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Ajustagem e Produção Mecânica I

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Ajustagem e Produção Mecânica I

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Coordenação do Programa Formare Beth Callia

Coordenação Pedagógica Zita Porto Pimentel

Coordenação da Área Técnica – UTFPR Alfredo Vrubel

Elaboração e edição VERIS Educacional S.A. Rua Vergueiro, 1759 2º andar 04101 000 São Paulo SP www.veris.com.br

Coordenação Geral Marcia Aparecida Juremeira Conrado

Rosiane Aparecida Marinho Botelho

Coordenação Técnica deste caderno Francisco Carlos D’Emilio Borges

Revisão Pedagógica Nizi Voltareli Morselli

Autoria deste caderno Hamilton César Lúcia Paulo Rogério Borges

Produção Gráfica Amadeu dos Santos

Eliza Okubo Aldine Fernandes Rosa

Apoio MEC – Ministério da Educação

FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação PROEP – Programa de Expansão da Educação Profissional

L937a Lúcia, Hamilton César Ajustagem e Produção Mecânica I: Projeto Formare / Hamilton César Lúcia ; Paulo Rogério Borges – São Paulo: Veris Educacional, 2007.

118p. :il. Color.:30cm. (Fundação Iochpe / Cadernos Formare) Inclui exercícios e glossário Bibliografia ISBN 978-85-60890-48-4

1. Ensino Profissional 2. Conceito de Indústria 3. Ética Profissional 4. Técnicas de Traçagem e Serramento Manual 5. Técnicas de Ajuste com Lima e Rebolo 6. Operações com furadeira e rosqueamento manual I. Borges, Paulo Rogério II. Projeto Formare III. Título IV. Série

CDD-371.426

Iniciativa Realização

Fundação IOCHPE Al. Tietê, 618 casa 3, Cep 01417-020, São Paulo, SP

www.formare.org.br

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Formare: uma escola para a vida

Ensinar a aprender não podem dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria.

A alegria não chega apenas com o encontro do achado, mas faz parte do processo de busca.

Paulo Freire

Hoje a educação é concebida em uma perspectiva ampla de desenvolvimento humano e não apenas como uma das condições básicas para o crescimento econômico.

O propósito de uma escola é muito mais o desenvolvimento de competências pessoais para o planejamento e realização de um projeto de vida do que apenas o ensino de conteúdos disciplinares.

Os conteúdos devem ser considerados na perspectiva de meios e instrumentos para conquistas individuais e coletivas nas áreas profissional, social e cultural.

A formação de jovens não pode ser pensada apenas como uma atividade intelectual. É um processo global e complexo, onde conhecer, refletir, agir e intervir na realidade encontram-se associados.

Ensina-se pelos desafios lançados, pelas experiências proporcionadas, pelos problemas sugeridos, pela ação desencadeada, pela aposta na capacidade de aprendizagem de cada um, sem deixar de lado os interesses dos jovens, suas concepções, sua cultura e seu desejo de aprender.

Aprende-se a partir de uma busca individual, mas também pela participação em ações coletivas, vivenciando sentimentos, manifestando opiniões diante dos fatos, escolhendo procedimentos, definindo metas.

O que se propõe, então, não é apenas um arranho de conteúdos em um elenco de disciplinas, mas a construção de uma prática pedagógica centrada na formação.

Nesta mudança de perspectiva, os conteúdos deixam de ser um fim em si mesmos e passam a ser instrumentos de formação.

Essas considerações dão à atividade de aprender um sentido novo, onde as necessidades de aprendizagem despertam o interesse de resolver questões desafiadoras. Por isso uma prática pedagógica deve gerar situações de aprendizagem ao mesmo tempo reais, diversificadas provocativas. Deve possibilitar, portanto, que os jovens, ao dar opiniões, participar de debates e tomar decisões, construam sua individualidade e se assumam como sujeitos que absorvem e produzem cultura.

Segundo Jarbas Barato, a história tem mostrado que a atividade humana produz um saber “das coisas do mundo”, que garantiu a sobrevivência do

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ser humano sobre a face da Terra e, portanto, deve ser reconhecido e valorizado como a “sabedoria do fazer”.

O conhecimento proveniente de uma atividade como o trabalho, por exemplo, nem sempre pode ser traduzido em palavras. Em geral, peritos têm dificuldade em descrever com clareza e precisão sua técnica. É preciso vê-los trabalhar para “aprender com eles”.

O pensar e o fazer são dois lados de uma mesma moeda, dois pólos de uma mesma esfera. Possuem características próprias, sem pré-requisitos ou escala de valores que os coloquem em patamares diferentes.

Teoria e prática são modos de classificar os saberes insuficientes para explicar a natureza de todo o conhecimento humano. O saber proveniente do fazer possui uma construção diferente de outras formas que se valem de conceitos, princípios e teorias, nem sempre está atrelado a um arcabouço teórico.

Quando se reconhece a técnica como conhecimento, considera-se também a atividade produtiva como geradora de um saber específico e valoriza-se a experiência do trabalhador como base para a construção do conhecimento naquela área. Técnicas são conhecimentos processuais, uma dimensão de saber cuja natureza se define como seqüência de operações orientadas para uma finalidade.

O saber é inerente ao fazer, não uma decorrência dele.

Tradicionalmente, os cursos de educação profissional eram rigidamente organizados em momentos prévios de “teoria” seguidos de momentos de “prática”. O padrão rígido “explicação (teoria) antes da execução (prática)” era mantido como algo natural e inquestionável. Profissões que exigem muito uso das mãos eram vistas como atividades mecânicas, desprovidas de análise e planejamento.

Autores estão mostrando que o aprender fazendo gera trabalhadores competentes e a troca de experiências integra comunidades de prática nas quais o saber “distribuído por todos” eleva o padrão da execução. Por isso, o esforço para o registro, organização e criação de uma rede de apoio, uma teia comunicativa de “relato de práticas” é fundamental.

Dessa forma, o uso do paradigma da aprendizagem corporativa faz sentido e é muito mais produtivo. A idéia da formação profissional no interior do espaço de trabalho é, portanto, uma proposição muito mais adequada, inovadora e ousada do que a seqüência que propõe primeiro a teoria na sala de aula, depois a prática.

Atualmente, as empresas têm investido na educação continuada de seus funcionários na expectativa de que esse esforço contribua para melhorar os negócios. A formação de quadros passou a ser, nesses últimos anos, atividade central nas organizações que buscam o conhecimento para impulsionar seu desenvolvimento. No entanto, raramente se percebe que um dos conhecimentos mais importantes é aquele que está sendo construído pelos seus funcionários no exercício cotidiano de suas funções, é aquele que está concentrado na própria empresa.

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A empresa contrata especialistas, adquire tecnologias, desenvolve práticas de gestão, inaugura centros de informação, organiza banco de dados, incentiva inovações. Vai acumulando, aos poucos, conhecimento e experiências que, se forem apoiadas com recursos pedagógicos, darão à empresa a condição de excelência como “espaço de ensino e aprendizagem”.

Criando condições para identificar, registrar, organizar e difundir esse conhecimento, a organização poderá contribuir para o aprimoramento da formação profissional.

Convenciona-se que a escola é o lugar onde se ensina e a empresa é onde se produz bens, produtos e serviços. Deste ponto de vista, o conhecimento seria construído na escola, e caberia à empresa o aprimoramento de competências destinadas à produção. Esta é uma visão acanhada e restritiva de formação profissional que não reconhece e não explora o potencial educativo de uma organização.

Neste cenário, a Fundação IOCHPE, em parceria com a UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, desenvolve a proposta pedagógica Formare, que apresenta uma estrutura curricular composta de conteúdos integrados: um conjunto de disciplinas de formação geral (Higiene, Saúde e Segurança; Comunicação e Relacionamento; Fundamentação Numérica; Organização Industrial e Comercial; Informática e Atividades de Integração) e um conjunto de disciplinas de formação específica.

O curso Formare pretende ser uma escola que ofereça aos jovens uma preparação para a vida. Propõe-se desenvolver não só competências técnicas, mas também habilidades que lhes possibilitem estabelecer relações harmoniosas e produtivas com todas as pessoas, que os tornem capazes de construir seus sonhos e metas, além de buscar as condições para realizá-los no âmbito profissional, social e familiar.

A proposta curricular tem a intenção de fortalecer, além das competências técnicas, outras habilidades:

1. Comunicabilidade – Capacidade de expressão (oral e escrita) de conceitos, idéias e emoções de forma clara, coerente e adequada ao contexto;

2. Trabalho em equipe – Capacidade de levar o seu grupo a atingir os objetivos propostos;

3. Solução de problemas – Capacidade de analisar situações, relacionar informações e resolver problemas;

4. Visão de futura – Capacidade de planejar, prever possibilidades e alternativas;

5. Cidadania – Capacidade de defender direitos de interesse coletivo.

Cada competência é composta por um conjunto de habilidades que serão desenvolvidas durante o ano letivo, por meio de todas as disciplinas do curso.

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Para finalizar, ao integrar o ser, o pensar e o fazer, os cursos Formare ajudam os jovens a desenvolver competências para um bom desempenho profissional e, acima de tudo, a dar sentido à sua própria vida. Dessa forma, esperam contribuir para que eles tenham melhores condições para assumir uma postura ética, colaborativa e empreendedora em ambientes instáveis como os de hoje, sujeitos a constantes transformações.

Equipe FORMARE

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Sobre o caderno

Você, educador voluntário, sabe que boa parte da performance dos jovens no mundo do trabalho dependerá das aprendizagens adquiridas no espaço de formação do Curso em desenvolvimento em sua empresa no âmbito do Projeto Formare.

Por isso, os conhecimentos a serem construídos foram organizados em etapas, investindo na transformação dos jovens estudantes em futuros trabalhadores qualificados para o desempenho profissional.

Antes de esse material estar em suas mãos, houve a definição de uma proposta pedagógica, que traçou um perfil de trabalhador a formar, depois o delineamento de um plano de curso, que construiu uma grade curricular, destacou conteúdos e competências que precisam ser desenvolvidos para viabilizar o alcance dos objetivos estabelecidos e então foram desenhados planos de ensino, com vistas a assegurar a eficácia da formação desejada.

À medida que começar a trabalhar com o Caderno, perceberá que todos os encontros contêm a pressuposição de que você domina o conteúdo e que está recebendo sugestões quanto ao modo de fazer para tornar suas aulas atraentes e produtoras de aprendizagens significativas. O Caderno pretende valorizar seu trabalho voluntário, mas não ignora que o conhecimento será construído a partir das condições do grupo de jovens e de sua disposição para ensinar. Embora cada aula apresente um roteiro e simplifique a sua tarefa, é impossível prescindir de algum planejamento prévio. É importante que as sugestões não sejam vistas como uma camisa de força, mas como possibilidade, entre inúmeras outras que você e os jovens do curso poderão descobrir, de favorecer a prática pedagógica.

O Caderno tem a finalidade de oferecer uma direção em sua caminhada de orientador da construção dos conhecimentos dos jovens, prevendo objetivos, conteúdos e procedimentos das aulas que compõem cada capítulo de estudo. Ele trata também de assuntos aparentemente miúdos, como a apresentação das tarefas, a duração de cada atividade, os materiais que você deverá ter à mão ao adotar a atividade sugerida, as imagens e os textos de apoio que poderá utilizar.

No seu conjunto, propõe um jeito de fazer, mas também poderá apresentar outras possibilidades e caminhos para dar conta das mesmas questões, com vistas a encorajá-lo a buscar alternativas melhor adequadas à natureza da turma.

Como foi pensado a partir do planejamento dos cursos (os objetivos gerais de formação profissional, as competências a serem desenvolvidas) e dos planos de ensino disciplinares (a definição do que vai ser ensinado, em que seqüência e intensidade e os modos de avaliação), o Caderno pretende auxiliá-lo a realizar um plano de aula coerente com a concepção do Curso, preocupado em investir na formação de futuros trabalhadores habilitados ao exercício profissional.

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O Caderno considera a divisão em capítulo apresentada no Plano de Ensino e o tempo de duração da disciplina, bem como a etapa do Curso em que ela está inserida. Com esta idéia do todo, sugere uma possibilidade de divisão do tempo, considerando uma aula de 50 minutos.

Também, há avaliações previstas, reunindo capítulos em blocos de conhecimentos e oferecendo oportunidade de síntese do aprendido. É preciso não esquecer, no entanto, que a aprendizagem é avaliada durante o processo, através da observação e do diálogo em sala de aula. A avaliação formal, prevista nos cadernos, permite a descrição quantitativa do desempenho dos jovens e também do educador na medida em que o “erro”, muitas vezes, é indício de falhas anteriores que não podem ser ignoradas no processo de ensinar e aprender.

Recomendamos que, ao final de cada aula ministrada, você faça um breve registro reflexivo, anotando o que funcionou e o que precisou ser reformulado, se todos os conteúdos foram desenvolvidos satisfatoriamente ou se foi necessário retomar algum, bem como outras sugestões que possam levar à melhoria da prática de formação profissional e assegurar o desenvolvimento do trabalho com aprendizagens significativas para os jovens. Esta também poderá ser uma oportunidade de você rever sua prática como educador voluntário e, simultaneamente, colaborar para a permanente qualificação dos Cadernos. É um desafio-convite que lhe dirigimos, ao mesmo tempo em que o convidamos a ser co-autor da prática que aí vai sugerida.

Características do Caderno

Cada capítulo ou unidade possui algumas partes fundamentais, assim distribuídas:

Página de apresentação do capítulo: Apresenta uma síntese do assunto e os objetivos a atingir, destacando o que os jovens devem saber e o que se espera que saibam fazer depois das aulas. Em síntese, focaliza a relevância do assunto dentro da área de conhecimento tratada e apresenta a relação dos saberes, das competências e habilidades que os jovens desenvolverão com o estudo da unidade.

A seguir, as aulas são apresentadas através de um breve resumo dos conhecimentos a serem desenvolvidos em cada aula. Sua intenção é indicar aos educadores o âmbito de aprofundamento da questão, sinalizando conhecimentos prévios e a contextualização necessária para o tratamento das questões da aula. No interior de cada aula aparece a seqüência de atividades, marcadas pela utilização dos ícones que seguem:

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Indica quais serão os objetivos do tópico a ser abordado, bem como o objetivo de cada aula.

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Exploração de links na internet – Remete a pesquisas em sites onde educador e aluno poderão buscar textos e/ou atividades como reforço extraclasse ou não.

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Apresenta artigos relacionados à temática do curso, podendo-se incluir sugestões de livros, revistas ou jornais, subsidiando, dessa maneira o desenvolvimento das atividades propostas. Permite ao educador explorar novas possibilidades de conteúdo. Se achar necessário, o educador poderá fornecer esse texto para o aluno reforçando, assim, o seu aprendizado.

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Traz sugestão de exercício ou atividade para fechar uma aula para que o aluno possa exercitar a aplicação do conteúdo.

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Traz sugestão de avaliação extraclasse podendo ser utilizada para fixação e integração de todos os conteúdos desenvolvidos.

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Traz sugestão de avaliação, podendo ser apresentada ao final de um conjunto de aulas ou tópicos; valerão nota e terão prazo para serem entregues.

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Indica, passo a passo, as atividades propostas para o educador. Apresenta as informações básicas, sugerindo uma forma de desenvolvê-las. Esta seção apresenta conceitos relativos ao tema tratado, imagens que têm a finalidade de se constituir em suporte para as explicações do educador (por esse motivo todas elas aparecem anexas num CD, para facilitar a impressão em lâmina ou a sua reprodução por recurso multimídia), exemplos das aplicações dos conteúdos, textos de apoio que podem ser multiplicados e entregues aos jovens, sugestões de desenvolvimento do conteúdo e atividades práticas, criadas para o estabelecimento de relações entre os saberes. No passo a passo, aparecem oportunidades de análise de dados, observação e descrição de objetos, classificação, formulação de hipóteses, registro de experiências, produção de relatórios e outras práticas que compõem a atitude científica perante o conhecimento.

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Indica a duração prevista para a realização do estudo e das tarefas de cada passo. É importante que fique claro que esta é uma sugestão ideal, que abstrai quem é o sujeito ministrante da aula e quem são os sujeitos que aprendem, a rigor os que mais interessam nesse processo. Quando foi definida, só levou em consideração o que era possível no momento: o conteúdo a ser desenvolvido, tendo em vista o número de aulas e o plano de ensino da disciplina. No entanto você juntamente com os jovens que compõem a sua turma têm liberdade para alterar o que foi sugerido, adaptar as sugestões para o seu contexto, com as necessidades, interesses, conhecimentos prévios e talentos especiais do seu grupo.

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O glossário contém informações e esclarecimentos de conceitos e termos técnicos. Tem a finalidade de simplificar o trabalho de busca do educador e, ao mesmo tempo, incentivá-lo a orientar os jovens para a utilização de vocabulário apropriado referente aos diferentes aspectos da matéria estudada. Aparece ao lado na página em que é utilizado e é retomado ao final do Caderno, em ordem alfabética.

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Remete para exercícios que objetivam a fixação dos conteúdos desenvolvidos. Não estão computados no tempo das aulas, e poderão servir como atividade de reforço extraclasse, como revisão de conteúdos ou mesmo como objeto de avaliação de conhecimentos.

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Notas que apresentam informações suplementares relativas ao assunto que está sendo apresentado.

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Idéias que objetivam motivar e sensibilizar o educador para outras possibilidades de explorar os conteúdos da unidade. Têm a preocupação de sinalizar que, de acordo com o grupo de jovens, outros modos de fazer podem ser alternativas consideradas para o desenvolvimento de um conteúdo.

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Traz as idéias-síntese da unidade, que auxiliam na compreensão dos conceitos tratados, bem como informações novas relacionadas ao que se está estudando.

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Apresenta materiais em condições de serem produzidos e entregues aos jovens, tratados, no interior do caderno, como texto de apoio.

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Em síntese, você educador voluntário precisa considerar que há algumas competências que precisam ser construídas durante o processo de ensino aprendizagem, tais como:

conhecimento de conceitos e sua utilização; análise e interpretação de textos, gráficos, figuras e diagramas; transferência e aplicação de conhecimentos; articulação estrutura-função; interpretação de uma atividade experimental.

Em vista disso, o conteúdo dos Cadernos pretende favorecer:

conhecimento de propriedade e de relações entre conceitos; aplicação do conhecimento dos conceitos e das relações entre eles; produção e demonstração de raciocínios demonstrativos; análise de gráficos; resolução de gráficos; identificação de dados e de evidências relativas a uma atividade

experimental; conhecimento de propriedades e relações entre conceitos em uma

situação nova. Como você deve ter concluído, o Caderno é uma espécie de obra aberta, pois está sempre em condições de absorver sugestões, outros modos de fazer, articulando os educadores voluntários do Projeto Formare em uma rede que consolida a tecnologia educativa que o Projeto constitui.

Desejamos que você possa utilizá-lo da melhor forma possível e que tenha a oportunidade de refletir criticamente sobre ele, registrando sua colaboração e interagindo com os jovens de seu grupo a fim de investirmos todos em uma educação mais efetiva e na formação de profissionais mais competentes e atualizados para os desafios do mundo contemporâneo.

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A indústria mecânica tem evoluído muito com o desenvolvimento tecnológico. Máquinas automatizadas controladas por computador, garantem maior produtividade e padrões de qualidade.

Com as máquinas operatrizes, a automatização e a automação das técnicas de usinagem trouxeram a garantia de qualidade e produtividade nos processos de fabricação, porém, nem mesmo todo o avanço tecnológico foi suficiente para aposentar a velha lima dos processos de usinagem.

Tanto a operação de traçar como o serramento manual, tidos como operações de pré-usinagem, ou seja, antecedem processos de usinagem como a limagem, a furação, o torneamento, fresamento, entre outros, são de suma importância para o mecânico.

Sempre será preciso um ajuste mais especializado numa região ou detalhe da peça, ou máquina em que não é viável a utilização de um instrumento para realizá-lo, bem como as operações de esmerilhamento que visam ao desbaste de superfícies por meio da abrasão, principalmente nos processos de reafiação de ferramentas.

Assim, é necessário que o profissional conheça as tecnologias específicas aplicadas nesses processos e os detalhes da técnica para adquirir a habilidade indispensável para sua aplicação nas diversas circunstâncias do mundo da mecânica.

Introdução

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Ajustagem e Produção Mecânica I 15

1 Produção e Montagem Mecânica

Primeira Aula O Conceito de indústria ...................................................................................21

Segunda Aula Linha de produção – Autopeças ......................................................................24

Terceira Aula Uniforme e identificação ..................................................................................25

Quarta Aula Procedimentos em caso de acidentes e incêndios..........................................28

Quinta Aula Como evitar acidentes e incêndios?................................................................31

Sexta Aula Ética profissional..............................................................................................35

Sétima Aula Visita Técnica ..................................................................................................39

Oitava Aula Avaliação .........................................................................................................39

2 Técnicas de Traçagem e Serramento Manual

Primeira Aula Traçagem.........................................................................................................43

Segunda Aula Traçar retas – Processo de execução .............................................................47

Terceira Aula Serrar manualmente ........................................................................................50

Quarta Aula Serramento manual – Processo de execução.................................................53

Quinta Aula Traçar retas no plano com régua e riscador ....................................................54

Sexta Aula Traçar retas no plano com calibrador-traçador de alturas ...............................56

Sétima Aula Serrar material metálico e material fino ...........................................................57

Sumário

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16 Ajustagem e Produção Mecânica I

Oitava Aula Avaliação Teórica 1 .........................................................................................59

3 Técnicas de Ajuste com Lima e Rebolo

Primeira Aula Ajustagem com lima.........................................................................................63

Segunda Aula Esmerilhadoras – Tipos e nomenclatura .........................................................70

Terceira Aula Segurança do Operador ..................................................................................74

Quarta Aula Limar superfícies planas – Processo de execução..........................................77

Quinta Aula Limar superfícies paralelas e perpendiculares – Processo de execução...............80

Sexta Aula Limar superfícies perpendiculares – Processo de execução...........................81

Sétima Aula Esmerilhar superfícies planas e em ângulo – Processo de execução.............82

Oitava Aula Avaliação Teórica 2 .........................................................................................85

4 Operações com Furadeira e Rosqueamento Manual

Primeira Aula Procedimentos de segurança – Prevenção de acidentes........................................89

Segunda Aula Velocidade de corte .........................................................................................93

Terceira Aula Fixação de peças para execução do processo................................................96

Quarta Aula Roscas.............................................................................................................99

Quinta Aula Ferramentas para abrir rosca interna ........................................................... 103

Sexta Aula Ferramenta para abrir rosca externa ............................................................ 105

Sétima Aula Furar e escarear na furadeira ....................................................................... 107

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Oitava Aula Abrir uma rosca externa utilizando o cossinete e porta-cossinete e fluido de corte................................................................... 108

Nona Aula Etapas da operação...................................................................................... 109

Décima Aula Medição de roscas........................................................................................ 111

Gabarito das Avaliações ...................................................................... 113

Glossário ...................................................................................................115

Referências ..............................................................................................117

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Ajustagem e Produção Mecânica I 19

A gestão da produtividade nas empresas vem se tornando cada vez mais crucial em um ambiente de crescente abertura externa e globalização dos negócios.

Sem produtividade ou sem a eficiência do processo produtivo, as empresas não podem sobreviver.

Para atender essa demanda de maior produtividade e qualidade, as empresas buscam cada vez mais funcionários com perfis diferenciados.

Além de maior qualidade e produtividade nos processos produtivos, é fundamental que os profissionais estejam preparados para atuarem nesses ambientes, de forma a torná-los o menos insalubre possível.

O compromisso com a segurança coletiva depende individualmente de cada colaborador.

Conhecer e classificar indústrias de acordo com setores e atividades.

Conhecer como funciona uma linha de produção.

Conhecer equipamentos e rotinas de segurança e estar consciente da sua importância.

Demonstrar postura segura em um ambiente de produção.

Aplicar conceitos de Ética profissional nos trabalhos realizados.

1 Produção e Montagem Mecânica

Objetivos

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Ajustagem e Produção Mecânica I 21

O Conceito de indústria Indústria é toda atividade humana que, por meio do trabalho, transforma matérias-primas em outros produtos, que em seguida podem ser ou não comercializados e possuem, normalmente, maior valor agregado. De acordo com a tecnologia empregada na produção e a quantidade de capital necessária, a atividade industrial pode ser artesanal, manufatureira ou fabril.

Atualmente, o termo indústria é também usado para definir qualquer grupo de empresas que compartilha um método comum de gerar lucros, tais como a indústria do entretenimento, a indústria bancária ou mesmo a agroindústria.

A palavra indústria está caracterizada por diversos significados, desde uma empresa de pequeno porte, até uma fábrica de qualquer tamanho de um parque industrial, que trabalhe com atividade de transformação, e use maquinarias que tenham como objetivo criar um terceiro produto. Inegavelmente, a indústria não está somente na cidade como era há algum tempo, cuja migração campo/cidade aconteceu de forma descontrolada e sem a devida capacidade de trabalho para dinamizar essa nova fase da economia, cujo trabalhador deve estar especializado para tal tarefa. Ultimamente a indústria está próxima do produtor rural, com as agroindústrias, transformando e/ou beneficiando os produtos agrícolas logo após a colheita para minimizar as perdas dos produtos gerados no campo e para melhor aproveitar o mercado consumidor.

Tipos de indústrias

Indústria de bens de produção ou de base – É toda indústria que trabalha com matéria-prima bruta transformando-a em matéria-prima para outras indústrias. Exemplo: indústria siderúrgica, indústria petroquímica.

Indústria de bens intermediários ou de bens de capital – Transforma matéria-prima bruta em outro tipo

50 min

Passo 1 / Aula teórica

Primeira Aula O que são indústrias e como são classificadas, de acordo com o tipo de produto será o objetivo dessa aula.

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de matéria-prima. São aquelas que produzem máquinas para outras indústrias.

Indústria de bens de consumo – É aquela que produz produtos voltados ao grande mercado consumidor. Exemplo: indústria têxtil, indústria alimentar.

Duráveis – Responsáveis por produtos de longa durabilidade média. Exemplo: indústria automobilística.

Não duráveis – São aquelas que produzem produtos cuja durabilidade não é tão aproveitada.

Setores da indústria

O setor primário é o conjunto de atividades econômicas que produzem matérias-primas. Isso implica geralmente a transformação de recursos naturais em produtos primários.

Muitos produtos do setor primário são usados como matérias-primas para outras indústrias, a fim de se transformarem em produtos industrializados. Os negócios importantes nesse setor incluem agricultura, agronegócio, pesca, silvicultura e toda a mineração e indústrias pedreiras.

Essas indústrias são chamadas também de extrativas, pois se baseiam no extrativismo, que é a busca pelos recursos oferecidos pela natureza, sejam de origem animal (pesca), vegetal (madeira) ou mineral (ouro), etc. O extrativismo passou a constituir um tipo de indústria a partir da Revolução Industrial, devido à mecanização e à produção em grande escala.

As indústrias fabris em sentido diversificado, que agregam, embalam, empacotam, purificam ou processam as matérias-primas dos produtores primários, normalmente se consideram parte desse setor, especialmente se a matéria-prima for inadequada para a venda, ou difícil de transportar a longas distâncias.

Segundo a nomenclatura econômica, o setor primário está dividido em seis atividades econômicas:

• Agricultura

• Pecuária

• Extrativismo vegetal

• Caça

• Pesca

• Mineração.

O setor secundário é aquele que transforma produtos naturais produzidos pelo setor primário em produtos de consumo, ou em máquinas industriais (produtos a serem

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Ajustagem e Produção Mecânica I 23

utilizados por outros estabelecimentos do setor secundário). Geralmente apresenta porcentagens bastante relevantes nas sociedades desenvolvidas. É nesse setor que se pode dizer que a matéria-prima é transformada em um produto manufaturado. A indústria e a construção civil são, portanto, atividades desse setor. Ele é responsável por mobilizar grandes volumes de capital.

O setor terciário no contexto da economia envolve a comercialização de produtos em geral, e o oferecimento de serviços comerciais, pessoais ou comunitários, a terceiros.

Nesse setor há grande ocorrência de problemas, assim como a hipertrofia e a macrocefalia, que são nada mais que o crescimento desordenado, e conseqüente excesso de mão-de-obra. O setor terciário é, geralmente, a principal fonte de renda dos países desenvolvidos.

O setor terciário basicamente recebe as matérias do setor secundário e as distribui para o consumidor. Atualmente o setor terciário encontra-se extremamente diversificado. As sociedades mais antigas já conheciam algumas atividades, porém, com a intensa industrialização que nos últimos dois séculos vem ocorrendo praticamente no mundo inteiro, o setor terciário diversificou-se, tornando-se mais complexo. Esse é o setor da economia que mais vem crescendo nas últimas décadas. Os principais tipos de serviço desse setor são as indústrias de bens de serviços como os correios e os mais diversos bens públicos. Nesse setor terciário observam-se avanços tecnológicos e mudanças estruturais muito importantes. O seu ramo moderno, como o de cadeias de restaurantes, farmácias, supermercados, etc. requer uma mão-de-obra mais qualificada para o trabalho, o que dificulta o seu desenvolvimento muito rápido nas regiões mais pobres, carentes desse tipo de mão-de-obra. Tratando-se de setores com alta elasticidade-renda, por outro lado, verifica-se que o seu desenvolvimento ocorre primeiro nas regiões mais ricas. O setor terciário da economia envolve a comercialização de produtos em geral, e o oferecimento de serviços comerciais, pessoais ou comunitários a terceiros.

Outras formas de se classificar as indústrias Segundo a tecnologia podemos classificar as indústrias como:

Segundo a função, as indústrias podem ser:

• Germinativas – Quando geram o aparecimento de outras indústrias. Como exemplo tem-se a indústria petroquímica.

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• Indústrias de ponta – São as indústrias dinâmicas, que comandam a produção industrial, como, por exemplo, a indústria automobilística.

• Indústrias tradicionais – São empresas que ainda estão ligadas com a primeira Revolução Industrial. Geralmente são empresas familiares cuja administração é feita por membros da família e vão passando de uma geração para outra.

• Indústrias dinâmicas – A principal característica dessas indústrias é a grande utilização de tecnologia e capital, e pouca força de trabalho. Estão ligadas com o desenvolvimento mais recente da química e da eletrônica.

Linha de produção – Autopeças

Disponibilizar dez minutos da aula para orientar o grupo sobre o objetivo do vídeo, solicitando que anotem as dúvidas e informações importantes.

No fim da apresentação o educador deverá esclarecer possíveis dúvidas e expor quais as principais

Educador, não esqueça de providenciar o vídeo: Linha de Produção: Autopeças (FIESP-SENAI. Vídeos Série Linha de Produção: Autopeças (19') . São Paulo, 1992).

50 min

Passo 1 / Apresentação de vídeo

Nessa aula serão apresentadas as principais características de um trabalho em linha de produção, por meio da apresentação do vídeo Linha de Produção: Autopeças.

Segunda Aula

Se houver tempo, promova um debate com os jovens, procurando relacionar as indústrias e os produtos da região. É possível, dessa forma, detectar se a região se caracteriza como um pólo industrial ou como indústrias de atividades isoladas.

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Ajustagem e Produção Mecânica I 25

características, aplicações, vantagens e desvantagens desse tipo de produção.

Uniforme e identificação O uniforme, mais do que uma vestimenta para o trabalho, é tido hoje como uma forma de comunicação que garante a identidade visual da empresa, seja pelos empresários ou por seus clientes.

A importância do uniforme vai além da comunicação visual. A relação custo/benefício no uso de uniformes é favorável tanto à empresa como para o funcionário, além, é claro de apresentar-se como sinônimo de higiene em alguns segmentos de mercado, de confiança e de unidade. Ele garante a rápida identificação do funcionário, diferenciando-o dos não-funcionários. Algumas empresas adotam, além das identificações no crachá, detalhes de símbolos e código de cores para identificar setores, cargos, entre outros.

Na indústria de transformação, o uniforme tem inclusive a função de garantir o conforto e a segurança do funcionário em situações de risco.

O uso do uniforme proporciona a auto-estima dos funcionários e a boa impressão do público externo em relação à imagem da empresa.

Equipamentos de Proteção Individual – EPI e Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC

Sempre que possível deve-se aplicar medidas de proteção coletiva, isto é, que beneficiam a todos os trabalhadores, indistintamente, ou seja, devem ter

50 min

Passo 1 / Aula teórica

O objetivo dessa aula é conscientizar os jovens da importância do uso correto de EPIs e de uniformes como forma de identificação de funcionários.

Terceira Aula

Como sugestão, prepare fichas, com comentários pertinentes ao conteúdo do filme e, na medida em que o filme for apresentado, faça duas ou três breves paradas em momentos estratégicos, expondo os comentários previamente preparados. Esse procedimento torna a apresentação mais dinâmica, desde que bem administrada.

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26 Ajustagem e Produção Mecânica I

prioridade, conforme determina a legislação que dispõe sobre segurança e medicina do trabalho.

Alguns exemplos de aplicação de EPCs:

• Sistema de exaustão para eliminação de gases, vapores ou poeiras contaminantes do local de trabalho.

• Enclausuramento, isto é, fechamento de máquina barulhenta para livrar o ambiente do ruído excessivo.

• Comando bimanual, que mantém as mãos ocupadas, fora da zona de perigo, durante o ciclo de uma máquina.

• Cabo de segurança para conter equipamentos suspensos sujeitos a esforços, caso venham a se desprender.

Os EPIs existem para proteger a saúde do trabalhador quando não for possível adotar medidas de segurança de ordem geral e devem ser testados e aprovados pela autoridade competente para comprovar sua eficácia.

O Ministério do Trabalho atesta a qualidade dos EPIs disponíveis no mercado pela emissão do Certificado de Aprovação (C.A.). O fornecimento e a comercialização de EPIs sem o C.A. é considerado crime e tanto o comerciante como o empregador ficam sujeitos às penalidades previstas em lei.

Existem EPIs para proteção de praticamente todas as partes do corpo. Alguns exemplos:

Cabeça e crânio – Capacete de segurança contra impactos, perfurações, ação dos agentes meteorológicos, etc.

Olhos – Óculos contra impactos, que evitam a cegueira total ou parcial e a conjuntivite. São utilizados em trabalhos onde existe o risco de impacto de estilhaços e cavacos.

Vias respiratórias – Protetor respiratório, que previne problemas pulmonares e das vias respiratórias, e deve ser utilizado em ambientes com poeiras, gases, vapores ou fumos nocivos.

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Ajustagem e Produção Mecânica I 27

Face – Máscara de solda, que protege contra impactos de partículas, respingos de produtos químicos, radiação (infravermelha e ultravioleta) e ofuscamento. Deve ser utilizada nas operações de solda.

Ouvidos – Concha, que previne contra a surdez, o cansaço, a irritação e outros problemas psicológicos. Deve ser usada sempre que o ambiente apresentar níveis de ruído superiores aos aceitáveis, de acordo com a norma regulamentadora.

Mãos e braços – Luvas, que evitam problemas de pele, choque elétrico, queimaduras, cortes e raspões e devem ser usadas em trabalhos com solda elétrica, produtos químicos, materiais cortantes, ásperos, pesados e quentes.

Pernas e pés – Botas de borracha, que proporcionam isolamento contra eletricidade e umidade. Devem ser utilizadas em ambientes úmidos e em trabalhos que exigem contato com produtos químicos.

Tronco – Aventais de couro, que protegem de impactos, respingos de produtos químicos, choque elétrico, queimaduras e cortes. Devem ser usados em trabalhos de soldagem elétrica, oxiacetilênica, corte a quente, etc.

Tabela 1 – Exemplos de EPIs.

Nas indústrias é comum a movimentação de cargas por meio de pontes rolantes, empilhadeiras, guindastes, talhas e outros dispositivos e equipamentos para içamento e movimentação. Nessas áreas, além do uso dos EPCs, identificando, isolando e sinalizando as áreas de risco, é obrigatório o uso dos EPIs, seja pelos funcionário que trabalham no local ou pelos transeuntes.

Educador, é necessário que tenha em mãos alguns EPIs para demonstração e manuseio dos jovens, bem como uma visita rápida por algum setor da empresa para a verificação do uso do EPC.

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28 Ajustagem e Produção Mecânica I

Procedimentos em caso de acidentes e incêndios Primeiros socorros são o conjunto de medidas prestadas por pessoa leiga a um acidentado ou a alguém acometido de mal súbito (desmaio, infarto, crise epiléptica, etc.) no local do acidente, antes que chegue a assistência qualificada.

Os princípios básicos dos primeiros socorros são:

• salvar e manter a vida;

• evitar lesões adicionais ou agravamento das já existentes;

• providenciar socorro qualificado.

O que fazer no caso de uma emergência?

• A avaliação do local para verificar se oferece perigo adicional à vítima e aos demais; isolar e proteger o local do acidente.

• A avaliação da vítima depende de ela estar consciente ou inconsciente. A vítima inconsciente requer muito mais cuidado e atenção, pois não pode fornecer informações sobre seu estado.

Sinais vitais e sinais de apoio

• Pulsação – Pode ser sentida pelo tato.

• Respiração – Verificar se a vítima está respirando, colocando próximo ao seu nariz um espelho ou qualquer pedaço de metal polido, que deve ficar embaçado.

• Temperatura – Compare o calor do seu corpo com o da vítima.

• Estado das pupilas – Insensibilidade da pupila à luz é sinal de inconsciência, estado de choque, etc.

50 min

Passo 1 / Aula teórica

O objetivo dessa aula é apresentar aos jovens os procedimentos básicos para o caso de acidentes, desacionamentos elétricos, princípios de incêndio e abandono de prédio.

Quarta Aula

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Ajustagem e Produção Mecânica I 29

• Sensibilidade – Os músculos, quando estimulados, reagem com movimentos de contração. Se isso não ocorrer é sinal de inconsciência.

Queimadura

• Se a queimadura for grave, a vítima deve ser encaminhada imediatamente para socorro médico.

• Se a queimadura for superficial e de pequena extensão, deve ser coberta com um pano limpo e macio, depois de lavada com água ou soro fisiológico, com cuidado para não furar bolhas que tenham se formado. Deve-se dar à vítima bastante líquido se ela estiver consciente (chá, água, refrigerantes, etc.)

Choque elétrico

É a descarga elétrica pode levar à morte, dependendo da intensidade da corrente elétrica (amperagem). Altera os batimentos cardíacos, além de provocar, em alguns casos, queimaduras.

Para que o socorrista também não venha a se tornar uma vítima, a primeira providência a tomar é identificar e desligar a fonte de energia elétrica. Caso isso não seja possível, deve afastar a vítima da fonte de energia elétrica, utilizando para tanto um material isolante (madeira seca, borracha, louça, vidro temperado, etc.).

Os primeiros socorros são prestados no próprio local do acidente pelo socorrista. As empresas têm capacitado, por meio de treinamentos, pessoas para atuarem como socorristas. Sempre que lhe for ofertada essa oportunidade não a desperdice, pois você pode garantir a vida de outras pessoas com conhecimento prévio das situações.

Mas há uma outra providência muito importante, que deve ser encaminhada ao mesmo tempo: a solicitação do socorro especializado.

O primeiro recurso a ser acionado é a Polícia Militar, que se encarrega de requisitar apoio do Corpo de Bombeiros ou pronto-socorro, quando necessário. Para todo o Brasil, o telefone é 190.

Ao comunicar a ocorrência, é muito importante dar informações corretas ou pedir que alguém o faça. As informações essenciais são: tipo de acidente, local exato do acidente (use pontos de referência para facilitar a localização), número de vítimas e os seus estados.

Incêndio

A NR-23, que trata de proteção contra incêndio, estabelece que todas as empresas devem possuir proteção contra incêndios, saídas de emergência em

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30 Ajustagem e Produção Mecânica I

Faça uma demonstração para análise visual dos jovens com os tipos de extintores presentes na empresa, de preferência levando-os até o local onde eles se encontram. Caso o incêndio não seja extinto os procedimentos são:

• acionar o alarme; • chamar o corpo de bombeiros (telefone 193);

• desligar máquinas, aparelhos elétricos e bloquear entrada de energia; • abandonar a área imediatamente, de forma organizada, sem correrias;

• comunicar ao corpo de bombeiros em sua chegada, sobre a classe de incêndio (A, B, C ou D).

caso de incêndio, equipamentos para combater o fogo e pessoas treinadas no uso desses equipamentos.

Os cinco primeiros minutos são decisivos. Se o fogo não for dominado nesse prazo, a tendência é ele escapar do controle.

Toda empresa deve ter um plano de prevenção e combate a incêndios e um sistema de comunicação rápida para que sejam tomadas as providências de combate e evasão do prédio. Assim como deve organizar sua brigada de incêndios, com pessoas treinadas para atuarem na prevenção e no combate.

Abaixo os diferentes materiais combustíveis, suas classes e o tipo de extintor de incêndio adequado.

Classe Tipo de combustível Características Agente extintor

A

Incêndios envolvendo materiais sólidos que queimam em superfície e profundidade e deixam resíduos. Exemplo: madeira, papelão, tecidos, etc.

- Água - Espuma

B

Incêndios envolvendo materiais líquidos e gasosos, que queimam em superfície e não deixam resíduos (não há formação de brasas).

- Gás carbônico - Pó químico seco- Espuma

C

Incêndios envolvendo toda linha de materiais energizados, isto é, ligados (*) Exemplo: motores, equipamentos elétricos, etc.

- Gás carbônico - Pó químico seco

D

Incêndios envolvendo materiais pirofóricos, isto é, que se inflamam quando entram em contato com o ar. Exemplo: magnésio, titânio, zircônio, etc.

- Pó químico seco especial - Limalha de ferro- Grafite

Tabela 2 ( * ) Com a corrente desligada, este tipo de incêndio passa a ser combatido como se fosse de classe A ou B.

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Ajustagem e Produção Mecânica I 31

Como evitar acidentes e incêndios? É preciso ter a mentalidade prevencionista e o espírito de colaboração, porém algumas medidas básicas são necessárias, tais como:

• armazenamento adequado de material;

• organização e limpeza dos ambientes;

• manutenção adequada de instalações elétricas, máquinas e equipamentos.

No armazenamento, materiais inflamáveis devem ser guardados fora dos edifícios principais, em locais bem sinalizados, onde a proibição de fumar deve ser rigorosamente obedecida.

A organização e a limpeza, além de tornarem o ambiente de trabalho mais agradável, evitam que pessoas se acidentem e que o fogo se inicie e se propague.

As manutenções das instalações elétricas, máquinas e equipamentos vão garantir a segurança dos funcionários, pois estatisticamente, a falta de manutenção ocupa um dos primeiros lugares como fonte causadora de acidente e incêndio.

Deve-se projetar adequadamente e receber manutenção constante, substituindo fios e componentes desgastados, evitando improvisações ou “gambiarras”; equipamentos e máquinas devem receber manutenção e lubrificação periódicas, para evitar o aquecimento que gera calor, colocando em risco o ambiente de trabalho; a realização de serviços na área somente deve ficar a cargo de pessoas capacitadas.

Procedimentos corporais para trabalhos Nos sistemas de manufatura, alguns fatores influenciam a maneira de o operador realizar suas atividades, economizando movimentos e evitando doenças profissionais; dentre eles estão o posto de trabalho, a

50 min

Passo 1 / Aula teórica

O objetivo dessa aula é proporcionar aos jovens condições para evitar acidentes e incêndios, além de se deslocarem com segurança, obedecendo às normas e procedimentos para deslocamentos internos.

Quinta Aula

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32 Ajustagem e Produção Mecânica I

organização do trabalho, o leiaute, a geometria do produto e a forma de treinamento dos funcionários.

Análises são feitas por profissionais qualificados em métodos e processos para definir o que é mais adequado ao operário e que permite economia de tempo.

Dentre esses fatores são analisados:

• o uso das mãos (movimentos, alcance, sincronismo, repetição, entre outros);

• o arranjo do posto de trabalho (ferramentas, materiais, iluminação, entre outros);

• a organização do posto deve permitir o trabalho de pé, alternado com o trabalho sentado, sendo que neste caso, cada trabalhador deve dispor de uma cadeira que possibilite uma boa postura;

• sempre que possível, as mãos devem ser substituídas por dispositivos, gabaritos ou mecanismos acionados por pedal.

A Norma Regulamentadora – NR 17, do Ministério do Trabalho, trata dos riscos e agentes ergonômicos que podem vir a causar doenças e lesões no trabalhador devido à falta de equilíbrio entre o homem e o seu ambiente de trabalho.

Esses agentes presentes nos ambientes de trabalho geralmente estão relacionados à:

• exigência de esforço físico intenso;

• levantamento e transporte manual de peso;

• postura inadequada no exercício das atividades;

• exigências rigorosas de produtividade;

• jornadas de trabalho prolongadas ou em turnos;

• atividades monótonas ou repetitivas, etc.

Movimentos repetitivos dos dedos, das mãos, dos pés, da cabeça e do tronco produzem monotonia muscular e levam ao desenvolvimento de doenças inflamatórias, curáveis em estágios iniciais, chamadas de lesões por esforços repetitivos – LER. Dentre elas estão a bursite (inflamação da bursa), a miosite (inflamação de músculo), a tendinite (inflamação dos tendões) e a tenossinovite (inflamação dos tendões e das articulações).

Prevenção é a melhor ação contra os males provocados pelos agentes ergonômicos. Rodízios e descansos constantes, exercícios compensatórios freqüentes para trabalhos repetitivos, exames médicos periódicos, evitar esforços superiores a 25 kg para homens e 12 kg para mulheres, postura correta sentado, em pé, ou carregando

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Ajustagem e Produção Mecânica I 33

e levantando peso, buscando sempre manter a coluna ereta e depositando o peso nas pernas e braços.

Sinalização e saída de emergência Saída de emergência, rota de saída ou saída são caminhos contínuos, devidamente protegidos, proporcionados por portas, corredores, halls, passagens externas, balcões, vestíbulos, escadas, rampas ou outros dispositivos de saída ou combinações destes, a serem percorridos pelo usuário, em caso de um incêndio, de qualquer ponto da edificação até atingir a via pública ou espaço aberto, protegido do incêndio, em comunicação com o logradouro.

A sinalização de saída de emergência deve indicar todas as mudanças de direção, saídas, escadas, atentando para:

Sinalização de porta de saída de emergência – Deve ser localizada imediatamente acima da porta, no máximo a 0,1 m da verga, ou diretamente na folha da porta centralizada a uma altura de 1,8 m medida do piso à base da sinalização.

Sinalização de orientação da rota de saída – Deve ser localizada de modo que a distância de percurso de qualquer ponto da rota de saída até a sinalização seja de, no máximo, 15 m. A sinalização deve ser instalada a 1,80 m medido do piso à sua base.

A mensagem escrita “saída” deve ser sempre grafada no idioma português.

A abertura da porta em escada não deve obstruir a visualização de qualquer sinalização.

Sinalização complementar – A sinalização complemen-tar de rotas de saída é facultativa e, quando utilizada, deve ser aplicada sobre o piso acabado ou sobre as paredes de corredores e escadas.

Os símbolos básicos de sinalização de orientação e salvamento são:

É necessário demonstrar aos jovens a forma correta de levantar e baixar uma caixa, flexionando as pernas e mantendo a coluna ereta.

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34 Ajustagem e Produção Mecânica I

Código Símbolo Significado Forma e cor Aplicação

S1

Indicação do sentido (esquerda ou direita) de

uma saída de emergência,

especialmente para ser fixado em colunas

Dimensões mínimas: L = 1,5 H.

S2

Indicação do sentido (esquerda

ou direita) de uma saída de emergência. Dimensões mínimas:

L = 2,0 H

S3

Indicação de uma saída de emergência a ser

afixada acima da porta, para indicar

o seu acesso

S4

S5

S6

S7

Saída de emergência

Símbolo: retangular Fundo: verde Pictograma: fotoluminescente

a) Indicação do sentido do acesso a uma saída que não esteja aparente. b) Indicação do sentido de uma saída por rampas. c) Indicação do sentido da saída na direção vertical (subindo ou descendo). Nota: A seta indicativa deve ser posicionada de acordo com o sentido a ser sinalizado.

S8

S9

S10

S11

Escada de emergência

Símbolo: retangular Fundo: verde Pictograma: fotoluminescente.

Indicação do sentido de fuga no interior das escadas Indica direita ou esquerda, descendo ou subindo O desenho indicativo deve ser posicionado de acordo com o sentido a ser sinalizado

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Ajustagem e Produção Mecânica I 35

S12

S13

S14

Saída de emergência

Símbolo: retangular Fundo: verde Mensagem “SAÍDA” ou Mensagem “SAÍDA” e ou pictograma e ou seta direcional: fotoluminescente, com altura de letra sempre > 50 mm

- Indicação da saída de emergência, com ou sem complementação do pictograma fotoluminescente (seta ou imagem, ou ambos).

S15

S16

Saída de emergência

Símbolo: retangular Fundo: verde Mensagem “SAÍDA”: fotoluminescente, com altura de letra sempre > 50 mm

- Indicação da saída de emergência com rampas para deficientes, utilizada como complementação do pictograma fotolu-minescente (seta ou imagem, ou ambos).

Tabela 3

Ética profissional Você pode perguntar a si mesmo:

• Estou sendo bom profissional?

• Estou agindo adequadamente?

• Realizo corretamente minha atividade?

Um bom profissional deve saber que há uma série de atitudes que não estão descritas nos códigos de todas as profissões, mas que são comuns a todas as atividades que uma pessoa pode exercer.

Atitudes de generosidade e cooperação no trabalho em equipe, postura pró-ativa, ou seja, não ficar restrito apenas às tarefas que lhe foram dadas, mas contribuir para o engrandecimento do trabalho, mesmo que ele seja temporário.

50 min

Passo 1 / Aula teórica

Nessa aula serão apresentados conceitos para que o jovem compreenda a importância da realização do trabalho pautado em referências éticas de conduta e postura profissional.

Sexta Aula

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36 Ajustagem e Produção Mecânica I

As oportunidades de trabalho surgem inesperadamente; deve-se estar atento e receptivo, procurando ser um pouco melhor a cada dia, seja qual for sua atividade profissional.

Porém, mesmo que não surja outro trabalho, nada foi perdido e deve-se ter a certeza de que assim a vida será mais feliz, gostando do que se faz, e continuar melhorando, aprendendo e experimentando alternativas.

São essas ações que garantem o que se chama de empregabilidade: a capacidade de ser um profissional que qualquer patrão gostaria de ter entre seus empregados, um colaborador.

Ser um profissional eticamente bom vai além de zelar pela empregabilidade. É também responsabilidade do trabalhador zelar pela segurança patrimonial e pelos bens pessoais, ou seja, os bens que lhe são atribuídos no âmbito do trabalho devem ser utilizados de forma correta, protegidos e cuidados, livrando-os do perigo, seja ele de roubo, acidente, incêndio, entre outros.

Nas empresas são adotados procedimentos, por meio de normas técnicas e contratação de efetivos com a finalidade de manter a operação da empresa, proteger seu patrimônio e garantir a segurança de pessoas ou da produção de uma empresa.

Educador, reproduza e distribua o quadro com o código de ética profissional para os jovens.

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Ajustagem e Produção Mecânica I 37

Código de ética profissional

O código apresenta a seguinte orientação:

• Julgue-se igual ao seu colega, independentemente de seu nível cultural ou profissional.

• Forneça sempre ajuda aos colegas.

• Saiba receber orientações de trabalho de colegas ou superiores.

• Troque idéias com os companheiros, sempre que houver necessidade.

• Mantenha o local de trabalho sempre em ordem e em condições de uso.

• Quando não souber fazer, não faça, peça ajuda.

• Informe aos colegas os riscos de acidentes do trabalho.

• Dê idéias para solucionar problemas de trabalho, não se preocupando se serão aceitas ou não.

• Transmita princípios morais no ambiente de trabalho.

• Ajude, opine, mas com discrição. Respeite as confidências dos colegas.

• Seja responsável e cumpra as suas obrigações.

• Faça crítica e concorde somente com crítica construtiva.

• Opine sempre educadamente quando algo estiver errado, sem medo de repreensão.

• Seja honesto com a fábrica, com os colegas, com os superiores e consigo mesmo.

• Mude de opinião quando perceber que está errado.

• Seja pontual nos horários de trabalho e compromissos.

• Respeite a opinião dos colegas.

• Faça sempre o trabalho certo.

• Atualize-se na sua profissão constantemente.

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38 Ajustagem e Produção Mecânica I

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Ajustagem e Produção Mecânica I 39

A partir das noções teóricas apresentadas, realizar uma visitação à empresa para que os jovens identifiquem as características gerais da indústria mecânica de manufatura e dos padrões de organização e segurança do trabalho nas áreas de produção e montagem.

É fundamental explicar o objetivo da visita e que as observações deverão ser usadas na montagem de um painel.

Os aspectos a serem observados serão preparados antecipadamente, e o educador deverá orientar os jovens para a formulação de questões que procurarão responder no decorrer da visita.

É possível que alguns dos itens não sejam facilmente identificados pelos jovens. Cabe ao educador organizar a visita, elaborando um roteiro que possibilite ao jovem um maior contato com ambientes cujas características acima citadas sejam evidentes. O acompanhamento do grupo por um especialista de cada setor possibilita respostas mais pertinentes aos questionamentos dos jovens, além de proporcionar maior segurança no ambiente produtivo.

O educador deverá orientar antecipadamente os jovens sobre a forma de elaboração do painel e solicitar que tragam os materiais necessários para a sua composição.

50 min

Passo 1 / Avaliação

Nessa aula será realizada a avaliação por meio de um painel que contemple os conteúdos abordados.

Oitava Aula

10 min

Passo 1 / Visita técnica

O objetivo dessa aula é possibilitar que os jovens verifiquem na prática como são organizados os postos de trabalho no processo produtivo.

Sétima Aula

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40 Ajustagem e Produção Mecânica I

Salientar também que o painel será objeto de avaliação deste capítulo.

O painel deverá evidenciar as características gerais da indústria mecânica de manufatura e dos padrões de organização e segurança do trabalho nas áreas de produção e montagem.

Os jovens deverão também relacionar e discutir dez procedimentos-posturas para trabalhar em área de produção-montagem.

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Ajustagem e Produção Mecânica I 41

Serão apresentados os objetivos da traçagem e da operação de serramento manual, sua finalidade nos processos de operações mecânicas de usinagem, os principais instrumentos, ferramentas e materiais utilizados para sua realização.

Reconhecer a importância da traçagem antecedendo as operações de usinagem;

Identificar os principais instrumentos utilizados nas operações de traçagem;

Selecionar os instrumentos de traçagem em função do rigor do traçado;

Identificar os materiais auxiliares para a operação de traçagem;

Compreender as etapas para a realização dos diversos tipos de traçados;

Compreender a importância da operação de serrar manualmente com etapa de pré-usinagem;

Identificar as ferramentas empregadas na operação de serrar;

Selecionar as lâminas de serra em função do material;

Aplicar procedimentos de segurança na operação de serrar manualmente.

2 Técnicas de Traçagem e Serramento Manual

Objetivos

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42 Ajustagem e Produção Mecânica I

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Ajustagem e Produção Mecânica I 43

Traçagem Muitas das peças que serão submetidas a processos de usinagem são antecedidas pela operação de traçagem, ou seja, o mecânico precisa realizar um traçado em uma ou mais faces da peça, para localizar, com precisão e rigor, rebaixos, ranhuras, furos, recortes, planos ou outras superfícies que definirão a geometria da peça, em conformidade com o desenho ou projeto.

Traçar é uma operação que requer boa interpretação de desenho e habilidade, porém facilmente adquiridas por meio de exercícios práticos. Para essa operação são utilizados diversos tipos de instrumentos.

Na operação de traçagem são empregados alguns instrumentos e materiais necessários à sua realização. São vários os instrumentos: desempeno, escala, graminho, riscador, régua de traçar, suta, compasso, esquadro, punção, martelo e calibrador -traçador de alturas.

Instrumentos para traçagem

Na operação de traçagem são empregados alguns instrumentos e materiais necessários à sua realização. São vários os instrumentos: desempeno, escala, graminho, riscador, régua de traçar, suta, compasso, esquadro, punção, martelo e calibrador-traçador de alturas.

Régua de traçar: É fabricada em aço-carbono, sem escala, com faces planas e paralelas e com uma das bordas biselada, para guiar o riscador.

40 min

Passo 1 / Aula teórica

Primeira Aula Nessa aula serão apresentados os objetivos da traçagem e sua finalidade nos processos de operações mecânicas de usinagem, bem como os principais instrumentos e materiais utilizados para sua realização.

Fig. 1 - Régua de traçar.

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44 Ajustagem e Produção Mecânica I

Riscador: Fabricado com aço-carbono, possui a ponta temperada ou em metal duro afilada com um ângulo de 15º. Os desempenos são fabricados em ferro fundido ou em granito com dimensões variáveis em função do porte das peças a traçar e controlar.

Calibrador-traçador de alturas: Instrumento de precisão utilizado na traçagem.

Para a realização de traçados de arcos e circunferências utilizamos o compasso com pontas secas.

Fig. 2 - Riscador.

Fig. 3 - Calibrador-traçador de alturas.

Fig. 4 - Compasso com pontas secas.

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Ajustagem e Produção Mecânica I 45

Ainda, auxiliando a traçagem, fazemos uso do esquadro e da suta.

Para a marcação de furos e de perfis de peças forjadas, utilizamos o martelo e o punção de bico.

Fig. 5 - Esquadro.

Fig. 6 - Suta.

Fig. 7 – Martelo.

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46 Ajustagem e Produção Mecânica I

Materiais auxiliares Os materiais ou peças pré-usinadas não garantem a nitidez no traçado. Assim, para melhor visualização do traçado, as superfícies das peças devem ser pintadas com soluções corantes, que variam em função da superfície do material e do controle do traçado.

A seguir apresentamos uma tabela com os corantes e sua aplicação.

Substância Composição Superfícies Traçado

Verniz Goma-laca, álcool, anilina Lisas ou polidas Rigoroso

Solução de alvaiade Alvaiade, água ou álcool Em bruto Sem rigor

Gesso diluído Gesso, água, cola comum de madeira, óleo de

linhaça, secante Em bruto Sem rigor

Gesso seco Gesso comum (giz) Em bruto Pouco rigoroso

Tinta Já preparada no comércio Lisas Rigoroso

Tinta negra especial Já preparada no comércio De metais claros Qualquer

Tabela 1

Educador, é necessário que tenha em mãos os instrumentos para demonstração e manuseio pelos jovens.

Fig. 8 – Punção de bico.

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Ajustagem e Produção Mecânica I 47

Traçar retas – Processo de execução 1 Pintar a face da peça com a tintura específica,

observando se a peça está livre de gorduras.

2 Marcar, com o auxilio de uma escala, os pontos de referência para o traçado das retas.

3 Trace com o riscador as retas, fazendo-as passar pelos pontos marcados.

4 Para a traçagem de retas perpendiculares, apoiar a base do esquadro na face de referência.

5 Para a traçagem de retas oblíquas deve-se utilizar a

suta.

Quando necessária a confirmação do traçado para melhor visualização e também na traçagem de peças de ferro fundido, os traços devem ser ponteados com punção de bico, conforme a figura abaixo.

Orientar os jovens no sentido de que os traços devem ser finos, nítidos e feitos de uma só vez, ou seja, sem voltar ou repassar o traçado.

50 min

Passo 1 / Aula teórica

Nessa aula serão apresentados os processos para traçagem.

Segunda Aula

Fig. 9

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48 Ajustagem e Produção Mecânica I

Quando se trata de traçados mais rigorosos essa operação deve ser realizada com o auxílio do calibrador-traçador de altura.

Traçar retas de maior precisão – Processo de execução

1 Pintar as faces que serão traçadas.

2 Posicionar a peça sobre o desempeno de traçagem, apoiando em uma face de referência.

3 Preparar o calibrador-traçador da seguinte maneira:

No caso de traçagem de chapas ou peças grandes, elas devem ser apoiadas em uma cantoneira, ou em dispositivos magnéticos apropriados para esse tipo de tarefa. Há casos em que, em função da geometria da peça, devemos fazer uso de calços e macacos especiais.

Fig. 10

Fig. 11

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Ajustagem e Produção Mecânica I 49

a) Soltar o parafuso de fixação do cursor e fazê-lo descer suavemente até que a ponta do riscador toque suavemente no desempeno.

b) Zerar o nônio tendo como referência o zero da escala fixa, movimentando a escala fixa e travando-a nessa posição.

c) Ajustar o traçador na dimensão desejada.

4 Posicionar o traçador para a realização do traçado.

5 Apoiar a peça, a partir da face de referência, sobre o desempeno.

6 Executar o traçado, movimentando suave, porém firmemente, o calibrador

Traçar arcos – Processo de execução

1 Pintar a face da peça com a tintura específica.

2 Marcar, com o auxilio de uma escala ou do traçador de alturas, os pontos de referência para o traçado dos arcos.

3 Puncionar levemente no centro do arco ao da circunferência para melhor apoio do compassso.

4 Traçar, com movimento único e vigoroso, o traçado do arco, girando o compasso num único sentido.

Fig. 12

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50 Ajustagem e Produção Mecânica I

Serrar manualmente Quando for preciso cortar materiais de grande volume em pedaços menores destinados ou como preparação à usinagem, a operação indicada é o serramento, utilizando a serra como ferramenta e podendo ser realizada manualmente ou com o auxílio de máquinas.

50 min

Passo 1 / Aula teórica

Nessa aula serão apresentados os objetivos da operação de serramento manual e sua finalidade nos processos de preparação para operações mecânicas de usinagem, bem como as principais ferramentas utilizadas para sua execução.

Terceira Aula

Fig. 13

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Ajustagem e Produção Mecânica I 51

Arco de serra Feito geralmente de aço-carbono, podendo ser inteiriço ou com mecanismo regulável para variados tamanhos de serra. Apresenta também dois suportes de fixação da serra: um fixo e outro móvel, sendo que o móvel é constituído por um pino, um esticador e uma borboleta esticadora.

Cabo Feito em madeira, plástico rígido ou de alumínio, com empunhadura adequada.

Lâmina de serra Feita de aço rápido ou aço-carbono temperado é estreita e fina, com dentes em uma das bordas. Deve ser usada com cuidado, pois se quebra facilmente ao sofrer esforços de dobramento ou torção.

Fig. 15

Fig. 14

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52 Ajustagem e Produção Mecânica I

A seguir serão apresentadas as características das lâminas de serra para operações manuais que devem ser observadas quando da seleção das lâminas.

Material das lâminas Aço rápido (rígidas e flexíveis) ou aço alto carbono (rígidas).

Número de dentes 14, 18, 24 e 32 por polegada.

Formato e dimensões Lâminas com 8, 10 ou 12" de comprimento por l/2" de largura.

Espessura do material Até 20mm (3/4") De 20mm a

40mm (de 3/4"a 1 1/2")

De 40mm a 90mm (de 1 1/2" a

3 1/2")

Acima de 90mm, acima de 3 1/2") Material

Número de dentes por polegadas

Golpes por

minuto

Aços ao níquel 14 10 6 4 70 a 85 Aços comuns Aços inoxidáveis Aços rápidos Aços tipos RCC

14 10 6 4 75 a 90

Perfilados tubos 14 - - - 75 a 90 Ferro fundido 14 10 6 4 90 a 115 Bronze/Cobre 14 10 6 4 95 a 135 Alumínio/Latão 14 10 6 4 100 a 140

Tabela 2 Para garantir a conservação das lâminas, alguns cuidados devem ser tomados tais como: ao se tensionar a lâmina de serra no arco, usar apenas as mãos e nunca apertar com ferramentas e evitar utilizar lâmina de serra com dentes quebrados.

Nessa aula serão apresentadas as etapas da operação de serramento manual e os cuidados para sua execução.

Quarta Aula

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Ajustagem e Produção Mecânica I 53

Serramento manual – Processo de execução 1 Marcar, por meio de traçagem, as dimensões no

material a ser cortado. 2 Fixar a peça na morsa ou apoiá-la firmemente em

local rígido. 3 Selecionar a lâmina de serra em função do material e

de sua espessura. 4 Fixar a lâmina no arco, observando o sentido dos

dentes de acordo com o avanço do corte.

Fig. 16 5 Serrar, mantendo o ritmo de aproximadamente 60

golpes por minuto e pressionando a serra somente durante o avanço, fazendo a serra retornar livremente sobre o material.

6 Usar todo o comprimento da serra, movimentando somente os braços e não jogando o corpo sobre a peça.

7 Ao aproximar-se do final da operação, diminuir a velocidade e a pressão sobre a serra, evitando acidentes e a quebra da lâmina.

50 min

Passo 1 / Aula teórico - demonstrativa

Fig. 17

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54 Ajustagem e Produção Mecânica I

Traçar retas no plano com régua e riscador 1 Selecionar o material a ser traçado, verificando a

inexistência de rebarbas e oleosidade no material.

2 Preparar: desempeno, escala, régua e riscador.

3 Pintar a área a ser traçada.

4 Marcar as dimensões com o uso da escala e traçar as retas com o auxílio da régua e do riscador.

Traçar retas no plano com esquadro, suta e riscador 1 Selecionar o material a ser traçado, verificando a

inexistência de rebarbas e oleosidade no material.

2 Preparar: desempeno, escala, esquadro, suta e

riscador.

Para essa operação é necessário que a peça possua um lado, de preferência já usinado, para servir de referência e apoio para o esquadro e a suta.

Observar a inclinação do riscador para garantir um traçado nítido e preciso.

50 min

Passo 1 / Aula teórico - demonstrativa

Nessa aula serão apresentadas as demonstrações dos procedimentos de traçagem de retas, com a utilização de régua, escala, riscador, esquadro, suta e compasso.

Quinta Aula

No caso de ser necessário serrar materiais muito compridos ou cortes profundos, existe em todos os modelos de arco de serra um dispositivo que permite girar a lâmina num ângulo de 90º.

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Ajustagem e Produção Mecânica I 55

3 Pintar a área a ser traçada. 4 Marcar as dimensões com o uso da escala e traçar as

retas perpendiculares e paralelas com o auxílio do esquadro e do riscador.

5 Marcar as dimensões com o uso da escala e traçar as retas oblíquas e paralelas com o auxílio da suta e do riscador.

Traçar arcos e circunferências no plano com compasso

1 Selecionar o material a ser traçado, verificando a inexistência de rebarbas e oleosidade no material.

2 Preparar: desempeno, escala, e compasso.

3 Pintar a área a ser traçada.

4 Obter o centro do arco ou circunferência por meio do cruzamento de retas paralelas conforme processos acima.

5 Puncionar levemente o centro do arco para apoiar uma das pontas do compasso.

6 Abrir o compasso na dimensão desejada com o auxílio da escala.

7 Traçar o arco ou circunferência, girando o compasso num único sentido, sem voltar e sem sobrepor o traçado.

Nessa aula serão apresentadas as demonstrações dos procedimentos de traçagem de retas, com a utilização de cailbrador traçador de alturas.

Sexta Aula

Educador, avalie o processo de execução, fazendo as correções e ajustes necessários, proporcionando uma recuperação imediata do jovem.

Observar a inclinação do riscador para garantir um traçado nítido e preciso.

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56 Ajustagem e Produção Mecânica I

Traçar retas no plano com calibrador-traçador de alturas 1 Selecionar o material a ser traçado, verificando a

inexistência de rebarbas e oleosidade no material.

2 Preparar: desempeno, calibrador-traçador e calço de

apoio.

3 Pintar a área a ser traçada.

4 Apoiar a peça a ser traçada no desempeno, pressionando-a contra o calço de apoio, garantindo o paralelismo no traçado.

1 Referenciar o riscador e zerar a escala travando-a por meio do parafuso da escala.

2 Selecionar a dimensão, regulando a precisão pela escala do nônio.

3 Efetuar o traçado, segurando a peça apoiada no calço, com um movimento firme e decisivo.

Para essa operação é necessário que a peça possua um lado, de preferência já usinado, para servir de referência e apoio no desempeno.

50 min

Passo 1 / Aula teórico - demonstrativa

Fig. 18

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Ajustagem e Produção Mecânica I 57

Serrar material metálico e material fino 1 Preparar o arco-de-serra, fixando a lâmina de serra e

verificando a tensão adequada da lâmina.

2 Preparar o material a ser serrado, traçando-o previamente e fixando-o na morsa e deixando longe o suficiente dos mordentes para proporcionar o serramento.

3 Executar o serramento, observando o traçado e

diminuindo a pressão e velocidade de corte ao aproximar-se do final.

No caso do serramento de materiais finos, como chapas de diferentes materiais, é necessário que seja montado um “sanduíche” com a chapa, tendo como materiais auxiliares dois calços de madeira. Assim o conjunto da chapa entre os calços é fixado na morsa, facilitando a operação de serramento, evitando vibrações indesejáveis, bem como empenamento e deformações na chapa.

O material fixado muito “fora” do mordente pode ocasionar vibrações indesejáveis no serramento.

50 min

Passo 1 / Aula teórica

Nessa aula serão apresentadas as demonstrações dos procedimentos das operações de serrar material e serrar material fino.

Sétima Aula

Educador, avalie o processo de execução, fazendo as correções e ajustes necessários, proporcionando uma recuperação imediata do jovem.

Observar que uma fina camada de óleo sob o calibrador-traçador facilita o deslizamento do mesmo sobre o desempeno.

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58 Ajustagem e Produção Mecânica I

Educador, não se esqueça de providenciar cópias da avaliação para todos os jovens e de agendar a data da realização, com antecedência, junto com os jovens.

Nessa aula será realizada a avaliação teórica referente aos processos de traçagem e serramento manual.

Oitava Aula

Educador, avalie o processo de execução, fazendo as correções e ajustes necessários, proporcionando uma recuperação imediata do jovem.

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Ajustagem e Produção Mecânica I 59

PROJETO ESCOLA FORMARE

CURSO: .........................................................................................................................

ÁREA DO CONHECIMENTO: Ajustagem e Produção Mecânica I

Nome .............................................................................................Data: ....../....../ ......

Avaliação Teórica 1

1 Qual a função da traçagem nos processos de fabricação mecânica?

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2 Associe a coluna A (traçados) com a coluna B (instrumentos). Coluna A Coluna B a) ( ) Traçagem de linhas paralelas b) ( ) Traçagem de arcos. c) ( ) Traçagem de linhas oblíquas. d) ( ) Traçagem de linhas perpendiculares

1 Compasso 2 Esquadro 3 Calibrador-traçador de alturas 4 Suta 5 Punção

3 Como deve ser o traçado?

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60 Ajustagem e Produção Mecânica I

4 Quando é recomendado o emprego da operação de serramento manual?

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5 Quais os fatores que influenciam na escolha da lâmina de serra?

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6 Quais são os cuidados necessários para um correto serramento manual?

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Ajustagem e Produção Mecânica I 61

As máquinas operatrizes, a automatização e a automação das técnicas de usinagem trouxeram a garantia de qualidade e produtividade nos processos de fabricação, porém, nem mesmo todo o avanço tecnológico foi suficiente para aposentar a velha lima dos processos de usinagem.

As operações manuais foram e continuam sendo necessárias na indústria mecânica. Sempre será preciso um ajuste mais especializado numa região ou detalhe da peça, ou máquina em que não é viável a utilização de um instrumento para realizá-lo, bem como as operações de esmerilhamento que visam ao desbaste de superfícies por meio da abrasão, principalmente nos processos de reafiação de ferramentas.

Assim, é necessário que o profissional conheça as tecnologias específicas aplicadas nesses processos e os detalhes da técnica para adquirir a habilidade indispensável para sua aplicação nas diversas circunstâncias do mundo da mecânica.

Reconhecer a importância do processo de limagem;

Identificar tipos de limas e os instrumentos utilizados para verificação de planeza, perpendicularidade e paralelismo de superfícies limadas;

Selecionar a lima mais adequada em função da operação a ser realizada;

Identificar tipos de esmerilhadoras, suas partes e sua aplicação;

Reconhecer as especificações de rebolos;

Compreender a importância dos procedimentos de segurança nas operações de esmerilhamento, bem como nos processos de preparação de máquinas e de rebolos.

Objetivos

3 Técnicas de Ajuste com Lima e Rebolo

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62 Ajustagem e Produção Mecânica I

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Ajustagem e Produção Mecânica I 63

Ajustagem com lima A utilização de máquinas-ferramentas nos processos de usinagem, tendo em vista a garantia da qualidade e os altos índices de produtividade na fabricação de peças, não substitui a necessidade do emprego de operações manuais em situações onde a máquina não pode ser usada. Uma dessas operações é a limagem, utilizada no ajuste de peças, na reparação de máquinas, para o ajuste de gabaritos, chapelonas, matrizes, guias e chavetas.

Trata-se de desbastar ou dar acabamento, por meio de uma ferramenta manual chamada lima. Nesse processo é possível produzir superfícies planas, côncavas e convexas com um determinado grau de exatidão, verificado e controlado por meio de réguas e dispositivos especiais de verificação.

Limas – Tipos e classificação Limas são ferramentas usadas para desbastar ou dar acabamento em peças de materiais metálicos e não metálicos, podendo ser operadas manualmente ou por máquinas limadoras.

Elas podem ser classificadas em três grandes grupos: abrasivas, diamantadas e metálicas.

As limas metálicas são as mais comuns, utilizadas em larga escala na indústria mecânica. São fabricadas com aço-carbono temperado e suas faces apresentam dentes cortantes chamados de picado.

50 min

Passo 1 / Aula teórica

Nessa aula será apresentada a importância da ajustagem mecânica por meio do processo de limagem, os tipos de limas, suas características e classificação, bem como os instrumentos de verificação e controle empregados no processo de limagem.

Primeira Aula

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64 Ajustagem e Produção Mecânica I

As limas abrasivas são fabricadas com grãos abrasivos de óxido de alumínio ou de carbeto de silício.

São utilizadas para trabalhar materiais metálicos como o ferro, o bronze, o alumínio, o latão, entre outros e, materiais não metálicos, como o mármore, o vidro e a borracha.

Geralmente são produzidas em grãos de tamanho fino, médio ou grosso. Seu comprimento varia entre 100 e 150 mm e o formato entre quadrado, triangular, redondo e meia-cana.

Limas diamantadas são utilizadas para trabalhar metal duro, pedra, vidro, materiais cerâmicos e aços tratados termicamente. Possuem o corpo recoberto com diamante

Fig. 1

Fig. 2

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Ajustagem e Produção Mecânica I 65

sintético, um material duríssimo, fixado por meio de aglutinantes.

As limas são usadas, na maioria das vezes, manualmente e, nesse caso, apresentam um cabo que pode ser de madeira ou outro material. A seguir, o exemplo de uma lima e o nome das partes que a constituem.

Fig. 4 A lima pode ser classificada por várias características. Essas informações estão resumidas no quadro a seguir:

Classificação Tipo Aplicações

Superfícies planas Superfícies planas internas em ângulo reto ou obtuso

Superfícies planas em ângulo reto, rasgos internos e externos

Quanto ao formato

Superfícies côncavas, pequenos raios

Fig. 3

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66 Ajustagem e Produção Mecânica I

Superfícies côncavas e planas

Superfícies em ângulo agudo maior que 60º

Superfícies em ângulo agudo menor que 60º

Materiais metálicos não ferrosos (alumínio, chumbo) Quanto à inclinação do

picado

Materiais metálicos ferrosos (aços, ferro fundido)

Desbaste (mais que 0,2 mm) Quanto à quantidade ou

espaçamento dos dentes

Acabamento (menos que 0,2mm)

Quanto ao comprimento Entre 4 e 12 polegadas (100 a 300 mm)

Variável, dependendo do tamanho da superfície a ser limada

Tabela 1

Limas especiais

Limas agulhas são fabricadas totalmente em aço, são pequenas e usadas em trabalhos especiais como a limagem de furos de pequeno diâmetro, ranhuras, detalhes e acabamentos de cantos vivos, bem como em outras superfícies que requerem rigorosa exatidão.

Elas apresentam a mesma classificação das limas comuns quanto ao picado e ao formato.

Educador, tenha disponível algumas limas de diferentes formatos picados e vários tamanhos para demonstrar aos jovens e para que eles possam manuseá-las.

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Ajustagem e Produção Mecânica I 67

Fig. 5 Limas rotativas ou limas fresas são aquelas utilizadas em operações de ajustagem, rebarbamento e polimento, muito freqüentes em ferramentarias e matrizarias de indústrias que fabricam moldes com cavidades e superfícies irregulares. Os dentes cortantes dessas ferramentas são semelhantes aos das limas comuns.

Funcionam acopladas a um eixo flexível e são acionadas por um pequeno motor elétrico ou pneumático. A seguir, alguns formatos dessas limas:

Instrumentos de verificação e controle

São utilizados vários instrumentos para a verificação e controle das superfícies limadas. Para a verificação da planeza são usados a régua de controle e o relógio comparador; para controlar a perpendicularidade entre as

Fig. 6

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68 Ajustagem e Produção Mecânica I

superfícies são usados os esquadros, e para o controle do paralelismo utiliza-se do paquímetro ou do micrômetro, dependendo do grau de precisão.

As réguas de verificação são instrumentos confeccionados geralmente em ferro fundido ou aço-carbono temperado e retificado, proporcionando um fio lapidado que lhe garante a retitude necessária para o controle de outras peças. Essa verificação consiste em comparar a retitude da régua com a planeza obtida no limado, observando-se a passagem da luz entre a régua e a peça, sendo que, nesse caso, a régua deve ser maior do que a superfície a ser verificada.

A seguir, um exemplo de régua de controle:

No caso de peças com dimensões mais rigorosas é necessário o uso do relógio comparador.

Fig. 7

Fig. 8

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Ajustagem e Produção Mecânica I 69

Para o controle da perpendicularidade das superfícies limadas são utilizados esquadros, instrumentos de verificação em forma de ângulo reto, 90º, construídos de aço-carbono retificado, temperado, e com as superfícies de trabalho e fios lapidados.

A verificação é semelhante ao uso da régua de controle, consistindo em comparar a perpendicularidade do esquadro com a perpendicularidade obtida na peça, observando a passagem de luz entre o esquadro e a peça, assim é necessário que o comprimento da lâmina do esquadro seja maior que a superfície sob verificação.

Para o controle do paralelismo é utilizado, normalmente, o paquímetro, porém, no caso de peças com dimensões mais rigorosas é necessário o uso do micrômetro e do relógio comparador.

Figs. 10 e 11

Educador, tenha disponíveis esses instrumentos para demonstrar aos jovens e para que eles possam manuseá-los.

Fig. 9

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70 Ajustagem e Produção Mecânica I

Esmerilhadoras – Tipos e nomenclatura Essas máquinas, também chamadas de moto esmeril ou esmerilhadeiras, são utilizadas para esmerilhar materiais, geralmente na afiação de ferramentas.

Suas partes são: um motor elétrico com um eixo, em cujas extremidades são fixados dois rebolos: um para desbaste e o outro para acabamento das ferramentas.

Normalmente, as esmerilhadoras se apresentam em dois modelos: de pedestal e de bancada.

Esmerilhadora de pedestal Utilizada em desbaste comum, normalmente em peças de maior porte, na preparação de gumes de ferramentas. A potência do motor elétrico varia de 735,5W ou 1cv (cavalo-vapor) até 2.942W ou 4cv. Sua rotação vai de 1.450 rpm a 1.750 rpm.

É composta por: pedestal, motor elétrico, proteção do rebolo, protetor visual e caixa para resfriamento.

O pedestal é de ferro fundido cinzento e serve de apoio para o motor elétrico que faz girar os dois rebolos, que são montados em cada uma das extremidades de seu eixo. A proteção do rebolo, também de ferro fundido, recolhe as fagulhas e pedaços do rebolo no caso de quebra. Há também um apoio para o material a ser esmerilhado. Possui regulagem linear e angular.

Importante! Manter uma folga de 1 a 2 mm, pois à medida que o rebolo diminui, é necessário manter essa regulagem, evitando a introdução de peças entre o rebolo e o apoio.

Existe ainda o protetor visual, feito de vidro para proteger o operador contra as fagulhas, e a caixa de resfriamento para esfriar o material que está sendo esmerilhado.

50 min

Passo 1 / Aula teórica

Nessa aula serão estudados os tipos de esmerilhadoras, sua classificação, aplicação, a definição de rebolo e a forma de especificação.

Segunda Aula

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Ajustagem e Produção Mecânica I 71

Esmerilhadora de bancada Fabricada para ser fixada na bancada, tem seu motor variando entre 183,87W ou 1/4cv até 367,75W ou 1/2cv de potência. A rotação também pode variar entre 1.450 a 2.800 rpm. Por ser menos robusta, é utilizada para dar acabamento e afiar a área de corte de ferramentas.

Rebolos – Definição e especificação Rebolo é uma ferramenta abrasiva, formada por grãos abrasivos e ligados por um aglutinante ou liga. Possui

É desejável que, para esse momento, o educador leve os jovens até a oficina e faça uma apresentação rápida dos dois modelos de esmerilhadoras.

Fig. 12

Fig. 13

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72 Ajustagem e Produção Mecânica I

formas e dimensões definidas e trabalha montado ao eixo da máquina.

É utilizado em máquinas retificadoras e esmerilhadoras, em trabalhos de corte, desbaste, retificação, acabamento e afiação. Uma de suas principais vantagens é a característica de ser auto-afiável.

Especificação do rebolo1 As especificações dos rebolos são descritas abaixo:

Abrasivos – Codificação dos tipos usados nos rebolos

A Óxido de alumínio comum

AA Óxido de alumínio branco

DA Óxido de alumínio combinado

GA Óxido de alumínio intermediário

C Carboneto de silício cinza

GC Carboneto de silício verde

RC Carboneto de silício combinado

D Diamante

Granulação – Classe e código numérico para a granulação dos rebolos

Grosso Médio Fino Ultrafino

8 30 70 220

10 36 80 240

12 46 90 280

14 54 100 320

16 60 120 400

20 150 500

24 180 600 Tabela 2

Dureza – Classe e código para a dureza dos rebolos

1Resposta Técnica produzida pelo Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas/SBRT -http://www.sbrt.ibict.br e elaborada pelo SENAI-RS, retirado da Internet: http://sbrt.ibict.br/upload/sbrt3102.pdf?PHPSESSID=651c58ce0b7af73d0b48701bc2a7f6d5, em 12/05/2007

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Ajustagem e Produção Mecânica I 73

Muito mole E – F - G

Mole H – I – J

Média K - L – M – N – O

Dura P – Q – R

Muito dura S – T – U – V

Extra dura W – X – Y - Z Tabela 3

Estrutura – Classe e código numérico da estrutura dos rebolos

Fechada 1 – 2 – 3 - 4 Média 5 – 6 – 7 Aberta 8 – 9 – 10 Muito aberta 11 - 12

Tabela 4

Aglomerante – Código e tipos de aglomerantes dos rebolos

V Vitrificado S Silicato B Resinóide R Borracha M Metálico

Tabela 5

Exemplo de especificação de rebolo conforme dados acima para aço ao carbono Rebolo A36 K6V A – Abrasivo óxido de alumínio 36 – Granulação média K – Dureza média 6 – Estrutura média V – Aglomerante vitrificado

Educador, nesse momento, tenha disponível pelo menos um rebolo com rótulo para demonstrar aos jovens e para que eles possam manuseá-lo.

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74 Ajustagem e Produção Mecânica I

Segurança do Operador Muitos acidentes acontecem na operação de esmerilhar devido ao fato de não serem observados alguns fatores importantes pelo operador, pois, quando tomados os devidos cuidados, a operação de remoção de material por esmerilhamento ou retificação é uma das mais seguras.

Recomendações:

• Escolher o rebolo apropriado para cada tipo de trabalho.

• Não esmerilhar alumínio, latão, cobre ou chumbo, borracha, madeira, PVC, plástico ou outros semelhantes com rebolo impróprio ao aço, ferramental ou ferro, pois tais materiais penetram e se fixam na superfície dos rebolos, provocando superaquecimento por falta de ventilação natural, o que pode ocasionar a explosão do rebolo.

• Inspecionar cuidadosamente o rebolo requisitado, certificando-se de que ele está em perfeitas condições.

• Não instalar ou utilizar rebolo rachado, trincado, defeituoso, mal centrado, com orifícios demasiadamente justos ao eixo da máquina ou com falta de forro entre as flanges e o rebolo, e entre o eixo e o rebolo.

• Não instalar rebolo cujo número de rotações por minuto ultrapasse as indicadas pelo fabricante no rótulo, pois ele pode explodir caso seja ultrapassada a velocidade superior à indicada.

• Verificar se a velocidade da máquina não está superior à velocidade indicada no rótulo do rebolo, pois o número de rotações somente é válido para o diâmetro indicado.

50 min

Passo 1 / Aula teórica

Nessa terceira aula serão apresentados os cuidados e procedimentos para garantir a segurança do operador, desde a montagem do rebolo até a operação na esmerilhadora.

Terceira Aula

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Ajustagem e Produção Mecânica I 75

• Quando o rebolo estiver desgastado, aumentar a velocidade para produção com a mesma eficiência inicial, respeitando as indicações do fabricante.

• Antes de instalar o rebolo na máquina, verificar se o aparelho está seco e limpo e fazer o teste do som:

a) Para rebolos leves e pequenos, suspendê-los pelo furo com o próprio dedo ou pino, e aplicar uma leve pancada com o cabo de uma chave de fenda ou pequeno martelo de madeira; se o som obtido for bem claro, embora possa ser muito baixo, o rebolo estará em boas condições; se o som for seco ou surdo, o rebolo deverá ser rejeitado.

b) Os rebolos com liga orgânica de resinóide não produzem som muito claro.

c) Para os rebolos grandes e pesados, colocá-los no chão limpo e duro.

• Instalar o rebolo corretamente e em máquina em boas condições, apertando igualmente as porcas das flanges, para evitar quebras; nunca instalar em máquinas com construção deficiente, com eixo e mancais fracos e defeituosos, ou com fundação fraca, transmitindo vibrações.

• Utilizar flanges apropriadas para a instalação, nunca flanges desiguais e não escavadas (rebaixadas ou com diâmetro inferior à metade do rebolo).

• Após a instalação do rebolo, colocar todas as proteções da máquina e fazê-lo girar pelo tempo aproximado de dez minutos, tomando o cuidado para que a área esteja livre de pessoas.

• Utilizar óculos de proteção ou protetor facial, independentemente da existência de dispositivos de proteção adaptados à própria máquina; nunca usar luvas quando estiver operando o esmeril.

Fig. 14

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76 Ajustagem e Produção Mecânica I

• Verificar se o descanso ou guia da ferramenta está ajustado de modo a não exceder de 1/8 do rebolo e nunca tentar esmerilhar se o vão entre o descanso e o rebolo for muito aberto.

• Não ajustar o descanso ou guia com o rebolo em movimento e não colocá-los abaixo da linha de centro do rebolo.

• Certificar se não há aquecimento excessivo dos mancais da máquina, pois a transmissão e de calor demasiado ao eixo resulta em dilatação.

• Deixar o rebolo atingir a velocidade máxima antes de aplicá-lo à peça a ser esmerilhada, fazendo-o girar pelo tempo aproximado de um minuto; permanecer ao lado do rebolo para observar seu funcionamento, bem como durante o esmerilhamento.

• Não colocar repentinamente contra o rebolo frio a peça a ser esmerilhada e não usar pressão excessiva, devendo aplicá-la gradativamente para que o rebolo receba um aquecimento uniforme desde a superfície esmerilhada até o interior, conservando uma pressão moderada e constante.

• Esmerilhar a peça por igual, movendo-a por toda a superfície do rebolo.

• Não utilizar as partes laterais do rebolo chato para esmerilhar, evitando trincas nele e riscos de acidentes com as mãos.

• Não aplicar golpes ou pancadas contra o rebolo,

devendo ser manuseado com cuidado, procurando evitar quedas.

Fig. 15

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Ajustagem e Produção Mecânica I 77

• Retificar o rebolo liso (vidrado), utilizando o bastão abrasivo, para restaurar a superfície à sua condição original, eliminando partículas metálicas que possam ter se alojado no material; para melhorar a ação cortante, reduzir o calor gerado e eliminar deformações.

Limar superfícies planas – Processo de execução 1 Prender a peça na morsa, de modo que a superfície a

ser limada fique na horizontal e acima da linha do mordente. Quando se trata de peças com partes já acabadas é necessária a utilização de mordentes de proteção.

50 min

Passo 1 / Aula teórica

Nessa aula será apresentado o processo de execução para limar superfícies planas e como controlá-las por meio de instrumento de verificação.

Quarta Aula

Fig. 16

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78 Ajustagem e Produção Mecânica I

2 Segurar a lima conforme a ilustração, verificando se o

seu cabo está bem preso.

3 Apoiar a lima sobre a peça, observando a posição dos

pés para ter maior firmeza e equilíbrio durante a operação de limar.

Não se esqueça de verificar a altura recomendada da morsa, adequando-a com um estrado, calço de madeira ou dispositivos para regulagem de altura.

Fig. 17

Fig. 18

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Ajustagem e Produção Mecânica I 79

4 Iniciar a operação de limar, movimentando a lima para

frente, fazendo pressão com ela sobre a peça somente na ida, ou seja, para frente. A lima deve retornar deslizando livremente sobre a superfície da peça. Deve-se treinar o limado de modo transversal e oblíquo e comparar os resultados.

Importante: Limpar os cavacos que ficam presos ao picado da lima com uma escova, evitando assim provocar riscos na superfície limada.

Fig. 19

Figs. 20 e 21

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80 Ajustagem e Produção Mecânica I

5 Continuar com o processo, cobrindo toda a superfície da peça, usando todo o comprimento da lima e com um ritmo do limado que varie entre 50 e 60 golpes por minuto.

Limar superfícies paralelas e perpendicu-lares – Processo de execução 1 A partir de uma face limada, traçar o contorno da

peça com o calibrador traçador para obter uma linha de referência.

2 Limar o material em excesso, observando a linha de referência.

3 Verificar o paralelismo e a dimensão, usando o paquímetro ou, no caso de dimensões mais rigorosas, utilizar o micrômetro ou o relógio comparador.

50 min

Passo 1 / Aula teórica

Nessa aula será apresentado o processo de execução para limar superfícies paralelas e perpendiculares, ou seja, em ângulo reto (90º) e como controlá-las por meio de instrumentos de verificação, tais como a régua de controle e o esquadro.

Quinta Aula

Importante: Verificar constantemente a planeza da superfície com a régua de controle, observando a passagem de luz, que deve diminuir progressivamen-te, tendendo a anular-se.

Retirar constantemente as rebarbas que se formam nas bordas da superfície limada, evitando o risco de se cortar

Educador, avalie o processo de execução, fazendo as correções e ajustes necessários, proporcionando uma recuperação imediata ao jovem.

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Ajustagem e Produção Mecânica I 81

Limar superfícies perpendiculares – Processo de execução 1 Para obter dois lados perpendiculares, ou seja, com

ângulo de 90º entre si, é necessário prender a peça à morsa e limar uma das bordas para obter um lado de referência, verificando sua planeza.

2 Em seguida, pintar as faces que serão traçadas, para obter um referencial para a limagem

3 Traçar o ângulo reto com auxílio do esquadro ou do traçador de alturas, utilizando o lado de referência para apoiar o esquadro ou como apoio no desempeno, no caso da utilização do traçador de alturas.

50 min

Passo 1 / Aula teórica

Nessa aula será apresentado o processo de execução para limar superfícies perpendiculares, ou seja, em ângulo reto (90º) e como controlá-las por meio de instrumento de verificação, como o esquadro.

Sexta Aula

Educador, avalie o processo de execução, fazendo as correções e ajustes necessários, proporcionando uma recuperação imediata ao jovem.

Fig. 22

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82 Ajustagem e Produção Mecânica I

Fig. 23

4 Agora, com a linha de referência traçada, limar até

próximo ao traçado, verificando constantemente a planeza da superfície limada com o uso da régua de controle e a perpendicularidade com a face de referência com o uso do esquadro.

Esmerilhar superfícies planas e em ângulo – Processo de execução 1 Segurar firmemente o material a ser esmerilhado,

inclinando-o para obter o ângulo desejado.

50 min

Passo 1 / Aula teórica

Nessa aula será apresentado o processo de execução do esmerilhamento de superfícies planas e como controlá-las por meio de instrumento de verificação.

Sétima Aula

Caso haja muito material a ser limado é necessário que ele seja cortado com serra ou esmeril antes da limagem.

Educador, avalie o processo de execução, fazendo as correções e ajustes necessários, proporcionando uma recuperação imediata ao jovem.

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Ajustagem e Produção Mecânica I 83

2 Pressionar progressivamente o material ou a

ferramenta em relação rebolo, movimentando-o em relação à face de trabalho do rebolo, a fim de que este possa ter um desgaste uniforme.

3 Controlar o ângulo obtido no esmerilhamento com um

goniômetro ou com um verificador fixo, olhando contra a luz.

Figs. 24 e 25 4 Dar acabamento às arestas esmerilhadas com o uso

de uma lima abrasiva.

Importante: Selecione o rebolo com composição adequada para o tipo de material a ser esmerilhado.

Lembre-se de usar sempre óculos de proteção nos processos de esmerilhamento, bem como verificar se o apoio da ferramenta encontra-se a aproximada-mente 2 mm do rebolo.

O ângulo no esmerilhamento é obtido observando a posição do material em relação à face de trabalho do rebolo.

Materiais como o aço rápido ou o metal duro, que constituem a maioria das ferramentas de usinagem, devem ser afiados a seco ou com refrigeração constante, pois podem aparecer trincas produzidas pelas tensões ocasionadas pelo aquecimento e resfriamento bruscos.

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84 Ajustagem e Produção Mecânica I

Educador, não se esqueça de providenciar cópias da avaliação para todos os jovens e de agendar junto com eles a data da realização, com antecedência.

Nessa aula será realizada a avaliação teórica referente aos conteúdos dos processos de limagem e esmerilhamento.

Oitava Aula

Educador, avalie o processo de execução fazendo as correções e ajustes necessários, proporcionando uma recuperação imediata ao jovem.

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Ajustagem e Produção Mecânica I 85

PROJETO ESCOLA FORMARE

CURSO: .........................................................................................................................

ÁREA DO CONHECIMENTO: Ajustagem e Produção Mecânica I

Nome .............................................................................................Data: ....../....../ ......

Avaliação Teórica 2 1 Por que os processos de usinagem em máquinas operatrizes não substituem

definitivamente a operação de limagem?

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....................................................................................................................................

....................................................................................................................................

....................................................................................................................................

....................................................................................................................................

2 Associe a coluna A (tipo de lima) com a coluna B (aplicação).

Coluna A Coluna B

a. ( ) Lima bastarda b. ( ) Lima murça c. ( ) Lima meia-cana d. ( ) Lima chata e. ( ) Lima com picado simples f. ( ) Lima com picado cruzado

1. Superfícies côncavas e planas 2. Para materiais metálicos e não ferrosos:

Exemplo: alumínio 3. Acabamento de superfícies 4. Para materiais metálicos ferrosos:

Exemplo: aço 5. Desbaste de superfícies 6. Superfícies planas

3 Qual a velocidade média que deve ser empregada na operação de limar?

a) ( ) de 30 a 40 golpes por minuto

b) ( ) de 50 e 60 golpes por minuto

c) ( ) de 80 e 100 golpes por minuto

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86 Ajustagem e Produção Mecânica I

4 Associe a coluna A (operação) com a coluna B (verificação e controle da superfície).

Coluna A Coluna B

a) ( ) Limar superfície plana b) ( ) Limar superfícies planas paralelas c) ( ) Limar superfícies planas com

ângulo reto entre si d) ( ) Limar superfícies planas paralelas

de maior precisão

1. Verifica-se com esquadro 2. Controlada por meio de réguas de

verificação e controle. 3. Controlada por meio de micrômetro 4. Controla-se por meio de paquímetro

5 Quais os tipos de esmerilhadoras mais utilizadas na indústria mecânica?

....................................................................................................................................

....................................................................................................................................

....................................................................................................................................

....................................................................................................................................

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6 Em quais operações devemos usar a lateral do rebolo?

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7 Cite três aspectos de segurança que devem ser empregados na operação com esmerilhadoras.

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Ajustagem e Produção Mecânica I 87

A indústria mecânica tem evoluído muito com o desenvolvimento tecnológico. Máquinas automatizadas, controladas por computador, processos simplificados, garantem maior produtividade e padrões de qualidade.

Porém, com toda essa evolução, as operações manuais têm sua importância garantida nos processos de fabricação.

Tanto a operação de furar como o rosqueamento manual, tidas como operações de usinagem, são de suma importância para o mecânico.

Reconhecer a importância das normas de segurança e EPI, nas operações com furadeiras rpm e brocas;

Conhecer diversas operações e etapas da usinagem em furadeira;

Aplicar o conhecimento de abrir roscas, interna e externamente.

Objetivos

4 Operações com Furadeira e Rosqueamento Manual

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88 Ajustagem e Produção Mecânica I

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Ajustagem e Produção Mecânica I 89

Procedimentos de segurança – Prevenção de acidentes Nas operações de usinagem nas furadeiras os acidentes são, em geral, causados por falta de conceitos operacionais . Esse fato se deve a várias causas: parâmetros de rpm errados, brocas em mau estado de conservação e com afiação ruim, afiação errada em relação ao material a ser usinado, utilização dos fluidos de corte errados ou até mesmo ausência deles e do uso dos EPIs.

Por isso são necessárias as seguintes medidas preventivas: antes de qualquer operação, respeitar os conceitos básicos e o uso dos EPIs.

EPIs – Equipamentos de Proteção Individual

50 min

Passo 1 / Aula teórica

Nessa aula serão apresentados os procedimentos de segurança nas operações em furadeira, os EPIs – Equipamentos de Proteção Individual, e os tipos, características e acessórios de furadeiras.

Primeira Aula

Fig. 1 – Equipamento de proteção.

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90 Ajustagem e Produção Mecânica I

Para prevenir ferimentos, o operador deve observar os seguintes procedimentos:

• Usar óculos de proteção.

• Ter a certeza de a broca estar apertada no mandril, ao iniciar a rotação.

• Utilizar sempre a rpm ideal em função do material a ser usinado.

• Utilizar o fluido de corte recomendado, no caso de usinagem.

1 Furadeira portátil – É usada em montagens, na execução de furos de fixação de pinos, cavilhas e parafusos em peças muito grandes como turbinas, carrocerias, etc., quando há necessidade de trabalhar no próprio local devido ao difícil acesso de uma furadeira maior. É usada também em serviços de manutenção para extração de elementos de máquina (como parafusos, prisioneiros). Pode ser elétrica e também pneumática.

2 Furadeira de coluna – É chamada de

furadeira de coluna porque seu suporte principal é uma coluna na qual estão montados o sistema de transmissão de movimento, a mesa e a base. A coluna permite deslocar e girar o sistema de transmissão e a mesa, segundo o tamanho das peças.

Tabela 1 – Tipos de furadeiras.

Tipos de furadeiras de coluna a) De bancada (também chamada de sensitiva, porque

o avanço da ferramenta é dado pela força do operador) – Por ter motores de pequena potência, é empregada para fazer furos pequenos (1 a 12 mm). A transmissão de movimentos é feita por meio de sistema de polias e correias.

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Ajustagem e Produção Mecânica I 91

b) De piso – Geralmente usada para a furação de peças grandes com diâmetros maiores do que os das furadeiras de bancada. Possui mesa giratória que permite maior aproveitamento em peças de formatos irregulares. Possui, também, mecanismo para avanço automático do eixo-árvore. Normalmente a transmissão de movimentos é feita por engrenagens.

Figs. 2 e 3 – Furadeira de Piso e furadeira de bancada.

Acessórios das furadeiras Para efetuar as operações, as furadeiras precisam ter acessórios que ajudem a prender a ferramenta ou a peça, por exemplo.

Os principais acessórios das furadeiras são:

1 Mandril – Esse acessório tem a função de prender as ferramentas, com haste cilíndrica paralela. Para ser fixado na furadeira, ele é produzido com rosca ou cone. Para a fixação da ferramenta, o aperto pode ser feito por meio de chaves de aperto. Existem também modelos de aperto rápido para trabalhos de precisão realizados com brocas de pequeno diâmetro. Seu uso é limitado pela medida máxima do diâmetro da ferramenta. O menor mandril é usado para ferramentas com diâmetros entre 0,5 e 4 mm e o maior, para ferramentas de 5 a 26 mm.

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92 Ajustagem e Produção Mecânica I

2 Buchas cônicas – São elementos que servem para

fixar o mandril ou a broca diretamente no eixo da máquina. Suas dimensões são normalizadas tanto para cones externos (machos) como para cones internos (fêmeas). Quando o cone interno (eixo ou árvore da máquina) for maior que o cone externo (da broca) são usadas buchas cônicas de redução. O sistema de cone Morse é o mais usado em máquinas-ferramenta e é padronizado com uma numeração de 0 a 6.

3 Cone Morse – Na máquina-ferramenta é a medida padronizada da conicidade do alojamento de brocas, dos alargadores em furadeiras fresadoras e das pontas de torno.

Fig. 5

4 Cunha ou saca-mandril/bucha – É um instrumento de aço em forma de cunha usado para extrair as ferramentas dos furos cônicos do eixo porta-ferramenta.

Fig. 4 - Mandril

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Ajustagem e Produção Mecânica I 93

Para um ajuste correto da ferramenta, antes de efetuar a montagem das brocas, mandris, buchas, rebaixadores, escareadores deve-se fazer a limpeza dos cones, retirando qualquer traço de sujeira.

Velocidade de corte De certa forma, o corte dos materiais para construção mecânica se parece com o corte de uma fatia de pão. Para cortar o pão, a faca é movimentada para frente e para trás, e a cada “passada” penetra um pouco mais no pão até, finalmente, cortá-lo.

Na usinagem, o metal (ou outro material) é cortado mais ou menos do mesmo modo. Dependendo da operação, a superfície da peça pode ser deslocada em relação à ferramenta, ou a ferramenta é deslocada em relação à superfície da peça. Em ambos os casos, tem-se como resultado o corte, ou desbaste do material. Para obter o máximo rendimento nessa operação, é necessário que tanto a ferramenta quanto a peça desenvolvam velocidade de corte adequada.

50 min

Passo 1 / Aula teórica

Nessa segunda aula serão apresentadas as noções de velocidade de corte e o cálculo de RPM – Rotações por Minuto, bem como os tipos de afiação de brocas.

Segunda Aula

Fig. 6

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94 Ajustagem e Produção Mecânica I

Velocidade de corte é o espaço que a ferramenta percorre, cortando um material dentro de um determinado tempo. Uma série de fatores influencia a velocidade de corte:

• Tipo de material da ferramenta.

• Tipo de material a ser usinado.

• Tipo de operação que será realizada.

• Condições de refrigeração.

• Condições da máquina, etc.

Quando o trabalho de usinagem é iniciado, é preciso ajustar a rpm (número de rotações por minuto). Isso é feito tendo como dado básico a velocidade de corte.

Para calcular o número de rpm de uma máquina, emprega-se a fórmula:

rpm vcd

=⋅ 1000. π

A escolha de velocidade de corte correta é importantíssima tanto para a obtenção de bons resultados de usinagem quanto para a manutenção da vida útil da ferramenta e para o grau de acabamento.

Afiação de brocas

Tipos de afiação Da mesma forma como os ângulos da broca estão relacionados ao tipo de material a ser furado, os tipos de broca são também escolhidos segundo esse critério. O quadro a seguir mostra a relação entre esses ângulos, o tipo de broca e o material.

Ângulo da broca Classificação quanto ao ângulo de hélice

Ângulo da ponta (σ)

Aplicação

Tipo H – Para materiais duros, tenazes e/ou que produzem cavaco curto (descontínuo)

80°

118°

140°

Materiais prensados, ebonite, náilon, PVC, mármore, granito. Ferro fundido duro, latão, bronze, celeron, baquelite Aço de alta liga

Fórmula rpm = Vc . 318 simplificada d

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Ajustagem e Produção Mecânica I 95

Tipo N – Para materiais de tenacidade e dureza normais

130°

118°

Aço alto carbono Aço macio, ferro fundido, latão e níquel

Tipo W – Para materiais macios e/ou que produzem cavaco longo

130° Alumínio, zinco, cobre, madeira, plástico

Tabela 2

Quando uma broca comum não proporciona um rendimento satisfatório em um trabalho específico e a quantidade de furos não justifica a compra de uma broca especial, podem-se fazer algumas modificações nas brocas do tipo N e obter os mesmos resultados.

É possível, por exemplo, modificar o ângulo da ponta, tornando-o mais obtuso. Isso proporciona bons resultados na furação de materiais duros, como aços de alto carbono.

Para a usinagem de chapas finas são freqüentes duas dificuldades: a primeira é que os furos obtidos não são redondos; a segunda é que a parte final do furo na chapa apresenta-se com muitas rebarbas. A forma de evitar esses problemas é afiar a broca de modo que o ângulo de ponta fique muito mais obtuso.

Fig. 7

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96 Ajustagem e Produção Mecânica I

Para a usinagem de ferro fundido, primeiramente afia-se a broca com um ângulo normal de 118º. Posteriormente, a parte externa da aresta principal de corte, medindo 1/3 do comprimento total dessa aresta, é afiada com 90º.

Fixação de peças para execução do processo O uso de furadeiras permite a realização de várias operações que se diferenciam pelo resultado que se quer obter e pelo tipo de ferramenta usado. Essas operações são: Furar – Com o uso de uma broca; produz um furo cilíndrico.

50 min

Passo 1 / Aula teórica

Nessa terceira aula serão apresentadas as principais operações de usinagem executadas em furadeiras.

Terceira Aula

Fig. 8

Fig. 9

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Ajustagem e Produção Mecânica I 97

Escarear furo – Consiste em tornar cônica a extremidade de um furo previamente feito, utilizando um escareador. O escareado permite que sejam alojados elementos de união tais como parafusos e rebites cujas cabeças têm formato cônico.

Rebaixar furos – Consiste em aumentar o diâmetro de um furo até uma profundidade determinada. O rebaixo destina-se a alojar cabeças de parafusos, rebites, porcas,

Fig. 10

Fig. 11

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98 Ajustagem e Produção Mecânica I

buchas. Com esse rebaixo, elas ficam embutidas, apresentando melhor aspecto e evitando o perigo de acidentes com as partes salientes. Como a guia do rebaixador é responsável pela centralização do rebaixo, é importante verificar seu diâmetro de modo que o diâmetro da broca que faz o furo inicial seja igual ao da guia.

Alargar, manualmente, furo com alargador cilíndrico – Usa-se na produção de ajustes com a finalidade de introduzir eixos ou buchas cilíndricas.

Fig. 12

Fig. 13

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Ajustagem e Produção Mecânica I 99

Alargar, manualmente, furo com alargador cônico – Utiliza-se para obter furos padronizados com a finalidade de introduzir pinos, eixos ou buchas cônicas. O furo que antecede a passagem do alargador deve ser igual ao diâmetro que se mede à distância correspondente a ¼ do comprimento total do corpo da ferramenta a partir de sua ponta.

Roscas Rosca é um conjunto de filetes em torno de uma superfície cilíndrica.

Nessa aula serão apresentados os tipos e características de roscas, parafusos, porcas e arruelas.

Quarta Aula

50 min

Passo 1 / Aula teórica

Fig. 14

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100 Ajustagem e Produção Mecânica I

Roscas triangulares As roscas triangulares classificam-se, segundo o seu perfil, em três tipos:

• Rosca métrica

• Rosca whitworth

• Rosca americana

Tipos de roscas (perfis) Perfil de filete

Aplicação

Triangular

Parafusos e porcas de fixação na união de peças Exemplo: Fixação da roda do carro

Trapezoidal

Parafusos que transmitem movimento suave e uniforme Exemplo: Fusos de máquinas

Redondo

Parafusos de grandes diâmetros sujeitos a grandes esforços. Exemplo: Equipamentos ferroviários

Quadrado

Parafusos que sofrem grandes esforços e choques. Exemplo: Prensas e morsas

Rosca dente de serra

Parafusos que exercem grande esforço num só sentido

Tabela 3

Fig. 15

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Ajustagem e Produção Mecânica I 101

Parafusos são elementos de fixação, empregados na união não permanente de peças, isto é, as peças podem ser montadas e desmontadas facilmente, bastando apertar e desapertar os parafusos que as mantêm unidas.

Os parafusos se diferenciam pela forma da rosca, da cabeça, da haste e do tipo de acionamento.

Fig. 16 Observação O tipo de acionamento está relacionado com o tipo de cabeça do parafuso. Por exemplo, um parafuso de cabeça sextavada é acionado por chave de boca ou de estria.

Em geral, o parafuso é composto de duas partes: cabeça e corpo.

Porcas Porca é uma peça de forma prismática ou cilíndrica, geralmente metálica, com um furo roscado no qual se encaixa um parafuso ou uma barra roscada. Em conjunto com um parafuso, a porca é um acessório amplamente utilizado na união de peças.

A porca está sempre ligada a um parafuso. A parte externa tem vários formatos para atender a diversos tipos

Fig. 17

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102 Ajustagem e Produção Mecânica I

de aplicação. Assim, existem porcas que servem tanto como elementos de fixação como de transmissão.

Arruelas As arruelas têm a função de distribuir igualmente a força de aperto entre a porca, o parafuso e as partes montadas. Em algumas situações, também funcionam como elementos de trava.

Os materiais mais utilizados na fabricação das arruelas são aço-carbono, cobre e latão.

Tipos de arruela Existem vários tipos de arruela: lisa e de pressão; para cada tipo de trabalho, existe um tipo ideal de arruela.

Arruela lisa Além de distribuir igualmente o aperto, a arruela lisa tem, também, a função de melhorar os aspectos do conjunto.

A arruela lisa, por não ter elemento de trava, é utilizada em órgãos de máquinas que sofrem pequenas vibrações

Arruela de pressão A arruela de pressão é utilizada na montagem de conjuntos mecânicos, submetidos a grandes esforços e grandes

Fig. 18

Fig. 19

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Ajustagem e Produção Mecânica I 103

vibrações. A arruela de pressão funciona também como elemento de trava, evitando o afrouxamento do parafuso e da porca. É ainda muito empregada em equipamentos que sofrem variação de temperatura (automóveis, prensas, etc.).

Ferramentas para abrir rosca interna O início será pela operação de roscamento interno que é realizada com uma ferramenta chamada macho para roscar. Ele é geralmente fabricado de aço rápido para operações manuais e à máquina.

Os machos para roscar manuais são geralmente mais curtos e apresentados em jogos de duas peças (para roscas finas) ou três peças (para roscas normais) com variações na entrada da rosca e no diâmetro efetivo.

Nessa aula será apresentada a ferramenta para abrir rosca interna manualmente e sua nomenclatura.

Quinta Aula

50 min

Passo 1 / Aula teórica

Figs. 20 e 21

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104 Ajustagem e Produção Mecânica I

Fig. 22

O primeiro tem a parte filetada (roscada) em forma de cone. O segundo tem os primeiros filetes em forma de cone e os restantes em forma de cilindro. O terceiro é todo cilíndrico na parte filetada. Os dois primeiros são para desbaste e o terceiro é para acabamento.

Fig. 23

Roscar manualmente com machos

Roscar manualmente com machos consiste em abrir roscas internas para a introdução de parafusos ou fusos roscados de diâmetro determinado, e na fabricação de flanges, porcas e peças de máquinas em geral.

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Ajustagem e Produção Mecânica I 105

Antes de iniciar o trabalho com o macho, deve-se verificar cuidadosamente o diâmetro do furo. Se o furo for maior que o diâmetro correto, os filetes ficarão defeituosos (incompletos). Se for menor, o macho entrará forçado. Nesse caso, o fluido de corte não penetrará e o atrito tornar-se-á maior, ocasionando aquecimento e dilatação. O resultado disso é o travamento do macho dentro do furo, acarretando sua quebra. Para evitar esse problema, devem ser consultadas tabelas que relacionam o diâmetro da broca que realiza o furo e a rosca que se quer obter.

Ferramenta para abrir rosca externa Toda porca quer um parafuso. A operação que produz o parafuso é o roscamento externo, que consiste em obter filetes na superfície externa de peças cilíndricas. Serve também para a abertura de roscas externas em tubos.

A operação pode ser executada com máquina ou manualmente. Quando manual, ela é realizada com uma ferramenta chamada cossinete ou tarraxa.

Tabela 4

Essa ferramenta, assim como os machos, tem a finalidade de assegurar um perfeito acoplamento e intercambialidade de peças fabricadas em série. É uma ferramenta de corte feita de aço especial com um furo central filetado, semelhante ao de uma porca. Possui três ou mais furos que auxiliam a saída dos cavacos. Pode

Nessa aula será apresentada a ferramenta de abrir rosca externa manualmente e sua nomenclatura.

Sexta Aula

50 min

Passo 1 / Aula teórica

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106 Ajustagem e Produção Mecânica I

apresentar um corte radial de abertura, que permite regular a profundidade de corte. Isso é feito por meio de um parafuso instalado na fenda, ou por meio dos parafusos de regulagem do porta-cossinete. Se esses parafusos não forem bem apertados, poderão produzir erros no passo, porque os dentes cortam irregularmente.

Para trabalhos de obtenção de roscas iguais e normalizadas deve-se usar cossinetes rígidos ou fechados.

Para realizar o roscamento externo manualmente, utiliza-se do porta-cossinete. Seu comprimento varia de acordo com o diâmetro do cossinete.

Fig. 25

Sétima Aula Nessa aula serão apresentadas as demonstrações dos procedimentos para a operação de furar e escarear na furadeira.

Fig. 24

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Ajustagem e Produção Mecânica I 107

Furar e escarear na furadeira 1 Prender a peça. Observação: Usar calços paralelos

2 Prender a broca no mandril Observação: O aperto da chave deve ser dado no sentido que os dentes forcem de encontro com os dentes da bainha do mandril.

3 Selecionar a RPM Observação: Consultar tabela

4 Furar Observação: Posicionar a broca sobre a marca do punção.

• Executar movimento de avanço e retrocesso para a quebra do cavaco.

• Não esquecer do óleo solúvel.

• No fim da furação o avanço deve ser lento.

• Em caso de furos não passantes (cegos) regular a profundidade de penetração por meio do anel graduado.

5 Trocar broca por escareador

6 Selecionar a RPM Observação: Usar RPM baixíssima para evitar trepidações.

7 Escarear o furo Observação: O avanço deve ser bem lento com o mínimo de pressão sobre a peça.

Nessa aula serão apresentadas as demonstrações dos procedimentos para abrir rosca externa com fluido de corte.

Oitava Aula

50 min

Passo 1 / Aula prática com demonstração

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108 Ajustagem e Produção Mecânica I

Abrir uma rosca externa utilizando o cossinete e porta-cossinete e fluido de corte

Executar a rosca conforme material e cossinete disponíveis.

Tabela 5

Fluidos de corte

Fluido de corte é um material composto, na maioria das vezes, líquido, que deve ser capaz de: refrigerar, lubrificar, proteger contra a oxidação e limpar a região da usinagem.

Tabela 6

Como refrigerante, ele atua sobre a ferramenta e evita que ela atinja temperaturas muito altas e perca suas características de corte. Age também sobre a peça, evitando deformações causadas pelo calor. Atua finalmente sobre o cavaco, reduzindo a força necessária para que ele seja cortado.

Como lubrificante, o fluido de corte facilita o deslizamento do cavaco sobre a ferramenta e diminui o atrito entre a peça e a ferramenta. Como protetor contra a oxidação, ele protege a peça, a ferramenta e o cavaco, contribuindo para o bom acabamento e aspecto final do trabalho.

50 min

Passo 1 / Aula prática com demonstração

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Ajustagem e Produção Mecânica I 109

Etapas da operação A operação de roscar manualmente prevê a realização das seguintes etapas:

1 Fixação da peça em uma morsa, por exemplo. O furo deve ser executado na posição vertical.

2 Seleção do macho e do desandador, adequados à operação. Deve-se lembrar que os machos devem ser usados na seguinte ordem: 1 e 2 para desbaste, 3 para acabamento.

Fig. 26

3 Seleção do fluido de corte. Deve-se escolher o fluido apropriado. O uso de fluido de corte inadequado, ou a sua não-utilização pode causar os seguintes inconvenientes: o esforço para abrir a rosca aumenta consideravelmente, os filetes ficam com qualidade inferior ou com falhas, o macho engripa, e pode se quebrar.

4 Início da abertura da rosca. Deve-se introduzir o

macho no furo com leve pressão, dando as voltas necessárias até o início do corte.

Nessa aula serão apresentadas as demonstrações dos procedimentos para abrir rosca interna com macho.

Nona Aula

50 min

Passo 1 / Aula prática com demonstração

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110 Ajustagem e Produção Mecânica I

5 Verificação da perpendicularidade com esquadro e correção (se necessário).

6 Roscamento. Os machos são introduzidos

progressivamente, por meio de movimentos circulares alternativos, ou seja, de vai-e-volta. Isso é feito a fim de quebrar o cavaco e permitir a entrada do fluido de corte.

7 Passagem do segundo e terceiro machos para

terminar a rosca.

Fig. 27

Fig. 28

Fig. 29

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Ajustagem e Produção Mecânica I 111

O roscamento é, na verdade, uma das operações de usinagem que exige mais cuidados por parte do profissional. Isso acontece por problemas como dificuldade de remoção do cavaco e lubrificação inadequada das arestas cortantes da ferramenta.

Esses problemas podem ser diminuídos de diversas maneiras:

• Pela correta seleção de materiais que ofereçam menor resistência à usinagem.

• Evitando profundidade de rosca que exceda em 1,5 vezes o diâmetro do furo.

• Deixando uma folga adequada no fundo dos furos cegos.

• Fazendo o furo prévio dentro das dimensões especificadas para cada tipo de rosca.

• Selecionando a ferramenta adequada à operação.

• Em operações com máquinas, escolhendo corretamente o equipamento, a velocidade de corte e o lubrificante.

Medição de roscas O instrumento que mede com precisão roscas é o micrômetro, no caso, um especialmente construído para medir roscas triangulares.

Sendo a medição do flanco da rosca a medida mais importante, esse micrômetro possui as hastes furadas para que se possa encaixar as pontas intercambiáveis, conforme o passo para o tipo da rosca a medir.

Nessa aula serão apresentados conceitos, instrumentos e técnicas para medição de roscas.

Décima Aula

50 min

Passo 1 / Aula teórico-prática

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112 Ajustagem e Produção Mecânica I

Figs. 30 e 31

Educador, selecione peças com diferentes tipos de roscas e proceda a medição de:

• diâmetro externo

• passo

• largura do filete (rosca quadrada)

• diâmetro interno (se possível)

Caso não disponha de micrômetro especial para medição dos flancos, faça a demonstração das medições possíveis com um paquímetro.

Utilize também o gabarito “pente-de-roscas” para verificação do tipo de rosca e do passo.

Fig. 32

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Ajustagem e Produção Mecânica I 113

Capítulo 2

1 A traçagem tem como função desenhar no material detalhes que permitam a visualização das formas finais da peça.

2

a) 3

b) 1

c) 4

d) 2

3 Ele deve ser fino, nítido, em um único sentido e feito de uma só vez.

4 O serramento manual é usado quando precisamos cortar materiais em pedaços menores como etapa preparatória à usinagem.

5 Selecionamos a lâmina de serra em função do tipo de trabalho, espessura e tipo de material.

6 Devemos:

• Manter o ritmo de 60 golpes/minuto.

• Fazer pressão apenas durante o avanço.

• Usar a serra em todo o seu comprimento.

• Ao final da operação diminuir a velocidade e a pressão sobre a serra,

• Movimentar apenas os braços para evitar acidentes.

• Não usar lâminas com dentes quebrados.

Capítulo 3

1 Porque a limagem, assim como as demais operações manuais, sempre será necessária para a realização de ajustes, e em operações onde não é possível usar uma máquina.

Gabarito das Avaliações

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114 Ajustagem e Produção Mecânica I

2 a) ( 5) Lima bastarda b) ( 3) Lima murça c) ( 1) Lima meia-cana d) ( 6) Lima chata e) ( 2) Lima com picado simples f) ( 4) Lima com picado cruzado

3 b. ( X ) de 50 e 60 golpes por minuto.

4 a) ( 2 ) Limar superfície plana b) ( 4 ) Limar superfícies planas paralelas c) ( 1 ) Limar superfícies planas com ângulo reto entre si d) ( 3 ) Limar superfícies planas paralelas de maior

precisão

5 De pedestal e de bancada.

6 Em nenhuma operação, pois há riscos de trincas no rebolo e acidentes com as mãos.

7

1 Utilizar óculos de proteção ou protetor facial, independentemente da existência de dispositivos de proteção adaptados à própria máquina; nunca utilizar luvas quando estiver operando o esmeril.

2 Não ajustar o descanso ou guia com o rebolo em movimento e não colocá-los abaixo da linha de centro do rebolo.

3 Não instalar ou utilizar rebolo rachado, trincado, defeituoso, mal centrado, com orifícios demasiadamente justos ao eixo da máquina ou com falta de forro entre as flanges e o rebolo, e entre o eixo e o rebolo.

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Ajustagem e Produção Mecânica I 115

C.A É o Certificado de Aprovação emitido pelo Ministério do Trabalho que, após testar e comprovar a qualidade de EPI, emite o C.A. aos que atendem à normalização vigente. O fornecimento e a comercialização de EPIs sem o C.A. é considerado crime, e tanto o comerciante quanto o empregador ficam sujeitos às penalidades previstas em lei.ASSO 1 / Orientações

Usinagem Processo pelo qual se modifica a forma de um material pela remoção progressiva de cavacos ou aparas usando uma ferramenta de corte.

Glossário

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116 Ajustagem e Produção Mecânica I

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Ajustagem e Produção Mecânica I 117

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Referências

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