Embed Size (px)
Citation preview
FACULDADE CAPIVARI - FUCAP
ADMINISTRAÇÃO
MORGANA DA ROSA VIEIRA
DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL DA EMPRESA PANIFICADORA E
CONFEITARIA ALANO LTDA ME
Capivari de Baixo, 2015
MORGANA DA ROSA VIEIRA
DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL DA EMPRESA PANIFICADORA E
CONFEITARIA ALANO LTDA ME
Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação
em Administração da Faculdade Capivari,
requisito parcial à obtenção do título de
bacharel em Administração.
Orientadora Profª. Msc. Fernanda Kempner
Moreira.
Capivari de Baixo, 2015
Ficha catalográfica elaborada por: Naiara Amália da Silva – CRB 14 / 1486
Esta obra é licenciada por uma licença Creative Commons de atribuição, de uso não comercial
e de compartilhamento pela mesma licença 2.5.
Você pode:
- copiar, distribuir, exibir e executar a obra;
- criar obras derivadas.
Sob as seguintes condições:
- Atribuição. Você deve dar crédito ao autor original.
- Uso não-comercial. Você não pode utilizar esta obra com finalidades comerciais.
- Compartilhamento pela mesma licença. Se você alterar, transformar ou criar outra obra com
base nesta, somente poderá distribuir a obra resultante com uma licença idêntica a esta.
658.562 V658dVieira, Morgana da Rosa Diagnóstico organizacional da empresa Panificadora e
Confeitaria Alano Ltda ME/ Morgana da Rosa Vieira. – Capivari de Baixo, 2015. 60f.: il.; 30 cm Orientador: Prof
a. Msc. Fernanda Kempner Moreira.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Administração) – Faculdade Capivari, Capivari de Baixo, 2015. 1. Análise organizacional. 2. Diagnóstico organizacional. 3. Melhorias.I. Moreira, Fernanda Kempner. II. Título.
CDD 658.562
MORGANA DA ROSA VIEIRA
DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL DA EMPRESA PANIFICADORA E
CONFEITARIA ALANO LTDA - ME
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
ao curso de Graduação em Administração da
Faculdade Capivari, como requisito parcial à
obtenção do título de bacharel em
Administração aprovado com nota ____.
Capivari de Baixo, 17 de Março de 2016.
______________________________________
Profª. Fernanda Kempner Moreira, Msc.
Professora orientadora
Membro Titular
______________________________________
Prof. Murilo Ternes, Msc.
Coordenador do Curso
Membro Titular
______________________________________
Prof. Dra. Beatriz Marcondes de Azevedo.
Membro Titular
Dedico este trabalho a todas as pessoas que contribuíram direta ou
indiretamente em minha formação acadêmica, principalmente aos
meus pais, que sempre me apoiaram em todas as decisões, e pelo
incentivo contínuo diante de todas as dificuldades.
AGRADECIMENTOS
As palavras que escrevo são poucas para expressar minha gratidão às pessoas que me
auxiliaram durante estes anos de estudo, assim cito nomes daqueles que foram
imprescindíveis durante minha jornada, bem como aproveito para agradecer aos demais que
não tiveram seus nomes aqui citados, mas que também foram importantes para o meu
crescimento.
Inicialmente agradeço a Deus, por todas as obras realizadas em minha vida, seja pelo
fato de estar viva, de ter saúde e forças para buscar realizações, como também pelas
oportunidades que ele nos concede.
Agradeço minha família, pois sem dúvidas nenhuma foram e são os responsáveis pela
motivação e para a concretização desse sonho. Assim, afirmo como foi gratificante enfrentar
esses quatro anos, com a presença diária do meu pai que estava sempre preocupado com a
formação do caráter dos filhos, e de minha mãe, com seu instinto protetor e acolhedor para ter
os filhos longe de perigos.
Ainda, agradeço meus pais Miguel e Jucelina, minhas irmãs Tatiane e Luana, meu
sobrinho Cauã, e ao meu noivo Raul, que foram fundamentais nesse período, sempre me
incentivando, fazendo com que seguisse em frente, sem nunca pensar em desistir.
Agradeço ao Warley André Alano, proprietário da Panificadora e Confeitaria Alano, por
ter aberto as portas de seu estabelecimento, e disponibilizado todos os meios necessários para
a concretização deste estudo.
Agradeço também a minha orientadora Fernanda Kempner Moreira, que não mediu
esforços, nem poupou críticas na análise do presente estudo, com o intuito de serem
alcançados os melhores resultados possíveis.
Enfim, o meu sincero agradecimento a todos aqueles que de alguma forma, ou em
algum momento, me ajudaram na conquista desse objetivo. Muito obrigada!
“O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se
chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca
e vence obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis."
(José de Alencar)
VIEIRA, Morgana da Rosa. Diagnóstico Organizacional da Empresa Panificadora e
Confeitaria Alano LTDA ME. Capivari de Baixo, 60 f. Trabalho de Conclusão de Curso
(Graduação em Administração) – Faculdade Capivari, 2015.
RESUMO
Em dias de constantes mudanças, o meio empresarial e dos negócios pertence às pessoas que
conseguem identificar as melhores oportunidades, e sabem aproveitá-las. A partir desse
cenário o objetivo geral do presente trabalho foi a realização da análise organizacional da
empresa Panificadora e Confeitaria Alano LTDA. Assim, para a realização da pesquisa foram
estabelecidos como objetivos específicos a caracterização da empresa objeto de estudo, a
realização do diagnóstico organizacional, a análise dos pontos fortes e fracos e das
oportunidades e ameaças, e a elaboração de propostas de melhorias. A metodologia utilizada
consiste em uma pesquisa exploratória e descritiva, do tipo de estudo de caso e de abordagem
qualitativa. Os principais pontos fortes encontrados foram qualidade e variedade dos produtos,
equipamentos de qualidade para uso de tecnologia da informação e especialização externa na
área contábil. Porém, assim como os pontos fortes, também são apresentados os fracos, tais
como a falta de incentivos e motivações, atendimento insatisfatório, falta de uso de tecnologia
de informação, e falta de conhecimento amplo do gestor na contabilidade da empresa. As
propostas de melhorias foram sugeridas de acordo com a necessidade de cada ponto fraco
apresentado, assim, como a utilização adequada da tecnologia, especialização na área
administrativa de um modo geral, por meio de cursos, reconhecendo as necessidades dos
colaboradores, com a oferta de bonificações e treinamentos, melhorando a satisfação dos
mesmos, e consequentemente, de seus clientes. As principais oportunidades que devem ser
aproveitadas pela empresa são administração profissional e produtos diferenciados. E as
ameaças destacadas, são a instalação de novos supermercados pela cidade e instabilidade da
economia. Por fim, os resultados obtidos por meio desse estudo poderão ser utilizados pela
Panificadora e Confeitaria Alano, com fins de melhorar o funcionamento da empresa, e a
qualidade de seus bens e serviços, atingindo a satisfação dos clientes.
Palavras-chave: Análise Organizacional. Diagnóstico Organizacional. Melhorias.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
PCP – Planejamento e controle de produção
DRE – Demonstração de resultado do exercício
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Fluxograma do processo de produção do pão francês da panificadora .............. 33
Figura 2 – Layout da Panificadora e Confeitaria Alano ...................................................... 34
Figura 3 – Demonstrativo de resultados .............................................................................. 42
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Pontos e fortes e fracos de recursos humanos ................................................. 24
Quadro 2 – Pontos e fortes e fracos de marketing .............................................................. 29
Quadro 3 – Pontos e fortes e fracos da produção ............................................................... 36
Quadro 4 – Pontos e fortes e fracos de materiais e logística .............................................. 38
Quadro 5 – Pontos e fortes e fracos de tecnologia da informação ..................................... 40
Quadro 6 – Cálculo de lucratividade .................................................................................. 43
Quadro 7 – Cálculo de rentabilidade .................................................................................. 44
Quadro 8 – Cálculo do índice de margem de contribuição ................................................ 45
Quadro 9 – Cálculo do ponto de equilíbrio ........................................................................ 45
Quadro 10 – Pontos fortes e fracos financeiro ................................................................... 46
Quadro 11 – Matriz Swot ..................................................................................................... 48
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 12
1.1 JUSTIFICATIVA DA PESQUISA ............................................................................... 13
1.2 METODOLOGIA .......................................................................................................... 13
2 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ........................................................................ 15
3 DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL ...................................................................... 18
3.1 GESTÃO DE PESSOAS ............................................................................................... 18
3.1.1 Provisão ..................................................................................................................... 19
3.1.2 Aplicação ................................................................................................................... 20
3.1.3 Manutenção ............................................................................................................... 21
3.1.4 Desenvolvimento ....................................................................................................... 23
3.1.5 Controle ..................................................................................................................... 23
3.2 MARKETING ................................................................................................................. 26
3.2.1 Produto ...................................................................................................................... 27
3.2.2 Preço .......................................................................................................................... 27
3.2.3 Praça .......................................................................................................................... 28
3.2.4 Promoção ................................................................................................................... 29
3.3 PRODUÇÃO ................................................................................................................. 31
3.3.1 Análise do produto ................................................................................................... 31
3.3.2 Layout ......................................................................................................................... 34
3.3.3 Capacidade produtiva da empresa ......................................................................... 34
3.3.4 Técnica de planejamento e controle da produção (PCP) ...................................... 35
3.4 MATERIAIS E LOGÍSTICA ........................................................................................ 36
3.4.1 Compras .................................................................................................................... 37
3.5 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO ........................................................................... 39
3.6 FUNÇÃO FINANCEIRA ............................................................................................. 41
3.6.1 Demonstração de resultado do exercício ................................................................ 42
3.6.2 Balanço patrimonial ................................................................................................. 43
3.6.3 Lucratividade e rentabilidade ................................................................................. 43
3.6.4 Margem de contribuição e ponto de equilíbrio ...................................................... 44
4 ANÁLISE ORGANIZACIONAL ................................................................................. 47
5 PROPOSTAS DE MELHORIA .................................................................................... 51
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 55
REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 57
12
1 INTRODUÇÃO
Os dias atuais exigem um mercado cada vez mais competitivo, desta forma, as
organizações necessitam estar sempre um passo à frente, principalmente para seguir as
evoluções exigidas para o alcance de melhores resultados.
Pode-se afirmar que as empresas de panificação e confeitaria estão presentes na vida de
todos os brasileiros, e que este setor está em constante crescimento, indo além da
comercialização do pão francês. Assim, o setor de panificação é o responsável direto pelo
atendimento à população no consumo de produtos panificados.
O segmento da panificação é composto quase que totalmente por micro e pequenas
empresas, e compõem um dos maiores segmentos industriais do país, e também um
importante gerador de empregos e distribuição de renda.
A panificadora e Confeitaria Alano, objeto do presente estudo, é uma empresa de
pequeno porte, situada no bairro três de Maio, na cidade de Capivari de Baixo, em Santa
Catarina, atua há mais de 6 (seis) anos no mercado, e é referência em produtos na cidade.
Porém, a empresa está atrasada no que se refere aos métodos organizacionais, pois, existe
pouco conhecimento em gerir pessoas, pouca utilização de marketing, falta de sistemas que
auxiliem na otimização das atividades e dos recursos, o que faz com que a vantagem
competitiva da empresa torne-se inferior perante seus concorrentes.
Importante afirmar que as empresas necessitam de uma análise organizacional, assim ao
partir-se dessa necessidade, ou seja, uma análise organizacional na empresa Panificadora e
Confeitaria Alano seria eficaz?
Para responder a pergunta de pesquisa estabeleceu-se como objetivo geral realizar uma
análise organizacional da empresa Panificadora e Confeitaria Alano, bem como identificar
possíveis melhorias.
Para atender ao objetivo geral, são objetivos específicos desta pesquisa:
(a) caracterizar a empresa objeto de estudo;
(b) realizar diagnóstico das funções organizacionais;
(c) analisar os pontos fortes e fracos, bem como as oportunidades e ameaças do negócio;
(d) elaborar propostas de melhoria para a organização.
13
1.1 JUSTIFICATIVA DA PESQUISA
A escolha da análise realizada na Panificadora e Confeitaria Alano possibilita a
identificação de possíveis falhas, com o intuito de sugerirem-se alternativas que as corrijam, e
assim possam melhorar a lucratividade, e também proporcionar um melhor desenvolvimento
geral à empresa.
Partindo para os aspectos das funções realizadas na empresa, em conjunto com o
conhecimento das exigências atuais de mercado, torna-se possível o desenvolvimento de
novos conceitos desconhecidos para a empresa, atendendo de maneira efetiva as expectativas
dos seus clientes e a satisfação de seus colaboradores, e em consequência a obtenção de
resultados positivos.
Portanto, a pesquisadora pretendeu utilizar as informações colhidas no desenvolvimento
da pesquisa como proposta ao gestor da empresa, com o objetivo de propor melhorias à
organização de um modo geral. Ainda, destaca-se a importância da utilização da prática em
conjunto com a teoria, o que poderá contribuir com resultados positivos para a saúde
organizacional da empresa.
Por fim, com a aplicação do conhecimento conceitual e prático, enfatiza-se a
importância para a acadêmica, com o objetivo de conhecer a empresa e suas funções, bem
como a utilização dos métodos administrativos, aprimorando para aplicação no futuro.
1.2 METODOLOGIA
Para a compreensão do método e sua importância, é necessário saber a que lugar se quer
chegar, por meio do desenvolvimento do conhecimento. A metodologia da pesquisa requer
uma atitude prática e teórica pela busca de informações, com o intuito de aproximação da
realidade, e com o confronto de teorias com dados concretos.
De acordo com Gonçalves (2014) o aperfeiçoamento do conhecimento lida com
ocorrências e fatos obtidos por meio de procedimentos metodológicos, que transmitem
explicações sobre um objeto ou realidade.
As pesquisas exploratórias de acordo com Andrade (2003, p. 124), proporcionam
maiores informações sobre o assunto pesquisado, facilitam a delimitação de um tema de
trabalho, definem os objetivos, e possibilitam avaliar o desenvolvimento de uma boa
pesquisa.
14
As pesquisas descritivas são desenvolvidas através de fatos observados por meio de
análises, registros, onde são classificados e interpretados sem a interferência do pesquisador.
(ANDRADE, 2007, p. 114).
Segundo Gil (2002, p. 54), o estudo de caso consiste no estudo profundo e exaustivo de
um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento.
O estudo de caso trata-se de uma abordagem metodológica de pesquisa, quando
procuramos compreender, explorar ou descrever acontecimentos e contextos.
Para Gonçalves (2014), a abordagem qualitativa requer conhecer quais as pessoas ou
grupos, e sua representação social perante o assunto determinado, com o objetivo de coletar
dados para o uso de pesquisas voltadas à obtenção de materiais que sejam válidos para o
trabalho.
Com a escolha do tema em março de 2015, e com a definição do objeto a ser estudado, a
pesquisadora utilizou-se de levantamento bibliográfico, a elaboração do projeto, coleta e
análise de dados, com término das coletas em novembro de 2015, e também a realização do
presente estudo
Os dados foram coletados na empresa por meio da observação de fatos e de entrevistas,
sendo estas direcionadas aos funcionários, clientes e proprietário, e posteriormente os dados
foram analisados, classificados e interpretados.
Por fim, para a realização desse trabalho foi utilizada a pesquisa exploratória e
descritiva, do tipo de estudo de caso e de abordagem qualitativa.
15
2 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA
O surgimento da Panificadora e Confeitaria Alano, ora a empresa em estudo, partiu da
necessidade dos moradores do bairro Três de Maio, na cidade de Capivari de Baixo, em Santa
Catarina, onde a mesma está situada. Assim, o empreendedor Warley André Alano, atual
proprietário da empresa, percebeu a oportunidade naquele local, e visou o bem estar da
população local e da redondeza, bem como a oportunidade de inserir-se no mercado
empresarial.
O empreendedor tinha se mudado recentemente para o referido bairro, e percebeu que
havia salas comerciais sendo construídas, e após estarem prontas uma delas servia como
padaria, o mesmo começou a frequentá-la, porém faltavam alguns produtos que eram
necessários para que a panificadora pudesse exercer suas atividades positivamente. Alguns
meses depois, a citada padaria encerrou suas atividades, o que levou Warley, que era ex-
funcionário de outra padaria na cidade de Tubarão, a acreditar que se montasse uma nova
padaria com produtos de qualidade, a mesma seria capaz de atender as necessidades de todos
que utilizam este segmento de alimentos.
Assim, o empresário, por meio de economias, empréstimos, ajuda de familiares e
amigos, que além de dinheiro emprestaram maquinários para a produção dos produtos,
também pôde contar com ajuda do locador da sala comercial, que mesmo sem conhecê-lo fez
um bom preço para a locação do imóvel e, consequentemente, com todos os esforços àquele
pode concretizar o seu ideal, que foi a abertura de uma panificadora.
A empresa iniciou suas atividades em 18 de março de 2009, contando com o seguinte
quadro de funcionários: o proprietário atuando também como padeiro, duas balconistas no
período da manhã, e duas no período da tarde, que também tinham a função de atendimento
no caixa.
Durante dois anos a padaria trabalhou apenas naquela sala comercial, contava com
poucos balcões para exposição dos produtos, poucas geladeiras e o espaço para a produção era
pequeno, mas com o passar dos anos o negócio expandiu, ganhou espaço no mercado, e assim
foram contratados mais um padeiro, uma pessoa para trabalhar como serviços gerais, e logo
depois foi contratou-se uma pessoa responsável pelo caixa, além do próprio proprietário que
continuava presente tanto na linha de produção, quanto nas demais atividades.
Em 2012, com três anos de atividade o proprietário da empresa adquiriu um terreno ao
lado da panificadora, e construiu uma área maior para a produção, para que assim pudesse
16
produzir produtos variados, bem como atender as expectativas dos clientes. Sendo assim, a
sala comercial ficou com mais espaço para geladeiras, balcões, prateleiras, e um estoque
adequado para armazenamento dos produtos, pois além do ramo de panificação, adaptou-se
uma mercearia naquele estabelecimento mais amplo.
Do outro lado da panificadora havia mais uma sala comercial, onde funcionava uma
farmácia, que acabou mais tarde mudando-se de local, e assim mais um espaço ficou vago.
Assim, em 2013, com quatro anos de atividade a panificadora requisitava por inovação, o que
levou o proprietário a alugar a sala que estava vaga, e abrir uma cafeteria. Além dessas
modificações citadas, ocorreram muitas outras, com o objetivo principal de melhorar e manter
a satisfação dos clientes, bem como para a produção dos bens e serviços ofertados.
Atualmente a empresa é constituída por três padeiros, sendo que um deles é o
proprietário, sete balconistas, gerente, e serviços gerais.
O ramo de atividade principal é a panificação, que trata da comercialização de produtos
derivados do trigo, mas há também uma mercearia, que agrega variedade de produtos
industrializados, como frios, produtos de limpeza, bebidas em geral, bolachas, dentre outros, e
também conta com a cafeteria, que possui mesas e cadeiras para que os clientes possam
realizar refeições ou lanches com total conforto.
Assim, a empresa objeto do presente estudo tem sua razão social como Panificadora e
Confeitaria Alano LTDA ME, nome fantasia Panificadora e Confeitaria Alano, e localiza-se
no estado de Santa Catarina, na cidade Capivari de Baixo, Rua Manoel Pedro Flor, nº 2213,
no bairro Três de Maio.
Os objetivos organizacionais da empresa são apresentados na missão, visão e valores,
ou seja, são esses itens que definem o que ela é, e o que deseja alcançar.
De acordo com Costa (2007, p. 35),
A formulação da missão costuma responder a perguntas como: Qual a necessidade
básica que a organização pretende suprir? Que diferença faz, para o mundo externo,
ela existir ou não? Para que serve? Qual é a motivação básica que inspirou seus
fundadores? Por que surgiu? Para que surgiu?
A missão da empresa foi proposta pelo trabalho e consiste em oferecer alimentos de
qualidade para a satisfação de toda a comunidade, com o comprometimento em atender as
necessidades desejadas pelos mesmos.
Segundo Costa (2007, p. 36), visão é um modelo de um estado ou situação altamente
desejável, de uma realidade futura possível para a organização.
17
Para Oliveira (2008, p. 65),
Visão é conceituada como os limites que os proprietários e principais executivos da
empresa conseguem enxergar dentro de um período de tempo mais longo e uma
abordagem mais ampla. A visão representa o que a empresa quer ser.
A visão da empresa proposta pela pesquisadora objetiva que a panificadora seja
reconhecida como a melhor na região, no sentido de oferecer os melhores produtos aos
clientes, e também pelo atendimento diferenciado.
Oliveira (2008, p. 66) entende que os valores representam o conjunto dos princípios e
crenças fundamentais de uma empresa, bem como fornecem sustentação para a tomadas das
decisões principais.
Costa (2007, p. 38) complementa o que são valores,
[...] são características, virtudes, qualidades da organização que podem ser objeto de
avaliação, como se estivessem em uma escala, com gradação entre avaliações
extremas. São atributos realmente importantes para a organização, virtudes que se
pretende preservadas e incentivadas e às quais deve ser dado mérito.
Como valores, segundo a proposta da pesquisadora à empresa, pode-se citar ética,
respeito, confiança, comprometimento e transparência nas relações com clientes,
colaboradores, fornecedores e comunidade.
18
3 DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL
Neste capítulo serão abordadas as funções praticadas na Panificadora e Confeitaria
Alano, bem como a identificação de seus pontos fortes e fracos, e ainda as sugestões de
melhorias para o desenvolvimento positivo da empresa.
3.1 GESTÃO DE PESSOAS
A área de gestão de pessoas é muita antiga e ao longo dos anos sofreu constantes
mudanças, seja em razão do desenvolvimento tecnológico, e também da globalização. Tal
área pode ser considerada como o maior diferencial encontrado em uma organização
atualmente, principalmente pelas pessoas que nela trabalham, o que faz aumentar a vantagem
competitiva de mercado.
A gestão de pessoas é uma área fundamental para a administração de uma organização,
e cada organização tem sua própria estrutura, onde cada qual adota sua maneira de exercer
essa função.
De acordo com Chiavenato (2004, p. 13) a gestão de pessoas é uma área que auxilia o
administrador a desempenhar de maneira positiva as funções de planejar, organizar, dirigir e
controlar.
A gestão de pessoas é constituída por várias atividades, tais como descrição e análise de
cargos, recrutamento e seleção, motivação das pessoas que colaboram para o bom
funcionamento organizacional da empresa (CHIAVENATO, 2004).
Na Panificadora e Confeitaria Alano a função de gestão de pessoas é realizada pelo
próprio gestor, que recebe apoio da gerente quando se trata de novas contratações. A ocupante
do cargo de gerência é formada em Administração, e possui conhecimentos e experiências na
área. Quanto ao gestor suas experiências foram adquiridas durante o desenvolvimento das
atividades relacionadas à função.
A empresa atualmente conta em seu quadro de funcionários com três padeiros, sendo
que um dos padeiros é o proprietário, sete balconistas, uma gerente, e um responsável pelos
serviços gerais.
19
3.1.1 Provisão
O processo de provisão é parte principal da função da gestão de pessoas, pois é por
meio dela que se agregam pessoas, e esses processos são utilizados para inclusão de novas
pessoas na empresa a partir do processo de recrutamento e seleção.
Para se tornar um profissional na área de recursos humanos, assim como nas demais
áreas é imprescindível a aprendizagem, como meio de adquirir novas formas de conduta ou
modificar condutas anteriores.
Ainda, o planejamento estratégico de pessoas, além da aprendizagem, requer
planejamento e organização para a tomada de decisões, perante a empresa e seus
subordinados. O conhecimento da empresa é fundamental, assim como a transmissão da
missão, visão e valores da mesma.
Pode-se afirmar que a partir do estudo, observou-se que o planejamento de pessoas da
Panificadora e Confeitaria Alano não é adequado, e nem satisfatório para os empregados, mas
de certa forma, pode ser considerado como aceitável devido à necessidade de cada um.
No mesmo sentido, destaca-se que a empresa não possui nenhum tipo de planejamento,
pois o gestor não detém conhecimentos necessários, e também por tratar-se de uma empresa
de pequeno porte, e com poucos funcionários. Mas em contrapartida, há interesse do gestor,
em investir em novos caminhos, como meio hábil a garantir o bom desenvolvimento da
empresa e dos colaboradores, fato que pode ser tido como um dos pontos fortes analisados.
Segundo Ribeiro (2006, p. 52), recrutamento pode ser definido como um sistema de
informações, que visa atrair candidatos potencialmente qualificados, dos quais serão
selecionados futuros funcionários da organização.
Geralmente a Panificadora e Confeitaria Alano não realiza recrutamento de
funcionários, e sim pessoas buscam por emprego na empresa, pois sabem que é de fácil
acesso, e que não é exigido nenhum tipo de experiência. A gerente busca conhecer cada
funcionário, e saber qual o tempo que o mesmo deseja permanecer na empresa, para assim
prever e planejar o aprimoramento de cada um no local, ou a busca por novos funcionários.
As técnicas de seleção consistem em entrevistas, provas de conhecimento,
ou capacidade, técnicas de simulação.
Segundo Gil (2001, p. 92), para que possa selecionar adequadamente, torna-se
necessário definir critérios. Por isso, é necessário que haja o conhecimento das políticas de
seleção da empresa e, sobretudo dos cargos que se deseja preencher.
20
Assim, na Panificadora e Confeitaria Alano a seleção de pessoal é realizada somente por
meio de entrevista, aplicada pela gerente da empresa, para que conheça o perfil do possível
funcionário, sua vida pessoal e suas antigas profissões, e também caso ainda não tenha
exercido nenhuma função, e por fim, qual o conhecimento ou o desempenho que o mesmo irá
desenvolver na nova função.
3.1.2 Aplicação
Para Chiavenato (2008), o processo de aplicar pessoas significa que, uma vez recrutadas
e selecionadas, as pessoas deverão ser integradas à organização, posicionadas em seus
respectivos cargos e tarefas e avaliadas quanto ao seu desempenho.
A socialização organizacional é a maneira que as organizações recebem o seu novo
colaborador e o integra à sua cultura. É ainda, o meio pelo qual a organização procura marcar
no novato o modo de ele pensar e agir de acordo com a doutrina organizacional.
O processo de socialização organizacional busca inserir, adaptar e manter o novo
colaborador na cultura da organização, bem como o tornar um membro da mesma. É também
neste processo que o colaborador deverá incorporar todas as representações e informações que
o orientarão sobre a cultura da empresa.
Os novos colaboradores na Panificadora e Confeitaria Alano são integrados para
entenderem como são exercidos os trabalhos na empresa. Desta forma, é necessário que os
novos integrantes passem por um processo de adaptação, conheçam toda a cultura
organizacional da empresa, com o objetivo de efetivação do mesmo de acordo com o seu
desenvolvimento nesta fase.
A atividade de cargos cuida da análise e da avaliação da posição ocupada pelo
funcionário na empresa, considerando os critérios já estabelecidos a cada cargo e em
relação aos demais, observando as responsabilidades e limitações para o seu
desempenho (ARAÚJO, 2010, p. 40).
Na Panificadora e Confeitaria Alano os empregados recebem orientações para a
realização das tarefas. Geralmente para cada empregado são propostos cargos que possam
exercer, de acordo com seus conhecimentos, e também para a satisfação do empregador, pois,
deste jeito o gestor poderá obter uma análise de cada empregado tendo como base as
exigências.
Importante ainda destacar, que para que sejam definidos os salários a serem pagos é
preciso que sejam avaliados os cargos, estabelecendo-se assim, a importância absoluta e
21
relativa na organização, levando-se em conta a remuneração praticada no mercado.
(RIBEIRO, 2006).
3.1.3 Manutenção
O processo de manutenção está ligado às necessidades e motivação de seus
subordinados. Este processo é importante, principalmente quando a empresa está de acordo, e
busca investimentos em seus colaboradores, além de passarem aos mesmos a filosofia e
cultura organizacional da empresa, para que haja uma troca, onde os funcionários estarão
motivados, para mostrar seus talentos e seus objetivos perante a organização.
A remuneração pode ser entendida como retornos financeiros e serviços tangíveis, além
de benefícios aos empregados como parte das relações de emprego. Cada funcionário está
interessado em investir com trabalho, dedicação e esforço pessoal, com os seus
conhecimentos e habilidades, desde que receba uma retribuição adequada.
A política de remuneração da Panificadora e Confeitaria Alano é a remuneração básica,
ou melhor, a forma fixa, de maneira regular na forma de salário mensal ou na forma de salário
por hora.
De acordo com Dutra (2013, p. 181), “a maneira para concretizar a valorização da
pessoa pela organização em termos de gestão é fazê-lo pela remuneração. A remuneração é a
contrapartida econômica ou financeira de um trabalho realizada pela pessoa”.
Importante mencionar também que os incentivos salariais e os benefícios também
compõem a gestão da remuneração, e estão diretamente ligados às necessidades básicas da
maioria dos empregados, atendendo a objetivos individuais, econômicos e sociais. Geralmente
constituem um pacote de benefícios e serviços sociais bastante variados, composto de
assistência médico-hospitalar, alimentação subsidiada, seguro de vida, transporte, planos de
previdência privada, entre outros (CHIAVENATO, 2004, p. 416).
Assim, pode-se dizer que a função dos benefícios serve como uma espécie de
recompensa ao colaborador, que dedica muito tempo para o alcance de seus objetivos
organizacionais, por isso é justo que além do salário, a organização torne a vida do
trabalhador segura e saudável (PEQUENO, 2012).
Os benefícios oferecidos pela empresa aos funcionários são café da manhã e da tarde, e
almoço para aqueles que trabalham no período matutino. O gestor oferece também seis pães,
todos os dias trabalhados, para os funcionários que queiram levar para casa.
22
Não há políticas de incentivos na Panificadora e Confeitaria Alano.
A higiene, a segurança e a saúde relacionam-se com o objetivo de garantir condições de
trabalho capazes de manter um nível de saúde dos colaboradores de uma organização. A
saúde está ligada ao bem estar físico, mental e social, além da ausência de doenças. Já a
higiene relaciona-se à prevenção de riscos associados ao ambiente de trabalho. E por fim, a
segurança refere-se à prevenção dos riscos associados aos acidentes de trabalho.
A Panificadora e Confeitaria Alano conforme já tratado anteriormente, trabalha no
segmento de alimentos, e assim torna-se essencial a utilização da política de higiene para esse
ambiente, tanto dos funcionários, quanto da organização. Na empresa há uma faxineira
responsável na área de produção e comercialização que garante a limpeza do estabelecimento,
e também todos os funcionários devem seguir as obrigações necessárias ao manipular os
produtos alimentícios, além do uso obrigatório de luvas, dentre outros equipamentos
higienizados.
As condições ambientais de iluminação, temperatura, ventilação, intensidade de ruído,
poluição e umidade precisam ser medidas e controladas para assegurar a salubridade do local
de trabalho das pessoas (LACOMBE, 2011).
Quanto à saúde e à segurança podem-se dizer que estas são falhas, pois a empresa não
oferece planos de saúde para seus funcionários, assim cada um deverá procurar atendimento
médico em caso de problemas, e a segurança também não é muito adequada, pois há riscos
para os funcionários, como corte nas mãos e dedos, e não há instrução da maneira correta para
prevenção de acidentes.
O clima organizacional é resultado da interação dos elementos da cultura, preceitos,
caráter e tecnologia como os valores, políticas, tradições, estilos gerenciais, comportamentos,
conhecimentos e processos operacionais de organização.
Para Lacombe (2005, p. 236), o clima organizacional reflete o grau de satisfação do
pessoal com o ambiente interno da empresa, vincula-se a motivação, a lealdade, a colaboração
entre as pessoas, ao interesse no trabalho e aos relacionamentos.
O clima organizacional da Panificadora e Confeitaria Alano não é muito saudável, há o
apoio da chefia na organização, para obter a maior colaboração dos funcionários. A
recompensa infelizmente não é fator motivacional na empresa, e alguns fatores como a falta
de incentivos e benefícios, muitas vezes desmotivam o colaborador no exercício de suas
atividades laborais, o que os leva a trabalharem apenas por necessidade ou a procurarem
emprego em outro local.
23
3.1.4 Desenvolvimento
Segundo Milkovich e Boudreau, 2000 apud Araújo, (2006, p. 94), desenvolvimento
pode ser entendido como a maneira de aperfeiçoar a capacidade e a motivação dos
empregados, a fim de torná-los no futuro membros valiosos para a organização. O processo de
desenvolvimento de recursos humanos é muito abrangente, e está ligado à questão da
capacitação ou preparação técnica e científica, aqueles referentes à dinâmica da força de
trabalho, à sua inserção institucional e administração.
O treinamento e desenvolvimento podem ser comparados a uma dança de passos que
devem estar bem sincronizados, desta forma, pode-se dizer que é impossível dissociar
desenvolvimento de treinamento, e os efeitos desses programas refletem na elevação da
capacidade do funcionário (PEQUENO, 2012).
As formas de treinamento realizadas na empresa podem ser consideradas como básicas,
pois quando as pessoas passam a integrar o quadro de funcionários da Panificadora e
Confeitaria Alano são treinadas durante a jornada de trabalho, e recebem instruções de como
se comportar e agir no atendimento ao cliente, bem como realizar a reposição, manutenção e a
organização dos balcões e prateleiras, e também poderão receber mais atribuições de
atividades no decorrer do dia. Assim, de acordo com as capacidades desenvolvidas pelos
colaboradores será possível buscar o melhor aperfeiçoamento das atividades exercidas.
3.1.5 Controle
Controle significa seguir, acompanhar, orientar e manter o comportamento das pessoas
dentro da organização, para o alcance de objetivos planejados. Chiavenato (2014, p. 431) dá
preferência à palavra monitorar em vez de controlar, a fim de evitar o significado de
fiscalização externa e submissão estreita à regras e regulamentos impostos. O controle é de
certa forma uma adaptação para o bom funcionamento desses registros, e consequentemente
da organização.
Os colaboradores recém contratados pela Panificadora e Confeitaria Alano recebem
acompanhamento de funcionários mais experientes da empresa, que assim também exercem a
função de instrutores com relação aos novatos, orientando-os sobre a realização das
24
atividades, explicam como deve ser o comportamento na empresa, com o objetivo principal de
obter resultados positivos para toda a organização.
Para Rezende (2003) banco de dados é um sistema de armazenamento e coleção de
dados, que existem para guardar e manipular dados, com o objetivo de transformá-los em
informações.
O gestor da empresa entende ser desnecessária a implantação de banco de dados e
sistemas de informação, bem como desconhece esses sistemas, deste modo, todas as
atividades realizadas na empresa até o momento não exigem o uso dessas ferramentas.
No quadro 1 apresentado a seguir, serão identificados os pontos fortes e fracos da
função de recursos humanos da empresa.
Pontos Fortes Pontos Fracos
Reconhecimento do gestor aos
colaboradores Falta de Incentivos e falta de motivação
Bom relacionamento entre gestor e
colaboradores
Falta de técnicas de seleção e
recrutamento
Ambiente limpo e agradável Falta de políticas de segurança e saúde
Remuneração efetuada corretamente Falta de treinamento e desenvolvimento
Interesse pelo gestor à função de
Gestão de Pessoas
Falta de qualificação do gestor na área de
Gestão de Pessoas
Quadro 1 – Pontos fortes e fracos de recursos humanos
Fonte: Elaborado pela autora, 2015.
Com base na analise do quadro 1 , foi possível verificar que o gestor reconhece o
esforço dos colaboradores da empresa, tal reconhecimento é evidenciado nas reuniões
realizadas na empresa, onde são ressaltadas pelo gestor a importância do bom desempenho,
bem como elogia o colaborador de acordo com sua atividade, razão que motiva-o a
aperfeiçoar-se no desenvolvimento de suas funções.
Ainda, pode-se afirmar que o relacionamento entre o gestor e os colaboradores é
amigável, pois como o gestor é um dos padeiros da empresa, ele convive diariamente e
diretamente com os trabalhadores, prezando pelo respeito mútuo e pela boa convivência entre
todos.
25
Conforme sabido, a empresa faz parte do setor alimentício, e todo o ambiente laboral é
limpo diariamente, ou seja, tanto a área de produção, quanto a área comercial, pois, além de
garantir a qualidade da empresa para seus clientes, oferece também aos colaboradores um
ambiente limpo, agradável e climatizado.
Quanto ao pagamento do salário, este é realizado dentro dos prazos determinados, ou
melhor, até o quinto dia útil do mês, assim, a empresa cumpre as exigências relacionadas às
formas de pagamentos, e muitas vezes ele é efetuado antes da data prevista, ponto que pode
ser considerado como positivo, pois gera satisfação nos colaboradores.
O gestor possui pouco conhecimento da área de gestão de pessoas, porém tem interesse
em aperfeiçoar-se, e para suprir esta falta busca compreender as necessidades dos
colaboradores, e quando ao seu alcance atende tais necessidade, por exemplo, a criação de um
espaço para realizações das refeições, busca também esclarecer dúvidas relacionadas às
condições de trabalho e salário, com o intuito de garantir a satisfação de seus funcionários e
consequentemente de toda a empresa.
A empresa não oferece incentivos aos colaboradores, fator que justifica a rotatividade
de pessoal, pois quando insatisfeitos buscam outra empresa que possam oferecer incentivos.
Ainda, os colaboradores também não são motivados, e procuram exercer suas funções
corretamente, porém pela falta de motivação muitas vezes não conseguem atingir a eficácia e
a satisfação, razão pela quais muitos ali permanecem por pouco tempo, fator que aumenta o
nível de rotatividade.
Também podemos afirmar que muitas pessoas buscam por emprego na panificadora,
pois não se exige do candidato nenhuma experiência, e também pela conhecida rotatividade
no ramo.
A seleção do colaborador é realizada apenas por uma entrevista, conduzida pela gerente,
método não muito apropriado, pois pode dificultar a identificação da pessoa selecionada,
principalmente quanto à capacidade dela em exercer a função, fator este que também justifica
o alto índice de rotatividade.
As atividades realizadas na Panificadora e Confeitaria Alano exigem manuseio com
máquinas e equipamentos, e isto não descarta a possibilidade de ocorrência de acidentes
laborais. Como meio de evitar a ocorrência dos acidentes os funcionários são avisados quanto
aos riscos, porém não recebem instruções específicas para o manuseio do maquinário.
26
No que se refere à saúde, a empresa não oferece nenhuma forma de benefício, como por
exemplo o plano de saúde, assim caso seja necessário atendimento médico, cada colaborador
fará por conta própria.
Os treinamentos ofertados na empresa são básicos, e ocorrem da seguinte forma, por
meio da apresentação aos novos colaboradores das atividades exercidas diariamente na
empresa, posteriormente já iniciam as atividades básicas, qual seja o atendimento, e depois
são inseridas as atividades diárias, como além do atendimento, também a manutenção dos
balcões e prateleiras, ademais, afirma-se que quando não há o treinamento adequado o
funcionário acaba não atingindo o grau máximo de satisfação no desenvolvimento das tarefas.
O gestor da empresa é o responsável principal pela realização das atividades de gerir
pessoas, mesmo não possuindo os conhecimentos necessários. Assim, apesar de ter adquirido
todo o conhecimento no decorrer das atividades diárias da empresa, o mesmo não possui
qualificação, aumentando-se as chances de ocorrerem erros no decorrer das atividades,
portanto, percebe-se a urgente necessidade do aprimoramento da área.
3.2 MARKETING
O marketing busca conhecer quais são as necessidades e os desejos dos consumidores,
por meio da análise e identificação dos seus comportamentos, com intuito de satisfação dos
mesmos.
Segundo Kotler (1999, p. 29), quando o marketing é bem-sucedido as pessoas gostam
do novo produto, a novidade corre de boca em boca e pouco esforço de venda se faz
necessário, o que torna essencial um marketing bem elaborado, para que o produto se torne
atrativo e as vendas se ampliem.
O marketing cria estratégias para colocar o produto à disposição dos clientes, por meio
de canais de distribuição, com a utilização da comunicação, propaganda, publicidade, além de
outras ferramentas.
O trabalho de marketing realizado na empresa estudada é desenvolvido pelo gestor, por
seus funcionários, e até mesmo por clientes. A gerente administra uma página na rede social,
e quando são desenvolvidos produtos novos e diferentes, a mesma realiza a postagem na
página para que os clientes que não frequentam, e também os clientes assíduos da
panificadora tenham conhecimento das novidades e promoções.
27
As balconistas costumam oferecer aos clientes os produtos, informando-os se o mesmo
é novo, bom e qual o sabor. Os funcionários também praticam o marketing boca a boca, assim
como os clientes.
O gestor procura adequar a empresa de acordo com a necessidade e satisfação de seus
clientes, e também pela qualificação constante dos produtos oferecidos.
3.2.1 Produto
O produto possui papel fundamental, pois representa o conjunto de atributos, funções e
benefícios que os clientes compram.
Em uma definição mais ampla e exemplificativa Urdan e Urdan (2006, p. 42)
classificam produto como:
Um objeto concreto ou abstrato que satisfaz a necessidade e desejos dos
consumidores. Automóveis, roupas e cidades são coisas concretas oferecidas às
pessoas para satisfazer as necessidades das pessoas de transporte, proteção e lazer.
Cursos universitários, transporte aéreo, consultorias e idéias de parar de fumar, não
dirigir quando beber e usar camisinha são objetos mais abstratos. Em comum todos
eles possuem atributos, que geram benefícios e custos, ou valor, para o consumidor.
As empresas que oferecem múltiplas linhas de produto gozam de benefícios numerosos,
isso contribui com a proteção contra a concorrência e possível maior participação de mercado,
porém essa estratégia envolve um aumento de custos de produção, propaganda, canais de
distribuição.
O produto é a base da estratégia de marketing e implica em todos os compostos que ele
pode oferecer ao cliente como a definição do ciclo de vida, do seu desenvolvimento, sua
categoria e a gestão do mesmo (XAVIER, 2009, p. 33).
A Panificadora e Confeitaria Alano comparada aos seus concorrentes, possui grande
variedade de produtos que satisfazem, e motivam a compra de seus consumidores. Entre eles
destacam-se vários tipos de bolos, diversos pães em formatos diferentes, além da fabricação
de tortas, doces e salgados. Busca ainda a fidelização de seus clientes, que procuram na
empresa algo novo e de qualidade.
3.2.2 Preço
O preço é considerado como um dos elementos fundamentais na determinação da
participação de mercado, e na lucratividade das empresas.
28
Xavier (2009, p. 34) entende que o preço é a variável fundamental para que se
determine o desempenho da organização no mercado, sua sustentabilidade e longevidade,
mercadológica e financeira, com o intuito de alcançar bons resultados.
A estratégia de preço dever ser compatível com outros componentes da estratégia de
marketing, pois o preço deve permitir financiar as estratégias de comunicação, do
desenvolvimento de produtos e do fortalecimento do posicionamento de qualidade desses
produtos.
Para Urdan e Urdan (2006, p. 184), “preço é tudo o que o consumidor percebe ter dado
ou sacrificado para obter o produto”. O preço é o composto que sofre maior influência dentro
do mercado, eles são modificados pela competitividade, pois na verdade, hoje o mercado é
quem diz o quanto se deve pagar por um produto.
Segundo Casas (2007, p. 104), “os preços são determinados para cobrir custos
operacionais e também proporcionar lucro, além de afetar as expectativas dos clientes”.
A Panificadora e Confeitaria Alano estabelece seus preços acima da média do mercado,
com valores baseados na qualidade e na inovação de seus produtos, leva em consideração
também o ambiente agradável proporcionado aos consumidores, e as constantes melhorias
realizadas nos produtos e na própria empresa.
3.2.3 Praça
Os canais de distribuição são organizações envolvidas no processo de tornar o produto
ou serviço da empresa disponível para o consumo ou uso (STERN et al., 1996, p. 1).
Assim, os canais de distribuição envolvem a forma de como os produtos serão
disponibilizados aos clientes, ou seja, como eles sairão da empresa e como vão chegar até
seus consumidores.
A distribuição implica todo o processo que leva o produto ao consumidor envolve
estruturas e gerenciamento das atividades, operando e estabelecendo a ligação entre
a criação de um produto até a entrega para o seu consumidor/cliente (XAVIER,
2009, p. 37).
A empresa Panificadora e Confeitaria Alano atende seus clientes diretamente na
empresa, onde os mesmos podem escolher quais os produtos irão consumir. Os clientes
também possuem a opção de realizarem encomendas por meio do telefone ou pessoalmente.
A empresa também oferece a entrega dos produtos encomendados, com o intuito de oferecer
maior conforto aos clientes.
29
3.2.4 Promoção
A promoção pode ser feita por vários tipos de ferramentas do composto de
comunicação, como a propaganda, promoção de vendas, vendas pessoais e marketing direto.
Todas essas ferramentas têm um objetivo em comum, que é chegar até o consumidor
incentivando a compra, através de seus métodos.
De acordo com Xavier (2009, p. 39), a promoção é caracterizada pela comunicação de
um produto para um público-alvo, com informações fundamentais sobre o produto, suas
vantagens e como ele atende as necessidades desejadas dos consumidores.
Para McCarthy (1997 apud NEVES, 2008 p. 112), “a comunicação presta o trabalho de
dizer ao público-alvo que o produto certo está disponível, no preço certo e na praça certa”.
Urdan (2006) entende que a comunicação de marketing se coordenada de maneira
correta, busca atingir o objetivo de levar consumidores, ou outros públicos, há adotar algum
comportamento específico, com o fim de buscar novos consumidores.
A Panificadora e Confeitaria Alano utiliza alguns meios para a divulgação da empresa,
com a oferta de embalagens personalizadas, patrocínios em alguns eventos, uma página na
rede social, com a mostra de produtos produzidos pela mesma, promoções de alguns produtos
e promoções em datas especiais. Assim, a divulgação utilizada pela empresa atrai mais
consumidores para o local.
No quadro 2 apresentado a seguir, serão identificados os pontos fortes e fracos da
função de marketing da empresa.
Pontos Fortes Pontos Fracos
Qualidade dos produtos Atendimento ao cliente é
insatisfatório
Variedade dos produtos Pouca utilização de
promoção
Ambiente agradável Praça distante dos locais de
movimento da cidade
Quadro 2 – Pontos fortes e fracos de marketing
Fonte: Elaborado pela autora, 2015.
30
Com base na análise do quadro 2, é possível afirmar que os produtos oferecidos pela
Panificadora e Confeitaria Alano são produtos de qualidade, fabricados de forma a atender a
expectativa do consumidor. Em casos de insatisfação do consumidor com o produto
oferecido, após verificação do ocorrido poderá ocorrer à troca do produto, como meio de
garantir a satisfação da clientela e também a reputação da empresa.
Ao comparar-se a empresa estudada com as suas concorrentes, esta possui grande
variedade de produtos, tanto dos que tem produção própria, quanto dos produtos
industrializados comercializados pela mesma, com a oferta de variados tipos de pães, bolos,
doces e salgados.
A Panificadora e Confeita Alano tem como uma das principais prioridades o ambiente,
pois grande parte das vendas é efetuada diretamente na empresa, e desta forma, o gestor
procura desenvolver o melhor ambiente possível para seus clientes, o ambiente é climatizado,
possui também uma cafeteria com mesas e cadeiras, a limpeza é feita diariamente em todo o
local, tanto na área de produção quanto na área comercial, além da organização dos produtos
nas prateleiras e geladeiras de forma mais prática aos clientes.
Os colaboradores da Panificadora e Confeitaria Alano na maioria das vezes não
possuem nenhum tipo de experiência ou preparação profissional, fator que pode ser
considerado como negativo, pois isto reflete no atendimento aos clientes, e compromete a
expectativa em atender integralmente a satisfação dos mesmos.
Apesar de todas as ferramentas utilizadas pela empresa para a comunicação, as mesmas
ainda não são consideradas como um ponto forte, pois ainda existem vários métodos que
podem ser utilizados, como a criação de promoções frequentes, não apenas em datas
especiais, a degustação de produtos novos, entre outros. Assim, com a criação de novos
métodos de divulgação dos serviços e dos bens, será possível a fidelização dos clientes atuais,
como também a conquista de novos consumidores.
A empresa está bem localizada no bairro onde atua, porém fica um pouco distante do
centro da cidade. A mesma ainda é conhecida por seus produtos diferenciados, e de qualidade,
mas muitas vezes, alguns moradores mais distantes não vão até a panificadora apenas para
comprar os produtos, e acabam comprando em outro local.
31
3.3 PRODUÇÃO
A função produção é muito importante para a organização, pois produz os bens e
serviços que são a razão de sua existência. Xavier (2007, p. 27) entende que a produção deve
apoiar a estratégia com o desenvolvimento de políticas e objetivos apropriados aos recursos
que serão administrados.
A produção faz com que as estratégias aconteçam, transformam decisões estratégicas
em realidade operacional, e forneçam meios para a obtenção de vantagem competitiva.
A produção da empresa é coordenada pelo gestor, que também trabalha como padeiro,
as atividades são diárias, e são determinadas assim que os novos integrantes são inseridos na
organização. Atualmente a empresa não possui funcionários novos na área de produção, sendo
assim todos têm conhecimento das atividades que devem exercer diariamente. As atividades
diárias dividem-se da seguinte forma, a parte de panificação fica distribuída entre os três
padeiros, e a de confeitaria é atribuída a apenas um deles, ou melhor, ao gestor.
No período matutino a fabricação de pães francês, pães doces, sonhos, roscas e salgados
são realizadas em quantias menores, em razão da demanda. Já, no período vespertino são
fabricados em maior quantidade os produtos que são fabricados de manhã, além da fabricação
de assados, bolos e tortas.
3.3.1 Análise do produto
Podemos afirmar que o cliente quando procura um produto busca qualidade, e acredita
que irá atingir suas expectativas. Assim, para que possa atingir essas expectativas é necessário
que sejam criados projetos, e nesse caso o projeto do produto.
Segundo Martins (2005), o projeto do produto é um elemento básico de vantagem
competitiva, e pode ser um bem tangível ou um serviço, diferenciado quanto a seu custo.
Os produtos apresentados pela panificadora são realizados por meio de projetos simples,
que buscam sempre inovar e oferecer aquilo que o cliente deseja ou necessita adquirir.
Passemos a análise de alguns conceitos importantes, vejamos:
Conceito: quando se compra um produto espera-se um conjunto de benefícios que
podem estar agregados no mesmo. Assim, quando é comprado o pão francês na Panificadora
Alano, o cliente busca algo que irá suprir suas necessidades. Podemos citar algumas das
32
expectativas dos clientes como um pão de qualidade, quentinho, além de um ambiente
agradável, com variados produtos para o consumo.
Pacote: após conhecer o conceito, podemos perceber que o pacote são os benefícios
proporcionados que o compõem. Como o cliente acredita que se todo um processo for
realizado de forma agradável, o produto que o mesmo deseja acaba satisfará suas
necessidades.
A empresa possui variados tipos de pães, bolos, doces, salgados, mas pode-se afirmar
que o principal produto para venda é o pão francês. O pão francês é líder de produtos na
panificadora e, é composto apenas pelos seguintes ingredientes: farinha de trigo, água,
fermento e sal.
Por ser o produto principal, o cliente além de efetuar a compra do pão francês, acaba
adquirindo outros produtos ofertados pela empresa.
Processo: de acordo com Longo (2011, p. 61), o uso do fluxograma relaciona-se à
distribuição de funções e cargos, influencia nos aspectos relacionados à delegação de tarefas e
aos aspectos gerais de funcionamento de todos os processos. O objetivo maior da utilização
do fluxograma é padronizar os processos, de modo que os resultados finais sejam sempre os
mais próximos possíveis evitando variações (TAMBORLIN, DALFOVO, 2012, p. 139).
O fluxograma da Panificadora e Confeitara Alano destina-se especificamente ao
processo de produção do pão francês, o processo de outros produtos fabricados pela empresa,
também se enquadram a esse tipo de segmento, porém com alguns diferenciais.
33
Figura 1 - Fluxograma do processo de produção do pão francês da panificadora
Fonte: Elaborado pela autora, 2015.
O fluxograma representa a forma como são criados os produtos na Panificadora e
Confeitaria Alano, em especial o pão francês, produto principal da empresa.
O gerente de produção responsabiliza-se pela coordenação e desenvolvimento da
criação do produto, sendo primeiro é feito a pesagem dos ingredientes, como o trigo, fermento
e sal, em seguida é realizado o preparo da massa, com o acréscimo dos ingredientes que foram
pesados, além da água, é feito na masseira por volta de 30 (trinta) minutos.
A manipulação do produto é feita inicialmente de forma manual, com a separação de 30
(trinta) pedaços de 1,700 kg (um quilo e setecentas gramas) com a pesagem de cada pedaço, a
separação é feita para a produção exata de 25 (vinte e cinco) pães em cada tela, com uma
totalidade de 1.800 (mil e oitocentos) pães, depois elas passam pela divisora, sendo separadas
em bloquinhos, para logo depois passar na modeladora e finalmente criar o formato do pão
francês.
As telas seguem às estufas para o crescimento da massa, assim que prontas serão
assadas, e logo que concluído os pães são disponibilizados à venda.
34
3.3.2 Layout
Rocha (1995) entende que layout é a disposição física de máquinas, postos de trabalho,
equipamentos, homens, áreas de circulação, unidade de apoio e tudo mais que ocupa espaço
na fábrica, distribuindo-os de forma a aperfeiçoar o ambiente de trabalho.
Figura 2 - Layout da Panificadora e Confeitaria Alano
Fonte: Elaborado pela autora, 2015.
A distribuição exibida no layout fica da seguinte forma, 50% (cinquenta por cento) para
a loja, 30% (trinta por cento) para produção, 12% (doze por cento) para estoque e 8% (oito
por cento) para banheiros e armários individuais.
O layout apresentado é bem distribuído, cada espaço está adequado com relação às
atividades realizadas, e suficiente para o alcance de bons resultados nas funções diárias da
empresa.
3.3.3 Capacidade produtiva da empresa
A empresa não possui nenhum tipo de sistema que possa controlar a sua capacidade
produtiva, assim, realiza-se uma média de quanto será vendido por dia, levando-se em
consideração também qual a estação do ano, pois a temperatura influencia na compra e,
consequentemente, influencia na produção e na quantidade a se produzir.
35
De acordo com Slack (2013), o objetivo para a realização da gestão da capacidade
relaciona-se à qualidade dos serviços ou bens, a velocidade de resposta, a confiabilidade do
fornecimento, a flexibilidade, os custos, o faturamento e o capital de giro.
A Panificadora e Confeitaria Alano produz em média 1.800 (mil e oitocentos) pães por
dia, sendo vendidos 98% (noventa e oito por cento) dos que são fabricados. No verão, por ser
uma área que não possui praias, acaba tendo uma redução no movimento de vendas e também
na produção. Desta forma, os padeiros criam planejamentos para a produção, mesmo não
tendo um planejamento e controle específico em formas de sistemas, há organização para
atender a demanda exigida, que pode-se ainda afirmar que é bastante variável.
3.3.4 Técnica de planejamento e controle da produção (PCP)
Conforme já aduzido anteriormente, o pão francês é o principal produto de produção e
de venda na empresa, ademais os próprios padeiros realizam formas de planejamento, para
que possam controlar e atender a demanda exigida, já que esta é variável.
De acordo com Neumann e Scalice (2015, p. 117), projetar é conceber a aparência, o
arranjo e a estrutura de algo antes de construí-lo. O objetivo principal do projeto de processo
é assegurar que o desempenho do processo seja apropriado ao que deseja alcançar.
O processo produtivo da Panificadora e Confeitaria Alano visa atender as expectativas
dos clientes por meio da qualidade na fabricação de seu produto principal, com rapidez e
agilidade no atendimento.
Segundo Ritzman (2004, p. 102) “o desafio do gerenciamento da qualidade consiste em
conscientizar todos os funcionários quanto à importância da qualidade, e motivá-los a
melhorar a qualidade do produto”.
A organização tem como objetivos para manter a qualidade de seus produtos, por
exemplo a utilização de matéria-prima qualificada na produção, preza também por fabricar
tudo de maneira correta e com rapidez, e principalmente a agilidade e o bom atendimento.
Deste modo, todos os objetivos da empresa influenciam para que o cliente não faça a compra
no concorrente devido à falta desses fatores, e para que assim se concretize a eficiência da
organização.
No quadro 3 apresentado a seguir, serão identificados os pontos fortes e fracos da
produção da empresa.
36
Pontos Fortes Pontos Fracos
Layout bem distribuído Falta de sistemas para
controle de produção
Qualidade em matéria-
prima e nos produtos
acabados
Falta de planejamento
específicos de produção
Quadro 3 – Pontos fortes e fracos da produção
Fonte: Elaborado pela autora, 2015.
Com base na análise do quadro 3, é possível afirmar que o layout da Panificadora e
Confeitaria Alano é classificado como bom para a realização das atividades diárias exigidas
pela empresa, já que é bem distribuído. Os espaços são divididos corretamente para o bom
funcionamento de todos os equipamentos e serviços, o que torna possível a realização das
atividades com mais facilidade e agilidade.
O gestor compra matéria-prima de boa qualidade para a produção dos seus produtos,
procura também pelos melhores preços, sem perder a qualidade, para assim oferecer produtos
com qualidade aos clientes, tendo como objetivo principal a satisfação de todos.
Como um dos pontos fracos da empresa pode-se afirmar a falta de sistemas de controle
de produção, pois as produções são realizadas de acordo com a perspectiva diária, com base
no movimento de clientes. Sendo assim, a falta de controle poderá ocasionar desperdício na
produção, pois pode ocorrer de serem produzidos mais alimentos do que realmente é
necessário.
Os planejamentos de produção da empresa são criados durante o dia, mas os mesmos
não são específicos. Os processos de produção são diários e repetitivos, porém em alguns dias
há alterações, devido ao movimento de clientes, o que pode ocasionar erros, que vão desde a
perda de matéria-prima como a falta de produtos.
3.4 MATERIAIS E LOGÍSTICA
A logística constitui-se em movimentos eficientes de produtos acabados, gerencia
estrategicamente a aquisição, movimentação e armazenagem de materiais, com a organização,
e promove ao consumidor os bens e serviços quando, onde e na quantidade desejada.
Segundo Vitorino (2012, p. 16), a logística nas empresas é de suma importância, e
quando sua gestão é eficiente, atinge a qualidade dos produtos e serviços, e influi na
satisfação dos consumidores.
37
A logística da Panificadora e Confeitaria Alano é responsável pela gestão dos recursos
financeiros e materiais, por meio dela é possível administrar o planejamento da produção, o
armazenamento, e a distribuição dos materiais.
De acordo com Grant (2013), a logística é constituída de cinco atividades principais,
quais sejam, gerenciamento e transporte, estoque, armazenagem ou estocagem, tecnologia de
informação e gerenciamento de produção ou de operações.
Novaes (2015, p. 60) entende que “cadeia de suprimento é constituída pelos processos
de desenvolvimento, desde as fontes de matéria-prima, até a entrega ao consumidor através do
varejista”.
O gerenciamento da cadeia de suprimentos é um conjunto de métodos que busca uma
melhor gestão em transportes, estoques e custos, essas atividades estão presentes nos
fornecedores, na empresa e nos clientes. A Panificadora e Confeitaria Alano busca
desenvolver essas atividades corretamente, com uma gestão adequada, permitindo um bom
desempenho na produção, qualidade aos clientes, produto certo na quantidade certa. Assim, é
possível reduzir os custos, de acordo com as necessidades e exigências dos clientes.
Portanto, a cadeia de suprimento é a prática de gestão necessária para que todas as
empresas agreguem valor ao cliente desde a fabricação dos materiais, até a produção de bens
e serviços, bem como a distribuição e a entrega final do produto e dos serviços ao cliente
(MARTINS, 2005).
3.4.1 Compras
Segundo Grant (2013), os relacionamentos em logística são considerados como uma
vantagem competitiva para as empresas, pois através desses relacionamentos é possível
determinar seu futuro com compradores e fornecedores.
A Panificadora e Confeitaria Alano possui vários fornecedores, desde a parte de
produção, até os produtos que são industrializados pela mesma. Podemos citar alguns dos
fornecedores como Produpan, Esdel, Parati, Deycon, Ivana Salgados, Schin, Ambev, entre
outros. Cada fornecedor tem sua importância para o desenvolvimento da empresa em questão.
Para Neves (2008, p. 42), “a questão-chave no relacionamento entre empresa produtora
e seus fornecedores é o grau de dificuldade que os produtores têm para trocar de
fornecedores”.
38
Os fornecedores da empresa Panificadora e Confeitaria Alano fornecem produtos desde
o momento em que a empresa iniciou suas atividades, os mesmos são flexíveis quando se trata
de preço, condições de pagamento e prazos de entrega.
As compras da panificadora são feitas de forma específica para cada tipo de produto,
algumas são feitas semanalmente, como a compra de frios e lacticínios. Já as compras
matéria-prima para a realização dos produtos fabricados pela empresa são realizadas
quinzenalmente, como a compra do trigo e fermento. Quanto aos produtos industrializados as
compras são feitas mensalmente.
A compra é realizada a partir do momento em que se percebe a diminuição na
quantidade dos produtos, já que a empresa não possui controle de estoque informatizado
específico para a efetivação de novas compras.
A realização da compra é feita a partir do momento em que as empresas reconhecem a
necessidade de um bem ou serviço, são definidas as especificações de compra, após o
conhecimento de seus fornecedores, e por fim são feitas as negociações (GRANT, 2013).
No quadro 4 apresentado a seguir, serão identificados os pontos fortes e fracos da
função de materiais e logísticas da empresa.
Pontos Fortes Pontos Fracos
Boa relação com
fornecedores
Pouca busca por novos
fornecedores
Adequação ao
gerenciamento na cadeia de
suprimentos
Falta do uso de sistemas
informatizados para controle
de compras
Quadro 4 – Pontos fortes e fracos de materiais e logísticas
Fonte: Elaborado pela autora, 2015.
Com base na análise do quadro 4, afirmar-se que o responsável pelas compras é o gestor
da empresa, e há uma boa relação entre este e os fornecedores, como exemplo podemos citar a
Produpan, Esdel, Ivana Salgados, que fornecem seus produtos praticamente desde o início das
atividades da panificadora, quando se trata de preço, condições de pagamento e prazos de
entrega, eles são flexíveis, responsáveis e eficientes.
A empresa busca adequação positiva ao gerenciamento da cadeia de suprimentos, para a
efetivação de novas compras, o gestor costuma verificar o estoque, prateleiras e geladeiras,
conforme uma média, e assim realiza as compras sem excesso, porém o mesmo está em busca
de sistemas de controle para que seja possível evitar o desperdício de materiais.
39
A empresa não busca por novos fornecedores, ocorre que muitas vezes representantes
vão até a mesma para o oferecimento de seus produtos, mas o gestor que é a pessoa
responsável pelas compras geralmente não sabe qual produto está sendo oferecido e o qual o
valor do mesmo.
Portanto, por não utilizar um controle informatizado específico para a efetivação de
novas compras, muitas vezes acontece a perda de produtos e matéria-prima. Para a efetivação
de novas compras é realizada uma média dos produtos que estão em falta, ou pela pouca
quantidade do estoque, mas, muitas vezes, as compras são feitas sem necessidade, o que
ocasiona algumas perdas. A maioria dos fornecedores disponibiliza a troca dos produtos, pois
grande parte das perdas é por causa dos vencimentos, mas mesmo com essa garantia a
empresa deixa de vender pela espera da troca.
3.5 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Segundo Foina (2001, p. 151), a tecnologia da informação são métodos e ferramentas,
que buscam pela garantia, qualidade e pontualidade das informações dentro dos exercícios
empresariais.
A Panificadora e Confeitaria Alano não possui área de tecnologia da informação, e nem
abrange muito conhecimento para exercer as funções exigidas por essa área.
É necessário desenvolver um processo formal de aplicação de tecnologia, para que ao
promover essa ação, seja possível usufruir dos benefícios que ela pode oferecer, como o
melhoramento e aprimoramento de vários processos na empresa (BATISTA, 2012).
A empresa estudada possui apenas um computador que é utilizado com frequência para
ações desnecessárias que não compõe suas atividades diárias, algumas vezes o proprietário
utiliza para emitir notas fiscais. As notas não são geradas constantemente, são geradas apenas
para clientes específicos, e quando necessário para prestação de contas.
Portanto, para Rezende (2001, p. 78), a tecnologia da informação são recursos
tecnológicos e computacionais para geração e uso da informação.
No computador da empresa há um programa instalado para o controle de venda, o
nome do programa é Small Soft, porém o mesmo não é muito utilizado. Como o processo de
venda no caixa exige rapidez, e esse processo leva alguns minutos, faz com que alguns
clientes não esperem, sendo assim o programa Small Soft não é utilizado como deveria.
40
Com o uso inteligente de tecnologia da informação, os processos podem ser
simplificados, uma vez que atividades repetidas podem ser inteiramente automatizadas
(STAREC et al, 2005).
Além do computador, na empresa há uma impressora para a emissão das notas fiscais, e
um leitor de código de barras, que de fato não é utilizado, duas máquinas que são utilizadas
para a recarga de celulares, e o acesso à internet, que tem uma velocidade de 2 MB. A
empresa dispõe de um telefone fixo, para o contato direto com clientes e fornecedores. Possui
também uma página na rede social – Facebook -, com a divulgação dos produtos que são
fabricados pela mesma.
No quadro 5 apresentado a seguir, serão identificados os pontos fortes e fracos da
função de tecnologia da informação da empresa.
Pontos Fortes Pontos Fracos
Equipamentos de qualidade
para o uso da tecnologia da
informação
Falta de uso da tecnologia
da informação
Quadro 5 – Pontos fortes e fracos de Tecnologia da Informação
Fonte: Elaborado pela autora, 2015.
Nos dias de hoje o uso da tecnologia é muito importante para o bom funcionamento da
empresa, desta forma pode-se dizer que a Panificadora e Confeitaria Alano está um pouco
atrasada quando se trata de assuntos relacionados à tecnologia.
Com base na análise do quadro 5, percebe-se que a empresa possui equipamentos de
qualidade para a utilização da tecnologia da informação, como computador, impressora para a
emissão de notas fiscais, possui também um sistema de compra e venda já instalado, para que
se reduza tempo e custo nas atividades realizadas na empresa, além de um melhor controle de
suas entradas e saídas, porém não há uma adaptação para utilização dos sistemas disponíveis.
Por fim, com a falta de experiência e a falta de conhecimento dessas ferramentas, o
gestor não utiliza os recursos que dispõe, sendo que poderia agregar positivamente o uso ao
bom funcionamento da empresa, sendo assim, pode-se considerar tal situação como um ponto
fraco.
41
3.6 FUNÇÃO FINANCEIRA
Por meio da função financeira é possível acompanhar a coleta, a organização e a criação
de dados contábeis para mensuração do patrimônio da empresa. As informações geradas pela
área financeira influenciam no processo decisório dos administradores das empresas, que
buscam por rentabilidade e segurança nos seus investimentos (SILVA, 2012, p. 337).
O proprietário da panificadora é o responsável direto pelas contas a pagar e receber,
sendo que esses controles são feitos manualmente em um caderno, onde apenas o proprietário
e seu contador possuem acesso.
A contabilidade da Panificadora é realizada por uma empresa externa, desde o momento
em que as suas atividades iniciaram, sendo responsável pelas tarefas ligadas ao patrimônio
das pessoas jurídicas, datas e prazos dos impostos que a empresa deve pagar.
Importante destacar que os dados financeiros apresentados a seguir não são fidedignos,
foram deduções repassadas pelo proprietário da empresa à acadêmica, como meio de
preservar os valores reais.
3.6.1 Demonstração de resultado do exercício
A DRE visa fornecer as receitas e despesas de uma determinada empresa, além de
retratar em um determinado período as principais operações realizadas pela mesma.
Para Iudícibus (2008, p. 36), “a demonstração do resultado de exercício é um resumo
ordenado das receitas e despesas da empresa em determinado período”.
Quanto a sua importância, Marion (2003, p. 127) entende que a “DRE é extremamente
relevante para avaliar desempenho da empresa e a eficiência dos gestores em obter resultado
positivo. O lucro é o objetivo principal das empresas”.
A demonstração de resultado do exercício da Panificadora e Confeitaria Alano é
realizada pelo contador contratado pela empresa, por meio dos resultados apresentados é
possível obter uma síntese das atividades operacionais e não operacionais da mesma, e
também se há lucro ou prejuízo.
De acordo com Braga (1999, p. 91), a demonstração do resultado de exercício deve
apresentar o resumo das variáveis positivas (receitas e ganhos), e negativas (custos, despesas e
perdas), normalmente ocorridas no exercício social, em função da exploração das atividades
operacionais da empresa.
42
Figura 3 - Demonstrativo de resultados
Fonte: Elaborado pela autora, 2015.
No topo da DRE temos a receita total com vendas da empresa no valor de R$ 51.000,00
(cinquenta e um mil reais), em seguida os custos variáveis totais, que totalizam um valor de
R$ 18.904,00 (dezoito mil, novecentos e quatro reais), os custos apresentados são de acordo
com os gastos com vendas, impostos sobre vendas e custo de mercadorias vendidas.
A seguir o valor da margem de contribuição de R$ 32.096,00 (trinta e dois mil, e
noventa e seis reais) que representam o resultado da receita total menos os custos variáveis.
Logo abaixo o valor total de seus custos fixos que equivalem à R$ 26.375,39 (vinte e
seis mil, trezentos e setenta e cinco reais e trinta e nove centavos) e que subtraídos da margem
de contribuição resultam um lucro líquido no valor de 5.720,61 (cinco mil, setecentos e vinte
reais e sessenta e um centavo), apresentado ao fim da DRE.
A DRE foi baseada em deduções, sendo assim os valores apresentados não são
concretos, porém é possível analisar que com o lucro de 11,22% (onze vírgula vinte e dois por
cento) ao ano, representa que a empresa possui vantagem competitiva no mercado.
A baixa margem de lucro não é fator negativo, já que as despesas não excedem ao valor
obtido, sendo assim a panificadora possui condições saudáveis para o seu funcionamento.
43
3.6.2 Balanço patrimonial
O balanço patrimonial deve representar de forma quantitativa e qualitativa a posição
financeira e patrimonial da empresa, a qual é composta por bens, direitos e obrigações
(SILVA, 2007, p. 27).
O balanço patrimonial da panificadora, assim como a demonstração de resultado do
exercício, também é realizado pelo contador, por meio dele é possível avaliar a posição
financeira da empresa, é representado pelo ativo onde constam os bens, direitos e
investimentos financeiros, e pelo passivo que compreende as obrigações financeiras.
De acordo com Braga (2012), é recomendável que no balanço patrimonial seja
classificado os elementos do patrimônio que representam, sendo agrupados de modo a
facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da empresa.
No balanço patrimonial é possível identificar o fluxo de caixa, assim como as dívidas e
pagamentos a receber, além de obter-se uma visão mais completa para a análise do resultado
econômico da empresa.
O balanço patrimonial da Panificadora e Confeitaria Alano não será apresentado, pois a
empresa não forneceu dados para a análise.
3.6.3 Lucratividade e rentabilidade
Conforme Assaf Neto (2012), a realização do cálculo de lucratividade é muito
importante para saber se vale a pena realizar o investimento no negócio, pois é necessário que
esteja acima da média para que haja tempo de recuperação do investimento enquanto a
empresa existir.
A lucratividade relaciona-se as vendas, se estas são suficientes para pagar os custos e
despesas e ainda gerar lucro. Para calculá-la basta dividir o lucro pelo total das vendas, e
multiplicar por 100 (cem).
LUCRATIVIDADE = (LUCRO LÍQUIDO / RECEITA TOTAL) x 100
LUCRATIVIDADE = 5.720,61 / 51.000,00 x 100 = 11,22%
Quadro 6 – Cálculo de lucratividade
Fonte: Elaborado pela autora, 2015.
44
Pode-se dizer que sob os R$ 51.000,00 (cinquenta e um mil reais) de receita total
“sobram” R$ 5.720,61 (cinco mil, setecentos e vinte reais e sessenta e um centavo) como
forma de lucro, depois de pagas todas as despesas e impostos, o que indica uma lucratividade
de 11,22% (onze vírgula vinte e dois por cento) ao ano.
Silva (2014) entende que rentabilidade é uma análise que busca a identificação do
retorno sobre o investimento total, o retorno sobre as vendas e o retorno sobre o capital
próprio.
A rentabilidade é capaz de demonstrar o retorno sobre o investimento no valor de R$
30.000,00 (trinta mil reais) que foi feito na empresa em longo prazo. Para calcular o seu
índice também é muito simples, basta, dividir o lucro líquido pelo capital investido e
multiplicar por 100 (cem).
RENTABILIDADE = (LUCRO LÍQUIDO / INVESTIMENTO TOTAL) x 100
RENTABILIDADE = 5.720,61 / 30.000,00 x 100 = 19,06%
Quadro 7 – Cálculo de rentabilidade
Fonte: Elaborado pela autora, 2015.
Com o passar dos anos o empresário recupera 19,06% (dezenove vírgula zero seis por
cento) do valor investido, por meio dos lucros obtidos pela empresa, sendo positivo para o
negócio, já que o valor do investimento é recuperado em um período de cinco a seis anos.
3.6.4 Margem de contribuição e ponto de equilíbrio
Margem de contribuição é a diferença entre o valor unitário da mercadoria vendida e o
seu custo variável correspondente, sendo, portanto, a sobra unitária que resta disponível para
cobertura do custo fixo (SILVA, 2014, p. 179).
A margem de contribuição representa o lucro de venda de cada produto, onde cobre
todos os custos e despesas fixas, e ainda gera lucro. É fundamental possuir conhecimento
sobre a margem de contribuição que as vendas podem proporcionar, com isso, é possível
obter maior planejamento, o que consequentemente, auxiliará no processo de tomada de
decisões.
45
A margem de contribuição unitária permite avaliar a margem de lucro unitário, sem
levar em conta o custo fixo, isso possibilita identificar os produtos mais lucrativos no
processo (ROCHA, 1995).
De acordo com Atkinson (2000, p. 224), por meio da análise do ponto de equilíbrio os
gerentes podem desenvolver modelos de planejamento para avaliar as alternativas da empresa,
e as mudanças na lucratividade com as mudanças nos níveis das atividades de produção e
vendas.
O ponto de equilíbrio representa o quanto a empresa precisa faturar para pagar todos os
seus custos em um determinado período. Para chegar ao cálculo do ponto de equilíbrio,
primeiro é preciso conhecer o índice de margem de contribuição.
ÍNDICE DE MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO = (RECEITA TOTAL – CUSTO
VARIÁVEIS TOTAIS / RECEITA TOTAL) x 100
ÍNDICE DE MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO = (51.000,00 – 18.904,00 / 51.000,00) x 100
= 62,93%
Quadro 8 – Cálculo do índice de margem de contribuição
Fonte: Elaborado pela autora, 2015.
PONTO DE EQUILÍBRIO = (CUSTO FIXO TOTAL / ÍNDICE DE MARGEM DE
CONTRIBUIÇÃO)
PONTO DE EQUILÍBRIO = 26.375,39 / 62,93% = 41.912,26
Quadro 9 – Cálculo do ponto de equilíbrio
Fonte: Elaborado pela autora, 2015.
A margem de contribuição representa o quanto a empresa consegue gerar de recursos
para pagar os custos fixos e obter lucro, sendo que o valor de R$ 32.096,00 (trinta e dois mil,
e noventa e seis reais) referente ao índice de margem de contribuição de 62,93% (sessenta e
dois vírgula noventa e três por cento) é superior ao valor total de suas despesas fixas.
Deste modo, é possível dizer que é necessário que a empresa tenha uma receita total de
R$ 41.912,26 (quarenta e um mil, novecentos e doze reais e vinte e seis centavos) ao ano para
cobrir todos os seus custos, e ainda gerar lucro.
46
No quadro 10 apresentado a seguir, serão identificados os pontos fortes e fracos na área
financeira da empresa.
Pontos Fortes Pontos Fracos
Especialização externa na
contabilidade da empresa
Falta de conhecimento do
gestor na área financeira
Quadro 10 – Pontos fortes e fracos financeiro
Fonte: Elaborado pela autora, 2015.
Com base na análise do quadro 10, é possível identificar que a especialização externa de
um contador na empresa considera-se como um ponto forte, por meio dele é possível
identificar todas as necessidades, obrigações financeiras e lucros que a mesma pode ter.
Quando se trata das obrigações tributárias, trabalhistas, e previdenciárias, o contador trabalha
com responsabilidade, evidenciando os dados e valores necessários ao empresário.
O gestor da empresa não possui conhecimento concreto com relação aos dados
apresentados nas demonstrações financeiras, pode-se dizer que ele até identifica, mas na
maioria das vezes confia plenamente nos serviços do contador, já que desconhece a realização
dos cálculos específicos. Por essa falta de conhecimento, não é solicitado ao contador os
dados financeiros mensais ou anuais, como a demonstração de resultado do exercício e o
balanço patrimonial.
47
4 ANÁLISE ORGANIZACIONAL
É necessário planejar para que o futuro seja levado em consideração, é preciso também
realizar análises para que a empresa se torne mais racional e exista mais controle sobre ela,
bem como para que possa ser possível o aprimoramento do seu desenvolvimento, com o
intuito de satisfazer os clientes.
Segundo Kotler (1999), a análise Swot traz uma análise de forças e fraquezas, assim
como oportunidades e ameaças, que expõem o andamento da empresa, com a identificação de
suas potencialidades e declinações, agindo estrategicamente e antecipada, e aplicando as
devidas ações.
Ainda, com a análise Swot é possível avaliar o ambiente interno e externo, o que pode
propiciar aos gestores uma visão mais clara do segmento de mercado em que atua.
Por fim, de acordo com Kotler (2007) por meio de análises, é possível escolher por
estratégias de negócios, podendo assim proporcionar o melhor posicionamento da
organização, a fim de que se atinja sua missão e seus objetivos.
48
PONTOS FORTES PONTOS FRACOS
Reconhecimento do gestor aos
funcionários Falta de incentivos e falta de motivação
Bom relacionamento entre patrão e
funcionário
Falta de técnicas de seleção e
recrutamento
Ambiente limpo e agradável Falta de políticas de segurança e saúde
Remuneração efetuada corretamente Falta de treinamento e desenvolvimento
Interesse pelo gestor à função de gestão
de pessoas
Falta de qualificação do gestor na área de
gestão de pessoas
Qualidade dos produtos Atendimento ao cliente é insatisfatório
Variedade dos produtos Pouca utilização de promoção
Ambiente agradável Praça distante dos locais de movimento
da cidade
Layout bem distribuído Falta de sistemas para controle de
produção
Qualidade em matéria-prima e nos
produtos acabados
Falta de planejamento específico de
produção
Boa relação com fornecedores Pouca busca por novos fornecedores
Adequação ao gerenciamento na cadeia
de suprimentos
Falta do uso de sistemas informatizados
para controle de compras
Equipamentos de qualidade para o uso
da tecnologia da informação
Falta de uso da tecnologia da informação
Especialização externa na contabilidade
da empresa
Falta de conhecimento do gestor na área
financeira
OPORTUNIDADES AMEAÇAS
Administração profissional Novos supermercados na cidade
Instalação em local próprio Instabilidade da economia
Produtos diferenciados Concorrência com maior publicidade
Trabalhar com novos itens Horário de atendimento inferior aos
concorrentes
Bairro onde a empresa está situada, em
desenvolvimento Concorrência com preços mais acessíveis
Quadro 11 – Matriz Swot
Fonte: Elaborado pela autora, 2015.
49
A gerente da empresa é formada em Administração, mas não opera todas as atividades
da empresa, restringe-se apenas a algumas. Seu maior enfoque é na entrevista e contratação de
novos funcionários.
O proprietário responsabiliza-se pela coordenação total da empresa, a autoridade e
decisões finais são tomadas apenas por ele, porém o mesmo não possui nenhuma
especialização na área administrativa, conhece de modo prático em razão da vivência diária.
Como oportunidade entende-se que a especialização na área pode ser benéfica para uma
nova visão de administração, já que nos dias atuais existem cursos de graduação e
profissionalizantes, desse modo o gestor poderá conhecer o método conceitual além do
prático, e, consequentemente, agregar mais qualidade para a empresa.
A empresa está instalada em uma sala comercial alugada, o proprietário possui interesse
em realizar a construção de uma nova sala na mesma localidade, em um terreno ao lado que é
de sua propriedade, mas por enquanto os projetos ainda não se concretizaram. Acredita-se que
a instalação em local próprio pode ser uma boa oportunidade, além da redução de custos, e
aumento na qualidade de bens e serviços.
Nos dias de hoje os clientes estão cada vez mais exigentes, e à procura de produtos
diferenciados. Sendo assim, a criação de novos produtos, ou até mesmo a fabricação de
produtos já comercializados, mas que não são feitos pela panificadora, podem atender as
expectativas e desejos desses consumidores.
Importante também destacar que alguns clientes se enquadram no perfil de exigências
por necessidade, pois os organismos estão mais exigentes, e, com freqüência, há grande
procura por itens sem glúten e sem lactose, e a criação desses novos produtos, pode ser algo
inovador para a região, pois esses tipos de produtos ainda não são fabricados pelas outras
panificadoras da cidade, existido somente a venda de produtos industrializados sem muitas
opções.
Ainda, o bairro onde a empresa localiza-se está em constante desenvolvimento, pois
estão sendo construídas novas casas nas proximidades, por isso tão importante manter a
qualidade nos serviços e bens, pois isto poderá causar crescimento no número de possíveis
clientes da panificadora.
Com relação às ameaças, estas fazem parte dos negócios, e para a panificadora uma de
suas ameaças é a instalação de novos supermercados pela cidade. Havia apenas um
supermercado como referencial, mas no final do ano de 2015, foram instalados dois novos
50
supermercados de grande porte, e assim aumentou ainda mais a concorrência, além da
concorrência direta, que são as outras panificadoras já existentes na cidade.
A economia tem sido fator preocupante para as empresas, devido ao baixo desempenho
e desajustes, com o grande desequilíbrio das contas públicas e na elevação da inflação. Esses
aspectos impactam negativamente no desenvolvimento da sociedade, e consequentemente em
empresas, assim como na panificadora, que ultimamente está com baixo fluxo de clientes.
A Panificadora e Confeitaria Alano possui canais de publicidade, porém quando
comparada com os concorrentes, pode-se dizer que a mesma encontra-se em nível inferior,
tendo em vista que os canais usados pelas outras panificadoras e pelos supermercados são
mais influentes e atraentes. O uso de folheto de ofertas, além do uso da mídia, e a
periodicidade de anúncios dos concorrentes são maiores do que a publicidade e divulgação
desenvolvida pela empresa.
O horário de funcionamento da empresa é inferior ao dos concorrentes, seu horário se
limita há trinta minutos a menos que as outras panificadoras e uma hora e meia menos do que
os mercados novos, o que leva os clientes que optam ou possuem a necessidade pela compra
no fim da tarde a procurarem pela concorrência.
Ainda, pode-se citar que os concorrentes que são as outras panificadoras e os
supermercados da região estão com preços mais acessíveis, oferecem os mesmos produtos,
parecidos ou substitutos, com preços menores e, infelizmente, faz com que, muitas vezes, o
cliente compre pelo preço e não pela qualidade.
Com os pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças identificados no estudo a
empresa poderá realizar o processo de planejamento e determinar estratégias específicas para
concretizar os objetivos da organização, com proveito de oportunidades, contra-atacando
ameaças, construindo os pontos fortes e corrigindo os pontos fracos.
51
5 PROPOSTAS DE MELHORIA
Todas as empresas precisam estar em constante melhoria para atingir a satisfação e
exigências de seus clientes, por isso a realização de um diagnóstico pode desenvolver um
novo modo de enxergar a empresa, de forma a analisar os pontos fortes, reconhecer os pontos
fracos que necessitam de correção, aproveitamento das oportunidades e neutralização das
ameaças, pela busca incansável do reconhecimento no mercado que encontra-se cada vez mais
competitivo.
Na empresa Panificadora e Confeitaria Alano na área de gestão de pessoas há falta de
processos importantes para o bom desenvolvimento dessa função, considerados como pontos
fracos estão à falta de incentivos e motivação, falta de técnicas para seleção e recrutamento,
falta de políticas de segurança e saúde, falta de treinamento e desenvolvimento e falta de
qualificação do gestor na área citada.
Os fatores elencados anteriormente influenciam diretamente no comportamento
organizacional da empresa e, muitas vezes, afetam negativamente nos processos de trabalho.
Assim, é essencial conhecer as necessidades de seus funcionários, para proporcionar novos
métodos para a empresa.
Ainda, com o aprofundamento na área administrativa de um modo geral para o gestor,
por meio de cursos em instituições de ensino, por exemplo, a FUCAP, que localiza-se na
mesma região que a empresa, e que oferece cursos de graduação em Administração, com
aulas presenciais, com duração de quatro anos, e mensalidades que variam de R$ 400,00
(quatrocentos reais) à R$ 800,00 (oitocentos reais), o mesmo poderia obter melhor
conhecimento nas áreas administrativas, podendo assim, aplicar métodos novos e positivos na
empresa, e também se adequar as formas de contratações como, por exemplo, conhecer
melhor o perfil do candidato.
Com relação às políticas de segurança e saúde, seria necessária a criação de apostilas
destinadas especificamente aos padeiros, com instruções sobre o manuseio de máquinas e
equipamentos, tais como os fornos, cilindro, amassadeira. As máquinas e equipamentos não
possuem grandes riscos aos seus funcionários, mas é necessário um aprofundamento de como
utilizá-los, para que eventuais acidentes laborais possam ser evitados. Sendo assim, a gerente
e o gestor poderiam ser responsáveis pela criação das apostilas ou materiais, já que o mesmo é
um dos padeiros, e conhece cada equipamento necessário para a criação dos produtos. As
instruções que podem ser incluídas na apostila podem ser encontradas em sites ou blogs sobre
52
segurança no trabalho, e o custo giraria em torno de R$ 5,00 (cinco reais) à R$ 10,00 (dez
reais), sendo tais materiais direcionados aos colaboradores atuais, e aos que eventualmente
vierem a ser contratados.
Quanto à saúde, a proposta para melhoria seria a oferta de planos de saúde e
odontológicos para cada colaborador, a empresa Agemed é conveniada com algumas clínicas
e hospitais da região, e oferecem planos com valores médios de R$ 57,65 (cinquenta e sete
reais e sessenta e cinco centavos) à R$ 85,00 (oitenta e cinco reais) para cada um, avaliados
de acordo com a faixa etária e sexo.
Ainda, com o intuito de motivar e aumentar a satisfação dos colaboradores além dos
planos de saúde, sugere-se o oferecimento de bonificações como premiações por ideias, por
exemplo, destinadas àqueles que apresentarem melhorias para a empresa, premiação por
superação aos que mostrarem esforços no desenvolvimento das atividades, reconhecidas por
meio de prêmios em dinheiro, folgas e horários flexíveis. Porém, essas bonificações devem
ser avisadas, para que haja o empenho de cada indivíduo, devem ser ocasionais, pois se
houver periodicidade poderá perder sua finalidade, sendo avaliadas pelo gestor e também
pelos próprios funcionários, para que não possa ocorrer qualquer tipo de indiferença.
Com relação à área de marketing, podem-se destacar como pontos fracos o atendimento
insatisfatório, pouca utilização da promoção e praça distante dos locais de grande movimento
da cidade. Ainda, levando-se em consideração a localização da empresa ser distante, as
propagandas deveriam ser utilizadas com maior intensidade, e a utilização de recursos não
usados, como folders ou panfletos, criados, por exemplo, pela empresa GS Comunicação,
seus valores variam de acordo com a sua complexidade de criação e produção, além do
tamanho e tipo de papel utilizado.
Assim, seria necessário que a empresa fizesse o repasse do máximo de informações para
que fosse elaborado um orçamento preciso e detalhado. Além da degustação de produtos que
a própria empresa produz como bolos, tortas, salgados, em determinado período pela manhã
ou pela tarde, disponível em uma prateleira visível e acessível aos seus clientes.
Tendo em vista que o atendimento foi reconhecido como insatisfatório, para que isso
seja revertido torna-se necessário a aplicação de treinamentos para melhoria do
desenvolvimento no atendimento dos clientes, destinados principalmente as novas balconistas
contratadas. Tal treinamento poderia ser realizado na própria empresa e instruído pelas
balconistas mais experientes, que já conquistaram a satisfação de grande parte dos clientes,
mas também, isso constaria como um investimento, sendo assim, esse treinamento realizado
53
deverá ser pago como forma de bonificação, para que seja desenvolvido de modo eficaz e
proveitoso.
Na área de produção a empresa falha pela falta de sistemas para controle de produção, e
também pela falta de planejamentos específicos, a proposta de melhoria para essa área é a
instalação de softwares para gerenciamento de panificadoras, o que oportunizaria maior
conhecimento na área produtiva, e minimizaria a perda de tempo e de materiais. O valor desse
software é de R$ 760,00 (setecentos e sessenta reais) à vista, ou em até 10 (dez) parcelas de
R$ 76,00 (setenta e seis reais), nele é possível cadastrar receitas com entrada e saída de
produtos, e ainda obter relatórios de custo de produção e de produtos utilizados.
O software citado também poderia auxiliar no planejamento diário da empresa, que não
são específicos, pois nele constariam ordens de serviços, de acordo com as receitas
cadastradas, e de acordo com a quantidade de produtos utilizados diariamente. Esses cadastros
devem ser realizados pelo gestor, e assim que o mesmo aprimorar o funcionamento desse
sistema deve transmitir aos seus funcionários, já que ele é o responsável geral pela produção,
para que melhore o desenvolvimento das atividades, e torne o trabalho mais rápido e eficaz.
Quanto aos materiais e logística os pontos fracos identificados foram a falta de busca de
novos fornecedores, e a falta do uso de sistemas para controle de compras. A proposta para a
busca de novos fornecedores seria a realização de uma análise comparativa a ser desenvolvida
pelo gestor, já que é o responsável pelas compras da empresa. Atualmente, o gestor muitas
vezes nem conhece o produto que o fornecedor tem a oferecer, e este fato pode ocasionar
perdas com relação à preços, qualidade e prazos de entrega, portanto, é necessário que
conheça o que esses novos representantes têm a oferecer, para realizar as comparações com os
fornecedores que a empresa já possui, visando sempre agregar mais qualidade em seus
produtos.
A falta de uso de sistemas para controle de compras é um ponto fraco, assim como a
falta de uso da tecnologia de informação, pois a empresa possui utensílios e ferramentas, mas
não os utiliza, por não acreditar que seja necessário. O gestor deve reconhecer a necessidade
em utilizar as ferramentas, já que a falta do uso acarreta perdas e gastos desnecessários. Para
que isso não se torne um problema, a proposta é o conhecimento técnico por meio do curso de
Administração proposto anteriormente, para que possa se identificar a real importância do uso
desse controle, e assim evitar possíveis problemas.
O curso de Administração também traz benefícios para a parte financeira já que também
é um ponto fraco na empresa, pois a falta de conhecimento do gestor nessa área, que conhece,
54
mas não detalhadamente, acaba por confiar plenamente em seu contador. Portanto, o intuito é
de se obter maior abrangência, e maior conhecimento nos dados e cálculos realizados pelo
contador.
Se os trabalhos forem executados corretamente, espera-se que o resultado seja positivo,
com a conquista de mais clientes para a empresa, por meio da utilização de promoções e
propagandas, assim como a melhoria no atendimento, com treinamentos, e também pela
satisfação com os novos métodos de recursos humanos. Ainda, com a implantação do sistema
haverá diminuição de perdas, e também maior controle devido à junção de conhecimento
conceitual e prático.
Por fim, com o investimento nesses recursos será possível obter o melhor
desenvolvimento da empresa, com o intuito de alcançar melhores resultados.
55
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A empresa Panificadora e Confeitaria Alano faz parte do segmento alimentício, e está
no mercado desde o ano de 2009. Atualmente possui um quadro de colaboradores formado
por três padeiros, sete balconistas, uma gerente, e uma pessoa responsável pelos serviços
gerais.
O objetivo de análise desse trabalho foi reconhecer possíveis falhas ocorridas na
empresa, bem como a proposta de melhorias para correção dos problemas, prezando sempre
pelo desenvolvimento geral da mesma.
Para a realização da pesquisa foram definidos os objetivos específicos, a caracterização
do objeto de estudo, este objetivo foi atendido pelo proprietário, por meio da descrição do
histórico de seu negócio; a realização do diagnóstico organizacional, com evidência nos
processos realizados nas funções da empresa; a análise de informações com enfoque nos
dados apresentados pela matriz Swot, que representa os pontos fortes e fracos, oportunidades e
ameaças; e a sugestão de melhorias, com visão na empresa, colaboradores e clientes.
Na função de gestão de pessoas a proposta à empresa foi quanto ao investimento em
cursos de graduação de Administração para o gestor, apostilas de instruções aos funcionários,
quanto ao manuseio das máquinas e equipamentos, para evitar possíveis acidentes. Também
se propôs investimento em planos de saúde e bonificações, para promover e motivar a
fidelização dos colaboradores, para assim minimizar a rotatividade de funcionários.
Com relação à área de marketing uma das soluções seria a maior divulgação dos
produtos, como a degustação dos alimentos fabricados na empresa, uso de folders e panfletos
para atrair novos clientes, foi proposto também investimento em treinamentos para a melhoria
no atendimento.
Quanto ao setor de produção a proposta foi o investimento na implantação de sistemas
para controle de produção, com maior planejamento, para assim se evitar desperdícios de
materiais e tempo.
No que se refere a materiais e logística a proposta é que o gestor responsável pelas
compras busque novos fornecedores, que possam ofertar preços acessíveis, porém com
qualidade.
Já quanto à tecnologia da informação foi proposta a melhor utilização dos utensílios
disponíveis, para controle de compra e venda, desde que haja conhecimento do
funcionamento.
56
Na área financeira a proposta foi no sentido de aprimoramento da área, por meio da
realização de cursos, que possibilitem a identificação dos dados apresentados pelo contador da
empresa.
Quanto aos pontos fortes verificados na empresa, destaca-se a manutenção da qualidade,
a competitividade no mercado, que está em constante crescimento, e a crença na busca de
adequação as exigências dos clientes.
Ainda, no decorrer do diagnóstico observa-se que a Panificadora e Confeitaria Alano é
viável no mercado, seja pela criação de produtos, bem como pela valorização da qualidade e a
variedade ofertada.
Por fim, as propostas de melhorias sugeridas no decorrer da pesquisa podem ser
analisadas pela empresa, e se implantadas corretamente podem acarretar um melhor
desenvolvimento da organização. Além de trazer para a pesquisadora um melhor
conhecimento sobre a estrutura da organização, levando-se em consideração todos os pontos
fortes e fracos, e quais as melhorias devem ser sugeridas para o crescimento pessoal e
profissional.
57
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Luis Cesar G. Gestão de Pessoas: estratégias e integração organizacional. São
Paulo: Atlas, 2006.
_________. Gestão de Pessoas. São Paulo: Atlas, 2010.
ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico:
elaboração de trabalho na graduação. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2003.
_________. Introdução a metodologia do trabalho científico. 8 ed. São Paulo: Atlas, 2007.
ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico
financeiro. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2012.
ATKINSON, Anthony A, BANKER, Rajiv D., KAPLAN, Robert S., YONG, S. Mark.
Contabilidade gerencial. São Paulo: Atlas, 2000.
BATISTA, Emerson de Oliveira. Sistemas de informação: o uso consciente da tecnologia
para o gerenciamento. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
BRAGA, Hugo Rocha. Demonstrações contábeis. Estrutura, análise e interpretação. 4. ed.
São Paulo: Atlas, 1999.
_________. Demonstrações contábeis: estrutura, análise e interpretação. 7 ed. São Paulo:
Atlas, 2012.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: e o novo papel dos recursos humanos nas
organizações. 2 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
_________. Gestão de Pessoas. 3 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
_________. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 4 ed.
São Paulo: Manole, 2014.
COSTA, Eliezer Arantes da. Gestão estratégica: da empresa que temos para a empresa que
queremos. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2007.
DUTRA, Joel Souza. Gestão de Pessoas: modelo, processos, tendências e perspectivas. São
Paulo: Atlas, 2013.
FOINA, Paulo Rogério. Tecnologia de informação: planejamento e gestão. São Paulo: Atlas,
2001.
GIL, Antônio Carlos. Gestão de Pessoas: enfoque nos papéis profissionais. São Paulo: Atlas,
2001.
_________. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002.
58
GONÇALVES, Hortência de Abreu. Manual de metodologia da pesquisa científica. 2 ed.
São Paulo: Avercamp, 2014.
GRANT, David B. Gestão de logística e cadeia de suprimentos. [tradução Arlete Simille]
São Paulo: Saraiva, 2013.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de balanços. São Paulo: Atlas, 2008.
KOTLER, Philip. Marketing para o século XXI: como criar, conquistar e dominar
mercados. São Paulo: Futura, 1999.
_________. Princípios de marketing. Tradução Cristina Yamagami; revisão técnica Dilson
Gabriel dos Santos. 12.ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing de Serviços. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
LACOMBE, Francisco José Masset. Recursos Humanos: princípios e tendências. São Paulo:
Saraiva, 2005.
_________. Recursos Humanos: princípios e tendências. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
LONGO, Gilson Luiz Palma. Organização de empresa e técnicas comerciais. São Paulo:
Baraúna, 2011.
MARION, José Carlos. Contabilidade empresarial. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2003.
MARTINS, Petrônio Garcia. Administração da Produção. São Paulo: Saraiva, 2005.
MATOS, José Gilvomar R. Análise do ambiente corporativo: do caos organizado ao
planejamento estratégico das organizações. Rio de Janeiro: E-papers, 2007.
NEUMANN, C.; SCALICE, R.K.. Projeto de fábrica e layout. 1 ed. Rio de Janeiro, RJ:
Elsevier, 2015.
NEVES, Marcos Fava. Planejamento e Gestão Estratégica de Marketing. São Paulo: Atlas,
2008.
NOVAES, Antônio. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. 4 ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2015.
OLIVEIRA, Ivone de Lourdes; PAULA, Maria Aparecida de. O que é comunicação
estratégica nas organizações?. 2 ed. São Paulo: Paulus, 2008.
PEQUENO, Álvaro. Gestão de Pessoas I. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2012.
REZENDE, Denis Alcides. Tecnologia da informação aplicada a sistemas de informações
empresariais: o papel estratégico da informação e dos sistemas de informação nas empresas.
São Paulo: Atlas, 2001.
59
_________. Tecnologia da informação aplicada a sistemas de informações empresariais:
o papel estratégico da informação e dos sistemas de informação nas empresas. 3 ed. São
Paulo: Atlas, 2003.
RIBEIRO, Antônio Lima. Gestão de Pessoas. São Paulo: Saraiva, 2006.
RITZMAN, Larry P. Administração da produção e operações. Tradução Roberto Galman;
revisão técnica Carlos Eduardo Mariano da Silva. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.
ROCHA, Duílio. Fundamentos técnicos da produção. São Paulo: Makron Books, 1995.
SILVA, Alexandre Alcântara da. Estrutura, análise e interpretação das demonstrações
contábeis. São Paulo: Atlas, 2007.
_________. Análise financeira das empresas. 11 ed. São Paulo: Atlas, 2012.
_________. Estrutura, análise e interpretação das demonstrações contábeis. 4 ed. São
Paulo: Atlas, 2014.
SLACK, Nigel. Princípios de administração da produção. São Paulo: Atlas, 2013.
STAREC, Cláudio; GOMES, Elisabeth; BEZERRA, Jorge. Gestão estratégica da
informação e inteligência competitiva. São Paulo: Saraiva, 2005.
STERN, L., EL-ANSARY, A. I., COUGHLAN, A. Marketing Channels. 5 ed. Prentice
Hall, 1996.
TAMBORLIN, Norberto. DALFOVO, Oscar. Gestão organizacional: pequenas ideias
grandes soluções. Casos práticos no serviço. Blumenau: Edição do autor, 2012.
URDAN, Flávio Torres. Gestão do composto de Marketing. São Paulo: Atlas, 2006.
URDAN, Flávio Torres; URDAN, André Torres. Gestão do composto de marketing. São
Paulo: Atlas, 2006.
VITORINO, Carlos Márcio. Gestão de processos logísticos. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2012.
XAVIER, Juarez Tadeu de Paula. Marketing: fundamentos e processos. Curitiba: IESDE
Brasil S.A., 2009.
XAVIER, Neila Maria das Graças Cordeiro. Administração de empresas: o papel do
administrador de produção nos dias atuais. União Educacional do Planalto central. 2007, 37 p.
Disponível em:
http:<//dspace.faciplac.edu.br/bitstream/123456789/114/1/TCC200201BACKUPDEMONOG
RAFIAVERSAO12NEILA.pdf> Acesso em 20 jan. 2016.
