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MERCADO DE CAPITAIS OS CONTRATOS DERIVATIVOS

MERCADO DE CAPITAIS€¦ · ASPECTOS CONCEITUAIS Aspectos econômicos: •O sistema financeiro e a gestão de riscos A visão mais comum e tradicional sobre o sistema financeiro remete

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MERCADO DE CAPITAIS

OS CONTRATOS DERIVATIVOS

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•Introdução

OS CONTRATOS DERIVATIVOS

•Aspectos conceituais

• Evolução histórica

• O mercado de derivativos

• Os derivativos plain vanilla

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INTRODUÇÃO

• Conceito básico de derivativo

Contrato que instrumentaliza operação com liquidação futura e que permite a gestão do risco de preço. O preço do contrato derivativo deriva do preço do ativo subjacente.

• De Lopes, Galdi e Lima

“(...) derivativo é um instrumento financeiro ou outro contrato com todas asseguintes características:seguintes características:

•a) Seu valor se altera em resposta às mudanças de uma taxa de jurosespecificada, do preço de um instrumento financeiro, do preço de commodities, detaxas de câmbio, de um índice de preços ou taxas, de rating de crédito ou índice decrédito, ou outras variáveis, selecionadas no caso de variáveis não financeiras nãorelacionadas a uma parte do contrato;

•b) Não requer investimento inicial líquido ou requer um investimento iniciallíquido que é menor do que seria necessário no caso de outros contratos comrespostas similares às mudanças nos fatores de mercado; e

•c) Será liquidado em data futura.”

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ASPECTOS CONCEITUAIS

Aspectos econômicos:

•O sistema financeiro e a gestão de riscos

A visão mais comum e tradicional sobre o sistema financeiro remete ao papel da intermediação, do estabelecimento de uma interligação entre os emprestadores e os tomadores finais de recursos na economia. As conceituações apresentadas têm um caráter didático, entretanto, cabe salientar, não dão conta de todo o conjunto de finalidades do sistema financeiro. Das relações não contempladas nessa visão de finalidades do sistema financeiro. Das relações não contempladas nessa visão mais tradicional, destaca-se a administração ou gestão de riscos, questão central que toca aos instrumentos derivativos.

•A relação intrínseca entre a gestão de riscos e os derivativos

Em linhas gerais, como noção primária, deve-se ratificar que a principal função dos instrumentos derivativos consiste na redução da incerteza oriunda das oscilações de preços de um ativo, a mitigação do risco de preço ou risco de mercado.

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ASPECTOS CONCEITUAISAspectos jurídicos:

•A conexão entre aspectos jurídicos e econômicos dos derivativosO ponto comum para a abordagem aqui pretendida é o mecanismo de transferência de risco, no caso, valelembrar, do risco oriundo da variação do preço/valor de um ativo subjacente, uma operação econômica.

•A natureza jurídica contratual dos derivativosO contrato como o instrumento ideal para dispor sobre interesses patrimoniais, o que também se aplica àadministração de riscos patrimoniais por meio dos instrumentos derivativos. Correlação entre operaçãoeconômica e contrato, na qual a primeira é parte integrante do segundo. Também são aplicáveis aoscontratos derivativos: função social do contrato, obrigatoriedade, consensualismo, boa-fé objetiva,contratos derivativos: função social do contrato, obrigatoriedade, consensualismo, boa-fé objetiva,autonomia da vontade e intervenção do Estado, relatividade dos efeitos do contrato, e equilíbrioeconômico-financeiro contratual.

•A licitude e a atipicidade dos contratos derivativosArt. 425 CC. . É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas nesteCódigo.

•A inclusão dos derivativos no rol dos valores mobiliáriosEm decorrência da escolha do legislador brasileiro, o que se verifica em termos práticos é o deslocamentode responsabilidades que antes eram atribuídas ao BACEN - Banco Central do Brasil (sobre derivativos cujoativo subjacente não fosse um valor mobiliário) para a CVM - Comissão de Valores Mobiliários, comconsequente ampliação da competência desta última.

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EVOLUÇÃO HISTÓRICA

• Origem com produtos agrícolas, sendo que o seu princípio básico, de

contratação hoje para entrega/recebimento no futuro, remonta a séculos a.C.

• Algumas referências no séc. XVIII: Japão com recibos de arroz para entrega futura e Inglaterra com produtos coloniais “to arrive”.entrega futura e Inglaterra com produtos coloniais “to arrive”.

• Somente no séc. XIX nos EUA surgem as condições necessárias para os modernos mercados futuros: legislação comercial, especulação consistente e contratos para entrega futura (Chicago Board of Trade –CBOT).

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EVOLUÇÃO HISTÓRICA

1917 - Bolsa de Mercadorias de São Paulo –BMSP (termo de café e algodão)

1983 - Bolsa Brasileira de Futuros – BBF no Rio de Janeiro (futuros financeiros)

1985 – Bolsa Mercantil & de Futuros – BM&F em São Paulo (contratos de ouro spot, termo, opções e futuro e índice futuro de ações)

1986 – Criação da CETIP

1991 – Fusão BM&F e BMSP1991 – Fusão BM&F e BMSP

1997 – Acordo operacional BM&F e BBF

2007 – Desmutualização e listagem em bolsa da BM&F e da Bovespa Holding

2008 – Integração e criação da BM&FBovespa; desmutualização da CETIP

2009 – CETIP é listada em bolsa

2010 – Participações da BM&FBovespa no CME Group – Chicago Board of Trade Company

2017 – Fusão BM&FBovespa e CETIP (B3 S.A. - BRASIL, BOLSA, BALCÃO)

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O MERCADO DE DERIVATIVOS

Usos

• Hedge - operações de proteção (foco de contratos empresariais).

• Arbitragem - aproveitamento de distorções entre diferentes mercados ou ativos.

• Especulação - operações que visam maiores ganhos com assunção de maiores riscos.

Negociação em bolsa

• A data de vencimento, a qualidade e o tamanho de lotes negociados, as garantias do negócio e a forma de liquidação, por exemplo, são padronizados.

•Contraparte central garantidora (câmara de compensação e liquidação)

Registro em balcão (Over The Counter – OTC)

• Os contratos são feitos sob medida (taylor made), com grande flexibilidade em relação aos itens do contrato.

• Entrega contra pagamento (Delivery Versus Payment – DVP).

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O MERCADO DE DERIVATIVOS

Destaque para as peculiaridades do mercado brasileiro

• Por razões históricas, inversamente ao que ocorre nos países desenvolvidos,

nosso mercado concentrou a maioria dos negócios nos mercados de bolsa(mitigação do risco de crédito da contraparte).

• Todas as operações com derivativos do mercado local são registradas eminstituições autorizadas pelo Banco Central do Brasil e Comissão de ValoresMobiliários - CVM.

• Todas as operações com derivativos do mercado local têm seus comitentes finaisidentificados (transparência para o regulador).

Regulação e autorregulação

• Desde 2001 os derivativos estão sob a competência da CVM, passando a compor

o rol de valores mobiliários do art. 2º da Lei 6385/76.

• B3 S.A. (BSM – Supervisão de Mercados) reconhecida formalmente comoentidade autorreguladora e com atuação complementar ao regulador.

• Destaques: Lei 6.385/76, Resoluções CMN nº 3505/07, 3824/09 e 3833/09 ;Instruções CVM nº 461/07, 467/07 e 475/08 e Circular BC nº 3474/09.

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O MERCADO DE DERIVATIVOSBOLSA X BALCÃO

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O MERCADO DE DERIVATIVOS

Fonte: IBGE

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OS DERIVATIVOS PLAIN VANILLA

Fonte: B3 S.A.

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Fabio Bergamasco

Obrigado!

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Fabio Bergamasco

Analista / SMI / GMA-2