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MEMBF ANÁLISE RISCO CRÉDITO
AVALIAÇÃO DE NEGÓCIOS
Critérios de decisãoDeterminantes do valor
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A) Importância da avaliação de empresas
1. Fusões e aquisições, derivadas por:
Mercado de Capitais que facilita o seu financiamento; Accionistas que participam activamente nas AG
exigindo resultados; Despesas anti take-over que são cada vez menos
eficientes.
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2. Necessidade de criar valor nas empresas, num contexto em que:
Ser grande só por si já não é vantagem; A turbulência veio para ficar; Se assiste à “desintegração” dos negócios: a
integração vertical e a integração horizontal já não garantem sucesso;
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B) Mitos sobre avaliações
MITOA avaliação de empresas é sempre objectiva pois tem por base técnicas quantitativasUma avaliação bem feita é eterna
Uma avaliação dá um valor exacto
Quanto mais qualitativo for o modelo, melhorO mercado está normalmente errado e o avalista correctoO que interessa é o valor e não o processo de avaliação
REALIDADE
Muitos inputs têm componentes subjectivas
Novas informações podem levar a alterações dos pressupostos alterar o valor da empresaA utilização de pressupostos conduz a um intervalo de valoresA avaliação é tanto melhor quanto maior for a aderência dos pressupostos à realidadeAtenção: o mercado representa um conjunto vasto de analistas!O processo pode revelar fraquezas, oportunidades e formas de aumentar o valor da empresa
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C) Modelo de avaliação
Regra principal: Cash a avaliação deve basear-se no DCF
Em Portugal ainda se usam métodos não baseados no DCF:• O fisco usa-os para avaliação de acções em termos do CISD• No passado recente usava-se o goodwill para fixar os
preços nas OPVs
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A separação dos CF em vários componentes permite:
Usar diferentes técnicas de avaliação;
Usar dados do mercado;
Avaliar melhor o risco de cada componente;
Prever melhor os CF.
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Na utilização do método dos DCF é necessário ter em conta
O que é o Cash Flow livre; Cash Flow gerado pelas operações e Cash Flow para os
accionistas (e outros Stake holders); Como avaliar a dívida; O que fazer ao “excesso” de cash; Fundos de pensões; Como tratar as operações financeiras, novas emissões de
dívida, dividendos e recompra de acções;
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Como tratar os interesses minoritários e as subsidiárias não consolidadas;
Como tratar os ganhos / perdas cambiais; Que horizonte temporal usar; Como calcular o WACC; Como e quando calcular o Valor Residual; Como tratar os subsídios.
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C.1) Cash Flow de operações e Cash Flow para Accionistas:
A distinção dos Cash-flow (CF) é útil para avaliar os vários segmentos de negócio e as fontes de valor.Em alternativa podemos ver o CF para os accionistas, que é normalmente dividendos + recompra de acções.
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C.2) O Cash Flow livre:
É o CF de operações após impostos e antes de encargos financeiros deduzido dos vários investimentos (FM, equipamento, outros activos).
EBIT- Impostos sobre EBIT+Amortizações e variação de provisões=Cash Flow das Operações- Investimento em Fundo de Maneio- Investimentos (corpóreo, financeiro)= Cash Flow livre das operações+ Cash Flow não operacional= Cash Flow da empresa
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É preciso ter os seguintes cuidados no seu calculo:
Calcular os impostos no EBIT (à taxa efectiva da empresa) ou a partir do CF e somar as receitas financeiras x(1-t). Usar os impostos do ano e os diferidos;
Amortizações (todas excepto goodwill);O investimento em FM não inclui activos financeiros,
dívidas financeiras mesmo de curto prazo;O investimento é líquido de desinvestimentos;O excesso de cash é um fluxo financeiro, mas não o
cash mínimo ao funcionamento da empresa;
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Os juros, recebidos ou pagos, não contam. No entanto, os serviços financeiros e os descontos de pronto pagamento são cash flow operacional;
A dívida é avaliada no fim, logo a sua variação não nos interessa.
Dividendos e recompra de acções são fluxos financeiros;
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Contribuições para fundos de pensões são um cash flow operacional. Este é um aspecto importante na avaliação de empresas, pois se a empresa tiver um fundo excedentário pode parar com as contribuições ou até ir buscar fundos (EUA);
Interesses minoritários são uma fonte de financiamento;Os subsídios a fundo perdido são um cash flow
operacional. Os reembolsáveis são uma fonte de financiamento com custo zero.
Por vezes é conveniente separar o cash flow em várias componentes e avaliar cada uma separadamente.
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C.3) Como avaliar a dívida
A dívida deve ser avaliada a preços de mercado, uma vez que o mercado reflecte correctamente o seu valor apesar da sua volatilidade.
Assim, se não estiver cotada, devo descontar os fluxos financeiros a uma taxa que reflicta o risco (comparação com dívidas semelhantes cotadas).
Se possível, devemos atribuir um rating à dívida.
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Cada tipo de dívida (taxa fixa, taxa variável, convertível, etc) deve ser avaliada separadamente.
Os swaps podem ser avaliados como NPV (taxa fixa) - NPV (taxa variável).
Para avaliar caps, floors, dívida convertível, etc. devemos usar a teoria de opções.
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C.4) Activos não operacionais
Este tipo de activos deve ser avaliado a preços de mercado, se existir mercado secundário.
Ase não existir mercado secundário devemos avaliá-los como activos operacionais.
A título de exemplo refiram-se os terrenos, os andares alugados, participações minoritárias, etc..
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C.5) Como calcular o WACC
WACC=kd(1-t) D + Kp P + Ks S D+P+S D+P+S D+P+S
Temos que avaliar todas as fontes de financiamento da empresa, tendo em conta o seu risco, incluindo subsídios reembolsáveis, warrants, obrigações convertíveis, etc.Quanto aos produtos híbridos, é mais fácil decompô-los e avaliá-los separadamente.Para a maioria das componentes, faz-se o cálculo da TIR.Para avaliar os capitais próprios usamos o CAPM ou o APM.
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BE = [ 1+(1-t) D/E ] BetaA
Partimos de A = D(1-t) d + e E V V
e assumimos d = 0
Também podemos pensar quais são os determinantes do beta: leverage operacional, leverage financeiro, ciclicidade, tipo de negócio, etc.
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Sabemos que quanto maior for o horizonte da projecção financeira melhor.Para o cálculo do valor residual usamos o método de Gordon, usando o cash flow livre do último período (ou a média).
VR = CF (1+g) K - g
C.6) Cálculo do Valor Residual
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Assumimos que a empresa não irá fazer mais investimentos nos últimos anos.
Embora menos frequente podemos usar métodos como o valor de liquidação (pouco útil), múltiplos de mercado, etc.
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Valor da empresa para os accionistas = Valor da empresa - Valor da dívida + Excesso de $
Devemos analisar criticamente o resultado, tendo em atenção:
Empresas semelhantes; O mercado de capitais; A situação financeira que implica; Os short-cuts;
C.7) Considerações finais
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O horizonte da projecção; Até que ponto as várias medidas, em especial as
sinergias, são realistas; Os elementos “off balance sheet”; A análise das contas históricas em conjunto com as
previsionais, por forma a ter uma perspectiva integrada;
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Esta metodologia também serve para a avaliação de projectos de investimento Descontar os CF a uma taxa que reflicta o risco, tendo em conta os investimentos em equipamento e Fundo de Maneio e o Valor Residual.
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Avaliação de projectos - critérios
A avaliação de projectos começa pela determinação dos fluxos (recebimentos) futuros que decorrem do investimento efectuado
Cálculo do valor presente desses fluxos futuros – Importância de analisar o risco do projecto.
Que cenários alternativos são oferecidos ao projecto?
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Avaliação de projectos – Critérios de Decisão
Devemos considerar: - O montante do investimento - O valor dos cash flows futuros previstos - A taxa de actualização (associado ao risco e ao custo
de oportunidade) Critério de decisão 1 : Payback O payback mede o número de anos necessários para o
reembolso do investimento tendo em conta os cash flows esperados pelo investimento efectuado
Σ (t= 1 até n) Ct >= I qual o valor de n (anos) em que o somatório dos casflows esperados igualam o Investimento?
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Avaliação de projectos – Critérios de Decisão
Critério 2 : payback Actualizado - O critério 1 não tem em conta o risco do
projecto. Não se trata de casflows certos mas esperados
Então, o payback actualizado actualizado corresponde ao número de anos necessário para o reembolso do investimento inicial utilizando os cash flows actualizados
Σ (t= 1 até n) Ct / (1+r)t >= I
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Avaliação de projectos – Critérios de Decisão
Critério 3 – valor actual líquido Toma em consideração todos os cash flows esperados e não apenas os necessários para o reembolso do investimento incial
VAL = - I + Σ (t= 1 até n) Ct / (1+r)t Este critério indica-nos se o projecto
aumenta o valor da empresa (se VAL for maior que 0)
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Avaliação de projectos – Critérios de Decisão
Critério 4 – Taxa Interna de rentabilidade (TIR) Representa a taxa de rentabilidade do projecto e serve de
comparação com a taxa exigida pelos investidores por um projecto de risco semelhante (custo de oportunidade).
- I + Σ (t= 1 até n) Ct / (1+TIR)t = 0 Tanto melhor se TIR > r ( taxa associada ao risco do projecto ,
que serve de actualização ou que se encontra associada ao financiamento do projecto)
Se VAL > 0 então TRI > r Cuidados com a taxa TIR : os valores percentuais são mais
sensíveis a valores pequenos Não permite escolher entre mais vários projectos