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Publicação da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil Ano XVI - nº 84 |setembro/outubro| 2012 Medicamento novo é mais eficaz? Diretor do Instituto de Saúde da Comunidade da Universidade Federal Fluminense afirma que novas tecnologias nem sempre são benéficas Pág. 8

Medicamento novo é mais eficaz? - Portal CASSI...2 Jornal CASSI Associados 3 Confúcio, filósofo, afirmava que os homens perdem a saúde para ganhar dinheiro e depois gastam esse

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Publicação da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil

Ano XVI - nº 84 |setembro/outubro| 2012

Medicamento novo émais eficaz?

Diretor do Instituto de Saúde da Comunidade da Universidade Federal Fluminense afirma que novas tecnologias nem sempre são benéficas

Pág. 8

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2 3Jornal CASSI Associados

Confúcio, filósofo, afirmava que

os homens perdem a saúde para

ganhar dinheiro e depois gastam

esse mesmo dinheiro para tentar

recuperá-la. Nós, da CASSI, que-

remos distância desse paradig-

ma. Propomos a você, associado,

viver com saúde.

Queremos permitir a cada participante traçar os melhores caminhos

para um amanhã saudável para si e seus familiares. Se as evidên-

cias científicas mostram, por exemplo, que diabetes, hipertensão e

dislipidemia são doenças que podem ser evitadas ou controladas

com bons hábitos de vida, entendemos como nossa obrigação aler-

tar sobre isso.

Os programas de saúde que mantemos oferecem oportunidades para

você e sua família terem uma vida saudável. Quem cuida da própria

saúde, aderindo de forma concreta às ações que desenvolvemos, está

ajudando a CASSI a construir a ponte entre o hoje e o futuro que todos

desejamos. Isso fica evidente em experiências como a da agência JK,

do Banco do Brasil, em Palmas (TO), foco da matéria das páginas 12 e 13.

Os funcionários da dependência trocaram a alimentação desregrada e

o sedentarismo por qualidade de vida, passando a consumir frutas nos

intervalos das refeições, a fazer caminhadas e a jogar futebol juntos.

Viva com saúde

EDITORIAL

O Jornal mostra ainda o novo ambiente de trabalho da agência Fla-

mengo, no Rio de Janeiro, a primeira do Banco do Brasil a receber

o selo de Agência Saudável concedido pela CASSI. Durante dez

meses, 21 funcionários foram acompanhados por médico, enfermei-

ro, técnico de enfermagem, nutricionista e psicólogo da Estratégia

Saúde da Família, que orientaram os participantes em mudanças no

estilo de vida, incluindo alimentação e atividade física.

A campanha Outubro Rosa, de prevenção do câncer de mama, e o

apoio a maratonas disputadas por bancários que integram o Projeto

Vida Saudável do BB (páginas 6 e 7), seguem a mesma linha. Até na

entrevista das páginas 8 a 11, o médico Aluísio Gomes da Silva Jú-

nior reitera o valor dessa estratégia. E vai além: quando não é mais

possível evitar a doença, mas apenas controlar ou curar, é preciso

cuidado no uso de medicamentos. Prescrição médica e avaliação

dos riscos e benefícios de cada droga não podem faltar.

Nada porém é mais representativo do foco da CASSI em prevenção e

promoção do que a seção “Eu mudei”, páginas 4 e 5. Participantes de

vários locais do País relatam as dificuldades e conquistas da luta diária

por melhores hábitos. São depoimentos que revelam a transformação

que pequenas práticas podem trazer para a nossa saúde.

Boa leitura.

David Salviano (presidente)

Conselho DeliberativoFernanda Duclos Carisio (Presidente)Antonio Cladir Tremarin (Vice-presidente)Carlos Alberto Araújo Netto (Titular)Vagner Lacerda Ribeiro (Titular)José Adriano Soares de Oliveira (Titular)Marco Antonio Ascoli Mastroeni (Titular)Sandro Kohler Marcondes (Titular)Loreni Senger Correa (Titular)Ubaldo Evangelista Neto (Suplente)Milton dos Santos Rezende (Suplente)Marcelo Gonçalves Farinha (Suplente)José Caetano de A. Minchillo (Suplente)Mário Fernando Engelke (Suplente)Maria Ines Oliveira Bodanese (Suplente)Gilberto Lourenço da Aparecida (Suplente)Íris Carvalho Silva (Suplente)

Conselho FiscalEduardo César Pasa (Presidente)Frederico de Queiroz Filho (Vice-presidente)

Carmelina P. dos Santos Nova (Titular)João Antônio Maia Filho (Titular)Rodrigo Nunes Gurgel (Titular)Rodrigo Santos Nogueira (Titular)Benilton Couto da Cunha (Suplente)César Augusto Jacinto Teixeira (Suplente)Claudio Gerstner (Suplente)José Eduardo Rodrigues Marinho (Suplente)Josimar de Gusmão Lopes (Suplente)Viviane Cristina N. Assôfra (Suplente)

Diretoria ExecutivaDavid Salviano de Albuquerque Neto(Presidente)Geraldo A. B. Correia Júnior(Diretor de Administração e Finanças)Maria das Graças C. Machado Costa(Diretora de Saúde e Rede de Atendimento)Mirian Cleusa Fochi(Diretora de Planos de Saúde e Relac. com Clientes)

Edição e RedaçãoJornalista responsável: Luiz Paulo Azevedo Bittencourt (MTb-DF 4.860)

Jornalistas: Liziane Bitencourt Rodrigues (MTb-RS 8.058), Marcelo Delalibera (MTb-SP 43.896), Pollyana Gadêlha (MTb-DF 4.089) e Tatiane Cortiano (MTb-PR 6.834)

Estagiária: Ana Carolina Alves

Edição de arteProjeto gráfico: Luís Carlos Pereira Aragão

Diagramação: Luís Carlos Pereira Aragão e Caroline Teixeira de Morais

Produção

Impressão: Fórmula Gráfica

Tiragem: 150.561 exemplares

Edição: setembro/outubro 2012

Imagens: Divisão de Marketing e Dreamstime

Fotografias: Américo Vermelho (pág.8) e Manoel dos Santos Júnior (pág.12)

Valor unitário impresso: R$ 0,20

Expediente

AN

S -

nº 3

4665

-9

Publicação da CASSI (Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil). “É permitida a reprodução dos textos, desde que citada a fonte”.

Responsável TécnicoLuiz Renato Navega Cruz

Cargo: Gerente Técnico de SaúdeCRM-DF 4213

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Viva com saúde

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DEPOIMENTOS

“Mudei com atividade física e reeducação

alimentar. Comecei com caminhada e passei

a fazer natação e ciclismo. Esse processo foi

gradual e agora me exercito de três a cinco

vezes por semana. Pensei em minha qualida-

de de vida, em melhorar o bem-estar físico

e mental. Além disso, busquei ajuda de uma

nutricionista e já consigo me alimentar de três

em três horas, com qualidade. Perdi peso,

mas com saúde, nada brusco ou sacrificante.

A principal dificuldade foi começar, porque

vivi muito tempo uma vida sedentária. Então,

sair dela foi complicado, mas quando se tor-

na um hábito, fica mais fácil.”

Márcio Luiz E. Ribeiro, Boa Vista (RR)

“Sou diabética há 29 anos, cadastrada na

Estratégia há seis e frequentadora regular da

CliniCASSI Belém. A partir de uma consulta de

orientação sobre cuidado com os pés e mãos,

realizei mudanças simples, mas relevantes

para a minha saúde. Renunciei a várias coi-

sas, como a usar sapatos fechados e com sal-

to, pois poderiam causar calos e ferimentos, e

optei por sapatos confortáveis, baixos e aber-

tos, além de recorrer a hidratantes para evitar

fissuras. Recebi também orientação quanto à

higiene e aos cuidados com as mãos e sobre

a importância de ter meu próprio kit de mani-

cure para prevenir doenças.”

Sulamita Lavareda da Costa, Belém (PA)

“Estava muito desanimada, com vários pro-

blemas de saúde e já havia recebido indica-

ção de cirurgia bariátrica quando comecei a

ser acompanhada pela CliniCASSI Uberlân-

dia. Percebi solidariedade e interesse em me

ouvirem, muita atenção ao que tenho a falar,

inclusive em relação aos problemas pesso-

ais. A médica que me acompanha, Mariana

Salomão Daud Arantes, me incentivou a fa-

zer dieta com nutricionista e me encaminhou

para psicoterapia. Esse conjunto de procedi-

mentos e o acompanhamento constante da

ESF possibilitaram a melhora no resultado de

meus exames e a perda de 20 quilos.”

Denise dos Santos, Uberlândia (MG)

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DEPOIMENTOS

“Tenho diabetes, problema na tireoide e

obesidade mediana. Em 2011, iniciei o acom-

panhamento na Estratégia Saúde da Família.

Com as consultas médicas, de enfermagem,

nutrição e grupos de acompanhamento dos

diabéticos, aprendi a me alimentar melhor.

Antes eu comia até quatro pratos de feijoada

em uma única refeição. Agora minha alimen-

tação é mais saudável, consumo mais frutas

e verduras. Também iniciei atividade física

e já emagreci oito quilos sem qualquer sa-

crifício. A taxa de hemoglobina glicada, que

indica a presença de açúcar no sangue, era

de 8,6% e hoje está em 6,5%.”

Walther Alves Knuppel, São Paulo (SP)

“Fumei durante 47 anos e já estava em três

maços diários. Um dia, não aguentando

mais o cheiro do cigarro em mim, nas minhas

roupas e na minha casa e, principalmente,

a minha escravidão em relação ao cigarro,

peguei o telefone e liguei para a CASSI.

No dia anterior fiquei na cama só fumando

e morrendo de medo de não conseguir. No

dia seguinte levantei e percebi que ia con-

seguir. Sendo orientada pelas profissionais

da CliniCASSI, consegui largar o vício. Pas-

sei a fazer atividade física regularmente e

isso me ajudou muito. Hoje sei que nunca

mais vou colocar um cigarro na boca.”

Lair Cabral de Sampaio, São Paulo (SP)

“Em julho deste ano, quando iniciei o acom-

panhamento na CliniCASSI Juiz de Fora, es-

tava com 107 quilos. Depois de três meses,

já eliminei 16. A mudança ocorreu dentro

da minha cabeça. Percebi a importância

da alimentação saudável e da prática de

atividade física. A equipe multiprofissional

foi fundamental para mim, pois, além do

acompanhamento com profissionais da

CliniCASSI, tenho nutricionista, psicóloga e

endocrinologista. Estou muito feliz, já vejo

resultado na minha saúde, estou com mais

disposição para atividades diárias e minha

pressão arterial está normalizada.”

Genaro N. da Silva, Juiz de Fora (MG)

Colaboraram nesta edição as CliniCASSI Boa Vista (RR), Belém (PA), Centro (SP), Juiz de Fora e Uberlândia (MG).

Em vez de orientação médica, psicológica, nutricional etc, a coluna “Eu

mudei” apresenta para você, leitor, os relatos de quem conseguiu colo-

car em prática as dicas dos profissionais de saúde para viver com mais

qualidade. É uma forma de ajudar quem, diante do excesso de peso,

do tabagismo, da hipertensão ou de outro problema de saúde, talvez

encontre a mesma dificuldade para enfrentá-los. Os depoimentos desta

coluna são de participantes do Plano que receberam e seguiram orienta-

ções dos profissionais da Caixa de Assistência, por meio das CliniCASSI.

Para participar da coluna “Eu mudei”, contando sua experiência, entre

em contato com a Unidade CASSI mais próxima.

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NOTÍCIAS DA CASSI

Em outubro, mês dedicado mundialmente à prevenção do câncer

de mama, as Unidades em todo o País promoveram ações para

reforçar a importância da detecção precoce da doença. A progra-

mação incluiu, entre outras iniciativas, realização de atividades

coletivas, palestras e distribuição de informativos para esclarecer

dúvidas e orientar as participantes sobre os exames preventivos.

A CASSI aproveitou o período para também falar às mulheres sobre

diagnóstico do câncer do colo de útero, segundo tipo mais comum

nas mulheres, por meio do exame conhecido como Papanicolau.

De acordo com levantamento do Instituto Nacional de Câncer

(Inca), em 2012, esperam-se, para o Brasil, 52.680 novos casos de

câncer da mama, com um risco estimado de 52 casos a cada 100

mil mulheres. Já o câncer do colo de útero, por ano, faz 4.800

vítimas fatais e apresenta 18.430 novos casos.

Outubro Rosa mobiliza a CASSI em todo o BrasilServiços Próprios promoveram ações para lembrar participantes sobre o diagnóstico precoce de câncer de mama e colo de útero

Caso não tenha realizado os exames preventivos de câncer

de mama e de colo do útero, procure uma CliniCASSI. A CASSI

orienta a realização da mamografia a cada dois anos para as

participantes entre 50 e 69 anos. A recomendação para o Pa-

panicolau é a cada três anos, para mulheres entre 21 e 65 anos,

após dois exames consecutivos normais.

Veja algumas das ações realizadas pelas 65 CliniCASSI:

• distribuição de folders informativos sobreos dois tipos de câncer;

• oficinas e palestras;

• agendamento de exames preventivos;

• entrega de laços rosas, símbolo dacampanha, aos participantes;

• visitas a agências do Banco do Brasil.

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NOTÍCIAS DA CASSI

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Jornal CASSI Associados

Conselheiros debatem sustentabilidade

Conselheiros de usuários de todo o Brasil reuniram-se nos

dias 24 e 25 de outubro em Brasília para discutir a susten-

tabilidade da Caixa de Assistência no VI Encontro Nacional

dos Conselhos de Usuários da CASSI. O evento contou com

a presença de 29 conselheiros, de 24 Estados, além de di-

retores da Instituição.

Com o tema “Preservar a CASSI é garantir a sua saúde”, os

conselheiros promoveram o intercâmbio de informações com

base nas experiências adquiridas nas regiões onde atuam e

puderam tirar dúvidas com representantes das gerências e

Diretoria Executiva da CASSI.

O presidente David Salviano ressaltou que a Agência Nacional

de Saúde Suplementar (ANS) quer, a partir de 2013, discutir

a participação social nos planos de saúde, trabalho feito há

mais de uma década pela Caixa de Assistência. “Há doze

anos a CASSI ouve seus Conselhos, que estudam o futuro dos

planos de saúde por meio de levantamentos, experiências e

discussões maduras.”

Para o conselheiro do Mato Grosso do Sul, Valdeneir Ciro, “foi

um momento ímpar para compartilhar experiências. Alguns pro-

blemas que pareciam insolúveis inicialmente foram soluciona-

dos por outras Unidades, o que nos dá respaldo para agirmos

positivamente”, destacou. O conselheiro Sérgio Dourado, de

Goiás, disse que “o evento possibilitou avaliar como a CASSI

está, quais os objetivos e desafios para o futuro”.

A conselheira Kátia Paz, de Pernambuco, participou pela

primeira vez do evento. “Gostei da dinâmica e do contato

com a Sede. Também foi importante conhecer conselheiros

e promover a troca de ideias. Pudemos propor sugestões de

melhorias à CASSI”, concluiu.

Com o apoio ao Circuito das Estações Verão Rio, na cidade do Rio de Ja-

neiro, dia 2 de dezembro, chegou a cinco o número de maratonas acom-

panhadas pela Caixa de Assistência neste ano. Em 12 de agosto, a CASSI

montou um estande na 5ª Maratona Pão de Açúcar de Revezamento de

Brasília; no dia 16 do mês seguinte, foi a vez da 20ª edição da mesma

corrida, em São Paulo. Já no dia 6 de outubro, a Caixa de Assistência

ofereceu seus serviços aos maratonistas paranaenses, no evento Fila Night

Run, em Curitiba (PR), e no dia 11 de novembro, no Circuito Eco Run 2012,

etapa Salvador (BA).

Em todos esses locais a CASSI montou um espaço para receber os atle-

tas, com distribuição de água mineral, serviço de massagem expressa e

aferição de pressão arterial. Os profissionais da CASSI ainda orientaram o

público sobre práticas saudáveis. A iniciativa contribui com o Projeto Vida

Saudável do Banco do Brasil. Essa ação também conta com a parceria da

Federação Nacional das Associações Atléticas do Banco do Brasil (Fenabb),

que oferece também um espaço para receber os funcionários do BB.

O participante Ubiraci Pimentel Simões, de Salvador, conta que mudou o

estilo de vida e a corrida o estimulou nessa mudança. “A partir do privilégio

de ser pai, do sonho de acompanhar essa nova vida, iniciei mudanças no

meu estilo de vida. Pesava 197 quilos, fiz cirurgia bariátrica e resolvi não ser

mais sedentário. Buscando equilíbrio e saúde, comecei a caminhar e, de-

pois, comprometido, comecei a participar de todas as corridas”, concluiu.

CASSI apoia maratonas em cinco Estados

Maratonas apoiadas pela CASSI

12/8 – 5ª Maratona Pão de Açúcar de Revezamento de Brasília

16/9 – 20ª Maratona Pão de Açúcar de Revezamento de São Paulo

6/10 – Fila Night Run, em Curitiba (PR)

11/11 – Eco Run Salvador, em Salvador (BA)

2/12 – Circuito das Estações Verão Rio, no Rio de Janeiro (RJ)

Outubro Rosa mobiliza a CASSI em todo o Brasil

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CAPA

Jornal CASSI Associados8

ENTREVISTA

Muitos produtos novos são lançados na indústria farmacêutica e, apesar de não trazerem grandes benefícios, dobram o preço do tratamento.

“Aluísio Gomes da Silva JúniorDoutor em Saúde Pública e pesquisadorsobre práticas de integralidade em saúde

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CAPA

“O sedentarismo vem se tornando um dos piores fatores de risco para

o coração”, diz o cardiologista e hemodinamicista Carlos Roberto Mon-

teiro (CREMESP-44456), gerente médico da Central CASSI. A falta de

atividade física constante, ao menos duas vezes na semana, com pouco

gasto de calorias, é caracterizada como sedentarismo, que se tornou o

quarto maior fator de risco de morte global e é considerado a doença

do século XXI pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

“É preciso manter periodicidade no exercício”, reforça outra cardiolo-

gista, Lory Paz Kolbe (CRM-RS 11656), credenciada à CASSI em Porto

Alegre (RS). Ela explica que atividade física aeróbica de alta intensidade

e pouca duração, como corrida de até 30 minutos, favorece o condicio-

namento físico e melhora a oxigenação dos tecidos do corpo. Isso fa-

cilita o funcionamento do coração e, consequentemente, deixa-o mais

forte e saudável. Os chamados atletas de fim de semana são consi-

derados sedentários, pois não mantêm uma frequência para conseguir

condicionamento físico e ainda podem correr riscos dependendo da

intensidade da atividade praticada.

O grupo de 12 aposentados do Banco do Brasil, com idades entre 68 a

73 anos, é um exemplo de que não há idade para se movimentar. Eles

jogam futebol na categoria hipermaster (acima de 68 anos) na Associação

Atlética Banco do Brasil (AABB) de Brasília e dão lição de saúde. Desde a

formação em 2011, o time conhecido como Peladeiros Aposentados está

invicto e venceu os dois Campeonatos de Integração dos Funcionários

Aposentados do Banco do Brasil (Cinfaabb) dos quais participou. Os pela-

deiros brincam que, na verdade, não sabem jogar, o futebol é uma diver-

são e uma maneira de cuidar da saúde.

O mais velho do time, Laércio Moura, 73, cuida da alimentação e diz que

seu segredo para ter vida saudável é não ficar parado. “Eu nado, jogo

futebol, sinuca, corro, estou sempre me movimentando. Além de cuidar

do corpo, também é fundamental manter um sorriso no rosto, conservar

os amigos e cuidar da família.”

Os peladeiros são uma exceção. A prática de atividade física após os 65

anos no Brasil diminui, como comprova levantamento do Ministério da

Saúde na última pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção

para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2011), promovida

em parceria com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e

Saúde da Universidade de São Paulo. O estudo, que retrata os hábitos da

população brasileira, mostra que 60,1% dos homens entre os 18 e 24 anos

praticam exercícios como forma de lazer, porém, esse percentual reduz

para menos da metade aos 65 anos (27,5%). A população feminina ativa

apresenta variações menores entre as faixas etárias, oscilando de 24,6%

(entre 25 e 45 anos) a 18,9 % (maiores de 65 anos).

Conheça exemplos de associados que se exercitam e veja dicas de como fugir do sedentarismo, considerado o mal do século XXI, segundo a OMSMedicamentos:novidade nem sempre é sinônimo de qualidade

Jornal CASSI Associados – Como o senhor avalia os recentes estudos

que põem em xeque os novos medicamentos?

Aluísio Gomes da Silva Júnior – Esses estudos retratam uma situação

que já é conhecida há mais de 30 anos no mundo. Acima de 90% dos

medicamentos consumidos na França são comprados pelo governo. O

poder público francês tem acesso ao dado global para tentar entender

como é o consumo desses medicamentos e faz a análise se o que é

chamado de inovação traz ou não benefícios para a população. E apenas

constata o que já se sabe há décadas: grande parte do que é lançado no

mercado é mera substituição de remédios que já existem.

JCA – Se o problema é conhecido há mais de 30 anos, por que não há

um freio para essa situação? Ao contrário, continua crescendo o fatura-

mento da indústria farmacêutica mesmo sem inovações significativas.

Aluísio – É muito complicado para os governos provarem que as

coisas são realmente inovação ou não. Na realidade, a indústria

farmacêutica produz artifícios químicos que saem como inovação e

só são aprovados como realmente úteis anos depois de lançados.

Só no uso em larga escala é que aparece sua vantagem ou não,

infelizmente. Já existe um esforço muito grande das autoridades

de todo o mundo em acompanhar esses estudos para realmente só

incorporar tecnologias que sejam efetivamente úteis.

JCA – Como a população, que é bombardeada com informações sobre

novos medicamentos e novas tecnologias, pode se precaver?

Aluísio – Primeiro, tendo a cautela de não sair usando a “novidade”.

Pode procurar um médico de confiança para discutir se realmente isso

vai trazer vantagem ou não. Existem sites com informação sobre riscos

de medicamentos. Sempre que sai algum medicamento, saem notas

técnicas informando o risco deles. É importante lembrar que tem cer-

tos riscos que só vão aparecer anos depois do uso do medicamento.

Então, mesmo com todos os cuidados, alguém corre o risco de ter pro-

blemas mais adiante. É inegável, porém, que existem medicamentos

extremamente importantes e úteis em determinadas doenças. A gen-

te precisa reconhecer o avanço científico. Mas não ignorando que ele

tenha malefícios. Na realidade todo medicamento tem muitos riscos.

O que deve ser avaliado é exatamente o custo-benefício que ele tem

para adotá-lo ou não.

JCA – O senhor acha que há espaço, hoje, para discussão sobre esses

temas entre o paciente e o médico?

Aluísio – Eu acredito que existe, sim. A CASSI tem serviços próprios,

com médicos de família, que estão dispostos a discutir essas questões,

por exemplo. Existem alguns profissionais que têm capacidade de con-

versar sobre isso e que têm crítica sobre o uso de novas tecnologias.

Estudo francês, apresentado em conferência médica dos EUA em junho, que analisou 998 medicamentos, afirma que “a

maioria das drogas aprovadas na última década não traz vantagens quando comparada às já disponíveis”. Em setembro,

o Guia dos 4 mil medicamentos, publicado na França, reforçou que mais da metade dos medicamentos vendidos no País

seriam inúteis ou perigosos para a saúde. Na entrevista abaixo, o médico e diretor do Instituto de Saúde da Comunidade

da Universidade Federal Fluminense (UFF), Aluísio Gomes da Silva Júnior, fala sobre como a população deve se comportar

frente à explosão de novas soluções tecnológicas em saúde e a importância da prevenção de doenças, entre outros temas.

Jornal CASSI Associados

ENTREVISTA

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10 11Jornal CASSI Associados

CAPA

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Então, há hoje no meio médico uma certa preocupação na adoção de

tecnologias, embora a pressão da indústria seja muito grande.

JCA – O senhor citou o médico de família. Ainda há quem prefira pro-

curar atendimento no hospital a agendar uma consulta médica. Como o

senhor enxerga isso?

Aluísio – Para um médico conhecer o paciente, ele precisa de tempo

e convívio. É o que a gente chama de vínculo. Ninguém consegue

fazer vínculo em pronto-socorro. Uma coisa é você procurar o pronto-

-socorro com uma dor aguda, por uma doença que exige que você

seja socorrido imediatamente. A grande maioria dos problemas de

saúde não é assim. Na realidade, há necessidade de escolher um pro-

fissional para que você tenha vínculo e ele possa conhecer e entender

cada vez mais as questões que estão sendo trazidas. Você diminui,

com isso, as urgências. A ideia de procurar médico de família na

CASSI tem a ver com essa formação de vínculo e um melhor conheci-

mento do profissional sobre sua clientela.

JCA – A medicina comunitária, sua área de atuação, trabalha com foco

em prevenção. Já é comprovado que um acompanhamento da saúde

por um médico generalista é eficiente?

Aluísio – Sim. Hoje existem trabalhos com mais de 30 anos de evi-

dências mostrando a efetividade da atenção pela Estratégia Saúde da

Família. Se pegarmos exemplos de países como Canadá, Inglaterra,

Cuba, existe não só efetividade do cuidado, mas melhora de índices

epidemiológicos. Hoje não há dúvidas, na literatura, da efetividade

dessa estratégia. Não é algo experimental.

JCA – O senhor vê espaço para crescer o atendimento com base na

Estratégia Saúde da Família?

Aluísio – Sim. Se a gente pensar que há 15 anos pouquíssimos lugares

adotavam medicina de família e hoje mais de 35 mil postos de trabalho

foram abertos para essa área no serviço público e várias operadoras, es-

pecialmente as maiores, têm investido nessa estratégia, principalmente

no âmbito da autogestão, a gente percebe um cenário mais favorável

para esse tipo de expansão.

JCA – As despesas de saúde cresceram 12% no último ano e os gastos

com medicamentos, 13%. Isso representa mais do que o dobro da infla-

ção geral de preços. O que explica essa diferença?

Aluísio – Várias explicações podem ser dadas para isso. Primeiro, é

que o custo da saúde sempre é maior do que o da inflação, e varia

do dobro ao quádruplo. É uma tendência natural o custo da saúde

crescer acima do custo de vida. Medicamentos, de um modo geral,

representam uma fatia considerável na medida em que um grande

contingente da população envelhece a cada ano e necessita de ser-

viços de saúde. Muitos produtos novos são lançados pela indústria

farmacêutica e, apesar de não trazerem grandes benefícios, eles do-

bram ou quadruplicam o preço do tratamento. Esses são os principais

impactos que a gente vê na inflação da saúde.

JCA – Como vai se equacionar isso? Se as despesas básicas com

saúde continuam crescendo, como reduzir o repasse disso às men-

salidades dos planos de saúde?

Aluísio – A forma tradicional como as pessoas cuidam da saúde é não

se cuidar e deixar aparecer a doença. Por exemplo, um diabético ou

um hipertenso que não se cuida, ao final de dez ou 15 anos pode ser

internado com alguma complicação grave e isso custa muito caro. Agora,

imagina se a gente começa a cuidar melhor dessas pessoas, impedin-

do complicações, evitando as internações, e a cuidar melhor dos idosos

para impedir que eles fiquem doentes. Então a proposta de promover

saúde e prevenir doenças, apesar de gastar mais inicialmente, tem um

impacto muito significativo.

JCA – É possível dizer, então, que investir em promoção de saúde, além

de melhorar a qualidade de vida das pessoas, é uma saída, inclusive,

para a sustentabilidade dos planos?

Aluísio – Sim, com certeza. E isso tem sido demonstrado na maioria

dos países. Agora, é preciso um cuidado porque às vezes as pes-

soas reduzem a ideia de prevenção a coisas simples, como parar

de fumar, deixar de beber. Não é exatamente isso. Pessoas sujeitas

a doenças crônicas precisam ser diagnosticadas precocemente e

acompanhadas, e isso agrega custos. Então, falando de prevenção,

não é barato cuidar da saúde, mas é muito mais barato do que dei-

xar a doença aparecer e depois tratá-la.

JCA – Como definir o tempo certo para realizar exames preventivos para

identificar doenças mais cedo?

Aluísio – Essa é uma polêmica bem atual. Houve um tempo em que

se preconizava exames de rastreamento de doenças para descobri-las

precocemente. Hoje também se sabe que algumas doenças podem se

tornar graves ou não. Alguém que é rastreado com câncer de próstata,

talvez não precise ser operado ou tratado, porém mais acompanhado.

Hoje os protocolos estão mudando nesse sentido de se fazer um certo

escalonamento de risco para a intervenção, visto que a pressa em inter-

vir tem causado muita iatrogenia (doença causada pelo tratamento) e as

pessoas estão ficando mais cautelosas.

Jornal CASSI Associados

ENTREVISTA

10

Page 11: Medicamento novo é mais eficaz? - Portal CASSI...2 Jornal CASSI Associados 3 Confúcio, filósofo, afirmava que os homens perdem a saúde para ganhar dinheiro e depois gastam esse

10 11Jornal CASSI Associados

JCA – Como o senhor interpreta o levantamento La Forgia/2009, que

aponta que 30% das internações hospitalares são desnecessárias?

Aluísio – Essa é a afirmação de um técnico do Banco Mundial, ao avaliar o

movimento hospitalar no Brasil. O que ele está mostrando é uma ocorrência

da qual falamos anteriormente: as pessoas adoecem, procuram hospital,

são submetidas a exames nas emergências e internadas, na maioria das

vezes desnecessariamente ou por um certo exagero. Não estou dizendo

que todas as internações são desnecessárias. O número que ele dá é de

30%. E esse é um número bastante considerável. A internação pode ser

muito mais movida por uma certa insegurança médica do que por necessi-

dade propriamente dita, ou, o que é pior, movida por questões econômicas:

um aumento do faturamento, o que também acontece. Mesmo em caso

de idosos, a sugestão é conduzir tratamentos fora de hospital, deixando

essa estrutura para coisas mais agudas e complexas. A ideia de conduzir o

tratamento fora do hospital é muito mais saudável para o paciente, porque

submete a muito menos riscos do que o ambiente hospitalar.

JCA – Como você vê a CASSI em relação aos demais planos de saúde?

Para onde deve caminhar?

Aluísio – A CASSI é pioneira em inovações de gestão no campo da

saúde suplementar brasileira. Há alguns anos vem se antecipando às

crises e problemas que nós relatamos. Agora é preciso manter políticas.

No nosso País, a descontinuidade de políticas é um problema sério.

Às vezes se tem boas estratégias, boas alternativas, soluções, que são

descontinuadas. A CASSI, como plano de saúde, tem de se preocupar

em manter em longo prazo algumas estratégias que já estão mais do

que comprovadas como eficazes. Expandir a estratégia me parece um

caminho bastante sustentável para enfrentar essa situação da saúde.

Comente essa entrevista. Envie email para [email protected] CASSI Associados

ENTREVISTA

Fonte: New drugs and indications in 2011, publicado na revista Prescrire International

De 998 novas drogas registradas entre 2002 e 2011 Sem ganhos relevantes 51,5%

Ganho terapêutico mínimo 20,5%

Mais risco que benefício 14,8%

Ganho terapêutico 6,1%

Sem dados suficientes 4,8%

Avanço clínico significativo 1,3%

Descoberta importante em área nova 0,2%

11

Pesquisas sobre medicamentos

O Guide des 4000 médicaments utiles, inutiles ou dangereux, guia com quatro mil medicamen-

tos classificados como úteis, inúteis e perigosos, é resultado de uma pesquisa feita por dois

médicos franceses, Philippe Even e Bernard Debré. O levantamento mostra que metade de

todos os medicamentos prescritos por médicos na França são inúteis, 20% apresentam riscos

aos pacientes e 5% são perigosos. A eficácia de 998 novos medicamentos foi analisada em

outro estudo, o New drugs and indications in 2011, de abril de 2012, publicado no periódico

Prescrire International, que não aceita anúncio ou patrocínio da indústria farmacêutica. Mais da

metade não apresentou ganhos relevantes, conforme dados abaixo.

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Jornal CASSI Associados1212

SUPERAÇÃO

Uma agência 25 quilos mais magra em apenas três meses. E não es-

tamos falando de questões financeiras. Ao contrário. Um programa co-

letivo de emagrecimento melhorou até os resultados institucionais na

agência JK, do Banco do Brasil, em Palmas (TO), além de beneficiar a

saúde dos funcionários, o objetivo inicial da ação.

As dependências do BB podem fazer parceria com a CASSI para melhorar

índices cujos resultados foram menos satisfatórios no Exame Periódico de

Saúde (EPS), anualmente. Foi para isso que os profissionais da CliniCASSI

Palmas montaram uma estratégia na agência JK. “Íamos propor ações

para redução de estresse, fazendo uma adaptação do Grupo de Vida Sau-

dável Empresarial (GVS). Ao conhecer o grupo, porém, percebemos que

o desejo de perder peso era o que predominava”, diz a enfermeira da

CliniCASSI, Juliana Marques.

A iniciativa Mais Saúde – Menos Peso incluiu mudanças coletivas já

desde a primeira refeição da manhã. No lanche que costumavam fazer

juntos, pelas 9h, foi acrescentada fruta ao cardápio até então restrito a

café, leite, pão e rosca. Durante o período de desenvolvimento do pro-

grama, os funcionários puderam frequentar gratuitamente a academia

da AABB local. Aqueles que não conseguiam, em função do tempo, se

organizaram para fazer caminhadas. O grupo, formado 60% por ho-

mens, também encontrou um horário para jogar futebol e com o tempo

foi chamando familiares para a atividade.

Em dois meses, Charlys Fernandes Reis, 36 anos, foi o que mais per-

deu peso no período (quase cinco quilos). E ele garante que não se

tratou de “marmelada”, mesmo sendo o gerente. “Justamente por estar

nessa função de liderança, achei que deveria dar o exemplo e acabei

me beneficiando muito. Me senti estimulado a fazer o que já sabia que

era preciso”, diz. Charlys caminha seis vezes por semana. Só folga aos

domingos. Costuma andar antes de ir para a agência. Passou a se ali-

mentar de cinco a seis vezes por dia e a levar barra de cereal para

os intervalos das refeições principais. Ainda sente dificuldade com um

horário regular para almoçar, especialmente, em função da sua rotina,

mas isso não está impedindo de levar a sério todo o programa. O se-

gundo colocado na disputa, José Elpídio Siqueira Nunes, agora está

mais de dois quilos abaixo do peso inicial.

O grupo contou com um importante reforço: o “anjo”, a colega Rosân-

gela Guimarães Labre, que não precisava perder peso, mas encarou

o desafio para ajudar os colegas. Ela já era a responsável pela Ecoa

Superação coletiva em PalmasFuncionários de agência da capital de Tocantins mudam velhos hábitos

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1313Jornal CASSI Associados

SUPERAÇÃO

(equipe da dependência voltada para a me-

lhoria do clima organizacional e qualidade

de vida, entre outras atribuições). Rosângela

se encarregou de levar uma balança para a

agência e pela compra das frutas para o café

da manhã. Ah, e claro, de lembrar diariamen-

te os colegas que havia frutas para o lanche,

de questioná-los sobre a atividade física e

de estimulá-los a subir na balança com certa

frequência.

Os funcionários também foram incenti-

vados a beber mais água, oferecida com

gotinhas de limão algumas vezes por dia

para ganhar sabor e estimular o consumo.

A presença de uma fisioterapeuta, que

coordena a ginástica laboral e a massa-

gem nos funcionários, foi outro auxílio

importante. A partir das recomendações

dela, eles passaram a se comprometer

em levantar da cadeira a cada hora e se

alongar sempre que possível. A agência

tinha um índice alto de ausências por pro-

blemas de saúde, que afetavam de 10% a

15% o quadro de funcionários. O problema

praticamente zerou, diz o gerente. “Esse

percentual, numa agência com 35 funcio-

nários, era significativo. E preocupante, já

que os que estavam trabalhando tinham

uma sobrecarga maior, o que gerava risco

de novas ausências, também relacionadas

a doenças”, completa Charlys.

A enfermeira da CliniCASSI avalia como

significativa, ainda, a melhoria dos hábitos

de vida da família dos funcionários, com a

ação iniciada na agência. “Muitos seguem

firmes na atividade física. Isso é de gran-

de ajuda à saúde mental, especialmente

ao combate do estresse, que interfere no

convívio em casa. Também mudaram a ali-

mentação da família e apresentam agora

melhor avaliação nutricional.” A mudança

rendeu até medalhas aos vencedores do

desafio e ao “anjo”, entregues em outubro

pela gerente da Unidade CASSI TO, Rose-

nildes Rodrigues.

CASSI entrega o primeiro selo Agência Saudável à dependência do BB no RJ

Comente essa matéria. Envie email para [email protected]

Vinte e um funcionários com novos hábitos de vida. Gente que deixou o cigarro, voltou à aca-

demia e adotou alimentação mais regrada. Essas atitudes ajudaram na conquista do primeiro

selo de Agência Saudável concedido pela CASSI à agência Flamengo, no Rio de Janeiro. A

premiação, no final de outubro, concluiu o projeto piloto realizado pela CliniCASSI Centro, da

capital fluminense. O Agência Saudável levou para o ambiente do Banco ações realizadas pela

Estratégia Saúde da Família (ESF) nas CliniCASSI do País, para estimular hábitos favoráveis à

prevenção de doenças e à promoção de saúde.

A CliniCASSI escolheu a agência Flamengo para iniciar o projeto por ser o local com o maior

número de funcionários na ESF: 90% estão cadastrados na Estratégia. Foi elaborado um plano

de ação baseado no perfil epidemiológico desse público. Houve consultas individuais, durante

dez meses, com o médico de família João André Gomes, a enfermeira Tainan Pires (até agosto,

Mara Elizabeth Illidio), a técnica de enfermagem Débora Cristina Dias, a psicóloga Loise Augusta

Ataliba, as nutricionistas Juliana Ribeiro e Flavia Soares e um fisioterapeuta credenciado à CASSI.

Com as orientações recebidas, os funcionários passaram a adotar, aos poucos, novos hábitos

de vida, o que trouxe melhora dos indicadores de saúde. A CliniCASSI Centro finalizará o piloto

na agência Flamengo com a apresentação do resultado do Exame Periódico de Saúde (EPS)

2012, que avalia as condições de saúde dos funcionários, e continuará acompanhando os

associados por meio de consultas periódicas com o médico de família.

A certificação da agência Flamengo (foto abaixo) foi feita pela diretora de Saúde e Rede de

Atendimento, Graça Machado, com a participação do então gerente da Unidade RJ, Paulo Mu-

radas, e da representante do Conselho Deliberativo da CASSI, Loreni Senger Correa. A CASSI

tem previsão de ampliar o Agência Saudável, levando o projeto para outros Estados. Uma das

condições para receber a ação será que a administração da dependência e os funcionários

manifestem interesse e disposição para realização das atividades.

SAIBA MAIS: quem quiser orientações em saúde para serem adotadas numa agência

do Banco do Brasil pode procurar a Unidade CASSI do Estado. Os contatos estão em

www.cassi.com.br, link Localize a CASSI.

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Envie seu comentário sobre as matérias para [email protected].

Reclamações e solicitações sobre outros assuntos devem ser encami-

nhadas pelo Contato Eletrônico, disponível em www.cassi.com.br, link

Fale com a CASSI.

EMAILS

PESQUISA DE SATISFAÇÃO

Atualmente, as pesquisas apontam um nível de satisfação geral

como excelente. Aqui no interior de Minas Gerais, em Teixeiras,

na Zona da Mata, temos de nos deslocar para outras cidades para

qualquer tipo de atendimento. Quando consultamos um médico

particular e ele pede exames complementares (logicamente eles

não têm guia da CASSI para fazer o pedido), temos de procurar um

profissional que atende pela CASSI para emitir a guia.

Mario Lucio Moreira – Teixeiras (MG)

CASSI responde: Mario, nas consultas com médicos não credencia-

dos, a CASSI não exige que o pedido de exames seja feito em guia

do Plano, que pode ser feito no próprio receituário do médico. Caso o

prestador faça a exigência, é preciso comunicar a CASSI, que orienta-

rá o prestador com as informações corretas. Em relação às pesquisas

de satisfação com os participantes, a de 2011, realizada pelo Institu-

to Datafolha apontou alto nível de satisfação geral com a CASSI: nota

média 8,0, em uma escala que variou de 0 a 10. O estudo mostrou

os pontos que merecem aprimoramento e que vem recebendo maior

atenção por parte da CASSI. A rede credenciada, embora tenha rece-

bido nota média 8,3 para a qualidade dos prestadores, recebeu nota

média 7,0 para a quantidade de credenciados. Esse quesito recebeu

avaliação mais baixa no interior dos Estados, o que evidencia a má

distribuição de médicos pelo País, problema conjuntural enfrentado

por todos os planos que se propõem a ofertar serviços fora das capi-

tais. No interior de MG, não há profissionais disponíveis em algumas

cidades para formação da rede credenciada. Já em outras localida-

des, os prestadores não aceitam o credenciamento por questões ne-

gociais e/ou administrativas. No entanto, os padrões administrativos

exigidos pela CASSI são aqueles estabelecidos pela Agência Nacional

de Saúde Suplementar (ANS). Para renovar a rede credenciada e reter

profissionais, a CASSI realiza visitas técnicas negociais em alguns pres-

tadores já credenciados e faz abordagem direta aos médicos indicados

pelos participantes.

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14 15Jornal CASSI Associados

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EMAILS

CANCELAMENTO DO JORNAL IMPRESSO

Gostaria de cancelar o recebimento do Jornal CASSI Associados,

pois eu e meu marido trabalhamos no Banco do Brasil e estamos

recebendo duas revistas.

Sídiney Maria Silva Nocera – Franca (SP)

CASSI responde: Sídiney, agradecemos sua iniciativa, que demonstra o

cuidado com o patrimônio que é nosso. Essa opção deve ser feita pelo

próprio participante, por meio do site www.cassi.com.br. Basta acessar a

página Associados, informar email e senha para habilitar o menu Serviços

para Você e clicar em “Cancelamento do envio de informativos”. Por meio

dessa opção, é possível escolher receber ou não o Jornal CASSI pelo

correio. Quem não possui cadastro no site, deve clicar em “Obter senha

de acesso” na página Associados e, depois, optar pelo cancelamento.

INCLUSÃO DE DEPENDENTES

Sugiro que a CASSI inicie estudos para inclusão de dependente di-

reto, para casos específicos como o meu: sou solteiro, sem união

estável, e sem filhos; minha mãe é viúva, sem união estável. Por-

tanto, não tenho nenhum dependente no plano CASSI e minha mãe

não é dependente de nenhum outro titular. Temos vários colegas

no BB com esposa e vários filhos dependentes, contribuindo com

o mesmo valor que eu. Assim, me vejo em situação desfavorável

em relação a eles.

José Rosa Júnior – Uberlândia (MG)

CASSI responde: José, agradecemos pela sugestão, mas esclarecemos

que a definição das pessoas que podem se tornar dependentes no Pla-

no de Associados está descrita no Estatuto da CASSI, documento que

só pode ser modificado com anuência do Banco do Brasil e posterior

aprovação do Corpo Social. Não cabe decisão administrativa da Diretoria

Executiva da CASSI na alteração das regras contidas no Estatuto. A solida-

riedade e o mutualismo são dois princípios que pautam o funcionamento

do Plano de Associados. Por meio deles, todos os participantes contri-

buem com um percentual fixo dos seus proventos, formando um fundo

que será usado para custear as despesas com saúde de quem necessitar.

É uma união de esforços, em que cada associado contribui de acordo

com o salário que recebe, beneficiando todo o grupo. Como os valores

pagos individualmente não são suficientes para cobrir as despesas de

todos os beneficiários, a contribuição de um ajuda o outro.

REDE CREDENCIADA

Na cidade da minha residência, São Manuel (SP), com 40 mil ha-

bitantes, não existe nenhum médico credenciado pela CASSI. Na

cidade de Botucatu (SP), nossa vizinha, com 120 mil habitantes,

existem três ou quatro facultativos habilitados pela CASSI. A nossa

CASSI detém convênio com a Universidade Estadual Paulista Júlio

de Mesquita Filho (Unesp), localizada no Distrito de Rubião Júnior,

município de Botucatu (SP), e, em razão disso, somos lá atendidos

por alguns médicos do corpo clínico daquela Universidade, de for-

ma eletiva, com consultas previamente agendadas, com demora

de 30 a 60 dias.

Luiz Lúcio Forti – São Manuel (SP)

CASSI responde: Luiz, o Hospital da Unesp é uma importante op-

ção em Botucatu, por se tratar de excelente entidade procurada por

participantes de várias cidades da região, inclusive por beneficiários

de Bauru. O hospital conta com atendimento eletivo para consultas

em todas as especialidades. Nas cidades menores (Conchas, Itatin-

ga, São Manuel) a oferta de profissionais para credenciamento é re-

duzida, mas a CASSI mantém contato constante com os gerentes do

Banco do Brasil na região e com outras autogestões para buscarem,

juntos, possibilidades de incrementar a rede com novos prestadores.

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16 PB

Ao usar adequadamente seu Plano, você contribui para a sustentabilidade financeira e a eficiência dos serviços da Caixa de Assistência. Conheça as principais dicas.

Mantenha seu cadastro atualizado: acesse o www.cassi.com.br, faça login na página Associados ou CASSI Família e clique em Atualização Cadastral. Isso ga-rante a chegada de informações importantes até você. Quem não tem cadastro no site deve, antes, clicar em Obter Senha de Acesso, no menu à esquerda, no alto da página Associados ou CASSI Família, e seguir as instruções.

Consulte primeiro o site quando precisar de atendimento: o portal da Caixa de Assistência na internet oferece agilidade e comodidade para acessar vários serviços. Antes de ligar para a Central CASSI, conheça as funcionalidades dis-poníveis no site.

Tenha um generalista como médico de confiança: ele acompanhará melhor sua saúde. Os participantes cadastrados na Estratégia Saúde da Família das CliniCASSI são acompanhados por equipe multiprofissional que inclui médico de família (generalista).

Use as CliniCASSI: sempre que necessitar de consultas com médico de família ou generalista, atendimento ambulatorial, aferição de pressão, retirada de pontos e curativos em geral. Há 65 CliniCASSI funcionando no País. Verifique a mais próxima pelo link Localize a CASSI, do site.

Saiba a diferença entre pronto-socorro e consulta: não procure pronto-socorro ou atendimento ambulatorial em hospitais para tratamentos ou ações preventivas, pois dificulta o acesso da assistência aos casos mais graves e custa mais caro do que consultas com hora marcada.

Use a Central CASSI de forma adequada: tenha sempre o seu cartão de identi-ficação em mãos ao ligar, anote o número do protocolo e dê preferência ao tele-fone fixo para fazer as ligações. A Central funciona 24h por dia, todos os dias da semana. Evite ligar para o 0800 729 0080 em horário comercial.