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1 PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA FLORIANÓPOLIS, 2006 - 2008

PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA · Organograma da Assessoria de Assistência Farmacêutica 4.3. Composição e Funções da Área e Sub-áreas da Assistência Farmacêutica

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PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

FLORIANÓPOLIS, 2006 - 2008

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PREFEITURA MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

FLORIANÓPOLIS, 2006-2008

Maio, 2006

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SUMÁRIO APRESENTAÇÃO

Pág.

1 – Capítulo I DIAGNÓSTICO GERAL

1. Introdução 9

2 – Análise de Situação 10

2.1. Composição Populacional de Florianópolis 10

2.2. Perfil Epidemiológico 18

2.3. Diagnóstico dos Serviços Municipais de Saúde 25

2.3.1. A estrutura funcional e serviços finalísticos da Secretaria Municipal de Saúde 2.3.1.1. Vigilância em Saúde como Referencial

2.3.1.2. Atuação do Departamento de Saúde Pública A. Serviços produzidos pela Assessoria de Vigilância em saúde;

32

33

37

2.3.1.3. Diagnóstico da Assistência Farmacêutica no Município de Florianópolis A. Seleção de Medicamentos B. Programação de Medicamentos C. Aquisição de medicamentos D. Armazenamento na Central de Abastecimento

Farmacêutico E. Distribuição de Medicamentos para a Rede de Saúde F. Controle de Estoque nas ULSs G. Armazenamento de Medicamentos nas ULSs H. Dispensação do Medicamento nas ULSs I. Farmácia Popular em Florianópolis

39

46

47

48

49

49 50 51 53 54

CAPITULO II PROPOSTA DE REORIENTAÇÃO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA PARA O MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS

56

1. Base Conceitual da Assistência Farmacêutica

2. Diretrizes da Política Municipal de Assistência Farmacêutica 3. Competências da Assistência Farmacêutica 4. Quadro-Síntese do Plano de Ação para Enfrentamento de Problemas

Identificados na Área de Assistência Farmacêutica

57

60

63

65

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4.1. Criação da Assessoria de Assistência Farmacêutica –Justificativa 4.2. Organograma da Assessoria de Assistência Farmacêutica 4.3. Composição e Funções da Área e Sub-áreas da Assistência

Farmacêutica 4.4. Necessidades de Recursos Humanos para Assistência Farmacêutica 4.5. Financiamento da Assistência Farmacêutica 4.6. Cronograma de Execução 4.7. Monitoramento e Avaliação

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69

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71

72

73

74

Referências Bibliográficas

75

ANEXO I Resolução 004/2006 do Conselho Municipal de Saúde de Florianópolis ANEXO II Lista REMUME/ Florianópolis, 2005 ANEXO III Regimento Interno SMS (Parcial)

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Dário Elias Berguer

PREFEITO MUNICIPAL

João José Cândido da Silva SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE

Clécio Antônio Espezim SECRETÁRIO ADJUNTO DE SAÚDE

Eleudemar Ferreira ASSESSOR DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

Selma Loch CHEFE DO DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA

Maria Elizabeth Peixoto Luna ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

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PREFEITURA MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

Elaboração

Maria Elizabeth Peixoto Luna

Colaboração Técnica:

Farmacêutica Dorothea Porthum–Central de Abastecimento de Medicamentos/SMS

Farmacêutica Prof. Carine Blatt – UFSC/Deptº Ciências Farmacêuticas

Farmacêutica Emília Regina Scharf Mettrau – ULS Centro/ SMS

Farmacêutico Luciano Henriques – UFSC

Farmacêutica Raphaela Negro de Barros Cardoso – UFSC

Farmacêutica Roze Gusberti – Policlínica II/ SMS

Farmacêutica Suzete Leitis Teixeira– PA Ingleses/ SMS

Farmacêutica Vanessa de Bona Sartor - UFSC

Informações

Secretaria Municipal de Saúde Assessoria de Desenvolvimento Institucional/ Assistência Farmacêutica

Av. Henrique da Silva Fontes, 6100 – Trindade - Florianópolis, SC Fone/fax: 48- 32391568 e-mail: [email protected]; [email protected]

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PREFEITURA MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

APRESENTAÇÃO

O Plano de Assistência Farmacêutica é o primeiro instrumento de planejamento e

gestão da área no município de Florianópolis, desde que, em 1982 inscreveu-se junto ao

Conselho Regional de Farmácia de Santa Catarina.

Este instrumento pretende tornar-se o meio de reorientação da Assistência

Farmacêutica no município, identificando os principais problemas encontrados e as

estratégias prioritárias de enfrentamento para os mesmos, descrevendo os resultados

esperados no período em questão.

É um documento elaborado em etapas de construção coletiva, primeiramente entre os

profissionais farmacêuticos da Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis – SMS,

posteriormente apresentado ao Departamento de Saúde – DSP e ao Comitê Gestor

Central da SMS e finalmente ao Conselho Municipal de Saúde. Em cada etapa foram

realizados debates e produzidas alterações necessárias, chegando-se ao presente

documento.

Em 25 de maio de 2006 o Plano de Assistência Farmacêutica foi apresentado ao

Conselho Municipal de Saúde, tendo sido aprovado, de acordo com a Resolução

(Anexo I ) .

João José Cândido da Silva

Secretário Municipal de Saúde

Florianópolis, 9 de junho de 2006

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PREFEITURA MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

CAPÍTULO I

DIAGNÓSTICO GERAL

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I. INTRODUÇÃO

O Plano de Assistência Farmacêutica do Município de Florianópolis 2006/2008 foi iniciado através de uma gestão da SMS, durante o ano 2005, e sua construção final e apresentação através de uma segunda gestão que assumiu em maio de 2006. Até maio de 2006, a discussão do Plano se deu no meio interno do grupo de farmacêuticos da SMS e, a partir daí, tendo se formado, por determinação do novo Secretário, uma coordenação de Assistência Farmacêutica no âmbito da Secretaria, De acordo com as solicitações da DIAF -Diretoria de Assistência Farmacêutica da Secretaria de Estado da Saúde, na elaboração da primeira parte do Plano da Assistência Farmacêutica do Município de Florianópolis – O diagnóstico - elaborou-se um diagnóstico geral, incluindo-se alguns dados da situação demográfica e epidemiológica que possam exercer influência sobre o uso de medicamentos. A análise situacional da Assistência Farmacêutica no município está situada, ao final do capítulo I, Diagnóstico, sendo seguida pelo Capítulo II, que detém-se na proposta de Reorientação da Assistência Farmacêutica para Florianópolis. Para o trabalho de análise da situação foi utilizada a metodologia de identificação de problemas, a partir da análise do Ciclo da Assistência Farmacêutica e de suas etapas como parâmetro (ou situação-objetivo) e do conceito de Assistência Farmacêutica que se deseja adotar. A partir dos problemas identificados foi feita uma seleção de prioridades e estabelecidas estratégias de enfrentamentos para cada uma delas em um prazo de dois anos (2006 a 2007 e 2007 a 2008). Diante destas definições, além do detalhamento de objetivos e metas, foi possível também ajustar as prioridades da gestão quanto a Assistência Farmacêutica e estabelecer as competências para a nova área de Assistência Farmacêutica na Secretaria Municipal de Saúde.

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2. ANÁLISE DE SITUAÇÃO

2.1. Composição Populacional de Florianópolis

A região da Grande Florianópolis apresentou, nas últimas décadas, transformações significativas na sua estrutura e dinâmica populacional, formando o fenômeno de conurbação entre a capital e três outros municípios vizinhos: São José, Palhoça e Biguaçú. O fenômeno da conurbação designa uma extensa área urbana que surge espontaneamente da junção de duas ou mais cidades. Ao longo do tempo os limites geográficos das cidades conurbadas vão se perdendo, em virtude do seu crescimento horizontal. Em geral, esse processo dá origem à formação de regiões metropolitanas e para o litoral centro-sul de Santa Catarina há uma tendência de conurbação que se estende de Florianópolis à cidade de Balneário Camboriú.

A população da área conurbada apresentava um aglomerado de 543.528 habitantes na década de noventa (IBGE, 1996). No Censo de 2000 foram contabilizados 666.693 habitantes. Após o ano 2000, o município de Santo Amaro da Imperatriz, seguindo a tendência, também pode ser considerado inserido nestas características, passando a ser a 5ª cidade a fazer parte do fenômeno urbano na Grande Florianópolis.

Na medida em que a urbanização se acelera, ficam estabelecidos numerosos desafios aos governantes e aos próprios urbanistas, visto que a vida nestas cidades passa a existir de modo integrado e seus habitantes passam a fazer uso, por exemplo, dos serviços de educação ou de saúde da cidade onde moram ou da cidade onde trabalham.

O espetacular e rápido crescimento das cidades, especialmente nos países subdesenvolvidos, costuma ser caótico, complicando ainda mais a organização do espaço urbano. Entre os problemas mais graves que se pode verificar com a conurbação, destacam-se: a ampliação dos problemas sociais, onde se incluem as questões referentes à saúde individual e coletiva e à demanda aos serviços de saúde; os problemas de moradia e de violência urbana. Além disso, há a complicação

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relacionada aos serviços de transportes urbanos, fatos já bem evidenciados na região da Grande Florianópolis.

Tabela 1. População dos municípios do aglomerado urbano de Florianópolis entre

os anos 1996 e 2000.

Fonte: IBGE www.ibge.gov.br/cidadesat

Tabela 2. Estimativa Populacional dos Municípios Conurbados da Grande Florianópolis, 2005.

MUNICÍPIO POPULAÇÃO

BIGUAÇÚ 56.857 habitantes

FLORIANÓPOLIS 396.778 habitantes

PALHOÇA 124.239 habitantes

SANTO AMARO DA IMPERATRIZ 17.973 habitantes

SÃO JOSÉ 196.907 habitantes

TOTAL 792.754 habitantes

Fonte: IBGE: www.ibge.gov.br/cidadesat

MUNICÍPIO POPULAÇÃO DOS CENSOS

1970 1980 1991 2000

BIGUAÇÚ 15.337 21.434 34.063 48.077

FLORIANÓPOLIS 138.337 187.871 255.390 342.315

PALHOÇA 20.652 38.031 68.430 102.742

SÃO JOSÉ 42.535 87.817 139.493 173.559

TOTAL 216.861 335.153 497.493 666.693

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Tabela 3. Evolução da população residente de

Florianópolis nos anos de 1960 a 2005.

ANO POPULAÇÃO TOTAL

1960 97.827

1970 138.337

1980 187.871

1985 213.961

1995 277.156

1996 271.281

2000 342.315

20051 396.778

Fonte: IBGE

De acordo com a Tabela 3, a população residente em Florianópolis superou a marca da duplicação a cada a cada 20 anos, a partir dos anos 1960.

As taxas de crescimento anual no município de Florianópolis têm variado entre 3,5 e 1,2 nas últimas cinco décadas, sendo que houve grande crescimento nas décadas de 1970, 1980 e em 2000 (Tabela 4). A densidade demográfica, contudo, que apresenta a relação de ocupação do espaço em quantidade de habitantes por Km2, tem crescido em ritmo constante e acelerado, tendo duplicado nos últimos dez anos (Tabela 5).

Tabela 4. Taxa Média de Crescimento Populacional em Florianópolis, por período.

PERÍODO TAXA DE CRESCIMENTO

1979/80 3,11% 1989/91 2,11% 1991/96 1,24% 1991/2000 3,34 %

Fonte: IBGE

1 Estimativa populacional

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Tabela 5. Taxa Anual de Crescimento Demográfico e Densidade Demográfica de

Florianópolis no período 1960- 2000.

Fonte: IBGE Quanto à distribuição da população residente por faixa etária e sexo, observa-se predominância nas faixas etárias consideradas jovens, entre 10 e 19 e 20 e 29 anos de idade para ambos os sexos, conforme tabela e gráfico abaixo.

Tabela 6. População Residente em Florianópolis por Faixa Etária e Sexo, 2005

Faixa Etária Masculino Feminino Total

Menor 1 2.945 2.870 5.815 1 a 4 11.987 11.673 23.660 5 a 9 15.844 15.263 31.107 10 a 14 17.492 16.648 34.140 15 a 19 20.183 20.234 40.417 20 a 29 37.570 38.319 75.889 30 a 39 31.387 34.288 65.675 40 a 49 25.346 28.686 54.032 50 a 59 15.419 17.224 32.643 60 a 69 8.441 10.423 18.864 70 a 79 4.153 6.264 10.417 80 e + 1.290 2.829 4.119 Ignorada - - - Total 192.057 204.721 396.778

ANO POPULAÇÃO TOTAL

TAXA ANUAL DE CRESCIMENTO (%)

DENSIDADE DEMOGRÁFICA

Hab./Km2

1960 97.827 - 224 1970 138.337 3,53 316

1980 187.871 3,11 430 1991 255.390 2,83 584 1996 271.281 1,24 621

2000 342.315 3,34 784

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Como em outras regiões e países em desenvolvimento se observa o fenômeno da transição demográfica, analisando o gráfico populacional (Gráfico 1). Até 1980, o Brasil era considerado um país jovem e apresentava sua pirâmide populacional larga na base e afunilada no topo, o que equivale a uma população, até então, predominantemente em idade de crescimento. Havia mais jovens do que adultos com mais de 40 anos. A partir da década de 80, o formato da pirâmide foi modificando no Brasil e em Florianópolis, que atualmente se apresentam como gráficos populacionais de meia idade. Em 2000, a base da pirâmide sofreu uma contração, principalmente na faixa etária dos que têm menos de dez anos, e, inversamente, a camada da população idosa apresentou sinais de crescimento. Entre 1965 a 1970 os países mais desenvolvidos do mundo alcançaram índice de esperança ou expectativa de vida de 71 anos. Mas entre 2000 e 2005 estes países já superaram o indicador anterior, saltando para 76 anos de vida. A esperança de vida ao nascer para o Brasil é de 65 anos entre 2000 e 2005. Este fator influencia muito um outro indicador, o Índice de Desenvolvimento Humano.

Tabela 7. Esperança de vida ao nascer, em anos, no Brasil, Santa Catarina e Florianópolis nos anos 1980, 1991, 2000 e 2004.

ANO 1980 1991 2000 2004

Brasil 60,08 66,03 68,62 71,7

Santa Catarina 66,78 70,80 71,86 74,5

Florianópolis 69,00 71,00 71,10 75,0

Fonte: IBGE.

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Pirâmide Etária

15 10 5 0 5 10 15

0 a 9

10 a 19

20 a 29

30 a 39

40 a 49

50 a 59

60 a 69

70 a 79

80 e +

Faix

a E

tári

a (

an

os)

Percentual da População

Masculino

Feminino

Gráfico 1. Pirâmide etária do município de Florianópolis, 2005.

O Brasil está na 63ª colocação no ranking do IDH de 2005 (em 177 países no total), com um índice de 0,792 (médio desenvolvimento humano). Desde 1990, já subimos 14 posições. Apesar de ter melhorado nos critérios educação e longevidade, o Brasil caiu no critério renda. O IDH de Florianópolis é de 0,881 (PNUD 2000), encontrando-se em boa posição devido principalmente aos indicadores de alfabetização e de esperança de vida ao nascer. As características apresentadas na análise de situação demográfica do município devem ser consideradas na elaboração do Plano de Assistência Farmacêutica, sabendo-se que o tipo de população local influencia diretamente nos indicadores de saúde da população. O fato de Florianópolis apresentar-se já em um momento de transição demográfica deve ser considerado em um estudo de seleção/padronização de medicamentos, por exemplo, devendo-se acrescentar à equipe de estudos farmaco-terapêuticos um profissional dedicado à gerontologia ou geriatria, o que ainda não havia sido feito anteriormente.

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A expectativa de vida crescente fortalece a preocupação com o grupo de pessoas com idade mais avançada e com as doenças crônico-degnerativas e sua implicações, o que para a área de medicamentos é muito relevante, tanto do ponto de vista do tipo e quantidade de medicamentos que se vai passar a utilizar mais, bem como com problemas de multimedicação típica da terceira idade, oriunda de clínicas especializadas diversas e normalmente sem orientação sobre uso racional dos medicamentos.

Uma outra questão a ser considerada na programação de medicamentos é o fator conurbação, que interfere muito no modo de vida e de trabalho das pessoas que vivem nas cidades unificadas e que, somando-se às questões epidemiológicas, provoca características comuns aos grupos populacionais. Eles tendem a buscar serviços de saúde no município em que habitam ou no que trabalham, circulam em torno de um mesmo pólo de serviços especializados de saúde, que no caso vem a ser Florianópolis, servem-se dos mesmos recursos disponíveis e isto deve ser considerado.

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Quadro Síntese de informações sócio demográficas sobre o Município de

Florianópolis

Área total do município - 435,79 km2 Densidade demográfica: 916,34 habitantes/km² Pessoas residentes – 396.778 habitantes (estimativa 2005) Homens residentes – 192.057 habitantes (estimativa 2005) Mulheres residentes – 204.7211 habitantes (estimativa 2005) Domicílios particulares permanentes - 103.820 domicílios –Ibge 2000 Domicílios particulares permanentes - com banheiro ou sanitário/esgotamento sanitário/rede geral: 49.726 – Ibge 2000 Domicílios particulares permanentes - forma de abastecimento de água - rede geral: 93.092 Domicílios particulares permanentes - destino de lixo - coletado - 102.748 domicílios Nascidos vivos - registros no ano - lugar do registro 4.825 pessoas (2004) Óbitos - ocorridos e registrados no ano - lugar do registro – 1.880 pessoas (2004) Hospitais - 08 hospitais Leitos hospitalares – 1.176 leitos Unidades ambulatoriais - 248 unidades (1999) Pessoas alfabetizadas (10 anos ou mais de idade) - 280.408 habitantes ( 2000) Matrículas - ensino fundamental - 57.087 matrículas (2000) Matrículas - ensino médio - 22.447 matrículas (2000) Estabelecimentos de ensino fundamental - 127 estabelecimentos de ensino (2000) Estabelecimentos de ensino médio - 43 estabelecimentos de ensino (2000) Eleição municipal - eleitores - 230.956 eleitores (2000) Empresas com CNPJ atuantes - unidade territorial - 15.895 empresas (1998) Valor do Fundo de Participação dos Municípios - FPM - 17.236.184,07 reais (2000) Valor do Imposto Territorial Rural - ITR - 9.734,40 reais (2000) IDH – Índice de Desenvolvimento Humano – 0,881 (2000) PIB : R$ 4.201.000.000 (2000)

PIB per capita: R$ 12.292 (2000) Fonte: IBGE, PNUD e SES

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2.2. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO

A qualidade de vida possui certa interrelação com medicamentos, no bom e no mau sentido. A qualidade de vida pode ser melhorada quando fármacos são bem utilizados e podem prolongar não somente o tempo de sobrevida, como também acrescentar benefícios que ofereçam oportunidade de viver melhor este período de vida. No entanto, pode piorar se medicamentos forem utilizados indiscriminadamente e sem orientação profissional. Não há consenso para um indicador que defina qualidade de vida relacionada à saúde, mas todos os estudos dividem uma característica conceitual: a multidimensionalidade, cujas dimensões incluem normalmente a saúde física, saúde emocional, função e papel social, percepções de bem-estar geral e sintomatologia relacionada à doença e/ou tratamento. A qualidade de vida, em certas doenças, pode ser o mais importante resultado a ser considerado na avaliação de determinado tratamento, principalmente no estágio de mudança demográfica e no foco dos cuidados de saúde voltados da mortalidade para a morbidade com o envelhecimento populacional (COONS, 1997 APUD Cordeiro, 2005). Os perfis de saúde são compostos por um conjunto de indicadores de saúde que permitem avaliar, de algum modo, a qualidade de vida relacionada à saúde de uma população. Neste item procuraremos apresentar alguns dos indicadores de saúde do município de Florianópolis, ainda que não se faça análise de todos os casos para não alongarmos o assunto que não diz respeito específicamente à área de medicamentos. São informações que constariam do Plano Municipal de Saúde e que foram extraídas da versão preliminar do mesmo, no estágio em que se encontravam no momento em que o Plano de Assistência Farmacêutica foi elaborado.

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Tabela 11. Nascidos vivos quanto ao tipo de parto, idade da mãe, peso ao nascer e freqüência ao pré-natal. Florianópolis.

Informações sobre Nascimentos Vivos

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

Nº de nascidos vivos 5.316 5.590 5.310 5.701 5.565 5.055 5.215 4.963 4.825 % prematuridade 5,2 5,7 6,1 5,5 9,0 6,3 6,4 7,8 6,9 % de partos cesáreos 44,0 41,9 40,6 40,1 43,4 42,6 42,9 48,6 49,7 % de mães de 10-19 anos 18,9 18,9 18,4 19,3 18,9 17,5 17,1 16,0 14,5 % de mães de 10-14 anos 0,7 0,7 0,6 0,6 0,6 0,6 0,4 0,5 0,5 % com baixo peso ao nascer 7,4 7,8 8,5 7,5 7,6 6,7 7,7 8,3 7,6 - partos cesáreos 7,5 8,6 9,2 8,2 9,3 7,3 8,8 8,9 8,8 - partos vaginais 7,3 7,2 8,1 7,0 6,4 6,2 6,9 7,7 6,5 % mães sem pré-natal 4,0 3,8 7,1 6,3 2,3 1,7 1,3 1,3 1,3 % mães > 6 Consultas pré-natal48,4 41,1 48,3 44,7 46,0 52,2 56,0 61,9 64,4

Fonte: SINASC - SES/SC

Uma análise sobre a situação de nascidos vivos entre os anos de 1996 e 2004 (Tabela 11) faz observar primeiramente uma queda no número absoluto de nascidos vivos especialmente a partir do ano 2001. O fator prematuridade, embora instável no período, apresentou elevação de 5,2% em 1996 para 7,8 em 2003, assim como o fator baixo peso ao nascer (7,4 em 1996 para 8,3 em 2003) . A idade da mãe não apresentou incremento significativo na faixa etária dos 10 aos 19 anos e nem na faixa de 10 aos 14 anos. Quanto aos partos cesáreos, estes aumentaram, ainda que em torno de um ponto percentual e os partos vaginais diminuíram na mesma proporção no período. E, como indicador de elevação da qualidade dos serviços básicos, as mães com mais de seis (6) consultas pré-natal tiveram aumento de cobertura de 48,4% em 1996 para 64,4% em 2004.

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Tabela 12. Mortalidade Proporcional (%) segundo Grupo de Causas - CID10 - 2004

Total Grupo de Causas

Nº %

Doenças do aparelho circulatório 605 32,6 Neoplasias (tumores) 392 21,1 Causas externas 265 14,3 Doenças do aparelho respiratório 203 10,9 Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 66 3,6 Doenças do aparelho digestivo 73 3,9 Alg dças infecciosas e parasitárias 129 7,0 Algumas afec originadas no período perinatal 24 1,3 Doenças do aparelho geniturinário 24 1,3 Doenças do sistema nervoso 41 2,2 Demais Causas (definidas) 33 1,8

Sub-Total (definidas) 1.855 100,0 Mal Definidas 25 1,3 Total 1.880 100,0

Fonte: SIM - SES/SC

A Tabela 13 apresenta Mortalidade Proporcional por sexo, segundo grupos de causas no ano de 2004 para o município, tendo as Doenças do aparelho circulatório obtido o maior número de óbitos. Em seguida encontram-se as neoplasias e em terceiro as causas externas, sendo relevante também a análise da faixa etária e do sexo implicados nos grupos de causas. Na Tabela 13, encontramos o coeficiente de mortalidade para algumas causas selecionadas entre 1997 e 2004 no município de Florianópolis para grupos de 100.000 habitantes e verifica-se decréscimo dos óbitos por AIDS entre 1997 e 2004, elevação das doenças isquêmicas do coração, dos acidentes de transportes e dos homicídios. A tabela 14 apresenta os dados relacionados com a mortalidade proporcional por faixa etária no município.

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Tabela 13. Coeficiente de Mortalidade para algumas causas selecionadas entre 1997 e 2004 no município de Florianópolis. (por 100.000 habitantes)

Causa do Óbito 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

Aids 22,9 20,5 24,1 21,0 21,0 20,5 20,3 18,3 Tuberculose 2,9 1,4 2,1 0,9 0,3 1,4 1,1 0,8 Infecções intestinais 1,1 2,5 1,4 0,6 1,4 0,8 0,5 1,1 Neoplasia malig da traquéia,brônquios e pulmões 17,8 17,9 19,2 17,2 10,2 18,6 19,5 16,4 Doenças isquêmicas do coração 64,3 72,5 77,0 64,9 68,7 63,0 58,0 69,1 Doenças cérebro vasculares 46,5 52,4 52,5 39,4 38,0 37,4 34,1 37,9 Diabetes mellitus 22,2 17,6 20,6 21,6 17,0 16,1 12,2 14,6 Acidentes de transporte 38,1 23,3 26,2 28,0 21,9 21,1 21,9 24,4

Homicídios 11,3 9,0 9,9 11,1 17,6 25,0 26,3 28,3

Suicídos 4,4 9,3 8,2 6,4 5,4 5,3 4,6 4,8 Gravidez, parto e puerpério1 - - 17,5 - 19,8 - 120,9 20,7 Neoplasia maligna da mama2 19,7 23,7 17,2 18,7 18,7 9,7 12,4 16,1 Neoplasia maligna do colo do útero2 5,6 9,1 5,5 7,9 6,0 2,7 7,0 3,8

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Tabela 14. Mortalidade proporcional por faixa etária Faixa etária 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

< 1 ano 6,5 5,6 4,7 4,2 3,3 3,7 3,0 3,2 2,0 1-4 1,2 1,1 1,3 0,8 0,7 0,8 0,5 0,6 0,6

5-9 0,6 0,6 0,3 0,5 0,5 0,2 0,6 0,2 0,3

10-14 0,7 0,9 0,6 0,6 0,7 0,8 0,8 0,6 0,4

15-19 1,7 1,7 1,3 1,3 1,3 1,7 2,3 2,3 2,7 20-29 6,8 5,4 5,0 5,0 5,4 6,0 6,9 6,3 5,7 30-39 8,8 8,2 7,0 7,8 8,3 7,3 7,9 7,2 7,0 40-49 8,6 9,1 9,0 9,6 8,6 9,9 9,0 9,9 9,9 50-59 11,1 10,1 11,9 10,4 11,6 10,5 10,8 11,6 11,0 60-69 15,3 17,0 16,4 17,0 16,4 16,0 15,9 14,8 16,2 70-79 19,4 19,8 20,1 18,9 21,9 19,3 20,0 21,6 18,9 80 e+ 19,1 20,5 22,4 23,9 21,3 23,9 22,3 21,8 25,3

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Fonte: SIM - SES/SC

Como se mencionou no comentário inicial é importante observar morbidade e as possibilidades para isto estão incluídas nos estudos de morbidade hospitalar, de morbidade ambulatorial e nos levantamentos de notificações compulsórias de doenças transmissíveis, além naturalmente de estudos epidemiológicos específicos como pesquisas acadêmicas e científicas. A Tabela 15 apresenta a distribuição percentual das Internações por Grupo de Causas e por faixa etária, segundo CID10, (por local de residência) no município de Florianópolis, no ano de 2004. O grupo de 1 a 4 anos de idade ainda é bastante sujeito a internações por doenças infecciosas e parasitárias (12% do grupo de causas), enquanto o grupo de 50 a 64 anos de idade aprezsenta causas de internação motivados por doenças do aparelho circulatório ( 25% do grupo de causas) e neoplasias (15,5% , idem). A faixa etária maior de 65 anos de idade apresenta maior causa de internação (15, 8%) para doenças do aparelho respiratório. Crianças de 5 a

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9 e de 10 a 14 anos apresentam maior percentual d internação (17,4 e 14,4 respectivamente) em razão de doenças do aparelho digestivo. Tabela 15. Distribuição Percentual das Internações por Grupo de Causas e Faixa Etária, segundo CID10, (por local de residência) Florianópolis, 2004.

Capítulo CID Menor 1

1 a 4

5 a 9

10 a 14

15 a 19

20 a 49

50 a 64

65 e mais Total

Algumas doenças infecciosas e parasitárias 7,6 12,0 8,8 7,1 1,9 5,4 4,5 3,4 5,2

Neoplasias (tumores) 1,0 6,7 5,7 5,4 2,9 5,3 15,5 13,2 7,6

Doenças sangue órgãos hemat e transt imunitár 1,3 2,2 0,9 1,3 0,7 0,4 0,4 0,7 0,6

Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 1,1 1,6 1,8 1,7 0,5 1,6 2,0 2,7 1,7

Transtornos mentais e comportamentais - - - 0,2 3,1 9,4 6,8 1,7 6,3

Doenças do sistema nervoso 2,0 2,5 3,4 3,2 1,2 1,8 2,8 3,5 2,2

Doenças do olho e anexos 0,3 2,7 1,8 1,1 0,2 0,6 0,9 1,1 0,8

Doenças do ouvido e da apófise mastóide 0,3 3,3 5,6 3,2 0,3 0,1 0,0 0,0 0,4

Doenças do aparelho circulatório 0,6 0,6 1,3 1,9 1,5 6,3 25,0 31,1 11,5

Doenças do aparelho respiratório 21,1 29,7 18,1 16,8 5,0 4,3 8,2 15,8 8,7

Doenças do aparelho digestivo 4,9 13,0 17,4 14,4 3,4 7,6 13,4 10,0 9,0

Doenças da pele e do tecido subcutâneo 2,0 4,2 4,8 2,6 1,6 1,8 1,2 1,3 1,8

Doenças sist osteomuscular e tec conjuntivo 0,1 1,7 2,0 6,5 2,2 2,6 3,5 3,3 2,7

Doenças do aparelho geniturinário 1,3 2,7 2,7 5,2 5,1 5,8 6,2 5,6 5,4

Gravidez parto e puerpério 0,1 - - 6,7 59,4 35,2 0,1 0,0 22,8

Algumas afec originadas no período perinatal 51,1 - - 0,2 0,1 0,1 - - 1,9

Malf cong deformid e anomalias cromossômicas 4,1 4,9 6,6 3,4 0,9 0,4 0,5 0,4 1,0

Sint sinais e achad anorm ex clín e laborat - 0,4 0,5 1,3 0,5 0,7 1,1 1,2 0,8

Lesões enven e alg out conseq causas externas 0,6 8,8 13,8 10,8 8,9 8,4 6,9 4,5 7,6

Causas externas de morbidade e mortalidade - - - - - 0,0 - - 0,0

Contatos com serviços de saúde 0,7 2,9 4,7 7,1 0,6 2,2 0,9 0,5 1,8 CID 10ª Revisãoo não disponível ou não preenchido - - - - - - - - -

Total (%) 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0100,0 100,0 100,0

Número de Internações 711 691 557 465 1.394 12.2242.755 2.842 19.780

Fonte: SIH/SUS

Na Tabela 16 podemos observar as doenças de notificação compulsória, registradas, investigadas e confirmadas pela Vigilância epidemiológica do município. Chamam atenção os casos de hepatite viral, os casos de varicela e as doenças transmitidas sexualmente. Os casos de caxumba e de meningite, esta última não especificada, também podem ser considerados importantes.

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Tabela 16. Casos confirmados, segundo classificação de doenças de Notificação Compulsória. Florianópolis, 2004.

DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO CASOS CONFIRMADOS NO ANO DE 2004

Atendimento anti-rábico

899

Condiloma acuminado

63

Coqueluche

01

Dengue

02

Hepatite viral

128

Herpes genital

06

Leptospirose

13

Meningite

34

Sífilis em adulto

51

Síndrome do corrimento cervical

54

Síndrome do corrimento uretral

21

Varicela

731

Caxumba

36

Aids

174

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2.3. DIAGNÓSTICO DOS SERVIÇOS MUNICIPAIS

DE SAÚDE A Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis, criada no início da década de 1950, integrando as áreas de educação, saúde e serviço social, passou por transformações relevantes nos últimos vinte anos, desmembrando-se da educação em 1986 e da área de serviços social cerca de dez anos mais tarde. Consta que sua primeira unidade de saúde foi a da localidade de Santo Antônio de Lisboa (1953). Ao final da década de 1960 foi criado o ambulatório Médico Social de Campeche, no qual alunos do curso de medicina e de serviço social da UFSC prestavam assistência junto à comunidade nos sábados à tarde. Experiência similar ocorreu no norte da Ilha, na SERTE - Sociedade Espírita Recuperação, Trabalho, Educação. Mais tarde, a Prefeitura Municipal de Florianópolis, através da SESAS - Secretaria de Educação, Saúde e Assistência Social, começou a contratar médicos e os postos de saúde foram consolidando-se no interior da ilha (Coelho,1999). Ao final da década de 1970, a SESAS operava uma rede de mais de vinte unidades, sendo subsidiada financeiramente por convênio com o INAMPS - Instituto Nacional da Assistência Médica e Previdência Social. Em torno de 1985, com o convênio da Ações Integradas de Saúde – AIS, a rede contava com 35 unidades ainda conhecidas como “Postos de Saúde”, denominação nem sempre condizente com a conceituação elaborada pelo Ministério da Saúde, uma vez que todas prestavam atendimento médico e odontológico. Com a municipalização da rede básica que pertencia à Secretaria de Estado da Saúde – SES, e de um dos Postos de Assistência Médica (PAM) do INAMPS, em 1991, a rede municipal totalizou 50 unidades de saúde distribuídas em toda a extensão geo-territorial do município, alcançando ótimo indicador de capacidade instalada e possivelmente também em disponibilidade de profissionais contratados, independentemente da origem contratual (INAMPS, SES ou município). Em conseqüência, a produção de serviços também aumentou e nesta ocasião foi adotado um primeiro modelo assistencial planejado.

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Quanto ao acesso, não se observou grande dificuldade até o final dos anos 1990, quando houve grande expansão da população fixa no litoral norte da Ilha de Santa Catarina, em locais onde anteriormente existiam apenas comunidades pesqueiras e balneários com população flutuante nos meses de verão. O crescimento populacional em Florianópolis coincidiu tanto com o embobrecimento de segmentos da classe média, como com a mudança do modelo de gestão. Em 1991, com a implantação do Sistema Único de Saúde – SUS – o modelo escolhido para assistência na rede básica municipal estava baseado em um sistema de referenciamento de unidades de porte menos complexo (Centros de Saúde Tipo I) para outros, situados em posição geográfica e de acesso via transportes coletivos favorável, com um grau de complexidade um pouco maior, os Centros de Saúde Tipo II (totalizando 15 unidades CS II). Nestes, além da clínica médica geral, da odontologia e dos serviços de enfermagem e imunização oferecidos nos CS I, também se oferecia clínica em gineco-obstetrícia, atividades de interesse à atenção integral à saúde da mulher, como ações de planejamento familiar e clínica pediátrica (SMDS - Plano Municipal de Saúde 1993-1997, Núcleo de Planejamento e Informação, maio de 1993). Desde 1985 e 1986 foi planejada e testada na prática a divisão gerencial da Secretaria da Saúde em regiões administrativas, primeiramente em número de seis e baseada fundamentalmente em equipes multiprofissionais de saúde, sendo finalmente fixada em cinco regiões (norte, sul, centro, continente e leste), o que foi formalizado somente em 2004, com a criação efetiva das Regionais de Saúde. Além disso, também estava previsto no Plano Municipal de Saúde - gestão 1993/1997, a implantação de unidades com um grau maior de complexidade que os CSII, então denominadas CSs III, cujos critérios de implantação seriam baseados tanto em critérios demográficos e no fluxo de demanda quanto nos critérios epidemiológicos locais, mas via de regra seguiriam a orientação de uma unidade por região administrativa no máximo, e contariam com especialidades médicas e serviços complementares variados, devendo ter todas os serviços já contidos em um CSII e, dependendo das necessidades, com clínicas em Acupuntura, Psiquiatria, Psicologia, Nutrição, Fisioterapia, Geriatria, Assistência à Terceira Idade, Assistência ao Diabético e Hipertenso, Assistência Integral à Saúde da Mulher, Assistência Integral à Saúde da Criança, Saúde Mental, Saúde do Trabalhador e a Gerência Regional, com atividades administrativas, de planejamento, de Vigilância Epidemiológica e Sanitária 2, entre outros. Elas também funcionariam como sedes de gerenciamento regional de saúde.

2 Plano Quadrienal de Saúde Gestão 1993/1997, págs 188 e 189, QUADRO 4.2.1.

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Atualmente poderíamos acrescentar necessidades como clínica em cardiologia, laboratório de exames diagnósticos complementares, setor de imagem com RX e ultrassonografia e farmácia completa de dispensação. Uma análise da relação custo benefício, em termos demográficos ou de eventos, não justifica a implantação de leitos ou de atendimento de urgência descentralizados para as regiões de saúde, o que ocasionaria elevado custo de manutenção para pessoal e equipamentos sem o devido impacto. Por outro lado, a disponibilização de ambulâncias equipadas para transporte de pacientes de urgência nestes pontos há muitos anos é constatada como necessária. Uma mudança no modelo assistencial previsto para a SMS ocorreu a partir de 1998, quando o Programa de Saúde da Família passou a significar o investimento prioritário das Secretarias Municipais de Saúde em todo o país, sendo que Florianópolis não foi uma exceção, pois como sempre ocorre com programas prioritários do governo federal, os recursos financeiros ofereciam grande atrativo. Em 25 de julho de 1994 a Proposta de Operacionalização do Programa de Saúde da Família – PSF, foi aprovada no Conselho Municipal de Saúde de Florianópolis. Em fevereiro de 1996 três (3) equipes de PSF foram implantadas em duas unidades: uma na unidade de Vila Aparecida e duas na unidade de Monte Cristo e em novembro de 1996 foram implantadas mais duas equipes na unidade de Ingleses e uma na unidade da Tapera.

Entre 1997 e 2004 as equipes de PSF foram ampliadas em torno de 81%, passando de 6 para 52 (Florianópolis, oito anos melhorando a vida de nossa gente – RELATÓRIO DA GESTÃO DA PREFEITA Angela Amin, dezembro de 2004). O relatório afirma que o PSF alcançava, desta forma, a cobertura aproximada de 60% da população de Florianópolis e que com a contratação de 563 agentes comunitários de saúde pelo Programa de Agentes Comunitários de Saúde – PACS, com uma cobertura esperada de 100% da população. Em 2001, por decisão do gestor se eliminou a terminologia CSI e CSII, bem como o modelo de referenciamento, passando-se a adotar a “estratégia da saúde da família” como o modelo de gestão, visando alcançar integralidade na atenção à saúde através de uma equipe composta por um médico com esperado perfil de medicina comunitária, um enfermeiro, dois técnicos e/ou auxiliares de enfermagem e um grupo de agentes comunitários de saúde com atuação externa à unidade de saúde. Cada equipe deve, em tese, atender no máximo a 4.500 pessoas, em uma área geográfica, na qual habitem 600 a 1000 famílias, critérios estes que poderiam variar, de acordo com condições do município. O território, dividido em áreas que se subdividirão em microáreas com 200 a 250

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famílias atendidas cada uma por uma equipe de saúde da família. Em Florianópolis este critério foi reduzido para 125 famílias para cada agente comunitário de saúde, mas pode variar até 400 famílias em regiões de balneários cuja ocupação é flutuante. A equipe toda, por sinal, deveria atuar de modo sintonizado sob as diretrizes da vigilância em saúde, na comunidade, realizando visitas domiciliares para captação de problemas de saúde.

Tabela 17 - Distribuição de profissionais na rede básica por tipo de formação e envolvimento com o Programa de Saúde da Família nos anos

de 1997, 2004 e 2006.

Tipo

de

profis-

sional

ACD Auxiliar de

Enfermagem

Técnico de

Enfermagem

Enfermeiro Médico Cirurgião

Dentista

Nº de

equipes no

ano

1997 0 60 aux. Enferm

na rede

12 auxiliares

PSF

63 téc.

Enferm. na

rede

45

enfermeiros

6 enfermeiros

PSF

79

médicos 6

médicos

PSF

74 dentis

tas

6 equipes

2004 0 94/

52 compondo

equipes PSF

75 recebendo

PSF;

52 compondo

equipes PSF

67 recebendo

PSF;

52 compondo

equipes PSF

139

recebendo

e

52

compondo

equipes

PSF

82 dentis

tas receben

do e ne

nhum com

pondo equi

pes PSF

52 equipes

20063 17

recebendo

e 11

compondo

equipes PSF

81 recebendo e

53 compondo

equipes equipes

PSF

120 recebendo

e

74 compondo

equipes PSF

111 recebendo

e 72 compondo

equipes PSF e

5 compondo

PACS

142

recebendo

e 72

compondo

equipes

PSF

72 equipes

Entretanto, atualmente com 75 equipes distribuídas em 45 Unidades Locais de Saúde, com salários profissionais reformulados, odontológos também inseridos no programa a partir de 2004, o fato é que não se conhece o impacto que as ações do programa de saúde da família possa estar causando e os poucos

3 Dos ACDs que recebem como PSF mas não atuam em equipes, dois são atendentes de enfermagem e dos auxiliarea um é atendente de enfermagem com formação em auxiliar, o que altera os números.

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indicadores analisados pelo Ministério da Saúde não são capazes de medir com sensibilidade o desempenho dessas ações, sugerindo que seu propósito principal possa não estar alcançando êxito. O problema pode estar na ausência de indicadores de aplicabilidade local. Quanto à inserção do farmacêutico como profissional da equipede saúde da família, está dependente da implantação de uma política nacional de assistência farmacêutica, que garanta recursos para a área , O Programa de Saúde da Família se propunha a obter resolubilidade para 80% dos casos de doenças e agravos que teoricamente estariam destinados à solução na atenção básica. Contudo, o represamento de consultas para especialidades e a dependência de exames diagnósticos complementares vêm indicando que o programa por si só, não têm sido capaz de cumprir a promessa de resolubilidade e que, ao romper o princípio da integralidade por não preocupar-se com as alternativas de acesso aos níveis de complexidade maior do Sistema, se expõe a toda sorte de críticas. É necessário recompor o modelo e perceber que uma cidade como Florianópolis não poderá sobreviver com uma rede básica destinada somente na alternativa da saúde da família. A Secretaria Municipal de Saúde atua no SUS - Sistema Único de Saúde na gestão da rede básica e jamais assumiu a Gestão Plena do Sistema, ciente de que sua posição de capital de estado e de cidade-pólo regional concentrando muitos serviços públicos de média e de alta complexidade não seria favorável a uma gestão no modelo proposto pelo SUS. Enquanto aguardava o impasse sobre a gestão plena, nos últimos anos, a Secretaria Municipal de Saúde investiu em reformulações de sua estrutura interna e no planejamento estratégico aplicado aos vários níveis de funções, resultando em definições que se associam às diretrizes e princípios que norteiam o Sistema Único de Saúde e às suas próprias atividades, voltadas à atenção básica. Alguns ajustes ainda se fazem necessários na estrutura e já se fazem sentir.

Por outro lado alguns produtos foram obtidos das discussões com grupos de representantes de todos os setores, departamentos, divisões do nível central, regional e local, e entre eles podemos considerar que alguns possuem caráter permanente, como por exemplo a Missão da Secretaria Municipal de Saúde (enunciada abaixo). Outras definições de médio prazo, como a Visão, deverão ser renovadas a cada gestão, mediante retomada anual do planejamento estratégico.

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MISSÃO DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE “PROMOVER AÇÕES DE PREVENÇÃO, ASSISTÊNCIA, PROMOÇÃO E REABILIATAÇÃO EM SAÚDE PARA CONTRIBUIR DE FORMA CONTINUA COM A MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO DE FLORIANÓPOLIS”. O arcabouço legal e ético do Sistema Único de Saúde faz parte da instituição Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis, oficialmente comprometida com o mesmo desde 1991 e como partícipe na luta pela reforma sanitária pelos vinte anos que precederam o SUS. Desta forma, a Legislação Federal (Lei 8080/90, a Lei 8.142/90, o Decreto 1.232/94) e as normativas do SUS como as NOBs e NOAS e a recente Portaria 399/GM de 22 de fevereiro de 2006 que divulga o Pacto pela Saúde, visando a consolidação do SUS e aprovando novas diretrizes operacionais para o sistema constituem uma das bases de orientação das ações desenvolvidas. Outra base está constituída pela legislação municipal, com a Lei Orgânica Municipal da Saúde, a Lei o Código de Vigilância em Saúde e a Lei 137/04 que dispõe sobre a estrutura e funcionamento da Secretaria Municipal de Saúde . Os princípios doutrinários do SUS constituem nossa imagem objetivo: UNIVERSALIDADE: É o princípio constitucional de que saúde é um direito de todos e dever do Estado, portanto, a garantia de acesso de toda população de Florianópolis aos serviços de saúde de qualidade e resolutivos, com território adstrito, viabilizando o planejamento e a programação em saúde. EQUIDADE: É o princípio pelo qual o poder público dará atenção a saúde de toda população, porém, de forma equânime onde os investimentos serão maiores para aqueles que mais necessitam, considerando as diferenças individuais e de grupos populacionais, buscando adequar a oferta às necessidades como princípio de justiça social. INTEGRALIDADE: É o princípio pelo qual as ações de saúde terão uma abordagem integral e contínua do individuo e da coletividade no contexto familiar e social, englobando atividades de promoção de saúde, prevenção de riscos, danos e agravos concomitante com as ações de assistência e reabilitação.Pode ser compreendida no sentido de promoção da saúde atendendo a todas as fases e necessidades do indivíduo ou grupo, como também no sentido vertical, voltada aos serviços, quando se pode obter amplo acesso em todos os níveis: básico, de média e alta complexidade.

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E os princípios organizativos, também conhecidos como diretrizes do SUS, norteiam a organização dos serviços: DESCENTRALIZAÇÃO: É a noção pela qual as decisões técnicas e de gestão devem levar em consideração as questões locais de saúde, ou seja, instâncias decisórias mais próximas da população usuária. HIERARQUIZAÇÃO: É o processo de integração e a articulação dos serviços de atenção básica com os demais níveis do sistema SUS, garantindo que a porta de entrada é a unidade local de saúde. PARTICIPAÇÃO POPULAR/ CONTROLE SOCIAL: diretriz pela qual se garante a participação da população nas decisões que definem as prioridades e diretrizes da gestão dos serviços de saúde, através das instâncias constituídas, os conselhos de saúde, democratizando o conhecimento do processo saúde-doença e do sistema de saúde.

HUMANIZAÇÃO: Organização do atendimento com o desenvolvimento de responsabilização e vínculo das equipes com a população adstrita estimulando o auto-cuidado dos indivíduos e das famílias. São ainda pressupostos a serem notados pelo corpo técnico e gerencial da SMS: A ÉTICA, a fim de observar veementemente os direitos humanos. A INCLUSÃO, visando buscar a equidade com a diminuição da marginalização dos seres humanos. A SEGURANÇA, visando à diminuição da violência social através de ações pro positivas. A SUSTENTABILIDADE para diminuir a destruição do meio ambiente como forma de garantia da saúde das gerações futuras. O DESENVOLVIMENTO, como garantia da qualidade de vida com menos pobreza e privação. São VALORES instituídos pela SMS: A HONESTIDADE: Assumir de forma honesta e objetiva os problemas de saúde e da gestão pelo exercício da confiança recíproca e a lealdade para com os indivíduos envolvidos; O COMPROMETIMENTO: Ação consciente e de espírito público no exercício profissional através de uma postura democrática, ética, justa e responsável. A SOLIDARIEDADE: Buscar agregar potencialidades em todos os seres humanos de tal forma que a vida seja o valor maior de todas as ações.

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A DEDICAÇÃO: É a busca da excelência das ações através do aperfeiçoamento contínuo, a criatividade e a inovação para a conquista de resultados significativos. A FLEXIBILIDADE: Ter a capacidade de entender o outro compreendendo as diferenças e respeitando as posições, mediando às soluções. A CREDIBILIDADE: Através da qualidade dos serviços de saúde fazendo corretamente as ações e buscando a melhor organização do trabalho.

2.3.1. A ESTRUTURA FUNCIONAL E SERVIÇOS FINALÍSTICOS DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

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A SMS é um órgão da administração direta da Prefeitura Municipal de Florianópolis e parte integrante do Sistema Único de Saúde/SUS, na qual seu titular, “o Secretário Municipal de Saúde, em conjunto com os órgãos de deliberação coletiva é o responsável pela definição e avaliação da política municipal de saúde, em consonância com o Plano de Governo e com o Plano Municipal de Saúde” (Lei complementar 137/2004 e Decreto /2004) Entende-se por órgão de deliberação coletiva o Colegiado Gestor da SMS e o Conselho Municipal de Saúde. Como órgão de assessoramento central o Gabinete do Secretário conta com a Secretaria Adjunta, com a Assessoria de Desenvolvimento Institucional, com a Assessoria de Planejamento e com a Assessoria Jurídica. Estas assessorias devem contar, a fim de cumprirem suas funções, com alguns cargos de assessorias técnicas específicas para suas sub- áreas. Como órgão de atividade finalística a SMS possui o Departamento de Saúde Pública, composto pelo seu quadro técnico que inclui toda a rede de saúde, um comitê de responsabilidade técnica multiprofissional e pelos cargos de direção e assessoramento: Chefe de Departamento, Assessor de Atenção à Saúde, Assessor de Vigilância em Saúde, havendo nestas assessorias alguns cargos de assessoria técnica como vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, ou de certos programas prioritários na atenção básica, por exemplo. No nível central da SMS a estrutura organizacional atual encontra-se apresentada no Organograma Funcional (2004). Esta estrutura é complementada pelo Regimento Interno da Secretaria Municipal de Saúde, no qual estão descritas as competências básicas dos setores que a compõe. A rede municipal de Saúde conta com 46 unidades de saúde classificadas como básicas, um Pronto-Atendimento em Ingleses, 3 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS II - Ponta do Coral, CAPS Infantil e o CAPS AD) e um 1 Laboratório de Análises Clínicas – no Estreito (Mapa). O município está dividido gerencialmente em cinco Regionais de Saúde, com área territorial definida. São as Regionais da Região Centro, Continente, Leste, Norte e Sul. Cada regional possui uma sede gerencial. As Regionais de Saúde tem como função principal o gerenciamento da rede a nível de sua região e contam com uma equipe para desempenhar suas funções: 1 coordenador regional, 1 enfermeiro, 1 técnico de enfermagem e 1 auxiliar administrativo. É de competência das equipes Regionais de Saúde também a responsabilidade sobre a vigilância à saúde e sobre o acompanhamento do desempenho das unidades de saúde de sua área.

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Quanto ao tipo de gestão atual, a SMS se encontra no modelo Pleno da Atenção Básica Ampliada, o que caracteriza sua competência no nível básico da atenção à Saúde. As demais ações de nível secundário e terciário estão sob gestão da Secretaria de Saúde do Estado de SC. As unidades básicas são a porta de entrada no Sistema Único de Saúde, e o acesso à rede especializada ocorre por acionamento da Central de Marcação de Consultas, sob gerência do Estado de SC com links eletrônicos nas unidades locais de saúde, modelo que deixa muito a desejar e apresenta grande variedade de disfunções. Estas disfunções espera-se poderão encontrar correções a partir de propostas contidas no Pacto de Gestão que virá a conferir mais flexibilidade para o estabelecimento de negociações entre os três níveis de gestão do SUS.

2.3.1.1. VIGILÂNCIA EM SAÚDE COMO REFERENCIAL

Há um propósito no investimento no conceito de Vigilância em Saúde como um referencial permanente. A Vigilância em Saúde se expressa pelo acompanhamento da saúde da população, através do rastreamento de situações de risco humano e de risco ambiental. O desenvolvimento da vigilância em saúde pode ocorrer, em princípio, através de ações integradas de Vigilância Epidemiológica e da Vigilância Sanitária. Mas pode também superar estas fronteiras, posicionando-se também nas inúmeras salas de análise de dados e informações de saúde, pois conforme Langmuir (1963):

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ORGANOGRAMA FUNCIONAL DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

Florianópolis, 2004

Secretário Municipalde Saúde

ColegiadoGestor

Secretaria Adjunta

DepartamentoAdministrativo-

Financeiro

Regionais de Saúde

Assessoria de Atençãoà Saúde

Assessoria deVigilância em Saúde

Unidades de Saúde

Assessoria deDesenvolvimento

Institucional

Assessoria de Planejamento

Assessoria Jurídica

Departamento deSaúde Pública

Divisão de RecursosHumanos

Comitê deResponsabilidade

Técnica

Divisão de RecursosMateriais e Patrimônio

Divisão de LogísticaDivisão de Execução

Financeira

Legenda

Órgão de Administração SuperiorNíveis de AssessoramentoÓrgão de Atividade Finalística

Nível de Execução Instrumental

Nível OperacionalÓrgão de Execução Instrumental

Secretário Municipalde Saúde

ColegiadoGestor

Secretaria Adjunta

DepartamentoAdministrativo-

Financeiro

Regionais de Saúde

Assessoria de Atençãoà Saúde

Assessoria deVigilância em Saúde

Unidades de Saúde

Assessoria deDesenvolvimento

Institucional

Assessoria de Planejamento

Assessoria Jurídica

Departamento deSaúde Pública

Divisão de RecursosHumanos

Comitê deResponsabilidade

Técnica

Divisão de RecursosMateriais e Patrimônio

Divisão de LogísticaDivisão de Execução

Financeira

Legenda

Órgão de Administração SuperiorNíveis de AssessoramentoÓrgão de Atividade Finalística

Nível de Execução Instrumental

Nível OperacionalÓrgão de Execução Instrumental

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ESTRUTURA GERENCIAL DA REGIONAL DE SAÚDE FLORIANÓPOLIS, 2004

COORDENADOR DE

VIGILÂNCIA DA SAÚDE REGIONAL

AUXILIAR ADMNISTRATIV

O REGIONAL

ASSESSOR TÉCNICO

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

REGIONAL

ASSESSOR TÉCNICO

VIGILÂNCIA SANITÁRIA/AMBIENTAL

REGIONAL

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"Vigilância é a observação contínua da distribuição e tendências da incidência de doenças mediante a coleta sistemática, consolidação e avaliação de informes de morbidade e mortalidade, assim como de outros dados relevantes, e a regular disseminação dessas informações a todos os que necessitam conhecê-la".

Nestes informes podemos inserir tópicos mais atuais como a vigilância ambiental, a farmacovigilância, a vigilância alimentar e nutricional, a vigilância de saúde do trabalhador, a vigilância de doenças crônicas não transmissíveis, independentemente do método que for utilizado para a coleta e análise de dados (sistema de informações oficial, estudos longitudinais, pesquisas, monitoramento continuado específico). A farmacovigilância, por exemplo, que representa a detecção, avaliação, compreensão e prevenção dos efeitos adversos ou de quaisquer problemas relacionados a medicamentos (OMS, 2002), ainda não é uma prática institucionalizada na SMS, seja pela ausência do profissional farmacêutico, seja pela pouca atenção que as reações indesejadas manifestadas após o uso dos medicamentos têm manifestado junto ao poder público. A vigilância ambiental, que pode e deve ser exercida inclusive por agentes comunitários de saúde também tem deixado a desejar em virtude do modelo de cadastro da família adotado e que necessita de reformulação. A Vigilância em Saúde, exercida de modo mais efetivo e tradicional pelas equipes de técnicos da Assessoria de Vigilância em Saúde e que na SMS incluem um representante por Regional de Saúde, pode ser maximizada, utilizando toda a estrutura de recursos humanos e infra-estrutura já existente na rede, incorporando e fortalecendo os propósitos da Estratégia de Saúde da Família. Os agentes de saúde, por exemplo, devidamente munidos de instrumentos de coletas de dados e devidamente capacitados para tal, poderão assumir, de fato, a atribuição de rastrear problemas e/ou eventos relacionados com riscos ao ambiente e à saúde coletiva de suas micro-áreas. Ao se alcançar uma cobertura de 100% da área territorial do município, o trabalho de rastreamento, monitoramento e controle ambiental e de vigilância em saúde poderão obter cobertura total. Vigilância em saúde é papel do nutricionista, do farmacêutico, do enfermeiro, enfim de todo profissional de saúde.

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2.3.1.2. ATUAÇÃO DO DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA

A. SERVIÇOS PRODUZIDOS ATUALMENTE PELA ASSESSORIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE

Pelo fato da SMS concentrar seus serviços finalísticos na atenção básica e ter crescido em torno destes, o Departamento de Saúde Pública encontra-se hipertrofiado. Atualmente gerencia toda a rede básica, subdividida em cinco Regionais de Saúde e 48 Unidades Locais de Saúde e também gerencia a assessoria de Vigilância em Saúde, onde atuam separadamente a Vigilância Epidemiológica e a Vigilância Sanitária. VIGILÂNCIA SANITÁRIA A Vigilância Sanitária realiza um conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos e agravos à saúde do indivíduo e da coletividade pela intervenção nos problemas que podem desencadeá-los. Os problemas sanitários são decorrentes da produção, distribuição, comercialização e uso de bens de capital e de consumo, e da prestação de serviços de interesse da saúde. A Vigilância Sanitária deve exercer ainda a fiscalização e o controle sobre o meio ambiente e os fatores que interferem na sua qualidade, abrangendo os processo e ambientes de trabalho, habitação e o lazer. A avaliação do risco epidemiológico e a análise do impacto de determinados eventos sobre a saúde da população fundamentam a programação das atividades da Vigilância Sanitária. Entretanto, o atendimento a demanda espontânea que chega do cidadão, deve ser considerada em conjunto com as demais atividades a serem desenvolvidas diariamente. Outros fatores são levados em consideração para a determinação das ações e estipulação de metas a serem alcançadas, para fazer frente ao crescimento urbano e as necessidades de saúde da população.

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VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

No município de Florianópolis a Vigilância Epidemiológica desenvolve um conjunto de atividades que pode permitir a reunião de informações e em decorrência de sua análise permite o conhecimento das doenças e agravos, para monitorar a detecção, andamento e até mesmo a possibilidade de prever alterações em seus fatores condicionantes e determinantes. A finalidade destes estudos e interpretações, é desenvolver a capacidade de recomendar as medidas mais adequados e eficientes, que levem a prevenção e ao controle dos agravos e doenças.

- Vigilância de doenças imunopreviníveis e Imunização - Vigilância de Agravos transmissíveis, Informação (sistemas

SIM,SINAN,SINASC) - Vigilância Alimentar e Nutricional - Vigilância Especial da tuberculose, hanseníase, hipertensão e diabetes - Vigilância de Dst/Aids, Sífilis congênita e Hepatites

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2.3.1.3. DIAGNÓSTICO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS

A Assistência Farmacêutica é definida como área prioritária e essencial para a promoção e recuperação da saúde e deve ser assegurada nos serviços de saúde através de um ciclo de ações para sua execução, envolvendo resumidamente os seguintes itens relativos aos medicamentos: padronização/seleção; programação; aquisição, armazenamento e distribuição; prescrição; dispensação; produção; controle de qualidade; educação em saúde para o uso adequado de medicamentos; vigilância farmacológica e sanitária de produtos farmacêuticos; educação permanente dos profissionais farmacêuticos, de outros profissionais e auxiliares. Trata-se de um processo que visa promoção e proteção da saúde, em nível individual e coletivo e deve ser parte da política de saúde em qualquer nível de governo, respeitando os princípios do Sistema Único de Saúde e orientando-se para garantir a redução das desigualdades em saúde, principalmente pela ampliação do acesso aos medicamentos e pela redução dos riscos e agravos, assegurando o seu uso racional. O conceito de Assistência Farmacêutica evoluiu no tempo e o desenvolvimento do trabalho em farmácia passou por diferentes fases. No município de Florianópolis, a história da Assistência Farmacêutica inicia em 1982, quando pela primeira vez, uma profissional farmacêutica assumiu a responsabilidade técnica perante o Conselho Regional de Farmácia, sobre as ações que envolviam recebimento, armazenamento, estocagem, distribuição e controle de medicamentos junto à Secretaria de Saúde. Até então tudo era feito por auxiliares leigos. Na década de 1980, a Assistência Farmacêutica no Brasil possui a marca da centralização conferida pela CEME - Central de Medicamentos, quando não se delegava aos municípios a competência de planejar mediante critérios epidemiológicos ou outros quaisquer. Esta noção só foi sendo inserida através dos Planos Municipais de Saúde a partir de 1991. Daí, possivelmente a

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dificuldade ainda atual, em se analisar sistematicamente a morbidade local e elaborar, a partir dela, uma seleção bem fundamentada de medicamentos para cada município. Durante a década de 1970 e até metade da década de 1980, quando a rede básica de saúde do município vinha se formando, o aporte significativo de medicamentos era originado basicamente da Central de Distribuição de Medicamentos – CDM do INAMPS, órgão que era responsável em Santa Catarina pelo recebimento dos medicamentos provenientes da CEME, pelo seu armazenamento e sua distribuição aos municípios e às unidades do próprio INAMPS. Não se pode afirmar que havia exatamente uma programação de medicamentos por parte da Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis, mas por pressão de prescritores, e de modo complementar aos medicamentos provenientes da CEME, algumas poucas aquisições de medicamentos eram realizadas no mercado privado. Em anos subseqüentes, 1983 e 1984, na demanda crescia na medida em que a rede expandia e as necessidades aumentavam, convênios para compras diretas com Laboratórios Oficiais como a FURP – Fundação para o Remédio Popular e com outros dois Laboratórios Farmacêuticos Estaduais iam sendo estabelecidos e a Assistência Farmacêutica tomado forma nas etapas preliminares do ciclo. Em 1985 o município de Florianópolis assinou convênio diretamente com a CEME com objetivo de suprir suas unidades de saúde com medicamentos necessários, tendo na RENAME – Relação Nacional de Medicamentos, um guia para realizar seus pedidos e para definir naquele momento sua lista padronizada de medicamentos. Este convênio foi vigente até 1991, quando foram extintos todos os convênios entre a CEME e Prefeituras e a política de distribuição de medicamentos passou a ser comandada pelos governos estaduais. No caso de Santa Catarina, a política estadual cometeu diversos erros no desempenho de sua programação farmacêutica e Florianópolis foi prejudicada, deixando de contar com medicamentos da CEME. A partir dessa época passou a adquirir medicamentos diretamente no comércio ou em Laboratórios Oficiais de produção de medicamentos aos se conveniou (Nascimento Júnior, 2000). Segundo revisão de BERMUDEZ (1992), a CEME foi instituída em 25 de junho de 1971, destinada a promover e organizar o fornecimento de medicamentos por preços acessíveis àqueles que, por suas condições econômicas não poderiam adquiri-los. Era um órgão cuja função era também reguladora da produção e distribuição de medicamentos dos laboratórios farmacêuticos subordinados ou vinculados aos ministérios. Cabia à CEME identificar indicadores de doenças por região e por faixa de renda, levantar a capacidade de produção de laboratórios farmacêuticos, da estrutura de custos, racionalizar as categorias

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básicas de medicamentos por especialidades, incrementar a substituição de importação de matérias-primas, incentivar pesquisa científica e organizar eventos científicos, organizar e coordenar mecanismo de distribuição e venda de medicamentos em todo território nacional e assinar convênios com estados e municípios. Segundo GOMES (www.cgee.org.br/arquivos/rhf_p1_af-carlos_gomes.pdf pesquisa em 15 /05/2006), após 1991, percebeu-se que a política de medicamentos executada pela CEME nos últimos vinte anos demonstrava claramente ser um processo ineficiente. As queixas pela escassez de produtos eram constantes, as perdas em estocagens sucessivas no nível central ampliaram-se, atingindo os níveis estadual, regional e local. Os supostos ganhos de escala econômica na aquisição de grandes lotes também se perderam nos caminhos dos custos de transportes e de armazenagens e nos processos burocráticos de controle. Enfim, a CEME foi desativada pelo Decreto nº. 2283 de 24/07/97, os anos de 1997 e 1998 foram marcados por um processo de transição dentro do Ministério da Saúde – MS, onde coube à Secretaria Executiva-SE a responsabilidade da manutenção das atividades de aquisição e distribuição dos medicamentos dos Programas Estratégicos para as Secretarias Estaduais de Saúde.

Em todo o país vinha sendo percebida a necessidade de formulação de uma nova política de medicamentos, capaz de compatibilizar-se com o sistema de saúde descentralizado que se formava, com municípios assumindo responsabilidade direta pela atenção à saúde. Assim, a partir de 1998, modificações importantes e novas questões passaram a orientar a assistência farmacêutica, mas não conseguem alcançar de imediato os municípios, já sobrecarregados de novas tarefas nesta última década.

Em Florianópolis, entre 1985 e 1991, a Secretaria de Saúde contou com quatro profissionais farmacêuticos, que lotados no nível central elaboravam programação anual de necessidades, efetuavam reposição de estoques das unidades, realizavam supervisões técnicas na rede. Em 1989 um quinto profissional farmacêutico se juntou à equipe. Em 1986, ocorreu uma experiência relatada por Nascimento Júnior (2000), como única na área de Assistência Farmacêutica na SMS, referindo-se à discussão e elaboração de projeto que visava realizar campanha educativa sobre uso correto de medicamentos e que acabou por fracassar por falta de interesse por parte do gestor à época, que não teve interesse em destinar recursos para tal finalidade. O autor descreve ainda que o agravamento da situação, com o desabastecimento de medicamentos em Florianópolis, se fez sentir a partir de 1991, com a municipalização da rede básica de saúde, quando a Secretaria Municipal de Saúde passou a gerenciar unidades de porte maior, com serviços

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de maior complexidade, com médicos e dentistas (prescritores) em maior número, e também porque duas delas eram unidades de referência regional para municípios vizinhos, principalmente São José, Biguaçú e Palhoça, o que gerava maior demanda por medicamentos. A Unidade Sanitária do Centro (CSII Centro) e o Posto de Assistência Médica – PAM Estreito (Policlínica II) realizavam dispensação de medicamentos sob regime especial de controle e necessitavam de registro junto aos órgãos sanitário de profissional. Neste momento é que as farmácias destas unidades foram regularizadas junto aos órgãos de fiscalização, passando a ter licença de funcionamento, alvará sanitário, certificado de regularidade e farmacêutico responsável técnico. Os profissionais responsáveis técnicos tinham sua origem funcional nas instituições estadual e federal. Estas unidades assumiram assim a referência, no que diz respeito às demais unidades da rede, quanto à dispensação de medicamentos controlados. Em 2003, uma avaliação da Assistência Farmacêutica realizada por um grupo de estudantes da disciplina de Estágio Supervisionado em Farmácia da UFSC (Ghisi, Alves e Silva, 2004) na qual selecionou 7 das 49 unidades locais de saúde, onde havia presença de farmacêuticos funcionários municipais, presença de farmacêuticos-residentes do curso de Saúde da Família ou ainda estudantes de farmácia vinculados ao PDA - Programa Docente-Assistencial e finalmente unidades sem presença de nenhum deles, concluiu que o profissional farmacêutico é fundamental no processo de assistência farmacêutica, pois us presença implica em etapas são bem estruturadas e organizadas, sendo os únicos profissionais capazes de realizar fornecimento de orientações de relevância clínica ao usuário. Contraditoriamente, apesar do crescimento da rede e da demanda, da instalação de unidades que necessitam de medicamentos controlados como os CAPSs - Centros de Atendimento Psico-social e até mesmo da expansão de unidade maiores do tipo Pronto-atendimento e projeto de implantação de Policlínicas ou mesmo das unidades sedes de Regionais de Saúde que por si só já possuem estrutura mais diversificada, não houve implementação no quadro de recursos humanos da categoria farmacêutica para suprir suas farmácias e prover a SMS de uma Assistência Farmacêutica mais aproximada de seu conceito. Atualmente a SMS conta com seis farmacêuticos efetivos: dois farmacêuticos são responsáveis pela Central de Abastecimento Farmacêutico; três farmacêuticos atuam em duas unidades locais de saúde – sendo dois na ULS Centro e um na Policlínica II. Além disso, há um farmacêutico licenciado, cedido à SES e um no nível central da SMS, assumindo a responsabilidade pela futura Assessoria de Assistência Farmacêutica. A Unidade de Pronto Atendimento (PA) de Ingleses possui farmácia com dois farmacêuticos contratos por tempo determinado, cujo contrato vence em dezembro de 2006. Há ainda mais dois farmac~euticos por

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contrato temporário na farmácia da ULS Centro, que conta com um total de 4 farmacêuticos. A tabela 18 apresenta um estudo dos farmacêuticos efetivos disponíveis para a para dar início a uma proposta de Assistência Farmacêutica no município de Florianópolis, sendo distribuídos por local de trabalho, segundo regime de contrato e carga horária contratual.

Tabela18 - Número de profissionais farmacêuticos existentes na Assistência Farmacêutica, distribuídos por local de trabalho, segundo regime de contrato e carga horária contratual. SMS, Florianópolis, 2006.

Farmacêutii- cos Efetivos

Local de Trabalho Disponíveis

Regime de contrato

Carga horária

Assistência Farmacêutica Central

01 01 efetivo

30 horas

Central de Abastecimento Farmacêutico

02 02 efetivos 30 horas

Policlínica II 01 1 efetivo

30 horas

ULS Centro 02 02 efetivos 30 horas PA Ingleses 00

Regional Norte 00

Regional Centro 00 Regional Leste 00

Regional Sul 00

CAPS 00

Farmácia Popular Estreito 00 Farmácia popular Centro 00

Outros (licenciado) 01 indisponível 01 licenciado 30 horas

Total 07

Conforme se verifica na tabela 18, apenas duas ULSs possuem farmacêuticos realizando dispensação. Nas demais unidades (44 Unidades Locais de Saúde), a dispensação de medicamentos é realizada por outros profissionais que estiverem disponíveis no momento necessário, tais como técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem, auxiliares administrativos e outros. O fato, não raras vezes provoca entrega de medicamentos em dosagem ou apresentação equivocadas e pode favorecer a substituição indevida de medicamentos, causando danos em alguns casos irreversíveis, com a ciência ou não por parte do usuário. Como se constata

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também problemas com prescritores (profissionais médicos ou cirurgiões dentistas) que nem sempre completam os dados que devem constar das prescrições dos medicamentos, este fato somado à ausência do profissional farmacêutico nas ULSs potencializa os riscos decorrentes do uso de medicamentos. Em relação às normas sobre fornecimento de medicamentos nas unidades locais de saúde, a partir de 1991 foram experimentadas normativas com restrições variadas, visando favorecer o usuário da rede básica e a ele garantir o medicamento que necessita, mas nenhuma atendeu ao princípio da universalidade e da eqüidade. Algumas normas determinaram o fornecimento de medicamentos apenas aos que consultam na própria unidade; outra foi restrita aos que apresentassem comprovante de moradia no município e ainda outra foi restritiva aos que apresentam receituário obtido no SUS, independente da complexidade; rede básica, especializada ou hospitalar, desde que seja municipal. Atualmente o medicamento só deveria ser dispensado mediante apresentação da prescrição médica e cartão do SUS, contudo a norma não é seguida em todos os locais. Uma avaliação sobre a relevância da Assistência Farmacêutica na SMS, faz notar principalmente, sua inexistência na estrutura organizacional oficial (Organograma da SMS no item Estrutura Organizacional da SMS, a seguir). Existem pontos de inserção apenas citados como intenção em dois documentos: no organograma consta um “Comitê de Responsabilidade Técnica” junto ao departamento de saúde pública da SMS que, verificado em suas competências através do Regimento Interno do Órgão (Em anexo os seções de interesse), percebe-se que deveria haver a representação de um farmacêutico. O Regimento Interno vigora desde dezembro de 2004, mas tal representação não se fez ainda, embora venha ocorrendo a representação dos profissionais enfermeiros, médicos e odontólogos. A Central de Abastecimento Farmacêutico, situada junto ao atual Departamento Administrativo-Financeiro também não é mencionada, seja na estrutura organizacional, seja no Regimento Interno que organiza as competências do Departamento Administrativo ou da Divisão de Recursos Materiais e Patrimônio. Em contraposição, quando se menciona competência quanto à política de medicamentos, não se faz junto às competências do órgão administrativo e sim junto ao órgão finalístico. Historicamente, em organogramas precedentes ao atual (2004), entre os anos 1970 e 80, quando a estrutura se encontrava organizada em torno de categorias profissionais, se observava a existência de uma coordenadoria de farmácia, assim como existia a coordenadoria de medicina, a de enfermagem e a de odontologia.

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Com o advento do conceito de multiprofissionalidade em equipes de saúde, esta estrutura caiu em desuso. As coordenadorias de medicina e de odontologia foram utilizadas com outras finalidades, por exemplo, como coordenadorias de Informações de Saúde (CIS) e de Programa Saúde Bucal. A área de farmácia passou a ser absorvida pela área de recursos materiais e de insumos, hierarquicamente dependente da antiga Unidade de Apoio Administrativo, afastando-se do órgão de atividade finalística, onde se situava originalmente. Este setor de recursos materiais, criado a partir de 1989, era o responsável pela aquisição, controle do estoque e pelo almoxarifado dos medicamentos. Em 2004, este setor passou a ser chamado de divisão de recursos materiais, mas permaneceu vinculado ao Departamento Administrativo-Financeiro.

Avalia-se que a posição junto à área administrativa no organograma e na prática cotidiana das atividades de farmácia afastou o setor de muitas de suas atividades fundamentais, deixando de se inserir em políticas relevantes para uma revisão da assistência farmacêutica na rede básica e do próprio farmacêutico enquanto profissional de atuação indispensável. Além disso, reforçou a visão do medicamento como um produto de consumo e não como um insumo necessário à proteção e recuperação da saúde.

Mais tarde, com a criação do Departamento de Planejamento (2001) e posteriormente das Assessorias de Planejamento e de Desenvolvimento Institucional (2004), não se pensou a área de assistência farmacêutica como possível partícipe de uma ou outra.

O que se conclui é que não existe, portanto, uma coordenação ou setor especifico da Assistência Farmacêutica no organograma da Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis, o que prejudica as ações globais, especialmente no que se refere ao planejamento de necessidades em recursos humanos para a área, de estudos sobre medicamentos vinculados às necessidades epidemiológicas locais e também no que diz respeito à implementação de desenvolvimento tecnológico local. A figura 1.3 mostra um modelo do Ciclo de Assistência Farmacêutica, cujas fases passaremos a avaliar em separado, tendo por referência os serviços da SMS.

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Figura1.3: Ciclo da Assistência Farmacêutica (adaptado de um consenso Grupo técnico de Assessoria ASSFARM/MS e OPAS, 1999) in Santos, Sílvio César Machado dos. Melhoria da equidade no acesso aos medicamentos no Brasil: os desafios impostos pela dinâmica da competição extra-preço. [Mestrado]

Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública; 2001. 180 p.

A. Seleção de Medicamentos É o processo de escolha de medicamentos eficazes e seguros, imprescindíveis ao atendimento das necessidades da população, tendo como base as doenças prevalentes, com a finalidade de garantir uma terapêutica medicamentosa de qualidade. Na SMS se trabalha mediante uma lista de medicamentos padronizada (ANEXO II) cujas últimas revisões foram feitas nos anos 2001 e 2004, por um grupo de profissionais da área medica e profissionais farmacêuticos nomeados através de portaria do Secretário da Saúde. Entre os profissionais da área médica encontravam-se representantes das especialidades de clinica geral, pediatria, ginecologia e cardiologia.

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Em virtude do pequeno prazo dado à equipe para as revisões, as mesmas foram feitas com os dados e experiências pessoais dos profissionais, sem análise detalhada do perfil epidemiológico local. Após homologada pelo gabinete do secretário a nova lista foi divulgada às Unidades Locais de Saúde através de correspondência. Na revisão feita no ano de 2001, houve também divulgação da lista através de cartazes e livretos.

B. Programação de Medicamentos

Programar medicamentos consiste em confirmar quantidades a serem adquiridas para atender determinada demanda de serviços, em um período definido de tempo, possuindo influência direta sobre o abastecimento e o acesso ao medicamento.

Na Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis são utilizados os seguintes métodos de programação das necessidades de medicamentos: Consumo histórico e oferta de serviços. Consumo histórico é o método baseado na média histórica de consumo, as estimativas de necessidades futuras são feitas a partir dos dados de entradas e saídas dos meses anteriores e do estoque atual e prazo de validade. A sistemática utilizada é denominada média aritmética móvel e considera períodos de consumo dos seis meses anteriores para se fazer a previsão de consumo. Podem ocorrer variações devidas às alterações de padrão de atendimento, ocorrências sazonais, entre outras e que devem ser observadas nos cálculos. Os períodos de estoque zero de um produto não são considerados no cálculo da média. A compra deve ser feita sempre que o estoque apresenta uma quantidade de produto suficiente para atender às necessidades do período compreendido entre a solicitação e a chegada do produto.

O nível de estoque que indica o momento da compra é denominado “ponto de reposição”. Durante o período entre as aquisições podem ocorrer falhas motivadas por atrasos por parte dos fornecedores na entrega ou aumento da demanda.

Para evitar falta de produtos e compras emergenciais utiliza-se o conceito estoque de reserva, que é uma quantidade de material estocada para suprir eventuais necessidades.

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O “ponto de reposição” é então a quantidade de medicamento necessário para atender ao período de abastecimento, mais o estoque de reserva. As aquisições são feitas para um período de 04 a 5 meses, levando-se em conta a capacidade de armazenamento da Central de Abastecimento, o orçamento e os prazos de validade dos diversos produtos. Oferta de serviços: no método oferta de serviços utiliza-se a consulta ao usuário a respeito da previsão de consumo, principalmente quando se trata de atividades ou serviços novos. A programação de medicamentos na SMS é feita pelos farmacêuticos da Central de Abastecimento.

C. Aquisição de medicamentos

Consta da aquisição um conjunto de procedimentos pelos quais se efetua o processo de compra dos medicamentos estabelecidos pela programação com o objetivo de suprir as unidades visando manter a regularidade o funcionamento do sistema. Em empresas públicas, as normas para aquisição estão estabelecidas em dispositivos legais cuja complexidade varia conforme o valor do compromisso financeiro envolvido. As licitações no Brasil estão reguladas pela lei 8.666 de 21.06.93, atualizadas pela lei 8.883 de 08.06.94 e 9.648 d e 27.05.98.

Na SMS a forma de aquisição executada com maior freqüência para aquisições de medicamentos é o pregão eletrônico. Além das exigências legais são solicitados nas licitações de medicamentos requisitos técnicos como:

• Regulamentação de medicamentos sob controle especial – Portaria SVS nº 344/98 e suas atualizações.

• Procedimentos contra a falsificação de medicamentos – Portaria SVS nº 2814/98.

A assistência farmacêutica do município adquire: Medicamentos básicos Medicamentos Saúde Mental Medicamentos Programa DST/AIDS Medicamentos Pronto Atendimento (emergência) Os fornecedores que abastecem o município conforme os vencedores da licitação são laboratórios privados e distribuidoras. O parecer técnico nos processos de aquisição é realizado pelos farmacêuticos da central de abastecimento.Na análise é considerado: menor preço; cumprimento das especificações técnicas e cumprimento dos requisitos técnicos.

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D. Armazenamento na Central de Abastecimento Farmacêutico É o conjunto de procedimentos técnicos e administrativos que envolvem as atividades de recepção, estocagem e guarda, conservação e controle de estoque. Na SMS o armazenamento dos medicamentos é feito na Central de Abastecimento Farmacêutico. A Central de Abastecimento Farmacêutico possui dois farmacêuticos e 04 funcionários administrativos. O recebimento, ato em que se verifica se os medicamentos entregues estão em conformidade com a especificação, quantidade e qualidade estabelecidas no edital, é feito pelos farmacêuticos da Central, através de preenchimento de planilha especifica. A entrada de medicamentos é registrada no sistema de controle informatizado existente, com inclusão do lote e prazo de validade.

Os medicamentos são estocados em ordem alfabética por tipo de apresentação: comprimidos, bisnagas, frascos, ampolas e de acordo com suas características e condições de conservação exigidas (termolábeis, psicofarmacos, etc).

A Central de Abastecimento Farmacêutico da PMF possui: Controle de entrada/saída Equipamentos contra incêndio Área de estocagem (estrados e prateleiras) Área específica para estocagem psicofarmacos termolábeis Controle temperatura Controle umidade Controle luminosidade Equipamento para transporte (carrinhos) Equipamentos para embalagem (caixas plásticas)

E. Distribuição de Medicamentos para a Rede de Saúde É a atividade que consiste no suprimento de medicamentos às unidades de saúde, em quantidade, qualidade e tempo oportuno, para posterior dispensação à população usuária. Na SMS, a distribuição é realizada pela Central de Abastecimento Farmacêutico para as unidades locais de saúde, através de um cronograma mensal e solicitações esporádicas. O critério utilizado é o de atendimento de solicitação da Unidade Local.

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A partir da solicitação, é realizada a avaliação para proceder ao atendimento requerido, verificando as quantidades solicitadas no estoque existente, a data do último atendimento, entre outros dados. Após análise das informações e identificação das necessidades, a solicitação é atendida mediante documento de transferência, emitido em duas vias, sendo uma cópia para a unidade requisitante e outra para o controle de distribuição.

Os medicamentos são separados por ordem cronológica de prazo e validade. O transporte de medicamentos é feito por viatura própria. O almoxarifado possui um caminhão que também atende a Central de Abastecimento Farmacêutico.

Os documentos de transferência são protocolados na saída dos volumes. Está sendo implantado o controle informatizado do protocolo de saída para rastreamento dos medicamentos até sua chegada na ULS.

F. Controle de Estoque nas ULSs

É a atividade técnico-administrativa que tem por objetivo subsidiar a programação e aquisição de medicamento, visando à manutenção dos níveis de estoque necessários ao atendimento da demanda, evitando-se a superposição de estoques os desabastecimento do sistema. A Central de Abastecimento dispõe de sistema informatizado que fornece dados atualizados sobre a posição físico-financeira do estoque, das quantidades recebidas e distribuídas (dados do consumo de cada produto) Periodicamente é realizado o inventário (contagem física dos estoques) para verificar se a quantidade de medicamentos estocada coincide com a quantidade registrada no sistema informatizado. O inventário é feito com formulário emitido pelo sistema informatizado, com as especificações de todos os produtos, lotes, validades, quantidades previstas, quantidades em estoque, diferenças (para mais e para menos) e percentual de erros.

A SMS implantou na Central de Abastecimento Farmacêutica em 2006, sistema informatizado com a utilização de código de barras, para um controle mais efetivo do estoque. O sistema está em sua fase inicial, já sendo utilizado para a entrada, distribuição e inventário. Será implantado ainda em 2006, o controle de transporte, avaliação de fornecedores e cálculos para a programação (estoque mínimo, ponto de reposição, estoque máximo.

Nas unidades locais de saúde o controle é realizado de duas formas: nas unidades não informatizadas, o controle é manual e nas unidades informatizadas se utiliza o sistema controle de estoque (infoestoque), idealizado nos mesmos parâmetros utilizados para a central de abastecimento, modificando-se apenas

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os prazos. Este sistema está interligado com o sistema de estoque da central de abastecimento farmacêutico. O controle de estoque nas unidades de saúde é de responsabilidade do coordenador da Unidade Local de Saúde.

G. Armazenamento de Medicamentos nas ULSs O armazenamento de medicamentos nas ULSs está representado por um conjunto de procedimentos técnicos e administrativos que têm como objetivo assegurar a qualidade dos medicamentos por meio de condições adequadas de estocagem e guarda, de conservação e de controle eficaz de estoque, de modo a garantir a disponibilidade dos produtos em todos os locais de atendimento, assegurada a qualidade do produto desde o recebimento até a sua entrega ao usuário (MARIN et al., 2003; BRASIL, 2004a).

O armazenamento envolve diversas atividades como: o recebimento, a estocagem, a segurança, a conservação, o controle de estoque e a entrega. Dentre os fatores que causam perda e desperdício de medicamentos, destacam-se a programação inadequada e o armazenamento indevido (BRASIL, 2004a).

Os critérios de armazenamento que orientam a guarda de medicamentos são, em geral, negligenciados nos serviços de saúde. Há um acentuado desconhecimento a respeito das exigências técnicas para o seu armazenamento, o que pode comprometer todo o processo de Assistência Farmacêutica. Mesmo que ocorra a adoção de uma conduta racional relativa aos processos de seleção, programação e aquisição de medicamentos, ela será sempre insuficiente se o armazenamento for inadequado, isto é, se for realizado em condições que não garantam a integridade e, conseqüentemente, a eficácia terapêutica dos medicamentos. O armazenamento requer um adequado planejamento que incorpore um conjunto de condições, que vão desde as instalações até a distribuição (BRASIL, 1989). Diagnóstico do armazenamento nas Unidades Locais de Saúde:

Quanto aos Recursos Humanos, apenas no Centro de Saúde II e na Policlínica II o responsável pelo armazenamento dos medicamentos é farmacêutico. As outras unidades, além de não possuírem farmacêutico, em geral, não possuem um funcionário responsável pelo armazenamento de medicamentos, sendo este realizado conforme disponibilidade dos funcionários e horário de entrega dos medicamentos. No que diz respeito à Estrutura Física, até o momento não existe nenhum diagnóstico realizado sobre farmácias das ULS. O que se observa nas unidades são locais com espaços limitados, que não permitem a fácil circulação de

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pessoas e/ou de materiais. São raras as unidades onde estão disponíveis equipamentos como aparelhos de ar condicionado, termômetros e higrômetros para o controle de temperatura e umidade. A geladeira onde ficam armazenados as insulinas em geral, não está localizada na farmácia. Tudo indica que as insulinas sejam responsabilidade dos enfermeiros nas ULSs. Para o armazenamento dos medicamentos a quantidade existente de estantes e bins também é insuficiente. Devido à implantação do sistema informatizado para controle do estoque a presença de computadores nas ULS tornou-se imprescindível, no entanto, este encontra-se presente em apenas 17 unidades. Devido à insuficiência de espaço, em alguns locais o computador não está localizado na farmácia, o que dificulta o controle do estoque. Verifica-se ainda a necessidade de mesa e de cadeiras na farmácia para a dispensação dos medicamentos. Em nenhuma ULS ou Policlínica da rede as farmácias possuem local adequado para orientação individual aos usuários, em caso de necessidade. Algumas UBS apresentam anormalidades quanto à estrutura das paredes e teto, tais como: presença de bolor, rachaduras e áreas descascadas. Existem ainda alguns locais com presença de janelas e ocorre incidência direta de raios solares sobre os medicamentos, o que pode acelerar sua degradabilidade. Quanto ao Recebimento: no ato do recebimento de medicamentos alguns parâmetros deveriam ser conferidos, tais como: data de validade, conferência entre a quantidade recebida e solicitada (contagem) e/ou aspecto visual (cor, odor, umidade). A Secretaria Municipal de Saúde possui um procedimento operacional padrão (POP) para o recebimento de medicamentos nas UBS, onde são realizados os seguintes processos: Comparar a quantidade fornecida com a quantidade de entrega; Inspecionar o produto quanto a sua embalagem (presença de umidade, condições do rótulo, condições de fechamento da embalagem e condições da caixa); Observar o prazo de validade do medicamento; Informar qualquer divergência na segunda via da nota, no ato do recebimento; Assinar e datar a nota de entrega; A primeira via fica na unidade para ser utilizada no mapa de controle de consumo mensal, no item de entrada; A segunda via é devolvida ao motorista que está efetuando a entrega. No entanto, pode-se verificar que alguns critérios estabelecidos no POP não são cumpridos por todas as ULSs, podendo acarretar em prejuízos nas demais etapas do ciclo da AF. Quanto ao Armazenamento: Em muitas ULSs não há ordenamento dos medicamentos armazenados, o que dificulta a procura no momento da dispensação. O nome do medicamento em estoque deve estar identificado no

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bin ou prateleira, e muitos locais ainda não possuem esta prática. É comum observamos medicamentos estocados em contato com o chão, encostados na parede ou muito próximos ao teto, ou caixas empilhadas. Quanto à Limpeza: Em algumas ULSs verifica-se acúmulo de poeira em diversos locais, tais como prateleiras, paredes, pisos, janelas e/ou sobre medicamentos. Além disso, observa-se a presença de lixo juntamente à área de estocagem.

H. Dispensação do Medicamento nas ULSs Critérios de Dispensação: Portaria de 1998 Normativa de 2000 Normativa de 2006 Entende-se a dispensação como o ato do profissional farmacêutico de proporcionar um ou mais medicamentos a um usuário, com o objetivo de informar sobre o uso adequado destes. É compreendido que são elementos importantes desta orientação, entre outros pontos: a ênfase no cumprimento da dosagem, a influência dos alimentos, a interação com outros medicamentos, o reconhecimento de reações adversas potenciais e as condições de conservação do produto (BRASIL 2002). Atualmente, no município de Florianópolis, o número de Unidades Locais de Saúde (ULSs) que realizam a entrega de medicamentos é igual a 47, mas as unidades que dispensam medicamentos sob critérios normativo-legais, com a presença do profissional farmacêutico, incluindo-se medicamentos de controle especial são somente duas, a ULS Centro e a Policlínica II. O que se observa na realidade é que nas ULS’s a entrega do medicamento ao usuário é realizada por técnicos, auxiliares de enfermagem ou outros servidores disponíveis com poucos critérios técnicos, o que não se caracteriza como dispensação. Outro fator que compromete a dispensação é o fato de que, por legislação, somente o profissional farmacêutico pode fracionar os medicamentos. Como estes não se encontram tempo integral na farmácia, e pela existência quase massiva de ULS’s que não possuem este profissional, a população acaba sendo prejudicada pelo não atendimento de certas prescrições que exigem o fracionamento.

Atualmente, graças à realização do Curso de Especialização em Saúde da Família/Modalidade Residência, convênio entre UFSC e PMF/SMS, é possível a realização de estágio supervisionado por farmacêuticos em duas ULSs, a da Agronômica e a do Saco Grande. Apesar de algumas limitações como a falta de profissionais farmacêuticos na rede e estrutura física inadequada, os

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estudantes apreendem grande parte dos princípios que embasam o estágio e desenvolvem a habilidade de interação com os usuários, além do raciocínio clinico, bem como uma visão critica sobre prescrição e utilização de medicamentos (Cardoso e Borges, 2005).

Existem critérios mínimos para a dispensação de medicamentos, mas se observa muitas vezes, que o ato passa a ser caracterizado como um momento meramente técnico administrativo e burocratizado de realização de registros para a comprovação de saída de medicamentos, sem se ater nas questões relacionadas à promoção da adesão ao tratamento e ao uso racional dos medicamentos (Sartor 2004). O fato deve estar vinculado à elevada demanda existente nas unidades em que o profissional farmacêutico está presente, associada à escassez de auxiliares, que nem sempre favorece o exercício de uma postura adequada de dispensação por parte do farmacêutico.

Por outro lado, nem sempre se otimiza a presença do profissional na ULS, por exemplo, com a adoção do programa Info-saúde (programa informatizado que permite também o cadastramento dos usuários de medicamentos), pois em nenhuma das duas unidades que possuem farmacêuticos efetivos encontra-se informatizada, o que prejudica a dispensação de medicamentos.

I. Farmácia Popular em Florianópolis A “Farmácia Popular” é um programa do Ministério da Saúde sob responsabilidade técnica da fundação Oswaldo Cruz, destinado a atender, segundo seu Manual Básico (Brasil, 2004), a uma parcela eqüivalente a 51% da população brasileira que interrompe tratamento por falta de recursos para comprar medicamentos, sendo que boa parte freqüenta serviços privados de saúde que não garantem assistência farmacêutica e que ao não seguirem tratamento agravam quadros crônicos, podendo favorecer o aparecimento de complicações que, em muitos casos serão tratadas nos serviços ligados ao Sistema Único de Saúde. Os medicamentos disponíveis são, segundo o que descreve o Manual já referido, adquiridos prioritariamente nos Laboratórios Farmacêuticos Públicos (União, Estados e Municípios) e também na forma de genéricos sempre que disponíveis no mercado. Quando necessário serão adquiridos medicamentos junto às empresas privadas, mediante licitações. Os recursos para o programa são oriundos de execução descentralizada do orçamento da União, destinado ao Ministério da Saúde e não se confundem com aqueles designados especificamente para a aquisição d medicamentos para distribuição gratuita na rede pública ou destinados ao repasse pelo SUS.

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Como locais destinados às farmácias, os municípios que desejarem aderir ao programa deverão selecionar regiões centrais, comerciais de acesso fácil e com grande fluxo de pessoas, não podendo estar próximas às unidades públicas de saúde. Os móveis e equipamentos serão emprestados pela FIOCRUZ, por comodato (12 meses), sendo que decorrido este prazo, estando em pleno funcionamento, os bens poderão ser transferidos ao município, em caráter definitivo. Em 19 de maio de 2006, quando a atual gestão assumiu a Secretaria Municipal de Saúde, a gestão anterior (janeiro/2005 a maio/2006) já havia firmado convênio com a FIOCRUZ para abrir em Florianópolis duas farmácias Populares, uma no Estreito, situada à Avenida Santa Catarina, já em instalada em prédio locado, reformado para tal fim e com equipamentos todos recebidos, inclusive medicamentos estocados; e uma segunda, com a planta e local aprovados, mas com obras ainda não iniciadas, no Centro, situada no Mercado Público. A gestão administrativa dos estabelecimentos da farmácia popular é da Secretaria Municipal de Saúde, estando isto claro tanto nos convênios e contratos, como no Manual (Seção III, item 4.1): “O funcionamento da unidade, envolvendo contratação de recursos humanos, gestão de estoques de medicamentos, suprimentos de embalagens, expediente e informática, bem como manutenção predial e o zelo pelos móveis e equipamentos emprestados por comodato, é de responsabilidade do partícipe.” O horário de funcionamento da farmácia popular é das segundas às sextas feiras, das 8:00 às 18:00 horas, sem interrupção e aos sábados, das 8:00 às 12:00 horas. Durante o horário de funcionamento deve haver presença dos farmacêuticos, para que possam orientar quanto ao uso adequado dos medicamentos e promover educação sanitária acerca de sua utilização racional. Os profissionais com vinculo empregatício junto ao partícipe (SMS) devem ser formalmente designados para função na farmácia e todos serão capacitados anteriormente à inauguração pela FIOCRUZ. Quando houver substituição de pessoal, a capacitação ficará por conta do partícipe. A Farmácia Popular deve estar contemplada no Plano de Assistência Farmacêutica do Município e como tem gerado muita polêmica em localidades onde já foi implantada, deve ser amplamente discutida em espaços de controle social.

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CAPÍTULO II

PROPOSTA DE REORIENTAÇÃO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA PARA O MUNICÍPIO DE FLORINÓPOLIS

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PROPOSTA DE REORIENTAÇÃO ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA PARA O MUNICÍPIO DE

FLORIANÓPOLIS

1. Base Conceitual da Política Nacional, Estadual e Municipal da Assistência Farmacêutica

O medicamento é considerado insumo estratégico nas políticas públicas de saúde e está relacionado com a melhoria das condições de vida das populações. Já a Assistência Farmacêutica, é a área que trata do conjunto de ações relacionada ao medicamento como insumo essencial e executado no âmbito do Sistema Único de Saúde, integrando a Política Nacional de Medicamentos. A Política Nacional de Medicamentos – PNM teve como base os princípios e diretrizes do SUS, integrando os esforços voltados à consolidação do novo sistema e que resultou na edição da Portaria GM n.º 3916, de 30/10/98. A Política Nacional de Assistência Farmacêutica foi aprovada pelo Conselho Nacional de Saúde em 2004. Em 2005 o Ministério da Saúde emitiu a Portaria GM nº 2.084/05 (Brasil, 2005) e reorganiza a assistência farmacêutica da atenção Básica, unificando e ampliando o elenco de medicamentos para este nível e definindo competências para as três esferas de governo; estabelece prazos para apresentação dos Planos Municipais e Estaduais de Assistência Farmacêutica (2006);

O conceito de Assistência farmacêutica que desejamos adotar é aquele inscrito na Política Nacional de Medicamentos (Portaria GM nº 3916/1998), segundo a qual deve ser compreendida como: “Um grupo de atividades relacionadas com o medicamento, destinadas a apoiar as ações de saúde demandadas por uma comunidade. Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas, a conservação e controle de qualidade, a segurança e a eficácia terapêutica dos medicamentos, o acompanhamento e a avaliação da utilização, a obtenção e a difusão de informação sobre medicamentos e a educação permanente dos profissionais de saúde, do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamentos”.

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A Política Nacional de Medicamentos tem como propósito garantir a segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos, a promoção do uso racional e o acesso da população àqueles medicamentos considerados essenciais. Essa política fortalece os princípios e diretrizes constitucionais, legalmente estabelecidos, explicitando, além das diretrizes básicas, as prioridades a serem conferidas na sua implementação e as responsabilidades dos gestores do Sistema Único de Saúde – SUS na sua efetivação. As ações direcionadas para o alcance desse propósito serão balizadas pelas diretrizes enunciadas a seguir: 1. Adoção da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais – Rename. 2. Regulamentação Sanitária de Medicamentos. 3. Reorientação da Assistência Farmacêutica. 4. Promoção do Uso Racional de Medicamentos. 5. Desenvolvimento Científico e Tecnológico. 6. Promoção da Produção de Medicamentos. 7. Garantia da Segurança, Eficácia e Qualidade dos Medicamentos. 8. Desenvolvimento e Capacitação de Recursos Humanos. A reorientação do modelo de Assistência Farmacêutica, coordenada e disciplinada em âmbito nacional pelos três gestores do Sistema, está fundamentada: I. Na descentralização da gestão. II. Na promoção do uso racional dos medicamentos. III. Na otimização e na eficácia do sistema de distribuição no setor público. IV. No desenvolvimento de iniciativas que possibilitam a redução nos preços dos produtos, viabilizando, inclusive, o acesso da população aos produtos do setor privado. V. No processo de implementação da reorientação da Assistência Farmacêutica foi criado o Incentivo à Assistência Farmacêutica Básica (Portaria GM nº 176/ 99), que tem o propósito de ampliar o acesso dos usuários do SUS aos medicamentos básicos, promovendo seu uso racional. Esta estabelece critérios e requisitos para a qualificação dos municípios e estados ao incentivo à Assistência Farmacêutica Básica e define valores financeiros a serem transferidos. O governo federal contribui com o valor de R$ 1,00 (Hum real) por habitante/ano e governos estaduais e municipais somados devem garantir a contra partida mínima de R$ 1,00(Hum real) por habitante/ano. A forma de pactuação entre estado e seus municípios deve ser definida na CIB, por meio de resolução e encaminhada ao gestor federal. Formas de pactuação São os acordos e compromissos definidos e assumidos pelas CIBs, conforme a pactuação entre o estado e os seus municípios. Atualmente, no país, têm-se quatro formas de pactuação, a saber:

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a) Totalmente centralizada no estado Nesta forma de pactuação, os recursos financeiros dos níveis federal, estadual e municipal são depositados no fundo estadual de saúde, e o processo de aquisição de medicamentos é realizado pelo estado. b) Parcialmente centralizada no estado Os recursos financeiros dos níveis federal e estadual são depositados no fundo estadual de saúde, cabendo ao estado a aquisição e distribuição aos municípios dos medicamentos pactuados, nos prazos previamente definidos e nos valores correspondentes a esses recursos. Caberá aos municípios a aquisição de medicamentos em valores equivalentes às suas respectivas contrapartidas. c) Totalmente descentralizada no município Os recursos financeiros dos níveis federal, estadual e municipal são depositados no fundo municipal de saúde, e os medicamentos são adquiridos pelo município. d) Parcialmente descentralizada no município Os recursos financeiros dos níveis federal e municipal são depositados no fundo municipal de saúde e o estado faz a aquisição dos medicamentos pactuados, em valores equivalentes à sua contrapartida, e os repassa aos municípios nos prazos previamente definidos. Em um mesmo estado, pode haver mais de uma forma de pactuação, como por exemplo: parcialmente centralizada no estado e parcialmente descentralizada nos municípios. A Secretaria Estadual de Santa Catarina e os municípios estabeleceram na CIB duas formas de pactuação: Totalmente descentralizada no município e Parcialmente descentralizada no município. Sendo assim, todos os municípios do estado recebem os recursos financeiros do governo federal diretamente no fundo municipal de saúde. O valor da contra partida estadual é feita em recursos financeiros a 142 municípios que optaram por este repasse, por meio de depósito no Banco do Estado de Santa Catarina, no mês subseqüente ao vencimento, em conta específica. Para os demais 151 municípios o valor da contra partida é feito mediante o repasse mensal de 11 tipos de medicamentos. Todos os municípios devem comprovar depósito mensal do tesouro municipal para o fundo municipal de saúde, de sua contra partida financeira.

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Foram estabelecidas como

Diretrizes da Política Municipal de Assistência Farmacêutica:

1ª Diretriz : Adequação da seleção de medicamentos, com a seleção de uma REMUME – Relação Municipal de Medicamentos. Estratégia: Adoção de uma Relação Municipal de Medicamentos Essenciais, estabelecida através de revisão contínua da Comissão Permanente de Farmácia e Terapêutica, com revisão bianual; segundo decisão do CMS, a Comissão deverá ser composta por: 1 médico representante dos gineco-obstetras; 1 médico representante.dos pediatras; 1 representante dos clínicos gerais, 1 médico representante dos geriatras ou gerontólogos, 1 médico representante dos psiquiatras ou psicoterapêutas; 2 representantes dos cirurgiões dentistas, 2 representantes dos enfermeiros, 3 representantes dos farmacêuticos da assistência farmacêutica, 1 representante dos famacêuticos de análises clínicas e 1 representante do controle social e será presidida pelo coordenador(a) da Assistência Farmacêutica.

Justificativa da Proposta: A Secretaria Estadual de Santa Catarina pactuou com seus municípios um elenco de 72 medicamentos na Assistência Farmacêutica Básica (Portaria 176/99), todos constantes da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais(2000), que atendem a maioria das necessidades da população que utilizam os serviços de saúde da atenção básica. A lista da farmácia popular possui pouco mais de 100 itens. A seleção de medicamentos do município de Florianópolis foi ampliada, procurando atender às necessidades epidemiológicas da população de modo mais abrangente (lista em anexo). Entretanto, apresenta alto custo e superposição de itens, exigindo revisão por parte da Comissão proposta, com prazo estabelecido para conclusão de estudos (verificar cronograma).

2º Diretriz: Reorientação da Assistência Farmacêutica, aperfeiçoando todas as etapas internas do ciclo. Estratégia: Todas as etapas do Ciclo de Assistência Farmacêutica, com exceção da seleção comentada no item anterior, e da dispensação e atenção farmacêutica que serão objetos de ações específicas, fazem parte de um

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conjunto de estratégias que visam agilizar as ações de programação, de aquisição, de distribuição, de controle e de remanejamento/reposição de estoque e de armazenamento de medicamentos tanto na Central de Abastecimento Farmacêutico como nas Unidades locais de Saúde. Justificativa da proposta: Os elevados custos com medicamentos não obtiveram resultado desejado no nível de controle de estoque e agilidade do sistema de distribuição e armazenamento na rede de unidades do município. Eventuais perdas de medicamentos de estoques locais podem ser revertidas por controle e por remanejamento entre unidades. Estes problemas poderão ser solucionados pela presença do profissional farmacêutico no nível local. 3ª Diretriz: Promoção do Uso Racional de Medicamentos junto ao usuário, de modo individual e coletivo. Estratégia: todos os profissionais envolvidos com a prescrição, com a dispensação, atenção farmacêutica, ou aplicação do medicamento devem ser envolvidos em processos de capacitação sobre o uso racional de medicamentos, de modo a garantir que os riscos sobre o uso indevido proposital ou ocasional, a dosagem inadequada, o tratamento interrompido, a automedicação, a multimedicação, entre outros fatores possam ser caracterizados como elementos de alerta no processo de vigilância em saúde. Justificativa da proposta: Os efeitos colaterais e os riscos produzidos com o uso inadequado de medicamentos têm aumentado nos últimos anos, incluindo-se aí a contribuição da mídia. Como resultado de um processo educativo pode estar a reversão do abuso de medicamentos ou da automedicação.

4ª Diretriz: Desenvolvimento de estudos relacionados com informação sobre o uso seguro de medicamentos pelo usuário/ farmacovigilância. Estratégia: os mesmos riscos sobre o uso indevido proposital ou ocasional, a dosagem inadequada, o tratamento interrompido, a multimedicação não informada, entre outros leva à necessidade de um seguimento de cada usuário (ou paciente) cadastrado em uma unidade sobre o uso de medicamentos através de programa informatizado de farmacovigilância. Justificativa da proposta: deseja-se obter um perfil farmacológico da população de Florianópolis.

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5ª Diretriz: Garantia de abastecimento eficaz, ágil e de qualidade dos medicamentos da REMUME. Estratégias:

• Capacitação de pessoal mediante Normas de Boas Práticas de Armazenagem e de transporte de medicamentos;

• Quanto à distribuição, obter um veículo de suporte, mais ágil para suprir necessidades emergenciais da rede;

• Expansão do sistema de controle informatizado, interligando ULSs e Setores Centrais (Assistência Farmacêutica e Central de Abastecimento Farmacêutico);

• Justificar ao cidadão quanto à ausência de medicamentos da REMUME na rede, informando sobre data da reposição.

6ª Diretriz: Estabelecimento com diálogo com parcerias sobre níveis de competências quanto ao fornecimento de medicamentos sob ordem judicial. Estratégia: Os medicamentos fornecidos sob ordem judicial devem ser estabelecidos dentro de um patamar de responsabilidades inerentes à atenção básica. Assim, propõe-se a negociação com as Procuradorias e Ministérios Públicos, visando à elaboração de listagens de medicamentos de responsabilidade dos municípios e do estado de Santa Catarina. Outros medicamentos, se fornecidos, seriam ressarcidos pela União.

Justificativa: Os medicamentos solicitados por via judicial não têm respeitado as atribuições das esferas de governo quanto às responsabilidades partilhadas na área da saúde. O fato provavelmente se deve ao desconhecimento dessa distribuição de competências e ao direito assegurado constitucionalmente ao cidadão sobre sua saúde. Cabe, portanto, às Secretarias de Saúde esclarecer ao Ministério Público sobre distribuição de competências na área de medicamentos.

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3. Competências da Assistência Farmacêutica no município de Florianópolis:

1. Identificar ações voltadas à Assistência Farmacêutica junto ao Plano Municipal de Saúde, às demandas do controle social e da rede básica, incorporando-as anualmente ao Plano de Assistência Farmacêutica;

2. Definir, de forma sistemática, através de “Comissão de Farmácia e

Terapêutica”, a seleção/padronização de medicamentos essenciais à assistência farmacêutica municipal, de acordo com critérios de racionalidade e custo;

3. Elaborar a programação de medicamentos e promover sua aquisição

atendendo à padronização, quantificando-os para atender à demanda com garantia de qualidade;

4. Garantir o adequado armazenamento de medicamentos e

imunobiológicos na Central de Abastecimento Farmacêutico e nas Unidades Locais de Saúde, em acordo com Normas Técnicas de Boas Práticas de Armazenamento;

5. Estabelecer e revisar periódicamente, junto à Assessoria de Planejamento,

as normas e critérios de distribuição de medicamentos e imunobiológicos para as Unidades Locais de Saúde;

6. Avaliar o consumo de medicamentos das unidades, observando a

demanda atendida e não atendida como um dos parâmetros para estimativas de necessidades;

7. Estabelecer, junto à Assessoria de Planejamento, os mecanismos de

acompanhamento, controle e avaliação das ações básicas de Assistência Farmacêutica no município, contribuindo nas avaliações sistematizadas;

8. Estabelecer fluxo e responsabilidade de controle de qualidade dos

produtos farmacêuticos adquiridos quanto ao seu aspecto físico, em todas as etapas do ciclo da Assistência Farmacêutica, notificando à instância competente quando da observância de alterações;

9. Promover, junto à Assessoria de Desenvolvimento Institucional e/ou em

parceria com Instituições formadoras, a capacitação de pessoal

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necessária à área de Assistência Farmacêutica (profissionais farmacêutico, médicos, cirurgiões dentistas, outros profissionais e auxiliares);

10. Incentivar e contribuir com implantação e manutenção dos programas

informatizados de controle de estoque e de avaliação das ações da Assistência Farmacêutica;

11. Promover campanhas educativas no âmbito municipal, sobre o uso

racional de medicamentos, solicitando apoio das Assessorias de Desenvolvimento Institucional, de Planejamento e do Controle Social.

12. Participar do Comitê de Responsabilidade Técnica (multiprofissional),

fazendo-se representar junto ao Departamento de Saúde Pública da SMS.

13. Avaliar permanentemente a situação de profissionais farmacêuticos em relação ao quadro lotacional da SMS, procurando suprir as necessidades detectadas através de concurso público ou seleção quando imprescindível;

14. Promover a dispensação de medicamentos como ação do profissional

farmacêutico na rede básica municipal de Florianópolis.

15. Gerenciar as atividades da Farmácia Popular , mantendo os princípios da Assistência Farmacêutica e as diretrizes municipais para a mesma.

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4.Quadro-Síntese do Plano de Ação para Enfrentamento de Problemas Identificados na Área de Assistência Farmacêutica

Problema Objetivo Meta Ações para

enfrentamento Crono grama

Indicador de avaliação

1. Ausência de estrutura oficial de Assistência Farmacêutica no Organograma da SMS/PMF

Criar Assessoria

de Assistência Farmacêutica

Constituição de 1 Assessoria com 4 setores internos

Criação de estrutura oficial junto ao Deptº de Saúde; requer aprovação na Câmara Municipal de Vereadores.

Dezembro de 2006

Assessoria de Assistência farmacêutica criada em Dez/2006=100%

2. Ausência do representante da categoria farmacêutica no Comitê de Responsabilidade Técnica do DSP

Nomear representante no Comitê de Responsabilidade Técnica

1 farmacêutico representante no CRT

Portaria nomeando representante farmacêutico no Comitê de Responsabilidade Técnica.

Julho/2006

1 farmacêutico representante/ Comitê Responsabilidade técnica= 100%

3. Ausência do profissional farmacêutico nas Unidades Locais de Saúde, comprometendo a dispensação, armazenamento,programação de medicamentos.

Dotar as equipes das principais Unidades de Saúde do município de profissionais farmacêuticos.

Preencher as 17 vagas existentes na SMS para profissionais farmacêuticos

Realizar concurso público para preenchimento das vagas, dotando as ULSs Sedes de Regionais, 3 Policlínicas, 3 PAs e CAPs e 3 ULSs de maior demanda de farmacêuticos.

Dezembro de 2006

17 farmacêuticos 40 horas/ 17 ULSs= 100%

4. Gastos com medicamentos muito elevados e acesso do usuário insatisfatório

Revisão e adequação da Relação Municipal de Medicamentos – REMUME, ajustando-a às necessidades locais a um custo racional.

Obter revisão da REMUME até julho de 2007

Nomear Comissão Permanente de Farmácia e Terapêutica, composta por: 1 médico repres. dos gineco-obstetras; 1 repres. dos pediatras; 1 repres dos clínicos gerais, 1 repres. dos geriatras ou gerontólogos, 1 repres dos psiquiatras ou pscoterapêutas; 1 repres. dos cirurgiões dentistas, 3 repres. dos farmacêuticos .

Comissão nomeada até 30 de junho de 2006; Estudos concluídos até julho/ 2007

REMUME revisada e publicada até julho de 2007= 100%

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Problema Objetivo Meta Ações para

enfrentamento Crono grama

Indicador de avaliação

5. Erros na entrega de medicamentos ao usuário na rede; falta de orientações sobre o uso de medicamentos e de acompanhamento para farmacovigilância.

Adequar a entrega de medicamentos na rede, tornado-a dispensação e; Adequar os métodos de orientação de uso ao paciente na

dispensação. Utilizar sistema informatizado visando o monitoramento do uso de medicamentos pelos usuários da rede e a avaliação do impacto sanitário.

5.1. Dotar a rede básica minimamente em 50% de sua capacidade de profissionais farmacêuticos no exercício da função em farmácias de dispensação e assistência farmacêutica. 5.2. Realização de atividades de capacitação para 100% dos de profissionais vinculados à AF

Reorganização do ciclo de AF na rede, implantando uma rede de dispensação com normas e farmacêuticos e capacitar todos os profissionais vinculados à Assistência Farmacêutica: prescritores, farmacêuticos, auxiliares e técnicos.

5.1. 2º semestre de 2006 5.2. maio a dezembro de 2007

5.1. 17 farmacêuticos 40 horas/ 17 ULSs= 100% 5.2. capacitação para 100% de RH envolvidos na AF

6. Ausência de normas internas no ciclo de gestão de medicamentos da SMS

Estabelecer Protocolo do Ciclo de Gestão Farmacêutica , através de normas para todas as etapas internas que envolvem medicamentos na SMS.

Publicação do Protocolo do Ciclo de Gestão Farmacêutica

6.1. Nomeação de comissão geral e subcomissões específicas de estudos para estabelecimento de normas; 6.2. Publicação do Protocolo do Ciclo de Gestão Farmacêutica e definir prazo de entrega do trabalho.

6.1. 2º semestre de 2006; 6.2. Dezembro de 2007

Protocolo publicado em dezembro de 2007= 100%

7. Equipes de saúde, gestores e controle social desinformados sobre funções da Assistência Farmacêutica

Definir estratégias de sensibilização e inserir conteúdos de AF nas ações de educação continuada das equipes de saúde da SMS.

Divulgar Plano de AF e envolver conteúdo de AF em 100% das ações de capacitação geral das equipes de PSF e de treinamentos gerais da SMS

7.1. Apresentar Plano da AF aos gestores e controle social; 7.2. Estabelecer conteúdos educativos; 7.3. Executar programação de sensibilização e educação continuada em AF

7.1. maio 2006 7.2. 1º semestre de 2007 7.3. 2007 e 2008

Divulgações e Capacitações realizadas para 100% dos RH envolvidos

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Problema Objetivo Meta Ações para enfrentamento

Crono grama

Indicador de avaliação

8. População desinformada sobre conseqüências do uso de medicamentos ; uso abusivo ou inadequado de medicamentos; automedicação; polifarmácia sem orientação, especialmente na terceira idade, elevando o risco sobre o uso de medicamentos.

Informar diretamente a população e os grupos de risco populacionais sobre os problemas que estão expostos quanto ao uso irracional de medicamentos, mediante atendimeto personalizado, de acordo com as singularidades e necessidades de orientação de cada usuário ou grupo.

8.1. iniciar dispensação com orientação individual em 20 unidades da Rede Municipal; 8.2. Estabelecer uma campanha de massa ao ano

8.1. Organização e execução de ações de orientação individual e por grupos de risco como idosos, mulheres grávidas, mulheres no climatério, crianças na dispensação em ULSs e outras unidades; 8.2. Planejamento e realização de campanha de massa sobre o uso racional de medicamentos;

8.1. à partir do 2º semestre de 2006 8.2. À partir do 2º semestre de 2007

Atividade educativa programada para o período em atividade na rede= 100%

9. Medicamentos fornecidos sob demanda judicial, promotorias e outros não estão listados na REMUME e não é respeitado acordo realizado na Bipartite (2005), o que torna os gastos incompatíveis com os recursos.

Estabelecer acordos com juízes (Assessoria Jurídica), promotores e outros sobre as solicitações para definições de encaminhamentos de ordens judiciais , demandas de promotorias e outros.

------------------

9.1. Eliminar fornecimento de medicamentos para terceiros sem ordem judicial; 9.2. estabelecer mecanismos de cobrança da SES ou de outros municípios sobre medicamentos que não sejam pertencentes à REMUME ou a cidadãos não residentes em Florianópolis

A partir de julho de 2006 até dezembro 2007

Mecanismos formais estabelecidos no prazo previsto = 100%

10. Farmácia Popular I já implantada no município e II já aprovada no MS, sem significar prioridade da gestão atual.

Monitorar o desempenho das duas farmácias, para adequar às necessidades do Plano ou excluir, acompanhado da devida avaliação do controle social

Implantação de 1 comissão de monitoramento mensal de desempenho

Estabelecer Plano de monitoramento mensal em conjunto com o controle social, através de nomeação de comissão de avaliação mista.

Farmácia I, a partir do treinamento para implantação (junho/2006) e farmácia II idem (até novembro 2006).

Plano de monitoramento definido e comissões nomeadas anteriormente aos treinamentos = 100%

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4.1. Criação da Assessoria de Assistência Farmacêutica Justificativa

Constata-se a necessidade imediata de criação de um setor que implemente a Assistência Farmacêutica no município de Florianópolis, sob gestão unidirecional, com ações planejadas, organizadas, monitoradas e avaliadas sistematicamente. Frente ao conceito de Assistência Farmacêutica e de uma análise da Estrutura Organizacional e do Regimento Interno da SMS, é recomendável a mudança da posição onde atualmente se insere a área de medicamentos. O futuro setor, responsável pela Assistência Farmacêutica deverá posicionar-se junto ao órgão finalístico, o DSP- Departamento de Saúde Pública, desenvolvendo aí suas ações e transferindo para este o gerenciamento do ciclo da assistência farmacêutica. O estudo realizado por Nascimento Júnior (2000), reforça a indicação de que a localização atual do serviço de medicamentos na SMS é imprópria. Segundo ele, o setor de farmácia, vinculado aos Recursos Materiais, unidade administrativa da então Secretaria Municipal de Saúde e Desenvolvimento Social, responsável pelo planejamento e suprimento às unidades de saúde de todos os insumos utilizados (medicamentos, material de enfermagem, odontologia, impressos em geral e materiais de limpeza) não se articula com o DSP, o que confere ao medicamento o caráter de uma mercadoria a mais a ser gerenciada. O autor avalia que isto caracteriza um desvio de concepção no significado de assistência farmacêutica, como também da importância da construção de uma política municipal de medicamentos e de sua inter-relação com as demais áreas da saúde. Visando aproximação do conceito de Assistência Farmacêutica, seria possível a posição organizacional junto à Assessoria de Vigilância em Saúde, no DSP, por realizar funções próprias da vigilância epidemiológica, como a farmacovigilância como também da vigilância sanitária, como a vigilância de produtos farmacêuticos. A Assistência Farmacêutica envolve ainda ações de planejamento, de suprimento e de distribuição de insumos necessários à saúde, além de ações individuais e coletivas de promoção e de prevenção de riscos pelo uso inadequado dos medicamentos, mas todas independentes também de vinculação com a Vigilância Epidemiológica. Neste caso, a posição ideal seria junto à Vigilância em saúde, mas independente das duas vigilâncias atuais, constituindo uma terceira assessoria. Entretanto, a Assistência Farmacêutica também desenvolve atividades com características assistenciais, junto às unidades de saúde, tal como o ato de dispensação de medicamentos, o que pode fazer supor que estaria bem

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4.2. Proposta de Organograma da ASSESSORIA DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA, vinculada ao Departamento de Saúde Pública da SMS

Departamento de Saúde Pública

Assessoria de Assistência Farmacêutica

Assessoria Técnica de Farmácia (Comitê de

Responsabilidade Técnica)

Assessoria Técnica para Programação

e Suprimentos

Comissão de Farmácia e Terapêutica

Central de Abastecimento Farmacêutico

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A situação leva a imaginar que tal posição deva merecer mais reflexões e discussões junto ao grupo técnico, podendo sugerir que uma assessoria diretamente vinculada ao Departamento de Saúde, tal como figura no organograma proposto acima seja a solução.

4.3. Composição e Funções de área e sub-áreas da assistência Farmacêutica Assessoria de Assistência farmacêutica: 1 Assessor-chefe Farmacêutico, responsável pela elaboração, condução e avaliação da política e do gerenciamento de recursos humanos na área de assistência farmacêutica. Assessoria Técnica de Farmácia: 1 farmacêutico, responsável técnico, representante no Comitê de Responsabilidade Técnica do DSP e Coordenador da Comissão Permanente de Farmácia e Terapêutica e responsável pelas questões éticas, educativas e normativas do ciclo de assistência farmacêutica. Comissão Permanente de Farmácia e Terapêutica, a proposta é que tenha em sua composição, além do coordenador: um farmacêutico representante da Central de Abastecimento Farmacêutico, um farmacêutico representante das Unidades Locais de Saúde, um farmacêutico representante das Policlínicas e ou Pronto-Atendimentos - PAs, um médico representante dos gineco-obstetras, um médico representante dos geriatras ou gerontólogos, um médico representante dos pediatras, um médico representante dos clínicos-gerais, um médico representante do programa de saúde mental ou psiquiatras e um representante dos cirurgiões-dentistas. Faz parte da Comissão e é seu presidente o(a) Assessor(a) de Assistência Farmacêutica. Assessoria Técnica para Programação e Suprimentos: 1 farmacêutico Responsável Técnico pela programação e suprimento do Ciclo de Assistência farmacêutica; Central de Abastecimento Farmacêutico: 1 farmacêutico, responsável na Central pela aquisição, armazenamento, distibuição e controle de estoque.

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4.4. Necessidades de Recursos Humanos para Assistência Farmacêutica

A tabela 19 apresenta um estudo contendo o número mínimo de profissionais farmacêuticos necessários para dar início a uma proposta de Assistência Farmacêutica no município e os profissionais farmacêuticos atualmente disponíveis, distribuídos por local de trabalho, segundo regime de contrato e carga horária contratual. Outras adaptações poderão ser feitas, considerando-se modificações na carga horária contratual de 30 para 40 horas para efetivos que assim desejarem e para todos os futuros concursados, caso a medida seja administrativa e juridicamente possível. Outra alternativa é uma política de incentivo ao remanejamento para profissionais hoje vinculados ao Laboratório Central do município e que desejem mudar para ULSs. Tabela 19 - Número de profissionais farmacêuticos necessários para a Assistência Farmacêutica e profissionais disponíveis, distribuídos por local de trabalho, segundo regime de contrato e carga horária contratual. SMS, Florianópolis, 2006.

Número de profissionais farmacêuticos

Local de Trabalho

necessários Disponíveis efetivos

Regime de contrato

Carga horária

Assistência Farmacêutica Central

02 01

01 efetivo 30 hs 01 Concurso Público

2 de 40 horas

Central de Abastecimento Farmacêutico

02 02 02 efetivos 30 hs

2 de 40 horas

Policlínica II 02 01 1 efetivo 30 hs 01 Concurso Público

2 de 40 hs

ULS Centro 02 02 02 efetivos de 30 hs

2 de 40 hs

PA Ingleses 02 00 02 concurso público

2 de 40 hs

Regional Norte 00 0 1 concurso público

40 horas

Regional Centro 02 00 01 concurso público

40 horas

Regional Leste 02 00 01 concurso público

40 horas

Regional Sul 02 00 01 concurso público

40 horas

CAPS 02 00 01 concurso público

40 horas

Farmácia Popular Estreito 02 00 02 Contrato T. ou concurso

44 horas

Farmácia Popular Centro 02 00 02 Contrato T. ou concurso

44 horas

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4.5. Financiamento da Assistência Farmacêutica Em 2005 foram gastos R$ 5.651.510,51 com medicamentos, sendo que R$ 2.218.798,43 são recursos oriundos do Fundo Municipal de Saúde. O repasse proveniente da Secretaria de Estado da saúde correspondeu a R$ 360.603,00 e são recursos correspondentes ao cálculo de R$ 1.000,00 per capita (população base de cálculo/2005 equivalente a 360.603 habitantes). Os recursos restantes, em torno de R$ 3.072.109,08 são provenientes de fonte municipal. Constata-se que os recursos gastos em 2005, no entanto foram insuficientes, tratando-se de um ano caracterizado como um ano no qual os medicamentos não foram abundantes. O orçamento previsto para 2006 é superior a R$ 6.500.000,00 e está prevista a necessidade de suplementação orçamentária a partir de outubro. A especificação de gastos com medicamentos destinados à rede básica, à hipertensão/ diabetes e saúde mental não é possível, pois estiveram, até 2006, incluídos na mesma listagem e eram feitos em blocos únicos de licitações. O grupo de medicamentos para hipertensão, diabetes, controle da asma e rinite passou a ser enviado pelo gestor federal com o valor de R$ 1,15 (hipertensão e diabetes) e R$ 0,95 (asma e rinite) per capita a partir de abril de 2006 para os municípios, sendo que para Florianópolis destinou-se um total de R$ 444.949,95 em 2006 , considerando-se a população de 420.540 habitantes estimada pelo IBGE em 2005. Há ainda o repasse de R$ 1, 65 per capita pelo Incentivo à Assistência Farmacêutica para Atenção Básica. Com o ingresso destes novos itens a partir de abril de 2006, a programação será realizada de modo mais especificado, inclusive alimentando o sistema informatizado, o SIFAB. Não há, até 2006, na SMS uma relação de investimentos destinados especificamente à Assistência Farmacêutica, em termos de equipamentos, obras ou de promoção de eventos, pelo fato desta não ter se constituído em unidade oficial ou orçamentária.

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4.6. Cronograma de Execução para o ano 2006

Atividade junho julho agosto setembro outubro novembro dezembro

Criação Assessoria

AF

Farmácia

Popular/treinamentos

reforma e

monitoramento

Representante no

Comitê de

Responsabilidade

Técnica

Concurso público para

para farmacêuticos

Nomear Comissão de

Farmácia e

Terapêutica: revisão

REMUME

Reorganização do ciclo

de AF na rede,

implantação da

dispensação nas

ULSs.

Nomear Comissão

geral e subcomissões

específicas p/ estudos

de normas da AF

Estabelecer conteúdos

educativos para

dispensação na rede

Eliminar fornecimento

de medicamentos sem

ordem judicial; estudar

mecanismos de

cobrança da SES .

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4.7. Monitoramento e Avaliação

O objetivo do monitoramento é a observação do estágio em que as metas

estabelecidas se encontram. Assim, este Plano deverá ser acompanhado e avaliado

pela sua coordenação, pelo setor de planejamento da SMS e pelo controle social,

para que, caso as metas não estejam sendo cumpridas ou caso suas ações tenham

sido objeto de proposta equivocada, possam ser reorientadas e suas ações

reprogramadas, bem como para que se observe a aplicação dos recursos físico-

financeiros e o cumprimento das metas estabelecidas para a área.

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REFRÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, G; GHISI, U. A. SILVA, J.A.A. Avaliação da Assistência Farmacêutica em Unidades Básicas de Saúde /SC, 2003. Trabalho final da disciplina Estágio Supervionado em Farmácia. UFSC. ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS FARMÁCIAS. Boas práticas de farmácia. Lisboa: ANF; 1994. 19p. BLATT, C.R. Avaliação da Assistência Farmcêutica ao Programa de Medicamentos Excepcionais do Estado de Santa Catarina no ano de 2002 a 2004 (Dissertação de Mestrado). UFSC, 194p. BERMUDEZ, J.A.Z. et al. O acordo Trips da OMC e a proteção patentária no Brasil: mudanças recentes e implicações para a produção local e o acesso da população aos medicamentos. Rio de Janeiro: ENSP/FIOCRUZ, abril, 2000. BERMUDEZ, J.Á.Z. & BONFIM, J.R.A. Medicamentos e a reforma do setor saúde. São Paulo: Hucitec-Sobravime, 1999. BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução 338/2004 Política Nacional de Medicamentos – DOU de 20 de maio de 2004. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Plano de Assistência farmacêutica: Pacto para o fortalecimento da gestão, qualificação dos serviços e da capacidade técnica e operacional da equipe de Assistência Farmacêutica. Brasília, 2006. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 176 de 08 de março de 1999 – Assistência Farmacêutica Básica. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Assistência farmacêutica na Atenção Básica. Instruções técnicas para sua organização. Brasília, 2001. COELHO, A.R. O urbano e o sanitário na globalização – estudos de questões urbanas e sanitárias de Florianópolis, SC. São Paulo, 1998 USP [Tese de doutorado].

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CORDEIRO, B.C. & LEITE, S. N. (org. ) O farmacêutico na atenção à saúde. Itajaí. Universidade do Vale do Itajaí, 2005. FLORIANÓPOLIS. Prefeitura Municipal de Florianópolis. Oito anos melhorando a vida da nossa gente. Florianópolis, dezembro, 2004. FLORIANÓPOLIS. Secretaria Municipal de Saúde. Plano Municipal de Saúde – Quadriênio 1993/97, Florianópolis, 1993. FLORIANÒPOLIS. Secretaria Municipal de Saúde. Plano Municipal de Saúde, 1997. Florianópolis, 1997. FLORIANÒPOLIS. Secretaria Municipal de Saúde. Plano Municipal de Saúde – 2003. Florianópolis, 2003. MARIN, N. [Organizadora] Assistência Farmacêutica para Gerentes Municipais de saúde. OMS/OPAS [377]p. NASCIMENTO JÚNIOR, J. M. Avaliação da assistência Farmacêutica na rede pública municipal de Florianópolis/SC, 1999. [Dissertação de mestrado]. UFSC, Florianópolis, 2000. SANTA CATARINA. Secretaria de Estado da Saúde. Plano Estadual de Assistência Farmacêutica de Santa Catarina – 2006-2007. Florianópolis, janeiro de 2006.

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ANEXO I

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ANEXO II RELAÇÃO MUNICIPAL DE MEDICAMENTOS – REMUME

FLORIANÓPLIS, 2005

1. RELAÇÃO DE MEDICAMENTOS BÁSICOS ACETOFENIDO DE ALGESTONA + ESTRADIOL INJ AMP

ACICLOVIR 200 MG COM

ACICLOVIR CREME 5% BIS

ÁCIDO ACETIL SALICILICO 100 MG COM

ÁCIDO ACETIL SALICILICO 500 MG COM

ÁCIDO FÓLICO 5 MG COM

ÁCIDO FOLÍNICO 15 MG. COM

ÁCIDO FUSÍDICO CREME BIS

ÁCIDO LÁCTICO + ÁCIDO SALICÍLICO FRA

ACIDO NALIDIXICO 500 MG COM

ACIDO NALIDIXICO SUSP. ORAL FRS

ADRENALINA 1 MG INJETÁVEL AMP

AGUA P/ INJEÇÃO AMP

ALBENDAZOL 400 MG COM

ALBENDAZOL SUSPENSÃO FRA

ALENDRONATO DE SÓDIO (SÓDICO) 10 MG. COM

ALOPURINOL 100 MG COM

AMINOFILINA 240 MG INJETÁVEL AMP

AMINOFILINA 100 MG COM

AMIODARONA 200 MG. COM

AMOXICILINA 250MG + ÁC. CLAVULÂNICO 62,5 MG/5 ML SUSP. ORA FRA

AMOXICILINA 500 MG CAP

AMOXICILINA 500 MG + ÁCIDO CLAVULÂNICO 125 MG. COM

AMOXICILINA SOL. ORAL 250 MG/5 ML-FRAS/60 ML FRA

AMPICILINA 500 MG COM

ATENOLOL 50 MG. COM

ATROPINA, SULFATO - 0,250 MG - INJETÁVEL AMP

AZITROMICINA 500 MG COM

AZITROMICINA SUSP. ORAL FRA

BECLOMETASONA, DIPROPIONATO 250 MCG SPRAY FRA

BECLOMETASONA, DIPROPIONATO 50 MCG SPRAY FRA

BEZAFIBRATO 400 MG RETARD. COM

BISMUTO, CITRATO, 120 MG. COM

BROMETO DE IPRATRÓPIO 0,025% GOTAS. FRA

BROMIDRATO DE FENOTEROL GOTAS FRA

BROMOPRIDA 10 MG INJETÁVEL. AMP

BROMOPRIDA 4 MG/ML GOTAS. FRA

BUDESONIDA 100 MCG SPRAY. FRA

CAPTOPRIL 25 MG COM

CARBONATO DE CÁLCIO 1.250 MG, (EQUIV. 500 MG DE CÁLCIO). COM

CARVEDILOL 3.125 MG. COM

CASTANHA DA ÍNDIA, EXTRATO SECO, 250 MG. DRG

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CEFALEXINA 500 MG CAP

CEFALEXINA GOTAS. FRA

CEFALEXINA SUS.ORAL 250 MG/5 ML FRA

CEFPROZIL MONOHIDRATO 250 MG/ 5 ML - SUSP. ORAL. FRA

CINARIZINA 75 MG COM

CLOTRIMAZOL TOPICO BIS

COLCHICINA 0,5 MG. COM

COMPL. HIDRÓXIDO FE, POLIMALTOSADO (EQUIV. 100 MG FE). FRA

DELTAMETRINA LOÇÃO FRA

DEXAMETASONA 0,1% -CREME BIS

DEXAMETASONA + VIT. B1, B6 E B12 INJ AMP

DEXAMETASONA SOL. OFTÁLMICA. FRA

DIAFRAGMA NO. 60 UND

DIAFRAGMA NO. 65 UND

DIAFRAGMA NO. 70 UND

DIAFRAGMA NO. 75 UND

DIAFRAGMA NO. 80 UND

DIAFRAGMA NO. 85 UND

DICLOFENACO POTÁSSICO GTS FRA

DICLOFENACO SÓDICO 50 MG COM

DIGOXINA 0,25 MG COM

DIGOXINA ELIXIR PEDIATRICO FRA

DILTIAZEM, CLORIDRATO DE, 90 MG - RETARD. CAP

DIMENIDRATO 100 MG COM

DIPIRONA - 500 MG/ML GOTAS FRA

DIPIRONA 500 MG COM

DIPIRONA 500 MG INJETÁVEL AMP

DIU - DISPOSITIVO INTRA UTERINO UND

ENALAPRIL, MALEATO DE, 10 MG. COM

ENANTATO NORETISTERONA + VALERATO ESTRADIOL INJET CAX

ERITROMICINA 250 MG COM

ESPIRAMICINA 1,5 MUI COM

ESPIRONOLACTONA 25 MG. COM

ESTROGENIO CONJUGADO 0,625 MG COM

ESTROGÊNIO CONJUGADO 0,3 MG. DRG

ESTROGÊNIO CONJUGADO CREME VAGINAL BIS

ETINILESTRADIOL 0,03 MG + DESOGESTREL 0,15 MG. CART

ETINILESTRADIOL 0,05 MG + GESTODENO 0,075 MG. CART

FEXOFENADINA, CLORIDRATO, 120 MG. COM

FLUCONAZOL 150 MG CAP

FLUTICASONA, PROPIONATO 50 MCG SPRAY FRA

FLUTICASONA, PROPIONATO DE, 250 MCG - SPRAY. FRA

FORMOTEROL, FUMARATO 12 MCG CAX

FOSFOMICINA TROMETAMOL 3G GRANULADO ENV

FUROSEMIDA 20 MG INJETAVEL AMP

FUROSEMIDA 40 MG COM

GINKO BILOBA 40 MG COM

GLIBENCLAMIDA 5 MG COM

GLICLAZIDA 30 MG RETARD COM

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GLICOSE 25% - AMP 10 ML AMP

GLICOSE 50% - AMP 10 ML AMP

HIDROCLOROTIAZIDA 25 MG COM

HIDROCLOROTIAZIDA 50 MG COM

HIDROCORTIZONA 100 MG --INJETÁVEL FRA

HIDROCORTIZONA 1% CREME BIS

HIDROXIDO DE ALUMINIO 6,2% SUSPENSAO FRA

HIDROXIZINA, CLORIDRATO 25 MG COM

HIDROXIZINA, CLORIDRATO 2MG/ML FRA

HIOSCINA 20 MG -INJETÁVEL AMP

HIOSCINA 10 MG COM

INSULINA 70/30 HUMANA FRA

INSULINA NPH HUMANA U100 FRA

INSULINA REGULAR HUMANA U100 FRA

ISOSSORBIDA 20 MG COM

IVERMECTINA 6 MG COM

LEVODOPA + CARBIDOPA COM

LEVONORGESTREL + ETINILESTRADIOL CAR

LEVOTIROXINA DE SÓDIO 25 MCG COM

LEVOTIROXINA DE SÓDIO 50 MCG. COM

LIDOCAINA 2%INJETAVEL FRA

LORATADINA 10 MG COM

LORATADINA XAROPE FRA

LOSARTAN POTÁSSICO 50 MG. COM

MEBENDAZOL 2% SUSPENCAO ORAL FRA

MEBENDAZOL 100 MG COM

MEDROXIPROGESTERONA, ACETATO 2,5 MG COM

MEDROXIPROGESTERONA, ACETATO DE - 150MG - INJETÁVEL AMP

MELOXICAM 15 MG, INJETÁVEL. AMP

MELOXICAM 15 MG. COM

MESILATO DE DIIDROERGOTAMINA 1 MG + CAFEÍNA + PRACETAMOL. COM

METFORMINA 850 MG COM

METILDOPA 250 MG COM

METOCLOPRAMIDA 10 MG INJETAVEL AMP

METOCLOPRAMIDA 10 MG COM

METOCLOPRAMIDA SOLUCAO ORAL 0,4% FRA

METOPROLOL, SUCCINATO DE, 100 MG - RETARD. COM

METRONIDAZOL 250 MG COM

METRONIDAZOL GELÉIA VAGINAL BIS

METRONIDAZOL SUSPENCAO ORAL 0,4% FRA

MICONAZOL CREME VAGINAL BIS

MOMETASONA, FUROATO DE - SPRAY NASAL. FRA

MONTELUCASTE DE SÓDIO 5 MG. COM

NEOMICINA+BACITRACINA POMADA BIS

NIFEDIPINA 20 MG RETARD COM

NIMESULIDA 100 MG. COM

NISTATINA CREME VAGINAL BIS

NISTATINA SUSP. ORAL FRA

NITROFURANTOÍNA 100 MG. CAP

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NITROFURANTOÍNA 5 MG/ML - SUSP ORAL. FRA

NONOXINOL - GEL ESPERMICIDA 5% BIS

NORETISTERONA 0,35 MG CAX

NORFLOXACINO 400 MG. COM

OMEPRAZOL 10 MG CAP

OMEPRAZOL 20 MG CAP

OXIDO ZINCO POM BIS

PARACETAMOL 500 MG COM

PARACETAMOL SOL. ORAL GOTAS 200MG/ML FRA

PASTA D`AGUA BIS

PENIC POTAS. + PENIC PROC 400.000 UI FRA

PENICILINA G BENZATINA 1.200.000 UI FRA

PENICILINA G BENZATINA 600.000 UI FRA

POTÁSSIO, CLORETO, 600 MG - RETARD. DRG

PREDNISOLONA 3 MG/ML, SOL. ORAL. FRA

PREDNISONA 5 MG COM

PRESERVATIVO ADOLESCENTE - 49MM UND

PRESERVATIVO ADULTO EXTRA GRANDE 55MM UND

PRESERVATIVOS ADULTO 52MM UND

PROMETAZINA 50 MG - INJETÁVEL. AMP

PROPATILNITRATO 10 MG. COM

PROPRANOLOL 40 MG COM

PROPRANOLOL, CLORIDRATO, 10 MG. COM

RANITIDINA 150 MG COM

SAL PARA REIDRATACAO ORAL - PO ENV

SALBUTAMOL 0,04 % XAROPE FRA

SALBUTAMOL, SULFATO -100 MCG SPRAY FRA

SINVASTATINA 20 MG. COM

SOL.FISIOLOG NASAL FRA

SULFAMETOXAZOL+TRIMET. SUSP. ORAL 40:8MG/ML FRA

SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA 400:80 MG COM

SULFATO FERROSO - GOTAS FRA

SULFATO FERROSO 40 MG COM

TETRAZOLINA, CLORID. + SULF. DE ZINCO - SOL. OFTÁLMICA. FRA

TIABENDAZOL 500 MG COM

TIABENDAZOL POMADA 0,5% BIS

TINIDAZOL 500 MG COM

TOBRAMICINA SOL OFTALMICA FRA

TRIETANOLAMINA + BORATO DE 8-HIDROXIQUINOTEÍNA. FRA

VIOLETA DE GENCIANA SOLUCAO 1% FRA

VITAMINA A+D GOTAS FRA

VITAMINA C 500 MG COM

VITAMINA C GOTAS FRA

VITAMINA DO COMPLEXO B COMPRIMIDO COM

VITAMINA DO COMPLEXO B GOTAS FRA

VITAMINA E 400 MG CAP

VITAMINAS + SAIS MINERAIS COM

XAROPE DE PIPERAZINA 100 MG/ML (LICOR DE CACAU) FRA

XINAFOATO DE SALMETEROL 50 MCG + FLUTICASONA 100 MCG. UND

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RELAÇÃO MEDICAMENTOS EXCLUSIVOS DO PRONTOATENDIMENTO/SAMU

ACET.RETINOL+CLORANF. BIS

ACETONA - FRASCO 100 ML FRA

ADENOSINA 3MG/ML INJETAVEL AMP

AMICACINA SULF. 250 MG/ML INJ AMP

AMICACINA,SULF. 50 MG/ML INJ AMP

AMIODARONA,CLOR. 50 MG/ML INJ AMP

AMPICILINA SÓDICA 1G PÓ INJ FRA

BECLOMETASONA + SALBUTAMOL, (0,4MG + 0,8MG) CAR

BICARBONATO DE SODIO 1MEQ/ML(8,4%)INJ AMP

BIPERIDENO 5MG/ML INJ (PORT344/C1) AMP

BUDESONIDA SUSP P/NEBULIZAÇÃO FRA

CALCIO, GLUCONATO (10%) - INJETAVEL AMP

CEFAZOLINA SODICA 1G/ INJ FRS+DIL FRA

CEFTRIAZONA SODICA 1G -PÓ P/ INJ FRA

CETOPROFENO 50 MG/ML IM - INJ AMP

CETORPROFENO INTRA VENOSO - 100 MG INJ FRA

CLORETO POTASSIO 19,1 % INJ AMP

CLORETO SÓDIO 3,4 MEQ/ML AMP

CLORANFENICOL, SUC 1G - PÓ P/ INJ FRA

CLORPROMAZINA 5 MG/ML, INJ AMP

DESLANOSIDO 0,02 MG/ML INJ AMP

DEXAMETASONA 4 MG/ML INJ AMP

DIAZEPAM INJETÁVEL 10 MG (PORT.344 / B1) AMP

DICLOFENACO SODICO 25 MG/ML INJ AMP

DIMENIDRATO 50 MG +PIRIDOXINA 50 MG/ML INJ AMP

DIMENIDRATO+PIRID+GIC+FRUTOSE INJ AMP

DOBUTAMINA,CLOR. 12,5 MG/ML INJ AMP

DOPAMINA, CLOR. 5 MG/ML INJ AMP

ETILFEDRINA,CLORID. 10 MG INJ AMP

FENITOINA SÓDICA 250 MG, INJETÁVEL (PORT.344 / C1) AMP

FENOBARBITAL 200 MG - INJETÁVEL (PORT.344 / C1) AMP

FENTANILA, CIT. 0,05 MG/ML (PORT.344/A1) FRA

FITOMENADIONA 10 MG/ML INJ AMP

FLUMAZENIL INTRA VENOSO 0,1MG/ML(PORT344/CI) AMP

GENTAMICINA, SULF. 40 MG/ML INJ AMP

HALOPERIDOL 5MG/ML INJ AMP

HEPARINA SODICA 5000UI/0,25ML INJ AMP

HEPARINA SODICA 5000UI/ML INJ AMP

HIDROCORTISONA 500 MG INJ FRA

HIOSCINA+DIPIRONA INJ AMP

HIOSCINA 10 MG/ML GTS FRA

ISOSSORBIDA 10 MG/ML INJ AMP

ISOSSORBIDA 5 MG SUB LINGUAL COM

LEVOMEPROMAZINA 5 MG/ML INJ AMP

LIDOCAINA 10 % SPRAY FRA

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LIDOCAINA CLOR. 1% + EPINEFRINA FRA

LIDOCAINA, CLOR. 2% + EPINEFRINA FRA

LIDOCAINA, CLOR. 2% GEL BIS

MAGNESIO SULFATO 10% INJE AMP

MEPERIDINA 50 MG/ML(PETIDINA)INJ(PORT.344/A1) AMP

METOPROLOL, TART. SER.C/5MG UND

MIDAZOLAN 15 MG INJ (PORT.344/B1) AMP

MIDAZOLAN 5 MG INJ AMP

MIDAZOLAN, MAL. 7,5 MG COM

MORFINA 10 MG/ML INJ (PORT.344/A1) AMP

NALBUFINA 10 MG/ML INJ (PORT.344/A2) AMP

NALOXONA, CLOR. 0,4MG/ML INJ(PORT.344/C1) AMP

NIFEDIPINA 10 MG CAPS GELATINOSA CAP

NITROPRUSSIATO DE SÓDIO 50 MG FRA/AMP FRA

PENICILINA POTASSICA 1.000.000 UI FRA

RANITIDINA 25 MG/ML INJ AMP

SUCCINILCOLINA,CLOR. INTRA VENOSO 100 MG AMP

SULFADIAZINA DE PRATA 1% CREME BIS

TERBUTALINA, SULF. 0,5 MG/ML INJ AMP

TETRACAINA+FENILEF. S.OFT 5% FRA

VERAPAMIL, CLOR. 2,5 MG/ML INJ AMP

VIT.B1 + B6 +B12 INJ AMP

VITAMINA COMPLEXO B INJ AMP

RELAÇÃO DE MEDICAMENTOS/ SAÚDE MENTAL

ACIDO VALPRÓICO 250 MG (PORT.344/C1} CAP

AMITRIPTILINA 25 MG (PORT.344/C1)) COM

BIPERIDENO, CLORIDRATO - 2MG (PORT.344/C1) COM

BROMAZEPAM 3 MG (PORT. 344/B1). COM

CARBAMAZEPINA SUSP. ORAL 2% (PORT.344/C1) FRA

CARBAMAZEPINA 200 MG (PORT.344/C1)) COM

CARBONATO DE LÍTIO 300 MG (PORT.344/C1) COM

CLORPROMAZINA 100 MG, CLORIDRATO (PORT. 344/C1)) COM

CLORPROMAZINA 25 MG, CLORIDRATO (PORT. 344/C1) COM

CODEÍNA, FOSFATO 30 MG + PARACETAMOL 500 MG (PORT. 344/A1). COM

DIAZEPAM 10 MG (PORT.344 / B1) COM

DIAZEPAM 5 MG (PORT.344/B1)) COM

FENITOINA 100 MG (PORT 344/C1) COM

FENITOINA SUSP. ORAL (PORT.344/C1) FRA

FENOBARBITAL 100 MG (PORT 344/C1)) COM

FENOBARBITAL SOL. ORAL GTS (PORT.344/C1) FRA

FLUOXETINA 20 MG, CLORIDRATO (PORT.344/C1) CAP

HALOPERIDOL 5 MG (PORT.344/C1)) COM

IMIPRAMINA 25 MG, CLORIDRATO (PORT.344/C1)) COM

LEVOMEPROMAZINA 25 MG (PORT 344/C1) COM

VALPROATO DE SODIO XAROPE ( PORT.344/C1) FRA

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ANEXO III

REGIMENTO INTERNO DA SMS (Parcial)

DO ÓRGÃO DE ATIVIDADE FINALÍSTICA

SEÇÃO I

DO DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA

Art. 21 - Da Composição do Departamento de Saúde Pública – O Departamento de Saúde Pública está composto, além de seu quadro técnico, pelos cargos de Chefe do Departamento de Saúde Pública; Assessor Chefe de Atenção à Saúde; Assessor Chefe de Vigilância em Saúde, cinco (5) Coordenadores de Regionais de Saúde, cinco (5) Chefes Regionais de Apoio Administrativo, vinte e um (21) Assessores de Vigilância em Saúde e sessenta (60) Coordenadores de Unidades Locais de Saúde. Complementarmente farão parte deste Departamento, no Nível Central cargos de assistente e/ou auxiliar administrativo.

Art. 22 - Das Competências da Chefia do Departamento de Saúde Pública:

I. Implementar o modelo de atenção à saúde em consonância com as diretrizes definidas pela política municipal de saúde, emitindo parecer sobre normas para sua operacionalização; II. Promover o acesso universal à assistência em saúde, zelando pelos princípios de eqüidade e integralidade e pela consolidação da vigilância em saúde; III. Coordenar a execução das ações de promoção, prevenção e/ou dar seguimento às de recuperação e reabilitação da saúde para a população de Florianópolis, de acordo com as competências assumidas junto às instâncias de pactuação; IV. Participar da formulação da política municipal de saúde e atuar no controle de sua execução, inclusive nos seus aspectos econômicos e financeiros e nas estratégias para sua aplicação, respeitando as decisões emanadas das instâncias legais e a programação local e regional estabelecida anualmente; V. Viabilizar estratégias de gestão que garantam a execução da política municipal de saúde no âmbito das Regionais e Unidades Locais de Saúde; VI. Fomentar o desenvolvimento das ações de vigilância em saúde em consonância com o Código de Vigilância em Saúde do Município, por meio de ações interdisciplinares e descentralizadas, sem prejuízo de suas ações específicas; VII. Estabelecer mecanismos de execução para a programação local e regional anual, em colaboração com a Assessoria de Planejamento; VIII. Garantir os procedimentos de coleta de dados no Departamento de Saúde Pública, subsidiando o sistema de informação como apoio à gestão e ao gerenciamento da política municipal de saúde; IX. Promover o acesso da população aos recursos ambulatoriais, de apoio diagnóstico - terapêutico e à assistência hospitalar, nos seus diferentes níveis de complexidade; X. Apoiar o desenvolvimento de programas, projetos e ações direcionados a grupos prioritários da população, definidos no Plano Municipal de Saúde; XI. Articular o ajuste da política municipal de assistência farmacêutica e de apoio diagnóstico, em sintonia com a Política Municipal de Saúde;

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XII. Requerer e aprovar plano de aplicação trimestral de recursos financeiros às Unidades Locais e Regionais de Saúde, acompanhando sua execução; XIII. Autorizar a elaboração de protocolos de atenção, encaminhando solicitação de instalação de comissões de estudo à Área de Regulação e Normalização; XIV. Designar técnicos para compor comissão de estudo de padrões e especificação de insumos e materiais necessários ao desempenho das ações das unidades vinculadas ao Departamento de Saúde Pública, assim como para assessorar a Comissão Permanente de Licitação, se solicitado; XV. Articular-se com os demais níveis de gestão do SUS, assim como com outros Órgãos e Secretarias Municipais, com a finalidade de cooperação mútua e estabelecimento de estratégias comuns para garantir a promoção e a prevenção dos riscos à saúde; XVI. Cooperar com a Assessoria de Planejamento para a consecução dos compromissos contratuais com o SUS, apoiando e participando do diagnóstico e planejamento e programação estratégicos, os Planos de Saúde e a elaboração dos instrumentos anuais de acompanhamento e avaliação da gestão; XVII. Colaborar com a Assessoria de Desenvolvimento Institucional nos procedimentos de diagnóstico tecnológico e organizacional para definição e desenvolvimento da política de desenvolvimento institucional, de desenvolvimento de pessoas e de comunicação e marketing; XVIII. Analisar e dar parecer sobre questões referentes às práticas de ensino e pesquisa desenvolvidos na rede de saúde, demandadas do Programa Docente-Assistencial ou assemelhados; XIX. Acompanhar o processo de desenvolvimento e incorporação científica e tecnológica na área de saúde, visando a observação de normas sobre ética e bioética nas pesquisas implementadas nos serviços sob gestão municipal de saúde; XX. Promover a instalação e acompanhar comissões e comitês de interesse da política municipal de saúde e do SUS; XXI. Fomentar e apoiar, sistematicamente, os Conselhos Locais de Saúde, visando a potencialização do exercício do controle social; XXII. Participar das reuniões do Conselho Municipal de Saúde; XXIII. Realizar interfaces com órgãos técnicos, setores governamentais e não governamentais de interesse da atenção e da vigilância em saúde, representando a Secretaria Municipal de Saúde nos processos de articulação e gestão interinstitucionais afins; XXIV. Participar do Colegiado da Secretaria Municipal de Saúde, colaborando especialmente na elaboração, definição e implementação da política municipal de saúde; XXV. Realizar interfaces com todas os Assessores-Chefes, com o Departamento Administrativo e Financeiro e demais Órgãos da administração direta e indireta; XXVI. Realizar outras atividades correlatas ao modelo de atenção vigente.

SEÇÃO II DO COMITÊ DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Art. 23-Da composição do Comitê de Responsabilidade Técnica - o Comitê de Responsabilidade Técnica é composto por um profissional de cada categoria: enfermeiros,

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farmacêuticos-bioquímicos, médicos, odontólogos e demais profissionais afins, integrantes do Departamento de Saúde Pública, sendo designado por essa chefia ao início de cada gestão e homologado pelo Secretário Municipal de Saúde mediante portaria.

Art. 24 - Das competências do Comitê de Responsabilidade Técnica – Ao Comitê de Responsabilidade Técnica compete:

I. Assessorar o Chefe do Departamento de Saúde Pública quanto as atividades de regulação do exercício dos profissionais de saúde da Secretaria Municipal de Saúde, observando a normativa dos órgãos de regulamentação das profissões de saúde . II. Manter contato com os Conselhos das Entidades de Classe, visando atualização normativa para garantir condições de estrutura, insumos e qualificação profissional necessárias ao desempenho profissional das ações de saúde na Secretaria Municipal de Saúde;

III. Representar, por designação da Chefia de Departamento de Saúde Pública, junto à Área de Normalização e Regulação com a finalidade de elaboração e avaliação de normas que regulem as ações desempenhadas por profissionais médicos, farmacêuticos, farmacêuticos-bioquímicos, enfermeiros e odontólogos e outros;

IV. Avaliar insumos, materiais e equipamentos padronizados ou padronizáveis para a rede de saúde, emitindo parecer prévio para aquisição e/ou participar de processos de compra ou licitação se convocado;

V. Assessorar a Chefia do Departamento de Saúde Pública e/ou a quem designado em estudos de definição do quadro lotacional e necessidades de capacitação e educação permanente visando a manutenção da qualidade das ações de saúde.

SEÇÃO III

DA ASSESSORIA DE ATENÇÃO À SAÚDE

DA ASSESSORIA DE ATENÇÃO À SAÚDE

Art. 25- Da composição da Assessoria de Atenção à Saúde – A Assessoria de Atenção à Saúde é composta por um (a) Assessor-chefe de Atenção à Saúde e Assessorias de Vigilância em Saúde.

Art. 26- Das competências da Assessoria de Atenção à Saúde:

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I. Colaborar na implementação do modelo de atenção à saúde em consonância com as diretrizes assistenciais definidas pela política municipal de saúde, propondo e coordenando estratégias para sua operacionalização; II. Assessorar a Chefia do Departamento de Saúde Pública no processo de coordenação de ações e serviços advindos da atenção básica de saúde e das ações programáticas estratégicas; III. Propor e implantar estratégias e ações de atenção à saúde para grupos prioritários da população, apontados no Plano Municipal de Saúde e Planejamento Estratégico; IV. Participar da formulação da política municipal de saúde e atuar no controle de sua execução, inclusive nos seus aspectos econômicos e financeiros e nas estratégias para sua aplicação, respeitando as decisões emanadas das instâncias legais e a programação local e regional estabelecida anualmente; V. Colaborar na formulação da política municipal de saúde e no controle de sua execução, especialmente quanto às estratégias de sua aplicação na atenção à saúde; VI. Propor e implantar mecanismos operacionais de referência e contra-referência dos usuários, aplicáveis à condição de gestão do município; VII. Detectar necessidades de protocolos de atenção que visem a garantia do acesso, da integralidade, da qualidade e da eqüidade nas ações de saúde, propondo estudos pertinentes; VIII. Acompanhar o processo de planejamento das ações de saúde no âmbito do município, observando ênfase na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação sob enfoque dos principais problemas de saúde da população, em coerência com o Plano Municipal de Saúde e com a pactuação intergestores; IX. Atuar em conjunto com a Assessoria de Vigilância em Saúde visando o desenvolvimento de operações de interesse comum; X. Participar e acompanhar os procedimentos de programação e orçamentação realizados junto às Unidades Locais e Regionais de Saúde; XI. Proporcionar apoio técnico às Unidades Locais e às Regionais de Saúde, quanto às atividades de execução das ações de saúde; XII. Responsabilizar-se pela manutenção, encaminhamento de informações e ajustes de sistemas, vinculados ao sistema nacional de informações do Ministério da Saúde, articulando-se à Área de Geoprocessamento e Gestão da Informação; XIII. Colaborar na orientação sobre coleta de dados no campo de atenção à saúde, visando o desenvolvimento e confiabilidade do(s) sistema(s) de informação em saúde; XIV. Participar dos estudos de definição de indicadores de avaliação das ações e das políticas de saúde, junto à Área de Avaliação de Ações e Políticas de Saúde; XV. Articular-se com a Área de Comunicação e Marketing visando a divulgação das informações pertinentes à atenção básica; XVI. Participar da definição e/ou do ajuste da política municipal de assistência farmacêutica, imunobiológicos e de apoio diagnóstico, em sintonia com o Plano Municipal de Saúde, estabelecendo, em conjunto com a Assessoria de Planejamento os mecanismos para sua avaliação; XVII. Assessorar e apoiar tecnicamente as Unidades Locais e Regionais de Saúde na solução de problemas específicos detectados na sua gestão e na implantação de programas, projetos e ações assistenciais relacionados à atenção básica; XVIII. Assessorar os demais setores da Secretaria Municipal de Saúde no desenvolvimento de planos e projetos experimentais relacionados com atenção à saúde;

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XIX. Colaborar com a Assessoria de Planejamento, especificamente com a Área de Avaliação de Ações e Políticas de Saúdes, no que diz respeito à avaliação sistemática de resultados pertinentes à sua área; XX. Cooperar com a Assessoria de Planejamento, especialmente com a Área de Regulação e Normalização na elaboração e ajuste de normas técnicas inerentes à sua área, aplicando-as e acompanhando sua execução; XXI. Contribuir com a Assessoria de Planejamento e de modo específico com a Área de Gestão da Informação quanto ao gerenciamento das informações por parte dos setores finalísticos vinculados; XXII. Participar de grupos técnicos específicos para elaboração de programas, projetos e ações de saúde; XXIII. Colaborar na interface com órgãos técnicos, setores governamentais e não governamentais de interesse da assistência e da vigilância em saúde; XXIV. Fomentar e apoiar, sistematicamente, os Conselhos Locais de Saúde, visando a potencialização do exercício do controle social; XXV. Participar das reuniões do Conselho Municipal de Saúde; XXVI. Representar o Departamento de Saúde Pública quando solicitado; XXVII. Participar colegiado ampliado, colaborando especialmente na elaboração, definição e implementação da política de saúde no município; XXVIII. Realizar outras atividades correlatas ao modelo de atenção vigente.

...............................

DO ÓRGÃO DE EXECUÇÃO INSTRUMENTAL

SEÇÃO I

SUB-SEÇÃO I

Das Competências da Chefia do Departamento Administrativo e Financeiro

Art.38 - À Divisão de Recursos Materiais e Patrimônio, compete:

I. Executar a política relativa à gestão de recursos materiais e patrimônio, estabelecendo normas para os demais setores e unidades da Secretaria Municipal de Saúde, com apoio da Assessoria de Planejamento; II. Instruir processo administrativo para promover alterações patrimoniais; III. Participar das “comissões de acompanhamento e controle” físico do patrimônio mobiliário operantes nas unidades da Secretaria Municipal de Saúde; IV. Gerir o uso e movimentação de materiais, insumos e bens móveis das unidades da Secretaria Municipal de Saúde, observadas as diretrizes emanadas pelas Unidades Locais e pelas Regionais de Saúde; V. Elaborar normas e controlar a logística de suprimento da Secretaria Municipal de Saúde com apoio da Assessoria de Planejamento-Área de Regulação e Normalização; VI. Gerenciar recebimento de materiais de consumo e permanente, providenciando sua classificação e a codificação;

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VI. Gerenciar recebimento de materiais de consumo e permanente, conferindo de acordo com suas especificações e características constantes na Autorização de Fornecimento e na Nota Fiscal; VIII. Gerir os sistemas informatizados de controle de estoques de materiais e equipamentos; IX. Zelar pela organização física, sinalização do ambiente e procedimentos de estocagem e descarte de itens, observando prazos de armazenagem dos produtos, segundo as Normas de Manuseio, Embalagem e Armazenamento e Legislações vigentes; X. Elaborar programação, definir datas de ressuprimento e controlar estoque; XI. Coordenar e acompanhar a saída de materiais através de emissão de ordens de expedição para entrega através da Divisão de Logística; XII. Separar e embalar materiais, observando as Normas de Manuseio, Embalagem e Armazenamento, zelando pela integridade dos mesmos; XIII. Contribuir na elaboração de projetos para construção e/ou reformas de Unidades da rede municipal de saúde; XIV. Acompanhar, controlar e fiscalizar a execução de obras tanto de reformas quanto novas edificações, buscando compatibilidade com os projetos aprovados; XV. Preparar atos e documentos oficiais para publicação; XVI. Gerir o sistema de protocolo da Secretaria Municipal de Saúde, mantendo o registro do controle de movimentação de processos, observando os prazos estabelecidos de tramitação; XVII. Providenciar a formalização de processos quando da impossibilidade de abertura pelos setores responsáveis;

I. Registrar, analisar e guardar adequadamente os documentos correntes destinados para arquivo, procedendo à verificação de idade, segundo a tabela de temporalidade respectiva, indicando sua eliminação ou encaminhando para o arquivo intermediário ou histórico;

II. Controlar e manter atualizados os registros do arquivo corrente; III. Participar de comissão para estabelecimento de normas relativas aos recursos materiais

e patrimônio, junto à Assessoria de Planejamento; IV. Orientar quanto ao manuseio e preservação dos processos e documentos dos arquivos

setoriais dos Departamentos e Unidades de Saúde; XXI. Atender solicitação de informações e pedidos de remessa de processos e demais documentos e autorizar o exame dos processos ou expedientes sob guarda do setor aos órgãos da administração, aos interessados ou aos seus procuradores, quando solicitados; XXII. Elaborar, acompanhar e controlar contratos, convênios e aditivos e congêneres firmados pela Secretaria Municipal de Saúde; XXIII. Auxiliar na elaboração e controle dos processos de prestações de contas; XXIV. Manter o arquivo e guarda de contratos, convênios e demais ajustes realizados pela Secretaria Municipal de Saúde; XXV. Registrar termos aditivos, convênios e congêneres; XXVI. Realizar interfaces com todas os setores e unidades da Secretaria Municipal de Saúde e demais Órgãos da Administração Direta e Indireta;

XXIX. Realizar outras atividades correlatas.

Observação importante: O Regimento Interno, na Divisão de Recursos Materiais não menciona obrigações em relacionar-se com medicamentos ou com a área farmacêutica.