12
FACULDADE PITÁGORAS ENGENHARIA MECÂNICA - 4º PERÍODO - NOTURNO - SALA 324 RESISTÊNCIA DOS MATERIAS - PROF. ROEMIR PERES FERNANDO SOARES BARBOSA RAMOS ANÁLISE COMENTADA DE EXERCÍCIO SOBRE TENSÃO DE CISALHAMENTO SÃO LUÍS - MA 2015

Mecânica Dos Materiais

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Análise comentada de questão sobre tensão de cisalhamento

Citation preview

  • FACULDADE PITGORAS

    ENGENHARIA MECNICA - 4 PERODO - NOTURNO - SALA 324

    RESISTNCIA DOS MATERIAS - PROF. ROEMIR PERES

    FERNANDO SOARES BARBOSA RAMOS

    ANLISE COMENTADA DE EXERCCIO SOBRE TENSO DE

    CISALHAMENTO

    SO LUS - MA

    2015

  • RESISTNCIA DOS MATERIAIS - TENSO

    1) O pinos B, C, D e E da estrutura tm, cada um, dimetro de 0,25

    pol. Supondo que os pinos estejam submetidos a cisalhamento

    duplo, determinar a teno de cisalhamento mdia em cada pino.

    fig. 1 - representao de estrutura mecnica apoiada por pinos

    Resoluo comentada:

    Observando a fig.1 do problema, existe uma fora de 500 lb sobre o

    pino A, empurrando a estrutura para a esquerda e uma fora de 300 lb

    forando a mesma para baixo, sendo assim, a estrutura ficar sujeita foras

    de compresso e de trao.

    fig.2 - foras de trao e compresso

  • De acordo com sentido da fora aplicada,a parte AE ser tracionada ou

    esticada e as partes AD e BC sero comprimidas, conforme mostra fig. 2

    A estrutura do problema em questo apoiada por pinos. A funo

    bsica dos apoios impedir movimentao ou deslocamento das estruturas

    atravs de reaes nas direes dos movimentos impedidos. Os apoios

    possuem a funo fsica de ligar elementos que compem a estrutura, alm da

    funo esttica de transmitir as cargas ou foras. Os apoios so classificados

    em funo do nmero de movimentos que eles impedem. Para estrutura do

    problema, tem-se os apoios do tipo 1 e do tipo 2.

    Apoio tipo 1 ou 1 gnero: so aqueles que impedem deslocamentos

    somente em uma direo, produzindo reaes equivalentes a uma fora

    com linha de ao conhecida. Apenas uma reao que ser a incgnita.

    Exemplos desse tipo de apoio so os roletes, balancins, superfcies

    lisas, hastes curtas e cabos, cursores e pinos deslizantes.

    Apoio tipo 2 ou 2 gnero: so aqueles que restringem a translao de

    um corpo livre em todas as direes, mas no podem restringir a rotao

    em torno da conexo, portanto a reao produzida equivale a uma fora

    com direo desconhecida, envolvendo duas incgnitas, geralmente

    representadas pelas componentes x e y da reao. Os apoios desse

    grupo so os pinos polidos em orifcios ajustados, articulaes e

    superfcies rugosas. No caso de uma superfcie rugosa, a componente

    normal superfcie deve ser orientada para fora da superfcie de apoio.

    A respeito dos apoios da estrutura do problema, observe a tab. 1 abaixo:

    Tab. 1 - tipos de apoio

  • Os pinos A, B, C e E possuem duas incgnitas, j o pino D possui

    apenas uma incgnita, pois est apoiado por um apoio balancim. As foras dos

    apoios tipo pino possuem direes desconhecidas, no entanto, o sentido das

    linhas de ao conhecido observe a fig.3 abaixo:

    fig. 3 - componentes das foras que agem em cada pino

    De acordo com o enunciado da questo, os pinos A, B, C, D e E esto

    sujeitos a cisalhamento duplo, sendo assim, pedido a tenso de cisalhamento

    mdia de cada pino, para isso preciso conhecer as componentes da fora

    que agem sobre cada articulao. Usa-se ento as equaes de equilbrio

    esttico:

    = 0 (soma de todas as foras que atuam sobre o corpo)

    0 = 0 ( soma de todos os momentos de todas as foras em relao a

    um ponto qualquer)

    As equaes de equilbrio = 0 e 0 = 0 devem ser satisfeitas a

    fim de impedir que o corpo se desloque ou gire. Na estrutura do problema em

    questo, os pinos so responsveis por manter o equilbrio esttico, uma vez

    que existem foras tentando provocar movimento de rotao e translao

    sobre a estrutura.

    O clculo de momento necessrio para esse tipo de problema devido

    aos tipos de apoio (pinos) que equilibram a estrutura. Em geral imagina-se que

    como a estrutura apoiada por pinos, a mesma pode sofrer giro ou rotao,

    pois foras particulares esto agindo sobre ela, no entanto, isso no ocorre

  • pois o corpo encontra-se equilbrio esttico em funo da presena do conjunto

    de pinos que compem a estrutura. Entende-se momento como sendo uma

    grandeza associada ao fato de uma fora fazer com que um corpo (ou objeto)

    gire, ou seja, o produto de uma fora pela distancia de aplicao dessa fora

    ( = . ) . Dessa forma, observe a fig.4 abaixo:

    fig. 4 - foras aplicando momento na estrutura

    Aplicando a soma dos momentos, a soma das foras em cada ponto e

    a adotando o sentido anti-horrio, calcula-se as componentes desconhecidas

    de cada ponto.

    PINO E:

    As foras que esto tentando provocar um movimento giratrio da

    estrutura a partir do pino E, so a fora de 500 lb no pino A, a fora de 300 lb

    que age no centro da haste B e C e a fora de reao ao apoio (Dy) que age no

    pino D. Adotando o sentido anti-horrio como positivo, Observe a fig. 5 abaixo:

  • fig.5 - representao do momento no pino E

    Soma total dos momentos em relao ao ponto E:

    = 0 500(6) + 300(3) (6) = 0 =3900

    6 = 650

    Clculo da soma total das foras que tentam provocar momento no pino E:

    = 0 500 = 0 = 500

    = 0 650 300 = 0 = 350

    OBS1: Em relao a soma dos momentos, as foras que tentam provocar

    momento no sentido anti-horrio sobre a estrutura do problema em questo,

    por conveno, so consideradas positivas, as que tentam provocar momento

    no sentido horrio so classificadas como negativas. Levando em conta a

    soma total das foras aplicadas sobre a estrutura, as foras que agem de baixo

    para cima e da direita para a esquerda, so consideradas positivas, no caso

    contrrio, so classificadas como negativas, isso ocorre pois essas foras

    esto no mesmo sentido do momento (anti-horrio) e de forma arbitrria

    classificado como positivo, observe a fig.6 abaixo:

  • fig.6 - sentido das foras aplicadas na estrutura

    PINO B:

    A soma dos momentos no pino B acontece em virtude da aplicao da fora

    componente Cy no ponto C, observe a fig.7:

    fig.7 - momento aplicado no ponto B

    As foras que tentam provocar momento no pino B so, 300 lb (sentido

    horrio) e Cy ( sentido anti-horrio), sendo assim, adotando o sentido anti-

    horrio,a soma dos momentos em relao ao pino B :

    = 0 (3) 300(1,5) = 0 3 = 450 = 150

  • Clculo da soma total das foras que tentam provocar momento em B:

    = 0 300 + = 0 300 + 150 = 0 = 150

    PINO A:

    A soma dos momentos em relao ao pino A, acontece

    consequentemente pela ao das componentes do pino B ( Bx e By) e pela

    fora de reao ao apoio (Dy) do pino D, tentando assim fazer um movimento

    giratrio anti-horrio sobre o pino A. Observe a fig.8 abaixo:

    fig.8 - soma dos momentos em relao ao pino A

    Sendo assim:

    = 0 (3) + (1,5) (3) = 0 (3) + 150(1,5) 650(3) = 0

    (3) = 1725

    = 575

    Quando a componente Bx do pino B exerce fora provocando

    momento em A, a componente Cx do pino C exerce uma fora de sentido

    contrrio, porm com mesma intensidade, reagindo assim ao momento

    aplicado no ponto A. Portanto, a soma total das foras no eixo x, que provocam

    momento no pino A :

    = 0 = 0 575 = 0 = 575

  • Conhecendo as componentes dos pinos B, C, D e E, calcula-se agora a fora

    resultante nesses pontos:

    Os pinos B e C possuem o mesmo valor numrico em suas componentes

    portanto:

    = (575)2 + (150) = 3531225 = 594,24

    Pino E:

    = (500)2 + (350) = 375500 = 610,32

    Pino D:

    = 650

    Cada pino est sujeito a cisalhamento duplo, portanto a fora exercida

    por cada pino dividida por dois, pois est sujeito a duas foras de corte.

    Entende-se que cisalhamento uma fora cortante que age em sentidos iguais

    ou opostos, em direes semelhantes, mas com intensidades diferentes no

    material analisado, observe a fig. 9 abaixo:

    fig. 9 - pino sujeito a cisalhamento duplo

    Conhecendo as foras, preciso agora determinar a rea de cada pino, que

    calculada a partir da rea do crculo, observe:

    = =

    2 = (

    2)

    2 =

    4

    sabendo que cada pino possui um dimetro de 0,25 polegadas, ento a rea

    de cada pino equivale:

    =

    4= (3,14)

    (0,25)

    4= 0,049

    Conhecido as foras e a rea de cada pino, Calcula-se a tenso de

    cisalhamento mdia em cada pino, tenso de cisalhamento a fora cortante

    aplicada sobre a rea de um material. Sabendo que cada pino est sujeito a

  • cisalhamento duplo, a tenso de cisalhamento mdia em cada articulao

    definida por:

    =

    2

    Portanto:

    Pino B e C :

    =

    2

    =

    594,242

    0,049=

    297,12

    0,049= 6063,67

    Pino E:

    =

    2

    =

    610,322

    0,49=

    305,16

    0,049= 6227,75

    Pino D:

    =

    2

    =

    6502

    0,49=

    325

    0,049= 6632,65

    TABELA IMPORTANTE

    UNIDADE DE MEDIDA UNIDADE NO S.I

    1 p 0,3048 metros

    1 polegada 0,0254 metros

    1 libra (fora) 4,45 Newtons

    1 psi (libra por polegada quadrada) ~ 6,894 757 x 10 Pa ou

    6,894 757 x 10 N/m

    1Pa (presso atmosfrica) 1 N/m

  • REFERNCIAS

    HIBBELER, R. C. Resistncia dos Materiais. 5. Ed. So Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004. BEER, F. P.;JOHNSTON JR., E. R. Resistncia dos Materiais. 3. Ed. So Paulo: Makron,1995 BONJORNO, Jos Roberto [et al]. Fsica: histria e cotidiano: mecnica, 1. So Paulo: FTD, 2003. Laboratrio de Eficincia Energtica em Edificaes. Estruturas. Disponvel em: . Acesso em: 12 abr. 2015. Cronos Quality. Reaes de apoio em vigas e estruturas. Disponvel em:< http://www.cronosquality.com/aulas/ms/ms05.pdf>. Acesso em: 13 abr. 2015.