

- Observar o paciente por alguns minutos após a

aplicação quando o teste for de sensibilidade.

MEDICAÇÃO INALATÓRIA

Este método utiliza o trato respiratório para

transportar o medicamento através da inalação ou da

administração direta para dentro da árvore respiratória

através do tubo endotraqueal. O medicamento, depois

de inalado ou infundido, se move para dentro dos

Page 15: MATERIAL DE APOIO AULA 03 - irp-cdn.multiscreensite.com DE... · acima do saco conjuntival com o cuidado de não tocar na conjuntiva do paciente. • Orientar o cliente a fechar os

AULA 03 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

15

brônquios e, em seguida, atinge os alvéolos do

paciente, sendo difundidos para os capilares

pulmonares. Os medicamentos fornecidos através da

via respiratória podem produzir efeitos locais ou

sistêmicos.

Os aparelhos comumente utilizados para fornecer

medicamentos para o trato respiratório incluem os

inaladores manuais (com ou sem dispositivos

especiais, como as câmaras de manutenção), os

nebulizadores e os aparelhos que suportam a

respiração com pressão positiva intermitente (RPPI).

Administração através de inalador com dose graduada

O medicamento é fornecido através de um inalador

utilizado para disparar a liberação de doses graduadas

do medicamento em aerossol a partir de um

recipiente, que vai estar inserido dentro do inalador.

Em seguida, o paciente pode inalar a névoa fina,

atingindo profundamente os seus pulmões. Os

medicamentos comumente utilizados neste método de

tratamento são os bronco dilatadores ou corticoides.

Executando a técnica:

- Providenciar:

• Um inalador com dose graduada;

• O medicamento prescrito e soro fisiológico normal.

Executando a ação

• Verifique a prescrição médica;

• Agite o recipiente do inalador;

• Retire a tampa do recipiente, vire-o de cabeça para

baixo e introduza o bico no pequeno orifício

localizado na parte achatada do bocal;

• Peça ao paciente para expirar, e então introduza

cerca de 2,5 cm da parte anterior do inalador na boca

do paciente;

• Peça ao paciente para inalar lentamente pela boca até

que sinta o pulmão cheio;

• Quando ele começar a inalar, comprima (apenas uma

vez) o recipiente do medicamento para dentro da

estrutura plástica do inalador para liberar uma dose

graduada do medicamento;

• Peça ao paciente para prender a respiração por

alguns segundos, a seguir, oriente-o a expirar

lentamente, pelos lábios franzidos, como se estivesse

assobiando. A realização dessa conduta produz

pressão retrógrada, ajudando a manter os bronquíolos

abertos, aumentando a absorção e a difusão do

medicamento;

• Oriente o paciente para lavar a boca e fazer

gargarejo com soro fisiológico ou água, a fim de

remover o medicamento da boca e parte posterior da

faringe. Essa etapa ajuda a evitar infecções fúngicas

orais. Após gargarejar, não deve engolir, mas cuspir o

líquido; • Anote a data e a hora, o medicamento

administrado e a resposta do paciente ao tratamento.

Registre os sinais vitais; os ruídos respiratórios antes e

após o tratamento; a quantidade, a coloração e a

consistência do escarro produzido; quaisquer

complicações e as ações de enfermagem

empreendidas.

Observações de Enfermagem

• Quando o paciente não consegue coordenar os

movimentos para inalar o medicamento logo que você

o libera, pode ser preciso colocar um espaçador ou

uma câmara de manutenção no inalador;

• Alguns bronco dilatadores inalados podem provocar

agitação, palpitações, nervosismo e reações de

hipersensibilidade, como exantema, urticária ou

broncoespasmo;

• Administre os bronco dilatadores com cautela a

pacientes com cardiopatia, porque esses

medicamentos podem provocar insuficiência

coronariana, arritmias cardíacas ou hipertensão. Se

ocorrer o broncoespasmo paradoxal, interrompa o

medicamento e chame um médico. Quando o paciente

recebe um corticosteroide inalatório, observe para

evidências de rouquidão ou infecção fúngica na boca

ou na faringe;

• Ensine ao paciente como utilizar o inalador, de modo

que ele possa continuar a terapia medicamentosa em

casa, se necessário. Advirta-o contra o uso do inalador

com frequência superior àquela prescrita pelo médico;

essa atitude pode fazer com que o medicamento perca

a sua eficácia;

• Oriente o paciente a registrar a data, hora de cada

dose e a sua resposta a ela. Esse registro o ajudará

saber a quantidade de doses existentes no frasco do

medicamento. Se ele não puder manter esse registro

com exatidão, ensine-o sobre como estimar a

quantidade do medicamento que ainda resta no

recipiente. Alguns recipientes já vêm com um

contador de doses acoplado;

• Recomende ao paciente lavar a boca após o uso do

inalador, a fim de prevenir infecção fúngica oral;

• Caso a falta de ar se agrave, o medicamento se torne

menos eficiente ou se desenvolve palpitações,

Page 16: MATERIAL DE APOIO AULA 03 - irp-cdn.multiscreensite.com DE... · acima do saco conjuntival com o cuidado de não tocar na conjuntiva do paciente. • Orientar o cliente a fechar os

AULA 03 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

16

nervosismo ou reações de hipersensibilidade, como

um exantema, deverá ser orientado a procurar o

médico;

• No caso de tratamento com broncodilatador e

corticosteroide, oriente o paciente a inalar o

broncodilatador 5 minutos antes do corticosteroide, a

fim de manter seus brônquios mais permeáveis antes

de tomar o corticosteroide;

• Oriente o paciente que aguarde pelo menos 1 minuto

entre as doses de um único medicamento inalado;

• Oriente o paciente sobre a importância de trazer

consigo um cartão de identificação médica,

informando a necessidade do uso de corticosteroides

suplementares durante o estresse ou uma crise

asmática grave.