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FACULDADE CAPIVARI FUCAP TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS O PONTO EQUILÍBRIO NA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA DE UMA EMPRESA DO RAMO SUPERMERCADISTA. Ademilson Antonio Pereira dos Santos Prof. Adão Paulo Ronconi RESUMO O presente trabalho discorre sobre a utilização de uma importante ferramenta na administração financeira de uma empresa do ramo supermercadista. O sistema de custos surge como um dos elementos fundamentais para que os gestores tenham conhecimento das operações cotidianas, e, além disso, para que seja possível nortear o processo de tomada de decisão no nível estratégico. A pesquisa tem como objetivo geral; demonstrar como o ponto de equilíbrio do Supermercado Luiz influencia gerencialmente na sua gestão e como objetivos específicos: encontrar a margem de contribuição dos produtos estudados; calcular o ponto de equilíbrio mais apropriado para o objeto de estudo e demonstrar para a empresa como o resultado encontrado influencia na sua gestão de custos. Esse trabalho apresenta uma pesquisa exploratória com conceitos básicos relacionados aos métodos de custeio por estudo de caso no Supermercado Luiz, que atua no segmento supermercadista. Faz-se um estudo de caso com o levantamento de informações dos custos de dois dos produtos mais vendidos no Supermercado Luiz por meio de uma entrevista pessoal com o proprietário da empresa. Utiliza-se, também, de uma observação direta e indireta dos gestores e funcionários da empresa com o intuito de verificar o método de custeio adotado. A pesquisa estudada proporcionou à empresa maior conhecimento das informações presentes em seu comércio, devido às ferramentas de custos utilizados atenderem às particularidades do supermercado, permitindo assim um controle mais eficaz e possibilitando o conhecimento do resultado obtido em cada produto estudado. Portanto, os indicadores apresentados ao longo da pesquisa demonstraram que a empresa tem condições de aprimorar seus métodos de controle e técnicas adotadas na gestão do supermercado. Palavras-Chave: Custos. Ponto de Equilíbrio. Administração Financeira. Supermercado.

FACULDADE CAPIVARI FUCAP TRABALHO DE CONCLUSÃO … · do ponto de vista econômico e financeiro, observando seus aspectos quantitativos e qualitativos e as variações neles sofridas

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FACULDADE CAPIVARI – FUCAP

TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

O PONTO EQUILÍBRIO NA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA DE UMA

EMPRESA DO RAMO SUPERMERCADISTA.

Ademilson Antonio Pereira dos Santos

Prof. Adão Paulo Ronconi

RESUMO

O presente trabalho discorre sobre a utilização de uma importante ferramenta na

administração financeira de uma empresa do ramo supermercadista. O sistema de custos

surge como um dos elementos fundamentais para que os gestores tenham conhecimento

das operações cotidianas, e, além disso, para que seja possível nortear o processo de

tomada de decisão no nível estratégico. A pesquisa tem como objetivo geral; demonstrar

como o ponto de equilíbrio do Supermercado Luiz influencia gerencialmente na sua

gestão e como objetivos específicos: encontrar a margem de contribuição dos produtos

estudados; calcular o ponto de equilíbrio mais apropriado para o objeto de estudo e

demonstrar para a empresa como o resultado encontrado influencia na sua gestão de

custos. Esse trabalho apresenta uma pesquisa exploratória com conceitos básicos

relacionados aos métodos de custeio por estudo de caso no Supermercado Luiz, que atua

no segmento supermercadista. Faz-se um estudo de caso com o levantamento de

informações dos custos de dois dos produtos mais vendidos no Supermercado Luiz por

meio de uma entrevista pessoal com o proprietário da empresa. Utiliza-se, também, de

uma observação direta e indireta dos gestores e funcionários da empresa com o intuito

de verificar o método de custeio adotado. A pesquisa estudada proporcionou à empresa

maior conhecimento das informações presentes em seu comércio, devido às ferramentas

de custos utilizados atenderem às particularidades do supermercado, permitindo assim

um controle mais eficaz e possibilitando o conhecimento do resultado obtido em cada

produto estudado. Portanto, os indicadores apresentados ao longo da pesquisa

demonstraram que a empresa tem condições de aprimorar seus métodos de controle e

técnicas adotadas na gestão do supermercado.

Palavras-Chave: Custos. Ponto de Equilíbrio. Administração Financeira. Supermercado.

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1 INTRODUÇÃO

Toda pessoa, física ou jurídica que tenha um patrimônio, pode beneficiar-se da

área contábil e de suas ferramentas. Por meio do conjunto de bens, direitos e obrigações,

o profissional da contabilidade registra e documenta todas as transações, possibilitando

resultados significativos para o cliente. De acordo com Gonçalves (1994), a

Contabilidade passou a existir como ciência no século XV, com métodos criados pelo

frade franciscano Luca Pacioli. Método sistemático que, segundo Marion (2009), é tão

antigo quanto à origem do homem. Na própria Bíblia, em seu primeiro livro, na

passagem de Gêneses e diversas outras se sugerem a existência da contabilidade,

quando os pastores faziam as contagens de ovelhas para controle de seus rebanhos.

Para Franco (2006), a Contabilidade tem como estudo o controle do patrimônio

do ponto de vista econômico e financeiro, observando seus aspectos quantitativos e

qualitativos e as variações neles sofridas. Em todos esses aspectos é necessário o

registro dos negócios, que visa documentar suas alterações, desde lucro a prejuízo,

desenvolvendo historicamente as necessidades econômicas com estudos e experiências.

O ponto de equilíbrio é um dos importantes indicadores que tem como função

informar a empresa sobre o volume necessário de vendas em um determinado período, a

fim de cobrir todos os custos fixos e variáveis. É o nível de vendas onde o lucro é

considerado nulo.

Ao aumentar suas vendas, a empresa conseguirá obter resultados ultrapassando o

ponto de equilíbrio, o que resulta em um benefício positivo, no entanto, se as vendas

registrarem valores abaixo do ponto de equilíbrio haverá prejuízo.

Assim, a pergunta de pesquisa discutir a seguinte questão: “Como o ponto de

equilíbrio do Supermercado Luiz influencia gerencialmente na sua gestão? ”,

Esse trabalho tem como objetivo geral, apresentar por meio do ponto de

equilíbrio a influência gerencial na gestão do supermercado Luiz.

Os objetivos específicos desse trabalho são:

Verificar qual o ponto de equilíbrio a ser calculado no supermercado Luiz;

Encontrar qual a margem de contribuição dos produtos do supermercado

estudado;

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Calcular o ponto de equilíbrio apontado como mais apropriado para o objeto de

estudo;

Demonstrar para a empresa estudada, como o resultado encontrado influencia

em sua gestão de custos.

2 EMBASAMENTO TEÓRICO

Nesta seção, serão exibidos os conceitos referentes à área contábil, às

ramificações, ao conceito de contabilidade, à margem de contribuição e ao ponto de

equilíbrio.

Segundo Iudícibus (2000), é provável que algumas formas mais rudimentares de

contagem de bens, tenham sido realizadas por volta do quarto milênio antes de Cristo,

proporcionando gradativamente uma evolução até o surgimento da moeda.

O progresso dessa ciência social é eminente e trouxe diversas utilidades que na

contemporaneidade, resultaram em especialidades e denominações, nas quais podem-se

destacar: a Contabilidade Financeira, a Contabilidade Gerencial, a Contabilidade Fiscal,

a Contabilidade Tributária e a Contabilidade Comercial.

A história desse ramo no Brasil ainda vem atrelada à necessidade que os

comerciantes tinham em melhorar a qualidade do controle de seus bens. Bielinski

(2011) discursa a respeito do ensino contábil no Brasil que diz que no começo do século

XIX os mercadores iam instruindo-se com a experiência contraída nas práticas

cotidianas realizadas em casas de comércio. Contudo, a ocupação de comerciante

demandava conhecimentos, pois era notável a necessidade, para a economia nacional,

de um comércio instruído e moralizado.

Nesse contexto histórico dá-se muita atenção em relação à desvalorização e ao

desmerecimento da profissão:

No ano de 1869 foi criado a Associação dos Guarda-Livros da Corte, sendo

reconhecido oficialmente no ano seguinte pelo Decreto Imperial nº 4.475,

este fato foi importante, pois estava constituído o guarda-livros, como a

primeira profissão liberal do Brasil. O guarda-livros, como era conhecido

antigamente o profissional de Contabilidade, era um profissional ou

empregado incumbido de fazer os seguintes trabalhos da firma: elaborar

contratos e distratos, controlar a entrada e saída de dinheiro, através de

pagamentos e recebimentos, criar correspondências e fazer toda a

escrituração mercantil. Exigia-se que estes profissionais tivessem domínio

das línguas portuguesa e francesa, além de uma aperfeiçoada caligrafia.

(REIS; SILVA; SILVA. 2007. p. 04).

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2.1 RAMOS DA CONTABILIDADE

A contabilidade evoluiu trazendo diversas utilidades que nos dias de hoje

procederam em características e denominações, nas quais se pode explicar a

Contabilidade Financeira, Contabilidade Gerencial, Contabilidade Fiscal e Tributária e

Contabilidade de Custos, dentre outras.

Nessa seção serão evidenciados os ramos da contabilidade que mais têm relação

com o assunto da pesquisa, para que se alcance suporte do referencial para a preparação

do estudo de caso.

2.1.1 Contabilidade Gerencial

A Contabilidade Gerencial está conferida a várias técnicas e procedimentos

contábeis úteis à administração, a qual tem como objetivo específico facilitar o

planejamento, a avaliação de desempenho e o controle dentro da organização e para

assegurar o uso apropriado de seus recursos. Não há sinais de ocorrência dessa

subdivisão do ramo da contabilidade em uma entidade, assim como os outros tipos de

subsistemas (Contabilidade Financeira, Contabilidade de Custos). As aplicações desses

subsistemas são visíveis nas organizações, sendo que a contabilidade gerencial existe ou

existirá, se houver dentro da empresa pessoas que consigam demonstrar os conceitos

contábeis em atuação prática.

A Contabilidade Gerencial preocupa-se mais com o futuro, dá menos ênfase à

precisão, enfatiza segmentos de uma organização (em lugar da organização

como um todo), e não é governada por princípios contábeis aceitos, além de

não ser obrigatória.

(GARRISON. 2007. p.21)

De maneira geral, todo o procedimento, técnica e informação realizados para

que a administração utilize desses subsistemas nas tomadas de decisões entre

alternativas de conflito, recai na contabilidade gerencial.

2.2 Contabilidade de Custos

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Antes mesmo de se falar em contabilidade de custos é importante saber de onde

surgiu a necessidade de avaliar e analisar a contabilidade. Anteriormente ao

aprimoramento da escrita e sabendo apenas o básico no que diz respeito à área

financeira, a humanidade já tinha a necessidade de controlar, avaliar e analisar suas

posses, e isso se ilustra na importância que tinha a contabilidade antes do descobrimento

das partidas dobradas.

A contabilidade de custos se faz necessária devido à importância da apreciação

dos dados contábeis para facilitar o desenvolvimento e a implantação das estratégias

adotadas pelas organizações, pois a contabilidade não é um fim em si mesmo, mas um

meio de ajudar a empresa a atingir seus objetivos.

Segundo Martins (2003), dado o crescimento das empresas, com o consequente

aumento da distância entre o administrador e ativos, e pessoas administradas, passou, a

contabilidade de custos a ser encarada como uma eficiente forma de desempenho da

nova missão da contabilidade, a missão gerencial.

De acordo com Crepaldi (2010), nas últimas décadas, a Contabilidade de Custos

veio evoluindo e modernizando-se, deixando de ser mera auxiliar na avaliação de

estoques e de lucros globais, para tornar-se, um importante instrumento de controle e de

suporte às tomadas de decisões.

Percebe-se então, que a contabilidade de custos surgiu da contabilidade geral,

justamente pela necessidade de uma maior influência sobre os valores a serem

conferidos aos estoques de produtos em uma empresa e pela necessidade na tomada de

decisões.

2.2.1 Conceitos em Custos

O objetivo nesse tópico é trazer da contabilidade de custo os termos utilizados.

Tornando-se necessário definir o entendimento sobre as diferentes terminologias de

custos, permitindo uma uniformização de conceitos.

Custos, gastos, despesas e investimentos são alguns dos termos que se utiliza e

constantemente geram dúvidas quando se classifica determinados documentos.

Crepaldi (2010) procura definir os principais conceitos da Contabilidade de

Custos, afirmando que gasto define-se como o sacrifício financeiro, representado por

entrega ou promessa de entrega de ativos, que a entidade arca para obter um produto ou

um serviço qualquer, e as perdas são bens ou serviços consumidos de forma anormais e

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involuntários, são gastos não intencionais decorrentes de fatores, fortuitos ou da

atividade produtiva normal da empresa.

2.2.2 Classificação em Custos

As Classificações de Custos diretos, Custos indiretos, Custos variáveis e Custos

invariáveis possibilitam fazer a atribuição de custos a uma empresa, pois, a gestão

destes atualmente, não é mais utilizada somente pelo setor da indústria, mas também

pelos setores de comércio e serviços e instituições sem fins lucrativos como hospitais,

bibliotecas, museus, entre outros.

Segundo Almeida (2009) a contabilidade de custos vem assumindo um

importante papel na administração das empresas, por esta razão a contabilidade deixa de

ser uma obrigação em relação ao fisco, para assumir o papel de importante ferramenta

de gestão.

De acordo com Padoveze (2004) os custos são classificados como: diretos ou

indiretos. Contudo, esta classificação somente se faz necessária caso a empresa possua

atividades operacionais para as quais estes possam ser relacionados. A partir desta

classificação é possível fazer a atribuição de custos a determinados setores da empresa,

tornando-a necessária. De modo geral, são gastos relacionados à produção da empresa.

A classificação de custos pode ser dividida em quatro grupos: Custos diretos e

indiretos, relativos à sua forma de apropriação e fixos ou variáveis no que diz respeito

ao comportamento de cada um deles.

2.2.3. Custos diretos

Os Custos diretos, segundo Crepaldi (2010), associam-se a produtos e variam

proporcionalmente à quantidade produzida, e nas unidades produzidas, quanto mais

produzir, menor será o custo por unidade. Esses custos relacionam-se mais

especificamente com a capacidade instalada, ou com a estrutura física que a empresa

possui, sendo seu valor total desvinculado do volume fabricado.

Conforme Padoveze (2004), custos diretos são aqueles que podem ser

identificados de maneira direta em determinado segmento da empresa ou produto, como

neste caso, materiais utilizados em sua fabricação, mão-de-obra direta, entre outros. São

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gastos industriais que podem ser alocados de maneira objetiva aos produtos,

subdividindo-se em custos diretos fixos ou custos diretos variáveis.

2.2.4. Custos Indiretos

É muito comum encontrar outras denominações para os custos indiretos, tais

como: custos comuns ou gastos gerais de fabricação. Segundo Padoveze (2004), esses

custos também são gastos, apesar de não poderem ser alocados de maneira direta a

nenhum produto, atividade ou departamento, sendo somente atribuído através de

critérios específicos.

Custos Indiretos, são os que, para serem incorporados aos produtos, necessitam

da utilização de algum critério de rateio. Exemplos: aluguel, iluminação, depreciação,

salário de supervisor (CREPALDI 2010).

2.2.5 Custos Fixos

Os custos fixos são aqueles que não se modificam, independentemente do

volume produzido ou quantidade vendida. São os custos necessários para poder manter

o nível mínimo de atividade na empresa. Apesar de seu conceito, é importante ressaltar

que estes valores podem aumentar ou diminuir se o volume das atividades da empresa

for demais significativo (PADOVEZE, 2004).

2.2.6 Custos Variáveis

Conforme Padoveze (2004), esses custos ocorrem quando o valor investido em

unidades produzidas ou vendidas varia na mesma proporção do nível de atividade

destas, com a necessidade de que haja uma relação específica. É importante salientar

ainda que há uma grande diferença entre custo variável e custo direto, podendo ocorrer

casos em que o custo é atribuído diretamente à atividade, mas permanece invariável.

2.3 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO

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Um dos indicadores econômico– financeiro mais importantes para uma gestão é

a Margem de Contribuição, ou seja, o valor que cada unidade produzida gera de sobra

entre a receita e o custo variável atribuído.

De acordo com Padoveze (2007), o estudo da Margem de Contribuição é

fundamental para decisões de curto prazo, pois possibilita inúmeras análises objetivando

a redução de custos, bem como políticas de incremento de quantidades de vendas e

redução dos preços unitários de venda dos produtos. É uma ferramenta primordial para

o planejamento de curto prazo das entidades.

Esta margem de contribuição unitária pode ser multiplicada pelo valor que

representa o total de unidades vendidas em determinado período, encontrando-se,

portanto, a margem de contribuição total.

A margem de contribuição pode ser definida também como a receita de

vendas subtraída de todos os custos que variam em relação ao nível das

atividades, encontra-se, portanto, a margem de contribuição total ou média já

que pondera tudo o que é vendido pela empresa. Levando em consideração

que a margem de contribuição analisa unitariamente quanto cada produto

contribui para o resultado da empresa, nenhum produto pode não contribuir

com o resultado da empresa a menos que isto se dê em função do resultado de

outro. (HORNGREEN; FOSTER & DATAR, 2000 apud BRUNI, 2007).

A margem de contribuição é calculada da seguinte forma: Margem de

contribuição (MC = Preço de Venda (PV) – Custo da Mercadoria Vendida (CMV) –

Despesas Variáveis (DV).

Quadro 01 - Representação da Margem de Contribuição

MC= PV-CMV-DV

Fonte: (MEGLIORINI,2012, p.137)

Diante do exposto, percebe-se que a utilização da Margem de Contribuição

possibilita diversas informações de cunho gerencial e decisórias, pois é um elemento

fundamental para decisões de curto prazo. Além disso, o estudo da margem de

contribuição rotineiramente possibilita inúmeras análises, objetivando a redução dos

custos, bem como políticas de incrementos de quantidades de vendas e redução dos

preços unitários de venda dos produtos.

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2.4 PONTO DE EQUILÍBRIO

A análise do ponto de equilíbrio é fundamental, pois mostra o empenho

necessário para que se comece a obter lucro, influenciando nas decisões gerenciais de

viabilidade de um empreendimento.

Segundo Martins (2006), a determinação de equilíbrio pode ser obtida por meio

de procedimentos gráficos ou aritméticos, devendo, entretanto, obter-se um sistema de

custos que permita uma distinção adequada entre os gastos fixos e variáveis.

Abaixo, segue o gráfico demonstrando como se dá a determinação dos custos

fixos:

Quadro 02- Representação gráfica dos Custos Fixos

Fonte (Martins 2006p255

O quadro nº 02, demonstra graficamente que mesmo aumentando o volume de

atividades, o custo fixo permanece no mesmo ponto.

De acordo com Martins (2006) para os custos variáveis, obtém-se

comportamento exatamente inverso, ou seja, os custos e despesas variáveis

acompanharão o volume de produção de maneira praticamente linear.

os custos fixos como aqueles que não sofrem alterações influenciadas pelo

volume de produção e o custo variável por sua vez, estão diretamente ligados à

produção da empresa, sofrendo alterações de um período para outro.

O quadro 03 demonstra representação gráfica dos custos variáveis de forma

sucinta, que variam proporcionalmente de acordo com o nível de produção ou

atividades. Seus valores dependem diretamente do volume produzido ou volume de

vendas efetivado num determinado período.

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Quadro 03- Representação gráfica dos Custos Variáveis

Fonte (Martins 2006p255

Observa-se, acima, que o custo variável cresce, na medida em que aumenta o

volume de atividades.

Conforme o autor já citado, Martins (2006), levando em consideração as

conclusões anteriores, pode-se representar o total de custos e despesas da empresa,

cruzando as informações de ambos os gráficos.

O quadro 04 possibilita uma breve análise gráfica do ponto de equilíbrio.

Quadro 04- Representação gráfica do Ponto de Equilíbrio

Fonte (Martins 2006p255

No quadro acima, é visível o momento do cruzamento entre a reta que representa

o valor das despesas variáveis e a reta que representa o valor das receitas das empresas.

Até este ponto, a empresa se encontra em posição de prejuízo, ou seja, as receitas não

são suficientes para cobrir as despesas totais compostas pela soma dos custos fixos e

variáveis. A partir desta marca, os valores das receitas superam todos os custos e

despesas e a empresa passa a produzir lucro.

Pode-se identificar este ponto como ponto de equilíbrio ou também conhecido

como ponto de ruptura ou Break-even Point, o que significa que a partir deste ponto

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cada unidade vendida terá sua margem de contribuição que antes unicamente contribuía

para cobrir custos e despesas fixas e passa a unicamente gerar lucratividade a empresa.

Para isso é necessário que se utilize de algumas das ferramentas abaixo relacionadas:

Ponto de Equilíbrio Contábil, Ponto de Equilíbrio Financeiro, Ponto de Equilíbrio

Econômico, que bem aplicadas, auxiliarão de forma significativa no desenvolvimento

de gestão de uma empresa.

2.4.1 Ponto de equilíbrio Contábil

Ponto de Equilíbrio Contábil é o ponto em que o lucro da empresa é zero, ou

seja, é o ponto no qual a receita total é igual aos custos e despesas totais.

Padoveze (2004) ressalta que em algumas situações, como por exemplo, uma

empresa que trabalha com uma grande variedade de produtos e percebe uma dificuldade

na identificação dos custos e despesas para cada produto, torna-se mais simples buscar

informações de forma global do ponto de equilíbrio, podendo assim, ser definido pelo

valor mínimo que deve ser vendido para que a empresa não tenha prejuízo e nem lucro.

Esse é o método mais utilizado na área e mostra para você a quantidade de

vendas necessárias para que o seu lucro seja zero. Dessa forma, qualquer quantidade

abaixo desse valor deverá ser inaceitável para o seu negócio, pois irá resultar em

prejuízo.

Quadro 05 - Representação gráfica do Ponto de Equilíbrio Contábil

PEC valor = Custos fixos (R$)

________________________________________________

Percentual da margem de contribuição (%)

(MARTINS, 2006, p.258)

Em conclusão, o ponto de equilíbrio contábil é a quantidade mínima que deve

ser vendida no período de tempo para que as operações não deem prejuízo para a

organização ou instituição.

2.4.2 Ponto de equilíbrio Financeiro

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O ponto de equilíbrio financeiro, que também é conhecido por alguns autores

por ponto de equilíbrio de caixa, desconsidera a Depreciação e a Amortização que são

fatores que amortecem o lucro, mas não proporcionam saídas de caixa.

Ainda segundo Zorzal (2005), para determinadas decisões de assunto financeiro

como decisões relativas a investimentos, planejamentos ou decisões de curto prazo, o

gestor deve analisar o PEF (ponto de equilíbrio financeiro). O cálculo do PEF verifica o

nível de atividades em que são pagos os custos fixos mais as dívidas no período,

deduzindo-se deste numerador o valor referente às depreciações, segue abaixo a

fórmula:

Quadro 06 - Representação gráfica do Ponto de Equilíbrio Financeiro

PEF valor = Custos Fixos - Despesas Fixas – Depreciação amortização e exaustão

Percentual da margem de contribuição unitária.

(WERNKE, 2010, p. 114-115)

Por fim, o Ponto de Equilíbrio Financeiro ou também conhecido como

operacional, ocorre quando dentro dos Custos Fixos existem variações patrimoniais

como depreciação, mas que, de acordo com os Princípios Contábeis, devem ser

demonstradas no resultado do exercício.

2.4.3 Ponto de Equilíbrio Econômico

Nesse cenário, a empresa determina um lucro mínimo desejado para embutir no

cálculo, representando uma remuneração ao capital investido nela. Na prática, esse

cálculo deve sempre ser utilizado em conjunto com o ponto de equilíbrio contábil, já

que existem sempre dois parâmetros de análise financeira, tanto vender para não ter

prejuízo, quanto vender para lucrar o desejado.

Quadro 07 - Representação gráfica do Ponto de Equilíbrio Econômico

PEE = Custos e Despesas Fixas + Lucro desejado

Margem de Contribuição Unitária

(WERNKE, 2010, p. 114-115)

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O quadro acima leva em consideração o quanto se deseja de lucro, demonstrando

a quantidade de produtos ou serviços que precisam ser vendidos para se ter retorno.

3 MÉTODOS E TÉCNICAS DA PESQUISA

Este tópico delibera as táticas para a execução do estudo com a finalidade de

distinguir o tipo de pesquisa a ser efetivada, definir a classificação e configuração que

está sendo analisado, o plano de coleta de dados, o plano de análise e interpretação dos

dados coletados e, por fim, apresentar a proposta de sistematização do relatório a ser

elaborado.

3.1 ENQUADRAMENTO METODOLÓGICO

Para este trabalho, o método utilizado foi o de pesquisa exploratória, que

segundo Gil (2006), possibilita ao pesquisador uma compreensão melhor do fato em

estudo, com base em procedimentos técnicos e juntamente um estudo de caso.

No que se refere à natureza da pesquisa, trata-se de um estudo teórico e prático

simultaneamente. São dadas hipóteses, opiniões, ideias, ideologias, discussões, tendo

em vista, em termos imediatos, aperfeiçoar os alicerces teóricos e, em termos mediatos,

aperfeiçoar aprendizados.

A lógica da pesquisa apresenta-se de forma dedutiva, pois parte dos

conhecimentos gerais para um estudo específico do ponto de equilíbrio do

supermercado Luiz.

Dentre os métodos mais usuais para o desenvolvimento e a ordenação do

raciocínio.

Oliveira (1998) destaca que a dedução não fornece um conhecimento novo, mas

descobre uma verdade a partir de outras verdades que já conhecemos.

As informações da empresa são coletadas a partir de dados primários, que são as

entrevistas e a partir de dados secundários, que classificam o estudo como qualitativo,

pois não se utiliza de cálculo estatístico complexo para que o resultado seja alcançado.

Porém, cabe destacar que alguns aspectos quantitativos devem ser considerados

sendo necessários cálculos da Margem de contribuição, Ponto de Equilíbrio Financeiro,

Ponto de Equilíbrio Contábil e o Ponto de Equilíbrio Econômico.

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Segundo Pereira (1999) A pesquisa qualitativa, está incluída na classificação de

dados sobre as motivações de um grupo, em envolver e interpretar determinados

procedimentos, o conceito e as perspectivas do objeto analisado.

Já a abordagem quantitativa fundamenta-se em critérios estatísticos, que servem

de parâmetro para definição do universo a ser abordado pela pesquisa.

Esse método mostra-se adequado quando há possibilidade de estabelecerem-se

medidas quantificáveis e variáveis, com inferências a partir de amostras de uma

população

(DIAS, 2000).

Quanto ao resultado da pesquisa, pode se afirmar que se trata de um estudo

aplicado, pois gera conhecimento em resposta a solução da pergunta de pesquisa

apontada no início do estudo.

Os procedimentos técnicos perpassam por uma pesquisa de estudo de caso,

pois envolve estudo profundo da empresa com o objetivo de enaltecer o

conhecimento sobre o tema e despertar a visão sistémica na ciência contábil.

Também não se olvidou a análise documental que se assemelha muito com a

pesquisa bibliográfica, no entanto, a diferença essencial é que os documentos

estão em um nível não estruturado, sem tratamento analítico, e que podem ser

reelaborados de acordo com o objeto da pesquisa (GIL, 2002, p. 44-45).

Desse modo, a pesquisa busca identificar, como o ponto de equilíbrio do

Supermercado Luiz influencia gerencialmente na sua gestão de custos, considerando

seus pontos fortes e fracos, as tendências e expectativas do mercado e a maximização

dos resultados.

3.2 PROCEDIMENTOS PARA A COLETA E ANÁLISE DOS DADOS

Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram por meio de observação

e documentação, a partir da empresa em estudo, pelos processos internos.

Conforme os itens descritos acima e constantes na fórmula do Ponto de

Equilíbrio foi levantados e mensurados dados para utilização do Ponto de Equilíbrio

Contábil, Ponto de Equilíbrio Financeiro e o Ponto de Equilíbrio Econômico.

Informações como vendas tradicionais, custos de mercadorias, contas de água,

luz e telefone, quadro de funcionários, entre outros, foram requeridos aos gestores.

Os dados necessários à pesquisa foram coletados por meio de entrevistas não

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estruturadas em encontros informais, a fim de suprir as lacunas da primeira opção, caso

os dados coletados não fossem suficientes.

Todos os gastos da empresa foram fornecidos pelo proprietário e transferidos

para uma planilha eletrônica do Microsoft Excel, conforme o quadro 08, onde puderam

ser analisados e classificados como: custos fixos e custos variáveis, despesas fixas e

despesas variáveis. Informações estas, necessárias para que atendam a fórmula do ponto

de equilíbrio, que é o foco desse estudo.

Quadro 08- Planilha de Classificação de Custos (Mês)

PLANILHA DE CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS E DESPESAS

PLANO DE CONTAS R$ VALOR FIXO/ VARIÁVEL

CUSTO FIXO 34.150,00

Salários R$ 22.000,00 Custo Fixo

Encargos Trabalhistas R$ 5.500,00 Custo Fixo

Energia Elétrica R$ 6.500,00 Custo Fixo

Reparo veículo/Mão de Obra 150,00 DEPRECIAÇÃO 16.834,00 Veículos R$ 1.000,00 Depreciação

Máquinas e Equipamentos R$ 3.334,00 Depreciação

Instalações R$ 12.500,00 Depreciação

DESPESA VARIÁVEL 378,00 Despesas variáveis

Embalagens R$ 72,00 Despesas variáveis

Combustíveis R$ 300,00 Despesas variáveis

DESPESA FIXA 815,00

Água R$ 220,00 Despesa fixa

Telefone R$ 220,00 Despesa fixa

Internet R$ 150,00 Despesa fixa

Cartão de Crédito R$ 225,00 Despesa fixa

Fonte: Dados da pesquisa (2017)

Observado o quadro acima, pode-se analisar como um supermercado

comercializa um grande número de itens, destes, cada qual com sua participação de

rentabilidade, para a uma melhor mensuração da margem de contribuição da empresa.

Esta tarefa foi dividida em duas fases, na primeira, observa-se o formato demonstrativo

das tabelas, e na segunda essas tabelas são apresentadas com o formato dos cálculos.

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16

Os itens foram organizados em grupos e subgrupos, com dois produtos a serem

analisados individualmente, e os saldos de vendas da empresa foram levantados

diretamente com o proprietário.

Realizando-se o cálculo da divisão da margem de contribuição do subgrupo pelo

valor de sua venda e multiplicando o resultado por 100, encontrou-se o valor da margem

de contribuição percentual por subgrupo. Para efeito dos cálculos, utilizou-se

novamente a planilha eletrônica para todos os itens da tabela, conforme aparece no

quadro de número 09.

Quadro 09- Planilha de Margem de Contribuição (Mês)

Fonte: Dados da pesquisa (2017)

4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

Nessa sessão apresenta-se uma visão ampla que a pesquisa ajudou a alcançar e

dos próximos passos a partir dos resultados.

4.1 CARACTERIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO

A empresa analisada é um supermercado tradicional de pequeno porte,

localizado no bairro Caçador, na cidade de Capivari de Baixo, no sul de Santa Catarina,

região da AMUREL (Associação de Municípios da Região de Laguna).

Itens Coca Cola

Òleo

Coama Total %

Receita de Vendas

(- ) Custo Variável

(- ) Despesa Variável

(=) Margem de

Contribuição

( - ) Custo Fixo

( = ) Resultado

MCu

MC%

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17

Com mais de 20 anos de existência, iniciou o seu ramo de atividades em 06 de

fevereiro de 1994 como um açougue, comercializando alguns produtos seletivos,

convenientes à necessidade dos clientes da época.

Hoje, o comércio possui um quadro de 10 colaboradores, além dos serviços do

proprietário, dos seus dois filhos e de sua esposa, que ocupam os cargos mais

estratégicos na empresa.

O supermercado denominado Supermercado Luiz tem enfrentado concorrência

local de algumas lojas de pequeno porte, e nos últimos anos essa concorrência tem se

intensificado com a chegada de dois supermercados considerados de grande porte

pertencentes a uma rede proveniente de outras cidades, também tradicional da região.

Ambos os supermercados trabalham com foco em qualidade e preço baixo.

O negócio encontra-se instalado em um galpão com 875 m² e comercializa uma

diversidade de produtos alocados em prateleiras, com corredores separados por seções,

possuindo três caixas, porém operando com apenas dois, utilizando-se do terceiro

quando o fluxo de clientes aumenta.

Com a função de atender as necessidades básicas dos seus consumidores, com as

suas diversas mercadorias, procura satisfazer as necessidades dos seus clientes e é

referência comercial no bairro onde atua.

Por ser uma Microempresa, com projeções prévias de mudanças na forma de

tributação para o Lucro Real, seu regime de tributação é dado pelo simples nacional.

A administração da empresa se aloja no piso superior do supermercado, e é

gerenciada pelo proprietário com o auxílio do seu filho, onde recebe visitas de

fornecedores, e também com o auxílio de sua esposa, para atender os clientes e os

fornecedores. A maior parte de seus fornecedores é antiga e faz as visitas de vendas no

local esporadicamente, como de costume, sem data ou hora marcada, ou quando

solicitados.

As notas de entradas e saídas são acumuladas e entregues ao escritório externo

de contabilidade ao final de cada mês para fazer os lançamentos e apuração dos

impostos.

A empresa vem buscando aprimoramento em seus serviços, procurando

compreender as ferramentas disponíveis no mercado que contribuem para o seu

crescimento, a fim de atender a sua clientela de forma profissional e organizada, da

melhor maneira possível.

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18

4.1.1- ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Neste capítulo serão apresentados os resultados obtidos através da pesquisa, e

em seguida a análise referente a estes dados.

4.1.2- CÁLCULOS DO PONTO DE EQUILÍBRIO DA EMPRESA

Os cálculos de custos fixos e despesas variáveis representados no quadro 10

foram extraídos do quadro 08, e os cálculos encontrados, foram realizados pelo

somatório de cada subgrupo do plano de contas. Não foi possível utilizar o ponto de

equilíbrio Mix, devido à empresa não possuir nenhum tipo de controle de estoque,

dificultando as contagens dos produtos a serem pesquisados.

Por esse motivo, utilizou-se o ponto de equilíbrio contábil, ponto de equilíbrio

financeiro e o ponto de equilíbrio econômico nos cálculos de dois produtos.

Quadro 10- Classificação de Custos

PLANILHA DE CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS

PLANO DE CONTAS R$ VALOR CUSTO/ DESPESA

FIXO/ FIXA

CUSTO FIXO

SALÁRIOS E

ENCARGOS 34.150,00

Salários R$ 22.000,00

Encargos Trabalhistas R$ 5.500,00

Energia Elétrica R$ 6.500,00

Reparo veículo/Mão de

Obra 150,00

DESPESA FIXA 815,00

Água R$

220,00

Telefone R$

220,00

Internet R$

150,00

Cartão de Crédito R$

225,00

Fonte: Dados da pesquisa (2017)

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19

O percentual da margem de contribuição de cada produto foi encontrado pelo

valor das vendas sendo ordenados para salientar o subgrupo que mais contribui para o

resultado da empresa, conforme quadro 11.

Quadro 11- Receita de Vendas

Fonte: Dados da pesquisa (2017)

As informações necessárias foram elaboradas para que se chegue ao ponto de

equilíbrio e foram trazidas novamente para planilha do Excel para realizar os cálculos

do Ponto de Equilíbrio Contábil, Ponto de Equilíbrio Financeiro e finalmente o Ponto de

Equilíbrio Econômico conforme o quadro 5,6 e 7:

Quadro 12- Ponto de Equilíbrio Contábil

PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL

PLANILHA RECEITA DE VENDAS E MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO

DADOS: PRODUTO Qtdade Pvu R$ Cvu R$

Coca Cola

200

5,99

3,85

Òleo Coama

400

3,39

2,38

Total

600

Despesa Variável: 15% 17%

Dividas do

período:

190.000,00

Custo Fixo:

34.150,00 Depreciação:

16.834,00

Itens Coca Cola Òleo Coama Total %

Receita de Vendas

1.198,00

1.356,00

2.554,00 100%

( - ) Custo Variável

(770,00)

(952,00)

(1.722,00) 67,42%

( - ) Despesa

Variável

(179,70)

(230,52)

(410,22) 16,06%

( = ) Margem de

Contribuição

248,30 173,48 421,78 16,51%

MCu

1,24

0,43

0,70

MC% 20,73% 12,79% 16,51%

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20

PEC = R$ 34.150,00 = 48.786

0,70

Fonte: Dados da pesquisa elaborados pelo autor

O valor obtido no cálculo representado no quadro acima, diz respeito somente à

venda destes dois produtos, pois os demais produtos vendidos no mercado não foram

calculados pelo Ponto de equilíbrio Mix, pois o supermercado não possui controle de

estoques. Desse modo, segundo o ponto de equilíbrio contábil, o supermercado deverá

vender R$ 34.150,00 para que a empresa pague todos os custos fixos inerentes ao seu

funcionamento e começar a obter lucro. Esse cálculo em unidades seria de 48.786 dos

produtos, Coca Cola e óleo Coamo, juntos, para que a partir desta quantia vendida, a

empresa comece a obter lucro.

Quadro 13- Ponto de Equilíbrio financeiro

PONTO DE EQUILÍBRIO FINANCEIRO

PEE = 34.965,00 - 16.834,00 = 10.916

0,70

Fonte: Dados da pesquisa elaborados pelo autor

Os cálculos no quadro acima fora realizados pelo Ponto Equilíbrio Financeiros, e

não pelo Ponto de Equilíbrio Mix, pela ausência de controle de estoque, e foi realizada

somente pelos cálculos de dois produtos, Coca Cola e Óleo Coamo, percebeu-se a

necessidade de vender R$ 18.131,00 para que o lucro seja zero, e em unidades 10.916

destes produtos para que o lucro seja zero.

Quadro 14- Ponto de Equilíbrio Econômico.

PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO

PEE = 34.965,00 + 25.000,00 = 70.680

0,70 =

Fonte: Dados da pesquisa (2017)

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21

Os cálculos no quadro acima foram realizados pelo Ponto Equilíbrio

Econômicos e não pelo Ponto de Equilíbrio Mix, pela ausência de controle de estoque,

Sendo assim, observou-se que seria necessária uma receita de R$ 59.965,00 para cobrir

todos os gastos, ou seja, os Custos e as Despesas Fixas, e o retorno de Investimento. Já

pela quantia em unidades, seria preciso vender 70,680 dos dois produtos juntos, Coca

Cola e do produto Óleo Coamo, para cobrir todos os gastos, ou seja, os Custos e as

Despesas Fixas, e o Retorno de Investimento.

4.1.3- RESULTADO

4.1.4- ANÁLISE DOS RESULTADOS

Conforme o quadro 03, a pesquisa estudada, o Ponto de Equilíbrio Contábil

aplicado ao produto Coca Cola, que obteve o resultado de R$ 7.079,00 e o produto Óleo

Coama com R$ 4.367,00, e com os respectivos valores de cada produto, a empresa paga

R$ 34.150,00 de custos fixos inerentes ao seu funcionamento,

O Ponto de Equilíbrio Financeiro, representado no quadro 04, demonstra que o

Supermercado Luiz, vendendo R$ 3.569,51 do produto Coca Cola, e R$ 2.214,72 do

produto Óleo Coama, o seu lucro será zero, sem inocorrência de prejuízo.

Em conformidade com o quadro 05, o Ponto Equilíbrio Econômico demonstrou a

necessidade de uma receita de R$ 12.261,00 do produto Coca Cola e R$ 7.565,29 do

produto Óleo Coama para cobrir todos os gastos do supermercado Luiz, ou seja, Custos

e Despesas Fixas, e o Retorno de Investimento.

Contudo, conforme verificado no quadro 02, o produto Coca Cola, possui maior

receita de vendas com o valor de R$ 1.198,00, e o produto Óleo Coama com o valor de

R$1, 356,00, representando uma receita total de R$ 2.554,00, contribuindo com a

quantia de R$ 421,78, na receita total da empresa, cerca de um percentual de 16,51%.

O Produto Coca Cola é o que possuí maior margem de contribuição e ações

realizada. Com esse produto, é mais eficaz obter lucro após o alcance do ponto de

equilíbrio. Com uma porcentagem de 23,73% (o maior percentual da empresa) da venda

do produto convertida em lucro, a empresa torna-se mais interessante para ações de

marketing.

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22

Segue abaixo o quadro do antes e do depois do Comércio com as demais

vantagens obtidas através deste estudo, considerando as mudanças ocorridas no decorrer

e após o processo.

Quadro 15- Comparativo dos resultados de antes e depois da pesquisa.

Fonte: Dados da pesquisa elaborados pelo autor

As informações obtidas pelo proprietário do Supermercado, dos valores

necessários para que a empresa cubra seus custos fixos, assinalou a principal vantagem

obtida através do estudo, incorrendo em um necessário apoio para a tomada de decisões,

na qual por desconhecimento das ferramentas de custos apresentadas, incorriam no risco

de erros em suas ações, comprometendo o seu desenvolvimento mercadológico.

Outro ponto a se destacar é a de que os gestores não obtinham conhecimento das

ferramentas de custos aplicado ao estudo e, portanto, não havia uma análise individual

dos produtos na empresa. Porém ao aplicar essas ferramentas, os processos tornaram-se

uma realidade muito útil na avaliação de decisões a serem tomadas.

4.1.5- VISÃO SISTÊMICA

A Ciência Contábil é mais antiga do que se imagina. De fato, a história da

contabilidade revela que esta ciência era utilizada desde os primórdios pelos mais

Antes Depois

A empresa não sabia a partir de que ponto

obteria lucro.

Com a pesquisa, a empresa passa a

identificar o momento em que começa

a obter lucro.

A empresa apresentava dificuldades em

realizar ações de marketing.

A empresa passa a ter suporte para a

realização de suas ações de mercado.

Não havia uma ideia clara dos resultados

da empresa.

O estudo contribuiu com o

esclarecimento em relação aos

resultados de rentabilidade e

lucratividade da empresa.

Não haviam estudos específicos acerca

dos resultados obtidos pelos

departamentos da empresa.

A partir dos resultados encontrados, foi possível a análise individual de todos os outros produtos não estudados.

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23

diversos povos para fins de controle de estoque (inventário) de uma pessoa ou de um

grupo de pessoas de uma mesma região. Esses povos contavam por meio de pedrinhas,

onde cada uma representava um rebanho e era também representada por meio de

desenhos rupestres pintados nas paredes das cavernas.

Tinha como objetivo primário registrar a história da empresa. Com a evolução

do mundo globalizado, a contabilidade tem sido um instrumento valioso para

administrar a economia presente.

A contabilidade é um ramo da ciência de suma importância para a sociedade.

Por ser uma ciência tão ampla, foi necessária a sua subdivisão. Dividida em

Contabilidade Gerencial, Contabilidade Financeira, Contabilidade Empresarial,

Contabilidade de Custos, Contabilidade Pública, Contabilidade das Cooperativas, entre

outras.

A contabilidade empresarial tem trazido uma grande contribuição para as

empresas, com as suas ferramentas, ela proporciona a qualquer entidade a possibilidade

de descobrir, buscar soluções e se precaver diante dos problemas que poderão acontecer

no decorrer do exercício atual ou até mesmo nos demais exercícios das empresas.

Por outro lado, a contabilidade conta com vários relatórios e ferramentas que

auxiliam na gestão das organizações, entre elas a Contabilidade de Custos, a Margem de

Contribuição e o Ponto de Equilíbrio que, ao longo do tempo, assume atribuições de

caráter administrativo, tornando-se excepcional instrumento para a gestão dos negócios.

A Contabilidade de Custos, a análise do Ponto de Equilíbrio e a Margem de

Contribuição são imprescindíveis para empresas que exercitam planejamento estratégico

e que gerem para sua gestão um sistema de informação gerencial adequado, que pode

ser elaborado pelo escritório de contabilidade, onde também podem ser retiradas

informações diárias ou mensais nos relatórios gerenciais da própria organização.

Dessa forma as ferramentas de Custos, Margem de Contribuição e o Ponto de

Equilíbrio podem proporcionar aos gestores o conceito de como manter uma empresa

operando devidamente em meio às crises e outras alterações de mercado. As empresas

estão ampliando as suas necessidades e está precisando de gestores que entendam do

ramo, que tenham experiência e também condições de aprender novas técnicas para

gerir o seu negócio com segurança e resistirem as possíveis reações que o mercado está

ocasionando.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

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24

Este artigo procurou apresentar um passo-a-passo, de como chegar ao Ponto de

Equilíbrio de um supermercado, e para isso, utilizou-se ferramentas de custos, gráficos,

margem de contribuição, Ponto de Equilíbrio financeiro, Ponto de Equilíbrio econômico

e o Ponto de Equilíbrio contábil, a fim de demonstrar ao gestor como esse segmento da

Contabilidade influencia gerencialmente na gestão da empresa.

O Ponto de Equilíbrio é uma das ferramentas mais utilizadas atualmente na

Contabilidade Gerencial, e serve para identificar qual a quantidade de produtos,

mercadoria ou prestação de serviço que devem ser comercializadas, ou seja,

transacionada para se cobrir os custos fixo verificados no ambiente empresarial.

Como se pode observar, o Ponto de Equilíbrio da empresa é executado com

muita cautela, todos se cercam por medidas de segurança para poder tomar a decisão

mais sensata possível em relação ao futuro do supermercado.

Com relação aos dados apresentados, não houve uma representação da totalidade

de produtos da empresa, contudo não inviabilizando o estudo, uma vez que houve rigor

na seleção dos produtos. O intuito da pesquisa foi demonstrar a eficiência da aplicação

do estudo de custo a partir de dados reais, propondo para futuras pesquisas a análise

compreendendo a totalidade de produtos.

Independentemente de a pesquisa ter apresentado somente dois produtos, o

gestor poderá aplicar as ferramentas utilizadas neste estudo na totalidade dos produtos,

empregando as mesmas técnicas e ferramentas para obter um resultado proporcional.

Conclui-se que este trabalho aqui apresentado pode proporcionar ao gestor do

supermercado uma visão mais ampla do cenário financeiro e econômico a fim de que

ele possa chegar ao resultado esperado de forma mais técnica e apurada, com métodos

de gestão capazes de evidenciar com clareza as suas ações, as suas análises e seus dados

que devem ser suficientes para saber quando, como e por que tomar devidas decisões.

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