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| 1 Edital de Concorrência nº NN/NNNN ICMBio CONCESSÃO DE SERVIÇOS DE APOIO À VISITAÇÃO NA FLORESTA NACIONAL DE CANELA MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO EQSW 103/104, Bloco “C”, Complexo Administrativo - Bairro Sudoeste - Brasília – CEP 70670-350 Edital EDITAL DE CONCORRÊNCIA N° NN/NNNN ICMBio CONCESSÃO DE SERVIÇOS DE APOIO À VISITAÇÃO NA FLORESTA NACIONAL DE CANELA (RS) A União, por meio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade ICMBio – ICMBio, Autarquia Federal vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, criada pela Lei n° 11.516, de 28/08/2007, com sede e foro em Brasília/DF e Jurisdição em todo o território Nacional, por meio da Comissão Permanente de Licitação, designada pela Portaria nº 27, de abril de 2018, publicada no DOU de 27 de abril, de 2018, sediada no SHCSW/EQSW 103/104, Lote 01, Complexo Administrativo Sudoeste, Módulo “C”, Brasília – DF, torna público, por meio do presente EDITAL DE CONCORRÊNCIA nº NN/NNNN, as condições da licitação. A CONCESSÃO terá como critério de julgamento o MAIOR VALOR PERCENTUAL SOBRE A (RECEITA OPERACIONAL BRUTA – ROB), a fim de selecionar a melhor proposta para a celebração de contrato de concessão de serviços de apoio à visitação na Floresta Nacional de Canela, localizado integralmente no município de Canela, no Estado do Rio Grande do Sul, conforme condições, quantidades e exigências estabelecidas neste Edital e em seus anexos. A presente licitação será regida pelas regras previstas neste Edital e seus anexos, e pela Lei Federal nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995 e suas alterações, e, subsidiariamente, pela Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993, Lei nº 11.771, de 17 de Setembro de 2018, e demais normas vigentes sobre a matéria, da Lei de Diretrizes Orçamentárias vigente, Decreto nº 7.746, de 05 de junho de 2012, da Instrução Normativa SLTI/MPOG nº 1, de 19 de janeiro de 2010, da Instrução Normativa SEGES/MPOG nº 5, de 26 de maio de 2017. DATA DE ABERTURA: NN DE MMMMMMMMO DE 2018 HORA: NN:00H (HORÁRIO DE BRASÍLIA) LOCAL: INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE, NA SEDE LOCALIZADA NA EQSW 103/104, BLOCO “C”, COMPLEXO ADMINISTRATIVO, BAIRRO SUDOESTE, BRASÍLIA, CEP 70670-350.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE · ... responsável perante o Poder Concedente ... serviços de apoio à visitação na Floresta Nacional de Canela, bem como da ... O Edital da presente

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Edital de Concorrência nº NN/NNNN ICMBio CONCESSÃO DE SERVIÇOS DE APOIO À VISITAÇÃO NA FLORESTA NACIONAL DE CANELA

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE

COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO

EQSW 103/104, Bloco “C”, Complexo Administrativo - Bairro Sudoeste - Brasília – CEP 70670-350

Edital

EDITAL DE CONCORRÊNCIA N° NN/NNNN ICMBio

CONCESSÃO DE SERVIÇOS DE APOIO À VISITAÇÃO NA FLORESTA NACIONAL DE CANELA (RS)

A União, por meio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade ICMBio – ICMBio, Autarquia Federal vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, criada pela Lei n° 11.516, de 28/08/2007, com sede e foro em Brasília/DF e Jurisdição em todo o território Nacional, por meio da Comissão Permanente de Licitação, designada pela Portaria nº 27, de abril de 2018, publicada no DOU de 27 de abril, de 2018, sediada no SHCSW/EQSW 103/104, Lote 01, Complexo Administrativo Sudoeste, Módulo “C”, Brasília – DF, torna público, por meio do presente EDITAL DE CONCORRÊNCIA nº NN/NNNN, as condições da licitação. A CONCESSÃO terá como critério de julgamento o MAIOR VALOR PERCENTUAL SOBRE A (RECEITA OPERACIONAL BRUTA – ROB), a fim de selecionar a melhor proposta para a celebração de contrato de concessão de serviços de apoio à visitação na Floresta Nacional de Canela, localizado integralmente no município de Canela, no Estado do Rio Grande do Sul, conforme condições, quantidades e exigências estabelecidas neste Edital e em seus anexos.

A presente licitação será regida pelas regras previstas neste Edital e seus anexos, e pela Lei Federal nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995 e suas alterações, e, subsidiariamente, pela Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993, Lei nº 11.771, de 17 de Setembro de 2018, e demais normas vigentes sobre a matéria, da Lei de Diretrizes Orçamentárias vigente, Decreto nº 7.746, de 05 de junho de 2012, da Instrução Normativa SLTI/MPOG nº 1, de 19 de janeiro de 2010, da Instrução Normativa SEGES/MPOG nº 5, de 26 de maio de 2017.

DATA DE ABERTURA: NN DE MMMMMMMMO DE 2018

HORA: NN:00H (HORÁRIO DE BRASÍLIA)

LOCAL: INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE, NA SEDE LOCALIZADA NA EQSW 103/104, BLOCO “C”, COMPLEXO ADMINISTRATIVO, BAIRRO SUDOESTE, BRASÍLIA, CEP 70670-350.

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CAPÍTULO 1 - DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS

Seção I – Das Definições

1.1. Para os fins deste Edital, e sem prejuízo de outras definições aqui estabelecidas, as expressões seguintes são assim definidas:

1.1.1. Adjudicatária: proponente (ou licitante) vencedor do processo licitatório.

1.1.2. Anexos: cada um dos documentos anexos ao Edital, seguido da sua denominação.

1.1.3. Comissão Permanente de Licitação: comissão instituída pelo ICMBio que será responsável por conduzir os procedimentos relativos à Concorrência, além de examinar e julgar todos os documentos.

1.1.4. Concessão: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para o seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado.

1.1.5. Concessionária: sociedade de propósito específico responsável pela execução do Contrato, constituída na forma de sociedade por ações pela Proponente vencedora da licitação, de acordo com leis brasileiras, com sede e administração no Brasil.

1.1.6. Concorrência: é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto (art. 22, §1º, Lei 8.666/93).

1.1.7. Contrato: Contrato de Concessão a ser celebrado entre o Poder Concedente e a Concessionária, nos termos do Anexo II – Minuta do Contrato de Concessão.

1.1.8. Documentos de Habilitação: conjunto de documentos arrolados no Edital, a ser obrigatoriamente apresentado pelas Proponentes e membros do Consórcio, conforme o caso, destinado a comprovar sua regularidade jurídica, fiscal, habilitação técnica e econômico-financeira.

1.1.9. Edital: é o presente documento que estipula as regras da concorrência, que uma vez estabelecidas, elas devem ser cumpridas, observando-se o princípio da vinculação ao instrumento convocatório. Juridicamente é a lei interna da licitação, uma ferramenta legal prevista no direito administrativo, que estipula as regras das modalidades de licitação, um documento que comunica uma resolução oficial de interesse público.

1.1.10. Empresa Líder do Consórcio: empresa indicada pela Proponente participante do certame na qualidade de consorciada, responsável perante o Poder Concedente pelo cumprimento das obrigações da Proponente contidas neste Edital, sem prejuízo da responsabilidade solidária das demais empresas consorciadas.

1.1.11. Fiscais do contrato: servidores designados para acompanhamento e monitoramento, técnico e administrativo, do contrato de concessão celebrado entre o Poder Concedente e a Concessionária.

1.1.12. Garantia de Execução Contratual: garantia do fiel cumprimento das obrigações do Contrato, a ser prestada pela Concessionária, e que poderá ser executada pelo ICMBio nas hipóteses previstas no Contrato.

1.1.13. ICMBio: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, entidade integrante da Administração Pública Federal indireta, submetida a regime autárquico especial, criada pela Lei Federal n° 11.516, de 28 de agosto de 2007.

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1.1.14. IPCA: Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

1.1.15. Outorga: percentual a ser repassado pela Concessionária ao Poder Concedente mensalmente sobre a receita bruta operacional, aferida também mensalmente.

1.1.16. Poder Concedente: a União Federal, representada pelo ICMBio, nos termos da Lei Federal n° 11.516, de 28 de agosto de 2007.

1.1.17. Projeto Básico: conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto da contratação, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução.

1.1.18. Proponente: qualquer pessoa jurídica, (inclusive entidades de previdência complementar e instituições financeiras), fundo de investimento ou entidade de previdência complementar participante da licitação, isoladamente ou em consórcio, de acordo com o disposto no edital.

1.1.19. Receitas Adicionais: receitas alternativas, acessórias ou complementares, obtidas pela Concessionária em decorrência de exploração de atividades econômicas realizadas na Floresta Nacional de Canela.

1.1.20. Receita Operacional Bruta: receitas financeiras totais decorrentes das operações de prestação de serviços de apoio à visitação na Floresta Nacional de Canela, bem como da venda de produtos de quaisquer tipos nos limites da área concessionada, sem a incidência de quaisquer tipos de deduções, descontos devoluções, abatimentos, impostos, contribuições, custos ou despesas operacionais.

1.1.21. Termo de Vistoria: documento emitido pelo ICMBio, a ser assinado pelas Partes antes do início da Concessão e ao seu término, com o inventário dos imóveis, infraestruturas, instalações e espaços vinculados aos serviços concessionados, informando o seu estado de conservação.

1.2. Exceto quando o contexto não permitir tal interpretação, as definições do Edital serão igualmente aplicadas em suas formas singular e plural.

Seção II – Do Objeto

1.3. O objeto do presente Contrato é a concessão de serviços de apoio à visitação, ao turismo ecológico, à interpretação ambiental e à recreação em contato com a natureza na Floresta Nacional de Canela (RS), nos termos do Anexo I – Projeto Básico, deste Edital. São serviços obrigatórios a serem desenvolvidos pela Concessionária:

1.3.1. Desenvolvimento de suporte gerencial.

1.3.2. Implantação de sistema de controle de acesso.

1.3.3. Venda de ingressos, com implantação de sistema de gestão, emissão e cobrança dos bilhetes.

1.3.4. Implantação e gestão de instalações, espaços e serviços de controle e cobrança de estacionamentos veiculares.

1.3.5. Implantação e gestão de instalações, espaços e serviços de receptivo.

1.3.6. Implantação e gestão de instalações, espaços e serviços de alimentação e comércio.

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1.3.7. Implantação e gestão de instalações, espaços e serviços de hospedagem.

1.3.8. Implantação e gestão de instalações, espaços e serviços de visitação em atrativos turísticos.

1.3.9. Implantação e gestão de instalações, espaços e serviços de apoio a atividade de recreação e aventura.

1.4. Cabe à Concessionária a adequação das estruturas físicas necessárias, em consonância com os requisitos contidos neste Edital e Anexos, a ser remunerada por meio da exploração dos referidos serviços e por Receitas Adicionais.

1.5. Não será facultada à Proponente a participação em um ou mais serviços separadamente, devendo o participante oferecer proposta global conforme Anexo VI – Modelo de Apresentação de Proposta Econômica e Declaração de Elaboração Independente de Proposta, deste Edital.

1.6. A Proponente que vencer o certame poderá explorar, mediante aprovação prévia do Poder Concedente, novos serviços e atrativos dentro da Unidade de Conservação, nos termos do Projeto Básico.

Seção III – Do Acesso ao Edital

1.7. O Edital da presente licitação, seus Anexos, bem como todas as informações, estudos e projetos disponíveis sobre a Floresta Nacional de Canela poderão ser obtidos:

1.7.1. Em mídia eletrônica, na sede do ICMBio, situado em Brasília/DF, na EQSW 103/104, Lote 01, Complexo Administrativo Sudoeste, Módulo “C”, Setor Sudoeste, CEP: 70.670-350, Brasília/DF, entre das datas NN/NN/20NN à NN/NN/20NN, de 9h às 18h, por meio de agendamento com a Comissão Permanente de Licitação pelos e-mails [email protected] ou [email protected] ou telefone (61) 2028-9415 e no endereço eletrônico do ICMBio http://www.icmbio.gov.br/portal/servicos/licitacoes/sede.

1.8. As empresas interessadas deverão obter o Edital pelos meios acima especificados, para garantia da autenticidade dos textos e de que estão em seu poder todos os documentos e os Anexos que compõem o Edital.

1.9. O ICMBio não se responsabiliza pelo texto e anexos de Editais obtidos ou conhecidos de forma ou em locais diversos dos indicados neste Edital.

1.10. A obtenção do Edital não será condição para participação na Concorrência, sendo suficiente, para tanto, o conhecimento e aceitação, pela Proponente, de todos os seus termos e condições.

1.11. São partes vinculantes ao presente Edital todos os seus Anexos, sendo que o Estudo de Viabilidade Econômico-Financeira (EVE) servirá unicamente como parâmetro para as Proponentes fazerem os seus próprios Estudos de Viabilidade Econômico-Financeira.

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Seção IV – Dos Esclarecimentos sobre o Edital

1.12. A Comissão Permanente de Licitação poderá prestar esclarecimentos sobre o Edital, de ofício ou a requerimento das Proponentes, que vincularão a interpretação de suas regras.

1.13. Os pedidos de esclarecimentos pelas Proponentes devem seguir o modelo apresentado no Anexo XVI – Modelo de Solicitação de Esclarecimentos da Concorrência, que deverão ser encaminhados à Comissão Permanente de Licitação, até 8 (oito) dias úteis antes da data estabelecida para a abertura da sessão, da seguinte forma:

1.13.1. Por meio eletrônico, pelos e-mails [email protected] ou [email protected] acompanhado do arquivo contendo as questões formuladas, em formato “.doc” ou “.docx”.

1.13.2. Por meio de correspondência protocolada no ICMBio, contendo as questões formuladas, impressa e em meio magnético, com o respectivo arquivo gravado em formato “.doc” ou “.docx”.

1.14. As respostas da Comissão Permanente de Licitação aos pedidos de esclarecimentos serão divulgadas no sítio eletrônico http://www.icmbio.gov.br/portal/servicos/licitacoes/sede, sem identificação da fonte do questionamento, até o último dia útil anterior ao certame.

1.15. O ICMBio não responderá questões que tenham sido formuladas de forma diferente da estabelecida no Edital.

1.16. Todas as respostas do ICMBio aos pedidos de esclarecimentos realizados nos termos deste item constarão de ata, que será parte integrante do procedimento licitatório, destacando que, os pedidos de esclarecimentos não impedirão ou suspenderão o prosseguimento desta licitação.

Seção V – Das Visitas Técnicas

1.17. As Proponentes poderão vistoriar a Floresta Nacional de Canela, especialmente a área objeto da licitação, em visitas técnicas que deverão ser agendadas diretamente na unidade de conservação, (NN) NNNN-NNNN.

1.18. As visitas técnicas ficam a critério das Proponentes, contudo, deverão ser realizadas até a data estabelecida para a entrega dos envelopes de habilitação.

1.19. Eventuais prejuízos em virtude de sua omissão na verificação da Floresta Nacional de Canela são de integral responsabilidade das proponentes.

Seção VI – Da Impugnação ao Edital

1.20. Eventual pedido de impugnação deste Edital deverá ser protocolado na sede do ICMBio, localizado na EQSW 103/104, Bloco C, Complexo Administrativo, Setor Sudoeste, Brasília/DF, CEP 70.670-350, até 5 (cinco) dias úteis antes da data estabelecida para a abertura da Sessão.

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1.21. Decairá do direito de impugnar os termos do Edital de licitação perante a administração o licitante que não o fizer no prazo previsto no item 1.20 deste Edital, hipótese em que tal comunicação não terá efeito de recurso.

1.22. A impugnação ao Edital deverá ser dirigida ao Presidente da Comissão Permanente de Licitação, em meio físico e eletrônico, entregue no ICMBio, de 2ª a 6ª feira, das 09h às 18h, em formato “.doc” ou “.docx”.

1.23. A impugnação deverá especificar a qual item faz referência ou indicar que se refere ao Edital como um todo.

1.24. A Comissão Permanente de Licitação deverá julgar e responder às eventuais impugnações, na forma da lei.

Seção VII – Das disposições Gerais

1.25. Todos os documentos da licitação, bem como as correspondências trocadas entre as Proponentes e o ICMBio deverão ser redigidos em língua portuguesa, sendo toda a documentação consultada e interpretada de acordo com este idioma.

1.26. Não serão considerados para efeito de avaliação e julgamento das propostas os documentos de origem estrangeira apresentados em outras línguas sem a autenticação junto às Repartições Consulares do Ministério das Relações Exteriores (MRE) no exterior e a devida tradução juramentada para a língua portuguesa.

1.26.1. Aos Países Signatários da Convenção sobre a Eliminação da Exigência de Legalização de Documentos Públicos Estrangeiros, firmada pela República Federativa do Brasil, em Haia, em 5 de outubro de 1961, aplicar-se-á o rito estabelecido no Decreto nº 8.660, de 29 de janeiro de 2016, naquilo que for aplicável, permanecendo a obrigação de tradução dos documentos por tradutor juramentado.

1.27. Exceto quando expressamente autorizado neste instrumento convocatório, os documentos deverão ser apresentados conforme os modelos constantes do Edital, quando houver.

1.28. Todas as referências de horário do presente Edital referem-se ao horário oficial de Brasília.

1.29. Todas as correspondências referentes ao Edital enviadas ao ICMBio serão consideradas como entregues na data do seu recebimento pelo ICMBio, mediante protocolo ou outra forma de confirmação de recebimento de mensagens, em caso de correspondência eletrônica.

1.30. As correspondências recebidas pelo ICMBio após as 18h, inclusive as correspondências dirigidas ao endereço eletrônico, serão consideradas como recebidas no dia útil imediatamente posterior.

1.31. Qualquer alteração no Edital será divulgada no Diário Oficial da União e no endereço eletrônico http://www.icmbio.gov.br/portal/servicos/licitacoes/sede.

1.32. Os documentos apresentados em meio eletrônico não poderão ter restrições de acesso ou proteção de conteúdo.

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1.33. Caso exista divergência entre as informações apresentadas em meio físico e eletrônico, prevalecerão as informações prestadas em meio físico.

1.34. As informações, estudos, pesquisas, investigações, levantamentos, projetos, planilhas e demais documentos ou dados, relacionados ao objeto da Concessão e à sua exploração, disponibilizados no sítio do ICMBio, foram realizados e obtidos para fins exclusivos de precificação da Concessão, não apresentando qualquer caráter vinculativo que responsabilize o Poder Concedente perante as Proponentes ou perante a futura Concessionária.

1.35. As Proponentes são responsáveis pela análise direta das condições da Floresta Nacional de Canela e de todos os dados e informações sobre a exploração da Concessão, bem como pelo exame de todas as instruções, condições, exigências, leis, decretos, normas, especificações e regulamentações aplicáveis à Concorrência e à Concessão, devendo arcar com seus respectivos custos e despesas, inclusive no tocante à realização de estudos, investigações, levantamentos, projetos e investimentos.

1.36. A participação no certame implica a integral e incondicional aceitação de todos os termos, disposições e condições do Edital e Anexos, da minuta do Contrato de Concessão e Anexos, bem como das demais normas aplicáveis à concorrência, ressalvado o disposto no §3º do Art. 41 da Lei 8.666 de 21 de junho de 1993.

CAPÍTULO 2 - DA COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO

2.1. A Concorrência será processada e julgada pela Comissão Permanente de Licitação – CPL, cabendo-lhe conduzir os trabalhos necessários à realização do certame.

2.2. A CPL poderá solicitar informações de quaisquer órgãos e entidades envolvidos nesta licitação, bem como de todos aqueles integrantes da Administração Pública Federal.

2.3. Além das prerrogativas que decorrem implicitamente da sua função legal, a Comissão Permanente de Licitação poderá:

2.3.1. solicitar às Proponentes, a qualquer momento, esclarecimentos sobre os documentos por elas apresentados, bem como adotar critérios de saneamento de falhas de caráter formal no curso da Concorrência, vedada a inclusão posterior de documento que deveria constar originariamente nos documentos apresentados pelas Proponentes, por meio dos envelopes;

2.3.2. promover diligência destinada a esclarecer e pedir informações complementares, confirmar a autenticidade das informações contidas nos documentos, ou a complementar a instrução da Concorrência; e

2.3.3. prorrogar os prazos de que trata o Edital em caso de interesse público, caso fortuito ou força maior, sem que caiba às Proponentes direito à indenização ou reembolso de custos e despesas a qualquer título, mediante prévia aprovação da Diretoria de Planejamento, Administração e Logística do ICMBio.

2.4. A recusa em fornecer esclarecimentos e documentos ou em cumprir as exigências solicitadas pela Comissão Permanente de Licitação, nos prazos por ela determinados e de acordo com os termos deste Edital,

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poderá ensejar a desclassificação da Proponente, mediante decisão fundamentada da referida Comissão, respeitada a ampla defesa e o contraditório.

CAPÍTULO 3 - DA PARTICIPAÇÃO NA CONCORRÊNCIA

3.1. Poderão participar da Concorrência, nos termos deste Edital, proponentes pessoas jurídicas brasileiras ou estrangeiras, isoladamente ou em Consórcio.

Seção I - Da Participação de Empresa Estrangeira

3.2. No caso de empresas estrangeiras em funcionamento no País, a licitante deverá apresentar Decreto de autorização e ato de registro ou autorização para funcionamento expedido pelo órgão competente, quando a atividade assim o exigir.

3.3. As Proponentes pessoas jurídicas estrangeiras deverão apresentar, tanto para a participação isolada como em Consórcio, os documentos equivalentes aos documentos para a habilitação, autenticados pela autoridade consular brasileira de seu país de origem, e traduzidos por tradutor juramentado.

3.4. As Proponentes pessoas jurídicas estrangeiras deverão apresentar declaração conforme modelo constante no ANEXO XIII – Modelo de Carta de Declaração de Equivalência, certificando a correlação entre os documentos administrativos legais e suas validades, normalmente exigidos em licitações no Brasil e os correspondentes no país de origem.

3.5. Os documentos de habilitação equivalentes devem ser apresentados de forma a possibilitar a análise acerca da sua validade e exigibilidade.

3.6. Na hipótese da inexistência de documentos equivalentes aos solicitados neste Edital ou de órgão(s) no país de origem que os autentique(m), deverá ser apresentada declaração, informando tal fato, por parte da Proponente, conforme modelo do ANEXO – XIV Modelo de Carta de Declaração de Inexistência de Documento Equivalente e Declaração de Inexistência de Débitos Fiscais e Trabalhistas.

3.6.1. Caso algum dos documentos exigidos neste Edital se enquadre na hipótese do item anterior, a declaração contida no ANEXO XIV – Modelo de Carta de Declaração de Inexistência de Documento Equivalente e de Declaração de Inexistência de Débitos Fiscais e Trabalhistas deverá ser acrescida da correspondente declaração de inexistência de débitos de natureza tributária e trabalhista exigíveis.

3.7. As Proponentes se responsabilizam civil, administrativa e penalmente pela veracidade das declarações acima referidas.

3.8. Considera-se Representante Legal das Proponentes pessoas jurídicas estrangeiras, a pessoa legalmente credenciada e domiciliada no Brasil, com poderes expressos, mediante procuração por instrumento público ou particular, com firma reconhecida como verdadeira por notário ou outra entidade de acordo com a legislação aplicável aos documentos, para receber citação e responder administrativa e judicialmente no Brasil, bem como para representá-la em todas as fases do processo, observado o disposto neste Edital e seus anexos, condições essas que deverão estar expressamente indicadas em seus documentos de habilitação jurídica.

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3.8.1. A procuração deverá ser emitida na língua oficial do país de origem da Proponente, devidamente consularizada, com tradução juramentada e registrada em Cartório de Registro de Títulos e Documentos. O modelo do ANEXO V – Modelo de Procuração (Proponentes Estrangeiras) pode ser utilizado para fins de atendimento deste item.

Seção II - Da Participação em Consórcio

3.9. As empresas que pretendam constituir consórcio deverão observar as normas constantes no art. 33, bem como os documentos elencados nos artigos 27 a 30, todos da Lei n° 8.666/93, e que atendam os seguintes requisitos:

3.9.1. Comprovação da intenção de constituição do Consórcio, por meio de compromisso público ou particular, conforme o ANEXO XX – Instruções para o Termo de Compromisso de Constituição de Sociedade de Propósito Específico, subscrito pelos consorciados e que o prazo de duração do consórcio deve, no mínimo, coincidir com o prazo de vigência do contrato.

3.9.2. Indicação da empresa líder do consórcio, que deverá ser aquela detentora da maior cota consorcial, a quem caberá a responsabilidade pelo desenvolvimento e gerenciamento dos serviços e responderá junto ao ICMBio por todas as obrigações contratuais previstas neste Edital e seus Anexos.

3.9.3. Para efeito de qualificação técnica, será aceito o somatório da capacidade técnica das empresas consorciadas.

3.9.4. Para efeito de qualificação econômico-financeira, será aceito o somatório dos valores de cada consorciado, na proporção de sua respectiva participação.

3.9.5. As empresas consorciadas não poderão apresentar, isoladamente ou integrando outro consórcio, cotação para a prestação do mesmo serviço que estiver sendo disputado pelo consórcio do qual faça parte.

3.9.6. Sendo o consórcio vencedor da licitação, deverá promover, para a celebração do contrato, no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias após a convocação para assinatura do contrato, a constituição e o registro em junta comercial do consórcio como Sociedade de Propósito Específico – SPE, sob pena de decair do direito à contratação, sem prejuízo das penalidades previstas neste Edital e no Anexo I – Projeto Básico.

3.9.6.1. Caso o prazo do item anterior não seja exequível, este poderá ser prorrogado pelo Poder Concedente mediante justificativa apresentada pela Concessionária.

3.9.7. As empresas consorciadas serão solidariamente responsáveis pelos atos praticados pela líder, tanto na fase de licitação quanto na execução do contrato.

3.9.8. Não há limite de número de participantes para constituição do consórcio.

3.9.9. A desclassificação de qualquer consorciado acarretará a automática desclassificação do Consórcio.

Seção III - Das Limitações à Participação

3.10. Não poderão participar desta Concorrência pessoas jurídicas, isoladamente ou em Consórcio, que:

3.10.1. Estejam suspensos de participar de licitação e impedidos de contratar com a União, durante o prazo da sanção aplicada.

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3.10.2. Tenham sido declarados inidôneos para licitar ou contratar com a Administração Pública, enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida sua reabilitação.

3.10.3. Tenham sido proibidos de contratar com o Poder Público, em razão do disposto no art.72, §8º, V, da Lei nº 9.605/98.

3.10.4. Tenham sido proibidos de contratar com o Poder Público, nos termos do art. 12 da Lei nº 8.429/92.

3.10.5. Estejam enquadrados nas vedações previstas no art. 9º da Lei nº 8.666/93.

3.10.6. Tenham sido condenadas, por sentença transitada em julgado, à pena de interdição de direitos devido à prática de crimes ambientais, conforme disciplinado no art. 10 da Lei nº 9.605, de 12.02.1998.

3.10.7. Tenham dirigentes ou responsáveis técnicos que sejam ou tenham sido ocupantes de cargo efetivo, emprego, ou cargo comissionado no ICMBio, no Ministério do Meio Ambiente, ou ocupantes de cargo de direção, assessoramento superior ou assistência intermediária da União, nos últimos 180 (cento e oitenta) dias anteriores à data da publicação do Edital.

3.10.8. Empresa cujos diretores, responsáveis legais ou técnicos, sócios ou membros de conselho consultivo de mais de 01 (uma) empresa que esteja participando desta licitação.

3.10.9. Possuir sanção administração, civil ou penal, transitada em julgado, referente ao objeto da Concessão.

CAPÍTULO 4 - DA DOCUMENTAÇÃO PARA O CREDENCIAMENTO

4.1. Todos os documentos deverão ser apresentados à Comissão Permanente de Licitação em sua forma original ou cópia autenticada, rubricados e, em envelopes lacrados.

4.2. As empresas que porventura não tiveram as propostas econômicas aceitas, terão 5 (cinco) dias para retirar o envelope lacrado. Após este prazo, os documentos serão descartados.

4.3. Cada Proponente ou cada Consórcio poderá ter até 2 (dois) Representantes Credenciados.

4.4. A comprovação dos poderes de representação se dará:

4.4.1. No caso de Proponentes que sejam empresas brasileiras, mediante instrumento de procuração que comprove poderes para praticar, em nome da Proponente, todos os atos referentes a Concorrência (incluindo os poderes de receber citação, representar a Proponente administrativa e judicialmente, fazer acordos e renunciar a direitos), nos moldes do modelo constante do ANEXO III – Modelo de Procuração, com firma reconhecida e acompanhado dos documentos que comprovem os poderes do(s) outorgante(s) (conforme última alteração arquivada no registro empresarial ou civil competente).

4.4.2. No caso de Proponentes em Consórcio, o instrumento de procuração mencionado no item anterior deverá ser outorgado pela Empresa Líder, com firma reconhecida, seguindo o modelo constante no ANEXO III – Modelo de Procuração, e será acompanhado de:

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4.4.2.1. Indicação da Empresa Líder como responsável pelos atos praticados pelo Consórcio perante o ICMBio.

4.4.2.2. Procurações outorgadas pelos consorciados à Empresa Líder, nos moldes do ANEXO IV – Modelo de Procuração (Proponentes em Consórcio), conferindo-lhe poderes expressos, irretratáveis e irrevogáveis para concordar com condições, transigir, compromissar-se, assinar quaisquer papéis, documentos e instrumentos de contratação relacionados com o objeto da Concorrência.

4.4.2.3. Documentos que comprovem os poderes de todos os outorgantes (conforme última alteração arquivada no registro empresarial ou civil competente).

4.4.2.4. Compromisso de Constituição de Sociedade de Propósito Específico, subscrito pelos consorciados, nos moldes do ANEXO XX – Instruções para o Termo de Compromisso de Constituição de Sociedade de Propósito Específico.

4.4.3. No caso de empresa estrangeira isoladamente, mediante apresentação de:

4.4.3.1. Instrumento de procuração outorgado a representante residente e domiciliado no Brasil, nos moldes do modelo do ANEXO V – Modelo de Procuração (Proponentes estrangeiras), que comprove poderes para:

(i) praticar, em nome da Proponente, todos os atos referentes à concorrência;

(ii) receber citação e representar a Proponente administrativa e judicialmente; e

(iii) fazer acordos e renunciar a direitos.

4.4.3.2. Documentos que comprovem os poderes dos outorgantes, com a(s) assinatura(s) devidamente reconhecida(s) como verdadeira(s) por entidade de acordo com a legislação aplicável aos documentos, reconhecidos pela representação consular brasileira, observado, quando for o caso, devidamente traduzidos para o português por tradutor público juramentado e registrado em Cartório de Títulos e Documentos (conforme última alteração arquivada no registro empresarial, civil competente ou exigência equivalente do país de origem).

4.4.3.3. Os Representantes Credenciados deverão assinar e reconhecer firma de todas as declarações e documentos referidos neste Edital.

4.4.3.4. Cada Representante Credenciado somente poderá exercer a representação de uma única Proponente.

CAPÍTULO 5 - DAS ETAPAS DA CONCORRÊNCIA

5.1. Com base na Lei nº 8.987 de 13 de fevereiro de 1995 e, visando maior eficiência no certame, as fases desta licitação serão as seguintes:

5.1.1. Credenciamento.

5.1.2. Da Proposta Econômica e da Habilitação.

5.1.3. Da Homologação e Adjudicação.

5.1.4. Dos Recursos Administrativos.

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5.2. O certame será realizado em ato público na data, horário e local indicados neste Edital, quando, após o credenciamento, deverão ser entregues à Comissão Permanente de Licitação os envelopes, conforme segue:

5.2.1. Envelope 1 – Proposta econômica, devidamente assinada, conforme modelo previsto no Anexo VI – Modelo de Apresentação de Proposta Econômica e Declaração de Elaboração Independente de Proposta.

5.2.2. Envelope 2 – Documentos de Habilitação.

5.2.3. Os envelopes deverão ser apresentados lacrados, distintos e identificados em sua capa, da seguinte forma:

CONCORRÊNCIA Nº NN /NNNN – CONCESSÃO DE SERVIÇOS DE APOIO À

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ENVELOPE 1 – PROPOSTA ECONÔMICA

DENOMINAÇÃO SOCIAL DA PROPONENTE OU DO CONSÓRCIO

NOME, TELEFONE E E-MAIL DOS REPRESENTANTES DA PROPONENTE OU DO CONSÓRCIO

CONCORRÊNCIA Nº – CONCESSÃO DE SERVIÇOS DE APOIO À

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ENVELOPE 2 – DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO E DECLARAÇÕES COMPLEMENTARES

DENOMINAÇÃO SOCIAL DA PROPONENTE OU DO CONSÓRCIO

NOME, TELEFONE E E-MAIL DOS REPRESENTANTES DA PROPONENTE OU DO CONSÓRCIO

5.3. Cada envelope deverá ser apresentado com todas as folhas numeradas sequencialmente, inclusive as folhas de separação, catálogos, desenhos ou similares, se houver, da primeira à última folha, de forma que a numeração da última folha do último caderno reflita a quantidade total de folhas do envelope, não sendo permitidas emendas, rasuras, entrelinhas ou ressalvas.

5.3.1. Cada envelope conterá página com termo de encerramento próprio, que não será numerada.

5.3.2. Encerrado o prazo para recebimento dos ENVELOPES, nenhum outro documento será aceito, assim como não se admitirão quaisquer adendos ou alterações nos documentos e propostas entregues.

5.4. A documentação constante nos envelopes deverá também ser disponibilizada em meio eletrônico, em formato conhecido, sem restrições de acesso ou proteção de conteúdo, com teor idêntico ao apresentado em meio físico, pois será solicitada em tempo oportuno pela CPL.

5.5. Caso exista divergência entre as informações apresentadas em meio físico e eletrônico, prevalecerão as informações prestadas em meio físico.

5.6. As Proponentes deverão rubricar sobre o lacre de cada um dos envelopes, inserindo ao lado da rubrica, de próprio punho, a sua data e hora.

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Seção I – Da Proposta Econômica

5.7. Após o credenciamento conforme previsto no Edital e seus anexos, será procedida a abertura do Envelope 1 relativo a Proposta Econômica:

5.7.1. O julgamento das propostas será realizado pelo MAIOR PERCENTUAL de outorga ofertado, observado o atendimento das especificações estabelecidas neste Edital e seus Anexos.

5.7.2. A proposta deverá apresentar o MAIOR PERCENTUAL de outorga, respeitado o percentual mínimo de 3% (três porcento) sobre a Receita Operacional Bruta prevista a ser realizada, conforme modelo no Anexo VI – Modelo de Apresentação de Proposta Econômica e Declaração de Elaboração Independente de Proposta deste Edital, sob pena de desclassificação.

5.7.3. O valor do PERCENTUAL DE OUTORGA (%) a ser pago mensalmente ao Poder Concedente, deverá ser apresentado em algarismos e por extenso com, no máximo, 2 (duas) casas decimais.

5.7.4. Havendo discordância entre os números por extenso e em algarismos prevalecerá o primeiro.

5.7.5. A proposta econômica apresentada deverá ter validade de 120 (cento e vinte) dias, contados da data de sua apresentação, podendo este prazo ser prorrogado uma única vez por igual período, mediante solicitação do ICMBio e, deverão ser incondicionais, irretratáveis e irrevogáveis.

5.7.6. Em caso de empate na proposta econômica, o desempate será decidido por sorteio, de acordo com o §2° do artigo 45 da Lei n° 8.666/93.

5.7.7. O julgamento das propostas poderá ocorrer na mesma seção pública em que se dará a abertura dos envelopes ou, se necessário, em função da complexidade dos documentos ou de seu grande número, em sessão reservada, na qual apenas participará a comissão e, quando for o caso, seus assessores.

5.7.8. Após a etapa do empate/desempate ficto (se houver), o proponente interessado em recorrer, deverá fazê-lo no prazo de até 05 (cinco) dias úteis, contados da intimação da decisão.

5.7.9. Eventuais falhas na entrega ou defeitos formais nos documentos poderão ser sanadas, nos termos do item 2.3.1 deste Edital, conforme procedimento e prazo a ser definido pela Comissão Permanente de Licitação. Considera-se falha ou defeito formal aquela que (i) não desnature o objeto substancial do documento apresentado, e que (ii) não impeça aferir, com a devida segurança, a informação constante do documento.

Seção II – Da Habilitação

5.8. Será procedida a abertura do Envelope 2 – Documentos de Habilitação e Declarações Complementares da empresa que apresentar proposta econômica com maior percentual de outorga.

5.9. Os documentos de habilitação deverão ser apresentados conforme modelo constante do Anexo VII – Modelo de Carta de Apresentação dos Documentos de Habilitação.

5.10. As Proponentes estrangeiras deverão apresentar, tanto para a participação isolada como em Consórcio, os documentos equivalentes aos exigidos nesse Edital.

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Subseção I – Da Habilitação Jurídica

5.11. A Proponente deverá apresentar os documentos a seguir listados, inclusive no tocante aos membros de Consórcio, quando houver:

5.11.1. Estatuto ou Contrato Social, acompanhado de prova dos administradores em exercício, devidamente registrados na Junta Comercial ou Cartório de Registro competentes.

5.11.2. Certidão expedida pela Junta Comercial ou Cartório de Registro competente, com as informações atualizadas sobre o registro da empresa.

5.11.3. No caso de pessoas jurídicas estrangeiras em funcionamento no Brasil, será exigido, adicionalmente, decreto de autorização e ato de registro ou autorização para funcionamento expedido pelo órgão competente, quando a atividade assim o exigir.

5.12. As pessoas jurídicas estrangeiras, que participarem isoladamente ou reunidas em Consórcio, que não funcionem no Brasil, deverão apresentar a documentação prevista nesta Subseção, em conformidade com a legislação de seu país de origem, devendo apresentar, adicionalmente, declaração expressa de que se submete à legislação brasileira e que renuncia a qualquer reclamação por via diplomática, conforme previsto no Anexo X – Modelo de Declaração Formal de Expressa Submissão à Legislação Brasileira e de Renúncia de Reclamação por via Diplomática.

Subseção II – Da Habilitação Econômico-financeira

5.13. Proponente deverá apresentar os documentos a seguir listados, inclusive no tocante aos membros de Consórcio, quando houver:

5.13.1. Para qualquer tipo de sociedade empresária: certidão negativa de pedido de falência, recuperação judicial e extrajudicial, expedida pelo distribuidor judicial da Comarca (Varas Cíveis) da cidade onde a empresa for sediada, com data de, no máximo, 120 (cento e vinte) dias anteriores à data da Sessão Pública da Concorrência.

5.13.2. Para sociedades simples: Certidão expedida pelo distribuidor judicial das Varas Cíveis em geral (Execução Patrimonial) da Comarca onde a empresa está sediada, datada de, no máximo, 120 (cento e vinte) dias anteriores à data da Sessão Pública da Concorrência.

5.13.3. Balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último exercício social, já exigíveis e apresentados na forma da lei, que comprovem a boa situação financeira da empresa, vedada a sua substituição por balancetes ou balanços provisórios, podendo ser atualizados por índices oficiais quando encerrado há mais de 3 (três) meses da data de apresentação da proposta.

5.13.3.1. No caso de empresa constituída no exercício social vigente, admite-se a apresentação de balanço patrimonial e demonstrações contábeis referentes ao período de existência da sociedade.

5.13.4. A comprovação da boa situação financeira da empresa se dará mediante obtenção de índices de Liquidez Geral (LG), Solvência Geral (SG) e Liquidez Corrente (LC) superiores a 1 (um), obtidos pela aplicação das seguintes fórmulas:

LG = (Ativo circulante + Realizável a longo prazo) / (Passivo circulante + Passivo não circulante)

SG = Ativo total / (Passivo circulante + Passivo não circulante)

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LC = Ativo circulante / Passivo circulante

5.13.5. Se qualquer dos índices do item anterior for inferior a 1 (um), a CPL poderá requerer das empresas a apresentação de documentos complementares para comprovação da qualificação econômico-financeira, por meio de:

5.13.5.1. Comprovação de Capital Circulante Líquido (CCL) ou Capital de Giro (Ativo Circulante Passivo Circulante) de, no mínimo, 16,66% (dezesseis inteiros e sessenta e seis centésimos por cento) do valor estimado para a contratação, tendo por base o balanço patrimonial e as demonstrações contábeis do último exercício social; ou

5.13.5.2. Comprovação de patrimônio líquido de 10% (dez por cento) do valor estimado da contratação, por meio da apresentação do balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último exercício social, apresentados na forma da lei, vedada a substituição por balancetes ou balanços provisórios, podendo ser atualizados por índices oficiais quando encerrados há mais de 3 (três) meses da data da apresentação da proposta.

5.14. Comprovação, por meio de declaração, de contratos firmados com a iniciativa privada e a Administração Pública, conforme Anexo XV – Modelo de Declaração de Contratos Firmados com a iniciativa Privada e a Administração Pública, que o comprometimento com as obrigações já assumidas é compatível com o Patrimônio Líquido do licitante ou do consórcio, podendo este ser atualizado na forma já disciplinada neste Edital.

5.14.1. A declaração de que trata a condição acima deverá ser acompanhada da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) relativa ao último exercício social.

5.14.2. A capacidade de assunção das obrigações poderá ser complementada com a comprovação de linhas de crédito aprovadas em instituições financeiras.

5.15. A Proponente e, no caso de Consórcio, deverá declarar que dispõe ou tem capacidade de obter recursos financeiros suficientes para cumprir as obrigações de aporte de recursos próprios e de terceiros necessários à consecução do objeto desta Concessão, nos termos do Anexo XI – Modelo de Declaração de Capacidade Financeira.

Subseção III – Da Regularidade Fiscal e Trabalhista

5.16. A Proponente deverá apresentar os documentos a seguir listados, inclusive no tocante aos membros de Consórcio, quando houver:

5.16.1. Prova de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica do Ministério da Fazenda - CNPJ/MF.

5.16.2. Certificado de Regularidade perante o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS, que esteja dentro do prazo de validade nele atestado.

5.16.3. Prova de regularidade fiscal perante a Fazenda Nacional, mediante a apresentação de certidão de débitos relativos aos tributos federais e à dívida ativa da União, que abranja os tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), a Dívida Ativa da União administrada pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGNF) e as contribuições sociais previstas nas alíneas “a” a “d” do parágrafo único do artigo 11 da Lei 8.212, de 24 de julho de 1991.

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5.16.4. Certidão Negativa de Débito, ou Certidão positiva com efeito negativo referente à Contribuição Previdenciária e às de terceiros, expedida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), da sede da licitante.

5.16.5. Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas, expedida conforme Lei nº 8.666/1993 (com a redação dada pela Lei Federal nº 12.440/2011), da Resolução Administrativa nº 1470/2011, do Tribunal Superior do Trabalho.

5.17. Caso alguma certidão apresentada seja positiva, e nela não esteja consignada a situação atualizada do processo, deverá estar acompanhada de prova de quitação e/ou de certidões que tragam a situação atualizada da ação ou dos procedimentos administrativos adotados para a regularização fiscal, com prazo de, no máximo, 90 (noventa) dias anteriores à data da Sessão Pública da Concorrência.

Subseção IV – Da Habilitação Técnica

5.18. Para fins de habilitação, as proponentes deverão comprovar qualificação técnica com no mínimo 3 (três) anos de operação, apenas quanto à atividade de cobrança de ingressos (a parte de bilhetagem, objeto principal da presente concessão) por meio de Atestado(s) de Capacidade Técnica (declaração ou certidão), fornecido(s) por pessoa(s) jurídica(s) de direito público ou privado, declarando ter a empresa prestado ou estar prestando serviços compatíveis ou semelhantes com os serviços descritos neste item.

5.19. O(s) Atestado(s) deverão referir-se a serviços prestados no âmbito de sua atividade econômica principal ou secundária especificadas no contrato social vigente.

5.20. Somente serão aceitos atestados expedidos após a conclusão do contrato ou se decorrido pelo menos um ano do início de sua execução, exceto se firmado para ser executado em prazo inferior.

5.21. A Proponente disponibilizará todas as informações necessárias à comprovação da legitimidade dos atestados. A Comissão poderá solicitar, dentre outros documentos, cópia do contrato, notas fiscais, notas de empenho para dirimir possíveis dúvidas quanto ao(s) atestado(s) apresentados.

Subseção V – Da Documentação Complementar

5.22. As Proponentes deverão apresentar declarações complementares, conforme os modelos constantes dos Anexos ao Edital:

5.22.1. Anexo VIII – Modelo de Declaração de Ciência dos Termos do Edital e Ausência de Impedimento de Participação na Concorrência; dando ciência do conhecimento de todas as exigências previstas no Edital e seus anexos, assim como não incidem nas hipóteses de limitação à participação ao certame.

5.22.2. Anexo IX – Modelo de Carta de Declaração de Inexistência de Processo Falimentar, Recuperação Judicial, Extrajudicial ou Regime de Insolvência que não se encontram em processo de falência, autofalência, recuperação judicial ou extrajudicial, liquidação judicial ou extrajudicial, insolvência, administração especial temporária ou sob intervenção do órgão fiscalizador competente.

5.22.3. Anexo XII – Modelo de Declaração de Regularidade ao Artigo 7º, XXXIII, da Constituição Federal, dando ciência que cumprem ao disposto no art. 7º, XXXIII, da Constituição Federal, que inclui entre os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais a proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a

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menores de dezoito anos e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos.

5.22.4. Comprovante a regularidade no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores – SICAF, cuja confirmação da regularidade se dará mediante consulta “on line”, no ato da abertura do certame.

5.23. Será habilitada a proposta econômica com maior Percentual de Outorga e Documentos de Habilitação e Declarações Complementares de acordo com a totalidade das exigências estabelecidas na legislação aplicável e, ainda, às condições e termos previstos neste Edital.

5.24. Será inabilitada do certame a Proponente que apresentar os documentos de Habilitação e Declarações Complementares em desconformidade com o exigido neste Edital e seus Anexos.

5.25. O Envelope II – Documentação de Habilitação e Declarações Complementares permanecerá lacrado e será devolvido aos licitantes desclassificados, após o prazo recursal do resultado da concorrência.

5.25.1. Os envelopes não retirados no prazo de 30 (trinta) dias serão destruídos pela Comissão Permanente de Licitação.

5.26. Ao final de cada sessão será lavrada ata circunstanciada, assinada pelos Membros da Comissão Permanente de Licitação e pelos Representantes das empresas licitantes presentes.

Seção III – Da Homologação e Adjudicação

5.27. Transcorrido o prazo recursal da fase de habilitação sem interposição de recurso ou após o julgamento de todos os recursos interpostos ou, ainda, existindo a desistência expressa de todos os proponentes quanto ao direito de recorrer e/ou decididos os recursos eventualmente interpostos, o resultado do julgamento será submetido, por meio de ata circunstanciada, à autoridade competente para homologação e adjudicação do objeto à Proponente vencedora.

5.28. O ato de homologação e adjudicação será publicado no DOU e no sítio eletrônico do ICMBio. Após a homologação/adjudicação da licitação, a proponente vencedora será convocada para assinar o instrumento contratual, de acordo com o previsto neste Edital.

Seção IV – Dos Recursos Administrativos

5.29. Os recursos serão dirigidos ao Presidente da Comissão Permanente de Licitação por escrito e entregues, exclusivamente, no Protocolo do ICMBio, no endereço constante neste Edital.

5.30. Caberão recursos, no prazo de até 5 (cinco) dias úteis a contar da intimação do ato ou lavratura da ata, nos casos de habilitação ou inabilitação das Proponentes, julgamento das propostas, anulação ou revogação da licitação, nos termos do art. 109 da Lei n° 8.666/93.

5.31. Interposto o recurso administrativo, os demais proponentes poderão interpor contrarrazões de recurso, também no prazo de até 5 (cinco) dias úteis.

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5.32. Os recursos referentes às fases de habilitação e julgamento das propostas terão efeitos suspensivos, podendo a autoridade competente, motivadamente e, atendendo razões de interesse público, atribuir eficácia suspensiva aos demais.

5.33. O recurso deverá ser identificado como segue:

RECURSO ADMINISTRATIVO

CONCORRÊNCIA Nº NN/NNNN

CONCESSÃO DE SERVIÇOS DE APOIO À VISITAÇÃO NA FLORESTA NACIONAL DE CANELA

A/C da Presidência da Comissão Permanente de Licitação

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

5.34. A interposição de recurso será comunicada às demais proponentes, que poderão impugná-lo no prazo de até 05 (cinco) dias úteis, contados da intimação do ato.

5.35. Os recursos somente serão admitidos quando subscritos por representante(s) legal(is), representantes credenciados, procurador com poderes específicos ou qualquer pessoa substabelecida em tais poderes específicos, desde que instruídos com demonstração dos poderes.

5.36. Não serão conhecidos os recursos cuja petição tenha sido apresentada fora do prazo e/ou subscrita por procurador não habilitado legalmente no processo para responder pela licitante.

5.37. Não serão aceitos os recursos enviados por meio eletrônico (e-mail).

5.38. Concluídos os julgamentos dos eventuais recursos, o resultado será publicado no DOU e divulgado no sítio eletrônico do ICMBio.

Seção V – Da Descrição dos Eventos

5.39. O desenvolvimento das etapas desta Concorrência observará a ordem de eventos e cronograma indicados na tabela a seguir. Eventuais modificações de datas serão divulgadas no sítio www.icmbio.gov.br:

Eventos Descrição dos Eventos

1 Publicação do Edital.

2 Prazo para solicitação de esclarecimentos ao Edital.

3 Divulgação dos esclarecimentos ao Edital.

4 Termo final do prazo para impugnação ao Edital.

5 Sessão pública de Concorrência a ser realizada no ICMBio com o credenciamento e a apresentação das Declarações Complementares.

6 Abertura do Envelope I das Propostas Econômicas com o maior percentual de Outorga e, em seguida, do Envelope II soa documentos de habilitação da Proponente declarada vencedora.

7 Publicação da ata de julgamento relativa à análise dos documentos de proposta econômica das Proponentes habilitadas.

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8 Prazo para vista de documentos referentes ao julgamento de proposta econômica e documentos de habilitação apenas da Proponente declarada vencedora.

9 Prazo para interposição dos recursos de que trata a Seção V – Dos Recursos Administrativos.

10 Publicação do julgamento dos recursos.

11 Homologação do resultado e adjudicação do objeto pela Diretoria de Planejamento, Administração e Logística do ICMBio.

12 Convocação do Adjudicatário para a celebração do Contrato de Concessão.

CAPÍTULO 6 - DO CONTRATO DE CONCESSÃO

Seção I - Da Celebração do Contrato de Concessão

6.1. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade convocará a adjudicatária para assinar o Contrato, a qual terá o prazo de até 45 (quarenta e cinco) dias, a contar do recebimento da notificação, sob pena de decair do direito à contratação, sem prejuízo das penalidades previstas neste Edital.

6.2. Para o fiel cumprimento das obrigações assumidas será firmado Contrato com vigência de 15 (quinze) anos, improrrogáveis, contados a partir da assinatura do contrato.

6.3. A recusa da Concessionária regularmente convocada a assinar o Contrato no prazo previsto no item 6.1, sem o cumprimento das exigências previstas neste Edital, e sem justificativa aceita pelo ICMBio, ocasionará:

6.3.1. a aplicação de multa correspondente a 5% (cinco por cento) do Valor Total do Contrato;

6.3.2. O impedimento de a Adjudicatária Proponente individual, ou, no caso de Consórcio, de todas as empresas membro, em participar de novas licitações e em contratar com o ICMBio pelo prazo de 2 (dois) anos; e

6.3.3. a convocação, a critério do ICMBio, das Proponentes remanescentes, na ordem de classificação, para fazê-lo nos prazos e nas condições ofertados pela adjudicatária ou a revogação da presente licitação.

Seção II - Da Garantia de Execução Contratual

6.4. Como Garantia Integral (GI) de todas as obrigações assumidas, a Concessionária prestará, no prazo de 30 (trinta) dias da assinatura do instrumento contratual, prorrogáveis mediante justificativa, garantia no valor correspondente a 5% (cinco por cento) do Valor Total do Contrato (valor dos investimentos somado ao valor da outorga devida ao Poder Concedente, para todo o prazo da concessão, estimados no Estudo de Viabilidade Econômico-Financeira – EVE apresentado pelo Poder Concedente), conforme o disposto no art. 56, §2°, da Lei n° 8.666/93.

6.4.1. A garantia a ser prestata será proporcionalmente reduzido na medida em que o objeto do contrato for executado, percentualmente, com adicional de 5% (cinco por cento), até o limite de 20% (vinte porcento) da Garantia Integral (GI), calculado a partir das seguintes expressões matemáticas:

SE (% de execução financeira) < 80%, ENTÃO:

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Garantia a ser prestada = [(100% – (% de execução financeira) x 1,05] * GI

SE (% de execução financeira) > 80%, ENTÃO:

Garantia a ser prestada = 20% * GI

6.4.1. As reduções do valor da garantia ocorrerão a cada 12 (doze) meses, a partir da data da primeira garantia, quando se fará a renovação da garantia vigente.

6.4.2. Quando da renovação da garantia contratual, a Concessionária deverá comprovar o que foi executado (investimentos mais outorga), solicitando ao Poder Concedente o novo valor base.

6.4.2.1. Em relação aos investimentos, o valor realizado será aquele constante nos documentos de aceite de obras relativos aos 12 (doze) meses anteriores.

6.4.2.2. Em relação a outorga, o valor realizado será o somatório das Guias de Recolhimento da União – GRU referentes aos pagamentos dos 12 (doze) meses anteriores.

6.5. É obrigação da Concessionária prestar Garantia de Execução Contratual em uma das seguintes modalidades, definida a seu critério, a fim de assegurar o cumprimento das obrigações constantes no presente Contrato:

6.5.1. caução, em dinheiro ou títulos da dívida pública federal;

6.5.2. seguro-garantia; ou

6.5.3. fiança bancária.

6.6. A Concessionária se compromete a manter em vigor a Garantia de Execução Contratual nos valores e prazos estabelecidos neste Contrato, sob qualquer uma das formas previstas no item anterior, tendo como beneficiária o ICMBio.

6.7. Fica a Concessionária obrigada a manter a integridade da Garantia de Execução Contratual durante toda a vigência do Contrato, estando obrigada também, independentemente de prévia notificação para constituição em mora, a:

6.7.1. Renovar o prazo de validade das modalidades que se vencerem na vigência do Contrato, comprovando a sua renovação ao ICMBio em até 30 (trinta) dias antes de seu termo final;

6.7.2. Repor os valores porventura utilizados para cobertura de quaisquer obrigações de pagamento abrangidas pela Garantia de Execução Contratual no prazo de 30 (trinta) dias contados a partir da efetiva utilização, independente de disputa/discussão, judicial ou administrativa, de dolo ou culpa;

6.7.3. Responder pela diferença de valores, na hipótese de a Garantia de Execução Contratual não ser suficiente para cobrir o valor de todas as obrigações de pagamento por ela abrangidas, podendo ser cobrada por todos os meios legais admitidos; e

6.7.4. Submeter à prévia aprovação do ICMBio eventual modificação no conteúdo da carta de fiança ou do seguro-garantia, bem como eventual substituição da Garantia de Execução Contratual por quaisquer das modalidades admitidas.

6.8. A caução em dinheiro deverá ser prestada mediante depósito em conta a ser designada pelo ICMBio.

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6.9. A caução em títulos da dívida pública federal deverá ser prestada por títulos emitidos sob a forma escritural, mediante registro em sistema centralizado de liquidação e de custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil e avaliados pelos seus valores econômicos, conforme definido pelo Ministério da Fazenda.

6.10. As cartas de fiança e as apólices de seguro-garantia deverão ter vigência mínima de 1 (um) ano, sendo de inteira responsabilidade da Concessionária mantê-las em vigor, de forma ininterrupta, durante toda a eficácia da Concessão, devendo para tanto promover as renovações e atualizações que forem necessárias.

6.10.1. A contratação do seguro-garantia deverá ser feita com seguradora e resseguradora autorizadas pela Superintendência de Seguros Privados SUSEP, entidade vinculada ao Ministério da Fazenda.

6.10.2. É vedado o cancelamento da Apólice de Seguro-Garantia por falta de pagamento total ou parcial do prêmio.

6.10.3. Caso venha a ser declarada a caducidade da Concessão, o Poder Concedente poderá executar a apólice de seguro-garantia para ressarcimento de eventuais prejuízos.

6.10.4. As questões judiciais que se apresentem, entre Seguradora e Segurado, serão resolvidas na jurisdição de domicílio do Segurado.

6.11. Caso se opte por contratação de fiança bancária, esta deverá: (i) ser apresentada em sua forma original (não serão aceitas cópias de qualquer espécie), (ii) ter seu valor expresso em Reais, (iii) nomear o Poder Concedente como beneficiário, (iv) ser devidamente assinada pelos administradores da instituição financeira fiadora e (v) prever a renúncia ao benefício de ordem.

6.11.1. O Banco Fiador e a Afiançada não poderão alterar qualquer dos termos da Fiança sem a prévia e expressa autorização do Poder Concedente.

6.11.2. Na hipótese de o Poder Concedente ingressar em juízo para demandar o cumprimento da obrigação a que se refere a presente Carta de Fiança, fica o Banco Fiador obrigado ao pagamento das despesas judiciais ou extrajudiciais.

6.11.3. A Carta de Fiança deve conter expressamente: (i) o capital social do Banco Fiador; e (ii) declaração que o Banco Fiador está autorizado pelo Banco Central do Brasil a expedir cartas de fiança.

6.12. A Garantia de Execução Contratual poderá ser utilizada nos seguintes casos:

6.12.1. Nas hipóteses em que a Concessionária não realizar as obrigações previstas no Edital e seus anexos;

6.12.2. Na hipótese de devolução de Bens Reversíveis em desconformidade com as exigências estabelecidas no Contrato;

6.12.3. Nas hipóteses em que a Concessionária não proceder ao pagamento das multas que lhe forem aplicadas, na forma do Contrato e de normas do ICMBio;

6.12.4. Nas hipóteses em que a Concessionária não efetuar, no prazo devido, o pagamento de outras indenizações ou obrigações pecuniárias devidas ao Poder Concedente em decorrência do Contrato, ressalvados os tributos.

6.13. Se, após transcurso dos prazos previstos no Contrato, a Concessionária ainda não tiver sanado todas as irregularidades relacionadas à Garantia de Execução Contratual, o Poder Concedente poderá contratar a

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Garantia de Execução Contratual em lugar e às expensas da Concessionária, sem prejuízo da aplicação da penalidade.

Seção III – Do Seguro

6.14. A contratada deverá fazer em companhia seguradora idônea e apresentar ao ICMBio, na data da assinatura do contrato, seguro contra riscos até o final da concessão, com as seguintes especificações:

6.14.1. Apólice de Seguro de Riscos Nomeados:

6.14.1.1. COBERTURA BÁSICA: incêndio, raio e explosão de qualquer natureza – VALOR EM RISCO: R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais).

6.14.1.2. COBERTURAS ACESSÓRIAS: danos elétricos – VALOR EM RISCO: R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais).

6.14.2. A vigência das apólices deverá ser de no mínimo 12 (doze) meses, sendo renovada anualmente até o prazo final da concessão.

6.14.3. As apólices apresentadas deverão possuir registro junto à Superintendência Nacional de Seguros Privados.

6.14.4. Em caso de sinistros não cobertos pelo seguro contratado, a Concessionária responderá pelos danos e prejuízos que, eventualmente, causar à coisa pública ou propriedade ou posse de terceiros, em decorrência da execução do contrato.

Seção IV – Das Disposições Gerais do Contrato de Concessão

6.15. A vigência do Contrato será pelo prazo de 15 (quinze) anos, improrrogáveis, contados a partir da data de sua assinatura.

6.16. O Valor Total do Contrato é de R$ 00.000.000,00 (valor por extenso), estimado como valor dos investimentos somado ao valor da outorga devida ao Poder Concedente, para todo o prazo da concessão, estimados no Estudo de Viabilidade Econômico-Financeira – EVE apresentado pelo Poder Concedente.

6.17. O valor do ingresso de acesso à Floresta Nacional de Canela e os preços praticados na exploração dos serviços serão reajustadas conforme os critérios, prazos e índices previstos no Anexo II – Minuta do Contrato.

6.18. Os bens reversíveis vinculados à Concessão referem-se aos imóveis, infraestruturas, instalações e espaços disponibilizados pelo Poder Concedente para suporte aos serviços concessionados.

6.19. O exercício social da Concessionária e o exercício financeiro do Contrato coincidirão com o ano civil.

6.20. A lei aplicável ao Contrato será a brasileira, com os seus princípios informadores, não sendo admitida qualquer menção a direito estrangeiro ou internacional, nem mesmo como meio de interpretação.

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CAPÍTULO 7 - DAS PENALIDADES

Seção I – Das Penalidades no Decorrer do Procedimento Licitatório

7.1. Comete infração administrativa o licitante que:

7.1.1. Não assinar o termo de contrato ou aceitar/retirar o instrumento equivalente, quando convocado dentro do prazo de validade da proposta.

7.1.2. Apresentar documentação falsa.

7.1.3. Deixar de entregar os documentos exigidos no certame.

7.1.4. Ensejar o retardamento da execução do objeto.

7.1.5. Não mantiver a proposta.

7.1.6. Cometer fraude fiscal.

7.1.7. Comportar-se de modo inidôneo.

7.2. Considera-se comportamento inidôneo, entre outros, a declaração falsa quanto às condições de participação, quanto ao enquadramento como ME/EPP ou o conluio entre os licitantes, em qualquer momento da licitação, mesmo após o encerramento da fase de lances.

7.3. O adjudicatário que cometer qualquer das infrações discriminadas nos subitens anteriores ficará sujeito, sem prejuízo da responsabilidade civil e criminal, às seguintes sanções:

7.3.1. Multa de até 5% (cinco por cento) sobre o valor estimado do contrato de concessão pela conduta do licitante.

7.3.2. Impedimento de licitar e de contratar com a União e descredenciamento no SICAF, pelo prazo de até cinco anos.

7.4. A penalidade de multa pode ser aplicada cumulativamente com a sanção de impedimento.

7.5. A aplicação de qualquer das penalidades previstas realizar-se-á em processo administrativo que assegurará o contraditório e a ampla defesa ao licitante/adjudicatário, observando-se o procedimento previsto na Lei nº 8.666, de 1993, e subsidiariamente na Lei nº 9.784, de 1999.

7.6. A autoridade competente, na aplicação das sanções, levará em consideração a gravidade da conduta do infrator, o caráter educativo da pena, bem como o dano causado à Administração, observado o princípio da proporcionalidade.

7.7. As penalidades serão obrigatoriamente registradas no SICAF.

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Seção II – Das Penalidades no Decorrer da Execução Contratual

7.8. As penalidades por atos praticados no decorrer da execução contratual estão disciplinadas no Anexo 1 - Projeto Básico, deste Edital.

Seção III – Dos critérios de sustentabilidade ambiental

7.9. A Concessionária deverá adotar como boas práticas na prestação dos serviços a serem desempenhados por intermédio de seus profissionais nas atividades diárias e nas atividades empresariais:

7.9.1. A otimização de recursos materiais.

7.9.2. A redução de desperdícios materiais, energia e água por parte de seus profissionais no desempenho das atividades diárias.

7.9.3. Elaborar e manter um programa intenso de treinamento de seus empregados para redução de consumo de energia elétrica, consumo de água e redução de produção de resíduos sólidos, observadas as normas ambientais vigentes.

7.9.4. Receber, do Poder Concedente, informações a respeito dos programas de uso racional dos recursos que impactem o meio ambiente e, no caso das unidades de conservação, cópia dos seus respectivos planos de manejo.

7.9.5. Responsabilizar-se pelo preenchimento do “Formulário de Ocorrências para Manutenção”, a ser fornecido pelo Poder Concedente, a fim de informar prováveis e reais ocorrências. Exemplo de ocorrências mais comuns e que devem ser apontadas são: vazamentos nas torneiras ou nos lavatórios; lâmpadas queimadas ou piscando; fios desencapados; janelas, fechaduras ou vidros quebrados; aparelhos eletrônicos ligados e que estejam em desuso, entre outras.

7.9.6. Racionalização/economia no consumo de energia (especialmente elétrica) e água.

7.9.7. Destinação adequada dos resíduos gerados nas atividades diárias.

7.9.8. Instruir os profissionais quanto ao cumprimento da coleta seletiva e do Programa de Coleta Seletiva de Resíduos Sólidos adotado por este ICMBio, em especial aos recipientes adequados para a coleta seletiva, disponibilizados nas dependências dos seus Órgãos e Unidades Descentralizadas.

7.10. O licitante deverá apresentar Declaração de Sustentabilidade Ambiental, cujo modelo da Declaração constará como Anexo XXIII – Declaração de Sustentabilidade Ambiental deste Edital.

CAPÍTULO 8 - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

8.1. Na hipótese de o ICMBio vir a tomar conhecimento, após a fase de habilitação, de que qualquer documento apresentado por uma Proponente era falso ou inválido à época da apresentação, poderá desclassificá-la, sem prejuízo de indenização devida ao Poder Concedente.

8.2. Concorrência somente poderá ser revogada pelo ICMBio por razões de interesse público decorrentes de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal revogação.

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8.3. O ICMBio, de ofício ou por provocação de terceiros, deverá anular a Concorrência se verificada qualquer ilegalidade que não possa ser sanada.

8.4. A nulidade da Concorrência implica a nulidade do Contrato, não gerando obrigação de indenizar por parte do Poder Concedente, salvo na situação prevista no art. 59, parágrafo único, da Lei nº 8.666/93 e suas modificações.

8.5. A Proponente se obriga a comunicar ao ICMBio, a qualquer tempo, qualquer fato ou circunstância superveniente que seja impeditivo das condições de habilitação, imediatamente após sua ocorrência.

8.6. Qualquer modificação no presente Edital será divulgada pela mesma forma que se divulgou o texto original, reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando, inquestionavelmente, a alteração não afetar a formulação da proposta.

8.7. Os itens omissos neste Edital serão resolvidos pela Comissão Permanente de Licitação.

8.8. É permitida a subcontratação dos serviços objeto da presente concessão, exceto os serviços de venda de bilhetes e controle de acesso.

8.8.1. A subcontratação de obras e serviços não elide a responsabilidade da Concessionária pelo cumprimento das cláusulas contratuais, bem como da legislação e das normas do ICMBio.

8.9. É vedada a subconcessão parcial ou total do objeto da concessão.

8.10. A alocação de riscos inerentes ao contrato de concessão para prestação de serviços de apoio à visitação na Floresta Nacional de Canela está disposta no Anexo I – Projeto Básico deste Edital.

8.11. Em caso de divergência entre disposições deste Edital e de seus anexos ou demais peças que compõem o processo, prevalecerá as deste Edital.

8.12. Integram este Edital, para todos os fins e efeitos, os seguintes anexos:

8.12.1. Anexo I – Projeto Básico.

8.12.2. Anexo II – Minuta do Contrato.

8.12.3. Anexo III – Modelo de Procuração.

8.12.4. Anexo IV – Modelo de Procuração (Proponentes em Consórcio).

8.12.5. Anexo V – Modelo de Procuração (Proponentes Estrangeiras).

8.12.6. Anexo VI – Modelo de Apresentação de Proposta Econômica e Declaração de Elaboração Independente de Proposta.

8.12.7. Anexo VII – Modelo de Carta de Apresentação dos Documentos de Habilitação.

8.12.8. Anexo VIII – Modelo de Declaração de Ciência dos Termos do Edital e Ausência de Impedimento de Participação na Concorrência.

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8.12.9. Anexo IX – Modelo de Carta de Declaração de Inexistência de Processo Falimentar, Recuperação Judicial, Extrajudicial ou Regime de Insolvência.

8.12.10. Anexo X – Modelo de Declaração Formal de Expressa Submissão à Legislação Brasileira e de Renúncia de Reclamação por via Diplomática.

8.12.11. Anexo XI – Modelo de Declaração de Capacidade Financeira.

8.12.12. Anexo XII – Modelo de Declaração de Regularidade ao Artigo 7º, XXXIII, da Constituição Federal.

8.12.13. Anexo XIII – Modelo de Carta de Declaração de Equivalência.

8.12.14. Anexo XIV – Modelo de Carta de Declaração de Inexistência de Documento Equivalente e de Declaração de Inexistência de Débitos Fiscais e Trabalhistas.

8.12.15. Anexo XV – Modelo de Declaração de Contratos Firmados com a iniciativa Privada e a Administração Pública.

8.12.16. Anexo XVI – Modelo de Solicitação de Esclarecimentos da Concorrência.

8.12.17. Anexo XVII – Carta de Credenciamento.

8.12.18. Anexo XVIII – Declaração de Inexistência de Fato Superveniente Impeditivo.

8.12.19. Anexo XIX – Declaração - Menor (Lei nº 9.854/99, regulamentada pelo Decreto nº 4.358/2002).

8.12.20. Anexo XX – Instruções para o Termo de Compromisso de Constituição de Sociedade de Propósito Específico.

8.12.21. Anexo XXI – Modelo de Declaração Cumprimento do disposto no art. 10 da Lei nº 9.605/98 (CRIMES AMBIENTAIS).

8.12.22. Anexo XXII – Termo de Confidencialidade.

8.12.23. Anexo XXIII – Modelo de Declaração de Sustentabilidade Ambiental.

8.12.24. Anexo XXIV – Modelo de Declaração de Conhecimento das Informações e Condições do Local da Concessão.

8.12.25. Anexo XV – Declaração de Vistoria.

8.12.26. Anexo XVI – Estudo de Viabilidade Econômica EVE.

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Anexo I – Projeto Básico

CONCESSÃO DE SERVIÇOS DE APOIO À VISITAÇÃO NA

FLORESTA NACIONAL DE CANELA (RS)

Sumário

PARÂMETROS BÁSICOS DA CONCESSÃO ...................................................................................................................................... 30

PARTE 1: O OBJETO DA CONCESSÃO ............................................................................................................................................ 32

1. Justificativa ....................................................................................................................................................................... 32

2. Contextualização ............................................................................................................................................................... 32

3. Caracterização geral da unidade de conservação ................................................................................................................ 33 3.1. Histórico do Floresta Nacional de Canela .......................................................................................................................... 33 3.2. Localização do Floresta Nacional de Canela ...................................................................................................................... 33 3.3. Infraestrutura .................................................................................................................................................................... 35

4. O Floresta Nacional de Canela no contexto da visitação pública .......................................................................................... 36 4.1. Caracterização do turismo regional ................................................................................................................................... 36 4.2. O uso público na unidade de conservação ........................................................................................................................ 36 4.3. Atrativos na unidade de conservação ............................................................................................................................... 37 4.4. A visitação na Floresta Nacional de Canela ....................................................................................................................... 37

PARTE 2: DETALHAMENTO DA CONCESSÃO ................................................................................................................................. 39

1. Objetivos da concessão ..................................................................................................................................................... 39

2. Exigências para habilitação ................................................................................................................................................ 39

3. Serviços a serem concessionados ....................................................................................................................................... 40

4. Prazo da concessão ........................................................................................................................................................... 40

5. Imóveis, infraestruturas, instalações e espaços disponibilizados aos serviços concessionados .............................................. 40 5.1. Vistoria para cessão e reversão de bens imóveis disponibilizados ................................................................................... 41 5.2. Reversão dos bens imóveis disponibilizados ..................................................................................................................... 41

6. O Valor Total do Contrato .................................................................................................................................................. 42

7. Atividades e intervenções obrigatórias ............................................................................................................................... 42 7.1. Desenvolvimento de suporte gerencial ............................................................................................................................. 42 7.2. Implantação de serviço de controle de acesso e recepção dos visitantes ........................................................................ 45 7.3. Venda de ingressos, com implantação de sistema de gestão, emissão e cobrança de bilhetes ....................................... 46 7.4. Implantação e gestão de instalações, espaços e serviços de controle e cobrança de estacionamentos veiculares .................................................................................................................................................................................. 48 7.5. Implantação e gestão de instalações, espaços e serviços de receptivo ............................................................................ 49 7.6. Implantação e gestão de instalações, espaços e serviços de alimentação e comércio ..................................................... 51

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7.7. Implantação e gestão de instalações e serviços de hospedagem ..................................................................................... 53 7.8. Implantação e gestão de instalações, espaços e serviços de visitação em atrativos turísticos ........................................ 54 7.9. Implantação e gestão de instalações, espaços e serviços de apoio a atividades de recreação, lazer e aventura ................................................................................................................................................................................... 55 7.10. Encargos de Operação e Gestão ...................................................................................................................................... 56 7.11. Contrapartidas ................................................................................................................................................................. 64 7.12. Prazos das obras, investimentos e implantação das atividades ...................................................................................... 64

8. Implementação e gestão de atividades acessórias .............................................................................................................. 67

9. Responsabilidades, deveres e direitos ................................................................................................................................ 68 9.1. Responsabilidades, deveres e direitos da Concessionária ................................................................................................ 68 9.2. Responsabilidades, deveres e direitos do Poder Concedente ........................................................................................... 70 9.3. Responsabilidades, deveres e direitos do visitante ........................................................................................................... 70

10. Remuneração da Concessionária, receitas adicionais e subcontratação dos serviços .......................................................... 71 10.1. Remuneração da Concessionária..................................................................................................................................... 71 10.2. Receitas acessórias .......................................................................................................................................................... 71 10.3. Subcontratação dos serviços ........................................................................................................................................... 71

11. Repasse ao Poder Concedente e amortização dos investimentos ...................................................................................... 72 11.1. Repasse ao Poder Concedente ........................................................................................................................................ 72 11.2. Amortização dos investimentos ...................................................................................................................................... 72

12. Bonificação ..................................................................................................................................................................... 72

13. Fiscalização e monitoramento.......................................................................................................................................... 73 13.1. Monitoramento dos impactos da visitação ..................................................................................................................... 73 13.2. Fiscalização e monitoramento da concessão .................................................................................................................. 73

14. Seguros ........................................................................................................................................................................... 75 14.1. Seguros para as operações realizadas ............................................................................................................................. 75

15. Garantia de execução contratual ...................................................................................................................................... 76

16. Alocação dos riscos e equilíbrio econômico-financeiro do contrato ................................................................................... 78 16.1. Alocação dos riscos .......................................................................................................................................................... 78 16.2. Equilíbrio econômico-financeiro do contrato .................................................................................................................. 78

17. Penalidades administrativas............................................................................................................................................. 79 17.1. Advertência...................................................................................................................................................................... 79 17.2. Multa ............................................................................................................................................................................... 79 17.3. Suspensão do direito de participar de licitações e de contratar com o ICMBio, por até dois anos ................................ 80 17.4. Declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública ...................................................... 80 17.5. Medidas acautelatórias ................................................................................................................................................... 80

18. Critérios de sustentabilidade ambiental ........................................................................................................................... 80

19. Demais disposições contratuais ....................................................................................................................................... 81 19.1. Transferência da Concessão e do controle societário ..................................................................................................... 81 19.2. Intervenção na Concessão ............................................................................................................................................... 81 19.3. Extinção da concessão ..................................................................................................................................................... 82 19.4. Documentação técnica .................................................................................................................................................... 85 19.5. Propriedade intelectual ................................................................................................................................................... 85

APÊNDICE 1 – INDICADORES DE BONIFICAÇÃO............................................................................................................................ 86

1. Indicador: Fomento à atividade econômica no entorno da UC concessionada ...................................................................... 86 1.1. Identificação ...................................................................................................................................................................... 86 1.2. Parametrização .................................................................................................................................................................. 86 1.3. Meios de verificação .......................................................................................................................................................... 86

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2. Indicador: Percentual de empregados e trabalhadores próprios ou terceirizados contratados na concessão, com residência fixa no entorno da UC .................................................................................................................................... 87

2.1. Identificação ...................................................................................................................................................................... 87 2.2. Parametrização .................................................................................................................................................................. 87 2.3. Meios de verificação .......................................................................................................................................................... 87

3. Indicador: Capacitação de residentes do entorno ............................................................................................................... 88 3.1. Identificação ...................................................................................................................................................................... 88 3.2. Parametrização .................................................................................................................................................................. 88 3.3. Meios de verificação .......................................................................................................................................................... 88

4. Indicador: Melhoria ambiental – Apoio e participação em projetos de pesquisa .................................................................. 89 4.1. Identificação ...................................................................................................................................................................... 89 4.2. Parametrização .................................................................................................................................................................. 89 4.3. Meios de verificação .......................................................................................................................................................... 89

APÊNDICE 2 – MATRIZ DE RISCOS ................................................................................................................................................ 91

1. Riscos associados ao projeto .............................................................................................................................................. 91

2. Riscos associados às obras e construções ........................................................................................................................... 92

3. Riscos de performance ...................................................................................................................................................... 93

4. Riscos operacionais ........................................................................................................................................................... 94

5. Riscos de demanda ............................................................................................................................................................ 96

6. Riscos de término antecipado ............................................................................................................................................ 96

7. Riscos ambientais .............................................................................................................................................................. 97

8. Outros riscos ..................................................................................................................................................................... 98

APÊNDICE 3 – PROCEDIMENTOS E PARÂMETROS PARA APLICAÇÃO DE MULTAS .....................................................................100

1. Procedimentos para aplicação da penalidade de multa ..................................................................................................... 100

2. Parâmetros de Referência ............................................................................................................................................... 101 2.1. Infrações relativas aos deveres gerais ............................................................................................................................. 101 2.2. Infrações relativas aos projetos e implementações ........................................................................................................ 103 2.3. Infrações relativas às atividades operacionais ................................................................................................................ 105 2.4. Infrações relativas às informações .................................................................................................................................. 108 2.5. Infrações relativas aos seguros e garantia ....................................................................................................................... 109 2.6. Infrações relativas aos recursos humanos ....................................................................................................................... 110

3. Matriz de Ponderação da Penalidade de Multa para Condutas Infracionais Não Especificadas ............................................ 111

4. Disposições Finais............................................................................................................................................................ 111

APÊNDICE 4 – ESPECIFICAÇÕES LOCACIONAIS DA TRILHA DE MOUNTAIN BIKE ........................................................................112

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Parâmetros básicos da Concessão

Este Projeto Básico foi elaborado com base nas condições desejáveis para a delegação dos serviços de apoio ao uso público na Floresta Nacional de Canela (FLONA de Canela) e no Estudo de Viabilidade Econômica e Financeira – EVE. O Estudo de Viabilidade Econômica e Financeira considerou uma análise de demanda da visitação da FLONA de Canela, projetou cenários futuros e premissas para a avaliação da viabilidade econômica do empreendimento proposto. Os investimentos estimados e as contrapartidas exigidas no presente Projeto Básico foram avaliados e considerados para a operação do empreendimento sob as condições estabelecidas no EVE.

Entretanto, cada proponente deverá realizar de acordo com as condições mínimas constantes no presente Projeto Básico, sua própria avaliação e seus próprios Estudos de Viabilidade Econômica e Financeira que subsidiem sua tomada de decisão para participação na presente licitação. Caso o proponente tenha interesse, o EVE que subsidiou a elaboração do Projeto Básico pode ser obtido na página do ICMBio.

Serviços concessionados: O projeto trata da concessão de serviços de apoio à visitação, ao turismo ecológico, à interpretação ambiental e à recreação em contato com a natureza na FLONA de Canela incluindo, minimamente, os seguintes serviços:

• Desenvolvimento de suporte gerencial.

• Implantação de sistema de controle de acesso.

• Venda de ingressos, com implantação de sistema de gestão, emissão e cobrança dos bilhetes.

• Implantação e gestão de instalações, espaços e serviços de controle e cobrança de estacionamentos veiculares.

• Adequação e gestão de instalações, espaços e serviços de receptivo.

• Adequação e gestão de instalações, espaços e serviços de alimentação e comércio.

• Implantação e gestão de instalações, espaços e serviços de hospedagem.

• Implantação e gestão de instalações, espaços e serviços de visitação em atrativos turísticos.

• Implantação e gestão de instalações, espaços e serviços de apoio a atividade de recreação e aventura.

Modalidade da licitação: concorrência.

Tipo: maior oferta.

Regime de contratação: preço global.

Critério de seleção do participante vencedor: será vencedora a empresa que apresentar a proposta com o maior percentual de outorga incidente sobre a Receita Operacional Bruta (ROB).

Outorga: receita transferida ao Poder Concedente mensurada como percentual da Receita Bruta Operacional (ROB) realizada pela Concessionária.

Legislação aplicável: Lei nº 13.668/2018, Lei nº 8.666/1993, Lei nº 8.987/1995 e Lei n° 9.074/95; legislação correlata, Plano de Manejo da FLONA de Canela, bem como o Edital e seus Anexos.

Prazo da concessão: 20 (vinte) anos.

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Percentual de Outorga Mínima: a outorga mínima estabelecida pelo Poder Concedente é de 3% (três por cento) da Receita Operacional Bruta realizada pela Concessionária.

Receita Operacional Bruta (ROB) estimada: R$110.900.000,00 (cento e dez milhões e novecentos mil reais). A Receita Operacional Bruta (ROB) estimada é calculada com base na expectativa de demanda prevista no Estudo de Viabilidade Econômica e Financeira (EVE). A ROB estimada constitui apenas uma estimativa de previsão.

Repasse estimado com a outorga devida ao Poder Concedente (outorga % X ROB): R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais). A receita repassada ao Poder Concedente foi estimada a partir da aplicação do Percentual de Outorga Mínima sobre a Receita Operacional Bruta (ROB) estimada, considerados todos 20 (vinte) anos de execução contratual.

Valor de Investimento estimado: R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais). Estimativa dos investimentos necessários para a execução de todas as obrigações previstas na Concessão.

Valor Total do Contrato: R$ 4.300.000,00 (quatro milhões e trezentos mil reais). Corresponde ao valor dos investimentos somado ao valor da outorga devida ao Poder Concedente, para todo o prazo da concessão, estimados no Estudo de Viabilidade Econômico-Financeira – EVE apresentado pelo Poder Concedente.

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PARTE 1: O objeto da Concessão

Nesta primeira parte do Projeto Básico são apresentados os princípios que fundamentam a proposta de concessão e descritos os atributos e os atrativos da Floresta Nacional de Canela no contexto da utilização de seu patrimônio socioambiental como suporte para a visitação pública.

1. Justificativa

O programa de concessão de serviços de apoio à visitação nas unidades de conservação (UC) federais tem como objetivo possibilitar que todo cidadão possa conhecer e desfrutar de experiências marcantes de lazer e recreação junto à natureza, em formas e modalidades que o levem a conhecer e a se comprometer com a defesa e a conservação do espetacular patrimônio natural brasileiro. Por isso, a visitação e a recreação nessas áreas necessitam observar regras claras e controladas de acesso e uso que compatibilizem o desfrute das experiências com a preservação da biodiversidade e a conservação dos processos ecológicos que estruturam essas paisagens.

A implementação desses serviços visa alcançar as melhores condições de preservação do patrimônio natural sincronicamente com o melhor aproveitamento dos benefícios da recreação e da visitação turística que, além do prazer e da conscientização ambiental do visitante, geram empregos diretos e indiretos, reduzem gastos públicos e aumentam a arrecadação de impostos nas três esferas de governo.

Nesse arranjo virtuoso, a concessão de serviços de uso público está fundamentada na busca de soluções que viabilizem os investimentos privados complementares ao atendimento do visitante, em formas e estratégias que induzam à conscientização e ao engajamento social na conservação dos ecossistemas protegidos.

Para conferir maior segurança jurídica na implementação dessas parcerias, foi outorgada a Lei 13.668, de 28 de maio de 2018, que regulamenta a concessão de serviços, áreas ou instalações em UCs federais para a exploração de atividades de visitação voltadas à educação ambiental, à preservação e conservação do meio ambiente, ao turismo ecológico, à interpretação ambiental e à recreação em contato com a natureza, precedidos ou não da execução de obras de infraestrutura, mediante procedimento licitatório regido pela Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995.

A concessão de serviços de apoio à visitação objeto deste Projeto Básico na Floresta Nacional de Canela prevê a renovação e a melhoria das infraestruturas existentes na Unidade de Conservação (UC), além da instalação de novas intervenções e atrativos buscando potencializar seu uso público por meio do fornecimento de melhores serviços para os usuários.

2. Contextualização

Segundo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC, instituído pela Lei n.º 9.985, de 18 de julho de 2000, " A Floresta Nacional é uma área com cobertura florestal de espécies predominantemente

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nativas e tem como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração sustentável de florestas nativas. (…) A visitação pública é permitida, condicionada às normas estabelecidas para o manejo da unidade pelo órgão responsável por sua administração" (art. 17).

As Florestas Nacionais são porções do território nacional que, devido aos seus elevados atributos naturais ou histórico-culturais, estão postas sob cuidado do Governo Federal, garantindo, assim, seu caráter perene para o bem-estar da humanidade, a conservação da biodiversidade e o provimento de serviços ambientais. Essas áreas comportam a visitação pública com fins recreativos e educacionais, regulamentada pelos respectivos Planos de Manejo e de acordo com normas estabelecidas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio.

O presente Projeto Básico, proposto para a concessão dos serviços de apoio ao uso público na FLONA de Canela foi elaborado em conformidade com o respectivo Planos de Manejo e subsidiado por Estudo de Viabilidade Econômico Financeira – EVE, produzido apenas para efeito de referência.

3. Caracterização geral da unidade de conservação

3.1. Histórico do Floresta Nacional de Canela

A Floresta Nacional de Canela foi criada em 1946 como "Estação Florestal Eurico Gaspar Dutra", totalizando 405 hectares. A implantação dessa área estava ligada à criação de outras áreas semelhantes na região de ocorrência original da araucária, principal recurso madeireiro de exportação da época, cuja exploração desordenada resultava em crises e sinais de esgotamento do modelo. A estratégia de criação da UC tinha por objetivo a pesquisa, a produção e o fomento florestal na região. A partir de 1968 passou a ser denominada de Floresta Nacional de Canela, com uma área de aproximadamente 557 ha.

3.2. Localização do Floresta Nacional de Canela

A Floresta Nacional de Canela está localizada no Bairro Ulisses de Abreu a cerca de 6 km do centro da cidade de Canela. Possui área de 557,50 hectares, que corresponde a cerca de 2,1% do território municipal. O espaço é composto principalmente por áreas naturais, florestas plantadas, banhados, trilhas, estradas e aceiros. A região é de ocorrência original da araucária, que caracteriza a Floresta Ombrófila Mista, bioma da Mata Atlântica.

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Figura 1: Localização da Floresta Nacional de Canela

A Floresta Nacional de Canela situa-se a aproximadamente a 6 km do centro da cidade de Canela. Principais vias de acesso: BR-116, que corta o estado do Rio Grande do Sul de norte a sul; e a RS-486 (Rota do Sol), que liga a BR-101 até Caxias do Sul; RS-235 para Canela. A partir do centro de Canela, onde encontra-se a Catedral de Pedra, segue-se em direção ao bairro Ulisses de Abreu, próximo à saída de São Francisco de Paula, por cerca de 4,3 km de ruas pavimentadas, chegando a Rua Otaviano do Amaral Pires. Depois de um trecho de asfalto, segue-se por mais 2,3 km em estrada de terra até a sede da unidade.

Os aeroportos mais próximos de Canela estão em Caxias do Sul e Porto Alegre. Estes possuem vôos regulares para as principais cidades do país. A Viação Citral realiza o transporte via ônibus de passageiros de Porto Alegre/Caxias do Sul à Canela. A pé, a partir do Parque Estadual do Caracol, pelo traçado previsto para o Caminho das Araucárias, a distância é de 6 km.

Endereço da unidade: Rua Otaviano do Amaral Pires, 5000 Cxp 82, CEP: 95.680-000, Bairro Ulisses de Abreu, Canela, RS.

Tabela 1. Distâncias aproximadas de algumas das principais cidades da região e do Brasil

Cidades Canela São Francisco de Paula

Picada Café 60 km 116 km

Gramado 42 km 77,5 km

Canela - 36,5 km

São Francisco de Paula 36,5 km -

Cambará do Sul* 115 km 81,5 km

Três Coroas 37 km 68 km

Caxias do Sul 80,5 km 136 km

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Porto Alegre 114 km 126 km

Florianópolis 460 km 403 km

Curitiba 720 km 687 km

São Paulo 1.122 km 1.089 km

Rio de Janeiro 1.549 km 1.515 km

Belo Horizonte 1.696 km 1.662 km

Brasília 2.092 km 2.590 km

Buenos Aires (Argentina) 1.728 km 1.422 km

Montevidéu (Uruguai) 929 km 922 km

* Cambará do Sul: município de acesso dos Parques Nacionais de Aparados da Serra e da Serra Geral.

3.3. Infraestrutura

A FLONA de Canela possui diversas edificações, que estão parcialmente ocupadas pelos usos administrativos e público. Em geral, as edificações precisam de manutenção, modernização e aquisição de novo mobiliário.

Tabela 2: Lista dos imóveis existentes da Flona de Canela

Imóvel existente Área (m²)

Entrada 56,25

Centro de Visitante / Escritório 254,15

Antiga escola 223,92

Estábulo / Museu 119,16

Galpão Gralha Azul 269,45

CETAS 141,00

Apoio à pesquisa 78,00

Carpintaria e garagem 143,75

Casa das máquinas 16,41

Galpão CTG (junto ao CV) 59,00

Galpão / Garagem 164,72

Imóvel Funcional 107,56

Imóvel Funcional 70,00

Imóvel Funcional 105,00

Imóvel Funcional 82,32

Imóvel Funcional 101,83

Imóvel Funcional 87,12

Imóvel Funcional 68,25

Total 2.147,89

A maioria dessas edificações está concentrada na entrada da FLONA, junto às lagoas, o que proporciona grande beleza à região.

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4. A Floresta Nacional de Canela no contexto da visitação pública

4.1. Caracterização do turismo regional

O município de Canela faz parte da Região das Hortênsias, uma das mais importantes zonas turísticas do estado do Rio Grande do Sul, que ganhou esse nome pela grande quantidade de flores hortênsias que são encontradas ao visitar suas cidades e rodovias. Destaca-se que o município também faz parte da Serra Gaúcha, região turística que recebe mais de 2,5 milhões de turistas por ano.

A Floresta Nacional de Canela localiza-se próxima a outras Unidades de Conservação: os Parques Nacionais de Aparados da Serra e da Serra Geral e a Floresta Nacional de São Francisco de Paula no âmbito federal, o Parque Estadual do Tainhas, a Estação Ecológica Aratinga, a Área de Proteção Ambiental da Rota do Sol e o Parque Estadual do Caracol, na escala estadual e o Parque Natural Municipal da Ronda, sob a jurisdição do Município de São Francisco de Paula. Pode-se observar assim a formação, no futuro, de um eixo de ecoturismo interligando as UCs da região.

Figura 2: Eixo de ecoturismo interligando as UCs da região

Dessa forma, entende-se que a Floresta Nacional de Canela está inserida em uma área de extrema relevância turística, com rotas e destinos já consolidados. A UC apresenta um importante aspecto ambiental e cultural e, assim, pode se converter em mais um atrativo de ecoturismo ao integrar o circuito de atividades da região. Nesse sentido, vale ressaltar o Caminho das Araucárias, uma iniciativa regional que está implementando uma trilha de longo curso entre o Parque Estadual do Caracol e o Parque Nacional de São Joaquim (SC). O Caminho das Araucárias, conta com o apoio do ICMBio e da Federação Gaúcha de Montanhismo, liga todas as unidades de conservação citadas e já está com seu percurso sinalizado nos trechos que atravessam a Floresta Nacional de Canela e a Floresta Nacional de São Francisco de Paula.

4.2. O uso público na unidade de conservação

Atualmente a FLONA de Canela possui atividades de uso público, focadas principalmente na educação ambiental e pesquisa. Recebe grupos de visitantes mediante agendamento, sendo principalmente de alunos de

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escolas da região ou da grande Porto Alegre, alunos de graduação e pós-graduação de universidades do Estado e pesquisadores, atraídos para a realização de atividades junto à natureza.

O horário de visitas na unidade conservação é de segunda a sexta, das 8h às 17h, e aos sábados e domingos com agendamento prévio. No momento, a UC não cobra taxa de ingresso.

Não existem, hoje, dentro da UC, serviços de apoio à visitação, como comércio ou alimentação, e a área para estacionamento é pequena, considerando seu futuro potencial.

4.3. Atrativos na unidade de conservação

Além da exuberância da floresta, onde se destacam as árvores de araucária, a FLONA de Canela possui uma bela paisagem natural formada pelas lagoas do Tiririca e dos Xaxins, envoltas pela mata e pelas edificações da unidade. Esta região abriga casas históricas que são usadas para fins administrativo e de apoio à visitação, como o centro de visitantes e conjunto de casas. O conjunto paisagístico que combina as lagoas, a floresta e as edificações históricas apresenta um grande potencial de visitação e oferece oportunidades para diferentes tipos de acomodação.

A FLONA possui trilhas em meio à floresta nativa e exótica, com uma série de espécies identificadas ao longo do percurso. Entre elas, destacam-se o trecho do Caminho das Araucárias dentro da UC, a Trilha do Veado (com 1.700 m de comprimento) e a Trilha da Cascatinha (possui 2.300 m de percurso), que ainda não foi implementada. Também é de se destacar o complexo de trilhas destinadas à prática de Mountain Bike, com cerca de 33 quilômetros.

Além das trilhas já citadas, a UC possui um bom sistema viário, com extensão total de 16,7 km, caracterizado por estradas, trilhas e caminhos internos, que necessitam de manutenção permanente.

4.4. A visitação na Floresta Nacional de Canela

A Floresta Nacional de Canela tem realizado as seguintes atividades de uso público:

✓ Passeios e caminhada em trilhas,

✓ Atividades de educação e interpretação ambiental,

✓ Atividades de recreação e lazer: campeonatos de mountain bike, corridas, triátlon e outras atividades esportivas.

✓ Atividades de cunho religioso (eventos): realização de batismos e cerimônias religiosas na Lagoa dos Xaxins.

✓ Atividades de pesquisa: pesquisas científicas e estudos silviculturais com a araucária.

4.4.1. Fluxo da visitação

A FLONA de Canela registra visitação incipiente, uma vez que não possui serviços de apoio à visitação delegados. Com base no índice de Atratividade Turística das Unidades de Conservação, a FLONA de Canela tem grande potencial para atrair turistas que vão a região das Hortências, uma vez que sejam implementados infraestruturas e serviços.

Figura 2: Histórico da visitação da Floresta Nacional de Canela e das unidades de conservação

RFAZER O GRÁFICO DE VISITAÇÃO

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PARTE 2: Detalhamento da Concessão

Nesta segunda parte do Projeto Básico são detalhadas as condições que estruturam o projeto de concessão de serviços de apoio ao uso público na Floresta Nacional de Canela. Os textos estão organizados em requisitos, com respectivos itens e alíneas para indexar as exigências dos serviços e os encargos e obrigações da Concessionária e do Poder Concedente no âmbito da Concessão.

1. Objetivos da concessão

Requisito 1. A concessão de serviços de apoio ao uso público visa oferecer serviços e informações de qualidade aos visitantes compatíveis com os objetivos da unidade de conservação e que venham a:

I. Promover a conservação dos ambientes naturais, a beleza cênica local e as manifestações socioculturais da região.

II. Ofertar infraestrutura física adequada e a prestação de serviços qualificados para o desenvolvimento do ecoturismo e do uso recreacional.

III. Adotar estratégias e mecanismos que propiciem uma aproximação da UC com a sociedade, em especial com as comunidades do entorno1.

IV. Inserir a UC no desenvolvimento local e regional como fonte de geração de emprego e renda, especialmente para as comunidades do entorno.

2. Exigências para habilitação

Requisito 2. Poderão participar da Concorrência para Concessão de serviços de apoio à visitação na FLONA de Canela, proponentes pessoas jurídicas brasileiras ou estrangeiras, isoladamente ou em Consórcio.

Requisito 3. Para fins de habilitação para participação na Concessão, a(s) licitantes(s) deverá(ão) comprovar qualificação técnica, quanto à prestação do serviço de cobrança de ingressos (bilhetagem), objeto principal da Concessão.

Requisito 4. Visando a efetiva aplicação de critérios, ações ambientais e socioambientais quanto à inserção de requisitos de sustentabilidade ambiental nos editais de Licitação promovidos pela Administração Pública, em atendimento ao art. 170 da CF/I 988, ao art. 3° da Lei no 8.666/93 alterado pela Lei no 12.349 de 2010, a Lei no 12.187/2009/Lei nº 12.305/10, e art. 6° da Instrução Normativa nº 1/2010 da SLTI/MPOG e 02/2014 da SLTI/MP , Decreto 7.0704/10, Decreto n° 7.746/2012, determina-se, por este Projeto Básico, a obrigação de que a(s) licitante(s) deverá(ão) apresentar Declaração de Sustentabilidade Ambiental conforme modelo constante no Edital.

I. A Declaração de Sustentabilidade Ambiental deverá estar anexo à proposta de preços, sob pena de não aceitação da mesma.

1 É considerada área de entorno da unidade de conservação aquela formada pelos municípios definidos em portaria do Órgão

Gestor.

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3. Serviços a serem concessionados

Requisito 5. A concessão destina-se à implantação e a prestação, no mínimo, das seguintes instalações e serviços de apoio ao uso público:

I. Desenvolvimento de suporte gerencial.

II. Implantação de sistema de controle de acesso.

III. Venda de ingressos, com implantação de sistema de gestão, emissão e cobrança dos bilhetes.

IV. Implantação e gestão de instalações, espaços e serviços de controle e cobrança de estacionamentos veiculares.

V. Implantação e gestão de instalações, espaços e serviços de receptivo.

VI. Implantação e gestão de instalações, espaços e serviços de alimentação e comércio.

VII. Implantação e gestão de instalações, espaços e serviços de hospedagem.

VIII. Implantação e gestão de instalações, espaços e serviços de visitação em atrativos turísticos.

IX. Implantação e gestão de instalações, espaços e serviços de apoio à atividade de recreação e aventura.

4. Prazo da concessão

Requisito 6. O prazo desta Concessão será de 20 (vinte) anos, improrrogáveis.

5. Imóveis, infraestruturas, instalações e espaços disponibilizados aos serviços concessionados

Requisito 7. O presente Projeto Básico trata da concessão de serviços de apoio à visitação utilizando os imóveis, infraestruturas, instalações e espaços listados a seguir, que deverão ser reformados/adequados para atender as especificidades dos serviços concessionados:

I. Entrada na UC: área de 56 m².

II. Centro de Visitantes / Escritório: área de 254 m².

III. Antiga escola: área de 224 m².

IV. Estábulo / Museu: área de 119 m².

V. Galpão Gralha Azul: área de 269 m².

VI. CETAS: área de 141 m².

VII. Apoio à Pesquisa: área de 78 m².

VIII. Carpintaria e garagem: área de 144 m².

IX. Casa das máquinas: área de 16 m².

X. Galpão CTG (junto ao Centro de Visitantes): área de 59 m².

XI. Galpão / Garagem: área de 165 m².

XII. Casa funcional 1: área de 108 m².

XIII. Casa funcional 2: área de 70 m².

XIV. Casa funcional 3: área de 105 m².

XV. Casa funcional 4: área de 82 m².

XVI. Casa funcional 5: área de 102 m².

XVII. Casa funcional 6: área de 87 m².

XVIII. Casa funcional 7: área de 68 m².

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Requisito 8. A Concessionária deverá apresentar uma Proposta de uso das edificações para aprovação do Poder Concedente.

I. Os prazos de apresentação dos projetos arquitetônicos e de conclusão das reformas, para cada imóvel, infraestrutura ou instalação específica, que não estejam previamente definidos neste Projeto Básico, deverão ser previstos no âmbito da Proposta de uso das edificações.

II. As reformas e adequações propostas deverão ter seus projetos previamente aprovados pelo Poder Concedente.

III. As reformas e adequações propostas deverão seguir os conceitos de sustentabilidade, de modo a gerar o mínimo de impacto ao meio ambiente e à paisagem da UC.

IV. A Concessionária poderá propor ao Poder Concedente a realização de outras intervenções que entender necessárias para implantação dos serviços concessionados e de novos serviços.

Requisito 9. Os imóveis, infraestruturas e instalações reformados/adequados deverão ser utilizados exclusivamente para implantação de atividades e serviços objeto desta Concessão.

Requisito 10. Os imóveis, infraestruturas e instalações, relacionados serão disponibilizados à Concessionária no estado em que se encontram.

Requisito 11. As edificações que estão com arquitetura desconfigurada de seu estado atual deverão ser recuperadas em estilo compatível com a arquitetura regional dos demais imóveis da UC.

I. A Concessionária poderá propor ao Poder Concedente a demolição de eventual edificação.

Requisito 12. A Concessionária poderá propor a construção de novas edificações, caso seja necessário, para implantação dos serviços concessionados.

I. Novas construções deverão seguir a arquitetura vernacular regional.

Requisito 13. Será, ainda, de integral responsabilidade da Concessionária, a remoção de quaisquer bens para a liberação dos imóveis disponibilizados na Concessão.

5.1. Vistoria para cessão e reversão de bens imóveis disponibilizados

Requisito 14. O Poder Concedente deverá emitir Termo de Vistoria, a ser assinado pelas partes antes do início da Concessão e ao seu término, com o inventário dos imóveis, infraestruturas, instalações e espaços vinculados aos serviços concessionados, informando o seu estado de conservação.

I. O Termo de Vistoria deverá ser acompanhado de laudo técnico emitido por profissional competente.

II. O ônus pela elaboração do Termo de Vistoria e emissão do respectivo laudo técnico são de inteira responsabilidade da Concessionária.

5.2. Reversão dos bens imóveis disponibilizados

Requisito 15. A Concessionária deverá restituir ao Poder Concedente, no final da vigência do Contrato, os imóveis, infraestruturas, instalações e espaços vinculados aos serviços concessionados em condições adequadas de conservação e funcionamento, mediante termo circunstanciado informando o inventário destes bens reversíveis e seu estado de conservação.

I. Os imóveis, infraestruturas, instalações e espaços revertidos ao ICMBio deverão estar em condições adequadas de conservação e funcionamento para permitir a continuidade dos serviços que eram objeto da Concessão pelo prazo mínimo adicional de 24 meses.

II. O inventário dos bens reversíveis deverá ser iniciado 12 (doze) meses antes do encerramento do Contrato.

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III. Os imóveis, infraestruturas, instalações e espaços concedidos serão considerados restituídos ao Poder Concedente somente após assinatura, pelas Partes, do competente Termo de Vistoria, acompanhado de laudo técnico emitido por profissional competente.

IV. A Concessionária não terá direito a indenização por benfeitorias, sejam elas necessárias, úteis ou voluptuárias, realizadas nos bens imóveis concedidos, nem por acessões construídas.

V. Eventuais benfeitorias e acessões realizadas pela Concessionária passarão a integrar o patrimônio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio.

VI. A Concessionária fica obrigada a solicitar autorização do Poder Concedente sempre que pretender se desfazer de infraestruturas e instalações consideradas reversíveis.

6. Valor Total do Contrato

Requisito 16. O Valor Total do Contrato é de R$ 4.300.000,00 (quatro milhões e trezentos mil reais).

I. O Valor Total do Contrato corresponde ao valor dos investimentos somado ao valor da outorga devida ao Poder Concedente, para todo o prazo da concessão, estimados no Estudo de Viabilidade Econômico-Financeira – EVE apresentado pelo Poder Concedente.

a) O Estudo de Viabilidade Econômica e Financeira – EVE que subsidiou a elaboração do Projeto Básico está disponível na página eletrônica do ICMBio para consulta.

II. O Valor Total do Contrato tem efeito meramente indicativo, não podendo ser utilizado por nenhuma das Partes para pleitear recomposição do equilíbrio econômico-financeiro do Contrato.

7. Atividades e intervenções obrigatórias

7.1. Desenvolvimento de suporte gerencial

Requisito 17. Para suporte à concessão dos serviços de apoio ao uso público, serão desenvolvidos os seguintes planejamentos e sistemas gerenciais:

I. Plano de Comunicação e Identidade Visual.

II. Sistema de Gestão Operacional.

III. Serviço de Atendimento ao Consumidor – SAC.

IV. Sistema de Gestão de Segurança – SGS.

7.1.1. Plano de Comunicação e Identidade Visual

Requisito 18. A Concessionária deverá elaborar um Plano de Comunicação e Identidade Visual, que deverá prever a utilização da logomarca da FLONA de Canela e do ICMBio na comunicação com os visitantes, nos produtos vendidos e utilizados pela Concessionária.

I. O Plano de Comunicação e Identidade Visual da FLONA de Canela deverá estar de acordo com as normativas do ICMBio.

Requisito 19. A Concessionária deverá adotar, para toda e qualquer identificação visual relacionada à operação desta concessão, logomarca que o identifique como prestador de serviço da FLONA de Canela e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio.

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Requisito 20. O Plano de Comunicação e Identidade Visual deverá contemplar Projeto de Comunicação, prevendo pelo menos:

I. A elaboração de folhetos de divulgação.

II. A produção de material de comunicação complementar em no mínimo 02 línguas estrangeiras (inglês e espanhol).

III. O desenvolvimento ou aprimoramento de sítio eletrônico da UC em no mínimo 02 línguas estrangeiras (inglês e espanhol).

Requisito 21. O Plano de Comunicação e Identidade Visual deverá contemplar, também, Projeto de Sinalização, que abrangerá todos os elementos integrantes da concessão, tais como: edificações (internamente e externamente), estacionamentos, vias de acesso, veículos, equipamentos, serviços, pictogramas, painéis de informações, assim como atividades, ações e obras realizadas a serviço do Poder Concedente.

Requisito 22. A sinalização visual dos serviços e espaços concessionados deverá estar em conformidade com a Programação visual de sinalização para o e com as orientações do Manual de Sinalização das Unidades de Conservação Federais do Brasil e do Manual de Sinalização de Trilhas do ICMBio, encontrados nos links a seguir:

I. http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/licitacoes/UAAF/RJ/2015/manual_de_sinaliza%C3%A7%C3%A3o.pdf

II. http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/comunicacao/publicacoes/publicacoes-diversas/manual_de_sinalizacao_de_trilhas_ICMBio_2018.pdf

Requisito 23. A Concessionária deverá desenvolver sítio eletrônico na internet e páginas em redes sociais contendo todas as informações a respeito da FLONA de Canela e sobre os serviços oferecidos, com link de acesso ao Portal do ICMBio.

I. Os sítios eletrônicos devem:

a) Ser atualizados, no mínimo, semestralmente, de modo a garantir a adequação das informações.

b) Ser atrativos, com a utilização de imagens e vídeos de fácil navegação, especialmente no que se refere à oferta de serviços e equipamentos.

c) Ter integração com website para compra de bilhete on-line.

d) Ser desenvolvidos em no mínimo duas línguas estrangeiras (inglês e espanhol).

Requisito 24. É responsabilidade da Concessionária a criação, implantação e manutenção de meios de comunicação para a divulgação da FLONA de Canela.

Requisito 25. Caberá a Concessionária elaborar, implementar e realizar a manutenção da sinalização dos serviços concedidos.

I. Os materiais utilizados na sinalização deverão ser duráveis e resistentes, de fácil manutenção e reposição.

Requisito 26. Os uniformes utilizados pelos empregados dos serviços concessionados deverão ser facilmente reconhecíveis, conter logomarca da Concessionária, da FLONA de Canela e do ICMBio. A Concessionária deverá apresentar modelos de uniformes dos funcionários ao Poder Concedente.

I. Os uniformes devem ser adequados ao tipo de serviço prestado.

II. O Poder Concedente deverá avaliar e aprovar os modelos de uniformes.

III. O uniforme deverá conter a identificação do nome da empresa e a informação facilmente legível: “Concessionário a serviço da FLONA de Canela/ICMBio”.

IV. A Concessionária não poderá comercializar vestimentas semelhantes aos uniformes utilizados pelos seus funcionários e aos uniformes do ICMBio.

Requisito 27. A concessionária poderá fixar material publicitário, de qualquer natureza, mediante aprovação prévia do Poder Concedente.

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Requisito 28. Os Projetos de Comunicação e de Sinalização deverão ser aprovados pelo Poder Concedente antes de sua implementação.

7.1.2. Sistema de Gestão Operacional

Requisito 29. A Concessionária deverá implantar um Sistema de Gestão Operacional desenvolvido para apoiar os serviços executados pela Concessionária e manter atualizadas e digitalizadas todas as informações e documentos, incluindo venda de ingressos e comercialização de serviços e produtos, dados cadastrais dos visitantes, bases e resultados de pesquisas de opinião e satisfação dos usuários e visitantes, além de incidentes ocorridos na unidade de conservação.

I. Constitui obrigação da Concessionária fornecer uma solução de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), incluindo estruturas e equipamentos necessários, softwares e hardwares, para a operação informatizada de todos os valores de ingressos, serviços e receitas assessórias, bem como a operação e manutenção desses serviços.

a) As soluções de TIC deverão ser atualizadas, sem ônus para o Poder Concedente, observada a legislação vigente, devendo estar parametrizadas para atender exigências eventualmente identificadas e em compatibilidade técnica com os sistemas em uso no ICMBio.

b) A Concessionária deverá prestar, direta ou indiretamente, todo apoio ao Poder Concedente na utilização da solução de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) para monitoramento do Contrato.

Requisito 30. Ao final do prazo da Concessão, ou em qualquer hipótese de extinção do Contrato, a Concessionária deverá:

a) Garantir ao Poder Concedente a propriedade dos programas, equipamentos e/ou licenças necessárias para utilização da solução de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e demais sistemas computacionais de consulta à base de dados.

b) Fornecer todo o conteúdo armazenado em banco de dados, bem como os modelos de dados pertinentes, de modo que o legado armazenado possa ser transferido para outros sistemas computacionais.

Requisito 31. Requisitos e obrigações do Sistema de Gestão Operacional

I. Manter os dados hospedados em servidor on-line com atualização diária dos dados da UC. Esta atualização poderá ser automática ou feita pela equipe da Concessionária.

II. Todos os registros atualizados deverão estar disponíveis para consulta do Poder Concedente a qualquer momento, por meio de acesso remoto.

III. Possuir recursos de proteção e segurança dos dados (software de criptografia), de forma a garantir a integridade das informações armazenadas e evitar a possibilidade de adulteração e/ou fraude.

Requisito 32. A Concessionária deverá manter todos os equipamentos e sistemas operacionais sempre com desempenho eficiente, sendo de sua responsabilidade a manutenção preventiva e corretiva.

Requisito 33. A Concessionária deverá instalar e manter sistema de comunicação interna via rádio, ou tecnologia superior, em todos os serviços prestados.

I. O projeto técnico de implantação do sistema de comunicação interna deverá ser apresentado para aprovação do Poder Concedente.

7.1.3. Serviço de Atendimento ao Consumidor – SAC

Requisito 34. A Concessionária deverá manter um sistema eletrônico de atendimento ao visitante que registre e responda as reclamações e sugestões.

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7.1.4. Gestão de Segurança

Requisito 35. A Concessionária deverá elaborar e implantar um Sistema de Gestão de Segurança – SGS - para as atividades e serviços concessionados.

I. O Sistema de Gestão de Segurança deverá ser apresentado ao Poder Concedente em até 90 (noventa) dias após assinatura do Contrato.

Requisito 36. A Concessionária deverá criar protocolos e procedimentos de gestão da segurança e elaborar Plano de Ação em Emergências da FLONA de Canela.

Requisito 37. A Concessionária deverá capacitar e manter equipe de funcionários habilitados na prestação de primeiros socorros.

Requisito 38. O controle de acesso deverá permitir a liberação das catracas em caso de emergência, assim como de interdição temporária.

7.1.5. Área para a Sede Administrativa da Concessionária

Requisito 39. A Concessionária poderá escolher um dos imóveis disponiblizados pelo Poder Concedente para a instalação da sede administrativa de operação da concessão de serviços de apoio à visitação da FLONA de Canela.

7.2. Implantação de serviço de controle de acesso e recepção dos visitantes

Requisito 40. O serviço de controle de acesso e recepção de visitantes envolve as seguintes atividades:

I. Venda presencial dos ingressos de acesso à FLONA de Canela.

II. Venda virtual antecipada de ingressos obrigatória a atrativos e serviços que tenham um limite de visitantes diários máximo definido, seguindo regras definidas pelo Poder Concedente.

III. Orientação dos visitantes a respeito das regras básicas de conduta da visitação e informando sobre as atrações turísticas e naturais contidas na unidade de conservação.

IV. Fiscalização e controle da entrada e da saída de visitantes, operadores e moradores de áreas internas à UC, permitindo somente a entrada dos visitantes que efetuarem o pagamento do ingresso, ou que comprovarem a isenção, ou de outras pessoas autorizadas, devidamente cadastradas e identificadas.

V. Levantamento amostral das informações do perfil do visitante contendo, no mínimo, as seguintes perguntas: origem do visitante (Cidade, Estado, País), sexo, idade e propósito da visitação, para que seja levantado o perfil dos visitantes da UC.

Requisito 41. A Concessionária deverá implementar controle de acesso diferenciado dos atrativos.

Requisito 42. As normas de acesso à FLONA de Canela deverão ser disponibilizadas pela Concessionária ao usuário na sua entrada.

Requisito 43. A Concessionária deverá disponibilizar, após aprovação do Poder Concedente, um questionário de satisfação de todos os serviços prestados pela Concessionária ao visitante.

Requisito 44. A Concessionária deverá instalar placas e avisos sobre os riscos associados à visitação em áreas naturais, devendo necessariamente instalar ao menos uma placa junto ao(s) local(ais) de cobrança de ingressos.

I. O Termo de Conhecimento de Risco deverá ser impresso no ingresso.

II. Sempre que houver venda on-line de ingressos o usuário deverá dar ciência de conhecimento dos riscos associados à visitação em áreas naturais.

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III. Outras formas de ciência relativas à assunção de risco por parte do visitante podem ser propostas pela Concessionária.

Requisito 45. Somente será permitida a entrada de veículos nas formas previstas no Contrato de Concessão, exceto veículos oficiais e/ou autorizados pelo ICMBio, moradores e visitantes autorizados de áreas particulares e prestadores de serviço.

Requisito 46. A Concessionária deverá controlar e fiscalizar a entrada e saída de materiais, equipamentos e produtos destinados às áreas internas da FLONA de Canela.

Requisito 47. A Concessionária deverá instruir motoristas sobre as vias de acesso de veículos e sobre as regras de conduta de veículos na FLONA de Canela, para evitar impactos ambientais nas áreas naturais e nos atrativos da UC.

Requisito 48. A Concessionária deverá implantar nas bilheterias um sistema para coletar informações dos visitantes, de modo a organizar e manter atualizado um banco de dados com o perfil dos visitantes da FLONA de Canela. Tal sistema poderá ser alimentado com informações sobre a origem do visitante, idade, motivo da viagem, com quem está viajando, estado civil, como tomou conhecimento sobre a UC, dentre outras informações.

7.3. Venda de ingressos, com implantação de sistema de gestão, emissão e cobrança de bilhetes

Requisito 49. O serviço de venda de ingressos consiste na elaboração, implantação e gerenciamento de sistema de gestão, emissão e cobrança de bilhetes para a FLONA de Canela e/ou seus atrativos.

I. A venda dos ingressos se dará por meio de sistema digital, instituído pela Concessionária e/ou diretamente no receptivo da unidade de conservação, em guichês ou outras soluções de atendimento presencial específicos para esta atividade, conforme as diretrizes apresentadas neste Projeto Básico.

Requisito 50. A Concessionária deverá:

I. Implantar infraestrutura de bilheteria facilmente identificável logo na entrada da FLONA de Canela, com sinalização adequada seguindo os parâmetros do projeto de identidade visual elaborado para a UC.

a) A Concessionária deverá reformar edificação existente na entrada principal da UC para abrigar a bilheteria e dotá-la dos equipamentos, mobiliário e sistemas necessários para a realização da atividade.

b) Caso necessário, se autorizado pelo Poder Concedente, poderá haver outros pontos com bilheteria e/ou controle de acesso, a exemplo da entrada do Caminho das Araucárias em sua vertente proveniente do Parque Estadual do Caracol.

II. Implantar sistema de controle de acesso junto ao sistema de cobrança de ingresso. Para tanto, poderão ser instalados sistemas de controle nos quais deverá ser verificada a validade do ingresso de cada visitante que acessar a FLONA de Canela.

Requisito 51. A Concessionária poderá:

I. Instalar, nos receptivos e postos de controle, totens de autoatendimento para venda dos ingressos e dos atrativos da UC, de modo a diminuir as filas em dias de alta visitação.

II. Cobrar pelos atrativos das atividades de aventura da FLONA de Canela.

Requisito 52. Os valores de ingresso são estabelecidos e reajustados em Portaria específica do ICMBio.

I. O reajuste se dará anualmente através do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) ou outro que o venha substituir.

Requisito 53. A Concessionária deverá seguir os critérios de isenção e de descontos estabelecidos na Portaria MMA nº 366, de 07 de outubro de 2009, ou a que vier a substituí-la.

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I. Políticas de desconto que incentivem o aumento da visitação poderão ser propostas pela Concessionária e aprovadas pelo Poder Concedente, conforme Portaria MMA nº 366 de 2009, ou a que vier a substituí-la.

Requisito 54. A Concessionária deverá disponibilizar e manter atualizadas, de forma acessível, em seu sítio eletrônico, para fins de livre acesso e consulta pelo público em geral, as tabelas vigentes com os preços praticados na exploração dos serviços.

Requisito 55. A Concessionária deverá isentar de pagamento de ingresso os prestadores de serviços que assim o comprovem.

Requisito 56. A Concessionária não poderá cobrar do usuário valor de ingresso superior ao estabelecido pelo Poder Concedente para custear a operação da venda antecipada.

Requisito 57. A Concessionária será responsável pelo transporte e o seguro dos valores auferidos.

Requisito 58. Durante todo o período de operação, a Concessionária deverá disponibilizar funcionários devidamente capacitados e na quantidade adequada para a realização do serviço de venda de ingressos, conforme a necessidade da demanda.

Requisito 59. A Concessionária deverá apresentar, para aprovação do Poder Concedente, projeto com as estruturas necessárias para a cobrança de ingresso e controle de acesso.

Requisito 60. A Concessionária deverá fornecer acesso ao controle da venda de ingressos, por intermédio da internet e em tempo real, para o monitoramento pelo Poder Concedente.

Requisito 61. A Concessionária deverá implantar sistema de cobrança de ingresso que atenda, no mínimo, os requisitos, obrigações e parâmetros definidos neste Projeto Básico.

7.3.1. Requisitos e obrigações do sistema de gestão, emissão e cobrança de bilhetes

Requisito 62. A Concessionária deverá implantar nas bilheterias sistema que identifique o perfil e o número de visitantes segundo seus atrativos, permitindo uma gestão adequada da visitação em função da capacidade das infraestruturas.

Requisito 63. O tempo máximo de espera do visitante para a aquisição de ingressos no receptivo da UC deverá ser de 20 (vinte) minutos.

Requisito 64. Todo o material e equipamento destinados aos serviços de venda de ingressos aos visitantes deverão estar em perfeito estado de funcionamento.

Requisito 65. A Concessionária deverá estruturar sistema de venda de ingressos de forma a também dar suporte à venda de bilhetes para atividades e serviços de apoio ao uso público desenvolvidos na UC.

I. O sistema deverá prever venda virtual antecipada de ingressos, com a possibilidade de pagamento por cartão de crédito/débito, ou tecnologia superior.

II. A Concessionária deverá disponibilizar no mínimo 10% dos ingressos para serem vendidos diretamente na entrada da UC, com a possibilidade de pagamento por cartão de crédito/débito, ou tecnologia superior.

Requisito 66. A Concessionária será responsável pela licença, instalação e atualização dos softwares necessários à operação da cobrança de ingressos, com todos os recursos, sendo eles na forma de assinatura ou subscrição, para garantir atualizações de segurança durante todo o prazo contratual.

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Requisito 67. Todos os equipamentos necessários à operação do sistema deverão contar com fonte alternativa de energia, com autonomia mínima de 6 horas, que possibilite total operacionalidade na falta de energia elétrica.

Requisito 68. Para a operacionalização da cobrança do serviço de venda de ingressos, a Concessionária deverá fornecer e instalar, manter e atualizar, equipamentos e tecnologia que forneçam, no mínimo, os seguintes produtos e serviços:

I. O controle de acesso e venda de ingressos.

II. Equipamento de controle de acesso, tipo catraca eletrônica ou similar.

III. Sistema de câmeras nos pontos de cobrança, pagamentos e acessos dos visitantes, com as seguintes características:

a) Gravação e armazenamento de imagens “em nuvem” (cloud computing), ou tecnologia superior, com sistema de backup das imagens pelo período mínimo de 30 (trinta) dias.

IV. Relatórios gerenciais completos que permitam acesso em tempo real pela administração da FLONA de Canela e da sede do ICMBio que realizará o controle contábil, possibilitando análises quantitativas e qualitativas das informações do perfil de visitante, horários de acesso, isenções, acesso de funcionários e fornecedores e outros a serem definidos pela Comissão de Fiscalização do Contrato.

Requisito 69. A emissão de um bilhete de acesso só é permitida mediante o obrigatório registro de venda em banco de dados, assim como eventual cancelamento de operação de venda.

Requisito 70. O cancelamento de operação de venda somente poderá ser permitido caso o respectivo bilhete não tenha sido utilizado no acesso.

Requisito 71. A reimpressão de um bilhete automaticamente implicará na inutilização do bilhete original.

7.4. Implantação e gestão de instalações, espaços e serviços de controle e cobrança de estacionamentos veiculares

Requisito 72. A Concessionária deverá implantar um estacionamento no interior da UC, em local que facilite o acesso às áreas visitadas, destinado a ordenar o fluxo de veículos.

Requisito 73. A Concessionária será responsável pela gestão do estacionamento, pelo monitoramento dos veículos e pela organização do fluxo no estacionamento, estabelecendo por meio de sinalização e demarcação de vagas, indicando as áreas permitidas, proibidas e especiais.

Requisito 74. Na implantação dos estacionamentos, a Concessionária deverá:

I. Respeitar a vegetação existente, na implantação e estruturação do estacionamento. Qualquer supressão de vegetação dependerá de análise previa e autorização do Poder Concedente.

II. Estruturar os estacionamentos com demarcação das vagas, das vias de acesso e implantação de sistema de sinalização e iluminação.

III. Utilizar materiais sustentáveis que gerem o mínimo impacto ao meio ambiente.

IV. Prever vagas que garantam acessibilidade, conforme a legislação vigente.

V. Assegurar a reserva de vagas de estacionamento para veículos oficiais.

Requisito 75. Na gestão do serviço de estacionamento, a Concessionária deverá:

I. Responsabilizar-se pelo controle do tráfego e ordenamento da área de estacionamento, bem como pela organização da fila de carros, caso ocorra.

II. Implementar bicicletário junto ao estacionamento ou em área específica sob vigilância.

III. Responsabilizar-se pela conservação das áreas dos estacionamentos e, no mínimo, vias internas de acesso, limpeza, desobstrução de drenos, canaletas e bueiros, pintura de faixas e sinalização.

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IV. Responsabilizar-se por furtos e danos aos veículos dos visitantes, conforme a legislação vigente.

Requisito 76. A Concessionária poderá explorar o serviço de estacionamento, cobrando taxa para sua utilização, cujos valores deverão respeitar as seguintes diretrizes:

I. O valor máximo para cobrança de estacionamento é definido em Portaria específica do ICMBio.

II. A Concessionária poderá adotar preços com descontos e isenções para estimular a visitação em dias de semana e em períodos de baixa visitação.

Requisito 77. O serviço de estacionamento deverá estar aberto de acordo com os horários de funcionamento da FLONA de Canela.

Requisito 78. A Concessionária deverá apresentar projeto de implantação, sinalização, estruturação e operacionalização dos estacionamentos para aprovação do Poder Concedente.

Requisito 79. A Concessionária deverá implantar os estacionamentos com as obrigações e parâmetros definidos neste Projeto Básico.

7.4.1. Requisitos dos espaços e serviços de controle e cobrança de estacionamentos veiculares

Requisito 80. Os estacionamentos deverão contar com sistema de controle que permita:

I. Emitir bilhete comprovante da aquisição do direito de estacionar com especificação de sua validade.

II. Ter capacidade mínima de armazenamento de todas as transações realizadas ao longo dos últimos 3 (três) dias de operação.

III. Possuir recursos de proteção e segurança dos dados (sistema de criptografia e/ou canhotos de bilhetes físicos).

7.4.2. Manutenção das trilhas, estradas e vias internas da UC

Requisito 81. A Concessionária deverá realizar a manutenção das vias de acesso utilizadas pela concessão, incluindo intervenções de drenagem, reformas e manutenção do leito e das pontes e sinalização, mantendo as vias trafegáveis durante todo o período da concessão.

Requisito 82. A manutenção das trilhas deverá ser realizada em conformidade com as regras de uso da UC.

7.5. Implantação e gestão de instalações, espaços e serviços de receptivo

7.5.1. Centro de Visitantes

Requisito 83. O Centro de Visitantes é um espaço de recepção dos visitantes e de divulgação da FLONA de Canela, que deve proporcionar locais adequados para:

I. O descanso e o lazer dos usuários, ofertando espaços com bancos, cadeiras e mesas.

II. O acesso a sanitários masculinos, femininos e destinado a portadores de necessidades especiais.

III. A prestação de serviços de informação turística e conscientização ambiental.

IV. A prestação de serviços de comércio e alimentação.

V. A prestação de outros serviços de apoio à visitação na unidade de conservação.

Requisito 84. A Concessionária fica responsável por reformar, estruturar e manter o Centro de Visitantes da FLONA de Canela.

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I. A reforma do Centro de Visitantes, em edificação com área de 254 m², deverá observar os encargos relativos a reformas e edificações de estruturas previstos neste Projeto Básico.

Requisito 85. Desde que aprovado pelo Poder Concedente, a Concessionária poderá propor e implementar o Centro de Visitantes em outra edificação existente e disponível na UC.

Requisito 86. O Centro de Visitantes deverá ser provido de todo o mobiliário e equipamentos necessários para recepcionar adequadamente os visitantes.

Requisito 87. O Centro de Visitantes deverá estar aberto ao atendimento e visitação diariamente, inclusive aos finais de semana.

Requisito 88. A Concessionária deverá implantar, nas proximidades do Centro de Visitantes e longe da circulação de veículos, estrutura de parque de recreação infantil, destinado a proporcionar o desenvolvimento de atividades lúdicas, de lazer e recreação para crianças.

I. Os brinquedos e atrativos do parque infantil devem priorizar equipamentos fabricados com materiais sustentáveis, resistentes e atóxicos, a fim de garantir a segurança e o conforto dos usuários.

II. Os brinquedos e atrativos do parque infantil devem ser planejados e construídos de forma a promover uma integração visual com a paisagem da UC.

7.5.2. Serviços de informação turística e conscientização ambiental

Requisito 89. Os serviços de informação turística e conscientização ambiental referem-se às seguintes atividades:

I. Recepcionar e orientar os visitantes sobre os atrativos e os serviços ofertados na FLONA de Canela, auxiliando-os no planejamento de sua visita.

II. Informar os visitantes a respeito:

a) Da história e das normas da FLONA de Canela.

b) Do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC.

c) Da importância da biodiversidade, da preservação ambiental e da cultura local.

III. Divulgar estudos, vídeos, livros e publicações a respeito da FLONA de Canela, seu entorno e do SNUC.

Requisito 90. A Concessionária deverá implementar serviço de informação turística e conscientização ambiental no mesmo horário de funcionamento da FLONA de Canela.

7.5.3. Exposições interpretativas

Requisito 91. A Concessionária deverá elaborar e implementar projeto de exposições interpretativas, no Centro de Visitantes, seguindo as orientações do Poder Concedente.

I. A Concessionária poderá, a qualquer tempo, apresentar novo projeto de exposições para aprovação do Poder Concedente.

Requisito 92. Todos os materiais e equipamentos destinados à exposição interpretativa, informação turística e conscientização ambiental da FLONA de Canela deverão estar em perfeito estado de funcionamento.

Requisito 93. O projeto de exposições interpretativas deverá:

I. Basear-se em estudos de cenário social, histórico, legal, econômico, cultural e ambiental, que sejam atraentes, informativos e funcionais, proporcionando aos visitantes uma amostra significativa da UC, fornecendo dados e informações para o aprofundamento de seus conhecimentos sobre os atrativos turísticos, recursos naturais e culturais nela existentes.

II. Proporcionar a conscientização da importância da preservação dos meios naturais e histórico-culturais representados na UC.

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III. Viabilizar a visitação auto-guiada pela exposição, que deverá abordar a FLONA de Canela assim como outras unidades de conservação do entorno, de modo a estimular a visitação nas demais áreas protegidas, bem como nos possíveis conectores de paisagem entre essas UCs.

IV. Divulgar acervo atualizado com estudos, livros e publicações a respeito da FLONA de Canela e seu entorno, incentivando o desenvolvimento de pesquisas e a parceria com instituições de pesquisa, para execução de estudos nas UCs.

V. Organizar atividades que incentivem a educação ambiental e o conhecimento acerca das UCs do país, voltados aos visitantes e moradores locais, e com participação da comunidade científica na sua estruturação.

7.6. Implantação e gestão de instalações, espaços e serviços de alimentação e comércio

Requisito 94. Os serviços de alimentação e comércio visam disponibilizar o fornecimento diário de alimentos e a comercialização e produtos necessários para proporcionar uma boa experiência de visitação aos usuários da FLONA de Canela. Estes serviços relacionam-se com as seguintes atividades:

I. Preparação, montagem e comercialização de refeições, lanches e bebidas, preferencialmente frescos e naturais ou semi-prontos.

II. Incentivo à culinária e a comercialização de produtos alimentícios regionais e/ou artesanais para fortalecer a experiência do visitante, favorecendo o consumo de alimentos saudáveis e naturais.

III. Venda e exposição de artesanato local, lembranças, livros, produtos de primeira necessidade e equipamentos esportivos.

IV. Venda de produtos para preparo de alimentação, dando suporte à visitação e ao atendimento dos pontos de hospedagem.

Requisito 95. Na implantação e operação dos serviços de alimentação e comércio, é recomendado à Concessionária:

I. Priorizar a aquisição de produtos frescos e artesanais, de produtores e fornecedores locais/regionais, de forma a favorecer a integração econômica da unidade de conservação com as comunidades do entorno e a enriquecer a experiência do visitante com os valores sociais e culturais da região.

II. Observar a origem dos produtos a serem utilizados nos estabelecimentos de serviços de alimentação de modo a garantir que estes sejam, preferencialmente, provenientes da agricultura familiar ou produção orgânica regional, e que observem o equilíbrio ambiental, a equidade econômica e a justiça social na sua produção.

III. Comercializar produtos diversificados que atendam os diversos perfis de visitantes.

IV. Priorizar o uso de pratos, copos e utensílios feitos de materiais laváveis, reutilizáveis ou não descartáveis. Caso não o sejam, estes materiais devem ser recicláveis, compostáveis e/ou biodegradáveis.

V. Evitar a venda de subprodutos de escassa qualidade que transmitam uma imagem banal, padronizada e, muitas vezes, distante da cultura e tradições locais.

Requisito 96. Para todas as instalações dedicadas aos serviços de alimentação e comércio, a Concessionária deverá apresentar ao Poder Concedente o Plano de Trabalho de implantação dos estabelecimentos, com a descrição do seu processo de gestão e operacionalização contendo decoração e design das instalações, layout de mobiliários, organograma de funcionários e outros.

Requisito 97. A Concessionária poderá submeter, para aprovação do Poder Concedente, proposta de operar postos móveis para apoio aos serviços de alimentação e comércio.

I. A instalação de postos móveis de venda de produtos e alimentos somente poderá ocorrer após aprovação do Poder Concedente.

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7.6.1. Serviços de alimentação

Requisito 98. O serviço de alimentação será realizado na FLONA de Canela, na modalidade lanchonete ou restaurante, em ao menos uma instalação.

I. A lanchonete ou restaurante deve ser implantada, preferencialmente, em alguma das edificações existentes junto ao lago da UC, sendo provida dos equipamentos e infraestrutura necessários para o perfeito funcionamento da atividade e ao adequado atendimento aos visitantes.

II. A Concessionária poderá realizar intervenções na parte externa da edificação, como a implantação de decks, para ampliar o contato com o meio externo/lago.

III. Mediante autorização do Poder Concedente, a Concessionária poderá propor e implementar outros espaços de alimentação na UC.

Requisito 99. A Concessionária deverá apresentar ao Poder Concedente projeto arquitetônico de reforma/construção do imóvel e projeto técnico de implantação do serviço de alimentação, atendendo aos requisitos previstos neste Projeto Básico.

I. Junto aos locais destinados aos serviços de alimentação, a Concessionária deverá construir e manter sanitários masculinos e femininos que garantam acessibilidade conforme a legislação vigente.

Requisito 100. Na implantação do serviço de alimentação, a Concessionária deverá:

I. Dotar os espaços de preparação de alimentos com equipamentos industriais de aquecimento e refrigeração de alimentos, bem como de toda louça e utensílios necessários ao adequado atendimento e prestação dos serviços.

II. Observar todas as normas técnicas, legais e as boas práticas, gerenciais e higiênicas, obrigatórias e necessárias para garantir a alta qualidade, o bom atendimento e a satisfação dos usuários.

III. Manter e disponibilizar funcionários devidamente capacitados e uniformizados, em quantidade necessária para realização dos serviços.

Requisito 101. Na operação do serviço de alimentação, a Concessionária deverá:

I. Observar todas as normas técnicas, legais e as boas práticas, gerenciais e higiênicas, obrigatórias e necessárias para garantir a alta qualidade, o bom atendimento e a satisfação dos usuários desses serviços.

II. Manter todos os equipamentos e utensílios em bom estado de conservação, realizando a substituição destes, caso necessário.

III. Elaborar o cardápio com auxílio de técnicos especializados em alimentos, tais como nutricionistas e cozinheiros, priorizando a escolha de alimentos naturais, frescos ou semi prontos.

IV. Observar e controlar questões relativas ao som e temperatura no ambiente interno, buscando a discrição auditiva e o conforto térmico dos usuários.

V. Disponibilizar cardápios trilíngues (português, inglês e espanhol) e, opcionalmente, pelo menos 01 (um) cardápio em braile.

Requisito 102. O comércio de bebidas alcoólicas será permitido exclusivamente para consumo local quando o serviço de alimentação for realizado em restaurante.

7.6.2. Serviços de comércio

Requisito 103. O serviço de comércio será realizado na FLONA de Canela em ao menos uma instalação, idealmente localizada próxima ao Centro de Visitantes e ao serviço de alimentação.

I. A loja deve ser implantada em alguma das edificações existentes na UC, à escolha da Concessionária, sendo provida dos equipamentos e infraestrutura necessários para o perfeito funcionamento da atividade e ao adequado atendimento aos visitantes.

II. A Concessionária poderá realizar intervenções na parte externa da edificação para ampliar o contato com o meio externo.

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III. Mediante autorização do Poder Concedente, a Concessionária poderá propor e implementar outros espaços de comércio na UC.

Requisito 104. Na loja da Concessionária poderão ser comercializados:

I. Produtos relacionados a atividades em contato com a natureza e atrativos naturais, como mochilas, botas, capas de chuva, toalhas entre outros.

II. Produtos de higiene e proteção pessoal, como protetor solar, repelente entre outros.

III. Produtos alimentícios prontos e/ou industrializados, como doces, frios, alimentos e bebidas regionais entre outros.

IV. Lembranças da FLONA de Canela como peças de vestuário, pelúcias, bonés, canecas, chaveiros, adesivos entre outros.

V. Produtos de papelaria e livraria como mapas, guias, livros, vídeos, músicas entre outros.

Requisito 105. No serviço de comércio a Concessionária deverá:

I. Escolher produtos e fornecedores que salvaguardem a qualidade e a autenticidade dos produtos.

II. Incentivar a produção local e regional, favorecendo a comercializando de produtos originados no entorno da UC.

III. Apoiar o artesanato local e regional, expondo e comercializando produtos originados no entorno da UC.

Requisito 106. A Concessionária deverá desenvolver linha de produtos com a marca da FLONA de Canela para serem comercializados, após prévia aprovação do Poder Concedente.

I. A linha de produtos deve conter, no mínimo, peças de vestuário, pelúcias e lembranças, como bonés, canecas, chaveiros, adesivos entre outros.

Requisito 107. A Concessionária deverá apresentar ao Poder Concedente projetos arquitetônicos, de construção ou reforma, dos espaços destinados aos serviços de comércio, atendendo aos requisitos previstos neste Projeto Básico.

7.7. Implantação e gestão de instalações e serviços de hospedagem

Requisito 108. Os serviços de hospedagem na FLONA de Canela visam proporcionar aos visitantes uma experiência peculiar de acomodação, integrada ao ambiente natural preservado e articulada aos demais atrativos e serviços de apoio oferecidos pela Concessionária.

Requisito 109. Na operação dos serviços de hospedagem, a Concessionária deverá:

I. Recepcionar e orientar os visitantes sobre os atrativos e os serviços ofertados na FLONA de Canela, auxiliando-os no planejamento de sua visita.

II. Realizar o cadastramento das informações básicas dos hóspedes, em banco e dados ou planilha digital.

III. Oferecer, sempre que possível, serviços complementares à hospedagem, como alimentação, comércio e outras atividades relacionadas.

Requisito 110. O serviço de hospedagem será desenvolvido nas modalidades:

I. Implementação de infraestrutura e serviço de hospedagem em pousada.

II. Implementação de infraestrutura e serviço de hospedagem em hostel.

Requisito 111. Os serviços de hospedagem serão implantados utilizando os imóveis reformados indicados na Proposta de uso das edificações da UC, apresentada para aprovação pelo Poder Concedente.

I. É facultado à Concessionária a construção de nova infraestrutura para a hospedagem de visitantes, mediante prévia aprovação do projeto pelo Poder Concedente.

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Requisito 112. A Concessionária deverá implantar ao menos uma pousada, utilizando um ou mais imóveis reformados indicados na Proposta de uso das edificações da UC.

I. Para fins desta Concessão, entende-se como pousada o empreendimento de característica horizontal, composto de no máximo 30 unidades habitacionais e 90 leitos, com serviços de recepção, alimentação e alojamento temporário, podendo ser em prédio único com até três pavimentos, ou contar com chalés ou bangalôs.

Requisito 113. A Concessionária deverá implantar ao menos um hostel, utilizando um ou mais imóveis reformados indicados na Proposta de uso das edificações da UC.

I. Para fins desta Concessão, entende-se como hostel o empreendimento caracterizado pelo baixo valor da diária, voltado para hóspedes majoritariamente jovens e contendo quartos compartilhados podendo oferecer opções de suítes ou quartos duplos.

Requisito 114. A Concessionária deverá apresentar para aprovação do Poder Concedente o projeto arquitetônico de construção ou reforma das edificações selecionadas para o serviço de hospedagem seguindo as obrigações e os parâmetros definidos neste Projeto Básico.

I. As obras de construção ou reforma deverão priorizar o uso de materiais, técnicas e soluções resistentes e duráveis que sigam os princípios do ecodesign, priorizando práticas sustentáveis a fim de promover eficiência energética e economia de água, de materiais e de outros recursos naturais, além de permitir conforto funcional e a mínima manutenção.

II. O projeto deverá prever todos os sistemas prediais, tais como abastecimento de água, tratamento de esgoto, energia, entre outros que forem necessários para o bom funcionamento da atividade, buscando por soluções sustentáveis e eficientes.

Requisito 115. A Concessionária deverá equipar as instalações de hospedagem com mobiliário e equipamentos duráveis e resistentes, visando o conforto dos visitantes durante sua estadia. Estes equipamentos deverão ser mantidos em bom estado de conservação e em pleno funcionamento, devendo ser substituídos quando apresentarem defeitos ou forem quebrados.

Requisito 116. Na administração do serviço de hospedagem, a Concessionária deverá:

I. Realizar o controle de entrada e saída dos visitantes e apresentar as normas a serem seguidas nas áreas da UC.

II. Manter todas as instalações de hospedagem constantemente limpas e higienizadas.

Requisito 117. A administração do serviço de hospedagem deverá monitorar a conduta dos hóspedes, zelando pelo respeito às regras estabelecidas pela administração da FLONA de Canela e aos princípios de conduta consciente em áreas protegidas, informando a administração da UC sobre qualquer ocorrência em desacordo a essas regras e princípios.

7.8. Implantação e gestão de instalações, espaços e serviços de visitação em atrativos turísticos

7.8.1. Trilhas de caminhada

Requisito 118. O serviço de apoio à visitação em atrativos turísticos e naturais refere-se à operação e implantação de estruturas de apoio para os visitantes nas trilhas e próximas às atrações naturais, aos equipamentos facilitadores e às estradas.

Requisito 119. A Concessionária deverá desenvolver atividades de apoio à visitação nos seguintes atrativos turísticos:

I. Trilha do Veado: trilha de caminhada autoguiada de 1.700 metros. A Concessionária deverá realizar a melhoria e a estruturação da trilha, provendo-a com equipamentos de apoio seguros e atrativos, de

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forma a ressaltar seu papel fundamental na visitação da UC seu caráter de educação e sensibilização ambiental.

II. Trilha da Cascatinha: trilha de caminhada autoguiada de 2.300 metros. A Concessionária deverá realizar a melhoria e a estruturação da trilha, provendo-a com equipamentos de apoio seguros e atrativos, de forma a ressaltar seu papel fundamental na visitação da UC seu caráter de educação e sensibilização ambiental.

III. Caminho das Araucárias (trecho interno a UC): atrativo autoguiado, que se constitui em um trecho de trilha de longo curso entre o Parque Estadual do Caracol e o Parque Nacional de São Joaquim. Nesse percurso, será necessário que a entrada e a saída sejam por locais diferentes, conectando-se com os trechos do Caminho das Araucárias localizados fora da UC, que a ligam, respectivamente, com o Caminho das Graças e com a Flona de São Francisco de Paula. A Concessionária deverá implementar e manejar o trecho do Caminho das Araucárias situado no interior da FLONA de Canela.

IV. Trilha de Mountain Bike: trilha para bicicleta de aproximadamente 33 km.

7.8.1.1. Requisitos, obrigações e especificações técnicas para as Trilhas de caminhada

Requisito 120. A Concessionária deverá apresentar projeto de implantação, sinalização, operacionalização e estruturação das Trilhas de caminhada para aprovação do Poder Concedente.

Requisito 121. A Concessionária deverá implementar pontos de apoio, descanso e contemplação ao longo do percurso das trilhas e onde houver atrativos naturais interessantes.

I. Nestes locais deverão ser implantados mobiliário, decks e outros equipamentos necessários para tornar a visitação agradável.

Requisito 122. A Concessionária deverá implementar equipamentos facilitadores de proteção, de modo a criar melhores condições de conforto e segurança aos visitantes. Devem ser implantados, onde for necessário ao longo do percurso, guarda-corpo, escadas e rampas.

Requisito 123. Nas trilhas de caminhada deverão ser implementados elementos interpretativos ao longo do percurso junto à fauna e flora e em locais importantes, de modo a enriquecer o percurso e fortalecer as bases para o trabalho de educação ambiental.

I. Deverão ser instaladas placas-base e sinalização educativa, contendo maior quantidade de informação e mapa, a serem fixadas no início do percurso ou quando houver atrativo natural importante.

7.8.1.2. Requisitos, obrigações e especificações técnicas para a Trilha de Mountain Bike

Requisito 124. A Concessionária deverá apresentar projeto de implantação, sinalização, operacionalização e estruturação da Trilha de Mountain Bike para aprovação do Poder Concedente.

I. A Tilha de Mountain Bike deverá possuir uma extensão aproximada de 33 km, conforme indicado no Apêndice 4 – Especificações locacionais para a Trilha de Mountain Bike, deste Projeto Básico.

7.9. Implantação e gestão de instalações, espaços e serviços de apoio a atividades de recreação, lazer e aventura

Requisito 125. As atividades de recreação, lazer e aventura constituem atividades complementares propostas para diversificar e ampliar as opções de atratividade turística na FLONA de Canela.

Requisito 126. Na implantação e gestão de instalações, espaços e serviços de apoio a atividades de recreação, lazer e aventura, a Concessionária poderá:

I. Subcontratar a implementação e operação das atividades e estruturas, desde que seja responsável pelo cumprimento dos requisitos e diretrizes especificadas neste documento e nos documentos em anexo, garantindo a eficácia, segurança e padrões de qualidade exigidos para os equipamentos e atividades.

II. Propor ao Poder Concedente a implantação de outras atividades na FLONA de Canela.

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III. Propor alteração das atividades apresentadas, com projeto detalhado contendo ao menos o percurso, equipamentos a serem utilizados e outras informações necessárias para o entendimento da proposta.

a) A implantação da atividade só poderá ser realizada com autorização prévia do Poder Concedente.

7.9.1. Espaço do Ciclista

Requisito 127. No Espaço do Ciclista estará disponível minimamente o serviço de aluguel de bicicletas, sendo facultado à Concessionária a exploração de serviços associados. Entre os serviços associados estão: venda de bicicletas, aluguel e venda de acessórios, serviços de lavagem de bicicletas, guarda volumes, prestação de serviços de reparos (revisão, lubrificação e regulagem) e bicicletários pagos.

Requisito 128. A Concessionária deverá implementar o Espaço do Ciclista na proximidade do Centro de Visitantes.

I. Fica a critério da Concessionária implementar ponto extra para oferecimento de serviços do Espaço do Ciclista em outras áreas de interesse.

Requisito 129. O Espaço do Ciclista deverá ser implementado com equipamentos, utensílios, maquinários e mobiliários necessários ao perfeito funcionamento e acondicionamento de bicicletas.

Requisito 130. No Espaço do Ciclista, a Concessionária deverá:

I. Fornecer informações gerais ao visitante sobre sua localização e orientação nas trilhas da FLONA de Canela.

II. Instalar, junto ao espaço de locação, mapa informativo contendo a localização do usuário, a indicação das trilhas de bicicleta existentes, níveis de dificuldade, descrição, problemas e ameaças.

Requisito 131. O Espaço do Ciclista deverá disponibilizar, para aluguel, bicicletas de modelo adequado para uso em trilhas de terra e resistentes às intempéries, inclusive bicicletas de tamanho adequado para o público infantil.

I. A Concessionária poderá cobrar valores diferenciados para opções e modelos de bicicletas diversos.

Requisito 132. O Espaço do Ciclista deverá:

I. Disponibilizar tabela de preços em local legível e visível para os visitantes.

II. Disponibilizar, de forma gratuita, bomba para enchimento de pneus para uso no local pelos usuários.

III. Utilizar produtos biodegradáveis no serviço de lavagem ecológica, de forma que não sejam corrosivos ou feitos à base de solventes e com registro/notificação na ANVISA.

Requisito 133. No serviço de aluguel de bicicletas, a Concessionária deverá manter as bicicletas em boas condições de uso e com disponibilidade da quantidade mínima de bicicletas, durante a vigência do Contrato, a fim de garantir a segurança, eficiência e conforto aos usuários.

I. A Concessionária deverá adquirir bicicletas novas e substitui-las quando completarem no máximo 3 (três) anos de uso.

Requisito 134. A Concessionária deverá apresentar o projeto para implantação do Espaço do Ciclista para aprovação do Poder Concedente.

7.10. Encargos de Operação e Gestão

Requisito 135. Este subcapítulo do Projeto Básico descreve as obrigações operacionais a serem cumpridas pela Concessionária, sendo seu cumprimento obrigatório na execução do objeto do Contrato.

I. A Concessionária deverá realizar todas as atividades descritas abaixo, exceto quando expressamente excepcionadas e, nos casos omissos, deverá seguir orientação do Poder Concedente.

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Requisito 136. Os encargos e obrigações da Concessionária ligados à operação e gestão detalhados neste Projeto Básico estão divididos em áreas temáticas que, em seu conjunto, perfazem todas as dimensões do objeto da Concessão, a saber:

I. Encargos de reformas e edificação de estruturas.

II. Encargos operacionais e administrativos.

III. Encargos de atendimento ao usuário.

IV. Encargos de manutenção.

V. Encargos de limpeza.

VI. Encargos de coleta e descarte de resíduos sólidos.

VII. Encargos de prevenção e combate a incêndios.

VIII. Encargos de vigilância e segurança patrimonial.

IX. Encargos de apoio ao manejo, conservação ambiental e de proteção dos recursos naturais e áreas verdes.

X. Encargos de educação ambiental.

Requisito 137. Os encargos e obrigações acima listados se relacionam com todas as áreas e infraestruturas objeto da Concessão. É por meio dessas atividades que a Concessionária manterá o padrão de qualidade dos serviços oferecidos aos usuários.

Requisito 138. A Concessionária deverá arcar com as despesas dos encargos e obrigações aqui apresentados, assim como dos encargos legais previstos na contratação de equipe para realização desses serviços.

Requisito 139. Os serviços prestados deverão atender o padrão técnico recomendado pelas normativas vigentes e ter devida responsabilidade técnica.

7.10.1. Encargos de reformas e edificação de estruturas

Requisito 140. Caberá à Concessionária coordenar a execução das obras e reformas, em comum acordo com o Poder Concedente, considerando a continuidade cronológica e física dos trabalhos, de maneira a evitar interrupções ou paralisações.

I. A Concessionária deverá informar previamente os visitantes sobre o cronograma das obras a serem realizadas na FLONA de Canela, a fim de assegurar a previsibilidade sobre o funcionamento da infraestrutura.

Requisito 141. Finalizadas as obras de implantação e/ou reforma de edificações, a Concessionária deverá desenvolver um manual de operação, uso e manutenção das edificações que deverá reunir apropriadamente todas as informações necessárias para orientar as atividades de operação, uso e manutenção das estruturas.

Requisito 142. A Concessionária deverá manter para todas as atividades relacionadas à execução de serviços de engenharia e arquitetura, a regularidade perante seus respectivos Conselhos Profissionais, inclusive para os terceiros contratados.

Requisito 143. Os projetos arquitetônicos e as obras de reforma e edificação previstos neste Projeto Básico são de responsabilidade da Concessionária.

Requisito 144. A Concessionária deverá providenciar todas as licenças ambientais necessárias para a execução das obras na FLONA de Canela, quando houver, observadas as condicionantes previstas nas Licenças Prévias e de Instalação obtidas pelo Poder Concedente e as novas exigências dos órgãos ambientais decorrentes do projeto adotado pela Concessionária.

I. A Concessionária deverá cumprir integralmente com as condicionantes ambientais e medidas compensatórias das Licenças Prévias, de Instalação e de Operação, quando houver, e com novas exigências solicitadas pelos órgãos ambientais.

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7.10.1.1. Requisitos e obrigações dos projetos arquitetônicos

Requisito 145. Os projetos arquitetônicos deverão observar e acatar as recomendações do:

I. Manual de Apoio ao Gerenciamento de Unidades de Conservação Federal, em especial as Orientações para Elaboração de Projetos e Edificações.

II. Manual de Construções Sustentáveis.

III. Orientações para Sinalização Visual em Unidades de Conservação Federais, acessível no link: (http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/licitacoes/UAAF/RJ/2015/manual_de_sinaliza%C3%A7%C3%A3o.pdf).

Requisito 146. Na elaboração dos projetos arquitetônicos:

I. O conceito das estruturas projetadas deverá ser o mais integrado possível à paisagem e, quando possível, utilizar materiais da própria região.

II. São desejáveis a utilização de construções sustentáveis e a adoção, sempre que possível, de energia solar.

III. Recomenda-se especial atenção às determinações das Normas Técnicas relativas à captação/drenagem de águas pluviais e tratamento e destino das águas servidas.

IV. O sistema de esgoto das edificações relacionadas à concessão deverá ser devidamente adequado, conforme a necessidade.

Requisito 147. Os projetos arquitetônicos deverão ser desenvolvidos por profissionais devidamente registrados no CREA e deverão garantir acessibilidade aos portadores de necessidades especiais.

I. Recomenda-se especial atenção dos projetistas às determinações da Lei nº 12.305/10 (Política Nacional de Resíduos Sólidos) das Normas Técnicas, especialmente seu art. 7º, inc. XI; o Decreto nº 7.404/10 (arts. 5º a 7º); a Instrução Normativa SLTI/MP nº 01/10 (Critérios de sustentabilidade ambiental na aquisição de bens, contratação de serviços ou obras pela Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional); a Instrução Normativa SLTI/MP nº 02/2014 (Aquisição ou locação de máquinas e aparelhos consumidores de energia pela Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, dentre outros normativos, conforme a contratação que se pretende além de outras normas técnicas relativas a sustentabilidade.

Requisito 148. Os projetos apresentados pela Concessionária deverão ser elaborados em meio digital e impressos em escalas que permitam perfeita visualização, em pranchas com padrões determinados pela ABNT. Deverão conter imagens 3D inseridas em fotografias das áreas onde serão construídos, de modo que se tenha a exata noção da interferência/impactos do edifício sobre a paisagem.

Requisito 149. Os cronogramas definidos nos projetos executivos de reforma e edificação deverão ser cumpridos.

Requisito 150. Todos os projetos arquitetônicos de reforma e edificação deverão ser previamente aprovados pelo Poder Concedente.

I. O Poder Concedente terá prazo de até 60 (sessenta) dias para analisar e emitir parecer sobre os projetos executivos das obras apresentados pela Concessionária. Eventuais complementações ou alterações necessárias implicarão em novo prazo para análise do Poder Concedente após sua apresentação.

Requisito 151. Antes do início das obras de edificação e reforma deverá ser apresentado pela Concessionária, para aprovação pelo Poder Concedente, um Plano de Controle Ambiental/PCA de obras civis.

7.10.2. Encargos operacionais e administrativos

Requisito 152. A Concessionária deverá desenvolver, no primeiro ano de execução do Contrato, bem como manter atualizado, um Procedimento Operacional Padrão para a gestão da FLONA de Canela, abordando, no mínimo:

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I. Serviços de manejo.

II. Serviços de limpeza.

III. Serviços de vigilância e segurança patrimonial.

IV. Procedimentos de gestão dos equipamentos.

V. Procedimentos de manutenção das edificações.

VI. Procedimentos para exploração das atividades a ele delegadas.

VII. Procedimentos de prevenção e combate a incêndios.

VIII. Serviços de coleta e descarte de resíduos sólidos.

IX. Atendimento ao usuário.

X. Outros aspectos que considerar relevantes.

Requisito 153. A Concessionária deverá se responsabilizar por todos os encargos sociais, fiscais e comerciais resultantes da execução do Contrato.

Requisito 154. A Concessionária deverá prover, ao longo de todo o período de Concessão, um quadro de funcionários próprios e de terceiros contratados suficiente para garantir a execução dos serviços ofertados sem interrupção nos regimes contratados, considerando férias, descanso semanal, licença, falta, demissão e outros análogos, obedecidas as disposições da legislação vigente.

I. O quantitativo de funcionários deverá ser ajustado para manter a qualidade do serviço em caso de ampliação do horário de funcionamento da FLONA de Canela e/ou de aumento da visitação.

Requisito 155. A Concessionária deverá manter seus empregados sujeitos às normas disciplinares do Poder Concedente, substituindo imediatamente o funcionário cuja atuação, permanência ou comportamento sejam considerados pelo Poder Concedente como prejudiciais, inconvenientes ou insatisfatórios à boa ordem ou em desacordo com as normas da FLONA de Canela.

Requisito 156. A Concessionária deverá se responsabilizar exclusiva e integralmente pelo recolhimento e pagamento de contribuições sociais, trabalhistas, previdenciárias e demais encargos e adicionais pertinentes, devidos a qualquer título, na forma da lei.

I. A inadimplência da Concessionária com os encargos e obrigações trabalhistas não transfere ao Poder Concedente a responsabilidade pelos seus pagamentos.

Requisito 157. A Concessionária deverá manter seus funcionários próprios e subcontratados devidamente uniformizados e identificados por crachá, de acordo com as atividades desenvolvidas.

Requisito 158. Nos termos da legislação vigente e das normas de segurança aplicáveis, a Concessionária deverá munir os funcionários com Equipamentos de Proteção Individual – EPI e demais equipamentos necessários para a execução das respectivas funções com segurança.

Requisito 159. Cabe à Concessionária atender as Normas de Segurança e Medicina do Trabalho, no que concerne a execução do objeto da contratação a seu cargo, assumindo todos os ônus e responsabilidades decorrentes.

I. A Concessionária será responsável por todas as providências e obrigações estabelecidas na legislação de acidentes de trabalho, ainda que ocorridos nas dependências do Poder Concedente.

Requisito 160. A Concessionária deverá elaborar e executar um programa de capacitação continuada dos funcionários contratados, buscando seu aprimoramento profissional, interpessoal, e sua conscientização sobre as normas que regem a unidade de conservação e as condutas esperadas nos espaços protegidos. São cursos prioritários a serem oferecidos pela Concessionária:

I. Treinamento em Sistema de Gestão de Segurança, em atividades voltadas ao turismo de aventura.

II. Legislação, políticas e estratégia institucional do ICMBio para as unidades de conservação.

III. Atitudes, comportamentos e condutas adequadas no trabalho e no lazer em unidades de conservação.

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IV. Primeiros socorros e procedimentos básicos em emergências.

Requisito 161. A Concessionária deverá arcar com todas as despesas relativas a serviços que utilizar, tais como água, esgoto/fossa, energia elétrica, telefone, gás, coleta de lixo, vigilância patrimonial, limpeza e outras.

I. Quando necessário, a Concessionária deverá providenciar e arcar com a respectiva despesa de instalação dos medidores individuais de consumo de gás, energia e água.

7.10.3. Encargos de manutenção

Requisito 162. No contexto da execução deste Projeto Básico, manutenção é um conjunto de atividades, e serviços, que visam assegurar as condições de segurança e conservação dos imóveis e infraestruturas da Concessão, em conformidade com as disposições previstas nos projetos de reforma e construção.

Requisito 163. A Concessionária é responsável pela manutenção de todos os elementos construtivos, dos elementos de paisagismo, do mobiliário, dos utensílios, dos equipamentos, das infraestruturas, dos sistemas internos de tratamento de esgoto, e de quaisquer outros itens cuja manutenção seja necessária para o correto desempenho dos serviços da Concessão durante toda a execução do Contrato.

Requisito 164. A Concessionária é responsável pela manutenção de todas as estruturas e equipamentos de segurança e proteção relacionados às atividades de recreação, lazer e aventura.

Requisito 165. A Concessionária deverá criar checklist para monitoramento mensal das condições de infraestrutura da FLONA de Canela, realizando tempestivamente as manutenções corretivas e preventivas, partindo das necessidades verificadas no monitoramento.

Requisito 166. As atividades relacionadas com a manutenção deverão seguir os seguintes parâmetros:

I. Manutenção Preditiva: analisar o sistema em uso, com o intuito de apontar eventuais anomalias, além de direcionar e programar os procedimentos de prevenção. Identificar os sinais de falha iminentes para evitar que outros problemas sejam ocasionados, tendo uma ação de controle preventivo.

II. Manutenção Preventiva: atuar de forma antecipada para que não seja necessário realizar reparação. Realizar atividades programadas em datas pré-estabelecidas, obedecendo a critérios técnicos ou do próprio histórico da manutenção realizada, que visa evitar problemas. A ação preventiva depende diretamente de informações dos fabricantes, históricos de manutenção e avaliações por meio de rotinas periódicas e de vistorias de inspeção. Estas informações estabelecem uma rotina de manutenção, com atuação preventiva, que aplicada de maneira correta aumenta a vida útil do bem, além de diminuir os custos da manutenção.

III. Manutenção Corretiva: caracterizada por serviços planejados ou não, deverá ser realizada sempre que necessário, logo após a manifestação do problema, com o intuito de corrigi-lo com a maior brevidade possível. A sua ação implica na paralisação de um sistema, com intervenção de curto a longo prazo. O seu custo é elevado em relação aos outros tipos de manutenção e, portanto, a Concessionária deverá sempre realizar de forma correta todas as atividades de manutenção preventiva e preditiva.

IV. Manutenção Detectiva: analisar as causas de falhas e problemas para auxiliar os planos de manutenção. Esta manutenção tem o intuito de estudar a causa, o porquê da ocorrência do defeito e da falha, sendo a maneira de eliminar a sua causa. Tem uma ação efetiva na gênese do problema para que este não ocorra, antecedendo a própria manutenção preditiva. É conhecida como manutenção proativa ou engenharia de manutenção, e de forma resumida, o seu objetivo é determinar as causas das falhas para fornecer um “feedback” ao projeto e à própria manutenção, no intuito de aprimorá-la.

Requisito 167. As infraestruturas deverão ser mantidas adequadamente de forma preventiva e corretiva assim como os elementos estruturais, paredes, mobiliário e paisagismo.

Requisito 168. As infraestruturas internas dos imóveis deverão ser mantidas de modo a evitar incidentes e acidentes devido ao mau estado de drenagem e conservação.

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Requisito 169. A Concessionária deverá estabelecer vistorias programadas para todas as edificações e infraestruturas da Concessão, a fim de levantar possíveis itens que necessitem de atenção e cuidado, tomando medidas preventivas antes do colapso da infraestrutura existente.

Requisito 170. Deverão ser apresentados ao Poder Concedente laudos das vistorias e dos reparos realizados pela Concessionária a fim de garantir a qualidade da atividade para os usuários.

7.10.4. Encargos de limpeza

Requisito 171. A Concessionária será responsável pelos serviços de limpeza e conservação das áreas sob sua responsabilidade, que visam manter ambientes limpos, organizados, e higienizados, oferecendo uma condição saudável para os usuários.

Requisito 172. A Concessionária deverá:

I. Sempre que possível, realizar uma limpeza ecológica, que consiste em utilizar produtos e métodos de limpeza que não sejam nocivos ou que possam reduzir impactos ao meio ambiente. Estes produtos e métodos são elaborados com ativos e ingredientes que não contribuem para a degradação da qualidade do meio ambiente, e que não são nocivos à saúde humana.

II. Executar os serviços de limpeza das áreas internas dos imóveis, mantendo-as salubres e higienizadas para otimizar sua conservação, bem como promover a destinação ambientalmente adequada dos resíduos gerados nessas áreas, de acordo com a legislação ambiental e sanitária aplicável.

III. Fornecer todos os recursos humanos, tecnológicos e materiais, bem como os insumos necessários para execução dos serviços limpeza e conservação dos imóveis.

IV. Atender, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas contadas a partir da ciência do fato, reclamações de usuários quanto à necessidade de limpeza urgente das áreas sob sua responsabilidade.

7.10.5. Encargos de coleta e descarte de resíduos sólidos e efluentes

Requisito 173. A Concessionária deverá se responsabilizar por todo resíduo, rejeito ou efluente gerado nas áreas sob sua responsabilidade, atentando para a manutenção de uma política de mínimo impacto, nos termos da Lei Federal nº 12.305/10 (que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos), da Lei Federal nº 11.445/07 (que estabelece as diretrizes nacionais para o Saneamento Básico) ou outras que venham a substituí-las.

Requisito 174. A Concessionária deverá obrigatoriamente adotar as seguintes medidas:

I. Tratar os efluentes dos banheiros e demais efluentes líquidos.

II. Adotar as melhores práticas em relação à gestão de resíduos sólidos, tais como o incentivo a não geração, à redução, à reutilização, à coleta seletiva, à reciclagem, à logística reversa, ao tratamento preliminar dos resíduos sólidos, à destinação final ambientalmente adequada dos resíduos e à disposição dos rejeitos.

III. Realizar constantemente atividades de sensibilização interna junto aos seus colaboradores, no sentido de disseminar boas práticas no cotidiano da equipe de trabalho.

IV. Realizar coleta seletiva de resíduos sólidos, conforme a resolução CONAMA nº 275, de 25 de abril de 2001, ou aquela que venha substituí-la, e garantir a sua destinação e/ou disposição ambientalmente adequada conforme legislação aplicável.

V. Retirar e garantir a destinação e/ou disposição adequada de todos e quaisquer resíduos sólidos (p.ex., entulho, pilhas, lâmpadas, etc.) encontrados na área sob sua responsabilidade.

VI. Realizar campanhas de sensibilização, conscientização e orientação aos visitantes em relação à separação correta de resíduos, estimulando redução do volume de resíduos produzidos e informando os impactos ambientais decorrentes do não tratamento destes.

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Requisito 175. As lixeiras deverão ser alocadas em locais apropriados para a coleta do lixo, vedadas para evitar o acesso de animais silvestres e serem laváveis.

I. A Concessionária deverá buscar soluções para evitar acesso de animais ao conteúdo das lixeiras.

Requisito 176. Nas áreas de hospedagem e alimentação:

I. Os resíduos recolhidos deverão ser alocados em depósitos afastados das áreas de preparo de alimentos.

II. Os óleos residuais deverão ser separados para destinação adequada fora da UC.

Requisito 177. A coleta dos resíduos orgânicos deverá ser realizada com frequência necessária para evitar o transbordamento das lixeiras, bem como a proliferação de insetos e pragas nos imóveis de hospedagem.

I. A Concessionária deverá analisar, junto ao Poder Concedente, a viabilidade de implantar sistema de compostagem para destinação de parte dos resíduos orgânicos, associada a um programa de educação e conscientização ambiental.

Requisito 178. Não será permitida a instalação, dentro dos limites da UC, de áreas de destinação de resíduos biodegradáveis ou de entulhos e resíduos gerados nas obras de reforma e edificação.

I. A Concessionária deverá retirar e garantir a disposição adequada de todo e qualquer entulho e resíduos sólidos encontrados no interior da UC.

II. Os resíduos coletados serão encaminhados aos locais indicados pelo Poder Concedente e pela Prefeitura Municipal de Canela.

7.10.6. Encargos de prevenção e combate de incêndios

Requisito 179. Os projetos das reformas e de implantação de novas infraestruturas deverão estar adequados às normas vigentes de prevenção e combate ao incêndio, além de serem aprovados pelo Corpo de Bombeiros. As obrigações detalhadas a seguir visam à segurança dos usuários das infraestruturas ao longo da Concessão.

Requisito 180. A Concessionária deverá:

I. Elaborar e executar o plano de prevenção e combate a incêndios nas infraestruturas objeto da concessão.

II. Manter a área concessionada permanentemente dotada de aparelhagem adequada à prevenção e extinção de incêndio e sinistro, mantendo igualmente o seu pessoal instruído quanto ao emprego eficaz dessa aparelhagem.

III. Desenvolver ações educativas de prevenção a incêndio, no mínimo 1 (uma) vez por ano, para sua equipe própria através de treinamentos, palestras, rotas de fuga e implantação de mapas e placas sinalizadoras educativas na FLONA de Canela.

IV. Manter os equipamentos contra incêndio em boas condições de uso e efetuar testes e recargas dentro da legislação vigente.

V. Manter as edificações, devidamente sinalizadas, com os tipos de extintores disponíveis, hidrantes, assim como placas que indiquem rotas de fuga.

7.10.7. Encargos de vigilância e segurança patrimonial

Requisito 181. A Concessionária deverá:

I. Ser responsável pela vigilância e segurança patrimonial visando proteger e garantir a integridade dos bens patrimoniais, dos atrativos e dos visitantes nas áreas sob responsabilidade da Concessionária, envolvendo as atividades de vigilância/segurança patrimonial, de controle, operação e fiscalização das portarias, dos edifícios e dos espaços de visitação livre.

II. Ser responsável pela vigilância e segurança patrimonial das edificações relacionadas aos serviços concedidos, especialmente o acesso ao Parque através das portarias, desenvolvendo todas as

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estratégias que garantam a integridade dos bens, podendo utilizar, para tanto, quaisquer recursos tecnológicos para evitar qualquer dano ao patrimônio.

III. Contratar o serviço contínuo de vigilância preventiva, podendo esta ser armada ou não, exercido por empresa especializada devidamente autorizada e dentro dos limites e regulamento da FLONA de Canela, com a finalidade de garantir a segurança física das pessoas e a integridade do patrimônio no local.

IV. Prover aos profissionais de vigilância os equipamentos necessários para a sua proteção conforme legislação específica; bem como propiciar as condições necessárias para o perfeito desenvolvimento dos serviços, fornecendo uniformes, equipamentos de proteção individual adequados às tarefas que executam e às condições climáticas, equipamentos e materiais de intercomunicação e lanternas.

V. Comunicar ao Poder Concedente, no prazo máximo de 2 (dois) dias úteis, a ocorrência de casos de danos ao patrimônio da FLONA de Canela.

Requisito 182. Todo o material e equipamento destinado à proteção e segurança da FLONA de Canela, tais como veículos, equipamentos de combate a incêndios, equipamentos de proteção, câmeras de segurança, equipamentos de intercomunicação, kit de primeiros socorros, deverão estar em perfeito estado de funcionamento.

Requisito 183. Os serviços de vigilância deverão acontecer diariamente considerando a contratação de vigilante/segurança patrimonial por turnos de trabalho, considerando que nas portarias de acesso à segurança deverá acontecer durante 24 horas e nas áreas internas da FLONA de Canela a atividade se restringirá ao turno diurno de acordo com horário a ser estabelecido entre as partes.

7.10.8. Encargos de apoio ao manejo, conservação ambiental e de proteção dos recursos naturais e áreas verdes

Requisito 184. A Concessionária deverá realizar apoio ao Poder Concedente ao manejo, conservação ambiental e proteção dos recursos naturais e áreas verdes exclusivamente ligadas aos serviços concessionados, com a finalidade de proteger e conservar a integridade do patrimônio natural, histórico e cultural dessas áreas, e consequentemente de suas atrações naturais.

I. Será de responsabilidade da Concessionária apoiar o trabalho do ICMBio no que se refere à vistoria das áreas verdes de uso público relacionadas aos serviços concessionados.

II. O responsável por esta atividade fornecerá os itens necessários para realização dos serviços de manutenção e conservação.

III. A Concessionária deverá manter nas áreas sob sua responsabilidade, as áreas verdes ajardinadas e limpas, devendo efetuar cortes, podas, remoção.

7.10.9. Encargos de educação ambiental

Requisito 185. A Concessionária poderá realizar campanhas e ações para sensibilização, conscientização e educação ambiental direcionada aos visitantes, bem como à equipe interna, nas áreas da concessão de forma complementar as ações realizadas na unidade de conservação.

I. As campanhas e ações visam o desenvolvimento de pensamento crítico sobre as problemáticas ambientais e conscientização sobre os impactos ocasionados pela atividade humana no meio natural. São exemplos de ações que podem ser realizadas:

a) Avisos sobre a importância da redução do consumo de água, energia e reciclagem de resíduos sólidos.

b) Informativos sobre a proibição de fogueiras dentro da UC.

c) Informações sobre a importância da fauna e flora local.

II. A Concessionária deverá verificar, junto ao Poder Concedente, as atividades ou projetos já existentes para a FLONA de Canela relacionados à educação ambiental, identificando possíveis parcerias para fortalecimento dos laços com a comunidade local atuante.

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III. A Concessionária poderá realizar parcerias para desenvolvimento de oficinas, cursos e atividades direcionadas à educação ambiental, visando o fortalecimento da relevância da FLONA de Canela como local de promoção da conscientização, educação e interpretação ambiental.

7.10.10. Encargos de recepção e atendimento ao usuário

Requisito 186. A Concessionária deverá instituir um Serviço de Atendimento ao Usuário e Ouvidoria permanente para:

I. Receber, processar e responder as críticas e sugestões dos usuários e terceiros.

II. Apurar reclamações relativas à execução do Contrato de Concessão

Requisito 187. A Concessionária deverá estabelecer estratégias de articulação com os usuários e entidades representativas da FLONA de Canela para melhoria dos serviços prestados.

Requisito 188. A Concessionária deverá contratar pelo menos 1 (um) funcionário com habilidade de comunicação em inglês para suporte geral aos serviços de atendimento ao público.

7.11. Contrapartidas

7.11.1. Ações Socioambientais

Requisito 189. A Concessionária será responsável pelo desenvolvimento de ações socioambientais na FLONA de Canela, cuja finalidade é fomentar as atividades de educação ambiental e pesquisa científica.

Requisito 190. A Concessionária deverá apoiar o desenvolvimento e a produção de subprodutos florestais na Floresta Nacional de Canela por meio de programas socioambientais junto às comunidades do entorno. A intenção é fomentar a produção local de subprodutos advindos da floresta, tais como gastronomia relacionada ao pinhão, entre outros.

I. A Concessionária poderá realizar oficinas e cursos para o desenvolvimento de mão de obra na comunidade local interessada neste tipo de produção, com apoio da equipe técnica da UC.

II. A produção de artesanato com a madeira poderá utilizar as árvores caídas, desde que a utilização seja previamente aprovada pela equipe técnica da UC.

Requisito 191. A Concessionária deve elaborar e apresentar o Programa de Atividades Socioambientais ao Poder Concedente e à equipe técnica da UC para aprovação e acompanhamento.

7.11.2. Vagas de estacionamento

Requisito 192. A Concessionária deverá disponibilizar o mínimo de 4 vagas exclusivas no estacionamento para o Poder Concedente.

7.12. Prazos das obras, investimentos e implantação das atividades

Requisito 193. A Concessionária deverá executar as intervenções obrigatórias, com as especificações e diretrizes previstas neste Projeto Básico e seus apêndices, obedecendo aos seguintes termos:

I. Os Projetos Técnicos de implantação das atividades e serviços, bem como os Projetos Arquitetônicos das obras e intervenções, com respectivos Cronograma e Plano de Mitigação dos Impactos Ambientais, deverão ser apresentados ao Poder Concedente para aprovação nos prazos definidos neste Projeto Básico.

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II. O Poder Concedente deverá expedir um documento de não objeção aos projetos desenvolvidos em um prazo máximo de 2 (dois) meses após o recebimento dos projetos para que a Concessionária inicie as obras.

Requisito 194. As atividades e intervenções obrigatórias previstas neste Projeto Básico deverão ser realizadas em três momentos distintos (Momento I, Momento II e Momento III), concomitantes ou não, observados os prazos previstos pela Concessionária em seu Cronograma de Obras, obedecendo aos seguintes termos:

7.12.1. Momento I – implementação de curto prazo

Requisito 195. A Concessionária deverá concluir ou implementar, no prazo máximo de até 6 (seis) meses após a assinatura do Contrato, as atividades, serviços e/ou intervenções elencadas a seguir:

I. Modelos de uniformes:

a) Os modelos de uniformes deverão ser apresentados para aprovação do Poder Concedente em até 2 (dois) meses após a assinatura do Contrato.

b) Os uniformes deverão ser adotados pela Concessionária em até 1 (um) mês após aprovação do Poder Concedente.

II. Plano de Comunicação e Identidade Visual:

a) O Plano de Comunicação e Identidade Visual, incluindo o Projeto de Comunicação e o Projeto de Sinalização, deverá ser apresentado para aprovação do Poder Concedente em até 2 (dois) meses após a assinatura do Contrato.

b) O Plano de Comunicação e Identidade Visual entrará em vigência após a aprovação dos Poder Concedente.

III. Sistema de Gestão Operacional:

a) O Sistema de Gestão Operacional deverá ser apresentado para aprovação do Poder Concedente em até 4 (quatro) meses após a assinatura do Contrato.

b) O Sistema de Operação Gerencial deverá entrar em funcionamento em até 6 (seis) meses após a assinatura do Contrato.

IV. Sistema de Gestão de Segurança:

a) O Sistema de Gestão de Segurança deverá ser apresentado para aprovação do Poder Concedente em até 4 (quatro) meses após a assinatura do Contrato.

b) O Sistema de Gestão de Segurança deverá entrar em funcionamento em até 6 (seis) meses após a assinatura do Contrato.

V. Serviço de cobrança de ingressos e bilhetes:

a) O Projeto Técnico das estruturas necessárias para a cobrança de ingressos e bilhetes deverá ser apresentado para aprovação do Poder Concedente em até 2 (dois) meses após a assinatura do Contrato.

b) O Serviço de cobrança de ingressos e bilhetes deverá entrar em operação em até 6 (seis) meses após a assinatura do Contrato.

VI. Serviço de estacionamento:

a) O Projeto Técnico do estacionamento deverá ser apresentado para aprovação do Poder Concedente em até 2 (dois) meses após a assinatura do Contrato.

b) O Serviço de estacionamento deverá entrar em operação em até 6 (seis) meses após a assinatura do Contrato.

VII. Sistema de comunicação interna via rádio ou tecnologia superior:

a) O Projeto Técnico do sistema de comunicação interna deverá ser apresentado para aprovação do Poder Concedente em até 2 (dois) meses após a assinatura do Contrato.

b) O Serviço de comunicação interna deverá entrar em operação em até 6 (seis) meses após a assinatura do Contrato.

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VIII. Projeto de estruturação e sinalização de trilhas de caminhada:

a) O Projeto Técnico estruturação e sinalização de trilhas de caminhada deverá ser apresentado para aprovação do Poder Concedente em até 2 (dois) meses após a assinatura do Contrato.

b) A sinalização e estruturação das trilhas de caminhada deverão estar implementadas em até 6 (seis) meses após a assinatura do Contrato.

IX. Projeto de estruturação e sinalização de trilhas de Mountain Bike:

a) O Projeto Técnico estruturação e sinalização da trilha de Mountain Bike deverá ser apresentado para aprovação do Poder Concedente em até 2 (dois) meses após a assinatura do Contrato.

b) A sinalização e estruturação das trilhas de caminhada deverão estar implementadas em até 6 (seis) meses após a assinatura do Contrato.

Requisito 196. A execução das obras das intervenções de construção ou reforma de instalações deverá iniciar no prazo máximo de 1 (um) mês após aprovação dos projetos arquitetônicos pelo Poder Concedente e à obtenção de licenciamento ambiental e outras licenças, quando aplicável.

Requisito 197. O prazo máximo de conclusão destas obras poderá ser prorrogado mediante justificativas apresentadas e submetidas à aprovação do Poder Concedente.

I. O pedido de prorrogação, devidamente justificado, deverá vir acompanhado de um novo cronograma, bem como com a comprovação quanto à impossibilidade de execução das obras.

7.12.2. Momento II – implementação de médio prazo

Requisito 198. A Concessionária deverá concluir ou implementar, no prazo máximo de 18 (dezoito) meses após a assinatura do Contrato, as atividades, serviços e/ou intervenções elencadas a seguir:

I. Reforma do Centro de Visitantes:

a) O Projeto arquitetônico de reforma do Centro de Visitantes deverá ser apresentado para aprovação do Poder Concedente em até 4 (quatro) meses após a assinatura do Contrato.

b) O Centro de Visitantes deverá entrar em operação em até 18 (dezoito) meses após a assinatura do Contrato.

II. Construção de parque de recreação infantil:

a) O Projeto técnico de construção parque de recreação infantil deverá ser apresentado para aprovação do Poder Concedente em até 4 (quatro) meses após a assinatura do Contrato.

b) O parque de recreação infantil deverá entrar em operação em até 18 (dezoito) meses após a assinatura do Contrato.

III. Reforma/construção de instalação para serviço de alimentação e/ou comércio:

a) O projeto arquitetônico de construção/reforma do imóvel e projeto técnico de implantação dos serviços de alimentação e/ou comércio deverá ser apresentado para aprovação do Poder Concedente em até 4 (quatro) meses após a assinatura do Contrato.

b) O serviço de alimentação e/ou comércio deverá entrar em operação em até 18 (dezoito) meses após a assinatura do Contrato.

IV. Reforma/construção do Espaço do Ciclista:

a) O projeto arquitetônico de reforma/construção do imóvel e projeto técnico de implantação do Espaço do Ciclista deverá ser apresentado para aprovação do Poder Concedente em até 4 (quatro) meses após a assinatura do Contrato.

b) O Espaço do Ciclista deverá entrar em operação em até 18 (dezoito) meses após a assinatura do Contrato.

V. Programa de Atividades Socioambientais:

a) O Programa de Atividades Socioambientais deverá ser apresentado para aprovação do Poder Concedente em até 12 (doze) meses após a assinatura do Contrato.

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b) O Programa de Atividades Socioambientais deverá entrar em realização em até 18 (dezoito) meses após a assinatura do Contrato.

Requisito 199. A execução das obras das intervenções de construção ou reforma de instalações deverá iniciar no prazo máximo de 1 (um) mês após aprovação dos projetos arquitetônicos pelo Poder Concedente e à obtenção de licenciamento ambiental e outras licenças, quando aplicável.

Requisito 200. O prazo máximo de conclusão destas obras poderá ser prorrogado mediante justificativas apresentadas e submetidas à aprovação do Poder Concedente.

I. O pedido de prorrogação, devidamente justificado, deverá vir acompanhado de um novo cronograma, bem como com a comprovação quanto à impossibilidade de execução das obras.

7.12.3. Momento III – implementação de longo prazo

Requisito 201. A Concessionária deverá concluir ou implementar, no prazo máximo de até 30 (trinta) meses após a assinatura do Contrato, as atividades, serviços e/ou intervenções elencadas a seguir:

I. Reforma/construção de imóveis para serviço de hospedagem:

a) O projeto arquitetônico de reforma/construção dos imóveis e projeto técnico de implantação do serviço de hospedagem deverá ser apresentado para aprovação do Poder Concedente em até 12 (doze) meses após a assinatura do Contrato.

b) O serviço de hospedagem deverá entrar em operação em até 30 (trinta) meses após a assinatura do Contrato.

Requisito 202. A execução das obras das intervenções de construção ou reforma de instalações deverá iniciar no prazo máximo de 1 (um) mês após aprovação dos projetos arquitetônicos pelo Poder Concedente e à obtenção de licenciamento ambiental e outras licenças, quando aplicável.

Requisito 203. O prazo máximo de conclusão destas obras poderá ser prorrogado mediante justificativas apresentadas e submetidas à aprovação do Poder Concedente.

I. O pedido de prorrogação, devidamente justificado, deverá vir acompanhado de um novo cronograma, bem como com a comprovação quanto à impossibilidade de execução das obras.

8. Implementação e gestão de receitas acessórias

Requisito 204. Receitas acessórias constituem aquelas atividades econômicas relacionadas tangencialmente ao objeto do contrato de Concessão, diversas das atividades principais previstas em contrato, que podem facultativamente ser exploradas pela Concessionária mediante aprovação do Poder Concedente.

I. Da parte do Poder Concedente, a análise e aprovação das proposições de exploração de atividades acessórias compete ao Comitê Especial de Concessão – CEC do ICMBio.

Requisito 205. A Concessionária poderá ser autorizada a explorar novos atrativos, atividades e receitas, desde que sejam relacionados ao objeto do Contrato, observadas as normas e regulamentos aplicáveis.

I. A Concessionária não poderá realizar e não poderá propor atividades que conflitem com outras delegaçãoes e parcerias executadas na FLONA de Canela.

II. Nenhum contrato celebrado entre a Concessionária e terceiros, no âmbito desta Cláusula e quando envolver Bens Reversíveis, poderá ultrapassar o prazo da Concessão.

Requisito 206. A exploração de receitas acessórias pode ser proposta:

I. Pela Concessionária, nos termos do Projeto Básico e demais documentos referentes ao Contrato de Concessão.

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II. Pelo Poder Concedente, a título de sugestão a Concessionária de exploração de atividade que caracterize receita acessória.

a) A proposição pelo Poder Concedente, como descrita neste item, não vincula sua realização pela Concessionária que, caso decida por aceitá-la, deverá obedecer ao disposto no Projeto Básico e demais normas legais.

Requisito 207. Toda e qualquer nova receita acessória que a Concessionária deseje explorar deverá ser previamente solicitada ao Poder Concedente, indicando, no mínimo:

I. A natureza da atividade a ser explorada.

II. A correlação com o objeto do Contrato.

III. A logística de planejamento e operacionalização da atividade e, quando couber, plano de gerenciamento de riscos.

IV. A fonte e os valores estimados de receita por ano.

V. Os possíveis impactos ambientais da atividade.

VI. Os possíveis impactos econômico-financeiros no Contrato de Concessão.

Requisito 208. Os novos serviços e atividades desenvolvidos pela Concessionária deverão ser realizados por sua conta e risco.

I. No exercício desses serviços e atividades, a Concessionária se responsabilizará por toda e qualquer infração à regulamentação aplicável, perante os órgãos competentes.

Requisito 209. Uma vez aprovada pelo Poder Concedente a exploração de fontes de receitas acessórias, a Concessionária deverá manter contabilidade específica de cada atividade, com detalhamento de receitas, custos e resultados líquidos.

Requisito 210. As receitas financeiras da Concessionária, assim entendidos os juros, descontos recebidos, receitas de títulos vinculados ao mercado aberto, receitas sobre outros investimentos, prêmio de resgate de títulos e debêntures, bem como as atualizações monetárias pré-fixadas, as variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações em função da taxa de câmbio ou de índices ou coeficientes aplicáveis por disposição legal ou contratual não serão consideradas receitas assessórias.

9. Responsabilidades, deveres e direitos

9.1. Responsabilidades, deveres e direitos da Concessionária

Requisito 211. A Concessionária responderá perante o ICMBio e terceiros por danos, bens e outros custos imputáveis, nos termos admitidos na legislação e nas normas aplicáveis.

I. A presença da fiscalização durante a execução do objeto contratado, quaisquer que sejam os atos praticados no desempenho de suas atribuições, não implicará solidariedade ou corresponsabilidade com a Concessionária, que responderá única e integralmente pela execução dos serviços, inclusive pelos serviços executados por suas subcontratadas, na forma da legislação em vigor.

II. Se a Concessionária recusar, demorar, negligenciar ou deixar de eliminar falhas, vícios, defeitos ou imperfeições apontadas pelo Poder Concedente, este poderá efetuar os reparos e substituições que considerar necessários, seja por meios próprios ou de terceiros, transformando-se os custos decorrentes, independentemente do seu montante, em dívida líquida e certa da Concessionária.

Requisito 212. A Concessionária responderá diretamente por todas e quaisquer perdas e danos causados em bens ou pessoas, inclusive em propriedades vizinhas, decorrentes de omissões e atos praticados por seus funcionários e prepostos, fornecedores e subcontratados, bem como originados de infrações ou inobservância

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de leis, decretos, regulamentos, portarias e posturas oficiais em vigor, devendo indenizar o ICMBio por quaisquer pagamentos que este seja obrigado a fazer, incluindo multas, correções monetárias e acréscimos de mora.

Requisito 213. A Concessionária responderá pela posse, guarda, manutenção e vigilância de todos os bens integrantes da Concessão, de acordo com o previsto no Contrato, na legislação e nas normas vigentes.

Requisito 214. A Concessionária deverá ressarcir o ICMBio e os demais anuentes e interveniente de todos os desembolsos decorrentes de determinações judiciais, para satisfação de obrigações originalmente imputáveis à Concessionária, inclusive reclamações trabalhistas propostas por empregados ou terceiros vinculados à Concessionária.

Requisito 215. A Concessionária deverá informar ao ICMBio, imediatamente, quando citada ou intimada de qualquer ação judicial ou procedimento administrativo, que possa resultar em responsabilidade do ICMBio, ou da interveniente, inclusive dos termos e prazos processuais, bem como envidar os melhores esforços na defesa dos interesses comuns, praticando todos os atos processuais cabíveis com esse objetivo.

Requisito 216. A Concessionária deverá reparar imediatamente, após o recebimento de notificação, quaisquer danos causados aos bens sob sua responsabilidade.

Requisito 217. A Concessionária deverá efetuar, em até de 45 (quarenta e cinco) dias após a convocação para assinatura do Contrato, a constituição e o registro em junta comercial de Sociedade de Propósito Específico – SPE, sob pena de decair do direito à contratação, sem prejuízo das penalidades previstas neste Contrato.

I. Caso o prazo do item anterior não seja exequível, este poderá ser prorrogado pelo Poder Concedente mediante justificativa apresentada pela Concessionária.

Requisito 218. A Concessionária deverá cumprir e fazer cumprir integralmente o Contrato de concessão, em conformidade com as disposições legais e regulamentares, e ainda as determinações do ICMBio editadas a qualquer tempo, atendendo às exigências, recomendações ou observações feitas pelo ICMBio, conforme os prazos fixados em cada caso.

Requisito 219. A Concessionária deverá manter, durante a execução do Contrato, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação.

Requisito 220. A Concessionária deverá realizar um inventário de todos os bens móveis para o Poder Concedente, que terá a prerrogativa de incorporar ao patrimônio público aqueles que avaliar como essenciais para continuidade do serviço de concessão. Os demais bens deverão ser removidos da unidade de conservação pela Concessionária.

I. O inventário dos bens móveis deverá ser iniciado 12 (doze) meses antes do encerramento do Contrato.

Requisito 221. A Concessionária deverá, durante todo o prazo da Concessão:

I. Promover a modernização, substituição, aperfeiçoamento e ampliação da tecnologia, equipamentos e instalações objeto dos serviços e atividades a serem contratados durante todo o período da Concessão.

II. Manter, em bom estado de funcionamento, conservação e segurança, às suas expensas, os bens necessários à prestação dos serviços que integram a Concessão, durante a vigência do Contrato.

III. Assegurar a adequada prestação dos serviços, valendo-se de todos os meios e recursos à sua disposição, incluindo, e não se limitando, a todos os investimentos em futuras expansões, necessários para a manutenção dos níveis de serviço.

IV. Atender e fazer atender, de forma adequada, o público em geral e os visitantes, em particular.

V. Manter o ICMBio informado sobre toda e qualquer ocorrência em desconformidade com exploração dos serviços na FLONA de Canela.

Requisito 222. As ações desenvolvidas pela Concessionária deverão observar e cumprir a Lei nº 8.987/95, a Lei nº 8.666/93, o Código Civil Brasileiro, as Normas Técnicas da ABNT, o Plano de Manejo da UC, a legislação ambiental, as leis e regulamentos pertinentes.

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9.2. Responsabilidades, deveres e direitos do Poder Concedente

Requisito 223. São responsabilidades, deveres e direitos do Poder Concedente, durante todo o prazo da Concessão:

I. Assegurar o cumprimento das obrigações contratuais, preservando os direitos do ICMBio, da Concessionária e dos visitantes.

II. Exigir da Concessionária a estrita obediência às especificações e disposições contratuais.

III. Fiscalizar e supervisionar a prestação de serviço adequado, bem como receber e apurar manifestações e reclamações dos visitantes.

IV. Analisar os projetos, planos e programas relativos à exploração dos serviços concessionados, bem como exigir as modificações que se revelarem necessárias para atendimento a este Projeto Básico.

V. Rejeitar ou sustar qualquer serviço em execução, que ponha em risco a segurança pública ou bens de terceiros.

VI. A seu critério, executar inspeções ou auditorias para verificar as condições das instalações, dos equipamentos, da segurança e do funcionamento dos serviços concessionados na FLONA de Canela.

VII. Acompanhar e apoiar a Concessionária nas ações institucionais junto a órgãos competentes.

VIII. Comunicar à Concessionária, imediatamente, quando citada ou intimada de qualquer ação judicial ou procedimento administrativo que possa resultar em responsabilidade da Concessionária, inclusive dos termos e prazos processuais, bem como envidar os melhores esforços na defesa dos interesses comuns, praticando todos os atos processuais cabíveis com esse objetivo.

IX. Comunicar à instituição financeira ou seguradora responsável pela prestação da Garantia de Execução Contratual, bem como as entidades financiadoras da Concessionária, sempre que instaurar processo para decretar a intervenção, encampação ou caducidade.

X. Colaborar, nos limites de sua atuação institucional, com as entidades financiadoras da Concessionária, para contribuir com a viabilidade do financiamento dos investimentos, de forma a possibilitar a execução integral do objeto da Concessão.

XI. Disponibilizar os imóveis, infraestruturas, instalações e espaços relacionados aos serviços concessionados na FLONA de Canela, descritos neste Projeto Básico, no estado em que se encontram, à Concessionária.

XII. Valer-se de qualquer instrumento processual de intervenção de terceiros.

XIII. Receber e analisar todos os relatórios, projetos e documentos encaminhados pela Concessionária.

XIV. Informar com antecedência, acontecimentos e situações que ensejem a necessidade de interromper ou alterar o funcionamento das atividades de visitação, em casos que comprometam a segurança do visitante e/ou da FLONA de Canela.

XV. Oficializar a Concessionária quando da necessidade de ingressos gratuitos.

9.3. Responsabilidades, deveres e direitos do visitante

Requisito 224. São responsabilidades, deveres e direitos do visitante:

I. Receber serviço adequado dentro dos parâmetros fixados pelo ICMBio;

II. Levar ao conhecimento do ICMBio, da Concessionária e das autoridades competentes as irregularidades de que tenha conhecimento, referentes aos serviços prestados; e

III. Contribuir para a conservação das boas condições dos bens públicos por meio dos quais lhes são prestados os serviços.

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10. Remuneração da Concessionária, receitas adicionais e subcontratação dos serviços

10.1. Remuneração da Concessionária

Requisito 225. A Remuneração da Concessionária será composta de 2 (duas) diferentes parcelas de receita:

I. Receitas provenientes da exploração dos serviços previstos neste Projeto Básico, quais sejam:

a) Cobrança de ingressos.

b) Serviços de alimentação e comércio.

c) Serviços de hospedagem.

d) Serviço de aluguel de bicicletas.

II. Receitas Adicionais provenientes de atividades acessórias.

Requisito 226. O valor dos ingressos de acesso à FLONA de Canela é o estabelecido na Portaria ICMBio n° 831/2018, ou em ato que venha a substituir.

I. O valor do ingresso será reajustado anualmente pelo Poder Concedente considerando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor – IPCA ou outro que venha a substituir.

II. A Concessionária deverá disponibilizar e manter atualizadas, de forma acessível, em seu sítio eletrônico, para fins de livre acesso e consulta pelo público em geral, as tabelas vigentes com os preços praticados na exploração dos serviços.

Requisito 227. O valor dos demais serviços e receitas acessórias serão estabelecidos pela Concessionária.

10.2. Receitas acessórias

Requisito 228. A Concessionária poderá explorar serviços que gerem receitas adicionais, provenientes de atividades acessórias, nos termos deste Projeto Básico, diretamente ou mediante a celebração de contratos com terceiros, em regime de direito privado.

I. Deve ser adotada contabilidade específica de cada atividade, com detalhamento de receitas, custos e resultados líquidos, segundo as normas contábeis vigentes.

Requisito 229. As receitas acessórias arrecadadas serão computadas para cálculo da Receita Operacional Bruta (ROB) e consequentemente incluídas no valor base para pagamento da outorga mensal ao Poder Concedente.

10.3. Subcontratação dos serviços

Requisito 230. É permitida a subcontratação dos serviços objeto da presente concessão, exceto os serviços de venda de bilhetes e controle de acesso.

I. A subcontratação de obras e serviços não elide a responsabilidade da Concessionária pelo cumprimento das cláusulas contratuais, bem como da legislação e das normas do ICMBio.

Requisito 231. Todos os contratos celebrados entre a Concessionária e terceiros não poderão ultrapassar o prazo desta Concessão.

Requisito 232. É vedada a subconcessão parcial ou total do objeto da concessão.

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11. Repasse ao Poder Concedente e amortização dos investimentos

11.1. Repasse ao Poder Concedente

Requisito 233. A Concessionária deverá repassar, mensalmente, ao Poder Concedente 1% (um por cento) da receita operacional bruta advinda da exploração dos serviços, incluindo eventuais Receitas Adicionais, a título de outorga.

Requisito 234. O repasse será realizado mensalmente, por meio de Guia de Recolhimento da União – GRU, até o 10° (décimo) dia útil do mês subsequente à prestação do serviço, inclusive no primeiro mês, ainda que esse não tenha completado 30 (trinta) dias de prestação de serviço.

I. A Concessionária encaminhará aos fiscais do contrato, mensalmente, o comprovante do recolhimento realizado.

II. A Concessionária encaminhará o relatório contendo a Receita Operacional Bruta total e os serviços explorados aos fiscais do Contrato até o 5° (quinto) dia útil do mês subsequente à prestação do serviço, para emissão, pelo Poder Concedente, da respectiva GRU a ser paga pela Concessionária.

Requisito 235. O repasse de outorga pela Concessionária ao Poder Concedente somente ocorrerá a partir da implantação e exploração de pelo menos um dos serviços obrigatórios do objeto desta Concessão.

Requisito 236. O Poder Concedente instruirá processo administrativo próprio para a realização do disposto nesta Seção.

11.2. Amortização dos investimentos

Requisito 237. Todas as estruturas e bens relativos às atividades e obrigações da Concessão deverão ser amortizados ou depreciados totalmente no prazo de 20 anos, restando valor residual igual a 0 (zero) no momento final do Contrato.

12. Bonificação

Requisito 238. A bonificação do Contrato de Concessão caracteriza-se por descontos percentuais incidentes sobre o ágio da outorga mensal estabelecido, conforme seus limites e prazos, observados os parâmetros dos indicadores descritos no Apêndice 1 – Indicadores de bonificação deste Projeto Básico.

Requisito 239. A bonificação se dará por meio de desconto em até 50% do valor percentual do ágio contratual.

Requisito 240. Os descontos serão percentuais definidos em cada indicador e serão incidentes sobre o percentual de outorga mensal do ano seguinte após a aprovação da bonificação.

Requisito 241. Para solicitar a bonificação, há a necessidade de existirem, nos 365 dias imediatamente anteriores ao pedido, simultaneamente todos os requisitos abaixo:

I. A Concessionária deverá estar em dia com as obrigações e contrapartidas exigidas neste Projeto Básico e respectivo Edital.

II. A Concessão deverá ter um ágio contratual maior do que o valor de outorga mínimo exigido no Edital.

III. Alcançar os parâmetros mínimos de desempenho estabelecidos nas fichas de parametrização dos indicadores da bonificação apresentadas no Apêndice 1 – Indicadores de bonificação deste Projeto Básico.

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IV. Não possuir sanção administrativa, civil e/ou penal, com trânsito em julgado, referente ao objeto da Concessão.

Requisito 242. A bonificação terá período de vigência de um ano civil.

Requisito 243. A bonificação é de caráter voluntário e deve ser solicitada anualmente pela Concessionária até o 1º (primeiro) dia útil do mês de outubro do ano precedente.

a) Excepcionalmente, para o período entre a assinatura do contrato e o 1º (primeiro) dia útil de outubro subsequente, a Concessionária poderá requerer bonificação desde que já tenham decorrido, no mínimo, 180 (cento e oitenta) dias de contrato.

Requisito 244. A solicitação deverá ser apresentada de forma individualizada para cada indicador, junto com o relatório de execução e documentação comprobatória do alcance do desempenho mínimo durante os 12 (doze) meses imediatamente anteriores.

Requisito 245. Caso se verifique que a Concessionária apresentou informações falsas para fins de solicitação de bonificação, o Poder Concedente tomará providências cabíveis para a eventual responsabilização civil, penal e administrativa.

13. Fiscalização e monitoramento

13.1. Monitoramento dos impactos da visitação

Requisito 246. A Concessionária deverá implementar um sistema contínuo de monitoramento dos impactos da visitação, em conformidade com o Roteiro Metodológico para Manejo de Impactos da Visitação, para as atividades e serviços concessionados.

Requisito 247. Deverão ser emitidos e encaminhados ao Poder Concedente relatórios elencando os impactos negativos causados pela visitação e apontando estratégias e ações de manejo para neutralizar e/ou mitigar os referidos impactos.

13.2. Fiscalização e monitoramento da concessão

Requisito 248. A fiscalização e o monitoramento da concessão serão efetuados pelo Poder Concedente.

I. No exercício das suas atribuições, os encarregados pela fiscalização da concessão terão livre acesso, a qualquer tempo e sem aviso prévio, aos dados relativos à administração, à contabilidade e aos recursos técnicos, econômicos e financeiros da Concessionária, assim como às obras, aos equipamentos e às instalações integrantes ou vinculadas à concessão.

Requisito 249. O Poder Concedente exercerá fiscalização sobre as atividades realizadas nas fases de realização do objeto do Contrato, determinando a execução de atos ou a suspensão daqueles que estejam sendo realizados em desconformidade com os termos do Projeto Básico, com o previsto no Contrato ou com a legislação e as normas do ICMBio.

Requisito 250. O Poder Concedente deverá instituir Comissão de Fiscalização do Contrato, que será responsável por receber e analisar demandas e questionamentos da Concessionária e monitorar permanentemente a qualidade dos serviços e prestações de contas apresentadas.

I. Ficará a critério da Comissão de Fiscalização rejeitar qualquer trabalho executado, que não satisfaça às condições contratuais.

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Requisito 251. O Poder Concedente deverá receber e analisar todos os relatórios, propostas, projetos e documentos encaminhados pela Concessionária, emitindo parecer dentro dos prazos estipulados neste Projeto Básico quando for o caso.

Requisito 252. O Poder Concedente deverá supervisionar e fiscalizar a execução da concessão e as atividades previstas no Contrato, podendo sustar, recusar, desfazer ou mandar refazer qualquer serviço que não esteja de acordo com as condições e exigências especificadas.

Requisito 253. Na fiscalização e monitoramento da execução do Contrato de Concessão, o Poder Concedente poderá:

I. Efetuar inspeção com a finalidade de verificar o atendimento das exigências contratuais.

II. Exigir o imediato afastamento e/ou substituição de qualquer empregado da Concessionária ou preposto que produza complicações para a supervisão e/ou fiscalização.

III. Contestar, no todo ou em parte, os serviços ou atividades executadas em desacordo com as disposições do objeto contratado.

Requisito 254. O ICMBio poderá, a qualquer tempo e em qualquer circunstância, fazer contatos com qualquer órgão de comunicação da Concessionária, para averiguação do andamento ou solução de eventos específicos.

Requisito 255. A Concessionária deverá:

I. Manter contabilidade específica do Contrato com detalhamento de receitas, custos e resultados líquidos e disponibilizar acesso ao Poder Concedente sempre que solicitado.

II. Apresentar até o quinto dia útil de cada mês relatórios gerenciais discriminando, no mínimo, as informações da venda de ingressos, receitas geradas por atividade concessionada e, quando houver, receitas acessórias; dias e horários de pico, número de visitantes, número de isenções, valor faturado e despesas referentes ao mês anterior e ao acumulado no exercício.

III. Apresentar ao ICMBio, anualmente, até o dia 15 (quinze) de maio do exercício subsequente: os demonstrativos contábeis, em sua forma completa, ou seja, Balanço Patrimonial (BP), Demonstração de Resultado do Exercício (DRE), Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC), Demonstração de Mutações no Patrimônio Líquido (DMPL), Demonstração do Valor Adicionado (DVA) com as respectivas notas explicativas.

IV. Efetuar pesquisa de satisfação dos visitantes avaliando instalações, atendimento, limpeza e conservação ambiental a partir do segundo ano de operação dos serviços conforme metodologia e periodicidade a ser acordada com o Poder Concedente no primeiro ano de operação.

a) Compete a Concessionária a sistematização das respostas em planilha e entrega do relatório digital ao Poder Concedente.

b) Compete ao Poder Concedente a análise da pesquisa.

c) O Poder Concedente considerará satisfatório resultado acima de 80% de satisfação dos visitantes nas pesquisas realizadas.

V. Apresentar relatórios anuais sobre índice de reclamações no PROCON, sinistros e acidentes envolvendo visitantes, funcionários e danos ao patrimônio material.

VI. Apresentar os resultados das visitas e fiscalizações de quaisquer órgãos fiscalizadores.

VII. Manter, em local acessível ao público e à disposição do Poder Concedente, protocolo destinado ao registro de queixas, sugestões e reclamações dos usuários.

VIII. Comunicar, de imediato, qualquer alteração ocorrida em seu Contrato Social, Estatuto Social ou em seu endereço de cobrança.

a) Alterações que impliquem modificação do Contrato Social ou do Estatuto Social no tocante à incorporação, fusão ou cisão do capital, ou transferência de cotas, ensejará de imediato a revisão das condições contratuais.

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IX. Comunicar imediatamente ao Poder Concedente qualquer anormalidade ou ilícito, inclusive de ordem funcional, para que sejam adotadas as providências de regularização necessárias, de forma que não prejudique a execução dos serviços e nem afete a perfeita execução do Contrato.

X. Prestar todos os esclarecimentos que forem solicitados pela fiscalização do Poder Concedente, se obrigando a atender prontamente as determinações de adequações que estejam previstas neste Projeto Básico e respectivo Edital.

XI. Permitir e facilitar o livre acesso de servidores e prepostos indicados pelo Poder Concedente às áreas utilizadas pela Concessionária e aos livros, protocolos e sistemas contábeis e de controle utilizados, de modo a ensejar o monitoramento dos serviços e atividades sem causar embaraços.

XII. Reparar imediatamente, após o recebimento de notificação, quaisquer danos causados aos bens sob sua responsabilidade.

Requisito 256. Os fluxos, procedimentos e instituição de Comissão de Fiscalização relativos ao monitoramento e à fiscalização contratual observarão, além do disposto neste Projeto Básico, no Edital de Concorrência e seus anexos, regulamentação própria do ICMBio que consta na Instrução Normativa n°9 de 13 de julho de 2018, ou outro que venha a substituí-la.

14. Seguros

Requisito 257. A Concessionária deverá contratar em companhia seguradora idônea e apresentar ao Poder Concedente, na data da assinatura do Contrato, seguro contra riscos até o final da concessão, com as seguintes especificações:

I. COBERTURA BÁSICA: incêndio, raio e explosão de qualquer natureza – VALOR EM RISCO: R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais).

II. COBERTURAS ACESSÓRIAS: danos elétricos – VALOR EM RISCO: R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais).

III. A vigência das apólices deverá ser de no mínimo 12 (doze) meses, sendo renovada anualmente até o prazo final da concessão.

IV. As apólices apresentadas deverão possuir registro junto à Superintendência Nacional de Seguros Privados.

Requisito 258. Em caso de sinistros não cobertos pelo seguro contratado, a Concessionária responderá pelos danos e prejuízos que, eventualmente, causar à coisa pública ou propriedade ou posse de terceiros, em decorrência da execução do Contrato.

14.1. Seguros para as operações realizadas

Requisito 259. A Concessionária deverá contratar e manter em vigor, durante todo o prazo da Concessão, apólices de seguro de acidente pessoal, para visitantes e funcionários, com vigência mínima de 12 (doze) meses, para todas as atividades de risco relacionadas aos serviços concessionados, nos termos deste Projeto Básico, e para as atividades acessórias que vier a implementar.

I. Concessionária deverá encaminhar ao ICMBio, por meio eletrônico, no prazo máximo de 10 (dez) dias após a data do vencimento, os comprovantes de pagamento digitalizados do prêmio dos seguros contratados, ou de suas parcelas, quando este houver sido fracionado.

II. Toda alteração promovida nos contratos de apólices de seguros, incluindo as que impliquem cancelamento, renovação, modificação ou substituição de quaisquer apólices, devem ser previamente informadas ao ICMBio.

III. A Concessionária deverá informar, caso solicitado pelo Poder Concedente, todos os bens cobertos pelos seguros contratados e a forma de cálculo do limite máximo de indenização da apólice de seguro para cada sinistro.

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IV. A Concessionária deverá atualizar periodicamente, a cada 12 (doze) meses contados a partir da contratação originária, os seguros contratados de forma a incluir eventos ou sinistros que não eram cobertos pelas seguradoras em funcionamento no Brasil no momento de sua contratação originária.

Requisito 260. A Concessionária deverá responder pela abrangência ou omissões decorrentes da realização dos seguros, bem como pelo pagamento integral da franquia na hipótese de ocorrência do sinistro.

Requisito 261. A Concessionária deverá estabelecer o ICMBio como cossegurado de todos os seguros, de acordo com a característica, finalidade e titularidade dos bens envolvidos.

Requisito 262. A Concessionária deverá encaminhar ao ICMBio, com antecedência mínima de 10 (dez) dias de seu vencimento, a comprovação de que as apólices dos seguros foram renovadas.

I. Caso a Concessionária não comprove a renovação das apólices no prazo previsto neste Contrato, o ICMBio poderá contratar os seguros e cobrar da Concessionária o valor total do prêmio, sem prejuízo das sanções contratuais cabíveis.

a) Permanecerá a Concessionária responsável pelas obrigações contratuais, independentemente da opção do ICMBio pela contratação ou não dos seguros.

Requisito 263. A Concessionária deverá apresentar ao ICMBio, antes do início de cada uma das fases de realização do objeto e na ocorrência de um novo ciclo de investimentos, a comprovação de que as apólices dos seguros exigidos na presente seção encontram-se em vigor.

15. Garantia de execução contratual

Requisito 264. Como Garantia Integral (GI) de todas as obrigações assumidas, a Concessionária prestará, no prazo de 30 (trinta) dias da assinatura do instrumento contratual, prorrogáveis mediante justificativa, garantia no valor correspondente a 5% (cinco por cento) do Valor Total do Contrato (valor dos investimentos somado ao valor da outorga devida ao Poder Concedente, para todo o prazo da concessão, estimados no Estudo de Viabilidade Econômico-Financeira – EVE apresentado pelo Poder Concedente), conforme o disposto no art. 56, §2°, da Lei n° 8.666/93.

I. A garantia a ser prestata será proporcionalmente reduzida na medida em que o objeto do contrato for executado, percentualmente, com adicional de 5% (cinco por cento), até o limite de 20% (vinte porcento) da Garantia Integral (GI), calculado a partir das seguintes expressões matemáticas:

SE (% de execução financeira) < 80%, ENTÃO:

Garantia a ser prestada = [(100% – (% de execução financeira) x 1,05] * GI

SE (% de execução financeira) > 80%, ENTÃO:

Garantia a ser prestada = 20% * GI

a) As reduções do valor da garantia ocorrerão a cada 12 (doze) meses, a partir da data da primeira garantia, quando se fará a renovação da garantia vigente.

Requisito 265. Quando da renovação da garantia contratual, a Concessionária deverá comprovar o que foi executado (investimentos mais outorga), solicitando ao Poder Concedente o novo valor base.

I. Em relação aos investimentos, o valor realizado será aquele constante nos documentos de aceite de obras relativos aos 12 (doze) meses anteriores.

II. Em relação a outorga, o valor realizado será o somatório das Guias de Recolhimento da União – GRU referentes aos pagamentos dos 12 (doze) meses anteriores.

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Requisito 266. É obrigação da Concessionária prestar Garantia de Execução Contratual em uma das seguintes modalidades, definida a seu critério, a fim de assegurar o cumprimento das obrigações constantes no presente Contrato:

I. caução, em dinheiro ou títulos da dívida pública federal;

II. seguro-garantia; ou

III. fiança bancária.

Requisito 267. A Concessionária se compromete a manter em vigor a Garantia de Execução Contratual nos valores e prazos estabelecidos, sob qualquer uma das formas previstas no item anterior, tendo como beneficiário o ICMBio.

Requisito 268. Fica a Concessionária obrigada a manter a integridade da Garantia de Execução Contratual durante toda a vigência do Contrato, estando obrigada também, independente de prévia notificação para constituição em mora, a:

I. Renovar o prazo de validade das modalidades que vencerem na vigência do Contrato, comprovando a sua renovação ao ICMBio em até 30 (trinta) dias antes de seu termo final;

II. Repor os valores porventura utilizados para cobertura de quaisquer obrigações de pagamento abrangidas pela Garantia de Execução Contratual no prazo de 30 (trinta) dias contados a partir da efetiva utilização, independente de disputa/discussão judicial ou administrativa, de dolo ou culpa;

III. Responder pela diferença de valores, na hipótese de a Garantia de Execução Contratual não ser suficiente para cobrir o valor de todas as obrigações de pagamento por ela abrangidas, podendo ser cobrada por todos os meios legais admitidos; e

IV. Submeter à prévia aprovação do ICMBio eventual modificação no conteúdo da carta de fiança ou do seguro-garantia, bem como eventual substituição da Garantia de Execução Contratual por quaisquer das modalidades admitidas.

Requisito 269. A caução em dinheiro deverá ser prestada mediante depósito em conta a ser designada pelo ICMBio.

Requisito 270. A caução em títulos da dívida pública federal deverá ser prestada por títulos emitidos sob a forma escritural, mediante registro em sistema centralizado de liquidação e de custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil e avaliados pelos seus valores econômicos, conforme definido pelo Ministério da Fazenda.

Requisito 271. As cartas de fiança e as apólices de seguro-garantia deverão ter vigência mínima de 1 (um) ano, sendo de inteira responsabilidade da Concessionária mantê-las em vigor, de forma ininterrupta, durante toda a eficácia da Concessão, devendo para tanto promover as renovações e atualizações que forem necessárias.

I. A contratação do seguro-garantia deverá ser feita com seguradora e resseguradora autorizadas pela Superintendência de Seguros Privados SUSEP, entidade vinculada ao Ministério da Fazenda.

II. É vedado o cancelamento da Apólice de Seguro-Garantia por falta de pagamento total ou parcial do prêmio.

III. Caso venha a ser declarada a caducidade da Concessão, o Poder Concedente poderá executar a apólice de seguro-garantia para ressarcimento de eventuais prejuízos.

IV. As questões judiciais que se apresentem, entre Seguradora e Segurado serão resolvidas na jurisdição de domicílio do Segurado.

Requisito 272. Caso se opte por contratação de fiança bancária, esta deverá: (i) ser apresentada em sua forma original (não serão aceitas cópias de qualquer espécie), (ii) ter seu valor expresso em Reais, (iii) nomear o Poder Concedente como beneficiário, (iv) ser devidamente assinada pelos administradores da instituição financeira fiadora e (v) prever a renúncia ao benefício de ordem.

I. O Banco Fiador e a Afiançada não poderão alterar qualquer dos termos da Fiança sem a prévia e expressa autorização do Poder Concedente.

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II. Na hipótese de o Poder Concedente ingressar em juízo para demandar o cumprimento da obrigação a que se refere a presente Carta de Fiança, fica o Banco Fiador obrigado ao pagamento das despesas judiciais ou extrajudiciais.

III. A Carta de Fiança deve conter expressamente: (i) o capital social do Banco Fiador; e (ii) declaração que o Banco Fiador está autorizado pelo Banco Central do Brasil a expedir cartas de fiança.

Requisito 273. A Garantia de Execução Contratual poderá ser utilizada nos seguintes casos:

I. Nas hipóteses em que a Concessionária não realizar as obrigações previstas no Edital e seus anexos.

II. Na hipótese de devolução de Bens Reversíveis em desconformidade com as exigências estabelecidas no Contrato.

III. Nas hipóteses em que a Concessionária não proceder ao pagamento das multas que lhe forem aplicadas, na forma do Contrato e de normas do ICMBio.

IV. Nas hipóteses em que a Concessionária não efetuar, no prazo devido, o pagamento de outras indenizações ou obrigações pecuniárias devidas ao Poder Concedente em decorrência do Contrato, ressalvados os tributos.

Requisito 274. Se, após transcurso dos prazos previstos no Contrato, a Concessionária ainda não tiver sanado todas as irregularidades relacionadas à Garantia de Execução Contratual, o Poder Concedente poderá contratar a Garantia de Execução Contratual em lugar e às expensas da Concessionária, sem prejuízo da aplicação da penalidade.

16. Alocação dos riscos e equilíbrio econômico-financeiro do contrato

16.1. Alocação dos riscos

Requisito 275. Os riscos decorrentes da execução da Concessão serão alocados ao Poder Concedente, à Concessionária, ou compartilhados, consoante os parâmetros definidos no Apêndice 2 – Matriz de Risco deste Projeto Básico.

Requisito 276. Salvo os riscos expressamente alocados ao Poder Concedente, a Concessionária é exclusiva e integralmente responsável por todos os demais riscos relacionados à presente Concessão.

Requisito 277. A Concessionária declara:

I. ter pleno conhecimento da natureza e extensão dos riscos por ela assumidos no Contrato; e

II. ter levado tais riscos em consideração na formulação de sua Proposta e assinatura do Contrato de Concessão.

Requisito 278. A Concessionária não fará jus à recomposição do equilíbrio econômico-financeiro para os riscos assumidos expressamente constantes no Apêndice 2 – Matriz de Risco deste Projeto Básico.

16.2. Equilíbrio econômico-financeiro do contrato

Requisito 279. Sempre que atendidas as condições do Contrato e respeitada a alocação de riscos nele estabelecida, considera-se mantido seu equilíbrio econômico-financeiro.

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17. Penalidades administrativas

Requisito 280. Caberá ao ICMBio, sempre que verificada a ocorrência de indícios de infração às cláusulas contidas no Edital de Concorrência e seus anexos, bem como à regulamentação editada para discipliná-las, instaurar processo administrativo para apuração de eventuais irregularidades praticadas pela Concessionária, respeitados o contraditório e a ampla defesa.

I. O processo administrativo de que trata este item terá início com o documento de comunicação da irregularidade à Concessionária, nos termos da legislação vigente, e poderá ensejar, sem prejuízo das penalidades administrativas previstas na legislação específica, a aplicação das seguintes penalidades contratuais:

a) advertência;

b) multa;

c) suspensão do direito de participar de licitações e contratar com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio; e

d) declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública.

Requisito 281. As penalidades serão aplicadas mediante decisão fundamentada do ICMBio, assegurado à Concessionária o direito ao contraditório, à ampla defesa e ao devido processo legal, nos termos da regulamentação vigente.

Requisito 282. O cumprimento das penalidades impostas pelo ICMBio não exime a Concessionária do fiel cumprimento das obrigações e responsabilidades previstas no Contrato, bem como da reparação de eventuais perdas e danos causados ao ICMBio, a seus empregados, aos usuários ou a terceiros, em decorrência das atividades relacionadas com a Concessão.

17.1. Advertência

Requisito 283. A penalidade de advertência poderá ser aplicada em razão do cometimento de infração contratual cujo valor da penalidade de multa estipulada não ultrapasse a quantia equivalente a 1,5% do Valor Total do Contrato, nos termos do Apêndice 3 – Procedimentos e parâmetros para aplicação de multas deste Projeto Básico, e conforme os parâmetros nele contidos, nas seguintes hipóteses:

I. A critério do ICMBio, quando aplicável; e

II. Quando solicitada formalmente pela Concessionária, no prazo definido para apresentação da defesa no processo administrativo, mediante admissão da falta e comprovação de adoção das medidas necessárias à sua efetiva correção, resultando na cessação da infração até a data da solicitação.

Requisito 284. Excetuam-se da possibilidade de advertência as hipóteses em que seja verificada reincidência específica na infração, praticada nos últimos 3 (três) anos, contados da data de ocorrência do fato em apuração.

I. Considera-se reincidência específica o cometimento de infração relacionada com o mesmo item contratual ou de norma regulamentar descumprida.

17.2. Multa

Requisito 285. Por descumprimento das obrigações contratuais, o ICMBio poderá aplicar multas, conforme procedimentos, definições e valores descritos no Apêndice 3 – Procedimentos e parâmetros para aplicação de multas.

Requisito 286. A multa poderá ter aplicação cumulativa com as demais sanções previstas no Contrato.

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17.3. Suspensão do direito de participar de licitações e de contratar com o ICMBio, por até dois anos

Requisito 287. A suspensão do direito de participar de licitações e de contratar com o ICMBio, por até dois anos, se dará no caso de práticas reiteradas de infrações contratuais ou regulamentares, incluindo aquelas que ensejam aplicação de pena, além das situações previstas na legislação e nas normas aplicáveis, destacando-se aquelas previstas na Lei nº 8.666/1993.

17.4. Declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública

Requisito 288. Pela inexecução parcial ou total do Contrato, restará a Concessionária sujeita à declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública, observadas as disposições legais aplicáveis.

I. A inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública se estenderá enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante o Poder Concedente.

17.5. Medidas acautelatórias

Requisito 289. A imposição das penalidades à Concessionária não afasta a possibilidade de aplicação de medidas acautelatórias pelo ICMBio, visando preservar a integridade física ou patrimonial de terceiros e de bens integrantes da concessão reversíveis à União ao término desta tais quais: detenção de bens, equipamentos e materiais, interdição de instalações, apreensão, embargos de obras, além de outras medidas previstas na legislação e regulamentação do setor.

18. Critérios de sustentabilidade ambiental

Requisito 290. A Concessionária deverá, no desempenho de suas atividades e realização dos serviços:

I. Contribuir para a promoção do desenvolvimento nacional sustentável no cumprimento de diretrizes e critérios de sustentabilidade ambiental, de acordo com o art. 225 da Constituição Federal/88, e em conformidade com art. 3º da Lei nº 8.666/93.

II. Atentar-se às determinações da Lei nº 12.305/10 (Política Nacional de Resíduos Sólidos) das Normas Técnicas, especialmente seu art. 7o, inc. XI; a Lei nº 12.187/09 (Política Nacional sobre Mudança do Clima) no que couber; o Decreto N. 7.404/10 (arts. 5 a 7); a Instrução Normativa SLTI/MP no 01/10 (Critérios de sustentabilidade ambiental na aquisição de bens, contratação de serviços ou obras pela Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional); a Instrução Normativa SLTI/MP nº 02/2014 (Aquisição ou locação de máquinas e aparelhos consumidores de energia pela Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, dentre outros normativos, conforme a contratação que se pretende além de outras normas técnicas relativas a sustentabilidade.

III. Observar que o uso de veículos no âmbito da Administração deverá cumprir os dispositivos legais de proteção ao meio ambiente, para uso de unidades movidas a combustíveis renováveis, de acordo com critérios econômicos e técnicos, conforme estabelece a Lei 9.660, de 16 de junho de 1998.

IV. Observar e zelar para que os produtos/materiais e peças não contenham substancias perigosas em concentração acima da recomendada na diretiva RoHS (Restriction of Certain Hazardous Substances), tais como mercúrio, chumbo, cromo hexavalente, cádmio, bifenil-polibromados, éteres difenil-polibromados, conforme disposto no Inciso IV do art. 5º da IN/SLTI/MPOG nº 01/10.

V. Aplicar as normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT NBR, referente ao uso de materiais atóxicos, biodegradáveis e recicláveis, no correspondente a previsto neste Projeto Básico.

VI. Orientar seus empregados para colaborar de forma efetiva no desenvolvimento das atividades de programas de separação de resíduos sólidos, e resíduos recicláveis descartados, em recipientes para

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coleta seletiva nas cores internacionalmente identificadas, de acordo coma Lei nº 12.305/10 e Decreto nº 5.940/06.

VII. Visar economia na utilização de máquinas, serviços/materiais e ferramentas contribuindo para a redução do consumo de energia, bem como na utilização de tecnologias e materiais que reduzam o impacto ambiental, bem como evitar o uso de extensões elétricas, em conformidade com a Lei de Eficiência Energética nº 10.295/01.

VIII. Atuar em observância ao Decreto nº 4.131/02, Portarias INMETRO nº 289/06 e nº 243/09.

IX. Utilizar produtos de limpeza e conservação de superfícies e objetos inanimados que obedeçam a classificações e especificações determinadas pela ANVISA, e prever a destinação ambiental adequada de pilhas e baterias usadas inservíveis, pois seus resíduos são utilizados para fabricação de vidros, tintas, cerâmicas, e segundo disposto na Resolução CONAMA nº 257, de 30/06/99.

X. Fornecer aos empregados os serviços/materiais de segurança necessários à execução dos serviços e realizar programas internos de treinamento de seus empregados, durante a execução contratual, para as práticas de sustentabilidade, observadas as normas ambientais vigentes.

Requisito 291. A Concessionária deverá adotar como boas práticas na prestação dos serviços a serem desempenhados por intermédio de seus profissionais nas atividades diárias e nas atividades empresariais:

I. A otimização de recursos materiais.

II. A redução de desperdícios materiais, energia e água por parte de seus profissionais no desempenho das atividades diárias.

III. A manutenção de um programa intenso de treinamento de seus empregados para redução de consumo de energia elétrica, consumo de água e redução de produção de resíduos sólidos, observadas as normas ambientais vigentes.

IV. A racionalização/economia no consumo de energia (especialmente elétrica) e água.

V. A destinação adequada dos resíduos gerados nas atividades diárias.

19. Demais disposições contratuais

19.1. Transferência da Concessão e do controle societário

Requisito 292. Durante todo o prazo da Concessão, a Concessionária não poderá realizar qualquer modificação direta ou indireta no seu controle societário ou transferir a Concessão sem a prévia e expressa anuência do ICMBio.

Requisito 293. Para a transferência do controle societário ou da Concessão, a Concessionária deverá apresentar ao ICMBio requerimento indicando e comprovando os requisitos de qualificação jurídica, fiscal, técnica e econômica das pessoas jurídicas interessadas, necessárias à assunção da Concessão, bem como demonstrando o compromisso em cumprir todas as cláusulas do Contrato.

I. O ICMBio autorizará ou não o pedido da Concessionária por meio de ato devidamente motivado.

19.2. Intervenção na Concessão

Requisito 294. O ICMBio poderá, sem prejuízo das penalidades cabíveis e das responsabilidades incidentes, em caráter excepcional, intervir na Concessão para assegurar a adequação na prestação dos serviços, bem como o fiel cumprimento pela Concessionária das disposições contratuais, legais e decorrentes de normas pertinentes, quando considerar que tais descumprimentos afetem substancialmente a capacidade da Concessionária na execução dos serviços previstos neste Contrato.

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Requisito 295. A intervenção será decretada pelo ICMBio, que designará o interventor, o prazo de duração, os objetivos e os limites da medida.

Requisito 296. No prazo de 30 (trinta) dias contados da declaração de intervenção, o ICMBio deverá instaurar o competente procedimento administrativo para comprovar as causas determinantes da medida e apurar responsabilidades, assegurando à Concessionária o direito ao contraditório e à ampla defesa.

Requisito 297. Será declarada nula a intervenção se ficar comprovado que não foram observados os pressupostos legais e decorrentes de normas para sua decretação, devendo o serviço e os bens vinculados à Concessão retornar imediatamente à Concessionária, sem prejuízo da prestação de contas por parte do interventor e da recomposição do equilíbrio econômico-financeiro do contrato para indenização porventura cabível.

Requisito 298. Caberá ao interventor decidir pela manutenção ou não dos pagamentos decorrentes das obrigações contraídas pela Concessionária anteriormente à intervenção, tendo em vista a necessidade de continuidade da prestação do serviço concedido.

Requisito 299. Se as receitas da Concessão não forem suficientes para cobrir as despesas necessárias à continuidade do serviço concedido, o ICMBio poderá executar a Garantia de Execução Contratual para obter os recursos faltantes.

Requisito 300. Caso a garantia não seja suficiente, a Concessionária deverá ressarcir o ICMBio, no prazo máximo de 90 (noventa) dias contados da requisição nesse sentido.

Requisito 301. Como resultado da intervenção poderá ser considerada extinta a Concessão, obedecendo-se ao disposto nos itens seguintes e aplicando-se as penalidades cabíveis.

19.3. Extinção da concessão

Requisito 302. A Concessão considerar-se-á extinta, observadas as normas legais específicas, quando ocorrer:

I. término do prazo do contrato;

II. encampação;

III. caducidade;

IV. rescisão;

V. anulação; ou

VI. falência ou extinção da Concessionária.

Requisito 303. Além das hipóteses previstas no item anterior, a ocorrência de caso fortuito ou força maior, regularmente comprovado e impeditivo da execução do Contrato, poderá ensejar a extinção da concessão.

Requisito 304. No caso de extinção da Concessão, o ICMBio poderá:

I. assumir a prestação do serviço concedido, no local e no estado em que se encontrar;

II. ocupar e utilizar os locais, instalações, equipamentos, materiais e recursos humanos empregados na execução do serviço, necessários à sua continuidade;

III. aplicar as penalidades cabíveis, principalmente pela reversão de bens de acordo com o disposto no Edital e seus anexos; e

IV. reter e executar as garantias contratuais, para recebimento de multas administrativas e ressarcimento de prejuízos causados pela Concessionária.

Requisito 305. Durante a vigência do Contrato, o ICMBio e terceiros por ele autorizados poderão realizar estudos e visitas técnicas que visem à promoção ou prosseguimento de novos procedimentos licitatórios.

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Requisito 306. Dois anos antes do término do prazo de vigência do Contrato, a Concessionária deverá apresentar ao ICMBio a documentação técnica e administrativa, bem como as orientações operacionais necessárias para a continuidade da prestação dos serviços.

Requisito 307. Ao término da Concessão, o ICMBio irá vistoriar os imóveis, infraestruturas, instalações e espaços vinculados aos serviços concessionados na FLONA de Canela e lavrar o Termo de Vistoria.

Requisito 308. Extinta a Concessão, retornam automaticamente ao ICMBio os equipamentos, instalações e outros bens, direitos e privilégios vinculados ao serviço concedido, nos termos do Edital e seus anexos, observada a legislação vigente.

Requisito 309. Na extinção da Concessão, os bens a serem revertidos ao ICMBio deverão estar livres e desembaraçados de quaisquer ônus ou encargos.

Requisito 310. Em qualquer caso de extinção da Concessão, a Concessionária deverá elaborar um inventário completo de todos os bens vinculados à Concessão e entregar ao ICMBio no prazo solicitado.

19.3.1. Término do prazo do contrato

Requisito 311. O término da vigência contratual implicará, de pleno direito, a extinção da Concessão.

Requisito 312. A Concessionária deverá tomar todas as medidas razoáveis e cooperar plenamente com o ICMBio para que os serviços objeto da Concessão continuem a ser prestados ininterruptamente, bem como prevenir e mitigar qualquer inconveniência ou risco aos visitantes e aos funcionários da FLONA de Canela.

Requisito 313. Até 2 (dois) anos antes da data do término de vigência da Concessão, a Concessionária apresentará um plano de transição da concessão, quando couber.

Requisito 314. Ao termo da concessão ocorrerá a reversão para o ICMBio dos bens vinculados a ela, e essa se dará sem direito a qualquer indenização para a Concessionária.

19.3.2. Encampação

Requisito 315. Para atender ao interesse público, mediante lei autorizativa específica, o ICMBio poderá retomar a Concessão, após assegurar o prévio pagamento de indenização composta das seguintes parcelas:

I. saldo devedor atualizado vencido e vincendo de quaisquer financiamentos contraídos pela Concessionária para a realização dos investimentos previstos no Projeto Básico, incluindo principal e juros;

II. investimentos que tenham sido realizados com capital próprio para o cumprimento das obrigações contratuais ainda não amortizados ou depreciados; e

III. custo de desmobilização, incluindo o valor de todos os encargos e ônus decorrentes de multas, rescisões e indenizações devidas a empregados, fornecedores e outros terceiros credores da Concessionária, a qualquer título.

Requisito 316. As multas, indenizações e quaisquer outros valores devidos pela Concessionária serão descontados da indenização prevista para o caso de encampação, até o limite do saldo devedor dos financiamentos contraídos pela Concessionária para cumprir as obrigações de investimento previstas no Contrato.

19.3.3. Caducidade

Requisito 317. A caducidade da Concessão poderá ser declarada nos casos enumerados na Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, e suas modificações.

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Requisito 318. Considera-se passível de decretação de caducidade, na hipótese prevista no art. 38, §1º, II, da Lei nº 8.987/1995, o descumprimento de obrigações contratuais, legais e decorrentes de normas que possam ter grave impacto negativo na prestação adequada do serviço concedido, destacando-se a reiteração ou o prolongamento dos seguintes descumprimentos contratuais:

I. não manutenção da vigência dos seguros exigidos pelo Contrato;

II. não manutenção da integridade da Garantia de Execução Contratual, conforme previsto neste contrato;

III. fraude comprovada no cálculo do pagamento da Contribuição Variável, especialmente pela redução artificial da base de cálculo, ocasionada, dentre outras hipóteses, pela alteração de dados contábeis da Concessionária e pela contratação de preços artificialmente reduzidos com terceiros.

Requisito 319. O ICMBio poderá promover a declaração de caducidade da Concessão, que será precedida do competente processo administrativo para verificação da inadimplência parcial ou total, assegurando-se à Concessionária direito à ampla defesa e ao contraditório.

Requisito 320. A instauração do processo administrativo para declaração da caducidade será precedida de comunicação à Concessionária, apontando a situação de inadimplência e concedendo prazo razoável, não inferior a 30 (trinta) dias, para sanar as irregularidades.

Requisito 321. Antes da declaração da caducidade, o ICMBio encaminhará uma notificação aos Financiadores para que se manifestem em prazo não inferior a 30 (trinta) dias sobre a intenção de assumir a Concessão.

Requisito 322. A indenização devida à Concessionária em caso de caducidade se restringirá ao valor dos investimentos vinculados a Bens Reversíveis ainda não amortizados, descontados:

I. os prejuízos causados pela Concessionária em decorrência do descumprimento de obrigações contratuais e os valores devidos pela Concessionária à União e ao ICMBio;

II. as multas contratuais aplicadas à Concessionária que não tenham sido pagas até a data do pagamento do montante da indenização; e

III. quaisquer valores recebidos pela Concessionária a título de cobertura de seguros relacionados aos eventos ou circunstâncias que ensejaram a declaração de caducidade.

Requisito 323. A declaração de caducidade acarretará, ainda:

I. a execução da Garantia de Execução do Contrato; e

II. retenção de eventuais créditos decorrentes do Contrato, até o limite dos prejuízos causados ao Poder Concedente.

Requisito 324. A declaração da caducidade não acarretará para o Poder Concedente qualquer espécie de responsabilidade em relação a ônus, encargos, obrigações ou compromissos com terceiros assumidos pela Concessionária, notadamente em relação a obrigações de natureza trabalhista, tributária e previdenciária.

19.3.4. Rescisão

Requisito 325. O contrato de concessão poderá ser rescindido por iniciativa da Concessionária, no caso de descumprimento das normas contratuais pelo Poder Concedente, mediante ação judicial especialmente intentada para esse fim.

Requisito 326. A indenização devida à Concessionária, no caso de rescisão judicial do Contrato por culpa do Poder Concedente, será equivalente à encampação e calculada na forma prevista neste Contrato.

Requisito 327. O Contrato também poderá ser rescindido por consenso entre as partes, que compartilharão os gastos e despesas relacionados.

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19.3.5. Anulação

Requisito 328. O Contrato somente poderá ser anulado nos termos da lei observando-se os princípios do contraditório e da ampla defesa.

Requisito 329. Caso a Concessionária não tenha dado causa à anulação, a indenização devida será equivalente à encampação e calculada na forma prevista neste Contrato.

Requisito 330. Caso a Concessionária tenha dado causa à anulação, a indenização devida será equivalente à prevista para a hipótese de caducidade.

19.3.6. Falência ou Extinção da Concessionária

Requisito 331. Na hipótese de extinção do Contrato por falência ou extinção da Concessionária, eventual indenização devida à Concessionária será calculada e paga conforme os critérios previstos para a caducidade da Concessão.

Requisito 332. Não será realizada partilha do eventual acervo líquido da Concessionária extinta entre seus acionistas antes do pagamento de todas as obrigações perante o Poder Concedente, e sem a emissão de Termo de Vistoria pelo ICMBio que ateste o estado em que se encontram os bens vinculados à Concessão.

19.4. Documentação técnica

Requisito 333. Todos os projetos e documentação técnica, relacionados com as especificações técnicas previstas no Contrato e Anexos, serão entregues ao ICMBio, respeitados os direitos de propriedade industrial.

Requisito 334. A documentação técnica apresentada à Concessionária é de propriedade do ICMBio, sendo vedada sua utilização pela Concessionária para outros fins que não os previstos no Contrato.

Requisito 335. A Concessionária deverá manter rigoroso sigilo a respeito da documentação assim recebida.

19.5. Propriedade intelectual

A Concessionária cede, gratuitamente, ao Poder Concedente, todos os projetos, planos, plantas, documentos, sistemas e outros materiais corpóreos ou não, que se revelem necessários ao desempenho das funções que incubem ao Poder Concedente ou ao exercício dos direitos que lhe assistem, nos termos do Contrato, e que tenham sido especificamente adquiridos ou elaborados no desenvolvimento de atividades integradas na Concessão.

Requisito 336. Os direitos de propriedade intelectual sobre os estudos e projetos elaborados para os fins específicos das atividades integradas serão transmitidos gratuitamente ao ICMBio ao final da Concessão.

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Apêndice 1 – Indicadores de bonificação

1. Indicador: Fomento à atividade econômica no entorno da UC concessionada

1.1. Identificação

Requisito 337. Indicador: fomento à atividade econômica no entorno da UC concessionada.

Requisito 338. Parâmetro de desempenho: percentual de bens e produtos oriundos do entorno da UC, no contexto do total de produtos comercializados pela Concessionária.

Requisito 339. Percentual do valor da bonificação total: 25% do valor da bonificação.

1.2. Parametrização

Requisito 340. Descrição do parâmetro de desempenho: os bens e produtos devem ser originários da área de entorno da UC concessionada.

Requisito 341. Regras de aplicação do indicador: percentagem anual de bens e produtos.

I. 50% do indicador quando o percentual de bens e produtos oriundos do entorno da UC alcancem um volume financeiro de pelo menos 20% do total de compras de gêneros alimentícios e 10% do total de vendas de demais produtos na área da concessão.

II. 75% do indicador quando o percentual de bens e produtos oriundos do entorno da UC alcancem um volume financeiro de pelo menos 30% do total de compras de gêneros alimentícios e 15% do total de vendas de demais produtos na área da concessão.

III. 100% de indicador quando o percentual de bens e produtos oriundos do entorno da UC alcancem um volume financeiro de pelo menos 40% do total de compras de gêneros alimentícios e 20% do total de vendas de demais produtos na área da concessão.

1.3. Meios de verificação

Requisito 342. Para fins de identificação da origem dos bens e produtos e da contabilização do volume financeiro comercializado, será exigida nota fiscal ou outro documento legal que comprove a origem do produto.

I. Poderão ser utilizados como meios de verificação documentação dos fornecedores ou contratos entre fornecedores e a Concessionária, com a descrição dos produtos, quantidades e valores comercializados.

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2. Indicador: Percentual de empregados e trabalhadores próprios ou terceirizados contratados na concessão, com residência fixa no entorno da UC

2.1. Identificação

Requisito 343. Indicador: percentual de empregados e trabalhadores próprios ou terceirizados contratados na concessão, com residência fixa no entorno da UC.

Requisito 344. Parâmetro de desempenho: percentual de empregados e trabalhadores próprios ou terceirizados contratados na concessão residentes no entorno da UC há, no mínimo, 12 meses antes de sua contratação.

Requisito 345. Percentual do valor da bonificação Total: 25% do valor da bonificação.

2.2. Parametrização

Requisito 346. Definição: são considerados funcionários com residência fixa no entorno da UC aqueles que tenham mantido residência no entorno, no mínimo, durante os 12 meses anteriores a sua contratação.

Requisito 347. O indicador é apurado pelo percentual de empregados mantidos nas atividades da concessão durante os 12 (doze) meses imediatamente anteriores ao dia em que foi calculada a aplicação da bonificação.

Requisito 348. Serão quantificados os empregados no início de cada mês, somadas as admissões e descontadas as demissões no mesmo mês. Para fins deste indicador será computado como sendo empregado o funcionário com carteira assinada, comprovadamente com contrato válido por pelo menos 15 dias durante o referido mês.

Requisito 349. Para a contabilização dos trabalhadores terceirizados, será exigida a apresentação de contrato formal entre a Concessionária e o Terceirizado, acompanhado dos dados e da função exercida por cada funcionário terceirizado com posto de trabalho na área da concessão.

Requisito 350. Regras de aplicação do indicador: percentagem anual de empregados.

I. 25% desse indicador quando houver entre os funcionários contratados, no período apurado, entre 40% e 50% de residentes no entorno.

II. 50% desse indicador quando houver entre os funcionários contratados, no período apurado, entre mais de 50% e 70% de residentes no entorno.

III. 100% desse indicador quando houver entre os funcionários contratados, no período apurado, mais de 70% de residentes no entorno.

2.3. Meios de verificação

Requisito 351. Serão utilizados os seguintes meios de verificação:

I. Registro da quantidade de funcionários da Concessionária que trabalham na prestação de serviços concessionados na UC, discriminando aqueles que residem no entorno.

II. Cópia das folhas relevantes da Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) dos trabalhadores que residem no entorno da UC.

III. Contratos de terceirização (quando necessário).

Requisito 352. Registro detalhado dos funcionários das empresas terceirizadas que exercem alguma função de prestação de serviços concessionados na UC (quando necessário).

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I. Declarações oficiais de órgãos do Governo ou comprovantes de residência (contas de água, luz, telefone ou boleto bancário) de todos os funcionários e terceirizados contabilizados para este indicador de bonificação.

3. Indicador: Capacitação de residentes do entorno

3.1. Identificação

Requisito 353. Indicador: capacitação de residentes do entorno.

Requisito 354. Parâmetro de desempenho: investimentos na capacitação de residentes do entorno.

Requisito 355. Percentual do valor da bonificação Total: 25% do valor da bonificação.

3.2. Parametrização

Requisito 356. Descrição do parâmetro de desempenho: investimentos na capacitação e no treinamento de residentes do entorno sem vínculo empregatício direto com a Concessionária em temas ligados a ecoturismo, conservação ambiental, planejamento e gestão de negócios, saúde e bem-estar.

I. Serão elegíveis capacitações e treinamentos com, no mínimo, 16 horas/aula que possuam comprovantes de despesas, relatórios de atividades e certificados de conclusão para cada participante.

Requisito 357. Regras de aplicação do indicador: serão bonificados os investimentos em capacitações e treinamentos, cujo corpo de alunos seja composto de, no mínimo, 25% de residentes do entorno sem vínculo empregatício com a concessão. A capacitação/treinamento para efeito dessa bonificação deverá atingir, no mínimo, 16 alunos.

Requisito 358. Percentual deste indicador por capacitação/treinamento:

I. 35% do percentual do indicador para capacitação/treinamento referentes a ecoturismo.

II. 35% do percentual do indicador para capacitação/treinamento referentes a conservação ambiental.

III. 15% do percentual do indicador para capacitação/treinamento referentes a planejamento e gestão de negócios.

IV. 15% do percentual do indicador para capacitação/treinamento referentes a saúde e bem-estar.

3.3. Meios de verificação

Requisito 359. Serão utilizados os seguintes meios de verificação:

I. Apresentação de comprovantes de despesas.

II. Relatórios executivos com registros fotográficos.

III. Cópia de Certificados por residentes do entorno capacitados.

IV. Listas de presença.

V. Outros, desde que haja anuência do Poder Concedente.

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4. Indicador: Melhoria ambiental – Apoio e participação em projetos de pesquisa

4.1. Identificação

Requisito 360. Indicador: apoio e participação em projetos de pesquisa.

Requisito 361. Parâmetro de desempenho: projetos de pesquisa desenvolvidos na UC formalizados com instituições de pesquisa.

Requisito 362. Percentual do valor da bonificação Total: 25% do valor da bonificação.

4.2. Parametrização

Requisito 363. Descrição do parâmetro de desempenho: projetos de pesquisa direcionados ao uso público ou relacionados com ecologia e monitoramento de impactos ambientais, econômicos e sociais ligados à unidade de conservação, executados com o apoio da Concessionária, em áreas da UC e aprovados pelos gestores da unidade. O apoio da Concessionária poderá ser, entre outros, na forma de suporte logístico, de pessoal e/ou equipamentos.

Requisito 364. Um projeto de pesquisa será considerado para efeitos de bonificação quando presentes as seguintes condições:

I. Acordo formal entre a Concessionária e uma instituição de pesquisa, incluindo as condições de apoio efetivo da Concessionária ao projeto de pesquisa durante sua vigência.

II. Apresentação de um dos seguintes documentos com resultados do projeto de pesquisa:

III. Publicação científica em revista indexada ou livro.

IV. Tese, Dissertação, Monografia ou Trabalho de Conclusão de Curso de graduação, aprovado.

Requisito 365. Regras de aplicação do indicador: a Concessionária receberá o percentual de bonificação desse indicador de acordo com o número anual de produtos de pesquisa apoiados no período de apuração.

Requisito 366. Percentual deste indicador por capacitação/treinamento:

I. 40% do percentual de bonificação desse indicador pelo apoio na elaboração de pelo menos 2 (dois) produtos de pesquisa executados na UC.

II. 65% do percentual de bonificação desse indicador pelo apoio na elaboração de 3 (três) ou 4 (quatro) produtos de pesquisa executados na UC.

III. 100% do percentual de bonificação desse indicador pelo apoio na elaboração de 5 (cinco) ou mais produtos de pesquisa executados na UC.

4.3. Meios de verificação

Requisito 367. Serão utilizados os seguintes meios de verificação:

I. Acordo formal entre a Concessionária e uma instituição de pesquisa.

II. Relatório anual.

III. Relatórios de pesquisa.

IV. Publicações.

V. Trabalhos de Conclusão de Curso (Monografia, Dissertações, Teses e TCC).

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Apêndice 2 – Matriz de Riscos

Requisito 368. São conceitos que compõem a Matriz de Risco para a concessão de serviços na FLONA de Canela:

I. Risco: É a possibilidade de ocorrência de um evento desfavorável, imprevisto ou de difícil previsão, que onera demasiadamente os encargos contratuais de uma ou ambas as partes.

II. Definição: Especificação detalhada dos possíveis riscos associados ao Contrato de concessão.

III. Alocação: Os riscos devem ser suportados pela parte que tem as melhores condições para avaliar, controlar e gerenciar, ou a parte com melhor acesso a instrumentos de cobertura, maior capacidade para diversificar, ou o menor custo para suportá-los. Os riscos podem ser alocados para o setor: (i) Público; (ii) Privado ou (iii) Compartilhado.

1. Riscos associados ao projeto

Requisito 369. Risco identificado: Aderência às especificações do ICMBio.

I. Definição: Dificuldade de incluir no projeto especificações básicas do ICMBio.

II. Alocação: Privado.

Requisito 370. Risco identificado: Cronograma para elaboração dos projetos.

I. Definição: Dificuldade de atendimento ao cronograma inicial de elaboração dos projetos, gerando custos adicionais.

II. Alocação: Privado.

Requisito 371. Risco identificado: Cronograma para elaboração dos projetos.

I. Definição: Dificuldade de atendimento ao cronograma inicial de elaboração dos projetos, gerando custos adicionais.

II. Alocação: Privado.

Requisito 372. Risco identificado: Mudanças a pedido da Concessionária.

I. Definição: Mudanças de projeto por solicitação da Concessionária.

II. Alocação: Privado.

Requisito 373. Risco identificado: Mudanças a pedido de outras entidades públicas.

I. Definição: Mudanças dos projetos por solicitação ou requisição de entidades públicas, salvo se tais mudanças decorrerem da não-conformidade dos projetos com a legislação em vigor ou com as informações contidas no Projeto Básico.

II. Alocação: Público.

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2. Riscos associados às obras e construções

Requisito 374. Risco identificado: Estimativas de tempo de obra incorretas.

I. Definição: Erro de estimativa do tempo de execução dos investimentos.

II. Alocação: Privado.

Requisito 375. Risco identificado: Problemas geológicos existentes.

I. Definição: Fundações diferentes daquelas previstas pela Concessionária gerando novos investimentos não previstos.

II. Alocação: Público e Privado.

Requisito 376. Risco identificado: Roubos ou furtos no local da obra.

I. Definição: Prejuízos gerados por falha na segurança ou segurança inadequada no canteiro de obras, gerando custos adicionais.

II. Alocação: Privado.

Requisito 377. Risco identificado: Segurança dos trabalhadores contratados pelo privado.

I. Definição: Prejuízos causados por segurança inadequada nos canteiros de obras.

II. Alocação: Privado.

Requisito 378. Risco identificado: Reclamações de terceiros.

I. Definição: Prejuízos a terceiros, causados direta ou indiretamente pela Concessionária ou por qualquer outra pessoa física ou jurídica a ela vinculada, em decorrência de obras ou da prestação dos Serviços.

II. Alocação: Privado.

Requisito 379. Risco identificado: Eventos não seguráveis caracterizados como Força Maior ou Caso Fortuito.

I. Definição: Eventos não seguráveis caracterizados como Força Maior ou Caso Fortuito, que prejudiquem a continuidade das obras ou sua conclusão, exceto quando a sua cobertura possa ser contratada junto a instituições seguradoras, no mercado brasileiro, na data da ocorrência ou quando houver apólices vigente que cubram o evento.

II. Alocação: Público.

Requisito 380. Risco identificado: Eventos seguráveis caracterizados como Força Maior ou Caso Fortuito.

I. Definição: Eventos seguráveis caracterizados como Força Maior ou Caso Fortuito, que prejudiquem a continuidade das obras ou sua conclusão.

II. Alocação: Privado.

Requisito 381. Risco identificado: Prejuízos causados por subcontratados.

I. Definição: Custos gerados por performance inadequada de um subcontratado.

II. Alocação: Privado.

Requisito 382. Risco identificado: Protestos públicos.

I. Definição: Manifestações sociais e/ou públicas que afetem a execução das obras por até 90 (noventa) dias a cada 12 meses da data de emissão da ordem de serviço para início da operação, desde que seja objeto de seguros oferecidos no Brasil.

II. Alocação: Privado.

Requisito 383. Risco identificado: Atraso na entrega de instalações existentes.

I. Definição: Custos associados a atraso além do previsto na entrega de instalações existentes.

II. Alocação: Público.

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Requisito 384. Risco identificado: Atrasos na obtenção de licenças ambientais.

I. Definição: Atrasos nas obras decorrentes da demora na obtenção de licenças ambientais quando os prazos de análise do órgão ambiental responsável pela emissão das licenças ultrapassarem as previsões legais, exceto se decorrente de fato imputável à Concessionária.

II. Alocação: Público.

Requisito 385. Risco identificado: Atrasos na obtenção de licenças, autorizações e permissões.

I. Definição: Atrasos decorrentes da não obtenção de autorizações, licenças e permissões da Administração Pública federal exigidas para construção ou operação das novas instalações, exceto se decorrente de fato imputável à Administração Pública Federal.

II. Alocação: Privado.

Requisito 386. Risco identificado: Atrasos na obtenção de licenças, autorizações e permissões.

I. Definição: Atrasos decorrentes da não obtenção de autorizações, licenças e permissões de órgãos da Administração Pública Federal, bem como da não edição de atos normativos ou legislativos, nos âmbitos Federal, Estadual ou Municipal, exigidos para a prestação dos serviços, exceto se decorrente de fato imputável à Concessionária.

II. Alocação: Público.

Requisito 387. Risco identificado: Aumento de preços de materiais essenciais para o término da obra.

I. Definição: Aumento de custos com materiais de construção, salvo aqueles que decorram diretamente de mudanças realizadas pelo Poder Concedente.

II. Alocação: Privado.

Requisito 388. Risco identificado: Erros essenciais na construção da obra.

I. Definição: Prejuízos decorrentes de erros na realização das obras, ensejando sua reconstrução total, ou em parte.

II. Alocação: Privado.

Requisito 389. Risco identificado: Defeitos ou erros nos componentes de infraestrutura entregues pelo Poder Concedente.

I. Definição: Defeitos ou divergências nas especificações técnicas dos componentes de infraestrutura da UC, cuja construção e entrega está sob responsabilidade do Poder Concedente.

II. Alocação: Público.

Requisito 390. Risco identificado: Problemas de liquidez financeira.

I. Definição: Operador Privado apresenta problemas de caixa, o que impossibilitaria a continuação da obra.

II. Alocação: Privado.

Requisito 391. Risco identificado: Custos e atrasos decorrentes da existência de sítios ou bens arqueológicos.

I. Definição: Concessionária localiza objetos ou sítios arqueológicos que aumentam o custo da obra ou atrasam sua execução.

II. Alocação: Público.

3. Riscos de performance

Requisito 392. Risco identificado: Defeito na nova obra.

I. Definição: Custos associados à reconstrução ou a reforma de obras entregues com defeito.

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II. Alocação: Privado.

Requisito 393. Risco identificado: Mudança nas especificações dos serviços objetos da concessão a pedido do Poder Concedente.

I. Definição: Elevação de custos gerados por mudanças exigidas pelo ICMBio nas especificações do serviço.

II. Alocação: Público.

Requisito 394. Risco identificado: Desempenho dos subcontratados.

I. Definição: Custos gerados por gestão deficiente ou descumprimento de contratos de subcontratados.

II. Alocação: Privado.

Requisito 395. Risco identificado: Dificuldade em atingir parâmetros mínimos de performance.

I. Definição: Custos originados por dificuldade em se atingir metas de desempenho contratuais.

II. Alocação: Privado.

Requisito 396. Risco identificado: Eventos seguráveis, caracterizados como Força maior ou Caso Fortuito.

I. Definição: Custos originados por eventos seguráveis caracterizados como Força Maior ou Caso Fortuito que impeçam o desempenho exigido.

II. Alocação: Privado.

Requisito 397. Risco identificado: Eventos não seguráveis, caracterizados como Força maior ou Caso Fortuito.

I. Definição: Custos originados por eventos não seguráveis caracterizados como Força Maior ou Caso Fortuito que impeçam o desempenho exigido, exceto quando a sua cobertura possa ser contratada junto a instituições seguradoras, no mercado brasileiro, na data da ocorrência ou quando houver apólices vigente que cubram o evento.

II. Alocação: Público.

Requisito 398. Risco identificado: Exigência por parte do Poder Concedente de novos padrões de desempenho.

I. Definição: ICMBio estabelecer novos padrões de desempenho relacionados a mudanças tecnológicas ou a adequações a padrões internacionais.

II. Alocação: Público.

Requisito 399. Risco identificado: Administração ineficiente.

I. Definição: Gestão inadequada, causando queda recorrente da qualidade ou performance.

II. Alocação: Privado.

4. Riscos operacionais

Risco identificado: Custos operacionais e de manutenção acima do previsto.

III. Definição: Custos operacionais e de manutenção acima do previsto pela Concessionária ou no período de teste em função de aumentos não previstos no custo dos equipamentos, ou outros suprimentos.

IV. Alocação: Privado.

Requisito 400. Risco identificado: Custos de ações legais.

I. Custos de ações judiciais de terceiros contra a Concessionária ou Subcontratadas decorrentes da execução da Concessão, salvo se por fato imputável ao Poder Concedente.

II. Alocação: Privado.

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Requisito 401. Risco identificado: Greves.

I. Definição: Paralisação dos trabalhos por greve de funcionários da Concessionária ou de qualquer de suas subcontratadas.

II. Alocação: Privado.

Requisito 402. Risco identificado: Domínio da área onde ocorrem os serviços concessionados.

I. Definição: Eventuais questões envolvendo o domínio da área, como desocupações de área em posse de terceiros, prévias ou posteriores à celebração do contrato, remoção de quaisquer bens que interfiram na operação integram a esfera de responsabilidade da Concessionária.

II. Alocação: Privado.

Requisito 403. Risco identificado: Processos de Responsabilidade Civil.

I. Definição: Custos relacionados a processos de responsabilidade civil de pessoas que se envolvam em acidentes na FLONA de Canela.

II. Alocação: Privado.

Requisito 404. Risco identificado: Mudança tecnológica não requerida pelo ICMBio.

I. Definição: Mudanças tecnológicas implantadas pela Concessionária e que não tenham sido solicitadas pelo ICMBio.

II. Alocação: Privado.

Requisito 405. Risco identificado: Redução da capacidade da UC por decisão ou omissão de entes públicos.

I. Definição: Restrição à capacidade da UC decorrente de decisão ou omissão de entes públicos.

II. Alocação: Público.

Requisito 406. Risco identificado: Restrição operacional do Parque por decisão ou omissão de entes públicos.

I. Definição: Restrição às operações da UC decorrente de decisão ou omissão de entes públicos, exceto se decorrente de fato imputável à Concessionária.

II. Alocação: Público.

Requisito 407. Risco identificado: Impedimento de cobrar ingresso/ serviço por decisão de entes públicos.

I. Definição: Decisão arbitral, judicial ou administrativa que impeça ou impossibilite a concessionária de cobrar o ingresso/serviços, salvo se tal decisão ocorrer por responsabilidade da Concessionária.

II. Alocação: Público.

Requisito 408. Risco identificado: Mudança de legislação ou regulamentação.

I. Definição: Mudança de legislação ou regulamentação que alterem a composição econômico-financeira da Concessionária.

II. Alocação: Público.

Requisito 409. Risco identificado: Interrupção do serviço de energia elétrica/água por responsabilidade da Concessionária.

I. Definição: Interrupção do fornecimento de energia elétrica/água ensejada por falha no sistema que seja de responsabilidade da concessionária de tais serviços ou de seu fornecedor.

II. Alocação: Privado.

Requisito 410. Risco identificado: Modificação unilateral imposta pelo Poder Concedente.

I. Definição: Sempre que por imposição do Poder de Concedente, houver modificação unilateral do contrato, que importe variação dos seus custos ou de receitas, para mais ou para menos.

II. Alocação: Público.

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Requisito 411. Risco identificado: Elevação dos custos operacionais, de compra ou manutenção dos equipamentos.

I. Definição: Investimentos, custos ou despesas adicionais decorrentes da elevação dos custos operacionais e de compra ou manutenção dos equipamentos.

II. Alocação: Privado.

Requisito 412. Risco identificado: Aumento do custo de capital.

I. Definição: Aumento do custo de capital, inclusive os resultantes de aumento das taxas de juros.

II. Alocação: Privado.

5. Riscos de demanda

Requisito 413. Risco identificado: Redução/aumento da demanda.

I. Definição: Variação da demanda com reduções/aumentos inesperados de receita devido à queda ou aumento de demanda.

II. Alocação: Privado.

Requisito 414. Risco identificado: Demanda e dimensionamento da infraestrutura da UC.

I. Definição: Responsabilidade pela manutenção/ampliação dos componentes da infraestrutura da UC de acordo com a demanda.

II. Alocação: Privado.

Requisito 415. Risco identificado: Demanda projetada.

I. Definição: Não efetivação da demanda projetada ou sua redução por qualquer motivo, inclusive se decorrer da implantação de novas infraestruturas na área concessionada.

II. Alocação: Privado.

Requisito 416. Risco identificado: Investimentos, custos ou despesas adicionais.

I. Definição: Investimentos, custos ou despesas adicionais necessárias para o atendimento do Projeto Básico ou de quaisquer das obrigações contratuais, do nível de serviço estabelecido e da qualidade na prestação dos serviços previstos no Contrato.

II. Alocação: Privado.

Requisito 417. Risco identificado: Inadimplência visitantes.

I. Definição: Inadimplência dos visitantes pelo pagamento dos serviços prestados.

II. Alocação: Privado.

6. Riscos de término antecipado

Requisito 418. Risco identificado: Descumprimento do contrato por parte do ICMBio.

I. Definição: Risco associado à não-performance do ICMBio na gestão do contrato, gerando indenizações.

II. Alocação: Público.

Requisito 419. Risco identificado: Intervenção

I. Definição: Risco de intervenção na concessão.

II. Alocação: Privado.

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Requisito 420. Risco identificado: Encampação.

I. Definição: Risco de encampação da concessão por interesse público.

II. Alocação: Público.

Requisito 421. Risco identificado: Caducidade.

I. Definição: Risco de declaração de caducidade da concessão por insuficiência de desempenho de concessionário.

II. Alocação: Privado.

Requisito 422. Risco identificado: Rescisão por iniciativa da Concessionária.

I. Definição: Extinção do contrato por iniciativa da Concessionária em razão de inadimplemento do Poder Concedente considerado grave e reiterado, de modo a inviabilizar o prosseguimento do contrato.

II. Alocação: Público.

Requisito 423. Risco identificado: Anulação.

I. Definição: Risco de anulação do contrato por falhas de natureza diversas e insanáveis.

II. Alocação: Compartilhado.

7. Riscos ambientais

Requisito 424. Risco identificado: Resíduos e efluentes.

I. Definição: Resíduos sólidos e efluentes líquidos resultantes de obras inacabadas e da operação na UC.

II. Alocação: Privado.

Requisito 425. Risco identificado: Áreas degradadas.

I. Definição: Áreas degradadas em função da ação do operador privado.

II. Alocação: Privado.

Requisito 426. Risco identificado: Acidentes com elementos da Fauna.

I. Definição: Atropelamento de animais ou mortes destes causados por interferência no meio ambiente como ruídos, poluição ou desmatamento.

II. Alocação: Privado.

Requisito 427. Risco identificado: Alteração do Plano de Manejo.

I. Definição: Mudanças nas especificações dos serviços em decorrência de mudanças no plano de manejo da UC.

II. Alocação: Público.

Requisito 428. Risco identificado: Passivos ambientais.

I. Definição: Custos relacionados aos passivos ambientais que tenham origem e não sejam conhecidos até a data de publicação do edital da concorrência da concessão.

II. Alocação: Público.

Requisito 429. Risco identificado: Contaminação solo e águas subterrâneas.

I. Definição: Custos relacionados à confirmação de existência de contaminação do solo e águas subterrâneas na área da UC que decorram de atos ou fatos anteriores à assinatura do contrato.

II. Alocação: Público.

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Requisito 430. Risco identificado: Danos ambientais.

I. Definição: Responsabilidade civil, administrativa e criminal por danos ambientais.

II. Alocação: Privado.

8. Outros riscos

Requisito 431. Risco identificado: Atraso nas desapropriações.

I. Definição: Atrasos nos procedimentos de desapropriação gerando custos adicionais, salvo se tais atrasos ocorrerem por fato imputável à Concessionária.

II. Alocação: Público.

Requisito 432. Risco identificado: Desapropriações.

I. Definição: Os custos derivados do processo de desapropriação são de responsabilidade do Poder Concedente, salvo se estes forem estabelecidos no Estudo de Viabilidade Econômico-Financeiro do empreendimento.

II. Alocação: Público.

Requisito 433. Risco identificado: Variação das taxas de câmbio.

I. Definição: Se o financiamento do projeto for em moeda estrangeira, corre-se o risco de depreciação da moeda local trazer prejuízos financeiros ao investidor.

II. Alocação: Privado.

Requisito 434. Risco identificado: Risco de inflação.

I. Definição: Variação de inflação em nível superior ou inferior ao índice utilizado para reajuste dos ingressos ou de outros valores previstos no Contrato.

II. Alocação: Privado.

Requisito 435. Risco identificado: Ausência de atualização da portaria de ingressos/serviços.

I. Definição: Ausência de atualização realizada anualmente da portaria de ingressos/serviços pelo ICMBio.

II. Alocação: Público.

Requisito 436. Risco identificado: Manifestações sociais ou públicas ensejadas por entes públicos.

I. Definição: Manifestações sociais ou públicas, inferior a 15 dias, cuja causa não tenha sido dada pela concessionária e que impactem a operação.

II. Alocação: Privado.

Requisito 437. Risco identificado: Manifestações sociais ou públicas ensejadas pela Concessionária.

I. Definição: Manifestações sociais ou públicas cuja causa tenha sido dada pela Concessionária e que impactem a operação.

II. Alocação: Privado.

Requisito 438. Risco identificado: Danos à terceiros.

I. Definição: Responsabilidade civil, administrativa e criminal por danos causados à terceiros.

II. Alocação: Privado.

Requisito 439. Risco identificado: Prejuízos causados aos bens da concessão.

I. Definição: Perecimento, destruição, roubo, furto e perda dos bens da concessão.

II. Alocação: Privado.

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Requisito 440. Risco identificado: Defeitos ocultos.

I. Definição: Defeitos ocultos nos bens da concessão.

II. Alocação: Privado.

Requisito 441. Risco identificado: Atrasos por parte do Poder Concedente.

I. Definição: Custos adicionais ou prejuízos decorrentes de atrasos causados pelo Poder Concedente.

II. Alocação: Público.

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Apêndice 3 – Procedimentos e parâmetros para aplicação de multas

1. Procedimentos para aplicação da penalidade de multa

Requisito 442. Sem prejuízo de regulamentação expedida pelo ICMBio, serão aplicadas multas em virtude de infrações praticadas pela Concessionária ao disposto neste Projeto Básico e no Contrato de Concessão, de acordo com o procedimento previsto neste apêndice.

Requisito 443. Os valores das multas serão calculados com base em percentual do Valor Total do Contrato para o ano em que ocorrer a infração.

I. Para fins de aplicação de multa, considera-se o Valor Total do Contrato, que corresponde ao valor dos investimentos somado ao valor da outorga devida ao Poder Concedente, para todo o prazo da concessão, estimados no Estudo de Viabilidade Econômico-Financeira – EVE apresentado pelo Poder Concedente.

Requisito 444. A definição do valor base da multa decorrente de conduta infracional não especificada nos parâmetros apresentados ao final deste apêndice será realizada mediante análise do caso concreto, devendo ser considerados, quando aplicáveis, os seguintes critérios de ponderação:

I. As normas técnicas e de prestação de serviço;

II. Os serviços indisponibilizados;

III. Os danos, efetivos ou potenciais, resultantes da infração, para o serviço, para o meio ambiente e para os usuários, inclusive quanto a exposição da integridade física de pessoas a riscos;

IV. O número de usuários atingidos pelo evento; e,

V. As vantagens, efetivas ou potenciais, auferidas pela Concessionária em virtude da infração praticada.

Requisito 445. A definição dos valores base de multas aplicáveis decorrentes de conduta infracional não especificada neste apêndice decorrerá do cruzamento dos critérios descritos nos subitens anteriores, devendo ser utilizada, para tanto, a Matriz de Ponderação da Penalidade de Multa.

Requisito 446. As aplicações de penalidade de multa, tanto as expressas nos parâmetros de referência quanto as calculadas a partir da Matriz de Matriz de Ponderação da Penalidade de Multa, devem ser motivadas e devidamente justificadas em processo administrativo próprio.

Requisito 447. Serão aplicados decréscimos ou acréscimos aos valores base indicados nas tabelas, para as condutas de tipificação específica, ou definidos a partir da Matriz de Ponderação, para as condutas de tipificação não específica, em razão da constatação de circunstâncias atenuantes e/ou agravantes, nas proporções designadas a seguir, até o limite de 50% (cinquenta por cento).

I. São consideradas circunstâncias atenuantes:

a) O reconhecimento, no prazo para apresentação da defesa, do descumprimento da obrigação contratual objeto da apuração, devendo reduzir em 20% (vinte por cento) o valor base da multa;

b) O concurso de agentes externos para o descumprimento, que tenha influência no resultado produzido, desde que devidamente fundamentado, devendo reduzir em 15% (quinze por cento) o valor de referência estabelecido para a multa;

c) A execução de medidas espontâneas da Concessionária, resultando na cessação da infração e recomposição das condições dos ofendidos, no prazo para apresentação da defesa, devendo reduzir em 20% (vinte por cento) o valor de referência estabelecido para a multa; e,

II. São consideradas circunstâncias agravantes:

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a) Ter a infração sido cometida mediante fraude ou má-fé, devendo incidir em 20% (vinte por cento) sobre o valor de referência estabelecido para a multa;

b) Não adoção de medidas alternativas e/ou mitigadoras, no prazo e nos termos recomendados pelo ICMBio, devendo incidir em 20% (vinte por cento) sobre o valor de referência estabelecido para a multa;

c) Praticar infração para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou a vantagem de outra infração, devendo incidir em 30% (trinta por cento) sobre o valor de referência estabelecido para a multa; e

d) A reincidência específica da Concessionária no cometimento da infração nos últimos 03 (três) anos, devendo incidir em 15% (quinze por cento) sobre o valor de referência estabelecido para a multa.

Requisito 448. As multas aplicáveis às infrações de natureza continuada incidirão da data de cessação do cumprimento da obrigação até a data em que esta seja retomada, ou da data de decurso do prazo fixado, contratualmente ou por determinação do ICMBio, até a data em que seja verificado o adimplemento da obrigação ou atendimento da determinação, sem necessidade de nova intimação para tanto.

I. Para efeito de cessação do cômputo da multa aplicável às infrações de natureza continuada, caberá ao interessado comunicar ao ICMBio a retomada do cumprimento da obrigação contratual ou atendimento da determinação fixada, apresentando provas inequívocas dos fatos alegados, mediante o encaminhamento de relatórios que contenham laudos, inclusive fotográficos, se necessário, ou por outros meios que se façam imprescindíveis à comprovação das informações apresentadas.

Requisito 449. Para aplicação de multas que compõem os Parâmetros de Referência, será considerado o seguinte referencial:

I. Grau 1: Até 0,08% sobre o Valor Total do Contrato.

II. Grau 2: Até 0,15% sobre o Valor Total do Contrato.

III. Grau 3: Até 0,40% sobre o Valor Total do Contrato.

IV. Grau 4: Até 0,75% sobre o Valor Total do Contrato.

V. Grau 5: Até 1,40% sobre o Valor Total do Contrato.

VI. Grau 6: Até 3% sobre o Valor Total do Contrato.

Requisito 450. As multas com incidência diária serão aplicadas a partir do dia seguinte da notificação emitida pelo Poder Concedente para a qual não haja mais possibilidade de recurso por parte da Concessionária.

I. As multas com aplicação diária não poderão exceder 15 (quinze) dias de incidência, sob pena de caracterização de inexecução parcial do contrato.

II. Ultrapassado o limite de 15 (quinze) dias a que se refere o item anterior, o não cumprimento da obrigação contratual que ensejou a aplicação da multa poderá ser considerado como circunstância agravante.

2. Parâmetros de Referência

2.1. Infrações relativas aos deveres gerais

Requisito 451. Infração de Referência A-01

I. Descrição: Deixar de atender às exigências, recomendações ou observações feitas pelo Poder Concedente, conforme os prazos fixados em cada caso.

II. Grau: 1.

III. Valores: Até 0,08% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

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Requisito 452. Infração de Referência A-02

I. Descrição: Deixar de elaborar Plano de Gestão de Segurança das atividades/serviços concessionados.

II. Grau: 2.

III. Valores: Até 0,15% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 453. Infração de Referência A-03

I. Descrição: Deixar de acarar as orientações da Comissão de Fiscalização do Contrato ou do seu substituto legal, sujeitando-se a mais ampla e irrestrita supervisão e fiscalização, prestando os esclarecimentos solicitados e atendendo às reclamações formuladas.

II. Grau: 1.

III. Valores: Até 0,08% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 454. Infração de Referência A-04

I. Descrição: Deixar de efetuar o registro em junta comercial de Sociedade de Propósito Específico – SPE e apresentá-lo ao Poder Concedente no prazo de até 45 (quarenta e cinco) dias após a convocação para assinatura do contrato, salvo mediante justificativa apresentada e aceita pelo Poder Concedente.

II. Grau: 3.

III. Valores: Até 0,40% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 455. Infração de Referência A-05

I. Descrição: Deixar de cumprir obrigações legais quanto à legislação trabalhista, previdenciária, de segurança e medicina do trabalho, concernentes aos seus empregados e terceirizados.

II. Grau: 1.

III. Valores: Até 0,08% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 456. Infração de Referência A-06

I. Descrição: Deixar de restituir ao Poder Concedente os imóveis, infraestruturas, instalações e espaços concedidos após o término da vigência contratual.

II. Grau: 6.

III. Valores: Até 3% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 457. Infração de Referência A-07

I. Descrição: Restituir ao Poder Concedente os imóveis, infraestruturas, instalações e espaços concedidos em más condições de uso e/ou conservação.

II. Grau: 5.

III. Valores: Até 1,4% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 458. Infração de Referência A-08

I. Descrição: Deixar de repassar ao ICMBio, mensalmente, o percentual de outorga sobre a Receita Operacional Bruta, nos termos deste Projeto Básico, salvo mediante justificativa formalmente apresentada e aceita pelo Poder Concedente.

II. Grau: 6.

III. Valores: Até 3% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

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Requisito 459. Infração de Referência A-09

I. Descrição: Deixar de permitir e facilitar o livre acesso dos servidores indicados pelo Poder Concedente, às áreas utilizadas pela Concessionária e aos livros e sistemas contábeis e de controle utilizados.

II. Grau: 3.

III. Valores: Até 0,40% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 460. Infração de Referência A-10

I. Descrição: Deixar de concluir todas as obras obrigatórias previstas neste Projeto Básico em até 4 (cinco) anos após a assinatura do contrato, salvo mediante justificativa formalmente apresentada e aprovada pelo Poder Concedente.

II. Grau: 6.

III. Valores: Até 3% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 461. Infração de Referência A-11

I. Descrição: Deixar de manter, para todas as atividades relacionadas à execução de serviços de engenharia e arquitetura, a regularidade perante seus respectivos Conselhos Profissionais, inclusive para os terceiros contratados.

II. Grau: 1.

III. Valores: Até 0,08% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

2.2. Infrações relativas aos projetos e implementações

Requisito 462. Infração de Referência B-01

I. Descrição: Executar projetos, planos e programas relativos aos serviços concessionados sem prévia aprovação do ICMBio.

II. Grau: 5.

III. Valores: Até 1,4% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 463. Infração de Referência B-02

I. Descrição: Deixar de apresentar o projeto técnico com as estruturas necessárias para a cobrança de ingresso e controle de acesso no prazo de até 2 (dois) meses após a assinatura do Contrato, salvo mediante justificativa formalmente apresentada e aceita pelo Poder Concedente.

II. Grau: 4.

III. Valores: Até 0,75% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 464. Infração de Referência B-03

I. Descrição: Deixar de implementar o sistema de cobrança de ingresso e controle de acesso, com as obrigações e parâmetros definidos no Projeto Básico, em até 6 (seis) meses após aprovação do projeto técnico pelo Poder Concedente, salvo mediante justificativa formalmente apresentada e aceita pelo Poder Concedente.

II. Grau: 4.

III. Valores: Até 0,75% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

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Requisito 465. Infração de Referência B-04

I. Descrição: Deixar de apresentar projeto técnico de implantação, sinalização, iluminação, operacionalização e estruturação dos estacionamentos, com as obrigações e parâmetros definidos no Projeto Básico, em 2 (dois) meses após assinatura do Contrato, salvo mediante justificativa formalmente apresentada e aceita pelo Poder Concedente.

II. Grau: 4.

III. Valores: Até 0,75% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 466. Infração de Referência B-05

I. Descrição: Deixar de implantar os estacionamentos, com as obrigações e parâmetros definidos no Projeto Básico, em 6 (seis) meses após aprovação do projeto técnico pelo Poder Concedente, salvo mediante justificativa formalmente apresentada e aceita pelo Poder Concedente

II. Grau: 4.

III. Valores: Até 0,75% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 467. Infração de Referência B-06

I. Descrição: Deixar de apresentar projeto técnico de construção/adequação das instalações dos serviços de alimentação e comércio, com as obrigações e parâmetros definidos no Projeto Básico, em até 4 (quatro) meses após assinatura do Contrato, salvo mediante justificativa formalmente apresentada e aceita pelo Poder Concedente.

II. Grau: 4.

III. Valores: Até 0,75% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 468. Infração de Referência B-07

I. Descrição: Deixar de implantar os serviços de alimentação e comércio, com as obrigações e parâmetros definidos no Projeto Básico, em até 18 (dezoito) meses após aprovação do projeto técnico pelo Poder Concedente, salvo mediante justificativa formalmente apresentada e aceita pelo Poder Concedente.

II. Grau: 4.

III. Valores: Até 0,75% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 469. Infração de Referência B-08

I. Descrição: Deixar de apresentar projeto técnico de construção/adequação dos imóveis utilizados no serviço de hospedagem, com as obrigações e parâmetros definidos no Projeto Básico, em até 12 (doze) meses após assinatura do Contrato, salvo mediante justificativa formalmente apresentada e aceita pelo Poder Concedente.

II. Grau: 4.

III. Valores: Até 0,75% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 470. Infração de Referência B-09

I. Descrição: Deixar de construir/adequar os imóveis do serviço de hospedagem, com as obrigações e parâmetros definidos no Projeto Básico, em até 30 (trinta) meses após aprovação do projeto técnico pelo Poder Concedente, salvo mediante justificativa formalmente apresentada e aceita pelo Poder Concedente.

II. Grau: 4.

III. Valores: Até 0,75% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

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Requisito 471. Infração de Referência B-10

I. Descrição: Deixar de apresentar projeto técnico de construção do parque de recreação infantil, com as obrigações e parâmetros definidos no Projeto Básico, em até 4 (quatro) meses após assinatura do Contrato, salvo mediante justificativa formalmente apresentada e aceita pelo Poder Concedente.

II. Grau: 4.

III. Valores: Até 0,75% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 472. Infração de Referência B-11

I. Descrição: Deixar de implantar o parque de recreação infantil, com as obrigações e parâmetros definidos no Projeto Básico, em até 18 (dezoito) meses após aprovação do projeto técnico pelo Poder Concedente, salvo mediante justificativa formalmente apresentada e aceita pelo Poder Concedente.

II. Grau: 4.

III. Valores: Até 0,75% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 473. Infração de Referência B-12

I. Descrição: Deixar de apresentar projeto técnico de implementação do Espaço do Ciclista, com as obrigações e parâmetros definidos no Projeto Básico, em até 4 (quatro) meses após assinatura do Contrato, salvo mediante justificativa formalmente apresentada e aceita pelo Poder Concedente.

II. Grau: 4.

III. Valores: Até 0,75% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 474. Infração de Referência B-13

I. Descrição: Deixar de implantar o Espaço do Ciclista, com as obrigações e parâmetros definidos no Projeto Básico, em até 18 (dezoito) meses após aprovação do projeto técnico pelo Poder Concedente, salvo mediante justificativa formalmente apresentada e aceita pelo Poder Concedente.

II. Grau: 4.

III. Valores: Até 0,75% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 475. Infração de Referência B-14

I. Descrição: Deixar de apresentar projeto técnico de implementação das atividades acessórias para aprovação do Poder Concedente.

II. Grau: 5.

III. Valores: Até 1,4% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

2.3. Infrações relativas às atividades operacionais

Requisito 476. Infração de Referência C-01

I. Descrição: Deixar de cumprir com as condicionantes ambientais e medidas compensatórias de licenças ambientais, quando houver.

II. Grau: 5.

III. Valores: Até 1,4% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 477. Infração de Referência C-02

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I. Descrição: Deixar de operar sistema para recebimento de valores em dinheiro, cartões de crédito e de débito, instalado e em perfeito funcionamento para a cobrança dos serviços objeto da Concessão.

II. Grau: 5.

III. Valores: Até 1,4% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 478. Infração de Referência C-03

I. Descrição: Deixar de realizar a manutenção preventiva e corretiva nos equipamentos e no sistema operacional utilizados.

II. Grau: 4.

III. Valores: Até 0,75% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 479. Infração de Referência C-04

I. Descrição: Deixar de arcar com todas as despesas relativas aos serviços utilizados, tais como: água, esgoto/fossa, energia elétrica, telefone, gás, coleta de lixo e outros, bem como a despesa da instalação dos medidores de consumo de energia e água.

II. Grau: 3.

III. Valores: Até 0,40% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 480. Infração de Referência C-05

I. Descrição: Deixar de manter a segurança patrimonial e a vigilância (24 horas) das áreas internas e externas das dependências cedidas para apoio aos serviços concessionados.

II. Grau: 5.

III. Valores: Até 1,4% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 481. Infração de Referência C-06

I. Descrição: Deixar de instalar e manter serviço de comunicação interna via rádio, ou tecnologia superior, em todos os serviços prestados.

II. Grau: 2.

III. Valores: Até 0,15% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 482. Infração de Referência C-07

I. Descrição: Deixar de realizar o manejo de efluentes e resíduos sólidos de acordo com o Projeto Básico e as orientações do Poder Concedente.

II. Grau: 5.

III. Valores: Até 1,4% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 483. Infração de Referência C-08

I. Descrição: Deixar de manter os serviços concessionados permanentemente dotados de equipamentos adequados à prevenção de incêndios.

II. Grau: 4.

III. Valores: Até 0,75% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 484. Infração de Referência C-09

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I. Descrição: Deixar de implantar Sistema de Gestão Operacional.

II. Grau: 3.

III. Valores: Até 0,40% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 485. Infração de Referência C-10

I. Descrição: Deixar de implantar Sistema de Gestão de Segurança, com plano de prevenção e atendimento de acidentes e emergências.

II. Grau: 3.

III. Valores: Até 0,40% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 486. Infração de Referência C-11

I. Descrição: Deixar de implantar e operar sala de primeiros socorros para atendimento dos visitantes da UC.

II. Grau: 4.

III. Valores: Até 0,75% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 487. Infração de Referência C-12

I. Descrição: Deixar de realizar a manutenção dos imóveis, infraestruturas, instalações, espaços e vias internas vinculados aos serviços concessionados, salvo mediante justificativa apresentada e aceita pelo Poder Concedente.

II. Grau: 4.

III. Valores: Até 0,75% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 488. Infração de Referência C-13

I. Descrição: Deixar de instalar lixeiras e realizar a coleta diária de lixo nos imóveis, infraestruturas, instalações e espaços vinculados aos serviços concessionados.

II. Grau: 1.

III. Valores: Até 0,08% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 489. Infração de Referência C-14

I. Descrição: Deixar de manter adequadas as condições de salubridade e higiene e de disponibilização de mão-de-obra, material e equipamentos de limpeza nos serviços concessionados.

II. Grau: 1.

III. Valores: Até 0,08% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 490. Infração de Referência C-15

I. Descrição: Deixar de realizar a limpeza e segurança dos imóveis, infraestruturas, instalações, espaços vinculados aos serviços concessionados, salvo mediante justificativa apresentada e aceita pelo Poder Concedente.

II. Grau: 3.

III. Valores: Até 0,40% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 491. Infração de Referência C-16

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I. Descrição: Deixar de reparar imediatamente, após o recebimento de notificação, quaisquer danos causados aos bens sob sua responsabilidade.

II. Grau: 2.

III. Valores: Até 0,15% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 492. Infração de Referência C-17

I. Descrição: Deixar de adotar, para toda e qualquer identificação visual relacionada à operação desta Concessão, a logomarca da FLONA de Canela e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio, salvo mediante justificativa apresentada e aceita pelo Poder Concedente.

II. Grau: 1.

III. Valores: Até 0,08% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

2.4. Infrações relativas às informações

Requisito 493. Infração de Referência D-01

I. Descrição: Deixar de prestar informações, esclarecimentos ou disponibilizar documentos requisitados pelo Poder Concedente, se obrigando a atender prontamente as determinações de adequações que estejam previstas no Edital, e seus anexos, desta Concessão.

II. Grau: 2.

III. Valores: Até 0,15% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 494. Infração de Referência D-02

I. Descrição: Deixar de disponibilizar e manter atualizadas, de forma acessível, em seu sítio eletrônico, para fins de livre acesso e consulta pública pelo público em geral, as tabelas vigentes com os preços praticados na exploração dos serviços.

II. Grau: 2.

III. Valores: Até 0,15% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 495. Infração de Referência D-03

I. Descrição: Deixar de manter o Poder Concedente informado sobre toda e qualquer ocorrência em desconformidade com a exploração dos serviços na FLONA de Canela.

II. Grau: 1.

III. Valores: Até 0,08% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 496. Infração de Referência D-04

I. Descrição: Deixar de apresentar, até o quinto dia útil de cada mês, relatórios gerenciais discriminando, no mínimo, as informações da venda de ingressos, receitas geradas por atividade concessionada e, quando houver, receitas acessórias; dias e horários de pico, número de visitantes, número de isenções, valor faturado e despesas referentes ao mês anterior e ao acumulado no exercício.

II. Grau: 1.

III. Valores: Até 0,08% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 497. Infração de Referência D-05

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I. Descrição: Deixar de aplicar questionário de satisfação dos visitantes, nos termos do disposto no Projeto Básico.

II. Grau: 1.

III. Valores: Até 0,08% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 498. Infração de Referência D-06

I. Descrição: Deixar de apresentar relatórios anuais sobre índice de reclamações no PROCON, sinistros e acidentes envolvendo visitantes, funcionários e danos ao patrimônio material.

II. Grau: 1.

III. Valores: Até 0,08% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 499. Infração de Referência D-07

I. Descrição: Deixar de manter, em local acessível ao público e à disposição do Poder Concedente, protocolo destinado ao registro de queixas, sugestões e reclamações dos usuários.

II. Grau: 2.

III. Valores: Até 0,15% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 500. Infração de Referência D-08

I. Descrição: Deixar de comunicar ao Poder Concedente, de imediato, qualquer alteração ocorrida em seu Contrato Social, Estatuto Social ou em seu endereço de cobrança.

II. Grau: 1.

III. Valores: Até 0,08% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 501. Infração de Referência D-09

I. Descrição: Deixar de adotar contabilidade e demonstrações financeiras padronizadas e que possibilitem a diferenciação para cada serviço prestado.

II. Grau: 1.

III. Valores: Até 0,08% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 502. Infração de Referência D-10

I. Descrição: Deixar de fornecer, anualmente ou quando solicitado, os balanços patrimoniais e manter a contabilidade segregada da Concessão.

II. Grau: 1.

III. Valores: Até 0,08% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

2.5. Infrações relativas aos seguros e garantia

Requisito 503. Infração de Referência E-01

I. Descrição: Deixar de contratar e manter em vigor, durante todo o prazo da Concessão, apólices de seguro, com vigência mínima de 12 (doze) meses.

II. Grau: 4.

III. Valores: Até 0,75% do Valor Total do Contrato.

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IV. Incidência: Por evento.

Requisito 504. Infração de Referência E-02

I. Descrição: Deixar de contratar seguro de acidente pessoal, para visitantes e funcionários, para as atividades de risco relacionadas aos serviços concessionados e às atividades acessórias que a Concessionária vier a implementar.

II. Grau: 4.

III. Valores: Até 0,75% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 505. Infração de Referência E-03

I. Descrição: Deixar de manter a integridade da Garantia de Execução Contratual durante toda a vigência do Contrato, estando obrigada, independentemente da prévia notificação para constituição em mora.

II. Grau: 4.

III. Valores: Até 0,75% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

2.6. Infrações relativas aos recursos humanos

Requisito 506. Infração de Referência F-01

I. Descrição: Deixar de qualificar e treinar os profissionais contratados para a prestação dos serviços previstos no Contrato.

II. Grau: 1.

III. Valores: Até 0,08% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 507. Infração de Referência F-02

I. Descrição: Deixar de contratar pelo menos 1 (um) funcionário com habilidade de comunicação em inglês para suporte geral aos serviços de atendimento ao público e 1 (um) para cada atividade de lazer que exija a comunicação de procedimentos de segurança.

II. Grau: 1.

III. Valores: Até 0,08% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 508. Infração de Referência F-03

I. Descrição: Deixar de manter seus funcionários devidamente uniformizados e identificados por crachá, quando em trabalho.

II. Grau: 1.

III. Valores: Até 0,08% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

Requisito 509. Infração de Referência F-04

I. Descrição: Deixar de apresentar modelo de uniforme dos funcionários ao Poder Concedente em até até 2 (dois) meses após assinatura do Contrato.

II. Grau: 1.

III. Valores: Até 0,08% do Valor Total do Contrato.

IV. Incidência: Por evento.

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3. Matriz de Ponderação da Penalidade de Multa para Condutas Infracionais Não Especificadas

Requisito 510. Para infrações tipificadas de forma não específica, serão adotados os parâmetros de ponderação de danos e vantagens como descritos na tabela a seguir:

4. Disposições Finais

Requisito 511. Na hipótese em que a Concessionária der causa à caducidade da concessão, será aplicada multa equivalente a 25% (vinte e cinco por cento) do valor total do contrato.

Requisito 512. A falta de pagamento da multa no prazo estipulado importará na incidência automática de juros de mora correspondentes à variação pro rata die da taxa SELIC, a contar da data do respectivo vencimento e até a data do efetivo pagamento, bem como a possibilidade de execução da Garantia de Execução do Contrato.

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Apêndice 4 – Especificações locacionais da Trilha de Mountain Bike

Mapa 1 – Declividade do município e da Floresta Nacional de Canela

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Mapa 2 – Trilha principal de Mountain Bike Floresta Nacional de Canela, com 25,4 km de extensão e respectivo perfil de elevação

Mapa 3 – Trilha 2 de Mountain Bike Floresta Nacional de Canela, com 7,1 km de extensão e respectivo perfil de elevação

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Mapa 4 – Trilhas de Mountain Bike projetadas para a Floresta Nacional de Canela

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Anexo II – Minuta do Contrato

TERMO DE CONTRATO DE CONCESSÃO Nº NN/NNNN FIRMADO ENTRE O INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE E A CONCESSIONÁRIA _________________________, PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE APOIO À VISITAÇÃO NO Floresta Nacional de Canela. O INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE – ICMBio, Autarquia Federal vinculada ao Ministério do Meio Ambiente - MMA, criado pela Lei nº. 11.516, de 28/08/2007, com sede e foro na EQSW 103/104, Complexo Administrativo Sudoeste, em Brasília/DF, sob o CEP 70670-350, e jurisdição em todo o Território Nacional, inscrito no CNPJ sob nº. 08.829.974/0002-75, neste ato representado pelo seu Presidente, PAULO HENRIQUE MAROSTEGAN E CARNEIRO, portador do RG nº 218556517 - SSP/SP e do CPF nº 178.946.228-26, residente e domiciliado em Brasília/DF, no uso das atribuições que lhe confere a Portaria nº 638 da Casa Civil da Presidência da República, de 14 de junho de 2018, publicada no Diário Oficial da União em 15 de junho de 2018, doravante denominado CONCEDENTE e a RAZÃO SOCIAL DA CONCESSIONÁRIA, inscrita no CNPJ sob o nº (_____________ ), sediada em (_______________), neste ato representada pelo(s) Sr(s). (_____________), qualificação _____________, estado civil _____________, portador do RG nº _____________ e CPF nº (_____________), doravante denominada CONCESSIONÁRIA, tendo em vista o que consta no Processo Administrativo n° 02125.000487/2018-87, e em observância às disposições da legislação e normas regulamentares aplicáveis, resolvem celebrar o presente Termo de Contrato de Concessão, decorrente da Concorrência n° (____), mediante as condições a seguir enunciadas.

CAPÍTULO 9 - DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS

Seção I – Da Legislação Aplicável

9.1. O Contrato será regido e interpretado de acordo com o ordenamento jurídico vigente na República Federativa do Brasil.

Seção II – Das Disposições Gerais

9.2. Todas as comunicações recíprocas, relativas ao Contrato, serão consideradas como efetuadas, se entregues por correspondência com Aviso de Recebimento (AR), ou por portador, com protocolo de recebimento, exceto quando o contrato expressamente dispuser de forma diversa. Em qualquer dos casos, deverá sempre constar o número do Contrato, o assunto, a data de recebimento e o nome do remetente.

9.3. A CONCESSIONÁRIA deverá, no prazo de 15 (quinze) dias da assinatura do Contrato, apresentar, por escrito, os nomes e correspondentes cargos dos representantes designados para serem responsáveis pela gestão do Contrato, aos cuidados dos quais deverão ser dirigidas as correspondências aqui previstas.

9.3.1. Qualquer alteração nos nomes e correspondentes cargos dos respectivos empregados ou representantes designados para serem responsáveis pela gestão do Contrato deverá ser comunicada ao CONCEDENTE em até 5 (cinco) dias após a alteração.

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9.4. No caso de extinção de qualquer dos índices econômicos indicados neste Contrato e seus Anexos, os mesmos serão alterados pelos índices oficiais substitutos ou, na ausência desses, por outros indicados pelo ICMBio.

9.5. Para fins de cumprimento das cláusulas constantes neste Contrato e seus Anexos, serão consideradas as informações contábeis previstas neste contrato, referente à CONCESSIONÁRIA e, se for o caso, suas subsidiárias integrais.

CAPÍTULO 10 - DO OBJETO

Seção I – Dos serviços concessionados

10.1. O objeto do presente contrato é a concessão de serviços de apoio à visitação, ao turismo ecológico, à interpretação ambiental e à recreação em contato com a natureza na Floresta Nacional de Canela (RS), nos termos do Anexo I – Projeto Básico, do Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio. São serviços obrigatórios a serem desenvolvidos pela Concessionária:

10.1.1. Desenvolvimento de suporte gerencial.

10.1.2. Implantação de sistema de controle de acesso.

10.1.3. Venda de ingressos, com implantação de sistema de gestão, emissão e cobrança dos bilhetes.

10.1.4. Implantação e gestão de instalações, espaços e serviços de controle e cobrança de estacionamentos veiculares.

10.1.5. Implantação e gestão de instalações, espaços e serviços de receptivo.

10.1.6. Implantação e gestão de instalações, espaços e serviços de alimentação e comércio.

10.1.7. Implantação e gestão de instalações, espaços e serviços de hospedagem.

10.1.8. Implantação e gestão de instalações, espaços e serviços de visitação em atrativos turísticos.

10.1.9. Implantação e gestão de instalações, espaços e serviços de apoio a atividade de recreação e aventura.

Seção II – Do prazo de vigência do Contrato

10.2. A vigência do Contrato será pelo prazo de 15 (quinze) anos, improrrogáveis, contados a partir da data de sua assinatura.

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Seção III – Dos imóveis, infraestruturas, instalações e espaços disponibilizados aos serviços concessionados

10.3. O CONDEDENTE disponibilizará os imóveis, infraestruturas, instalações e espaços descritos do Projeto Básico, Anexo I do Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio, para suporte aos serviços concessionados, que estarão obrigados às intervenções neles previstas de reforma/adequação.

10.4. A CONCESSIONÁRIA deverá apresentar uma Proposta de uso das edificações para aprovação do Poder Concedente.

10.4.1. Os prazos de apresentação dos projetos arquitetônicos e de conclusão das reformas, para cada imóvel, infraestrutura ou instalação específica, que não estejam previamente definidos descritas no Anexo I – Projeto Básico, do Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio, serão previstos no âmbito da Proposta de uso das edificações.

10.4.2. As reformas e adequações propostas deverão ter seus projetos previamente aprovados pelo CONCEDENTE.

10.4.3. As reformas e adequações propostas deverão seguir os conceitos de sustentabilidade, de modo a gerar o mínimo de impacto ao meio ambiente e à paisagem da UC.

10.4.4. A CONCESSIONÁRIA poderá propor ao CONCEDENTE a realização de outras intervenções que entender necessárias para implantação dos serviços concessionados.

10.5. Os imóveis, infraestruturas e instalações reformados/adequados deverão ser utilizados exclusivamente para implantação de atividades e serviços objeto desta Concessão.

10.6. Os imóveis, infraestruturas e instalações relacionados serão disponibilizadas à Concessionária no estado em que se encontram.

10.7. As edificações que estão com arquitetura desconfigurada de seu estado atual deverão ser recuperadas em estilo modo compatível com a arquitetura regional existente na UC.

10.7.1. A CONCESSIONÁRIA poderá propor ao CONCEDENTE a demolição de eventual edificação, caso seja confirmada tal necessidade.

10.8. A CONCESSIONÁRIA poderá propor a construção de novas edificações, caso seja necessário, para implantação dos serviços concessionados.

10.8.1. Novas construções deverão seguir a arquitetura vernacular regional.

10.9. Serão, ainda, de integral responsabilidade da CONCESSIONÁRIA, a remoção de quaisquer bens para a liberação dos imóveis disponibilizados na Concessão.

Subseção III.a – Da Vistoria Para Cessão e Reversão dos Bens Imóveis Disponibilizados

10.10. O CONCEDENTE deverá emitir Termo de Vistoria, a ser assinado pelas Partes antes do início da Concessão e ao seu término, com o inventário dos imóveis, infraestruturas, instalações e espaços vinculados aos serviços concessionados, informando o seu estado de conservação.

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10.10.1. O Termo de Vistoria deverá ser acompanhado de laudo técnico emitido por profissional competente.

10.10.2. O ônus pela elaboração do Termo de Vistoria e emissão do laudo técnico é de inteira responsabilidade da CONCESSIONÁRIA.

Subseção III.b – Da Reversão dos Bens Imóveis Disponibilizados

10.11. A CONCESSIONÁRIA deverá restituir ao CONCEDENTE, no final da vigência do Contrato, os imóveis, infraestruturas, instalações e espaços vinculados aos serviços concessionados, em condições adequadas de conservação e funcionamento, mediante termo circunstanciado informando o inventário destes bens reversíveis e seu estado de conservação.

10.11.1. Os imóveis, infraestruturas, instalações e espaços revertidos ao ICMBio deverão estar em condições adequadas de conservação e funcionamento, para permitir a continuidade dos serviços que eram objeto da Concessão, pelo prazo mínimo adicional de 24 meses.

10.11.2. O inventário dos bens reversíveis deverá ser iniciado 12 (doze) meses antes do encerramento do Contrato.

10.11.3. Os imóveis, infraestruturas, instalações e espaços concedidos serão consideradas restituídos ao CONCEDENTE somente após a assinatura, pelas Partes, do competente Termo de Vistoria, acompanhado de laudo técnico emitido por profissional competente.

10.11.4. A CONCESSIONÁRIA não terá direito a indenização por benfeitorias, sejam elas necessárias, úteis ou voluptuárias, realizadas no bem imóvel concedido, assim como pelas acessões construídas.

10.11.5. As benfeitorias e acessões passarão a integrar o patrimônio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio.

10.11.6. A CONCESSIONÁRIA fica obrigada a solicitar autorização do CONCEDENTE sempre que pretender se desfazer de infraestruturas e instalações consideradas reversíveis.

Seção IV – Do Valor Total do Contrato

10.12. O Valor Total do Contrato é de R$ 4.635.000,00 (quatro milhões, seiscentos e trinta e cinco mil reais).

10.12.1. O Valor Total do Contrato corresponde ao valor dos investimentos somado ao valor da outorga devida ao CONCEDENTE, para todo o prazo da concessão, estimados no Estudo de Viabilidade Econômico-Financeira – EVE apresentado pelo CONCEDENTE.

10.12.1.1. O Estudo de Viabilidade Econômica e Financeira – EVE que subsidiou a elaboração do Projeto Básico está disponível na página do ICMBio para consulta.

10.12.2. O Valor Total do Contrato tem efeito meramente indicativo, não podendo ser utilizado por nenhuma das Partes para pleitear a recomposição do equilíbrio econômico-financeiro do Contrato.

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CAPÍTULO 11 - DAS ATIVIDADES E INTERVENÇÕES OBRIGATÓRIAS

Seção I – Do Desenvolvimento de Suporte Gerencial

11.1. Para suporte à concessão dos serviços de apoio ao uso público, a CONCESSIONÁRIA deverá desenvolver os seguintes planejamentos e sistemas gerenciais:

11.1.1. Plano de Comunicação e Identidade Visual.

11.1.2. Sistema de Gestão Operacional.

11.1.3. Serviço de Atendimento ao Consumidor – SAC.

11.1.4. Sistema de Gestão de Segurança – SGS.

Subseção I.a – Do Plano de Comunicação e Identidade Visual

11.2. A CONCESSIONÁRIA deverá elaborar um Plano de Comunicação e Identidade Visual, que deverá prever a utilização da logomarca do Floresta Nacional de Canela e do ICMBio na comunicação com os visitantes, nos produtos vendidos e utilizados pela CONCESSIONÁRIA.

11.2.1. O Plano de Comunicação e Identidade Visual do Floresta Nacional de Canela deverá estar de acordo com as normativas do ICMBio.

11.3. A CONCESSIONÁRIA deverá adotar, para toda e qualquer identificação visual relacionada à operação desta concessão, logomarca que o identifique como prestador de serviço da FLONA de Canela e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio.

11.4. O Plano de Comunicação e Identidade Visual deverá contemplar Projeto de Comunicação, prevendo pelo menos:

11.4.1. A elaboração de folhetos de divulgação.

11.4.2. A produção de materiais de comunicação complementares em no mínimo 02 línguas estrangeiras (inglês e espanhol).

11.4.3. O desenvolvimento ou aprimoramento de sítio eletrônico da UC em no mínimo 02 línguas estrangeiras (inglês e espanhol).

11.5. O Plano de Comunicação e Identidade Visual deverá contemplar, também, Projeto de Sinalização, que abrangerá todos os elementos integrantes da concessão, tais como: edificações (internamente e externamente), estacionamentos, vias de acesso, veículos, equipamentos, serviços, pictogramas, painéis de informações, assim como atividades, ações e obras realizadas a serviço do CONCEDENTE.

11.6. A sinalização visual dos serviços e espaços concessionados deverá estar em conformidade com a Programação visual de sinalização para o e com as orientações dos Manual de Sinalização das Unidades de Conservação Federais do Brasil e Manual de Sinalização de Trilhas do ICMBio.

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11.7. A CONCESSIONÁRIA deverá desenvolver sítio eletrônico na internet e páginas em redes sociais contendo todas as informações a respeito do Floresta Nacional de Canela e sobre os serviços oferecidos, com link de acesso ao Portal do ICMBio.

11.7.1. Os sítios eletrônicos devem:

11.7.1.1. Ser atualizados, no mínimo, semestralmente, de modo a garantir a adequação das informações.

11.7.1.2. Ser atrativos, com a utilização de imagens e vídeos de fácil navegação, especialmente no que se refere à oferta de serviços e equipamentos.

11.7.1.3. Ter integração com website para compra de bilhete on-line.

11.7.1.4. Ser desenvolvidos em no mínimo duas línguas estrangeiras (inglês e espanhol).

11.8. É responsabilidade da CONCESSIONÁRIA a criação, implantação e manutenção de meios de comunicação para a divulgação do Floresta Nacional de Canela.

11.9. Caberá a CONCESSIONÁRIA elaborar, implementar e realizar a manutenção da sinalização dos serviços concedidos.

11.9.1. Os materiais utilizados na sinalização deverão ser duráveis e resistentes, de fácil manutenção e reposição.

11.10. Os uniformes utilizados pelos empregados dos serviços concessionados deverão ser facilmente reconhecíveis, conter logomarca da CONCESSIONÁRIA, do Floresta Nacional de Canela e do ICMBio. A CONCESSIONÁRIA deverá apresentar modelos de uniformes dos funcionários ao CONCEDENTE.

11.10.1. Os uniformes devem ser adequados ao tipo de serviço prestado.

11.10.2. O CONCEDENTE deverá avaliar e aprovar os modelos de uniformes.

11.10.3. O uniforme deverá conter a identificação do nome da empresa e a informação facilmente legível: “Concessionária a serviço do Floresta Nacional de Canela e do ICMBio”.

11.10.4. A CONCESSIONÁRIA não poderá comercializar vestimentas semelhantes aos uniformes utilizados pelos seus funcionários e aos uniformes do ICMBio.

11.11. A CONCESSIONÁRIA poderá fixar material publicitário, de qualquer natureza, mediante prévia aprovação prévia do CONCEDENTE.

11.12. Os Projetos de Comunicação e de Sinalização deverão ser aprovados pelo CONCEDENTE antes de sua implementação.

Subseção I.b - Do Sistema de Gestão Operacional

11.13. A CONCESSIONÁRIA deverá implantar um Sistema de Gestão Operacional desenvolvido para apoiar os serviços executados pela CONCESSIONÁRIA e manter atualizadas e digitalizadas todas as informações e documentos, incluindo venda de ingressos e comercialização de serviços e produtos, dados cadastrais dos

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visitantes, bases e resultados de pesquisas de opinião e satisfação dos usuários e visitantes, além de incidentes ocorridos na unidade de conservação.

11.13.1. Constitui obrigação da CONCESSIONÁRIA fornecer uma solução de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), incluindo estruturas e equipamentos necessários, softwares e hardwares, para a operação informatizada de todos os valores de ingressos, serviços e receitas assessórias, bem como a operação e manutenção desses serviços.

11.13.2. As soluções de TIC deverão ser atualizadas, sem ônus para o CONCEDENTE, observada a legislação vigente, devendo estar parametrizadas para atender exigências eventualmente identificadas e em compatibilidade técnica com os sistemas em uso no ICMBio.

11.13.3. A Concessionária deverá prestar, direta ou indiretamente, todo apoio ao Poder Concedente na utilização da solução de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) para monitoramento do Contrato.

11.14. Ao final do prazo da Concessão, ou em qualquer hipótese de extinção do Contrato, a CONCESSIONÁRIA deverá:

11.14.1. Garantir ao CONCEDENTE a propriedade dos programas, equipamentos e/ou licenças necessárias para utilização da solução de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e demais sistemas computacionais de consulta à base de dados.

11.14.2. Fornecer todo o conteúdo armazenado em banco de dados, bem como os modelos de dados pertinentes, de modo que o legado armazenado possa ser transferido para outros sistemas computacionais.

11.15. O Sistema de Gestão Operacional deverá operar atendendo todos requisitos e obrigações previstos no Projeto Básico, Anexo I do Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio.

11.16. A CONCESSIONÁRIA deverá manter todos os equipamentos e sistemas operacionais sempre com desempenho eficiente, sendo de sua responsabilidade a manutenção preventiva e corretiva.

11.17. A CONCESSIONÁRIA deverá instalar e manter sistema de comunicação interna via rádio, ou tecnologia superior, em todos os serviços prestados.

11.17.1. O projeto técnico de implantação do sistema de comunicação interna deverá ser apresentado para aprovação do CONCEDENTE.

Subseção I.c – Do Serviço de Atendimento ao Consumidor – SAC

11.18. A CONCESSIONÁRIA deverá manter um sistema eletrônico de atendimento ao visitante que registre e responda as reclamações e sugestões.

Subseção I.d – Da Gestão de Segurança

11.19. A CONCESSIONÁRIA deverá elaborar e implantar um Sistema de Gestão de Segurança – SGS para as atividades e serviços concessionados.

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11.19.1. O Sistema de Gestão de Segurança deverá ser apresentado ao CONCEDENTE em até 90 (noventa) dias após assinatura do Contrato.

11.20. A CONCESSIONÁRIA deverá criar protocolos e procedimentos de gestão da segurança e elaborar Plano de Ação em Emergências do Floresta Nacional de Canela, contemplando, minimamente, a aquisição e manutenção de equipamentos básicos de primeiros socorros, imobilização e remoção.

11.21. A CONCESSIONÁRIA deverá capacitar e manter equipe de funcionários habilitados na prestação de primeiros socorros.

11.22. A CONCESSIONÁRIA deverá implantar e operar sala de primeiros socorros para atendimento dos visitantes da UC.

11.23. O controle de acesso deverá permitir a liberação das catracas em caso de emergência, assim como de interdição temporária.

Subseção I.e – Da Área para a Sede Administrativa da Concessionária

11.24. Fica a critério da CONCESSIONÁRIA decidir o local para a instalação da sede administrativa de operação da concessão de serviços de apoio à visitação do Floresta Nacional de Canela, podendo utilizar um dos imóveis disponíveis para parcerias do ICMBio, com a devida aprovação pelo CONCEDENTE.

Seção II - Do Serviço de Controle de Acesso dos Visitantes

11.25. A CONCESSIONÁRIA deverá implantar Serviço de Controle de Acesso e Recepção dos Visitantes, envolvendo as seguintes atividades:

11.25.1. Venda presencial dos ingressos de acesso ao Floresta Nacional de Canela.

11.25.2. Venda virtual antecipada de ingressos obrigatória aos atrativos e serviços que tenham um limite de visitantes diários máximo definido, seguindo regras definidas pelo CONCEDENTE.

11.25.3. Orientação dos visitantes a respeito das regras básicas de conduta da visitação e informando sobre as atrações turísticas e naturais contidas na unidade de conservação.

11.25.4. Fiscalização e controle da entrada e da saída de visitantes, operadores e moradores de áreas internas à UC, permitindo somente a entrada dos visitantes que efetuarem o pagamento do ingresso, ou que comprovarem a isenção, ou de outras pessoas autorizadas, devidamente cadastradas e identificadas.

11.25.5. Levantamento amostral das informações do perfil do visitante contendo, no mínimo, as seguintes perguntas: origem do visitante (Cidade, Estado, País), sexo, idade e propósito da visitação, para que seja levantado o perfil dos visitantes da UC.

11.26. A CONCESSIONÁRIA deverá implementar controle de acesso diferenciado dos atrativos.

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11.27. As normas de acesso ao Floresta Nacional de Canela deverão ser disponibilizadas pela CONCESSIONÁRIA ao usuário na sua entrada.

11.28. A CONCESSIONÁRIA deverá disponibilizar, após aprovação do CONCEDENTE, um questionário de satisfação de todos os serviços prestados pela CONCESSIONÁRIA ao visitante.

11.29. A CONCESSIONÁRIA deverá instalar placas e avisos sobre os riscos associados à visitação em áreas naturais, devendo necessariamente instalar ao menos uma placa junto ao(s) local(ais) de cobrança de ingressos.

11.29.1. O Termo de Conhecimento de Risco deverá ser impresso no ingresso.

11.29.2. Sempre que houver venda on-line de ingressos o usuário deverá dar ciência de conhecimento dos riscos associados à visitação em áreas naturais.

11.29.3. Outras formas de ciência relativas à assunção de risco por parte do visitante podem ser propostas pela CONCESSIONÁRIA.

11.30. Somente será permitida a entrada de veículos nas formas previstas no Contrato de Concessão, exceto veículos oficiais e/ou autorizados pelo ICMBio, moradores e visitantes autorizados de áreas particulares e prestadores de serviço.

11.31. A CONCESSIONÁRIA deverá controlar e fiscalizar a entrada e saída de materiais, equipamentos e produtos destinados às áreas internas do Floresta Nacional de Canela.

11.32. A CONCESSIONÁRIA deverá instruir motoristas sobre as vias de acesso de veículos e sobre as regras de conduta de veículos na Floresta Nacional de Canela, para evitar impactos ambientais nas áreas naturais e nos atrativos da UC.

11.33. A CONCESSIONÁRIA deverá implantar nas bilheterias um sistema para coletar informações dos visitantes, de modo a organizar e manter atualizado um banco de dados com o perfil dos visitantes do Floresta Nacional de Canela. Tal sistema poderá ser alimentado com informações sobre a origem do visitante, idade, motivo da viagem, com quem está viajando, estado civil, como tomou conhecimento sobre a UC, dentre outras informações.

Seção III – Da Venda de Ingressos, com Implantação de Sistema de Gestão, Emissão e Cobrança de Bilhetes

11.34. A CONCESSIONÁRIA deverá implantar Serviço de Venda de Ingressos contemplando a elaboração, implantação e gerenciamento de Sistema de Gestão, Emissão e Cobrança de Bilhetes para o Floresta Nacional de Canela e/ou seus atrativos.

11.34.1. A venda dos ingressos se dará por meio de sistema digital, instituído pela CONCESSIONÁRIA e/ou diretamente no receptivo da unidade de conservação, em guichês ou outras soluções de atendimento presencial específicos para esta atividade, conforme as diretrizes apresentadas no Projeto Básico, Anexo I do Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio.

11.35. A CONCESSIONÁRIA deverá:

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11.35.1. Implantar infraestrutura de bilheteria facilmente identificável logo na entrada da Floresta Nacional de Canela, com sinalização adequada seguindo os parâmetros do projeto de identidade visual elaborado para a UC.

11.35.1.1. A CONCESSIONÁRIA deverá reformar edificação existente na entrada principal da UC para abrigar a bilheteria e dotá-la dos equipamentos, mobiliário e sistemas necessários para a realização da atividade.

11.35.1.2. Caso necessário, se autorizado pelo CONCEDENTE, poderá haver outros pontos com bilheteria e/ou controle de acesso, a exemplo da entrada do Caminho das Araucárias em sua vertente proveniente do Parque Estadual do Caracol.

11.35.2. Implantar sistema de controle de acesso junto ao sistema de cobrança de ingresso. Para tanto, poderão ser instalados sistemas de controle nos quais deverá ser verificada a validade do ingresso de cada visitante que acessar o Floresta Nacional de Canela.

11.36. A CONCESSIONÁRIA poderá:

11.36.1. Instalar, nos receptivos e postos de controle, totens de autoatendimento para venda dos ingressos e dos atrativos da UC, de modo a diminuir as filas em dias de alta visitação.

11.36.2. Cobrar ingresso dos visitantes para os atrativos das Atividades de Aventura do Floresta Nacional de Canela.

11.37. Os valores de ingresso são estabelecidos e reajustados em Portaria específica do ICMBio.

11.37.1. O reajuste se dará anualmente através do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) ou outro que o venha substituir.

11.38. A CONCESSIONÁRIA deverá seguir os critérios de isenção e de descontos estabelecidos na Portaria MMA nº 366, de 07 de outubro de 2009, ou a que vier a substituí-la.

11.38.1. Políticas de desconto que incentivem o aumento da visitação poderão ser propostas pela CONCESSIONÁRIA e aprovadas pelo CONCEDENTE, conforme Portaria MMA nº 366 de 2009, ou a que vier a substituí-la.

11.39. A CONCESSIONÁRIA deverá isentar de pagamento de ingresso os prestadores de serviços que assim o comprovem.

11.40. A CONCESSIONÁRIA não poderá cobrar do usuário valores de ingressos superiores ao estabelecido pelo CONCEDENTE para custear a operação da venda antecipada.

11.41. A CONCESSIONÁRIA será responsável pelo transporte e o seguro dos valores auferidos.

11.42. Durante todo o período de operação, a CONCESSIONÁRIA deverá disponibilizar funcionários devidamente capacitados e na quantidade adequada para a realização do serviço de venda de ingressos, conforme a necessidade da demanda.

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11.43. A CONCESSIONÁRIA deverá apresentar, para aprovação do CONCEDENTE, projeto com as estruturas necessárias para a cobrança de ingresso e controle de acesso.

11.44. A CONCESSIONÁRIA deverá fornecer acesso ao controle da venda de ingressos, por intermédio da internet e em tempo real, para o monitoramento pelo CONCEDENTE.

11.45. A CONCESSIONÁRIA deverá implantar o Sistema de Gestão, Emissão e Cobrança de Bilhetes atendendo todos requisitos, obrigações e parâmetros previstos no Projeto Básico, Anexo I do Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio.

Seção IV – Da Implantação e Gestão de Instalações, Espaços e Serviços de Controle e Cobrança de Estacionamentos Veiculares

11.46. A CONCESSIONÁRIA deverá implantar um estacionamento no interior da UC, em local que facilite o acesso às áreas visitadas, destinado a ordenar o fluxo de veículos.

11.47. A CONCESSIONÁRIA será responsável pela gestão do estacionamento, pelo monitoramento dos veículos e pela organização do fluxo no estacionamento, estabelecendo por meio de sinalização e demarcação de vagas, indicando as áreas permitidas, proibidas e especiais.

11.48. Na implantação dos estacionamentos, a CONCESSIONÁRIA deverá:

11.48.1. Respeitar a vegetação existente, na implantação e estruturação do estacionamento. Qualquer supressão de vegetação dependerá de análise previa e autorização do CONCEDENTE.

11.48.2. Estruturar os estacionamentos com demarcação das vagas, das vias de acesso e implantação de sistema de sinalização e iluminação.

11.48.3. Utilizar materiais sustentáveis que gerem o mínimo impacto ao meio ambiente.

11.48.4. Prever vagas que garantam acessibilidade, conforme a legislação vigente.

11.48.5. Assegurar a reserva de vagas de estacionamento para veículos que transportem portadores de necessidades especiais e idosos.

11.49. Na gestão do serviço de estacionamento, a CONCESSIONÁRIA deverá:

11.49.1. Responsabilizar-se pelo controle do tráfego e ordenamento da área de estacionamento, bem como pela organização da fila de carros, caso ocorra.

11.49.2. Implementar bicicletário junto ao estacionamento ou em área específica sob vigilância.

11.49.3. Responsabilizar-se pela conservação das áreas dos estacionamentos e, no mínimo, vias internas de acesso, limpeza, desobstrução de drenos, canaletas e bueiros, pintura de faixas e sinalização.

11.49.4. Responsabilizar-se por furtos e danos aos veículos dos visitantes, conforme a legislação vigente.

11.50. A CONCESSIONÁRIA poderá explorar o serviço de estacionamento, cobrando taxa para sua utilização, cujos valores deverão respeitar as seguintes diretrizes:

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11.50.1. O valor máximo para cobrança de estacionamento é definido em Portaria específica do ICMBio.

11.50.2. A CONCESSIONÁRIA poderá adotar preços com descontos e isenções para estimular a visitação em dias de semana e em períodos de baixa visitação.

11.51. O serviço de estacionamento deverá estar aberto de acordo com os horários de funcionamento do Floresta Nacional de Canela.

11.52. A CONCESSIONÁRIA deverá apresentar projeto de implantação, sinalização, estruturação e operacionalização dos estacionamentos para aprovação do CONCEDENTE.

11.53. A CONCESSIONÁRIA deverá implantar os estacionamentos atendendo todos requisitos, obrigações e parâmetros previstos no Projeto Básico, Anexo I do Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio.

Subseção V.b – Da Manutenção das trilhas, Estradas e Vias Internas da Unidade de Conservação

11.54. A CONCESSIONÁRIA deverá realizar a manutenção das vias de acesso utilizadas pela concessão, incluindo intervenções de drenagem, reformas e manutenção do leito e das pontes e sinalização, mantendo as vias trafegáveis durante todo o período da concessão.

11.55. A manutenção das trilhas deverá ser realizada em conformidade com as regras de uso da UC.

Seção VI – Da Implantação e Gestão de Instalações, Espaços e Serviços de Receptivo

Subseção VI.a – do Centro de Visitantes

11.56. O Centro de Visitantes é um espaço de recepção dos visitantes e de divulgação do Floresta Nacional de Canela, que deverá proporcionar locais adequados para: (i) o descanso e o lazer dos usuários, ofertando espaços com bancos, cadeiras e mesas; (ii) o acesso a sanitários masculinos, femininos e destinado a portadores de necessidades especiais; (iii) a prestação de serviços de informação turística e conscientização ambiental; (iv) a prestação de serviços de comércio e alimentação; e (v) a prestação de outros serviços de apoio à visitação na unidade de conservação.

11.57. A CONCESSIONÁRIA fica responsável por reformar, estruturar e manter o Centro de Visitantes do Floresta Nacional de Canela.

11.57.1. A reforma do Centro de Visitantes, em edificação com área de 254 m², deverá observar os encargos relativos a reformas e edificações de estruturas, bem como os requisitos e obrigações dos projetos arquitetônicos, previstos no Projeto Básico, Anexo I do Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio.

11.58. Desde que aprovado pelo CONCEDENTE, a CONCESSIONÁRIA poderá propor e implementar o Centro de Visitantes em outra edificação existente e disponível na UC.

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11.59. O Centro de Visitantes deverá ser provido do todo o mobiliário e equipamentos necessários para recepcionar adequadamente os visitantes.

11.60. O Centro de Visitantes deverá estar aberto ao atendimento e visitação diariamente, inclusive aos finais de semana.

11.61. A CONCESSIONÁRIA deverá implantar, nas proximidades do Centro de Visitantes e longe da circulação de veículos, estrutura de parque de recreação infantil, destinado a proporcionar o desenvolvimento de atividades lúdicas, de lazer e recreação para crianças.

11.61.1. O brinquedos e atrativos do parque infantil devem priorizar equipamentos fabricados com materiais sustentáveis, resistentes e atóxicos, a fim de garantir a segurança e o conforto dos usuários.

11.61.2. Os brinquedos e atrativos do parque infantil devem ser planejados e construídos de forma a promover uma integração visual com a paisagem da UC.

Subseção VI.b – Dos Serviços de Informação Turística e Conscientização Ambiental

11.62. Os serviços de informação turística e conscientização ambiental referem-se às seguintes atividades:

11.62.1. Recepcionar e orientar os visitantes sobre os atrativos e os serviços ofertados na Floresta Nacional de Canela, auxiliando-os no planejamento de sua visita.

11.62.2. Informar os visitantes a respeito: (i) da história e das normas do Floresta Nacional de Canela; (ii) do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC; (iii) da importância da biodiversidade, da preservação ambiental e da cultura local; e (iv) da necessidade de que sejam estabelecidos corredores ecológicos e/ou trilhas de longo curso conectando as áreas protegidas.

11.62.3. Divulgar estudos, vídeos, livros e publicações a respeito do Floresta Nacional de Canela, seu entorno e do SNUC.

11.63. A CONCESSIONÁRIA deverá implementar serviço de informação turística e conscientização ambiental no mesmo horário de funcionamento do Floresta Nacional de Canela.

Subseção VI.c – Das Exposições Interpretativas

11.64. A CONCESSIONÁRIA deverá elaborar e implementar projeto de exposições interpretativas, no Centro de Visitantes, seguindo as orientações do CONCEDENTE.

11.64.1. A CONCESSIONÁRIA poderá, a qualquer tempo, apresentar novo projeto de exposições para aprovação do CONCEDENTE.

11.65. Todos os materiais e equipamentos destinados às exposições interpretativas, informação turística e conscientização ambiental do Floresta Nacional de Canela deverão estar em perfeito estado de funcionamento.

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11.66. A CONCESSIONÁRIA fica responsável por implantar as exposições interpretativas observando os parâmetros e especificações técnicas apresentados no Projeto Referencial em apêndice ao Projeto Básico, Anexo I do Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio.

Seção VII – Da Implantação e Gestão de Instalações, Espaços e Serviços de Alimentação e Comércio

11.67. Os serviços de alimentação e comércio visam disponibilizar o fornecimento diário de alimentos e a comercialização e produtos necessários para proporcionar uma boa experiência de visitação aos usuários do Floresta Nacional de Canela. Estes serviços relacionam-se com as seguintes atividades:

11.67.1. Preparação, montagem e comercialização de refeições, lanches e bebidas, preferencialmente frescos e naturais ou semi-prontos.

11.67.2. Incentivo à culinária e a comercialização de produtos alimentícios regionais e/ou artesanais para fortalecer a experiência do visitante, favorecendo o consumo de alimentos saudáveis e naturais.

11.67.3. Venda e exposição de artesanato local, lembranças, livros, produtos de primeira necessidade e equipamentos esportivos.

11.67.4. Venda de produtos para preparo de alimentação, dando suporte à visitação e ao atendimento dos pontos de hospedagem.

11.68. Na implantação e operação dos serviços de alimentação e comércio, é recomendado à CONCESSIONÁRIA:

11.68.1. Priorizar a aquisição de produtos frescos e artesanais, de produtores e fornecedores locais/regionais, de forma a favorecer a integração econômica da unidade de conservação com as comunidades do entorno e a enriquecer a experiência do visitante com os valores sociais e culturais da região.

11.68.2. Observar a origem dos produtos a serem utilizados nos estabelecimentos de serviços de alimentação de modo a garantir que estes sejam, preferencialmente, provenientes da agricultura familiar ou produção orgânica regional, e que observem o equilíbrio ambiental, a equidade econômica e a justiça social na sua produção.

11.68.3. Comercializar produtos diversificados, seguindo padrão adequado de qualidade e sabor de modo a garantir a satisfação do usuário.

11.68.4. Priorizar o uso de pratos, copos e utensílios feitos de materiais laváveis, reutilizáveis ou não descartáveis. Caso não o sejam, estes materiais devem ser recicláveis, compostáveis e/ou biodegradáveis.

11.68.5. Evitar a venda de subprodutos de escassa qualidade que transmitam uma imagem banal, padronizada e, muitas vezes, distante da cultura e tradições locais.

11.69. Para todas as instalações dedicadas aos serviços de alimentação e comércio, a CONCESSIONÁRIA deverá apresentar ao CONCEDENTE o Plano de Trabalho de implantação dos estabelecimentos, com a descrição do seu processo de gestão e operacionalização contendo decoração e design das instalações, layout de mobiliários, organograma de funcionários e outros.

11.70. A CONCESSIONÁRIA poderá submeter, para aprovação do CONCEDENTE, proposta de operar postos móveis para apoio aos serviços de alimentação e comércio.

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11.70.1. A instalação de postos móveis de venda de produtos e alimentos somente poderá ocorrer após aprovação do CONCEDENTE.

Subseção VII.a – Dos serviços de Alimentação

11.71. A CONCESSIONÁRIA fica responsável por implantar os serviços de alimentação, na modalidade lanchonete ou restaurante, em ao menos uma instalação, observando os parâmetros e requisitos apresentados no Projeto Referencial em apêndice ao Projeto Básico, Anexo I do Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio.

11.71.1. A lanchonete ou restaurante deve ser implantada, preferencialmente, em alguma das edificações existentes junto ao lago da UC, sendo provida dos equipamentos e infraestrutura necessários para o perfeito funcionamento da atividade e ao adequado atendimento aos visitantes.

11.71.2. A CONCESSIONÁRIA poderá realizar intervenções na parte externa da edificação, como a implantação de decks, para ampliar o contato com o meio externo/lago.

11.71.3. Mediante autorização do CONCEDENTE, a CONCESSIONÁRIA poderá propor e implementar outros espaços de alimentação na UC.

11.72. A CONCESSIONÁRIA deverá apresentar ao CONCEDENTE projeto arquitetônico de reforma/construção do imóvel e projeto técnico de implantação do serviço de alimentação, atendendo aos requisitos previstos no Projeto Básico, Anexo I do Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio.

11.72.1. Junto aos locais destinados aos serviços de alimentação, a CONCESSIONÁRIA deverá construir e manter sanitários masculinos e femininos que garantam acessibilidade conforme a legislação vigente.

11.73. Na implantação do serviço de alimentação, a CONCESSIONÁRIA deverá:

11.73.1. Dotar os espaços de preparação de alimentos com equipamentos industriais de aquecimento e refrigeração de alimentos, bem como de toda louça e utensílios necessários ao adequado atendimento e prestação dos serviços.

11.73.2. Observar todas as normas técnicas, legais e as boas práticas, gerenciais e higiênicas, obrigatórias e necessárias para garantir a alta qualidade, o bom atendimento e a satisfação dos usuários.

11.73.3. Manter e disponibilizar funcionários devidamente capacitados e uniformizados, em quantidade necessária para realização dos serviços.

11.74. Na operação do serviço de alimentação, a CONCESSIONÁRIA deverá:

11.74.1. Observar todas as normas técnicas, legais e as boas práticas, gerenciais e higiênicas, obrigatórias e necessárias para garantir a alta qualidade, o bom atendimento e a satisfação dos usuários desses serviços.

11.74.2. Manter todos os equipamentos e utensílios em bom estado de conservação, realizando a substituição destes, caso necessário.

11.74.3. Elaborar o cardápio com auxílio de técnicos especializados em alimentos, tais como nutricionistas e cozinheiros, priorizando a escolha de alimentos naturais e frescos.

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11.74.4. Observar e controlar questões relativas ao som e temperatura no ambiente interno, buscando a discrição auditiva e o conforto térmico dos usuários.

11.74.5. Disponibilizar cardápios trilíngues (português, inglês e espanhol) e, opcionalmente, ao menos 01 (um) cardápio em braile.

11.75. O comércio de bebidas alcoólicas será permitido exclusivamente para consumo local quando o serviço de alimentação for realizado em restaurante.

11.76. A CONCESSIONÁRIA fica responsável por implantar os serviços de alimentação observando os parâmetros e especificações técnicas apresentados no Projeto Básico, Anexo I do Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio.

Subseção VII.b – Dos serviços de Comércio

11.77. O serviço de comércio será realizado na FLONA de Canela em ao menos uma instalação, idealmente localizada próxima ao Centro de Visitantes e ao serviço de alimentação.

11.77.1. A loja deve ser implantada em alguma das edificações existentes na UC, a escolha da CONCESSIONÁRIA, sendo provida dos equipamentos e infraestrutura necessários para o perfeito funcionamento da atividade e ao adequado atendimento aos visitantes.

11.77.2. A CONCESSIONÁRIA poderá realizar intervenções na parte externa da edificação para ampliar o contato com o meio externo.

11.77.3. Mediante autorização do CONCEDENTE, a CONCESSIONÁRIA poderá propor e implementar outros espaços de comércio na UC.

11.78. Na loja da CONCESSIONÁRIA poderão ser comercializados:

11.78.1. Produtos relacionados a atividades em contato com a natureza e atrativos naturais, como mochilas, botas, capas de chuva, toalhas entre outros.

11.78.2. Produtos de higiene e proteção pessoal, como protetor solar, repelente entre outros.

11.78.3. Produtos alimentícios prontos e/ou industrializados, como doces, frios, alimentos e bebidas regionais entre outros.

11.78.4. Lembranças do Floresta Nacional de Canela como peças de vestuário, pelúcias, bonés, canecas, chaveiros, adesivos entre outros.

11.78.5. Produtos de papelaria e livraria como mapas, guias, livros, vídeos, músicas entre outros.

11.79. No serviço de comércio a CONCESSIONÁRIA deverá:

11.79.1. Escolher produtos e fornecedores que salvaguardem a qualidade e a autenticidade dos produtos.

11.79.2. Incentivar a produção local e regional, favorecendo a comercializando de produtos originados no entorno da UC.

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11.79.3. Apoiar o artesanato local e regional, expondo e comercializando produtos originados no entorno da UC.

11.80. A CONCESSIONÁRIA deverá desenvolver linha de produtos com a marca do Floresta Nacional de Canela e/ou do ICMBio para serem comercializados, após prévia aprovação do CONCEDENTE.

11.80.1. A linha de produtos deve conter, no mínimo, peças de vestuário, pelúcias e lembranças, como bonés, canecas, chaveiros, adesivos entre outros.

11.81. A CONCESSIONÁRIA deverá apresentar ao CONCEDENTE projetos arquitetônicos, de construção ou reforma, dos espaços destinados aos serviços de comércio, atendendo aos requisitos previstos no Projeto Básico, Anexo I do Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio. E seus apêndices.

11.82. A CONCESSIONÁRIA fica responsável por implantar os serviços de comércio observando os parâmetros e especificações técnicas apresentados no Projeto Básico, Anexo I do Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio.

Seção VIII – Da Implantação e Gestão de Serviços de Hospedagem

11.83. Os serviços de hospedagem na FLONA de Canela visam proporcionar aos visitantes uma experiência peculiar de acomodação, integrada ao ambiente natural preservado e articulada aos demais atrativos e serviços de apoio oferecidos pela CONCESSIONÁRIA.

11.84. Na operação dos serviços de hospedagem, a CONCESSIONÁRIA deverá:

11.84.1. Recepcionar e orientar os visitantes sobre os atrativos e os serviços ofertados na Floresta Nacional de Canela, auxiliando-os no planejamento de sua visita.

11.84.2. Realizar o cadastramento das informações básicas dos hóspedes, em banco e dados ou planilha digital.

11.84.3. Oferecer, sempre que possível, serviços complementares à hospedagem, como alimentação, comércio e outras atividades relacionadas.

11.85. O serviço de hospedagem será desenvolvido nas modalidades:

11.85.1. Implementação de infraestrutura e serviço de hospedagem em pousada.

11.85.2. Implementação de infraestrutura e serviço de hospedagem em hostel.

11.86. Os serviços de hospedagem serão implantados utilizando os imóveis reformados indicados na Proposta de uso das edificações da UC, apresentada para aprovação pelo CONCEDENTE.

11.86.1. É facultado à CONCESSIONÁRIA a construção de nova infraestrutura para a hospedagem de visitantes, mediante prévia aprovação do projeto pelo CONCEDENTE.

11.87. A CONCESSIONÁRIA deverá implantar ao menos uma pousada, utilizando um ou mais imóveis reformados indicados na Proposta de uso das edificações da UC.

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Edital de Concorrência nº NN/NNNN ICMBio CONCESSÃO DE SERVIÇOS DE APOIO À VISITAÇÃO NA FLORESTA NACIONAL DE CANELA

11.87.1. Para fins desta Concessão, entende-se como pousada o empreendimento de característica horizontal, composto de no máximo 30 unidades habitacionais e 90 leitos, com serviços de recepção, alimentação e alojamento temporário, podendo ser em prédio único com até três pavimentos, ou contar com chalés ou bangalôs.

11.88. A CONCESSIONÁRIA deverá implantar ao menos um hostel, utilizando um ou mais imóveis reformados indicados na Proposta de uso das edificações da UC.

11.88.1. Para fins desta Concessão, entende-se como hostel o empreendimento caracterizado pelo baixo valor da diária, voltado para hóspedes majoritariamente jovens e contendo quartos compartilhados podendo oferecer opções de suítes ou quartos duplos.

11.89. A CONCESSIONÁRIA deverá apresentar para aprovação do CONCEDENTE o projeto arquitetônico de construção ou reforma das edificações selecionadas para o serviço de hospedagem seguindo as obrigações e os parâmetros definidos no Projeto Básico, Anexo I do Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio.

11.89.1. As obras de construção ou reforma deverão priorizar o uso de materiais, técnicas e soluções resistentes e duráveis que sigam os princípios do ecodesign, priorizando práticas sustentáveis a fim de promover eficiência energética e economia de água, de materiais e de outros recursos naturais, além de permitir conforto funcional e a mínima manutenção.

11.89.2. O projeto deverá prever todos os sistemas prediais, tais como abastecimento de água, tratamento de esgoto, energia, entre outros que forem necessários para o bom funcionamento da atividade, buscando por soluções sustentáveis e eficientes.

11.90. A CONCESSIONÁRIA deverá equipar as instalações de hospedagem com mobiliário e equipamentos duráveis e resistentes, visando o conforto dos visitantes durante sua estadia. Estes equipamentos deverão ser mantidos em bom estado de conservação e em pleno funcionamento, devendo ser substituídas quando apresentarem defeitos ou forem quebradas.

11.91. Na administração do serviço de hospedagem, a CONCESSIONÁRIA deverá:

11.91.1. Realizar o controle de entrada e saída dos visitantes e apresentar as normas a serem seguidas nas áreas da UC.

11.91.2. Manter todas as instalações de hospedagem constantemente limpas e higienizadas.

11.92. A administração do serviço de hospedagem deverá monitorar a conduta dos hóspedes, zelando pelo respeito às regras estabelecidas pela administração da FLONA de Canela e aos princípios de conduta consciente em áreas protegidas, informando a administração da UC sobre qualquer ocorrência em desacordo a essas regras e princípios.

Seção IX – Da Implantação e Gestão de Instalações, Espaços e Serviços de Visitação em Atrativos Turísticos

11.93. O serviço de apoio à visitação em atrativos turísticos e naturais refere-se à operação e implantação de estruturas de apoio para os visitantes nas trilhas e próximas às atrações naturais, aos equipamentos facilitadores e às estradas.

11.94. A CONCESSIONÁRIA deverá implementar as atividades de apoio a visitação:

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11.94.1. Nas trilhas de caminhada: Trilha do Veado, Trilha da Cascatinha e Caminho das Araucárias (trecho interno a UC).

11.94.2. Na trilha de Mountain Bike.

11.95. A CONCESSIONÁRIA deverá implantar as Trilhas de caminhada e a Trilha de Mountain Bike observando os requisitos, obrigações e especificações técnicas apresentados no Projeto Básico, Anexo I do Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio, e no seu Apêndice 4 – Especificações locacionais para a Trilha de Mountain Bike.

Seção X – Da Implantação e Gestão de Instalações, Espaços e Serviços de Apoio a Atividades de Recreação, Lazer e Aventura

11.96. As atividades de recreação, lazer e aventura constituem atividades complementares propostas para diversificar e ampliar as opções de atratividade turística na Floresta Nacional de Canela.

11.97. Na implantação e gestão de instalações, espaços e serviços de apoio a atividades de recreação, lazer e aventura, a CONCESSIONÁRIA poderá:

11.97.1. Subcontratar a implementação e operação das atividades e estruturas, desde que seja responsável pelo cumprimento dos requisitos e diretrizes especificadas no Projeto Básico, Anexo I do Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio, e seus apêndices, garantindo a eficácia, segurança e padrões de qualidade exigidos para os equipamentos e atividades.

11.97.2. Propor ao CONCEDENTE a implantação de outras atividades de aventura na Floresta Nacional de Canela.

11.97.3. Propor a alteração das atividades apresentadas, com projeto detalhado contendo ao menos o percurso, equipamentos a serem utilizados e outras informações necessárias para o entendimento da proposta.

11.97.3.1. A implantação da atividade só poderá ser implantada com autorização prévia do CONCEDENTE.

Subseção X.a – Do Espaço do Ciclista

11.98. No Espaço do Ciclista estará disponível minimamente o serviço de aluguel de bicicletas, sendo facultada aa Concessionária a exploração de serviços associados. Entre os serviços associados estão: venda de bicicletas, aluguel e venda de acessórios, serviços de lavagem de bicicletas, guarda volumes, prestação de serviços de reparos (revisão, lubrificação e regulagem) e bicicletários pagos.

11.99. A CONCESSIONÁRIA deverá implementar o Espaço do Ciclista na proximidade do Centro de Visitantes.

11.99.1. Fica a critério da CONCESSIONÁRIA implementar ponto extra para oferecimento de serviços do Espaço do Ciclista em outras áreas de interesse.

11.100. O Espaço do Ciclista deverá ser implementado com equipamentos, utensílios, maquinários e mobiliários necessários ao perfeito funcionamento e acondicionamento de bicicletas.

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11.101. No Espaço do Ciclista, a CONCESSIONÁRIA deverá:

11.101.1. Fornecer informações gerais ao visitante sobre sua localização e orientação nas trilhas da FLONA de Canela.

11.101.2. Instalar, junto ao espaço de locação, mapa informativo contendo a localização do usuário, a indicação das trilhas de bicicleta existentes, níveis de dificuldade, descrição, problemas e ameaças.

11.102. O Espaço do Ciclista deverá disponibilizar, para aluguel, bicicletas de modelo adequado para uso em trilhas de terra e resistentes às intempéries, inclusive bicicletas de tamanho adequado para o público infantil.

11.102.1. A Concessionária poderá cobrar valores diferenciados para opções e modelos de bicicletas diversos.

11.103. O Espaço do Ciclista deverá:

11.103.1. Disponibilizar tabela de preços em local legível e visível para os visitantes.

11.103.2. Disponibilizar, de forma gratuita, bomba para enchimento de pneus para uso no local pelos usuários.

11.103.3. Utilizar produtos biodegradáveis no serviço de lavagem ecológica, de forma que não sejam corrosivos ou feitos à base de solventes e com registro/notificação na ANVISA.

11.104. No serviço de aluguel de bicicletas, a CONCESSIONÁRIA deverá manter as bicicletas em boas condições de uso e com disponibilidade da quantidade mínima de bicicletas, durante a vigência do Contrato, a fim de garantir a segurança, eficiência e conforto aos usuários.

11.104.1. A CONCESSIONÁRIA deverá adquirir bicicletas novas e substitui-las quando completarem no máximo 3 (três) anos de uso.

11.105. A CONCESSIONÁRIA deverá apresentar o projeto para implantação do Espaço do Ciclista para aprovação do CONCEDENTE.

Seção XI – Dos Encargos de Operação e Gestão

11.106. Esta Seção do Contrato de Concessão descreve as obrigações operacionais a serem cumpridas pela CONCESSIONÁRIA, sendo seu cumprimento obrigatório na execução do objeto do Contrato.

11.106.1. A CONCESSIONÁRIA deverá realizar todas as atividades descritas abaixo, exceto quando expressamente excepcionadas e, nos casos omissos, deverá seguir orientação do CONCEDENTE.

11.107. Os encargos e obrigações da Concessionária ligados à operação e gestão estão divididos em áreas temáticas que, em seu conjunto, perfazem todas as dimensões do objeto da Concessão, a saber:

11.107.1. Encargos de reformas e edificação de estruturas.

11.107.2. Encargos operacionais e administrativos.

11.107.3. Encargos de atendimento ao usuário.

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11.107.4. Encargos de manutenção.

11.107.5. Encargos de limpeza.

11.107.6. Encargos de coleta e descarte de resíduos sólidos.

11.107.7. Encargos de prevenção e combate de incêndio.

11.107.8. Encargos de vigilância e segurança patrimonial.

11.107.9. Encargos de apoio ao manejo, conservação ambiental e de proteção dos recursos naturais e áreas verdes.

11.107.10. Encargos de educação ambiental.

11.108. Os encargos e obrigações listados se relacionam com todas as áreas e infraestruturas objeto da Concessão. É por meio dessas atividades que a CONCESSIONÁRIA manterá o padrão de qualidade dos serviços oferecidos aos usuários.

11.109. A CONCESSIONÁRIA deverá arcar com as despesas dos encargos e obrigações apresentados, assim como dos encargos legais previstos na contratação de equipe para realização destes serviços.

11.110. Os serviços prestados deverão atender o padrão técnico recomendado pelas normativas vigentes e ter responsabilidade técnica de profissional de nível superior em áreas correlatas ao objeto contratado.

Subseção XI.a – Dos Encargos de Reformas e Edificação de Estruturas

11.111. Caberá à CONCESSIONÁRIA coordenar a execução das obras e reformas, em comum acordo com o CONCEDENTE, considerando a continuidade cronológica e física dos trabalhos, de maneira a evitar interrupções ou paralisações.

11.111.1. A CONCESSIONÁRIA deverá informar previamente os visitantes sobre o cronograma das obras a serem realizadas na Floresta Nacional de Canela, a fim de assegurar a previsibilidade sobre o funcionamento da infraestrutura.

11.112. Finalizadas as obras de implantação e/ou reforma de edificações, a CONCESSIONÁRIA deverá desenvolver um manual de operação, uso e manutenção das edificações que deverá reunir apropriadamente todas as informações necessárias para orientar as atividades de operação, uso e manutenção das estruturas.

11.113. A Concessionária deverá manter para todas as atividades relacionadas à execução de serviços de engenharia e arquitetura, a regularidade perante seus respectivos Conselhos Profissionais, inclusive para os terceiros contratados.

11.114. Os projetos arquitetônicos e as obras de reforma e edificação previstos no Projeto Básico, Anexo I do Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio, são de responsabilidade da CONCESSIONÁRIA.

11.115. A CONCESSIONÁRIA deverá providenciar todas as licenças ambientais necessárias para a execução das obras na Floresta Nacional de Canela, quando houver, observadas as condicionantes previstas nas Licenças

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Prévias e de Instalação obtidas pelo Poder Concedente e as novas exigências dos órgãos ambientais decorrentes do projeto adotado pela Concessionária.

11.115.1. A CONCESSIONÁRIA deverá cumprir integralmente com as condicionantes ambientais e medidas compensatórias das Licenças Prévias, de Instalação e de Operação, quando houver, e com novas exigências solicitadas pelos órgãos ambientais.

11.116. A CONCESSIONÁRIA deverá elaborar os projetos arquitetônicos das obras de reformas e de edificações observando os requisitos e obrigações determinadas no Projeto Básico, Anexo I do Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio.

11.117. Os cronogramas definidos nos projetos executivos de reforma e edificação deverão ser cumpridos.

11.118. Todos os projetos arquitetônicos de reforma e edificação deverão ser previamente aprovados pelo CONCEDENTE.

11.118.1. O CONCEDENTE terá prazo de até 60 (sessenta) dias para analisar e emitir parecer sobre os projetos executivos das obras apresentados pela CONCESSIONÁRIA.

11.118.2. Eventuais complementações ou alterações necessárias implicarão em novo prazo para análise do CONCEDENTE após sua apresentação.

11.119. Antes do início das obras de edificação e reforma deverá ser apresentado pela CONCESSIONÁRIA, para aprovação pelo CONCEDENTE, um Plano de Controle Ambiental – PCA de obras civis.

Subseção XI.b – Dos Encargos Operacionais e Administrativos

11.120. A CONCESSIONÁRIA deverá desenvolver, no primeiro ano de execução do Contrato, bem como manter atualizado, um Procedimento Operacional Padrão para a gestão do Floresta Nacional de Canela, abordando, no mínimo: (i) serviços de manejo; (ii) serviços de limpeza; (iii) serviços de vigilância e segurança patrimonial; (iv) procedimentos de gestão dos equipamentos; (v) procedimentos de manutenção das edificações; (vi) procedimentos para exploração das atividades a ele delegadas; (vii) serviços de prevenção e combate de incêndio; (viii) serviços de coleta e descarte de resíduos sólidos; (ix) atendimento ao usuário; e (x) outros aspectos que considerar relevantes.

11.121. A CONCESSIONÁRIA deverá se responsabilizar por todos os encargos sociais, fiscais e comerciais resultantes da execução do Contrato.

11.122. A CONCESSIONÁRIA deverá prover, ao longo de todo o período de Concessão, um quadro de funcionários próprios e de terceiros contratados suficiente para garantir a execução dos serviços ofertados sem interrupção nos regimes contratados, considerando férias, descanso semanal, licença, falta, demissão e outros análogos, obedecidas as disposições da legislação vigente.

11.122.1. O quantitativo de funcionários deverá ser ajustado para manter a qualidade do serviço em caso de ampliação do horário de funcionamento do Floresta Nacional de Canela e/ou de aumento da visitação.

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11.123. A CONCESSIONÁRIA deverá manter seus empregados sujeitos às normas disciplinares do CONCEDENTE, substituindo imediatamente o funcionário cuja atuação, permanência ou comportamento sejam considerados pelo CONCEDENTE como prejudiciais, inconvenientes ou insatisfatórios à boa ordem ou em desacordo com as normas do Floresta Nacional de Canela.

11.124. A CONCESSIONÁRIA deverá se responsabilizar exclusiva e integralmente pelo recolhimento e pagamento de contribuições sociais, trabalhistas, previdenciárias e demais encargos e adicionais pertinentes, devidos a qualquer título, na forma da lei.

11.124.1. A inadimplência da CONCESSIONÁRIA com os encargos e obrigações trabalhistas não transfere ao CONCEDENTE a responsabilidade pelos seus pagamentos.

11.125. A CONCESSIONÁRIA deverá manter seus funcionários próprios e subcontratados devidamente uniformizados e identificados por crachá, de acordo com as atividades desenvolvidas.

11.126. Nos termos da legislação vigente e das normas de segurança aplicáveis, a CONCESSIONÁRIA deverá munir os funcionários com Equipamentos de Proteção Individual – EPI e demais equipamentos necessários para a execução das respectivas funções com segurança.

11.127. Cabe a CONCESSIONÁRIA atender as Normas de Segurança e Medicina do Trabalho, no que concerne a execução do objeto da contratação a seu cargo, assumindo todos os ônus e responsabilidades decorrentes.

11.127.1. A CONCESSIONÁRIA será responsável por todas as providências e obrigações estabelecidas na legislação de acidentes de trabalho, ainda que ocorridos nas dependências do CONCEDENTE.

11.128. A CONCESSIONÁRIA deverá elaborar e executar um programa de capacitação continuada dos funcionários contratados, buscando seu aprimoramento profissional, interpessoal, e sua conscientização sobre as normas que regem a unidade de conservação e as condutas esperadas nos espaços protegidos. São cursos prioritários a serem oferecidos pela CONCESSIONÁRIA: (i) curso visando a orientação dos visitantes nos atrativos e atividades desenvolvidas na UC; (ii) treinamento em Sistema de Gestão de Segurança, em atividades voltadas ao turismo de aventura; (iii) prevenção e controle de incêndios; (iv) legislação, políticas e estratégia institucional do ICMBio para as unidades de conservação; (v) atitudes, comportamentos e condutas adequadas no trabalho e no lazer em unidades de conservação; e (vi) primeiros socorros e procedimentos básicos em situações de emergência.

11.129. A CONCESSIONÁRIA deverá arcar com todas as despesas relativas a serviços que utilizar, tais como água, esgoto/fossa, energia elétrica, telefone, gás, coleta de lixo, vigilância patrimonial, limpeza e outras.

11.129.1. Quando necessário, a CONCESSIONÁRIA deverá providenciar e arcar com a respectiva despesa de instalação dos medidores individuais de consumo de gás, energia e água.

Subseção XI.c – Dos Encargos de Manutenção

11.130. No contexto da execução deste Contrato, manutenção é um conjunto de atividades, e serviços, que visam assegurar as condições de segurança e conservação dos imóveis e infraestruturas da Concessão, em conformidade com as disposições previstas nos projetos de reforma e construção.

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11.131. A CONCESSIONÁRIA é responsável pela manutenção de todos os elementos construtivos, dos elementos de paisagismo, do mobiliário, dos utensílios, dos equipamentos, das infraestruturas, dos sistemas internos de tratamento de esgoto, e de quaisquer outros itens cuja manutenção seja necessária para o correto desempenho dos serviços da Concessão durante toda a execução do Contrato.

11.132. A CONCESSIONÁRIA é responsável pela manutenção de todas as estruturas e equipamentos de segurança e proteção relacionados às atividades de recreação, lazer e aventura.

11.133. A CONCESSIONÁRIA deverá criar checklist para monitoramento mensal das condições de infraestrutura do Floresta Nacional de Canela, realizando periodicamente as manutenções corretivas, preventivas, partindo das necessidades verificadas no monitoramento.

11.134. As atividades relacionadas com a manutenção deverão seguir os seguintes parâmetros:

11.134.1. Manutenção Preditiva. Analisar o sistema em uso, com o intuito de apontar eventuais anomalias, além de direcionar e programar os procedimentos de prevenção. Identificar os sinais de falha iminentes para evitar que outros problemas sejam ocasionados, tendo uma ação de controle preventivo.

11.134.2. Manutenção Preventiva. Atuar de forma antecipada para que não ocorra reparação. Realizar atividades programadas em datas pré-estabelecidas, obedecendo critérios técnicos ou do próprio histórico da manutenção realizada, que visa evitar problemas nas instalações. A ação preventiva depende diretamente de informações a respeito da edificação, sendo alimentados por dados dos fabricantes, históricos de manutenção e avaliações das instalações através de rotinas periódicas e de vistorias de inspeção predial. Estas informações estabelecem uma rotina de manutenção, com atuação preventiva, que aplicada de maneira correta aumenta a vida útil das partes do edifício, das suas instalações e equipamentos, além de diminuir os custos da manutenção.

11.134.3. Manutenção Corretiva. Caracterizada por serviços planejados ou não, deverá ser realizada sempre que necessário, logo após a manifestação do problema, com o intuito de corrigi-lo com a maior brevidade possível. A sua ação implica na paralisação de um sistema, com intervenção de curto a longo prazo. O seu custo é elevado em relação aos outros tipos de manutenção e, portanto, a Concessionária deverá sempre realizar de forma correta todas as atividades de manutenção preventiva e preditiva.

11.134.4. Manutenção Detectiva. Analisar as causas de falhas e problemas para auxiliar os planos de manutenção. Esta manutenção tem o intuito de estudar a causa, o porquê da ocorrência do defeito e da falha, sendo a maneira de eliminar a sua causa. Tem uma ação efetiva na gênese do problema para que este não ocorra, antecedendo a própria manutenção preditiva. É conhecida como manutenção proativa ou engenharia de manutenção, e de forma resumida, o seu objetivo é determinar as causas das falhas para fornecer um “feedback” ao projeto e à própria manutenção, no intuito de aprimorá-la.

11.135. As infraestruturas deverão ser mantidas adequadamente de forma preventiva e corretiva assim como os elementos estruturais, paredes, mobiliário e paisagismo.

11.136. As infraestruturas internas dos imóveis deverão ser mantidas de modo a evitar incidentes e acidentes devido ao mal estado de drenagem e conservação.

11.137. A CONCESSIONÁRIA deverá estabelecer vistorias programadas para todas as edificações e infraestruturas da Concessão, a fim de levantar possíveis itens que necessitem de atenção e cuidado, tomando medidas preventivas antes do colapso da infraestrutura existente.

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11.138. A CONCESSIONÁRIA deverá apresentar ao CONCEDENTE laudos das vistorias e dos reparos realizados pela CONCESSIONÁRIA a fim de garantir a qualidade da atividade para os usuários.

Subseção XI.d – Dos Encargos de Limpeza

11.139. A CONCESSIONÁRIA será responsável pelos serviços de limpeza e conservação das áreas sob sua responsabilidade, que visam estabelecer ambientes limpos, organizados, e conservados, oferecendo uma condição saudável para os usuários.

11.140. A CONCESSIONÁRIA deverá:

11.140.1. Sempre que possível, realizar uma limpeza ecológica, que consiste em utilizar produtos e métodos de limpeza que não sejam nocivos ou que possam reduzir impactos ao meio ambiente. Estes produtos e métodos são elaborados com ativos e ingredientes que não contribuem para a degradação da qualidade do meio ambiente, e que não sejam nocivos à saúde humana.

11.140.2. Executar os serviços de limpeza das áreas internas dos imóveis, mantendo-as salubres e higienizadas para otimizar sua conservação, bem como promover a destinação ambientalmente adequada dos resíduos gerados nessas áreas, de acordo com a legislação ambiental e sanitária aplicável.

11.140.3. Fornecer todos os recursos humanos, tecnológicos, materiais e insumos necessários para execução dos serviços limpeza e conservação dos imóveis, deixando estes devidamente abastecidos para o bem-estar dos usuários.

11.140.4. Atender, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas contadas a partir da ciência do fato, reclamações de usuários quanto a necessidade de limpeza urgente das áreas sob sua responsabilidade.

Subseção XI.e – Dos Encargos de Coleta e Descarte de Resíduos Sólidos e Efluentes

11.141. A CONCESSIONÁRIA deverá se responsabilizar por todo resíduo, rejeito ou efluente gerado nas áreas sob sua responsabilidade, atentando-se para a manutenção de uma política de mínimo impacto, nos termos da Lei Federal nº 12.305/10 (que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos), da Lei Federal nº 11.445/07 (que estabelece as diretrizes nacionais para o Saneamento Básico) ou outras que venham a substituí-las.

11.142. A CONCESSIONÁRIA deverá obrigatoriamente adotar as seguintes medidas:

11.142.1. Tratar os efluentes dos banheiros e demais efluentes líquidos.

11.142.2. Adotar as melhores práticas em relação à gestão de resíduos sólidos, tais como o incentivo à não geração, à redução, à reutilização, à coleta seletiva, à reciclagem, à logística reversa, ao tratamento preliminar dos resíduos sólidos, à destinação final ambientalmente adequada dos resíduos e à disposição dos rejeitos.

11.142.3. Realizar constantemente atividades de sensibilização interna junto aos seus colaboradores, no sentido de disseminar as boas práticas no cotidiano da equipe de trabalho.

11.142.4. Realizar coleta seletiva de resíduos sólidos, conforme a resolução CONAMA nº 275, de 25 de abril de 2001, ou aquela que venha substituí-la, e garantir a sua destinação e/ou disposição ambientalmente adequada conforme legislação aplicável.

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11.142.5. Retirar e garantir a destinação e/ou disposição adequada de todos e quaisquer resíduos sólidos (p.ex., entulho, óleos, lâmpadas, etc.) encontrados na área sob sua responsabilidade.

11.142.6. Realizar campanhas de sensibilização, conscientização e orientação aos visitantes em relação à separação correta de resíduos, estimulando redução do volume de resíduos produzidos e informando os impactos ambientais decorrentes do não tratamento destes.

11.143. As lixeiras deverão ser alocadas em locais apropriados para a coleta do lixo, vedadas para evitar o acesso de animais silvestres e serem laváveis.

11.143.1. A CONCESSIONÁRIA deverá buscar soluções para evitar acesso de animais ao conteúdo das lixeiras.

11.144. Nas áreas de hospedagem e alimentação:

11.144.1. Os resíduos recolhidos deverão ser alocados em depósitos afastados das áreas de preparo de alimentos.

11.144.2. Os óleos residuais deverão ser separados para destinação adequada fora da UC.

11.145. A coleta dos resíduos orgânicos deverá ser realizada com frequência necessária para evitar o transbordamento das lixeiras, bem como a proliferação de insetos e pragas nos imóveis de hospedagem.

11.145.1. A CONCESSIONÁRIA poderá analisar, junto ao CONCEDENTE, a viabilidade de implantar sistema de compostagem para destinação de parte dos resíduos orgânicos, podendo estar associado a um programa de educação e conscientização ambiental.

11.146. Não será permitida a instalação, dentro dos limites da UC, de áreas de destinação de resíduos biodegradáveis ou de entulhos e resíduos gerados nas obras de reforma e edificação.

11.146.1. A CONCESSIONÁRIA deverá retirar e garantir a disposição adequada de todo e qualquer entulho e resíduos sólidos encontrados no interior da UC.

11.146.2. Os resíduos coletados serão encaminhados aos locais indicados pelo CONCEDENTE e pela Prefeitura Municipal de Canela.

Subseção XI.f – Dos Encargos de Prevenção e Combate de Incêndio

11.147. Os projetos das reformas e de implantação de novas infraestruturas deverão estar adequados às normas vigentes de prevenção e combate ao incêndio, além de serem aprovados pelo Corpo de Bombeiros. As obrigações detalhadas a seguir visam a segurança dos usuários das infraestruturas ao longo da Concessão.

11.148. A Concessionária deverá:

11.148.1. Elaborar e executar o plano de prevenção e combate a incêndios nas infraestruturas objeto da concessão.

11.148.2. Manter a área concessionada permanentemente dotada de aparelhagem adequada à prevenção e extinção de incêndio e sinistro, mantendo igualmente o seu pessoal instruído quanto ao emprego eficaz dessa aparelhagem.

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11.148.3. Desenvolver ações educativas de prevenção a incêndio, no mínimo 1 (uma) vez por ano, para sua equipe própria através de treinamentos, palestras, rotas de fuga e implantação de mapas e placas sinalizadoras educativas na Floresta Nacional de Canela.

11.148.4. Manter os equipamentos contra incêndio em boas condições de uso e efetuar testes e recargas dentro da legislação vigente.

11.148.5. Manter as edificações, devidamente sinalizadas, com os tipos de extintores disponíveis, hidrantes, assim como placas que indicam rotas de fuga.

Subseção XI.g – Dos Encargos de Vigilância e Segurança Patrimonial

11.149. A CONCESSIONÁRIA deverá:

11.149.1. Ser responsável pela vigilância e segurança patrimonial visando proteger e garantir a integridade dos bens patrimoniais, dos atrativos e dos visitantes nas áreas sob responsabilidade da CONCESSIONÁRIA, envolvendo as atividades de vigilância/segurança patrimonial, de controle, operação e fiscalização das portarias, dos edifícios e dos espaços de visitação livre, e de apoio à fiscalização do cumprimento das leis ambientais.

11.149.2. Ser responsável pela vigilância e segurança patrimonial das edificações relacionadas aos serviços concedidos, especialmente o acesso à UC através das portarias, desenvolvendo todas as estratégias que garantam a integridade dos bens, podendo utilizar, para tanto, quaisquer recursos tecnológicos para evitar qualquer dano ao patrimônio.

11.149.3. Contratar o serviço contínuo de vigilância preventiva, podendo esta ser armada ou não, exercido por empresa especializada devidamente autorizada e dentro dos limites e regulamento do Floresta Nacional de Canela, com a finalidade de garantir a segurança física das pessoas e a integridade do patrimônio no local.

11.149.4. Prover aos profissionais de vigilância os equipamentos necessários para a sua proteção conforme legislação específica; bem como propiciar as condições necessárias para o perfeito desenvolvimento dos serviços, fornecendo uniformes, equipamentos de proteção individual adequados às tarefas que executam e às condições climáticas, equipamentos e materiais de intercomunicação e lanternas.

11.149.5. Comunicar ao CONCEDENTE, no prazo máximo de 2 (dois) dias úteis, a ocorrência de casos de danos ao patrimônio do Floresta Nacional de Canela.

11.150. Todo o material e equipamento destinado à proteção e segurança do Floresta Nacional de Canela, tais como veículos, equipamentos de combate a incêndios, equipamentos de proteção, câmeras de segurança, equipamentos de intercomunicação, kit de primeiros socorros, deverão estar em perfeito estado de funcionamento.

11.151. Os serviços de vigilância deverão acontecer diariamente considerando a contratação de vigilante/segurança patrimonial por turnos de trabalho, considerando que nas portarias de acesso a segurança deverá acontecer durante 24 horas e nas áreas internas do Floresta Nacional de Canela a atividade se restringirá ao turno diurno de acordo com horário a ser estabelecido entre as partes.

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Subseção XI.h – Dos Encargos de Apoio ao Manejo, Conservação Ambiental e de Proteção dos Recursos Naturais e Áreas Verdes

11.152. A CONCESSIONÁRIA deverá realizar apoio ao CONCEDENTE ao manejo, conservação ambiental e proteção dos recursos naturais e áreas verdes exclusivamente ligadas aos serviços concessionados, com a finalidade de proteger e conservar a integridade do patrimônio natural, histórico e cultural dessas áreas, e consequentemente de suas atrações naturais.

11.152.1. Será de responsabilidade da CONCESSIONÁRIA apoiar o trabalho do ICMBio no que se refere à vistoria das áreas verdes de uso público relacionadas aos serviços concessionados, verificando a saúde da flora existente, identificação de possíveis pragas, qualidade do solo e das águas, e deste modo, preservar suas condições físico-ambientais.

11.152.2. O responsável por esta atividade fornecerá os itens necessários para realização dos serviços de manutenção e conservação.

11.152.3. A CONCESSIONÁRIA deverá manter nas áreas sob sua responsabilidade, as áreas verdes ajardinadas e limpas, devendo efetuar cortes, podas, remoção, replantio e transporte de árvores, conforme legislação vigente.

Subseção XI.i – Dos Encargos de Educação Ambiental

11.153. A CONCESSIONÁRIA poderá realizar campanhas e ações para sensibilização, conscientização e educação ambiental direcionada aos visitantes, bem como à equipe interna, nas áreas da concessão de forma complementar às ações realizadas na unidade de conservação.

11.153.1. As campanhas e ações visam o desenvolvimento de pensamento crítico sobre as problemáticas ambientais e conscientização sobre os impactos ocasionados pela atividade humana no meio natural. São exemplos de ações que podem ser realizadas: (i) avisos sobre a importância da redução do consumo de água, energia e reciclagem de resíduos sólidos; (ii) informativos sobre a proibição de fogueiras dentro da UC; (iii) informações sobre a importância da fauna e flora local.

11.153.2. A CONCESSIONÁRIA deverá verificar, junto ao CONCEDENTE, as atividades ou projetos já existentes para o Floresta Nacional de Canela relacionadas à educação ambiental, identificando possíveis parcerias para fortalecimento dos laços com a comunidade local atuante.

11.153.3. A CONCESSIONÁRIA poderá realizar parcerias para desenvolvimento de oficinas, cursos e atividades direcionadas à educação ambiental, visando o fortalecimento da relevância do Floresta Nacional de Canela como local de promoção da conscientização, educação e interpretação ambiental.

Subseção XI.j – Dos Encargos de Recepção e Atendimento ao Usuário

11.154. A CONCESSIONÁRIA deverá instituir um Serviço de Atendimento ao Usuário e Ouvidoria permanente para:

11.154.1. Receber, processar e responder as críticas e sugestões dos usuários e terceiros.

11.154.2. Apurar reclamações relativas à execução do Contrato de Concessão.

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Edital de Concorrência nº NN/NNNN ICMBio CONCESSÃO DE SERVIÇOS DE APOIO À VISITAÇÃO NA FLORESTA NACIONAL DE CANELA

11.155. A CONCESSIONÁRIA deverá estabelecer estratégias de articulação com os usuários e entidades representativas da FLONA de Canela para melhoria dos serviços prestados.

11.156. A CONCESSIONÁRIA deverá contratar pelo menos 1 (um) funcionário com habilidade de comunicação em inglês para suporte geral aos serviços de atendimento ao público e 1 (um) para cada atividade de lazer que exija a comunicação de procedimentos de segurança.

Seção VII – Das Contrapartidas

Subseção VII.a – Ações Socioambientais

11.157. A CONCESSIONÁRIA será responsável pelo desenvolvimento de ações socioambientais na FLONA de Canela, cuja finalidade é fomentar as atividades de educação ambiental e pesquisa científica.

11.158. A CONCESSIONÁRIA deverá apoiar o desenvolvimento e a produção de subprodutos florestais na Floresta Nacional de Canela por meio de programas socioambientais junto às comunidades do entorno. A intenção é fomentar a produção local de subprodutos advindos da floresta, tais como gastronomia relacionada ao pinhão, entre outros.

11.158.1. A CONCESSIONÁRIA poderá realizar oficinas e cursos para o desenvolvimento de mão de obra na comunidade local interessada neste tipo de produção, com apoio da equipe técnica da UC.

11.158.2. A produção de artesanato com a madeira poderá utilizar as árvores caídas, desde que a utilização seja previamente aprovada pela equipe técnica da UC.

11.159. A CONCESSIONÁRIA deve elaborar e apresentar o Programa de Atividades Socioambientais ao CONCEDENTE e à equipe técnica da UC para aprovação e acompanhamento.

Subseção VII.b – Vagas de estacionamento

11.160. A CONCESSIONÁRIA deverá disponibilizar o mínimo de 4 vagas exclusivas no estacionamento para o CONCEDENTE.

Seção VIII – Dos Prazos das Obras, Investimentos e Implantação das Atividades

11.161. A CONCESSIONÁRIA deverá executar as intervenções obrigatórias, com as especificações e diretrizes previstas no Projeto Básico, Anexo I do Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio, e seus apêndices, obedecendo aos seguintes termos:

I. Os Projetos Técnicos de implantação das atividades e serviços, bem como os Projetos Arquitetônicos das obras e intervenções, com respectivos Cronograma e Plano de Mitigação dos Impactos Ambientais, deverão ser apresentados ao CONCEDENTE para aprovação nos prazos definidos Projeto Básico, Anexo I do Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio.

II. O CONCEDENTE deverá expedir um documento de não objeção aos projetos desenvolvidos em um prazo máximo de 2 (dois) meses após o recebimento dos projetos para que a CONCESSIONÁRIA inicie as obras.

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Requisito 513. As atividades e intervenções obrigatórias deverão ser realizadas respeitando os prazos e as especificações estabelecidos no Projeto Básico, Anexo I do Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio.

Requisito 514. A execução das obras de construção ou reforma de instalações deverá iniciar no prazo máximo de 1 (um) mês após aprovação dos projetos arquitetônicos pelo CONCEDENTE e à obtenção de licenciamento ambiental e outras licenças, quando aplicável.

Requisito 515. O prazo máximo de conclusão destas obras poderá ser prorrogado mediante justificativas apresentadas pela CONCESDSIONÁRIA e submetidas à aprovação do CONCEDENTE.

I. O pedido de prorrogação, devidamente justificado, deverá vir acompanhado de um novo cronograma, bem como com a comprovação quanto à impossibilidade de execução das obras.

CAPÍTULO 12 - DA IMPLEMENTAÇÃO DE GESTÃO DE ATIVIDADES ACESSÓRIAS

12.1. Atividades acessórias constituem aquelas atividades econômicas relacionadas tangencialmente ao objeto do Contrato de Concessão, diversas das atividades principais previstas em contrato, que podem facultativamente ser exploradas pela CONCESSIONÁRIA mediante aprovação do CONCEDENTE.

12.1.1. Da parte do CONCEDENTE, a análise e aprovação das proposições de exploração de atividades acessórias compete ao Comitê Especial de Concessão – CEC do ICMBio.

12.2. A CONCESSIONÁRIA poderá ser autorizada a explorar novos atrativos, atividades e receitas, desde que sejam relacionados ao objeto do Contrato, observadas as normas e regulamentos aplicáveis.

12.2.1. A CONCESSIONÁRIA não poderá realizar e não poderá propor atividades que conflitem com outros contratos de parceria executados na Floresta Nacional de Canela.

12.2.2. Nenhum contrato celebrado entre a CONCESSIONÁRIA e terceiros, no âmbito desta Cláusula e quando envolver Bens Reversíveis, poderá ultrapassar o prazo da Concessão.

12.3. A exploração de atividades acessórias pode ser proposta:

12.3.1. Pela CONCESSIONÁRIA, nos termos do Projeto Básico, Anexo I do Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio.

12.3.2. Pelo CONCEDENTE, à título de sugestão a CONCESSIONÁRIA de exploração de atividade que caracterize receita acessória.

12.3.2.1. A proposição pelo CONCEDENTE, como descrita neste item, não vincula sua realização pela CONCESSIONÁRIA que, caso decida por aceitá-la, deverá obedecer ao disposto no Projeto Básico e demais normas legais.

12.4. Toda e qualquer nova atividade acessória que a CONCESSIONÁRIA deseje explorar deverá ser previamente solicitada ao CONCEDENTE, indicando, no mínimo: (i) a natureza da atividade a ser explorada; (ii) a correlação com o objeto do Contrato; (iii) a logística de planejamento e operacionalização da atividade e, quando couber, plano de gerenciamento de riscos; (iv) a fonte e os valores estimados de receita por ano; (v) os possíveis impactos ambientais da atividade; e (vi) os possíveis impactos econômico-financeiros no Contrato de Concessão.

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12.5. Os novos serviços e atividades desenvolvidos pela CONCESSIONÁRIA deverão ser realizados por sua conta e risco.

12.5.1. No exercício desses serviços e atividades, a CONCESSIONÁRIA se responsabilizará por toda e qualquer infração à regulamentação aplicável, perante os órgãos competentes.

12.6. Uma vez aprovada pelo CONCEDENTE a exploração de fontes de receitas acessórias, a CONCESSIONÁRIA deverá manter contabilidade específica de cada atividade, com detalhamento de receitas, custos e resultados líquidos.

12.7. As receitas financeiras da CONCESSIONÁRIA, assim entendidos os juros, descontos recebidos, receitas de títulos vinculados ao mercado aberto, receitas sobre outros investimentos, prêmio de resgate de títulos e debêntures, bem como as atualizações monetárias pré-fixadas, as variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações em função da taxa de câmbio ou de índices ou coeficientes aplicáveis por disposição legal ou contratual não serão consideradas receitas assessórias.

CAPÍTULO 13 - DAS RESPONSABILIDADES, DEVERES E DIREITOS

Seção I – Das Responsabilidades, Deveres e Direitos da Concessionária

13.1. A CONCESSIONÁRIA responderá perante o ICMBio e terceiros por danos, bens e outros custos imputáveis, nos termos admitidos na legislação e nas normas aplicáveis.

13.1.1. A presença da fiscalização durante a execução do objeto contratado, quaisquer que sejam os atos praticados no desempenho de suas atribuições, não implicará solidariedade ou corresponsabilidade com a CONCESSIONÁRIA, que responderá única e integralmente pela execução dos serviços, inclusive pelos serviços executados por suas subcontratadas, na forma da legislação em vigor.

13.1.2. Se a CONCESSIONÁRIA recusar, demorar, negligenciar ou deixar de eliminar falhas, vícios, defeitos ou imperfeições apontadas pelo CONCEDENTE, este poderá efetuar os reparos e substituições que considerar necessários, seja por meios próprios ou de terceiros, transformando-se os custos decorrentes, independentemente do seu montante, em dívida líquida e certa da CONCESSIONÁRIA.

13.2. A CONCESSIONÁRIA responderá diretamente por todas e quaisquer perdas e danos causados em bens ou pessoas, inclusive em propriedades vizinhas, decorrentes de omissões e atos praticados por seus funcionários e prepostos, fornecedores e subcontratados, bem como originados de infrações ou inobservância de leis, decretos, regulamentos, portarias e posturas oficiais em vigor, devendo indenizar o ICMBio por quaisquer pagamentos que este seja obrigado a fazer, incluindo multas, correções monetárias e acréscimos de mora.

13.3. A CONCESSIONÁRIA responderá pela posse, guarda, manutenção e vigilância de todos os bens integrantes da Concessão, de acordo com o previsto neste Contrato, na legislação e nas normas vigentes.

13.4. A CONCESSIONÁRIA deverá ressarcir o ICMBio e os demais anuentes e interveniente de todos os desembolsos decorrentes de determinações judiciais, para satisfação de obrigações originalmente imputáveis à CONCESSIONÁRIA, inclusive reclamações trabalhistas propostas por empregados ou terceiros vinculados à CONCESSIONÁRIA.

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13.5. A CONCESSIONÁRIA deverá informar ao ICMBio, imediatamente, quando citada ou intimada de qualquer ação judicial ou procedimento administrativo, que possa resultar em responsabilidade do ICMBio, ou da interveniente, inclusive dos termos e prazos processuais, bem como envidar os melhores esforços na defesa dos interesses comuns, praticando todos os atos processuais cabíveis com esse objetivo.

13.6. A CONCESSIONÁRIA deverá reparar imediatamente, após o recebimento de notificação, quaisquer danos causados aos bens sob sua responsabilidade.

13.7. A CONCESSIONÁRIA deverá efetuar, em até de 45 (quarenta e cinco) dias após a convocação para assinatura do Contrato, a constituição e o registro em junta comercial de Sociedade de Propósito Específico – SPE, sob pena de decair do direito à contratação, sem prejuízo das penalidades previstas neste Contrato.

13.7.1. Caso o prazo do item anterior não seja exequível, este poderá ser prorrogado pelo CONCEDENTE mediante justificativa apresentada pela CONCESSIONÁRIA.

13.8. A CONCESSIONÁRIA deverá cumprir e fazer cumprir integralmente o Contrato de concessão, em conformidade com as disposições legais e regulamentares, e ainda as determinações do ICMBio editadas a qualquer tempo, atendendo às exigências, recomendações ou observações feitas pelo ICMBio, conforme os prazos fixados em cada caso.

13.9. A CONCESSIONÁRIA deverá manter, durante a execução do Contrato, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação.

13.10. A CONCESSIONÁRIA deverá realizar um inventário de todos os bens móveis para o CONCEDENTE, que terá a prerrogativa de incorporar ao patrimônio público aqueles que avaliar como essenciais para continuidade do serviço de concessão. Os demais bens deverão ser removidos da unidade de conservação pela Concessionária.

13.10.1. O inventário dos bens móveis deverá ser iniciado 12 (doze) meses antes do encerramento do Contrato.

13.11. A CONCESSIONÁRIA deverá, durante todo o prazo da Concessão:

13.11.1. Promover a modernização, substituição, aperfeiçoamento e ampliação da tecnologia, equipamentos e instalações objeto dos serviços e atividades a serem contratados durante todo o período da concessão.

13.11.2. Manter, em bom estado de funcionamento, conservação e segurança, às suas expensas, os bens necessários à prestação dos serviços que integram a Concessão, durante a vigência do Contrato.

13.11.3. Assegurar a adequada prestação dos serviços, valendo-se de todos os meios e recursos à sua disposição, incluindo, e não se limitando, a todos os investimentos em futuras expansões, necessários para a manutenção dos níveis de serviço.

13.11.4. Atender e fazer atender, de forma adequada, o público em geral e os visitantes, em particular.

13.11.5. Manter o ICMBio informado sobre toda e qualquer ocorrência em desconformidade com exploração dos serviços na Floresta Nacional de Canela.

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13.12. As ações desenvolvidas pela CONCESSIONÁRIA deverão observar e cumprir a Lei nº 8.987/95, a Lei nº 8.666/93, o Código Civil Brasileiro, as Normas Técnicas da ABNT, o Plano de Manejo da UC, a legislação ambiental, as leis e regulamentos pertinentes.

Seção II – Das Responsabilidades, Deveres e Direitos do Concedente

13.13. São responsabilidades, deveres e direitos do CONCEDENTE:

13.13.1. Assegurar o cumprimento das obrigações contratuais, preservando os direitos do ICMBio, da CONCESSIONÁRIA e dos visitantes.

13.13.2. Exigir da CONCESSIONÁRIA a estrita obediência às especificações e disposições contratuais.

13.13.3. Fiscalizar e supervisionar a prestação de serviço adequado, bem como receber e apurar manifestações e reclamações dos visitantes.

13.13.4. Analisar os projetos, planos e programas relativos à exploração dos serviços concessionados, bem como exigir as modificações que se revelarem necessárias para atendimento ao Projeto Básico, Anexo I do Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio.

13.13.5. Rejeitar ou sustar qualquer serviço em execução, que ponha em risco a segurança pública ou bens de terceiros.

13.13.6. A seu critério, executar inspeções ou auditorias para verificar as condições das instalações, dos equipamentos, da segurança e do funcionamento dos serviços concessionados na Floresta Nacional de Canela.

13.13.7. Acompanhar e apoiar a CONCESSIONÁRIA nas ações institucionais junto a órgãos competentes.

13.13.8. Comunicar à CONCESSIONÁRIA, imediatamente, quando citada ou intimada de qualquer ação judicial ou procedimento administrativo que possa resultar em responsabilidade da CONCESSIONÁRIA, inclusive dos termos e prazos processuais, bem como envidar os melhores esforços na defesa dos interesses comuns, praticando todos os atos processuais cabíveis com esse objetivo.

13.13.9. Comunicar à instituição financeira ou seguradora responsável pela prestação da Garantia de Execução Contratual, bem como as entidades financiadoras da CONCESSIONÁRIA, sempre que instaurar processo para decretar a intervenção, encampação ou caducidade.

13.13.10. Colaborar, nos limites de sua atuação institucional, com as entidades financiadoras da CONCESSIONÁRIA, para contribuir com a viabilidade do financiamento dos investimentos, de forma a possibilitar a execução integral do objeto da Concessão.

13.13.11. Disponibilizar os imóveis, infraestruturas, instalações e espaços relacionados aos serviços concessionados na Floresta Nacional de Canela, descritos no Anexo I – Projeto Básico do Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio, no estado em que se encontram, à CONCESSIONÁRIA, ressalvado o disposto neste Contrato.

13.13.12. Valer-se de qualquer instrumento processual de intervenção de terceiros.

13.13.13. Receber e analisar todos os relatórios, projetos e documentos encaminhados pela CONCESSIONÁRIA.

13.13.14. Informar com antecedência, acontecimentos e situações que ensejem a necessidade de interromper ou alterar o funcionamento das atividades de visitação, em casos que comprometam a segurança do visitante e/ou do Floresta Nacional de Canela.

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13.13.15. Oficializar a CONCESSIONÁRIA quando da necessidade de ingressos cedidos ao CONCEDENTE.

Seção III – Das Responsabilidades, Deveres e Direitos do visitante

13.14. São responsabilidades, deveres e direitos do visitante:

13.14.1. Receber serviço adequado dentro dos parâmetros fixados pelo ICMBio;

13.14.2. Levar ao conhecimento do ICMBio, da CONCESSIONÁRIA e das autoridades competentes as irregularidades de que tenha conhecimento, referentes aos serviços prestados; e

13.14.3. Contribuir para a conservação das boas condições dos bens públicos por meio dos quais lhes são prestados os serviços.

CAPÍTULO 14 - DA REMUNERAÇÃO DA CONCESSIONÁRIA, RECEITAS ADICIONAIS E SUBCONTRATAÇÃO DOS SERVIÇOS

Seção I – Da Remuneração da Concessionária

14.1. A Remuneração da CONCESSIONÁRIA será composta de 2 (duas) diferentes parcelas de receita:

14.1.1. Receitas provenientes da exploração dos serviços previstos no Anexo I – Projeto Básico do Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio, quais sejam:

14.1.1.1. Cobrança de ingressos.

14.1.1.2. Serviços de alimentação e comércio.

14.1.1.3. Serviços de hospedagem.

14.1.1.4. Serviço de aluguel de bicicletas Cobrança de ingressos;

14.1.2. Receitas Adicionais provenientes de atividades acessórias, nos termos do Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio, do Anexo I – Projeto Básico e seus demais anexos.

14.2. O valor dos ingressos de acesso ao Floresta Nacional de Canela é o estabelecido na Portaria ICMBio n° 831/2018, ou em ato que a venha substituir, e será reajustado anualmente pelo CONCEDENTE considerando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor – IPCA ou outro que venha a substituir.

14.2.1. A CONCESSIONÁRIA deverá disponibilizar e manter atualizadas, de forma acessível, em seu sítio eletrônico, para fins de livre acesso e consulta pelo público em geral, as tabelas vigentes com os preços praticados na exploração dos serviços.

14.3. O valor dos demais serviços e receitas acessórias serão estabelecidos pela CONCESSIONÁRIA.

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Seção II – Das Receitas Acessórias

14.4. A CONCESSIONÁRIA poderá explorar serviços que gerem receitas adicionais, provenientes de atividades acessórias, nos termos do Projeto Básico, Anexo I do Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio, diretamente ou mediante a celebração de contratos com terceiros, em regime de direito privado.

14.4.1. Deve ser adotada contabilidade específica de cada atividade, com detalhamento de receitas, custos e resultados líquidos, segundo as normas contábeis vigentes.

14.5. As receitas acessórias arrecadadas serão computadas para cálculo da Receita Operacional Bruta (ROB) e consequentemente incluídas no valor base para pagamento da outorga mensal ao CONCEDENTE.

Seção II – Da Subcontratação dos Serviços

14.6. É permitida a subcontratação dos serviços objeto da presente concessão, exceto os serviços de venda de bilhetes e controle de acesso.

14.6.1. A subcontratação de obras e serviços não elide a responsabilidade da CONCESSIONÁRIA pelo cumprimento das cláusulas contratuais, bem como da legislação e das normas do ICMBio.

14.7. Todos os contratos celebrados entre a CONCESSIONÁRIA e terceiros não poderão ultrapassar o prazo desta Concessão.

14.8. É vedada a subconcessão parcial ou total do objeto da concessão.

CAPÍTULO 15 - DO REPASSE AO CONCEDENTE E DA AMORTIZAÇÃO DOS INVESTIMENTOS

Seção I – Do Repasse ao Concedente

15.1. Da receita operacional bruta advinda da exploração dos serviços, incluindo eventuais Receitas Adicionais, a CONCESSIONÁRIA deverá repassar, mensalmente, ao CONCEDENTE NN% (percentual por extenso), a título de outorga.

15.2. O valor de outorga será diferenciado no decorrer do Contrato da seguinte forma:

15.2.1. Do primeiro ao (indicação do EVE) ano da Concessão o valor da outorga será reduzido para NN,NN% (percentual por extenso) sobre a Receita Operacional Bruta (ROB) realizada, a título de compatibilização com os custos concentrados dos investimentos e os riscos de demanda existentes neste período.

15.2.2. Do (ano seguinte ao estabelecido no item anterior) ao décimo quinto ano do Contrato, será repassado o percentual de NN,NN% (percentual por extenso) da ROB.

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15.3. O repasse será realizado mensalmente, por meio de Guia de Recolhimento da União – GRU, até o 10° (décimo) dia útil do mês subsequente à prestação do serviço, inclusive no primeiro mês, ainda que esse não tenha completado 30 (trinta) dias de prestação de serviço.

15.3.1. A CONCESSIONÁRIA encaminhará aos fiscais do contrato, mensalmente, o comprovante do recolhimento realizado.

15.3.2. O relatório contendo a Receita Operacional Bruta total e os serviços explorados serão enviados aos fiscais do Contrato até o 5° (quinto) dia útil do mês subsequente à prestação do serviço, para emissão, pelo CONCEDENTE, da respectiva GRU a ser paga pela CONCESSIONÁRIA.

15.4. O repasse de outorga pela CONCESSIONÁRIA ao CONCEDENTE somente ocorrerá a partir da implantação e exploração de pelo menos um dos serviços obrigatórios do objeto desta Concessão.

15.5. O CONCEDENTE instruirá processo administrativo próprio para a realização do disposto nesta Seção.

Seção II - Da Amortização dos Investimentos

15.6. Todas as estruturas e bens relativos às atividades e obrigações da Concessão deverão ser amortizados ou depreciados totalmente no prazo de 15 (quinze) anos, restando valor residual igual a 0 (zero) no momento final do Contrato.

CAPÍTULO 16 - DA BONIFICAÇÃO

16.1. A bonificação do Contrato de Concessão caracteriza-se por descontos percentuais incidentes sobre o ágio da outorga mensal estabelecido, conforme seus limites e prazos, observados os parâmetros dos indicadores descritos no Apêndice 1 – Indicadores de bonificação, do Projeto Básico, Anexo I do Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio.

16.2. A bonificação se dará por meio de desconto em até 50% do valor percentual do ágio contratual.

16.3. Os descontos serão percentuais definidos em cada indicador e serão incidentes sobre o percentual de outorga mensal do ano seguinte após a aprovação da bonificação.

16.4. Para solicitar a bonificação, há a necessidade de existirem, nos 365 dias imediatamente anteriores ao pedido, simultaneamente todos os requisitos abaixo:

16.4.1. A CONCESSIONÁRIA deverá estar em dia com as obrigações e contrapartidas exigidas neste Projeto Básico e respectivo Edital.

16.4.2. A Concessão deverá ter um ágio contratual maior do que o valor de outorga mínimo exigido no Edital.

16.4.3. Alcançar os parâmetros mínimos de desempenho estabelecidos nas fichas de parametrização dos indicadores da bonificação apresentadas no Apêndice 1 – Indicadores de bonificação, do Projeto Básico, Anexo I do Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio.

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16.4.4. Não possuir sanção administrativa, civil e/ou penal, com trânsito em julgado, referente ao objeto da Concessão.

16.5. A bonificação terá período de vigência de um ano civil.

16.6. A bonificação é de caráter voluntário e deve ser solicitada anualmente pela CONCESSIONÁRIA até o 1º (primeiro) dia útil do mês de outubro do ano precedente.

16.6.1. Excepcionalmente, para o período entre a assinatura do contrato e o 1º (primeiro) dia útil de outubro subsequente, a CONCESSIONÁRIA poderá requerer bonificação desde que já tenham decorrido, no mínimo, 180 (cento e oitenta) dias de contrato.

16.7. A solicitação deverá ser apresentada de forma individualizada para cada indicador, junto com o relatório de execução e documentação comprobatória do alcance do desempenho mínimo durante os 12 (doze) meses imediatamente anteriores.

16.8. Caso se verifique que a CONCESSIONÁRIA apresentou informações falsas para fins de solicitação de bonificação, o CONCEDENTE tomará providências cabíveis para a eventual responsabilização civil, penal e administrativa.

CAPÍTULO 17 - DA FISCALIZAÇÃO E MONITORAMENTO

Seção I – Do Monitoramento dos Impactos da Visitação

17.1. A CONCESSIONÁRIA deverá implementar um sistema contínuo de monitoramento dos impactos da visitação, em conformidade com o Roteiro Metodológico para Manejo de Impactos da Visitação, para as atividades e serviços concessionados.

17.1.1. Deverão ser emitidos e encaminhados ao CONCEDENTE relatórios elencando os impactos negativos causados pela visitação e apontarão estratégias e ações de manejo para neutralizar e/ou mitigar os referidos impactos.

Seção II - Da Fiscalização e Monitoramento da Concessão

17.2. A fiscalização e o monitoramento da Concessão serão efetuados pelo ICMBio.

17.2.1. No exercício das suas atribuições, os encarregados pela fiscalização da concessão terão livre acesso, a qualquer tempo e sem aviso prévio, aos dados relativos à administração, à contabilidade e aos recursos técnicos, econômicos e financeiros da CONCESSIONÁRIA, assim como às obras, aos equipamentos e às instalações integrantes ou vinculadas à concessão.

17.3. O ICMBio exercerá fiscalização sobre as atividades realizadas nas fases de realização do objeto do Contrato, determinando a execução de atos ou a suspensão daqueles que estejam sendo realizados em

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desconformidade com os termos do Projeto Básico, com o previsto no Contrato ou com a legislação e as normas do ICMBio.

17.4. O ICMBio deverá instituir Comissão de Fiscalização do Contrato, que será responsável por receber e analisar demandas e questionamentos da CONCESSIONÁRIA e monitorar permanentemente a qualidade dos serviços e prestações de contas apresentadas.

17.4.1. Ficará a critério da Comissão de Fiscalização impugnar qualquer trabalho executado, que não satisfaça às condições contratuais.

17.5. O ICMBio deverá receber e analisar todos os relatórios, propostas, projetos e documentos encaminhados pela CONCESSIONÁRIA, emitindo parecer dentro dos prazos estipulados no Projeto Básico, Anexo I do Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio, quando for o caso.

17.6. O ICMBio deverá supervisionar e fiscalizar a execução da concessão e as atividades previstas no Contrato, podendo sustar, recusar, desfazer ou mandar refazer qualquer serviço que não esteja de acordo com as condições e exigências especificadas.

17.7. Na fiscalização e monitoramento da execução do Contrato de Concessão, o ICMBio poderá:

17.7.1. Efetuar inspeção com a finalidade de verificar o atendimento das exigências contratuais.

17.7.2. Exigir o imediato afastamento e/ou substituição de qualquer empregado da CONCESSIONÁRIA ou preposto que produza complicações para a supervisão e/ou fiscalização.

17.7.3. Contestar, no todo ou em parte, os serviços ou atividades executadas em desacordo com as disposições do objeto contratado.

17.8. Para a verificação do cumprimento contratual pela CONCESSIONÁRIA, o ICMBio poderá recorrer a serviço técnico de empresa especializada de auditoria independente, a ser indicada, contratada e remunerada pela Concessionária, cabendo ao ICMBio o direito de veto na indicação realizada pela Concessionária.

17.9. O ICMBio poderá, a qualquer tempo e em qualquer circunstância, fazer contatos com qualquer órgão de comunicação da Concessionária, para averiguação do andamento ou solução de eventos específicos.

17.10. A CONCESSIONÁRIA deverá:

17.10.1. Manter contabilidade específica do Contrato com detalhamento de receitas, custos e resultados líquidos e disponibilizar acesso ao CONCEDENTE sempre que solicitado.

17.10.2. Apresentar até o quinto dia útil de cada mês relatórios gerenciais discriminando, no mínimo, as informações da venda de ingressos, receitas geradas por atividade concessionada e, quando houver, receitas acessórias; dias e horários de pico, número de visitantes, isenções, valor faturado e despesas referentes ao mês anterior e ao acumulado no exercício.

17.10.3. Apresentar ao ICMBio, anualmente, até o dia 15 (quinze) de maio do exercício subsequente: os demonstrativos contábeis, em sua forma completa, ou seja, Balanço Patrimonial (BP), Demonstração de Resultado do Exercício (DRE), Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC), Demonstração de Mutações no Patrimônio Líquido (DMPL), Demonstração do Valor Adicionado (DVA) com as respectivas notas explicativas e os Relatórios da Diretoria e dos Conselhos Fiscal e de Administração, os Pareceres dos

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Auditores Independentes, quando houver, bem como o Balancete de encerramento do exercício com os ajustes realizados e respectivos saldos.

17.10.4. Efetuar pesquisa de dos visitantes avaliando instalações, atendimento, limpeza e conservação ambiental a partir do segundo ano de operação dos serviços conforme metodologia e periodicidade a ser acordada com o CONCEDENTE no primeiro ano de operação.

17.10.4.1. Compete a CONCESSIONÁRIA a sistematização das respostas em planilha física e digital e entrega do relatório ao CONCEDENTE.

17.10.4.2. Compete ao CONCEDENTE a análise da pesquisa.

17.10.4.3. O CONCEDENTE considerará satisfatório resultado acima de 80% de satisfação dos visitantes nas pesquisas realizadas.

17.10.5. Apresentar relatórios anuais sobre índice de reclamações no PROCON, sinistros e acidentes envolvendo visitantes, funcionários e danos ao patrimônio material.

17.10.6. Apresentar os resultados das visitas e fiscalizações de quaisquer órgãos fiscalizadores.

17.10.7. Manter, em local acessível ao público e à disposição do CONCEDENTE, protocolo destinado ao registro de queixas, sugestões e reclamações dos usuários.

17.10.8. Comunicar, de imediato, qualquer alteração ocorrida em seu Contrato Social, Estatuto Social ou em seu endereço de cobrança.

17.10.8.1. Alterações que impliquem modificação do Contrato Social ou do Estatuto Social no tocante à incorporação, fusão ou cisão do capital, ou transferência de cotas, ensejará de imediato a revisão das condições contratuais.

17.10.9. Comunicar imediatamente ao CONCEDENTE qualquer anormalidade ou ilícito, inclusive de ordem funcional, para que sejam adotadas as providências de regularização necessárias, de forma que não prejudique a execução dos serviços e afete a perfeita execução do Contrato.

17.10.10. Prestar todos os esclarecimentos que forem solicitados pela fiscalização do CONCEDENTE, se obrigando a atender prontamente as determinações de adequações que estejam previstas no Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio, e seus respectivos anexos.

17.10.11. Permitir e facilitar o livre acesso de servidores e prepostos indicados pelo CONCEDENTE às áreas utilizadas pela CONCESSIONÁRIA e aos livros, protocolos e sistemas contábeis e de controle utilizados, de modo a ensejar o monitoramento dos serviços e atividades sem causar embaraços.

17.10.12. Reparar imediatamente, após o recebimento de notificação, quaisquer danos causados aos bens sob sua responsabilidade.

17.11. Os fluxos, procedimentos e instituição de Comissão de Fiscalização relativos ao monitoramento e à fiscalização contratual observarão, além do disposto neste Contrato, no Projeto Básico, no Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio e seus anexos, regulamentação própria do ICMBio que consta na Instrução Normativa n°9 de 13 de julho de 2018, ou a que vier substituí-la.

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CAPÍTULO 18 - DOS SEGUROS

18.1. A CONCESSIONÁRIA deverá contratar em companhia seguradora idônea e apresentar ao CONCEDENTE, na data da assinatura do Contrato, seguro contra riscos até o final da concessão, com as seguintes especificações:

18.1.1. COBERTURA BÁSICA: incêndio, raio e explosão de qualquer natureza – VALOR EM RISCO: R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais).

18.1.2. COBERTURAS ACESSÓRIAS: danos elétricos – VALOR EM RISCO: R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais).

18.1.3. A vigência das apólices deverá ser de no mínimo 12 (doze) meses, sendo renovada anualmente até o prazo final da concessão.

18.1.4. As apólices apresentadas deverão possuir registro junto à Superintendência Nacional de Seguros Privados.

18.2. Em caso de sinistros não cobertos pelo seguro contratado, a CONCESSIONÁRIA responderá pelos danos e prejuízos que, eventualmente, causar à coisa pública ou propriedade ou posse de terceiros, em decorrência da execução do Contrato.

Seção II – Dos Seguros de Acidente Pessoal Para Atividades de Risco

18.3. A CONCESSIONÁRIA deverá contratar e manter em vigor, durante todo o prazo da Concessão, apólices de seguro de acidente pessoal, para visitantes e funcionários, com vigência mínima de 12 (doze) meses, para todas as atividades de risco relacionadas aos serviços concessionados, nos termos do Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio e seus anexos, e também para as atividades acessórias que vier a implementar.

18.3.1. A CONCESSIONÁRIA deverá encaminhar ao ICMBio, por meio eletrônico, no prazo máximo de 10 dias após a data do vencimento, os comprovantes de pagamento digitalizados do prêmio dos seguros contratados, ou de suas parcelas, quando este houver sido fracionado.

18.3.2. Toda alteração promovida nos contratos de apólices de seguros, incluindo as que impliquem cancelamento, renovação, modificação ou substituição de quaisquer apólices, devem ser previamente informadas ao ICMBio.

18.3.3. A CONCESSIONÁRIA deverá informar, caso solicitado pelo CONCEDENTE, todos os bens cobertos pelos seguros contratados e a forma de cálculo do limite máximo de indenização da apólice de seguro para cada sinistro.

18.3.4. A CONCESSIONÁRIA deverá atualizar periodicamente, a cada 12 (doze) meses contados a partir da contratação originária, os seguros contratados de forma a incluir eventos ou sinistros que não eram cobertos pelas seguradoras em funcionamento no Brasil no momento de sua contratação originária.

18.4. A CONCESSIONÁRIA deverá responder pela abrangência ou omissões decorrentes da realização dos seguros, bem como pelo pagamento integral da franquia na hipótese de ocorrência do sinistro.

18.5. A CONCESSIONÁRIA deverá estabelecer o ICMBio como cossegurado de todos os seguros, de acordo com a característica, finalidade e titularidade dos bens envolvidos.

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18.6. A CONCESSIONÁRIA deverá encaminhar ao ICMBio, com antecedência mínima de 10 (dez) dias de seu vencimento, a comprovação de que as apólices dos seguros foram renovadas.

18.6.1. Caso a CONCESSIONÁRIA não comprove a renovação das apólices no prazo previsto neste Contrato, o ICMBio poderá contratar os seguros e cobrar da CONCESSIONÁRIA o valor total do prêmio, sem prejuízo das sanções contratuais cabíveis.

18.6.1.1. Permanecerá a CONCESSIONÁRIA responsável pelas obrigações contratuais, independentemente da opção do ICMBio pela contratação ou não dos seguros.

18.7. A CONCESSIONÁRIA deverá apresentar ao ICMBio, antes do início de cada uma das fases de realização do objeto e na ocorrência de um novo ciclo de investimentos, a comprovação de que as apólices dos seguros exigidos na presente seção encontram-se em vigor.

CAPÍTULO 19 - DA GARANTIA DE EXECUÇÃO CONTRATUAL

19.1. Como Garantia Integral (GI) de todas as obrigações assumidas, a Concessionária prestará, no prazo de 30 (trinta) dias da assinatura do instrumento contratual, prorrogáveis mediante justificativa, garantia no valor correspondente a 5% (cinco por cento) do Valor Total do Contrato (valor dos investimentos somado ao valor da outorga devida ao Poder Concedente, para todo o prazo da concessão, estimados no Estudo de Viabilidade Econômico-Financeira – EVE apresentado pelo Poder Concedente), conforme o disposto no art. 56, §2°, da Lei n° 8.666/93.

19.1.1. A garantia a ser prestata será proporcionalmente reduzido na medida em que o objeto do contrato for executado, percentualmente, com adicional de 5% (cinco por cento), até o limite de 20% (vinte porcento) da Garantia Integral (GI), calculado a partir das seguintes expressões matemáticas:

SE (% de execução financeira) < 80%, ENTÃO:

Garantia a ser prestada = [(100% – (% de execução financeira) x 1,05] * GI

SE (% de execução financeira) > 80%, ENTÃO:

Garantia a ser prestada = 20% * GI

19.1.2. As reduções do valor da garantia ocorrerão a cada 12 (doze) meses, a partir da data da primeira garantia, quando se fará a renovação da garantia vigente.

19.1.3. Quando da renovação da garantia contratual, a Concessionária deverá comprovar o que foi executado (investimentos mais outorga), solicitando ao Poder Concedente o novo valor base.

19.1.3.1. Em relação aos investimentos, o valor realizado será aquele constante nos documentos de aceite de obras relativos aos 12 (doze) meses anteriores.

19.1.3.2. Em relação a outorga, o valor realizado será o somatório das Guias de Recolhimento da União – GRU referentes aos pagamentos dos 12 (doze) meses anteriores.

19.2. É obrigação da CONCESSIONÁRIA prestar Garantia de Execução Contratual em uma das seguintes modalidades, definida a seu critério, a fim de assegurar o cumprimento das obrigações constantes no presente Contrato:

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19.2.1. caução, em dinheiro ou títulos da dívida pública federal;

19.2.2. seguro-garantia; ou

19.2.3. fiança bancária.

19.3. A CONCESSIONÁRIA se compromete a manter em vigor a Garantia de Execução Contratual nos valores e prazos estabelecidos neste Contrato, sob qualquer uma das formas previstas no item anterior, tendo como beneficiária o ICMBio.

19.4. Fica a CONCESSIONÁRIA obrigada a manter a integridade da Garantia de Execução Contratual durante toda a vigência do Contrato, estando obrigada também, independentemente de prévia notificação para constituição em mora, a:

19.4.1. Renovar o prazo de validade das modalidades que se vencerem na vigência do Contrato, comprovando a sua renovação ao ICMBio em até 30 (trinta) dias antes de seu termo final;

19.4.2. Repor os valores porventura utilizados para cobertura de quaisquer obrigações de pagamento abrangidas pela Garantia de Execução Contratual no prazo de 30 (trinta) dias contados a partir da efetiva utilização, independente de disputa/discussão, judicial ou administrativa, de dolo ou culpa;

19.4.3. Responder pela diferença de valores, na hipótese de a Garantia de Execução Contratual não ser suficiente para cobrir o valor de todas as obrigações de pagamento por ela abrangidas, podendo ser cobrada por todos os meios legais admitidos; e

19.4.4. Submeter à prévia aprovação do ICMBio eventual modificação no conteúdo da carta de fiança ou do seguro-garantia, bem como eventual substituição da Garantia de Execução Contratual por quaisquer das modalidades admitidas.

19.5. A caução em dinheiro deverá ser prestada mediante depósito em conta a ser designada pelo ICMBio.

19.6. A caução em títulos da dívida pública federal deverá ser prestada por títulos emitidos sob a forma escritural, mediante registro em sistema centralizado de liquidação e de custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil e avaliados pelos seus valores econômicos, conforme definido pelo Ministério da Fazenda.

19.7. As cartas de fiança e as apólices de seguro-garantia deverão ter vigência mínima de 1 (um) ano, sendo de inteira responsabilidade da CONCESSIONÁRIA mantê-las em vigor, de forma ininterrupta, durante toda a eficácia da Concessão, devendo para tanto promover as renovações e atualizações que forem necessárias.

19.7.1. A contratação do seguro-garantia deverá ser feita com seguradora e resseguradora autorizadas pela Superintendência de Seguros Privados SUSEP, entidade vinculada ao Ministério da Fazenda.

19.7.2. É vedado o cancelamento da Apólice de Seguro-Garantia por falta de pagamento total ou parcial do prêmio.

19.7.3. Caso venha a ser declarada a caducidade da Concessão, o CONCEDENTE poderá executar a apólice de seguro-garantia para ressarcimento de eventuais prejuízos.

19.7.4. As questões judiciais que se apresentem, entre Seguradora e Segurado, serão resolvidas na jurisdição de domicílio do Segurado.

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19.8. Caso se opte por contratação de fiança bancária, esta deverá: (i) ser apresentada em sua forma original (não serão aceitas cópias de qualquer espécie), (ii) ter seu valor expresso em Reais, (iii) nomear o Poder Concedente como beneficiário, (iv) ser devidamente assinada pelos administradores da instituição financeira fiadora e (v) prever a renúncia ao benefício de ordem.

19.8.1. O Banco Fiador e a Afiançada não poderão alterar qualquer dos termos da Fiança sem a prévia e expressa autorização do CONCEDENTE.

19.8.2. Na hipótese de o CONCEDENTE ingressar em juízo para demandar o cumprimento da obrigação a que se refere a presente Carta de Fiança, fica o Banco Fiador obrigado ao pagamento das despesas judiciais ou extrajudiciais.

19.8.3. A Carta de Fiança deve conter expressamente: (i) o capital social do Banco Fiador; e (ii) declaração que o Banco Fiador está autorizado pelo Banco Central do Brasil a expedir cartas de fiança.

19.9. A Garantia de Execução Contratual poderá ser utilizada nos seguintes casos:

19.9.1. Nas hipóteses em que a CONCESSIONÁRIA não realizar as obrigações previstas no Edital e seus anexos.

19.9.2. Na hipótese de devolução de Bens Reversíveis em desconformidade com as exigências estabelecidas no Contrato.

19.9.3. Nas hipóteses em que a CONCESSIONÁRIA não proceder ao pagamento das multas que lhe forem aplicadas, na forma do Contrato e de normas do ICMBio.

19.9.4. Nas hipóteses em que a CONCESSIONÁRIA não efetuar, no prazo devido, o pagamento de outras indenizações ou obrigações pecuniárias devidas ao CONCEDENTE em decorrência do Contrato, ressalvados os tributos.

19.10. Se, após transcurso dos prazos previstos no Contrato, a CONCESSIONÁRIA ainda não tiver sanado todas as irregularidades relacionadas à Garantia de Execução Contratual, o CONCEDENTE poderá contratar a Garantia de Execução Contratual em lugar e às expensas da CONCESSIONÁRIA, sem prejuízo da aplicação da penalidade.

CAPÍTULO 20 - DA ALOCAÇÃO DOS RISCOS E DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO CONTRATO

Seção 12.a – Da alocação dos Riscos

20.1. Os riscos decorrentes da execução da Concessão serão alocados ao CONCEDENTE, à CONCESSIONÁRIA, ou compartilhado por ambos, consoante aos parâmetros definidos no Apêndice 2 – Matriz de Risco, do Projeto Básico, Anexo I do Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio.

20.2. Salvo os riscos expressamente alocados ao CONCEDENTE, a CONCESSIONÁRIA é exclusiva e integralmente responsável por todos os demais riscos relacionados à presente Concessão.

20.3. A CONCESSIONÁRIA declara:

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20.3.1. ter pleno conhecimento da natureza e extensão dos riscos por ela assumidos no Contrato; e

20.3.2. ter levado tais riscos em consideração na formulação de sua Proposta e assinatura do Contrato de Concessão.

20.4. A CONCESSIONÁRIA não fará jus à recomposição do equilíbrio econômico-financeiro para os riscos assumidos expressamente, constantes no Apêndice 2 – Matriz de Risco, do Projeto Básico, Anexo I do Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio.

Seção II - 14.2. Do Equilíbrio Econômico-Financeiro do Contrato

20.5. Sempre que atendidas as condições do Contrato e respeitada a alocação de riscos nele estabelecida, considera-se mantido seu equilíbrio econômico-financeiro.

20.6. O equilíbrio econômico-financeiro do Contrato será preservado por meio de mecanismos de reajuste e de revisão.

Subseção I – Da Revisão dos Parâmetros da Concessão

20.7. A critério do CONCEDENTE, podem ocorrer Revisões dos Parâmetros da Concessão a cada 5 (cinco) anos do período da Concessão.

20.8. A Revisão dos Parâmetros da Concessão tem como objetivo promover a modernização do Contrato em vista do advento de inovações tecnológicas ou inovações relacionadas à gestão contratual.

20.9. Cabe ao CONCEDENTE avaliar e decidir sobre a proposta de Revisão dos Parâmetros da Concessão apresentada pela CONCESSIONÁRIA.

Subseção II – Da Revisão Extraordinária

20.10. Os procedimentos de Revisão Extraordinária objetivam a recomposição do equilíbrio econômico-financeiro do Contrato, a fim de compensar as perdas ou ganhos da CONCESSIONÁRIA, devidamente comprovados, em virtude da ocorrência dos eventos relacionados aos riscos do CONCEDENTE, desde que impliquem alteração relevante dos custos ou da receita da CONCESSIONÁRIA.

20.11. A Revisão Extraordinária ocorrerá de ofício ou mediante solicitação da CONCESSIONÁRIA.

20.11.1. O procedimento de Revisão Extraordinária iniciado pelo CONCEDENTE deverá ser objeto de comunicação à CONCESSIONÁRIA.

20.11.2. A ausência de manifestação da CONCESSIONÁRIA no prazo consignado na comunicação, que não poderá ser inferior a 30 (trinta) dias, será considerada como concordância em relação ao mérito da proposta de Revisão Extraordinária do CONCEDENTE.

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20.12. O pedido de Revisão Extraordinária formulado pela CONCESSIONÁRIA deverá ser instruído com todos os documentos necessários à demonstração do cabimento do pleito.

20.12.1. A instrução deverá incluir relatório técnico ou laudo pericial que demonstre o impacto financeiro, verificado ou projetado, em decorrência do evento.

20.12.2. O CONCEDENTE poderá requisitar outros documentos, assim como relatórios, laudos, pareceres e estudos específicos, elaborados por entidades independentes contratadas pela CONCESSIONÁRIA a pedido do CONCEDENTE.

20.13. Todos os custos com diligências e estudos necessários à plena instrução do pedido da Revisão Extraordinária correrão por conta da CONCESSIONÁRIA, ainda que decorrentes de determinações do CONCEDENTE.

20.14. Caso o evento enseje necessidade de investimentos ou serviços que envolvam a realização de obras, a CONCESSIONÁRIA deverá solicitar autorização prévia do ICMBio antes do início da execução de tais investimentos.

20.14.1. A solicitação de autorização prévia deve conter, pelo menos: (i) os documentos necessários à demonstração do cabimento do pleito, (ii) o projeto, (iii) a estimativa de custos e prazos para a execução das obras e serviços, (iv) o plano de realização do investimento de forma a demonstrar sua viabilidade técnica e ambiental e, (v) os custos para o desenvolvimento do Projeto Básico e das demais licenças necessárias para o início da execução dos investimentos.

20.14.1.1. Na análise do pedido de autorização prévia, o ICMBio considerará, além da suficiência dos documentos apresentados, a presença dos requisitos de admissibilidade do pedido de Revisão Extraordinária.

20.15. Expedida a autorização prévia pelo ICMBio, a CONCESSIONÁRIA deverá apresentar o Projeto Básico e, quando aplicável, empreender as ações necessárias ao Licenciamento Ambiental e à obtenção das demais licenças requisitadas para o início da execução dos investimentos.

20.15.1. O Projeto Básico deverá conter todos os elementos necessários à precificação do investimento e às estimativas do impacto da obra sobre os custos e as receitas da CONCESSIONÁRIA, segundo as melhores práticas e critérios de mercado, de acordo com as normas técnicas e diretivas eventualmente estabelecidas pelo ICMBio sobre o assunto.

20.15.2. O Projeto Básico deverá incluir o orçamento analítico detalhado, os cronogramas físico e físico- financeiro, o caderno de encargos, o memorial descritivo e o plano de execução das obras e serviços. Concluída a instrução, o CONCEDENTE decidirá sobre a autorização para execução dos investimentos.

20.16. A autorização de execução do Projeto Básico pelo CONCEDENTE não exclui a possibilidade de sua alteração posterior para eventual adequação aos requisitos constantes no Contrato, legislação e regulamentação do setor.

20.16.1. A CONCESSIONÁRIA deverá submeter ao CONCEDENTE todas as alterações do Projeto Básico, posteriores à sua autorização de execução inicial, para fins de análise e nova autorização.

20.17. O CONCEDENTE estabelecerá valor de referência a ser considerado para efeito de recomposição do equilíbrio econômico-financeiro.

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20.18. Os investimentos realizados sem a obtenção das respectivas autorizações não ensejarão recomposição do equilíbrio econômico-financeiro.

20.19. A critério do CONCEDENTE, a CONCESSIONÁRIA poderá receber permissão, parcial ou integral, para execução do investimento, independente da emissão da autorização prévia ou da análise do projeto básico.

20.20. Na hipótese de novos investimentos ou serviços solicitados pelo CONCEDENTE e não previstos no Contrato, o CONCEDENTE poderá requerer à CONCESSIONÁRIA, previamente ao processo de recomposição do equilíbrio econômico-financeiro, a elaboração do projeto básico das obras e serviços, não se aplicando, neste caso, o instituto da autorização prévia.

20.21. Cabe ao CONCEDENTE a prerrogativa de escolher, dentre as medidas abaixo elencadas, individual ou conjuntamente, a forma pela qual será implementada a recomposição do equilíbrio econômico-financeiro:

20.21.1. alteração do valor da outorga;

20.21.2. alteração das obrigações contratuais da CONCESSIONÁRIA; ou

20.21.3. outra forma definida de comum acordo entre o CONCEDENTE e a CONCESSIONÁRIA.

20.22. Nos processos de reequilíbrio referentes a investimentos, a CONCESSIONÁRIA deverá comprovar que o custo dos projetos e estudos a serem considerados para efeito de recomposição do equilíbrio econômico-financeiro está baseado em valores de mercado, podendo o CONCEDENTE estabelecer valor limite diverso.

20.23. Para a concessão de reequilíbrio econômico-financeiro oriundo de alteração legislativa tributária, faz-se necessária a demonstração, por parte da CONCESSIONÁRIA, da efetiva relevância das alterações nos custos.

CAPÍTULO 21 - DAS PENALIDADES ADMINISTRATIVAS

21.1. Caberá ao ICMBio, sempre que verificada a ocorrência de indícios de infração às cláusulas contidas no presente Contrato e seus anexos, no Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio e seus anexos, bem como à regulamentação editada para discipliná-las, instaurar processo administrativo para apuração de eventuais irregularidades praticadas pela CONCESSIONÁRIA, respeitados o contraditório e a ampla defesa.

21.1.1. O processo administrativo de que trata este item terá início com o documento de comunicação da irregularidade à CONCESSIONÁRIA, nos termos da legislação vigente, e poderá ensejar, sem prejuízo das penalidades administrativas previstas na legislação específica, a aplicação das seguintes penalidades contratuais:

21.1.1.1. advertência;

21.1.1.2. multa;

21.1.1.3. suspensão do direito de participar de licitações e contratar com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio; e

21.1.1.4. declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública.

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21.2. As penalidades serão aplicadas mediante decisão fundamentada do ICMBio, assegurado à CONCESSIONÁRIA o direito ao contraditório, à ampla defesa e ao devido processo legal, nos termos da regulamentação vigente.

21.3. O cumprimento das penalidades impostas pelo ICMBio não exime a CONCESSIONÁRIA do fiel cumprimento das obrigações e responsabilidades previstas no Contrato, bem como da reparação de eventuais perdas e danos causados ao ICMBio, a seus empregados, aos usuários ou a terceiros, em decorrência das atividades relacionadas com a Concessão.

Seção I – Da Advertência

21.4. A penalidade de advertência poderá ser aplicada em razão do cometimento de infração contratual cujo valor da penalidade de multa estipulada não ultrapasse a quantia equivalente a 1,5% do Valor Total do Contrato, nos termos do Apêndice 3 – Procedimentos e parâmetros para aplicação de multas, do Projeto Básico, Anexo I do Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio, e conforme os parâmetros nele contidos, nas seguintes hipóteses:

21.4.1. A critério do ICMBio, quando aplicável; e

21.4.2. Quando solicitada formalmente pela CONCESSIONÁRIA, no prazo definido para apresentação da defesa no processo administrativo, mediante admissão da falta e comprovação de adoção das medidas necessárias à sua efetiva correção, resultando na cessação da infração até a data da solicitação.

21.5. Excetuam-se da possibilidade de advertência as hipóteses em que seja verificada reincidência específica na infração, praticada nos últimos 3 (três) anos, contados da data de ocorrência do fato em apuração.

21.5.1. Considera-se reincidência específica o cometimento de infração relacionada com o mesmo item contratual ou de norma regulamentar descumprida.

Seção II – Da Multa

21.6. Por descumprimento das obrigações contratuais, o ICMBio poderá aplicar multas, conforme procedimentos, definições e valores descritos no Apêndice 3 – Procedimentos e parâmetros para aplicação de multas, do Projeto Básico, Anexo I do Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio.

21.7. A multa poderá ter aplicação cumulativa com as demais sanções previstas neste Contrato.

Seção III – Da Suspensão do Direito de Participar de Licitações e de Contratar com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio

21.8. A suspensão do direito de participar de licitações e de contratar com o ICMBio se dará no caso de práticas reiteradas de infrações contratuais ou regulamentares, incluindo aquelas que ensejam aplicação de pena, além das situações previstas na legislação e nas normas aplicáveis, destacando-se aquelas previstas na Lei nº 8.666/1993.

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Seção IV – Da Declaração de Inidoneidade para Licitar ou Contratar com a Administração Pública

21.9. Pela inexecução parcial ou total do Contrato, restará a CONCESSIONÁRIA sujeita à declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública, observadas as disposições legais aplicáveis.

21.9.1. A inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública se estenderá enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante o CONCEDENTE.

Seção V – Das Medidas Acautelatórias

21.10. A imposição das penalidades à CONCESSIONÁRIA não afasta a possibilidade de aplicação de medidas acautelatórias pelo ICMBio, visando preservar a integridade física ou patrimonial de terceiros e de bens integrantes da concessão, reversíveis à União ao término da mesma, tais quais: detenção de bens, equipamentos e materiais, interdição de instalações, apreensão, embargos de obras, além de outras medidas previstas na legislação e regulamentação do setor.

CAPÍTULO 22 - DOS CRITÉRIOS DE SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL

22.1. A CONCESSIONÁRIA deverá, no desempenho de suas atividades e realização dos serviços:

22.1.1. Contribuir para a promoção do desenvolvimento nacional sustentável no cumprimento de diretrizes e critérios de sustentabilidade ambiental, de acordo com o art. 225 da Constituição Federal/88, e em conformidade com art. 3º da Lei nº 8.666/93.

22.1.2. Atentar-se as determinações da Lei nº 12.305/10 (Política Nacional de Resíduos Sólidos) das Normas Técnicas, especialmente seu art. 7o, inc. XI; a Lei nº 12.187/09 (Política Nacional sobre Mudança do Clima) no que couber; o Decreto N. 7.404/10 (arts. 5 a 7); a Instrução Normativa SLTI/MP no 01/10 (Critérios de sustentabilidade ambiental na aquisição de bens, contratação de serviços ou obras pela Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional); a Instrução Normativa SLTI/MP nº 02/2014 (Aquisição ou locação de máquinas e aparelhos consumidores de energia pela Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, dentre outros normativos, conforme a contratação que se pretende além de outras normas técnicas relativas a sustentabilidade.

22.1.3. Observar que o uso de veículos no âmbito da Administração deverá cumprir os dispositivos legais de proteção ao meio ambiente, para uso de unidades movidas a combustíveis renováveis, de acordo com critérios econômicos e técnicos, conforme estabelece a Lei 9.660, de 16 de junho de 1998.

22.1.4. Observar e zelar para que os produtos/materiais e peças não contenham substancias perigosas em concentração acima da recomendada na diretiva RoHS (Restriction of Certain Hazardous Substances), tais como mercúrio, chumbo, cromo hexavalente, cádmio, bifenil-polibromados, éteres difenil-polibromados, conforme disposto no Inciso IV do art. 5º da IN/SLTI/MPOG nº 01/10.

22.1.5. Aplicar as normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT NBR, referente ao uso de materiais atóxicos, biodegradáveis e recicláveis, no correspondente a previsto no Projeto Básico, Anexo I ao Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio.

22.1.6. Orientar seus empregados para colaborar de forma efetiva no desenvolvimento das atividades de programas de separação de resíduos sólidos, e resíduos recicláveis descartados, em recipientes para

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coleta seletiva nas cores internacionalmente identificadas, de acordo coma Lei nº 12.305/10 e Decreto nº 5.940/06. Dê preferência a embalagens reutilizáveis ou biodegradáveis.

22.1.7. Visar economia na utilização de máquinas, serviços/materiais e ferramentas contribuindo para a redução do consumo de energia, bem como na utilização de tecnologias e materiais que reduzam o impacto ambiental, bem como evitar o uso de extensões elétricas, em conformidade com a Lei de Eficiência Energética nº 10.295/01.

22.1.8. Atuar em observância ao Decreto nº 4.131/02, Portarias INMETRO nº 289/06 e nº 243/09.

22.1.9. Utilizar produtos de limpeza e conservação de superfícies e objetos inanimados que obedeçam às classificações e especificações determinadas pela ANVISA, e prever a destinação ambiental adequada de pilhas e baterias usadas inservíveis, pois seus resíduos são utilizados para fabricação de vidros, tintas, cerâmicas, e segundo disposto na Resolução CONAMA nº 257, de 30/06/99.

22.1.10. Fornecer aos empregados os serviços/materiais de segurança necessários à execução dos serviços e realizar programas internos de treinamento de seus empregados, durante a execução contratual, para as práticas de sustentabilidade, observadas as normas ambientais vigentes.

22.2. A CONCESSIONÁRIA deverá adotar como boas práticas na prestação dos serviços a serem desempenhados por intermédio de seus profissionais nas atividades diárias e nas atividades empresariais:

22.2.1. A otimização de recursos materiais.

22.2.2. A redução de desperdícios materiais, energia e água por parte de seus profissionais no desempenho das atividades diárias.

22.2.3. Elaborar e manter um programa intenso de treinamento de seus empregados para redução de consumo de energia elétrica, consumo de água e redução de produção de resíduos sólidos, observadas as normas ambientais vigentes.

22.2.4. Receber, do CONCEDENTE, informações a respeito dos programas de uso racional dos recursos que impactem o meio ambiente e, no caso das unidades de conservação, cópia dos seus respectivos planos de manejo.

22.2.5. Responsabilizar-se pelo preenchimento do “Formulário de Ocorrências para Manutenção”, a ser fornecido pelo Poder Concedente, a fim de informar prováveis e reais ocorrências. Exemplo de ocorrências mais comuns e que devem ser apontadas são: vazamentos nas torneiras ou nos lavatórios; lâmpadas queimadas ou piscando; fios desencapados; janelas, fechaduras ou vidros quebrados; aparelhos eletrônicos ligados e que estejam em desuso, entre outras.

22.2.6. Racionalização/economia no consumo de energia (especialmente elétrica) e água.

22.2.7. Destinação adequada dos resíduos gerados nas atividades diárias.

22.2.8. Instruir os profissionais quanto ao cumprimento da coleta seletiva e do Programa de Coleta Seletiva de Resíduos Sólidos adotado por este ICMBio, em especial aos recipientes adequados para a coleta seletiva, disponibilizados nas dependências dos seus Órgãos e Unidades Descentralizadas.

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CAPÍTULO 23 - DA TRANSFERÊNCIA DA CONCESSÃO E DO CONTROLE SOCIETÁRIO

23.1. Durante todo o prazo da Concessão, a CONCESSIONÁRIA não poderá realizar qualquer modificação direta ou indireta no seu controle societário ou transferir a Concessão sem a prévia e expressa anuência do ICMBio.

23.2. Para a transferência do controle societário ou da Concessão, a CONCESSIONÁRIA deverá apresentar ao ICMBio requerimento indicando e comprovando os requisitos de qualificação jurídica, fiscal, técnica e econômica das pessoas jurídicas interessadas, necessárias à assunção da Concessão, bem como demonstrando o compromisso em cumprir todas as cláusulas do Contrato.

23.2.1. O ICMBio autorizará ou não o pedido da CONCESSIONÁRIA por meio de ato devidamente motivado.

CAPÍTULO 24 - DA INTERVENÇÃO

24.1. O ICMBio poderá, sem prejuízo das penalidades cabíveis e das responsabilidades incidentes, em caráter excepcional, intervir na Concessão para assegurar a adequação na prestação dos serviços, bem como o fiel cumprimento pela CONCESSIONÁRIA das disposições contratuais, legais e decorrentes de normas pertinentes, quando considerar que tais descumprimentos afetem substancialmente a capacidade da CONCESSIONÁRIA na execução dos serviços previstos neste Contrato.

24.2. A intervenção será decretada pelo ICMBio, que designará o interventor, o prazo de duração, os objetivos e os limites da medida.

24.3. No prazo de 30 (trinta) dias contados da declaração de intervenção, o ICMBio deverá instaurar o competente procedimento administrativo para comprovar as causas determinantes da medida e apurar responsabilidades, assegurando à CONCESSIONÁRIA o direito ao contraditório e à ampla defesa.

24.4. Será declarada nula a intervenção se ficar comprovado que não foram observados os pressupostos legais e decorrentes de normas para sua decretação, devendo o serviço e os bens vinculados à Concessão retornar imediatamente à CONCESSIONÁRIA, sem prejuízo da prestação de contas por parte do interventor e da recomposição do equilíbrio econômico-financeiro do contrato para indenização porventura cabível.

24.5. Caberá ao interventor decidir pela manutenção ou não dos pagamentos decorrentes das obrigações contraídas pela CONCESSIONÁRIA anteriormente à intervenção, tendo em vista a necessidade de continuidade da prestação do serviço concedido.

24.6. Se as receitas da Concessão não forem suficientes para cobrir as despesas necessárias à continuidade do serviço concedido, o ICMBio poderá executar a Garantia de Execução Contratual para obter os recursos faltantes.

24.7. Caso a garantia não seja suficiente, a CONCESSIONÁRIA deverá ressarcir o ICMBio, no prazo máximo de 90 (noventa) dias contados da requisição nesse sentido.

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24.8. Como resultado da intervenção poderá ser considerada extinta a Concessão, obedecendo-se ao disposto nos itens seguintes e aplicando-se as penalidades cabíveis.

CAPÍTULO 25 - DA EXTINÇÃO DA CONCESSÃO

25.1. A Concessão considerar-se-á extinta, observadas as normas legais específicas, quando ocorrer:

25.1.1. término do prazo do contrato;

25.1.2. encampação;

25.1.3. caducidade;

25.1.4. rescisão;

25.1.5. anulação; ou

25.1.6. falência ou extinção da CONCESSIONÁRIA.

25.2. Além das hipóteses previstas no item anterior, a ocorrência de caso fortuito ou força maior, regularmente comprovado e impeditivo da execução do Contrato, poderá ensejar a extinção da concessão.

25.3. No caso de extinção da Concessão, o ICMBio poderá:

25.3.1. assumir a prestação do serviço concedido, no local e no estado em que se encontrar;

25.3.2. ocupar e utilizar os locais, instalações, equipamentos, materiais e recursos humanos empregados na execução do serviço, necessários à sua continuidade;

25.3.3. aplicar as penalidades cabíveis, principalmente pela reversão de bens de acordo com o disposto no Edital e seus anexos; e

25.3.4. reter e executar as garantias contratuais, para recebimento de multas administrativas e ressarcimento de prejuízos causados pela CONCESSIONÁRIA.

25.4. Durante a vigência do Contrato, o ICMBio e terceiros por ele autorizados poderão realizar estudos e visitas técnicas que visem à promoção ou prosseguimento de novos procedimentos licitatórios.

25.5. Dois anos antes do término do prazo de vigência do Contrato, a CONCESSIONÁRIA deverá apresentar ao ICMBio a documentação técnica e administrativa, bem como as orientações operacionais necessárias para a continuidade da prestação dos serviços.

25.6. Ao término da Concessão, o ICMBio irá vistoriar os imóveis, infraestruturas, instalações e espaços vinculados aos serviços concessionados na Floresta Nacional de Canela e lavrar o Termo de Vistoria.

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25.7. Extinta a Concessão, retornam automaticamente ao ICMBio os equipamentos, instalações e outros bens, direitos e privilégios vinculados ao serviço concedido, nos termos do Edital e seus anexos, observada a legislação vigente.

25.8. Na extinção da Concessão, os bens a serem revertidos ao ICMBio deverão estar livres e desembaraçados de quaisquer ônus ou encargos.

25.9. Em qualquer caso de extinção da Concessão, a CONCESSIONÁRIA deverá elaborar um inventário completo de todos os bens vinculados à Concessão e entregar ao ICMBio no prazo solicitado.

Seção I – Do Término do Prazo do Contrato

25.10. O término da vigência contratual implicará, de pleno direito, a extinção da Concessão.

25.11. A CONCESSIONÁRIA deverá tomar todas as medidas razoáveis e cooperar plenamente com o ICMBio para que os serviços objeto da Concessão continuem a ser prestados ininterruptamente, bem como prevenir e mitigar qualquer inconveniência ou risco aos visitantes e aos funcionários do Floresta Nacional de Canela.

25.12. Até 2 (dois) anos antes da data do término de vigência da Concessão, a CONCESSIONÁRIA apresentará um plano de transição da concessão, quando couber.

25.13. Ao termo da concessão ocorrerá a reversão para o ICMBio dos bens vinculados a ela, e esta se dará sem direito a qualquer indenização para a CONCESSIONÁRIA.

Seção II – Da Encampação

25.14. Para atender ao interesse público, mediante lei autorizativa específica, o ICMBio poderá retomar a Concessão, após assegurar o prévio pagamento de indenização composta das seguintes parcelas:

25.14.1. saldo devedor atualizado vencido e vincendo de quaisquer financiamentos contraídos pela CONCESSIONÁRIA para a realização dos investimentos previstos no Projeto Básico, incluindo principal e juros;

25.14.2. investimentos que tenham sido realizados com capital próprio para o cumprimento das obrigações contratuais ainda não amortizados ou depreciados; e

25.14.3. custo de desmobilização, incluindo o valor de todos os encargos e ônus decorrentes de multas, rescisões e indenizações devidas a empregados, fornecedores e outros terceiros credores da CONCESSIONÁRIA, a qualquer título.

25.15. As multas, indenizações e quaisquer outros valores devidos pela CONCESSIONÁRIA serão descontados da indenização prevista para o caso de encampação, até o limite do saldo devedor dos financiamentos contraídos pela CONCESSIONÁRIA para cumprir as obrigações de investimento previstas no Contrato.

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Seção III – Da Caducidade

25.16. A caducidade da Concessão poderá ser declarada nos casos enumerados na Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, e suas modificações.

25.17. Considera-se passível de decretação de caducidade, na hipótese prevista no art. 38, §1º, II, da Lei nº 8.987/1995, o descumprimento de obrigações contratuais, legais e decorrentes de normas que possam ter grave impacto negativo na prestação adequada do serviço concedido, destacando-se a reiteração ou o prolongamento dos seguintes descumprimentos contratuais:

25.17.1. não manutenção da vigência dos seguros exigidos pelo Contrato;

25.17.2. não manutenção da integridade da Garantia de Execução Contratual, conforme previsto neste contrato;

25.17.3. fraude comprovada no cálculo do pagamento da Contribuição Variável, especialmente pela redução artificial da base de cálculo, ocasionada, dentre outras hipóteses, pela alteração de dados contábeis da CONCESSIONÁRIA e pela contratação de preços artificialmente reduzidos com terceiros.

25.18. O ICMBio poderá promover a declaração de caducidade da Concessão, que será precedida do competente processo administrativo para verificação da inadimplência parcial ou total, assegurando-se à CONCESSIONÁRIA direito à ampla defesa e ao contraditório.

25.19. A instauração do processo administrativo para declaração da caducidade será precedida de comunicação à CONCESSIONÁRIA, apontando a situação de inadimplência e concedendo prazo razoável, não inferior a 30 (trinta) dias, para sanar as irregularidades.

25.20. Antes da declaração da caducidade, o ICMBio encaminhará uma notificação aos Financiadores para que se manifestem em prazo não inferior a 30 (trinta) dias sobre a intenção de assumir a Concessão.

25.21. A indenização devida à CONCESSIONÁRIA em caso de caducidade se restringirá ao valor dos investimentos vinculados a Bens Reversíveis ainda não amortizados, descontados:

25.21.1. os prejuízos causados pela CONCESSIONÁRIA em decorrência do descumprimento de obrigações contratuais e os valores devidos pela CONCESSIONÁRIA à União e ao ICMBio;

25.21.2. as multas contratuais aplicadas à CONCESSIONÁRIA que não tenham sido pagas até a data do pagamento do montante da indenização; e

25.21.3. quaisquer valores recebidos pela CONCESSIONÁRIA a título de cobertura de seguros relacionados aos eventos ou circunstâncias que ensejaram a declaração de caducidade.

25.22. A declaração de caducidade acarretará, ainda:

25.22.1. a execução da Garantia de Execução do Contrato; e

25.22.2. retenção de eventuais créditos decorrentes do Contrato, até o limite dos prejuízos causados ao CONCEDENTE.

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25.23. A declaração da caducidade não acarretará para o CONCEDENTE qualquer espécie de responsabilidade em relação a ônus, encargos, obrigações ou compromissos com terceiros assumidos pela CONCESSIONÁRIA, notadamente em relação a obrigações de natureza trabalhista, tributária e previdenciária.

Seção IV – Da Rescisão

25.24. O contrato de concessão poderá ser rescindido por iniciativa da CONCESSIONÁRIA, no caso de descumprimento das normas contratuais pelo CONCEDENTE, mediante ação judicial especialmente intentada para esse fim.

25.25. A CONCESSIONÁRIA somente poderá se desvincular das obrigações assumidas no Contrato, inclusive quanto à continuidade da prestação do serviço, no caso de inadimplência do CONCEDENTE, após o trânsito em julgado da decisão judicial que decretar a rescisão do Contrato.

25.26. A indenização devida à CONCESSIONÁRIA, no caso de rescisão judicial do Contrato por culpa do CONCEDENTE, será equivalente à encampação e calculada na forma prevista neste Contrato.

25.27. O Contrato também poderá ser rescindido por consenso entre as partes, que compartilharão os gastos e despesas relacionados.

Seção V – Da Anulação

25.28. O Contrato somente poderá ser anulado nos termos da lei observando-se os princípios do contraditório e da ampla defesa.

25.29. Caso a CONCESSIONÁRIA não tenha dado causa à anulação, a indenização devida será equivalente à encampação e calculada na forma prevista neste Contrato.

25.30. Caso a CONCESSIONÁRIA tenha dado causa à anulação, a indenização devida será equivalente à prevista para a hipótese de caducidade.

Seção VI – Da Falência ou Da Extinção da Concessionária

25.31. Na hipótese de extinção do Contrato por falência ou extinção da CONCESSIONÁRIA, eventual indenização devida à CONCESSIONÁRIA será calculada e paga conforme os critérios previstos para a caducidade da Concessão.

25.32. Não será realizada partilha do eventual acervo líquido da CONCESSIONÁRIA extinta entre seus acionistas antes do pagamento de todas as obrigações perante o CONCEDENTE, e sem a emissão de Termo de Vistoria pelo ICMBio que ateste o estado em que se encontram os bens vinculados à Concessão.

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CAPÍTULO 26 - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Seção I – Da Documentação Técnica

26.1. Todos os projetos e documentação técnica, relacionados com as especificações técnicas previstas no Contrato e Anexos, serão entregues ao ICMBio, respeitados os direitos de propriedade industrial.

26.2. A documentação técnica apresentada à CONCESSIONÁRIA é de propriedade do ICMBio, sendo vedada sua utilização pela CONCESSIONÁRIA para outros fins que não os previstos no Contrato.

26.2.1. A CONCESSIONÁRIA deverá manter rigoroso sigilo a respeito da documentação assim recebida.

Seção II – Da Propriedade Intelectual

26.3. A CONCESSIONÁRIA cede, gratuitamente, ao CONCEDENTE, todos os projetos, planos, plantas, documentos, sistemas e outros materiais corpóreos ou não, que se revelem necessários ao desempenho das funções que incubem ao Poder Concedente ou ao exercício dos direitos que lhe assistem, nos termos do Contrato, e que tenham sido especificamente adquiridos ou elaborados no desenvolvimento de atividades integradas na Concessão.

26.4. Os direitos de propriedade intelectual sobre os estudos e projetos elaborados para os fins específicos das atividades integradas serão transmitidos gratuitamente ao ICMBio ao final da Concessão.

Seção III – Do Foro

26.5. Fica desde já eleito o Foro da Seção Judiciária do Distrito Federal Justiça Federal para dirimir quaisquer controvérsias relativas ao presente Contrato.

26.6. E, por se acharem justas e contratadas, firmam as Partes o presente Contrato nas vias de início referidas, que serão destinadas a cada um dos signatários, tudo perante as testemunhas abaixo:

PAULO HENRIQUE MAROSTEGAN E CARNEIRO

Concedente

REPRESENTANTE

Concessionária

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Anexo III – Modelo de Procuração

PROCURAÇÃO

Pelo presente instrumento de mandato, [Proponente], [qualificação], doravante denominada "Outorgante", nomeia e constituem seus bastantes procuradores, os Srs. ..............................., [qualificação], para, em conjunto ou isoladamente, independentemente da ordem de nomeação, praticar os seguintes atos na República Federativa do Brasil, em Juízo e fora dele:

a) Representar a Outorgante perante quaisquer entidades, órgãos ou departamentos governamentais, sociedades abertas ou fechadas e quaisquer agências governamentais, autarquias federais, incluindo o ICMBio, vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, para estabelecer e manter entendimentos com referidas entidades públicas, agências, órgãos ou departamentos, para receber citação e notificação de qualquer natureza, para requerer e/ou promover consultas, para requerer certificados e outros documentos e para praticar os atos necessários durante a realização do certame licitatório descrito no Edital de Concessão nº NN/NNNN - ICMBio, inclusive para interpor recursos e renunciar ao direito de interpor recursos;

b) Assumir compromissos e/ou obrigações em nome da Outorgante e de qualquer forma contratar, fazer acordos, dar e receber quitação em nome da Outorgante;

c) Representar a Outorgante na defesa de seus interesses em Juízo, em qualquer instância e perante qualquer Juízo ou Tribunal, inclusive mediante a contratação de advogados, com poderes especiais para confessar, transigir, desistir, fazer acordos, dar e receber quitação; e (d) A seu critério, substabelecer, no todo ou em parte, com reserva de poderes, qualquer dos poderes aqui conferidos, nas condições que julgar ou que julgarem apropriadas.

Esta procuração tem prazo de validade indeterminado.

Brasília/DF, ____ de _____________ de NNNN.

[Licitante]

[representante legal]

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Anexo IV – Modelo de Procuração (Proponentes em Consórcio)

MODELO DE PROCURAÇÃO (PROPONENTES EM CONSÓRCIO)

Pelo presente instrumento de mandato, [Consorciada], [qualificação], doravante denominada "Outorgante", nomeia e constitui, de modo irrevogável e irretratável, sua bastante procuradora, a empresa [qualificação], líder do Consórcio [Nome do Consórcio], [qualificação], para praticar os seguintes atos ou outorgá-los a representantes credenciados, mediante procuração específica:

1. representar a Outorgante perante quaisquer entidades, órgãos ou departamentos governamentais, sociedades abertas ou fechadas e quaisquer agências governamentais, autarquias federais, incluindo o ICMBio, vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, para estabelecer e manter entendimentos com referidas entidades, agências, órgãos ou departamentos, para receber citação, notificação e intimação de qualquer natureza, para requerer e/ou promover consultas, para requerer certificados e outros documentos e para praticar os atos necessários durante a realização do certame licitatório descrito no Edital de Concorrência, inclusive para interpor recursos e renunciar ao direito de interpor recursos;

2. assumir compromissos e/ou obrigações em nome da Outorgante e de qualquer forma contratar, fazer acordos, renunciar a direitos, dar e receber quitação em nome da Outorgante;

3. representar a Outorgante na defesa de seus interesses em Juízo, em qualquer instância e perante qualquer Juízo ou Tribunal, inclusive mediante a contratação de advogados, com poderes especiais para confessar, transigir, desistir, fazer acordos, dar e receber quitação;

4. receber citação para ações judiciais; e

5. a seu critério, substabelecer, no todo ou em parte, com reserva de poderes, qualquer dos poderes aqui conferidos, nas condições que julgar ou que julgarem apropriadas.

Esta procuração tem prazo de validade durante o procedimento da licitação.

[local], ___ de __________de NNNN

_____________________________

[Proponente]

[representante legal]

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Anexo V – Modelo de Procuração (Proponentes Estrangeiras)

PROCURAÇÃO (PROPONENTE ESTRANGEIRA)

Pelo presente instrumento de mandato, [Proponente], [qualificação], doravante denominada "Outorgante", nomeia e constitui seus bastantes procuradores, os Srs. ____________________, [qualificação], para, em conjunto ou isoladamente, independentemente da ordem de nomeação, praticar os seguintes atos na República Federativa do Brasil, em Juízo e fora dele:

(a) Representar a Outorgante perante quaisquer entidades, órgãos ou departamentos governamentais, sociedades abertas ou fechadas e quaisquer agências governamentais, autarquias federais, incluindo o ICMBio, vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, para estabelecer e manter entendimentos com referidas entidades públicas, agências, órgãos ou departamentos, para receber citação e notificação de qualquer natureza, para requerer e/ou promover consultas, para requerer certificados e outros documentos e para praticar os atos necessários durante a realização do certame licitatório descrito no Edital de Concorrência nº NN/NNNN ICMBio, inclusive para interpor recursos e renunciar ao direito de interpor recursos;

(b) Assumir compromissos e/ou obrigações em nome da Outorgante e de qualquer forma contratar, fazer acordos, dar e receber quitação em nome da Outorgante;

(c) Representar a Outorgante na defesa de seus interesses em Juízo, em qualquer instância e perante qualquer Juízo ou Tribunal, inclusive mediante a contratação de advogados, com poderes especiais para confessar, transigir, desistir, fazer acordos, dar e receber quitação;

(d) Receber citação para ações judiciais; e

(e) A seu critério, substabelecer, no todo ou em parte, com reserva de poderes, qualquer dos poderes aqui conferidos, nas condições que julgar ou que julgarem apropriadas.

Esta procuração tem prazo de validade indeterminado.

[local], ___ de __________de NNNN

_____________________________

[Proponente]

[representante legal]

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Anexo VI – Modelo de Apresentação de Proposta Econômica e Declaração de Elaboração Independente de Proposta

MODELO DE APRESENTAÇÃO DE PROPOSTA ECONÔMICA E DECLARAÇÃO DE ELABORAÇÃO INDEPENDENTE DE PROPOSTA

À Comissão Permanente de Licitação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio,

A Empresa __________________________________inscrita no CNPJ nº ______________, sediada no endereço ___________________________, representada pelo Sr. (a) _______________________, inscrito no CPF nº ___________________em atendimento a Concorrência n° NN/NNNN ICMBio, apresenta a proposta econômica para a execução do objeto abaixo descrito:

ESPECIFICAÇÃO

Concessão de serviços de apoio à visitação, ao turismo ecológico, à interpretação ambiental e à recreação em contato com a natureza na Floresta Nacional de Canela (RS) incluindo os seguintes serviços obrigatórios:

✓ Desenvolvimento de suporte gerencial.

✓ Implantação de sistema de controle de acesso.

✓ Venda de ingressos, com implantação de sistema de gestão, emissão e cobrança dos bilhetes.

✓ Implantação e gestão de instalações, espaços e serviços de controle e cobrança de estacionamentos veiculares.

✓ Implantação e gestão de instalações, espaços e serviços de receptivo.

✓ Implantação e gestão de instalações, espaços e serviços de alimentação e comércio.

✓ Implantação e gestão de instalações, espaços e serviços de hospedagem.

✓ Implantação e gestão de instalações, espaços e serviços de visitação em atrativos turísticos.

✓ Implantação e gestão de instalações, espaços e serviços de apoio a atividade de recreação e aventura.

PERCENTUAL DE OUTORGA APRESENTADO PELO PROPONENTE

NN,NN% (percentual por extenso) sobre a Receita Operacional Bruta – ROB.

DECLARAMOS que, no dimensionamento do percentual de outorga apresentado, foram considerados todos os custos diretos e indiretos, tributos, despesa com contratação de pessoal, materiais de consumo, encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do Contrato.

A validade da proposta é de 120 (cento e vinte) dias corridos, a contar da data de abertura da licitação.

Dados bancários:

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Banco: ____________________________________

Agência: ___________________________________

Conta Corrente nº: ___________________________

Para fins do disposto no Edital em referência, sob as penas da lei, em especial o art. 299 do Código Penal Brasileiro, DECLARAMOS ainda que:

a) elaboramos a proposta econômica de maneira independente, e que seu conteúdo não foi, no todo ou em parte, direta ou indiretamente, informado, discutido com ou recebido de qualquer outro participante potencial ou de fato da presente licitação, por qualquer meio ou por qualquer pessoa;

b) a intenção de apresentar a proposta econômica não foi informada, discutida com ou recebida de qualquer outro participante potencial ou de fato da presente licitação, por qualquer meio ou por qualquer pessoa;

c) não tentamos, por qualquer meio ou por qualquer pessoa, influir na decisão de qualquer outro participante potencial ou de fato da presente licitação quanto a participar ou não dela;

d) o conteúdo da proposta econômica não será, no todo ou em parte, direta ou indiretamente, comunicado a ou discutido com qualquer outro participante potencial ou de fato da presente licitação antes da adjudicação do seu objeto;

e) o conteúdo da proposta econômica não foi, no todo ou em parte, direta ou indiretamente, informado, discutido com ou recebido de qualquer integrante de órgão do Poder Concedente antes da abertura oficial das propostas; e

f) estamos plenamente cientes do teor e da extensão desta declaração e que detemos plenos poderes e informações para firmá-las.

Finalmente, DECLARAMOS que temos pleno conhecimento de todos os aspectos relativos à licitação em causa e concordamos com as condições estabelecidas no Edital e seus Anexos.

Local, _________ de ___________ de NNNN.

______________________________________

Nome e assinatura do Representante Legal

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Anexo VII – Modelo de Carta de Apresentação dos Documentos de Habilitação

[local], ______de _______________ de NNNN

Ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade ICMBio

EQSW 103/104, Bloco C, Complexo Administrativo Setor Sudoeste

Brasília/DF Brasil

CEP 70.670-350

Ref.: Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio – Apresentação dos Documentos de Habilitação

Prezado(a)s Senhor(a)s,

1. (“Proponente”) apresenta anexos os documentos para sua qualificação no certame licitatório, nos termos do Edital em referência.

2. A Proponente declara expressamente que tem pleno conhecimento dos termos do Edital em referência e que os aceita integralmente, em especial, no que tange às faculdades conferidas à Comissão Especial de Licitação de conduzir diligências especiais para verificar a veracidade dos documentos apresentados e buscar quaisquer esclarecimentos necessários para elucidar as informações neles contidas.

3. A Proponente declara expressamente que atendeu a todos os requisitos e critérios para qualificação e apresentou os Documentos de Habilitação, conforme definido no Edital.

4. A Proponente declara, ainda, que os Documentos de Habilitação ora apresentados são completos, verdadeiros e corretos em cada detalhe.

_____________________________________________

[Proponente]

[representante legal]

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Anexo VIII – Modelo de Declaração de Ciência dos Termos do Edital e Ausência de Impedimento de Participação na Concorrência

[local], ______de _______________ de NNNN

Ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade ICMBio

EQSW 103/104, Bloco C, Complexo Administrativo Setor Sudoeste

Brasília/DF Brasil

CEP 70.670-350

Ref.: Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio – Apresentação dos Documentos de Habilitação

Prezado(a)s Senhor(a)s,

Em atendimento ao Edital em referência, a [Proponente], por seu(s) representante(s) abaixo assinado(s), declara, sob as penas da legislação aplicável, que tem ciência dos termos do presente Edital e não está impedida de participar de processos de contratação com o Poder Público.

_____________________________________________

[Proponente]

[representante legal]

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Anexo IX – Modelo de Carta de Declaração de Inexistência de Processo Falimentar, Recuperação Judicial, Extrajudicial ou Regime de Insolvência

[local], ______de _______________ de NNNN

Ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade ICMBio

EQSW 103/104, Bloco C, Complexo Administrativo Setor Sudoeste

Brasília/DF Brasil

CEP 70.670-350

Ref.: Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio – Declaração de inexistência de processo falimentar, recuperação judicial, extrajudicial ou regime de insolvência

Prezado(a)s Senhor(a)s,

Em atendimento ao Edital em referência, a [Proponente], por seu(s) representante(s) abaixo assinado(s), declara, sob as penas da legislação aplicável, por si, por seus sucessores e cessionários, que não se encontra em processo de falência, autofalência, recuperação judicial ou extrajudicial, liquidação judicial ou extrajudicial, insolvência, administração especial temporária ou sob intervenção do órgão fiscalizador competente.

_____________________________________________

[Proponente]

[representante legal]

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Anexo X – Modelo de Declaração Formal de Expressa Submissão à Legislação Brasileira e de Renúncia de Reclamação por via Diplomática

[local], ______de _______________ de NNNN

Ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade ICMBio

EQSW 103/104, Bloco C, Complexo Administrativo Setor Sudoeste

Brasília/DF Brasil

CEP 70.670-350

Ref.: Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio – Declaração Formal de Expressa Submissão à Legislação Brasileira e de Renúncia de Reclamação por Via Diplomática

Prezado(a)s Senhor(a)s,

Em atendimento ao Edital em referência, a [Proponente], por seu(s) representante(s) abaixo assinado(s), declara, para os devidos fins, sua formal e expressa submissão à legislação brasileira e renúncia integral de reclamar, por quaisquer motivos de fato ou de direito, por via diplomática.

_____________________________________________

[Proponente]

[representante legal]

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Anexo XI – Modelo de Declaração de Capacidade Financeira

[local], ______de _______________ de NNNN

Ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade ICMBio

EQSW 103/104, Bloco C, Complexo Administrativo Setor Sudoeste

Brasília/DF Brasil

CEP 70.670-350

Ref.: Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio – Declaração de Capacidade Financeira

Prezado(a)s Senhor(a)s,

Em atendimento ao Edital em referência, a [Proponente], por seu representante legal abaixo assinado, declara, sob as penas da legislação aplicável, que dispõe ou tem capacidade de obter recursos financeiros suficientes para cumprir as obrigações de aporte de recursos próprios e de terceiros necessários à consecução do objeto da Concessão. Declara, além disso, que tem condições de contratar todos os seguros necessários à consecução do objeto da Concessão e de apresentar a Garantia de Execução do Contrato no valor correspondente a N% (percentual por extenso) do Valor Total do Contrato, no prazo de 10 (dez) dias após a assinatura do Instrumento Contratual.

_____________________________________________

[Proponente]

[representante legal]

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Anexo XII – Modelo de Declaração de Regularidade ao Artigo 7º, XXXIII, da Constituição Federal

[local], ______de _______________ de NNNN

Ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade ICMBio

EQSW 103/104, Bloco C, Complexo Administrativo Setor Sudoeste

Brasília/DF Brasil

CEP 70.670-350

Ref.: Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio – Declaração de Regularidade ao Artigo 7º, XXXIII da Constituição Federal

Prezado(a)s Senhor(a)s,

Em atendimento ao Edital em referência, a [Proponente], por seu representante legal abaixo assinado, declara, para fins do disposto no inciso V do art. 27 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, acrescido pela Lei nº 9.854, de 27 de outubro de 1999, que não emprega menor de dezoito anos em trabalho noturno, perigoso ou insalubre e não emprega menor de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos.

_____________________________________________

[Proponente]

[representante legal]

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Anexo XIII – Modelo de Carta de Declaração de Equivalência

[local], ______de _______________ de NNNN

Ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade ICMBio

EQSW 103/104, Bloco C, Complexo Administrativo Setor Sudoeste

Brasília/DF Brasil

CEP 70.670-350

Ref.: Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio/ MMA – Declaração de Equivalência

Prezado(a)s Senhor(a)s,

Em atendimento ao item 3.4 do Edital em referência, a [Proponente], por seu(s) representante(s) abaixo assinado(s), declara, sob as penas da legislação aplicável, que os documentos abaixo indicados do país de origem da empresa (NOME E QUALIFICAÇÃO) são equivalentes aos documentos exigidos no Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio.

Descrição do documento do país de origem

Documento exigido no Edital Item do Edital em que o documento é exigido

_____________________________________________

[Proponente]

[representante legal]

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Anexo XIV – Modelo de Carta de Declaração de Inexistência de Documento Equivalente e de Declaração de Inexistência de Débitos Fiscais e Trabalhistas

[local], ______de _______________ de NNNN

Ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade ICMBio

EQSW 103/104, Bloco C, Complexo Administrativo Setor Sudoeste

Brasília/DF Brasil

CEP 70.670-350

Ref.: Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio – Declaração de Equivalência de documento equivalente e Declaração de inexistência de débitos fiscais e trabalhistas

Prezado(a)s Senhor(a)s,

Em atendimento ao Edital em referência, a [Proponente], por seu(s) representante(s) abaixo assinado(s), declara, sob as penas da legislação aplicável, que os documentos abaixo indicados exigidos no Edital em referência não possuem documento equivalente no país de origem da empresa (NOME E QUALIFICAÇÃO).

Documento exigido no Edital que não possui documento equivalente no país de origem

Item do Edital em que o documento é exigido

Declara, ainda, em atendimento ao Edital em referência, sob as penas da legislação aplicável, por si, por seus sucessores e cessionários, que não possui débitos de natureza fiscal e trabalhista exigíveis.

_____________________________________________

[Proponente]

[representante legal]

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Anexo XV – Modelo de Declaração de Contratos Firmados com a iniciativa Privada e a Administração Pública

[local], ______de _______________ de NNNN

Declaramos que a [Proponente] ____________________________, inscrita no CNPJ nº___________________________, Inscrição Estadual nº _____________________, estabelecida no (a) __________________________ possui os seguintes contratos firmados com a iniciativa privada e/ou Administração Pública:

Nome do Órgão/Empresa Vigência N°/Ano do Contrato Valor total do contrato

Valor Total

Declaro, ainda, que o valor total do Patrimônio Líquido dessa empresa é superior a 1/12 avos do valor total dos compromissos assumidos, consoante fórmula abaixo:

PL > Valor total dos contratos / 12

Obs.: A licitante deve apresentar os seus respectivos valores, substituindo-os na fórmula acima.

Declaro possuir Capital Circulante Líquido (CCL) (Ativo Circulante Passivo Circulante) de, no mínimo, 16,66% (dezesseis inteiros e sessenta e seis centésimos por cento) do valor estimado da contratação, tendo por base o balanço patrimonial e as demonstrações contábeis do último exercício social, consoante fórmula, abaixo:

CCL (Ativo Circulante – Passivo Circulante) / Valor estimado da Contratação ≥ 16,66%

Obs.: A licitante deve apresentar os seus respectivos valores, substituindo-os na fórmula acima.

Quando houver divergência percentual superior ou inferior a 10% (dez por cento) entre o valor total dos contratos, apresentados acima, e a receita bruta discriminada na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), deverão ser apresentadas as devidas justificativas, logo, abaixo:

Justificativa para divergência:

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__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

Local e data

___________________________________________

Assinatura e carimbo do emissor

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Anexo XVI – Modelo de Solicitação de Esclarecimentos da Concorrência

[local], ______de _______________ de NNNN

Ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade ICMBio

EQSW 103/104, Bloco C, Complexo Administrativo Setor Sudoeste

Brasília/DF Brasil

CEP 70.670-350

Ref.: Edital de Concorrência n° NN/NNNN ICMBio – Solicitação de Esclarecimentos

Prezado(a)s Senhor(a)s,

[Proponente], apresenta a seguinte solicitação de esclarecimentos relativa ao Edital em referência.

Número

da questão

formulada

Item do Edital Esclarecimento solicitado

1 Inserir item do Edital ao qual se refere o esclarecimento solicitado

Escrever de forma clara o pedido de esclarecimento desejado em forma de pergunta

2 Inserir item do Edital ao qual se refere o esclarecimento solicitado

Escrever de forma clara o pedido de esclarecimento desejado em forma de pergunta

N Inserir item do Edital ao qual se refere o esclarecimento solicitado

Escrever de forma clara o pedido de esclarecimento desejado em forma de pergunta

[Proponente]

[representante legal] (se for o caso)

Responsável para contato: _________________________________ Telefone: _________________

Endereço eletrônico: _____________________________________

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Anexo XVII – Carta de Credenciamento

NOME OU RAZÃO SOCIAL:

ENDEREÇO:

CNPJ (Pessoa Jurídica):

CPF (Pessoa Física):

REF.: Edital de Concorrência nº NN/NNNN – ICMBio, com poderes para interpor recursos ou desistir de fazê-lo.

C R E D E N C I A L

Pelo presente instrumento credenciamos o Sr(a) _____________________, CPF __________________, Carteira de Identidade nº _________________ emitida por ________________________, para acompanhar os trabalhos relativos a Concorrência de nº NN/NNNN ICMBio, com poderes para interpor recursos ou desistir de fazê-lo.

Brasília/DF, ____ de ___________ de NNNN.

______________________________

REPRESENTANTE LEGAL

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Anexo XVIII – Declaração de Inexistência de Fato Superveniente Impeditivo

(Nome da empresa), CNPJ ou CPF nº ________________________, sediada (endereço completo), declara, sob as penas da Lei, que esta proponente, até a presente data, não incorre em qualquer dos seguintes impedimentos:

a) Não está declarada inidônea por ato do Poder Público;

b) Não está impedida de transacionar com a Administração Pública ou com qualquer das suas entidades de administração indireta. Nos termos do artigo 5º, inciso XIII da Lei nº 8.666/93

Assim, comprometemo-nos a informar a ocorrência de fato superveniente impeditivo da habilitação e da qualificação exigidas pelo Edital da Concorrência nº NN/NNNN, ciente da obrigatoriedade de declarar ocorrências posteriores.

Local, ____ de _____________ de NNNN.

____________________________________________

Representante Legal/Empresa

(assinatura do responsável legal com firma reconhecida)

Observações:

1) emitir em papel que identifique a licitante.

2) Declaração a ser emitida pela licitante.

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Anexo XIX – Declaração - Menor (Lei nº 9.854/99, regulamentada pelo Decreto nº 4.358/2002)

A empresa ________________________________________________ inscrita no CNPJ nº _____________________, por intermédio de seu representante legal o (a) Sr(a) _______________________________________, portador (a) da Carteira de Identidade nº ______________________ e do CPF nº ______________________, DECLARA, para fins do disposto no inciso V do art. 27 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, acrescido pela Lei nº 9.854, de 27 de outubro de 1999, regulamentada pelo Decreto 4.358/2002, que não emprega menor de dezoito anos em trabalho noturno, perigoso ou insalubre e não emprega menor de dezesseis anos.

Ressalva: emprega menor, a partir de quatorze anos, na condição de aprendiz ( ).

Local, ____ de _____________ de NNNN.

______________________________

REPRESENTANTE LEGAL

(observação: em caso afirmativo, assinalar a ressalva acima)

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Anexo XX – Instruções para o Termo de Compromisso de Constituição de Sociedade de Propósito Específico

O Termo de compromisso de constituição de sociedade de propósito específico (SPE) deverá conter no mínimo as seguintes informações:

i. denominação do Consórcio;

ii. qualificação dos consorciados;

iii. a composição da SPE, indicando o percentual de participação de cada membro consorciado no seu capital;

iv. órgãos de administração da SPE;

v. indicação da Empresa Líder como responsável pelos atos praticados pelo Consórcio perante o ICMBio; e

vi. declaração expressa de todos os consorciados de aceitação de responsabilidade solidária, nos termos do parágrafo segundo do artigo 19, da Lei Federal 8.987/95 e do art. 33, V, da Lei Federal 8.666/93, no tocante ao objeto desta Concorrência, cobrindo integralmente todas as obrigações assumidas na presente Concorrência, a partir da data da apresentação da Garantia da Proposta até o prazo previsto no Edital, referente ao termo final para devolução da Garantia da Proposta à Proponente.

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Anexo XXI – Modelo de Declaração Cumprimento do disposto no art. 10 da Lei nº 9.605/98 (CRIMES AMBIENTAIS)

(em papel personalizado da empresa)

A empresa abaixo qualificada, interessada em participar da Concorrência nº NN/NNNN ICMBio, declara, sob as sanções cabíveis, de que não está sob pena de interdição temporária de direitos de que trata o art. 10 da Lei nº 9.605, de 12/02/98.

Razão Social:

CNPJ/MF:

Telefone/Fax:

Endereço/CEP:

Brasília/DF, ____ de ___________ de NNNN.

_____________________________________

Nome e assinatura do declarante

(número da identidade ou do CPF)

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Anexo XXII – Termo de Confidencialidade

AO

INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE

DIRETORIA DE PLANEJAMENTO, ADMINISTRAÇÃO E LOGÍSTICA

SHCSW/EQSW 103/104, Lote 01, Complexo Administrativo Sudoeste, Módulo “C”, Brasília/DF

REF: CONCORRÊNCIA Nº NN/NNNN ICMBio

A empresa_______________________________, CNPJ nº_______________/______, endereço ___________________________________________________, por intermédio do seu representante legal abaixo assinado, DECLARA, sob as penalidades da lei, que está ciente das normas de segurança vigentes no Instituto e que se compromete a não divulgar quaisquer informações a que tenha acesso em virtude dos trabalhos a serem executados ou de que tenha tomado conhecimento em decorrência da execução do objeto, bem como se compromete a não fazer uso indevido das informações sigilosas ou de uso restrito.

E, por ser verdade, firmamos a presente.

Local e Data____________________________________________________

[Nome da empresa]

[Representante Legal]

[CPF]

[Endereço - telefone – email]

________________________________

Assinatura da autoridade competente

____ de _____________ de NNNN.

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Anexo XXIII – Modelo de Declaração de Sustentabilidade Ambiental

(em papel personalizado da empresa)

Declaro, sob as penas da Lei n° 6.938/1981, na qualidade de proponente do procedimento licitatório, sob a modalidade Concorrência n° _____, instaurado pelo Processo de nº _______ que atendemos aos critérios de qualidade ambiental e sustentabilidade socioambiental, respeitando as normas de proteção do meio ambiente.

Estou ciente da obrigatoriedade da apresentação das declarações e certidões pertinentes dos órgãos competentes quando solicitadas como requisito para habilitação e da obrigatoriedade do cumprimento integral ao que estabelece o art. 60 e seus incisos, da instrução Normativa n° 01, de 19 de janeiro de 2010, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG e Decreto nº 7746 de 5 de junho de 2012, que estabelece critérios, práticas e diretrizes para a promoção do desenvolvimento nacional sustentável. Estou ciente da obrigatoriedade da apresentação do registro no Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais caso minha empresa exerça uma das atividades constantes na Instrução Normativa n° 31, de 03 de dezembro de 2009, do IBAMA. Por ser a expressão da verdade, firmamos a presente.

Nome e assinatura do declarante

(número da identidade ou do CPF)

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Anexo XXIV – Modelo de Declaração de Conhecimento das Informações e Condições do Local da Concessão

Local, ____ de _____________ de NNNN.

Ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

A/C da Presidente da Comissão de Licitação

EQSW 103/104, Bloco “C”, Complexo Administrativo Sudoeste

Setor Sudoeste – Bairro Setor Sudoeste

Brasília/DF – Brasil – CEP 70.670-350

Ref.: Edital de Licitação Concorrência n° NN/NNNN ICMBio – Declaração de Conhecimento das Informações e Condições do Local

Prezados Senhores,

A Proponente (nome – sede – CNPJ), por seu representante legal abaixo assinado, declara, para os fins de direito e sob as penas da lei, em atendimento ao Edital de Concorrência nº NN/NNNN ICMBio, que tem pleno conhecimento do local da Concessão, objeto da referida Concorrência, bem como das demais informações disponibilizadas e dos termos e condições estabelecidos no Edital e seus anexos e na minuta de Contrato.

_____________________________

[Declarante]

[representante legal]

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Anexo XV – Declaração de Vistoria

Declaramos, para fins de participação na Concorrência nº NN/NNNN ICMBio, que a empresa ________________________, CNPJ nº __________________, representada por seu Responsável Técnico ou Representante legal ________________________________________________, realizou vistoria, no local onde serão executadas as atividades, objeto desta Concorrência de Concessão de Serviços de Apoio à Visitação na Floresta Nacional de Canela.

Local, ____ de _____________ de NNNN.

________________________________________

ASSINATURA DO REPRESENTANTE LEGAL

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Anexo XVI – Estudo de Viabilidade Econômica EVE

(será disponibilizado no site do ICMBio, conforme previsto no Edital)