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Rio de Janeiro / 2007 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS À UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO VICE-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO E CORPO DISCENTE COORDENAÇÃO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO

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Rio de Janeiro / 2007

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS À

UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO

VICE-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO E CORPO DISCENTE

COORDENAÇÃO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

METODOLOGIA DOTRABALHO CIENTÍFICO

UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO

Todos os direitos reservados à Universidade Castelo Branco - UCB

Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, armazenada ou transmitida de qualquer forma ou porquaisquer meios - eletrônico, mecânico, fotocópia ou gravação, sem autorização da Universidade CasteloBranco - UCB.

U n3p Universidade Castelo Branco. Metodologia do Trabalho Científico. – Rio de Janeiro: UCB, 2007. 40 p.

ISBN 978-85-86912-29-0

1. Ensino a Distância. I. Título. CDD – 371.39

Universidade Castelo Branco - UCBAvenida Santa Cruz, 1.631Rio de Janeiro - RJ21710-250Tel. (21) 2406-7700 Fax (21) 2401-9696www.castelobranco.br

Responsáveis Pela Produção do Material InstrucionalResponsáveis Pela Produção do Material InstrucionalResponsáveis Pela Produção do Material InstrucionalResponsáveis Pela Produção do Material InstrucionalResponsáveis Pela Produção do Material Instrucional

Coordenadora de Educação a DistânciaCoordenadora de Educação a DistânciaCoordenadora de Educação a DistânciaCoordenadora de Educação a DistânciaCoordenadora de Educação a DistânciaProf.ª Ziléa Baptista Nespoli

Coordenadores dos Cursos de GraduaçãoCoordenadores dos Cursos de GraduaçãoCoordenadores dos Cursos de GraduaçãoCoordenadores dos Cursos de GraduaçãoCoordenadores dos Cursos de GraduaçãoAna Cristina Noguerol - PedagogiaDenilson P. Matos - LetrasMaurício Magalhães - Ciências BiológicasSonia Albuquerque - Matemática

ConteudistaConteudistaConteudistaConteudistaConteudistaLiliana Lúcia da S. Barbosa

Supervisor do Centro Editorial – CEDISupervisor do Centro Editorial – CEDISupervisor do Centro Editorial – CEDISupervisor do Centro Editorial – CEDISupervisor do Centro Editorial – CEDIJoselmo Botelho

METODOLOGIA DO

Apresentação

Prezado(a) Aluno(a):

É com grande satisfação que o(a) recebemos como integrante do corpo discente de nossos cursos de graduação,na certeza de estarmos contribuindo para sua formação acadêmica e, conseqüentemente, propiciandooportunidade para melhoria de seu desempenho profissional. Nossos funcionários e nosso corpo docenteesperam retribuir a sua escolha, reafirmando o compromisso desta Instituição com a qualidade, por meio de umaestrutura aberta e criativa, centrada nos princípios de melhoria contínua.

Esperamos que este instrucional seja-lhe de grande ajuda e contribua para ampliar o horizonte do seuconhecimento teórico e para o aperfeiçoamento da sua prática pedagógica.

Seja bem-vindo(a)!Paulo Alcantara Gomes

Reitor

Orientações para o Auto-Estudo

O presente instrucional está dividido em três unidades programáticas, cada uma com objetivos definidos econteúdos selecionados criteriosamente pelos Professores Conteudistas para que os referidos objetivos sejamatingidos com êxito.

Os conteúdos programáticos das unidades são apresentados sob a forma de leituras, tarefas e atividadescomplementares.

As Unidades 1e 2 correspondem aos conteúdos que serão avaliados em A1.

Na A2 poderão ser objeto de avaliação os conteúdos das três unidades.

Havendo a necessidade de uma avaliação extra (A3 ou A4), esta obrigatoriamente será composta por todos osconteúdos das Unidades Programáticas 1, 2 e 3.

A carga horária do material instrucional para o auto-estudo que você está recebendo agora, juntamente com oshorários destinados aos encontros com o Professor Orientador da disciplina, equivale a 30 horas-aula, que vocêadministrará de acordo com a sua disponibilidade, respeitando-se, naturalmente, as datas dos encontrospresenciais programados pelo Professor Orientador e as datas das avaliações do seu curso.

Bons Estudos!

Dicas para o Auto-Estudo

1 - Você terá total autonomia para escolher a melhor hora para estudar. Porém, seja disciplinado. Procure reservar sempre os mesmos horários para o estudo.

2 - Organize seu ambiente de estudo. Reserve todo o material necessário. Evite interrupções.

3 - Não deixe para estudar na última hora.

4 - Não acumule dúvidas. Anote-as e entre em contato com seu monitor.

5 - Não pule etapas.

6 - Faça todas as tarefas propostas.

7 - Não falte aos encontros presenciais. Eles são importantes para o melhor aproveitamento da disciplina.

8 - Não relegue a um segundo plano as atividades complementares e a auto-avaliação.

9 - Não hesite em começar de novo.

METODOLOGIA DO

SUMÁRIO

Quadro-síntese do conteúdo programático................................................................................................................ 11

Contextualização da disciplina ................................................................................................................................... 12

UUUUUNIDADENIDADENIDADENIDADENIDADE I I I I I

A ORGANIZAÇÃO DA VIDA DO ESTUDANTE NA UNIVERSIDADE1.1. A participação em sala de aula ...................................................................................................................... 131.2. O estudo em casa: revisão e preparação ..................................................................................................... 141.3. A documentação como método de estudo pessoal: diretrizes para a leitura, análise einterpretação de textos ................................................................................................................................................. 161.4. Delimitação da unidade de leitura ................................................................................................................... 171.5. A análise interpretativa, a problematização e a síntese pessoal através das fichas deconteúdo e bibliográficas ............................................................................................................................................. 17

UNIDADE II

A ESTRUTURAÇÃO DOS TRABALHOS ACADÊMICOS: A CONSTRUÇÃO COTIDIANA2.1. Diretrizes para a realização de um seminário.................................................................................................. 222.2. A elaboração de trabalhos monográficos........................................................................................................ 232.3. A aprovação de trabalhos segundo as normas da ABNT........................................................................... 232.4. A internet como fonte de pesquisa: a pesquisa científica na internet e o correio eletrônico.................. 272.5. A utilização de fontes primárias e secundárias e o uso de bibliotecas...................................................... 28

UNIDADE III

A INTRODUÇÃO À PESQUISA CIENTÍFICA: REFLETINDO SOBRE O COTIDIANO3.1. Pesquisa: conceito e definições........................................................................................................................ 313.2. Pesquisa teórica, teórico-empírica e experimental.......................................................................................... 313.3. As principais fases de uma pesquisa científica............................................................................................. 32

Glossário.......................................................................................................................................................................... 36

Gabarito........................................................................................................................................................................... 37

Referencias bibliográficas............................................................................................................................................. 39

METODOLOGIA DO

11

UNIDADES DO PROGRAMA OBJETIVOS

Quadro-síntese do conteúdoprogramático

1. A ORGANIZAÇÃO DA VIDA DO ESTUDANTE NA UNIVERSIDADE

1.1. A participação em sala de aula1.2. O estudo em casa: revisão e preparação1.3. A documentação como método de estudo pessoal:

diretrizes para a leitura, análise e interpretaçãode textos

1.4. Delimitação da unidade de leitura1.5. A análise interpretativa, a problematização e a

síntese pessoal através das fichas de conteúdo ebibliográficas

2. A ESTRUTURAÇÃO DOS TRABALHOSACADÊMICOS: A CONSTRUÇÃO COTIDIANA

2.1. Diretrizes para a realização de um seminário2.2. A elaboração de trabalhos monográficos2.3. A aprovação de trabalhos segundo as normas

da ABNT2.4. A internet como fonte de pesquisa: a pesquisa

científica na internet e o correio eletrônico2.5. A utilização de fontes primárias e secundárias e

o uso de bibliotecas

3. A INTRODUÇÃO À PESQUISA CIENTÍFICA:REFLETINDO SOBRE O COTIDIANO

3.1. Pesquisa: conceito e definições3.2. Pesquisa teórica, teórico-empírica e experimental3.3. As principais fases de uma pesquisa científica

• Desenvolver a capacidade de organização domaterial de estudo, com ênfase na leitura einterpretação desse material;

• Fornecer ferramentas necessárias para aquisiçãode uma metodologia apropriada à investigaçãocientífica e acadêmica.

• Identificar as características básicas de umtrabalho científico, produzindo os seus própriostrabalhos a partir de paradigmas aceitos pelacomunidade acadêmica.

• Perceber a pesquisa científica como uma formade apropriação da realidade;

• Incorporar procedimentos de pesquisa ao seucotidiano docente.

12 Contextualização da Disciplina

O ensino dos conteúdos da disciplina de Metodologia do Trabalho Científico pretende desenvolver no alunoo pensamento científico, reflexivo e crítico. Desta forma, pretende-se que a disciplina lhe dê aportes para oestudo dos problemas da realidade de forma científica e seja o instrumento mais apropriado para promover aaprendizagem do conhecimento científico.

Com o domínio do conteúdo da disciplina, o aluno poderá ter um olhar científico sobre o que o rodeia, analisar,criticar e buscar soluções para os problemas da realidade. Esta é a postura exigida para o profissional que ainstituição superior deseja formar: um sujeito observador, investigador, crítico, participativo e, principalmente,capacitado para a busca de soluções na sua área de formação.

Assim, essa disciplina tem como objetivo possibilitar ao aluno o domínio das ferramentas necessárias para ainvestigação científica, bem como destacar sua importância para a vida acadêmica.

A disciplina Metodologia do Trabalho Científico tem caráter transversal, pois estará presente comoferramenta adequada à aquisição dos conteúdos das demais disciplinas, por isso deve estar bemcompreendida, assimilada e em condições de ser aplicada. Para tanto, a disciplina tratará também dasnormas de elaboração do trabalho científico, o qual precisa ser escrito dentro das exigências que a AssociaçãoBrasileira de Normas Técnicas (ABNT) regulamentou.

A disciplina iniciar-se-á, através de uma reflexão sobre a organização de estudo por parte do aluno na universidade,com a preparação do material de estudo e atitudes necessárias a essa realização. Em seguida, será abordado comoestruturar o material e o uso dos recursos oferecidos pelos veículos impressos e virtuais, mostrando os cuidadosnecessários à coleta de informações e as normas exigidas para a apresentação do trabalho.

Na última unidade, o aluno encontrará conteúdos que oferecem um conhecimento das etapas da pesquisa, suaelaboração e alguns cuidados que deverá ter na execução de suas atividades de pesquisa.

O trabalho monográfico é uma das atividades mais utilizadas durante o período acadêmico, sendo assim, énecessário manter um estudo rigoroso, disciplinado e eficiente, para que realmente possa utilizá-lo nodesenvolvimento da aprendizagem.

13UNIDADE I

A ORGANIZAÇÃO DA VIDA DO ESTUDANTE NAA ORGANIZAÇÃO DA VIDA DO ESTUDANTE NAA ORGANIZAÇÃO DA VIDA DO ESTUDANTE NAA ORGANIZAÇÃO DA VIDA DO ESTUDANTE NAA ORGANIZAÇÃO DA VIDA DO ESTUDANTE NAUNIVERSIDADUNIVERSIDADUNIVERSIDADUNIVERSIDADUNIVERSIDADEEEEE

A modalidade de ensino à distância não permite que oaluno possa estar freqüentemente com seu professor, noentanto, tem como seu orientador, o tutor, que poderá lhetirar todas as dúvidas que surgirem no decorrer das leituras.

Outro momento importantíssimo ocorrerá nos períodosde encontros, nos quais deverá chegar com o materialestudado e com todas as dúvidas anotadas. Esse é ummomento precioso, em que o aluno poderá ampliar seusconhecimentos, trocando idéias não só com o professorda disciplina, mas também com os próprios colegas.

Mas como estudar em casa? Essa tarefa poderádeterminar o sucesso da aprendizagem.

Se o aluno puder formar grupos de estudo com seuspares mais próximos, facilitará o estudo. No entanto,deve dominar as técnicas de estudo para o plenodesenvolvimento do conhecimento e sua produção.

É preciso ler atentamente o material; criar horáriosdeterminados em ambiente acolhedor, bem iluminado,propício ao estudo.

Segundo Freire (1997: 09), estudar “exige de quem ofaz uma postura crítica, sistemática. Exige umadisciplina intelectual que não se ganha a não serpraticando-a”. É preciso desenvolver o espíritoinvestigador, a curiosidade e criatividade.

E Freire (1977: 10) continua a assertiva estimulando oeducando ao desenvolvimento da criticidade. Afirma ele

1.1. 1.1. 1.1. 1.1. 1.1. A Participação em Sala de Aula

que “a atitude crítica no estudo é a mesma que deve sertomada diante do mundo, da realidade da existência. Umaatitude de adentramento; com a qual se vá alcançando arazão de ser dos fatos cada vez mais lucidamente”.

Que atitude deseja assumir diante das leituras?

O ato de estudar nos impõe duas atitudes: aquelapassiva, na qual você é objeto da leitura. Essa posturaacrítica se apresenta quando não compreendemos comprecisão a mensagem transmitida e simplesmente amemorizamos, nos tornando incapazes de criar, detranscender as informações dadas.

Essa atitude é para Luckesi (1996: 141) o processodo verbalismo. Segundo o autor, “o verbalismo é oproduto característico de se conceber o leitor comoobjeto e não como sujeito da leitura”.

A outra atitude é o leitor como sujeito da leitura.Assume uma postura crítica diante do texto. Eleinterroga o autor, busca o que está subtendido, o queestá na entrelinha, participa da mensagem do autor.

Transcrevendo a síntese construída por Luckesi(1996: 141-2) sobre o leitor como sujeito.

a. Ter o objetivo de compreender e não memorizar amensagem. No primeiro caso, entra “por dentro” do méritodaquilo que os conhecimentos; no segundo caso, permanecena “periferia” do que o autor quis dizer e executa umconhecimento somativo de partes isoladas.

A universidade é o espaço acadêmico-científico,por excelência, do desenvolvimento científico etecnológico de uma sociedade. A produção científicade uma instituição torna-se significativa à medidaque atenda às necessidades da comunidade na qualestá inserida.

Mas como se envolver na seara da ciência, senãodominando e superando o cabedal de conhecimentostransmitidos pela cultura. São necessárias asferramentas adequadas para esse domínio e essasuperação!

Assim, justifica-se a inserção da disciplina deMetodologia do Trabalho Científico. Ela forneceráelementos essenciais para a aquisição e desenvolvimentodo conhecimento acumulado pelas gerações anteriores.

Pouco acrescenta ao aluno, quando não toma para simesmo a tarefa de aprender. É preciso criar disciplina,rigor acadêmico e autonomia para que o aprendizadopossa realmente torna-se eficiente.

É preciso organização do material, leitura atenta e ohábito de construir novos textos.

14b. Ter como atitude básica à postura de avaliar o que lê, tendocomo critério de julgamento a compatibilidade da expressãocom a realidade expressada. Após compreender a temáticatransmitida por alguém, é fundamental que se verifique avalidade da expressão em termos de objetividade. Vale ressaltar,aqui, que não se pode ter uma atitude de avaliação adequadasem que se tenha, previamente, executado uma compreensãoadequada da mensagem. A avaliação só pode ocorrer sobredados e estes necessitam ser explícitos. Muitas vezes o leitorjulga, inadequadamente, uma mensagem devido ao fato de suamá compreensão da temática abordada.

c. Ter uma atitude de constante questionamento, depergunta, de busca, de diálogo com o autor do texto. Épreciso ler, observando, de um lado, aquilo que é relevantepara o autor, tendo em vista compreender a sua mensagemglobal; mas também ler, observando aquilo que é relevantepara si mesmo, como leitores. Por vezes, aquilo que oautor deixou nas entrelinhas é o que mais nos interessa;outras com o autor, compreendendo sua mensagem,avaliando-a, questionando-a, é que podemos caminhar paraa criação de novas mensagens (LUCKESI, 1996: 141-2).

1.2. 1.2. 1.2. 1.2. 1.2. O Estudo em Casa: Revisão e Preparação

ESTUDO EM CASA REVISÃO PREPARAÇÃO

Reorganização da matéria exposta noinstrucional, mediante o confronto com outrasliteraturas encontradas pelo aluno a partir dabibliografia sugerida.

Releitura e reestrutura da documentação doestudo anterior;

- Contato prévio com nova unidade programada:roteiro, textos, questionários;

- Aprofundamento de estudo mediante exploraçãode instrumentos complementares.

MOMENTO PRESENCIAL

- Retomada e esclarecimentos de pontos da unidade estudada;- Discussão e debates.

Elaboração de tarefas sugeridas pelo instrucional: fichamento, exercícios e atividades complementares.

Estudar a distância requer do aluno muita disciplina,assim sendo não acumule o estudo das unidades,procure fazer a documentação orientada nesteinstrucional, procure relacionar as unidades entre si eaplicar esses conhecimentos nas demais disciplinas.

O fluxograma abaixo oferece uma visão das interações entre o estudo e o encontro presencial, adaptado deSeverino (1991: 29).

Vale aqui, apresentar um quadro com ascaracterísticas de um bom leitor e um mau leitor paraque você possa fazer uma reflexão sobre sua posturadiante de sua vida acadêmica.

15Bom Leitor

O bom leitor lê rapidamente e entende bem o quelê. Tem habilidades e hábitos como:

1- Lê com objetivo determinado.Ex.: aprender certo assunto, repassar detalhes,

responder as questões.

2- Lê unidades de pensamento.Abarca, num relance, o sentido de um grupo de

palavras. Relata rapidamente as idéias encontradasnuma frase ou num parágrafo.

3- Tem vários padrões de velocidade.Ajusta a velocidade da leitura com o assunto que

lê. Se lê uma novela, é rápido. Se livro científico paraguardar detalhes, lê mais devagar para entender bem.

4- Avalia o que lê.Pergunta-se freqüentemente: Que sentido tem isso

para mim? Está o autor qualificado para escreversobre tal assunto? Está ele apresentando apenasum ponto de vista do problema? Qual a idéiaprincipal deste trecho? Quais seus fundamentos?

5- Possui bom vocabulário.Sabe o que muitas palavras significam. É capaz

de perceber o sentido das palavras novas pelocontexto. Sabe usar dicionários e o fazfreqüentemente para esclarecer o sentido de certostermos, no momento oportuno.

6-Tem habilidades para conhecer o valor do livro.Sabe que a primeira coisa a fazer quando se toma

um livro é indagar de que trata, através do título,dos subtítulos encontrados na página de rosto enão apenas na capa. Em seguida lê os títulos doautor. Edição do livro. Índice. “Orelha do livro”.Prefácio. Bibliografia citada. Só depois é que se vêem condições de decidir pela convivência ou nãoda leitura. Sabe selecionar o que lê. Sabe quandoconsultar e quando ler.

7- Sabe quando deve ler um livro até o fim,quando interromper a leitura definitivamente ouperiodicamente.

Sabe quando e como retomar a leitura, sem perdade tempo e da continuidade.

8- Discute freqüentemente o que lê com oscolegas.

Sabe distinguir entre impressões subjetivas evalor objetivo durante as discussões.

Mau Leitor

O mau leitor lê vagarosamente e entende mal o quelê. Tem hábitos como:

1-Lê sem finalidade.Raramente sabe por que lê.

2-Lê palavra por palavra.Pega o sentido da palavra isoladamente. Esforça-

se para juntar os termos para poder entender a frase.Freqüentemente tem de reler as palavras.

3- Só tem um ritmo de leitura.Seja qual for o assunto, lê sempre vagarosamente.

4- Acredita em tudo que lê.Para ele tudo que é impresso é verdadeiro.

Raramente confronta o que lê com suas própriasexperiências ou com outras fontes. Nunca julgacriticamente o escritor ou seu ponto de vista.

5- Possui vocabulário limitado.Sabe o sentido de poucas palavras. Nunca relê uma

frase para pegar o sentido de uma palavra difícil ounova. Raramente consulta o dicionário. Quando ofaz, atrapalha-se em achar a palavra. Tem dificuldadeem entender a definição das palavras e em escolhero sentido exato.

6- Não possui nenhum critério técnico paraconhecer o valor do livro.

Nunca ou raramente lê a página de rosto do livro, oÍndice, o Prefácio, a Bibliografia etc., antes de iniciara leitura. Começa a ler a partir do primeiro capítulo. Écomum até ignorar o autor, mesmo depois determinada a leitura. Jamais seria capaz de decidir entreleitura e simples consulta. Não consegue selecionaro que vai ler. Deixa-se sugestionar pelo aspectomaterial do livro.

7- Não sabe decidir se é conveniente ou nãointerromper uma leitura.

Ou lê todo o livro ou o interrompe sem critérioobjetivo, apenas por questões subjetivas.

8- Raramente discute com colegas o que lê.Quando o faz, deixa-se levar por impressões

subjetivas e emocionais para defender um ponto devista. Seus argumentos, geralmente, derivam daautoridade do autor, da moda, dos lugares-comuns,das tiradas eloqüentes, dos preconceitos.

169- Adquire livros com freqüência e cuida de ter

sua biblioteca particular.Quando é estudante procura os livros de texto

indispensáveis e se esforça em possuir oschamados clássicos e fundamentais. Tem interesseem fazer assinaturas de periódicos científicos.Formado, continua alimentando sua biblioteca erestringe a aquisição dos chamados “compêndios”.Tem o hábito de ir direto às fontes; de ir além doslivros de texto.

10- Lê vários assuntos.Lê livros, revistas, jornais. Em áreas diversas:

ficção, ciência, história etc. Habitualmente nas áreasde seu interesse ou especialização.

11- Lê muito e gosta de ler.Acha que ler traz informações e causa prazer. Lê

sempre que pode.

12- O BOM LEITOR é aquele que não é só bom nahora de leitura.

É bom leitor porque desenvolve uma atitude devida: é constantemente bom leitor. Não só lê, massabe ler.

9- Não possui biblioteca particular.Às vezes é capaz de adquire “metros de livro” para

decorar a casa. É freqüentemente levado a adquirirlivros secundários em vez dos fundamentais. Quandoestudante, só lê e adquire compêndios de aula.Formado, não sabe o que representa o hábito das“boas aquisições” de livro.

10- Está condicionado a ler.Lê sempre a mesma espécie de assunto.

11- Lê pouco e não gosta de ler.Acha que ler é ao mesmo tempo um trabalho e um

sofrimento.

12- O MAU LEITOR não se revela apenas no ato daleitura, seja silenciosa ou oral.

É constantemente mau leitor, porque se trata de umaatitude de resistência ao hábito de saber ler.

1.3.1.3.1.3.1.3.1.3.A Documentação como Método de Estudo Pessoal:Diretrizes para Leitura, Análise e Interpretação de Textos

A documentação como forma de estudo é praticadapor muitos, mas nem sempre utilizando técnicas quelhes permite o acesso rápido e eficiente àsinformações coletadas e julgadas como importante.

Como o ponto de partida para a documentação domaterial selecionado é importante para o estudo, oaluno deve elaborar primeiramente as diretrizes paraa leitura, análise e interpretação dos textos.

É aconselhável que o aluno realize pelo menos trêsleituras quando o assunto não for de seu domínio,dividindo essas leituras em:

1. Leitura Textual

É o momento de preparação do texto. Faça umaleitura corrida do texto, buscando a idéia central edetendo-se nas palavras desconhecidas e procurandono dicionário o significado dos vocábulos. Depreferência anote no próprio texto. Não procure fixar-se em algum parágrafo que não tenha ficado claro,deixe para outro momento.

O objetivo dessa leitura é oferecer a visão deconjunto, a idéia que centraliza o texto. Quando for

citado algum autor, idéias, fatos, procure mais detalhesem outras fontes.

2. Leitura Temática

É a compreensão do texto. Segundo Severino (1991),tem como função “determinar o tema-problema, a idéiacentral e as idéias secundárias da unidade; refazer alinha de raciocínio do autor, ou seja, reconstruir oprocesso lógico do pensamento do autor e evidenciar aestrutura lógica do texto, esquematizando a seqüênciadas idéias” (SEVERINO, 1991: 56).

Esse momento é dedicado a elaborar um esquemacontendo as idéias principais e secundárias do texto.

3. Leitura Interpretativa

É o momento de confronto de idéias, de “conversarcom o autor”. Para Severino (1991), a função da análiseinterpretativa é

situar o texto no contexto da vida e da obra do autor, assimcomo no contexto da cultura de sua especialidade, tanto doponto de vista histórico como do ponto de vista teórico;explicitar os pressupostos filosóficos do autor quejustifiquem suas posturas teóricas; aproximar e associaridéias do autor expressas na unidade com outras idéias

17

1.4. 1.4. 1.4. 1.4. 1.4. Delimitação da Unidade de Leitura

1.5.1.5.1.5.1.5.1.5. A Análise Interpretativa, a Problematização e a SíntesePessoal Através das Fichas de Conteúdo e Bibliográficas

Realizando a tarefa de análise interpretativa,problematização e síntese, o educando está prontopara elaborar sua documentação através da confecçãode fichas.

Tomada de apontamentos e confecção de fichas: oapontamento será formal, quando se transcrevem aspalavras textuais de um documento, ou conceptual,quando se traduzem as idéias do autor com suaspróprias palavras.

Qualidades de um bom apontamento:

1. É mais do que um mero assunto ou esboço detemas. Indique com precisão o que foi escrito sobre otema, distinguindo o assunto e o conteúdo.

2. É tão precioso que não deixa dúvida sobre o seusignificado.

3. Possui todos os dados necessários para voltarrapidamente à sua fonte original.

4. Tem um encabeçamento bem definido.

5. É o que é feito com o pensamento de que o materialserá incorporado no trabalho.

Normas práticas para assegurar a eficiência de umapontamento:

1. Ter em vista os objetivos do trabalho, procurandoanotar somente os dados suscetíveis de forneceralguma luz sobre o problema formulado.

2. Percorrer antes o texto para evitar anotações dedados que são desenvolvidos mais adiante.

3. Sublinhar com um lápis os pontos principais se olivro é próprio. Caso contrário, registrar as anotaçõesem folhas numeradas, colocando a página do livro emcada nova afirmação ou pensamento do autor.

4. Transcrever as anotações em fichas ou folhas,tomando cuidado com as citações, anotando em folhasseparadas ou no verso as idéias próprias que surgirem.

Numa pesquisa bibliográfica, um bom apontamentodeve ser feito em duas etapas:

1. Num primeiro momento, registre os dados sobrefolhas de papel, com o cuidado de colocar no alto decada folha as referências da obra consultada, à margemesquerda as páginas respectivas e, no verso, as idéiaspessoais que surgirem durante a leitura. A ordem dosapontamentos é simplesmente cronológica, os dadossão registrados à medida em que a leitura avança.

2. Em um segundo momento, registre os dados sobreas fichas. O tipo ou modelo da ficha é questão depreferência pessoal. A experiência mostra que entre ospesquisadores existe grande liberdade neste particular.O que todos observam, entretanto, é o seguinte: as fichassão organizadas em função dos assuntos. A ordem dosapontamentos registrados sobre as fichas não é maisuma ordem cronológica, mas lógica. O cabeçalho da fichadeve identificar, através de um termo ou dois, o conteúdoda mesma. Em geral, esses cabeçalhos correspondem aosumário do trabalho. Devem figurar sobre uma ficha outroselementos indispensáveis: as referências bibliográficas

relacionadas à mesma temática; exercer uma atitude críticadiante das posições do autor em termos de: coerênciainterna da argumentação, validade dos argumentosempregados, originalidade do tratamento dado aoproblema, profundidade de análise ao tema, alcance de

suas conclusões e conseqüências e apreciação e juízo pessoaldas idéias defendidas (SEVERINO, 1991: 56).

Esse momento é evidenciado pelo amadurecimentodo educando e a construção do leitor crítico e criativo.

Delimitar a unidade de leitura que pode ser umcapítulo, uma seção ou até mesmo um grandeparágrafo. O que caracteriza a unidade de leitura é aapresentação do sentido de modo global. Só após oentendimento dessa unidade é possível prosseguir na

investigação de novas unidades de leitura. Lerrepetidas vezes o mesmo texto para certificar-se doalcance da compreensão verdadeira do assunto empauta, grifando as idéias principais de cada parágrafo;ao lado, na margem, escrevendo uma frase-resumo.

18

Ficha Bibliográfica Ficha por Conteúdo

· Por autor · Ficha-cópia· Por assunto · Ficha-resumo

1) Ficha Bibliográfica:São usadas fichas de tamanho pequeno, tendo à

margem esquerda uma margem de 1,5 cm. Podem ser:por assunto e por autor.

a) Por assunto: na primeira linha coloca-se o títuloda obra; na segunda, o nome do autor (sobrenomegrifado), nome; na terceira, local de publicação, editora,ano; na quarta, número de páginas e outros dados.

b) Por autor: na primeira linha coloca-se:SOBRENOME, nome do autor; na segunda, título daobra grifada; na terceira, local de publicação, editora,ano; na quarta, número de páginas e outros dados.

2) Ficha de Conteúdo:- Na primeira linha: assunto (começando pela idéia

principal); as expressões complementares ficam entreparênteses;

- Na linha seguinte: a partir da margem: nome doautor, título da obra, local, editora, ano, capítulo enúmero das páginas consultadas;

- Pule uma linha para começar a cópia. Quando estaultrapassar uma ficha, coloca-se no canto superior, àdireita, entre travessões, o número a que elacorresponde.

- Todas as fichas terão uma margem de 1,5cm, feita alápis, o que deverá coincidir em ambos os lados;

- Pode-se usar os dois lados da ficha. A maneiramelhor de fazê-lo, é no sentido inverso da frente daficha (cabeça para baixo);

- Admitem duas variedades: ficha-cópia e ficha-resumo.

a) Ficha-Cópia: na preparação dessa ficha, a cópiadeve ser precedida por leitura atenta do trecho a sercopiado, selecionando as idéias principais. A cópia,que ficará entre aspas, deverá ser absolutamente fiel,substituindo-se os trechos não interessados porreticências [...], quando não chegarem a constituir umperíodo; ou por linha pontilhada ................................................................................................................................,quando ultrapassarem um período.

b) Ficha-Resumo: consiste numa síntese, que sepode basear na leitura de um ou vários livros, numcapítulo de um livro ou num texto qualquer. As fichasresumo podem ser: de trecho, de livro e de trabalho.As recomendações sobre a preparação desta ficha sãoas mesmas já citadas para ficha cópia. A diferença éque o assunto é abordado em três etapas: introdução(tese), desenvolvimento (ou provas) e conclusão.

Exercícios de Auto-Avaliação

I. Responda as questões:a) Quais as três formas de leituras aconselhadas por Severino?b) Qual a importância da documentação?c) Quem é o leitor crítico?d) Em que momento da leitura o leitor adquire autonomia e é capaz de criar um novo texto?e) O que é um resumo e qual a sua importância?

II. Faça a leitura dos textos e desenvolva as seguintes atividades:a) Leia com atenção o texto abaixo e construa um esquema.

Durante a Idade Média, os reis não eram muito poderosos, pois a nobreza feudal tinha amplo domínio sobre osseus territórios.

No final da Idade Média, essa situação começou a mudar, principalmente na França, onde os reis ampliaramseu poder, contratando exércitos, submetendo a nobreza feudal à sua autoridade, fazendo leis e exigindo seucumprimento. Para isso, eles contaram com o apoio da burguesia, a quem interessava um poder centralizado,capaz de garantir melhores condições para seus negócios.

e a respectiva página da obra de onde se extraiu oapontamento.

Resumo sobre técnica de fichamento: esta técnicatem como objetivo levar o aluno à sistematização doestudo e do trabalho com maior rendimento e economiade esforço, através de coleta de dados e sua fixação,elaboração de sínteses etc.

Tipos de Fichas

19Nos reinos de Espanha e Portugal, surgidos na luta contra os mulçumanos (Reconquista), os reis tiveram

condições de centralizar o poder em suas mãos mais cedo que os reis de outros países.

O processo de fortalecimento do poder real deu origem às monarquias absolutistas européias.

b) Construa um resumo a partir do texto abaixo.

Na psicanálise freudiana, muito do comportamento criador, especialmente nas artes, é substituto e continuaçãodo folguedo da infância. A criança se exprime em jogos e fantasias, o adulto criativo o faz escrevendo ou,conforme o caso, pintando. Além disso, muito do material de que ele se vale para resolver seu conflitoinconsciente, material que se torna substância de sua produção criadora, tende a ser obtido das experiências dainfância. Assim, um evento comum pode impressioná-lo de tal modo que desperte a lembrança de algumaexperiência anterior. Essa lembrança por sua vez promove um desejo, que se realiza no escrever ou no pintar. Arelação da criatividade com o folguedo infantil atinge máxima clareza, talvez, no prazer que a pessoa criativamanifesta em jogar com idéias, livremente, em seu hábito de explorar idéias e situações pela simples alegria dever aonde elas podem levar.

Atividades Complementares

Leia o texto abaixo, sublinhe as idéias principais, façaum esquema e em seguida elabore um resumo do texto.

Interdisciplinaridade na EducaçãoO conceito de interdisciplinaridade vem se

desenvolvendo em diversos campos. Nas ciências daeducação, esse conceito surgiu no final do séculopassado. Por volta de 1912, com a fundação doInstituto Jean Jacques Rousseau, em Genebra, porEdward Claparède, mestre de Piaget.

No Brasil, o conceito de interdisciplinaridadechegou através da obra de Georges Gusdorf e,posteriormente, por Piaget. Entretanto, o autor queteve maior representatividade nesse campo daeducação foi Ivani Fazenda.

Atualmente, nos projetos educacionais, ainterdisciplinaridade baseia-se em alguns princípios.Dentre eles, podemos mostrar:

• A noção de tempo: o aluno não demonstra um tempocerto para consolidar o aprendizado. Não existe datamarcada para aprender. O aluno aprende a toda hora enão apenas em sala de aula;

• A crença de que é o indivíduo que aprende. Então,é preciso ensinar ao indivíduo, e não ao coletivoamorfo. Portanto, uma relação direta e pessoal com aaquisição do saber;

• Embora, aprendido individualmente, o conhecimentoé uma totalidade. O todo é formado pelas partes, masnão é apenas a soma das partes. É maior que as partes;

• A criança, o jovem e o adulto aprendem quando têmum projeto de vida, e o conteúdo do ensino é significativo

para eles no interior desse projeto. Aprende-se quandoenvolvem-se emoção e razão no processo de reproduçãoe criação do conhecimento.

A interdisciplinaridade é uma forma de pensar. Oeducador Piaget sustentava que a interdisciplinaridadeseria uma forma de se chegar a transdisciplinaridade,etapa essa que não ficaria na interação e reciprocidadeentre as ciências, mas alcançaria um estágio no qualnão haveria mais fronteiras entre as disciplinas.

É importante ressaltar que a metodologia do trabalhointerdisciplinar supõe atitude e método que implica:

• integração de conteúdo;

• transpor uma concepção fragmentária para umaconcepção unitária do conhecimento;

• superar a dicotomia entre ensino e pesquisa,considerando o estudo a partir de diversas ciências;

• buscar um aprendizado centrado na visão de queaprendemos ao longo de toda vida (educaçãopermanente).

No entanto, o termo interdisciplinaridade é muitorico, o que possibilitou várias interpretações esignificados. Nas discussões interdisciplinares,percebe-se que as ciências da educação carecem nãosó da interdisciplinaridade, mas da pluri, da trans e damultidisciplinaridade.

Usa-se quase que indistintamente as palavrasinterdisciplinaridade e transdisciplinaridade, muitoembora tenham conotações diferentes. Analisandoesses termos no âmbito escolar, verifica-se que visama construção de um saber não fragmentado; um saber

20que possibilita ao aluno uma relação com o mundo econsigo, uma visão de conjunto na transformação desua própria situação.

Ainda no contexto escolar, direciona-se o olhar para umaação pedagógica com base na interdisciplinaridade,verificando que a mesma aponta para a construção de umaescola participativa e decisiva na formação do sujeito social.

O seu objetivo tornou-se, portanto, a experimentação deuma vivência de uma realidade global, que se insere nasexperiências cotidianas do aluno, do professor e da cultura.Segundo muitos educadores brasileiros, um projetointerdisciplinar de educação deverá ser marcado por uma viageral da educação, num sentido progressista e libertador.

Quando se elege, em um estudo, a interdisciplinaridadecomo eixo norteador, não se pode deixar de contemplaros temas transversais, muito embora a transversalidadee a interdisciplinaridade, segundo os PCN, sefundamentem na crítica de uma concepção deconhecimento que toma a realidade como um conjuntode dados estáveis sujeitos a um ato isento e distanciado.Porém, ambos apontam a complexidade do real e anecessidade de se considerar a teia de relações entre osseus diferentes e contraditórios aspectos.

No entanto, esses termos diferem uma da outra, umavez que a interdisciplinaridade refere-se a umaabordagem epistemológica dos objetos deconhecimento, enquanto a transversalidade diz respeitoprincipalmente à dimensão didática.

Mais objetivamente, a interdisciplinaridadequestiona a segmentação entre os diferentescampos dos conhecimentos produzidos por umaabordagem que não leva em conta a inter-relação e ainfluência entre eles – questiona a visãocompartimentada da realidade sobre a qual a escola,tal como é conhecida, historicamente se constitui.

A transversalidade diz respeito à possibilidadede se estabelecer, na prática educativa, uma relaçãoentre aprender conhecimentos teoricamentesistematizados, e as questões da vida real e de suatransformação.

Os temas transversais, portanto, oferecemsentido social aos procedimentos e conceitospróprios das áreas convencionais, superando,assim, o aprender apenas pela necessidade escolarde “passar de ano”.

O objetivo dos temas transversais propostos pelosPCN é possibilitar a autonomia do indivíduo, de formaque este participe ativa e construtivamente dasociedade em que vive, além de eleger critérios deação pautados na justiça.

A inclusão dos temas transversais no contextoescolar traz à tona a necessidade de se tomar umaposição diante dos problemas fundamentais eurgentes da vida social, o que na verdade requeruma reflexão acerca dos valores pessoais eprocedimentos a eles relacionados.

21

O homem como projeto, visto como uma criaturainacabada, vai apropriando e transformando suarealidade, construindo seu modo de olhar o mundo ea si mesmo. No entanto, quando o espaço para esseaprendizado é o acadêmico-científico, ele (o aluno)deve dominar algumas técnicas de apropriação deconhecimento, não só para entender a linguagemcientífica, mas também para ser o criador dessalinguagem. O aluno é o partícipe de sua evolução! Eleestará aprendendo a aprender.

O autor Ribeiro (1993) se reporta ao grande filósofogrego Sócrates (séc. VI a.C.) quando este afirmara quea sabedoria é admitir sua ignorância. Somente a partirdesse estágio, o ser humano pode realmente aprender.

Ribeiro (1993: 72) reforça as idéias do filósofodizendo que “nossa maior ignorância é não saber que

UNIDADE II

A ESTRUTURAÇÃO DOS TRABALHOSA ESTRUTURAÇÃO DOS TRABALHOSA ESTRUTURAÇÃO DOS TRABALHOSA ESTRUTURAÇÃO DOS TRABALHOSA ESTRUTURAÇÃO DOS TRABALHOSACADÊMICOS: A CONSTRUÇÃO COTIDIANAACADÊMICOS: A CONSTRUÇÃO COTIDIANAACADÊMICOS: A CONSTRUÇÃO COTIDIANAACADÊMICOS: A CONSTRUÇÃO COTIDIANAACADÊMICOS: A CONSTRUÇÃO COTIDIANA

não sabemos. Arrogância é cegueira cognitiva. É nostornarmos cegos ao conhecimento”. Nesse sentido,buscamos na máxima socrática “só sei que nada sei” onorte para assumirmos a nossa humildade diante doconhecimento e que somente diante dessa afirmaçãopoderemos conhecer e evoluir. Pois, aquele que julgasaber fecha-se ao conhecimento.

Ao analisar a postura do aluno diante de conhecimentosnovos, é natural que ele dê conta dessa máxima e,humildemente, procure transpor o medo da conquista,da confusão, pois segundo Ribeiro (1993: 73) “é precisoestar aberto para o novo e ter vontade de aprender”.

Para efeito de maior esclarecimento sobre essa fasedo conhecimento, sintetizamos num quadroesquemático as idéias de Ribeiro (1993: 73-4) sobre aaquisição do conhecimento.

Nós não sabemos o quanto sabemos. Quando passamos a saber que nãosabemos, é porque já estamos aprendendo e entramos na segunda fase.

É estarmos a par de alguma coisa, ou seja, é quando sabemos o quanto nãosabemos.

É quando nós sabemos o quanto sabemos. Entre a segunda e a terceira fasestemos que atravessar o território do medo e da confusão. É a parte doaprendizado.

Na plenitude do conhecimento (que não significa saber tudo, e sim, saberbem), chega-se à quarta fase. Nosso cérebro já assimilou de tal forma aqueleconhecimento, que nem precisamos mais ficar prestando atenção. Aquilo jáestá em nós, já faz parte da nossa estrutura mental. Nessa fase, a pessoa já nemsabe mais o quanto (ou como) sabe.

Ignorância

A par

Conhecimento

Sabedoria

FASES DA APRENDIZAGEM

Aluno, faça uma reflexão sobre o que sabe, oupensa que sabe e o que não sabe! Ao ler um texto,um capítulo, pergunte a si mesmo o que já sabe oupensa saber sobre o assunto! Nesse momento, vocêestará na leitura textual, pois deverá se inteirar sobrea idéia do autor. No entanto, ao caminhar para asegunda leitura, você será capaz de tomarconsciência do que já sabe e estará apto a elaborarum esquema.

A terceira fase, o conhecimento, virá com a leiturainterpretativa, com o diálogo com o autor e outrosautores que abordam o assunto e suas própriasvivências.

De posse dessas habilidades técnicas e conscientedas fases de aquisição do conhecimento, você estarácapacitado a elaborar um seminário, entre outrasatividades intelectuais.

22 2.1. 2.1. 2.1. 2.1. 2.1. Diretrizes para Realização de um Seminário

Seminário é o espaço acadêmico para confrontar eproduzir conhecimentos.

A exposição, as opiniões divergentes, o debate, asdiscussões fazem parte de um seminário. Ele costumaser um complemento ideal da aula, permitindo que oaluno exerça uma aprendizagem de autonomia.

Como funciona um seminário:1) Problema – é aquilo que não sabemos e queremos

saber. O professor será o sujeito que irá formalizar oproblema, levantar questões investigadoras,reflexivas para que os alunos, na sua diversidade,possam encontrar sua autonomia.

2) Cronograma – criado o problema a partir de umtema, o seminário deve ocorrer em até três semanas,caso contrário, correrá o risco de os alunos perderemo interesse pelo tema, já que foi motivado semanasantes pelo professor.

3) Regras de condução do seminário – o professordeverá deixar muito claro as normas de execução doseminário. Alguns pontos devem ficar bem clarosjunto aos alunos:

- Seminário não é lugar para aprender coisas quepodem ser aprendidas mais eficazmente pela simplesleitura de um texto;

- Deve-se estar preparado para discutir, equacionare auxiliar na solução do problema;

- O material indicado pelo professor já traz a soluçãodo problema, mas é essencial que os alunos tragamsuas próprias soluções.

4) Formatação do dia – o professor fará com que osalunos escolham para a mesa um presidente, umanotador e um secretário, cada um com sua funçãoprópria. A função do professor é intervir em algunsmomentos para que o seminário se desenvolva echegue a uma solução num contexto científico e nãono senso-comum.

- Presidente – conduz os trabalhos de formaordenada, sem tumultos e expondo tempo paracada fala;

- Anotador – sintetiza as palavras dos oradores,no quadro de giz e organiza a lista dos que farãouso da palavra;

- Secretário – irá resumir a reunião com ascolocações dos participantes e indicará, se for o caso,

a proposição com mais aceitação pelo plenário. Dequalquer forma, todas as proposições, com indicaçãode seus autores, devem integrar o resumo.

5) Perpetuando a memória – o secretário deverá anotaros nomes dos participantes que usarem a palavra, bemcomo resumir a idéia de cada participante, e tudo seráincluído em seu relatório.

6) Encerramento – o professor encerrará o seminárioresumindo as posições apresentadas, que podem serdiversificadas. Fará uma rápida avaliação do seminário,seus pontos fortes e fracos.

7) Divulgação – os resultados devem ser divulgadosatravés de relatório em forma de quadro de avisos,murais, jornais, ou outra forma de comunicação.

A preparação do seminário:No seminário, o aluno deverá conhecer muito bem o

assunto. Se ele apenas copiou alguns trechos de umaobra qualquer, ele não estará em condições decomunicar seus conhecimentos aos outros. Sóconseguimos comunicar o que sabemos.

Vale lembrar que a memorização leva a uma faladecorada, tornando o seminário monótono. Também,quando se lê o material, o público fica desmotivado ecom dificuldade de acompanhar o desenvolvimento daidéia. É necessário que as informações sejamcomplementadas por explicações e esclarecimentos. Deantemão, deve-se preparar um roteiro de exposição paraser colocado no quadro de giz, assim, os colegasacompanham melhor as idéias.

Os itens do roteiro devem ter ligação entre si, evitando,assim, que as informações fiquem “soltas”.

Além da exposição oral, o apresentador poderá utilizaroutros recursos que enriqueçam a exposição e a tornemmais interessante para os ouvintes.

Comportamento do apresentador:- Falar para todos os ouvintes e não apenas para o

professor;

- Não falar virado de costas para os ouvintes, cuidadopara não se colocar na frente daquilo que estámostrando. No uso do retroprojetor, caso queira chamara atenção sobre algum item, nunca apontar na tela deprojeção, mas usar sinalizador ou apontar com lápis,caneta, régua ou algo parecido na própria transparência;

- Falar com naturalidade, como se estivesseconversando;

23

2.2. 2.2. 2.2. 2.2. 2.2. A Elaboração de Trabalhos Monográficos

- Fazer algumas pausas, colocando-se à disposiçãodos ouvintes para esclarecer dúvidas.

Comportamento dos ouvintes:- Seu colega não é um especialista no assunto.

Portanto, ele não é obrigado a conhecer tudo o que serefere ao tema;

- Seu colega não tem prática em transmitirconhecimentos. E para algumas pessoas, a situaçãodo seminário causa um certo nervosismo.

Portanto, os colegas devem colaborar para que oapresentador se sinta bem, mostrando-se atentos einteressados.

No final de sua graduação, você deverá apresentaruma monografia de conclusão de curso. A monografiaconsiste numa pesquisa que defenderá uma idéia, aqual consistirá num problema de estudo, e vocêbuscará literaturas existentes nessa área de estudopara fundamentar teoricamente esse problema.

É um trabalho exaustivo, que requer rigor científicoe tempo de execução. A maioria dos alunos costumadeixar essa tarefa para o final do curso e acabam porse desesperarem diante do tempo curto, da falta dehábito de leitura e documentação e diante de outrasatividades que precisam dar conta.

Esquecem que a disciplina de Metodologia do TrabalhoCientífico é a ferramenta que deverão dominar e aplicar duranteo curso, facilitando a aquisição das diferentes disciplinas quecompõem o currículo e que dialogam entre si.

Assim, o aluno terá hábito de estudo e a condiçãonecessária ao aprendizado.

O aluno que deixa para dominar as técnicas deestudo no final do curso terá uma tarefa árdua e“hercúlea”, pois o processo da descoberta e sua possenão são instantâneos, mas uma conquista que se fazpaulatinamente e com determinação.

Durante a apresentação das disciplinas do curso, seustutores estarão indicando várias tarefas que ao longodo curso possibilitarão a aquisição de conhecimentosnecessários à construção de sua monografia.

É nesse período que você entrará em contato comvários saberes, diferentes idéias, autores que lheservirão de referenciais para seu estudo. É nessemomento que escolherá o tema que mais lhe despertacuriosidade, condições para a escolha do problemade estudo.

Um trabalho monográfico requer todas as técnicasapresentadas na Unidade I. Dado o tema, deveproblematizá-lo, isto é, formatá-lo como uma questãoinvestigadora.

É necessário construir o objetivo geral dessaquestão principal e, a partir dela, outras questõesmenores nortearão o desenvolvimento do estudo.

Em seguida, o aluno deverá fazer um estudoexploratório, isto é, buscar na literatura existenterespostas a essas questões. Essa fase permite a coletado material teórico pertinente e sua documentação,ou seja, o fichamento, apresentado na unidade anterior.

Isso permite a construção dos capítulos e sub-capítulos de seu trabalho monográfico.

A construção lógica do trabalho estará explicitadano item 2.3.

Seu trabalho monográfico deverá conter introdução,desenvolvimento e conclusão. Assim como o respeitoàs normas da ABNT de apresentação de trabalhosacadêmico-científicos.

2.3. 2.3. 2.3. 2.3. 2.3. A Aprovação de Trabalhos Segundo asNormas da ABNT

O que é a ABNT?Durante o seu curso, você escutará de seu tutor a

recomendação da entrega dos trabalhos dentro deuma normatização. E você já estará ciente de que asigla significa Associação Brasileira de Normas eTécnicas. Essas normas regularizam, entre outrascoisas, a construção de uma linguagem técnico-científica e sua apresentação.

Com certeza, a ABNT não será uma camisa-de-força,mas a maneira uniforme com que você desenvolverá eapresentará seus trabalhos, permitindo uma linguagemcientífica e uma formatação técnica.

Como processar essa linguagem científica?Antes de se inteirar sobre isso, conheça um pouco

sobre a natureza do conhecimento científico, a base

24que, juntamente com o conhecimento filosófico, iráfundamentar toda a sua trajetória durante o períodode graduação.

As ciências que se ocupam com os fatos da naturezae da sociedade apresentam dois traços característicosque lhes são presentes em todas as suas demaiscaracterísticas: a racionalidade e a objetividade.

O conhecimento científico racional é aquele que seconstitui por conceitos e raciocínios, imagens,modelos de conduta etc. É evidente que o cientistasente e forma imagens mentais de seres e fatos,portanto, depende do conhecimento sensível. Masquando trabalha com o conhecimento racional, temcomo ponto de partida e ponto de chegada apenasidéias (hipóteses) e não fatos.

O conhecimento científico objetivo é aquele queconcorda com seu objeto, isto é, alcança a exatidãoda realidade, segundo o nível dos meios deobservação, investigação ou experimentação desua época. Verif ica a adaptação das idéias(hipóteses) aos fatos, recorrendo, para isso, àobservação e à experimentação.

Características do conhecimento científico• Atém-se aos fatos. A Ciência tem o propósito de

desvendar a realidade. O cientista, seja qual for oobjeto do seu estudo, sempre começa por estabeleceros fatos. Estes constituem o seu ponto de partida e oseu ponto de chegada na investigação.

• Transcende aos fatos. Por não se contentar emdescrever as experiências, a Ciência sintetiza-as,compara-as com o que já sabe sobre outros fatos,descobre suas correlações com outros níveis eestruturas da realidade e trata de explicá-lasa t ravés de h ipóteses . Quando conseguecomprovar a verdade das hipóteses, estas setransformam em enunciados de leis gerais.Por tanto , os c ient is tas também levam seuconhecimento a lém dos fa tos observados ,presumem o que pode haver por trás deles.

• É analítico. Quando estuda um fato, a Ciência tratade analisá-lo. Para isso, decompõe o todo em suaspartes, não necessariamente nas menores partes emque o todo admite divisão. Tal decomposição tem opropósito de descobrir os elementos da totalidade eas interligações que justificam sua integração, aunidade da totalidade.

• Requer exatidão e clareza. Esforça-se ao máximopara ser exato e claro. Como suas formulações estãoconstantemente sendo submetidas à prova daexperiência e da verificação, a exatidão e a clareza sãorequisitos indispensáveis.

• É comunicável. Ele é propriedade de toda ahumanidade e sua linguagem deve informar atodos aqueles seres humanos que tenham sidoinstruídos para entendê-la. Sua maneira de seexpressar é , sobre tudo, informat iva , nãoexpressiva. Seu propósito é o de comunicar, nãoo de seduzir.

• É verificável. É válido quando passa pela prova daexperiência e da demonstração. A comprovação é queo torna verdadeiro. Enquanto não são comprovadas,as hipóteses deduzidas da investigação não podemser consideradas científicas.

• Depende da investigação metódica. Não resultada invenção isolada de um cientista. Todainvestigação efetuada pelas ciências baseia-se noconhecimento anterior, particularmente nas hipótesesjá confirmadas, nas leis e princípios já estabelecidos– o que representa o resultado do trabalho deinúmeros outros cientistas.

• É sistemático. Toda Ciência é constituída de umsistema de idéias interligadas logicamente. Umsistema de idéias que se apresenta como umconjunto de princípios fundamentais, adequadosa uma classe de fatos, compõe uma teoria. Assim,cada Ciência em particular possui sua própria teoriaou grupo de teorias.

• Busca e aplica leis. O cientista não se detémnas qualidades essenciais dos fatos, mas buscasempre sua un ive r sa l idade , a s l e i s quedeterminam a constância de sua interligação. Equando se apossa dessas leis , aplica-as nabusca de outras leis.

• É explicativo. Os cientistas não se limitam adescrever detalhadamente os fatos, tratam de encontrarsuas causas, suas relações internas e suas relaçõescom outros fatos.

• Pode fazer predições. Baseando-se na investigaçãodos fatos e no acúmulo de experiências, oconhecimento científico pode predizer o que foipassado e o que será o futuro.

• É aberto. Não é dogmático, ao contrário, é abertoprecisamente porque reconhece ser falível. Essacondição permite que o renove.

• É útil. Como busca incessantemente a realidade,não se aferra a dogmas. O conhecimento científicoproporciona ao homem um instrumento valioso para odomínio da natureza e a reforma da sociedade, embenefício do próprio homem.

25Diante dessas características, o conhecimento

científico apreende a realidade, correlacionando idéiase fatos, buscando as informações de acordo com ummétodo rigoroso e sistemático. É nessa buscaincessante pelo saber que o homem evolui e transformaa realidade de seu mundo.

Procure, então, a partir da leitura reflexiva dascaracterísticas do conhecimento científico,desenvolver suas idéias, seus trabalhos acadêmicos,tendo o cuidado em preencher tais características.

Não é com as questões da natureza do conhecimentoque deve se preocupar, mas com a linguagem científica,afinal você não estará escrevendo uma carta simples paraum amigo querido, e, além disso, vale lembrá-lo dascaracterísticas: o conhecimento científico deve ser aberto,comunicável, requer exatidão e clareza, entre outras. Assim,serão expostos os cuidados com a linguagem científica.

Como construirá a redação do texto científico?

Do ponto de vista da estrutura formal, o trabalhotem três partes fundamentais: a introdução, odesenvolvimento e a conclusão. É dentro dessaestrutura que se desenvolverá o raciocíniodemonstrativo do discurso em questão.

Introdução

É reservada à apresentação do assunto. Deve situar oproblema do tema para o leitor, revelando-lhe o que jáfoi estudado por outros autores a esse respeito. Aomesmo tempo, deve justificar a presente comunicaçãocientífica, assinalando sua importância e interesse. Háautores, principalmente entre os iniciantes, que cometemo erro de produzir uma introdução demasiadamentepomposa ou ambiciosa, lotando-a com frasesgrandiloqüentes e considerações que pouco, ou nada,têm a ver com o trabalho que introduzem. Às vezes, ébem mais difícil ser claro e conciso do que nebuloso eprolixo, mas é preciso buscar pacientemente,perseverantemente, a clareza e a concisão.

Como a introdução deve esclarecer o leitor tambémsobre a natureza do raciocínio desenvolvido naelaboração do trabalho, quase sempre é a última partea ser escrita.

Quanto aos principais itens que a introdução deveabranger, os seguintes merecem atenção do autor:

- Definição do assunto - exponha com clareza eobjetividade a idéia central do trabalho.

- Delimitação do tema - esclarecer o ponto de vistasob o qual ele será enfocado no desenvolvimento dotrabalho. Nos casos em que o tema é apresentado comoproblema ou indagação, o autor pode levantar uma oumais questões na introdução e deixar para respondê-las no decorrer da exposição (desenvolvimento).

- Situação do tema no tempo e no espaço - o temadeve ser cuidadosamente situado no conjunto dosconhecimentos ou atividades já desenvolvidosanteriormente por diferentes autores. Cabe à habilidadedo autor mencionar apenas aqueles trabalhosanteriores que realmente tenham ligação direta ourelação íntima com o tema tratado.

- Demonstração da importância do tema - o empregode argumentos racionais, em seqüência lógica parademonstrar a importância do tema, é um recurso quedespertará a atenção do leitor para a leitura do trabalho.

- Justificação da escolha do tema - a exposição daimportância conduz, inevitavelmente, à justificativa daescolha e seleção do tema para a comunicação científica.

- Definição dos termos - o autor deve definir todosos neologismos que porventura empregará nodesenvolvimento do trabalho.

- Enunciação da documentação - nos trabalhosacadêmicos de pequena extensão, a indicação dabibliografia utilizada pode ser feita na introdução.

- Indicação da metodologia - é necessário delimitaro campo de pesquisa, bem como justificar, ainda quebrevemente, o roteiro escolhido para odesenvolvimento do trabalho.

Desenvolvimento

O desenvolvimento é também chamado “corpo” dotrabalho. Explica ao esclarecer o que é obscuro, aotornar evidente o que é complexo. Para isso, descreve,classifica e define. Discute ao comparar as diversasposições relacionadas com o tema e ao provocar seuentrechoque dialético. Finalmente, demonstra atravésde razões, aplicando a argumentação apropriada ànatureza de sua tese, partindo de verdades evidentese aceitas para concluir novas verdades.

A fase de fundamentação lógica do tema deve serexposta e provada. A reconstrução racional tem porobjetivo explicar, discutir e demonstrar.

Releia, corrija e reescreva seu texto quantas vezesforem necessárias para obter objetividade, precisãoe clareza. De modo que, ao reescrever, você ficarácompreendendo ainda melhor o assunto que estátratando de transmitir. E isso também fará com queo texto ganhe em qualidade, porque mesmo semsentir, você estará o tornando mais agradável,fluente e comunicativo para o leitor.

26

Critério

Segundo osaspectosformais

Quanto às fontesconsultadas

Quanto ao texto

Tipo

Textual

Conceitual

Mista

Direta ou de primeira mão

Indireta ou através deoutro autor

Integrada no texto

Notas de rodapé

Transcrição de palavrasao pé da letra

Citação de idéias

Citação de idéias epalavras-chave

Inseridas no texto corrido

Ao pé da página para nãodesviar a atenção ou paralembrar assunto correlatoou autores.

Curta

Longa

Entre aspas duplas, comnome do autor, ano depublicação da obra e página.

Com recuo de 4cm, semaspas, espaço simples,tamanho da letra menor, nomedo autor, ano de publicação daobra e página.

FULANO (ano) diz que, semaspas

FULANO (ano) afirma que...e acrescenta: “xxxxxxxx”

FULANO (ano) defende ....

FULANO (ano) apoiando-seem SICRANO (ano), ouSICRANO (ano), segundoFULANO (ano), insiste em

Como nos casos anteriores

Chamada em arábico ouasterisco sobrelevado ao texto.Nome do AUTOR (ano) ecitação de frase, ou menção deoutros autores.

Classificação Conceito Subclasse Técnicas de Apresentação

Fonte: ABNT (adaptado por JMP, 1992) apud RANGEL, J. CUNHA, N.T. e ALCÂNTARA, V. Orientações paraa produção do trabalho de conclusão de curso., 2 ed. rev. e atual. Curitiba: IEDES, 2005.

As subdivisões dos tópicos do plano lógico, (os itens,seções, capítulos, etc.) surgem da exigência da logicidadee da necessidade de clareza e não de critério puramenteespacial. Não basta enumerar simetricamente os váriositens: é preciso que haja subtítulos portadores desentido. Em trabalhos científicos, todos os títulos decapítulos ou de outros itens devem ser temáticos eexpressivos, ou seja, devem dar a idéia exata doconteúdo do setor que intitulam.

O equilíbrio entre as partes é sensível e não formal, poisa proporção das partes no todo varia em função de diversosfatores. Por exemplo, pode-se considerar equilibrado otrabalho de dez páginas cuja estrutura contenha: duaspáginas reservadas à Introdução; sete páginas dedicadasao Desenvolvimento e uma página destinada à Conclusão.

Evidentemente, tal distribuição serve apenas comoorientação. O que importa é o autor manter-se alertapara o equilíbrio entre as partes, a fim de que noconjunto não haja superestima de uma parte emdetrimento de outra. Ou seja, a dosagem de cada partedeve ser adequada ao seu conteúdo e à sua finalidade.

A titulação deve ser feita de modo que cada títuloresuma os elementos mais significativos do texto queencabeça. A orientação geral é no sentido de que todasas partes e divisões do trabalho (bem como assubdivisões) sejam coerentemente tituladas.

Conclusão

É a síntese para a qual caminha o trabalho. Será brevee visará recapitular sinteticamente os resultados dapesquisa elaborada até então.

Na conclusão, o autor expõe claramente seu pontode vista sobre o que conseguiu demonstrar durante odesenvolvimento. Para isso, deve recapitular diversaspartes da argumentação e unir as idéias desenvolvidas,alcançadas à síntese que corresponde ao enunciadona introdução.

Algumas observações:As citações são os elementos retirados dos

documentos pesquisados durante a leitura dedocumentação e que se revelam úteis paracorroborar as idéias desenvolvidas pelo autor nodecorrer de seu raciocínio. Tais citações sãotranscritas a partir de documentação, podendo sertranscrições literais ou então apenas alguma sínteseda passagem.

Cabe aqui nos determos na atenção ao cuidado comas citações. O quadro abaixo, transcrito pelas autorasRangel, Cunha e Alcântara (2005), nos oferece umavisão dos diferentes procedimentos utilizadosdurante uma citação.

27As fontes utilizadas num trabalho acadêmico-científico

devem respeitar as normas da ABNT, sendo assim, seráapresentado abaixo alguns dos modelos mais utilizadospelos alunos durante a elaboração de seus trabalhos.

Artigo de Revista:SEKEFF, G. O emprego dos sonhos. Domingo, Rio de

Janeiro, ano 26, n. 1344, p.30-36, 3 fev. 2002.

Revista com um todo:REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de

Janeiro: IBGE, 1939. Trimestral. Absorveu. BoletimGeográfico, do IBGE. Índice acumulado, 1939-1983.ISSN 0034-723X.

Artigo e/ou matéria de Revista em meio eletrônico:VIEIRA, C. L. e LOPES, M. A queda do cometa. Neo

Interativa, Rio de Janeiro, n.2, inverno 1994. 1 CD-ROM.

SILVA, M. M. L. Crimes da era digital. Net, Rio deJaneiro, nov. 1998. Seção Ponto de Vista. Disponível

em < http: / /www.brazi lnet .com.br/contexts/brasilrevistas.htm>. Acesso em: 28 nov. 1998.

Artigo de matéria de jornal:LEAL, L. N. MP fiscaliza com autonomia total. Jornal

do Brasil, Rio de Janeiro, p.3, 25 abr. 1999.NAVES, P. Lagos andinos dão banho de beleza, Folha

de São Paulo, São Paulo, 28 jun. 1999. Folha de Turismo,Caderno 8, p.13.

Artigo de Jornal em meio eletrônico:SILVA, Ives Gandra da. Pena de morte para o

nascituro. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 19 set.1998. Disponível em: <http://.aps.org/apsnews/1196/11965.html> Acesso em: 25 nov. 1998.

Trabalho apresentado em evento:BRAYNER, A. R. A.; MEDEIROS, C. B. Incorporação

do tempo em SGBD orientado a objetos. In: SIMPÓSIOBRASILEIRO D BANCO DE DADOS, 9, 1994, SãoPaulo. Anais ... São Paulo: USP, 1994. p.16-29.

2.4. 2.4. 2.4. 2.4. 2.4. A Internet como Fonte de Pesquisa: a PesquisaCientífica na Internet e o Correio Eletrônico

Vivemos numa sociedade tecnológica marcada pelaprodução do conhecimento e o domínio das técnicas.O homem está inserido num mundo globalizado, ondeocorrem as mais profundas mudanças no campo dotrabalho, provocadas principalmente pela revolução damicroeletrônica. Segundo Cardoso apud Grispun (2001:223), “as conseqüências da automação e da robóticaalteraram a questão do emprego, a duração do temposemanal de trabalho, a dimensão do assalariado, alémdas formas de organização do próprio trabalho”.

É no âmbito da comunicação que surge a internet,facilitando o acesso ao conhecimento, estreitando otempo de aquisição das informações. Hoje, a escola“precisa enfrentar um dos maiores problemas daeducação que é, sem dúvida, a grande velocidade daaquisição e obsolescência do conhecimento”(CARDOSO, apud GRISPUN, 2001: 223).

A internet tornou-se um recurso imprescindívelna coleta de informações para as pesquisascientíficas. Encontramos, no ambiente virtual,inúmeros sites de centros de pesquisas, sejam elesprivados ou públicos.

Sem dúvida, a internet representa uma revolução noque concerne à troca de informação. A partir dela, todospodem informar a todos. Mas, se ela pode facilitar abusca e a coleta de dados, ao mesmo tempo oferecealguns perigos. Na verdade, as informações passadas

por essa rede não têm critérios de manutenção dequalidade da informação.

Explicando melhor: qualquer um pode colocar sua“Homepage” (ou sua Página) na rede. Vamos suporque um indivíduo coloque sua página na “net” (rede)e o objetivo desta página seja falar sobre a História doBrasil: ele pode perfeitamente, sem que ninguém oimpeça, dizer que o Brasil foi descoberto “por Diogoda Silva, no ano de 1325”. Sendo assim, devemoslevar em conta que toda e qualquer informação colhidana Internet deverá ser confirmada antes de divulgada.

É preciso filtrar o que realmente é de naturezacientífica, pois existe uma infinidade de materiais àdisposição dos internautas. Páginas na internet depessoas físicas, não agregadas a centros de estudoou entidades de renome, podem levar todo um trabalhoao lixo. Assim, a coleta e filtragem daquilo que realmentepossa ser confiável tornaram-se imprescindíveis paraa qualidade científica de um trabalho.

Outra situação que chama a atenção são as cópias queuma boa parte dos alunos fazem durante seu períodoacadêmico. Um trabalho bem elaborado requer que façauso das técnicas de apontamento e construção lógica daredação e apresentação dentro das normas da ABNT.

Existem excelentes bibliotecas virtuais com diferentesáreas de conhecimento à disposição do público. O

28

2.5. 2.5. 2.5. 2.5. 2.5. A Utilização de Fontes Primárias e Secundáriase o Uso de Bibliotecas

A estrutura de um trabalho requer um desenvolvimentode idéias com um sólido fundamento teórico. Issorequer do aluno um cuidado especial às fontes.

É comum o uso da internet e é comum também o alunoafirmar alguma idéia sobre determinado tema através deoutro autor, chamamos esse recurso de fonte secundária.Nada melhor do que ir à fonte primária, pois o alunocorrerá o risco de ter idéias originais deturpadas. Sendoassim, muito cuidado com as fontes secundáriascoletadas para fundamentar teoricamente seu estudo.

Quais são os tipos de fontes da pesquisa?

Fontes primárias (diretas)

São as fontes originais, contemporâneas aos fatosque estão sendo estudados e diretamente ligadas aoobjeto de estudo. Recebem este nome por conterinformações de “primeira-mão”, ou seja, informaçõesque não se encontravam registradas em nenhumdocumento anterior.

As fontes primárias podem ser os própriosdocumentos originais (Carta de Pêro Vaz de Caminhaao Rei de Portugal) ou as produzidas diretamentepelo(a) pesquisador(a).

São fontes primárias: teses universitárias, relatóriostécnicos, artigos em revistas científicas, anais decongressos, testemunhas dos fatos, cartas,documentação pessoal (diários, memoriais,autobiografias), arquivos oficiais e particulares.

Fontes secundárias (indiretas)

São as que trazem informações colhidas em fontesprimárias, remontam a épocas anteriores aos fatosestudados. Há fontes secundárias que, por nãodispormos de documentos originais, possuem omesmo valor de uma fonte primária.

São fontes secundárias: livros, tratados,enciclopédias, jornais, revistas, informes de pessoasque conversaram com testemunhas dos fatos.

Dados de fontes primárias

• Dados de documentos originais:Após a localização do documento e constatada a

sua autenticidade, os dados são coletados atravésda leitura e registrados através do fichamento.

• Dados colhidos pelo pesquisador(a) diretamenteda realidade:

Existem técnicas específicas para este tipo de coleta:são as entrevistas e observações. Em ambas, éfundamental determinar quem será o (a) informante afim de obter dados adequados à pesquisa.

Neste tipo de coleta, deve-se estabelecer o universoa ser pesquisado e, sendo impossível obterinformações deste universo, recorrer ao trabalho comamostragens no qual se reduz os(as) pesquisados(as)a uma parcela representativa do grupo, ou seja, queapresente a mesma estrutura do conjunto do grupo.

acervo, digital e online, é de fácil acesso e atualizado,permitindo um fundamento teórico satisfatóriocientificamente.

Outra ferramenta importantíssima hoje em dia é ocorreio eletrônico (e-mail). Ele facilita a comunicação,pois sua rapidez permite estreitar as relações humanas,seja profissional, social ou pessoal.

Poucas analogias entre o mundo virtual e o real foramtão felizes quanto o nome correio eletrônico (electronicmail ou e-mail). Ele descreve quase tudo desse serviço –um conjunto de caixas postais virtuais que recebe mensagenseletrônicas. Desde sua implementação, o electronic mailrecebeu grande importância, por ser o serviço que melhoratinge o objetivo da Internet, a comunicação.

A frase alguém@algum_lugar.com é atual e evidencia ofato de que quem ficar fora da grande rede estará perdendoa conexão planetária do século XXI. Esse lembrete valetanto para as empresas quanto para usuários individuais. Ainternet cresce mais rapidamente do que qualquer outro

meio de comunicação já inventado. Ninguém sabe ao certoquantas pessoas fazem parte dela.

Os cenários educacionais fundamentados nas novastecnologias ensejam a troca de idéias e informações culturais,independentemente das fronteiras espaciais e temporais.Esses panoramas representam possibilidades de experiênciascooperativas e inserem aspectos relevantes no crescimentode alunos e professores, onde o surgimento de novastecnologias passa a representar a possibilidade dedinamização das práticas pedagógicas, via ambientes deensino-aprendizagem, nos quais a cooperação virtualvislumbra o desenvolvimento cognitivo e social, visando àconstrução coletiva de conhecimentos pelo tratamento deinformações compartilhadas (NASCIMENTO, R. B. eTROMPIERI FILLHO, 2007: s/p).

O século XXI, marcado pela expansão da comunicação,impele que os indivíduos utilizem os recursos das novastecnologias. A conexão planetária avançavertiginosamente e o homem que não acompanhar essamodernidade ficará preso ao tempo e ao espaço.

29Como levantar as fontes de obtenção do material?

Isso deve ser feito a partir de fichários das bibliotecas.A localização exige treino. Mas à medida que você vaidominando a técnica, o rendimento torna-seprogressivamente maior.

Leitura do material – a primeira leitura pode ser apenasexploratória, com a intenção inicial de reconhecimento.É uma leitura rápida, só para verificar se a mesmainteressa à pesquisa.

Como segundo passo, está a leitura seletiva, em quea seleção do material bibliográfico passará por umaavaliação mais profunda (mas não definitiva), tendo-seem mente os objetivos da pesquisa, de forma a evitar aleitura de textos que não contribuam para a solução doproblema proposto.

A terceira fase, a leitura analítica, é feita apenas nostextos selecionados, que serão tratados comodefinitivos, apesar de alguns deles serem excluídospela inadequação da escolha anterior e que outrosantes eliminados passem a ser consideradosfundamentais. Neste caso, o mais adequado é

confeccionar uma ficha de cada um dos livros, artigose outras fontes de forma resumida, para que opesquisador possa fazer uso do mesmo como umferramental para construção da pesquisa.

Bibliotecas virtuais:

- Portal do MEC – www.dominiopublico.gov.br- UERJ – www.2.uerj.br/~rsirius/ (catálogo das 21

bibliotecas da UERJ)- UNIDERP – www.bib.uniderp.br- UNAMA – www.nead.unama.br/bibliotecavirtual/

index.asp- B i b l i o t e c a A n í s i o T e i x e i r a –

www.centrorefeducacional.com.br/anisioteixer.htm- UFRJ – www.biblivre.ufrj.br-UFBA –www.faced.ufba.br/biblioteca/

bibliohist.php- Assoc. Brasileira de Edu. A Dist. www.abed.org.br- Assoc. Brasileira de Tecnologia Edu. – www.abt-

br.org.br-Biblioteca Virtual de Educação a distância –

www.prossiga.br/edistancia-Biblioteca Virtual de Tec. Edu. –

www.tecnologiaedu.us.es/bibliovir.htm

Exercícios de Auto-Avaliação

1)Local: São PauloTítulo: Pedagogia da Autonomia: saberes

necessários à prática educativa

Editora: Paz e TerraEdição: trigésima primeiraTradutor: não temAno: 1996Autor: Paulo Freire

3)Local: Porto AlegreTítulo: Construir as competências desde a escolaEditora: ArtmedEdição: primeiraTradutor: Bruno Chagas MagneAno: 1999Autor: Philippe Perrenoud

2)Local: São PauloTítulo: Educação em Rede: uma visão

emancipatória

Editora: CortezEdição: primeiraTradutor: não temAno: 2004Autor: Margarita Victoria Gomez

4)Local: São PauloTítulo: Pesquisa em ciências humanas e sociaisEditora: CortezEdição: segundaTradutor: não temAno: 1995Autor: Antônio Chizzotti

a) Reescreva a bibliografia de acordo com as normas técnicas da ABNT:

b) Responda às questões:1) Quais as quatro fases da aprendizagem segundo Ribeiro?2) Qual a importância da ABNT?3) Quais as principais partes de um trabalho científico? Explique cada parte.4) O que é uma citação?

30Atividades Complementares

Desenvolva um estudo sob o impacto das novas tecnologias na educação à distância, contendo as principaispartes de um trabalho. Faça uso de citações curtas ou longas e não se esqueça de usar a linguagem científica eno final da atividade deve constar a referência bibliográfica. Todo esses itens devem estar dentro dasnormatizações da ABNT.

31

A INTRODUÇÃO À PESQUISA CIENTÍFICA:A INTRODUÇÃO À PESQUISA CIENTÍFICA:A INTRODUÇÃO À PESQUISA CIENTÍFICA:A INTRODUÇÃO À PESQUISA CIENTÍFICA:A INTRODUÇÃO À PESQUISA CIENTÍFICA:REFLETINDO SOBRE O COTIDIANOREFLETINDO SOBRE O COTIDIANOREFLETINDO SOBRE O COTIDIANOREFLETINDO SOBRE O COTIDIANOREFLETINDO SOBRE O COTIDIANO

UNIDADE III

A autora Goldenberg (1998), em seu livro A Arte dePesquisar, afirma com propriedade que “a pesquisacientífica exige criatividade, disciplina, organização emodéstia, baseando-se no confronto permanente entreo possível e o impossível, entre o conhecimento e aignorância”. (GOLDEMBERG, 1998: 13)

É preciso uma atitude de abertura, de desejo,de paixão. É a capacidade do humano de percorrer“novas pa i sagens” , de se envo lve r nas

incertezas, na conquista de idéias e criação detantas outras.

Além dessa condição filosófica diante da realidade,aquele que deseja enveredar-se pelos caminhos dapesquisa deverá desenvolver um senso críticorigoroso, ser perseverante, humilde para admitir a suaignorância e constância, pois um bom pesquisador éaquele que procura acumular conhecimento econfrontá-lo entre si e com outros fatos.

3.1. 3.1. 3.1. 3.1. 3.1. Pesquisa: Conceito e Definições

Pesquisa Teórica:Trata-se da pesquisa que é “dedicada a

reconstruir teoria, conceitos, idéias, ideologias,polêmicas, tendo em vista, em termos imediatos,aprimorar fundamentos teóricos” (Demo, 2000: 20).Esse tipo de pesquisa é orientado no sentido dereconstruir teorias , quadros de referência ,condições explicativas da realidade, polêmicas ediscussões pertinentes. A pesquisa teórica nãoimplica imediata intervenção na realidade, mas nempor isso deixa de ser importante, pois seu papel édecis ivo na cr iação de condições para aintervenção.

3.2. 3.2. 3.2. 3.2. 3.2. Pesquisa Teórica, Teórico-Empírica eExperimental

Pesquisa Teórico-Empírica:É a elaboração de uma pesquisa bibliográfica e uma

pesquisa de campo, levantando dados primários esecundários, entrando em contato direto com ouniverso do seu objeto de estudo, fundamentando,assim, a discussão teórica a partir dos dadoscoletados pelo pesquisador.

Pesquisa Experimental:A pesquisa experimental é geralmente vista como

o método mais sofisticado para o teste de hipóteses.O experimento tem sempre origem numa indagaçãosobre a natureza dos relacionamentos entre duas

A pesquisa, segundo Goldenberg (1998: 13), “é umprocesso em que é impossível prever todas as etapas”.A pesquisa é uma atividade praticada em todas asciências, com o objetivo de ampliar e aprofundarconhecimentos.

Segundo Turato (2003: 30), “todo pesquisador éinfluenciado pelo seu ambiente cultural-filosófico-histórico”. Isso quer dizer que o contexto no entornodo pesquisador leva-o a problematizar um tema emfunção dessas variáveis.

Conceito:Pesquisa científica é uma busca de informações, feita

de forma sistemática, organizada, racional e obedientea certas regras.

No fundo, “a pesquisa científica consiste numatransformação de informações: o pesquisadorplaneja a coleta de dados (informações) parasolucionar determinado problema de pesquisa,processa esses dados (ou seja, processa essasinformações) e obtém o produto final, isto é, osresultados da pesquisa (que são tambéminformações)”. (MOREIRA, 2002: 11)

Pesquisar, portanto, é buscar ou procurar respostapara alguma coisa. Em se tratando de Ciência, apesquisa é a busca de solução a um problema quealguém queira saber a resposta. Não gosto de dizerque se faz ciência, mas que se produz ciência atravésde uma pesquisa. Pesquisa é, portanto, o caminho parase chegar à ciência, ao conhecimento.

32ou mais variáveis. Ele manipula e controla asvariáveis e mede os resultados. Colhe evidências

3.3. 3.3. 3.3. 3.3. 3.3. As Principais Fases de Uma Pesquisa Científica

concretas do efeito que uma variável tem sobrea outra.

Uma pesquisa começa com um tema. A escolha dotema deve ser de agrado do pesquisador e que estetenha disponibilidades pessoais, condiçõesobjetivas de realizar o trabalho científico. O temadeve ser realmente interessante e oferecer umacontribuição à ciência.

Outro fator importante é fazer um balanço dadisponibilidade de tempo e de recursos materiais. Evitetemas demasiadamente complexos ou ambiciosos parasuas possibilidades.

Critérios para a escolha do assunto:a) da parte do pesquisador:1. tendências e preferências pessoais;2. aptidão;3. tempo;4. recursos materiais.

b) da parte do próprio assunto:· relevância· Fontes de assuntos:1. vivência;2. polêmicas;3. reflexão.

• Escolha do Assunto e Formulação do Problema:Após a escolha do tema, é necessário delimitá-lo

de maneira clara, concisa e objetiva. Isso requer umestudo exploratório, bibliográfico ou contato compesquisadores, especialistas na área, coletandodados para se definir adequadamente “o que sedeseja pesquisar”.

Segundo Cervo e Bervian (1983), o problema depesquisa deve ser formulado de preferência de formainterrogativa.

Para formular um problema de pesquisa, suaapresentação deve ser explícita, clara, compreensívele operacional, limitando o seu campo e apresentandosuas características. O objetivo da formulação doproblema de pesquisa é torná-lo individualizado,específico, inconfundível.

• Estudos Exploratórios:A escolha e delimitação do problema exigem que

o pesquisador tenha uma base de sustentaçãoteórica suficiente para que possa problematizar otema. Assim, o pesquisador deve recorrer àsliteraturas existentes no meio científico, e avançar

na busca de literatura que fundamente as suasquestões de estudo.

• Coleta e Análise de Dados:Na pesquisa teórica, a coleta e análise de dados

ficam voltadas mais para a documentação da literaturarecolhida durante o estudo exploratório. Essa mesmadocumentação que já foi desenvolvida em unidadesanteriores. O aluno recolhe o material necessário afundamentação de seu problema, faz uma triagemdesse material, avaliando o que realmente serárelevante para seu estudo e depois parte para adocumentação, que consiste em utilizar as técnicasde apontamentos.

Depois de delimitar a unidade de leitura, o alunodeverá fazer a ficha cópia e ficha resumo. Após esseprocedimento, ele criará os capítulos de sua pesquisa,procurando responder às questões de estudo. Essemomento, na pesquisa teórica, é a análise de dados,pois é o confronto de idéias de diversos autores e aprópria do pesquisador, isto é, o aluno. A importânciadesse momento está justamente na capacidade deamadurecimento do pesquisador, da autonomia emrelação ao que leu. É a sua avaliação, sua apreciaçãosobre as idéias apresentadas nas literaturas escolhidaspara fundamentar o estudo.

Já na pesquisa teórico-empírica, a coleta de dadosvai além da fundamentação teórica, busca-se em campoos dados necessários através de instrumentos, comoquestionários, entrevistas, formulários etc. Osresultados coletados por esses instrumentos têmdiferentes formas de serem analisados, tais como aanálise estatística, a análise fenomenológica, a análisede discurso, análise de conteúdo etc.

A pesquisa experimental passa por todas as fases dapesquisa teórico-empírica, com a diferença de que opesquisador estará manipulando as variáveis, isto é,estará intervindo na realidade dos fatos.

A pesquisa experimental mais clássica é aquelaque tem um grupo de controle, o qual você apenasobserva a realidade e o grupo experimental eaplica um experimento, analisando os efeitosdessa manipulação.

A análise de dados obtidos neste tipo de pesquisapode ser a mesma da pesquisa teórico-empírica,variando de acordo com a natureza da pesquisa.

33

Estrutura

Pré-textuais

Textuais

Pós-textuais

Elemento

Capa (obrigatório)Folha de rosto (obrigatório)Folha de aprovação (obrigatório)Dedicatória (opcional)Agradecimentos (opcional)Epígrafe (opcional)Resumo em língua portuguesaSumário

IntroduçãoDesenvolvimentoConclusão

Referências bibliográficasGlossário (opcional)Apêndices (opcional)Anexo (opcional)

Aspectos Técnicos da Redação

§ Capa: contém três elementos: no alto da página, onome da instituição onde se realiza o trabalho, seguidodo centro de estudos, com todas as letras maiúsculas;no centro da página, o título do trabalho; mais abaixo,o nome do pesquisador; embaixo, a cidade e o ano.

§ A capa final ou quarta capa não comporta nenhumelemento.

§ Folha de rosto: no alto, o nome completo do autor,matrícula e curso; no meio, o título completo dotrabalho; mais abaixo à direita, será dada umaexplanação, referente à natureza do trabalho, seuobjetivo acadêmico e à instituição a que se destina;embaixo, mês e ano.

§ Sumário: esquematiza as principais divisões dotrabalho (partes, seções, capítulos etc.) exatamentecomo aparecem no corpo da redação, indicando aindaa página em que cada divisão é iniciada. Indica aindao prefácio, as listas, tabelas e bibliografia.

§ Apêndice e Anexos: acrescentam quando exigidos pelanatureza do trabalho. Os apêndices geralmente constituemdesenvolvimentos autônomos elaborados pelo próprioautor, para complementar o próprio raciocínio, semprejudicar a unidade do núcleo do trabalho. Já os anexossão documentos, nem sempre do próprio autor, que servemde complemento ao trabalho e fundamentam sua pesquisa.

§ Referência Bibliográfica: é apresentada segundo a ordemalfabética dos autores, podendo, ainda, os títulos seremnumerados. Caso comporte subdivisões internas, no interiorde cada uma dessas divisões, segue-se ainda a ordemalfabética. Em alguns casos, por exemplo, quando se assinalaa obra do autor, usa-se o critério cronológico de publicação.

Estilo

1. Exponha as idéias com clareza e objetividade;

2. Utilize linguagem direta;

3. Redija com simplicidade, sem resvalar para osupérfluo e sem descambar para o excessivamente

• Estrutura do Relatório, sua redação e apresentação:Um relatório de pesquisa é o resultado a que

chegou com o desenvolvimento de seu estudo.Assim, deve ser apresentado de forma que o leitorpossa entender claramente o que você pretendia

fazer, o que fez, como fez, a que resultados vocêchegou e que sugestões você pode oferecer a eledepois de se tornar um “especialista” nesse estudo.Assim, o relatório é composto pelas partes pré-textuais, textuais e pós-textuais.

34coloquial. Enfoque a matéria e particularize os pontosnecessários para a comunicação sem recorrer a umestilo prolixo, retórico ou confuso;

4. Use o vocabulário técnico somente para oestritamente necessário. Seja rigoroso e precisono seu uso, a fim de evitar que seu texto se tornehermético;

5. Evite escrever períodos muito longos. Prefira asfrases curtas;

6. Use a terceira pessoa do singular. Evite referênciascomo “minha tese”, “neste meu estudo”. É maiscorreto e elegante utilizar expressões como “presentetese”, “no presente estudo”. É tambémdesaconselhável usar a primeira pessoa do plural paraindicar impessoalidade. Por exemplo: “nossa tese”,“neste nosso estudo”.

Agora, você já pode construir seus trabalhosobedecendo à construção lógica.

Construção lógica ou síntese é a coordenaçãointeligente das idéias conforme as exigências racionaisda sistematização própria do trabalho. Pode acontecerque, devido a desdobramentos ocorridos durante apesquisa, se faça necessária uma reformulação do roteiroprovisório para o estabelecimento do plano definitivo.

A apresentação de uma pesquisa deve obedecer anormas da ABNT, que consiste em apresentar em papelbranco, tamanho A4, na cor preta. É recomendável otamanho da letra 12 arial ou times new roman. O espaçoentre parágrafos deverá ser duplo e respeitar as normasde citações, já apresentadas na unidade anterior.

Abaixo, um esquema resumindo as etapas de umestudo de pesquisa.

Exercícios de Auto-Avaliação

a) Responda às questões:1.Qual o tipo de pesquisa em que o pesquisador manipula as variáveis ou fenômenos observados?2. Qual a importância da formulação de um problema na pesquisa?3. O que são os estudos exploratórios?4. O que significa a justificativa apresentada num trabalho de pesquisa?5. Qual a importância da pesquisa teórica?

Atividades Complementares

A partir da atividade complementar da unidade II, elabore a partir do contexto do Uso das Novas Tecnologiasna Educação, um problema de pesquisa, a justificativa do estudo e o seu objetivo geral.

1. escolha do assunto2. formulação do problema

3. estudos exploratórios

4. coleta e análise dos dados

5. estrutura do relatório

6. redação

7. apresentação

investigação

comunicação

35

Se você:

1) concluiu o estudo deste guia;2) participou dos encontros;3) fez contato com seu tutor;4) realizou as atividades previstas;

Então, você está preparado para asavaliações.

Parabéns!

36Glossário

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Acrítico - argumentação sem reflexão rigorosa, sistemática. O mesmo que senso comum.

Anexo - segundo a ABNT (NBR 6029), é como uma “matéria suplementar que se junta ao texto de um livro comoesclarecimento ou documentação, embora não constitua parte essencial da obra”.

Cronograma - é o planejamento das atividades da pesquisa, descrito na Metodologia, dentro de um espaçopré-determinado de tempo. Normalmente, é demonstrado através de um gráfico.

Dissertação - é um trabalho de pesquisa, com aprofundamento superior a uma monografia, para obtenção dograu de Mestre, por exigência do Parecer 977/65 do então Conselho Federal de Educação.

Epígrafe - folha opcional em que o autor faz uma citação pertinente à intenção do trabalho, seguida deindicação da autoria. Pode, também, ocorrer no início de cada seção.

Fichamento - são as anotações de coletas de dados registradas em fichas para posterior consulta.

Problema - é o marco referencial inicial de uma pesquisa. É a dúvida inicial que lança o pesquisador ao seutrabalho de pesquisa.

Resenha - é uma descrição minuciosa de um livro, de um capítulo de um livro ou de parte deste livro, de umartigo, de uma apostila ou qualquer outro documento.

37

Durante a idade média

Final da Idade Média

Espanha e Portugal

Monarquias Absolutistas Européias }}}} Reis não poderosos

Nobreza feudal - amplos domínios.

França – reis ampliam o poder, apoiadopela burguesia.

Reis centralizam o poder

Processo de fortalecimento do poder real.

Gabarito

Unidade I

I. Responda às questões:a) Leitura textual, temática e interpretativa.

b) A documentação é importante, pois organiza as leituras necessárias a construção de um material científico,podendo estar à disposição do aluno a qualquer momento.

c) Leitor crítico é aquele que se torna sujeito da leitura, pois procura compreender a mensagem, lendo nasentrelinhas o que o autor deseja apresentar. Ele não memoriza e tem uma postura capaz de avaliar o que lê.

d) Com a leitura interpretativa o leitor é capaz de problematizar, dialogar com o autor e recriar novos textosrelacionando várias idéias ou autores.

e) Resumo é a condensação das idéias principais e secundárias do autor com suas próprias palavras.

II. Faça a leitura dos textos e desenvolva as seguintes atividades:a)

b) Na concepção freudiana, a criatividade dos artistas é substituta das brincadeiras infantis. A criança seexpressa através de jogos e da fantasia, o adulto o faz através da literatura ou da pintura, inspirando-se em suasexperiências da infância. Essa relação é confirmada pelo prazer que a pessoa criativa sente em explorar idéias esituações apenas pela alegria de ver aonde elas podem chegar.

Unidade II

a) Reescreva a bibliografia de acordo com as normas técnicas da ABNT:1) FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 31 ed., São Paulo: Paz e

Terra, 1996.2)GOMEZ, M.V. Educação em Rede: uma visão emancipatória. São Paulo: Cortez, 2004.3)PERRENOUD, P. Construir as competências desde a escola. Tradução Bruno Chagas Magne, Porto Alegre:

Artmed, 1999.4) CHIZZOTTI, A. Pesquisa em ciências humanas e sociais. 2 ed., São Paulo: Cortez, 1995.

b)Responda às questões:1) Ignorância, a par, conhecimento e sabedoria.2) A ABNT significa Associação Brasileira de Normas Técnicas e sua importância estar em normatizar os

trabalhos acadêmico-científicos entre outros.3) As principais partes de um trabalho científico são:

38Introdução – é à parte que se apresenta a idéia que será elaborada, sua relevância, seus objetivos e as

questões que pretende investigar;Desenvolvimento – é à parte que expõe as idéias, busca a fundamentação teórica, constrói uma redação

argumentativa, clara, procurando a logicidade do tema.Conclusão – é a síntese do trabalho. Deve ser objetiva e relacionar se os resultados encontrados no

desenvolvimento com os objetivos apresentados na introdução.

1) Citação é o uso de elementos retirados dos documentos pesquisados, seja transcrição literal ou apenasalguma síntese da passagem.

Atividades Complementares

Com o professor.

Unidade III

a) Responda às questões:1. Pesquisa experimental.2. A formulação do problema possibilita delimitar a área de estudo, pois o tema é muito abrangente. Quando

formulamos o problema, ele se torna individualizado, específico e inconfundível.3. É o momento da coleta de informações recolhidas principalmente pelas literaturas existentes, na procura de

fundamentar o problema de estudo.4. A justificativa é o emprego de argumentos racionais, em seqüência lógica demonstrando a importância do

tema, despertando a atenção do leitor para a leitura do trabalho e deve apresentar as razões da escolha,sobretudo aquelas baseadas na relevância social e científica da pesquisa proposta.

5. A pesquisa teórica é aquela que procura reconstruir teorias através da documentação de todo materialencontrado no acervo cultural e intelectual da humanidade. Ela fundamenta também uma pesquisa que váprovocar uma intervenção, pois é explicativa.

Atividades Complementares

Com o professor.

39Referências Bibliográficas

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT NBR 6023 Informação e documentação-Referências Elaboração. Rio de Janeiro, 2002.CASTRO, Cláudio de Moura. A prática da pesquisa. São Paulo: Mc Graw-Hill do Brasil, 1977.CERVO e BERVIAN. Metodologia científica: para uso dos estudantes universitários. São Paulo: Mac Graw-Hill do Brasil, 1983.DEMO, P. Pesquisa e informação: aportes metodológicos. Campinas, São Paulo: Papirus, 2001.––––––––. Pesquisa e construção do conhecimento: metodologia científica no caminho de Habermas. Rio deJaneiro: Tempo Brasileiro, 1994.ECO, Humberto. Como se faz uma tese. 14. ed. São Paulo: Perspectiva, 1998.FREIRE, P. Ação cultural para a liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.GALLIANO, G. O método científico: teoria e prática. São Paulo: Harbra, 1986.GEORGEN, Pedro L. A Universidade, sua estrutura e função. In: Educação e Sociedade, Campinas, UNICAMP,ano 1, n.2, p.58, s/d.GOLDENBERG, M. A arte de pesquisar. 2. ed. Rio de Janeiro: Record, 1998.GRINSPUN, M. P. S. Z. (org.). Educação tecnológica: desafios e perspectivas. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2001.Metodologia da Pesquisa. http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/met06.htm. Acesso em 19 fev. 2007.http://www.fag.edu.br/estagiosadm/documentos/apostilametodologiacientifica.doc. Acesso em 15 fev. 2007.LUCKESI, C.C. Fazer universidade: uma proposta metodológica. 8. ed. São Paulo: Cortez, 1996.MOREIRA, Daniel Augusto. O Método Fenomenológico na Pesquisa. São Paulo: Pioneira Thomson, 2002.RANGEL, J.,CUNHA, N.T. e ALCÂNTARA, V. Orientações para a produção do trabalho de conclusão decurso. 2 ed. rev. e atual. Curitiba: IEDES, 2005.RIBEIRO, L. Comunicação global: a mágica da influência. A neurolongüística aplicada à comunicação. Riode Janeiro: Objetiva, 1993.SALOMON, Délcio Vieira. Como fazer uma monografia. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1996.SEVERINO, A. J. Metodologia do Trabalho Científico. 17. ed. São Paulo: Cortez, 1991THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. 6. ed. São Paulo: Cortez, 1994.TURATO, E. R. Tratado da metodologia clínico-qualitativa: construção teórico-epistemológica, discussãocomparada e aplicação nas áreas da saúde e humanas. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2003.NASCIMENTO, R. B. e TROMPIERI FILHO, N. Correio eletrônico como recurso didático no ensino superior– o caso da Universidade Federal do Ceará. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-19652002000200010&script=sci_arttext&tlng=en. Acesso em 20 fev. 2007.

METODOLOGIA DO