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Ministério de Ciência e TecnologiaPrograma Nacional do Biodiesel
Workshop: Co-Produtos do Biodiesel
Rio de Janeiro, 30 e 31 de maio de 2005
Tratamento pela Conversão a baixa Temperatura dos Resíduos e Borras
gerados ao longo da Cadeia Produtiva do Biodiesel
Raimundo Damasceno - Gilberto Romeiro
Ernst Stadlbauer
Prof. Ernst Bayer (1927-2002)
1980-2 - E. Bayer e M. Kutubuddin Alemanha
1985 - H.W Campbell e T.R. Bridle Canadá
1990 - T.R. Bridle - Austrália
1996 – R. Damasceno e G. Romeiro e R. N. Damasceno (UFF) - Brasil + E. Bayer e M. Kutubuddin (Univ. de Tübingen)Agências: CNPq (Brasil) e DLR/BMBF (Alemanha)
Histórico da LTC
Grupos/Subgrupos da LTC no Brasil desde 1996
UFF (Prof. Damasceno e Prof. Gilberto Romeiro): biomassas (lodos de ETEs, resíduos agrícolas, borras e tortas, resíduos industriais orgânicos), borras petroquímicas petrolíferas, pneus)
CENPES: borras de refinaria FAENQUIL (Lorena, S.Paulo): biomassas, pneus,
lixo urbano) UFSM/RS – Palha e casca de arroz) FISC/IEL: borras e lodos de curtumes
Definição
A Conversão a baixa Temperatura (LTC, CBT ou NTK) é um processo (químico) térmico (380 -450 º C), catalítico, em atmosfera inerte (ausência de oxigênio).
Em outras palavras, trata-se de uma pirólise a baixa temperatura
O Processo
LTC Matéria Orgânica (C,H,N,O,S,Cl...) Matéria
Orgânica (rica em C, H)
=>O processo da LTC emula em laboratório/escala de tempo industrial o que a natureza leva milhões de ano para formar em escala de tempo geológico (combustíveis fósseis)
Vantagens da LTC
Custo energético menor em comparação com os demais processos pirolíticos
Matérias-primas de baixo ou sem valor comercial Não formação de dioxinas, furanos, COP... Processo imobilizador de carbono (seqüestro de
carbono) Imobilização dos metais pesados Fração líquida condensável é um óleo
semelhante ao Diesel de petróleo Produto: combustível universal
Produtos e Subprodutos da LTC
• Óleo (‘bio-óleo)• Carvão (qualidade dependente da matéria
prima)• Água de reação• Material não condensável (CO2, CO, CH4...)
Protocolo de Pesquisa de Biomassas pela LTC
Analise Elementar e termogravimétrica Secagem (< 90%, teor de umidade) Conversão a baixa temperatura (bancada) Balanço de massa Determinação das propriedades físicas,
químicas e físico-química (reológicas) dos produtos
Ativação e caracterização do carvão
Propriedades dos Produtos da LTC
Óleo (líquido condensável): Faixa de cadeia de carbono: semelhante ao
do óleo Diesel Viscosidade = 33,7 (cstks) (reator contínuo) Poder calorífico = 39 MJ/kg Praticamente, ausência de aromáticos Não formação de dioxinas e furanos
Propriedades do Óleo da LTC (lodos de ETE)
Propriedades Valor% Carbono Elementar 70-80 Poder Calorífico, kJ/g 38-40% Aromáticos < 4% Enxofre (S) < 0,5% Nitrogênio (N) < 0,8Estado físico a 25º C Líquido% (v/v) SOx 0,0002 % (v/v) NOx 0,002Alcanos C8 – C18
Composição química das Matérias-Primas X Produtos
+ Proteínas + óleo
+ carboidratos + carvão
+ lignina e celulose + água de reação
Exemplo: 1 ton de casca seca produz
Cacau Coco
Óleo 81 kg 73 kg
Carvão ativado 100 kg 180 kg
Adsorção (mg/g) 100 (azul de metileno)
150 (azul de metileno)
550 (índice de iodo)
850 (índice de iodo)
Comparação do N.º de Iodo de várias Biomassas do Brasil
Biomassa N.º de Iodo
Lodo ativado 95
Lodo digerido 80
Lodo de Álcool 160
Bagaço de Cana 400
Cana 1100
Casca de Cacau 550
Casca de Coco 1150
Norit D10 630
Norit D35 935
Poder calorífico do óleo obtido a partir da aplicação do processo de LTC em biomassas Variadas.
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
PT BE CC SCr Pneu SM
PC Mcal/Kg
Pt = lodo petroquímico/ Be = lodo residual da indústria bebida/ CC = Coco residual verde/ SCr = Serragem cromadaPneu / SM = sabugo de milho.
LTC com várias Biomassas
Matéria-prima % de òleo % de Carvão % de Ácidos Graxos no Óleo
Lupinus mutabilis 32,5 26,4 35,0
Lupinus albus 24,0 27,6 29,5
Torta de Azeite de Oliva
15,5 38,6 26,0
Semente de Oliveira
17,1 34,0 26,5
Torta de colza 44,5 22,5 38,3
LTC – Borra de Café Solúvel (tese – Eliane Carollo)
Fração Composição (%)
Fração Líquida Orgânica (bio-óleo)
50 (80% ácidos graxos)
Substrato (carvão) 29
Voláteis 15
Água de Reação 6
Reator de Bancada - UFF
Reator contínuo
Reator para produzir carvão ativado - UFF
Estágios em Desenvolvimento Tecnológico da LTC no Brasil
Escala Local
Bancada UFF
Semi-Piloto UFF/ PLASTIMASSA, CENPES
Piloto FAENQUIL (Londrina0
Os novos passos da LTC
Lodos de ETEs: avaliação da economicidade do processo; sistema de secagem por luz solar direta (estufas), implantação de uma planta industrial demonstrativa na Alemanha e no Brasil
Integração com o Programa Brasileiro do Biodiesel (Ex.: degradação da ricina e ricinina durante o processo de conversão a baixa temperatura)
P&D para resíduos industriais Integração: lodo e lixo
Integração da LTC com Biodiesel: completa sinergia
Produção Anual de Biomassa (2002) - ton
Mundial 120 x 109
Brasileira (só resíduos de milho, soja, arroz e trigo)
108,4 x 106
Programa do Biodiesel (2%)
4x 106 (considerando 50% de umidade e que a semente corresponde a 0,1%)
Estimativa da Produção Anual (ton) de Bio-Óleo e Carvão dos Resíduos do Programa do Biodiesel (LTC)
Óleo 2 x 105 ( 5%)
Carvão 2,4 x 106 (60%)
Vantagens da Integração LTC - Biodiesel
Agregação de valor aos resíduos Solução ambiental e econômica Logística ideal: não envolve custos de transporte Aproveitamento da mesma estrutura operacional Fomento ao empreendedorismo e à geração de
renda e de emprego Créditos de carbono e MDL
Um Conceito: Polos Integrados de Biodiesel
Unidade Integradora: fornecimento de energia elétrica e matéria prima
Unidade 1: Obtenção do ÓleoUnidade 2: Proução do biodiesel
e glicerinaUnidade 3: Especialidades
Química e Refino
Metas do Projeto LTC-Biodiesel
Estudo sistemático dos resíduos das espécies que serão utilizadas ao longo da cadeia produtiva do biodiesel: restos agrícolas, resíduos, tortas e borras
Caracterização dos produtos: bio-óleo e carvão Ativação do carvão e sua caracterização Upgrade do óleo e carvão: refino, extração de
sub-produtos... Compatibilização das propriedades de óleo
combustível
Instituições a serem envolvidas
Universidade Federal Fluminense Universidade de Ciências Aplicadas de Giessen Universidade do Norte Fluminense TECBIO PESAGRO/RJ FAENQUIL (Lorena)?
APOIO: SECTI/FAPERJ, MCT (Programa do Biodiesel), CNPq, Fundos Setorias...)
Referência
Prof. Raimundo Damasceno Universidade Federal Fluminense
Instituto de Química
E-mail: [email protected]
OBRIGADO