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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI PRÓ-REITORIA DE ENSINO ENGENHARIA AGRONÔMICA PRICILA ARAUJO SANTANA MATURAÇÃO DE SEMENTES DE SORGO SACARINO Sete Lagoas 2017

MATURAÇÃO DE SEMENTES DE SORGO SACARINO 2016 2... · O sorgo sacarino é uma cultura eficiente em produção de massa verde em um rápido ciclo de cultivo, aproximadamente quatro

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO

DEL-REI PRÓ-REITORIA DE ENSINO ENGENHARIA AGRONÔMICA

PRICILA ARAUJO SANTANA

MATURAÇÃO DE SEMENTES DE SORGO SACARINO

Sete Lagoas

2017

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PRICILA ARAUJO SANTANA

MATURAÇÃO DE SEMENTES DE SORGO SACARINO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Engenharia Agronômica da Universidade Federal de São João Del Rei como requisito parcial para obtenção do título de Engenheira Agrônoma.

Área de concentração: Produção e

Tecnologia de Sementes

Orientadora: Profa. Dra. Nádia Nardely

Lacerda Durães Parrella

Co – orientador: Dr. Rafael Augusto da

Costa Parrella

Sete Lagoas

2017

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PRICILA ARAUJO SANTANA

MATURAÇÃO DE SEMENTES DE SORGO SACARINO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Engenharia Agronômica da Universidade Federal de São João Del Rei como requisito parcial para obtenção do título de Engenheira Agrônoma.

Sete Lagoas, 10 de fevereiro, 2017

Banca Examinadora:

Eng. Agrônoma Nayara Norrene Lacerda Durães – Doutoranda em Melhoramento Vegetal (UENF)

Dr. Rafael Augusto da Costa Parrella – Pesquisador (Embrapa Milho e Sorgo)

Profa. Dra. Nádia Nardely Lacerda Durães Parrella – Docente (UFSJ/CSL)

Orientadora

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AGRADECIMENTOS

À Deus, por ter iluminado toda minha caminhada e ter me dado forças para concluir mais

esta etapa.

Aos meus pais Edmar e Elizete, pelo amor, incentivo e apoio incondicional.

À UFSJ, por ter em acolhido durante toda a graduação, e por ter me dado a oportunidade

de usufruir de um ensino de qualidade, oferecido pelos mais competentes profissionais.

À Prof. Dra. Nádia Nardely, pela orientação, apoio, confiança e dedicação na elaboração

deste trabalho.

Ao Dr. Rafael Parrella, pela oportunidade de realizar os experimentos na Embrapa Milho

e Sorgo, confiando no meu potencial e aceitando tão prontamente ser meu co-orientador

neste trabalho.

À todos os funcionários do setor de Melhoramento de Sorgo da Embrapa, por todo apoio

e ajuda durante a condução do experimento em campo.

Às minhas amigas, presentes que a UFSJ me deu. Obrigada por tornarem essa caminhada

mais agradável.

À todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, о meu: Muito

Obrigada!

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RESUMO

A qualidade da semente é de fundamental importância, porque sementes de qualidade

propiciam a maximização da ação dos demais insumos e fatores de produção empregados

na lavoura. O estudo da maturação é importante porque é uma forma de se conhecer o

comportamento das espécies no tocante à sua reprodução, possibilitando, assim, prever o

estabelecimento e a época adequada de colheita. Na ausência de informações precisas, as

alternativas disponíveis para determinar a época ou o estádio mais favorável para a

colheita consistem na avaliação do grau de umidade e utilização de características

morfológicas de partes da planta, o objetivo do trabalho foi acompanhar a maturidade

fisiológica de sementes de oito genótipos de sorgo ao longo de oito épocas de colheita.

Foram realizados testes de determinação de teor de água, para se determinar a umidade

das sementes a cada colheita. Para a avaliação qualidade fisiológica das sementes, foram

realizadas as análises de germinação. Após análise de variância, foi observado diferença

significativa para a interação genótipos e épocas de colheita para as variáveis analisadas

(p≤0,05), demonstrando as diferenças genéticas entre as cultivares e alterações devido

aos diferentes estágios de maturidade fisiológica das sementes ao longo das avaliações. A

partir 114 DAS os genótipos CV 198, 201438B 021 e 201512B 017 apresentarem um

padrão mínimo de germinação superior ao recomendado para a comercialização de

sementes de sorgo que está estabelecida em 80%. Demais genótipos atingiram

germinação acima de 80% nas demais épocas. Cada genótipo demostrou comportamento

próprio a cada época de colheita, porém de modo geral, maiores porcentagens de

germinação puderam ser verificadas em sementes colhidas a partir de 114 DAS, com

teores de água variando entre 15 a 21%, dependendo do genótipo.

Palavras-chave: umidade, germinação, maturidade fisiológica.

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ABSTRACT

The quality of the seed is of fundamental importance, because seeds of quality propitiate

the maximization of the action of the other inputs and factors of production employed in

the crop. The study of maturation is important because it is a way of knowing the

behavior of the species in terms of their reproduction, making possible to predict the

establishment and the appropriate time of harvest. In the absence of precise information,

the alternatives available to determine the most favorable time or stage for the harvest are

the evaluation of the degree of humidity and the use of morphological characteristics of

parts of the plant, the objective of the work was to follow the physiological maturity of

seeds of eight sorghum genotypes over eight harvest seasons. Water content

determination tests were performed to determine seed moisture at each harvest. For the

physiological quality evaluation of the seeds, germination analyzes were performed.

After analysis of variance, a significant difference was observed for the interaction of

genotypes and harvesting times for the analyzed variables (p≤0.05), showing the genetic

differences among the cultivars and changes due to the different stages of physiological

maturity of the seeds over the assessments. From 114 DAS the genotypes CV 198,

201438B 021 and 201512B 017 present a minimum germination standard superior to that

recommended for the commercialization of sorghum seeds that is established in 80%.

Other genotypes reached germination above 80% in other times. Each genotype showed

its own behavior at each harvesting period, but in general, higher percentages of

germination could be verified in seeds harvested from 114 DAS, with water contents

ranging from 15 to 21% depending on the genotype.

Key words: moisture, germination, physiological maturity.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO………………………………………………………...........................8

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA………………………………………...................…...10

2.1 O SORGO SACARINO...............................................................................................10

2.2 QUALIDADE DE SEMENTES..................................................................................11

2.3 MATURIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES.....................................................12

3. MATERIAL E MÉTODOS...........................................................................................16

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO...................................................................................19

5. CONCLUSÃO...............................................................................................................27

6. REFERÊNCIAS.............................................................................................................28

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1 INTRODUÇÃO

Referência internacional na geração e na utilização de fontes renováveis de

energia, o Brasil encontra-se em uma grande oportunidade de desenvolvimento

econômico e social, por meio dos agrocombustíveis. Para produção de etanol, a cana-de-

açúcar é considerada nacionalmente como a principal cultura, porém outras espécies

também se apresentam viáveis nesse processo. Entre essas se destaca o sorgo sacarino,

que assim como a cana-de-açúcar possui colmo suculento com presença de açúcares

diretamente fermentáveis.

O sorgo sacarino é uma cultura eficiente em produção de massa verde em um

rápido ciclo de cultivo, aproximadamente quatro meses. É tolerante a estresse hídrico, o

que amplia o zoneamento agroenergético e possibilita sua utilização em áreas sem

aptidão para cultivo da cana-de-açúcar, e é tolerante à baixa fertilidade e à acidez no solo,

o que também favorece o balanço energético positivo da produção. Além disso, sua

implantação é realizada por sementes, o que favorece um estande mais uniforme e

mecanização total da cultura desde a semeadura à colheita (SOUZA, 2011).

A qualidade da semente é de fundamental importância, porque sementes de

qualidade propiciam a maximização da ação dos demais insumos e fatores de produção

empregados na lavoura. Sua qualidade é influenciada pelos locais e épocas de cultivo,

uma vez que fatores como temperatura, umidade do ar, precipitação e fotoperíodo variam

com a estação do ano e com a latitude das regiões. A utilização de sementes de alta

qualidade é um pré-requisito para o estabelecimento rápido e uniforme de plântulas no

campo com consequência no estande, na produtividade e na qualidade do produto colhido.

O estudo da maturação é importante porque é uma forma de se conhecer o

comportamento das espécies no tocante à sua reprodução, possibilitando, assim, prever o

estabelecimento e a época adequada de colheita. Além disso, pode-se obter material

genético de boa qualidade fisiológica, que é a base para os programas de melhoramento

(FIGLIOLIA E KAGEYAMA, 1994).

A época ideal de colheita, juntamente com as técnicas empregadas, são aspectos

importantes na produção de sementes, devido ao fato de apresentarem reflexos diretos na

qualidade, uma vez que a velocidade de maturação varia entre espécies e entre árvores de

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uma mesma espécie e se altera conforme o ano e local de colheita (FIGLIOLIA, 1995).

Por se tratar de uma cultura considerada recente, não se conhece ao certo o melhor

momento para a colheita de sementes de sorgo sacarino com máximo de germinação e

vigor.

Na ausência de informações precisas, as alternativas disponíveis para determinar a

época ou o estádio mais favorável para a colheita consistem na avaliação do grau de

umidade e utilização de características morfológicas de partes da planta, o objetivo do

trabalho foi acompanhar a maturidade fisiológica de sementes de sorgo ao longo de oito

épocas de colheita.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 O SORGO SACARINO

O sorgo sacarino [Sorghum bicolor (L.) Moench] pertence à família das

gramíneas, é originária do continente africano, apresenta ciclo anual, colmos eretos e

suculentos com teores de açúcares elevados, altura média de 2,5m, se adapta a diversos

ambientes de cultivo, principalmente em regiões com alta temperatura e deficiência

hídrica, que são condições desfavoráveis à maioria dos grãos produzidos (BORÉM 2005;

SANTOS et al., 2005).

Por ser uma planta C4 com alta eficiência fotossintética, o sorgo é um dos maiores

produtores de energia acumulada, com taxas de fotossíntese das folhas que vão de 30 a

100 mg dm-2 h-1 CO2, dependendo do material genético, da intensidade de luz e da idade

das folhas. Além disso, o sorgo possui eficientes mecanismos morfológicos e

bioquímicos de tolerância à seca. Dessa forma, o sorgo requer menos água para se

desenvolver quando comparado a outros cereais, necessita de 330 kg de água para

produzir 1kg de matéria seca. O milho e o trigo, por exemplo, necessitam de 370 kg e 500

kg de água por kg de matéria seca, respectivamente (MAGALHÃES e DURÃES, 2003).

Esse cereal apresenta grande eficiência no uso da água (KIMDAMBI et al., 1990;

PENG e KRIEG, 1992) e possui características fisiológicas que permitem paralisar o

crescimento ou diminuir as atividades metabólicas durante o estresse hídrico,

acumulando reservas metabólicas e reiniciando o crescimento quando a água torna-se

disponível (MASOJIDEK et al., 1991). Essas reservas, que são pouco utilizadas durante a

seca, ficam disponíveis para estimular o crescimento quando a água se torna novamente

disponível (DONATELLI et al., 1992). Portanto, o metabolismo do sorgo se torna

amplamente adaptativo a estas condições, gerando grandes possibilidades desta cultura

para a agricultura familiar das regiões áridas e semi-áridas do Brasil.

Devido às características de eficiência no uso de água e tolerância a estresses

bióticos, o sorgo sacarino apresenta-se como interessante alternativa na geração da

agroenergia, e particularmente em locais onde as condições edafoclimáticas limitam a

exploração de uma cultura energética, como nas regiões áridas e semiáridas. Pode-se,

dessa forma, fornecer a chave de um processo racional de produção de energia sob bases

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renováveis nessas regiões (SCHAFFERT e GOURLEY, 1981).

A produtividade média brasileira de biomassa verde de cana-de-açúcar é de 76,06

t ha1 (CONAB, 2011). Em regiões produtoras, maiores níveis de produtividade são

alcançados, porém esses níveis tendem a cair gradativamente a partir do primeiro corte

até o quinto ou sexto corte, com ciclo de cultivo de um ano ou um ano e meio. Como o

ciclo do sorgo sacarino gira em torno de 120 dias, o que possibilita o cultivo de mais de

uma safra por ano, e considerando uma produtividade média por ciclo de 50 t ha-1, pode-

se concluir que o sorgo sacarino é uma cultura bastante eficiente na produção de

biomassa para produção de etanol (PARRELLA et al., 2010).

Quanto ao teor de sólidos solúveis, medida indireta para aferição do teor de açúcar,

verifica-se que os valores do sorgo sacarino são equivalentes aos encontrados na cana-de-

açúcar. Além disso, os teores de açúcares, segundo Teixeira et al. (1998), se elevam até a

planta atingir a maturidade fisiológica, época ideal para o corte, o que possibilita

perfeitamente a conciliação da colheita dos colmos e dos grãos.

2.2 QUALIDADE DE SEMENTES

A qualidade da semente é de fundamental importância, porque sementes de

qualidade propiciam a maximização da ação dos demais insumos e fatores de produção

empregados na lavoura (SOUZA et al., 2007). Sua qualidade é influenciada pelos locais e

épocas de cultivo, uma vez que fatores como temperatura, umidade do ar, precipitação e

fotoperíodo variam com a estação do ano e com a latitude das regiões (MOTTA et al.,

2002).

Considera-se uma semente de alta qualidade aquela com elevada capacidade

germinativa e vigor, adequadamente tratadas, com grau de umidade adequado e de boa

aparência geral. Esses fatores, devidamente balanceados, proporcionam maior

homogeneidade de população, elevado vigor das plantas e, consequentemente, maior

qualidade e produtividade (LACERDA, 2007).

A avaliação fisiológica das sementes é efetuada por meio de métodos

padronizados, conduzidos em laboratório sob condições controladas que visam avaliar a

maturação, o valor das sementes para a semeadura e comparar a qualidade fisiológica,

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servindo como base para a comercialização das sementes, pois é essencial para o aumento

da produtividade nacional (CARVALHO e NAKAGAWA, 2000).

Para se obter sementes de alta qualidade, é imprescindível, dentre outros fatores,

uma adubação mineral balanceada, dada a sua influência na produção e qualidade do

produto agrícola (DELOUCHE, 1981; WRIGLEY et al., 1984). Toledo e Marcos Filho

(1977) ressaltaram que plantas bem nutridas apresentaram condições de produzir

sementes mais bem formadas e, portanto, com o seu desenvolvimento completo, podendo

apresentar no campo um desempenho mais uniforme e adequado. O vigor das sementes

que exprime o seu nível de qualidade fisiológica está relacionado com uma série de

fatores como: condições climáticas durante a maturação, condições de armazenamento,

tamanho das sementes, grau de injúria mecânica, tratamento químico das sementes e

nutrição das plantas progenitoras entre outros (CARVALHO e NAKAGAWA, 2000).

O teste de germinação é o método mais usado e reconhecido para medição da

qualidade fisiológica da semente, embora tenha as suas limitações, pois as condições a

que a semente é submetida para germinar são próximas às mais adequadas

(BRAGANTINI, 1996).

A utilização de sementes de alta qualidade é um pré-requisito para o

estabelecimento rápido e uniforme de plântulas no campo com consequência no estande,

na produtividade e na qualidade do produto colhido. A qualidade de sementes é

particularmente crítica quando são utilizadas novas cultivares ou híbridos, pois, devido ao

alto custo, há necessidade de melhores técnicas para se obter melhor emergência.

Visando a melhoria na qualidade das sementes e rápido e uniforme estabelecimento das

plântulas, diferentes tipos de tratamentos têm sido estudados (BRADFORD, 1986).

2.3 MATURIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES

O processo de maturação caracteriza-se por uma série de mudanças morfológicas,

fisiológicas e funcionais (ÁVILA et al., 2009), que podem interferir na qualidade das

sementes, e ter relação com o momento da colheita (SARTOR; MÜLLER; MORAES,

2010).

A avaliação do processo de maturação consiste em uma abordagem que

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caracteriza uma série de alterações morfológicas, físicas, fisiológicas e bioquímicas,

dirigida à tecnologia de sementes, procurando identificar o ponto de maturidade e

estabelecer bases para a determinação segura do momento de colheita (MARCOS FILHO,

2005).

Segundo Dias (2001), o acompanhamento do desenvolvimento das sementes é

feito com base em modificações como tamanho, teor de água, conteúdo de matéria seca,

germinação e vigor. Vários trabalhos realizados com maturação de sementes, de diversas

espécies, apontam o ponto de máximo conteúdo de matéria seca como sendo o melhor e

mais seguro indicativo de que as sementes atingiram maturidade fisiológica. A partir da

fertilização, o óvulo fecundado sofre uma série de modificações morfológicas,

bioquímicas e fisiológicas, que culminam com a formação da semente madura,

compreendendo este conjunto de transformações, o processo de maturação das sementes.

Seu estudo detalhado fornece informações sobre o comportamento das espécies no

tocante à sua produção, o que possibilita prever e estabelecer a época mais adequada para

a colheita (GEMAQUE et al., 2002).

A maturidade fisiológica coincide com o momento em que cessa a transferência

de matéria seca da planta para as sementes; nessa ocasião, o potencial fisiológico é

elevado, senão máximo. Diante desse fato, seria extremamente natural a decisão de

efetuar a colheita dos campos de produção de sementes, quando a população de plantas

atingisse a maturidade fisiológica. No entanto, existem muitas dificuldades em se definir

o ponto exato de colheita, uma vez que, no ponto de maturidade fisiológica, a semente

encontra-se com um grau de umidade elevado, e por outro lado, o atraso da colheita a

partir desse ponto acarreta vários inconvenientes, determinados pela exposição

relativamente prolongada das sementes às condições menos favoráveis do ambiente

(MARCOS FILHO, 2005).

O ponto de maturidade fisiológica pode variar em função da espécie e do local,

havendo, portanto, a necessidade de estabelecimento de parâmetros que permitam a

definição da época adequada de colheita, denominados de índices de maturação. O

acompanhamento do desenvolvimento das sementes é feito com base nas modificações

que ocorrem em algumas características físicas e fisiológicas, como tamanho, teor de

água, conteúdo de matéria seca acumulada, germinação e vigor (SILVEIRA et al., 2002).

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A partir da maturidade fisiológica, tende a ocorrer redução da qualidade das sementes,

cuja velocidade de deterioração é influenciada pelos fatores ambientais, especialmente

aquelas predominantes na fase final de maturação (PEDROSO et al., 2008).

Em estudos realizados durante a maturação de sementes de diversas espécies, a

massa de matéria seca tem sido considerada como o melhor e mais seguro indicativo de

que as sementes atingiram a maturidade fisiológica (DIAS, 2001). Vanderlip e Reeves

(1972), relataram que após 70 dias a partir da floração, no estádio sete, o grão de sorgo é

considerado leitoso, com metade da matéria seca. No estádio oito, três quartos da massa

seca da semente já foram acumuladas, e no estádio nove, caracterizado pelo máximo

acúmulo de massa seca, com teor de água entre 25% a 35% é considerado o ponto de

maturidade fisiológica desta espécie (ALMEIDA et al., 2016).

Tillmann, Peters, Mello e Silva, (1985), observaram estreita relação entre a perda

de água e o acréscimo de massa seca nas sementes, para as três porções da panícula em

sorgo BRS 501, durante o processo de maturação. Verificaram, ainda, que o máximo de

germinação e matéria seca ocorreu aos 47 dias após a antese, na porção apical e em torno

de 54 dias após a antese, para a porção média e basal, em decorrência da desuniformidade

da maturidade fisiológica das sementes na panícula.

Durante o processo de secagem, na fase final da maturação, ocorre a síntese de

proteínas resistentes ao calor (BEWLEY e BLACK, 1994), cuja detecção e acúmulo têm

sido correlacionados com a aquisição de tolerância à dessecação em várias espécies

(KERMODE, 1997). No entanto, a secagem pode causar danos nos sistemas de

membranas, e o comprometimento da estrutura celular facilita o contato da enzima

polifenoloxidase, exclusiva de plastídeos, com os compostos fenólicos, armazenados

preferencialmente nos vacúolos, tornando inevitável a oxidação de fenóis, os quais

convertidos à quinonas podem reagir com proteínas, inclusive a própria polifenoloxidase.

Além das alterações enzimáticas, com a redução do teor de água, as sementes de sorgo

podem ser induzidas à dormência secundária com o avanço da secagem sob temperatura

de 46 °C - 48 °C.

Segundo Marcos Filho (2005), a inibição da germinação pode ser provocada por

substâncias presentes na cobertura ou na parte interna das sementes, as quais podem

bloquear o metabolismo preparatório para a geminação ou impedir o livre acesso do

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oxigênio ao embrião ou a liberação de gás carbônico. São conhecidos vários tipos de

inibidores da germinação, como taninos, ácidos fenólicos, aldeídos e alcalóides.

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3 MATERIAL E METÓDOS

O experimento foi realizado no campo experimental da Embrapa Milho e Sorgo

no período de novembro de 2015 a abril de 2016. A área está localizada em Sete Lagoas -

MG a 19°28' latitude sul, 44°15'08'' longitude oeste e altitude de 732 m. O clima

característico da região é Aw (Köppen), ou seja, típico de regiões de savana, com inverno

seco e temperatura média do ar do mês mais frio superior a 18°C. O solo da área é

classificado como latossolo vermelho distrófico.

Na adubação de plantio foram aplicados 400 kg.ha-1 do formulado 8-28-16 (NPK),

e 200 kg.ha-1 de ureia foram utilizados na adubação de cobertura 20 dias pós-semeadura.

Após 15 dias de emergência, realizou-se o desbaste, onde foram mantidas na área oito

plantas por metro linear, totalizando 40 plantas por linhas de cinco metros. O controle de

plantas daninhas foi efetuado pós-semeadura com a utilização de Atrazina, na dosagem

de 1,5 Kg do ingrediente ativo ou 3 litros do produto comercial por hectare, sendo

complementado pela capina manual. Irrigação suplementar foi aplicada durante o

estabelecimento da cultura a fim de evitar estresses hídricos neste período.

Foram utilizados oito genótipos de sorgo sacarino provenientes do Programa de

Melhoramento de Sorgo da Embrapa Milho e Sorgo (Tabela 1). A semeadura foi

realizada no dia 26 de novembro de 2015 e as colheitas realizadas a partir de 93 dias após

a semeadura (DAS), em intervalos de sete dias, totalizando oito épocas. As panículas

foram colhidas manualmente e enviadas para o Laboratório de Análises de Sementes da

Universidade Federal de São João Del Rei, campus Sete Lagoas.

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TABELA 1. Genótipos de sorgo sacarino utilizados para avaliação de maturidade

fisiológica em oito épocas de colheita, Sete Lagoas, 2016.

A cada época, foram realizados testes de determinação de teor de água, para se

determinar a umidade das sementes na ocasião colheita pelo Método da Estufa a 103ºC

(Brasil, 2009). Foram utilizadas quatro repetições com 10 gramas cada. As sementes

foram pesadas em balança de precisão e colocadas em estufa a 103°C durante 24 horas.

Após esse período as mesmas foram retiradas da estufa e pesadas novamente.

Para a avaliação da qualidade fisiológica das sementes ao longo das épocas,

foram realizadas Teste de Germinação e Índice de Velocidade de Germinação (IVG)

conduzidas segundo os critérios estabelecidos nas Regras para Análise de Sementes

(Brasil, 2009). Antes da realização de ambos os testes, as panículas colhidas em cada

época foram submetidas a secagem natural em casa de vegetação durante sete dias, para

evitar danos mecânicos às sementes quando estas fossem removidas da panícula. Os

testes de germinação e IVG foram realizados simultaneamente, utilizando quatro

repetições de 50 sementes colocadas em papel tipo Germitest. As folhas de papel foram

previamente umedecidas com água na proporção de 2,5 vezes o peso do papel seco.

Após a semeadura os rolos de papel foram colocados em BOD com temperatura

de 25˚C, por um período de dez dias. Para determinação da porcentagem de germinação

foram feitas duas contagens, sendo a primeira no quarto dia e a segunda no décimo dia

após o início do teste. Foram contabilizadas apenas as plântulas normais e os resultados

TRATAMENTOS GENÓTIPOS TIPO

1 BRS 508 Variedade comercial da Embrapa

2 BRS 511 Variedade comercial da Embrapa

3 CV 198 Híbrido comercial da Monsanto

4 201438B 021 Híbrido experimental da Embrapa

5 201512B 015 Híbrido experimental da Embrapa

6 201512B 017 Híbrido experimental da Embrapa

7 201518B 015 Híbrido experimental da Embrapa

8 201518B 079 Híbrido experimental da Embrapa

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foram expressos em porcentagem. Para a determinação do índice de velocidade de

germinação foram feitas contagens diárias do primeiro ao décimo dia de teste. Os valores

do índice de velocidade de germinação foram obtidos de acordo com Maguire (1962),

utilizando-se a seguinte fórmula:

Onde:

N = Número de plântulas normais

D = Dias a partir da semeadura.

O delineamento usado foi inteiramente casualizado com oito tratamentos e quatro

repetições. A análise estatística foi feita no programa Sisvar e os dados foram submetidos

ao teste de medias Scott-Knott a 5% de probabilidade. Além disso, foram geradas

regressões para os genótipos utilizados.

IVG = N1 + N2 + ... + Nn

D1 D2 Dn

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resumos das análises de variância para os testes de umidade (U), germinação

(GER) e índice de velocidade de germinação (IVG) estão apresentados na tabela 2. Foi

observada diferença significativa para genótipos e épocas de colheita para todas as

variáveis analisadas (p≤0,05). Isto demonstra as diferenças genéticas entre os genótipos e

alterações devido aos diferentes estágios de maturidade fisiológica das sementes ao longo

das avaliações.

TABELA 2. Os resumos das análises de variância para os testes de umidade (U),

germinação (GER) e índice de velocidade de germinação (IVG) de genótipos de sorgo

sacarino utilizados para avaliação de maturidade fisiológica em oito épocas de colheita,

Sete Lagoas, 2016.

* Significativo pelo teste F a 5% de probabilidade.

Na tabela 3, é possível verificar o teor de água nas sementes de sorgo ao longo das

oito épocas de colheita de cada genótipo avaliado. Através do teste de médias observou-

se diferença significativa entre os teores de água das sementes nas diferentes épocas de

colheita (p≤0,05). Foi possível verificar que as sementes dos diferentes genótipos de

sorgo sacarino até a terceira época (107 DAS), apresentavam altos teores de água,

evidenciando a imaturidade fisiológica. Tal imaturidade pode ser observada nos baixos

valores em geral de porcentagem de germinação. A colheita é um procedimento que deve

FV

QM

GL U GER IVG

Genótipo (G) 7 387.90 * 272.21 * 461.01 *

Época (E) 7 9647.93 * 18821.28 * 30429.41 *

G x E 49 148.81 * 320.54 * 201.50 *

Resíduo 192 67.41 35.70 19.69

CV 28.91 10.03 7.66

Média 28.40 59.58 57.93

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acontecer o mais rápido possível, assim que seja atingida a maturidade fisiológica da

semente.

TABELA 3. Teor de água nas sementes de sorgo em oito épocas de colheita, Sete

Lagoas, 2016.

Médias seguidas da mesma letra na linha não diferenciam entre si pelo Teste Scott- Knott

(p≤0,05).

A redução do teor de água das sementes foi explicada por Carvalho e Nakagawa

(2000) da seguinte maneira: a semente, logo após ter sido formado o zigoto, tem,

normalmente, um alto teor de umidade, para, em seguida, começar uma fase de lento

decréscimo. Essa fase apresenta a duração variável de acordo com a espécie e condições

climáticas, sendo, então, seguida de uma fase de rápida desidratação até oscilar com os

valores de umidade relativa do ar, demonstrando que, a partir daquele ponto, a planta mãe

não mais exerce controle sobre o teor de umidade da semente. No caso do sorgo, essa

maturidade pode ocorrer com o conteúdo de água em torno de 25 a 35%, dependendo da

cultivar utilizada (VARDERLIP e REEVES, 1972). No entanto, o teor de água elevado

pode causar dano mecânico latente às sementes, no momento da colheita, ocasionando

perda na qualidade. Por esse motivo, as sementes de sorgo são mantidas no campo até

GENÓTIPOS

ÉPOCAS - DAS

93 100 107 114 121 128 135 142

BRS 508 58.98 A 41.12 B 36.77 B 29.38 C 20.10 D 15.85 D 12.99 D 14.31 D

BRS 511 66.61 A 60.72 A 45.47 B 20.44 C 22.28 C 11.61 C 12.82 C 11.78 C

CV 198 48.51 A 36.71 B 25.50 C 24.16 C 21.51 C 15.90 C 13.46 C 13.43 C

201438B021 54.72 A 43.80 B 39.32 B 23.36 C 18.64 C 14.26 C 13.44 C 11.90 C

201512B015 82.37 A 60.01 B 56.80 B 26.68 C 16.16 D 13.65 D 11.92 D 12.41 D

201512B017 50.20 A 36.69 B 29.17 B 20.34 C 17.91 C 14.32 C 13.06 C 12.14 C

201518B015 50.23 A 57.08 A 34.14 B 21.96 C 15.73 C 14.11 C 12.30 C 13.03 C

201518B079 51.64 A 43.72 A 36.93 B 31.82 B 19.88 C 14.99 C 13.44 C 12.97 C

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atingirem teor de água aproximado de 18%, valor considerado ideal para minimizar os

danos (SILVA et al., 2001). Tal parâmetro de umidade pôde ser observados a partir de

121 DAS, principalmente no genótipo 201438B 021, com 18% de umidade. Para

sementes de soja colhidas com teor de água superior a 16% estão sujeitas a maior

incidência de danos mecânicos latentes e, quando colhidas com teor abaixo de 12%, estão

mais susceptíveis ao dano mecânico imediato (EMBRAPA, 2005). Resultados de

pesquisas evidenciam que sementes de soja colhidas com teor de água de 13%

proporcionaram menores índices de danos mecânicos, quebra de sementes e impurezas,

indicando que, neste teor, a semente de soja apresenta melhor padrão de qualidade

(COSTA et al., 2002). No caso do sorgo sacarino, foi possível observar que dependendo

do genótipo, a colheita manual pode ser realizada com teor de água em torno de 12%,

sem comprometer a qualidade fisiológica.

Na tabela 4, é possível acompanhar a porcentagem de germinação dos genótipos

ao longo das oito épocas de colheita. Através do teste de médias foi possível observar

diferença significativa na germinação das sementes ao longo das oito épocas de colheita

(p≤0,05). A partir 114 DAS os genótipos CV 198, 201438B 021 e 201512B 017

apresentarem um padrão mínimo de germinação superior ao recomendado para a

comercialização de sementes de sorgo que está estabelecida em 80% (BRASIL, 2008).

Demais genótipos atingiram germinação acima de 80% nas demais épocas. No entanto,

vale ressaltar o teor de água nas sementes nas diferentes épocas. Cada genótipo

demostrou comportamento próprio a cada época de colheita, porém de modo geral,

maiores porcentagens de germinação puderam ser verificadas em sementes colhidas a

partir de 121 DAS, com teores de água variando entre 15 a 21%, dependendo do genótipo.

Mesmo na última época (142 DAS), os genótipos BRS 508, CV 198, 201518B 015 e

201518B 079 apresentaram germinação acima do padrão de comercialização de sementes

certificadas de sorgo, sendo que os baixos teores de água não provocaram danos

mecânicos imediatos (trincas), mantendo-se assim a qualidade fisiológica das sementes

de sorgo até o final do ciclo. Importante ressaltar o tipo de colheita realizada no presente

trabalho, que foi manual. As sementes atingem sua máxima qualidade fisiológica quando

estão com o máximo poder de germinação e vigor. Quando colhidas imaturas possuem

baixo vigor e poder germinativo, devido provavelmente à presença de inibidores, como

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também imaturidade do embrião (KERMODE, 2005).

TABELA 4. Germinação de sementes de sorgo sacarino em oito épocas de colheita, Sete

Lagoas, 2016.

GENÓTIPOS

ÉPOCAS - DAS

93 100 107 114 121 128 135 142

BRS 508 21.5 D 36.5 C 43.5 C 75.0 B 66.5 B 83.0 A 73.0 B 82.5 A

BRS 511 40.0 C 43.5 C 67.5 A 75.5 A 58.0 B 63.0 B 68.0 A 72.0 A

CV 198 14.5 C 17.0 C 66.5 B 86.0 A 80.0 A 81.0 A 72.0 B 82.5 A

201438B021 25.0 E 39.0 D 55.5 C 82.5 A 77.5 A 80.0 A 83.0 A 70.0 B

201512B015 15.5 D 18.0 D 53.0 C 68.0 B 60.0 C 67.0 B 83.0 A 77.0 A

201512B017 15.5 D 23.5 D 48.0 C 80.0 A 72.5 B 73.0 B 83.5 A 75.0 B

201518B015 16.0 D 14.5 D 36.5 C 70.5 B 80.0 A 82.5 A 66.5 B 89.0 A

201518B079 11.0 D 13.5 D 47.0 C 70.5 B 80.5 A 85.5 A 76.5 B 80.0 A

Médias seguidas da mesma letra na linha não diferenciam entre si pelo Teste Scott- Knott

(p≤0,05).

Portanto, torna-se de grande importância a verificação da influência do tipo de

colheita na danificação mecânica e qualidade fisiológica de sementes de sorgo com

diferentes teores de água.

Na tabela 5, estão demonstrados os Índices de Velocidade de Germinação (IVG)

das sementes ao longo das oito épocas de colheita. Através do teste de médias observou-

se diferença significativa no IVG dos genótipos ao longo das oito épocas de colheita

(p≤0,05). A partir dos 114 dias após o plantio todos os genótipos começaram a apresentar

aumento significativo na velocidade de germinação, tendo os seus maiores valores aos

142 dias após a semeadura, o que demonstra maior vigor das sementes. Vale ressaltar que

a colheita do experimento foi realizada de forma manual, preservando a qualidade física e

fisiológica das sementes e não comprometendo os resultados dos testes realizados. A

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redução da velocidade de germinação está associada ao desenvolvimento e maturação do

tegumento (CORNER, 1976; ROLSTON, 1978; BOESEWINKEL; BOUMAN, 1995),

onde as sementes mais novas, com menor desenvolvimento do tegumento apresentam

maior permeabilidade; esta diminui com o avanço da estruturação do tegumento, sendo

que a impermeabilidade à água ocorre nos períodos finais do desenvolvimento da

semente (ROLSTON, 1978).

TABELA 5. Índice de Velocidade Germinação de sementes de sorgo em oito épocas de

colheita, Sete Lagoas, 2016.

Médias seguidas da mesma letra na linha não diferenciam entre si pelo Teste Scott- Knott

(p≤0,05).

A análise de regressão dos resultados do teor de água, germinação e IVG, em

função das épocas de colheita estão apresentados na Figura 1 e 2 para os oito genótipos.

Foram observadas interações significativas entre genótipos e épocas de colheita para

todas as características avaliadas.

De modo geral, foi possível verificar o aumento da qualidade fisiológica das

sementes com o retardamento de colheita, o que confirma os resultados obtidos no teste

de germinação e IVG. A medida que ocorre o decréscimo do teor de água, observa-se o

GENÓTIPOS

ÉPOCAS - DAS

93 100 107 114 121 128 135 142

BRS 508 13.16 C 18.05 C 18.86 C 67.65 B 73.14 B 82.88 A 79.38 A 86.90 A

BRS 511 27.02 E 34.04 D 43.91 C 76.30 A 66.00 B 68.80 B 78.69 A 81.38 A

CV 198 11.20 E 17.68 D 55.92 C 81.19 B 85.26 A 87.36 A 80.35 B 88.57 A

201438B021 18.29 E 26.97 D 41.06 C 78.72 B 78.87 B 82.90 A 87.35 A 83.83 A

201512B015 9.49 E 13.48 E 31.20 D 61.13 C 65.65 C 70.68 B 85.48 A 84.43 A

201512B017 7.67 E 17.14 D 36.73 C 74.82 B 79.86 B 83.28 A 87.22 A 86.70 A

201518B015 8.99 E 11.12 E 23.28 D 65.81 C 72.08 C 80.78 B 84.49 B 91.69 A

201518B079 6.40 D 9.22 D 22.84 C 64.57 B 84.15 A 90.70 A 86.20 A 88.61 A

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aumento do vigor das sementes, chegando ao máximo nas três últimas épocas avaliadas.

É reconhecido que a máxima qualidade das sementes é alcançada por ocasião da

maturidade fisiológica, coincidindo com o máximo acúmulo de biomassa seca, vigor e

germinação (BEWLEY e BLACK, 1994). No entanto, o período de permanência das

sementes no campo, após a maturidade fisiológica, é fator importante na deterioração ou,

mesmo, na perda de vigor (BRACCINI et al., 2003a).

Figura 1: Teor de água, Germinação e Índice de Velocidade de Germinação (IVG) dos genótipos de sorgo sacarino

BRS 508, BRS 511, CV 198 e 201438B021, em oito épocas de colheita à partir dos 93 dias após a semeadura.

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Para o genótipo BRS 508, o momento ideal para colheita foi entre 128 DAS e 142

DAS, obtendo valores máximos de germinação e vigor, no entanto, os teores de água

apresentavam-se baixos para colheita mecanizada, podendo ocasionar danificação

mecânica imediata nas sementes. Já para o genótipo BRS 511, os valores de germinação

ficaram abaixo dos padrões de comercialização, bem como baixos teores de água nas três

últimas épocas de colheita. Estes baixos valores podem ser explicados pelo acamamento

das plantas durante o período em que estas estavam no campo. Isso faz com que as

panículas entrem em contato com o solo, causando a perda da qualidade das sementes.

Os genótipos CV 198 e 201438B 021, obtiveram maiores valores de germinação

nas três últimas épocas de colheita e teores de água considerados adequados para colheita

manual das sementes. Já o genótipo 201512B 015, apresentou valores de germinação

Figura 2: Teor de água, Germinação e Índice de Velocidade de Germinação (IVG) dos genótipos de sorgo

sacarino 201512B015, 201512B017, 201518B015 e 201518B079, em oito épocas de colheita à partir dos 93 dias

após a semeadura.

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acima dos padrões de comercialização aos 135 e 142 DAS.

Os genótipos 201512B 017, 201518B 015 e 201518B 079 obtiveram valores de

germinação acima dos padrões de comercialização de sementes de sorgo aos 128, 135 e

142 DAS.

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5 CONCLUSÕES

Foram observadas interações significativas entre genótipos e épocas de colheita

para todas as características avaliadas.

Em geral, as colheitas realizadas entre 114 a 121 dias após o semeio,

apresentaram teores de água e porcentagem de germinação adequados para a produção de

sementes de sorgo sacarino.

Após os 128 dias após o semeio, o baixo teor de água não interferiu na qualidade

fisiológica das sementes, já que a colheita manual não causou danos mecânicos nas

mesmas.

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