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Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Mecânica – Tecnologia Mecânica - Ajustagem

Disciplina:

Tecnologia Mecânica - Ajustagem

========================================================================

Apostila destinada ao Curso Técnico de Nível Médio em Mecânica das Escolas Estaduais de

Educação Profissional – EEEP

Material elaborado/organizado pelo professor Francisco Aquiles de Paula Chaves -

2019

========================================================================

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Mecânica – Tecnologia Mecânica - Ajustagem 1

Sumário Ferramentas de corte .................................................................................................... 3

Ferramentas com aparas .............................................................................................. 3

Limas ............................................................................................................................ 4

Serras ........................................................................................................................... 7

Machos ....................................................................................................................... 10

Cossinetes .................................................................................................................. 10

Alargadores ................................................................................................................ 11

Ferramentas de Corte sem Aparas ............................................................................. 11

Alicates de corte ......................................................................................................... 11

Bedame e talhadeira ................................................................................................... 12

Tesoura ...................................................................................................................... 14

Vazador ...................................................................................................................... 14

Ferramentas de Traçagem .......................................................................................... 14

Régua ou escala ......................................................................................................... 15

Esquadro .................................................................................................................... 16

Compasso .................................................................................................................. 17

Transferidor ou Goniômetro ........................................................................................ 18

Riscador ou Graminho ................................................................................................ 18

Cintel .......................................................................................................................... 20

Suta ............................................................................................................................ 20

Ferramentas Auxiliares ............................................................................................... 21

Morsa de Bancada ...................................................................................................... 21

Morsa de Mão ou Grampo .......................................................................................... 21

Martelo ....................................................................................................................... 21

Punção ....................................................................................................................... 23

Arco De Serra ............................................................................................................. 23

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Desandador ............................................................................................................... 24

Escantilhão, Verificador De Roscas, Verificador De Raios, Gabaritos ........................ 25

Alicates ...................................................................................................................... 26

Chaves de Aperto ...................................................................................................... 27

Torquímetro ............................................................................................................... 29

Desempeno ............................................................................................................... 29

Rebites ...................................................................................................................... 30

Régua de Precisão .................................................................................................... 32

ROSCA ....................................................................................................................... 33

Tipo e aplicações das roscas quanto ao perfil ............................................................ 33

Número de entradas .................................................................................................. 35

Sentido e direção do filete .......................................................................................... 36

Localização ................................................................................................................ 36

Nomeclatura de uma rosca ........................................................................................ 39

Sistemas de rosca ..................................................................................................... 39

ESMERILHADEIRA .................................................................................................... 43

Disco .......................................................................................................................... 44

Uso adequado para esmerilhadoras e motor esmeril ................................................. 45

Relação dos problemas mais comuns ocorridos no trabalho com esmerilhadoras e

motor esmeril ............................................................................................................. 46

FURADEIRA ............................................................................................................... 47

Classificação .............................................................................................................. 47

Brocas ....................................................................................................................... 49

Tipos de brocas ......................................................................................................... 50

Calculo técnico para furadeira .................................................................................... 52

FERRAMENTAS MANUAIS

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Nos trabalhos de ajustagem deparamos com um campo bastante vasto de ferramentas diversas para confecção de peças, reparos, acabamentos, etc. É necessário para facilitar o estudo, classificar as ferramentas manuais em:

✓ Ferramentas de corte (com ou sem aparas);

✓ Ferramentas de traçagem;

✓ Ferramentas auxiliares;

Ferramentas de corte

Ferramentas de corte são aquelas que pelo uso manual, apartam uma parte do material de outra, e esse corte pode arrancar ou não arrancar pedacinhos deste material, estes pedacinhos são chamados de cavacos ou aparas. As ferramentas com aparas são as seguintes: limas, serras, machos, cossinetes, bedame e alargadores. Sem aparas: alicate de corte, talhadeira, tesoura, vazador.

Ferramentas com aparas Limas

São ferramentas, feitas de aço carbono temperado, que realizam a operação de limar através de seus dentes cortantes das faces.

Classificação: As limas são classificadas e especificadas de acordo com as seguintes características:

I. Comprimento: É especificado em milímetro ou polegada, excluindo o cabo da mesma. Apresentam-se geralmente nos comprimentos de 2” a 24”, e a largura é proporcional ao comprimento.

II. Disposição do picado: Refere-se à disposição e forma dos dentes, podendo ser:

✓ Simples: é empregado para materiais macios. (ex.: não ferrosos)

✓ Cruzado: é empregado para materiais mais duros. (ex.: aços em geral) Quanto ao número de dentes podem ser:

✓ Bastarda: para desbaste grosso.

✓ Bastardinha: para desbaste médio.

✓ Murça: para operação de acabamento de peças.

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I. Forma geométrica (secção transversal): As formas das limas são escolhidas de acordo com sua aplicação.

✓ Lima chata: para limar superfícies planas em geral.

✓ Lima paralela: para limar superfícies planas internas em ângulo reto ou obtuso.

✓ Lima quadrada: para limar superfícies planas em ângulos retos, rasgos extemos ou internos.

✓ Lima triangular: para limar superfícies em ângulo maior que 60°.

✓ Lima meia-cana e lima redonda: para limar superfícies côncavas.

✓ Lima faca: para limar superfícies em ângulos menores que 60°.

Figura 1: Tipos de limas

VOCÊ SABIA?

A lima tipo grosa é lima de dentes grossos e de forma triangular é utilizada para trabalho com madeiras.

VOCÊ SABIA?

As limas rotativas em metal duro são utilizadas junto à retificadora manual. Elas podem ser usadas diante de qualquer tipo de material e

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estas são utilizadas em operações como: desbaste de cordões de solda, Reparação em geral, abertura de juntas e chanfros para soldagem e as demais operações que demandem remoção de material.

Figura 2: Tipo de limas rotativas de metal duro

VOCÊ SABIA?

Lima agulha é utilizado em processos que necessita uma melhor precisão. Excelentes para trabalhos especiais como limagem de furos de pequenos diâmetros, ranhuras, superfícies com cantos vivos de pequenas dimensões. Possuem aspecto mais delgado em relação às limas mecânicas.

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Figura 3: Lima tipo agulha

ATENÇÃO!

a) Observe a posição correta do trabalho.

b) A lima deve ser utilizada em todo o seu comprimento.

c) O ritmo do limar deve ser no máximo de 40golpes/min aproximadamente.

d) No retorno a lima deve correr livremente.

e) O movimento da lima deve ser dado apenas com o braço.

f) Evite choques e pancadas na lima, e a conserve após a operação sempre limpa, longe de umidade e bem encabada.

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Figura 4: Utilização correta das limas

Serras

A lâmina de serra manual é ferramenta de corte, fabricada geralmente de aço carbono ou aço rápido temperado é montada e fixada adequadamente em um arco de serra. A serra geralmente é utilizada para cortar materiais, para abrir fendas e iniciar ou abrir rasgos.

Classificação: são especificadas pelos seguintes fatores.

I. Comprimento: distância entre os furos indicados em polegadas

II. Largura;

III. Espessura;

IV. Tipos de trava: se os dentes tivessem uma forma absolutamente paralela, esta ficaria presa no rasgo serrado, os dentes são travados para que se tiver uma largura de corte maior que a espessura da lâmina permitindo um movimento livre da serra.

Os tipos de travas são:

✓ Trava regular: formado por um dente travado para a direita e um dente travado para a esquerda, seguidos de um dente reto que tira o cavaco e permite a penetração da lâmina com mais facilidade no material. Eficiente para cortar aços de alto carbono e alta liga.

✓ Trava ondulada: formado por um grupo de dentes travados em uma direção, seguido de outro grupo de dentes na direção oposta. Utilizada para serra materiais como chapas, canos e conduites.

✓ Trava alternada: esta trava é formada por um dente travado para a

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esquerda e um dente travado para direita Quando há tendências de acúmulos de aparas no corte do material.

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Figura 5: Tipos de trava

V. Tratamento térmico:

✓ Temperada em toda largura; para ferro fundido e latão.

✓ Temperada só nos dentes (flexível): perfil leve em U, L, T, tubos etc.

✓ Número de dentes por polegada: a escolha depende da espessura e do material a serem serradas (recomendação do fabricante STARRET), as serras tem geralmente 14, 18, 24,32 dentes por polegada.

✓ 14-18 dentes: Metais não ferrosos e aços doces de grandes secções.

✓ 18 dentes: Aços de alto carbono e altas ligas em grandes secções.

✓ 18-24 dentes: perfis e outros materiais de formato irregular.

✓ 24-32 dentes: Canos, tubos, condutores e chapas de parede fina. A escolha com maior número de dentes para ter dois ou mais dentes em contatos com a parede do material;

a) Selecionar a lâmina de acordo com o material e a espessura.

b) Observar a colocação da lâmina de seria no arco (os dentes são voltados para frente) e a tensão no aperto da mesma.

c) A pressão da serra não deve ser excessiva sobre o material e é feita durante o avanço da sena sobre o material, no retorno a serra deve correr livremente.

d) Para evitar a quebra da serra deve-se escolher uma serra que tenha pelo menos dois dentes em contato com a peça.

e) Utilizar todo o comprimento da serra, usando apenas o movimento dos braços, observando a velocidade de corte que deverá ser de aproximadamente de 40 à 60 golpes por minuto.

ATENÇÃO!

Figura 6: Serra de fita Figura 7: Lâmina de Serra para arco

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Figura 8: Serra de copo e suporte

Machos

São ferramentas de aço rápido ou aço carbono temperado, tem o formato de um parafuso com vários canais longitudinais para permitir as saídas de aparas no ato do corte, sua ponta é cônica para facilitar a penetração no furo a ser aberta a rosca. Utiliza-se o macho para abrir roscas internas. Os machos são em número de três, ao conjunto dos três machos chamamos de temo de macho (para tubos são utilizados apenas 2 machos). Na abertura de roscas iniciamos com o macho N.° 1 que tem a extremidade da ponta a conicidade mais acentuada, em seguida passamos o N.° 2 que é o intermediário e para o acabamento final da operação o macho de N.° 3 que praticamente não tem conicidade na ponta.

Figura 9: Machos

Cossinetes

São ferramentas de aço rápido ou aço carbono temperado, tem a forma de uma porca redonda com vários canais para dar saídas das aparas. Serve para abrir roscas e tem um parafuso para pequenas regulagens de profundidade objetivando dar a medida final e o acabamento na rosca.

Figura 10 : Cossinetes e cossinetes ajústave

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VOCÊ SABIA?

A tarraxa são ferramentas utilizadas na produção de roscas em tubos PVC e de aço galvanizado. Os equipamentos utilizados para cada material são diferentes( Figuras 11 e 12), tendo em vista que para tubos em PVC constitui-se uma tarraxa presa em uma ou duas hastes ajustáveis, enquanto para tubos em aço galvanizados são conjuntos constituidos com catraca exposta, cabeçotes e hastes de fácil remoção.

Figura 11: Tarraxas para tubos PVC Figura 12: tarraxa para tubos em aço

Alargadores

São ferramentas de aço rápido ou aço carbono temperado, provido de vários fios de corte ao longo de seu corpo, estes fios podem ser retos ou helicoidais, o corpo do alargador pode ser cilíndrico ou cônico. Serve para alargar furos de um diâmetro para outro ligeiramente superior, garantindo a circularidade e a medida final com precisão relativa dentro de tolerância exigida em determinadas aplicações e no caso de alargadores cônicos para pinos de fixação.

Figura 13: Alargadores

Ferramentas de Corte sem Aparas:

Alicates de corte

É uma ferramenta manual, especialmente preparada para cortar fios e arame, existindo em variados modelos conforme a sua aplicação

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Figura 14: Tipos de alicate

Bedame e talhadeira

É uma ferramenta de aço forjado, temperado usado para o corte de materiais a frio. A ação cortante do bedame e da talhadeira deve-se a ação da cunha formada por suas superfícies. O ângulo da ponta dessas ferramentas varia de 35° a 70° conforme o material a ser cortado e o ângulo formado pelo eixo da ferramenta com a superfície biselada, dá maior ou menor profundidade de corte. O bedame é usado para abrir canais ou bisselar superfícies grandes, por ser mais estreito que a talhadeira ou ainda como operações preparatórias para a talhadeira. Como por exemplo, um rasgo de chaveta

Figura 15: Bedame Figura 16: talhadeira

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Tesoura

É uma ferramenta de aço forjado com a finalidade de cortar chapas com espessuras variadas de acordo com o porte da tesoura, tesourão ou guilhotina.

Figura 17: Tesoura para corte de chapa Figura 18: Tesoura de bancada

Vazador

É uma ferramenta de aço-forjado, temperado, utilizada para fazer furos em chapas (finas e maleáveis), couro, borracha, papelão, etc. Ocorrem casos em que o vazador possa ser classificado entre os punções.

Figura 19: Vazadores

Ferramentas de Traçagem

São instrumentos utilizados para traçar ou marcar as peças antes de serem submetidas a certos trabalhos de usinagem.

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Régua ou escala

Fabricada em aço carbono ou inoxidável, às vezes tem um dos bordos biselados. Serve para auxiliar o riscador quando se traçam retas. Podem ser ou não graduada.

Figura 20 : Régua

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Esquadro

Instrumento utilizado para traçar, geralmente, e por esta razão possui um ângulo de 90° em suas arestas. Constituído de aço às vezes inoxidável, apresentam fios retifica dos para permitirem precisão no 'traçador Existem vários tipos: esquadro preto, esquadro de centrar e o esquadro combinado que substitui os dois.

Figura 21: esquadro comum Figura 22: Esquadro combinado

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Compasso

São instrumentos de aço carbono, constituídos de duas pernas que abrem e fecham através de uma articulação. Existem vários tipos de compasso, os dois mais utilizados na ajustagem são:

✓ Compasso de pernas retas (ou de pontas seca): Utilizados para traçar circunferências, arcos e transportar medidas.

✓ Compasso de centrar (ou hermafrodita): E constituída de uma perna reta e outra curva, utiliza-se para determinar centros ou traçar paralelas. O tamanho dos compassos variam de 4” a 10” aproximadamente acordo sua ampliação.

Figura 23: compasso de pernas retas. Figura 24: compasso para medidas externas.

Figura 25: compasso para medida interna.

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Transferidor ou Goniômetro

Instrumento que se utiliza para tomar medida de um ângulo ou construí-lo. Em caso

de medidas angulares que não exigem rigor usam-se o goniômetro simples. Existem goniômetros com vernier para medir ângulos com maior precisão. Em geral são fabricados em aço inoxidável.

Figura26: Transferidores

Riscador ou Graminho

Os graminhos são utilizados para traçar peças onde os traços são retos e paralelos, possuem um parafuso de ajuste (parafuso de chamada) e uma escala graduada, com sensibilidade de 0.05mm e varia muito seu tamanho de acordo coma aplicação.

Figura 27: Graminho

Os riscadores são fabricados de aço temperado, com ponta fina e ângulo de aproximadamente 10°, podendo ser retos, curvos ou mistos possibilitando maior variedade na sua utilização.

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Figura28: Tipos de riscadores.

Você Sabia!

As condições para um bom traçado são:

✓ Use riscador de aço com ponta bem afiada. ✓ De traço fino e nítido. ✓ Não repasse o riscador em traço já dado.

Na maioria dos casos, pinte, antes, a superfície a traçar com uma fina camada de verniz, alvaiade ou sulfato de cobre. Dessa forma, os traços feitos pelo riscador se destacarão com nitidez.

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Cintel

Ferramenta de precisão composta por barras de aço cromado. Os cinteis são utilizados para traçar circunferências de grandes diâmetros (ex.: 910 mm quando utilizado sem o prolongador, com o prolongador chega a traçar até 1.800 mm).

Os cinteis possuem vários acessórios, como por exemplo: pontas para traçar, pontas para edição interna e externa, prolongador, pontas com suporte para grafite, pontas esféricas e tira linhas.

Figura 29: Cintel

Suta

A suta é um instrumento de medição utilizada para comparação e verificação de ângulos, ela também pode ser utilizada como uma espécie de verificador e ou gabarito de ângulos em serviços que não exijam muita precisão. Ela é composta por três lâminas, (suta combinada, no caso da suta universal possui apenas duas lâminas) sendo uma chamada de lâmina principal que possui um rasgo longitudinal aberto, e as outras duas são chamadas de lâminas auxiliares sendo umas com extremidade angular de 45° e a outra com extremidades angulares de 30° e 60° e dois dispositivos para trava

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Ferramentas Auxiliares

São instrumentos que por sua característica física não efetuam diretamente o trabalho, mas quando utilizadas com outras ferramentas quer seja de corte quer seja de traçagem proporcionam a execução do trabalho manual de ajustagem.

Os instrumentos de medida podem ser classificados como auxiliares na ajustagem, pois com eles podemos executar o trabalho, mas não o teremos em termos de dimensões, a precisão requerida para a ajustagem. Algumas das ferramentas de ajustagem podem ao mesmo tempo pertencerem a duas categorias, como por exemplo, um punção pode ser ferramenta tanto de traçagem como auxiliar.

As ferramentas auxiliares mais usadas são:

Morsa de Bancada

Acessório para fixar peças fabricadas. Geralmente são feitas de ferro fundido, é composta de duas mandíbulas, urna fixa e outra móvel que se deslocam guia por meio de um parafuso e urna porca acionada por um manípulo. As mordentes são de aço carbono temperado, extraído e fixado nas mandíbulas. E montada sobre uma bancada de madeira dai provem o seu nome.

Figura 31: Morsa de banca

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Morsa de Mão ou Grampo

É utilizado para prender peças em geral, ou seja, para fazê-las ficarem unidas possibilitando ao ajustador a execução do seu trabalho.

Figura 32: Morsa manual Figura 33: Grampo em perfil C

Martelo

Ferramenta de impacto, constituída de aço carbono ou aço forjado temperado e revenido preso por um cabo de madeira. Os martelos se caracterizam pela forma e peso.

Quanto à forma podem ser:

✓ Martelo de bola: é usado para rebitar, para cravar extremidade de pinos e para formar pequenas peças.

✓ Martelo de pena: é usado para peças que possuem cantos vivos e podem ser de pena reta ou pena cruzada

Quanto ao peso, este é dado em gramas (varia de 200 a 1000 gramas) ou em onça de acordo com a aplicação:

a) Existe o macete que é uma ferramenta de impacto, constituído de urna cabeça que pode ser de madeira, borracha, cobre, chumbo, alumínio, plástico ou couro e um cabo de madeira e utilizado para bater peças ou materiais cuja superfície não possa sofrer deformações por efeito de pancadas.

Os macetes se caracterizam pelo peso e pelo material que constitui a cabeça. Quando se utiliza o macete deve-se observar a superfície a ser lisa e o mesmo não deverá ter rebarbas na cabeça.

Macete borracha Macete tecnil

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Martelo bola Martelo pena simples

Figura 34: Tipos de martelo

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Punção

Ferramenta auxiliar em aço tratado termicamente normalmente com comprimento com 120 mm e possui um corpo cilíndrico, às vezes recartilhado ou de forma prismática com uma ponta numa das extremidades, possuindo um ângulo variável conforme sua aplicação, como por exemplo, o punção de marcar tem o ângulo da ponta de aproximadamente 60° e o punção de centrar tem ângulo de 90° a 120° para deixar uma calota cônica que permita a centragem da broca por ocasião de furacão de peças e apoio de compassos.

Outros tipos de punção com pontas cilíndricas e compridas são utilizados para sacar ou tirar pinos de alguns elementos de máquinas, como por exemplo, de polias ou volantes. Tais punções são chamados de toca-pinos ou saca-pinos, e punção deslocador para inicio da operação da saca-pinos.

Punção Saca pino paralelo Saca pino ponta cônica

Figura 35: Punção e Saca pino

Arco De Serra

Instrumento utilizado para fixar e permitir a serragem sem o risco de quebrar a lamina.

Geralmente é regulável podendo receber os diferentes tipos de lâmina conforme sua aplicação.

Figura 36: Tipos de arco

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Mecânica – Tecnologia Mecânica - Ajustagem 24

Desandador

Instrumento utilizador para imprimir aos machos e cossínetes movimenta de rotação

para permitir ao mesmo desempenhar suas funções, ou seja, abrir roscas. Os desandadores variam de formato, pois difere conforme a ferramenta, macho,cossinete ou alargador manual. Os desandadores para machos podem ser fixos (com bitolas definidas) ou ajustáveis segundo o bitolado do macho. Os desandadores para cossinete variam de acordo com o diâmetro externo deste e tem um ou três parafusos para ajustar o diâmetro da rosca. Normalmente os modelos de desandadores são providos de cabos recartilhados, para facilitar a sua manipulação.

Figura 37: Desandadores Figura 38: Desandadores

Figura 39: Aplicação do desandador

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Escantilhão, Verificador De Roscas, Verificador De Raios, Gabaritos.

Todos estes instrumentos servem para conferir o trabalho de ajustagem, os escantilhões são utilizados na verificação dos ângulos, pois já os trazem definitivos. Verificador de rosca, o próprio nome já o define onde é variável com o sistema de rosca. O verificador de raio serve para conferir as peças côncavas e convexas, e são fabricados dentro de uma faixa de medida, como por exemplo, verificador de raio de 15 mm a 25 mm variando de 0,5mm de uma medida para outra. Os gabaritos são fabricados à medida que se precisa deles e tem formato de dimensões bastante variadas. Existe outro tipo de calibradores, como os de rosca, de eixo ou de furo do tipo passa não passa cujas medidas vêm no sistema de tolerância internacional, etc.

Figura 40: Gabaritos Figura 41:Escantilhão

Figura 42: Verificador de rosca Figura 43: Verificador de raio

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Alicates

São ferramentas manuais de aço feitas por fundição ou forjamentos. São constituídos de dois braços e um pino de articulação. E nas extremidades dos braços, encontram-se as garras, que são pontas cortantes temperadas e revenida. Os alicates são utilizados para segurar, curvar, apertar, afrouxar etc. Como exemplos dos tipos mais comuns têm: alicate universal, alicate de bico (redondo, fino ou curvo), alicate de pressão, alicate de eixo móvel e alicate de presilhas.

Alicate plano Alicate para anel externo Alicate universal

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Figura 44: Tipos de alicate

Alicate pressão Alicate bico redondo Alicate bomba d’água

Figura 45: Tipos de alicate

Chaves de Aperto

São ferramentas geralmente de aço para atarraxar ou desatarraxar parafusos e porcas. O aço utilizado na fabricação das mesmas são geralmente o vanádio ou o cromo-vanádio. As chaves de aperto classificam-se em: chave de boca simples, chave de boca, chave de encaixe, chave de boca reguláveis (inglesa e de grifo), chave allen (ou encaixe hexagonal), chave de fendas. Para parafusos de cruzadas usa-se uma chave com cunha em forma de cruz, chamada de chave “Philips”, chave tipo canhão.

Chave De Fenda e Philips Chave Allen

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Chave Inglesa Chave De Grifo

Chave Soquete

Chaves de Boca e de Anel Chave Combinada

Figura 46: Tipos de chave

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Torquímetro

É um aparelho utilizado para medir o aperto dado em parafusos de certo organismo de máquinas, como por exemplo, em tampões de motores a combustão interna. É composta de um cabo, uma haste onde fica um ponteiro que desliza sobre uma escala e espiga quadrada que se acopla a chave de dimensão da cabeça do parafuso.

Figura 50: Torquímetro de vareta Figura 51: Torquímetro tipo T

Figura 52: Torquímetro de relógio

Desempeno

É um bloco de ferro fundido robusta ou granito, plana e às vezes retificada para garantir a sua planicidade. Utilizado para medição, traçagem, controle e inspeção de peças.

Figura 53: Desempeno

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Rebites

São peças de aço, alumínio, cobre ou latão utilizadas para unir duas ou mais peças ou chapas. São usados principalmente em estruturas metálicas de reservatórios, caldeiras, máquinas, navios, aviões, veículos de transporte e treliças. O comprimento útil do rebite deve ser igual à espessura total a rebitar mais a sobre para formar a outra cabeça.

Tipos de rebites:

Tabela 1

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Processo de rebitagem

O processo de rebitagem pode ser de forma manual ou mecânico:

✓ Forma manual: o rebite é martelado até encorpar totalmente ao furo.

Figura 54: Forma manual

✓ Forma mecânica: Usa o rebitador para dar pressão ao rebite e com isso conforma-lo perante ao furo.

Figura 52 : Rebitagem Figura 53: Rebitador

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Régua de Precisão

Estas réguas são fabricadas de aço especial, retificada o fio de contato também retificado é utilizada para verificação de superfícies planas, para seu manuseio exige-se atenção e procedimentos técnicos, devido a sua precisão.

Figura 54: Régua de precisão

VOCÊ SABIA?

Existem ainda outras ferramentas manuais e acessórios utilizados na ajustagem e manutenção para ser pesquisado pelo aluno, como por exemplo: extrator (saca-polia), rasquetiador, rebarbadores, chave radial e axial, chave tipo canhão, calibrador de chapas, compassos especiais, alicates para aplicação diversa, machos e cossinetes especiais, mesa de controle, acessórios para chave soquete (encaixe) entre outras.

Figura 55: Extrator com garras Figura 56: Rasqueteador

Figura 57: Chave tipo canhão

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ROSCA

Rosca é um conjunto de filetes que se distribui de forma helicoidal e constante. Desenvolve-se de forma uniforme, externa ou internamente ao redor de uma superfície cilíndrica ou cônica. Ela possibilita a união parcial de peças diferentes permitindo-a fácil desmonte e também utilizado no movimento de avanço de equipamentos máquina quando existe um movimento de rotação de uma das partes do conjunto como, por exemplo: Morsa, fuso de torno mecânico e fresadoras.

Figura 58: Parafuso e Morsa.

Tipo e aplicações das roscas quanto ao perfil

✓ Triangulares: Usada para uniões e fixações em geral de parafusos, porcas e tubos.

Figura 59: Perfil de rosca triangular

✓ Trapezoidais: Para transmissão de movimento suave e uniforme de fusos de máquinas operatrizes. Ex.: fusos de tornos, fresadoras, etc.

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Figura 60 :Perfil rosca trapeizodal

✓ Dente de Serra: Quando o parafuso exerce grande esforço num só sentido.

Ex. macaco mecânico, morsas, etc.

Figura 61: Perfil de rosca dente de serra

✓ Quadrada: Tipo de perfil de rosca pouco usado, mas ainda aplicada em parafusos de peças sujeitas a choque e grande esforço. Ex.: morsas.

Figura 62: Perfil rosca quadrada.

✓ Redonda: Parafusos de grande diâmetro e que devem suportar grande esforço. Ex.: eixo para navio, peças plásticas, equipamentos ferroviários etc.

Figura 63: Perfil de rosca redonda

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Número de entradas

✓ Rosca Simples (uma entrada): formada por uma só helicoidal, usada geralmente para fixações e uniões.

Figura 64 : Rosca Simples

✓ Rosca Múltipla (várias entradas): formada por mais de uma helicoidal, aplicada quando se necessita de um maior avanço. O avanço é a distancia axial percorrida em uma volta completa. Na rosca múltipla, o avanço é encontrado multiplicando o passo pelo número de entradas.

Figura 45: Rosca Múltipla

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Sentido e direção do filete

✓ Rosca à Direita: as maiorias das roscas são à direita, ou seja, o filete é ascendente da direita para a esquerda. O sentido de aperto é horário.

Figura 66: Rosca à direita

✓ Rosca à Esquerda: é usada quando a confecção assim exige, geralmente para se evitar desatarraxamento da peça. O filete é ascendente da esquerda para a direita. O sentido de aperto é anti-horário.

Ex.: Eixo de esmerilhadores com par de rebolos, eixo central de bicicletas, rosca de eixo

principal de certas máquinas operatrizes.

Figura 67: Rosca à esquerda

Localização

Externa: é executada roscas sobre superfícies cilíndricas e cônicas. O diâmetro e desbastado previamente na medida da rosca; podendo ser ligeiramente menor devido à tendência de aumento do diâmetro (depende de precisão da rosca).

Figura 68: Parafuso

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✓ Interna: na abertura de roscas internas é necessário calcular o diâmetro adequado a ser furado ou verificar em tabelas. A ferramenta assemelha-se com a ferramenta de tornear interno.

Figura 69: Porca

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Nomeclatura de uma rosca

Sistemas de rosca

Os sistemas de rosca que são normalmente utilizados são o métrico, Whitworth e

americano, ou seja, as dimensões de diâmetro, passo, ângulo do filete, forma da crista e da raiz já são predefinidos conforme o tipo de sistema adotado.

As características dos sistemas em que as roscas estão padronizadas são:

a) O sistema métrico ou internacional (ISO)

✓ As dimensões da rosca são determinadas em milímetros.

✓ Nesse sistema ângulo de perfil de uma rosca triangular igual a 60°.

✓ A rosca métrica é identificada pelo seu diâmetro externo.

Ex.: Uma rosca métrica grossa com diâmetro 8 mm é identificada como sendo rosca tipo M8, caso a rosca seja métrica com filetes finos, deve-se informar o passo da respectiva rosca, logo usando o mesmo exemplo, a identificação ficaria (caso o passo fosse igual a 0,75) rosca M8 x 0,75.

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b) O sistema Whitworth (sistema inglês)

✓ As dimensões são dadas em polegadas.

✓ Nesse sistema ângulo de perfil de uma rosca triangular igual a 55°.

✓ Passo é determinado dividindo-se uma polegada pelo número de filetes contidos na peça, por exemplo.

• Na rosca 3/4 ‘’ triangular normal verificou-se na tabela que o número de filetes (NF) é igual a 10, então:

Sabendo-se que 1’’ = 25,4 mm e NF = 10, então:

✓ A rosca normal é caracterizada pela sigla BSW (British standard Whitworth) consiste no padrão britânico para roscas normais e a rosca fina pela sigla BSF (British standard fine) para o padrão britânico de rosca fina, por exemplo:

✓ Rosca BSW 1/4’’ – rosca com diâmetro externo de 1/4’’ e 20 filetes por polegada (Ver tabela BSW).

✓ Rosca BSF 1/4’’ – rosca com diâmetro externo de 1/4’’ e 26 filetes por polegada (Ver tabela BSF).

c) No sistema americano

✓ As medidas são expressas em polegadas.

✓ Ângulo de perfil de uma rosca, triangular, é igual a 60°.

✓ Como no sistema inglês (Whitworth), o passo também é determinado dividindo-se uma polegada pelo número de filetes contidos.

✓ A rosca normal é caracterizada pela sigla NC (national coarse) e a rosca fina pela sigla NF (national fine).

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Calculo técnico

Cálculo usado para determinação do diâmetro da broca adequada para

confeccionar rosca com macho.

Exemplo 1:

Calcule o diâmetro e uma broca para confecção de uma porca sextavada de 3/ 8’’.

Dados: Fórmulas: Dm = 3/8’’= 9,525 mm P = 1’’/

Ne P =? Db = ? Db =

Dm - P

Ne = 16 (ver tabela UNC) Exemplo 2:

Solução: P = 1’’/ Ne = 1’’ / 16 P = 1,58

Db = Dm - P = 9,525 – 1,875

Db = 7,9 mm

Calcule o diâmetro de uma broca para confecção de uma porca sextavada M10 x 1,5.

Dados: Fórmulas: Soluções:

Dm = 10 Db = Dm - Pnb Db = Dm – P = 10 – 1,5

P =1,5 Db = 8,5 mm

Db = ?

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Produção de roscas A rosca pode ser confeccionada através do auxilio de máquinas operatrizes diversas

tais como tornos mecânicos, furadeiras, máquinas rosqueadeiras, por laminação entre outros processos de fabricação. No curso iremos usinar a rosca manualmente com machos e cossinetes.

ATENÇÃO

Alguns cuidados devem ser tomados ao começar o rosqueamento com

machos:

a. Selecionar a geometria correta do macho para o material componente e o tipo do furo.

b. Verificar que o componente esteja firmemente fixado.

c. Selecionar a dimensão correta da broca nas tabelas de brocas para rosqueamento (Ver tabela). As dimensões corretas da broca também são mostradas nas páginas dos machos no catálogo.

d. Utilizar o fluido de corte adequado para uma correta aplicação.

e. Quando possível, fixar o macho num dispositivo de rosqueamento de boa qualidade.

f. Controlar a entrada suave do macho no furo, pois caso seja desigual poderá causar um alargamento da rosca.

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Alguns cuidados devem ser tomados ao começar o rosqueamento com cossinetes:

a. Antes de aplicar o cossinete, chanfrar a extremidade da barra.

b. Verificar se o cossinete seja apresentado perpendicularmente à barra.

c. Verificar que uma boa quantidade de lubrificante correto seja dirigida à área de corte.

d. Os cossinetes com rasgo podem ser fechados em aproximadamente 0.15 mm, girando os parafusos de regulagem por igual. A pressão num só lado do cossinete poderá provocar ruptura.

e. Calculo para determinar o diâmetro da barra adequado para o cossinete que vai ser utilizado

DB = Df - (0,1 x P)

Em geral, as porcas para rosquear são utilizadas para recuperar ou limpar manualmente roscas existentes. Tendem a ter de uma construção mais robusta e devem ser utilizadas somente em circunstâncias excepcionais para abrir uma rosca numa barra sólida.

ESMERILHADEIRA

Utilizada com frequência na indústria em serviços de corte, desbaste, rebarbação em peças usinadas e soldas, também utilizadas em desbaste ou acabamento em concreto aparente. Podendo ser elétrica ou pneumáticas de alta rotação

Figuras 71: Moto esmerial Figura 72 : Esmerilhadeira

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Disco

O disco é fabricado de diversos tipos de matérias abrasivos, tendo uma grande

variação de diâmetros: 4 ½”, 7”, 9”, 10” e 12”

Tipos de disco variam de acordo com operação a ser executada.

a. Disco de corte

i. Utilizado em máquinas fixas "cut-off" e em portáteis como a esmerilhadora.

ii. Trabalha em um ângulo de 90°.

iii. Grande velocidade na execução de corte de tubos, barras, chapas metálicas, concreto, materiais ferrosos e não ferrosos.

iv. Não devem ser utilizados para corte de madeira.

b. Disco de desbaste

i. Trabalha apenas em máquinas portáteis.

ii. Trabalhar em um ângulo de 30°.

iii. Desbasta grandes quantidades de material em pouco tempo

iv. Usado em desbaste de cordões de solda, rebarbação de peças e remoção de imperfeições superficiais.

c. Discos de lixa

i. Trabalha em máquinas portáteis;

ii. Remover ferrugem em metal, decapar superfícies pintadas (madeira reservado às superfícies côncavas ou não visíveis).

iii. Dar acabamento em cordões de solda (Disco tipo Flap).

O disco é classificado de acordo com suas granulações, onde se aplica o número de granulação por polegada.

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Uso adequado para esmerilhadoras e motor esmeril.

✓ Não use roupas soltas ou jóias ao redor de esmeris ou outro equipamento em movimento, porque você pode ser puxado pelas partes móveis. Se você tiver que usar luvas, lembre-se de que elas também podem ser puxadas.

✓ As pessoas que estiverem auxiliando no trabalho com o esmeril, também devem estar utilizando os EPI´s adequados.

✓ Assegure-se que todos às proteções estão em ordem e bem fixados em seus lugares, antes de começar qualquer trabalho. Além disso, tenha certeza que o restante das ferramentas está ajustado corretamente.

✓ É importante que você inspecione o rebolo (roda do esmeril) ou o disco que vai ser usado antes de colocá-lo em uso. Não deve estar danificado de qualquer forma e devem ser descartados os rebolos estragados (com trincas) imediatamente.

✓ Para verificar se os mesmos estão trincados, basta segurá-los com um gancho e dar pequenas pancadas com pedaço de metal. Se o som produzido for igual à de um sino, o mesmo não está trincado. Porém, se produzir um som apagado, está trincado.

✓ Use o rebolo adequado para o esmeril e para o trabalho que você estará fazendo. O rebolo deve ser projetado para se ajustar ao esmeril que você está usando. Dependendo do material a ser esmerilhado, deve ser o tipo de rebolo a ser utilizado.

✓ primeiro passo é ter certeza que você está usando os EPI´s corretamente. Pode ser necessário também o uso de proteção respiratória ou outro equipamento dependendo do trabalho a ser executado.

✓ Muito cuidado na hora da troca dos rebolos. Certifique-se de que o equipamento está desligado.

✓ Se você achar qualquer defeito, você tem que etiquetar o esmeril e tem que remover este imediatamente de serviço.

✓ Deixe o rebolo girar livremente no mínimo por 1 minuto antes de iniciar o trabalho.

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Relação dos problemas mais comuns ocorridos no trabalho com esmerilhadoras e

motor esmeril.

Tabela 2

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FURADEIRA

Na industria existe vários processos de obtenção de furos em peças, dentre os estes, destacam-se: processos de conformação e máquinas operatrizes. As principais máquinas utilizadas são tornos, fresadoras e furadeiras.

As furadeiras são máquinas de funcionamento relativamente simples, onde consiste em um eixo arvore que rotaciona com velocidades determinadas pelo operador, nesta é fixada o mandril que serve de suporte para fixar a ferramenta.O movimento de corte é rotativo e com avanço linear de apenas uma direção. Para alguns tipos de furadeiras pode-se ter uma mesa onde fixa-se a peça.

Figura 73: Mandril e chave Figura 74: Mandril com a haste cônica

Classificação

As furadeiras classificam-se:

✓ Quanto ao sistema de avanço: manual ou automatico (elétrico ou hidráulico).

Figura 75: Furadeira Manual

Figura 76: Furadeira automática

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✓ Quanto ao tipo: portátil, de coluna, de bancada, radial e horizontal.

Figura 77: Furadeira de coluna Figura 78: Furadeira de bancada

✓ Quanto ao número de árvore: simples, gêmea e múltipla.

Figura 79: Furadeira arvore simples Figura 80: Furadeira arvore gemea

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Brocas

São ferramenta utilizadas para abertura de furos.Possuem 2 até 4 arestas de corte, com canais helicoidais por onde corre o cavaco e facilita a refrigeração. O angulo da ponta varia de 90° a 150°,o variação de ângulo normalmente sendo a de 120° a mais utilizada.

Figura 81: Brocas

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Tipos de brocas

Os tipos de brocas mais comuns são:

✓ Broca cilíndrica: Tipo de broca bastante utilizadas nas industria.

Figura 82: Broca cilíndrica.

✓ Broca de centro: Utilizado para começar o processo de furação, ou seja, faz o pré furo para posterior utilização de brocas de diâmetro maiores.

Figura 83: Broca de centro

✓ Broca soldada: Utilizada em furação de materiais com dureza mais elevada ou para ter um rendimento maior no processo. Existem tipos de broca com partilhas intercambiáveis, onde possibilita a troca da pastila quando necessário e também interissas de metal duro, estas por sua vez utilizadas em máquinas com recursos técnicos modernos.

Figura 84: Broca com ponta soldada

✓ Broca escalonada: São especialmente afiadas para excecutar furos complexo em apenas uma operação, normalmente utilizadas em grandes produções.

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Figura 85: Broca multipla Voce sabia!

Os escariadores, que são ferramentas utilizadas para rebaixar furos (escariar), dentro os casos mais comuns de escariação são: Encaixe cilindrico de maior diâmetro que o furo, encaixe cônico e furo esférico.

Figura 86: Escariadores

Os alargadores são utilizados pelas furadeiras para aumentar o diâmetro de furos previamente abertos.O objetivo desse processo é propocionar ao furo cilindricidade, diâmetro e rugosidade que não consegue com o furo com broca.

Figura 87: Alargadores

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Calculo técnico para furadeira

O calculo necessário para determinar a rotação (rpm) adequada para a furação é

dado pela formula:

Onde,

n = rotação (rpm)

Vc = Velocidade de corte

d = diâmetro do furo

Exercício

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Qual é a rpm adequada para furar uma peça de aço 1045 com uma broca de aço rápido de 14 mm de diâmetro, se a velocidade indicada na tabela é de 18 m/min?

Dados: Solução:

ferramenta: de aço rápido

material: aço 1045

vc = 18 m/min

n = (18 x 1000) /( 14 x 3)

n = 310,34 rpm

Exercícios 1. Responda às seguintes perguntas. a) Para que é utilizada a traçagem? b) Como é possível prevenir erros na usinagem e saber se o material em bruto possui dimensões suficientes? 2. Complete com as expressões traçagem plana ou traçagem no espaço. a) A .............................. é realizada em peças forjadas ou fundidas sem superfície de apoio a fim de delimitar volumes e marcar centros. b) A .............................. é realizada em superfícies de chapas ou peças de pequena espessura. 3. Diga com suas palavras o que é: a) Plano de referência. b) Superfície de referência. 4. Relaciona a coluna A (o que fazer) com a coluna B (instrumentos). Coluna A Coluna B a) ( ) Para medir 1.régua, esquadro de base e de centrar, b) ( ) Para traçar suta, gabaritos. c) ( ) Para auxiliar

2.riscador, compasso, graminho. d) ( ) Para marcar

3.escala, graminho. 4.soluções corantes. 5.punção e martelo. 6.mesa de traçagem.

5. Responda às seguintes perguntas. a) O que se usa para apoiar a peça durante a traçagem? b) O que é usado para auxiliar no apoio de peças de formato irregular? c) Quais são os fatores que influenciam na escolha das soluções corantes? 6. Ordene a sequência de etapas da traçagem, numerando os parênteses de 1 a 5. a) ( ) Preparação do graminho na medida correta. b) ( ) Traçagem. c) ( ) Limpeza das superfícies que estarão em contato. d) ( ) Posicionamento da peça sobre a superfície de referência. e) ( ) Pintura da superfície com soluções corantes.

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Mecânica – Tecnologia Mecânica - Ajustagem 54

7. Associe a coluna A (tipos de traços) com a coluna B (instrumentos). Coluna A Coluna B a) ( )Traçagem de linhas paralelas

1.Compasso b) ( )Traçagem de arcos.

2. Esquadro c) ( )Traçagem de linhas oblíquas.

3. Graminho d) ( ) Traçagem de linhas perpendiculares

4. Suta 5. Punção

8. Responda às seguintes perguntas. a) Como deve ser o traçado? b) Para que serve o puncionado? . Responda. a) Quando se usa o corte com serra? b) Que tipos de operações de corte o serramento permite? c) Quais os fatores que influenciam na escolha da lâmina de serra? d) Quais são os cuidados necessários para um correto serramento manual? e) Quais são as recomendações para se obter um bom rendimento no corte por serramento? 9. Associe a coluna A (máquinas) com a coluna B (lâmina). Coluna A Coluna B a) ( ) Serra manual b) ( ) Serra alternativa c) ( ) Serra de fita d) ( ) Serra circular

1. Lâminas circulares em rolos 2. Lâminas para furos em chapas 3. Lâminas em forma de discos 4. Lâminas retas montadas em arcos 5. Lâminas retas de 4, 6, 8, 10 dentes por polegada

10. Numere de 1 a 6 a sequência correta do serramento com máquina. a) ( ) Fixar a lâmina. b) ( ) Fixar a peça. c) ( ) Marcar ou traçar as dimensões no material a se cortar. d) ( ) Serrar. e) ( ) Selecionar a lâmina de serra. f) ( ) Regular a máquina. Responda: a) Que tipos de trabalhos podem ser realizados por meio da limagem? b) Como se chama a ferramenta para realizar a limagem e com que material ela é fabricada? c) Como são chamados os dentes cortantes da lima? d) Como as limas podem ser classificadas?

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11. Associe a coluna A (tipo de lima) com a coluna B (emprego). Coluna A Coluna B a) ( ) Lima chata b) ( ) Lima quadrada c) ( ) Lima redonda d) ( ) Lima meia-cana e) ( ) Lima triangular f) ( ) Lima faca

1. Superfícies côncavas e planas. 2. Superfícies com ângulo agudo menor do que 60º. 3. Superfícies planas em ângulo reto; rasgos. 4. Superfície para desbaste (mais que 0,2mm). 5. Superfícies côncavas de pequenos raios. 6. Superfícies planas com ângulo obtuso. 7. Superfícies com ângulo agudo maior que 60º.

12. Assinale V se a afirmação for correta ou F se ela estiver incorreta. a) ( ) As limas novas devem ser usadas para limar materiais duros. b) ( ) Limas-agulha são usadas em trabalhos de exatidão. c) ( ) As limas devem ser guardadas em local apropria do, protegidas contra a umidade. d) ( ) As limas rotativas são usadas em ferramentaria para simplificar a usinagem manual de ajustagem, rebarbagem e polimento. e) ( ) As limas diamantadas são usadas para trabalhar metal duro, pedra, vidro e matrizes em geral. f) ( ) Quanto mais nova for a lima, maior deverá ser a pressão sobre ela. 13. Reescreva corretamente as alternativas que você considerou falsas. Associe a coluna A (operação) com a coluna B (controle ou aplicação da operação). Coluna A Coluna B a) ( ) Limar superfície plana b) ( ) Limar superfície plana paralela c) ( ) Limar superfície plana em ângulo d) ( ) Limar superfície côncava ou convexa e) ( ) Limar superfície plana de material fino.

1. Verifica-se com gabaritos ou verificadores de raios. 2. Produz superfície controlada por meio de réguas. 3. Emprega-se em chapas de até 4mm. 4. Controla-se por meio de paquímetro. 5. Controla-se por meio de goniômetro.

14. Responda. a) O que são mordentes de proteção? b) Por que os mordentes de proteção devem ser mais macios do que a peça usinada? c) Cite ao menos três providências que devem ser observadas ao se executar a limagem. d) Como evitar riscos na superfície da peça durante a limagem?

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Referências Bibliograficas. 1. FREIRE, J. M. Tecnologia Mecânica. São Paulo. Editora 1999 2. CHIAVERINI, V. Tecnologia Mecânica. Vol. 1,2,3. São Paulo. 1986 3. MARQUES, P. V.; MODENESI, P. J.; BRACARENSE, A. Q. - Soldagem – fundamentos e aplicações. Belo Horizonte, Ed. UFMG. 4. TELECURSO 2000. Mecânica. Rio de janeiro. Editora Globo. 2000.

5. CASILLAS, A. L. Máquinas - Formulário Técnico. Editora Mestre, Jou. 1987. 6. FRENCH, Thomas. "Desenho Técnico". Editora Globo. Porto Alegre. 7. OLIVEIRA, Janilson Dias. Desenho Técnico: uma abordagem metodológica. Natal, ETFRN; Coordenação de Comunicação Social, 1991.

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Hino do Estado do Ceará

Poesia de Thomaz LopesMúsica de Alberto NepomucenoTerra do sol, do amor, terra da luz!Soa o clarim que tua glória conta!Terra, o teu nome a fama aos céus remontaEm clarão que seduz!Nome que brilha esplêndido luzeiroNos fulvos braços de ouro do cruzeiro!

Mudem-se em flor as pedras dos caminhos!Chuvas de prata rolem das estrelas...E despertando, deslumbrada, ao vê-lasRessoa a voz dos ninhos...Há de florar nas rosas e nos cravosRubros o sangue ardente dos escravos.Seja teu verbo a voz do coração,Verbo de paz e amor do Sul ao Norte!Ruja teu peito em luta contra a morte,Acordando a amplidão.Peito que deu alívio a quem sofriaE foi o sol iluminando o dia!

Tua jangada afoita enfune o pano!Vento feliz conduza a vela ousada!Que importa que no seu barco seja um nadaNa vastidão do oceano,Se à proa vão heróis e marinheirosE vão no peito corações guerreiros?

Se, nós te amamos, em aventuras e mágoas!Porque esse chão que embebe a água dos riosHá de florar em meses, nos estiosE bosques, pelas águas!Selvas e rios, serras e florestasBrotem no solo em rumorosas festas!Abra-se ao vento o teu pendão natalSobre as revoltas águas dos teus mares!E desfraldado diga aos céus e aos maresA vitória imortal!Que foi de sangue, em guerras leais e francas,E foi na paz da cor das hóstias brancas!

Hino Nacional

Ouviram do Ipiranga as margens plácidasDe um povo heróico o brado retumbante,E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,Brilhou no céu da pátria nesse instante.

Se o penhor dessa igualdadeConseguimos conquistar com braço forte,Em teu seio, ó liberdade,Desafia o nosso peito a própria morte!

Ó Pátria amada,Idolatrada,Salve! Salve!

Brasil, um sonho intenso, um raio vívidoDe amor e de esperança à terra desce,Se em teu formoso céu, risonho e límpido,A imagem do Cruzeiro resplandece.

Gigante pela própria natureza,És belo, és forte, impávido colosso,E o teu futuro espelha essa grandeza.

Terra adorada,Entre outras mil,És tu, Brasil,Ó Pátria amada!Dos filhos deste solo és mãe gentil,Pátria amada,Brasil!

Deitado eternamente em berço esplêndido,Ao som do mar e à luz do céu profundo,Fulguras, ó Brasil, florão da América,Iluminado ao sol do Novo Mundo!

Do que a terra, mais garrida,Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;"Nossos bosques têm mais vida","Nossa vida" no teu seio "mais amores."

Ó Pátria amada,Idolatrada,Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símboloO lábaro que ostentas estrelado,E diga o verde-louro dessa flâmula- "Paz no futuro e glória no passado."

Mas, se ergues da justiça a clava forte,Verás que um filho teu não foge à luta,Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Terra adorada,Entre outras mil,És tu, Brasil,Ó Pátria amada!Dos filhos deste solo és mãe gentil,Pátria amada, Brasil!

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