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01 - PEDAGOGIA - 1º PERÍODO - 6ª PROVA - 20/01/2008 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) VISTO ______________

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Metodologia da Pesquisa Científica

1º Período

1ª versãoMarcelo Rythowem

2ª versãoLeila Amaral

Marcelo Rythowem

Pedagogia_1oPeriodo.indb 2 20/1/2008 00:20:39

01 - PEDAGOGIA - 1º P. - 5ª PROVA - 20/01/2008 - Page 352 of 514 - APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) VISTO ______________

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Metodologia da Pesquisa Científica

1º Período

1ª versãoMarcelo Rythowem

2ª versãoLeila Amaral

Marcelo Rythowem

Pedagogia_1oPeriodo.indb 3 20/1/2008 00:20:39

01 - PEDAGOGIA - 1º P. - 5ª PROVA - 20/01/2008 - Page 353 of 514 - APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) VISTO ______________

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MATERIAL DIDÁTICO – EQUIPE UNITINS

Organização de Conteúdos Acadêmicos1ª versão: Marcelo Rythowem 2ª versão: Leila Amaral Marcelo Rythowem

Coordenação EditorialMaria Lourdes F. G. Aires

Assessoria EditorialDarlene Teixeira Castro

Assessoria Produção Gráfica Katia Gomes da Silva

Revisão Didático-PedagógicaMarilda Piccolo

Revisão Lingüístico-TextualIvan Cupertino Dutra

Revisão DigitalDouglas Donizeti Soares

Projeto GráficoDouglas Donizeti SoaresIrenides TeixeiraKatia Gomes da Silva

IlustraçãoGeuvar S. de Oliveira

CapaEdglei Dias Rodrigues

MATERIAL DIDÁTICO – EQUIPE FAEL

Coordenação EditorialLeociléa Aparecida Vieira

Assessoria EditorialWilliam Marlos da Costa

RevisãoJuliana Camargo HorningLisiane Marcele dos Santos

Programação Visual e DiagramaçãoDenise Pires PierinKátia Cristina Oliveira dos SantosRodrigo SantosSandro NiemiczWilliam Marlos da Costa

EMPRESA DE EDUCAçãO CONTINUADA LTDA

Diretor PresidenteLuiz Carlos Borges da Silveira

Diretor ExecutivoLuiz Carlos Borges da Silveira Filho

Diretor de Desenvolvimento de ProdutoMárcio Yamawaki

Diretor Administrativo e FinanceiroJúlio César Algeri

FUNDAçãO UNIVERSIDADE DO TOCANTINS

ReitorHumberto Luiz Falcão Coelho

Vice-ReitorLívio William Reis de Carvalho

Pró-Reitor de GraduaçãoGalileu Marcos Guarenghi

Pró-Reitor de Pós-Graduação e ExtensãoClaudemir Andreaci

Pró-Reitora de PesquisaAntônia Custódia Pedreira

Pró-Reitora de Administração e FinançasMaria Valdênia Rodrigues Noleto

Diretor de EaD e Tecnologias EducacionaisMarcelo Liberato

Coordenador PedagógicoGeraldo da Silva Gomes

Coordenadora do CursoWillany Palhares Leal

FACULDADE EDUCACIONAL DA LAPA

Diretor AcadêmicoOsíris Manne Bastos

Diretor Administrativo e FinanceiroCássio da Silveira Carneiro

Coordenadora do CursoClélia Peretti

Pedagogia_1oPeriodo.indb 4 20/1/2008 00:20:40

01 - PEDAGOGIA - 1º P. - 5ª PROVA - 20/01/2008 - Page 354 of 514 - APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) VISTO ______________

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Apr

esen

taçã

o

Dando continuidade aos conteúdos já vistos no caderno, no qual você conheceu as diferentes modalidades do conhecimento – senso comum, conhe-cimento teológico, conhecimento filosófico – e também o conhecimento cientí-fico e seus principais métodos, vamos agora apresentar-lhe mais um grupo de conteúdos fundamentais para sua formação acadêmica.

Em um curso de graduação, freqüentemente, você entrará em contato com vários textos que têm uma linguagem completamente diferente daquela a que estamos habituados no nosso dia-a-dia. É normal que encontre alguma difi-culdade tanto na leitura de alguns textos, quanto na elaboração de outros. Isso ocorre sobretudo pelo desconhecimento das normas de elaboração dos trabalhos acadêmicos, bem como pelo despreparo para a leitura de textos científicos, informativos, formativos e até mesmo dos textos literários.

Neste caderno de conteúdos e atividades, você aprenderá como registrar e comunicar trabalhos científicos, bem como as técnicas de elaboração do projeto de pesquisa, do artigo científico e do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) sempre atendendo às normas da Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT). Além disso, entrará em contato com as diferentes modali-dades de pesquisa científica e conhecerá o instrumental de cada uma delas.

Esperamos que o presente material o auxilie na sua produção acadêmica e científica, bem como no seu crescimento intelectual.

Profª. Leila Amaral

Prof. Marcelo Rythowem

Pedagogia_1oPeriodo.indb 5 20/1/2008 00:20:40

01 - PEDAGOGIA - 1º P. - 5ª PROVA - 20/01/2008 - Page 355 of 514 - APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) VISTO ______________

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Plan

o de

Ens

ino

EmEntA

Fundamentos da teoria do conhecimento, epistemologia, ciência, ideo-logia, crise paradigmática e pós-modernidade. Disciplinaridade, interdiscipli-naridade e perspectivas multidisciplinares e multirreferenciais na produção e difusão do conhecimento científico. Métodos e técnicas de estudo. Tipos de trabalho científicos e normas de elaboração: resenha, resumo, artigo científico e comunicação científica.

ObjEtivOs

Compreender os pressupostos teórico-metodológicos básicos de •iniciação à pesquisa científica.

Refletir sobre as diferentes abordagens metodológicas utilizadas em •pesquisa.

Discutir a contribuição das abordagens multi e interdisciplinares na •produção e na divulgação do conhecimento científico.

Utilizar as técnicas de elaboração do trabalho acadêmico-científico. •

COntEúdO PrOgrAmátiCO

A pesquisa científica: tipos e técnicas•

Tipos de registro do trabalho acadêmico: resumo, fichamento e •resenha

Tipos de apresentação do trabalho acadêmico: seminário, painel, •comunicação

Normas técnicas da ABNT•

O projeto de pesquisa•

O trabalho de conclusão de curso (TCC) e o artigo científico•

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01 - PEDAGOGIA - 1º P. - 5ª PROVA - 20/01/2008 - Page 356 of 514 - APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) VISTO ______________

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UNITINS/FAEL • pEDAGOGIA • 1º pERÍODO 7

bibliOgrAfiA básiCA

ANDRE, Marli Eliza D. A. O papel da pesquisa na formação e prática dos professores. Campinas: Papirus, 2001. (Prática Pedagógica)

BARROS, Aidie de Jesus Paes; LEHFELD, Neide Ap. de Souza. Projeto de Pesquisa: propostas metodológicas. 12. ed. Petrópolis: Vozes, 2001.

BRANDãO, Carlos Rodrigues (Org.). Repensando a pesquisa participante. São Paulo: Brasiliense, 1984.

GIL, Antonio C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

LAKATOS, Eva M.; MARCONI, Marina. Fundamentos de metodologia cientí-fica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

SEVERINO, A J. Metodologia do trabalho acadêmico. 21. ed. São Paulo: Cortez, 2000.

bibliOgrAfiA COmPlEmEntAr

CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A. Metodologia científica. São Paulo: McGraw-Hill, 1977.

GOLDENBERG, Miriam. A arte de pesquisar: como fazer pesquisa qualitativa em Ciências Sociais. Rio de Janeiro: Record, 1997.

LAKATOS, Eva M.; MARCONI, Marina de. A metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2000.

MÁTTAR NETO, João Augusto. Metodologia científica na era da informática. São Paulo: Saraiva, 2003.

SALOMON, Délcio Vieira. Como fazer uma monografia. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

SANTOS, Antonio. R. dos. Metodologia científica: a construção do conheci-mento. Rio de Janeiro: DP & A, 2002.

SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho cientifico. São Paulo: Cortez, 2004.

Pedagogia_1oPeriodo.indb 7 20/1/2008 00:20:40

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sum

ário

Aula 4 – A pesquisa científica: conceitos e modalidades ........................9

Aula 5 – Tipos de registro e apresentação de trabalhos acadêmicos .....25

Aula 6 – O projeto de pesquisa: normas de elaboração ......................45

Aula 7 – Artigo e TCC: normas de elaboração ...................................53

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AULA 4 • METODOLOGIA DA pESqUISA cIENTÍFIcA

UNITINS/FAEL • pEDAGOGIA • 1º pERÍODO 9

Objetivos

Esperamos que, ao final desta aula, você seja capaz de:

identificar o conceito de pesquisa científica e os seus principais níveis;•

descrever os diferentes tipos de pesquisa. •

Pré-requisitos

Para uma compreensão mais ampla dos conteúdos dessa aula, releia o tópico sobre o conhecimento científico e suas características na aula 2. Procure refletir sobre a maneira como se dá o processo de desenvolvimento da ciência. Com isso, será mais bem interpretado o sentido da pesquisa científica e sua importância para a atividade acadêmica. Sobre os tipos de pesquisa, no sítio <http://www.sbi_web.ifsc.usp.br/metodologia_pesquisa_cientifica.pdf> você encontrará slides identificando os principais tipos quanto aos objetivos, às fontes de dados e aos procedimentos de coleta. É apenas uma pequena intro-dução que o familiarizará com o tema dessa aula.

introdução

É muito comum associarmos a pesquisa com a atividade daqueles cien-tistas geniais, meio doidos, às vezes trancados em seus laboratórios reali-zando experiências mirabolantes. Na verdade, a pesquisa pode ser feita por todos aqueles que tenham a curiosidade necessária e dominem os métodos adequados. O pesquisador individual, hoje, é um personagem em extinção. As agências financiadoras aprovam projetos que tenham abordagem interdis-ciplinar, com a formação de grupos de pesquisadores.

A pesquisa em rede, viabilizada pela Internet, possibilita que um mesmo problema seja investigado por vários grupos de vários países, em intercâmbio

Aula 4A pesquisa científica:

conceitos e modalidades

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AULA 4 • METODOLOGIA DA pESqUISA cIENTÍFIcA

10 1º pERÍODO • pEDAGOGIA • UNITINS/FAEL

sistemático. Problemas na área ambiental, de saúde, de educação, entre outros, que afetam o globo, em suas várias regiões, são investigados em rede. Pesquisar, como você verá nesta aula, é algo extremamente importante para o desenvol-vimento de habilidades cognitivas e para a produção de novos conhecimentos necessários para a solução dos problemas que nossa sociedade enfrenta.

Os diferentes níveis de pesquisa apontam para a necessidade de distinção entre os vários tipos de pesquisa quanto: aos objetivos, às fontes e aos proce-dimentos da coleta de dados. É importante destacar que uma vez definido o problema e a teoria que fundamenta a investigação, o pesquisador precisa identificar se a pesquisa, quanto aos objetivos, será somente exploratória, exploratória e descritiva ou exploratória e explicativa.

As pesquisas acadêmicas são, via de regra, exploratórias e descritivas, por não buscarem explicações do problema a partir de suas raízes. Já as explicativas situam-se em nível de pesquisa de ponta. As fontes utilizadas para coleta de dados e informações, bem como os procedimentos da coleta, são, conseqüentemente, selecionados a partir do problema/hipóteses levantados e dos objetivos selecionados.

4.1 O que é pesquisa?

O termo pesquisa pode ser compreendido segundo vários significados e autores. Vejamos alguns.

Significado amploa) : no dicionário Aurélio (1999, p. 1556), pesquisa significa uma “indagação ou busca minuciosa para averiguação da realidade; investigação, inquirição”. Aplica-se a levantamento de opinião (pesquisas de mercado, eleitoral, etc.); investigação policial, detetive, entre outros.

Pesquisa escolar, acadêmicab) : para Santos (2002), é um levantamento de informações sistematizadas, em, sua maior parte, já produzidas por meio da investigação científica e publicadas nos livros didáticos, para conhecer algo não devidamente esclarecido pelo professor/aluno – (por interesse pessoal ou por solicitação do professor).

Significado restrito, propriamente científicoc) : entre as várias definições, citamos Gil (2002, p. 17), que define pesquisa como um procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. De acordo com a concepção de

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AULA 4 • METODOLOGIA DA pESqUISA cIENTÍFIcA

UNITINS/FAEL • pEDAGOGIA • 1º pERÍODO 11

Gil, utilizamos a pesquisa quando não dispomos de informação sufi-ciente para responder às questões relacionadas a um problema que se quer investigar; ou então, quando a informação disponível se encontra em tal estado de desordem que não possa ser adequadamente relacio-nada ao problema.

Máttar Neto (2003, p. 145), por sua vez, afirma que “a pesquisa é, ao mesmo tempo, um processo de descoberta e de invenção. Há um elemento de criatividade, de lúdico, envolvido na atividade de investigação científica”. Assim, a pesquisa científica é uma busca de dados e informações, por meio de métodos específicos de cada ciência, para investigar um problema/hipóteses com vistas a validar as respostas encontradas que, “às vezes, a pesquisa vai confirmar suas idéias ou opiniões, às vezes vai modificá-las, mas quase sempre vai ajudar a dar forma a seu pensamento” (MÁTTAR NETO, 2003, p. 146).

A pesquisa científica exige rigor, paciência e seriedade no tratamento dos dados, bem como, ética na divulgação de seus resultados.

Dessa forma a pesquisa é sempre resultado da busca de solução para algum problema. Os problemas podem ser de duas diferentes ordens de razão: de ordem intelectual e de ordem prática. Ambas estão interligadas, pois investigar um problema de ordem intelectual, mesmo que em sua origem ou por curiosidade do pesquisador pode, de alguma forma, resultar em uma aplicação.

A partir dessa concepção, é comum classificar as pesquisas de acordo com a sua orientação final.

Teríamos a chamada pesquisa pura, ou teórica, e a pesquisa aplicada. Na tradição intelectual ocidental, é comum colocá-las em campos opostos, como se fossem excludentes. O que se percebe na realidade é que ambas se complementam. Por exemplo, quando foram descobertas as propriedades radioativas de alguns elementos químicos, logo em seguida foi possível aplicar esse conhecimento em instrumentos até hoje utilizados pela medicina, como os raios X, tão úteis nos hospitais. Como afirma Gil (2002, p. 18), “uma pesquisa sobre problemas práticos pode conduzir a descoberta de princípios científicos. Da mesma forma, uma pesquisa pura pode fornecer conhecimentos passíveis de aplicação prática imediata”.

4.2 Níveis da pesquisa científica

Podemos distinguir dois níveis de pesquisa.

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AULA 4 • METODOLOGIA DA pESqUISA cIENTÍFIcA

12 1º pERÍODO • pEDAGOGIA • UNITINS/FAEL

Pesquisa acadêmicaa) : na vida acadêmica, o estudante precisa realizar uma série de trabalhos para verificar como está o andamento de sua aprendizagem. Os estudantes recebem orientações para iniciar as atividades de pesquisa. Elaboram e executam projetos na área de sua formação. Santos afirma que

a pesquisa acadêmica é, pois, uma atividade pedagógica que visa despertar o espírito de busca intelectual autônoma. É necessário que se aprendam as formas de problematizar neces-sidades, solucionar problemas, indicar respostas adequadas [...]. A pesquisa acadêmica é, antes de tudo, exercício, prepa-ração. O resultado mais importante não é a oferta de uma resposta salvadora para a Humanidade, mas a aquisição do espírito e método para a indagação intencional (SANTOS, 2002, p. 24).

Pesquisa de pontab) : após a formação básica, existe a possibilidade de ingresso em um curso de pós-graduação, mestrado, doutorado, e a pesquisa adquire uma nova configuração. O pós-graduando adquiriu maior grau de autonomia e é portador de uma bagagem de conheci-mentos para realizar investigações em maior nível de complexidade e profundidade. Entretanto, não necessariamente terá condições de investigar no nível denominado pesquisa de ponta. O tempo dispo-nível, muitas vezes, não permite buscar as raízes do problema. A pesquisa de ponta refere-se a buscar respostas aos fatores fundamen-tais do problema levantado. Em geral, é realizada pelos grupos de pesquisa constituídos por cientistas que se dedicam exclusivamente a essa atividade. Exemplos: pesquisas na área de biogenética, células tronco, doenças como AIDS, entre outras. Ressaltamos, entretanto, que quem realiza pesquisa no sentido propriamente científico, não neces-sariamente passa pelo ensino superior. Muitas pessoas talentosas e com espírito de investigação aguçado para investigar problemas em busca de fatores explicativos são aceitos na comunidade científica como capacitados para essa atividade, e podem dar importantes contribuições na área investigada.

Agora que você já conhece os níveis da pesquisa, vamos compreender os diferentes tipos de pesquisa científica.

4.3 Tipos de pesquisa científica

No campo da pesquisa, é possível adotar três critérios para identificação da natureza metodológica dos trabalhos de pesquisa:

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AULA 4 • METODOLOGIA DA pESqUISA cIENTÍFIcA

UNITINS/FAEL • pEDAGOGIA • 1º pERÍODO 13

por meio de seus • objetivos: exploratórias, descritivas, explicativas;

segundo as • fontes utilizadas na coleta de dados: campo, laboratório, bibliografia;

segundo os • procedimentos de coleta: experimental, ex-post-facto, levan-tamento, estudo de caso, pesquisa-ação, bibliográfica, documental.

Esses critérios não são excludentes. Ao definir o objetivo de uma pesquisa, seleciono as fontes que irei utilizar e os procedimentos que serão adotados.

4.4 Pesquisas segundo os objetivos

Definir o objetivo de uma pesquisa constitui a sua espinha dorsal. Trata-se de explicitar: o que pretendo alcançar com a pesquisa que vou realizar?

Esse critério leva em conta o grau de aproximação do pesquisador com o problema que irá estudar e o nível conceitual com que o pesquisador se coloca diante do seu objeto de estudo. Nesse critério, as pesquisas podem ser classi-ficadas em exploratórias, descritivas ou explicativas.

Exploratóriasa) : via de regra, toda pesquisa tem início com a explo-ração do problema/fenômeno que vai ser investigado. Trata-se de responder às perguntas: o que eu sei sobre o problema que quero investigar? O que já está publicado a respeito? Essas são informações preliminares que o pesquisador deverá coletar que lhe permitirão deli-mitar de forma mais objetiva o problema e construir suas hipóteses. Do ponto de vista conceitual, você deve selecionar a melhor teoria que irá fundamentar sua pesquisa e destacar e explicitar os conceitos básicos que serão utilizados como referências. As fontes de coleta de dados e informações, geralmente, envolvem o levantamento biblio-gráfico e documental, a realização de entrevistas com pessoas que tiveram contato ou experiências com o problema a ser pesquisado, análise de situações que permitam uma maior compreensão a respeito do assunto, visita a sítios da Internet, entre outros. A pesquisa explora-tória lhe permitirá mapear o seu objeto de estudo e, muitas vezes, você irá descobrir que o problema (ou um de seus aspectos) que pretende investigar já foi solucionado.

Quando você respondeu à pergunta anteriormente colocada – o que pretendo alcançar com a pesquisa que vou realizar? –, você, praticamente, já definiu se sua pesquisa será descritiva ou explicativa. Vejamos por quê.

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AULA 4 • METODOLOGIA DA pESqUISA cIENTÍFIcA

14 1º pERÍODO • pEDAGOGIA • UNITINS/FAEL

Descritivasb) : seu principal objetivo é descrever as características de uma determinada população ou fenômeno por meio do estabelecimento de relação entre variáveis. É feita na forma de levantamento de dados siste-maticamente organizados. As pesquisas descritivas podem visar ao estudo das características de um grupo, obter a opinião de uma determinada população ou investigar como se dá o atendimento do sistema público de saúde em uma localidade, por exemplo. Em geral, a pesquisa descritiva objetiva descrever um fenômeno por meio de seus efeitos, utilizando como procedimento de coleta de dados a estatística, com ênfase na análise quantitativa.

Explicativasc) : são consideradas as mais profundas porque buscam explicar as razões ou fatores que determinam a ocorrência de determinado fenô-meno. Como não se resumem a apenas descrever ou explorar um fenô-meno, as hipóteses levantadas podem não ser validadas, e novas hipó-teses serão elaboradas para novas investigações. Não se pode, aqui, desmerecer as outras modalidades de pesquisa, tendo em vista que uma pesquisa explicativa pode ser o desdobramento de uma pesquisa explora-tória ou descritiva. Por exemplo, o resultado fornecido por uma pesquisa descritiva sobre os efeitos no mercado de trabalho da não qualificação da mão-de-obra necessária pode provocar indagações diversas que levam a uma pesquisa explicativa: quais as razões da não qualificação da mão-de-obra necessária a determinado tipo de trabalho?

4.5 Pesquisas segundo as fontes de dados

Uma pesquisa só é possível desde que exista a disponibilidade de fontes de dados para que se possa coletá-los e analisá-los. Em uma analogia bastante simples, da mesma forma que um automóvel se locomove porque queima combustível, a pesquisa depende de dados para que possa elaborar seus raciocínios, pois “entende-se pesquisa como atividade intelectual, como desen-volvimento de raciocínios, cujo combustível são dados” (GIL, 2002, p. 19). Entre as possíveis fontes de dados, três merecem destaque por serem as mais utilizadas: a bibliografia a respeito de um tema, o campo, no qual se possa observar os fenômenos e um laboratório em que se possa recriá-los.

Pesquisa de campoa) : geralmente é realizada por meio de observação direta do pesquisador. Os dados são colhidos no local onde são produzidos, por isso os dados obtidos são mais fidedignos. Sua maior desvantagem é que os resultados podem demorar mais a aparecer.

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AULA 4 • METODOLOGIA DA pESqUISA cIENTÍFIcA

UNITINS/FAEL • pEDAGOGIA • 1º pERÍODO 15

Laboratóriob) : geralmente utilizada como experimento, esta fonte de dados é uma forma de coleta usual em áreas da biologia. Por exemplo, as pesquisas realizadas no campo da biogenética, no campo das doenças como a AIDS, e os estudos com grandes aplicações práticas, como a investigação criminal. Na pesquisa de laboratório, temos duas situações distintas: a interferência artificial em um fenômeno ou a arti-ficialização da capacidade humana de captar os dados. No primeiro caso, o objetivo é construir um padrão de observação que muitas vezes é impossível na realidade fora do laboratório. No outro caso, os mecanismos naturais de observação não permitem uma percepção acurada do fenômeno e, então, é necessário artificializar o ambiente e os instrumentos de observação.

Bibliografiac) : a pesquisa bibliográfica é a mais utilizada, sobretudo no meio acadêmico. Você já deve ter ouvido aquela expressão “não precisamos reinventar a roda”. Pois é, grande parte das pesquisas realizadas em laboratório e/ou de campo acaba se transformando em livros, revistas e outras formas de divulgação bibliográfica, inclusive na Internet. Por meio da pesquisa bibliográfica, é possível acessar o conhecimento produzido e acumulado ao longo de vários anos, como fonte de informações para a pesquisa exploratória, explicada acima.

4.6 Outras fontes de dados

Dados censitáriosa)

O levantamento sistemático de dados censitários a respeito de uma popu-lação constitui a sociometria. Os países que dispõem de um banco de dados a respeito, sistemática e periodicamente, os atualizam e editam, possibilitando aos pesquisadores a utilização de técnicas de amostragem sobre de como analisar relações entre aspectos de uma população. No Brasil, temos o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Costa (2001, p. 233) cita exem-plos de pesquisas realizadas por sociólogos, com a utilização de dados censi-tários. Entre esses, a de Kingsley Davis, em 1963, que

[...] fez uma análise de dados censitários que procurava rela-cionar aumento de renda per capita e aumento demográfico. Tomando as taxas de países “desenvolvidos” (industrializados) e “subdesenvolvidos” (não-industrializados), constatou que, nos primeiros, à medida que crescia a renda per capita , diminui a taxa de crescimento demográfico. Inversamente, nos países de pequena renda per capita a taxa de crescimento demográfico aumentava consideravelmente (COSTA, 2001 p. 233).

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AULA 4 • METODOLOGIA DA pESqUISA cIENTÍFIcA

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Comenta Costa que, em termos metodológicos, Davis descobriu que a taxa de crescimento era a variável dependente, conseqüência da renda per capita, variável independente.

Essa autora chama a atenção para a necessidade de que os dados censitá-rios sejam de fonte fidedigna. Ao se realizar uma pesquisa desse tipo, é preciso testar, em uma pequena amostra, as variáveis que se quer experimentar.

História de vidab)

É outro método de pesquisa amplamente utilizado em sociologia. A história de vida “compõe-se de relatos, depoimentos, memórias e documentos perten-centes ao depoente” (COSTA, 2001, p. 234). É um tipo de fonte de coleta de dados e informações que apresenta vantagens como fator importante para recuperar interpretações “não-oficiais” sobre certos acontecimentos, e pode revelar novos aspectos desses acontecimentos, a visão de quem viveu e teste-munhou. Atualmente, tem-se valorizado “a análise dos valores, das tradições, da expressão de opinião” que permitem a decifração mais apurada desses depoimentos (COSTA, 2001, p. 234).

Levantamento históricoc)

Trata-se de realizar levantamentos de documentação para apreender o processo de transformação de determinado fenômeno. Esses documentos cons-tituem fonte preciosa de informação, tais como correspondências, diários, contratos, relatos de viajantes, atas de instituições, entre tantos outros.

As fontes de pesquisa anteriormente citadas podem ser usadas de forma combinada, dependendo do objetivo a ser alcançado e do problema a ser desvendado.

4.7 Pesquisas segundo os procedimentos de coleta de dados

Conforme Santos (2002, p. 29-32), os procedimentos de coleta são os métodos práticos utilizados para juntar as informações necessárias à construção dos raciocínios em torno de um fato/ fenômeno/processo. Na verdade, a coleta de dados de cada pesquisa terá peculiaridades adequadas àquilo que se quer descobrir. Mas é possível apontar alguns procedimentos-padrão, comumente utili-zados, aos quais se fazem as adaptações de espaço/tempo/matéria necessárias às exigências de cada caso.

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Variável: “são aspectos observáveis de um fenômeno e devem apresentar variações ou diferenças em relação ao mesmo ou a outros fenômenos [...] A variável indepen-dente pode ser defi nida como aquela que afeta outra variável, mas não precisa existir uma relação entre elas. Infl uencia outra variável chamada dependente. Esta pode ser defi nida como aquela afetada ou explicada pela variável independente, isto é, variará de acordo com a mudança na variável independente” (SOUZA, 1998).

Pesquisa experimentala) : parte da determinação de um objeto de estudo e da seleção de variáveis que poderiam provocar algum tipo de infl uência. É preciso, também, determinar a forma pela qual serão realizados o controle e a observação dos efeitos produzidos por uma variável no objeto de estudo. A pesquisa experimental, geralmente, é feita por amostragem, ou seja, escolhe-se dentro de um universo, bastante extenso para ser esgo-tado, um conjunto signifi cativo de casos que comporão a amostra. Os resultados deverão ser aplicados a todos os casos. Esse tipo de pesquisa necessita de um bom planejamento para que a experimentação seja reali-zada de modo a se observarem os aspectos que interessam ao estudo. Assim, muitas vezes, escolhe-se a variável que se quer analisar e neutra-lizam-se as demais para que se possa compreender qual a sua infl uência no objeto de estudo. Esse objeto pode ser um fato, um fenômeno ou um processo. Exemplos: pesquisa para descobrir uma vacina contra o vírus da AIDS ou da gripe aviária.

Variável: “são aspectos observáveis de um fenômeno e devem apresentar variações

saiba mais

Ex-post-factob) : literalmente, signifi ca “a partir de depois do fato”. A pesquisa ex-post-facto é, também, uma pesquisa experimental. A diferença fundamental entre esses dois tipos está no fato de que a pesquisa ex-post-facto é anterior à pesquisa experimental, ou seja, ocorre sem o controle do pesquisador. A observação se dá depois que ocorre o problema a ser investigado. Por exemplo, compreender por que determinada campanha publicitária não atingiu seus objetivos.

Levantamentoc) : busca obter, junto a um determinado grupo, as informações que se deseja. A partir da coleta das informações solicitadas, é elaborada uma análise quantitativa dos dados para que se formulem as conclusões. Muito utilizado nas pesquisas exploratórias e descritivas, é realizado em três etapas: seleção da amostra a ser pesquisada; aplicação dos ques-tionários; e análise estatística dos dados coletados. Entre as principais

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vantagens do levantamento, estão o conhecimento direto da realidade, a economia, a rapidez e a possibilidade de quantificação. Suas principais limitações se devem ao caráter subjetivo da opinião dos entrevistados, o que colabora para a perda de objetividade. Uma pesquisa para compre-ender a preferência dos consumidores masculinos de uma determinada faixa etária, seria um exemplo de levantamento.

Estudo de casod) : quando se quer aprofundar o conhecimento sobre um determinado objeto de pesquisa, é selecionado, entre eles, um específico e que possa representar a totalidade dos demais para que se verifiquem seus aspectos característicos. O estudo de caso costuma exigir do pesquisador grande equilíbrio intelectual e capacidade de observação porque, ao lidar com casos isolados, é preciso muito cuidado para se inferir generalizações dos resultados. É comum a utilização do estudo de caso quando se trata de reconhecer, em um caso específico, um padrão científico já delineado, no qual possa ser enquadrado. Por exemplo, observar como se comporta um consumidor em um determinado ambiente de consumo.

Pesquisa-açãoe) : está voltada para a resolução de um problema ou suprimento de uma necessidade. É comum a participação e o envolvimento coopera-tivo entre os pesquisadores e a comunidade envolvida na pesquisa. Admite que outros procedimentos, já descritos nesta aula, possam ser utilizados como meio de coleta. Todos os envolvidos, pesquisados e pesquisadores, podem adotar procedimentos como experimentação, pesquisa bibliográfica, observação etc. para alcançar os resultados almejados. Por exemplo, uma empresa que pretende resolver o problema do absenteísmo ao trabalho.

Bibliografiaf) : Santos, sobre bibliografia, nos ensina que

é o conjunto de materiais escritos/gravados, mecânica ou eletronicamente, que contêm informações já elaboradas e publicadas por outros autores. São fontes bibliográficas os livros (de leitura corrente ou de referência, tais como dicioná-rios, enciclopédias, anuários, etc.), as publicações periódicas (jornais, revistas, panfletos, etc.), fitas gravadas de áudio e vídeo, páginas de web sites, relatórios de simpósios/ seminá-rios, anais de congressos etc. A utilização total ou parcial de quaisquer dessas fontes caracteriza a pesquisa como pesquisa bibliográfica (SANTOS, 2002, p. 32).

Documentog) : Santos, sobre documento, acrescenta que

é o nome genérico dado às fontes de informação bibliográ-ficas que ainda não receberam organização, tratamento analí-tico e publicação. São fontes documentais: tabelas estatísticas;

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UNITINS/FAEL • pEDAGOGIA • 1º pERÍODO 19

relatórios de empresas; documentos informativos arquivados em repartições públicas, associações, igrejas, hospitais, sindi-catos; fotografias; epitáfios; obras originais de qualquer natu-reza; correspondência pessoal ou comercial etc. A utilização de qualquer dessas fontes de informação caracteriza a pesquisa como pesquisa documental (SANTOS, 2002, p. 32).

A pesquisa documental utiliza-se de documentos que não constam em publicações oficiais. O grande forte de se utilizar documentos como planilhas, tabelas, informativos, etc. é colaborar para a sustentação do objeto central da pesquisa.

Os vários tipos de pesquisa apresentados nessa aula, segundo os objetivos, as fontes e procedimentos de coleta, e a adequada seleção dos mesmos para realização da investigação poderá facilitar e simplificar seu trabalho, que certamente contará com o acompanhamento de um professor orientador.

síntese da aula

Nesta aula, você aprendeu que a ciência é um tipo de conhecimento sistema-tizado, ou seja, planejado e organizado metodologicamente. Logo, a pesquisa – um procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos - é uma de suas principais caracte-rísticas, na qual dois níveis fundamentais se destacam: a pesquisa acadêmica e a de ponta. Muito do que sabemos sobre o tipo de pesquisa adequado para analisar um fenômeno é determinado pelo próprio objeto da pesquisa. Assim temos pesquisas segundo os objetivos que se subdividem em exploratórias, descritivas e explicativas; temos as pesquisas segundo as fontes: pesquisa de campo, laboratório e bibliográfica e, por fim, as pesquisas segundo os proce-dimentos de coleta: experimental, ex-post-facto, levantamento, estudo de caso, pesquisa-ação, bibliografia e documento. As pesquisas científicas proporcionam o avanço desse tipo de conhecimento e, muitos de seus resultados, podem favo-recer a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

Atividades

1. A pesquisa é sempre resultado da busca de solução para algum problema. Os problemas podem ser de duas diferentes ordens de razão: ordem intelectual e ordem prática. Ambas formas estão interligadas, pois investigar um problema de ordem intelectual em sua origem pode, de alguma forma, resultar em uma aplicação. Temos, assim, dois níveis de

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pesquisa: acadêmica e de ponta. Elabore uma reflexão, por meio de um texto dissertativo de 20 linhas, concordando ou não com o conteúdo das assertivas a seguir.

A pesquisa acadêmica é, antes de tudo, exercício, preparação. O a) resultado mais importante não é a oferta de uma resposta salvadora para a Humanidade, mas a aquisição do espírito e método para a indagação intencional.

Para a realização da pesquisa, é imprescindível a formação acadê-b) mica em nível de pós-graduação.

A pesquisa de ponta refere-se a buscar respostas aos fatores funda-c) mentais do problema levantado.

Na pesquisa de ponta, o sujeito do conhecimento é desafiado a d) responder ao problema oferecendo respostas concretas a problemas concretos atuais ou futuros.

2. O termo pesquisa pode ser compreendido segundo vários aspectos. Há uma diferença fundamental entre consumir pesquisa e fazer pesquisa. Poucos indivíduos são pesquisadores profissionais, mas todos nós já reali-zamos alguma investigação. No entanto, todos nós, também, somos, quer desejemos ou não, consumidores de pesquisas. Observando o significado de pesquisa, marque as alternativas corretas.

I. A pesquisa exige rigor, paciência e seriedade no tratamento dos dados e ética na divulgação de seus resultados.

II. A pesquisa é ao mesmo tempo, um processo de descoberta e de invenção que exige um elemento de criatividade.

III. Para realizar uma pesquisa não são necessários conhecimentos dispo-níveis nem a utilização cuidadosa de métodos e técnicas.

IV. A aprendizagem das metodologias de pesquisa nos ajuda a ser consu-midores esclarecidos e, até mesmo, produtores de pesquisa.

As alternativas corretas são:

a) III, IV, II

b) I, II, IV

c) IV, I, III

d) II, III, I

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3. Elabore um pequeno texto dissertativo, de no máximo 15 linhas, descrevendo os tipos de pesquisa segundo os procedimentos de coleta de dados exem-plificando cada um. Para exemplificar, sugerimos que você entre no sítio <http://www.google.com.br> e coloque o tipo de pesquisa para encontrar os exemplos.

4. Definir o objetivo de uma pesquisa constitui a sua espinha dorsal. Ao se adotar esse critério, leva-se em conta o grau de aproximação do pesqui-sador com o problema que irá estudar e o nível conceitual com que o pesqui-sador se coloca diante do seu objeto de estudo. Nesse critério, as pesquisas podem ser classificadas em exploratórias, descritivas ou explicativas. Analise as assertivas a seguir classificando-as em verdadeiras ou falsas.

I. Exploratórias são as pesquisas que têm início com a exploração do problema/fenômeno que vai ser investigado. São informações prelimi-nares que o pesquisador deverá coletar que lhe permitirão delimitar, de forma mais objetiva, o problema e construir suas hipóteses.

II. Nas pesquisas descritivas, o principal objetivo é descrever as carac-terísticas de uma determinada população ou fenômeno por meio do estabelecimento de relação entre variáveis.

III. Explicativas são consideradas as mais profundas porque buscam explicar as razões ou fatores que determinam a ocorrência de determi-nado fenômeno.

Assinale a alternativa que corresponde à classificação correta.

Somente I, II e III são falsasa)

Somente I e III são verdadeirasb)

Somente I, II e III são verdadeirasc)

Somente II e III são falsasd)

Comentário das atividades

Na atividade 1, você observou que, para as assertivas (a) e (b), é preciso uma releitura do tópico referente aos níveis de pesquisa. Você percebeu, também, que a pesquisa não é um assunto tão distante de nossa vida. No dia-a-dia, pesquisamos sobre problemas para os quais não temos uma solução ainda. A maioria dos pesquisadores é portador de diplomas de mestrado e doutorado, mas isso não significa que um acadêmico ou alguém que procure

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soluções para seus problemas não possa ser pesquisador. Nas assertivas (c) e (d), você atentou para o fato de que a pesquisa é o cerne da formação de um profissional qualificado, colaborando com o desenvolvimento do conhe-cimento humano, criando novos produtos e serviços e colaborando com o desenvolvimento de um país.

As alternativas corretas da atividade 2 são (a), (b), (d), pois para se realizar uma pesquisa é necessário a observação cuidadosa dos métodos e técnicas bem como dos conhecimentos disponíveis. Como instrumento de investigação científica, a pesquisa é uma busca de dados e informações por meio de métodos específicos de cada ciência, para investigar um problema/hipótese com vistas a validar as respostas encontradas.

Na atividade 3, você descreveu a pesquisa experimental, a ex-post-facto, o levantamento, o estudo de caso, a pesquisa-ação, a bibliografia e o documento. Além disso, encontrou uma série de exemplos das mesmas no sítio do Google.

Agora que você já conhece os tipos de pesquisa, segundo os obje-tivos, observou que a alternativa correta na atividade 4, é a letra (c). As três assertivas são verdadeiras, pois as exploratórias buscam iniciar uma investigação pela exploração simples de um problema; as descritivas, ao relatarem o que ocorre em dada situação, procuram descobrir as inter-re-lações entre suas variáveis; as explicativas não se contentam em descrever ou apenas explorar, mas buscam uma compreensão mais profunda dos fenômenos.

Ao realizar as atividades propostas, você está apto a identificar o conceito de pesquisa científica e os seus principais níveis e descrever os diferentes tipos de pesquisa, que foram os objetivos propostos.

referênciasCOSTA, C. Sociologia, introdução à ciência da sociedade. São Paulo: Moderna, 2001.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

MÁTTAR NETO, J. A. Metodologia científica na era da informática. São Paulo: Saraiva, 2003.

SANTOS, A. R. dos. Metodologia científica: a construção do conhecimento. Rio de Janeiro: DP & A 2002.

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AULA 4 • METODOLOGIA DA pESqUISA cIENTÍFIcA

UNITINS/FAEL • pEDAGOGIA • 1º pERÍODO 23

SOUZA, H. M. M. R. de. Análise experimental dos níveis de ruído produzido por peça de mão de alta rotação em consultórios odontológicos: possibilidades de humanização do posto de trabalho do cirurgião dentista. Rio de Janeiro, 1998. Tese (Doutorado). FIOCRUZ. Disponível em: <http://portalteses.cict.fiocruz.br/transf.php?script=thes_chap&id=00010712&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 13 jul. 2006.

na próxima aula

Você já identificou o que é conhecimento científico e quais os seus prin-cipais métodos, bem como descreveu os diferentes tipos de pesquisa cientí-fica. Agora você precisa se familiarizar com a linguagem acadêmica, com o discurso científico e com os mecanismos de divulgação dos mesmos. Veremos na próxima aula, as várias formas de registro e apresentação do trabalho acadêmico: o resumo, o fichamento e a resenha; o seminário, o painel, a mesa redonda, a comunicação, entre outros.

Anotações

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AULA 5 • METODOLOGIA DA pESqUISA cIENTÍFIcA

UNITINS/FAEL • pEDAGOGIA • 1º pERÍODO 25

Objetivos

Esperamos que, ao final desta aula, você seja capaz de:

identificar os diferentes tipos de registro e apresentação de trabalhos •acadêmicos;

utilizar os procedimentos de elaboração e apresentação de trabalhos •acadêmicos.

Pré-requisitos

Para um melhor aproveitamento desta aula, sugerimos que você leia o capítulo IV e V do livro Metodologia do trabalho científico de Antônio Joaquim Severino que está na bibliografia do plano de ensino dessa disciplina no caderno de conteúdos e atividades. A leitura do capítulo IV desse livro é impor-tante, pois nele você encontrará as diretrizes para a realização de um semi-nário e no capítulo V, no item 3, encontrará as formas de trabalho científico: o resumo e a resenha. No sítio <http://www.caminhosdalingua.com/Resenha.html>, você encontrará, também, algumas dicas que o ajudarão a produzir textos acadêmicos.

introdução

Ao adentrar o universo acadêmico, você lidará com uma série de leituras de textos científicos. A linguagem desses textos é bem diferente daquela que estamos habituados no nosso dia-a-dia: jornal, revista, texto literário. Muitos trabalhos didáticos e científicos serão solicitados para as diversas disciplinas com as quais você entrará em contato. Daí a importância de saber sintetizar um texto, retirar as principais idéias de determinado autor, relacionar essas idéias a outros autores ou textos. Ao familiarizar-se com as técnicas de

Aula 5tipos de registro e apresentação

de trabalhos acadêmicos

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AULA 5 • METODOLOGIA DA pESqUISA cIENTÍFIcA

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elaboração de resumos, fichamentos e resenhas você encontrará menos difi-culdade em reconhecer um texto científico, bem como em construí-lo.

Existem, também, diferentes maneiras de apresentar trabalhos acadêmicos: seminários, mesas redondas, painéis, palestras, comunicações, conferências, etc. Os seminários são a forma mais utilizada portanto conhecer suas técnicas de organização é fundamental para que você compreenda como apresentar ou divulgar um trabalho acadêmico.

5.1 A redação científica

Antes de iniciarmos as discussões sobre o registro e a comunicação de trabalhos acadêmicos, vamos apresentar os pontos fundamentais da redação científica que, como você verá, é bem diferente da forma como escrevemos usualmente.

Quando pensamos em redação, quem não se lembra das sugestões de produção textual apresentadas pelas professoras do ensino fundamental nos primeiros anos de formação? “Minhas férias”, a “excursão”, “o passeio no parque”, entre tantas outras. É nesse período da nossa aprendizagem que são realizados os primeiros exercícios para o aprimoramento do vocabulário, da ortografia, da concordância verbal e nominal, da pontuação, da colocação pronominal e da distribuição espacial nas frases e no texto.

Na construção de textos científicos, monografias, trabalhos de conclusão de curso, construção de relatórios, cartas e memorandos, entre outros, você se valerá dos conceitos aprendidos em momentos anteriores de sua formação. Porém, para essa construção, será utilizada a linguagem da redação técnica. Para Almeida, citado por Medeiros (2000, p. 13), [...] “a redação técnica caracteriza-se como tipo de linguagem escrita regida por princípios de objetividade e de obediência à norma gramatical”. Na cons-trução da redação técnica, destacam-se os relatórios, as atas, os artigos, os trabalhos acadêmicos e teses científicas, os documentos de cunho comercial e administrativo em geral.

Nesses textos técnicos, será utilizada uma linguagem descritiva, narra-tiva e dissertativa. Na busca de exemplo, ilustra-se melhor a distinção entre descrição literária, descrição técnica e descrição científica.

Descrição Literáriaa) . Olhavam as estrelas com cativos olhos de doçuras para compreenderem a solidão dos longos dias passados.

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AULA 5 • METODOLOGIA DA pESqUISA cIENTÍFIcA

UNITINS/FAEL • pEDAGOGIA • 1º pERÍODO 27

Descrição Técnicab) . Na construção do projeto fora utilizado televisor e tela plana com 50 polegadas de alta resolução de imagem com peso inferior a 35 kg.

Descrição Científicac) . Dentre as principais teorias de Freud devemos destacar a do inconsciente. Essa teoria se baseia na concepção de que todos os desejos inaceitáveis (proibidos, punidos) da infância são afastados da consciência. Tornam-se parte do inconsciente ativo que, embora fora da consciência, continuam a influenciar os atos pessoais.

Observe que na descrição literária a composição textual abrange detalhes romanescos que salientam as especificidades do cerne do texto. Já a descrição técnica evidencia-se em uma linguagem exata denotativa e que visa a definir os mecanismos empregados. No texto que trata da descrição técnica, o obje-tivo é esclarecer as especificações do equipamento utilizado no projeto. Na descrição científica, há ausência de figuras de linguagem e frases compostas por elementos supérfluos. Caso haja necessidade de se adjetivar algo, o mesmo deverá ser feito sucintamente e limitado à essência do texto.

A redação de trabalhos acadêmicos, de artigos para periódicos cientí-ficos, de sítios de pesquisa e outras formas de publicação científica deve se revestir de algumas características a serem obedecidas pelo autor para que a transmissão da informação e a sua compreensão por parte do leitor sejam eficazes. Observam-se alguns princípios básicos para a promoção de inte-ração entre autor e leitor. Vejamos.

Clareza de expressõesa) . Tudo que tiver sido escrito deve ser perfeita-mente compreensível pelo leitor. Este não deve ter nenhuma dificul-dade para entender o texto. Realizar uma cuidadosa leitura do que se escreveu, colocando-se no lugar do leitor, colaborará para evitar dúbias interpretações acerca do texto. Na clareza de expressões, o autor deverá realizar alguns questionamentos como: as sentenças estão bem construídas? As idéias estão bem encadeadas? Há uma seqüência adequada na apresentação dos seus resultados e de sua argumentação?

Objetividade na apresentaçãob) . Será conveniente escolher criteriosa-mente o material que será utilizado no texto de uma dissertação, tese ou artigo. Nem toda observação durante a execução do trabalho ou texto lido: na literatura referente ao tema deverá ser necessariamente relatado ao leitor. Algumas observações talvez tenham sido importantes

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AULA 5 • METODOLOGIA DA pESqUISA cIENTÍFIcA

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em uma determinada fase do projeto, mas com o aprimoramento da idéia, perderam sua relevância. Ao final do trabalho, alguns tópicos talvez tenham se revelado apenas como tentativas de análises ou de experimentos, mas terminaram em becos sem saída, sem a menor signi-ficância para a compreensão do trabalho. Quando você estiver na etapa da seleção da informação, apresente só o que for relevante. O leitor quer um relato lógico, objetivo e, se possível, retilíneo, tanto das observações como do raciocínio feito pelo autor.

Precisão na linguagemc) . Na construção de um trabalho científico, a linguagem deverá ser, além de cunho científico, precisa e clara. Caso seja necessário, acompanhe seu texto com figuras, gráficos, tabelas. O uso de signos e símbolos conduzem o leitor durante a leitura. Mas as figuras e gráficos necessitam ser decodificadas por quem lê, à medida que este percorre o texto. Muita atenção com termos vagos ou que podem ser mal interpretados. Para o leitor, nada deve ficar obscuro ou subentendido. Palavras e figuras que entrarão no texto devem ser escolhidas com cuidado para exprimir o que realmente o autor deseja e não apenas para ilustrar ou ganhar espaço na cons-trução do trabalho. Os vários sinônimos de uma palavra têm dife-renças pequenas e sutis entre si.

Utilização correta das regras da línguad) . Neste item, não é necessário perder muito tempo e espaço com recomendações, pois escrever fora da língua padrão pode resultar da falta de conhecimento das normas ou de desleixo. Se for por falta de conhecimento, será aproveitável a consulta a dicionários e a textos de gramática. Se for por desleixo, o leitor (e membro da Banca Examinadora – quando seu trabalho é passível de avaliação) terá todo o direito de pensar que o trabalho em si também foi feito com desleixo. Enfim, seja qual for a razão, será um desrespeito ao leitor.

Para a construção de textos precisos, serão necessárias várias tentativas até chegar ao esperado. Para que um texto científico venha a atender o seu objeto final de comunicar os resultados de uma pesquisa, seu autor deve ter passado por uma experiência de redação científica sistemática. O texto deverá respeitar as regras gramaticais da língua e da normatização do documento. No desenvolvimento do seu curso de graduação, acelera-se a necessidade de investir na pesquisa e no autoconhecimento.

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UNITINS/FAEL • pEDAGOGIA • 1º pERÍODO 29

5.2 Como elaborar resumos

A síntese ou resumo de um texto é um tipo especial de composição que consiste em reproduzir, em poucas palavras, o que o autor expressou ampla-mente. De acordo com a ABNT (2003), resumo é a “[...] apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto, fornecendo uma visão rápida e clara do conteúdo e das conclusões do trabalho”.

Dessa forma só devem ser aproveitadas as idéias essenciais, dispensando-se tudo o que for secundário. Para fazer um resumo você precisa de um esquema que o oriente. Esquematizar é colocar essas idéias essenciais em um esqueleto, ou seja, em uma espécie de roteiro, contendo apenas palavras-chave.

Existem técnicas para ajudar você a resumir ou esquematizar um texto conservando, de fato, as idéias do autor. Uma das mais importantes é a técnica de sublinhar. É uma técnica indispensável não só para elaborar esquemas e resumos, mas também para ressaltar as idéias importantes de um texto, com as finalidades de estudo, revisão ou apreensão do assunto ou mesmo para utilizar em citações.

O requisito fundamental para aplicar a técnica de sublinhar é a compreensão do assunto, pois este é o único processo que possibilita a identificação das idéias principais e secundárias, permitindo fazer a seleção do que é indispensável e do que pode ser omitido, sem prejuízo do entendimento global do texto.

Existem certas normas que devem ser obedecidas, para que a técnica de sublinhar produza resultados eficazes. Não se deve sublinhar parágrafos ou frases inteiras, mas apenas palavras-chave, ou quando muito, um grupo de palavras. Isto porque, ao sublinhar uma frase inteira, além de sobrecarregar a memória e o aspecto visual, corre-se o risco de, ao resumir, reproduzir as frases do autor, sem evidenciar as idéias principais, visto que o resumo deve ser uma condensação de idéias, não de frases ou palavras.

A técnica de sublinhar pode ser desenvolvida a partir dos seguintes procedimentos:

leitura integral do texto;•esclarecimento de dúvidas de vocabu-•lário, termos técnicos e outras;releitura do texto, para identificar as •idéias principais;

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ler e sublinhar, em cada parágrafo, as palavras que conte-•nham a idéia-núcleo e os detalhes mais importantes;assinalar em uma linha vertical, à margem do texto, os •tópicos mais importantes;assinalar, à margem do texto, com um ponto de inter-•rogação, os casos de discordâncias, as passagens obscuras, os argumentos discutíveis;ler o que foi sublinhado, para verificar se há sentido;•reconstruir o texto, em forma de esquema ou de resumo, •tomando as palavras sublinhadas como base (LAKATOS; MARCONI, 2003).

Para se obter maior funcionalidade das anotações, deve-se assinalar da seguinte forma:

sublinhar com dois traços as • idéias principais e com um traço as idéias secundárias;

as anotações à margem do texto recebem um traço vertical para •trechos importantes e dois traços para trechos importantíssimos. Podem-se usar também cores diferentes ou sinais criados pelo próprio leitor e que o remeta imediatamente a seu significado.

Agora que você já conhece a técnica de sublinhar, está pronto para compreender melhor como elaborar um resumo. Resumir um texto é reproduzir, com poucas palavras, aquilo que o autor disse, garantindo cada uma de suas partes essenciais, a seqüência lógica das idéias e a correlação entre elas e o texto como um todo. Vejamos alguns tipos de resumo.

Resumo indicativo ou descritivoa) . Também conhecido como abstract (resumo, em inglês), este tipo de resumo apenas indica os pontos principais de um texto - não dispensando a leitura do mesmo - sem detalhar aspectos como exemplos, dados qualitativos ou quantita-tivos, etc. Um bom exemplo deste tipo de resumo são as sinopses de filmes, novelas e outros publicados em jornais e revistas. Ali você tem apenas uma idéia do enredo de que trata o filme.

Exemplo: No Rio Amazonas (90 minutos – Direção: Ricardo Dias)

Documentário sobre a Amazônia começa com um telejornal eloqüente que descreve a realidade da região, com impressionantes comparações. Depois, vemos o zoólogo Paulo Vanzolini, naturalista que há quase 50 anos faz viagens pelo Brasil, principalmente pela

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Resumo informativo ou analíticob) . Também conhecido em inglês como summary, este tipo de resumo informa o leitor sobre outras caracte-rísticas do texto. Um resumo informativo, no caso de um relatório de pesquisa, não diria apenas de que trata a pesquisa (como seria o caso do resumo indicativo), mas informaria também as finalidades da pesquisa, a metodologia utilizada e os resultados atingidos. Um bom exemplo disso são os resumos de trabalhos científicos publicados nos anais de congressos e os resumos de artigos científicos para publicação. A principal utilidade dos resumos informativos no campo científico é auxiliar o pesquisador em suas pesquisas bibliográficas. Imagine-se procurando textos sobre seu tema de pesquisa. Ao ler o resumo, você poderá decidir sobre a conveniência de continuar ou não a leitura de todo o artigo.

Amazônia, atrás de sapos, cobras, lagartos e outros bichos. Vanzolini é uma espécie de mestre de cerimônias do filme: ele faz comentários, ao vivo e em off, sobre aspectos históricos, geológicos, ecológicos e humanos da região. A viagem começa por Belém do Pará e segue o caminho dos antigos viajantes, buscando mostrar o que ainda há de belo e fascinante na Amazônia (BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria do Audiovisual. Série A Redescoberta do Cinema Nacional, v. 4).

Exemplo: Pensamento crítico e cidadania

Em vez de fórmulas decoradas, a compreensão do que é ensinado e a possibilidade de usar o aprendizado na vida prática. No lugar de uma escola que se limita a ensinar o aluno a fazer provas, outra que estimule a sua vontade de aprender, o seu espírito crítico, a sua capacidade de resolver problemas – enfim, que lhe indique o caminho para se tornar uma pessoa apta a exercer sua cidadania e a participar do mundo do trabalho. Essa é a linha mestra da reforma que o ministério da Educação e do Desporto quer ver implantada no ensino médio – o antigo 2º grau (BRASIL. Ministério da Educação. O Novo Ensino Médio. Brasília, 2004).

Resumo crítico ou analíticoc) . Este é, provavelmente, o tipo de resumo que você mais terá de fazer a pedido de seus professores ao longo do seu curso. O resumo crítico é uma redação técnica que avalia de forma sinté-tica a importância de uma obra científica ou literária. Antes de começar a escrever seu resumo crítico você deve, no mínimo, ter conhecimento do autor e da obra e ter feito uma boa leitura do texto, identificando:

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qual o tema tratado pelo autor?•

qual o problema que ele coloca?•

qual a posição defendida pelo autor com relação a este problema?•

quais os argumentos centrais e complementares utilizados pelo autor •para defender sua posição?

Exemplo: O Mulato (Aluísio Azevedo)

É apontada como a obra inaugural do Naturalismo no Brasil (1881). Podem ser identi-ficados alguns elementos naturalistas:

a crítica social, por meio da sátira impiedosa dos tipos de São Luís: o comerciante •rico e grosseiro, a velha beata e raivosa, o padre relaxado e assassino, e uma série de personagens que resvalam sempre para o imoral e para o grotesco. Já dissemos que esses tipos são, muitas vezes, pessoas que realmente viveram em São Luís, conhecidas pelo autor;

anticlericalismo, projetado na figura do padre e depois cônego Diogo, devasso, •hipócrita e assassino;

oposição ao preconceito racial, que é o fulcro de toda a trama;•

o aspecto sexual, referido expressamente em relação à natureza carnal da paixão •de Ana Rosa pelo mulato Raimundo;

o triunfo do mal, já que, no desfecho, os crimes ficam impunes e os criminosos são •gratificados: a heroína acaba se casando com o assassino de Raimundo (grande amor de sua vida), e o Padre Diogo, responsável por dois crimes, é promovido a cônego.

Contudo, há fortes resíduos românticos. Escrito em plena efervescência da Campanha Abolicionista, Aluísio Azevedo não manteve a postura neutra, imparcial, que carac-teriza os autores realistas/naturalistas. Ao contrário, ele toma partido do mulato, do homem de cor, idealizando exageradamente Raimundo, que mais parece o herói dos romances românticos (ingênuo, bondoso, ama platonicamente Ana Rosa e ignora a sua condição de homem de cor). Observe que Raimundo é cientificamente inverossímil (filho de pai branco e mãe negra retinta, o filho tem “grandes olhos azuis, cabelos pretos e lustrosos, tez morena e amulatada, mas fina”). A trama da narração é romântica e desenvolve o velho chavão romântico da história de amor que as tradições e o precon-ceito impedem de se realizar. Além disso, a história é verdadeiramente rocambolesca (complicada, “enrolada”) (Disponível em: http//www.algosobre.com.br/assunto/ler.asp?conteúdo=202. Acesso em: 21 jul. 2006).

As principais vantagens de se elaborarem resumos estão no fato de que eles reduzem o texto sem destruir-lhe o conteúdo essencial, além de favorecerem

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a apreensão de informações essenciais, situação que possibilita a participação ativa na aprendizagem.

5.3 Como elaborar um fichamento

Outra forma eficiente de registro e organização das anotações feitas a partir das leituras é o fichamento. Evidentemente, não se ficha tudo o que se lê, mas os livros e textos mais significativos, que, provavelmente, constituir-se-ão em material para um trabalho posterior ou até mesmo para o trabalho de conclusão de curso. São referências que, em virtude da sua relevância, constituem-se em materiais que merecem ser arquivados. Os arquivos manus-critos ou digitados tornam-se mais acessíveis, práticos e funcionais quando as anotações são feitas em fichas.

A grande vantagem de se utilizar a técnica de fichamento para documen-tação dos dados está na possibilidade de organizar-se e obter-se a informação precisa, na hora exata que se fizer necessária, sem precisar voltar a ler toda a obra ou perder-se em montanhas de papéis para localizar um resumo da mesma, que ao final pode nem conter a informação que se deseja.

Tradicionalmente se utilizam fichas de papel, entretanto, hoje podemos empregar diferentes softwares e editores de texto para arquivar os ficha-mentos realizados.

A ficha digitalizada é uma excelente alternativa, desde que a pessoa orga-nize uma pasta como banco de dados e nela crie um arquivo para as fichas de cada tema. Quando retornar ao trabalho de pesquisa terá todas as infor-mações catalogadas e organizadas por assunto.

Cada um tem a sua maneira própria de organizar as fichas e registrar as informações que considera importantes. Porém, alguns dados não podem faltar. Todos os tipos de fichas devem compreender três partes principais:

cabeçalhoa) : compreende o assunto e número de classificação da ficha;

referênciab) : deve sempre seguir as normas da ABNT;

corpo ou textoc) : varia conforme o tipo e finalidade da ficha. Nesse item é importante que você crie seu próprio estilo de registrar as idéias que são relevantes. Pode ser em tópicos, por palavras-chave, com comen-tários, com sua interpretação etc. Outra questão importante é registrar a página de onde você está destacando as idéias. Isso facilitará muito a localização quando precisar retornar ao material lido.

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5.3.1 Tipos de fichas

Digitalizadas ou manuscritas, as fichas podem receber diferentes classifi-cações, cada tipo com um conteúdo específico. As fichas feitas com a finali-dade de utilização posterior na produção de um artigo científico, por exemplo, podem ser fichas de citação ou de comentário. Vejamos cada um dos tipos de fichas e seus respectivos conteúdos:

ficha bibliográfica• : contém as informações sobre o livro, autor ou assunto em estudo. Não aborda especificamente o conteúdo ou texto da obra. Usada para catalogação de livros em uma biblioteca pública ou particular e você não irá usá-la fora desse contexto;

ficha de citações• : consiste na reprodução fiel de frases ou sentenças consideradas relevantes ao estudo em pauta. Essas citações poderão ser utilizadas posteriormente na produção de um texto (relatório de pesquisa, artigo científico, etc.);

ficha de resumo ou de conteúdo• : é um trabalho que consiste em apre-sentar por escrito a compreensão do texto estudado. Deve-se apre-sentar uma redação resumida, a partir das questões levantadas na fase de leitura e compreensão do texto. Deve ter uma introdução, o desenvolvimento e uma conclusão;

ficha de esboço• : tem certa semelhança com a ficha de resumo ou conteúdo, pois se refere à apresentação das principais idéias expressas pelo autor, ao longo da sua obra ou parte dela, porém de forma mais detalhada e com indicação das páginas em que se encontram as infor-mações esboçadas. Pode ser de grande valia a você no início de sua formação e aos pesquisadores em geral. É a mais extensa e detalhada das fichas, apesar de requerer, também, capacidade de síntese, pois o conteúdo de uma obra, parte dela ou de um artigo mais extenso, é expresso em uma ou algumas fichas;

ficha de comentário ou analítica• : consiste na explicitação ou interpre-tação crítica pessoal das idéias expressas pelo autor. É um trabalho que consiste, basicamente, em apresentar a “palavra do leitor”, a sua posição frente às questões desenvolvidas. Isso exige estudos aprofundados e, fundamentalmente, “olhos críticos” para o mundo. O pressuposto desse modelo de ficha é o diálogo com o autor, o questionamento de suas posições assumidas e a relação dessas com outras abordagens.

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UNITINS/FAEL • pEDAGOGIA • 1º pERÍODO 35

Observe, a seguir, trechos do início e final de uma ficha analítica, aprovei-tando para conferir a formatação, que é a mesma para todos os tipos de fichas.

PrOfEssOr COmO sUjEitO dE trAnsfOrmAçãOINTRODUçãO

O professor anda perplexo com tudo que anda acontecendo com ele, com a escola e com a sociedade. Nesta obra, Vasconcelos retrata esta perplexidade do professor, destaca o seu papel, bem como o papel da escola neste contexto social contur-bado. Discute ainda a importância da atuação consciente do professor como sujeito capaz de transformar a prática pedagógica, por meio de sua ação individual (cada professor) e coletiva (equipe escolar), ou seja, busca resgatar o professor como sujeito histórico capaz de conseguir a transformação de muitos dos problemas hoje enfren-tados pela educação. (...)

CRÍTICA

Nesta obra, Vasconcelos apresenta com muita propriedade tanto os entraves quanto às propostas de mudança na prática pedagógica destacando o professor como prin-cipal agente dessa mudança. Em uma primeira leitura podemos supor que há uma sobrecarga para o professor, mas conhecendo sua obra, compreendemos que neste livro seja destacada a atuação do professor, pois em outros, destaca o papel do coordenador, da equipe diretiva enfim, da escola como um todo.Sem este conhecimento poderíamos supor a referida sobrecarga, entretanto, assumir sua tarefa como sujeito histórico de transformação não é difícil para o professor desde que as múltiplas dimensões dos problemas sejam identificadas e trabalhadas no sentido de superação, ou seja, não podemos resumir o processo de transformação à atuação do professor ou a mudanças de metodologias ou técnicas de trabalho.VASCONCELOS, Celso dos Santos. Para onde vai professor? Resgate do Professor como sujeito de transformação. 8. ed. São Paulo: Libertad, 2001.

5.4 Como elaborar a resenha

No meio acadêmico, a resenha é de grande utilidade, pois facilita o trabalho profissional ao trazer um breve comentário sobre uma obra e, também, sua avaliação. A informação dada ajuda na decisão da leitura ou não do livro, de sua utilidade para o estudo empreendido ou da adequação à abordagem pretendida. Medeiros afirma que a resenha é

[...] um relato minucioso das propriedades de um objeto ou de suas partes constitutivas [...]. Estruturalmente, descreve as propriedades das obras (descrição física da obra), relata as credenciais do autor, resume a obra, apresenta suas conclu-sões e metodologia empregada, bem como expõe um quadro de referências em que o autor se apoiou (narração) e, final-mente, apresenta uma avaliação da obra e diz a quem se destina (dissertação) (MEDEIROS, citado por OLIVEIRA, 2003, p. 158-159).

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Complementando, segundo a NBR 6028/90 da ABNT, a resenha é o mesmo que resumo crítico ou recensão (OLIVEIRA, 2003, p. 125). O procedi-mento para a elaboração da resenha é, portanto, semelhante ao do resumo acrescido de uma crítica.

O resenhista deve resumir o assunto e apontar as falhas e os erros de informação encontrados, sem se ater aos pormenores e, ao mesmo tempo, tecer comentários aos méritos da obra, se for caso. No entanto, mesmo que o resenhista tenha competência na matéria, isso não lhe dá o direito de fazer juízo ou deturpar o pensamento do autor.

Para fazer a resenha, além de ter sublinhado as idéias-chave do texto, é preciso conhecê-lo com mais profundidade, pois ela pressupõe um aprofunda-mento sobre o tema tratado pelo autor. A resenha tem, portanto, a função de extrapolar a obra, ou seja, já se configura em uma pesquisa.

A estrutura básica de uma resenha deve conter os seguintes elementos:

referência (identificação bibliográfica): autor, título da obra, número a) da edição, local de publicação, editora, ano e número de páginas;

credenciais da autoria: breve apresentação do(a) autor(a) ou autores, em b) especial quanto ao seu currículo profissional (nacionalidade, áreas de atuação, publicações, formação acadêmica, títulos que possui, etc.);

resumo da obra: expor o assunto da resenha, como ele é tratado, c) metodologia ou estruturação da obra e suas idéias básicas;

conclusões do autor: expor com clareza os resultados alcançados pelo d) autor da obra ou texto resenhado;

quadro de referência do autor: se observado esse aspecto, informar e) qual teoria serve de apoio às idéias do autor da obra;

apreciação crítica do resenhista: o estilo do autor é objetivo, f) conciso? As idéias são originais, claras e coerentes? O autor é idea-lista? Realista?;

indicações da obra: informar a que público se destina a obra ou a quem g) ela pode ser útil, como por exemplo, alunos de determinados cursos, professores, pesquisadores, especialistas, técnicos ou público em geral. Em que curso pode ser adotada? (OLIVEIRA, 2003, p. 126).

Além desses tópicos, podemos acrescentar mais um: as credenciais do resenhista, ou seja, informações básicas da pessoa que elaborou a resenha.

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UNITINS/FAEL • pEDAGOGIA • 1º pERÍODO 37

No sítio <http://www.encontros-bibli.ufsc.br/Edicao_15/montano_resenha.pdf>, você encontrará a resenha do livro Terceiro setor e questão social: crítica ao padrão emergente de intervenção social, de Carlos Montaño. Essa resenha foi elaborada pelo Prof. Dr. Francisco das Chagas de Souza.

Esses passos delineados anteriormente podem divergir de autor para autor. Alguns, por exemplo, afirmam que uma resenha pode ser puramente informativa, quando apenas expõe o conteúdo do texto, ou crítica, quando se manifesta sobre o valor e o alcance do texto analisado, ou ainda, crítico-infor-mativa quando expõe o conteúdo e tece comentários sobre o texto analisado (SEVERINO, 1996, p. 107).

Cabe a você, de acordo com os objetivos que pretende alcançar, definir o tipo de texto que deseja construir, seja um resumo ou resenha. O primeiro passo indicado nessa aula – técnica de sublinhar – deve ser o ponto de partida para a elaboração de qualquer um desses textos. Assim você cons-truirá textos melhor elaborados, criando um estilo próprio de escrita e cres-cendo intelectualmente.

Agora que você já conhece algumas formas de registro do trabalho acadê-mico, vejamos a seguir as formas de apresentação.

5.5 Como organizar um seminário

Conforme Lakatos e Marconi (2003), o semi-nário é uma técnica de estudo que inclui diversas fases: pesquisa (incluindo leituras e registros), discussão e debate (na apresentação final). No geral, o seminário é utilizado em cursos de gradu-ação e pós-graduação. Tem como finalidade a socialização de pesquisas em suas diversas formas. Isso implica dizer que, quando participamos de um seminário, devemos, a priori, realizar individual-mente várias leituras e preparar em grupo todo um trabalho de pesquisa e produção, a partir do tema, para depois participar do debate sobre o mesmo com os demais participantes. Além do desenvolvimento da capacidade de pesquisa, de análise sistemática de fatos, do hábito do raciocínio, da reflexão, possibilita ao estudante a elaboração clara e objetiva de trabalhos científicos. Em um seminário tem-se como meta a formação e não somente a informação.

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5.5.1 Componentes dos grupos para o desenvolvimento de um seminário

Em um seminário, trabalha-se em grupos que variam de cinco a oito inte-grantes e deve conter:

coordenador• – aquele que orienta as pesquisas, preside e coordena as sessões do seminário. Ao final, deve fazer uma apreciação geral dos resultados, complementado alguns itens, se necessário;

relator – aquele que expõe os resultados dos estudos referentes a um •tema específico do programa de trabalhos. A exposição pode ser feita por um elemento, indicado pelo grupo, ou por todos;

secretário – o estudante designado para anotar as conclusões parciais •e finais do seminário, após os debates;

comentador (caso haja) – o aluno escolhido pelo coordenador do semi-•nário. Deve estudar com antecedência o tema a ser apresentado, com o intuito de fazer críticas adequadas à exposição, antes da discussão e debate dos demais participantes da classe;

demais participantes – são todos os que participam do seminário (a •turma toda). Depois da exposição, devem participar do debate.

5.5.2 modalidades

O seminário, na sua estrutura e funcionamento, apresenta três modali-dades. Conheça-os a seguir.

Clássicoa) : seminário clássico ou individual é aquele em que os estudos e a exposição ficam a cargo apenas de um estudante. O estudo pode abranger um determinado assunto ou parte dele.

Clássico em grupob) : nesse caso, os estudos são realizados por um pequeno grupo (cinco ou seis elementos). A exposição do tema tanto pode ser feita por um dos membros, escolhido pelo grupo, ou repar-tida entre eles, ou seja, cada um apresentando uma parte. Em vez de um comentador, pode haver um “grupo comentador”. Este tipo de seminário exige uma crítica mais estruturada.

Em grupoc) : no seminário em grupo, todos os elementos da classe devem participar, havendo tantos grupos quantos forem os subtítulos do tema. Primeiramente, estuda-se o tema geral, para uma visão global; depois, cada grupo aprofunda a parte escolhida.

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UNITINS/FAEL • pEDAGOGIA • 1º pERÍODO 39

5.5.3 roteiro de realização do seminário

A técnica do seminário obedece ao roteiro a seguir (LAKATOS; MARCONI, 2000). Vejamos.

a) O coordenador propõe um determinado estudo, indica a bibliografia mínima, escolhe o comentador e estabelece um cronograma de atividades. Cada grupo escolhe, por sua vez, o relator e o secretário.

b) Formado o grupo, inicia-se o trabalho de pesquisa, de procura de informações por meio de bibliografias, documentos, entre-vistas com especialistas, observações, etc. Depois, o grupo se reúne para discutir o material coletado, confrontar pontos de vista, formular conclusões e organizar o material, sempre assessorado pelo coordenador. O grupo poderá seguir os seguintes passos:

determinação do tema central que, como um “fio condutor”, esta-•belece a ordenação do material;

divisão do tema central em tópicos;•

análise do material coletado, procurando subsídios para os •diferentes tópicos, sem perder de vista objetivos derivados do tema central;

síntese das idéias dos diferentes autores analisados, resumo das •contribuições, visando à exposição que deve conter os seguintes tópicos: introdução: breve exposição do tema central (propo-sição), dos objetivos e da bibliografia utilizada; desenvolvimento dos tópicos em uma seqüência organizada: exposição, discussão e demonstração; conclusão: síntese de toda a reflexão, com as contribuições do grupo para o tema.

c) Concluídos os estudos, a classe se reúne, sob a orientação do coordenador.

d) O relator, em plenária, apresenta os resultados dos estudos, obede-cendo a uma seqüência lógica e ordenada.

e) O comentador, após a exposição, intervém com objeções ou subsídios.

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f) A classe, a seguir, participa das discussões e debates, solicitando esclarecimentos, refutando afirmações ou reforçando argumentos.

g) Ao final, o coordenador do seminário faz uma síntese do trabalho apresentado. Se achar incompleto, pode recomendar outros estudos.

5.6 Eventos para a divulgação de trabalhos científicos

Além do seminário, existem outros meios de divulgação de trabalhos acadêmicos e pesquisas científicas como, por exemplo, os painéis, as mesas redondas, conferências, palestras, comunicações, etc.

Os Congressos, Encontros, Semanas, Fóruns, etc., são os eventos mais comuns para tais divulgações. Nesses eventos, os pesquisadores expõem seus trabalhos. Normalmente, são as Instituições de Ensino Superior (IES) que promovem esses eventos, dando o devido caráter cientifico para que os traba-lhos sejam divulgados. Assim existem as Comissões Científicas, para a análise e seleção dos trabalhos enviados pelos participantes, formadas por pessoas reconhecidas no meio acadêmico/científico.

Os formatos mais comuns de apresentação, de acordo com Magossi, disponíveis no sítio http://geocities.yahoo.com.br/wmagossi/texto.doc, são:

painéisa) : apresentações em que geralmente um palestrante discorre brevemente sobre determi-nado tema e duas ou mais pessoas apresentam trabalhos referentes ao mesmo tema, abrindo posteriormente para perguntas da platéia que podem ser dirigidas ao palestrante ou a um dos relatores. São também assim denomi-nados os suportes contendo a apresentação de trechos de trabalhos de pesquisa, feitos por desenhos, esquemas, gráficos ou mesmo fotos, sempre procurando explicar ao público o objeto da pesquisa;

palestrasb) : apresentações orais de trabalhos normalmente feitas pelos próprios pesquisadores, para um público seleto;

mesas redondasc) : apresentações de trabalhos, realizadas por mais de um participante sob a coordenação de um especialista;

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semináriosd) : apresentações feitas por vários especialistas, cada um deles se ocupando de uma parte do assunto;

conferênciase) : apresentações semelhantes às palestras, mas têm um caráter mais abrangente, de modo que o conferencista pode mesmo apresentar um ensaio;

comunicaçõesf) : (como espaços destinados às apresentações) este é o modelo mais usado para a divulgação de pesquisas e demais trabalhos concluídos ou em andamento, em Congressos ou outro evento de vulto.

Da mesma forma que muitos autores divergem sobre as formas de registro de trabalhos acadêmicos, também divergem acerca das maneiras como esse trabalho será apresentado. Mais uma vez, cabe a você eleger a que melhor atenda aos seus objetivos como estudante e pesquisador.

síntese da aula

Nesta aula, você aprendeu que a redação científica é a forma mais usual na construção de textos acadêmicos. Ela exige clareza de expressões, objetivi-dade na apresentação, precisão na linguagem e utilização correta das normas gramaticais. O importante é que você leve em conta que o texto científico será lido e que o leitor precisa compreender o que você está querendo comunicar. Embora seja um texto técnico, deve ter uma linguagem acessível. A elabo-ração de seus trabalhos acadêmicos: resumos, resenhas etc., será norteada pelos parâmetros dessa redação. Os resumos, as resenhas e os fichamentos fazem uso da técnica de sublinhar que consiste em ler o texto e destacar as palavras-chave e as idéias principais do autor. Os resumos podem ser indica-tivos, informativos e críticos, cada um com suas aplicabilidades específicas. A resenha, apesar das divergências de diversos autores, é um texto que se apro-xima muito do resumo crítico, porém mais bem elaborado, com informações sobre o autor da obra, as teorias que utilizou e, por fim, uma argumentação a favor ou contrária as idéias do mesmo. A resenha exige maturidade intelectual, ou seja, capacidade de associar teorias e produzir uma crítica das mesmas. Os trabalhos acadêmicos podem, também, ser apresentados em seminários, painéis, conferências, palestras e comunicações. A organização de seminários é a forma mais usual de apresentar as discussões sobre determinado assunto ou tema, sobretudo no meio acadêmico. O seminário também exige a obser-vação de alguns pontos fundamentais: seleção do tema, sua divisão em tópicos, divisão de tarefas (coordenador, relator, secretário, comentador), síntese das

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idéias, exposição do tema e discussão. O seminário é, também, uma técnica de estudo, pois na sua elaboração, a pesquisa é fundamental.

Atividades

1. A seguir, estão relacionados os três tipos de resumos. A partir da numeração dada a cada tipo, enumere a segunda coluna identificando o conceito e as aplicabilidades de cada um.

I. Indicativo ou descritivo

II. Informativo ou analítico

III. Crítico

( ) Avalia de forma sintética a importância da obra ou texto.

( ) Muito usado em publicações de revistas especializadas.

( ) Informa o leitor sobre os pontos principais do texto.

( ) Muito usado nos relatórios de pesquisa.

( ) Muito utilizado em textos jornalísticos.

( ) Informa o leitor, além das partes principais do texto, suas finalidades e outras características.

2. Maria vai organizar, pela primeira vez, um seminário e está com dúvidas sobre os procedimentos a serem adotados. Ela resolve perguntar a você os passos que deve seguir, se precisa dividir conteúdos, etc. Marque a alternativa que representa a resposta metodologicamente adequada, ou seja, aquela que esclareça a Maria os passos que deve percorrer para organizar um seminário.

a) Formado o grupo, inicia-se o trabalho de pesquisa e busca de infor-mações, porém não são necessárias reuniões para discutir o material coletado.

b) Concluídos os estudos, a classe se reúne, sob a orientação do coorde-nador, que é o único membro responsável pela apresentação dos temas.

c) A exposição deve apresentar uma introdução, ou seja, uma breve exposição do tema; desenvolver os tópicos em uma seqüência organi-zada e uma conclusão, uma síntese de toda a reflexão.

d) O grupo não precisa seguir um roteiro de apresentação, pois quem apresenta é somente o relator.

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3. Elabore um resumo informativo, com mais ou menos 15 linhas, de um texto complementar da disciplina com a qual tem mais dificuldade de compre-ensão. Utilize a técnica de sublinhar descrita nessa aula.

4. Selecione um livro da bibliografia básica de uma das disciplinas desse semestre para fazer a leitura, já utilizando a técnica de sublinhar. Releia as orientações para a elaboração da resenha e elabore uma.

Comentário das atividades

Agora que você observou que os resumos podem ser indicativos, infor-mativos e críticos e que têm uma série de aplicabilidades, percebeu que a seqüência correta de enumeração na atividade 1 é III, II, I, II, I e II. O resumo indicativo informa o leitor sobre os pontos principais do texto. Já o informa-tivo, é muito usado nas publicações de revistas especializadas, relatórios de pesquisa, etc. Ele informa o leitor tanto sobre as partes principais do texto, quanto suas finalidades e outras características. O resumo crítico avalia de forma sintética a importância da obra ou texto e é o tipo que você mais terá que fazer como trabalho acadêmico.

Na atividade 2, você marcou a letra (c), pois um dos passos fundamen-tais da organização de um seminário é a exposição, na qual é preciso fazer uma introdução, ou seja, uma breve exposição do tema, dos objetivos e da bibliografia utilizada; logo em seguida vem o desenvolvimento dos tópicos em seqüência organizada e, por fim, a conclusão ou a síntese de toda a reflexão. Em um seminário é fundamental que o grupo se reúna para discutir o material coletado e para eleger o coordenador, o relator, o secretário e, havendo, o comentador.

Como você observou, as atividades 3 e 4 são de aplicação do que foi desenvolvido nessa aula. Para a elaboração desses textos você releu a aula, observando os passos para a elaboração da resenha e do resumo, e utilizou a técnica de sublinhar.

Assim, as atividades lhe deram a oportunidade para identificar os dife-rentes tipos de registro e apresentação de trabalhos acadêmicos e utilizar os procedimentos de elaboração e apresentação de trabalhos acadêmicos.

referênciasOLIVEIRA, Jorge L. Texto técnico: guia de pesquisa e de redação. Brasília: abcBSB, 2003.

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SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 1996.

na próxima aula

Agora que você já compreendeu a linguagem acadêmica e como elaborar uma série de textos científicos, vai perceber que não é tão complicado realizar uma pesquisa científica. Porém, como vimos na aula 4, a pesquisa científica exige rigor e planejamento e o projeto de pesquisa é o primeiro passo para a sua realização. A seguir, veremos como elaborar um projeto de pesquisa, quais seus principais elementos constitutivos e a sua utilidade.

Anotações

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AULA 6 • METODOLOGIA DA pESqUISA cIENTÍFIcA

UNITINS/FAEL • pEDAGOGIA • 1º pERÍODO 45

Objetivos

Esperamos que, ao final desta aula, você seja capaz de:

identificar os elementos básicos para estruturar um projeto de pesquisa;•

elaborar um projeto de pesquisa.•

Pré-requisitos

Como pré-requisito para esta aula, sugerimos que você leia o capítulo 4,

item 3, do livro Metodologia do trabalho científico, de Antonio Joaquim Severino,

cuja bibliografia está relacionada no plano de ensino dessa disciplina. A leitura

desse capítulo é fundamental, pois nele você encontrará os principais elementos

que constituem um projeto de pesquisa. Reveja, também, o conceito e as moda-

lidades de pesquisa abordadas na aula 4. No sítio <http://www.univille.br/

arquivos/2340_LV_Guiaprojeto_2006digital.pdf>, você, também encontrará um

roteiro para construção de projetos de pesquisa.

introdução

Como você já teve a oportunidade de aprender ao longo deste semestre,

a pesquisa é fator fundamental para a construção do conhecimento da socie-

dade. Muitas descobertas foram encontradas por mero acaso. Mas, mesmo

frente a esse “acaso” havia, por parte do observador (pesquisador), um propó-

sito científico. Podemos definir esse propósito como um projeto. Desde sua

matrícula nessa universidade ao que você deseja fazer depois de formado, a

delimitação de objetivos, metas e caminhos a serem seguidos estão contidos

no seu propósito de vida. Com as atividades acadêmicas não acontece de

forma diferente.

Aula 6O projeto de pesquisa: normas

de elaboração

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AULA 6 • METODOLOGIA DA pESqUISA cIENTÍFIcA

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6.1 Ponto de partida

Há uma série de métodos que podem ser utilizados na pesquisa, portanto, não há, evidentemente, regras fixas acerca da elaboração de um projeto. O desenvolvimento de uma pesquisa está muito ligado ao estilo pessoal de seus autores bem como ao tipo de problema a ser resolvido. Porém é preciso definir com clareza quais as etapas por que passará a pesquisa, quais os recursos necessários para atingir os resultados e como tudo isso se processará. Outro aspecto importante é a construção de um planejamento detalhado para que se possa acompanhar o andamento da pesquisa e assim permitir avaliações

parciais dentro do processo.

Ao iniciar a viagem rumo à pesquisa, será necessária a definição de um “roteiro de viagem”, ou seja, um projeto de pesquisa. Um projeto de pesquisa necessitará de elementos fundamen-tais, como: tema; revisão de literatura; problema; seleção e delimitação do problema; hipóteses; objetivo geral e específico; justificativa; metodo-logia; recursos; produção escrita do planejamento; e bibliografia.

6.2 Definição do tema

O início da pesquisa surge de uma necessidade de resposta. No emara-nhado de dúvidas, você começa a deixar claro o que deseja alcançar. Começa aí a definição do tema.

Segundo o professor Gil (2000), o tema ideal em uma pesquisa, isto é, aquele cujo desenvolvimento tem maior probabilidade de alcançar bons resul-tados, deve atender a três critérios: atende ao gosto, à aptidão e ao tempo do pesquisador, é relevante para uma sociedade, para uma ciência ou para a escola, sobre ele é possível obter dados.

6.3 revisão de literatura

Escolhido o tema, devem-se buscar as fontes bibliográficas a respeito do assunto para uma primeira análise exploratória e para familiarizar-se com o assunto. Essa primeira leitura permitirá esclarecer os aspectos centrais e os secundários na delimitação do assunto a ser pesquisado.

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6.4 Problematização

O problema é o núcleo em torno do qual se desenvolve uma pesquisa. Sem problema não há pesquisa. Mas, o que é um problema? Geralmente é uma necessidade humana, transformada em uma pergunta, que deverá ser respondida pela pesquisa. Por exemplo, atualmente o mundo passa por uma epidemia de gripe aviária. Esse é um problema real para o qual uma pesquisa deveria responder com eficácia a perguntas que ele suscita. As dúvidas da pesquisa seriam: como o vírus passa das aves para os seres humanos? Poderá haver transmissão de humanos para humanos? A formulação dessas perguntas seria o problema a ser resolvido pela pesquisa.

Uma pesquisa pode ser problematizada também a partir de um interesse intelectual. Por exemplo, qual a influência do conteúdo de uma música com letra de duplo sentido na formação da personalidade de crianças e adolescentes?

6.5 seleção e delimitação do problema

Uma pesquisa pode levar em consideração duas abordagens de um determinado problema: a extensão e a profundidade. A extensão privi-legia uma abordagem ampla do problema levando em consideração seus vários aspectos; a profundidade, por sua vez, procura investigar a fundo um dos aspectos de um determinado problema, deixando de lado outros. Falando em termos práticos, a seleção e delimitação irão escolher quais os aspectos relevantes de um problema de pesquisa. Geralmente, deve-se escolher um aspecto bem específico para que dele se extraia o máximo em uma pesquisa.

6.6 formulação de hipóteses

A hipótese é uma solução possível para um problema. É uma construção intelectual a priori do autor da pesquisa baseada em alguns conhecimentos a respeito do assunto. O trabalho posterior da pesquisa será confirmar ou negar a hipótese. Podem-se caracterizar as hipóteses como individuais e particulares, pois se propõem resolver os problemas levantados na delimitação.

A hipótese é formulada pela junção da pergunta delimitada com o conteúdo da resposta em uma única frase. Por exemplo, à pergunta “o vírus da gripe aviária é transmitido entre seres humanos”? Segue-se a resposta “há fortes indícios de que isto não seja possível”. A hipótese formulada seria: “não há indícios de que a gripe aviária seja transmitida entre seres humanos”.

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AULA 6 • METODOLOGIA DA pESqUISA cIENTÍFIcA

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6.7 formulação do objetivo geral

Nesta etapa, deverão ser apresentadas as expectativas do pesquisador em relação aos resultados de sua pesquisa. Por isso, essa etapa pode ser considerada a espinha dorsal do projeto, porque deve apresentar claramente aquilo que se pretende com a pesquisa. Deve delimitar quais os aspectos a serem abordados na investigação, esses aspectos sempre são formulados pela junção de duas partes: uma ação a ser aplicada a um conteúdo. Deve-se sempre usar um verbo no infinitivo.

6.8 Formulação de objetivos específicos

Para resolver o problema proposto pelo objetivo geral, é necessário subdi-vidi-lo em objetivos específicos. Cada um dos objetivos específicos será uma parte componente da redação final do texto. Portanto é necessária a organi-zação dos objetivos específicos atendendo a quatro momentos:

levantamento dos componentes do problema;a)

transformação de cada um dos aspectos em um objetivo;b)

verificação da suficiência dos objetivos específicos propostos;c)

escolha da melhor seqüência lógica.d)

Ao atender os elementos propostos anteriormente, você estará expan-dindo o entendimento à problemática do projeto de pesquisa. A construção dos objetivos específicos norteia a construção do texto do seu projeto de pesquisa.

6.9 Escolha dos procedimentos de coleta de dados (metodologia)

Neste tópico é importante listar as atividades práticas que serão reali-zadas para a coleta dos dados com os quais serão formulados os raciocínios. Portanto cada procedimento deve ser planejado de acordo com sua relação com os objetivos específicos.

Deve-se apontar como será feita a coleta dos dados, se pesquisa de campo, experiência em laboratório ou pesquisa bibliográfica. É evidente que isso fica a cargo das opções do pesquisador.

Ao longo de sua caminhada no seio universitário, você se depara com inúmeras oportunidades de testar seus conhecimentos. O desenvolvimento de uma pesquisa acadêmica necessita de um projeto de pesquisa, um roteiro pré-

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UNITINS/FAEL • pEDAGOGIA • 1º pERÍODO 49

determinado que oriente o pesquisador durante a sua trajetória. Nesse roteiro, destacam-se: a escolha do tema, a definição do problema, a justificativa pelo qual passa sua pesquisa, seus objetivos e as possíveis conclusões.

6.10 Previsão dos recursos

Deve-se fazer a listagem dos recursos necessários para o desenvolvi-mento dos procedimentos de pesquisa. É importante que, ao propor uma determinada pesquisa, levem-se em conta os recursos já disponíveis para a sua consecução. Caso contrário, corre-se o risco de não se alcançarem os objetivos propostos.

6.11 Produção escrita do planejamento

Todas as fases anteriores fazem parte do planejamento intelectual. É neces-sário registrar por escrito todos os passos até aqui pensados e, de preferência, pedir a outras pessoas que dêem um parecer a respeito para detectar possíveis lacunas ou equívocos.

6.12 Bibliografia

A construção e execução de um projeto de pesquisa não surgem do nada. Pelo contrário, emanam da inquietação natural do ser em buscar respostas. Entretanto, ao longo da pesquisa e mesmo no início, podemos nos “espelhar” em pesquisadores que já tenham tratado do assunto. Surge aí a necessidade de citá-los no projeto para dar sustentação científica ao que foi proposto. Considera-se bibliografia materiais coletados em livros, revistas, Internet, leis, anuários, jornais e uma vastidão de fontes de informação.

síntese da aula

Como você viu nesta aula, o desenvolvimento de uma pesquisa acadê-mica necessita de um planejamento, um projeto de pesquisa, um roteiro pré-determinado que o oriente, como pesquisador, durante a sua trajetória em busca de conhecimento. Nesse roteiro, destacam-se: a escolha do tema, a definição do problema, a justificativa pelo qual passa sua pesquisa, seus obje-tivos e as possíveis conclusões. Assim ao elaborar um projeto de pesquisa você estará traçando o caminho que deseja seguir para alcançar as respostas que o levaram a inquietar-se sobre determinado fenômeno.

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Atividades

1. Faça uma pesquisa no sítio do Google (www.google.com.br) sobre projetos de pesquisa. Selecione um que se aproxime da linha de pesquisa em que deseja desenvolver um estudo. Escreva um texto de até 15 linhas identi-ficando, no projeto selecionado, os seguintes aspectos: tema, problema, hipótese, objetivo geral e metodologia.

2. Relacione a coluna da direita com a coluna da esquerda e marque a seqüê ncia correta.

Na construção de objetivos de um trabalho de pesquisa, o verbo indica os diferentes graus de raciocínio, portanto:

(1) Conhecimento ( ) analisar, comparar, criticar(2) Compreensão ( ) apontar, citar, conhecer(3) Aplicação ( ) discutir, concluir, compreender(4) Análise ( ) desenvolver, empregar, aplicar

A seqüência correta é

a) 1,2,3,4

b) 4,3,2,1

c) 3,2,4,1

d) 4,1,2,3

3. Utilizando o roteiro a seguir, elabore os cinco primeiros passos de um projeto de pesquisa, a partir de um problema de relevância para seu interesse acadê-mico: tema, problema, hipóteses, objetivo geral e objetivos específicos.

4. O problema é o núcleo em torno do qual se desenvolve uma pesquisa. Sem problema não há pesquisa. Sobre o mesmo podemos afirmar que:

a) um problema de pesquisa não precisa responder a questionamentos específicos como: por que? qual a causa? como acontece?;

b) em uma pesquisa científica só podemos abordar um problema em sua extensão e nunca em sua profundidade;

c) o problema geralmente é uma necessidade humana, transformada em uma pergunta, que deverá ser respondida pela pesquisa;

d) não há como identificar um problema de pesquisa sem antes fazer uma revisão bibliográfica.

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AULA 6 • METODOLOGIA DA pESqUISA cIENTÍFIcA

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Comentário das atividades

Você já compreendeu os elementos fundamentais de um projeto de pesquisa. Agora, para realizar a atividade 1, releia os tópicos da aula que tratam do tema, do problema, das hipóteses, do objetivo geral e dos específicos. Nessa atividade, conte com a colaboração do professor na interatividade, para a busca de orientações e troca de idéias.

Na atividade 2, você percebeu que precisa retomar o texto dessa aula e reler a forma de construção de objetivos gerais. A alternativa com a seqüência correta é a letra (d), (4, 1, 2, 3), pois o verbo irá exprimir a real intenção do pesquisador. Por exemplo, se você quer conhecer acerca de determinado assunto, use “apontar, citar, conhecer”.

Para realizar a atividade 3, com certeza escolheu um tema relevante do ponto vista acadêmico, profissional e social. Nessa atividade, conte com a colaboração do professor na interatividade, para a busca de orientações e troca de idéias.

Na atividade 4 você observou que a alternativa correta sobre o problema de pesquisa é a (c), pois o problema é fruto de uma inquietação humana, algo que não compreendemos e queremos estudar. Dessa forma, ele responde a questões como: por que, qual a causa, como acontece? Além disso, podemos, em uma pesquisa, analisá-lo em sua extensão e profundidade. O problema de pesquisa é fruto de uma atividade intelectual e não precisa, necessariamente, ser encontrado a partir de uma revisão bibliográfica.

referênciasGIL, Antonio C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.

MALDANER, Jair José et al. In: Caderno de conteúdos e atividades: curso seqüencial em administração. Palmas, TO: UNITINS - EaD, 2005.

SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 2004.

na próxima aula

Ao final de um curso de graduação será exigido do acadêmico um trabalho científico para demonstrar a aprendizagem alcançada ao longo do período de estudo. A seguir, apresentaremos a você as informações necessárias para a elaboração de trabalhos de conclusão de curso. Será apresentado um roteiro

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AULA 6 • METODOLOGIA DA pESqUISA cIENTÍFIcA

52 1º pERÍODO • pEDAGOGIA • UNITINS/FAEL

sistematizado para que você se norteie na época da construção do seu trabalho de conclusão de curso. Existem várias modalidades de trabalho de conclusão curso como papers, resumos, monografias, artigo científico, TCC, etc. Das modalidades evidenciadas, abordaremos as duas últimas.

Anotações

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AULA 7 • METODOLOGIA DA pESqUISA cIENTÍFIcA

UNITINS/FAEL • pEDAGOGIA • 1º pERÍODO 53

Objetivos

Esperamos que, ao final desta aula, você seja capaz de:

identificar os elementos constituintes do Trabalho de Conclusão de Curso •e do artigo científico;

utilizar as normas da ABNT na elaboração de trabalhos acadêmicos. •

Pré-requisitos

Você terá mais facilidade no acompanhamento desta aula se for capaz de operacionalizar os aplicativos de construção de texto disponíveis em micro computadores, como Word e Open Office. No sítio <http://www.bu.ufsc.br/ArtigoCientifico.pdf>, você encontrará um esquema de elaboração do artigo cien-tífico que lhe dará subsídios para melhor compreender a aula. Da mesma forma, no sítio <http://www.unesc.net/intranet/index_camp.php?campanha=28>, o TCC é o foco e as normas de elaboração que lá se encontram o ajudarão, também, a ter uma compreensão antecipada dos temas desta aula.

introdução

Ao iniciar a elaboração de trabalhos acadêmicos – artigos, monografias, teses e dissertações – para a conclusão do curso de graduação, pós-graduação etc., o acadêmico deverá estruturar um “projeto de pesquisa”, visto na aula 6. Para tal, deve ter em mente um “assunto” sobre o qual deseja dissertar, assim como um orientador que aceitará as responsabilidades e atribuições descritas nas normas para elaboração do trabalho de conclusão de curso da Instituição na qual o aluno está matriculado.

Não há, ainda, uma norma rígida que defina exatamente como um trabalho deve ser formatado na Universidade. A ABNT, contudo, possui uma norma

Aula 7Artigo e tCC: normas de

elaboração

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AULA 7 • METODOLOGIA DA pESqUISA cIENTÍFIcA

54 1º pERÍODO • pEDAGOGIA • UNITINS/FAEL

(NBR 14724) para apresentação de trabalhos acadêmicos caracterizados como monografia, dissertação e tese. Nota-se que as normas estão em cons-tante revisão. Antes de formatar o material produzido, verifique se há alterações na norma, bem como faça as adequações à estrutura fornecida pela instituição em que você está estudando. Vamos, agora, observar as normas da ABNT e, em seguida, os passos para a elaboração do TCC e do artigo científico.

7.1 O corpo do texto

Antes de apresentar os elementos do trabalho científico, é conveniente mencionar os padrões para a formatação dos documentos. O papel a ser utilizado para a digitação do texto é o A4. Na construção do trabalho, reco-menda-se usar fonte de tamanho 12 para o texto e tamanho 10 para citações longas (destacadas no texto, conforme será visto a seguir) e notas de rodapé. Usa-se fonte 14 para os títulos de capítulos. Os títulos que aparecem na capa e folha de rosto não devem ultrapassar o tamanho 18.

Recomenda-se o uso de fonte Arial ou Times New Roman. O importante é que a fonte escolhida seja de fácil visualização. As margens das páginas obedecem ao seguinte padrão: superior: 3,0 cm, inferior: 2,0 cm, esquerda: 3,0 cm e direita: 2,0 cm. Observe a imagem:

Títulos e subtítulos de seção devem ser separados do texto precedente e do sucedente por duas entrelinhas duplas.

Na paginação do documento, deve-se seguir uma regra simples: todas as páginas, a partir da folha de rosto, devem ser contadas para a numeração em algarismos arábicos, mas começa-se efetivamente a colocar a numeração a partir da primeira página dos elementos textuais (introdução). No caso de o trabalho ser constituído de mais de um volume, deve ser mantida uma única

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AULA 7 • METODOLOGIA DA pESqUISA cIENTÍFIcA

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seqüência numérica das folhas, do primeiro ao último volume. Havendo apên-dice e anexo, as suas folhas devem ser enumeradas de maneira contínua e sua paginação deve dar seguimento ao texto principal. A numeração é colocada no canto superior direito da folha, a 2 cm da borda superior, ficando o último algarismo a 2 cm da borda direita da folha (NBR 14724, item 5.4).

7.2 Componentes do trabalho acadêmico

Para a apresentação dos trabalhos acadêmicos, seja ele resumo, resenha, relatório, etc., devemos observar três requisitos lógicos estruturados: Introdução, Desenvolvimento e Conclusão. Além deles, o autor deverá preparar uma apre-sentação (elementos pré-textuais) e um fechamento (elementos pós-textuais) de seu trabalho. Observe a figura a seguir:

Disponível em: <http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/met07.htm>. Acesso em: 16 nov. 2007.

Nela você encontra os elementos pré-textuais – capa, folha de rosto, folha de aprovação, dedicatória, agradecimento, epígrafe, resumo (em português

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e em inglês) e sumário; o texto – introdução, desenvolvimento e conclusão; e, por fim, os elementos pós-textuais – referências, glossário e anexos ou apên-dices. Alguns desses elementos são opcionais, de acordo com as necessidades – capa, dedicatória, agradecimento, epígrafe, glossário e anexos. Outros são obrigatórios – folha de rosto, folha de aprovação, introdução, desenvolvi-mento, conclusão e referências.

7.3 Elementos pré-textuais

Capaa) : independentemente do nível do trabalho, a capa é obrigatória em qualquer trabalho acadêmico, pois o identifica. Os elementos da capa são os seguintes:

nome da instituição em que o trabalho foi executado (opcional);•

título (e subtítulo, se houver) do trabalho;•

nome do autor;•

se houver mais de um volume, a especificação do respectivo volume;•

cidade e ano/semestre de conclusão do trabalho.•

Folha de rostob) : também conhecida como contra capa, contém informações essenciais à identificação do trabalho e deve manter coerência de forma com a capa. A folha de rosto deverá vir logo após a capa mostrando seu anverso e deve conter os seguintes elementos:

as mesmas informações contidas na capa;•

as informações essenciais da origem do trabalho;•

o nome do autor ou dos autores do trabalho.•

Folha de aprovaçãoc) : elemento obrigatório da monografia e de outros trabalhos a serem submetidos à aprovação. Deve vir após a folha de rosto e deve conter os seguintes elementos:

nome do autor;•

título (e subtítulo, se houver) do trabalho;•

natureza;•

objetivos;•

nome da instituição;•

área de concentração;•

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AULA 7 • METODOLOGIA DA pESqUISA cIENTÍFIcA

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data da aprovação;•

nome, titulação, assinatura dos componentes da banca e as institui-•ções de que fazem parte.

Dedicatóriad) : elemento opcional, que vem após a folha de aprovação. Esse elemento é de cunho bastante pessoal e, de certa forma, mostra um vínculo de relação íntima ou de apreço.

Agradecimentoe) : representa a revelação de gratidão àqueles que contri-buíram na elaboração do trabalho. Também é um item dispensável, portanto não existe um elemento básico normatizado; sua elaboração necessita de criatividade e imaginação.

Epígrafef) : também opcional. É a citação de uma frase de algum autor que expresse, de forma consistente, o conteúdo do trabalho. A localização fica a critério da estética do autor do trabalho. Deve vir acompanhada do nome do autor da frase. Pode estar localizada também nas folhas de abertura das seções primárias.

Resumo em língua portuguesag) : elemento obrigatório em monografias, teses e artigos científicos. Consiste em uma apresentação sucinta do conteúdo do trabalho, permitindo uma visão rápida, clara e geral desse conteúdo e das conclusões a que o autor chegou ao realizá-lo. O resumo deve, portanto, permitir que o leitor decida sobre a necessidade de consultar ou não o texto. Não possui título, sendo simplesmente indicado pela palavra resumo, devidamente centralizada. Não é contado na numeração dos documentos.

Abstract h) ou resumo em língua estrangeira: obrigatório em artigos cientí-ficos destinados à publicação em periódicos especializados.

Sumárioi) : conforme NBR 6027, é o último elemento pré-textual de caráter obrigatório. Consiste na numeração das principais divisões, seções e outras partes do trabalho com a indicação das respectivas páginas. As divisões deverão ser elaboradas em números arábicos.

7.4 Elementos textuais

Os elementos textuais consistem no corpo do trabalho propriamente dito, no qual o autor apresenta, desenvolve e conclui as idéias que constituem o trabalho acadêmico apresentado. A matéria do trabalho é, portanto, exposta pelo seu autor em três partes fundamentais: introdução, desenvolvimento e

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conclusão. Essas três partes estão logicamente encadeadas: na introdução, anuncia-se o que se pretende fazer; no desenvolvimento, a idéia anunciada na introdução é trabalhada sob a forma de capítulos. Na conclusão, resume-se o que se alcançou e fecha-se o trabalho. Alguns autores defendem o uso do termo Considerações Finais no lugar de conclusão. Veja, no sumário deste caderno, o que destacamos neste parágrafo.

A introdução visa a contextualizar o trabalho acadêmico (transcorre sobre que tipo de trabalho foi realizado, sua área do conhecimento e tema abor-dado); apresentar o problema de pesquisa, cuja investigação e solução foram tratadas ao longo do estudo; definir seus objetivos (geral e específicos) e limi-tações (essas são opcionais); delinear o quadro teórico no qual o trabalho foi desenvolvido; bem como apresentar uma indicação de sua importância ou relevância, ou seja, em linhas gerais, a introdução pode ser considerada como uma espécie de apresentação do trabalho. Não existe nenhum padrão em termos de número de páginas, devendo a introdução ser elaborada de maneira equilibrada em relação ao conteúdo do trabalho (ou seja, trabalhos muito curtos não devem ser antecedidos por uma introdução muito longa. Geralmente, os professores estipulam seu limite conforme a necessidade do trabalho solicitado).

O desenvolvimento do trabalho é composto por tantos capítulos ou subtí-tulos quantos se fizerem necessários para a solução do problema de pesquisa ou trabalho. A grande maioria dos trabalhos acadêmicos exigirá a apresen-tação de um referencial teórico, ou seja, uma revisão da literatura a respeito do tema do trabalho, que pode ser dividido em tantos capítulos quantos se fizerem necessários. Outro assunto a ser tratado refere-se às metodologias, nas quais o autor classifica o trabalho de acordo com critérios previamente definidos e apresenta os métodos e técnicas utilizadas para a coleta, análise e tratamento dos dados da pesquisa. Mais elementos podem ser agregados de acordo com as necessidades do trabalho. Em relação à apresentação dos capítulos do desenvolvimento, é preciso lembrar que cada capítulo inicia uma nova página, e que os capítulos podem ser divididos em seções. A numeração dos capítulos e seções é progressiva e utiliza algarismos romanos ou arábicos, de acordo com o critério estabelecido pelo autor. A numeração dos títulos deve ir até três algarismos (1.1.1, por exemplo), não sendo aconselhável ir além disso.

A conclusão ou considerações finais consiste em um fechamento do trabalho, em que os principais aspectos abordados são recapitulados resumidamente, e

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as recomendações feitas são apresentadas sinteticamente. Aconselha-se evitar apresentar questões que sejam polêmicas ou controversas na conclusão, expondo somente os aspectos que possam ser considerados aceitáveis sem maiores discussões. A conclusão do trabalho também pode apontar possibilidades de estudos mais profundos ou outros problemas que possam vir a ser objeto de análise pelo autor ou por outros pesquisadores, bem como as limitações do estudo desenvolvido, caso não tenham sido apresentadas na introdução.

A NBR 14724/02 considera opcionais os aspectos referentes à impor-tância, síntese, projeção, repercussão e encaminhamentos futuros de trabalho na conclusão. Um aspecto que não pode ser esquecido: conclusões não podem introduzir elementos novos no trabalho. Mesmo que corram o risco de ser repetitivas, as conclusões devem apenas trazer o que já foi tratado no trabalho.

7.5 Elementos pós-textuais

Os elementos pós-textuais são, na maior parte, elementos opcionais e constituem-se de todos aqueles documentos cuja apresentação é conside-rada, pelo autor, como importante para a compreensão do trabalho, mas não tão fundamentais que exijam sua colocação ao longo do desenvolvi-mento do mesmo.

Referênciasa) : são conhecidas até a revisão de 2000 da NBR 6023 como referências bibliográficas. O título mais geral se deve ao fato de que, hoje em dia, existem muito mais opções de obras que podem ser usadas como referências, não somente os livros e textos impressos. As referên-cias consistem em uma listagem das obras consultadas e citadas ao longo do trabalho, apresentadas de acordo com os padrões definidos pela NBR 6023/02, permitindo ao leitor identificar e consultar as fontes origi-nais sobre as quais se baseou o trabalho. Veja exemplo no índice de refe-rências bibliográficas, no início deste caderno de textos e atividades.

Glossáriob) : apresenta palavras e expressões técnicas de uso restrito ou de sentido obscuro, seguido de suas definições. As palavras devem ser apre-sentadas em ordem alfabética, não devendo ser enumeradas.

Apêndicesc) : apresentam textos ou documentos elaborados pelo próprio autor do trabalho e complementam a argumentação desenvolvida por ele. São identificados pela expressão APÊNDICES, por letras maiúsculas consecutivas e por um travessão separando-os do título.

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60 1º pERÍODO • pEDAGOGIA • UNITINS/FAEL

Anexosd) : são documentos não elaborados pelo autor e usados para funda-mentar, comprovar ou ilustrar a argumentação dele. Seu sistema de identi-ficação é semelhante ao dos apêndices.

7.6 Citações em documentos: definições e regras gerais Abnt/nbr-10520

Citação é a menção, durante a escrita do texto, de uma informação colhida em outra fonte. Pode ser direta, indireta e citação da citação.

Citação diretaa) : compreende a citação textual de conceitos de um autor consultado. Ex.: de acordo com as conclusões de Mattar (2003, p. 169), “o prefácio é o primeiro elemento textual discursivo do trabalho [...]”. Dessa forma, indicamos citações breves. Quando a citação é longa, devemos fazê-la em outra linha, com recuo de 4 cm da margem, na fonte 10 e sem aspas.

Ex.: Zotti (2004, p. 149) afirma que

a ênfase ao ensino dos símbolos da pátria, também, vinha ao encontro da padronização imposta pela ditadura militar. [...] o conteúdo do ensino primário deveria estar centrado na comuni-dade, essa categoria mitológica pela qual a direita celebra a coesão social e condena os diferentes e os desviantes.

Citação indiretab) : compreende a transcrição livre do autor consultado. As citações indiretas ou parafraseadas dispensam o uso das aspas duplas e do número de páginas.

Ex.: Os postulados ambientais mostram os princípios de que a Contabilidade neces-sita atuar colocando os princípios contábeis no núcleo central da doutrina (NEVES; VICECONTI, 2004, p. 245).

Citação da citaçãoc) : configura-se em uma citação direta ou indireta de um texto ao qual não se teve acesso no original.

Ex.: Zotti citado por Haidar (1972, p. 126-127) afirma que “a maior parte dos alunos, após alguns anos de estudos regulares, abandonava o colégio e buscava apresentar o ingresso nas faculdades tentando a sorte nos exames parcelados”.

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UNITINS/FAEL • pEDAGOGIA • 1º pERÍODO 61

Agora que você já conhece as normas técnicas da ABNT para a formatação do trabalho acadêmico, deve observar que essas regras variam de tempos em tempos. É preciso estar atento a essas mudanças e também, à maneira como a sua Instituição de Ensino utiliza as normas de formatação.

7.7 O que é um trabalho de Conclusão de Curso?

O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) constitui-se em uma atividade acadêmica que visa à sistematização do conhecimento sobre um objeto de estudo ou problemas relacionados com o curso dos acadêmicos, desenvolvido mediante controle, orientação e avaliação de um orientador. O TCC pode ser de natureza prática ou teórica; inovador em que pese a coleta e aplicação de dados bem como a sua execução ou, ainda, constitui de ampliações de trabalhos já existentes em que a idéia central será contestada ou aprofundada. O TCC poderá ser apresentado da seguinte forma:

a) por meio de um artigo sintético para ser publicado em algum periódico;

b) por meio de uma monografia com objetivos acadêmicos (monografia de conclusão de curso), e de pós-graduação Lato Sensu, dissertação de mestrado ou tese de doutorado;

c) na forma de um livro;

d) em apresentação oral.

Entre os TCCs mais usais, destacam-se aqueles exigidos para obtenção de graus universitários Stricto Sensu, a saber, dissertação de mestrado e tese de doutorado; para a conclusão de cursos de especialização (Lato Sensu), ou ainda para a conclusão de curso de graduação. É comum a apresentação de trabalhos acadêmicos também monográficos, muitas vezes chamados simples-mente de monografias (monos = um só e graphien = escrever).

Na construção do TCC, deve ser aceitável que o acadêmico apresente um texto que verse sobre partes de uma elaboração científica plena, tais como uma pesquisa bibliográfica, uma pesquisa empírica, um projeto de viabilidade, um estudo de caso, ou uma proposta ou avaliação de intervenção organizacional, entre outras possibilidades.

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7.7.1 Como escolher um assunto ou tema?

Para se chegar à elaboração do TCC, pres-supõe-se que já se tenha definido uma idéia, um tema ou assunto, sobre o qual será centrada a investigação. Desde o início do TCC, deve-se buscar harmonia com o orientador da pesquisa. Para o sucesso da pesquisa, é conveniente levar em consideração o interesse, preferências pessoais, formação e conhecimentos prévios do acadêmico, bem como originalidade e utilidade do tema. A opinião, o conhecimento e a experi-ência do orientador do TCC também devem ser levadas em consideração.

O assunto ou tema do TCC pode surgir de situações pessoais, sociais, ou profissionais. O interesse do acadêmico, por um tema que mereça ser desenvol-vido na forma de monografia, surge das mais diferentes maneiras, entre elas:

a) interesses pessoais, experiência, ou indagação própria;

b) em função de seu trabalho;

c) momento profissional em que se encontra (mudança de emprego, por exemplo);

d) leitura de outras obras, tais como livros e artigos de revistas especiali-zadas de sua área de interesse;

e) consultas a catálogos de teses, dissertações e monografias em geral, disponibilizadas de forma convencional nas bibliotecas e via Internet;

f) troca de mensagens via Internet;

g) informações e dados obtidos em home pages/sites da Internet, sobre livros e demais publicações disponibilizados por sites, livrarias, ou bibliotecas acadêmicas on-line; entre outras.

Recomenda-se que o assunto, uma vez escolhido, seja delimitado para que se possa aprofundar e aprimorar conhecimentos, aplicáveis a um pequeno conjunto de fatores ou variáveis que compõem o campo de estudo abordado. Ou seja, é preferível escrever de forma detalhada e consistente sobre poucas coisas do que falar genericamente sobre muitas coisas.

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AULA 7 • METODOLOGIA DA pESqUISA cIENTÍFIcA

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7.7.2 Escolha de um assunto ou tema

Agora que você já possui as noções básicas para construir seu Trabalho de Conclusão de Curso, gostaríamos de sugerir um modelo de fluxograma para facilitar sua tarefa. Este modelo foi adaptado do livro Como fazer uma monografia, escrito pelo professor Délcio Vieira Salomon:

Apesar de o fluxograma ser auto-explicativo, será oportuno destacar que:

pesquisa empírica• : é a pesquisa dedicada à análise experimental de dados da realidade;

pesquisa não empírica• : é o raciocínio, o processamento da informação;

pesquisa bibliográfica• : momento de coleta de informações relevantes ao tema do TCC em livros, CD-ROM, sites, revistas e demais meios de publicação. Note que toda pesquisa requer levantamento bibliográ-fico para conhecer o que se pesquisou sobre o assunto;

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documentação• : é a fase em que as informações coletadas na dife-rentes etapas da pesquisa são registradas para balizar a construção do saber na elaboração do TCC;

crítica à documentação• : nem todo material produzido deverá ser levado a público na construção do saber. É a fase da crítica da documentação que irá possibilitar a depuração da informação apreendida;

redação e construção• : é a fase de finalização de todo o trabalho de pesquisa e levantamento de dados. Nessa fase as idéias são orde-nadas em títulos, capítulos, gráficos, figuras, etc.

7.7.3 Sobre a revisão bibliográfica

Para a construção dos trabalhos de conclusão de curso, faz-se neces-sária a revisão bibliográfica, ou fundamentação teórica do problema a ser investigado.

Assim, identificada a problemática do trabalho, deve-se efetuar uma pesquisa criteriosa sobre os diversos autores que abordaram, efetivamente, tal temática. Essa pesquisa não se limita aos autores clássicos, devendo ser estendida às teses e dissertações de mestrado e doutorado, bem como às revistas técnicas e científicas, artigos de jornais e outros periódicos. A partir da identificação desses autores, efetua-se um apanhado acerca dos limites investigados por cada um dos autores pesquisados, apontando-se suas conclusões, críticas e observações gerais.

Para o registro da bibliografia pesquisada, a formatação espacial está normatizada na NBR 6023 de agosto de 2002. O arranjo das referências deverá estar de acordo com o sistema chamado autor-data (em ordem alfa-bética) ou numérica (em ordem numérica, como aparece no texto). Veja alguns exemplos.

a) Quando a referência for de apenas um autor:

FREIRE, Gilberto. Casa Grande & Senzala: formação da família brasi-leira sob o regime de economia patriarcal. Rio de Janeiro: J. Olympo, 1943.

b) Quando a referência for de vários autores:

COELHO, Aline Martins; REIS, Graziela; OTSUKA, José Kasuo. In: Caderno de conteúdos e atividades: curso seqüencial em fundamentos e práticas judiciárias UNITINS EaD. Palmas, TO, 2005.

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c) Quando a referência for de várias obras do mesmo autor citadas no mesmo trabalho:

FREIRE, Gilberto. Casa Grande & Senzala: formação da família brasi-leira sob o regime de economia patriarcal. Rio de Janeiro: J. Olympo, 1943. v. 2.

______. Sobrados e mucambos: decadência do patriarcado rural no Brasil. São Paulo: Nacional, 1936.

A forma como o texto do trabalho de conclusão de curso vai ser estrutu-rado já foi estabelecida anteriormente com relação às normas da ABNT.

7.8 O Artigo Científico

“Artigo científico é parte de uma publicação com autoria declarada, que apresenta e discute idéias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento” (ABNT. NBR 6022, 2003, p. 2). A extensão de cada artigo deverá ser de, no máximo, 20 (vinte) páginas, incluindo refe-rências, ilustrações, gráficos, mapas e tabelas e deve obedecer à estrutura que apresentaremos agora.

a) Identificação no alto da página incluindo:

título do artigo – deve ser claro e objetivo, podendo ser comple-•tado por um subtítulo;

nome(s) do(s) autor(es) – titulação máxima, instituição à qual se •vincula, e-mail (opcional), em nota de rodapé.

b) Resumo

É a apresentação sintetizada dos pontos principais do texto, desta-cando os aspectos de maior interesse e importância. O resumo deve apresentar, de forma concisa, os objetivos, a metodologia e os resul-tados alcançados, não ultrapassando 250 palavras. Não deve conter citações. “Deve ser constituído de uma seqüência de frases concisas e não de uma simples numeração de tópicos. Deve-se usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular” (ABNT. NBR 6028, 2003, p. 2). Deve, ainda, ser redigido em um único parágrafo.

c) Palavras-chave

São descritores, que identificam o conteúdo do artigo. O número de descritores desejado é de no mínimo três e, no máximo, cinco.

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Observação: o resumo (abstract) e as palavras-chave (keywords) em língua estrangeira moderna (inglês) devem obedecer aos mesmos padrões de exigência em língua portuguesa.

d) Corpo do texto

O texto deve ser dividido em três partes:

introdução• : é nesse momento que serão apresentados conceitos básicos, pontos de vista, uma breve justificativa abordando a escolha do tema e destacando sua relevância para o que virá a seguir no bojo do texto. É por meio da introdução que o leitor será “seduzido” a continuar lendo o texto;

desenvolvimento• : nele está o cerne de todo o trabalho. Será nesta etapa que os pressupostos enunciados na introdução serão concretizados;

considerações finais• : utilizar citações somente quando forem indis-pensáveis para embasar o estudo.

e) Referências

Devem ser organizadas e apresentadas em ordem alfabética de acordo com o sobrenome do primeiro autor. Dessa forma, somente as citações que figuram no texto devem ser referenciadas. Para elaboração das referências, deve ser observada a norma NBR 6023 da ABNT, 2002.

f) Anexos e/ou apêndices

Não obrigatórios no conjunto do trabalho, mas evidenciam pontos de referências ao logo do texto, complementam pontos de vista. Nesta etapa, opte por incluir informações que são imprescindíveis para o entendimento dos objetivos propostos ao longo da previsão do trabalho.

Para concluir, as formas de elaboração do projeto de pesquisa, do TCC e do artigo científico apresentadas nessa aula são um padrão, um modelo legitimado por diversos autores. Porém cada Instituição de Ensino Superior (IES) pode adotar normas próprias de elaboração do trabalho acadêmico, mantendo algumas etapas que estão presentes aqui e elegendo outras que, porventura, podem não estar presentes. Mais uma vez você deve estar atento ao que a instituição adotou como modelo.

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síntese da aula

Na nossa última aula, após compreender o que é conhecimento e suas modalidades e perceber que o conhecimento científico é aquele característico da sociedade moderna, você observou como, depois de cursar uma gradu-ação, precisa apresentar como pré-requisito para diplomar-se, um trabalho de conclusão de curso, que pode ser um TCC, um artigo e, em muitas instituições, um projeto de pesquisa. Observou, também, que esses trabalhos científicos devem ser formatados segundo as normas da Associação Brasileira de Normas técnicas (ABNT), bem como as disposições reguladas pela instituição em que você estuda. Portanto, os TCCs e os artigos científicos são trabalhos que o levam à rotina de pesquisa e aprimoramento em assuntos pontuais inerentes ao curso em conclusão. Todo saber aprendido e apreendido durante a carreira universi-tária é colocado à prova durante a elaboração do TCC e do artigo científico.

Atividades

1. O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) constitui-se em uma atividade acadêmica que visa à sistematização do conhecimento sobre o objeto de estudo ou problemas a serem investigados na sua área de conhecimento e deve ser desenvolvido mediante controle, orientação e avaliação de um orientador.

Sobre o TCC, é incorreto afirmar que:

a) ele é apresentado por meio de um artigo sintético para publicação em periódicos;

b) a monografia é considerada um TCC;

c) este trabalho é de natureza apenas teórica;

d) neste trabalho existe o relatório de pesquisa.

2. O artigo científico pode receber diferentes classificações, conforme seu conteúdo. Ele segue uma estrutura que é composta de título, autoria, resumo, palavras-chave, introdução, corpo do artigo ou desenvolvimento, conclusão e referências. Observando essa estrutura, preencha correta-mente as lacunas a seguir identificando os elementos fundamentais do artigo científico.

I. Descreve, de forma lógica, rigorosa, breve e gramaticalmente correta a essência do artigo. É o ____________________________________.

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II. O _______________________ é uma descrição sumária da totalidade do artigo, na qual se procura realçar os aspectos que serão deta-lhados no desenvolvimento.

III. As _______________________________ são expressões ou termos que indicam com maior precisão o conteúdo do artigo.

IV. A _____________________ tem a função de despertar o interesse do leitor em ler o texto.

V. A _____________________ contém a provável resposta para o problema proposto na introdução.

VI. O __________________________ constitui a descrição, ao longo de vários parágrafos, de todos os pontos relevantes do trabalho realizado.

A alternativa que corresponde à seqüência correta é:

a) introdução, desenvolvimento, conclusão, resumo, título, palavras-chave;

b) título, resumo, palavras-chave, corpo do artigo, introdução, conclusão;

c) título, resumo, palavras-chave, introdução, conclusão, corpo ou desen-volvimento do artigo;

d) título, introdução, palavras-chave, corpo do artigo, resumo, conclusão.

3. Escolha um título e elabore, em seu caderno, com os dados da sua insti-tuição, uma capa, uma folha de rosto, uma dedicatória e uma introdução para o tema escolhido. Com esta atividade, você se familiarizará com os elementos pré-textuais e textuais apresentados nessa aula e utilizando as normas da ABNT.

4. Marque V (verdadeiro) ou F (falso) para as assertivas a seguir.

( ) A citação indireta é a transcrição livre do autor consultado.

( ) A resenha será o resultado da pesquisa de campo realizada ao longo do trabalho.

( ) A citação da citação é utilizada para indicar que o texto entre aspas não é de autoria do pesquisador citado.

( ) A capa de um trabalho acadêmico deverá ser igual à folha de rosto para melhor identificar o autor do trabalho.

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A opção que melhor retrata as assertivas anteriores é:

a) F, V, V, V

b) V, F, V, V

c) F, F, V, V

d) F, F, F, V

Comentário das atividades

Agora você já identificou os elementos constituintes do trabalho de conclusão de curso, bem como do artigo científico e já aprendeu a utilizar as normas da ABNT para estruturá-los. Você observou que, para concluir com êxito a realização dessas atividades, foi preciso fazer uma releitura minuciosa dos conceitos apresentados nesta aula, bem como selecionado um tema que tenha relevância pessoal apresentado a você durante os períodos cursados.

Na atividade 1, você notou que diante das características do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), vimos que o mesmo segue uma estrutura que deve ser obedecida pelo acadêmico, vimos também que esse trabalho, além de ser teórico, é prático.

A atividade 2 remonta aos elementos constituintes do artigo científico: título, resumo, palavras-chave, introdução, corpo ou desenvolvimento do artigo e conclusão.

Na atividade 3, você observou que precisa descrever os elementos pré-textuais – capa, folha de rosto, dedicatória – e os textuais – introdução, desen-volvimento e conclusão.

Na atividade 4, a única assertiva falsa versa sobre o conceito da resenha, já que resenha será uma descrição minuciosa de um livro, de um capítulo de um livro ou de parte desse livro, de um artigo, de uma apostila ou qualquer outro documento. Assim a alternativa correta é a (b) (V,F,V,V).

referências

MÁTTAR NETO, João Augusto. Metodologia científica na era da informática. São Paulo: Saraiva, 2003.

SALOMON, Délcio Vieira. Como fazer uma monografia. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

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Anotações

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