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Microbiologia de
Anaeróbios:
(Gênero Clostridium)Prof. Ary Fernandes Junior
Departamento de Microbiologia e Imunologia
Instituto de Biociências - UNESP
Distrito de Rubião Júnior s/n
CEP 18618-000/ Botucatu/ SP /Brasil
Tel. 14 3880.0412/0413
Bactérias aeróbias e facultativas
O2 Metabolismo Produtos Sistema de Produtos
tóxicos desintoxicação não tóxicos
O2 + 2 e- + 2 H+ H2O2
O2 + e- O-
2
O2 + H2O2 OH*
O-2 + H2O2 O2 + OH2- + OH*
H2O2 + e- + H+ H2O + OH*
Ação das enzimas superóxido dismutase, catalase e peroxidase. Estas enzimas
eliminam radicais tóxicos do oxigênio que são inevitavelmente gerados em sistemas
vivos na presença de O2. A distribuição destas enzimas nas células determina a
capacidade destas células existirem na presença de O2 .
Bactérias anaeróbias estritasBactérias anaeróbias estritas
Danos ao DNA, destroem
componentes lipídicos, inativam
enzimas
Morte
bacteriana
O2 Metabolismo
O2 + 2 e- + 2 H+ H2O2
O2 + e- O-
2
O2 + H2O2 OH*
O-2 + H2O2 O2 + OH2- + OH*
H2O2 + e- + H+ H2O + OH*
Produtos
tóxicos
Ausência do
sistema de
desintoxicação
Aeração - Metabolismo energético
Aeróbio estrito
(18-21% )
P. aeruginosa,
Mycobacterium
Anaeróbio estrito
(<0,5%)
C. haemolyticum
Facultativo
(<0.5-21%)
Enterobactérias
Microaerófilo
aeróbio (1-5%)
Campylobacter,
Neisseria
Microaerófilo
anaeróbio
(Aerotolerante)
(2-8%)
Bacteroides,
Clostridium
Grampo de
roscaTampa com
anel selador
Catalisador
de paládio em
pastilha
Envelope contendo
bicarbonado de sódio
e boroidreto de sódio
Placas de Petri
Indicador de
anaerobiose (azul de
metileno)
Cultivo de anaeróbios - Jarra de anaerobiose (Sistema GasPak)
Ex. Clostridium (BG+); Bacteroides (BG-); Fusobacterium
(BG-); Prevotella (BG-), Peptococcus e Peptostreptococcus
(CG+); Veillonella (CG-); Actinomyces (BG +);
Propionibacterium ( BG+), Bifidobacterium ( BG+)
Bactérias Anaeróbias
⇒ Desenvolvem–se em tumores e lesões
⇒ Seres mais antigos da Terra
⇒ Relação com Oxigênio (< 0.5 - 8 %)
⇒ Causam infecções Clássicas ⇒ Toxinfecções
Gangrenas
1 - Fusobacterium nucleatum - microscopia eletrônica de transmissão;
2 - Bacteroides fragilis - microscopia eletrônica de transmissão;
3 - Fusobacterium nucleatum - coloração de Gram;
4 - Bactérias produtoras de pigmento negro - Porphyromonas e Prevotella.
Infecções por Anaeróbios
⇒ Odor fétido;
⇒ Próximo a superfície de mucosas;
⇒ Uso de aminoglicosídeos não resolve;
⇒ Visto na lâmina de microscopia e não cresceu no meio de cultura em cultivos normais;
⇒ Humanos: Abscessos cerebrais, Otites crônicas,
Infecções Bucais, Pneumonias, Infecções no TI
pós-traumas cirúrgicos, Apendicite, Infecções
uterinas pós tentativa de abortos, etc .
Gênero Clostridium (203 espécies)⇒ Bastonetes Gram positivos (0,2 a 4 m por até 20m)
⇒ Endósporos; Normalmente móveis; Anaeróbios (Cultivo)
⇒ Patogênicos Meios Complexos e Enriquecidos (AS)
⇒ pH próximo do neutro; Incubação em torno de 37oC
⇒ Colônias (1 ou 2 dias, Contornos Irregulares)
⇒ Maioria hemolíticos
⇒ Cápsula (C. perfringens)
Gênero Clostridium
⇒ Meio líquido (Tioglicolato ou Fragmentos de Tecidos)
⇒ Odor pútrido em culturas ou lesões
⇒ Produtos do Metabolismo Identificação de espécies
⇒ Sensíveis ao estresse ambiental e desinfetantes
⇒ Espécies Patogênicas Exotoxinas
(Neurotrópicas e Necrozantes)
Não Invasivos Toxinfecção (C. tetani e C. botulinum)
Invasivos Manifestações Regionais ou Sistêmicas
C. perfringens (Enterotoxemias; Infecções de Feridas)
C. septicum (Infecções de Feridas Edema maligno)
C. chauvoei (Carbúnculo Sintomático) (Ruminantes)
C. novyi (hepatite necrótica, “cabeça grande”, GG em HO)
C. haemolyticum (hemoglobinúria bacilar em OV e CAP)
C. piliforme (invasão hepática com necrose)
C. sordelli (miosite e doenças hepáticas em RUM e EQ)
C. colinum (codornas), C. spiroforme (coelhos jovens)
C. difficile (Enfermidades diarrêicas em HO)
Gênero Clostridium
C. tetani (10 tipos sorológicos - Ag H)
Solo; Transitório no intestino; Todos os mamíferos são susceptíveis.
(Período de Incubação x Mortalidade)
Patogenia Toxinas (Tetanolisina e Tetanospasmina)
Esporo (Lesão) Forma Vegetativa Toxina
(Tetanospasmina) SNC Impede liberação Glicina
e/ou Ácido Gama-Aminobutírico Paralisia Espástica
Morte
Som e Luz x Liberação de Glicina;
Riso Sardônico ou Trismo (Masseter) HO Animal;
Forma em cavalete
Neurotoxinas de Clostridium
Polipeptídeo
150 k Da
(Pré-Toxina)
Fração A (50 kDA) Leve) - Efeito Tóxico
Fração B (100 kDA) (Pesada) - Fixação
Ativação quando
ocorre quebra
desta ligação
bissulfeto
Proteases - Tétano
Tripsina - Botulismo
Interneurônioinibitório
Inibição
Sinais excitatóriosdo Sistema
Nervoso Central
Músculo
Ação da toxina tetanospasmina(Neurotoxina)
Glicina Toxina
tetânica
Acetilcolina
-DiagnósticoClínico, Bacterioscopia, Cultura,
Inoculação em Animais Sensíveis.
-Tratamento Antitoxina (Soro antitetânico) (para
Toxina livre) (Tratamento de suporte)
-Sensibilidade a drogas Penicilinas, Cefalosporinas,
Metronidazol
-Imunização Toxóide Tetânico (Neurotoxina tratada)
C. tetani
A severe case of tetanus.A severe case of tetanus.
muscles, back and legs are rigidmuscles, back and legs are rigid
muscle spasms can break bonesmuscle spasms can break bones
can be fatalcan be fatal (e.g respiratory (e.g respiratory falurefalure))
Paralisia Espástica
Opistótono
Susceptibilidade Animais domésticos e silvestres;
Doença Quantidade da toxina ingerida e espécie
animal;
Botulismo: BO e OV (Carcaças com toxina)
(Osteofagia x Deficiência de Fósforo)
EQ Forragem (Líquidos de carcaças de gatos)
SU Raro
Aves Alimentação
Formas clínicas Superaguda até Crônica
Exotoxina Mais potente x Termolábil
C. botulinumBotulismo (Botulus = Salsicha)
Patogenia
Esporo no alimento Forma Vegetativa Toxina
(Tipos = A, B, C1, C2, D, E, F, G e H) Intestinos
Circulação Nervos (Placa Mioneural) Inibe
liberação de Acetilcolina Paralisia flácida Morte
(18 a 36 horas)
Resistente à Pepsina e HCL
Sensível à Tripsina (Ativação da
Toxina)
C. botulinum
Botulismo Tipo BDiarréia, indigestão, elevada produção de Saliva e regurgitação de material ruminal Botulismo Tipo C e D
Paralisia Flácida
-Diagnóstico Clínico
Toxina no plasma ou em tecidos antes da morte
-Tratamento Soroterapia (Para toxina livre)
Guanidina e Aminopiridina ( liberação de Acetilcolina)
-Imunização Toxóide (Necessário elevada quantidade
da toxina)
Botulismo Infantil
C. botulinum
(Clostridio Invasivo)
Ocorre no trato intestinal de humanos, animais e solo.
Capsulado
Manifestação Clínica:
Intoxicação (Enterotoxemias) (Rápida Multiplicação)
Infecção com Gangrena Gasosa (Destruição Tecidual)
C. perfringens (Tipos A - E)
Esporo Tecido (Lesão ou Via Digestiva) Toxinas
e Enzimas Necrozantes (Forma Vegetativa) Necrose
Bacteremia (Linfáticos e Sanguíneo) Toxemia
Morte do Indivíduo.
C. perfringens
Patogenia
-Toxinas (11 tipos) (Toxina alfa ou fosfolipase C)
(Age sobre Lecitina do Tec. Conj. Necrose local)
-Diagnóstico Bacterioscopia, Pesquisa da toxina,
(cultivo)
-Tratamento Enterotoxemia Antitoxina
Penicilina G, Metronidazol, Macrolídeos, Ampicilina
C. perfringens
FERMENTAÇÃO TUMULTUOSA- STORMY FERMENTATION
IRON MILK
O Clostridium perfringens É O
ÚNICO MICRORGANISMO QUE
PRODUZ ESTA REAÇÃO
Indicador Litmus (Azolitimum) Azul para vermelho
devido ácidos no meio produzido pela fermentação da
lactose com produção de ácido lático. Ácido coagula
proteínas e forma os grumos.
Gangrenas
(Carbúnculo sintomático ou Peste da Manqueira)
Frequente BO até dois anos
Esporo Trato intestinal Corrente sanguínea
Órgãos e músculo (arteríola) Germinação
do esporo (fator desencadeante) Lesão local
(Dor e animal manca)
Patogenia
C. chauvoei
Lesões pelo C. chauvoei