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MINIÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ CURSO: ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

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MINIÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

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DIREITO À SAUDE

O direito à saúde enunciado no art. 196 da CF: amplitude que abrange as políticas

sociais e econômicas e a garantia de ações e serviços de saúde (atribuições do SUS-

art. 200 da CF e art. 6º, da Lei 8080)

A dicção do art. 196 desdobrado em duas partes:

1. A primeira diz respeito aos fatores sociais, econômicos, ambientais que interferem com a saúde

individual e coletiva.

2. A segunda refere-se ao acesso às ações e serviços que promovam, protejam e recuperem a

saúde individual e coletiva.

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1. A PRIMEIRA PARTE: SAUDE COMO O RESULTADO DE POLÍTICAS PÚBLICAS:

RESPONSABILIDADE: - DO ESTADO,DA SOCIEDADE E DO INDIVIDUO. CIDADÃO COMO

ENTE PARTICIPANTE NA GARANTIA DE SUA SAÚDE.

2. A SEGUNDA PARTE: A GARANTIA DO ACESSO ÀS AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE PARA A SUA

PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO: SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

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O ART. 196 TEM DIMENSÃO PLENA DA SAÚDE, COMO:

ESTADO DE BEM ESTAR FISICO, MENTAL E SOCIAL DECORRENTES DE POLITICAS SOCIAIS E

ECONOMICAS QUE EVITAM O RISCO DO AGRAVO À SAUDE EM TODA A SUA DIMENSÃO: MEIO AMBIENTE, TRABALHO, RENDA, MORADIA,

SANEAMENTO, ALIMENTAÇÃO, EDUCAÇÃO etc.

Biológico e genético; Qualidade de vida;

Estilo de vida; Serviços de saúde)

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COMPETENCIA DO SISTEMA ÚNICO DE SAUDE:

• REGULAR, FISCALIZAR E CONTROLAR AS AÇÕES E OS SERVIÇOS PÚBLICOS E PRIVADOS DE SAÚDE

(art. 197, CF);

•GARANTIR O ACESSO UNIVERSAL E IGUALITÁRIO ÀS AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE: art. 198;

• EXECUTAR SERVIÇOS PÚBLICOS, CONFORME PREVISTOS NO ART. 200 DA CF, ARTS. 5º E 6º DA

LEI 8.080/90 e EM OUTRAS LEIS ESPARÇAS.

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SISTEMA DE SAÚDE QUE PREVÊ A PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO DA SAÚDE

PROMOÇÃO DA SAÚDE

AS AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE NESSA DIMENSÃO DEVEM VOLTAR-SE PARA ELEVAR A QUALIDADE DE

VIDA DO INDIVIDUO COMPETINDO ÀS AUTORIDADES PUBLICAS AÇÕES QUE INDUZAM A

PREVENÇÃO E CONSERVAÇÃO DA SAUDE: QUALIDADE DE VIDA E ESTILO DE VIDA.

ESSAS ATIVIDADES SÃO DE RESPONSABILIDADE DO INDIVIDUO, DA SOCIEDADE, DAS EMPRESAS E DO

ESTADO.

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PROTEÇÃO DA SAUDE

A PROTEÇÃO DA SAUDE PRESSUPÕE AÇÕES E SERVIÇOS DO PODER PUBLICO QUE PREVINAM

O RISCO DO AGRAVO À SAUDE.

ESSE É O CAMPO DA VIGILÂNCIA EM SAUDE (SUS) DEFINIDO COMO “o conjunto de ações

capazes eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários

decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, bem como promover

ações de detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e

condicionantes da saúde individual e coletiva (art. 6º, §§ 1º e 2º Lei 8.080/90).

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RECUPERAÇÃO DA SAUDE

• CONJUNTO DE AÇÕES E SERVIÇOS QUE VISEM AO TRATAMENTO DAS DOENÇAS E AGRAVOS À SAÚDE

COMPREENDENDO O PROCEDIMENTO DIAGNÓSTICO, O QUAL DESTINA-SE A GARANTIR AO

INDIVÍDUO A PROTEÇÃO DO SEU POTENCIAL BIOLÓGICO E PSICO-SOCIAL E A RECUPERAÇÃO DE

SUA SAÚDE.

• A INTEGRALIDADE DA ASSISTÊNCIA QUE ENVOLVE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA SE SITUA NO CAMPO

DA RECUPERAÇÃO DA SAUDE.

• AS DEMAIS AÇÕES E SERVIÇOS, EM ESPECIAL AS DE PROTEÇÃO – NEM SEMPRE ENVOLVEM UMA

ESCOLHA DO INDIVIDUO. A PROTEÇÃO DA SAÚDE ENVOLVE O PODER DE AUTORIDADE PUBLICA. SÃO

IMPOSIÇÕES LEGAIS VISANDO A SEGURANÇA SANITARIA.(VIGILANCIA SANITÁRIA ETC.)

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A INTEGRALIDADE DA ATENÇÃO COMO O DIREITO À SAÚDE QUE O SUS DEVE GARANTIR

• Art. 6º, I, d: assistência terapêutica integral: ações e serviços que visem ao tratamento das doenças e agravos à saúde subsequentes ao

procedimento diagnóstico, destinados a garantir ao indivíduo a proteção do seu

potencial biológico e psico-social e a recuperação de sua saúde.

•Art. 7º, II : integralidade da assistência é o conjunto articulado e contínuo das ações e

serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos

os níveis de complexidade dentro do Sistema.

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A ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO ÂMBITO DA INTEGRALIDADE E SEU CONTEXTO

LEGAL

.

Art. 6ª, I, d, da Lei 8080, de 1990: assistência terapêutica integral, incluindo a

farmacêutica.

Pressuposto da escolha pelo sistema público; de um diagnóstico médico; uma prescrição de terapêutica, dentre ela a

terapêutica medicamentosa.

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Art. LC Paulista 791, de 1995 – art. 24, § 8º - as unidades básicas de saúde e os pronto-socorros públicos manterão em

funcionamento, em caráter permanente, serviço de farmácia para o fornecimento gratuito de medicamento aos pacientes

neles atendidos.

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Projeto de Lei 7445, de 2010 – altera a Lei 8.080, acrescentando o art. 19-M

Dispõe que:

a assistência terapêutica integral consiste na dispensação de medicamentos, cuja

prescrição esteja em consonância com as diretrizes terapêuticas do SUS;

os medicamentos devem ser avaliados quanto à sua eficácia, segurança, efetividade e custo-efetividade;

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Na falta de diretrizes terapêuticas, a dispensação deve fundar-se nos consensos entre os entes federativos;

É atribuição do MS a exclusão ou incorporação de novos medicamentos bem como as diretrizes terapêuticas;

Criação de uma Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias a qual deverá emitir relatórios sobre a incorporação e a exclusão levando em conta as evidencias científicas, a eficácia, a efetividade e a segurança, a avaliação econômica comparativa dos beneficios em relação às tecnologias já incorporadas.

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Exige a abertura de processo administrativo nos termos da Lei Federal 9.784/99, no caso de pedido de incorporação tecnológica;

Exige que o interessado apresente documentos e amostras de produtos;

Notificação ao MPF;

Realização de consulta pública;

Realização de audiência pública;

O descumprimento do prazo de 180 dias obriga a incorporar provisoriamente o medicamento;

não pode ser alegada ausência de recursos.

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ENCADEAMENTO PARA A ASSISTENCIA FARMACÊUTICA

A assistência terapêutica integral compõe a integralidade da assistência definida como:

art. 7º, II: integralidade da assistência é o conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema.

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A assistência integral pressupõe um conjunto articulado e contínuo de ações e serviços de saúde e não procedimentos isolados entre si, sem uma assistência integral que veja o cidadão na sua integralidade.

Pressupõe uma rede de serviços porque a integralidade não se cumpre nos serviços dos entes federativos, mas sim dentro do Sistema que é organizado em rede interfederativa: distribuição federativa dos medicamentos de baixo e alto custo.

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FARMÁCIA POPULAR

Lei n.10.858/2004 (Programa que não deve prejudicar a rede pública nacional do SUS; Farmácia Popular é dirigida,

fundamentalmente, àqueles que estão em tratamento no setor privado e não poderiam obter medicamentos do SUS.

Para esses, garante-se alguns medicamentos a baixo custo).

MEDICAMENTOS PARA AIDS: Lei n.9.313/96. Garantia a todos: usuários do SUS ou não.

MEDICAMENTOS DE DOENÇAS CRÔNICAS- HIPERTENSÃO E DIABETES: usuários do SUS

ou não.

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ASSISTENCIA FARMACÊUTICA PARA QUEM?

• Universalidade do acesso: garantido a todos que pretendam utilizar os serviços de saúde.

A universalidade compreende todos.

Obs.: Quando falamos em acesso estamos nos referindo fundamentalmente aos serviços de

recuperação da saúde, uma vez que os demais serviços – promoção e proteção, na sua maioria, correspondem a imposições

legais; poder de polícia sanitária; poder de autoridade pública para evitar risco social.

Aqui não há escolha; impõe-se. Ou pressupõe também escolhas mais livres como frequentar programas de promoção como o de exercicios

físicos etc.

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A assistência terapêutica integral pressupõe, inicialmente, que o paciente escolheu tratar-se pelo

sistema público de saúde, de maneira integral: diagnóstico e terapêutica.

O SUS não é uma atividade complementar do sistema privado fornecendo apenas exames,

medicamentos, realizando cirurgias indicadas por profissionais que não pertencem ao sistema público: diagnóstico privado e parcela da terapêutica pública.

A assistência terapêutica integral é garantida para aqueles que estão no SUS (acesso regulado)

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2. QUAIS RECURSOS PARA A GARANTIA DA SAÚDE E DA ASSISTENCIA FARMACÊUTICA?

EC 29/2000 – Vincula receitas públicas para a saúde:

União: o valor anterior, acrescido da variação do PIB;

Estados: 12% de suas receitas;

Municípios: 15% de suas receitas.

Os valores dos percentuais acima, acrescidos dos valores das transferências constitucionais da União para Estados e dos Estados para os

Municípios, são os recursos da saúde.

Dessas transferências, 70% devem ser aplicadas nos Municípios e 15% de todos os recursos da

União devem ser aplicados, pelos Municípios, na atenção básica.

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O planejamento e orçamentação da saúde devem compatibilizar as necessidades da política de saúde com as disponibilidades de recursos em

planos de saúde – art. 36 da Lei 8.080/90

Esses recursos devem ser alocados nos fundos de saúde das esferas de governo correspondentes e devem ser aplicados de acordo com o plano de saúde. O plano de saúde é a base de todas as atividades e programações da saúde. art. 36, §

único.

Os recursos devem ser os previstos na EC 29/2000. São mínimos e não máximos; mas deve-se obrigar a aplicar o mínimo, pelo menos. Sempre lembrar que a esses mínimos não se contam os recursos

das transferências. As transferências são valores que não entram no calculo do mínimo.

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3. QUAL ASSISTENCIA FARMACÊUTICA?

A assistência deve ser aquela definida em normas técnicas, diretrizes terapêuticas,

científicas, protocolos de condutas, regulamentos técnicos (padrão técnico -

cientifico de integralidade)

Arts. 15, V, VIII, XVI e art. 7º, VI, da Lei 8.080/90

Incorporação de tecnologia: sem prudência na adoção de tecnologias crescentes e onerosas

não haverá recurso suficiente para o financiamento da saúde.

O contínuo progresso da tecnologia médica não resulta nunca, como em outras áreas, em

redução de custos, mas sim no seu aumento. Por isso exige-se prudência e cautela diante do

binômio saúde x lucro.

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4. QUAIS OS CRITERIOS PARA O PLANEJAMENTO E PLANO DE SAUDE NO QUAL SE INCLUEM A

AF?

Todo o gasto e atividade pública pressupõe um planejamento, diretrizes, orçamento: tudo

dependente de lei.

a) critério epidemiológico: deve ser o principal para o estabelecimento de prioridades,

alocação de recursos e orientação programática – art. 7º, VII, Lei 8080.

b) a organização de serviços: art. 37

c) critério populacional: art. 37

Esses são os critérios legais que devem pautar a política de saúde e a definição de prioridades

– art. 35 e 37.

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CONCLUSÕES

Pressuposto: A assistência farmacêutica é um elo na cadeia da integralidade da assistencia

não podendo ser analisada isoladamente.

1. Todo o planejamento deve estar previsto no PPA e, na saúde, também no Plano de Saúde,

que deve ser plurianual;

2. Todo o gasto público deve estar previsto em lei orçamentária.

3. Nenhuma programação de gasto da saúde pode existir sem estar prevista nos planos

de saúde;

4. Os recursos da saúde devem ser os previstos na EC 29 acrescidos das transferências

intergovernamentais;

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7. Não existe serviço público sem organização e regulamentação (acesso regulado).

8. Na formulação do planejamento e conseqüentemente, do plano de saúde, deve

ser observado os critérios legais: epidemiologia, organização de serviços e

demografia.

10. O conteúdo da assistência terapêutica à saúde deve ser pautado por regulamentos técnicos, protocolos de conduta, diretrizes

terapêuticas, normas técnicas e cientificas etc.

11. São dois os sistemas de saúde: o público e o privado. O indivíduo, na recuperação de sua

saúde, deve escolher um ou outro; O SUS não é complementar do privado. Haverá com o

tempo um sistema nacional de saúde, o público e o privado? Com o público regulando

de fato o sistema privado?

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CAUTELAS NECESSÁRIAS NA GARANTIA DA SAÚDE:

COIBIR:

1. as evasivas dos governantes que tentam desprover de conteúdo o direito à saúde não

cumprindo suas próprias normas.

1. Os serviços que as pessoas pretendem para si em desrespeito aos regramentos legais do

SUS, num sistema de classes sociais, segmentado.

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DEVEMOS SEMPRE PERQUIRIR NO TOCANTE À GARANTIA DO DIREITO À SAÚDE:

1. Há compatibilidade da política de saúde com as disponibilidades de recursos financeiros

(EC 29)?(os estados e os 12%)

1. Qual o conteúdo dos planos de saúde aprovados nos conselhos de saúde. Estão

sendo cumpridos?

3. O cidadão buscou o sistema público de saúde de forma integral?

4. A terapêutica prescrita pelo profissional público esta em conformidade com os

protocolos e demais regramentos técnicos e científicos?

5. Esses regramentos estão sendo periodicamente revistos pelo Poder Público,

a fim de manter a necessária atualização técnico-cientítica?

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RESPOSTAS A PERGUNTAS FREQUENTES:

1. O indivíduo que está sob tratamento privado poderá a qualquer tempo ir para o sistema público. Quando o fizer, terá que

fazer integralmente: diagnóstico e terapêutica.

2. Situações de urgência e emergência deverão sempre ser tratadas como tal.

3. Indivíduos que buscam medicamentos e outros procedimentos públicos com

prescrição privada não devem ser atendidos no público, mesmo em situação grave.

Poderá, sim, optar a tratar-se integralmente no público.

4. A situação acima gera desigualdade para aqueles que estão integralmente no

sistema público.

5. As situações visíveis geram forte emocionalismo enquanto as situações não

visíveis e tão dramáticas quanto, ficam prejudicadas.

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O PROBLEMA QUE HOJE SE COLOCA EM RELAÇÃO À SAÚDE:

• DIREITO À SAUDE

• ESCASSEZ DE RECURSOS

• ÉTICA NAS ESCOLHAS

DIREITO E O QUE CABE NESSE DIREITO: INTEGRALIDADE

REGULADA; ROL DE AÇÕES E SERVIÇOS QUE COMPÕE A

INTEGRALIDADE DA ASSITÊNCIA; DEFINIÇÃO EM CONJUNTO COM A

SOCIEDADE.

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OBRIGADA PELA ATENÇÃO!

LENIR SANTOS

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