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MINISTERIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS NATURAIS CILENE DA CONCEIÇÃO VERA CRUZ NUNES MARÍLIA LOPES DA SILVA ESTUDO DAS PLANTAS MEDICINAIS USADAS PELA COMUNIDADE ESCOLAR DE ITABOCAL NO MUNICÍPIO DE IRITUIA-PA SÃO MIGUEL DO GUAMÁ 2016

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MINISTERIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS NATURAIS

CILENE DA CONCEIÇÃO VERA CRUZ NUNES

MARÍLIA LOPES DA SILVA

ESTUDO DAS PLANTAS MEDICINAIS USADAS PELA COMUNIDADE ESCOLAR

DE ITABOCAL NO MUNICÍPIO DE IRITUIA-PA

SÃO MIGUEL DO GUAMÁ

2016

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CILENE DA CONCEIÇÃO VERA CRUZ NUNES

MARÍLIA LOPES DA SILVA

ESTUDO DAS PLANTAS MEDICINAIS USADAS PELA COMUNIDADE ESCOLAR

DE ITABOCAL NO MUNICÍPIO DE IRITUIA-PA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Licenciatura em Ciências Naturais da Universidade Federal Rural da Amazônia como requisito para a obtenção do grau de Licenciado em Ciências Naturais. Orientador: Prof. Dr. Victor Wagner Bechir Diniz

SÃO MIGUEL DO GUAMÁ

2016

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CILENE DA CONCEIÇÃO VERA CRUZ NUNES

MARÍLIA LOPES DA SILVA

ESTUDO DAS PLANTAS MEDICINAIS USADAS PELA COMUNIDADE ESCOLAR

DE ITABOCAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso

de Licenciatura em Ciências Naturais da Universidade

Federal Rural da Amazônia como requisito para

obtenção do grau de licenciado em Ciências Naturais.

Orientador: Prof. Dr.: Victor Wagner Bechir.Diniz

Data da Apresentação:

Nota: _________________

Banca Examinadora

______________________________________ Prof. Dr. Victor Wagner Bechir Diniz- Orientador

(Universidade do Estado do Pará)

______________________________________ Prof. M. Sc Antonio dos Santos Silva – Membro

(Universidade Federal do Pará)

________________________________________ Prof. M.Sc Ewerton Carvalho de Souza- Membro

(Universidade Federal Rural da Amazônia)

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AGRADECIMENTOS

A Deus por ter nos dado saúde e força para superar as dificuldades.

A esta universidade, ao seu corpo docente, direção e administração que nos

oportunizaram esta jornada que hoje vislumbramos um horizonte superior, eivado

pela acendrada confiança no mérito e ética aqui presente.

Ao nosso orientador Prof. Dr.: Victor Wagner Bechir Diniz pelo suporte no

pouco tempo que lhe coube, pelas suas correções e incentivos.

Aos meus pais pelo amor e incentivo e apoio incondicional.

E a todos que direto e indiretamente que fizeram parte da nossa formação, o

nosso muito obrigado.

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“A natureza e o único livro que oferece um

conteúdo valioso em todas as suas

folhas”

Johanan Goethe

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RESUMO

O presente estudo objetivou investigar o conhecimento dos alunos de uma escola

localizada em Itabocal município de Irituia, sobre plantas medicinais, bem como

discutir a importância da escola na disseminação de informações a comunidade

escolar acerca do uso de plantas medicinais. Para a realização do presente estudo

foi empregada uma abordagem em uma turma controle e em uma turma

experimental. Os dados foram coletados com a aplicação de um questionário

etnobotanico, apostila, cartilha e gibi para alunos das turmas do 7º ano. Na turma

controle utilizou-se o método tradicional com apostila sobre plantas medicinais e um

questionário, enquanto que na experimental foi utilizado recursos lúdicos como

cartilha e o gibi sobre as plantas medicinais. Os alunos da turma experimental

demonstraram boa compreensão do tema abordado, e estes apresentaram grande

atenção sobre a importância da valorização de seus conhecimentos sobre plantas

medicinais para sua formação escolar. Portanto, a metodologia foi valida, a mesma

favoreceu o desempenho dos alunos, então a metodologia pode ser aplicada em

outras escolas.

Palavras-chave: Plantas Medicinais, cartilha, gibi

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ABSTRACT

This study aimed to investigate the knowledge of students in a school located in

Itabocal, municipality of Irituia on medicinal plants, as well as discuss the importance

of school in the dissemination of information to the school community about the use

of medicinal plants. To carry out this study employed an approach in a class control

and an experimental group. Data were collected with the use of an ethnobotanical

survey, handout, brochure and comic books for students of classes of 7th grade. In

the control group used the traditional method with apostille on medicinal plants and a

questionnaire, while the trial was used as a recreational resource booklet and the

comic book on medicinal plants. The students of the experimental group showed

good understanding of the topic discussed, and these showed great attention on the

importance of valuing their knowledge of medicinal plants for their education.

Therefore, the methodology was valid, it favored the performance of students, then

the methodology can be applied in other schools.

Keywords: Medicinal plants, primer, gib

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Exterior da Escola......................................................................................16

Figura 2: Frente da Escola........................................................................................16

Figura 3: Turma Controle..........................................................................................19

Figura 4: Turma Experimental...................................................................................19

Figura 5: Desempenho da turma controle.................................................................21

Figura 6: Desempenho da turma experimental.........................................................23

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..............................................................................................................9

2 OBJETIVOS................................................................................................................11

2.1 Objetivo geral..........................................................................................................11

2.2 Objetivos específicos ............................................................................................11

3 REVISÃO DA LITERATURA.......................................................................................12

3.1 Plantas medicinais .................................................................................................12

3.2 Levantamento etnofarmacêutico.........................................................................14

3.3 Aporte teórico pedagogico....................................................................................14

3.4 Escola Campo de Aplicação.................................................................................16

4 MATERIAIS E MÉTODOS...........................................................................................18

4.1 As Fases do Desenvolvimento do Estudo............................................................18

5 Resultados e Discussões .........................................................................................19

6 Conclusões................................................................................................................24

REFERÊNCIA..................................................................................................................26

ANEXOS.........................................................................................................................28

APÊNDICES .................................................................................................................30

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1 INTRODUÇÃO

As plantas medicinais correspondem às mais antigas “armas” empregadas

pelo homem no tratamento de enfermidades de todos os tipos, ou seja, a utilização

de plantas na prevenção e/ou na cura de doenças é um hábito que sempre existiu

na história da humanidade (MORAES; SANTANA, 2001).

A utilização de plantas medicinais, tanto na farmácia como na medicina

caseira, é praticada desde os primórdios da civilização humana. Na pré-história, o

homem procurava amenizar suas dores ou tratar suas moléstias através da ação dos

princípios ativos existentes nos vegetais, embora de modo totalmente empírico ou

intuitivo baseado em descobertas ao acaso. Essa conduta pode, ainda, ser

observada entre os povos primitivos isolados como algumas tribos indígenas da

América do Sul (VAN DEN BERG,1987).

Segundo Duarte (2006), os primeiros registros sobre a utilização de plantas

medicinais é datado de 500 a. C., em um texto Chinês que relata nomes, doses e

indicações de uso de plantas para tratamento de doenças. Outros registros foram

encontrados no manuscrito Egípicio “Ebers Papirus”, de 1.500 a. C., em que

continham informações sobre 811 prescrições e 700 drogas. E algumas dessas

plantas ainda são utilizadas, como Panacéia (Panax ginsen), Ephedra (Ephedra

sinica), Marimari (Cassia grandis) e Ruibarbo (Rheum palmatum), inclusive como

fontes para indústrias farmacêuticas.

Na antiguidade, na Grécia e em Roma, de Hipócrates a Galeno, a Medicina

sempre esteve estreitamente dependente da Botânica, persistindo nessa situação

até o século XVII. Aliás, e impossível determinarem que grau a Botânica impulsionou

o progresso da Medicina e da Ciência de um modo, (MATOS,1987).

Martins (1995) cita que o uso de plantas medicinais pela população mundial

tem sido muito significativo nos últimos tempos, sendo que dados da Organização

Mundial de Saúde (OMS) mostram que cerca de 80% da população mundial fez o

uso de algum tipo de erva na busca de alívio de alguma sintomatologia dolorosa ou

desagradável. Desse total, pelo menos 30% deu-se por indicação médica. A

utilização de plantas medicinais, tem inclusive recebido incentivos da própria OMS.

São muitos os fatores que vêm colaborando no desenvolvimento de práticas de

saúde que incluam plantas medicinais, principalmente econômicos e sociais.

Na década de 50 até a década de 70, as plantas medicinais foram

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marginalizadas em virtude do grande impulso que a química orgânica promoveu na

medicina alopática. Entretanto, a partir da década de 80, elas passaram novamente

a serem valorizadas como fonte de propriedades curativas de baixo custo

(MATOS,1987).

Foi neste contexto que uma tendência generalizada de retorno a Fitoterapia

(tratamento de doenças com plantas) recebeu a chancela da Organização Mundial

de saúde (OMS), órgão das Nações Unidas, em maio de 1978, através de uma

resolução da XXXI Assembleia Geral daquele Órgão, marcado pelo seguinte lema:

“Saúde para todos no ano 2000”. Nessa reunião, recomendou-se o estudo de saúde

e o uso de plantas medicinais regionais como forma de baixar os custos dos

programas, principalmente nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento,

onde persistiam os grandes “bolsões de pobreza” (MATOS,1987).

O interesse a respeito do conhecimento que as populações detêm sobre

plantas e seus usos têm crescido, após a constatação de que a base empírica

desenvolvida por elas ao longo de séculos pode, em muitos casos, ter uma

comprovação científica, que habilitaria a extensão destes usos à sociedade

industrializada (FARNSWORTH, 1988 apud AMOROZO, 1996).

O tema plantas medicinais ainda é um tema pouco valorizado pelas escolas,

por ser um conhecimento do senso comum, ou seja passado de geração pra

geração. Neste contexto, foi desenvolvido este trabalho para incentivar cada vez

mais o uso de plantas medicinais para fins terapêuticos pela comunidade e

demonstrar para a escola que é um conteúdo bastante relevante para ser

desenvolvido em sala de aula, principalmente as da zona rural, já que faz parte do

cotidiano da maioria dos alunos, além de mostrar às pessoas a grande contribuição

dos conhecimentos populares para os estudos científicos.

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2 OBJETIVOS

2.1 objetivo geral

Proporcionar através de estudos realizados com alunos do 7º ano da Escola

de Itabocal no município de Irituia, localizado no interior do Pará, um estudo

etnobotânico, com o intuito de tornar conhecidas as plantas medicinais da região,

além de orientá-los para o uso responsável desses recursos naturais.

2.2 objetivos específicos

Orientar os alunos sobre o uso das plantas medicinais;

Elaborar uma cartilha sobre plantas medicinais, destacando a planta mais

utilizada;

Elaborar um gibi com histórias sobre o uso de plantas medicinais;

Ministrar uma aula sobre plantas medicinais usando os recursos elaborados

(cartilha e gibi);

Avaliar a possível melhoria no processo de ensino-aprendizagem através da

aplicação de recursos didáticos alternativos (cartilha e gibi), além de técnicas

estatísticas adequadas.

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3 REVISÃO DA LITERATURA

3.1 plantas medicinais

Planta Medicinal é aquela que contém um ou mais de um princípio ativo que

confere atividade terapêutica. Dentre os princípios ativos mais comuns são os

alcaloides e flavonoides (PEREIRA et al. 2004).O emprego de plantas medicinais na

recuperação da saúde tem evoluído ao longo dos tempos, provavelmente utilizadas

pelo homem das cavernas, até as formas tecnologicamente sofisticadas da

fabricação industrial utilizada pelo homem moderno (LORENZI e MATOS., 2002).

Atualmente a ciência da nutrição mostra que alimentos como frutas, legumes

e hortaliças secas são imprescindíveis, concluindo que uma dieta alimentar

inadequada não pode proporcionar boa saúde. Os vegetais possuem antioxidantes

que são sais minerais e vitaminas, elementos fotoquímicos de ação curativa

(FARMACOPÉIA BRASILEIRA, 1988).

A coleta de informações das populações é fundamental para a obtenção de

características específicas de cada local de estudo, baseadas em seus aspectos

culturais. Esses conhecimentos populares são influenciados pelo contexto

sociocultural, econômico e físico, no qual a população encontra-se inserida

(PEREIRA et al. 2005).

. O comércio é crescente, notando-se grupos de comerciantes atacadistas

responsáveis pelo abastecimento de todas as feiras livres por região. Os praticantes

e comerciantes se denominam de diferentes maneiras segundo sua atividade, como

os mateiros (comerciantes de plantas medicinais em feiras livres), rezadores

(utilizam chá e outros "medicamentos" em rezas), parteiras, umbandistas

(praticantes de medicina vinculada à religião, incorporando tradições culturais,

rituais) e raizeiros (curandeiros, utilizam medicina popular) (SILVA et al., 2001).

Quanto à evolução do uso de fitoterápicos Lorenzi e Matos (2002) afirmam

que o emprego de plantas medicinais na recuperação da saúde tenha evoluído ao

longo dos tempos desde as formas mais simples de tratamento local, provavelmente

utilizada pelo homem das cavernas, até as formas tecnologicamente sofisticadas da

fabricação industrial utilizada pelo homem moderno. Por outro lado, Veiga Junior e

Pinto (2005), declara que na atualidade é cada vez mais frequente o uso de plantas

medicinais oriundas das medicinas orientais e que geralmente são desconhecidas

do povo brasileiro, mas o comércio dessas plantas é sustentado por propagandas

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que prometem “benefícios seguros, por serem naturais” e na maioria das vezes as

supostas propriedades farmacológicas divulgadas nem possuem validade científica,

por não terem sido pesquisadas, ou por não terem tido seu efeito farmacológico

comprovado, oferecendo dessa forma, risco à saúde pública ao invés de beneficio.

As plantas medicinais, que tem avaliadas a sua eficiência terapêutica e a

toxicologia ou segurança do uso, dentre outros aspectos, estão cientificamente

aprovadas a serem utilizadas pela população nas suas necessidades básicas de

saúde, em função da facilidade de acesso, do baixo custo e da compatibilidade

cultural com as tradições populares. Uma vez que as plantas medicinais são

classificadas como produtos naturais, a lei permite que sejam comercializadas

livremente, além de poderem ser cultivadas por aqueles que disponham de

condições mínimas necessárias. (LORENZI e MATOS, 2002).

Com isto, é facilitada a automedicação orientada nos casos considerados

mais simples e corriqueiros de uma comunidade, o que reduz a procura pelos

profissionais de saúde, facilitando e reduzindo ainda mais o custo do serviço de

saúde pública (LORENZI e MATOS, 2002).

As plantas medicinais podem ser classificadas por categorias, de acordo

com sua ação sobre o organismo: estimulantes, coagulantes, diuréticas, sudoríferas,

hipotensoras, de função reguladora intestinal, colegonas, depurativas,

remineralizastes e reconstituintes (LORENZI e MATOS, 2002).

Mesmo a fitoterapia sendo eficaz, cabe aos profissionais de saúde orientar

as pessoas quanto ao uso indiscriminado de algumas plantas medicinais. O número

de espécies realmente conhecidas, e utilizadas como medicamentos é pequeno,

frente à biodiversidade vegetal e a devastação causada pelo homem (GOTTIEB e

KAPLAN, 1990). O conhecimento sobre plantas tidas como medicinais na forma de

chá se extratos contribuirá fundamentalmente para a utilização racional das plantas

medicinais e seus preparados com base na medicina tradicional, cabendo aos

profissionais das áreas de saúde, estarem atentos quanto à orientação de utilização

de chás medicinais, bem como na prática de farmacovigilância (LÓPEZ, 2006).

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3.2 levantamento etnofarmacêutico

A prospecção de plantas medicinais utilizadas como recurso terapêutico pela

população, quando realizada no âmbito das Ciências Farmacêuticas, combinando

elementos da Assistência Farmacêutica com elementos da cultura popular e o

conhecimento associado aos recursos naturais, caracteriza-se como levantamento

etnofarmacêutico (BARBOSA, et al.2005).

O foco desse levantamento inclui a preparação do remédio e a relação do

usuário com ele, busca-se também identificar problemas relacionados à utilização

das plantas e orientar para o uso seguro e eficaz desses recursos terapêuticos.

Recentemente, a consolidação da Assistência Farmacêutica enquanto política

pública e o desenvolvimento de dissertações no âmbito da Etnofarmácia tem

possibilitado um permanente aperfeiçoamento do referencial teórico e das áreas de

aplicação da tecnologia social etnofarmacêutica (BARBOSA et al., 2005).

3.3 aporte teórico pedagógico

Para Graelles (2000), os recursos didáticos apresentam algumas funções,

como: fornecer informações, orientar a aprendizagem, exercitar habilidades, motivar,

avaliar, fornecer simulações, fornecer ambientes de expressão e criação. No

Município de Sandovalina – SP, foi realizado um estudo cujo objetivo principal era

construir com os moradores do bairro Vila Nova, canteiros de ervas medicinais para

utilização como medicina profilática, possibilitando aos professores da EMEIF e

Suplência Monteiro Lobato o desenvolvimento de ações complementares as

atividades curriculares. Esse projeto teve a participação de 300 alunos além dos pais

e professores da escola. Como resultado foi produzido um livro com receitas e modo

de preparo de várias espécies de Plantas Medicinais (ZANDONATO, 2007).

Júnior e Vargas (2008) realizaram um trabalho cujo objetivo principal foi

investigar como as Plantas Medicinais utilizadas pela comunidade remanescente de

quilombos Furnas do Dionísio (Jaraguari - MS) podem ajudar a promover

aprendizagem significativa de conteúdos de botânica. Essa pesquisa teve uma

abordagem qualitativa baseada na teoria da aprendizagem significativa de David

Ausubel. Baseando-se nesta teoria e nos resultados dos pré e pós testes, os autores

concluíram que a aprendizagem foi muito satisfatória. Os autores afirmaram que o

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contato do aluno com o objeto de estudo de sua realidade o envolve muito mais do

que em aulas convencionais em que, geralmente, a ênfase é o conteúdo abordado

teoricamente.

Neta et al. (2010) utilizaram Plantas Medicinais como matéria prima para a

produção de lâminas histológicas em aulas de botânica. A partir desse material foi

construído um jogo pedagógico com imagens da anatomia de partes vegetativas das

plantas (folha, caule e raiz) e os alunos deveriam correlacionar essas partes a sua

respectiva função. Os autores afirmaram que trabalhos como este ajudam a

enriquecer o conhecimento a respeito das espécies de plantas utilizadas

popularmente com fins terapêuticos, além de auxiliar nas novas didáticas

pedagógicas do ensino de botânica.

Nas últimas décadas o olhar voltado para as Histórias em Quadrinhos (HQs)

tem crescido motivado por inúmeras pesquisas que vêm verificando o potencial

educativo e a utilidade desta prática pedagógica, para além de uma aula lúdica

(PEREIRA e SANTOS, 2009; SANTOS e PEREIRA, 2011 e 2013). Este fato aponta,

cada vez mais, as HQs como uma poderosa ferramenta cognitiva no campo

educacional. Dentro deste contexto, Silva (1985, p. 59) ressalta que as HQs “tratam

de assuntos os mais diversos, como Matemática, Comunicação e Expressão,

Ciências Físicas e Biológicas, História, Moral e Civismo, Religião e outros temas de

interesse da escola”, dessa forma as mesmas ganham destaque sendo utilizadas em

sala de aula como recurso pedagógico. Além disso, Pizarro (2009) salienta que a

literatura na área de Ensino de Ciências aponta de modo consensual a relevância do

uso de HQs enquanto recurso didático, e para atestar esta contribuição, já possui

uma série de publicações nacionais e internacionais que divulgam as mais diversas

experiências realizadas, apoiadas neste recurso.

O ensino de Ciências há muito tempo vem sendo motivo de discussões e

reflexões por parte de educadores, psicólogos e cientistas, na tentativa de melhorar

o processo de aprendizagem. Verifica-se que é unânime entre os educadores a

consciência de que o ensino exclusivamente informativo, centrado no professor, está

fadado ao fracasso, estabelecendo-se um clima de apatia e desinteresse, que

impede a interação necessária ao verdadeiro aprendizado (KRASILCHIK, 2005).

Hoje, o interesse do aluno passou a ser a força que comanda o processo da

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aprendizagem, suas experiências e descobertas, o motor de seu progresso e o

professor um gerador de situações estimuladoras e eficazes (MORATORI, 2003).

Uma proposta para se obter melhores resultados na aprendizagem dos alunos, nas

aulas de ciências é a utilização de cartilhas contendo além do conteúdo teórico,

ilustrações e jogos para o ensino. muitas vezes este conteúdo, aparece de modo

conspícuo nos livros, tornando difícil a sua compreensão, pois muitos conceitos não

são entendidos pelos alunos.

3.4 a escola campo de aplicação

A escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio de Itabocal (Figuras 1 e

2), é construída de alvenaria, toda murada, com uma área aproximadamente de 68

metros de comprimento, 60 metros de largura, e que funcionava anteriormente no

prédio da escola municipal de Ensino Infantil e Fundamental de Itabocal, depois

mudou-se para a barraca da santa (loca onde acontece a festa da padroeira da

comunidade ), onde funcionava em precárias condições (PPP, 2002).

Figura 1. Exterior da escola

Fonte: As autoras (2015)

Figura2: Frente da escola

Fonte: As autoras (2015).

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No ano de 2013, a escola começou a funcionar na comunidade Nossa

Senhora do Livramento s/n no município de Irituia-PA e, onde até os dias atuais

funciona, contando com a infraestrutura de 8 salas de aula, 1 biblioteca (que no

momento está sendo utilizado como sala de aula), 1 quadra poliesportiva coberta, 1

cozinha, 1 dispensa, 1 área de serviço, 1 secretaria com banheiro, 1 sala de arquivo,

1 diretoria, 1 pátio e 6 banheiros sem chuveiro, distribuídos em 3 masculinos e 3

femininos sem adaptações para portadores de necessidades especiais (PPP, 2002).

A escola atende 604 alunos com média de 40 alunos por sala, funciona nos

turnos matutino, vespertino e noturno, atende alunos do 6º ano ao ensino médio, nos

turnos matutino e vespertino, e 3º e 4º etapa (EJA) e ensino médio noturno. A

maioria dos alunos vem de outras comunidades vizinhas de transporte escolar,

parceria também do município e o Estado (PPP, 2002).

Os funcionários estão distribuídos da seguinte forma: 1 diretora, 1

coordenadora pedagógica, 1 secretária, 2 assistentes administrativo, 16 professores,

5 servidores gerais, 2 vigias, totalizando 28 funcionários (PPP, 2002).

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4 MATERIAIS E MÉTODOS

4.1 As fases de desenvolvimento do estudo

Em primeiro contato com as turmas de 7º ano da Escola Estadual de Ensino

Fundamental e Médio de Itabocal, se processou um levantamento sobre as plantas

medicinais e seus usos, através de um questionário (Apêndice A) previamente

elaborado e aplicado nas referidas turmas.

Em outro momento, foi construído uma cartilha e um gibi sobre tal planta

medicinal (Apêndices B e C, respectivamente).

No campo de aplicação, isto é, na escola Estadual de Ensino Fundamental e

Médio de Itabocal, após todo o desenvolvimento acima mencionado, foram

desenvolvidos alguns momentos com duas turmas do 7º ano (turma controle e turma

experimental), descritos a seguir.

No primeiro momento, nas duas turmas (controle e experimental), foram

ministradas aulas tradicionais, usando como recurso didático o livro didático, quadro

e pincel, conforme programado e descrito no plano de aula 1, constante no apêndice

D. Após esta aula tradicional foi aplicado um teste de sondagem em ambas as

turmas (teste 1), presente no apêndice E.

No segundo momento, na turma experimental foi ministrada uma aula

utilizando a estratégia alternativa de cartilha e gibi (conforme plano de aula 2, em

apêndice F), enquanto que na turma controle foram aplicados exercícios tradicionais

(conforme plano de aula 3, em apêndice G). Após estas aulas, foram aplicados nas

duas turmas um novo teste (Teste 2, em apêndice H), com o mesmo nível de

dificuldade do primeiro teste.

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5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

No presente estudo participaram duas turmas do 7º ano da Escola Estadual de

Ensino Fundamental e Médio de Itabocal, onde foi assinado um termo de

consentimento pelos alunos, o qual consta no anexo 1, logo os alunos responderam

um questionário etnobotanico em anexo 2 para saber se os alunos tinham

conhecimento sobre plantas medicinais e também foram feitas, aula tradicional com

apostila e exercicio em apêndice E, aula utilizando cartilha e gibi em apêndice B e C.

Na turma controle, foi aplicado uma aula de caráter tradicional, a figura 3

mostra o momento da aplicação da aula.

Figura 3:Turma controle

Fonte: As autoras (2016)

Na turma experimental, foi aplicado uma aula de caráter lúdico, a figura 4

mostra o momento da aplicação da aula.

Figura 4 : Turma experimental

Fonte: As autoras (2016)

A turma controle continha 16 alunos, sendo 6 meninas e 10 meninos,

sendo uma turma de bom comportamento e atenciosa, mas demostraram pouco

interesse pela aula, por ser um assunto que os mesmos ainda não tinham

estudado, sendo que alguns alunos chegaram a comentar que por isso seria de

difícil compreensão.

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As notas obtidas pelos alunos da turma controle estão contidas na Tabela

1.

Tabela 1. Notas obtidas pelos alunos da turma controle nos dois testes

Aluno (a) Teste 1 Teste 2 Diferença

1 5 6 1 2 6 8 2 3 5 8 3 4 6 8 2 5 7 9 2 6 5 5 0 7 6 6 0 8 7 8 1 9 5 6 1 10 5 5 0 11 6 6 0 12 5 5 0 13 7 8 1 14 5 8 3 15 2 3 1 16 6 8 2

Geral 5,5a ± 1,2 6,7b ± 1,7 1,2 ± 1,0 Legenda: Teste 1 = nota após a explanação teórica do conteúdo e Teste 2 nota após a revisão com exercícios tradicionais. Diferença equivalente a Teste 2 – Teste 1. Letra desigual nas médias significa haver diferença significativa (p<0,05).

Fonte: As autoras (2016).

Percebe-se que houve uma melhoria no desempenho médio da turma após

a aplicação dos exercícios em sala, pois a média da turma subiu de 5,5 pontos para

6,7 pontos, com uma diferença média de 1,2 pontos, indicando que a metodologia

tradicional de ensino foi eficaz na revisão dos conteúdos trabalhados em sala.

Ao se avaliar o desempenho da turma controle em faixas de notas, isto é, se

considerando quatro intervalos de notas: de zero a quatro e meio, que corresponde

a notas de baixo aproveitamento escolar e reprovação do aluno; de cinco a seis e

meio, que corresponde a um desempenho regular do aluno; de sete a oito e meio,

que corresponde a um bom desempenho; e de nove a dez, que se pode considerar

um excelente resultado, obteve-se o gráfico contido na Figura 5.

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Figura 5. Desempenho dos alunos da turma controle

Fonte: As autoras (2016).

A faixa de notas de reprovação se manteve inalterada e igual a 6,25%,

ao passo que a faixa de notas regulares diminuiu de 75,00% para 43,75%,

enquanto que a faixa de notas boas subiu de 18,75% para 43,75% e de notas

excelentes foi de 0,00% para 6,5%. Desta forma, a aplicação de exercícios como

forma de revisar e fixar os conteúdos trabalhados se mostrou eficaz na melhoria

da aprendizagem dos alunos, contribuindo para uma melhoria do desempenho

escolar.

A turma experimental continha 16 alunos, sendo 6 meninas e 10 meninos,

porém participaram dos dois testes somente 20. A turma mostrou grande interesse

pela Cartilha e o gibi, sendo que eles estavam em grande alvoroço por participarem

ativamente do mesmo. Nesta etapa da atividade dividiu-se os alunos em duplas,

permitindo aos mesmos, num primeiro momento, a familiarização com o seu material

e após o mesmos responderam um questionário de acordo com o conteúdo do

material.

Na primeira etapa verificou-se uma melhora nas notas dos alunos envolvendo

a metodologia tradicional, apesar que esse aproveitamento foi regular. Graelles

(2000), os recursos didáticos apresentam algumas funções, como: fornecer

informações, orientar a aprendizagem, exercitar habilidades, motivar, avaliar,

fornecer simulações, fornecer ambientes de expressão e criação.

As notas obtidas pelos alunos da turma experimental se encontram na Tabela

2.

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Tabela 2. Notas obtidas pelos alunos da turma experimental nos dois testes

Legenda: Teste 1 = nota após a explanação teórica

do conteúdo e Teste 2 nota após a revisão com

exercícios tradicionais. Diferença equivalente a

Teste 2 – Teste 1. Letra desigual nas médias

significa haver diferença significativa (p<0,05).

Fonte: As autoras (2016)

Outra vez se percebe que houve um aumento no desempenho da

turma, expresso através da média geral de pontos da turma, após a aplicação da

metodologia de reforço, que, neste caso, se constituiu em uma atividade lúdica.

Porém, o acréscimo ocorrido na média geral, que passou de 7,3 pontos para 7,9

pontos, foi apenas de 0,7 pontos ao invés de 1,2 pontos, no caso da turma controle.

Assim, por mais que a aplicação da metodologia alternativa tenha sortido efeito

positivo no processo de ensino-aprendizagem da turma, este efeito se mostrou

inferior ao ocorrido com a aplicação da metodologia tradicional.

Agrupando-se as notas da turma experimental nos mesmos quatro intervalos

de notas em que foram agrupadas as notas da turma controle, obteve-se o gráfico

contido na Figura 6.

Aluno (a) Teste 1 Teste 2 Diferença

1 7 9 2 2 8 9 1 3 7 8 1 4 7 8 1 5 8 9 1 6 5 8 3 7 7 6 -1 8 9 9 0 9 7 7 0

10 8 8 0 11 6 8 2 12 8 8 0 13 8 9 1 14 8 8 0 15 5 5 0 16 8 8 0

Geral 7,3a ± 1,1 7,9b ± 1,1 0,7 ± 1,0

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Figura 6. Desempenho dos alunos da turma experimental

Fonte: As autoras (2016).

Percebe-se outra vez uma piora nas notas dos alunos em termos de faixas

de notas, como ocorrido com a truma controle, porém, também se pode perceber

que tal efeito negativo é muito menos acentuado do que naquela turma, pois, agora,

não houveram alunos na faixa de excelência nem antes e nem depois da aplicação

da cartilha e do gibi; a maior concentração de notas após a aplicação do jogo ficou

na faixa de notas regulares (51,61%) e apenas 25,81% dos alunos, e não 76,26%

caso da turma controle), ficaram na faixa de reprovação.

Durante a aplicação do trabalho, percebemos que o método tradicional foi

menos eficaz que o método experimental, apesar de não haver um resultado

excepcional, porem, a maior concentração de notas foi após a aplicação do jogo. De

acordo com (CAMPOS,BORTOLOTO e FELICIANO, 2008), trabalhar com ludicidade

se constitui um importante recurso para o professor desenvolver a habilidade de

resolução de problemas, a favorecer a apropriação de conceitos e atender aos

anseios daqueles que ainda estão em processo de desenvolvimento.

Durante a aplicação das atividades referentes a cartilha e o gibi sobre plantas

medicinais, foi observado que os alunos ficaram mais concentrados e disciplinados,

o que facilitou o trabalho didático. Friedman (1996) enfatiza que para a ocorrência de

uma aprendizagem significativa deve ser oferecida aos alunos uma quantidade

diversificada de tarefas e, para isso, o professor deve conhecer muitas técnicas e

recursos e, portanto ser mantenedor de metodologias diferenciadas.

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6 CONCLUSÕES

Percebe-se que é visivel as opiniões dos estudiosos em relação as origens da

utilização das plantas medicinais. O que sabemos é que, essas informações foram

se perpetuando com o passar das gerações, por ser o único meio utilizado para o

tratamento de doenças, e que aconteciam normalmente na oralidade possibilitando a

afetividade entre as pessoas.

A intensificação de medicamentos baseados em plantas medicinais e o

próprio conhecimento empírico assim também como a preocupação com diminuição

dos efeitos colaterais e toxicológicos possibilitou a necessidade de se aprofundar

nos conhecimentos sobre plantas medicinais levando a um esclarecimento e a

confirmação das informações já obtidas sobre o assunto.

Podemos ressaltar também, a importância do uso sustentável de plantas

medicinais, principalmente os países em desenvolvimento, como o Brasil primeiro

por estarem na frente no uso fitoterápicos, segundo por possuírem a maior

biodiversidade principalmente em termos de flora.

É possível a ampliação e incentivo de estudos etnobotanico e

etnofarmacológicos para o aumento do acervo de informações sobre plantas

medicinais.

Observou-se que os alunos tinham pouco conhecimento sobre o uso de

plantas medicinais, apesar de saberem da sua existência, conheciam poucas

plantas pelo nome e para que serviam. Esse fato, foi claramente percebido nos

resultados dos testes tradicionais e lúdicos, aplicados nas turmas. Percebemos,

também que havia pouco incentivo da escola sobre o assunto.

Neste sentido, acreditamos que a metodologia experimental foi eficaz e que

pode ser utilizada em outras escolas e outros níveis de ensino. Essa metodologia e

significativa para o processo de ensino e aprendizagem. Para isso o professor deve

desenvolver habilidades e técnicas, as quais favoreça o interesse e entendimento

do aluno, pois estes estão em processo de desenvolvimento, o ambiente escolar

torna-se um local propício para a realização de pesquisas que visam a investigação

etnobotânica, fornecendo subsídios para a implantação de programas que integrem

o conhecimento popular com o saber científico. Sendo assim ressalta-se a

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importância que novos estudos sejam feitos sobre etnobotânica, uma vez que essas

informações podem contribuir para a manutenção do saber popular de plantas

medicinais, e podem ser contextualizadas no ensino de disciplinas ligadas ao meio

ambiente, como biologia, ecologia e geografia.

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ANEXO

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA PRÓ-REITORIA DE ENSINO

PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO DOCENTE CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS NATURAIS

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Convidamos o (a) Sr(a) para participar da Pesquisa (TCC ESTUDO DE

PLANTAS PLANTAS MEDICINAIS NA ESCOLA DE ITABOCAL MUNICIPIO DE

IRITUIA PA), sob a responsabilidade dos pesquisadores(Cilene da Conceição Vera

Cruz Nunes e Marilia Lopes da Silva), a qual pretende avaliar a melhoria na

qualidade de ensino de ciências através da inserção de uma metodologia inovadora.

Sua participação é de carater voluntário e se dará por meio de respostas

dadas a questionários estruturados, participação de aulas com recursos didáticos

variados, e através de suas notas obtidas em testes de múltipla escolha.

Não haverá nenhum risco oriundo de sua participação na presente pesquisa.

Se você aceitar em participar estará contribuindo ativamente para a melhoria na

qualidade do ensino de ciências.

Se depois de consentir em sua participação o Sr(a) desistir de continuar

participando, tem o direito e a liberdade de retirar seu consentimento em qualquer

fase da pesquisa, seja antes ou depois da coleta de dados, independente do motivo

e sem nenhum prejuízo a sua pessoa. O (a) Sr(a) não terá nenhuma despesa e

também não receberá nenhuma remuneração. Os resultados da pesquisa serão

analisados e publicados, mas sua identidade não será divulgada, sendo guardada

em sigilo.

Consentimento Pós-Informação

Eu, ________________________________________________________, fui

informado sobre o que os pesquisadores querem fazer e porque precisam da minha

colaboração, e entendi a explicação. Por isso, eu concordo em participar do projeto,

sabendo que não vou ganhar nada e que posso sair quando quiser. Este documento

é emitido em duas vias que serão ambas assinadas por mim e por um dos

pesquisadores, ficando uma via com cada um de nós.

__________________________________

Data: ___/___/___Assinatura do participante

_________________________________

Assinatura do Pesquisador Responsável

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APÊNDICE

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A- QUESTIONARIO ETNOBOTANICO

PARTE I - DADOS SOCIOCONÔMICOS 01-Sexo: feminino ( ) masculino ( ) 02-Idade:________ 03- Estado Civil: ( ) Solteiro(a) ( ) Casado(a) ( ) Viúvo (a) 04- Numero de filhos:_____ 05- Profissão (ser menor de idade, e não trabalha, citar a profissão do pai e da mãe):_________________________ 06- No momento está trabalhando? ( ) sim ( ) não 07- Naturalidade:_________________________

08- Bairro onde mora:_____________

PARTE II - CONHECIMENTO SOBRE PLANTAS MEDICINAIS 09 - O que você entende por plantas medicinais? (Se não der no espaço responda atrás)

Resposta: 10 – Cite as plantas que você conhece e as partes utilizadas da planta? (Se não der no espaço responda atrás) Resposta: 11 - Quantas espécies de plantas ou ervas você usa em casa? ( ) Não uso ( ) 1 ou 2 ( ) 3 ou 4 ( ) 5 ou 6 ( ) Mais de 6 12 - Partes da planta usadas como remédio: ( ) Folhas ( ) Casca ( ) Raízes ( ) Sementes ( ) Frutos ( ) Toda a planta 13 - Que doenças são tratadas com a planta? (Ex: febre, gripe, dor, diarreia, etc.) Resposta: 14 - Qual o seu nível de confiança na ação das plantas que você usa na melhoria da saúde? Considere “1” para menor confiança e “5” para muita confiança. ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) Não uso 15 - Com que frequência seus professores falam sobre preservação e importância das plantas?

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( ) Nenhuma vez ( ) raramente ( ) pouco ( ) algumas vezes ( ) muitas vezes 16 - Com que frequência seus professores falam sobre a ação medicinal das plantas na saúde? ( ) Nenhuma vez ( ) raramente ( ) pouco ( ) algumas vezes ( ) muitas vezes

17 - De onde vem o seu conhecimento sobre o uso de plantas medicinais? ( ) De conhecimento tradicional familiar ( mãe, Pai, avós, etc.) ( ) De conhecimento oriundo da mídia (internet, televisão, radio) ( ) De contatos com técnicos (médicos, enfermeiros, biólogos, professores, etc).

( )Outros: _____________________________________________

18 - Você já se sentiu mal com o uso de alguma planta medicinal? Qual foi a planta, e o que você sentiu? (Se não der no espaço responda atrás)

Resposta: 19 - Sobre a fonte de aquisição da maioria das plantas você prefere: ( ) Comprar em supermercado industrializado (sachê) ( ) Comprar em supermercado ou feira (in natura) ( ) Não tenho preferência ( ) Fazer colheita direto da natureza ( ) Cultivo para usar

PARTE III: CONTRIBUIÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE PLANTAS MEDICINAIS 20 - Você acha que o seu conhecimento sobre plantas medicinais pode contribuir para a sua formação escolar?

Sim ( ) Não ( ) 21 - De que forma você acha que o seu conhecimento sobre plantas medicinais poderia ser utilizado nas aulas de ciências? ( ) A partir das plantas medicinais conhecidas pelos alunos o professor poderia abordar conteúdos da botânica (morfologia das plantas, biodiversidade, taxonomia etc.). ( ) Os professores poderiam informar sobre os cuidados no uso de plantas medicinais. ( ) Aulas praticas a partir do cultivo de uma horta, ou de plantas medicinais trazidas pelos alunos.

( ) Outros

22 - Nas aulas de ciências de que maneira o conhecimento sobre plantas medicinais já foi abordado?

Resposta: Referências: SILVA, E; NÓBREGA, M. A; OLIVEIRA, H. M; SILVA, P. M. A educação ambiental e o resgate da valorização da natureza pelo uso de plantas medicinais. Educação

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ambiental em ação. Nº 50, 2014. Disponível em: http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1890 SILVA, T. S.; MARISCO, G. Conhecimentos etnobotânicos dos alunos de uma escola pública no município de Vitória da Conquista/BA sobre plantas medicinais. Revista Biologia e Farmácia. N° 03, v. 09, 2013. Disponível em: http://sites.uepb.edu.br/biofar/download/v9n3-2013

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B- CARTILHA

Cartilha de Plantas Medicinais

O que são plantas medicinais?

São plantas que o conhecimento popular usa para o tratamento de diversas doenças.

Vantagens no uso de plantas medicinais

1. Valorização e resgate da cultura popular;

2. Fácil acesso às plantas pela população;

3. Possibilidade de preparo caseiro;

4. Baixo custo.

Que partes das plantas podem ser utilizadas como remédio?

Todas as partes da planta podem ser usadas, mas normalmente tem alguma parte em particular, dependendo da planta, que é usada de

forma mais eficaz. Por exemplo: para chá normalmente se usa as folhas, em planta como o boldo, o chá verde, a erva mate, etc.

É bom saber:

Existem plantas que, mesmo sendo conhecidas como medicinais, são tóxicas;

O fisioterápicos são medicamentos, portanto, devem ser mantidos fora do alcance das crianças;

Armazene as plantas secas em local arejado, sem incidência de luz e unidade;

Os remédios caseiros são indicados em sintomas comuns e de pouca intensidade. Se não houver melhoras , procure um profissional

de saúde.

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PLANTAS MEDICINAIS DE USO TRADICIONAL E EFETIVIDADE RECONHECIDAS PELA ANVISA

ALECRIM Nome científico: Rosmarinus officinalis L. Nome popular: Alecrim, alecrim-de-jardim, rosmarinho, alecrim de- cheiro, flor-

de-olimpo. Partes utilizadas: Folhas e sumidades floridas. Indicações: Distúrbios circulatórios, antisséptico, cicatrizante, distúrbios digestivos.

Contraindicação: Pessoas com doença prostática, gastroenterites, dermatoses e convulsão.

CAPIM LIMÃO Nome científico: Cymbopogon citratus. Nome popular: Capim-limão, capim-cidreira, capim cheiroso, erva cidreira. Parte utilizada: Folhas. Indicações: Cólicas intestinais e uterinas. Quadros leves de ansiedade e insônia, como calmante suave. Contraindicação:

Não encontrado na literatura consultada.

ESPINHEIRA SANTA Nome científico: Maytenus ilicifolia. Nome popular: Espinheira santa, espinheira divina, salva-vidas, maiteno,

cancerosa. Parte utilizada: Folhas. Indicações: Dispepsia, azia e gastrite. Contraindicação: Crianças menores de 6 anos. Grávidas até o terceiro mês

de gestação e lactantes.

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FALSO BOLDO Nome científico: Plectranthus barbatus. Nome popular: Falso-boldo, boldo nacional, hortelã homem, Boldo africano.

Parte utilizada: Folhas. Indicações: Dispepsia (distúrbios da digestão) e hipotensão (pressão baixa).

Contraindicação: Gestantes, lactantes, crianças, pessoas com hipertensão, hepatites, obstrução das vias biliares –o usdemedicamentos para o

sistema nervoso central.

GOIABEIRA Nome científico: Psidium guajava. Nome popular: Goiaba, araçá-das-almas, araçá-goiaba, guaiaba, guaiava, guava.

Indicações: Oral - Diarréias não infecciosas. Tópico - Pele e mucosas lesadas, como antisséptico. Contraindicação: Não encontrado na literatura

consultada.

MALVA Nome científico: Malva sylvestris. Nome popular: Malva, malva-alta, malva-silvestre, malva-verde, malva-selvagem. Partes

utilizadas: Folhas e flores. Indicações: Afecções respiratórias, expectorante, contusões, processos inflamatórios da boca e garganta. Contraindicação: Não encontrado na literatura consultada.

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MARACUJÁ Nome científico: Passiflora sp. Nome popular: Passiflora, maracujá, maracujá-de-suco, maracujazeiro, maracujá-azedo,

maracujá-ácido. Parte utilizada: Folhas. Indicações: Quadros leve de ansiedade e insônia, como calmante suave. Contraindicação: Hipotensos.

MELISSA Nome científico: Melissa officinalis. Nome popular: Melissa, erva cidreira, erva luísa, cidreira, cidreira verdadeira. Partes

utilizadas: Folhas e inflorescências. Indicações: Cólicas abdominais. Quadros leve de ansiedade e insônia, como calmante suave. Contraindicação:

Redução da função da tireoide.

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ALFAZEMA Nome científico: Lavandula angustifolia. Nome popular: Alfazema, lavanda, lavandula, lavanda-inglesa, nardo, lavanda-

inglesa. Partes utilizadas: Folhas e flores. Indicações: Insônia, bronquite, gripe, tensão nervosa, depressão, enxaqueca, asma, cólicas, dermatite.

Contraindicação: Doses elevadas causam sonolência.

ARRUDA Nome científico: Ruta graveolens. Nome popular: Arruda, arruda fedorenta, ruta-de-cheiro-forte, arruda-aromática, arruda-

dos-jardins. Parte utilizada: Folhas. Indicações: Inflamações da pele, dor de dente, ouvido, febre, câimbras, verminoses, varizes. Contraindicação:

Gestantes e peles sensíveis.

BABOSA Nome científico: Aloe vera Burm. F. Nome popular: Babosa, erva-babosa, babosa medicinal, aloé, aloé-do-cabo, erva-de-azebre. Parte

utilizada: Folhas. Indicações: Afecções biliares, queimaduras, acne, psoríase, queda de cabelo, cicatrizante, anti-inflamatório. Contraindicação:

Gestantes, amamentando e crianças.

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CATINGA DE MULATA Nome científico: Tanacetum vulgare. Nome popular: Catinga de mulata, atanásia, anil-bravo, erva-dosvermes. Parte

utilizada: Capítulos florais. Indicações: Menstruação, náuseas e estimula o apetite, dor de dente, chá das flores para sarna. Contraindicação: Doses

elevadas e gestantes.

CHAPÉU DE COURO Nome científico: Echinodorus grandiflorus. Nome popular: Chapéu-de-couro, chá-do-brejo, erva-do-brejo, chá- de-

pobre, cá-de-campanha. Parte utilizada: Folhas. Indicações: Diurético, depurativo, tônica, doenças da pele, afecções renais, afecções da garganta.

Contraindicação: Não encontrado na literatura consultada.

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EMBAÚBA Nome científico: Cecropia pachystachya. Nome popular: Embaúba, ambahu, ambaí, ambaúba, árvore-dapreguiça, umbaúba. Parte

utilizada: Folhas. Indicações: Diurético, anti-inflamatória, hipertensão. Contraindicação: Não encontrado na literatura consultada.

HORTELÃ Nome científico: Mentha sp. Nome popular: Hortelã rasteira, menta, hortelã, hortelã-comum, hortelã-de-folha-miúda. Parte

utilizada: Folhas. Indicações: antigripal, dor de cabeça, antifúngicas, anti inflamatória, digestiva. Contraindicação: Em inalação não aplicar em

excesso.

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MANJERONA Nome científico: Origanum majorana. Nome popular: Manjerona, manjerona-doce, manjerona-selvagem, grande-orégano,

manjerona-inglesa. Parte utilizada: Toda a planta. Indicações: Má digestão, arrotos, inapetência, azia, flatulência, síndrome, pré-menstrual,

nervosismo. Contraindicação: Em uso excessivo pode causar aborto.

MELHORAL Nome científico: Salvia microphyla. Nome popular: Melhoral, pontada, ponto alívio, rapazinhos, erva maragata, erva-dos-

rapazinhos. Parte utilizada: Folhas. Indicações: dor de cabeça, gripe, resfriado, qualquer dor, má circulação do sangue, palpitação do coração. Contraindicação: Não usar durante a gravidez.

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MALVARISCO Nome científico: Plectranthus amboinicus. Nome popular: Malvarisco, hortelã-grauda, hortelã-grande, malva-do-reino. Parte

utilizada: Folhas Indicações: dor de garganta, leischmaniose, problemas ovarianos/ uterinos. Contraindicação: Não encontrado na literatura

consultada.

Modos de preparo dos chás

Infusão A água fervente é colocada sobre a planta em um recipiente que deverá ser abafado por 10 a 15 minutos. Após este

procedimento, o liquido deverá ser coado. As partes das plantas mais usadas neste tipo de preparo são as flores e folhas.

Cozimento ou decocção A planta é colocada juntamente com a água para ferver. O tempo de fervura ou cozimento pode chegar até 20

minutos, de acordo com a parte da planta a ser utilizada, espécie e/ ou principio ativo. Após este procedimento, o chá deverá ser coado. As partes

das plantas mais usadas neste tipo de preparo são rizomas, raízes, casca, sementes e folhas coriáceas (grossas e/ ou duras)..

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Maceração A planta amassada ou picada é colocada diretamente em contato com a água fria, em temperatura ambiente, por 10 a 24

horas, dependendo da parte utilizada. Folhas, sementes e partes tenras ficam de 10 a 12 horas. Talos, cascas e raízes (partes duras), de 22 a 24

horas. Após o tempo necessário deverá ser coado.

Referências Bibliográficas

http://www.cultivandoaguaboa.com.br/sites/default/files/iniciativa/BX_cartilha_15x21cm.pdf. Acesso em 20 Jan. 2016.

http://mdemulher.abril.com.br/saude/saudeconheca-e-saiba-usar-37-plantas-medicinais. Acesso em 20 Jan. 2016

C - GIBI

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D- Plano de aula 1

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Tema: Plantas Medicinais

Objetivo geral:

Fazer com que os alunos compreendam de maneira clara e objetiva a importância

de estudar as plantas e como se dá esse processo.

Objetivos específicos:

– Sensibilizar os alunos da importância das plantas medicinais.

– Levar os alunos a perceberem a necessidade do estudo das plantas.

Metodologia:

Aula expositiva

As atividade serão desenvolvidas na sala através da leitura do texto sobre plantas

medicinais,

– Recursos: Apostila

– Avaliação: Dar-se-á através do interesse, participação, criatividade e

responsabilidade dos alunos nas atividade propostas.

DISPONIVEL EM :

http://ervasmedicinais-folclore.blogspot.com.br/2007/11/textos-importantes-2.html

http://www.suapesquisa.com/o_que_e/plantas_medicinais.http

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E- TESTE AVALIATIVO 1

1-Plantas medicinais são:

a- Plantas do bosque

b- b- Plantas do jardim

c-Aquelas que ajudam no tratamento

de doenças

d- Aquelas que interferem na cura de

doenças

e-Qualquer planta encontrada na

natureza

2-A descoberta das plantas medicinais

aconteceu pelos:

a-Europeus

b -Japoneses

c-Africanos

d-Chineses

e- Indios

3-A ciência que estuda a utilização das

plantas medicinais é conhecida como:

a- Matemática

b- Biologia

c- Fitoterapia

d- d-Homeopatia

e- e-Química

4-A ciência que também utiliza muitos

remédios feitos de plantas e ervas

medicinais é:

a-Filosofia

b-Sociologia

c- Homeopatia

d-Recursos Humanos

e-Nenhuma das alternativas

5-As plantas medicinais podem ser

utilizadas sob a forma de:

a-Comprimidos

b- Sabonete

c-Gel

d- Chás ou infusões

e-Nenhuma das alternativas

6-Marque a alternativas que apresenta

somente plantas medicinais:

a-Nenhuma das alternativas

b- Alho, Pedra, Salsa

c-Hortelã, Jaborandi e Nimesulida

d-Camomila, Alecrim e Arruda

e-camomila, capim e cominho

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7-O método utilizado pelos antigos

para observar o vegetal que poderia

ser utilizado de forma terapêutica:

a-Comportamento vegetal

b-Comportamento do animal

c- Comportamento humano

d-Comportamento cientifico

e-Nenhuma das alternativas

8-A mistura de certos elementos

presentes em suas folhas, caules ou

raízes das vegetais é chamado de:

a- Princípios Chineses

b-Princípio Cientifico

c-Princípios Indígenas

d-Princípios Indus

e-Princípio Ativo

9-O avanço da química é das técnicas

de extração que o conhecimento sobre

as plantas medicinais se consolidou

em meados do:

a- Século XX

b-Século XIX

c-Século XV

d- Século XVI

e-Nenhuma das alternativas

10-De acordo com o texto marque a

alternativa que apresenta somente

plantas nativas do Brasil:

a-Jaborandi, Estévia, Pariparoba

b-Cravo da Índia, Canela e alho

c-Canela, Urucum, Jaborandi

d-Jaborandi, Pariparoba e Canela

e-Nenhuma das alternativas

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F- Plano de aula 2

Tema: Plantas Medicinais

Objetivo geral:

Fazer com que os alunos compreendam de maneira clara e objetiva a importância

de estudar as plantas e como se dá esse processo.

Objetivos específicos:

– Sensibilizar os alunos da importância do estudo sobre plantas medicinais através

do lúdico.

– Mostrar aos alunos os métodos e técnicas utilizadas no estudo dos vegetais por

meios da cartilha e gibi .

Metodologia:

Aula expositiva

As atividades serão desenvolvidas na sala através da leitura da cartilha e do gibi

sobre plantas medicinais, em seguida será aplicado um questionário com perguntas

objetivas sobre o tema.

– Recursos: Apostila

– Avaliação: Dar-se-á através do interesse, participação, criatividade e

responsabilidade dos alunos nas atividade propostas.

DISPONIVEL EM :

http://ervasmedicinais-folclore.blogspot.com.br/2007/11/textos-importantes-2.html

http://www.suapesquisa.com/o_que_e/plantas_medicinais.http

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G- TESTE AVALIATIVO 2

1-Plantas medicinais são:

a- Plantas do bosque

b- Plantas do jardim

c-Aquelas que ajudam no tratamento

de doenças

d- Aquelas que interferem na cura de

doenças

e-Qualquer planta encontrada na

natureza

2-A descoberta das plantas medicinais

aconteceu pelos:

a-Europeus

b -Japoneses

c-Africanos

d-Chineses

f- Indios

3-A ciência que estuda a utilização das

plantas medicinais é conhecida como:

a- Matemática

b-Biologia

c- Fitoterapia

d-Homeopatia

e-Química

4-A ciência que também utiliza muitos

remédios feitos de plantas e ervas

medicinais é:

a-Filosofia

b-Sociologia

c- Homeopatia

d-Recursos Humanos

e-Nenhuma das alternativas

5-As plantas medicinais podem ser

utilizadas sob a forma de:

a-Comprimidos

b- Sabonete

c-Gel

d- Chás ou infusões

e-Nenhuma das alternativas

6-Marque a alternativas que apresenta

somente plantas medicinais:

a-Nenhuma das alternativas

b- Alho, Pedra, Salsa

c-Hortelã, Jaborandi e Nimesulida

d-Camomila, Alecrim e Arruda

e-camomila, capim e cominho

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7-O método utilizado pelos antigos

para observar o vegetal que poderia

ser utilizado de forma terapêutica:

a-Comportamento vegetal

b-Comportamento do animal

c- Comportamento humano

d-Comportamento cientifico

e-Nenhuma das alternativas

8-A mistura de certos elementos

presentes em suas folhas, caules ou

raízes das vegetais é chamado de:

a- Princípios Chineses

b-Princípio Cientifico

c-Princípios Indígenas

d-Princípios Indus

e- Princípio Ativo

9-O avanço da química é das técnicas

de extração que o conhecimento sobre

as plantas medicinais se consolidou

em meados do:

b- Século XX

b-Século XIX

c-Século XV

d- Século XVI

e-Nenhuma das alternativas

10-De acordo com o texto marque a

alternativa que apresenta somente

plantas nativas do Brasil:

a-Jaborandi, Estévia, Pariparoba

b-Cravo da Índia, Canela e alho

c-Canela, Urucum, Jaborandi

d-Jaborandi, Pariparoba e Canela

e-Nenhuma das alternativas