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25 p. 59 a 61 Para que as crianças criem hipóteses sobre o que vão poder fazer quando maiores, possibilite que reflitam sobre o que faziam quando tinham 1 ano e so- bre o que fazem hoje. É importante também que elas observem crianças mais velhas (de 4, 5, 6 anos ou mais), além de jovens e adultos, para perceber que muitas das atividades realizadas são compatíveis com a fase da vida em que as pessoas se encontram e que a autonomia é conquistada pouco a pouco. Oriente a construção do “Varal de lembranças”, que deverá ser feito em casa, com a ajuda dos familiares. p. 62 e 63 Com estas atividades, temos a intenção de ampliar o trabalho de re- conhecimento de si mesmo quanto ao gênero (masculino/feminino) e ex- plorar as relações de convivência com as crianças portadoras de necessi- dades especiais. Pretendemos também ampliar o trabalho de leitura de símbolos e algumas noções matemáticas (classificação, orientação espa- cial, seqüência, relações de dimensão, agrupamentos, quantidade), bem como abordar os conteúdos do eixo Natureza e Sociedade no que se re- fere à organização dos espaços de circulação de uma cidade. Explore cada uma das situações-problema apresentadas, possibilitando às crianças buscar diferentes caminhos para resolvê-las. Incentive a capacidade de análise e de compreensão das situações-problema e valorize cada resolução apresentada. Lembre-se de que a resolução de situações-problema deve ocor- rer primeiro por meio da oralidade para depois encaminhar o registro escrito. As noções de grandeza (maior/menor, curto/comprido) e de quantida- de (mais/menos), só percebidas a partir de comparações, são fundamen- tais para a construção dos conceitos matemáticos. Por isso é tão importan- te que as crianças se familiarizem com esse vocabulário. p. 64 a 66 Para ampliar o trabalho de leitura incidental de textos não-verbais, propomos uma atividade do reconhecimento de alguns símbolos. Antes de propor a realização da atividade da página 64, organize um passeio pelos arredores da escola para que as crianças possam observar as placas de sinalização existentes e a sua localização, assim como o modo de agir dos motoristas e dos pedestres. Antes do passeio, oriente as crian- ças quanto ao que deverá ser observado: as placas existentes; o que cada uma delas indica; a existência de outros sinais de trânsito, como semáforos e faixas de segurança; o comportamento dos pedestres e dos motoristas; se há guardas de trânsito nas ruas e o que eles fazem; etc. Após o passeio, converse com as crianças e solicite que registrem por meio de desenho o que mais lhes chamou a atenção. Faça com elas a identificação de cada símbolo que aparece na página 64 e converse sobre a sua importância nos espaços de circulação de pessoas e de veículos. Pergunte se elas sabem que cuidados devem ter quando estão na rua como pedestres e quando estão dentro de um veículo. Simule com os alunos algumas situações, como, por exemplo, atraves- sar a rua sempre na companhia de um adulto e na faixa de segurança, olhar para os dois lados antes de atravessar uma rua, nunca colocar a ca- beça para fora da janela do veículo, usar o cinto de segurança, etc. Apresente as cores do semáforo em discos de cartolina (um vermelho, um amarelo e um verde) e converse com eles sobre o significado de cada uma das cores. Depois, com a participação de todos, construa um semá- foro de pedestres usando uma caixa de papelão e os discos coloridos. O poema a seguir trabalha, de forma lúdica, o significado das cores de um semáforo de pedestres de três fases e como agir em relação ao que ele sinaliza. Vermelho. Fico parado. É a vez de o carro passar. Amarelo. Tenho cuidado. Espero a vez de caminhar. Verde. Os carros param. Eu já posso atravessar.

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p. 59 a 61Para que as crianças criem hipóteses sobre o que vão poder fazer quando

maiores, possibilite que refl itam sobre o que faziam quando tinham 1 ano e so-bre o que fazem hoje. É importante também que elas observem crianças mais velhas (de 4, 5, 6 anos ou mais), além de jovens e adultos, para perceber que muitas das atividades realizadas são compatíveis com a fase da vida em que as pessoas se encontram e que a autonomia é conquistada pouco a pouco.

Oriente a construção do “Varal de lembranças”, que deverá ser feito em casa, com a ajuda dos familiares.

p. 62 e 63Com estas atividades, temos a intenção de ampliar o trabalho de re-

conhecimento de si mesmo quanto ao gênero (masculino/feminino) e ex-plorar as relações de convivência com as crianças portadoras de necessi-dades especiais. Pretendemos também ampliar o trabalho de leitura de símbolos e algumas noções matemáticas (classifi cação, orientação espa-cial, seqüência, relações de dimensão, agrupamentos, quantidade), bem como abordar os conteúdos do eixo Natureza e Sociedade no que se re-fere à organização dos espaços de circulação de uma cidade.

Explore cada uma das situações-problema apresentadas, possibilitando às crianças buscar diferentes caminhos para resolvê-las. Incentive a capacidade de análise e de compreensão das situações-problema e valorize cada resolução apresentada. Lembre-se de que a resolução de situações-problema deve ocor-rer primeiro por meio da oralidade para depois encaminhar o registro escrito.

As noções de grandeza (maior/menor, curto/comprido) e de quantida-de (mais/menos), só percebidas a partir de comparações, são fundamen-tais para a construção dos conceitos matemáticos. Por isso é tão importan-te que as crianças se familiarizem com esse vocabulário.

p. 64 a 66Para ampliar o trabalho de leitura incidental de textos não-verbais,

propomos uma atividade do reconhecimento de alguns símbolos.Antes de propor a realização da atividade da página 64, organize um

passeio pelos arredores da escola para que as crianças possam observar

as placas de sinalização existentes e a sua localização, assim como o modo de agir dos motoristas e dos pedestres. Antes do passeio, oriente as crian-ças quanto ao que deverá ser observado:

• as placas existentes;• o que cada uma delas indica;• a existência de outros sinais de trânsito, como semáforos e faixas

de segurança;• o comportamento dos pedestres e dos motoristas;• se há guardas de trânsito nas ruas e o que eles fazem; etc.Após o passeio, converse com as crianças e solicite que registrem por

meio de desenho o que mais lhes chamou a atenção. Faça com elas a identifi cação de cada símbolo que aparece na página 64 e converse sobre a sua importância nos espaços de circulação de pessoas e de veículos.

Pergunte se elas sabem que cuidados devem ter quando estão na rua como pedestres e quando estão dentro de um veículo.

Simule com os alunos algumas situações, como, por exemplo, atraves-sar a rua sempre na companhia de um adulto e na faixa de segurança, olhar para os dois lados antes de atravessar uma rua, nunca colocar a ca-beça para fora da janela do veículo, usar o cinto de segurança, etc.

Apresente as cores do semáforo em discos de cartolina (um vermelho, um amarelo e um verde) e converse com eles sobre o signifi cado de cada uma das cores. Depois, com a participação de todos, construa um semá-foro de pedestres usando uma caixa de papelão e os discos coloridos.

O poema a seguir trabalha, de forma lúdica, o signifi cado das cores de um semáforo de pedestres de três fases e como agir em relação ao que ele sinaliza.

Vermelho. Fico parado.É a vez de o carro passar.Amarelo. Tenho cuidado.Espero a vez de caminhar.Verde. Os carros param.Eu já posso atravessar.

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Uma brincadeira

Material necessário• três discos de papelão (um pintado de vermelho, outro de ama-

relo e outro de verde), cada um deles preso a uma haste.

Como brincar• Organize as crianças em grupos de até cinco.• Desenhe no chão duas faixas de segurança, uma no prolonga-

mento da outra, com um espaço entre elas, de modo que fi que claro que as crianças devem parar no meio dele.

• Defi na o ponto de chegada.• Posicione as crianças atrás da primeira faixa de segurança e dê o

sinal de largada apresentando o disco verde. As crianças come-çam a andar.

• Entre a primeira e a segunda faixa, apresente um dos sinais. Se for vermelho ou amarelo, todas devem parar e esperar o sinal verde para recomeçar a caminhada até o ponto de chegada.

p. 67 e 68A intenção aqui é que as crianças façam a leitura e a escrita de seu

próprio nome e do nome dos colegas. Inicie com uma brincadeira de bola que acontece no ritmo de recitação da quadrinha da página 67. É preciso que as crianças memorizem a quadrinha. Faça a escrita do texto da qua-drinha em um cartaz na presença das crianças, para que, como sempre, possam perceber a relação entre a oralidade e a escrita, o direcionamento da escrita e o espaçamento entre as palavras.

Em seguida, faça a leitura apontada do texto e repita a quadrinha de forma clara e pausada para que as crianças ouçam e repitam até memorizar.

Após essas práticas de fala, escuta e leitura, proponha a brincadeira. Leve-as ao pátio da escola, forme com elas uma roda (sentadas ou em pé) e mostre como é a brincadeira. Escolha a criança que iniciará o jogo e dê a ordem para que ela comece a passar a bola para o colega do lado direi-

to. De tempos em tempos, você pode mudar o sentido da roda, sugerindo que a bola seja passada para o colega da esquerda. Não se esqueça de explorar os ritmos (rápido e lento) e os sons (alto e baixo) da quadrinha.

Proponha às crianças a escrita livre do próprio nome em diferentes superfícies (areia, chão, quadro-de-giz na sala de aula) usando diferentes materiais, como o dedo, giz, etc.

Por último, peça que desenhem o próprio nome no livro. Oriente a construção do crachá e acompanhe cada criança durante a composição do próprio nome, letra por letra. Faça com os alunos a contagem uma a uma das letras de cada nome e oriente-os a registrar as quantidades com palitos ou bolinhas de papel.

Usando o crachá como referência, desafi e as crianças a identifi car no quadro de letras as letras do próprio nome uma a uma, dando início ao reconhecimento dos símbolos próprios da escrita.

Explore a letra inicial de cada nome e organize listas com os nomes das crianças que começam com a mesma letra, para que percebam que nomes diferentes podem iniciar com a mesma letra. Exemplo:

A ANDRÉ ALINE ANTÔNIO

Crie jogos que possibilitem o trabalho de identifi cação dos nomes das crianças da turma. Você pode montar quebra-cabeças de 2 ou 3 peças com o nome das crianças, assim como colocar os crachás no centro da roda e pedir que cada criança encontre o seu.

p. 69 e 70Agora que os alunos se conhecem pelo nome e já perceberam que o

nome identifi ca cada um, vamos retomar o conceito de diferente tendo como referência a altura e usando um vocabulário próprio – “mais alto que”; “mais baixo que”; “da mesma altura que”. Proponha a observação da imagem da página 69 e oriente a análise por meio de perguntas como:

• Qual é a criança mais alta de todas?• Qual é a mais baixa de todas?• Quais têm a mesma altura?

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Leve as crianças ao pátio da escola e proponha brincadeiras com cor-da, como “Cobrinha”, “Aumenta-aumenta”, “Salada, saladinha”, etc. Veja as instruções para as brincadeiras, extraídas do livro Brincadeiras infantis nas aulas de Matemática – Matemática de 0 a 6, de Kátia S. Smole, Maria I. Diniz e Patrícia Cândido (Porto Alegre, Artmed, 2000).

Cobrinha

• Duas crianças seguram a corda, uma em cada extremidade.• As crianças mexem a corda rente ao chão para imitar o movimen-

to de uma cobra.• As outras crianças devem pular a corda sem pisar nela. O movi-

mento da corda pode fi car mais forte à medida que as crianças conseguirem pular.

Aumenta-aumenta

• Duas crianças, agachadas, seguram fi rme a corda, cada uma em uma ponta. A corda deverá fi car bem esticada e próxima do chão.

• As outras crianças devem pular a corda sem pisar nela. A cada rodada, a altura deve ser aumentada.

• A brincadeira termina quando só um participante conseguir pu-lar a corda.

Essa brincadeira está diretamente relacionada com noções de me-dida e de espaço. A cada alteração na altura da corda, as crianças te-rão um novo problema a resolver, pondo em prática a sua capacidade de avaliar distância e força e de comparar alturas.

A seguir, reproduzimos algumas quadrinhas usadas nas brincadeiras com corda:

Salada, saladinha,Feijão com pimenta,Na hora da jantaNão tem quem agüenta!

• Quantas crianças são mais altas que a menor, mas mais baixas que a maior?

• Quem são as crianças maiores que as que têm a mesma altura?Essas noções de altura exploradas a partir de comparações são funda-

mentais para o desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático.A partir daí as crianças já podem vivenciar a atividade proposta na

página 70: depois de ser medida pela professora, cada criança vai registrar a sua altura com símbolo não-convencional (um pedaço de barbante).

Cole em cada fi o de barbante uma etiqueta com o nome da criança à qual ele corresponde. Organize os fi os na parede da sala, do menor para o maior.

p. 71 a 74Para que as crianças expressem suas preferências pessoais (do que gos-

tam, do que não gostam), crie um clima de descontração. Pergunte sobre as coisas de que gostam, ouça tudo com muita atenção e incentive todas as crianças a falar. Depois desse bate-papo, leia os textos dos balões de fala da página 71, apresentando cada criança ilustrada e as suas preferências.

Por meio das atividades destas páginas, as crianças poderão perceber que, além das diferenças físicas, há entre elas diferenças em relação aos cole-gas quanto aos gostos (do que gostam de brincar, de comer, de vestir, etc.).

p. 75 e 76As propostas dessas páginas visam motivar as crianças a participar de

brincadeiras com corda, um brinquedo muito antigo.As brincadeiras com corda são excelentes, pois promovem o desen-

volvimento das habilidades motoras, trabalham movimentos com ritmo, estimulam a atenção e constituem um ótimo exercício físico, além de favo-recerem a exploração de algumas noções matemáticas, como números, medidas, espaço e formas geométricas, bem como a linguagem oral.

Converse com as crianças sobre as brincadeiras com corda, pergun-tando quais elas já conhecem, onde já brincaram, etc. Providencie cordas curtas ou compridas, dependendo do seu objetivo. Para trabalhar com grupos grandes, use uma corda comprida. Para trabalhar com pares ou trios de crianças, use cordas mais curtas.

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Após a realização dessas atividades, oriente a atividade proposta na página 75. Explore, em cada cena, a posição das crianças no espaço (de frente ou de lado), a velocidade em que estão movimentando a corda (rápi-do ou devagar). Depois que registrarem na página 76 a quantidade de me-ninos e de meninas que estão brincando de corda, peça que comparem as quantidades e respondam se há mais meninos ou mais meninas.

p. 77 a 79As brincadeiras com dados são excelentes para o desenvolvimento de

idéias referentes a números, contagem e seqüência numérica. Traga para a sala um dado grande, pergunte às crianças se elas já usaram um dado em alguma brincadeira e se sabem o que os pontinhos representam. Faça a contagem dos pontinhos um a um (1 a 6) junto com as crianças. Distribua palitos e/ou pedrinhas e peça a elas que representem a quantidade indi-cada em cada face do dado.

Você pode propor uma atividade em que, a cada vez que você jogar o dado no chão, as crianças observem a quantidade de pontos e batam palmas, batam os pés ou dêem pulinhos para representar a quantidade indicada.

Explore a forma das faces do dado (quadradas). Peça às crianças que segurem o dado na mão e percebam pelo tato os lados que compõem cada face (as arestas), assim como as pontas/as quinas (os vértices).

Oriente a montagem do dado e as atividades seguintes, que explo-ram a forma das faces desse sólido geométrico, a discriminação visual e a contagem.

p. 80 a 85Nessa série de atividades retomamos o reconhecimento das partes do

corpo. Iniciamos com uma brincadeira que exige o domínio de algumas habilidades motoras, como a sincronização de movimentos e atenção para acompanhar os diferentes ritmos. Depois de apresentar para a turma algum(ns) dos ritmos que aparecem no texto e de propor que dancem de acordo com ele(s), faça adaptações de músicas já conhecidas para outros ritmos, a fi m de que as crianças desenvolvam a acuidade auditiva e o sen-so rítmico.

Quantos anos você tem?É um, é dois, é três.

Com quem você vai casar?Loiro, moreno, careca, cabeludo, rei, ladrão, soldado, barrigudo...É um, é dois, é três.

Para brincar com essas quadrinhas, duas crianças movimentam a cor-da em pêndulo, enquanto outra salta e recita a ladainha até o fi nal ou até onde conseguir sem errar (sem pisar ou tropeçar na corda).

Para motivar ainda mais a turma para as brincadeiras com corda, leia e cante esta canção:

Pular corda

De todas as brincadeirasDe que eu gosto,A melhor é pular corda (é pular corda).

De todas as brincadeirasDe que eu gosto,A melhor é pular corda (é pular corda).

Faz bem à saúde.Movimenta o corpo.

De todas as brincadeirasDe que eu gosto,A melhor é pular corda (é pular corda).

De todas as brincadeirasDe que eu gosto,A melhor é pular corda (é pular corda).

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Ao cantar com as crianças cada estrofe da música da página 80 e ao repetir os versos para que percebam as rimas, você estará estimulando a percepção e a memória auditiva.

Um outro exercício que estimula a percepção auditiva é falar as pala-vras ora mais rápido, ora mais devagar, ora mais alto, ora mais baixo. Pro-ponha que as crianças façam o mesmo, para que percebam a intensidade e a duração do som das palavras.

Você também pode propor que elas batam palmas ao ouvir a sílaba que se repete na última palavra de cada verso. Exemplos: juca-ca, torta-ta, etc.

Continue explorando as características e funções dos outros órgãos dos sentidos (olhos, boca, nariz, orelhas e pele), propondo outras ativida-des e experiências sensoriais.

UNIDADE 3 – OS DIREITOS DA CRIANÇADA!Apesar da complexidade

do tema, pois o momento his-tórico em que vivemos nos im-põe uma série de deveres que precisam ser cumpridos para que possamos garantir a nos-sa sobrevivência e o bom con-vívio social, e embora tenha-mos consciência de que direi-tos e deveres caminham lado a lado, é extremamente im-

portante que se discutam desde cedo os direitos de cada um.E discutir os direitos de cada um na Educação Infantil é reconhecer a

criança como um cidadão atuante que, como tal, precisa vivenciar práticas de cidadania para conscientizar-se de seus deveres individual e socialmen-te, bem como para desenvolver a capacidade de lutar por seus direitos, sobretudo pelo direito de ser criança.

Existe uma enorme discrepância entre a valorização dada às crianças no plano teórico e do discurso e a situação real da infância brasileira. Esperamos que essa primeira discussão possa despertar nas crianças o

reconhecimento de seus direitos: brincar, ter uma família, o acesso à educação, à segurança, à justiça e à saúde e, principalmente, o direito à igualdade.

p. 86 (página de abertura)Considerando que a situação da infância é vista de forma isolada em

nosso país, é preciso que nós, professores, programemos na escola dis-cussões sobre as diferentes situações da vida cotidiana tendo como ponto de partida a compreensão de que todo cidadão é portador de direitos e de deveres.

O desafi o proposto nesta unidade é que as crianças identifi quem os seus direitos individuais e coletivos.

Antes de fazer a leitura das imagens da página, estimule-as a falar so bre algumas situações de seu cotidiano, como alimentar-se, dormir, usar rou pas e calçados adequados, cuidar da higiene pessoal, ir ao mé-dico, ao dentista, à escola, brincar, etc. Traga para a sala imagens que mostrem crian ças que têm família e uma casa onde morar, de outras que vivem uma realidade diferente da das crianças que freqüentam a escola. Mostre, por exemplo, crianças trabalhando nos semáforos ou pedindo esmola. Pergunte se já viram crianças nessas condições e o que acham dessa situação.

Para ampliar os conhecimentos e a capacidade de refl exão das crian-ças, você pode contar algumas histórias que mostrem diferentes realida-des, como a de crianças que vivem em orfanatos, de crianças que traba-lham, de crianças que estão em hospitais, etc. Essas informações servirão como referência para a leitura das situações apresentadas na página. Elas devem perceber que as imagens mostram situações ideais, que não repre-sentam a realidade de todas as crianças.

Explore, por meio do desenho, da pintura, da modelagem ou de outras formas de expressão, as experiências vividas pelas crianças a par-tir do conhecimento de realidades que talvez não façam parte de seu cotidiano, mas que estão presentes no dia-a-dia das sociedades brasilei-ra e mundial.