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Mecanismo de resposta imune da Asma Alunas: Alessandra Couto, Gabriela Paim, Juliana Coutinho e Oliveira. Fundaço !ducacional "erra #os $r%os. Centro &niversitário "erra dos $r%os ' &ni(eso. Centro de Ci)ncias da "a*de. Curso de Graduaço em Fisioterapia. Fisioterapia Cardiorrespirat+ria.

Mecanismo Imune Da Asma

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Tudo sobre o mecanismo de resposta imune da asma

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Mecanismo de resposta imune da Asma Alunas: Alessandra Couto, Gabriela Paim, Juliana Coutinho e Thain de Oliveira.

Fundao Educacional Serra Dos rgos.Centro Universitrio Serra dos rgos Unifeso.Centro de Cincias da Sade. Curso de Graduao em Fisioterapia.Fisioterapia Cardiorrespiratria.

Fase imediataA fase imediata a resposta inicial aos estmulos irritantes que atuam sobre os receptores de fibras sensoriais (colinrgicas) presentes no msculo liso das vias areas, glndulas produtoras de muco e brnquios. Os estmulos, que provocam tosse, broncoconstrio e aumento da produo de muco, esto relacionados com infeces respiratrias e agentes exgenos, como poluentes, fumaa de cigarro, alrgenos e ar frio. (Howarth, 1997; Rang et al., 2004)A interao do alrgeno com o organismo leva ao reconhecimento do antgeno por clulas apresentadoras de antgenos (APC), como os macrfagos teciduais (M) e as clulas dendrticas (CD). Quando o antgeno um microrganismo, este possui componentes conservados em sua estrutura chamados de padres moleculares associados ao patgeno (PAMP) que so essenciais no seu processo de reconhecimento. (Wagner & Roth, 1999; Bochner & Busse, 2004; Rang et al., 2004)Um dos principais exemplos de PAMP o lipopolissacardeo bacteriano (LPS) que est intimamente ligado ao desencadeamento da resposta inicial do ataque de asma. (Wagner & Roth, 1999; Bochner & Busse, 2004; Singh & Schwartz, 2005). O LPS, uma endotoxina bacteriana, constituinte da membrana externa de bactrias Gram-negativas e possui uma potente capacidade de estimular a resposta imunolgica (Liu, 2002). Uma vez ocorrida a interao do antgeno com as glicoprotenas presentes nos receptores expressos nas APC, uma srie de respostas iniciada ativando as principais citocinas pr-inflamatrias imediatas, como o fator de necrose tumoral (TNF-), interleucina 1 (IL-1). Essas citocinas aumentam a permeabilidade vascular, permitindo a exsudao de lquido contendo outros mediadores inflamatrios, quimiotaxinas, expresso de molculas de adeso (selectinas e integrinas), formao de bradicinina e fatores de transcrio pr-inflamatrios (NF-B e AP-1). (Wagner & Roth, 1999; Rang et al., 2004; Leath et al., 2005).As primeiras clulas a chegarem ao local afetado so os neutrfilos, sendo seu recrutamento o primeiro sinal do incio resposta inflamatria. Essas clulas liberam leucotrienos do tipo LTB4 (agente quimiottico), induzem a ciclooxigenase do tipo 2 (COX-2) e a lipooxigenase do tipo 5 (LOX-5) - enzimas envolvidas na produo de eicosanides e leucotrienos - aumentam a expresso da opsonina C3b e so capazes de produzir espcies reativas de oxignio (ERO) envolvidas na leso tecidual. (Wagner & Roth, 1999; Rang et al., 2004; Lazaar & Panettieri, 2004).

Em seguida, mastcitos, clulas endoteliais e plaquetas so ativadas. A interao do alrgeno com a IgE (anticorpo envolvido na resposta alrgica) capaz de promover a desgranulao dos mastcitos e, conseqentemente, a liberao de histamina, PGD2 e dos cisteinil-leucotrienos LTC4 e LTD4, todos potentes espasmgenos.Ao mesmo tempo, a interao do alrgeno com as plaquetas pode promover a produo de tromboxano A2 (TXA2 ) e fator de agregao plaquetria (PAF). Assim como a histamina, o TXA2 e o PAF tambm possuem ao espasmgena na musculatura brnquica. As clulas endoteliais aumentam a secreo de xido ntrico (NO) que provoca o relaxamento do msculo liso subjacente, aumentando ainda mais a permeabilidade vascular e causando efeitos citotxicos. (Wagner & Roth, 1999; Rang et al., 2004; Lazaar & Panettieri, 2004; Redington, 2006).A prvia sensibilizao do indivduo, a predisposio gentica e outros fatores, criam um estado alrgico no organismo favorecendo a interao da IgE circulante com seus receptores presentes nas clulas B (clulas de memria), M, mastcitos, moncitos, APC e eosinfilos. (Wong & Koh, 2000)

Esta interao amplifica a liberao de espasmgenos e outros mediadores capazes de ativar as clulas T auxiliares tipo 2 (Th2) e promover a diferenciao das clulas B. Em paralelo, h a induo de eosinofilia (aumento do nmero de eosinfi los), produo de fibroblastos e remodelagem tecidual com aumento de recrutamento de neutrfilos e hiperresponsividade. As vrias citocinas e quimiotaxinas liberadas em resposta ao primeiro estmulo atraem os leuccitos, principalmente eosinfilos e clulas T, para a rea inflamatria. A presena excessiva de eosinfilos e linfcitos promovem a fase tardia da asma, onde clulas da resposta imunolgica especfica esto envolvidas.

RefernciaSubstncias de origem vegetal potencialmente teis na terapia da asma. Maria Fernanda P. Corra, Giany O. de Melo, Snia S. Costa.