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Matéria: Direito Previdenciário Professor: Cassius Garcia

Matéria: Professor: Cassius Garcia · 22 da LOCSS, uma contribuição adicional de 2,5% em sua cota patronal. Portanto, na prática, a contribuição das instituições financeiras

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Matéria: Direito Previdenciário

Professor: Cassius Garcia

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Sumário 1. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS ............................................................... 4

2. OBRIGAÇÕES DA EMPRESA E DOS DEMAIS CONTRIBUINTES ......... 19

3. PRAZOS DE RECOLHIMENTO .......................................................... 22

4. RETENÇÃO E RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA .............................. 24

5. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS ............................................................ 28

6. PROVA DA INEXISTÊNCIA DE DÉBITO ........................................... 31

7. PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA ......................................................... 35

8. QUESTÕES COMENTADAS ............................................................... 41

9. LISTA DE QUESTÕES ...................................................................... 65

10. GABARITO ................................................................................... 70

11. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO .................................................... 71

Olá, pessoal!

Bom dia/boa tarde/boa noite/boa madrugada!

Bom dia/boa tarde/boa noite/boa madrugada!

Em uma inocente pesquisa no Instagram (aliás, já estás seguindo meu perfil lá? www.instagram.com/cassiusprev) recebi uma verdadeira AVALANCHE de mensagens relatando que a maior dificuldade de boa parte dos concurseiros ao estudar o Direito Previdenciário está na parte de CUSTEIO/FINANCIAMENTO.

É, de fato, o conteúdo de maior complexidade da disciplina. Muitas contribuições diferentes, alíquotas variadas, prazos distintos para recolhimento... Não é fácil absorver tudo isso.

Resolvi, então, colaborar com os alunos e seguidores, e presenteá-los com um RESUMO do conteúdo. Aqui veremos TUDO sobre o financiamento da previdência social, como podem deduzir do sumário logo acima.

Não é um ‘curso completo’. Não é a melhor opção para quem nunca estudou Direito Previdenciário. É uma revisão e uma compilação dos temas para quem

RESUMO – Financiamento da Seguridade Social; Contribuições; Obrigações; CND; Prescrição e Decadência.

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JÁ estudou, JÁ tentou compreender o conteúdo, JÁ resolveu questões sobre o assunto e ainda sente dificuldade.

O conteúdo aqui disponibilizado foi extraído de meus cursos de Resumos + Questões, disponíveis no Exponencial Concursos*.

*Quem quiser conhecer todos meus cursos — tanto os cursos completos quanto os de resumos — só precisa entrar em https://bit.ly/cassiusprev.

Ao final dos resumos trago algumas questões — em sua maioria, as mais recentes; outras mais antigas, quando cobrem algum assunto relevante da Aula — de bancas variadas, comentadas, para que todos possam perceber como os temas aqui abordados têm sido cobrados.

E se depois da leitura ainda surgirem dúvidas? Ora essa... entrem no Instagram — @cassiusprev — e mandem um Direct. Ou deixem suas dúvidas na caixinha de perguntas do Stories (quase todo dia há uma aberta lá).

Um grande abraço. Bons estudos.

Que Deus permaneça conosco.

“Rebaixai-vos, pois, humildemente, sob a poderosa mão de Deus, para que, na hora oportuna, Ele vos exalte.” 1Pd 5, 6

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Embora as contribuições do art. 195 da Constituição sejam destinadas ao financiamento da seguridade social como um todo, o legislador constituinte achou por bem assegurar que as contribuições sociais (1) da empresa sobre a folha de salários (contribuição patronal) e (2) dos segurados revertam especificamente para o pagamento de benefícios previdenciários. É por esse motivo que essas exações são denominadas contribuições previdenciárias.

Novas Contribuições Sociais

As Contribuições já previstas no art. 195, incisos I a IV, podem ser criadas por lei ordinária. Já a criação de novas contribuições deve se dar por lei complementar. Por força do art. 154, I, da Constituição, vemos que essas novas contribuições, quando criadas, não poderão ter fato gerador e base de cálculo próprios das Contribuições Sociais já discriminadas na Constituição. Mas, segundo o STF, podem ter base de cálculo e fato gerador idênticos aos dos impostos.

Contribuição da União

A contribuição da União é fixada obrigatoriamente na Lei Orçamentária Anual, constituída por recursos adicionais do orçamento fiscal. Além da contribuição obrigatória, se as receitas da Seguridade Social não forem suficientes para pagar os benefícios previdenciários cabe à União cobrir o rombo.

Contribuição da União

Fixação obrigatória na Lei Orçamentária

Recursos adicionais do orçamento fiscal

Insuficiências financeiras da Seguridade Social

também são cobertas pela União

1. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS

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Receitas das Contribuições Sociais

São objeto de estudo do Direito Previdenciário as Contribuições Sociais em sentido estrito, subdivididas em Previdenciárias e Não Previdenciárias, conforme o esquema:

TRIB

UTO

S

Impostos (CF, art. 145, I)

Taxas (CF, art. 145, II)

Contribuições de Melhoria (CF, art. 145, III)

Empréstimos Compulsórios (CF, art. 148)

Contribuições Especiais (CF, art. 149 e 149-A)

CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS

Contribuições Sociais

Contribuições Sociais Gerais (Sistema "S",

salário-educação etc)

Contribuições Sociais em

sentido estrito

Previdenciárias (CF, art. 195, I, 'a' e II)

Não Previdenciárias (as demais do art. 195 da

CF)

CIDE

Contribuições de Interesse

das Categorias Profissionais ou

Econômicas

COSIP

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Contribuição das Empresas

Contribuição Alíquota Observações

Sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas aos segurados empregado e avulso

20%

Essa contribuição NÃO TEM LIMITE MÁXIMO. Se o segurado ganha R$ 20.000,00, a contribuição da empresa será de R$ 4.000,00.

Sobre a remuneração dos contribuintes individuais que prestam serviço à empresa.

20%

A cooperativa de trabalho não recolhe esta contribuição em relação aos seus CI cooperados;

SAT/RAT/GILRAT 1, 2 ou 3%, de acordo com o grau de risco (leve, médio ou grave)

Incide sobre toda a folha de salários da empresa, e o percentual é definido pela ATIVIDADE PREPONDERANTE do estabelecimento.

Adicional ao SAT

6, 9 ou 12%, de acordo com a atividade exercida pelo segurado, que lhe garanta aposentadoria especial aos 25, 20 ou 15 anos.

Incide só sobre a remuneração dos segurados sujeitos a trabalho em condições especiais.

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Ou esquematizado da seguinte forma...

Contribuição das Instituições Financeiras

A contribuição das instituições financeiras é diferenciada — elas pagam MAIS, por incrível que pareça. Devem recolher, por força do disposto no §1º do art. 22 da LOCSS, uma contribuição adicional de 2,5% em sua cota patronal. Portanto, na prática, a contribuição das instituições financeiras sobre a folha de salários é de 22,5%.

Tal 'discriminação' se dá pela aplicação da regra do art. 195, §6º, da CF, a qual autoriza a instituição de alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas.

Contribuição da Cooperativa

A Cooperativa é equiparada a empresa, por força da legislação. Então, todas as contribuições devidas pelas empresas cabem também às cooperativas, quando têm empregados ou tomam serviço de CIs ou avulsos. A relação da cooperativa com os Contribuintes Individuais que a integram não é de

Contribuição das

Empresas

Folha de Salários

Empregado, Avulso e CI -20% sobre o

total da remuneração

GILRAT - 1, 2 ou 3%

STJ - Atividade preponderante por estabelecimento

Adicional GILRAT - 6, 9 ou 12%

Só sobre a remuneração

dos seguradosexpostos a

risco

Receita e Faturamento (PIS/COFINS)

Lucro (CSLL)

Contribuição da Empresa + 2,5% =

Contribuição da Instit. Financeira

Sobre o valor pago a CI cooperado, 5, 7 ou 9% - OBS.:

RFB não cobra (inconstitucionalidade reflexa)

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emprego nem de prestação de serviço; logo, não há recolhimento de cota patronal sobre o valor por ela repassado aos CIs cooperados.

Nunca é demais relembrar que a contribuição da empresa tomadora sobre o valor bruto da NF ou fatura dos serviços prestados por cooperativa (15%) foi declarada inconstitucional pelo STF em 2014 e sua previsão legal teve a execução suspensa pelo Senado Federal em 2016.

Hoje a única obrigação da Cooperativa de Trabalho em relação aos seus CIs cooperados é a retenção e recolhimento da contribuição dos cooperados (20% sobre o salário-de-contribuição).

Já a cooperativa de produção tem a obrigação de recolher a Contribuição Adicional ao SAT sobre a remuneração paga, devida ou creditada aos seus cooperados que estejam sujeitos a agentes nocivos no exercício de suas atividades., como previsto no art. 1º da Lei 10.666/03:

Art. 1º. [...] § 2º Será devida contribuição adicional de doze, nove ou seis pontos percentuais, a cargo da cooperativa de produção, incidente sobre a remuneração paga, devida ou creditada ao cooperado filiado, na hipótese de exercício de atividade que autorize a concessão de aposentadoria especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente.

§ 3º Considera-se cooperativa de produção aquela em que seus associados contribuem com serviços laborativos ou profissionais para a produção em comum de bens, quando a cooperativa detenha por qualquer forma os meios de produção.

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Como sempre, se tiverem dúvidas, perguntem.

ADICIONAL GILRAT

Cooperativa de Produção

Empresa -Regra Geral

6, 9 ou 12%

Empresa - CI Cooperado

5, 7 ou 9%

OBS.: RFB não cobra

(inconstitucionalidade reflexa)

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Contribuição do Clube de Futebol Profissional

Contribuição da Agroindústria

Contribuição da Agroindústria - 2,5% de contribuição patronal +0,1% de GILRAT.

Agroindústria

Cota Patronal 2,5%

GILRAT 0,1%

NÃO se aplica

a rendimentos de serviçosprestados a terceiros

a piscicultura, carcinicultura, suinocultura e avicultura

a florestamento e reflorestamento para

industrialização própria (papelou celulose)

Aplica-se

a rendimentos de outraatividade econômica autônoma,

no mesmo ou em estabelecimento disfinto

Associação Desportiva

REGRA GERAL DAS EMPRESAS

Mantém equipe de futebol

profissional?

Contribuição de 5% da receita bruta de

espetáculos desportivos e patrocínios/

licenciamentos/publici-dade, em SUBSTITUIÇÃO à cota patronal e GILRAT

SIM

NÃO

Ativ. econômica organizada

conforme Arts. 1.039 a 1.092

do CC?

SIM

Nesse caso, alíquota reduzida só se aplica às

atividades diretamente relacionadas

com a equipe de futebol.

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Agroindústria é o produtor rural pessoa jurídica cuja atividade econômica seja a industrialização de produção própria ou de produção própria e adquirida de terceiros.

Contribuição do Produtor Rural Pessoa Física

O empregador rural pessoa física e o consórcio de produtores rurais recolhem:

- 1,2% da receita bruta da comercialização de sua produção, como substituto da contribuição patronal;

- 0,1% da receita bruta da comercialização de sua produção, a título de GILRAT

Essas contribuições substituem exclusivamente a cota patronal e o GILRAT. O empregador rural pessoa física é CONTRIBUINTE INDIVIDUAL e, em razão disso, tem a obrigação de recolher sua contribuição pessoal.

O valor da receita bruta, utilizado como base de cálculo das contribuições ora em estudo, abrange a renda oriunda de...

• Cota Patronal - 1,2%• GILRAT - 0,1%• Contribuição Individual -

20%

Contribuição do Produtor Rural Pessoa Física

Integram a Receita Bruta as seguintes

receitas

Comercialização

da produção

da produção decorrente de parceria ou meação

de artigos de artesanatoDe atividade turística ou de entretenimento no imóvel

Valor de mercado da produção rural dada em

pagamento

Atividade artística

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Contribuição do Empregador Doméstico

Hoje o empregador doméstico contribui com alíquota total de 20%:

Cota patronal – 8%;

GILRAT – 0,8%;

Estas duas alíquotas incidem sobre o salário-de-contribuição do empregado doméstico;

FGTS – 8%;

Multa FGTS – 3,2%.

Já estas incidem sobre a remuneração.

A contribuição destinada à seguridade social é de 8,8%. Os 11,2% restantes são relativos ao FGTS e ao fundo da multa do FGTS.

LICENÇA-MATERNIDADE - nesse período o INSS se responsabiliza pela remuneração. Contudo, o empregador doméstico permanece responsável, nesse período, pelo recolhimento da contribuição a seu encargo (cota patronal, GILRAT, FGTS e Multa FGTS);

Empregador Doméstico

Cota Patronal -

8%

GILRAT -0,8%

FGTS - 8%

Multa FGTS - 3,2%

Durante a licença-maternidade,

PERMANECE pagando as suas contribuições

Também recolhe e paga a contribuição

do empregado doméstico

Contribuições destinadas à Previdência

Social

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Contribuição dos Segurados

1) Empregados, avulsos e domésticos

A contribuição do empregado, inclusive o doméstico, e a do trabalhador avulso é calculada mediante a aplicação da correspondente alíquota sobre o seu salário-de-contribuição mensal, de forma não cumulativa. Dependendo da remuneração do empregado/avulso/doméstico este sofrerá um desconto de 8%, 9% ou 11%. A tabela vigente para o ano de 2019 é a seguinte:

SC Alíquota

Até R$ 1.751,81 8%

De R$ 1.751,82 até R$ 2.919,72 9%

De R$ 2.919,73 até R$ 5.839,45 11%

Se o segurado empregado, avulso ou doméstico prestar serviços a mais de um empregador, a contribuição incidirá sobre o total da remuneração recebida em cada fonte pagadora, salvo se o somatório for superior ao teto máximo (R$ 5.839,45, em 2019). Nessa hipótese, o segurado elegerá a fonte pagadora que primeiro efetuará o desconto cabendo às que se sucederem efetuar o desconto sobre a parcela do salário-de-contribuição complementar até o limite máximo do salário-de-contribuição.

A contribuição sobre o 13º salário é calculada em separado e é devida quando do pagamento da última parcela.

É o empregador que recolhe as contribuições do empregado, doméstico e avulso. Em razão disso, o desconto da contribuição sempre se presumirá feito, oportuna e regularmente, pela empresa, pelo empregador doméstico e pelo OGMO a isso obrigados, não lhes sendo lícito alegarem qualquer omissão para se eximirem do recolhimento, ficando eles diretamente responsáveis pelas importâncias que deixarem de descontar ou tiverem descontado em desacordo com as normas.

• 8, 9 ou 11%, dependendo do valor do SC• Responsabilidade do recolhimento é de

terceiros (empresa, empregador, OGMO)• Presume-se efetuado o desconto da

contribuição pelo responsável

Contribuição do

Empregado, Doméstico e

Avulso

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2) Contribuintes Individuais

Contribuinte Individual Alíquota

PRESTA SERVIÇOS

A

Pessoa física 20% - o CI é responsável pelo recolhimento

Empresa 11% retidos pela empresa e recolhidos juntamente com a cota patronal

EBAS – Entidade Beneficente de Assistência Social

20% retidos pela empresa e por ela recolhidos, sem cota patronal (RPS, art. 216, §26)

EBAS por intermédio de cooperativa de trabalho 20% retidos pela

Cooperativa e por ela recolhidos. Pessoa física por intermédio de

cooperativa de trabalho

Empresa por intermédio de cooperativa de trabalho

11% retidos pela Cooperativa e por ela recolhidos, mas sem cota patronal (RPS, art. 201, §19). Quem paga a cota patronal, nesse caso, é a empresa tomadora de serviços.

Outro CI equiparado a empresa

11%, pois deduz 9% em razão da existência, no caso, de cota patronal.

Trabalhador Rural Pessoa Física

Missão Diplomática e Repartição Consular estrangeiras

CI que abre mão da aposentadoria por tempo de contribuição e opta por receber benefício de valor mínimo

11% sobre o salário mínimo

MEI – Microempreendedor Individual, conforme art. 18-A da LC 123/2006, sem direito à aposentadoria por tempo de contribuição

5% sobre o salário mínimo

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3) Facultativos

Tanto o CI quanto o facultativo que abdicam da aposentadoria por tempo de contribuição podem, se assim o desejarem, computar o período de contribuição reduzida para fins de obtenção dessa prestação previdenciária, mediante complementação do valor (9 ou 15%), com juros, mas sem multa (LOCSS, art. 21, §3º).

4) Segurados Especiais

Os segurados especiais contribuem para a seguridade social mediante a aplicação da alíquota de 1,2% sobre a receita bruta da comercialização de sua produção. Recolherão, ainda, outros 0,1% sobre a mesma base cálculo, destinados especificamente ao custeio das prestações decorrentes de acidente de trabalho. A contribuição seguindo essa sistemática garante ao segurado especial o direito a benefícios no valor de um salário mínimo, excluída a aposentadoria por tempo de contribuição.

Se quiser garantir o direito à aposentadoria por tempo de contribuição, e/ou a rendimentos superiores ao mínimo, pode o segurado especial contribuir sobre seus rendimentos, como se fosse Contribuinte Individual. Nessa hipótese, além da contribuição normal do segurado especial, referida no parágrafo acima, contribuiria com o valor equivalente a 20% de seu salário-de-contribuição.

Facultativo

20% sobre SC

REGRA GERAL

11% sobre SM

Abdica da ATC. Recebe

benefício mínimo

5% sobre SM

Abdica da ATC. Benefício

mínimo. Dono(a) de

casa de baixa renda.

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Produtor Rural Pessoa Física (PRPF)

X

Segurado Especial

É Contribuinte Individual É Segurado Especial

1,2% da receita bruta como cota patronal

1,2% da receita bruta como sua contribuição obrigatória

0,1% de GILRAT 0,1% de GILRAT

Contribuição individual (20%) obrigatória.

Contribuição individual (20%) opcional (continua sendo Segurado Especial)

Contribuições Sociais não-Previdenciárias

Essa não é, por certo, a melhor denominação — seria mais correto dizer ‘não exclusivamente previdenciárias’ — pois os recursos por elas obtidos são destinados à seguridade social que (quem está estudando esse capítulo já tem a OBRIGAÇÃO DE SABER) compreende a Assistência Social, a Saúde e também a Previdência

1) Das Empresas, sobre a receita, o faturamento e o lucro

As contribuições das empresas, incidentes sobre a receita, o faturamento e o lucro, são:

COFINS - incide sobre o faturamento mensal, com alíquota de:

3% para as empresas em geral, sujeitas à incidência cumulativa;

4% para as operadoras de planos de saúde (incidência cumulativa);

7,6% para as empresas sujeitas a incidência não cumulativa.

CSLL - incide sobre o lucro líquido, com alíquota de:

9% - regra geral

15% para as pessoas jurídicas de seguros privados, de capitalização, das cooperativas de crédito e diversas outras instituições financeiras (como os bancos de qualquer espécie, corretoras de câmbio, sociedades de crédito, administradoras de cartões de crédito etc.);

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PIS/PASEP - Incide também sobre o faturamento, como regra geral; mas também pode incidir sobre a folha de salários ou sobre receitas correntes, transferências correntes e de capital.

No caso de incidência cumulativa, as regras são:

Alíquota Base de Cálculo Sujeito Passivo

0,65% Faturamento mensal

Pessoas jurídicas de direito privado e as que lhes são equiparadas pela legislação do imposto de renda, inclusive as empresas públicas e as sociedades de economia mista e suas subsidiárias (Lei 9.715/98, art. 8º, I e art. 2º, I)

Sociedades cooperativas, apenas em relação às receitas decorrentes de operações praticadas com não associados (Lei 9.715/98, art. 2º, §1º)

1% Folha de salários Entidades sem fins lucrativos (Lei 9.715/98, art. 8º, II e MP 2158-35/2001, art. 13)

1%

Valor das receitas correntes arrecadadas e das transferências correntes e de capital recebidas

Pessoas jurídicas de direito público interno (Lei 9.715/98, art. 8º, III e art. 2º, III)

No caso de incidência não cumulativa a alíquota é de 1,65% incidente sobre o faturamento mensal.

PIS/PASEP e COFINS - IMPORTAÇÃO - As alíquotas variam MUITO mas, como regra geral, são respectivamente de 2,1% e 9,65% incidentes sobre:

- o valor aduaneiro dos bens importados; ou

- o valor pago, creditado, entregue etc. pelos serviços importados.

2) Sobre a Receita de Concursos de Prognósticos

A base de cálculo desta contribuição é a receita auferida nos concursos de prognósticos, sorteios e loterias.

A alíquota é fixada em Lei e varia, em função da modalidade do concurso, sorteio ou loteria, de 0,25% a 17,32%.

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Receitas de Outras Fontes

Estão previstas no art. 27 da LOCSS. Merecem destaque as mais presentes em provas, que são:

Art. 27. Constituem outras receitas da Seguridade Social:

I - as multas, a atualização monetária e os juros moratórios; [...]

V - as doações, legados, subvenções e outras receitas eventuais; [...]

VII - 40% (quarenta por cento) do resultado dos leilões dos bens apreendidos pelo Departamento da Receita Federal; [...]

Competência do INSS e da SRFB

Simplificando ao máximo, podemos dizer que:

•Apurada pela multiplicação da receita auferida nos concursos de prognósticos e loterias pela alíquota fixada em Lei para cada modalidade lotérica.

Receita de Concurso de Prognósticos

Competências do INSS

Concessão e manutenção dos benefícios

previdenciários

Emissão de Certidão de Tempo de Contribuição

Gestão do Fundo do RGPS

Cálculo de contribuições para concessão ou revisão

de benefício

Competências da RFB

Fiscalizar, arrecadar e cobrar contribuições

sociais

Examinar a contabilidade das empresas

Examinar a contabilidade das empresas

Apurar valores devidos mediante cálculo de mão-de-obra e aferição indireta

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Obrigações da Empresa

Aqui tratamos das obrigações principais, que são aquelas relacionadas diretamente à arrecadação/recolhimento de contribuições sociais.

A empresa é obrigada a:

Arrecadar as contribuições dos segurados empregados, avulsos e CI a seu serviço, descontando-as da respectiva remuneração, e recolher esses valores, juntamente com a cota patronal, de sua responsabilidade;

Recolher a contribuição sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho;

Recolher PIS/PASEP, COFINS e CSLL, na forma e prazos definidos pela legislação tributária federal vigente;

A empresa adquirente, consumidora ou consignatária ou a cooperativa são obrigadas a recolher a contribuição incidente sobre a comercialização da produção do produtor rural pessoa física e do segurado especial, independentemente de essas operações terem sido realizadas diretamente com o produtor ou com intermediário pessoa física;

O produtor rural pessoa jurídica é obrigado a recolher as contribuições incidentes sobre o total da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção rural;

Empresa é obrigada

Arrecadar e recolher

Empregado Avulsos CI

Recolher

Cota Patronal

Contribuições Não

Previdenciárias

2. OBRIGAÇÕES DA EMPRESA E DOS DEMAIS CONTRIBUINTES

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A empresa que remunera empregado licenciado para exercer mandato de dirigente sindical é obrigada a recolher a contribuição deste, bem como as parcelas a seu cargo;

A entidade sindical que remunera dirigente que mantém a qualidade de segurado empregado, licenciado da empresa, ou trabalhador avulso é obrigada a recolher a contribuição destes, bem como as parcelas a seu cargo;

A entidade sindical que remunera dirigente que mantém a qualidade de segurado contribuinte individual é obrigada a recolher a contribuição deste;

A empresa contratante de serviços executados mediante cessão de mão de obra, inclusive em regime de trabalho temporário é obrigada a reter 11% do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e recolher, em nome da empresa cedente da mão de obra, a importância retida.

Obrigações dos Demais Contribuintes

O segurado contribuinte individual, quando exercer atividade econômica por conta própria ou prestar serviço a pessoa física ou a outro contribuinte individual, produtor rural pessoa física, missão diplomática ou repartição consular de carreira estrangeiras, ou quando tratar-se de brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil seja membro efetivo, e o facultativo são obrigados a recolher sua contribuição, por iniciativa própria; É facultado ao CI e Facultativo cujos salários-de-contribuição sejam iguais ao valor de um salário mínimo, optarem pelo recolhimento trimestral.

O produtor rural pessoa física e o segurado especial são obrigados a:

Recolher a contribuição incidente sobre a receita bruta da comercialização de sua produção rural, caso comercializem a sua produção com adquirente domiciliado no exterior, diretamente, no varejo, a consumidor pessoa física, a outro produtor rural pessoa física ou a outro segurado especial;

Recolher, diretamente, a contribuição incidente sobre a receita bruta proveniente: (a) da comercialização de artigos de artesanato elaborados com matéria-prima produzida pelo respectivo grupo familiar; (b) de comercialização de artesanato com matéria-prima de outra origem, ou do exercício de atividade artística, desde que a renda mensal destas atividades não ultrapasse um salário mínimo nacional; (c) de serviços prestados, de equipamentos utilizados e de produtos comercializados no imóvel rural, desde que em atividades turística e de entretenimento desenvolvidas no próprio imóvel, inclusive hospedagem, alimentação, recepção, recreação e atividades pedagógicas, bem como taxa de visitação e serviços especiais;

O segurado especial que, nos termos do art. 12, §8º da LOCSS, contrata trabalhador temporário ou contribuinte individual é obrigado a recolher

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as duas contribuições mencionadas no item acima e mais a contribuição incidente sobre a remuneração dos trabalhadores a seu serviço, além dos valores do FGTS e dos encargos trabalhistas a seu encargo até o dia 07 (sete) do mês seguinte ao da competência. ATENÇÃO COM ESSE PRAZO, QUE FOGE DA REGRA GERAL. Por que a diferenciação? Porque o recolhimento destas contribuições deve se dar, como prevê o art. 32-C da LOCSS, por meio de documento único de arrecadação; então o prazo mais curto (do FGTS) se aplica a todas as demais verbas. Simples assim.

A pessoa física não produtor rural que adquire produção de segurado especial ou produtor rural pessoa física para venda, no varejo, a consumidor pessoa física é obrigada a:

Recolher a contribuição sobre a receita bruta da comercialização da produção rural;

O empregador doméstico é obrigado a:

Arrecadar a contribuição do segurado empregado a seu serviço e a recolhê-la, assim como a parcela a seu cargo, o FGTS, o GILRAT e a reserva para a multa do FGTS até o dia sete do mês seguinte ao da competência.

Recolher, durante o período de licença-maternidade da empregada doméstica a seu serviço, todas as contribuições acima mencionadas (cota patronal, GILRAT, FGTS, reserva para a multa do FGTS), exceto a contribuição do empregado — pois esta é descontada pelo INSS no ato do pagamento do benefício.

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Prazos

de

Recolhimento

Até 02dias úteis

após evento

5% sobre a receita bruta de espetáculos desportivos de associação que mantém equipe

de futebol profissional

Até o dia 07

(Antecipa)

do segurado especial que contrata trabalhador temporário ou CI, sobre a

receita bruta da comercialiação da produção, de artigos de artesanato, atividade artística

etc. + contribuição incidente sobre a remuneração dos segurados a seu serviço +

FGTS + encargos trabalhistas

do empregador doméstico - Cota patronal +contribuição do empregado + GILRAT + FGTS

+ multa FGTS

Até o dia 15

(Postecipa)

do CI, quando recolhida pelo próprio segurado

do segurado facultativo

Até o dia 20

(Antecipa)

da empresa sobre a folha de salários (cota patronal + contribuições dos empregados,

avulsos e CI)

Obs.: Contriubição sobre o 13º até 20/12

do produtor rural pessoa física, segurado especial, empresa adquirente, pessoa física que adquire produção rural para venda no varjo a consumidor pessoa física, sobre a

receita bruta da comercializçaão da produção

da empresa, de 11% sobre o valor bruto da NF ou fatura - cessão de mão-de-obra

3. PRAZOS DE RECOLHIMENTO

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Recolhimento fora do prazo: Juros, Multa e Atualização Monetária

ATRASOU O PAGAMENTO DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA? Pagou espontaneamente?

Se pagou dentro do mês do vencimento, só paga multa de mora de 0,33% por dia;

Se pagou no mês seguinte ao do vencimento, só paga multa de mora de 0,33% por dia, mais 1% a título de juros de mora;

Se pagou mais de um mês depois do vencimento, paga multa de mora de 0,33% por dia (limitada a 20%) e juros de mora (SELIC acumulada desde o primeiro dia do mês seguinte ao vencimento até o mês anterior ao pagamento mais 1% no mês do pagamento)

ATRASOU O PAGAMENTO DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA? Não pagou?

A autoridade fiscal realiza um lançamento de ofício, cobrando a contribuição devida, acrescida de juros de mora (SELIC acumulada desde o primeiro dia do mês seguinte ao vencimento até o mês anterior à emissão da notificação mais 1% no mês da notificação) e da multa de ofício, que será de:

75% como regra geral;

150% se comprovada sonegação, fraude ou conluio;

112,5% ou 225% se o sujeito passivo não atender a intimação da autoridade fiscal.

A multa de ofício é reduzida:

Em 50% se o sujeito passivo fizer pagamento ou compensação até 30 dias após a notificação do lançamento;

Em 40% se o sujeito passivo requerer o parcelamento até 30 dias após a notificação do lançamento;

Em 30% se o sujeito passivo fizer pagamento ou compensação até 30 dias após a notificação da decisão administrativa de primeira instância;

Em 20% se o sujeito passivo requerer o parcelamento até 30 dias após a notificação da decisão administrativa de primeira instância.

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Redução

Até 30 dias da notificação de lançamento

Pagamento 50 %

Parcelamento 40 %

Até 30 dias da notificação da decisão adm. de 1ª instância

Pagamento 30 %

Parcelamento 20 %

RETENÇÃO - Art. 31, LOCSS:

Art. 31. A empresa contratante de serviços executados mediante cessão de mão de obra, inclusive em regime de trabalho temporário, deverá reter 11% (onze por cento) do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e recolher, em nome da empresa cedente da mão de obra, a importância retida até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da emissão da respectiva nota fiscal ou fatura, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia, observado o disposto no § 5º do art. 33 desta Lei.

• Início do cômputo no 1º dia do mês posterior aovencimento

• SELIC até o mês anterior + 1% no mês dopagamento

• NÃO INCIDE se o pagamento se der no mesmomês do vencimento

Juros

• início do cômputo no dia seguinte ao vencimento• 0,33% ao dia• MÁXIMO de 20%

Multa de Mora

• Regra geral - 75%• 150% - sonegação, fraude ou conluio• percentuais acima são aumentados em 50% se osujeito passivo não atender intimações dafiscalização

• NÃO se acumula com multa de mora• PODE SER REDUZIDA em caso de pagamentoou parcelamento

Multa de Ofício

4. RETENÇÃO E RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA

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Fluxo da retenção:

1º passo – uma empresa que contrata determinados serviços por cessão de mão-de-obra ou empreitada, tem a obrigação de reter 11% do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e recolher esse valor em nome da empresa cedente até o dia 20 do mês seguinte.

2º passo – a empresa cedente de mão-de-obra ou a empreiteira deverá destacar na nota ou fatura o valor da retenção e tal montante poderá ser compensado por qualquer de seus estabelecimentos no momento do recolhimento das contribuições destinadas à Seguridade Social devidas sobre a folha de pagamento dos seus segurados. Se o valor retido for superior ao devido pela cedente, ela poderá (1) guardar o saldo remanescente para compensação em competências posteriores; ou (2) requerer a restituição do excedente.

RETENÇÃO

Cessão de mão-de-obra

colocação à disposição do contratante, em suas

dependências ou nas de terceiros, de segurados que realizem serviços

contínuos

Empreitada

execução, contratualmente estabelecida, de tarefa, de

obra ou de serviço, por preço ajustado

Contratante

Retém 11% do valor bruto da NF ou fatura

Recolhe em nome da empreiteira/cedente

Empreiteira/ Cedente

Destaca na NF ou fatura o valor retido

Compensa o valor recolhido

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O contratado deverá elaborar folha de pagamento e Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social distintas para cada estabelecimento ou obra de construção civil da empresa contratante do serviço.

O percentual de retenção (11%) será acrescido de quatro, três ou dois pontos percentuais, relativamente aos serviços prestados pelos segurados empregados, cuja atividade permita a concessão de aposentadoria especial, após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente. Nesse caso a retenção será de 15, 14 ou 13%. É a “versão retenção” daquela contribuição ADICIONAL AO SAT (LBPS, art. 57, §6º).

Um último — e importantíssimo — alerta: Quando a empresa prestadora de serviços for optante pelo SIMPLES — sistema integrado de pagamento de impostos e contribuições — não se aplica a regra da retenção. É esta a posição, firme, do STJ (Decisão no Recurso Especial 1112467/DF), justificada pela incompatibilidade técnica entre a sistemática de arrecadação da contribuição por retenção e o regime de unificação tributária do SIMPLES.

RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA - ART. 30, VI, LOCSS

Art. 30.[...] VI - o proprietário, o incorporador definido na Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964, o dono da obra ou condômino da unidade imobiliária, qualquer que seja a forma de contratação da construção, reforma ou acréscimo, são solidários com o construtor, e estes com a subempreiteira, pelo cumprimento das obrigações para com a Seguridade Social, ressalvado o seu direito regressivo contra o executor ou contratante da obra e admitida a retenção de importância a este devida para garantia do cumprimento dessas obrigações, não se aplicando, em qualquer hipótese, o benefício de ordem;

Esse inciso imenso nos diz, em síntese, que TODO MUNDO ENVOLVIDO NA OBRA É DEVEDOR. Simples assim. O dono da obra, a empreiteira contratada, a empreiteira subcontratada... por pouco a moça do cafezinho não entrou no rolo.

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Exclui-se da responsabilidade solidária perante a Seguridade Social o adquirente de prédio ou unidade imobiliária que realizar a operação com empresa de comercialização ou incorporador de imóveis, ficando estes solidariamente responsáveis com o construtor.

A responsabilidade solidária na construção civil será elidida pela comprovação do recolhimento das contribuições.

Empresas que integram grupo econômico de qualquer natureza respondem entre si, solidariamente, pelas obrigações decorrentes desta Lei (LOCSS, art. 30, IX).

Os trabalhadores rurais integrantes do consórcio simplificado descrito no art. 25-A da LOCSS serão responsáveis solidários em relação às obrigações previdenciárias.

Os administradores de autarquias e fundações públicas, criadas e mantidas pelo Poder Público, de empresas públicas e de sociedades de economia mista sujeitas ao controle da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, que se encontrarem em mora, por mais de 30 (trinta) dias, no recolhimento das contribuições sociais, tornam-se solidariamente responsáveis pelo respectivo pagamento (LOCSS, art. 42).

Se um ato para o qual a legislação exige CND – Certidão Negativa de Débito, for praticado sem ela, os contratantes e o oficial que lavrar ou registrar o instrumento são solidariamente responsáveis e o ato será nulo para todos os efeitos.

E para dar um ponto final ao tema ‘responsabilidade solidária’, lembro que o operador portuário e o OGMO são solidariamente responsáveis pelo pagamento das contribuições previdenciárias e demais obrigações,

São solidários com o

construtor

proprietário

incorporador

dono da obra

Fica excluído da solidariedade se

efetuar a retençãode 11%

condôminoO construtor e as outras 4 figuras são

solidários com a subempreiteira

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inclusive acessórias, devidas à seguridade social em razão da requisição de mão-de-obra de trabalhador avulso.

São assim denominadas a prática ou a abstenção de ato, no interesse da fiscalização e arrecadação, que não configure obrigação principal (assim entendido o pagamento da contribuição). Tratam, em sua maioria, da prestação de informações e/ou elaboração de documentos necessários para a fiscalização. Estão presentes na LOCSS (art. 32) e no RPS (art. 225). Infelizmente neste ponto não há muito o que ‘resumir’... temos uma lista IMENSA de obrigações acessórias, expressas na LOCSS e no RPS.

A boa notícia é que isso quase nunca aparece em provas. O único concurso no qual o tema é frequente é o da Receita Federal do Brasil.

SÃO OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

1) preparar folha de pagamento da remuneração paga, devida ou creditada a todos os segurados a seu serviço, devendo manter, em cada estabelecimento, uma via da respectiva folha e recibos de pagamentos;

2) lançar mensalmente em títulos próprios de sua contabilidade, de forma discriminada, os fatos geradores de todas as contribuições, o montante das quantias descontadas, as contribuições da empresa e os totais recolhidos;

3) prestar à Secretaria da Receita Federal do Brasil todas as informações cadastrais, financeiras e contábeis de seu interesse, na forma por ela estabelecida, bem como os esclarecimentos necessários à fiscalização;

4) declarar à Secretaria da Receita Federal do Brasil e ao Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS, na forma, prazo e condições estabelecidos por esses órgãos, dados relacionados a fatos geradores, base de

Respondem Solidariamente

Empresas que

integram grupo

econômico

Produtores rurais

integrantes de consórcio simplificado

Administra-dores de entidades

públicas em mora há

mais de 30 dias no

recolhimento de contribui-ções sociais

Contratantes e oficial que lavrar/regis-trar contrato sem CND, quando for

ela obrigatória

OGMO e Operador Portuário

5. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

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cálculo e valores devidos da contribuição previdenciária e outras informações de interesse do INSS ou do Conselho Curador do FGTS; Tal declaração é feita por meio da GFIP – Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social. O descumprimento desta obrigação impede a expedição da certidão de prova de regularidade fiscal perante a Fazenda Nacional;

5) comunicar, mensalmente, aos empregados, por intermédio de documento a ser definido em regulamento, os valores recolhidos sobre o total de sua remuneração ao INSS.

6) encaminhar ao sindicato representativo da categoria profissional mais numerosa entre seus empregados, até o dia dez de cada mês, cópia da Guia da Previdência Social relativamente à competência anterior;

7) afixar cópia da Guia da Previdência Social, relativamente à competência anterior, durante o período de um mês, no quadro de horário de que trata o art. 74 da Consolidação das Leis do Trabalho. Obs: das obrigações previstas nesses itens 6 e 7 está dispensado o contribuinte individual em relação ao segurado que lhe presta serviço.

8) informar, anualmente, à Secretaria da Receita Federal do Brasil, na forma por ela estabelecida, o nome, o número de inscrição na previdência social e o endereço completo dos comerciantes ambulantes (vendedores de porta em porta) por ela utilizados no período, a qualquer título, para distribuição ou comercialização de seus produtos, sejam eles de fabricação própria ou de terceiros, sempre que se tratar de empresa que realize vendas diretas.

9) No que se refere ao trabalhador portuário avulso, o OGMO elaborará a folha de pagamento por navio, mantendo-a disponível para uso da fiscalização do Instituto Nacional do Seguro Social, indicando o operador portuário e os trabalhadores que participaram da operação, detalhando, com relação aos últimos: os correspondentes números de registro ou cadastro no órgão gestor de mão-de-obra; o cargo, função ou serviço prestado; os turnos em que trabalharam; e as remunerações pagas, devidas ou creditadas a cada um dos trabalhadores e a correspondente totalização.

10) No que se refere ao item acima, o OGMO consolidará as folhas de pagamento relativas às operações concluídas no mês anterior por operador portuário e por trabalhador portuário avulso, indicando, com relação a estes, os respectivos números de registro ou cadastro, as datas dos turnos trabalhados, as importâncias pagas e os valores das contribuições previdenciárias retidas.

11) Para efeito de observância do limite máximo da contribuição do segurado trabalhador avulso, o OGMO manterá resumo mensal e acumulado, por trabalhador portuário avulso, dos valores totais das férias, do décimo terceiro salário e das contribuições previdenciárias retidas.

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12) A empresa que remunera contribuinte individual é obrigada a fornecer a este comprovante do pagamento do serviço prestado consignando, além dos valores da remuneração e do desconto feito, o número da inscrição do segurado no Instituto Nacional do Seguro Social;

13) A empresa ou cooperativa adquirente, consumidora ou consignatária da produção fica obrigada a fornecer ao segurado especial cópia do documento fiscal de entrada da mercadoria, para fins de comprovação da operação e da respectiva contribuição previdenciária;

14) A empresa deverá manter à disposição da fiscalização os códigos ou abreviaturas que identifiquem as respectivas rubricas utilizadas na elaboração da folha de pagamento, bem como os utilizados na escrituração contábil.

15) A empresa que utiliza sistema de processamento eletrônico de dados para o registro de negócios e atividades econômicas, escrituração de livros ou produção de documentos de natureza contábil, fiscal, trabalhista e previdenciária é obrigada a arquivar e conservar, devidamente certificados, os respectivos sistemas e arquivos, em meio digital ou assemelhado, durante dez anos, à disposição da fiscalização.

16) A empresa também deve arquivar, pelo mesmo prazo de dez anos, os documentos comprobatórios do cumprimento das obrigações estabelecidas no art. 32 da LOCSS;

17) A cooperativa de trabalho e a pessoa jurídica são obrigadas a efetuar a inscrição no Instituto Nacional do Seguro Social dos seus cooperados e contratados, respectivamente, como contribuintes individuais, se ainda não inscritos.

18) A empresa ou cooperativa adquirente, consumidora ou consignatária da produção fica obrigada a fornecer ao segurado especial cópia do documento fiscal de entrada da mercadoria, onde conste, além do registro da operação realizada, o valor da respectiva contribuição previdenciária.

19) O titular de cartório de registro civil e de pessoas naturais fica obrigado a comunicar, até o dia dez de cada mês, na forma estabelecida pelo Instituto Nacional do Seguro Social, o registro dos óbitos ocorridos no mês imediatamente anterior, devendo da comunicação constar o nome, a filiação, a data e o local de nascimento da pessoa falecida.

20) Os órgãos da administração direta, as autarquias, as fundações e as empresas públicas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios ficam obrigados, na forma estabelecida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda, a apresentar, até o dia 30 de abril do ano seguinte ao encerramento do exercício, a contabilidade entregue ao Tribunal de Controle Externo e a folha de pagamento.

21) O segurado especial responsável pelo grupo familiar que contratar trabalhador temporário apresentará as informações relacionadas ao registro

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de trabalhadores, aos fatos geradores, à base de cálculo e aos valores das contribuições devidas à Previdência Social e ao FGTS e outras informações de interesse da Secretaria da Receita Federal do Brasil, do Ministério da Previdência Social, do Ministério do Trabalho e Emprego e do Conselho Curador do FGTS, por meio de sistema eletrônico com entrada única de dados, e efetuará os recolhimentos por meio de documento único de arrecadação. As informações prestadas no tal sistema eletrônico têm caráter declaratório, constituem instrumento hábil e suficiente para a exigência dos tributos e encargos apurados e substituirão a obrigatoriedade de entrega de todas as informações, formulários e declarações a que está sujeito o grupo familiar, inclusive as relativas ao recolhimento do FGTS.

O Código Tributário Nacional (CTN) diz, em seu art. 205, que a lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo, quando exigível, seja feita por certidão negativa, expedida à vista de requerimento do interessado, que contenha todas as informações necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se refere o pedido.

Em relação às Contribuições Sociais, o órgão competente para a emissão do documento é a Receita Federal do Brasil (RFB).

A inexistência de débito se comprova por

CND

Contribuinte não possui

débitojunto ao

fisco

CPD-EN

EXISTEM DÉBITOS, mas

Não vencidos

em cobrança executiva, com

penhora efetivada

com exigibilidade

suspensa

6. PROVA DA INEXISTÊNCIA DE DÉBITO

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Exige-se a CND/CPD-EN:

CND da Empresa

Em relações com o Poder

Público

Licitação

Contratação

recebimento de benefícios ou incentivo fiscal ou creditício

Na alienação ou oneração

De bem imóvel ou direito a ele relativo

De bem móvel incorporado ao ativo não circulante, de valor superior ao limite legal

No registro ou arquivamento

de ato

relativo a baixa ou redução de capital de firma individual

de redução de capital social, cisão total ou parcial, transformação ou extinção de entidade

ou sociedade comercial ou civil

de transferência de controle de cotas de sociedades de responsabilidade limitadaa

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•Na averbação da obra no Registro de Imóveis;

•EXCEÇÃO - construção de residência unifamiliar, de até 70m2, de tipo econômico, para uso próprio, sem mão-de-obra assalariada

Do dono de obra de construção civil (PF

ou PJ)

•Na constituição de garantia para a concessão de crédito rural quando são os responsáveis pelo recolhimento das contribuições sobre sua produção

Do PRPF e Segurado Especial

•Na inscrição de memorial de incorporação no Registro de Imóveis.Do incorporador

•públicos, inclusive de fundos constitucionais e de incentivo ao desenvolvimento regional;

•do FGTS, FAT e FNDE;•captados através de Caderneta de Poupança

Na contratação/ liberação de parcelas de

operações de crédito com recursos

CPD-ENdiscussão em

processo administrativo

depósito integral

penhora em execução

fiscalparcelamento suspensão

judicial

CNDInexistência de débito Pagamento de eventual débito

existente

HIPÓTESES DE EMISSÃO

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A Lei, em regra, dispensa a indicação de finalidade para emissão da CND — isso significa que o interessado, de posse de sua CND, poderá realizar qualquer ato para o qual seja exigido o documento.

Em algumas situações, contudo, a lei exige indicação obrigatória de finalidade no documento. São elas:

DISPENSA de CND

a) na lavratura ou assinatura de instrumento, ato ou contrato que constitua retificação, ratificação ou efetivação de outro anterior para o qual já foi feita a prova;

b) na constituição de garantia para concessão de crédito rural, em qualquer de suas modalidades, por instituição de crédito pública ou privada, desde que o PRPF ou Segurado Especial não seja responsável direto pelo recolhimento de contribuições sobre a sua produção para a Seguridade Social — ou seja, quando NÃO comercializem sua produção com adquirente domiciliado no exterior, ou diretamente, no varejo, ao consumidor pessoa física, ou ainda a outro PRPF ou outro segurado especial;

c) na averbação de obra de construção civil relativa a imóvel cuja construção tenha sido concluída antes de 22 de novembro de 1966.

d) no recebimento pelos Municípios de transferência de recursos destinados a ações de assistência social, educação, saúde e em caso de calamidade pública.

e) na averbação da construção civil localizada em área objeto de regularização fundiária de interesse social, na forma da Lei nº 11.977, de 7 de julho de 2009;

f) na alienação ou oneração, a qualquer título, de bem imóvel ou direito a ele relativo, que envolva empresa que explore exclusivamente atividade de compra e venda de imóveis, locação, desmembramento ou loteamento de

Indicação de finalidade da

CND OBRIGATÓRIA

averbação de obra exceto residência unifamiliar

registro ou arquivamento no

órgão próprio

ato relativo a alterações societárias

recebimento de incentivos ou

benefícios

sem oneração do patrimônio da

empresa

licitação ou contratação

e em cada pagamento decorrente da licitação

ou contrato

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terrenos, incorporação imobiliária ou construção de imóveis destinados à venda, desde que o imóvel objeto da transação esteja contabilmente lançado no ativo circulante e não conste, nem tenha constado, do ativo permanente da empresa;

g) nos atos relativos à transferência de bens envolvendo a arrematação, a desapropriação de bens imóveis e móveis de qualquer valor, bem como nas ações de usucapião de bens móveis ou imóveis nos procedimentos de inventário e partilha decorrentes de sucessão causa mortis;

Em qualquer caso será dispensada a CND quando se tratar de prática de ato indispensável para evitar a caducidade de direito, respondendo, porém, todos os participantes no ato pelo tributo porventura devido, juros de mora e penalidades cabíveis, exceto as relativas a infrações cuja responsabilidade seja pessoal ao infrator (CTN, art. 207).

Prescrição – é a perda de uma pretensão em razão do decurso do tempo. Perda de que pretensão? Da pretensão de reivindicar um direito por meio da ação judicial cabível.

Decadência – é a extinção do direito em si, também pelo prazo transcorrido. O direito decai, se extingue.

Decadência e prescrição no custeio

DECADÊNCIA

O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário, por intermédio do lançamento, decai (se extingue) em 05 anos, contados:

1) da ocorrência do fato gerador - quando o sujeito passivo efetua o pagamento regularmente;

Prescrição Perda de uma pretensão

Decadência Extinção do direito em si

7. PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA

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2) do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado - se, ocorrido o fato gerador, o sujeito passivo NÃO pagar, ou pagar valor diverso em razão de dolo, fraude ou simulação;

3) da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado - não esqueçam: lançamento anulado por vício FORMAL abre à Fazenda novo prazo de 05 anos para a realização do lançamento;

4) Da data da notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento - essa hipótese só ocorre se a notificação se der entre a ocorrência do fato gerador e o início do exercício seguinte.

PRESCRIÇÃO

O direito de a Fazenda Pública ingressar com ação judicial para realizar a cobrança do crédito tributário prescreve em 05 anos, contados da data da constituição definitiva do crédito. Aplicam-se ainda todas as hipóteses de interrupção ou suspensão do crédito tributário, presentes, respectivamente, nos artigos 174 a 151 do CTN.

Decadência no Custeio

5 anos

do fato gerador Regra geral - lançamento por homologação

do 1º dia do exercício seguinte

Quando o contribuinte não pagou ou o fez com dolo,

fraude ou simulaçaõ

Da decisão anulatória definitiva

vício formal

da data de início da constituição

do crédito

Sujeito passivo notificado de qualquer medida

prepatarória indispensável ao lançamento

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Decadência e prescrição nos benefícios

DECADÊNCIA

O prazo de decadência (art. 103 da LBPS) do direito à revisão do ato de concessão, indeferimento, cancelamento ou cessação de benefício, bem como do ato de deferimento, indeferimento ou não concessão de revisão do benefício é de 10 anos, a contar:

- do primeiro dia do mês seguinte ao recebimento da primeira prestação ou dfa data em que a prestação deveria ter sido paga com o valor revisto; ou

- do dia em que o segurado tomar conhecimento da decisão de indeferimento, cancelamento ou cessação do seu pedido de benefício ou da decisão de deferimento ou indeferimento de revisão de benefício, no âmbito administrativo.

Fato Gerador Sujeito

passivo não paga

Crédito constituído na expiração do prazo

recursal contra decisão de 2ª instância

Crédito constituído ao

final dos 30 dias

SEM IMPUGNAÇÃO

Auto de Infração

(30 dias para impugnação)

COM IMPUGNAÇÃO

Crédito constituído na data da ciência da decisão definitiva em

última instância

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A MP 871/2019 alterou substancialmente este dispositivo. Sempre se entendeu que a decadência do direito à revisão do ato concessório deveria ser entendida, exatamente, como revisão do ato CONCESSÓRIO. Não se falava, jamais, em decadência do direito de revisar o benefício.

Não havia restrição ao pedido de revisão de um benefício concedido há 30 anos, desde que tal pleito não tivesse efeitos sobre o ato de CONCESSÃO do benefício.

Era perfeitamente possível questionar — e houve milhares de demandas sobre esse tema no Judiciário Federal — o índice aplicado anualmente sobre os benefícios em manutenção, e sobre esse pleito não havia incidência de prazo decadencial. Por revisão do ato concessório devemos entender, por exemplo, alguma discussão relacionada ao coeficiente de cálculo, ou ao tempo de contribuição considerado no momento da concessão.

A partir da redação atual do art. 103 da LBPS, contudo, só é possível interpretar que foi instituída a decadência do direito de revisar o benefício. Pedidos relacionados a índices de reajuste, que sobrecarregaram o Judiciário no início dos anos 2000, têm, hoje, ‘prazo de validade’. Se entendo que o reajuste aplicado aos benefícios no ano de 2015 foi inferior ao correto e pretendo revisá-lo judicialmente, só posso fazer isso até janeiro de 2025 (10 anos a partir da data em que a prestação deveria ter sido paga com valor revisto).

Decadência nos

Benefícios

10 anos

Concedido/ Revisão não implantada

do 1º dia do mês seguinte ao recebimento

da 1ª prestação ou da data em que deveria ter sido paga com valor revisto

Indeferido, cancelado,

cessado

do dia em que tomar conhecimento da decisão

Pedido de revisão

deferido ou indeferido

O prazo NÃO CORRE contra

menores, incapazes ou ausentes.

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DECADÊNCIA PARA ANULAR ATOS

O INSS tem o prazo de 10 anos para anular atos que tenham produzido efeitos favoráveis para os beneficiários, contados da data em que tais atos foram praticados.

PRESCRIÇÃO

Não há que se falar em prescrição do fundo de direito. O ingresso com a ação judicial é, em regra, cabível (salvo se o direito pleiteado for atingido pela decadência), mas as prestações anteriores a cinco anos do ajuizamento da demanda restam fulminadas pela prescrição.

Para fechar o tema...

Prescrição nos Benefícios

5 anos da data

em que deveriam ter sido pagas as prestações

do acidente de que resulte morte ou incapacidade temporária

do reconhecimento pela Previdência da incapacidade permanente ou

agravamento de sequelas

Prescrição

5 anos -SEMPRE

Decadência

5 anos -CUSTEIO

10 anos -BENEFÍCIOS

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PRONTO! Resumão concluído. Em menos de 40 páginas repassamos tudo relacionado ao Financiamento da Previdência Social. Contribuições dos segurados, das empresas, outras receitas da Seguridade Social, obrigações, prescrição, decadência... que beleza!

Agora façam uma pausa para um cafezinho ou um pouco de água. Mas coisa rápida. A seguir retornem, pois vamos resolver algumas questões sobre o conteúdo, para fixação. Sejam fortes!

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1. (CESPE – PGE-PE/Analista Judiciário/2019) Acerca da seguridade social, julgue o item seguinte.

Uma fonte de custeio da seguridade social é a receita oriunda da realização de sorteios de números ou outros símbolos pelo Poder Público ou por sociedades comerciais ou civis.

Comentários

O que seriam sorteios de números ou outros símbolos? Nada além do bom e velho concurso de prognósticos, meus amigos. E nós SABEMOS que parte da receita obtida em concursos de prognósticos É fonte de custeio da seguridade social. Diz a LOCSS:

Art. 11. [...] Parágrafo único. Constituem contribuições sociais: [...]

e) as incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos.

O conceito de concurso de prognósticos era dado, até 2018, pelo §1º do art. 26 da LOCSS. Este parágrafo foi revogado, mas o conceito permanece válido. O referido dispositivo definia como concursos de prognósticos todos e quaisquer concursos de sorteios de números, loterias, apostas, inclusive as realizadas em reuniões hípicas, nos âmbitos federal, estadual, do Distrito Federal e municipal.

Gabarito 1: CERTO

2. (FCC – São Luiz-MA/Procurador/2016) Pode ser classificada como contribuição previdenciária a contribuição

a) do empregador sobre receita e faturamento.

b) do importador de bens ou serviços do exterior.

c) do empregador sobre a folha de salários.

d) do empregador sobre o lucro.

e) para o PIS/PASEP.

Comentários

As contribuições sociais são subdivididas em Contribuições Sociais em Sentido Estrito e Contribuições Sociais Gerais. No segundo grupo estão as contribuições para o salário-educação, sistema “S” (SESI, SESC, SENAT, SENAR etc) e outros.

Já as contribuições sociais em sentido estrito são, mais uma vez, subdivididas. Em previdenciárias e não previdenciárias.

São contribuições ditas previdenciárias aquelas que só podem ser usadas para o custeio dos benefícios previdenciários. Como saber quais são elas? Lendo o art. 167 da Constituição:

8. QUESTÕES COMENTADAS

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Art. 167. São vedados: [...]

XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 195, I, a, e II, para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201.

Se as contribuições sociais previdenciárias são as do art. 195, I, ‘a’ e II, as contribuições sociais não previdenciárias são as demais contribuições do art. 195 da CF. Mas o que nos interessa para resolver a questão são as previdenciárias, correto?

Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:

I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:

a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; [...]

II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201;

Das alternativas apresentadas, apenas uma está expressamente prevista no art. 195. Qual?!?! Qual?!?!?!?!

Gabarito 2: C

3. (CESPE – STM/Analista Judiciário/2018) Acerca da Lei n.º 8.212/1991, que dispõe sobre a seguridade social, julgue o item a seguir.

Os estados, o Distrito Federal e os municípios tornam-se responsáveis pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras da seguridade social, quando decorrentes do pagamento de benefícios de prestação continuada da previdência social.

Comentários:

Será que existe, na LOCSS, uma definição acerca do que deve ser feito em caso de insuficiências financeiras decorrentes do pagamento de benefícios? SIMMMMMMMMMMMMMM!

Art. 16. [...] Parágrafo único. A União é responsável pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras da

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Seguridade Social, quando decorrentes do pagamento de benefícios de prestação continuada da Previdência Social, na forma da Lei Orçamentária Anual.

Preciso dizer mais alguma coisa?

Gabarito 3: ERRADO

4. (CESPE - INSS/Técnico do Seguro Social/2016) Com referência a arrecadação e recolhimento das contribuições destinadas à seguridade social, julgue os itens que se seguem.

As empresas são obrigadas a arrecadar a contribuição do segurado contribuinte individual a seu serviço, descontando-a da respectiva remuneração.

Comentários

Trataremos aqui das obrigações da empresa. Para evitar a pulverização excessiva de contribuintes, o legislador, de forma inteligente, concentrou em algumas pessoas a obrigação de arrecadar (ou seja, descontar) e recolher as contribuições dos segurados a seu serviço.

É obrigação da empresa descontar e pagar (ou, usando os termos legais, “arrecadar e recolher”) as contribuições dos segurados empregados e contribuintes individuais a seu serviço, juntamente com suas contribuições (cota patronal, GILRAT e outras eventualmente cabíveis); sabemos, também, que é obrigação do empregador doméstico arrecadar e recolher as contribuições dos empregados domésticos a seu serviço, juntamente com suas obrigações (cota patronal, GILRAT, FGTS, fundo da multa do FGTS) em documento único.

Vamos, então, ao dispositivo do RPS — Decreto 3.048/99 — que soluciona a questão para nós:

Art. 216. [...] I - a empresa é obrigada a: [...]

a) arrecadar a contribuição do segurado empregado, do trabalhador avulso e do contribuinte individual a seu serviço, descontando-a da respectiva remuneração;

“Mas professor, a contribuição do CI incide sobre seu SC, não sobre sua remuneração.”

Eu sei, meus caros... Mas onde, no enunciado, diz que a contribuição incide sobre a remuneração? Só o que diz é que a empresa DESCONTA DA REMUNERAÇÃO — ou seja, do valor que ela pagará ao CI — o valor da contribuição (incidente, logicamente, sobre o SC do segurado) que ela tem a obrigação de arrecadar e recolher. Nenhum reparo a fazer ao enunciado.

Ficou claro?

Gabarito 4: CERTO

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5. (CESPE - TRT 7ª Região/Analista Judiciário/2017) Mônica é empregada doméstica na casa de Jorge, segurado empregado de uma empresa.

Nessa situação hipotética, assinale a opção correta a respeito das contribuições previdenciárias de Mônica e de Jorge.

a) A contribuição previdenciária de Mônica é calculada mediante a aplicação da alíquota de 8% sobre o valor registrado na carteira de trabalho, independentemente do valor da remuneração.

b) Tanto as contribuições previdenciárias de Mônica quanto as de Jorge devem ser recolhidas até o dia vinte do mês subsequente ao da prestação do serviço.

c) A contribuição previdenciária de Jorge deve ser recolhida por seu empregador, enquanto a de Mônica deve ser feita por ela mesma, pessoalmente.

d) Como empregador doméstico, Jorge deve realizar o recolhimento da contribuição patronal de 8% sobre o valor registrado na carteira de trabalho de Mônica, para a seguridade social, bem como 0,8% de contribuição social para financiamento do seguro contra acidentes do trabalho.

Comentários

Os concursos para Tribunais normalmente concentram sua exigência, em questões de Direito Previdenciário, nas disposições constitucionais e nos benefícios. Vez ou outra, entretanto, nos deparamos com algo inesperado como esta questão, tratando das regras de contribuição do empregador doméstico.

O segurado empregado doméstico foi o que experimentou maior mudança na legislação recente. A Lei Complementar 150/2015, que regulamentou a PEC das Domésticas, tornou o doméstico mais semelhante, em direitos e obrigações, aos segurados empregados. E alterou completamente as regras de contribuição do empregador doméstico.

ANTES da LC 150 o empregador doméstico recolhia 12% sobre o salário-de-contribuição (SC) do empregado a seu serviço e, na mesma guia, recolhia também a contribuição do empregado doméstico a seu serviço (8, 9 ou 11%, dependendo do valor do SC). E só!

Hoje o empregador doméstico recolhe quatro contribuições distintas, totalizando 20%, além da contribuição descontada do empregado. Tudo isso está previsto nos artigos 20 e 24 da LOCSS. Veremos em detalhes ao comentar as proposições.

a) ERRADA. A contribuição previdenciária dos empregados, empregados domésticos e trabalhadores avulsos segue a regra do art. 20 da LOCSS. A alíquota de contribuição aumenta conforme o valor do SC.

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No caso do doméstico, o SC é realmente o valor registrado na carteira de trabalho, como nos comprova o art. 28 da LOCSS:

Art. 28. Entende-se por salário-de-contribuição: [...]

II - para o empregado doméstico: a remuneração registrada na Carteira de Trabalho e Previdência Social, observadas as normas a serem estabelecidas em regulamento para comprovação do vínculo empregatício e do valor da remuneração;

Mas o valor da contribuição só será de 8% se a Mônica receber até R$ 1.751,81 (valores de 2019). Para valores superiores, segue a tabela do art. 20 da LOCSS, atualizada até 2019:

SC Alíquota

Até R$ 1.751,81 8%

De R$ 1.751,82 até R$ 2.919,72 9%

De R$ 2.919,73 até R$ 5.839,45 11%

b) ERRADA. ANTES da LC 150 o prazo de recolhimento da contribuição do empregador doméstico — em conjunto com a do empregado a seu serviço — era o dia 15 do mês seguinte; com a LC 150 a contribuição do empregador doméstico passou a englobar, além da cota patronal e do GILRAT, o FGTS e a ‘reserva de multa do FGTS’. Para evitar conflitos com as regras do Fundo, o prazo de recolhimento foi alterado para o dia 07 — e se não houver expediente bancário no dia 07 o recolhimento deve ser antecipado.

É isso que diz, hoje, a LOCSS:

Art. 30. A arrecadação e o recolhimento das contribuições ou de outras importâncias devidas à Seguridade Social obedecem às seguintes normas: [...]

V - o empregador doméstico é obrigado a arrecadar e a recolher a contribuição do segurado empregado a seu serviço, assim como a parcela a seu cargo, até o dia 7 do mês seguinte ao da competência; [...]

§ 2º Se não houver expediente bancário nas datas indicadas: [...]

II - na alínea b do inciso I e nos incisos III, V, X e XIII do caput, até o dia útil imediatamente anterior.

Mas e as contribuições de Jorge como segurado empregado? Qual é o prazo para recolhimento? A LOCSS, de novo, responde:

Art. 30. A arrecadação e o recolhimento das contribuições ou de outras importâncias devidas à Seguridade Social obedecem às seguintes normas:

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I - a empresa é obrigada a:

a) arrecadar as contribuições dos segurados empregados e trabalhadores avulsos a seu serviço, descontando-as da respectiva remuneração;

b) recolher os valores arrecadados na forma da alínea a deste inciso, a contribuição a que se refere o inciso IV do art. 22 desta Lei, assim como as contribuições a seu cargo incidentes sobre as remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, aos segurados empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais a seu serviço até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da competência;

Resumindo:

- Contribuições de Jorge como empregado – devem ser recolhidas pela empresa, até o dia 20 do mês seguinte;

- Contribuições de Jorge como empregador doméstico – devem ser recolhidas por ele, até o dia 07 do mês seguinte;

- Contribuições de Mônica – devem ser recolhidas pelo Jorge, até o dia 07 do mês seguinte.

Entendido??

c) ERRADA. A contribuição do Jorge (segurado empregado) deve ser recolhida pela empresa (art. 30, I, ‘a’ da LOCSS, transcrito logo acima). Até aí, OK.

Já as contribuições da Mônica não são recolhidas por ela, mas pelo Jorge, seu empregador. Isso está no art. 30, V da LOCSS, também já transcrito.

d) CORRETA. É exatamente esta a previsão do art. 24 da LOCSS:

Art. 24. A contribuição do empregador doméstico incidente sobre o salário de contribuição do empregado doméstico a seu serviço é de:

I - 8% (oito por cento); e

II - 0,8% (oito décimos por cento) para o financiamento do seguro contra acidentes de trabalho.

Mas a contribuição total do empregador doméstico abrange outras DUAS verbas, além do valor descontado do empregado doméstico. A previsão da LC 150, que copio abaixo por resumir o ponto, é a seguinte:

Art. 34. O Simples Doméstico assegurará o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, dos seguintes valores:

I - 8% (oito por cento) a 11% (onze por cento) de contribuição previdenciária, a cargo do segurado empregado doméstico, nos termos do art. 20 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991;

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II - 8% (oito por cento) de contribuição patronal previdenciária para a seguridade social, a cargo do empregador doméstico, nos termos do art. 24 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991;

III - 0,8% (oito décimos por cento) de contribuição social para financiamento do seguro contra acidentes do trabalho;

IV - 8% (oito por cento) de recolhimento para o FGTS;

V - 3,2% (três inteiros e dois décimos por cento), na forma do art. 22 desta Lei; e

Os 3,2% formam um ‘fundo’ para o pagamento da multa de 40% do FGTS no caso de demissão sem justa causa... foi a maneira encontrada pelo legislador de garantir o pagamento da multa ao doméstico... ‘forçar’ o empregador doméstico a POUPAR o valor impede o inadimplemento desta obrigação sob alegação de falta de recursos.

Tudo entendido???

Gabarito 5: D

6. (CESPE - TRE-MT/Analista Judiciário/2015) No exercício financeiro de 2015, são responsáveis solidários pelo cumprimento da obrigação previdenciária principal

a) os sócios e administradores em qualquer tempo de microempresas baixadas sem o pagamento das contribuições.

b) as empresas tomadoras e as prestadoras de serviços mediante cessão de mão de obra.

c) os trabalhadores portuários avulsos cedidos a operadores portuários em caráter permanente.

d) os produtores rurais em relação a empreendimento realizado em regime de parceria.

e) as empresas que integrem grupo econômico de qualquer natureza, entre si.

Comentários

Questãozinha fácil. MUITO fácil, por sinal. O tema abordado? Responsabilidade Solidária.

A LOCSS — Lei 8.212/91 prevê a responsabilidade solidária em diversos dispositivos (art. 25-A, §3º, art. 30, VI, VII e IX, art. 42, art. 48).

Já o RPS — Decreto 3.048/99, mais organizado, dedica uma seção ao tema, nos artigos 219 a 224-A.

Passem rapidamente os olhos pelos dispositivos acima referidos e chegarão, com facilidade, ao gabarito.

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Quanto a mim, cabe a árdua tarefa de comentar cada assertiva.

a) ERRADA. O CESPE foi longe pra buscar essa proposição. A responsabilidade solidária dos sócios e administradores na baixa das microempresas está na Lei Complementar 123/2006, que instituiu o SIMPLES NACIONAL. Vejam a previsão:

Art. 9º. [...] § 5º A solicitação de baixa do empresário ou da pessoa jurídica importa responsabilidade solidária dos empresários, dos titulares, dos sócios e dos administradores no período da ocorrência dos respectivos fatos geradores.

Vejam que o enunciado não está totalmente errado. A legislação institui, de fato, a responsabilidade solidária quanto às obrigações da empresa após sua baixa. Mas é óbvio que só podem responder solidariamente aqueles que eram sócios ou administradores quando ocorridos os fatos geradores. Seria o absurdo dos absurdos exigir o pagamento de valores de alguém que já havia abandonado a sociedade anos antes de surgirem os primeiros débitos, por exemplo.

Então, quando o enunciado fala que respondem solidariamente os sócios e administradores a qualquer tempo, se torna irremediavelmente errado.

b) ERRADA. As empresas tomadoras de serviço por cessão de mão-de-obra têm uma obrigação especial instituída na LOCSS, mas não é de responsabilização solidária, e sim de retenção.

Retenção – Obrigação imposta pela lei a certas empresas, de efetuar o desconto e o recolhimento da contribuição previdenciária no momento em que efetua um pagamento a uma pessoa física ou jurídica.

A obrigação de reter a contribuição da empresa cedente está no art. 31 da LOCSS:

Art. 31. A empresa contratante de serviços executados mediante cessão de mão de obra, inclusive em regime de trabalho temporário, deverá reter 11% (onze por cento) do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e recolher, em nome da empresa cedente da mão de obra, a importância retida até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da emissão da respectiva nota fiscal ou fatura, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia, observado o disposto no § 5º do art. 33 desta Lei.

Logo, a obrigação do recolhimento é exclusiva da empresa tomadora; não há que se falar em solidariedade com a prestadora de serviços. Simples assim.

c) ERRADA. O trabalhador avulso nunca é responsável pelo recolhimento de suas contribuições. Nem isoladamente, nem solidariamente. A única previsão de responsabilidade solidária relacionada — indiretamente — ao avulso é aquela

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instituída no art. 223 do RPS, vinculando o órgão gestor de mão-de-obra e o operador portuário:

Art. 223. O operador portuário e o órgão gestor de mão-de-obra são solidariamente responsáveis pelo pagamento das contribuições previdenciárias e demais obrigações, inclusive acessórias, devidas à seguridade social, arrecadadas pelo Instituto Nacional do Seguro Social, relativamente à requisição de mão-de-obra de trabalhador avulso, vedada a invocação do benefício de ordem.

d) ERRADA. Aproximando-nos do fim da questão chegamos aos produtores rurais. Eles serão responsáveis solidários pelas obrigações previdenciárias quando integrantes de consórcio simplificado de produtores rurais, definido pelo art. 200-A do RPS como “união de produtores rurais pessoas físicas, que outorgar a um deles poderes para contratar, gerir e demitir trabalhadores rurais, na condição de empregados, para prestação de serviços, exclusivamente, aos seus integrantes, mediante documento registrado em cartório de títulos e documentos.” É isso que nos diz o RPS:

Art. 222. As empresas que integram grupo econômico de qualquer natureza, bem como os produtores rurais integrantes do consórcio simplificado de que trata o art. 200-A, respondem entre si, solidariamente, pelas obrigações decorrentes do disposto neste Regulamento.

Mas em lugar nenhum da legislação encontramos previsão de solidariedade derivada do trabalho em regime de parceria, como menciona o enunciado. Ponto final.

e) CORRETA. Finalmente conseguimos chegar ao gabarito. Vocês escolhem o fundamento:

1. O art. 222 do RPS, acima transcrito; ou então, na LOCSS...

Art. 30. [...] IX - as empresas que integram grupo econômico de qualquer natureza respondem entre si, solidariamente, pelas obrigações decorrentes desta Lei;

Gabarito 6: E

7. (FMP – CGE-MT/Auditor/2015) No que tange à arrecadação e ao recolhimento das contribuições, nos termos do artigo 30 da Lei 8212/91, é correto afirmar que:

a) a empresa é obrigada a arrecadar as contribuições dos segurados empregados e trabalhadores avulsos a seu serviço, descontando-as da respectiva remuneração.

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b) os segurados contribuinte individual e facultativo estão obrigados a recolher sua contribuição por iniciativa própria, até o dia trinta do mês seguinte ao da competência.

c) o proprietário, o incorporador definido na Lei n.º 4.591, de 16 de dezembro de 1964, o dono da obra ou condômino da unidade imobiliária, qualquer que seja a forma de contratação da construção, reforma ou acréscimo, não são solidários com o construtor, e estes com a subempreiteira, pelo cumprimento das obrigações para com a Seguridade Social, ressalvado o seu direito regressivo contra o executor ou contratante da obra e admitida a retenção de importância a este devida para garantia do cumprimento dessas obrigações, se aplicando, em qualquer hipótese, o benefício de ordem.

d) exclui-se da responsabilidade subsidiária perante a Seguridade Social o adquirente de prédio ou unidade imobiliária que realizar a operação com empresa de comercialização ou incorporador de imóveis, ficando estes subsidiariamente responsáveis com o construtor.

e) as empresas que integram grupo econômico de qualquer natureza respondem entre si, subsidiariamente, pelas obrigações decorrentes desta Lei.

Comentários

a) CORRETA. Que beleza! Já começamos pelo gabarito.

“Peraí, professor! A empresa não tem a obrigação de arrecadar as contribuições dos Contribuintes Individuais que lhe prestam serviços? Isso tá lá no art. 216, I, ‘a’ do RPS!”

Tem sim, meus amigos. Mas essa omissão não basta para que o enunciado esteja errado, por 2 motivos:

1) Analisem as informações presentes no enunciado. A empresa tem a obrigação de arrecadar a contribuição do segurado empregado a seu serviço? TEM! A empresa tem a obrigação de arrecadar a contribuição do avulso a seu serviço? TEM. Então onde estaria o erro?

Um enunciado que dissesse, por exemplo: “a empresa é obrigada a arrecadar as contribuições do segurado empregado a seu serviço, descontando-as da respectiva remuneração” poderia ser considerado errado? De modo algum! Ele não contém NENHUM erro.

2) Este enunciado está “blindado”, meus amigos. A banca nos manda responder “nos termos do art. 30 da LOCSS. E nós, obedientes que somos — quem aí é louco de contrariar o examinador?? — fazemos exatamente isso. Se o art. 30 da LOCSS não fala do CI, fazemos de conta que ele não existe. Vejam o que diz lá:

Art. 30. A arrecadação e o recolhimento das contribuições ou de outras importâncias devidas à Seguridade Social obedecem às seguintes normas:

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I - a empresa é obrigada a:

a) arrecadar as contribuições dos segurados empregados e trabalhadores avulsos a seu serviço, descontando-as da respectiva remuneração;

b) ERRADA. Essa é fácil DEMAIS, né? O prazo de recolhimento da contribuição dos CI e Facultativos, todo mundo sabe qual é??? É dia 30? Pô, meus amigos, ninguém tem até o dia 30 do mês seguinte para contribuir. Os prazos principais são dias 07, 15 e 20:

Art. 30. [...] I - os segurados contribuinte individual e facultativo estão obrigados a recolher sua contribuição por iniciativa própria, até o dia quinze do mês seguinte ao da competência;

c) ERRADA. Aqui foi feita uma salada grotesca. A banca utilizou o velho, batido, gasto expediente de copiar um dispositivo da Lei e alterar seu sentido. Dessa vez não foi muito feliz. Disse que não há solidariedade, ao mesmo tempo em que afirmou que se aplicaria o benefício de ordem (o que só é cabível quando EXISTE solidariedade).

Ou seja: a leitura atenta e um conhecimento básico da legislação já bastam para a análise desta proposição. Comparem-na com a redação da Lei:

Art. 30. [...] VI - o proprietário, o incorporador definido na Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964, o dono da obra ou condômino da unidade imobiliária, qualquer que seja a forma de contratação da construção, reforma ou acréscimo, são solidários com o construtor, e estes com a subempreiteira, pelo cumprimento das obrigações para com a Seguridade Social, ressalvado o seu direito regressivo contra o executor ou contratante da obra e admitida a retenção de importância a este devida para garantia do cumprimento dessas obrigações, não se aplicando, em qualquer hipótese, o benefício de ordem;

d) ERRADA. Uma única palavrinha alterada bastou para macular o enunciado. Responsabilidade subsidiária x Responsabilidade solidária.

Responsabilidade solidária – o pagamento pode ser exigido, integralmente, de qualquer um dos devedores, sem uma ordem de preferência;

Responsabilidade subsidiária – após tentativas infrutíferas de cobrança do devedor principal, pode-se exigir o pagamento do devedor subsidiário.

Vejam como seria o correto, conforme a LOCSS:

Art. 30. [...] VII - exclui-se da responsabilidade solidária perante a Seguridade Social o adquirente de prédio ou unidade imobiliária que realizar a operação com empresa de comercialização ou incorporador de imóveis, ficando estes solidariamente responsáveis com o construtor;

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e) ERRADA. Mais uma vez a confusão #TeamSolidário X #TeamSubsidiário.

As empresas que integral grupo econômico respondem solidariamente pelas obrigações previdenciárias. É isso que diz a LOCSS. Ponto final.

Art. 30. [...] X - as empresas que integram grupo econômico de qualquer natureza respondem entre si, solidariamente, pelas obrigações decorrentes desta Lei;

Tudo entendido? Não tem mistério, né?

Gabarito 7: A

8. (CESPE - TRE-PE/Analista Judiciário/2017) Em relação às obrigações acessórias das empresas, dos contribuintes equiparados a empresa e dos segurados da previdência social, assinale a opção correta.

a) A empresa prestadora de serviços está obrigada a destacar nas notas fiscais, nas faturas ou nos recibos de prestação de serviços emitidos o valor da retenção para a previdência social.

b) A certidão de prova de regularidade fiscal previdenciária poderá ser emitida, se as contribuições devidas tiverem sido pagas, ainda que a guia respectiva não tenha sido entregue no prazo.

c) A inscrição na previdência social é responsabilidade do segurado empregado, devendo ser efetuada mediante preenchimento dos documentos que o habilitem ao exercício da atividade.

d) Os registros da folha de pagamentos de obras de construção civil podem ser mantidos centralizados na sede da empresa construtora.

e) Os códigos ou abreviaturas que identifiquem as respectivas rubricas utilizadas na elaboração das folhas de pagamento devem obedecer ao padrão determinado pela Receita Federal do Brasil.

Comentários

Como bem diz o enunciado, trataremos das obrigações acessórias das empresas, equiparados e segurados.

Todos de olho na LOCSS então... e vam’bora!!

a) CORRETA. Tá lá na LOCSS:

Art. 31. A empresa contratante de serviços executados mediante cessão de mão de obra, inclusive em regime de trabalho temporário, deverá reter 11% (onze por cento) do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e recolher, em nome da empresa cedente da mão de obra, a importância retida até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da emissão da respectiva nota fiscal ou fatura, ou até o dia útil

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imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia, observado o disposto no § 5o do art. 33 desta Lei.

§ 1º O valor retido de que trata o caput deste artigo, que deverá ser destacado na nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, poderá ser compensado por qualquer estabelecimento da empresa cedente da mão de obra, por ocasião do recolhimento das contribuições destinadas à Seguridade Social devidas sobre a folha de pagamento dos seus segurados.

Este dispositivo é suficiente para fundamentar a resposta, me parece. Mas se preferirem, a IN 971 consegue ser ainda mais clara:

Art. 47. [...] § 9º Para o fim previsto no inciso IV do caput, a empresa prestadora de serviços está obrigada a destacar nas notas fiscais, nas faturas ou nos recibos de prestação de serviços emitidos, o valor da retenção para a Previdência Social, na forma estabelecida nos arts. 126 e 127.

Satisfeitos? Então vamos prosseguir.

b) ERRADA. A certidão de prova de regularidade fiscal é a comumente chamada certidão negativa. Antigamente havia uma certidão negativa específica da Previdência Social; desde 2007, contudo, com a unificação das Receitas Previdenciária e Federal, criando a RFB, foram também unificadas as certidões negativas.

Acerca do prazo de entrega da ‘guia respectiva’ (a famosa GFIP), não há regra na LOCSS, nem no RPS. O examinador foi buscar a previsão na IN 971:

Art. 47. [...] § 17. A falta de entrega da GFIP na forma, prazo e condições estabelecidos pela RFB, impede a expedição da certidão de prova de regularidade fiscal perante a Fazenda Nacional.

Precisa ser mais claro que isso??

c) ERRADA. A inscrição do segurado é ato formal pelo qual o segurado é cadastrado no Regime Geral de Previdência Social, mediante comprovação dos dados pessoais e de outros elementos necessários e úteis a sua caracterização (RPS, art. 18).

O mesmo art. 18 do RPS contraria a afirmação do enunciado:

Art. 18. [...] I - o empregado e trabalhador avulso - pelo preenchimento dos documentos que os habilitem ao exercício da atividade, formalizado pelo contrato de trabalho, no caso de empregado, observado o disposto no § 2º do art. 20, e pelo cadastramento e registro no sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra, no caso de trabalhador avulso; [...]

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§ 1º A inscrição do segurado de que trata o inciso I será efetuada diretamente na empresa, sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra e a dos demais no Instituto Nacional do Seguro Social.

O empregado, portanto, assina o contrato de trabalho; e a empresa repassa as informações relativas à contratação para a Previdência Social.

d) ERRADA. Imagine uma disposição dessas aplicável, por exemplo, à Odebrecht, OAS, Andrade Gutierres ou qualquer outra megaempreiteira...

A fiscalização da RFB bate em uma obra pública realizada em uma cidadezinha no meio da floresta amazônica, depois de 2 dias andando de balsa... chega lá, pede a documentação comprobatória do cumprimento das obrigações previdenciárias relacionadas aos trabalhadores da obra e recebe como resposta que a papelada está toda na sede da empresa, em São Paulo... Peeeeeeeeeeense em uma confusão!

Para evitar isso, o RPS diz o seguinte:

Art. 225. A empresa é também obrigada a:

I - preparar folha de pagamento da remuneração paga, devida ou creditada a todos os segurados a seu serviço, devendo manter, em cada estabelecimento, uma via da respectiva folha e recibos de pagamentos; [...]

§ 9º A folha de pagamento de que trata o inciso I do caput, elaborada mensalmente, de forma coletiva por estabelecimento da empresa, por obra de construção civil e por tomador de serviços, com a correspondente totalização, deverá: [...]

Se cada estabelecimento da empresa deve manter uma via da respectiva folha de pagamento, cada obra de construção civil também, certo?

“Ih, professor... não tá forçando a interpretação para justificar o gabarito?”

Não, meus amigos... não faço esse tipo de coisa. Eu tô só afirmando a mesma coisa que a IN 971/2009:

Art. 47. [...] § 2º A empresa deve manter, em cada estabelecimento e obra de construção civil executada sob sua responsabilidade, uma cópia da respectiva folha de pagamento.

E vamos nos encaminhando para o final...

e) ERRADA. Embora fosse até desejável alguma uniformização nessa seara, o fato é que o legislador não andou nesse sentido. Apenas instituiu a obrigação da empresa de informar à fiscalização seus códigos e abreviaturas — medida necessária para tornar os registros compreensíveis ao fiscal. O RPS diz isso, com todas as letras:

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Art. 225. [...] § 14. A empresa deverá manter à disposição da fiscalização os códigos ou abreviaturas que identifiquem as respectivas rubricas utilizadas na elaboração da folha de pagamento, bem como os utilizados na escrituração contábil.

E previsão quase idêntica está — adivinhem??? — na IN 971:

Art. 47. [...] § 8º Para fins do disposto nos incisos III e IV do caput, a empresa deve manter à disposição da fiscalização da RFB os códigos ou abreviaturas que identifiquem as respectivas rubricas utilizadas na elaboração das folhas de pagamento, bem como as utilizadas na escrituração contábil.

Tudo entendido? Podemos encerrar por aqui?

Gabarito 8: A

9. (FCC - TRT 1ª Região/Juiz do Trabalho/2013) É exigida Certidão Negativa de Débito − CND, fornecida pelo órgão competente, nos seguintes casos:

a) no registro ou arquivamento, no órgão próprio, de ato relativo a aumento de capital social ou de capital de firma individual.

b) averbação da construção residencial unifamiliar, destinada ao uso próprio, de tipo econômico, executada sem mão de obra assalariada.

c) de pessoas físicas e jurídicas, na contratação com o Poder Público e no recebimento de benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios por ele concedidos.

d) na alienação ou oneração, por empresas, de bem imóvel ou direito a ele relativo.

e) averbação da construção civil localizada em área objeto de regularização fundiária de interesse social, na forma da legislação própria.

Comentários

Meus amigos, minhas amigas, pensem em um assunto RARO!

Trabalho com concursos há 4 anos, já comentei mais de MIL questões de Previdenciário, mas esta é a primeira que vejo tratar da CND.

A Certidão Negativa de Débito é documento emitido como prova da quitação de tributo. Conforme descrito no art. 205 do Código Tributário Nacional — Lei 5.172/1966, é documento expedido à vista de requerimento do interessado, que contenha todas as informações necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se refere o pedido.

A CND tem validade de 180 dias e hoje pode ser emitida — na hipótese de inexistência de pendências por parte do contribuinte — pela internet.

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Embora hoje a certidão de regularidade fiscal previdenciária e tributária esteja unificada, ainda cabe à LOCSS — Lei 8.212/91 disciplinar o assunto, em seu art. 47:

Art. 47. É exigida Certidão Negativa de Débito-CND, fornecida pelo órgão competente, nos seguintes casos:

I - da empresa:

a) na contratação com o Poder Público e no recebimento de benefícios ou incentivo fiscal ou creditício concedido por ele;

b) na alienação ou oneração, a qualquer título, de bem imóvel ou direito a ele relativo;

c) na alienação ou oneração, a qualquer título, de bem móvel de valor superior a Cr$ 2.500.000,00 (dois milhões e quinhentos mil cruzeiros) incorporado ao ativo permanente da empresa;

d) no registro ou arquivamento, no órgão próprio, de ato relativo a baixa ou redução de capital de firma individual, redução de capital social, cisão total ou parcial, transformação ou extinção de entidade ou sociedade comercial ou civil e transferência de controle de cotas de sociedades de responsabilidade limitada;

II - do proprietário, pessoa física ou jurídica, de obra de construção civil, quando de sua averbação no registro de imóveis, salvo no caso do inciso VIII do art. 30.

Vamos, então, à análise de cada assertiva?

a) ERRADA. De acordo com a alínea ‘d’ do inciso I do art. 47, acima transcrito, só se exige CND no momento do registro ou arquivamento de ato de baixa de firma individual ou redução de capital. As hipóteses de aumento de capital não contemplam a exigência de CND.

b) ERRADA. O inciso II do art. 47 trata da exigência da CND na averbação de obra de construção civil. Mas exclui da regra o caso do inciso VIII do art. 30 da LOCSS, que é...

Art. 30. [...] VIII - nenhuma contribuição à Seguridade Social é devida se a construção residencial unifamiliar, destinada ao uso próprio, de tipo econômico, for executada sem mão-de-obra assalariada, observadas as exigências do regulamento;

c) ERRADA. A pessoa física que porventura contratar com o poder público não tem obrigação de apresentar CND. Esta exigência é restrita às empresas, como podemos ver no art. 47, I, ‘a’ da LOCSS.

d) CORRETA. Literalidade do art. 47, I, ‘b’ da LOCSS. Nada a acrescentar.

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e) ERRADA. Embora, em tese, o caso esteja enquadrado na regra geral do inciso II do art. 47 e não seja excluído pela exceção ao final do dispositivo, há OUTRA regra que afasta a exigência da CND:

Art. 47. [...] § 6º Independe de prova de inexistência de débito:

a) a lavratura ou assinatura de instrumento, ato ou contrato que constitua retificação, ratificação ou efetivação de outro anterior para o qual já foi feita a prova;

b) a constituição de garantia para concessão de crédito rural, em qualquer de suas modalidades, por instituição de crédito pública ou privada, desde que o contribuinte referido no art. 25, não seja responsável direto pelo recolhimento de contribuições sobre a sua produção para a Seguridade Social;

c) a averbação prevista no inciso II deste artigo, relativa a imóvel cuja construção tenha sido concluída antes de 22 de novembro de 1966.

d) o recebimento pelos Municípios de transferência de recursos destinados a ações de assistência social, educação, saúde e em caso de calamidade pública.

e) a averbação da construção civil localizada em área objeto de regularização fundiária de interesse social, na forma da Lei nº 11.977, de 7 de julho de 2009.

Não dá pra ser mais claro que isso, né??

Gabarito 9: D

10. (ESAF - PGFN/Procurador da Fazenda Nacional/2012) A respeito do prazo de decadência e prescrição das contribuições sociais, assinale a opção correta, considerando a jurisprudência consolidada do Supremo Tribunal Federal.

a) O prazo de decadência está validamente regulamentado na Lei n. 8.212/91.

b) O prazo de prescrição está validamente regulamentado na Constituição Federal.

c) Os prazos de prescrição e decadência podem ser regulamentados em lei ordinária.

d) O prazo de decadência ocorre no prazo de 10 anos e o de prescrição, no prazo de 30 anos.

e) Os prazos de prescrição e a decadência das contribuições sociais são idênticos aos previstos no Código Tributário Nacional.

Comentários

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Pessoal, confessem, não dá vontade de RIR lendo essas alternativas?

a) ERRADA. Quem sou eu pra contrariar o Supremo Tribunal Federal? Se esse Tribunal diz que os dispositivos da LOCSS que tratavam do tema são inconstitucionais, só me resta dizer amém.

STF – Súmula Vinculante 08 - SÃO INCONSTITUCIONAIS O PARÁGRAFO ÚNICO DO ARTIGO 5º DO DECRETO-LEI Nº 1.569/1977 E OS ARTIGOS 45 E 46 DA LEI Nº 8.212/1991, QUE TRATAM DE PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO.

Nada mais restava, a não ser a revogação dos referidos artigos, que foi realizada pela Lei Complementar 128, de 19.12.2008. Então não há, na LOCSS, prazo algum regulamentado.

b) ERRADA. A Constituição não estabelece nenhum prazo decadencial. Vocês sabem tão bem quanto eu que os prazos de prescrição e decadência relativos aos benefícios estão na LBPS, e aqueles relacionados ao custeio estão no Código Tributário Nacional.

c) ERRADA. Na verdade, só meio errada. Os prazos de prescrição e decadência relativos aos benefícios podem ser regulamentados em lei ordinária. Tanto isso é verdade que eles são regulamentados pela LOCSS, que é uma lei ordinária.

Mas as contribuições previdenciárias são tributos. Em razão disso os prazos de prescrição e decadência só podem ser fixados em LEI COMPLEMENTAR, conforme determina a Constituição. Foi por isso que os artigos correspondentes na LOCSS foram declarados inconstitucionais pelo STF e passou-se a considerar os prazos do código tributário nacional.

d) ERRADA. Não custa relembrar aqui que, em relação ao custeio previdenciário, os prazos de prescrição e decadência são sempre de 5 (cinco) anos.

e) CORRETA. Já falei DUAS vezes logo acima exatamente isso que a assertiva afirma.

Gabarito 10: E

11. (FCC - TCE-CE/Procurador do Ministério Público/2015) A prescrição e a decadência são institutos que tratam dos efeitos gerados pelo decurso de tempo nas relações jurídicas em geral. No que tange a sua aplicação na Seguridade Social, nos termos da legislação pertinente, tem-se que o

a) segurado ou dependente, como regra, tem o prazo de dez anos, para pleitear a revisão do ato de concessão de benefícios.

b) contribuinte terá o prazo de dez anos para pleitear a restituição ou compensação, sempre contado da data do pagamento do recolhimento indevido.

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c) prazo de prescrição das ações referentes a prestações previdenciárias por acidente de trabalho será de quinze anos, contados da data do acidente quando dele resultar a morte.

d) direito da Previdência Social de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis a seus beneficiários prescreve em cinco anos, sem qualquer exceção.

e) prazo prescricional das ações referentes a prestações por acidente de trabalho será contado da data em que for reconhecida pela Previdência Social a incapacidade temporária e neste caso o prazo será reduzido para dois anos.

Comentários

Vamos direto ao ponto.

a) CORRETA. Iniciamos com o gabarito. A assertiva reproduz a regra do art. 103 da LBPS:

Art. 103. O prazo de decadência do direito ou da ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão, indeferimento, cancelamento ou cessação de benefício, do ato de deferimento, indeferimento ou não concessão de revisão de benefício é de dez anos, contado:

I - do dia primeiro do mês subsequente ao do recebimento da primeira prestação ou da data em que a prestação deveria ter sido paga com o valor revisto; ou

II - do dia em que o segurado tomar conhecimento da decisão de indeferimento, cancelamento ou cessação do seu pedido de benefício ou da decisão de deferimento ou indeferimento de revisão de benefício, no âmbito administrativo.

b) ERRADA. A proposição em análise trata de custeio ou benefícios? CUSTEIO, obviamente (pagamento ou recolhimento indevido). E os prazos relacionados ao custeio, sejam prescricionais, sejam decadenciais, correspondem sempre a 05 anos.

Prescrição 5 anos, sempre.

Decadência 5 anos, quanto ao custeio;

10 anos, quanto aos benefícios.

c) ERRADA. Distorção da regra do art. 104 da LBPS:

Art. 104. As ações referentes à prestação por acidente do trabalho prescrevem em 5 (cinco) anos, observado o disposto no art. 103 desta Lei, contados da data:

I - do acidente, quando dele resultar a morte ou a incapacidade temporária, verificada esta em perícia médica a cargo da Previdência Social; ou

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II - em que for reconhecida pela Previdência Social, a incapacidade permanente ou o agravamento das seqüelas do acidente.

d) ERRADA. Hahahahahahaa... Essa assertiva quem tem o mínimo de experiência em resolução de questões de concurso já descarta sem nem pensar muito. Sério, gente... não são necessárias mais que 2 ou 3 sinapses para que o trecho “sem qualquer exceção” faça disparar um alerta no cérebro dos concurseiros.

Mas o erro não está só aí. Vejam o que diz o art. 103-A:

Art. 103-A. O direito da Previdência Social de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os seus beneficiários decai em dez anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.

Não vale a pena me aprofundar em conceitos jurídicos para destacar que a prescrição não atinge o ‘fundo de direito’... não há que se falar em ‘prescrição do direito de anular’. A prescrição atingiria os FRUTOS decorrentes do reconhecimento do direito — isto é, as PARCELAS decorrentes do reconhecimento do direito pleiteado. Um segurado pode perfeitamente revisar o ato concessório de sua aposentadoria concedida há 9 anos (o prazo decadencial é de 10 anos), mas receberá apenas os valores correspondentes aos cinco anos anteriores ao pedido de revisão. Eis, na prática, a distinção entre os efeitos da prescrição e da decadência. Um benefício concedido há 11 anos não pode mais ser revisado, o direito à revisão DECAIU.

e) ERRADA. Transcrevi, ao comentar a assertiva ‘c’, o art. 104 da LBPS. Ele trata, nos incisos I e II, do termo inicial da contagem do prazo prescricional das ações referentes a prestações acidentárias. O inciso II é o que se relaciona com a proposição em análise.

De sua leitura concluímos que a assertiva tem dois erros.

1º erro – Quando a incapacidade é temporária (inciso I), a contagem do prazo prescricional inicia na data do acidente;

2º erro – os 2 incisos se referem à disposição geral do caput... e o caput estabelece o prazo de 5 anos. Não existe essa regra de redução do prazo para 2 anos. Delírio do examinador.

Gabarito 11: A

12. (CESPE – DPF/Delegado/2018) Um segurado da previdência social, filiado em 1.º/3/2010, sofreu acidente de trabalho em 1.º/4/2010. Em 1.º/5/2010, lhe foi concedido, pelo INSS, auxílio-doença, contabilizado desde a data do seu acidente até o dia 1.º/4/2011. Em 1.º/8/2018, o INSS revisou o ato administrativo de concessão desse benefício.

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Considerando essa situação hipotética, julgue o item subsequente.

Na revisão, o INSS não poderia anular o referido ato administrativo, salvo se tivesse comprovado má-fé, dada a ocorrência da decadência, uma vez que havia transcorrido mais de cinco anos desde a concessão do benefício.

Comentários

Como regra geral da prescrição e decadência, temos que...

A prescrição é sempre de cinco anos;

A decadência é de cinco anos quando aplicável ao custeio (contribuições);

A decadência é de dez anos quando aplicável aos benefícios.

Vejam a previsão do art. 103-A da LBPS, aplicável à hipótese do enunciado:

Art. 103-A. O direito da Previdência Social de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os seus beneficiários decai em dez anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.

Gabarito 12: ERRADO

13. (CESPE – ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/2018) Considerando o entendimento jurisprudencial dos tribunais superiores, julgue o item que se segue, quanto ao regime geral de previdência social (RGPS).

Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, inexiste prazo decadencial para a concessão inicial de benefício oferecido pelo RGPS.

Comentários

Tradução rápida: uma vez cumpridos os requisitos para a concessão de um benefício previdenciário, é permitido ao potencial beneficiário requerê-lo a qualquer tempo, ou há a incidência de prazo decadencial?

A decisão do STF no RE 626.489 usa linguagem clara o suficiente para praticamente dispensar comentários adicionais:

RECURSO EXTRAODINÁRIO. DIREITO PREVIDENCIÁRIO. REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL (RGPS). REVISÃO DO ATO DE CONCESSÃO DE BENEFÍCIO. DECADÊNCIA. 1. O direito à previdência social constitui direito fundamental e, uma vez implementados os pressupostos de sua aquisição, não deve ser afetado pelo decurso do tempo. Como consequência, inexiste prazo decadencial para a concessão inicial do benefício previdenciário. 2. É legítima, todavia, a instituição de prazo decadencial de dez anos para a revisão de benefício já concedido, com fundamento no princípio da segurança jurídica, no interesse em evitar a eternização dos litígios e na busca de equilíbrio financeiro e atuarial para o

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sistema previdenciário. 3. O prazo decadencial de dez anos, instituído pela Medida Provisória 1.523, de 28.06.1997, tem como termo inicial o dia 1º de agosto de 1997, por força de disposição nela expressamente prevista. Tal regra incide, inclusive, sobre benefícios concedidos anteriormente, sem que isso importe em retroatividade vedada pela Constituição. 4. Inexiste direito adquirido a regime jurídico não sujeito a decadência. 5. Recurso extraordinário conhecido e provido.

(STF – RE 626489/SE – Relator Ministro ROBERTO BARROSO – Tribunal Pleno – Julgamento em 16.10.2013 – Publicação em 23.09.2014)

Em síntese: uma vez adquirido o direito a benefício, seu requerimento pode se dar a qualquer tempo. O prazo decadencial incide somente sobre o pedido de revisão de benefício já concedido.

Gabarito 13: CERTO

14. (FCC – TRT 6ª Região/Juiz do Trabalho/2015) NÃO fazem parte da composição das receitas do orçamento da Seguridade Social, no âmbito federal, as receitas

a) provenientes da venda de terras confiscadas pela União pelo plantio de plantas psicotrópicas.

b) de contribuições sociais provenientes dos trabalhadores, incidentes sobre o seu salário-de-contribuição.

c) da União.

d) de contribuições sociais provenientes dos empregadores domésticos.

e) de contribuições sociais das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados a seu serviço.

Comentários

Quais receitas compõem o orçamento da seguridade social???

Aquelas previstas no art. 11 da LOCSS, quais sejam:

Art. 11. No âmbito federal, o orçamento da Seguridade Social é composto das seguintes receitas:

I - receitas da União;

II - receitas das contribuições sociais;

III - receitas de outras fontes.

Parágrafo único. Constituem contribuições sociais:

a) as das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados a seu serviço;

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b) as dos empregadores domésticos;

c) as dos trabalhadores, incidentes sobre o seu salário-de-contribuição;

d) as das empresas, incidentes sobre faturamento e lucro;

e) as incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos.

Da leitura dos trechos grifados conseguimos concluir que estão ERRADAS as proposições ‘b’, ‘c’, ‘d’ e ‘e’, pois todas elas correspondem a receitas que fazem parte do orçamento da seguridade social.

Ou o gabarito é o A ou a questão é passível de anulação> Vamos ver.

As outras fontes de receita da seguridade social (inciso III do art. 11) estão relacionadas no art. 27 da mesma LOCSS. Uma delas, em especial, merece análise:

Art. 27. Constituem outras receitas da Seguridade Social: [...]

VI - 50% (cinqüenta por cento) dos valores obtidos e aplicados na forma do parágrafo único do art. 243 da Constituição Federal;

Vejam bem... o caput do art. 243 da CF dispõe sobre a destinação das propriedades nas quais forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas. Elas serão expropriadas e destinadas à reforma agrária ou programas de habitação popular. Não ocorrerá, em princípio, venda das propriedades.

Além disso, o que a legislação destina à seguridade social são os valores obtidos em função do disposto no parágrafo único do mesmo artigo:

Art. 243. [...] Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e da exploração de trabalho escravo será confiscado e reverterá a fundo especial com destinação específica, na forma da lei.

Em resumo:

TERRAS: expropriadas e destinadas à reforma agrária e programas de habitação;

OUTROS BENS: confiscados e revertidos a fundo especial, do qual 50% reverterá para a seguridade social.

Tudo entendido?

Gabarito 14: A

15. (VUNESP – Pref. Mun. Várzea Paulista/Procurador Jurídico/2016) As atividades de planejamento, execução, acompanhamento e avaliação das

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atividades relativas à tributação, à fiscalização, à arrecadação, à cobrança e ao recolhimento das contribuições sociais estabelecidas na Lei nº 8.212/91, das contribuições incidentes a título de substituição e das devidas a outras entidades e fundos, competem

a) ao Instituto Nacional da Seguridade Social.

b) à Secretaria da Receita Federal.

c) ao Conselho Nacional da Previdência Social.

d) ao Comitê de Assuntos Previdenciários.

e) à Secretaria de Assuntos Financeiros e Orçamentários.

Comentários

Nesta questão não haverá necessidade de loooooooooooonga argumentação e fundamentação. Basta que eu faça a vocês uma rápida pergunta:

Quando se fala em TRIBUTO, no Brasil, qual órgão público vem à mente de vocês?????

É o INSS? NÃOOOOOOOO!

O CNPS? Também NÃOOOOOOOO!

Seria o Comitê de Assuntos Previdenciários — que nem mesmo existe?? NEM PENSAR!

E a Secretaria de Assuntos Financeiros e Orçamentários — que também não existe? Lógico que NÃO.

O que sobrou?

A LOCSS — Lei 8.212/91 fundamenta a conclusão à qual nosso raciocínio lógico nos conduziu:

Art. 33. À Secretaria da Receita Federal do Brasil compete planejar, executar, acompanhar e avaliar as atividades relativas à tributação, à fiscalização, à arrecadação, à cobrança e ao recolhimento das contribuições sociais previstas no parágrafo único do art. 11 desta Lei, das contribuições incidentes a título de substituição e das devidas a outras entidades e fundos.

Simples, não?

Gabarito 15: B

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1. (CESPE – PGE-PE/Analista Judiciário/2019) Acerca da seguridade social, julgue o item seguinte.

Uma fonte de custeio da seguridade social é a receita oriunda da realização de sorteios de números ou outros símbolos pelo Poder Público ou por sociedades comerciais ou civis.

2. (FCC – São Luiz-MA/Procurador/2016) Pode ser classificada como contribuição previdenciária a contribuição

a) do empregador sobre receita e faturamento.

b) do importador de bens ou serviços do exterior.

c) do empregador sobre a folha de salários.

d) do empregador sobre o lucro.

e) para o PIS/PASEP.

3. (CESPE – STM/Analista Judiciário/2018) Acerca da Lei n.º 8.212/1991, que dispõe sobre a seguridade social, julgue o item a seguir.

Os estados, o Distrito Federal e os municípios tornam-se responsáveis pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras da seguridade social, quando decorrentes do pagamento de benefícios de prestação continuada da previdência social.

4. (CESPE - INSS/Técnico do Seguro Social/2016) Com referência a arrecadação e recolhimento das contribuições destinadas à seguridade social, julgue os itens que se seguem.

As empresas são obrigadas a arrecadar a contribuição do segurado contribuinte individual a seu serviço, descontando-a da respectiva remuneração.

5. (CESPE - TRT 7ª Região/Analista Judiciário/2017) Mônica é empregada doméstica na casa de Jorge, segurado empregado de uma empresa.

Nessa situação hipotética, assinale a opção correta a respeito das contribuições previdenciárias de Mônica e de Jorge.

a) A contribuição previdenciária de Mônica é calculada mediante a aplicação da alíquota de 8% sobre o valor registrado na carteira de trabalho, independentemente do valor da remuneração.

9. LISTA DE QUESTÕES

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b) Tanto as contribuições previdenciárias de Mônica quanto as de Jorge devem ser recolhidas até o dia vinte do mês subsequente ao da prestação do serviço.

c) A contribuição previdenciária de Jorge deve ser recolhida por seu empregador, enquanto a de Mônica deve ser feita por ela mesma, pessoalmente.

d) Como empregador doméstico, Jorge deve realizar o recolhimento da contribuição patronal de 8% sobre o valor registrado na carteira de trabalho de Mônica, para a seguridade social, bem como 0,8% de contribuição social para financiamento do seguro contra acidentes do trabalho.

6. (CESPE - TRE-MT/Analista Judiciário/2015) No exercício financeiro de 2015, são responsáveis solidários pelo cumprimento da obrigação previdenciária principal

a) os sócios e administradores em qualquer tempo de microempresas baixadas sem o pagamento das contribuições.

b) as empresas tomadoras e as prestadoras de serviços mediante cessão de mão de obra.

c) os trabalhadores portuários avulsos cedidos a operadores portuários em caráter permanente.

d) os produtores rurais em relação a empreendimento realizado em regime de parceria.

e) as empresas que integrem grupo econômico de qualquer natureza, entre si.

7. (FMP – CGE-MT/Auditor/2015) No que tange à arrecadação e ao recolhimento das contribuições, nos termos do artigo 30 da Lei 8212/91, é correto afirmar que:

a) a empresa é obrigada a arrecadar as contribuições dos segurados empregados e trabalhadores avulsos a seu serviço, descontando-as da respectiva remuneração.

b) os segurados contribuinte individual e facultativo estão obrigados a recolher sua contribuição por iniciativa própria, até o dia trinta do mês seguinte ao da competência.

c) o proprietário, o incorporador definido na Lei n.º 4.591, de 16 de dezembro de 1964, o dono da obra ou condômino da unidade imobiliária, qualquer que seja a forma de contratação da construção, reforma ou acréscimo, não são solidários com o construtor, e estes com a subempreiteira, pelo cumprimento das obrigações para com a Seguridade Social, ressalvado o seu direito regressivo contra o executor ou contratante da obra e admitida a retenção de

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importância a este devida para garantia do cumprimento dessas obrigações, se aplicando, em qualquer hipótese, o benefício de ordem.

d) exclui-se da responsabilidade subsidiária perante a Seguridade Social o adquirente de prédio ou unidade imobiliária que realizar a operação com empresa de comercialização ou incorporador de imóveis, ficando estes subsidiariamente responsáveis com o construtor.

e) as empresas que integram grupo econômico de qualquer natureza respondem entre si, subsidiariamente, pelas obrigações decorrentes desta Lei.

8. (CESPE - TRE-PE/Analista Judiciário/2017) Em relação às obrigações acessórias das empresas, dos contribuintes equiparados a empresa e dos segurados da previdência social, assinale a opção correta.

a) A empresa prestadora de serviços está obrigada a destacar nas notas fiscais, nas faturas ou nos recibos de prestação de serviços emitidos o valor da retenção para a previdência social.

b) A certidão de prova de regularidade fiscal previdenciária poderá ser emitida, se as contribuições devidas tiverem sido pagas, ainda que a guia respectiva não tenha sido entregue no prazo.

c) A inscrição na previdência social é responsabilidade do segurado empregado, devendo ser efetuada mediante preenchimento dos documentos que o habilitem ao exercício da atividade.

d) Os registros da folha de pagamentos de obras de construção civil podem ser mantidos centralizados na sede da empresa construtora.

e) Os códigos ou abreviaturas que identifiquem as respectivas rubricas utilizadas na elaboração das folhas de pagamento devem obedecer ao padrão determinado pela Receita Federal do Brasil.

9. (FCC - TRT 1ª Região/Juiz do Trabalho/2013) É exigida Certidão Negativa de Débito − CND, fornecida pelo órgão competente, nos seguintes casos:

a) no registro ou arquivamento, no órgão próprio, de ato relativo a aumento de capital social ou de capital de firma individual.

b) averbação da construção residencial unifamiliar, destinada ao uso próprio, de tipo econômico, executada sem mão de obra assalariada.

c) de pessoas físicas e jurídicas, na contratação com o Poder Público e no recebimento de benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios por ele concedidos.

d) na alienação ou oneração, por empresas, de bem imóvel ou direito a ele relativo.

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e) averbação da construção civil localizada em área objeto de regularização fundiária de interesse social, na forma da legislação própria.

10. (ESAF - PGFN/Procurador da Fazenda Nacional/2012) A respeito do prazo de decadência e prescrição das contribuições sociais, assinale a opção correta, considerando a jurisprudência consolidada do Supremo Tribunal Federal.

a) O prazo de decadência está validamente regulamentado na Lei n. 8.212/91.

b) O prazo de prescrição está validamente regulamentado na Constituição Federal.

c) Os prazos de prescrição e decadência podem ser regulamentados em lei ordinária.

d) O prazo de decadência ocorre no prazo de 10 anos e o de prescrição, no prazo de 30 anos.

e) Os prazos de prescrição e a decadência das contribuições sociais são idênticos aos previstos no Código Tributário Nacional.

11. (FCC - TCE-CE/Procurador do Ministério Público/2015) A prescrição e a decadência são institutos que tratam dos efeitos gerados pelo decurso de tempo nas relações jurídicas em geral. No que tange a sua aplicação na Seguridade Social, nos termos da legislação pertinente, tem-se que o

a) segurado ou dependente, como regra, tem o prazo de dez anos, para pleitear a revisão do ato de concessão de benefícios.

b) contribuinte terá o prazo de dez anos para pleitear a restituição ou compensação, sempre contado da data do pagamento do recolhimento indevido.

c) prazo de prescrição das ações referentes a prestações previdenciárias por acidente de trabalho será de quinze anos, contados da data do acidente quando dele resultar a morte.

d) direito da Previdência Social de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis a seus beneficiários prescreve em cinco anos, sem qualquer exceção.

e) prazo prescricional das ações referentes a prestações por acidente de trabalho será contado da data em que for reconhecida pela Previdência Social a incapacidade temporária e neste caso o prazo será reduzido para dois anos.

12. (CESPE – DPF/Delegado/2018) Um segurado da previdência social, filiado em 1.º/3/2010, sofreu acidente de trabalho em 1.º/4/2010. Em 1.º/5/2010, lhe foi concedido, pelo INSS, auxílio-doença, contabilizado desde a

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data do seu acidente até o dia 1.º/4/2011. Em 1.º/8/2018, o INSS revisou o ato administrativo de concessão desse benefício.

Considerando essa situação hipotética, julgue o item subsequente.

Na revisão, o INSS não poderia anular o referido ato administrativo, salvo se tivesse comprovado má-fé, dada a ocorrência da decadência, uma vez que havia transcorrido mais de cinco anos desde a concessão do benefício.

13. (CESPE – ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/2018) Considerando o entendimento jurisprudencial dos tribunais superiores, julgue o item que se segue, quanto ao regime geral de previdência social (RGPS).

Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, inexiste prazo decadencial para a concessão inicial de benefício oferecido pelo RGPS.

14. (FCC – TRT 6ª Região/Juiz do Trabalho/2015) NÃO fazem parte da composição das receitas do orçamento da Seguridade Social, no âmbito federal, as receitas

a) provenientes da venda de terras confiscadas pela União pelo plantio de plantas psicotrópicas.

b) de contribuições sociais provenientes dos trabalhadores, incidentes sobre o seu salário-de-contribuição.

c) da União.

d) de contribuições sociais provenientes dos empregadores domésticos.

e) de contribuições sociais das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados a seu serviço.

15. (VUNESP – Pref. Mun. Várzea Paulista/Procurador Jurídico/2016) As atividades de planejamento, execução, acompanhamento e avaliação das atividades relativas à tributação, à fiscalização, à arrecadação, à cobrança e ao recolhimento das contribuições sociais estabelecidas na Lei nº 8.212/91, das contribuições incidentes a título de substituição e das devidas a outras entidades e fundos, competem

a) ao Instituto Nacional da Seguridade Social.

b) à Secretaria da Receita Federal.

c) ao Conselho Nacional da Previdência Social.

d) ao Comitê de Assuntos Previdenciários.

e) à Secretaria de Assuntos Financeiros e Orçamentários.

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Gabarito 1: ....... CERTO

Gabarito 2: .................. C

Gabarito 3: .... ERRADO

Gabarito 4: ....... CERTO

Gabarito 5: .................. D

Gabarito 6: .................. E

Gabarito 7: .................. A

Gabarito 8: .................. A

Gabarito 9: .................. D

Gabarito 10: ............... E

Gabarito 11: ............... A

Gabarito 12: . ERRADO

Gabarito 13: .... CERTO

Gabarito 14: ............... A

Gabarito 15: ............... B

10. GABARITO

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KERTZMAN, Ivan. Curso Prático de Direito Previdenciário. 13ª ed. Salvador: Editora JusPodivm, 2015.

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