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Mesa Redonda Brasil KoBra/Alemanha - 05.12.10. “INVESTIMENTOS BRASILEIROS NO EXTERIOR” Rede Brasil sobre Instituições Financeiras Multilaterais (João Roberto Lopes Pinto/Ibase). Mesa Redonda Brasil KoBra/Alemanha - 05.12.10. - PowerPoint PPT Presentation
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“INVESTIMENTOS BRASILEIROS NO EXTERIOR”
Rede Brasil sobre Instituições Financeiras Multilaterais
(João Roberto Lopes Pinto/Ibase)
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Rede Brasil sobre Instituições Financeiras Multilaterais: rede sem fins lucrativos, não partidária e com finalidade pública. Criada em 1995, resulta da
avaliação coletiva de diversas organizações da sociedade civil diante da:
i) Diversidade e complexidade das políticas e projetos do Governo brasileiro com financiamento e assistência técnica das Instituições Financeiras Multilaterais;
ii) Ausência de instâncias e mecanismos que favorecessem o enfrentamento dos problemas resultantes de políticas e projetos financiados por IFMs;
iii) Ausência de instâncias e mecanismos que fortalecessem o engajamento de grupos sociais interessados, afetados ou “beneficiados”.
O objetivo geral da Rede Brasil é o de ser articuladora da sociedade civil brasileira, através de suas representações, para atuarem como sujeitos na
elaboração e execução das políticas públicas e no acompanhamento de ações pontuais do setor privado, garantindo principalmente os interesses nacionais
frente às IFMs buscando a superação de desigualdades
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• Estrutura da apresentação:
• Elementos de contexto
• Argumentos em favor da internacionalização
• Argumentos críticos à internacionalização
• Atuação do Estado brasileiro, via BNDES
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1. Elementos de Contexto• abertura comercial e liberalização econômica, a partir dos
90, acirrando o ambiente de competição internacional.
• tendência de conglomeração econômica e financeira com as privatizações e de diversificação do setor de construção civil em direção às commodities (Andrade Gutierrez, Odebrecht, Camargo Correa).
• apoio do Estado, no Governo Lula, à formação de grandes grupos nacionais, por meio de investimentos de estatais e para-estatais (Fibria, Brasil Foods, Vale, Gerdau, EBX e JBS). As perspectivas com Dilma, são de aprofundamento deste modelo.
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• crescente financeirização da economia: concentração dos bancos comerciais (Itaú e Bradesco), rentabilidade dos títulos públicos e consolidação do mercado de capitais, em boa medida, pela atuação dos fundos públicos.
• apreciação do câmbio, favorecendo a aquisição de ativos no exterior, e aumento do preço das commodities no mercado externo, a partir de 2002 (efeito China).
• fluxo de investimento direto estrangeiro no país, em resposta à crise financeira e às oportunidades nos setores de commodities e infra-estrutura – megaeventos esportivos (Exs.: ThissenKrupp e Vale; GDF Suez e Eletrobras, Alston/Belo Monte). O estoque, em 2007, estava em US$ 328,5 bilhões (24% do PIB).
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Comparativo Desembolsos – U$ bilhõesAno BNDES BID BIRD BID/BIRD2005 19,34 5,33 9,72 15,052006 24,03 6,49 11,83 18,322007 33,32 7,12 11,06 18,182008 50,26 7,61 10,49 18,12009 68,78 11,85 18,56 30,42
US$ 1,00 : R$ 2,00
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2. Argumentos em favor da internacionalização
. formação de “campeãs nacionais”, “empresas globais”, para competir no mercado globalizado.
. ampliar a capacidade de exportação de bens e serviços por empresas brasileiras (“conquista de mercados”).
. maior eficiência e ganhos de escala, com redução de custos de mão-de-obra, acesso a recursos naturais, proximidade com o mercado consumidor, bem como apropriação de tecnologia.
. fortalecer internamente posições de empresas brasileiras, garantindo controle pelo capital nacional.
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. contornar barreiras tarifárias e não tarifárias, como no caso dos investimentos da Gerdau nos EUA, ou a venda de etanol brasileiro, via Guatemala.
. capitalização das empresas favorecendo os investimentos no país de origem, bem como transmissão para os fornecedores locais da inovação alcançada no exterior.
. geração de divisas, favorecendo a estabilidade econômica do país.
. ampliação da influência geopolítica do Brasil no contexto regional e global.
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3. Argumentos críticos à internacionalização
. tendência a uma especialização dos investimentos no exterior nos setores de commodities, intensivos em natureza (com exceção para algumas poucas empresas como Embraer, WEG e Marcopolo).
. promoção de investimentos por meio de mega projetos nos territórios, com grande impacto social e ambiental, dentro e fora do país.
. incremento da concentração econômica, via processos de fusões e aquisições, sob o argumento da aumento de competitividade externa.
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. redução da margem de autonomia do Estado – baixa institucionalidade na relação com o empresariado, ausência de transparência e contrapartidas, desregulamentação (Código Florestal e MDL) etc.
. ausência garantias de que tais empresas permaneçam sob controle do capital nacional (Exs: Ambev, Vale, Cosan, Santa Elisa, EBX etc.)
. tendência à especialização de estrutura produtiva nos setores intensivos em natureza, baixa diversificação da estrutura produtiva do país e baixa geração de empregos.
. concentração no setor de commodities, implicando maior vulnerabilidade externa.
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. atuação de empresas e do Estado brasileiros explorando os recursos de outros países, em especial na América Latina (o caso da IIRSA: Eletrobras/Peru, Odebrecht/Bolívia, EBX/Chile) e África (Vale/Moçambique), exportando passivos sociais e ambientais.
. estima-se que metade do IDE brasileiro destina-se aos paraísos fiscais, abrindo espaço para evasão fiscal e “lavagem de dinheiro”.
. fragilidade da política industrial: ausência de contrapartidas ao apoio à internacionalização de empresas brasileiras (investimentos no país, contratação de fornecedores nacionais e desenvolvimento de tecnologia). Sem contrapartidas também na orientação dos investimentos estrangeiros no país.
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4. A atuação do Estado brasileiro, via BNDES
. desembolsos do Banco (2009): US$ 70 bilhões, com spread médio de 1,2 %/ano, responsável por 20% de todo o crédito no país.
. apoio aos investimentos diretos no exterior, que contratem bens e serviços de empresas brasileiras (desde 2002) – atualmente a carteira é de U$ 13 bi.
. o Banco vem substituindo o BID no financiamento a infra-estrutura na região sulamerciana, no contexto da IIRSA.
. o BNDESpar tem participação em 22 das 30 maiores multinacionais brasileiras (carteira de US$ 45 bilhões).
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. abertura de representação em Montevidéu e da subsidiária “BNDES Limited” em Londres: captação de recursos, apoio a investimentos brasileiros no exterior e possível administrador do Fundo Soberano.
. criação, em maio de 2010, da Agência de Crédito à Exportação do Brasil SA – EXIM Brasil (empresa subsidiária do BNDES) e do Fundo Garantidor do Comércio Exterior (FGCE).
. financiamento do Banco concentrado no setor de commodities, bem como apoio a processos de fusões e aquisições, sem o estabelecimento de contrapartidas sociais, ambientais e econômicas – 60% dos financiamentos se concentram em indústrias de baixa ou média baixa tecnologia.
. comprometimento do tesouro nacional, via emissões de títulos da dívida pública (US$ 100 bi), para a capitalização do Banco.
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• Ausência de uma política pública de informação por parte do BNDES.
• Aprovação do “Empréstimo Programático para o Desenvolvimento em Gestão Ambiental Sustentável” (SEM DPL, na sigla em inglês) de US$ 1,3 bilhão do Bird para o governo brasileiro: objetivo de implementação de uma política ambiental pelo BNDES.
• Desde 2007, articulação “Plataforma BNDES” para democratizar o Banco e incidir sobre os rumos do desenvovimento. Agenda: política de informação, critérios sociais e ambientais, políticas setoriais. Estratégia: corresponsabilização pelas violações de direitos.