21 a 29/abr/2010 Ano I - nº 001 A maneira diferente de encarar a notícia... A lei que disciplina a elaboração do Orçamento do município para 2010 foi aprovada pelos vereadores. Até aí nenhuma novidade, pois eles nunca rejeitaram mesmo uma proposta des- sas nos últimos trinta anos, pelo menos. A novidade é que fizeram incluir nada menos que 36 emendas na proposta origi- nal, permitindo ao prefeito realizar as mais descabidas obras, como se o prefeito da cidade já não tivesse autori- zação legal para administrar e executar as obras úteis do município. O prefeito, por óbvio, negou validade a es- sas emendas -- isto é, vetou -- e as devolveu à Câmara. Reunidos, os vereadores aprovaram o veto por unanimidade. Concordaram com o ar- gumento de que trabalha- ram errado, pois não cabe a eles nortear a política do Executivo. Numa rápida análise, a conclusão a que se chega é que os vereado- res aproveitaram a lei de diretrizes para fazer média com a população, assumin- do a paternidade de obras que necessariamente seriam feitas pela prefeitura, e in- cluindo outras, sem propó- sito prá- tico algum. O jogo do faz-de-conta Com as emendas, que- rem apenas impressionar o eleitor e receber votos em troca, mesmo que re- jeitadas. Trata-se de vício político reprovável: tor- nam-se «pais» de obras que nunca foram suas ou que nunca serão feitas, apontadas apenas para constar. Aconteceu assim no orçamento para 2010, no orçamento de 2009, no orçamento de 2008, no... Em meados da década de 80, a pretexto de retificar o riozinho que corre no Ipi- ranga, ao lado do mercado de peixes, a prefeitura de Caraguá sacrificou a área de mangue lateral, onde vi- viam milhares (ou milhões, bilhões?) de pequenos crus- táceos e outros organismos. Não se levou em conta que o local era um reposi- tório de diversas espécies, dentre elas a tainha, e os pequenos caranguejos de braços enormes, que ali viviam, designados “cha- ma-marés”, quase foram à extinção. Hoje, décadas depois, o rio retomou o seu antigo curso, encurvando e fazendo renascerem os A natureza e a sua força locais com características de manguezal. Os chama- marés agradecem e se multiplicam, até que nova ação tresloucada lhes ponha novamente um fim. O ho- mem, depois, reclama que o planeta está se aquecendo. Seria pra menos?

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Um jornal teste dos alunos da faculdade de jornalismo de Caraguatatuba, SP, BR.

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microJornal21 a 29/abr/2010 Ano I - nº 001

A maneira diferente de encarar a notícia...

A lei que disciplina a elaboração do Orçamento do município para 2010 foi aprovada pelos vereadores. Até aí nenhuma novidade, pois eles nunca rejeitaram mesmo uma proposta des-sas nos últimos trinta anos, pelo menos.

A novidade é que fizeram incluir nada menos que 36 emendas na proposta origi-nal, permitindo ao prefeito realizar as mais descabidas obras, como se o prefeito da cidade já não tivesse autori-zação legal para administrar e executar as obras úteis do município. O prefeito, por óbvio, negou validade a es-

sas emendas -- isto é, vetou -- e as devolveu à Câmara. Reunidos, os vereadores aprovaram o veto por unanimidade.

Concordaram com o ar-gumento de que trabalha-ram errado, pois não cabe a eles nortear a política do Executivo. Numa rápida análise, a conclusão a que se chega é que os vereado-res aproveitaram a lei de diretrizes para fazer média com a população, assumin-do a paternidade de obras que necessariamente seriam feitas pela prefeitura, e in-cluindo outras, sem propó-sito prá- tico algum.

O jogo do faz-de-conta

Com as emendas, que-rem apenas impressionar o eleitor e receber votos em troca, mesmo que re-jeitadas. Trata-se de vício político reprovável: tor-nam-se «pais» de obras

que nunca foram suas ou que nunca serão feitas, apontadas apenas para constar. Aconteceu assim no orçamento para 2010, no orçamento de 2009, no orçamento de 2008, no...

Em meados da década de 80, a pretexto de retificar o riozinho que corre no Ipi-ranga, ao lado do mercado de peixes, a prefeitura de Caraguá sacrificou a área de mangue lateral, onde vi-viam milhares (ou milhões, bilhões?) de pequenos crus-táceos e outros organismos.

Não se levou em conta que o local era um reposi-tório de diversas espécies, dentre elas a tainha, e os pequenos caranguejos de braços enormes, que ali

viviam, designados “cha-ma-marés”, quase foram à extinção. Hoje, décadas

depois, o rio retomou o seu antigo curso, encurvando e fazendo renascerem os

A natureza e a sua força locais com características de manguezal. Os chama-marés agradecem e se multiplicam, até que nova ação tresloucada lhes ponha novamente um fim. O ho-mem, depois, reclama que o planeta está se aquecendo. Seria pra menos?

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impressa na cidade. O MicroJornal não está atrelado a qualquer partido, movimento po-lítico ou a detentores de poder. Sua intenção é mostrar o fato como ele é, sem a preocupa-ção agradar a este ou àquele e sem temer ex-por as verdades muitas vezes omitidas do pú-blico por medo, negli-gência, conveniência e até comparsaria.

Mais que mostrar a realidade, a intenção é chamar todos ao de-bate dos assuntos que digam respeito aos in-teresses da coletivida-de caraguatatubense e proporcionar o pleno exercício da cidadania.

Estamos começando pequeno. Mas temos certeza de que, com a colaboração de nossos leitores e anuncian-tes, galgaremos espa-ços maiores e por fim marcaremos de forma definitiva a nossa pre-sença nesta cidade como órgão formador de opinião realmente sério e voltado aos in-teresses públicos.

Este, o compromisso.

Quem não é o maior...

Expediente - MicroJornalPeriódico de propriedade da Valle Norte Ltda.

Editor: Hugo Felipe - Colaborador: JMSilva - End: R. Ilhabela, 175 - centro - Caraguatatuba-SP - end. eletrônico www.valle-norte.com.br. Impresso na gráfica Imperial - av. das Acácias,

158, São José dos Campos-SP - fone (12) 3951-4478As matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores.

Editorial

FALTA MÉDICO E SOBRAM LOUCOSA fonte é boa e a infor-

mação merece atenção. Todo mundo sabe que a doença do século é a depressão, que tem aco-metido número grande de pacientes, às vezes acompanhada de sín-drome do pânico, e ou-tras variações.

A rede pública de Cara-guá até alguns dias atrás tinha somente um psiquia-tra que não estava dando conta da fila que cresce todo dia um pouco mais.

Há um ditado antigo que diz que de poeta e

louco todo mundo tem um pouco, mais atual-mente tem muito mais louco do que poeta.

Em São Sebastião tam-bém o CAPS – Centro de Atendimento Psico Social está sendo objeto de críti-cas pela falta de melhor es-truturação. Logo teremos a revolução dos loucos.

Eles vão cantar assim: “Malucos unidos jamais serão vencidos”, com ban-deira em passeata e tudo.

Brincadeiras à parte, mas que precisam olhar melhor essa área, precisam.

Deu no blog...

LITORAL PODE FICAR SEM CANDIDATOS A DEPUTADO

Com exceção do nome do atual deputado Mozart Russomano que deverá ser candidato a deputado estadual, e se lembrarmos que na eleição passada ele teve poucos votos no litoral e a quase totalida-de dos seus votos em São Paulo, capital, onde a fa-mília tem tradição, pode-se concluir que o litoral vai acabar, como sempre, votando em candidatos de fora, políticos que depois nunca se houve mais falar por aqui.

O ex-prefeito Aguilar não será candidato e era uma figura que poderia conseguir boa votação. Os nossos vereadores do litoral não conseguem

bons resultados em elei-ções de deputado porque os votos por aqui, são muito divididos em pe-quenas quantidades para cada candidato, o que não contribui muito. A exceção foi o candidato Antônio Carlos na eleição passada que conseguiu só em Caraguá 26 mil votos, coisa rara por aqui.

Assim, o litoral norte vai pagando pela falta de lideranças que possam defender os interesses dos caiçaras lá pela côrte.

Quem anda fazendo as vezes de deputado caiçara é o Carlinhos Almeida do PT que freqüenta a região e se dedica no que pode na defesa do litoral.

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microJORNAL 3Abronca do Zé PimentaMeia lâmpada Em indicação ao prefeito, o vereador Kazon sugere a colocação de uma luminária completa na rua Miguel da Costa, no Rio do Ouro. Zé Pi-menta, aqui da redação, não entendeu e perguntou: toda luminá ria já não é com-pleta? Acaso existe “meia lâmpada” ou “meia ilumina-ção”? Cada uma...

Rendido João Lúcio, em sinais de fadi-ga, anuncia o fim ao blog que leva o seu nome, assim como fez com a página e blog da Olho Vivo. Zé Pimenta logo concluiu que o já não tão ácido e nem tão critico advo-gado viu que de nada adianta malhar em ferro frio nesta terra tupinambá. Depor ar-mas é mais que solução, ao menos parece.

Terceirização Os vereadores agora estão “autorizando” populares a fazerem as suas vezes na tri-buna da câmara, até então de exclusivo uso parlamentar. Zé Pimenta acha que depois de terceirizar tudo que era possí-vel, agora estão terceirizando também o que é impossível, até a nobre e distinta função de vereador, numa espécie de suicídio político.

Fingimento Interno Zé Pimenta também ficou pê da vida quando soube que

estão votando projetos du-rante o expediente da sessão. Flexibilizaram até a ordem do dia? disse ele, estarrecido. Zé Pimenta arrematou: quando meu tio-avô era vereador, lá pelos idos de 50-60, havia um regimento interno na câmara. Quê dê ele?, perguntou.

Faz de conta Zé Pimenta disse também que andando pelos arrebal-des do palácio municipal não entendeu por que fizeram tantos buracos para plantar mudas no projeto “minha árvore” e depois tamparam todos eles com cimento, coi-sa horrorosa, sem estética, esculhambando o passeio público. Será que alguma ôtoridade é contra o plantio de árvores ali?

Maníacos da motosserra Tanto reclamaram pro Zé Pi-menta da poda que fizeram na rua Amazonas que ele foi pessoalmente ver o tal ser-viço. Cortaram a copada de todas as árvores da rua e só deixaram o toco!, exclamou o Zé, que ainda disse que rua ficou tétrica, com cara de filme de Zé-do-Caixão. Zé Pimenta disse que isso só pode ser poda à moda anti-ga, com “ph”. Phodaram as pobres árvores, vítimas de um serial killer do mundo vegetal. É phoda!, exclamou o Zé, olhos marejados.

Comunidade itinerante Pobre Zé Pimenta. Ficou pra lá de irritado quando soube que uma “rádia” comunitária da cidade mudou de endere-ço, isso depois de apresentar anúncios como uma rádio co-mercial qualquer. É como se fosse possível o Porto Novo mudar-se para o Massaguaçu e vice-versa. Comunidades migram de lugar? Perguntou o Zé, bufando de raiva.

Dentel de coelho é Pimenta explicou. As rádios comunitárias estão vinculadas a uma associação, geralmente de moradores, e ela pertence a essa mesma associação; portanto, não tem dono es-pecífico. É propriedade da comunidade, que é fixa, auto-rizada legalmente a explorar a radiodifusão, num raio de até um quilômetro. Mas a .tarzi-nha. daqui pega até nos “cula-rinhos do Judas”. Zé Pimenta disse que antes havia o Dentel para fiscalizar, e agora?

Sumiu o mar! O Zé Pimenta outro dia estava fulo. Aliás, fulíssimo da vida. Ele disse que comprou um tênis caríssimo para andar na avenida da praia -- ordem médica, como sempre -- e, ao passar pela tal badalada avenida na região do centro, não viu mais o mar. Estava tudo tomado de construção na praia, escondendo o nos-so marzão. Tinha de tudo: parque de diversão, quios-ques tipo pousada, praça de shows fechada ao público

com tapumes; gente usando a praia para alugar carrinhos, bicicletas; barracas de todo tipo de produto. E a vista para o marzão da avenida da praia? Blaublau. Já era!

República de amigos Zé Pimenta acha que tudo isso aconteceu por culpa de políticos da cidade, que em vez de pensar grande, prefe-rem premiar amigos e corre-ligionários com autorizações para todo tipo de comércio. Zé Pimenta ainda comentou: será que “ainda” temos uma secretaria de Turismo? Ela não vê isso? Ora, bolas!

Masmorra Nessa de caminhar para melhorar a saúde, Zé Pimen-ta acabou chegando no Ca-maroeiro e decidiu ter uma conversa com a Freira da tal Pedra. Para sua surpresa, ele encontrou uma espécie de masmorra no alto do morro, onde, ao que tudo indica, iria funcionar um quiosque. Polí-ticos! De novo!

Casa das merdas Tudo abandonado, ruindo, cheio de merda e camisinha pra tudo que é lado, além de agulhas que os viciados usam e jogam fora. Uma coisa hor-rorosa, de espantar turista. De novo, o Zé, vermelho de raiva, da cor do fruto que lhe empresta o nome, per-guntou: quê dê a secretaria de Turismo que não vê essa porcaria lá? E a saúde do Zé piorou, isto sim.

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A ONG Olho Vivo fez a de-núncia de que lá na praia do centro estavam edificando uma lanchonete em prédio de alvena-ria sobre a areia da praia.

Era ao lado do barco que está sendo conservado como atração turística. O Ministério Público agiu e nós noticiamos dias atrás que houve notifica-ção para demolição do prédio.

Em Caraguá isso nunca tinha acontecido antes, pelo menos não temos conhecimen-to de fato semelhante. O prédio foi demolido e o local foi resta-

belecido ao estado de como era antes da obra.

Passamos por lá hoje e foto-grafamos um montão de entulho no local. Com todo o respeito que merecem as pessoas pelos prejuízos que possam suportar, mas nenhum prejuízo será maior do que a perda de qualidade do ambiente em que vivem muitas pessoas que dele necessitam para sobreviver.

Assim, não estamos feste-jando, mas apenas registrando que a luta vale à pena ainda que o preço seja alto.

Lutar sem perder a ternura...

Obrigado ao Ministério Pú-blico e à prefeitura de Caraguá que parece estar começando a levar a sério as questões am-bientais. A luta vai continuar até que tenhamos toda a orla

devidamente desocupada e en-tregue ao uso comum do povo como é seu destino.

Nossa luta não nos faz perder a ternura, como di-zia o mestre.

Ação da cidadania

Outra denúncia da ONG Olho Vivo foi a de que estavam mantendo uma casa noturna no local onde era um quiosque na praia atrás do camaroeiro.

Inúmeros veículos estacionavam sobre a areia da praia destruindo a natureza com as graxas, óleos e combustíveis, alem de inúmeras pessoas pisoteando a orla que é área de preservação ambiental.

Passamos pro lá hoje e fotografamos o trabalho de demolição

ESTÃO DERRUBANDO A BOATE DA PRAIA DO CAMAROEIRO

do prédio, o que nos anima a seguir na luta por um meio ambiente devidamente protegido dos interesses apenas comerciais.

As fotos registram o feito e nunca se ouviu falar que em Caraguá

isso fosse possível, mas a luta continua.

A natureza agradece ao ministério público e a prefeitura de Caraguá que parece estar levando a sério as questões ambientais.

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Projeto Minha Árvore inicia com restriçãoAo que tudo indica, a prefeitura não possui estrutura para cuidar da arborização pública. A placa mostrada na foto foi pregada com enormes pregos numa Palmeira Imperial, que morreu tempos depois pelos maus tratos recebidos. Defronte da prefeitura, massa de cimento foi usada para tapar os locais onde seriam plantadas as mudas do projeto

A prefeitura de Caraguatatu-ba iniciou um ambicioso pro-jeto de plantio de árvores em suas vias públicas. A meta é arborizar pelo menos 30% das ruas e avenidas da cidade.

O projeto “Minha Árvore” co-meçou pela avenida Anchieta, no centro, e promete se esten-der pelos bairros.

A idéia é melhorar a estética da cidade, atualmente muito árida segundo o próprio diretor de Urbanismo César Abboud; oferecer sombra e frutos para os moradores e turistas, e para os pássaros silvestres.

Serão plantados exem-plares como Pata-de-Vaca,

que oferece grande área de sombra e sem o risco de quebrar calçadas.

Também serão plantadas árvores nativas como a Qua-resmeira e árvores ornamen-tais como o Ipê-Amarelo e o Ipê-Roxo. Dentre as frutífe-ras, planeja-se plantar as Ja-buticabeiras, as Mangueiras

e as Pitangueiras. O projeto municipal de arbori-

zação tem tudo para dar certo. Para o seu sucesso, entretanto, será necessária uma estrutura específica por trás, para garan-tir o funcionamento.

Se não, o que veremos será o boicote ao plantio de árvores,

promovido por comerciantes e até mesmo por autoridades da

prefeitura e câmara municipal. Os locais que deveriam rece-

ber as mudas foram fechados por cimento. Um visível sinal de falta de sintonia entre os setores responsáveis. Vemos sinais desse boicote defronte da própria prefeitura e da câ-mara de vereadores. Disseram um “não” às árvores e ao proje-to de urbanização.

Não bastasse essa resistên-cia, no caso de não existir uma estrutura condizente também continuaremos vendo árvores sofrendo mutilações radicais, sem qualquer técnica, como o que aconteceu na rua Amazo-nas, no bairro Caputera. São podas que apenas comprome-tem a vida do vegetal.

Ou ainda veremos atitudes como a mostrada na foto abai-xo, praticada, acreditem, pelo setor da prefeitura que deveria

proteger as árvores. Uma placa afixada com pregos numa Pal-meira Imperial, na praça Suma-ré, pede ironicamente “respeito ao meio ambiente”.

Como essa Palmeira Imperial, que acabou morrendo por maus tratos, pois o local próximo do seu caule servia e ainda ser-ve de depósito de lixo de toda origem, as demais árvores que sofreram poda indiscriminada também correm o risco morrer.

Os locais de onde se retiram os galhos, se não recebem o tratamento apropriado, come-çam a apodrecer e compro-metem todo o corpo lenhoso, culminando com a morte pre-matura da árvore.

Nas palavras do vice-pre-feito Antonio Carlos Júnior, “plantar árvores é preciso, e isso é muito mais que um simples conceito”. É um com-prometimento que deve ser assumido por pessoas com-petentes e responsáveis, mas em plena sintonia.

Do contrário, o projeto todo pode rodar por água abaixo e ter a triste sorte desta que seria uma majestosa Palmei-ra Imperial: a morte!

Denúncia

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Além de ocupar a areia da praia para alugar bicicletas, estão avacalhando o calçadão com as bicicletas circulando sobre a calçada ao invés de circularem na ciclovia.

Está uma bagunça genera-lizada e o número de bicicle-tas para alugar aumentou. O pessoal do Quiosque Al Ba-

AVACALHARAM A PRAIA DO CENTROdah está usando o espaço que era do toboagua para alugar triciclos.

Será que vão tomar provi-dência o teremos que ingres-sar com ação popular para acabar com essa baderna.

Veja dois flagrantes no mesmo momento com pesso-as e veículos diferentes.

Ong Olho Vivo

Temos recebido algu-mas matérias escritas por colaboradores que nos ajudam a diversificar os conteúdos.

Se você tem o dom de escrever e expor novas idéias, faça-o aqui.

Desde que reativamos

ESCREVA AQUI VOCÊ TAMBÉMo site OlhoVivo a visi-tação vem crescendo dia após dia, e já iremos para os mesmos índices de ou-tros tempos.

Mande sua matéria pelo E-mail “[email protected]

ONG OLHO VIVO

Recentemente, a pre-feitura de Caraguatatuba realizou um concurso para admitir advogados que deverão compor o seu quadro de procura-dores municipais. A pro-va foi realizada e o resul-tado já foi proclamado, com a classificação dos candidatos.

Ocorre que o advogado Dr. Paulo Roberto Con-ceição ingressou na justi-ça com uma ação popular,

que tramita pela 3ª Vara local, pleiteando a anu-lação do concurso com base na alegação de que há uma lei municipal de numero 847/2000 que es-tabelece a obrigatoriedade de que constem em todos os concursos municipais, questões de conhecimen-tos específicos sobre o município de Caraguata-tuba, e o referido concur-so não continha questões da espécie, ou seja, es-

queceram de observar a lei municipal e omitiram questões da espécie.

Segundo o advogado Dr. Paulo a ausência dessas questões é suficiente para tornar sem efeito a prova já realizada.

Na sua petição ini-cial pediu uma liminar suspendendo por ora os efeitos do concurso até sentença final, e o Juiz da Terceira Vara Dr. Og Cris-tian Mantuan, concedeu a

liminar que suspende os efeitos do concurso.

Desse modo, o municí-pio fica impedido de dar prosseguimento aos atos de homologação, e admis-são dos aprovados até que a justiça se pronuncie so-bre o mérito de anular ou não anular o concurso.

É mais concurso de Ca-raguá que é submetido à apreciação da Justiça.

Se persistirem essas situações o jurídico do município vai ter muito que trabalhar.

MAIS UMA BOOOOOOOMBA EM CARAGUÁ

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Foi divulgada na im-prensa regional matéria dando conta de que a justiça concedeu liminar suspendendo os efeitos do concurso público re-alizado pela prefeitura de Caraguatatuba com o fim de contratar advoga-dos para o cargo de pro-curadores municipais.

A liminar impede até segunda ordem que os aprovados sejam em-possados nos cargos. A prefeitura em caráter oficial disse que deixou de observar a lei muni-cipal de numero 847 de 23 de maio de 2000, que determina a exigência de questões relativas a

LEI INCONSTITUCIONALconhecimento do muni-cípio de Caraguatatuba, por entender a lei como inconstitucional.

O fato de a Câmara Municipal da cidade aprovar leis inconsti-tucionais já foi objeto de comentários neste “site” e é realmente ver-dade que os vereadores de Caraguá afrontam a Constituição Brasileira, quando passam sobre os pareceres jurídicos dos procuradores da casa, e submetem a votação leis inconstitucionais, o que representa desobediên-cia civil e pode até desa-fiar possível intervenção do governo estadual no

município. Entretanto, do outro lado, se uma lei inconstitucional for aprovada e estiver em vigência ela gera efeitos e na prática terá de ser obedecida até que al-guma ação direta de in-constitucionalidade de lei municipal lhe negue vigência.

No caso em questão a lei está vigente e não poderia ter sido ignora-da pela prefeitura sob essa alegação porque não é atribuição do prefeito deixar de ob-servar lei que considere inconstitucional, antes que a justiça o faça.

Parece irreversível

a necessidade de que a câmara de Caraguá aprove alteração do seu regimento interno e lei orgânica munici-pal dando poderes à comissão de constitui-ção e justiça para que ela possa reter esses projetos e não remetê-los à votação, porque a maioria dos vereadores não têm formação jurí-dica e não podem deli-berar sobre inconstitu-cionalidade de lei.

Entretanto, a inclu-são de questões sobre Caraguatatuba no con-curso deveria ter sido observada e a falta des-sas questões prejudica o concurso e poderá invalidá-lo.

Debate

Segundo a Constitu-ção brasileira, os salários dos servidores públicos devem ser visados ao menos uma vez no ano, ocasião em que pelo me-nos os índices oficias de reajuste salarial devem ser aplicados no salário de todos os servidores.

O Sindicato da Cate-goria em Caraguá pode nos fornecer informa-ções, sobre as nego-ciações, se é que estão ocorrendo. O servidor

JANEIRO É DATA BASE DOS SERVIDORESpede informações. Com a palavra o SindServ de Caraguá.

A fonte é boa e diz que já existem duas chapas de possíveis candidatos a prefeito em Caraguá, sendo uma delas enca-beçada pelo Kazon, com Baduquinha de vice, e a outra será do Antônio Carlos Junior com o Bota de vice. Nesse contexto

A ARARA AZUL

é que os partidos de es-querda, estão articulan-do para apresentar uma candidatura alternativa, com vocação para com-bate a pobreza, geração de trabalho e renda, para contrapor ao caráter ex-plicitamente empresarial dos possíveis candidatos já anunciados. É a cha-mada terceira via.

Claro que isso é só es-peculação e pode não vir a ser confirmado no fu-turo, mas que a fonte que deu a nota é boa, isso é.

A surpresa de tudo isso é que um ex-prefeito de bom peso político na cidade, que todo mundo esperava fosse sair can-didato, vai apoiar uma das duas chapas oficiais.

Quem viver verá.DE NOVO

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Ontem à tarde uma pessoa dirigiu-se ao pronto socorro de São Sebastião em busca de aten-dimento médico. O atendimento lá é in-finitamente melhor do que nas outras cidades do litoral e por isso a pessoa foi logo encaminhada ao atendimento médico. Até ai, nada a reclamar, mas um fato desagra-dável aconteceu com a acompanhante do pa-ciente que foi utilizar o banheiro do pronto so-corro, banheiro destina-do às pessoas que aguar-dam atendimento na sala de espera e nenhum dos dois banheiros, masculi-no e feminino tinha pa-pel higiênico.

Perguntou a uma se-nhora que trabalhava na faxina do local e ela res-pondeu que não coloca-va papel nos banheiros

porque tinha gente que levava embora os rolos.

Ou seja, furtavam ro-los de papel higiênico. O banheiro é bonito, bem equipado, mas a falta do papel higiênico pre-judica tudo. Já pensou alguém utilizando o ba-nheiro e ao final consta-tar a falha? Melhor seria que se fizesse valer a autoridade para impedir os furtos e manter tudo muito confortável.

Será que o prefeito sabe disso? Se não sa-bia, fique sabendo que precisa melhorar o servi-ço. Não é crítica é cons-tatação.

FALTA PAPEL HIGIÊNICO, ACREDITE SE QUISER

Geral

Amigo… a coisa ta feia. Sa-ber que a polpulação está chegando ao ponto de levar papel higiênico de uma re-partição publica, vai muito além de segurança….O melhor mesmo é quando

Comentário formos ao pronto socorro de nossa cidade, que leve-mos um pacote de lenços…É bom também espalhar isso para o pessoal de ca-ragua, já que a maioria dos atendimentos aqui de São Sebá é da população daí….

O JUDICIÁRIO CUMPREO SEU PAPEL

O juiz Álvaro Luis Ciarlini, da 2ª Vara da Fazenda Pública doDistrito Federal, deter-minou nesta segunda-

feira (18) o afastamento de Leonardo Prudente (sem partido, ex-DEM)da presidência da Câ-

.mara Legislativa Ele ficou famoso por ser flagrado, em vídeo, colocando nas meiasdinheiro de um supos-

to esquema de propina,conhecido como men-salão do DEM de Bra-sília. A decisão é limi-

nar (provisória) e ainda.cabe recurso

Segundo o juiz AlvaroLuis Ciarlini, “é inegá-

vel […] a existência de indícios da prática de atos ímprobos por parte do demandado, valendo lembrar que tais fatosforam fartamente divul-gados pela mídia escri-ta, falada e televisiona-

da, sendo hoje notórios e de domínio público.” Ciarlini classificou o escândalo de corrupção no DF de “banditismo institucionalizado” e disse temer pelo retorno

de um processo políticosemelhante à ditadura-..militar-Os indícios de um si ”têmico e crônico bandi-tismo institucionaliza-

do, no Distrito Federal e alhures, não tardarãoa acionar os alarmes so-ciais e políticos que cer-

tamente propugnarão pelo “endurecimento” dos meios de controle que possam garantir a sobrevivência de nossa estrutura republicana de Estado, algo parecido com o processo político de exceção iniciado em 1964. Oxalá isso nunca volte a acontecer!”, diz.o juiz em sua decisão

:Nota nossa É evidente que umjuiz(neste caso o de-

putado cumpre papel de juiz) corrupto não pode julgar ninguém e o presidente da Camara Legislativa foi flagradopraticando ato de cor-

rupção. O judiciário fez o seu papel e impediuque um corrupto julgas-!se o outro. Ufa