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7º Encontro Paulista de Professores de Jornalismo
Universidade Estadual Paulista (UNESP), campus de Bauru
20 e 21 de maio de 2016
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Memórias do Fotojornalismo Brasileiro:
como proposta de convergência midiática nos cursos de jornalismo1
Erivam Morais de OLIVEIRA2 Mainne Nascimbem VEIGA3
ESPM, São Paulo, SP
Resumo Esse trabalho busca por alternativas inovadoras que contemplem o conteúdo jornalístico nos meios de comunicação, resgatando histórias e entrevistas com os principais personagens do fotojornalismo brasileiro, com objetivo de capturar e documentar os momentos escondidos durante uma cobertura jornalística. As histórias devem ser ilustradas por imagens dos momentos vividos pelo profissional em campo, descrevendo a história do repórter fotográfico e do veículo que publicou as imagens, resgatando a história da imprensa brasileira, por meio de arquivo multimídia publicado no Portal de Jornalismo da ESPM-SP, proporcionando que o material coletado passe a ser fonte de pesquisas para estudantes e profissionais, além de oferecer oportunidades ao jovem jornalista de exercitar os ensinamentos adquiridos em sala de aula. Palavras-chave fotojornalismo; memórias; fotojornalista; foto-áudio-reportagem; multimidia; mercado
1 Trabalho apresentado no GP 4 – Produção Laboratorial – Eletrônicos, do 7º Encontro Paulista de Professores de Jornalismo, realizado na UNESP-Bauru, em 20 e 21 de maio de 2016. 2 Jornalista; professor de fotojornalismo da ESPM-SP, Especialista em Teoria da Comunicação Social pela Cásper Líbero e mestre em Ciências da Comunicação pela USP com a dissertação e documentário em vídeo: Hércules Florence: Pioneiro da fotografia no Brasil (2003); é secretário geral da ARFOC-SP; vice-presidente da Casa Arte Cidadania, Vice-diretor de Relações Institucionais do FNPJ. Têm mais de 35 anos na área de Comunicação, com passagens pelas Rádios América, Nacional (atual Globo de São Paulo) e Excelsior (atual CBN) e Capital; TVs Ribeirão e Globo de São Paulo; Revistas Semanário e Contigo; Jornais Diário Popular (atual Diário de S. Paulo) e O Globo, atuou como professor, coordenador e chefe de departamento das principais instituições universitárias do Brasil, como: UFV; Cásper Líbero, Uni Sant´Anna, Belas Artes, Anhembi Morumbi, Uniso e dos cursos técnicos e livre do Senac-SP, é autor de vários artigos e do livro – Fotojornalismo – Uma viagem entre o analógico e o digital. (2009), é pesquisador de fotojornalismo e fotografia, desenvolvendo trabalhos com dispositivo móvel, exposição virtual, fotografia 360º graus, fotografia panorâmica, fotorreportagem, mosaico, photosynth, time lapse, estudando e analisando os rumos que a fotografia toma com a advento da convergência midiática. [email protected] – [email protected] 3 Estudante do 4º semestre do Curso de Jornalismo da ESPM-SP e editora na oficina de fotojornalismo na Agência de Jornalismo da ESPM, e-mail: [email protected] - [email protected]
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INTRODUÇÃO
A fotografia revela, mostra, evidencia, opina, denuncia e eterniza. Ela tem o
poder de congelar um ato, um instante, uma realidade. Ela dá informação e ajuda
a contextualizar uma notícia e conta uma história com várias faces e verdades.
As primeiras imagens apresentadas ao público foram produzidas em 1839,
por Louis Jacques Mandé Daguerre, com o procedimento Daguerrótipo. Este, é um
método onde as imagens são gravadas por meio da câmera obscura, e que se tornou uma
referência no mundo fotográfico durante todo o Séc. XIX e XX. Ao longo dos anos,
diversas descobertas foram somadas para consolidar a fotografia como a vemos hoje.
Em 1558, Della Porta (1541-1615) publicou uma descrição detalhada sobre a câmera e seu uso no livro Magia Naturalis sive de Miraculis Rerum Naturalium. Esta câmera era um quarto estanque à luz, possuía um orifício de um lado e a parede à sua frente pintada de branco. (OLIVEIRA, 2005, p.02).
Durante o século XIX, a Europa passava por profundas revoluções no
universo artístico, intelectual e mesmo humanístico. Rapidamente, os grandes centros
urbanos da época ficaram repletos de imagens proveniente dos daguerreótipos, que
acabara de ser anunciada ao mundo, a ponto de vários pintores figurativos exclamarem
em desespero, que a pintura havia morrido. Porém, outros artistas, também preocupados
em retratar a influência da luz solar, se aproveitaram a nova onda de descoberta para
abandonar seus ateliês, abrindo espaço para que os fotógrafos que gravam as imagens
por meio de câmera obscura se apoderassem dessa estrutura, deixada pelos pintores, que
passaram a se utilizar da luz externa, criando, assim, um novo movimento artístico, que
passou a ser conhecido como Impressionismo.
O anúncio da gravação de imagem com auxílio de câmera obscura por Louis Jacques Mandé Daguerre na Europa, em 1839, provocou grande polêmica entre alguns pintores, que acreditavam que o novo método de captação de imagens acabaria com a arte de pintar. Esses profissionais não admitiam que a fotografia pudesse ser reconhecida como arte, uma vez que era reproduzida com o auxílio físico e químico. - OLIVEIRA, VICENTINI, 2009, p. 13)
Esse novidade não demora a chegar no Brasil, e em menos de um anos, no
dia 16 de janeiro de 1840, o daguerreótipo chega ao Rio de Janeiro, trazido pelo Abade
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Compte, com todo o material necessário para a tomada de vários daguerreótipos,
conforme noticiou o Jornal do Commércio:
“É preciso ter visto a cousa com os seus próprios olhos para se fazer idéia da rapidez e do resultado da operação. Em menos de 9 minutos, o chafariz do Largo do Paço, a Praça do Peixe e todos os objetos circunstantes se achavam reproduzidos com tal fidelidade, precisão e minuciosidade, que bem se via que a cousa tinha sido feita pela mão da natureza, e quase sem a intervenção do artista” Jornal do Commércio, 17.01.1840, p.2.
Os profissionais que trabalham com imagens, estáticas ou não, são
especialistas em registrar e documentar as histórias dos outros, mas quando o assunto é
sua própria história, as coisas mudam de figura e pouco se tem sobre esses
acontecimentos.
Se algum fotógrafo tivesse registado a cena descrita anteriormente pelo
jornal do Commércio, poderíamos com clareza e riqueza de detalhes teríamos uma
noção melhor, do período do registro do primeiro daguerriótipo feito no Brasil.
Portanto, Memorias do Fotojornalismo Brasileiro, busca documentar e
resgatar a memória sempre esquecida dos profissionais que sempre estão em campo,
registrando o cotidiano de todos. Esse projeto é voltado aos estudantes dos cursos de
Jornalismo e visa proporcionar, uma experiência interna que simule um ambiente de
redação e, externa, fazendo com que o repórter vá a campo e ponha em prática o
conhecimento adquirido na sala de aula. Além disso, busca ampliar a capacidade de
manusear ferramentas do jornalismo, como operar câmeras fotográficas, criar roteiro,
gravar áudio, pesquisar, editar vídeos, etc., oferecendo ao estudante a possiblidade de
produção, mostra que é possível fazer uma publicação envolvendo diversos recursos
multimídia, incentivando a capacidade criativa do aluno e o desenvolvimento de um
banco de informações de vários profissionais e veículos impresso de comunicação de
nosso País, além de produtos em plataformas diferenciadas e voltados a fotografia e ao
fotojornalismo, explorando as convergências midiáticas, aprofundando conhecimento
sobre a história do fotojornalismo e dos meios de comunicação brasileiro.
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A história da fotografia é construída por diferentes nomes. Ela não possui
um único criador. Diversas pessoas foram responsáveis por agregar valor à captura de
imagem, cada uma buscou inovações e fez com que o ato de fotografar se tornasse
algo mais prático e de qualidade. Com o tempo, a fotografia ganhou espaço, e deu
origem a novas categorias, como por exemplo, o fotojornalismo.
O fotojornalismo surge a partir do momento em que a fotografia é desenvolvida como mecanismo de reprodução da realidade visual. As fotografias passam a ser utilizadas a partir de meados do século XIX nas primeiras publicações ilustradas europeias, para transmitir informações úteis (de valor jornalístico) conjugando imagem e texto. Sua finalidade primordial é informar. (LOHMANN, 2011, p. 10)
O surgimento do fotojornalismo está ligado diretamente a representação da
realidade. Ao longo do tempo, os leitores passaram a buscar na fotografia a retratação
do momento exato de uma notícia. Uma imagem em conjunto com um texto, da mais
veracidade a informação e faz com que o leitor entenda melhor o assunto abordado.
O fenômeno da introdução da fotografia na imprensa é de importância também capital. Muda a visão das massas. Até então, somente os acontecimentos que ocorriam ao redor, na rua, na cidade podiam ser visualizados pelo homem comum. A fotografia inaugura a comunicação visual da massa quando o retrato individual se vê substituído pelo retrato coletivo. Ao mesmo tempo se converte em um poderoso meio de propaganda e manipulação (FREUND, 1986).
De acordo com Barthes (1984), o fotojornalismo é como se fosse uma
mensagem, constituída em três partes fundamentais e indispensáveis. São elas: a fonte
transmissora, o canal de transmissão e o meio receptor. Segundo o autor, a fonte
transmissora seria o fotojornalista ou o veículo de informação. O canal de transmissão é
o meio pelo qual a fotografia chegará ao público, como por exemplo: jornais, sites e
revistas. O meio receptor, é o público.
Além da própria imagem, há outros elementos que complementam a
mensagem e ajudam a dar um sentido para o leitor. Cada indivíduo tem uma
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interpretação diferente de uma foto, seja ela artística ou informativa. Varia de acordo
com suas experiências sociais, culturais e pessoais. A leitura de uma fotografia
desencadeia reações muito mais intensas do que a leitura de um texto convencional.
É no fotojornalismo que a fotografia pode exibir toda a sua capacidade de transmitir informações. E essas informações podem ser passadas, com beleza, pelo simples enquadramento que o fotógrafo tem a possibilidade de fazer. E na verdade o que o fotógrafo muitas vezes faz é transformar uma notícia visualmente agradável ou importante num grande acontecimento. Nada acontece hoje nas comunicações impressas sem o endosso da fotografia. (LIMA, 1989, p. 11)
Desde seu nascimento até a atualidade, a fotografia atravessa por diversas
crises e desafios para conseguir manter sua sobrevivência. O mercado jornalístico busca
cada vez mais, se adaptar aos novos tipos de leitores e suas tecnologias.
Negar a existência de crise no fotojornalismo seria o mesmo que negar a existência das novas tecnologias no mercado convergente da fotografia e da mídia em geral. O importante nesse aprendizado é saber o que fazer com essa crise e tirar proveito das inúmeras alternativas tecnológicas que despontam no mercado. (OLIVEIRA, 2012, p. 125)
Segundo Oliveira (2012), após passarmos por diversas revoluções
tecnológicas, iniciamos uma nova era da convergência midiática. A transformação do
antigo em moderno, aliando plataformas e linguagens por meio de aplicativos e
programas pré-estabelecidos. Estes, promoverão uma integração da informação em
diversos suportes, deixando-as muito mais interativos. Essas novas tecnologias podem
revitalizar o jornalismo, e por sua vez, a fotografia e o fotojornalismo.
Os veículos de comunicação impressos, proprietários dos grandes portais jornalísticos, terão que apresentar alternativas para esses consumidores do noticiário eletrônico. O áudio Slide é um novo formato multimídia informativo, que uniu a fotografia ao áudio, onde ambos apresentam informações jornalísticas, mas que são captadas de formas diferentes. (OLIVEIRA, 2012, p.126)
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O conceito do Memorias do Fotojornalismo Brasileiro é justamente ao que
se refere essa última citação: fazer com que leitor capte a informação em um formato
multimídia diferente, que denominamos de foto-áudio reportagem.
O foto-áudio reportagem Memórias do Fotojornalismo Brasileiro, tem
como objetivo, resgatar a trajetória profissional dos repórteres fotográficos e
consequentemente dos veículos de comunicação, fazendo uso dos meios alternativos
de comunicação.
O projeto proporciona ao aluno uma experiência similar a de uma
redação, aonde ele irá apurar informações sobre os fotojornalistas, e depois, seguirá
a campo, colocando em prática os ensinamentos dados em sala de aula. A produção
deste material incentiva a criatividade do aluno, mostrando uma diversidade de
recursos multimídia, que combina a fotografia, o rádio e o vídeo. É um produto de
diferentes plataformas, voltado diretamente a fotografia e ao fotojornalismo.
Contar em poucos minutos a trajetória profissional de um jornalista é uma
tarefa difícil. Nosso desafio com este projeto é resgatar e documentar histórias de
coberturas jornalísticas resumidas em imagens. A fotografia por si só, tem
um caráter testemunhal, ou seja, dá mais veracidade ao artigo imagético em questão.
Ela retrata histórias e eterniza momentos. O fotojornalismo traz valiosas contribuições
para a compreensão da sociedade. É justamente isso que procuramos, reviver essas
histórias e estes momentos.
A princípio, buscamos neste projeto colocar em prática os ensinamentos
dados em sala de aula e proporcionar, acima de tudo, uma vivencia com
postura profissional para o aluno. É um trabalho que envolve entrevistas, sugestões de
pautas, cumprimento de deadlines e realizações de matérias. Sempre estimulando o
aluno a ter mais pró-atividade e a trabalhar em equipe, visando o seu crescimento
pessoal e profissional.
Com o intuito de descobrir novas habilidades e facilidades, tanto no
ramo acadêmico quanto no profissional, o aluno tem a liberdade de experimentar
diversos tipos de linguagens e plataformas para se comunicar com o público. Podem ser
elas: imagens, texto, vídeos, áudio, infográficos e quais outros meios ele preferir, com
tanto que, em conjunto, tenham harmonia, conteúdo e informações jornalísticas.
Trabalhar deste modo faz com que, durante a vida acadêmica, o
aluno descubra melhor suas aptidões e tenha uma maior facilidade na hora de
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se encaminhar profissionalmente para um setor jornalístico. Ainda, torna-o mais
qualificado para o mercado atual, visto que, ele saberá explorar seu potencial e terá
conhecimento, não só teórico, mas também prático em diversas áreas.
A história da fotografia está diretamente relacionada ao desenvolvimento
da tecnologia e à consolidação da profissão de fotógrafo. O que tem tudo haver com o
projeto e as técnicas utilizadas nele. O Memórias do Fotojornalismo Brasileiro possui
o formato de foto-áudio-reportagem. Uma produção multimídia que possibilita o aluno
a cada vez mais, ampliar a sua capacidade de manusear as ferramentas do jornalismo,
como operar câmeras, editar vídeos e diagramar textos.
[...] Hoje, a tecnologia já permite a ligação directa das máquinas aos computadores e/ou a interfaces próprios, como modens que permitem o envio rápido das fotos. [...] Porém, alguns casos dos finais dos anos oitenta e princípios dos noventa vieram renovar o debate sobre as fotos e a sua capacidade de referenciar a realidade, evidenciando, igualmente, que as novas tecnologias vão provavelmente destruir de uma vez por todas a crença de que uma imagem fotográfica é um reflexo natural da realidade. (Sousa, 2000, p. 212.)
O estudante é desafiado a se comprometer com o projeto, sugerindo pautas
e debatendo-as. O ponto principal é, fazer com que ele entenda a relevância desse
conteúdo para sua formação jornalística e saiba, a importância da informação para o
público receptor desse produto midiático. Assim, ele passa a assumir um papel ativo nas
atividades propostas. Neste caso, o aluno participante é o personagem central e
operante do projeto.
Para conseguir pôr em prática e desenvolver melhor esse trabalho,
utilizamos o laboratório de jornalismo do curso de graduação da ESPM-SP. O
mesmo, possui uma infraestrutura eficiente para conseguirmos:
gravar os áudios no estúdio de rádio; capturar imagens fotográficas ou mesmo em vídeo
do fotojornalista no momento da entrevista, com utilização da câmera Canon T4I ou
outro modelo, disponibilizada pela faculdade; e editarmos os vídeos nos
computadores, por meio do Movie Maker ou de qualquer outra plataforma de edição
de preferência do aluno. O projeto tem um padrão de edição ao qual é exigido e deve ser
seguido. Ficando a cargo do aluno explorar sua criatividade para transmitir a
informação ao público.
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Como já mencionado, além de entrevistas realizadas com
os repórteres fotográficos, resgatamos histórias de antigos veículos de comunicação e
trazemos à tona, o que tem por traz, dos antigos e novos acervos fotográficos. Esta
divulgação ocorre por meio das novas plataformas tecnológicas, que tem como foco o
compartilhamento de vídeos. Este meio de divulgação, atualmente, tende a ter uma
maior visibilidade dos jovens e interessados no assunto.
O projeto consiste em roteirização em um vídeo de curta duração, aonde o
aluno narra a trajetória de um fotojornalista em questão. Este vídeo é baseado em fotos,
tanto da imagem física do jornalista tiradas no momento da entrevista, quanto de
coberturas jornalísticas realizada pelo profissional. Junto disso, tem-se uma trilha
sonora para dar dramatização à história. A plataforma de divulgação utilizada para
publicação deste foto-áudio-reportagem, é preferencialmente o Kaltura ou também,
YouTube, ou outro meio de compartilhamento de vídeos acadêmico.
Para a realização do foto-áudio-reportagem, são necessários encontros.
Estes, ocorrem semanalmente, sempre com a orientação do professor. Nestas reuniões,
os alunos são desafiados, na seguinte ordem, á: elaborar pautas com base no Memórias
do Fotojornalismo Brasileiro; agendar entrevistas; produzir as matérias; editar, gravar e
montar o projeto; apresentar o material produzido ao professor editor; e por último,
acompanhar o processo de publicação no Portal de Jornalismo da ESPM, e nas redes
sociais.
O foto-áudio reportagem Memórias do Fotojornalismo Brasileiro deverá
ocupar em pouco tempo, o espaço não explorado pelos principais meios de
comunicação, resgatando memórias e revivendo momentos marcantes para a história do
fotojornalismo brasileiro.
Este projeto ajudou a pôr em prática várias questões teóricas aos quais
aprendemos em sala de aula. Ajudou, e ainda ajuda, diariamente nossa desenvoltura
jornalística. Como exemplo: a realização de entrevistas. Normalmente ela gera um certo
“medo” e receio por parte do aluno, que muitas vezes tentam “fugir” deste
compromisso. Com a elaboração deste trabalho, e a cobrança posta encima dele, o
estudante não tem muita saída e precisa encarar isso de frente superando suas barreiras.
Não que não haja outros meios para se resolver este anseio, mas de certo modo, ajuda a
quebrar um tabu.
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O produto final possibilita a aquisição de experiência significativa no
currículo dos estudantes envolvidos. Buscamos sempre propor uma interação com todos
os membros da equipe, e fazer com que saia um trabalho harmonioso e agradável do
público ver.
Talvez o pensamento que melhor traduza essa realidade no mundo convergente,
seja a expressão do fotógrafo catalão Joan Fontcubuerta, que afima que “toda fotografia é
uma ficção que se apresenta como verdadeira. Contra o que nos inculcaram, contra o que
costumamos pensar, a fotografia mente sempre, mente por instinto, mente porque sua
natureza não lhe permite fazer outra coisa”. (FONTCUBERTA, 1997, p.13). –
(OLIVEIRA, 2013, p. 12).
ANEXOS
Abertura do Foto-áudio reportagem publicado no
Portal de Jornalismo da ESPM- SP
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Repórter fotográfico Nilton Fukuda (O Estado de S. Paulo)
Copa do Mundo no Brasil 2012 – Foto Nilton Fukuda
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Copa do Mundo no Brasil 2012 HOLANDA – Foto Nilton Fukuda
Copa do Mundo no Brasil 2012 TORCEDOR – Foto Nilton Fukuda
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Dependente de Crack na crackolândia em São Paulo-SP – Foto Nilton Fukuda
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARTHES, Roland. A Mensagem fotográfica. 1984. Disponível em:
acervovis.org/pdfsfoto/RBarthes.pdf
FONTCUBERTA, Joan. El Beso de Judas: fotografía y verdad. Barcelona: Editorial
Gustavo Gili S.A, 2000.
FREUND, Gisèle. La fotografia como documento social. Barcelona: Gustavo Gili,
1986. GIACOMELLI, I. L. Antecedentes do fotojornalismo.
LIMA, Ivan. Fotojornalismo brasileiro: realidade e linguagem. Rio de Janeiro:
Fotografia Brasileira, 1989.
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LOHMANN, R. A objetividade no fotojornalismo: um estudo de caso do jornal
Zero Hora. Trabalho de Conclusão de Curso. Rio Grande do Sul,
2011. Disponível em: http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/37638/000
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OLIVEIRA, E. M. Da fotografia analógica à ascensão da fotografia digital. Covilhã -
Portugal, Biblioteca On Line de Ciências da Comunicação - Universidade da Beira
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OLIVEIRA, Erivam Morais de, Uma releitura da fotografia, do século XIX até
sociedade midiática. São Paulo, FNPJ, Trabalho apresentado no GP - Produção
Laboratorial – Eletrônicos, do 6º Encontro Paulista de Professores de Jornalismo, realizado na
ESPM-SP, em 26 e 27 de abril de 2013.
OLIVEIRA, Erivam Morais de, VICENTINI, Ari. Fotojornalismo – uma viagem
entre o analógico e o digital. São Paulo, Cengage Learning, 2009.
OLIVEIRA, E. M. Hércules Florence: Pioneiro da fotografia no Brasil. São Paulo,
Dissertação de Mestrado ECA/USP, 2003.
OLIVEIRA, E. M. O pioneiro da fotografia no Brasil. Covilhã - Portugal, BOCC. -
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http://www.bocc.ubi.pt/pag/oliveira-erivam-pioneiro-fotografia-brasil.pdf, 2007.
OLIVEIRA, E. M. O resgate da ética no fotojornalismo: a banalização das imagens nos
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OLIVEIRA, Erivam. As mídias digitais como suporte comunicacional: O
renascimento do fotojornalismo nas ondas tecnológicas. REBEJ: 2012.
Disponível em:
http://www.fnpj.org.br/rebej/ojs/index.php/rebej/article/viewFile/220/157
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SOUSA, Jorge Pedro. Uma história critica do fotojornalismo ocidental. Chapecó:
Grifos; Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2000. – Disponível
em http://www.bocc.ubi.pt/pag/_texto.php?html2=sousa-jorge-pedro-
historia_fotojorn1.html