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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
Faculdade de Ciências Domésticas
Departamento de Ciência dos Alimentos
Curso de Química de Alimentos
Disciplina de Seminários
ABACATE: Variedades, Produção e Aspectos Nutricionais
Giseli Rodrigues Crizel
Pelotas2008
1
Giseli Rodrigues Crizel
ABACATE: VARIEDADES, PRODUÇÃO E ASPECTOS NUTRICIONAIS
Trabalho acadêmico apresentado ao
curso de Bacharelado em Química de
Alimentos da Universidade Federal de
Pelotas, como requisito da disciplina de
Seminário no 1° semestre curricular do
presente ano.
Orientador : Prof.a Dr.a Carla Rosane Barboza Mendonça
Pelotas
2
2008
AGRADECIMENTOS
Agradeço a minha orientadora Carla Rosane Barboza Mendonça pela força e
dedicação.
À minha família pelo incentivo e carinho.
E as minhas amigas pela compreensão e atenção.
3
“A melhor de todas as coisas é aprender. O dinheiro pode ser perdido ou roubado, a saúde e a força podem falhar, mas o que você dedicou a sua mente é seu para sempre.”
4
Resumo
CRIZEL, Giseli Rodrigues. Abacate: variedades, produção e aspectos nutricionais. 2008.
47f. Trabalho acadêmico. – Bacharelado em Química de Alimentos. Disciplina de Seminário.
Universidade Federal de Pelotas.
O abacateiro é cultivado em quase todos os estados do Brasil, devido a suas diversas variedades, trata-se de uma planta frutífera das mais produtivas por unidade de área cultivada. O fruto é formado por pericarpo (casca), mesocarpo (polpa), e endocarpo (semente) e em forma de pêra ou ovalada. Sendo duas as espécies importantes na fruticultura: Persea americana Mill e p. drymifolia cham., Estas variedades de abacateiro são classificadas em três raças: a Antilhana, a Guatemalense e a Mexicana. O fruto do abacateiro é um alimento bastante energético, calórico e com alto valor nutricional, quando comparado com outros frutos tropicais, contém as vitaminas lipossolúveis que faltam em geral às outras frutas. Rico em proteínas e vitaminas A e B, medianamente rico em vitaminas D, E e pobre em vitamina C, com quantidade variável de óleo na polpa, grandemente utilizado na indústria farmacêutica e de cosméticos, e na obtenção de óleos comerciais substitutivos do óleo de oliva, devido ao óleo de abacate assemelhar-se muito com o óleo de oliva, principalmente na composição de seus ácidos graxos, predominando em ambos o ácido oléico. Esses óleos são ricos em ácidos graxos ômega nove que parecem apresentar efeitos benéficos ao consumidor, em relação à prevenção de doenças cardiovasculares. Além dessa propriedade, o óleo de abacate apresenta fácil absorção pela pele, sendo usado como veículo de substâncias medicinais; poder de absorção de perfumes; fácil formação de emulsão, tornando-o ideal para fabricação de sabões finos e, quando refinado, pode ser usado para fins alimentícios. Essas características interessantes sugerem bons prognósticos comerciais para a exportação do abacate.
Palavras-chave: Abacate. Propriedades Nutricionais. Caracterização de óleo. Propriedades benéficas.
5
Lista de Figuras
Figura 1 - Abacateiro................................................................................................................12
Figura 2 - Flores do abacateiro. A: fase feminina B: fase masculina......................................15
Figura 3 - Florada do abacateiro ..............................................................................................16
Figura 4 - Frutificação...............................................................................................................16
Figura 5 - Hass: variedade mais cultivada no mundo...............................................................17
Figura 6 - Acima – Guatemalense Abaixo – tilhana.................................................................17
Figura 7 - Frutos – Collinson e Quintal....................................................................................17
Figura 8 - Características de algumas variedades brasileiras de abacate..................................18
Figura 9 - Características de algumas variedades de abacate de exportação............................18
Figura 10 - Produção de abacates no Brasil ........................................................................... 22
Figura 11 - Principais estados produtores de abacates no Brasil no ano de 1999.......................22
Figura 12 - Saco de colheita de fundo fechado e com fundo falso aberto(A) e varas para
colheita de abacate....................................................................................................................24
Figura 13 - Limpeza .................................................................................................................32
Figura14 - Polimento com cera Figura.....................................................................................32
Figura 15 - Primeira esteira de seleção.....................................................................................32
Figura 16 - Segunda esteira de seleção.....................................................................................32
Figura 17 - Embalagem da fruta...............................................................................................33
Figura 18 - armazenamento das caixa ......................................................................................33
Figura 19 - Produtos a base de abacate.....................................................................................34
Figura 20 - Salada de abacate suave.........................................................................................35
Figura 21 - Salada de abacate suave (Bolsa)...........................................................................35
Figura 22 - Salada de abacate picante (Terrina)......................................................................35
Figura 23 - Salada de abacate picante (Bolsa).........................................................................36
Figura 24 - Guacamole..............................................................................................................36
Figura 25 - Metade de abacate..................................................................................................36
Figura 26 - Cubos de abacate...................................................................................................37
Figura 27 - Fatias de abacate …………………….………………...................................…..37
Figura 28 - Sobremesa de abacate Havay ………...………………….………....................….37
6
Figura 29 - Sobremesa de abacate Havay Light........................................................................38
Figura 30 - Sobremesa de abacate Havay Oporto......................................................................38
Figura 31 - Três marcas distintas de óleo de abacate refinado extra virgem e os acrescentado
de alho, pimenta, e limão..........................................................................................................38
Figura 32 - Creme para pentear, shampoo, condicionador, creme de hidratação intensiva,
sabonete e hidratante para o rosto.............................................................................................39
Figura 33 - Tonificante facial e esfoliante................................................................................39
Figura 34 - Gloss labial.............................................................................................................40
Figura 35 - Óleo de abacate......................................................................................................40
Figura 36 - Óleo corporal..........................................................................................................40
7
Lista de Tabelas
Tabela 1: valor nutritivo de dois tipos extremos de abacate, por 100g de parte
utilizável....................................................................................................................................19
Tabela 2: Composição química de abacates das variedades antilhana e guatemalense, em
%...............................................................................................................................................20
Tabela 3: Analise comparativa e valor alimentar de abacate laranja e maçã, em %do peso
fresco.........................................................................................................................................20
8
Sumário
Resumo................................................................................................................5
Lista de figuras.....................................................................................................6
Lista de Tabelas ..................................................................................................8
1. Introdução.......................................................................................................10
2.O bacateiro......................................................................................................12
2.1.Botânica, Raças e Variedades......................................................................13
2.2. Fruto (abacate).............................................................................................19
2.2.1.Composição e Valor Nutricional..................................................................19
3. Produtividade...................................................................................................22
4. colheita.............................................................................................................24
5. Armazenamento...............................................................................................26
6. Óleo de abacate...............................................................................................28
7.Importância econômica e mercado...................................................................31
7.1.Situação mundial............................................................................................31
7.2.Classificação do Abacate para o Mercado.....................................................32
7.3.Comercialização e industrialização.......................................................... .....32
8. Produtos potenciais disponíveis no mercado...................................................36
8.1 Oriundos da indústria de alimentos................................................................36
8.2 Oriundos da Indústria Farmacêutica e de Cosméticos...................................44
9. Conclusão.........................................................................................................46
10. Referências.....................................................................................................47
9
1. Introdução O abacate é nativo do continente Americano, onde os primeiros navegadores o
encontraram, desde o México, Guatemala e outros países da América Central até o
Equador, a Venezuela, a Colômbia, e o Peru, mas não nas Antilhas e nem no Brasil .
Sabe-se que Luís de Abreu Vieira e Silva trouxe em 1809 da Ilha da França,
algumas mudas e sementes para o Rio de Janeiro, que foram plantadas na Real
Quinta, de onde se expandiram para todo o País devido ao sucesso de sua
aclimatização (GUIRRA NET RURAL, 2004).
No Brasil, a abacaticultura teve grande desenvolvimento na década de 1970
devido aos incentivos fiscais concedidos pelo Governo Federal, dentro do programa
de reflorestamento do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF), que
financiou pomares com características comerciais a partir de mudas enxertadas
(CAMPOS, 1984).
Em muitos países o abacate é considerado como legume, sendo ingerido sob
forma de salada com cebola e queijo ou de sopa, ou com sal e pimenta do reino, ou
mesmo em conservas. No Brasil é mais utilizada a fruta adicionada de açúcar, mel
ou licores. As sementes produzem uma tinta castanho-arroxeada, própria para
marcação de roupas. As flores atraem as abelhas e por isso, o abacate é planta
melífera (CANTO, SANTOS e TRAVAGLINI, 1978).
Para cada forma de consumo há variedades mais adequadas, por isso é de
grande valia a procedência do fruto e fatores como raça e variedade. Devido à
importância das raças para o cultivo comercial do abacateiro, é interessante
conhecer as características básicas das três raças. As variedades mais importantes
para exportação, no momento, possivelmente derivaram do cruzamento natural das
variedades guatemalense e mexicana.
O conhecimento da biologia floral do abacateiro também é de suma importância
para a obtenção de uma boa produção do pomar, devido à característica de suas
flores serem hermafroditas. As suas flores se comportam de duas formas diferentes,
determinando a classificação de cultivares em dois grupos, A e B. (MONTENEGRO,
1951).
10
O fruto do abacateiro é um alimento bastante energético, calórico e com alto
valor nutricional, quando comparado com outros frutos tropicais, por isso pode ser
relevante sua inserção à dieta. O abacate é considerado um dos mais valiosos entre
os frutos tropicais, contém as vitaminas lipossolúveis que faltam em geral às outras
frutas. Com quantidade variável de óleo na polpa, grandemente utilizado na indústria
farmacêutica e de cosméticos, e na obtenção de óleos comerciais substitutivos do
óleo de oliva. Isso devido ao fato de que o óleo de abacate assemelha-se muito com
o óleo de oliva, principalmente na composição de seus ácidos graxos . (CANTO,
SANTOS E TRAVAGLINI, 1980; BLEINROTH E CASTRO, 1992; TANGO E
TURATTI, 1992).
O objetivo deste trabalho é reunir através de uma revisão bibliográfica as
características das variedades, a importância à saúde, bem como os aspectos
tecnológicos e mercadológicos do abacate.
11
2. O abacateiro O abacateiro é uma árvore sempre verde, com altura média de 6 metros, mas
pode alcançar mais de 20 metros, segundo as variedades. Sua madeira encontra-se
de forma leve, frágil, fácil de quebrar com o vento, sendo de baixo valor, seja para
lenha carvão ou móveis, seus ramos baixos, sua copa é densa, podendo ser ereta
ou espalhada (MARANCA, 1980; KOLLER, 1992). A figura 1 mostra o abacateiro de
forma detalhada sendo possível observar melhor a sua copa, suas flores, sua
frutificação e madeira.
Figura 1. Abacateiro de forma detalhada.Fonte: SETE ERVAS ARTIGOS PARA HORTA E JARDIM LTDA., 2007.
No Brasil o abacateiro é cultivado em quase todos os estados, devido a suas
diversas variedades, trata-se de uma planta frutífera das mais produtivas por
unidade de área cultivada (TANGO E TURATTI, 1992). Estando a produção
brasileira entre o ano de 2003-2004 distribuída principalmente pela Região Sudeste,
seguida pelo Nordeste e Sul, nos estados de São Paulo, Paraná, Espírito Santo, Rio
Grande do Sul e Ceará (IBGE, 2004).
12
2.1. Botânica, Raças e Variedades O abacateiro é originário do México e América Central, pertence à família
Lauraceae, gênero Perseal (MONTENEGRO, 1951; MARANCA, 1980; KOLLER,
1992). O gênero perseal, engloba cerca de 150 espécies, a grande maioria
habitando a América tropical e América temperada, apenas quatro habitando a
Amazônia. Este gênero foi dividido em dois subgêneros: Persea e Eriodaphne.
(KOLLER, 1992). Porém, duas são as espécies importantes em fruticultura: Persea
americana Mill e p. drymifolia cham., esta última abrangendo os abacates da raça
mexicana e, atualmente considerado como variedade botânica de p. americana
(CANTO, SANTOS E TRAVAGLINI, 1978; KOLLER,1992).
Além dessa classificação por espécies, as variedades de abacateiros são
divididas em três tipos ou raças que são: a mexicana, a guatelmalteca e a antilhana,
sendo distribuídas em três variedades botânicas: raça mexicana: Persea americana
Miller var. Drymifolia; raça antilhana: Persea americana Miller var. Americana; raça
guatemalense: Persea nubigena Miller var. guatemalensis.
Para diferenciar as três raças, pode-se esfregar as folhas, na raça mexicana
estas exalam o odor de anis. A maturação dos frutos mexicanos acontece em 6 a 8
meses do florescimento, dependendo do clima, e o fruto é pequeno com casca fina,
suave e lisa, sendo a semente relativamente grande, o teor de óleo na polpa é
elevado (KOLLER,1992). Os principais representantes desta raça não são cultivados
no país, pois as características de seus frutos não satisfazem às exigências do
mercado interno (CAMPOS, 1985). Na raça guatemalense, as folhas quando
esfregadas, não exalam o odor de anis. A maturação dos frutos ocorre de 10 a 15
meses depois do florescimento (maio a novembro), o fruto é de tamanho médio a
grande, a casca é grossa e dura e a superfície áspera, o teor de óleo na polpa é
médio. Principais representantes no Brasil são os cultivares Prince, Wagner e Linda.
(CAMPOS, 1985 KOLLER, 1992). A raça antilhana, reúne os abacateiros
conhecidos por “comum” ou “manteiga”, a maturação dos frutos ocorre geralmente
no verão, se dá de seis a oito meses depois do florescimento, o fruto é de tamanho
médio-grande, a casca é grossa, mais suave e com superfície lisa, as cultivares
desta raça amadurecem seus frutos geralmente no verão. Os mais importantes são
pollock, simmonds e princesa (CANTO, SANTOS E TRAVAGLINI, 1978; MARANCA,
1980; CAMPOS, 1985).
13
As principais exigências climáticas do abacateiro relacionam-se com a
temperatura e a precipitação, as variedades tem comportamento diferente conforme
a raça a que pertençam. Os abacateiros da raça antilhana (comum), originários das
regiões de baixa altitude da América do sul e da América central, são pouco
resistentes ao frio, danificando-se com a temperatura ao redor de - 2º C. As
variedades da raça guatemalense originariam das regiões altas da América central,
são mais resistentes ao frio que as antilhanas, com resistência semelhante a das
laranjeiras. Já, os abacateiros da raça mexicana, originários das regiões altas do
México e da cordilheira dos Andes, são os mais resistentes de todos ao frio,
suportando temperaturas próximas a - 6° C (CANTO, SANTOS E TRAVAGLINI,
1978; CAMPOS, 1985). A classificação das três raças não pode ter valor absoluto, devido à existência de
grande número de híbridos naturais. O abacateiro tem flores perfeitas, órgãos
masculinos e femininos capazes de produzir frutos maduros, com apenas alguma
exceção, da variedade collinson, por exemplo, que não consegue produzir pólen em
absoluto e só serve como planta feminina (MARANCA, 1980).
Sabe-se que o abacateiro apresenta um fenômeno de comportamento floral
denominado dicogamia protogenica (KOLLER, 1992). Existe uma outra
classificação, de grande importância é a dos grupos A e B, universalmente, esta
nada tem em comum com a classificação das três raças, e só tem uma relação
estreita com a biologia floral do abacateiro (MARANCA, 1980). O grupo A é
composto por variedades em que a primeira abertura da flor ocorre no período da
manhã pronta para receber o pólen (feminina) reabrindo novamente à tarde do dia
seguinte, porém, soltando pólen (masculino). Nas variedades do grupo B a primeira
abertura da flor ocorre após o meio dia (feminina), fechando-se ao entardecer e
reabrindo ao amanhecer no estágio masculino. No caso, o fruticultor define qual a
quantificação e forma de interplantação das variedades dos dois grupos necessária
para a obtenção de produção de acordo com a procura no mercado
(MONTENEGRO, 1951; MARANCA, 1980; KOLLER, 1992). Observando a figura 2
pode-se compreender melhor esse comportamento.
14
Figura 2. Flores do abacateiro. A: Fase feminina B: Fase masculina. ”A” corresponde a fase feminina da flor do abacateiro. A1 - estigmas receptivos e estames com anteras afastadas; A2 -
antera válvulas dos sacos polínicos fechadas. “B” fase masculina da flor do abacateiro B1 - estames com anteras próximas ao estigma liberando o pólen. B2 - antera com sacos polínios
abertosFonte: KOLLER, 1992.
Devido a esse fenômeno de comportamento floral indica-se o plantio intercalado
de grupos A e B que floresçam na mesma época para assegurar satisfatória
polinização das flores e uma produção viável economicamente. No entanto, isso é
dispensável, porque a variabilidade de luminosidade altera a dicogamia,
possibilitando a autopolinização em plantios de uma só cultivar (MARANCA, 1980).
Existem ainda as variedades hibridas resultantes dos cruzamentos naturais entre
as diferentes raças. Algumas variedades resultantes desses cruzamentos
apresentam características que atendem plenamente à exigência dos consumidores.
São, por via de regra, selecionados para os plantios comerciais. No Brasil, é grande
o número dessas variedades exploradas com sucesso comercial. Pode-se mesmo
afirmar a sua destacada posição, entre elas sobressaem as que seguem: Fortuna,
considerada até o presente momento a de melhor aceitação no mercado interno,
Quintal, Collinson, Fuerte, Lula, etc. As variedades hibridas têm, naturalmente,
conforme sua progênie, exigências climáticas diferenciadas (CAMPOS,1985).
15
As figuras 3 e 4 mostram as características do abacateiro, durante a sua
floração e frutificação, pode-se observar na fig.4 que suas flores ocorrem em grande
número.
Figura 3. Florada do abacateiroFonte: SETE ERVAS ARTIGOS PARA HORTA E JARDIM LTDA, 2007.
Figura 4. FrutificaçãoFonte: SETE ERVAS ARTIGOS PARA HORTA E JARDIM LTDA, 2007.
As figuras 5 até 7, mostram as características da variedade de abacates mais
produzida mundialmente, a diferença entre as formas Guatemalense e Antilhana e
no ponto para consumo a variedade Collinson e Quintal ambos híbridos da raça
antilhana e da guatemalense, sendo o primeiro do grupo floral A e o segundo do
grupo floral B.
16
Figura 5. Abacates Hass: variedade mais cultivada no mundo.Fonte: SETE ERVAS ARTIGOS PARA HORTA E JARDIM LTDA, 2007.
Figura 6. Abacates Guatemalense (acima) e Antilhano (abaixo)Fonte: SETE ERVAS ARTIGOS PARA HORTA E JARDIM LTDA, 2007.
Figura 7. Collinson e Quintal, partes principais do fruto: pericarpo, mesocarpo e endocarpoFonte: SETE ERVAS ARTIGOS PARA HORTA E JARDIM LTDA, 2007.
Nas figuras 8 e 9 são expostas as características, de algumas variedades de abacates cultivadas no Brasil e características de algumas variedades de abacate de exportação, respectivamente.
17
Figura 8. Características de algumas cultivares hibridas brasileiras de abacate
Fonte: SETE ERVAS ARTIGOS PARA HORTA E JARDIM LTDA, 2007.
Figura 9. Características de algumas variedades de abacate de exportação
Fonte: SETE ERVAS ARTIGOS PARA HORTA E JARDIM LTDA, 2007.
Através dos dados anteriores pode-se observar que as variedades destinadas à
exportação não pertencem ao grupo das cultivares hibridas comercializadas no
Brasil, este fato ocorre devido a preferência do consumidor e a que se destina o
fruto, pois os frutos de exportação são frutos de um calibre menor e que possuem
maior teor de óleo; já os comercializados nacionalmente são os frutos maiores e
menos oleosos.
18
2.2. O Fruto (abacate) O fruto do abacate é formado por pericarpo (casca), mesocarpo (polpa), e
endocarpo (semente), em forma de pêra ou ovalada ou arredondada com diâmetro
de 7 a 10 cm de comprimento entre 7 a 10 cm, que pode mudar muito com as
numerosas variedades existentes assim como outro seus caracteres; a cassa, por
exemplo, geralmente verde amarelada, pode apresentar manchas mais ou menos
extensas de cor purpúrea, ou pode ser totalmente purpúrea escura a marrom; ela é
glabra, lisa ou rugosa, fina como papel ou espessa, lignificada e quebradiça, suave
ou coriácea. A polpa é geralmente de cor amarela clara, com tendência ao verde
perto da casca, de consistência manteigosa, e espessura acima de 15 mm e a
semente é grande globosa e arredondada (MARANCA, 1980).
2.2.1.Composição e Valor Nutricional O fruto do abacateiro é um alimento bastante energético, calórico e com alto
valor nutricional, quando comparado com outros frutos tropicais, por isso é
recomendado para a nutrição humana, sendo relevante sua inserção à dieta. O
abacate é considerado um dos mais valiosos entre os frutos tropicais, contém as
vitaminas lipossolúveis que faltam em geral às outras frutas. Rico em proteínas e
vitaminas A e as do grupo B, medianamente rico em vitaminas D e E, e pobre em
vitamina C, com quantidade variável de óleo na polpa. (CANTO, SANTOS E
TRAVAGLINI, 1980; CAMPOS, 1985; BLEINROTH E CASTRO, 1992; TANGO E
TURATTI, 1992). O abacate é um fruto de alto valor alimentar, isso pode ser
verificado pelos dados expostos nas Tabelas de 1a 3.
Tabela 1. Valor nutritivo de dois tipos extremos de abacate, por 100g de parte utilizável. Abacate de terras baixas Abacate de terras altas
Calorias 96 173Água g 83,8 74,2Carboidratos totais g 5,8 6,1Fibra g 1,3 1,6Proteínas g 1,3 1,4Extrato etéreo g 8,5 17,5Cinza g 0,6 0,8Cálcio miligramas 13 13Fósforo mg 42 47Ferro 1,1 0,7Caroteno (Vit A)mg 0,14 0,18Tiamina( B1) mg 0,2 0,06Riboflavina( Vit. B2) mg 0,10 0,09Niacina mg 1,90 1,40Ac. Ascórbico (Vit C) mg 16 8Fonte: MARANCA, 1980.
19
Tabela 2. Composição química de abacates das variedades antilhana e guatemalense, em %. Abacate Antilhano Abacate guatemalense
Água 78,7 60,5Gordura (óleo) 9,8 27,1Carboidratos (açúcar, amido e etc.) 9,1 8,8Proteínas 1,6 2,2cinzas 0,8 1,4Fonte: MARANCA, 1980.
Tabela 3. Análise comparativa e valor alimentar de abacate laranja e maçã, em % do peso fresco.
Abacate Laranja MaçãÁgua 72-85 87 84Carboidratos totais 1,5-2,0 9 11Proteínas 0,8-1,7 0,9 0,3Gordura 4-20 0,2 0,4Cinza 0,6-1,2 0,5 0,3Calorias por 100g 50-220 55 64Fonte: MARANCA, 1980.
Segundo Maranca (1980), o abacate em comparação com outra fruta, tem valor
energético altíssimo, devido ao seu alto percentual de extrato etéreo: mais de 134
calorias por cada 100g, ou seja, o dobro da manga, duas vezes e meia o valor
energético da maçã ou do abacaxi, mais de três vezes e meia o da laranja. Além
disto, em relação a outras frutas, o abacate tem alto conteúdo em proteínas e em
sais minerais, poucos açúcares, sendo que os hidrocarbonetos alcançam apenas
6% em média, ou seja, metade da laranja, e 1/3 ou menos ainda do que muitas
frutas. O abacate é um alimento ideal para os que devem estar sujeitos à dieta
especial como diabéticos. Um grande número de variedades de abacate é
encontrado nas diversas regiões do território nacional, cujos frutos apresentam
composição química muito variável (TANGO et al., 1972).
O abacate de terras baixas, que geralmente é mais cultivado e consumido no
Brasil, apresenta menor teor de gordura e de outros elementos nutritivos em relação
a outros abacates, mas maior conteúdo de ferro, vitaminas B2, niacina-C. Estas
características fazem com que o abacate de terras baixas seja mais leve e digerível;
talvez este fato explique também porque no Brasil o abacate é consumido em larga
escala como sobremesa com açúcar, enquanto na generalidade dos outros paises,
inclusive os da América Latina, ele só é consumido como alimento salgado, com
vinagre suco de limão e sal.
20
3. Produtividade
De 2 a 3 anos após o plantio o abacateiro começa sua produtividade e alcança
um rendimento econômico entre o 7º e 16º ano, já o abacateiro enxertado
normalmente inicia sua produção aos 4 anos de idade. O rendimento é muito
variável e está intimamente ligado às regiões de cultura, variações próprias das
variedades, condições climáticas prevalecentes durante o período de florescimento e
frutificação, tratos culturais, tratamentos fitossanitários, etc. Há variedades cuja
produção é relativamente constante, ao contrário de outras que apresentam
produção alternante. O número de frutos por árvore adulta varia de 200 a 800, o que
corresponde aproximadamente, de 5 a 20 caixas, em pomares bem tratados.
A época de colheita do abacate no Brasil se estende praticamente todo o ano,
isso pelo elevado número de variedades que são cultivadas, com diferentes épocas
de safra, o que permite a obtenção de frutas em quase todos os meses do ano
(CANTO, SANTOS E TRAVAGLINI, 1978).
O Brasil é o quarto maior produtor mundial do fruto com uma produção, em 2004,
de 173 mil toneladas em área de 12 mil ha, para uma produção mundial de,
aproximadamente, 3,2 milhões de toneladas e área de 416 mil ha (FAO, 2004). Essa
colocação mostra o grande potencial do Brasil na área da abacaticultura,
contribuindo em grande parte na produção mundial permitindo expectativas na
ampliação da sua produtividade. O Estado de São Paulo o maior produtor, com
produção estimada, em 2003, de 78 mil toneladas (59% do total nacional). O
segundo Estado maior produtor, o Paraná, apresenta participação ao redor de 14%,
seguido dos Estados de Espírito Santo com 6%, Rio Grande do Sul com 6% e Ceará
com 3% (IBGE, 2004). Diferenças nos rendimentos agrícolas entre os Estados
devem-se, principalmente, às formas de cultivo, de tratos culturais além da
diversidade de cultivares em
função das preferências
dos consumidores das várias
regiões.
Os gráficos expostos nas
figuras 10 e 11 mostram,
21
respectivamente, o percentual da produção de abacates por regiões no Brasil em
toneladas/há e os principais estados produtores de abacates no Brasil no ano de
1999.
Figura 10. Produção Brasil (%)Fonte: TODA FRUTA, 2008.
A região Sudeste se destaca com maior percentual de produção, já na região
Centro Oeste possui o menor percentual de produção, com apenas 1% do total.
Figura 11. Principais estados produtores de abacates no Brasil no ano de 1999.Fonte: TODA FRUTA, 2008.
De acordo com a figura 11, a qual contem os principais estado produtores de
abacates no Brasil no ano de 1999 é possível comparar com os dados dos
produtores de 2003 do IBGE (2004) e verificou-se que aumentaram os estados de
São Paulo de 42% para 59%; Paraná de 11% para 14%; RG de 4% para 6%;
Espírito Santo permaneceu com 6% e o Ceara diminuiu de 13% para 3%.
22
4. colheita
A boa comercialização do abacate, especialmente se destinado à exportação,
impõe uma colheita cuidadosa e criteriosa (CAMPOS, 1985). A grande sensibilidade
dos frutos em relação à ocorrência de danos, amassamento da polpa e posterior
aparecimento de podridões determinam que sua colheita seja de forma manual, com
a ausência de qualquer choque entre os frutos ou do fruto e outros materiais
(KOLLER, 1992). Nesse caso quaisquer destes danos podem servir como porta
aberta à penetração de agentes infecciosos, geralmente fungos patogênicos, sendo
sua durabilidade reduzida, ocorrendo sérios percalços em sua comercialização,
mesmo se tratando de mercado interno (CAMPOS, 1985).
A maturação fisiológica do abacate significa o fator primordial para sua boa
conservação, o mais importante é que as frutas completem na árvore os processos
fisiológicos referentes à maturação. A determinação do ponto de colheita pode ser
avaliada por alguns processos como: a mudança da cor da casca ou a característica
da cor brilhante apresentada pela casca, quando verdes à medida que vão
amadurecendotornam-se mais opacos; aderência do pedúnculo, quanto mais verde
se encontra maior é a aderência do pedúnculo. O pedúnculo se destaca com
facilidade a medida que a fruta amadurece. A resistência da polpa aumenta com o
desenvolvimento do fruto, entrando em declínio quando esse caminha para a
maturação. A proporção de açúcar/ácido e o teor de carboidratos diminui com a
maturação da fruta (CAMPOS,1985).
4.1 Equipamentos e manejo da colheita
Os abacateiros atingem um elevado porte e requerem o uso de alguns
equipamentos para permitir que os colhedores alcancem seus frutos mais altos.
Para isso, são utilizadas escadas de três pés, pois os galhos das plantas são
quebradiços e este tipo de escada dispensa o apoio na planta, tesouras e sacolas
apropriadas (KOLLER, 1992; CAMPOS, 1985).
23
Quanto a operação ou manejo da colheita, primeiramente, apanha-se os frutos
mais baixos, cortando o pedúnculo com tesoura especial de bordas recurvadas para
evitar qualquer dano no fruto, o pedúnculo é cortado bem próximo a superfície do
fruto para evitar o ferimento de outros frutos durante o manuseio e transporte. Em
seguida o fruto é colocado em sacolas de colheita, com fundo falso. Da sacola de
colheita os frutos são transferidos para caixas de colheita. Nessa operação, a parte
basal da sacola de colheita é assentada dentro da caixa, soltam-se as duas alças
que abrem o fundo falso e levanta-se a sacolas de colheita (Figura 12, A) fazendo
com que os frutos escorram suavemente para o interior da caixa de colheita.
Os frutos mais alto são colhidos com colhedores de vara, ou varas de colheita,
que consistem geralmente de hastes geralmente feitas de bambu ou de metais
leves, como alumínio, cuja extremidade é fixada um arco, a o qual se prende um
saquinho de lona, o saquinho também pode ser substituído por um tubo de lona
fixado no arco da vara (Figura 12, B). (KOLLER, 1992).
Figura 12. Sacolas de colheita de fundo fechado e com fundo falso aberto (A); varas para colheita de abacate (B).
Fonte: KOLLER, 1992.
O elevado custo dessa colheita manual já estava motivando, na década de 90, o
estudo da colheita mecanizada. Já se testou cinco máquinas, equipadas com
plataformas, que elevam o homem a 4 ou 5 metros de altura, para facilitar a colheita.
É possível que em um futuro próximo, maquinas elevadora, possam ser utilizadas,
acopladas a tratores e caminhões, para diminuir o custo da colheita. O problema
está no custo desse equipamento e bem como no aperfeiçoamento da
operacionalidade (KOLLER, 1992).
24
5. Armazenamento
Em alguns casos, pode ocorrer excesso da oferta de frutos no mercado
consumidor, provocando a baixa dos preços e a perda de grande quantidade de
abacates não comercializados.
O abacate é um fruto climatério que apresenta alta taxa respiratória e produção
elevada de etileno após a colheita, o que lhe confere alta perecibilidade sob
condições ambientais (BOWER & CUTTING, 1988; KOLLER, 1992). Dada essa
característica, o controle do amadurecimento é fundamental para o aumento da vida
útil após colheita, visando o mercado interno e a exportação das frutas. Sendo que o
principal fator que limita o transporte e o tempo de comercialização, e que deprecia a
qualidade pós-colheita da fruta, é o amolecimento excessivo decorrente do
amadurecimento. De acordo com KOLLER (1992) “O abacate apresenta problemas
de conservação e de industrialização da polpa, dificultando seu consumo sob a
forma de conservas nos períodos de entressafra.” Para resolver este problema a
baixa temperatura tem sido o método de conservação mais comumente empregado
na conservação pós-colheita do abacate, cujo tempo máximo de armazenamento é
dependente da cultivar e da temperatura utilizada (BOWER & CUTTING, 1988).
Segundo Gayet et al.(1995), abacates “Quintal” podem ser armazenados 14 dias
a 7º C e 85%-90% de umidade relativa, e após esse período, a comercialização
pode ser feita de três a quatro dias sob temperatura ambiente. Tratamentos
complementares como atmosfera modificada ou controlada e aplicações de cálcio
favorecem a preservação das frutas (BOWER & CUTTING, 1988; GAYET et al,
1995).
Sabendo-se que o fruto só entra em climatério alguns dias após a colheita, o
fruticultor pode lançar mão de um processo fácil e barato de armazenamento,
efetuando a colheita somente quando houver boa procura, desde que as cultivares
plantadas sejam similares a Hass, cujos frutos não se desprendem da planta durante
um longo período até seis meses depois de atingido o desenvolvimento apropriado
para a colheita (KOLLER,1992).
25
6. Óleo de abacate O abacateiro se sobressai dentre as demais espécies frutícolas pelo elevado teor
de matéria graxa apresentado pelos seus frutos, esse teor varia grandemente entre
os representantes das diferentes raças e pelo estádio de maturação, sendo mais ou
menos constantes para cada variedade (CAMPOS, 1985).
Diversos processos extrativos do óleo da polpa têm sido estudados, tais como:
extração por centrifugação da polpa úmida; extração do óleo por solventes utilizando
polpa liofilizada, polpa seca a 70º C ou com prévia fermentação anaeróbica;
extração por prensagem hidráulica contínua ou descontínua, com adição de material
auxiliar de prensagem; por tratamento da polpa fresca com produtos químicos ou por
processos enzimáticos ou mesmo, por processos convencionais de extração de óleo
para sementes oleaginosas. Os rendimentos desses processos variam de 56 a 95%
de óleo extraído (CANTO, SANTOS E TRAVAGLINI, 1978; TANGO, CARVALHO E
SOARES, 2004).
O óleo de abacate apresenta-se como um óleo de cor variando do amarelo
esverdeado ao avermelhado, com odor e sabor suave característico. A concentração
de óleo no abacate pode alcançar 40% da polpa seca, se bem que o rendimento
depende principalmente da variedade, localização geográfica do cultivo e época da
colheita. A fração lipídica da polpa é rica em lipídeos polares, tais como glicolipídeos
e fosfolipídios (JAKAB, HÉBERGER, FORGÁCS, 2002; PACETTI, et al., 2006).
Estudo anteriormente realizado com algumas variedades cultivadas no estado de
São Paulo mostrou grande variação quanto aos teores de lipídeos na polpa dos
frutos (TANGO et al., 1972). Esses frutos que apresentam altos teores de lipídeos na
polpa poderão constituir-se em uma matéria-prima importante para obtenção de
óleo, considerando-se a quantidade de óleo que pode ser obtida por unidade de
área cultivada, a qual, de acordo com estudos comparativos realizados por Canto et
al. (1980) com algodão, amendoim e soja, é bem mais elevada do que de qualquer
dessas sementes oleaginosas cultivadas.
O óleo de abacate assemelha-se muito com o óleo de oliva, importado e
altamente consumido no País, por ser extraído da polpa dos frutos e pela
similaridade de suas propriedades físico-químicas, principalmente pela composição
26
de seus ácidos graxos, predominando em ambos o ácido oléico (CANTO, SANTOS
E TRAVAGLINI, 1980; BLEINROTH E CASTRO, 1992; TANGO E TURATTI, 1992).
Esses óleos são ricos em ácidos graxos ômega nove que parecem apresentar
efeitos benéficos ao consumidor, em relação à prevenção de doenças
cardiovasculares (TANGO, CARVALHO E SOARES, 2004). Essa proximidade das
características do óleo de oliva e de abacate introduz a possibilidade de utilizar o
óleo de abacate puro para uso comestível como substituto do óleo de oliva, uma das
alternativas para oferecer ao consumidor brasileiro um produto de superior qualidade
seria a produção de óleo de oliva e de abacate mesclados, em substituição às
misturas de óleo de oliva com outros óleos vegetais (principalmente óleo de soja),
normalmente oferecidas pelo mercado interno com a finalidade de diminuir os custos
de importação do azeite de oliva no Brasil (TANGO, CARVALHO, SOARES, 2004;
PACETTI et al. 2006).
O óleo de abacate apresenta um alto teor de ácidos graxos insaturados e de
clorofila, fatores que poderiam levar à redução da estabilidade oxidativa. No entanto,
o óleo de abacate é muito estável, o que seria explicado pela presença de
substâncias que, de alguma forma, exercem efeito antioxidante. Essas substâncias e
seus mecanismos de ação ainda são pouco conhecidos (CANTO, SANTOS E
TRAVAGLINI, 1980; ANTONIASSI, PEÇANHA, LAGO, 1998). Mas sabe-se que o
abacate é rico em três dos mais importantes antioxidantes naturais (vitamina E, C y
ß-caroteno), contém também uma elevada concentração de potássio e uma baixa
concentração de sódio, e constitui de uma fonte importante de fibra alimentar solúvel
e insolúvel (LÓPEZ, 2002). Estudos mostram que o consumo de dietas ricas em
gorduras monoinsaturadas (ácido oléico), em substituição as gorduras saturadas,
reduzem os níveis de colesterol total, de triglicerídeos e de LDL - colesterol, sem
alterar a fração HDL - colesterol do plasma (TANGO, CARVALHO E SOARES,
2004).
O pequeno volume de óleo de abacate produzido atualmente por alguns países
é utilizado na sua forma bruta, pelas indústrias farmacêuticas e de cosméticos,
notadamente pelas suas características físicas e químicas, uma vez que faz parte de
sua composição, em elevadas quantidades, a fração insaponificável responsável por
propriedades regenerativas da epiderme. O valor comercial da fração insaponificável
do óleo de abacate é muito elevado, em decorrência de suas conhecidas
propriedades medicinais e cosmetológicas. Sua utilização decorre de suas
27
propriedades funcionais, e em geral utiliza-se o óleo enriquecido com uma alta
concentração de insaponificáveis (MEDINA, 1978). Os principais componentes
contidos na fração insaponificável dos óleos e gorduras são os esteróis, álcoois
alifáticos e terpênicos, hidrocarbonetos terpênicos, tocoferóis, carotenos e outros
compostos, alguns dos quais ainda não identificados. O componente predominante
nos insaponificáveis do abacate é o grupo dos esteróis e o responsável por 80%
dessa fração é o ß-sitosterol. Outros esteróis presentes são o campesterol,
stigmasterol e colesterol (TURATTI et al., 1985).
O ß-sitosterol é o principal esterol presente nos alimentos, principalmente no
abacate, e é extraído dos óleos vegetais. A sua esterificação, que forma o éster de
sitosterol, melhora a solubilidade deste composto, possibilitando sua adição em
alimentos, de forma que quantidade suficiente de esteróis fique disponível, sem
causar problemas com a solubilidade das vitaminas (LOTTEMBERG, 2002).
Além da fração insaponificável, o óleo de abacate apresenta fácil absorção pela
pele, sendo usado como veículo de substâncias medicinais; poder de absorção de
perfumes, de grande valia para a indústria de cosméticos; fácil formação de
emulsão, tornando-o ideal para fabricação de sabões finos e, se refinado, pode ser
usado para fins alimentícios (CANTO, SANTOS E TRAVAGLINI, 1980; TANGO E
TURATTI, 1992; TANGO, CARVALHO E SOARES, 2004).
28
7. Importância econômica e mercado 7.1. Situação mundial O México é o maior produtor mundial de abacates, porém até pouco tempo a
abacaticultura mexicana era bastante atrasada, pois somente nos últimos anos
foram estabelecidos pomares comerciais, atingindo 60 mil hectares de árvores
enxertadas, principalmente da cultivar Hass, que significa 50% dos plantios.
O México exporta abacates para os Estados Unidos e para outros países, mas o
maior volume da produção é destinado ao consumo interno, presumindo-se que nos
períodos de entressafra possa haver mercado para importações de outros países.
O principal fornecedor do mercado europeu é Israel. A abacaticultura é
importante fonte de divisas, por isso ela é intensamente pesquisada nesse país,
onde as cultivares mais utilizadas são Hass, Fuerte, Ettinger e Nabal.
África do Sul mesmo com uma pequena área destinada a abacaticultura é o
segundo país fornecedor do mercado europeu e o principal concorrente do Brasil na
exportação de abacates para o mercado europeu, devido a coincidência do período
de safra, por estarem ambos os países situados no Hemisfério Sul.
Os estados unidos, apesar de serem grandes produtores sempre serão um
excelente mercado, porque a produção americana é insuficiente para o
abastecimento do mercado interno. Embora o México seja o maior produtor mundial
de abacates ele é um mercado promissor nos períodos de entre safra, por ser um
país onde o consumo é bastante difundido (KOLLER, 1992). O Brasil está posicionado na classificação de maiores produtores, exportou em
2003 cerca de US$ 302 mil (SECEX, 2003). Como os principais estados produtores
encontram-se São Paulo, Paraná, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Ceará (IBGE,
2004).
7.2. Classificação do abacate para o mercado Os motivos da crescente aceitação do abacate em todo o mundo são vários:
sendo o fruto bonito, atrativo, fruto brilhante de sabor agradável, consistência suave,
fácil de limpar e descascar, de peso médio razoável, e por isso facilmente
comerciável (TANGO E TURATTI, 1992).
29
Segundo a classificação oficial o abacate “in natura”, estabelece a existência de
duas classes e três tipos de frutas. Na classe I encontram-se todas as variedades
que apresentam casca verde quando madura, Já na classe II estão todas as
variedades que apresentam casaca roxa quando a fruta está madura.
Tanto a classe I quanto a II tem os tipos 1, 2 e 3:
No tipo 1, ou seja, de primeira, estão os abacates de uma variedade única
perfeitamente desenvolvidos, limpos, bem formados, sem pedúnculo, de coloração
uniforme, isentos de partes deterioradas ou queimadas pelo sol, de danos causados
por pragas e moléstias, defeitos de embalagens. O tipo 2 é constituído de abacates
de uma única variedade, não perfeitamente desenvolvidos, desuniformes no
tamanho, porém isentos de deterioração e danos. Já o tipo 3 é constituídos por
abacates de duas ou mais variedades, “de vez”, apresentando certa tolerância
mínima a danos causados por moléstias e impurezas, assim como coloração
desuniforme, queimados pelo sol.
Existe ainda uma classificação dos agricultores e comerciantes segundo o
número de frutos por caixa. Sendo tipo extra quando contém de 18 a 35 frutas por
caixa, do tipo especial quando contém de 40 a 60 frutas por caixa e do tipo de
primeira quando possui de 65 a 80 frutas por caixa. (CANTO, SANTOS E
TRAVAGLINI, 1978).
7.3. Comercialização e industrialização O aspecto visual da fruta influi de forma marcante na decisão de compra do
consumidor. É importante, portanto, que tanto os produtores como os comerciantes
se esmerem em colocar no mercado a fruta mais atrativa para o consumidor. Há
fatores que afetam a comercialização como o tamanho da fruta, a cor e textura da
casca, defeitos vários da fruta, tais como: queimadura do sol, manchas, escaras
provocadas pelo vento, extremidade deteriorada dentre outros aspectos.
O mercado internacional dá preferência às frutas pequenas, entre 225 a 350
gramas, entretanto há aqueles que preferem os frutos piriformes, outros já preferem
aqueles de forma ovalada evidenciando que o mercado é bastante variável
(GUIRRA NET RURAL, 2004).
A responsabilidade pela qualidade da polpa e por outros fatores internos da fruta
é primariamente do produtor que deverá plantar apenas variedades de mérito
30
comprovado. Mas, após saírem das mãos do produtor a responsabilidade é
transferida aos embaladores e comerciantes.
Há um número de defeitos internos que são inerentes à própria variedade ou que
são causados por um manuseio deficiente. Alguns deles são associados a defeitos
externos, outros não. Existem fatores relacionados à qualidade interna como o
sabor, a textura e a cor da polpa, o tamanho do caroço e a sua geminação no fruto.
O Brasil acompanha o resto do mundo no persistente e acentuado aumento do
consumo de abacate, sendo sua produção e exportação no mundo superada apenas
pelas frutas tropicais, como frutas cítricas, banana, abacaxi e manga (MARANCA,
1980).
Nos últimos cinco anos os cultivares mais comercializados no Estado de São
Paulo, na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo
(CEAGESP), foram: Geada e Fortuna.
Segundo Camargo e Manco (2002), o movimento dos atacadistas na Seção de
Economia da CEAGESP, no período de 09/2001 a 09/2002, foi de 30,9 mil
toneladas. As cultivares Geada, Margarida, Fortuna, Quintal, Breda, Ouro Verde,
Olinda, Wagner, Manteiga, Avocado (Hass e Fuerte), Fucks e Prince foram as
encontradas no mercado no ano pesquisado e foram comercializadas conforme suas
safras.
As variedades Hass e Fuerte vêm sendo comercializadas no mercado nacional
sob a denominação “Avocado” e por serem cultivares diferenciadas têm sido mais
valorizados. As variedades: Ouro Verde, Geada e Fortuna são mais comerciáveis no
exterior, devido ao seu formato.
Durante a industrialização o fruto passa por diversas etapas até chegar a mesa
do consumidor. Na lavoura o fruto é colocado em caixas plásticas num caminhão
que os leva para o packing house (galpão de embalagem), onde os frutos são
selecionados, encerados, embalados, selados e acondicionados em câmara fria.
As figuras 13 a 18 mostram as principais etapas que ocorrem durante a
industrialização do abacate.
O abacate é colocado numa esteira para a primeira seleção qualitativa. Frutos
com manchas de pragas, podridões, desuniformidades na cor da casca e murchos
são eliminados. Durante este processo é feito o corte do pedúnculo dos frutos, que
em seguida passam por uma cera que dá brilho e os protege, principalmente contra
a perda de grande quantidade de água.
31
Figura 13. Limpeza Figura 14. Polimento com cera.
Fonte: JAGUACY BRASIL, 2008. Fonte: JAGUACY BRASIL, 2008.
Os frutos passam por uma esteira que seleciona novamente, desta vez pelo
peso. Os frutos são separados em duas esteiras, onde caem na balança, sendo
posteriormente separados de acordo com seu calibre (tamanho).
Figura 15- Primeira esteira de seleção Figura16. Segunda esteira de seleção
Fonte: JAGUACY BRASIL, 2008. Fonte: JAGUACY BRASIL, 2008.
As caixas são carregadas ao “pallet” e é passada uma fita de segurança. Os
abacates paletizados são colocados na câmara fria, onde a temperatura
é controlada e mantida de 4º a 7º C (JAGUACY BRASIL, 2008).
32
Figura 17. Embalagem da Fruta Figura 18. Armazenamento das caixas
Fonte: JAGUACY BRASIL, 2008. Fonte: JAGUACY BRASIL, 2008.
33
8. Produtos potenciais disponíveis no mercado
8.1 Oriundos da indústria de alimentos
A crescente demanda de abacate impulsiona o desenvolvimento de novos
produtos e possibilidade de conservação destes, são poucas as empresas
instaladas no Brasil principalmente na área de alimentos. Os principais produtos
comercializados por algumas indústrias são: Polpas e frutos inteiros, metades, cubos
e fatias de abacate, salada de abacate (Guacamole) suave e picante, sobremesa de
abacate normal e light. A figura 19 mostra produtos industrializados a base de
abacate.
Figura 19. Produtos a base de abacate.
Fonte: VIANGEL, 2008
Alguns produtos disponíveis no mercado serão mostrados a seguir nas figuras
de 20 a 31:
A salada de abacate suave, figuras 20 e 21 são compostas pelos seguintes
ingredientes: abacate, cebola, alho, tomate, pimento vermelho, coentro, jalapeño,
entre outros.
34
Figura 20. Salada de abacate suave.
Fonte: VIANGEL, 2008
Figura 21. Salada de abacate suave (Bolsa).
Fonte: VIANGEL, 2008.
A salada de abacate picante, figuras 24 e 25, é composta pelos seguintes
ingredientes: abacate, cebola, alho, tomate, pimento vermelho, coentro, jalapeño,
entre outros.
Figura 22. Salada de abacate picante (Terrina).
Fonte: VIANGEL, 2008
35
Figura 23. Salada de Abacate Picante (Bolsa).
Fonte: VIANGEL, 2008
Guacamole, figura 26, constitui-se de cebola, de salsa ou coentros, alho,
abacates, tomate, sumo de limão e de sal.
Figura 24. Guacamole.
Fonte: THE NIBBLE, 2008
O fruto tem sido comercializado atualmente sob forma de minimamente
processados, aumentando a praticidade de seu consumo, estando disponíveis em:
Metade de abacate, figura 25, em bolsas de 0,5Kg, 1,2Kg e 2,5Kg. Figura 28
metades de abacates congelados.
Figura 25. Metades de abacate.
Fonte: VIANGEL, 2008
36
Em abacates em cubos, figura 28, disponíveis em bolsas de 0,5Kg, 1,2Kg e
2,5Kg. Para preparo de saladas.
Figura 26. Cubos de Abacate.
Fonte: VIANGEL, 2008.
Fatias de Abacate, figura 27 disponíveis em bolsas de 0,5kg, 1,2kg e 2,5Kg.
Para decorações, sanduíches, etc.
Figura 27. Fatias de Abacate.
Fonte: VIANGEL, 2008.
No mercado estão disponíveis também sobremesas, tais como:
Havay e Havay Light, figuras 28 e 29, são sobremesas de abacate constituídas
apenas por polpa de abacate e ingredientes naturais.
37
Figura 28. Sobremesa de abacate Havay.
Fonte: VIANGEL, 2008.
Figura 29. Sobremesa de abacate Havay Light
Fonte: VIANGEL, 2008.
Havay Oporto, figura 30, é uma sobremesa de qualidade distinta, constituída
por polpa de abacate e vinho do Porto.
Figura 30. Sobremesa de abacate Havay Oporto
Fonte: VIANGEL, 2008.
Óleo de abacate, figura 31, é um produto que vem para trazer benefícios a seus
consumidores.
Figura 31. Três marcas distintas de óleo de abacate refinado extra virgem e os acrescentado de alho, pimenta, e limão.
Fonte: YOURNARURESTORE, 2008; LIVINLAVIDALOCARB, 2008.
38
8.2 Produtos da indústria farmacêutica e de cosméticos a base de abacate
A indústria de cosméticos tem como uma de suas metas a inovação de seus
produtos para satisfazer melhor seu consumidor, com isso esta lançando mão dos
benefícios do abacate e explorando-os em seus produtos. Alguns dos produtos que
se utilizam do abacate e estão disponíveis no mercado são os seguintes:
Na Figura 32 mostra duas linhas de produtos a base de abacate contendo
Creme para pentear, shampoo, condicionador e creme de hidratação intensiva.
Figura 32. Creme para pentear shampoo, condicionador, creme de hidratação intensiva, sabonete e
hidratante para o rosto.
Fonte: ZEATEASY.COM, 2008.
A figura 33 mostra três cosméticos que exploram em seus produtos os beneficio
do fruto sendo eles: tonificante facial, esfoliante e hidratantes.
Figura 33. Tonificante facial, esfoliante e hidratante.
Fonte: MY TENDA.COM, 2008; FRUITS-PASSIONBUTTERBODY, 2008.
39
Figura 34 pode-se observar umas das novidades nos produtos de beleza é o gloss labial de abacate.
Figura 34. Gloss labial.
Fonte: FRUITS-PASSIONBUTTERBODY, 2008.
Figura 35 mostra a formas em que são comercializados o óleo de abacate não
refinada.
Figura 35. Óleo de abacate.
Fonte: AVOGADO BR ÓLEOS ESSENCIAIS, 2008.
Figura 36 demonstra o óleo de abacate como hidratante para pele, tem o poder
de ser facilmente absorvido pela pele.
Figura 36. Óleo hidratante.
Fonte: THEORGANICSALON, 2008.
40
9. Conclusão
Diante do exposto pode-se concluir que a produção de abacates poderia ser
mais explorada no mercado brasileiro, tanto para elevar a abacaticultura a um
patamar mais rentável quanto para melhoria da qualidade de vida dos brasileiros,
não só com função de nutrir, mas com funções benéficas à saúde de seus
consumidores. Já que o Brasil possui grande produção de abacates deve-se
aproveitar a disponibilidade dessa cultura a favor da população, fazendo com que se
conheçam suas características e seus diversos produtos, servindo como uma boa
fonte para produção de óleo. Em relação ao óleo, percebe-se que cabe investigar
com mais detalhes a composição deste produto.
41
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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